Grupo de Tradutoras & Revisoras Independentes A tradução dessa obra foi efetuada pelo grupo de Tradutoras E Revisoras Independentes – T.R.I., de forma a dar ao leitor, acesso a obras sem previsão de publicação no Brasil, tendo como único objetivo o entretenimento e não visando a obtenção de lucros, direta ou indiretamente. No intuito de resguardar os direitos autorais, o Grupo de Tradutoras e Revisoras Independentes poderá, sem aviso prévio, efetuar o cancelamento ao acesso a Tradução. A presente tradução é para uso particular, sendo proibida a venda. Respondem os sites, blogs, fóruns, grupos, pela disponibilização da tradução, isentando o T.R.I. de toda e qualquer responsabilidade, perante a legislação Brasileira. Agradecemos a todos que contribuíram com esta tradução nos incentivando a continuarmos independente dos obstáculos. Nossos mais sinceros agradecimentos para a equipe de tradutoras as quais se dedicaram a esta tradução, abdicando de seu tempo livre para nos ajudar. O T.R.I, recomenda a aquisição do livros originais, seja em obras físicas ou e-books, com o intuito de resguardar os direitos autorais, conforme a estabelece a legislação brasileira.
Reasonable Doubt Volume II Whitney Garcia Williams
Reasonable Doubt Vol I – Lançado Reasonable Doubt Vol II – Lançamento Reasonable Doubt Vol III – Aguardando Lançamento
Ela mentiu para mim...
Ela traiu a única regra sobre a qual eu sou mais inflexível: Honestidade. Total e absoluta fodida honestidade.
Eu realmente queria que ela fosse outra pessoa – alguém que não tivesse a capacidade de me fazer sentir, alguém que eu poderia facilmente descartar como as centenas de mulheres antes dela.
Ela não é.
Eu estou atraído por ela como eu nunca fui atraído por uma mulher antes – completamente cativado pela simples visão dela. Mas, infelizmente, com o meu passado lentamente vindo à tona para todo o mundo ver, eu vou ter que encontrar uma maneira de deixá-la ir.
Ela nunca poderá ser minha
Pela terceira semana consecutiva, acordei com uma chuva incessante que cai sobre essa cidade repulsiva. As nuvens acima estavam revestidas em um feio tom de cinza, e os relâmpagos que brilhavam no céu a cada poucos segundos já não eram assombrosos; eram previsíveis. Segurando meu guarda-chuva, andei até uma banca de jornal e peguei o New York Times – me preparando para o que estava entre suas páginas. "Quantas mulheres você acha que um homem poderia foder em sua vida?" O vendedor me perguntou entregando meu troco. "Eu não sei," eu disse. "Eu parei de contar." "Parou de contar, hein? O que você fez, chegou ate dez e decidiu que era o suficiente antes de se estabelecer?" Ele apontou para a aliança de ouro na minha mão esquerda. "Não. Eu estabeleci-me em primeiro lugar, então eu comecei a foder." Ele ergueu a sobrancelha – parecendo atordoado, e então se virou para organizar sua exibição de charuto.
Um par de meses atrás, eu teria considerado sua tentativa de conversa, teria respondido a sua pergunta com um sorriso alegre e um "Mais do que jamais vamos admitir", mas eu não tinha a capacidade de rir mais. Minha vida agora era um deprimente rolo de repetidas imagens – noites em hotel, suor frio, memórias arruinadas e chuva. Maldita chuva. Enfiei o jornal debaixo do braço e me virei, olhando para o anel em minha mão. Eu não o tinha usado em um longo tempo, e eu não tinha ideia do que me possuiu para colocá-lo hoje. Girando-o no meu dedo, eu olhei para ele uma última vez – balançando a cabeça para sua inutilidade. Por uma fração de segundo, eu considerei mantê-lo, talvez guardá-lo como um lembrete do homem que eu costumava ser. Mas essa versão de mim era patética – ingênuo e eu queria esquecê-lo tão rápido quanto eu podia. Atravessei a rua quando o sinal ficou verde, e quando eu pisei na calçada, eu joguei o anel onde eu deveria tê-lo jogado meses atrás. No bueiro.
Provas que indicam que o réu não cometeu o crime.
O café quente que estava escorrendo pela minha calça e queimando a minha pele era a exata razão pela qual eu nunca fodia a mesma mulher duas vezes. Recuando, eu respirei fundo. "Aubrey..." "Você é fodidamente casado." Ignorei seu comentário e me inclinei para trás na cadeira. "No interesse pelo seu futuro efêmero e sua medíocre carreira jurídica, eu vou fazer dois enormes favores para você: Um, eu vou me desculpar por ter fodido você uma segunda vez e deixar você saber que isso nunca acontecerá novamente. Dois, eu vou fingir que você não me agrediu com um maldito café.” “Não.” Ela jogou minha caneca de café no chão, quebrando-a em pedaços. “Eu definitivamente fiz, e estou tentada a fazê-lo novamente." “Senhorita Everhart –”
“Foda-se.”
Ela
estreitou
os
olhos
para
mim
adicionando, “eu espero que o seu pau caia,” quando ela saiu do meu escritório. "Jessica," eu rapidamente me levantei e peguei um rolo de toalhas de papel. "Jessica?" Nenhuma resposta. Eu peguei meu telefone para ligar para sua mesa, mas de repente ela entrou no meu escritório. "Sim, Sr. Hamilton?” “Ligue para lavanderia Luxury Dry Cleaning e mande-os entregar um dos meus ternos no escritório. Eu também preciso de uma nova xícara de café, o arquivo da Srta Everhart do RH, e você precisa dizer ao Sr. Bach que vou me atrasar para aquela reunião das 4 horas de hoje.” Eu esperei para ouvir seu usual “Agora mesmo, senhor" ou "eu estou indo, Sr. Hamilton", mas ela não disse nada. Ela ficou em silêncio – corando, e seus olhos estavam grudados na virilha da minha calça. “Você não precisa de ajuda para limpar isso?” Seus lábios se curvaram em um sorriso. “Eu tenho uma toalha bem grossa na minha gaveta de mesa. Ela é muito macia e... suave.” “Jessica...” “É
enorme,
não
é?”
Seus
olhos
finalmente
encontraram os meus. “Eu realmente não contaria a uma alma. Isso seria o nosso pequeno segredo.”
“Meu fodido terno limpo, uma nova xícara de café, arquivo da Srta Everhart, e uma mensagem para o Sr. Bach sobre eu estar atrasado. Agora.” “Eu realmente amo o jeito que você resiste...” Ela roubou outro olhar para minha calça molhada antes de sair da sala. Suspirei e comecei a secar o máximo de café que eu podia. Eu deveria saber que Aubrey era do tipo emocional, deveria saber que ela era instável e incapaz de se comportar normalmente no momento que eu descobri que ela tinha feito uma identidade falsa no LawyerChat. Arrependi-me de ter dito a ela que eu queria possuir sua buceta, e eu estava me amaldiçoando por dirigir até seu apartamento ontem. Nunca mais... Bem quando eu estava rasgando uma folha de papel, uma voz familiar surgiu. “Bem, olá... É bom vê-lo novamente," disse ela. Levantei a cabeça na esperança de que se tratasse de uma alucinação – que a mulher na minha porta não estava realmente de pé ali sorrindo. Que ela não estava dando um passo a frente com sua mão estendida como se ela não fosse a razão pela qual a minha vida foi impiedosamente alterada há seis anos. “Você não vai apertar minha mão, Sr. Hamilton?” Ela ergueu a sobrancelha. “Esse é o nome que você é conhecido atualmente, não é?"
Olhei para ela longo e firme – percebendo que seu antigo cabelo preto sedoso agora estava curto e reto. Seus olhos verdes claro ainda continuavam tão suaves e sedutores como eu me lembrava deles, mas eles não estavam tendo o mesmo efeito. Todas as lembranças que eu tinha tentado reprimir ao longo dos últimos anos foram de repente passando bem na minha frente, e o sangue sob a minha pele estava começando a ferver. “Sr. Hamilton?”, ela chamou novamente. Peguei meu telefone. “Segurança?” “Você está fodidamente brincando comigo?” Ela bateu o telefone para baixo. “Você não vai perguntar por que estou aqui? Por que eu vim vê-lo?” “Fazê-lo implicaria que eu me importo.” “Você sabia que quando a maioria das pessoas são condenadas à prisão, no seu primeiro dia elas recebem cesta básica, ordem de pagamento, até mesmo um telefonema?” Ela apertou a mandíbula. “Eu recebi os papéis do divórcio.” “Eu te disse que eu iria escrever.” “Você me disse que ficaria. Você me disse que me perdoava, que poderíamos começar de novo quando eu saísse, que estaria lá –” “Você fodidamente me arruinou, Ava.” Eu olhei para ela. “Destruiu-me, e a única razão pela qual eu disse aquelas coisas estúpidas para você, foi porque meu advogado me pediu.” “Então, você não me ama mais?”
“Eu não respondo perguntas retóricas,” eu disse. “E eu não sou perito em geografia, mas eu sei malditamente bem que Carolina do Norte é fora de Nova York e uma violação direta da sua condicional. O que você acha que vai acontecer quando descobrirem que você está aqui? Você acha que eles vão fazer você cumprir a sentença que você mais do que fodidamente merece?” Ela engasgou. "Você me denunciaria?” “Eu passaria meu carro por cima de você.” Ela abriu a boca para dizer mais alguma coisa, mas a minha porta se abriu e a equipe de segurança entrou. “Senhorita?” O chefe de segurança, Paul, limpou a garganta. “Nós gostaríamos que se retirasse do prédio agora.” Ava fez uma careta para mim, sacudindo a cabeça. “Sério? Você realmente vai deixá-los me conduzir para fora como se eu fosse um animal?" “Mais uma vez, retórica.” Sentei-me na cadeira, sinalizando para Paul se livrar dela. Ela disse mais alguma coisa, mas eu deixei de ouvir. Ela não significava merda nenhuma para mim, e eu precisava encontrar alguém online esta noite para que eu pudesse foder sua aparição fortuita e indesejada para fora da minha mente.
Um truque sutil para deixar de lado a verdade, ou escapar da punição da lei.
Andrew era o epítome do que significava ser um idiota, um exemplo brilhante do que essa palavra significava, mas não importava o quão chateada eu estava, eu não tinha sido capaz de parar de pensar nele. Nos seis meses que tínhamos nos falado, ele nunca tinha mencionado uma esposa. E a única vez que eu perguntei se ele já tinha feito algo mais do que "Um jantar. Uma noite. Sem repetição." – Ele disse "Uma vez", e rapidamente mudou de assunto. Eu vinha repetindo essa conversa em minha mente a noite toda, dizendo a mim mesma para aceitar que ele era um mentiroso, e que eu precisava seguir em frente. "Senhoras e senhores do La Monte Art Gallery..." Meu instrutor de balé de repente falou em um microfone, cortando meus pensamentos. "Posso ter sua atenção, por favor?" Eu balancei minha cabeça e olhei para a plateia cheia. Esta noite era para ser um dos pontos altos da minha carreira de dança. Era uma exposição para os dançarinos
universitários da cidade. Todos os principais atores para as produções de primavera deveriam dançar um solo de dois minutos em honra de sua escola, em comemoração do que estava por vir meses depois. "Esta próxima dançarina que vocês estão prestes a ver é a Srta. Aubrey Everhart." Havia orgulho em sua voz. "Ela está fazendo o papel de Odette/Odile na produção de O Lago dos Cisnes de Duke, e quando eu lhes digo que ela é uma das dançarinas mais talentosas que eu já vi..." Ele fez uma pausa enquanto a vibração da multidão dissolveu-se em silêncio. "Eu preciso que vocês aceitem minhas palavras." Um dos fotógrafos na primeira fila tirou uma foto minha, me tornando temporariamente cega pelo flash. "Como a maioria de vocês sabem," ele continuou, "Eu trabalhei com os melhores dos melhores, passei inúmeros anos na Rússia estudando com os melhores, e depois de uma longa e ilustre carreira com a companhia de balé de Nova York, eu aposentei-me para ensinar aqueles com potencial inexplorado." Houve um forte aplauso. Todos na sala sabiam quem era Paul Petrova, e embora a maioria no campo estivesse confusa a respeito do porque dele alguma vez querer ensinar em Durham, ninguém se atreveu a questionar sua decisão. "Eu espero que vocês venham e vejam a primeira transformação do programa de balé de Duke, na primavera," ele disse quando ele caminhou lentamente para o outro lado do palco. "Mas, por enquanto, a senhorita Everhart irá realizar um curto dueto de Balanchine 'Serenade', com seu parceiro Eric Lofton!"
O público aplaudiu de novo, e as luzes acima deles enfraqueceram. Um foco de luz suave brilhava em mim e Eric, e os violinistas começaram a tocar. Curtas notas suaves encheram a sala, e eu fiquei na ponta dos pés – tentando dançar tão delicadamente como a música exigia. No entanto, a cada passo, tudo o que eu podia imaginar era Andrew me beijando, me fodendo, e, finalmente, mentindo para mim. "Eu nunca menti para você, Aubrey. Eu confio em você, por algum motivo estranho...” Eu empurrei Eric quando ele estendeu suas mãos, e girei pelo palco até que ele veio atrás de mim. Ele segurou meu rosto em suas mãos – como se ele estivesse me implorando para ficar, mas eu girei para longe de novo, lançando-me em um conjunto completo de piruetas sem parar. Eu estava com raiva, eu estava ferida, e eu não estava segurando nada enquanto eu mostrava o quão bem eu poderia dançar en pointe1. No segundo em que os violinistas atingiram a última nota, o público soltou um suspiro coletivo e aplaudiu o mais alto que eles tinham feito toda a noite. "Uau..." Eric sussurrou enquanto ele agradecia ao meu lado. "Eu não acho que alguém vai falar merda sobre você conseguir o papel de cisne depois disso..." "As pessoas têm falado merda sobre mim?" Eu levantei minha sobrancelha, mas eu já sabia a resposta para isso. 1
Uma posição de balé com o corpo equilibrado sobre a extrema ponta do dedo do pé.
Um júnior conseguir o papel principal sobre todos os outros seniores era algo inédito. "Bravo,
senhorita
Everhart."
Sr.
Petrova
se
aproximou de mim. "Ela vai surpreender a todos na primavera, eu tenho certeza disso!" Outra rodada de aplausos começou a surgir e ele afastou o microfone de sua boca. "Onde estão os seus pais? Eu gostaria que eles viessem aqui para cima para uma foto.” "Eles estão fora da cidade." Eu menti. Eu não tinha perdido meu tempo nem mesmo tentando convidá-los para isso. "Bem, isso é muito ruim!" Ele disse. "Tenho certeza de que eles estão muito orgulhosos de você. Você pode sair do palco agora." "Obrigada." Eu fui para o vestiário e vesti um vestido de seda branco curto e uma tiara cinza emplumada. Quando me olhei no espelho, eu sorri. Não havia nenhuma maneira que qualquer um poderia dizer que eu estava um desastre emocional por dentro. Peguei meu telefone e notei uma nova mensagem de voz da GBH. Eu sabia que era sobre eu faltar o meu estágio pelo quarto dia consecutivo, então eu deletei. Então, algo me veio a mente e eu pesquisei no Google "Andrew Hamilton" pela enésima vez esta semana – esperando que alguma coisa fosse aparecer. Nada. Mais uma vez. Com exceção de sua perfeita foto no site da GBH e aquela
biografia
pouco
informativa,
informação sobre ele em qualquer lugar.
não
havia
nenhuma
Eu tentei "Andrew Hamilton: Nova York, advogado," mas os resultados foram igualmente deprimentes. Era como se ele não existisse até começar na GBH. "Excelente performance, Aubrey..." Jennifer, uma das principais veteranas de Duke, de repente entrou no banheiro. "É realmente uma honra ver alguém tão jovem e imatura obter crédito desnecessário." Revirei os olhos e fechei minha bolsa. "Diga-me uma coisa," disse ela. "Você honestamente acha que vai durar até a performance da primavera?" "Você honestamente acha que eu vou ficar aqui e continuar essa conversa idiota?" "Você deveria." Ela sorriu. "Porque aqui entre mim e você, quatro anos atrás – antes do seu tempo... Havia uma certa dançarina escolhida para ser a principal em a Bela Adormecida, uma de graduação dupla. Ela era muito talentosa – um talento natural, realmente, mas ela cedeu sob pressão, porque ela não poderia dedicar tantas horas ao ofício como os dançarinos que só queriam dançar." "Existe um ponto nessa história?" "Eu tomei seu lugar e eu era apenas uma caloura." Ela sorriu. "Agora eu sou uma veterana, e um certo alguém está dançando no papel que me pertence. Então, assim como naquela época, eu vou fazer tudo ao meu alcance para garantir que eu consiga o que é meu por direito." Eu
balancei
minha
cabeça
e
passei
por
ela,
ignorando o fato de que ela sussurrou "cadela estúpida" baixinho.
Era para eu voltar à sala da galeria e ver os outros artistas, mas eu precisava de uma pausa. Eu passei pelas portas de correr para o outro lado da sala e entrei no bistrô da galeria. Estava muito mais calmo deste lado,
e
as
pessoas
sentadas
nas
mesas
pareciam
estar
preocupadas com conversas não centradas no balé. "Senhorita?" Um garçom de smoking deu um passo na minha frente com uma bandeja. "Você estaria interessada em uma taça de champanhe de cortesia?" "Duas, por favor." Ele ergueu a sobrancelha, mas me entregou duas taças de qualquer maneira. Sem graça alguma, eu bebi a primeira, depois a outra – lambendo as bordas para me certificar de que eu não perdi uma gota. "Onde está o seu bar?" Eu perguntei. "O nosso bar? Eu não acho que os clientes da galeria de arte estão autorizados a –" "Por favor, não me faça perguntar de novo." Ele apontou para o outro lado da sala, onde alguns fumantes estavam sentados, e eu caminhei em direção a eles. "O que eu posso fazer por você hoje à noite, senhorita?" O barman sorriu quando me aproximei. "Gostaria de experimentar uma das especialidades da casa?" "Algum desses pode me ajudar a esquecer que dormi com um homem casado?"
O sorriso em seu rosto desapareceu e ele colocou três copos de doses, enchendo-os com o que eu só podia esperar que fosse a bebida mais forte na casa. Eu deslizei meu cartão de crédito através do balcão e bebi a primeira dose em segundos – fechando meus olhos quando a sensação de queimação se arrastou na minha garganta. Eu segurei a próxima contra meus lábios, mas de repente eu ouvi uma risada familiar. Era baixa e rouca, e eu tinha ouvido um milhão de vezes antes. Eu me virei e vi Andrew sentado em uma mesa com uma mulher que não era sua esposa. Eu não queria admitir, mas ela era bonita. Muito, muito bonita: cabelo castanho avermelhado com luzes loiras, profundos olhos verdes e seios empinados que eram perfeitos demais para ser natural. Ela estava esfregando-o no ombro e rindo a cada dez segundos. Andrew parecia não se intimidar com seu afeto, e como ele sinalizou pedindo a conta, eu só poderia assumir como sua noite ia acabar. Tentei virar-me – agir como se vê-lo com outra pessoa não estava me afetando, mas eu não podia evitar. Seu encontro estava agora inclinado sobre a mesa – propositadamente deixando mais de seu decote à mostra, e sussurrando palavras que eram difíceis de ler. Quando ela brincando lambeu os lábios e coçou o queixo dele com as pontas dos dedos, eu percebi que eu não aguentava mais.
Assunto: SÉRIO!? Você está realmente em um encontro agora com alguém que não é sua esposa?! É ruim o suficiente que você é um traidor e mentiroso mulherengo, mas você está realmente tão viciado assim em sexo? –Aubrey
Sua resposta veio em poucos segundos.
Assunto: Re: SÉRIO!? Estou realmente em um encontro agora com alguém que não vai deixar queimaduras de terceiro grau no meu pau. E eu não sou um viciado em sexo, eu sou um viciado em buceta. Há uma diferença. –Andrew
Assunto: Re: Re: SÉRIO!? Você é um babaca repugnante e vil, e eu sinceramente lamento ter dormido com você. –Aubrey
Sem resposta. Eu vi quando ele olhou para o telefone e levantou a sobrancelha. Ele virou-se em sua cadeira – lentamente fazendo a varredura da sala até que ele me encontrou.
Seus olhos se arregalaram no segundo que eles encontraram os meus, e seus lábios se abriram lentamente. Seu olhar viajou para cima e para baixo do meu corpo, e eu praticamente podia senti-lo me despindo. De repente, não havia mais ninguém na sala, somente nós dois e eu podia dizer que ele me queria aqui e agora. Senti meu corpo respondendo aos seus olhares, senti meus mamilos endurecendo quando ele arrastou sua língua contra os lábios. Engoli em seco enquanto eu olhava-o, percebendo que eu tinha imaginado seu cabelo totalmente errado em meus sonhos esta semana. Eu tinha me fodido com o dedo por horas a fio ontem a noite – usando seu rosto e as lembranças de sua voz como inspiração, e vê-lo em pessoa apenas me fez querer sentir seu pau dentro de mim novamente. Eu me inclinei para frente, querendo ir até ele, mas minha visão periférica começou a clarear e vi que não estávamos sozinhos na sala. Longe disso. A mão perfeitamente bem tratada de seu encontro encontrou seu caminho para o queixo dele, e virou sua cabeça. Eu fiz o mesmo e pedi mais duas bebidas. Engoli em seco as duas e quando eu olhei por cima do meu ombro, eu vi que Andrew estava olhando na minha direção com inegável desejo em seus olhos. Forcei um sorriso e abri minha boca bem devagar, murmurando, "Foda-se." antes de sair. Peguei um punhado de
balas da bandeja de um garçom aleatório e corri de volta para a galeria. Eu estava no meio do caminho, quando senti meu celular vibrar. Um e-mail.
Assunto: Encontre-me no banheiro. AGORA. –Andrew
Eu desliguei o telefone e continuei caminhando em direção à porta da galeria – malditamente quase correndo. Cheguei ao lobby, mas alguém agarrou meu braço e me puxou pela sala. Andrew. Eu tentei empurrar para longe, mas ele apertou meus braços e olhou para mim – me dando um olhar de "Não brinque
comigo"
enquanto
as
pessoas
ao
nosso
redor
sussurravam. Ele me puxou para um banheiro e trancou a porta, estreitando
os
olhos
para
mim.
"Você
acha
que
eu
sou
repugnante?" "Extremamente." Dei um passo atrás. "Eu perdi o pouco de respeito que eu tinha por você e se você sequer tentar colocar suas mãos em mim, eu vou gritar." "Eu não duvido disso." A sombra de um sorriso roçou seus lábios, mas não permaneceu. "Você não tem aparecido
para trabalhar por quatro dias seguidos. Você acha que só porque eu transei com você que eu não vou demiti-la?" "Eu não dou a mínima se você me demitir ou não! Você já pensou sobre o porquê de eu não ter aparecido para trabalhar?” "Incompetência?" "Você é fodidamente casado! Casado! Como você pôde –" Eu balancei minha cabeça enquanto ele fechou a distância entre nós. "Como você pode deixar essa parte de fora?" "Eu não deixei," disse ele. "E para constar... eu não sou tecnicamente casado, Aubrey." "Eu não sou tecnicamente estupida, Andrew." "Você está tornando muito difícil falar com você agora..." Seus lábios estavam quase roçando contra os meus. "Isso é porque você não está fazendo nenhum sentido, porra." Eu me libertei de suas mãos e me dirigi para a porta, mas ele me agarrou pelos meus ombros e me bateu contra a parede. "É um divórcio litigioso," ele assobiou. "Se você fosse uma advogada de verdade eu tenho certeza que eu não teria que explicar o que diabos isso significa, mas desde que você não é –" "Isso significa que
você
ainda está legalmente
casado. Isso significa que se você morrer antes de os papéis ficarem prontos, a sua esposa – que é o que ela é, ainda terá direito a tudo o que você já possuiu. Isso significa que você é um
MENTIROSO! Um fodido mentiroso, que é aparentemente isento de suas próprias regras estúpidas e inúteis! " "Eu assinei." Ele rangeu através de seus dentes. "Ela se recusou a assinar, e há um monte de merda complicada que eu não tenho vontade de discutir, mas nós estamos separados e fora de contato por mais de seis anos. Seis. Anos." Dei de ombros e tentei colocar a minha melhor cara impassível, ignorando o fato de que o meu coração estava pulando a cada batida enquanto ele enxugava minhas lágrimas com o polegar. "Eu nunca menti para você, Aubrey," disse ele severamente. "Você me perguntou antes se eu já menti para você e a resposta ainda é a mesma. Eu não falo sobre minha vida antes de Durham com ninguém, mas sim, eu uma vez tive uma esposa e ela apareceu no meu escritório por conta própria. Eu não a chamei, eu nunca vou, e eu não tenho ligado para ela desde que eu saí de Nova York. Nosso caso é extremamente complicado e eu prefiro não pensar nisso.” "Eu não me importo," eu disse. "Você ainda está errado. Você ainda negligenciou em me dizer sobre ela por seis meses. Seis. Meses!" "Em que ponto que eu deveria trazer essa merda a tona?" Seu rosto ficou vermelho. "No meio da nossa foda por telefone? Quando eu estava implorando a sua bunda mentirosa para me conhecer pessoalmente? Quando eu estava, sem saber, ajudando-a com a porra da sua lição de casa?"
"Que tal antes que você me fodesse?" Eu odiava o fato de que ficar perto dele puxava emoções fora de mim. Eu não conseguia fingir agir indiferente mesmo se eu tentasse. "Que tal?" Ele apertou a mandíbula, mas ele não disse uma palavra. "Isso é o que eu pensei," eu disse, sabendo que eu tinha ganhado isso. "Agora, eu tenho certeza que você e seu adorável encontro com seios tamanho D tem um quarto reservado do outro lado da rua, por isso, se você não se importa –" "Não há nada acontecendo entre mim e minha futura ex-mulher," disse ele asperamente. "Nada. E eu tenho um quarto reservado do outro lado da rua. Eu tive o mesmo quarto reservado pelas últimas quatro noites com quatro mulheres diferentes, mas eu fui incapaz de transar com qualquer uma delas, porque eu não consigo parar de pensar em minha incompetente-besta-estagiária e como eu só quero transar com ela.” Silêncio. "Você..."
Eu
balancei
minha
cabeça.
"Você
honestamente acha que dizer merda como essa é excitante?" "Sim..." Ele arrastou seus dedos por baixo do meu vestido, levemente escovando seu polegar contra a virilha da minha calcinha molhada. "E, aparentemente, você também..." "Eu estar molhada apenas significa que eu não posso controlar a reação do meu corpo a você. Isso não significa que eu quero fazer sexo com você. Eu te odeio."
"Eu tenho certeza que você não odeia." Ele deslizou sua mão na minha cintura e me puxou para perto – fazendo minha respiração diminuir. "Tire suas mãos de mim..." "Diga isso de forma mais convincente e eu vou." Ele esperou por meu pedido, erguendo a sobrancelha, mas eu não conseguia me fazer dizer essas palavras. Ficamos olhando um para o outro durante vários minutos, deixando aquela tensão crua e palpável construir entre nós antes de eu finalmente quebrar o silêncio. "Eu acho que você deveria voltar para o seu encontro..." Minha voz era um sussurro. "Você já disse tudo o que tinha para dizer... O que mais você poderia querer de mim?" "Nesse momento?" Ele arrastou seu dedo contra a minha clavícula. "Em geral..." Eu virei meu rosto antes que ele pudesse me beijar. "Eu nunca vou dormir com você de novo, eu vou formalmente me demitir até o final da semana, e eu acho que nós
precisamos
acabar
com
nossa
‘chamada’
amizade
definitivamente." "Você quer dizer isso?" Ele sussurrou. "Sim, eu quero dizer isso." Eu ignorei a sensação de sua mão apertando a minha bunda. "Eu quero ser amiga de alguém que esteja interessado em mais do que minha buceta." "Eu estou interessado em sua boca, também."
Eu não tinha resposta para isso, e ele deve ter percebido isso, porque ele apertou ainda mais na minha cintura. "Eu sei como é difícil para você dizer a verdade," ele disse suavemente, "então eu preciso que você seja completamente honesta, quando eu lhe fizer estas próximas perguntas. Você pode fazer isso?” Eu concordei com a cabeça, sem fôlego, e ele se inclinou mais perto de meus lábios. "Você não gosta de me foder?" "Essa não é a questão." "Essa não é a resposta. Diga-me.” Eu ignorei a batida forte no meu peito. "Eu me divirto..." "Você vai realmente se demitir?" Ele me beijou. "Não... Eu somente –" Eu puxei uma respiração enquanto sua mão segurava meu seio direito e o apertava. Forte. "Você somente o quê?" "Eu quero ser transferida para outro advogado, e eu não quero vê-lo mais do que eu tenho..." Ele me olhou nos olhos por um longo tempo, sem dizer uma palavra quando ele finalmente me deixou ir. "É assim que você realmente se sente?" "Visto que eu sou a única entre nós que realmente sente alguma coisa, sim. Sim, é assim que eu realmente me sinto sobre você." Ele piscou. Então de repente ele me puxou de volta para os seus braços e esmagou seus lábios nos meus.
"Por que você é uma baita mentirosa
fodida,
Aubrey?" Ele assobiou. Empurrando-me contra a pia, ele mordeu meu lábio inferior e arrancou a tiara emplumada do meu cabelo. Mantendo seus lábios nos meus, ele empurrou meu vestido até minha cintura – rasgando minha calcinha com um puxão. "Andrew..." Eu tentei recuperar o fôlego enquanto ele me pegava e me colocava sobre a pia. "Andrew, espere..." "Pelo o quê?" Ele pegou minha mão e colocou-a sobre seu cinto, me dizendo para desata-lo. Eu não lhe respondi. Eu deslizei meus dedos por baixo do clipe de metal e soltei-o quando ele pressionou sua boca contra o meu pescoço. Arrastando sua língua contra a minha pele, ele sussurrou: "Você não sentiu falta de mim fodendo-a?" "Foi somente duas vezes." Eu puxei uma respiração enquanto suas mãos acariciavam minhas coxas. "Não o suficiente para sentir falta de alguma coisa..." Ele me mordeu duramente e recostou-se, olhando para mim. Minha respiração ficou presa na minha garganta quanto ele deslizou dois dedos dentro da minha buceta e provocativamente os moveu dentro e fora. "Parece que você sentiu falta de me foder..." Ele empurrou seus dedos tão profundo quanto eles podiam ir, fazendo-me gemer baixinho.
Eu arqueei minhas costas enquanto ele acariciava meu clitóris com o polegar. De repente, ele tirou os dedos de dentro de mim e trouxe-os até seus lábios, lambendo-os lentamente. "Tem sabor como se você sentisse falta de me foder também." Ele apertou outro dedo contra o meu clitóris molhado latejante e, em seguida, ele trouxe para o meu rosto – colocando-o contra os meus lábios. "Abra sua boca." Eu lentamente deixei meus lábios entreabertos, e ele estreitou os olhos enquanto ele deslizava o dedo contra a minha língua. Senti seu pau esfregar contra a minha coxa, o senti usando a outra mão para envolver a minha perna em volta de sua cintura. "Diga-me que você não quer transar comigo," disse ele. "Que você não quer que eu enterre meu pau dentro de você agora." Ele agarrou meu rosto e apertou seus lábios contra os meus, pegando meu lábio inferior em sua boca com os dentes. Eu estava deslizando para fora da borda do balcão, prestes a cair, mas de repente ele me pressionou de volta contra o espelho. Eu mantive meus olhos fixos nos dele enquanto ele desembrulhava um preservativo; ele o colocou e olhou para mim com a mesma expressão de raiva que ele estava mostrando a noite toda.
Ele agarrou-me pelos meus tornozelos e me puxou para frente, deslizando seu pau em mim, quando minhas pernas envolveram sua cintura. Minhas mãos agarraram seu pescoço quando ele bateu em mim de novo e de novo. "Eu senti falta de foder você," ele murmurou, enfiando os dedos no meu cabelo e puxando minha cabeça para trás. "Mas você não pensou em mim de modo algum?" "Ahhh!" Eu gritei quando ele acelerou seus impulsos. Apertei minhas pernas em volta dele com mais força, tentando o meu melhor para não ceder. Fechei os olhos e o ouvi dizer meu nome – ofegante, "Porra, Aubrey... Foda-se..." "Coloque suas mãos sobre o balcão..." ele ordenou, mas eu o ignorei e apertei meu aperto em seu pescoço. "Aubrey..." Ele mordeu meu ombro novamente, ainda me fodendo mais duro do que nunca. "Coloque suas mãos sobre o balcão. Agora." Eu lentamente soltei minhas mãos em torno dele e baixei-as ao meu lado – segurando em cima do balcão frio. A próxima coisa que eu senti foi a sua língua rodando em volta dos meus mamilos, chupando meus seios rudemente. Segurei o balcão mais forte quando seus beijos se tornaram mais vorazes – mais possessivos, e quando ele me fodeu mais e mais duro eu senti-me à beira de perder o controle. "Andrew..." eu gemi. "Andrew..."
Ele soltou meu mamilo de sua boca e deslizou as mãos por baixo de minhas coxas, me pegando e fixando minhas costas contra a parede. "Eu sei que você ama o jeito que eu te fodo, Aubrey..." Ele olhou nos meus olhos, forçando seu pau ainda mais fundo em minha buceta. "E eu sei que você se tocou todas as noites desta semana, desejando que fosse o meu pau dentro de você, em vez de seus dedos." Meu clitóris pulsava com cada palavra sua, e eu estava mais molhada do que eu já estive em minha vida. "Diga-me que é verdade..." Ele apertou seus lábios contra os meus e enfiou a língua na minha boca – abafando os meus gemidos com um beijo implacável com raiva. "Finalmente, me diga uma coisa que seja verdade, porra..." Tremores viajaram para cima e para baixo da minha espinha, e eu estava a segundos de distância de gozar, mas ele não deixaria minha boca ir. Ele ainda estava me beijando – me encarando, pedindo-me para dizer-lhe a verdade. Eu balancei a cabeça, esperando que ele pudesse ler meus olhos e ver que eu precisava que ele me soltasse, eu precisava ser capaz de respirar. Ele bateu em mim uma última vez – acertando o meu ponto, e eu consegui afastar minha boca da sua. "Simmmm!" Minha cabeça caiu para frente em seu ombro e eu ofegava por ar.
"Aubrey..." Ele agarrou minha cintura até que ele parou de tremer. Quando nós dois voltamos, havia alguns golpes aleatórios na porta, alguns "Tem alguém aí?", mas ambos permanecemos em silêncio e sem fôlego. Minutos mais tarde, quando sua respiração parecia estar sob controle, ele saiu de mim – olhando nos meus olhos. Ele jogou fora o preservativo na lata de lixo atrás dele e puxou a calça. Eu vi quando ele se ajeitou no espelho, enquanto alisava tudo tão bem que ninguém jamais saberia que ele acabou de foder a merda fora de mim. Eu deslizei para fora da pia e olhei para o meu próprio rosto – bochechas coradas, cabelo selvagem, rímel escorrendo – e puxei minhas alças de sutiã por cima do meu ombro. Antes que eu pudesse puxar para cima as alças do meu vestido, Andrew afastou a minha mão e puxou-as para mim. Nossos olhos se encontraram no espelho enquanto ele alisava meu cabelo, e por uma fração de segundo, ele virou-se e pegou a minha bandana. Ele segurou-a delicadamente sobre a minha cabeça e colocou-a no lugar, e então ele se afastou. "Você sabe, é rude simplesmente deixar alguém depois do sexo sem dizer nada," eu murmurei. "O quê?" Sua mão estava na maçaneta da porta. "Nada." "O que você disse?" Ele inclinou a cabeça para o lado. "Eu não sou um leitor de mente."
"Eu disse que é rude apenas sair depois de me foder. Você poderia pelo menos dizer alguma coisa, qualquer coisa.” "Eu não faço conversa de travesseiro." "Não é conversa de travesseiro." Eu zombei. "É parte de ser um cavalheiro." "Eu nunca disse que eu era um cavalheiro." Eu suspirei e me virei. Eu esperei para ouvir a porta se fechar, mas suas mãos estavam de repente na minha cintura e ele estava me girando para encará-lo. "O que eu devo dizer depois que eu te foder, Aubrey?" "Você poderia perguntar se foi bom para mim ou não..." "Eu não acredito em fazer perguntas inúteis." Ele olhou para seu relógio. "Quanto tempo você tem que ficar aqui?" "Outra hora mais ou menos." "Hmmm." Ele estava quieto. "E enquanto você estava perseguindo a mim e meu encontro quantas doses você tomou?" "Eu não estava perseguindo você e seu encontro. Eu tenho te evitado a semana toda, ou você ainda não percebeu? " "Quantos?" "Cinco." "Tudo bem." Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. "Eu vou te levar para casa quando você estiver pronta e terei alguém para entregar seu carro em seu apartamento
amanhã." Ele deu um beijo na minha testa antes de se dirigir para a porta. "Apenas me ligue." "Espere," eu disse quando ele abriu. "E sobre o seu encontro?" "O que tem ela?"
***
Uma hora depois, eu entrei no carro de Andrew – um elegante Jaguar preto. Ele segurou a porta aberta até que eu estivesse confortável, e esperou até que eu colocasse meu cinto de segurança antes de fecha-la. Em seu painel, eu vi uma pasta vermelha com um selo do estado de Nova York ao centro. Eu peguei, mas Andrew imediatamente tirou de mim e a trancou dentro de seu portaluvas. Ele parecia ofendido que eu toquei nisso, mas ele rapidamente se afastou de mim e acelerou o carro. "Posso te perguntar uma coisa, Andrew?" "Depende do que seja." "Eu pesquisei você no Google esta semana e nada apareceu..." "Isso não é uma pergunta." "Por que não surgiu nada?" Eu olhei para ele.
"Porque eu tenho trinta e dois anos de idade e eu não perco o meu tempo no Facebook e no Twitter." Eu suspirei. "E você realmente não tem falado com ela em seis anos?" "Desculpe-me?" Ele olhou para mim quando nos aproximamos de um sinal vermelho. "Eu pensei que nós tivéssemos resolvido isso no banheiro." "Nós fizemos, mas –" Eu limpei minha garganta. "Você entrou com pedido de divórcio, e isso não podia prosseguir?" "É preciso duas pessoas para completar um divórcio, Aubrey. Certamente você sabe disso.” "Sim, mas..." Eu ignorei o fato de que ele estava apertando sua mandíbula. "Não seria mais fácil para alguém como você fazer isso acontecer? Seis anos é um tempo muito longo para ficar casado com alguém que você diz que não ama mais, então –" "Você ficaria surpresa com o quão bem algumas pessoas podem inventar a porra de uma mentira para conseguir o que querem," disse ele, sua voz fria. "Meu passado não está em discussão." "Nunca?" "Nunca. Não tem nada a ver com você.” Inclinei-me para trás no banco, cruzando os braços. "Você alguma vez vai me dizer a razão pela qual você deixou Nova York e mudou-se para Durham?" "Não." "Por que não?"
"Porque eu não preciso." Ele conduziu o carro para o meu apartamento. "Porque, como eu disse a você uma hora atrás, essa parte da minha vida nunca aconteceu." "Eu não vou contar a ninguém. Eu só –" "Pare com isso." Ele me encarou quando ele parou o carro, e eu pude ver um mundo de dor em seus olhos. Foi o mais vulnerável que eu já o tinha visto. "Eu perdi algo muito especial em Nova York há seis anos." Havia pesar em sua voz. "Algo que eu nunca vou ter de volta, algo que eu passei os últimos seis anos tentando esquecer, e se está tudo bem com você eu gostaria que chegasse ao ano sete." Eu abri minha boca para pedir desculpas, mas ele continuou a falar. "Eu não tenho certeza se eu fiz isso evidente nos últimos seis meses ou não," disse ele, "mas eu não sou o tipo de 'sentar-me e falar sobre meus sentimentos'. Eu não estou interessado em conversas profundas, e só porque eu a fodi mais do que uma vez e eu não consigo tirar você ou a sua boca da minha mente, isso não lhe dá direito a coisas que eu não disse a ninguém." Eu imediatamente soltei o cinto de segurança e abri minha porta, mas ele agarrou meu pulso antes que eu pudesse sair. "Eu quis dizer o que eu disse há alguns meses, Aubrey..." Ele segurou meu queixo e inclinou a cabeça em direção a ele. "Você é minha única amiga nessa cidade, mas você tem que entender que eu não estou acostumado a ter amigos. Eu não
estou acostumado a falar sobre merda pessoal, e eu não vou começar agora.” Silêncio. "Se você não vai se abrir para mim, qual o incentivo que eu tenho para continuar a ser sua pseudo amiga?" Ele não disse nada por alguns segundos, mas então ele sorriu. "Suba no meu colo e deixa eu te mostrar." "Isso é uma piada?" "Estou rindo?" "Você realmente acha que pode simplesmente exigir que eu faça sexo com você sempre que você quiser?" Eu levantei minha sobrancelha. "Especialmente desde que você acabou de dizer que você nunca vai ser tão aberto sobre sua vida pessoal?" "Sim." Ele soltou o cinto de segurança. "Suba no meu colo." "Você sabe..." Eu olhei para baixo, percebendo seu pênis lentamente endurecendo através de sua calça. "Eu deixei deslizar algumas coisas nas últimas vezes que tivemos relações sexuais, mas eu tenho que te dizer..." Eu mordi meu lábio quando eu saí do carro. "Eu realmente não curto a merda de homem das cavernas possessivo." Ele estreitou os olhos para mim quando peguei minha bolsa e recuei. "Eu acho que nós precisamos dar ao seu pênis um descanso, você não acha?" Cruzei os braços. "Você tem uma audiência muito grande na semana que vem. Você não precisa
guardar toda a sua energia para que você possa estar mais bem preparado? " "Volte para o maldito carro, Aubrey..." Sua voz estava tensa. "Você está me pedindo?" "Eu estou ordenando você." "Você não ouviu o que eu acabei de dizer?" Ele não respondeu. Ele estendeu a mão para o meu lado, mas eu fechei a porta. "Vejo você amanhã, Sr. Hamilton." Eu sorri e me afastei.
Responsabilidades legais por seus atos ou omissões.
Havia apenas uma coisa em Durhan, que não tinha qualquer comparação com Nova York: Tribunal. Os advogados de Nova York realmente levavam seus trabalhos a sério. Eles liam atentamente suas pesquisas durante toda a noite, poliam suas defesas à perfeição, e apresentavam seus casos com orgulho. Em Duhran, “advogados” não faziam uma merda, e em momentos como este – quando eu estava ouvindo uma jovem e inexperiente promotora envergonhar a si mesma, eu quase sentia falta daqueles dias. Então, novamente, eu não estava prestando muita atenção ao processo hoje. Eu estava muito ocupado pensando sobre Aubrey e quantas vezes tínhamos fodido em meu escritório esta manhã. Nós dissemos nossas habituais saudações, “Bom dia, Sr. Hamilton,” “Olá, Senhorita Everhart” e trancamos nossos olhos
enquanto ela colocava meu café para baixo. Ela abriu sua boca sedutora para dizer outra coisa, mas a próxima coisa que eu soube, minhas mãos estavam em seu cabelo e eu estava puxando sua sexy bunda contra a minha mesa. Eu estava batendo impiedosamente nela por trás enquanto eu massageava seu clitóris, e quando ela caiu no meu tapete, eu espalhei suas pernas e devorei sua buceta. Eu era completamente insaciável quando se tratava de Aubrey, e estar perto dela por mais de cinco segundos foi o suficiente para me enviar sobre a borda. Não havia nem propósito em contar quantas vezes havíamos fodido mais... "Como você pode ver..." A voz da promotora de repente cortou meus pensamentos. "Senhoras e senhores do júri, todas as provas que eu apresentei irão provar –” “Objeção!”
Eu
tive
o
suficiente
dessa
merda.
“Meritíssima, da última vez que eu ouvi, essa era uma audiência probatória, não um julgamento. Por que a Srta. Kline está autorizada a dirigir-se a um júri não existente? A juíza tirou os óculos e balançou a cabeça. "Srta. Kline, tão hesitante como estou a concordar com o Sr. Hamilton, ele tem um ponto. Você terminou com a apresentação de provas? Salvo uma declaração final para o júri?" "Eu terminei, Meritíssima," disse ela, estufando o peito como se tivesse apenas apresentado o caso do século.
"Mr. Hamilton..." A juíza olhou na minha direção. "Você se importa de me surpreender hoje refutando qualquer das provas apresentadas?" "Não, Meritíssima." Esta audiência foi uma perda de tempo, e ela sabia disso, tão bem quanto eu. "Eu vejo." Ela colocou os óculos novamente. "O relato mostra que, embora a promotoria tenha apresentado uma coleção persuasiva e bastante grande de provas, é decisão deste tribunal que isso não é o suficiente para justificar um julgamento." Ela bateu seu martelo e se levantou. Senhorita Kline se aproximou de mim e estendeu a mão. "Então, eu vou apresentar um recurso, obter mais provas, e vê-lo sobre este assunto novamente em breve, certo?" "Você
está
me
perguntando
ou
você
está
me
dizendo?" "O seu cliente cometeu o mais alto grau de fraude, Sr. Hamilton." Ela cruzou os braços. "Alguém tem que pagar por isso." "Ninguém nunca vai, se você se mantiver em cima disso, não é?" Eu coloquei meus arquivos na minha pasta. "Eu estarei esperando sua próxima jogada. E sim, você deve arranjar mais evidência já que a juíza determinou claramente que o que você tem não era suficiente.” "Então, isso significa que eu devo recorrer? Você acha que eu poderia ganhar esta coisa?" "Eu acho que você poderia voltar para a faculdade de direito e fodidamente prestar atenção." Eu zombei. "Ou isso, ou
fazer aos seus clientes um favor e encontrar-lhes um advogado melhor." "Você quer dizer alguém como você?" “Não há ninguém como eu." Eu deslizei um óculos escuro sobre meus olhos. "Mas qualquer um seria melhor do que você." "Você é sempre tão rude com seus adversários, Sr. Hamilton?" Ela abriu um sorriso. "Quer dizer, eu ouvi histórias, mas você é realmente –” "Realmente o quê?" "Intrigante." Ela se aproximou. "Você é realmente intrigante." Eu pisquei e olhei para ela. Se eu a conhecesse no Date-Match, ela poderia ter sido digna de uma noite, mas eu nunca misturava negócios com prazer. Pelo menos, eu não costumava fazer. “Eu não tenho certeza se você está saindo com alguém ou não,” ela disse, baixando sua voz. “mas eu acho que você e eu temos muito em comum, e –” “O que exatamente é que temos em comum, Srta. Kline?” “Bem...” Ela se aproximou ainda mais e esfregou meu ombro. “Nós dois estávamos olhando um para o outro durante a audiência, ambos temos carreiras de alto perfil, e ambos temos uma paixão pelo direito – uma paixão que poderia
claramente ser transferida para outras coisas.” Ela lambeu os lábios. “Certo?” Eu dei um passo para trás. "Senhorita Kline, eu estava olhando para você durante a audiência, porque eu estava tentando compreender como alguém poderia mostrar-se ao tribunal e ser tão despreparada, não profissional, e totalmente irritante. Nós dois temos carreiras de alto nível, mas se você continuar a apresentar casos como o que você apresentou hoje, eu estarei lhe entrevistando para uma posição de secretária na minha empresa nos próximos seis meses." Eu ignorei o seu ofegar. "E se a sua paixão pelo direito é qualquer coisa parecido com a maneira que você fode, então você e eu não temos absolutamente nada em comum." "Você..." Ela balançou a cabeça, dando um passo para trás, seu rosto ficou vermelho. "Você realmente disse isso para mim?" “Você realmente acabou de me propor sexo?” “Eu simplesmente estava sondando – vendo se você estava interessado em sair.” “Eu não estou,” eu disse – percebendo que eu não estava nem um pouquinho excitado. “Eu estou livre para deixar a sala do tribunal agora ou você gostaria de me sondar para outra coisa?” “Você é um idiota!” Ela virou-se e pegou sua maleta do chão. “Você sabe, para o bem dos seus clientes, eu espero que você seja bem mais gentil.” Ela proferiu quando deixou a sala.
Eu queria dizer a ela que eu, na verdade, não era mais agradável com meus clientes. Eu não aturava merda de ninguém, e já que eu não tinha perdido um único caso desde que mudei para Durhan, eu não precisava. Olhando para meu relógio, eu decidi esperar alguns minutos
antes de
sair.
Eu
não
queria esbarrar
nela
no
estacionamento, e desde que os outros tribunais restantes interromperam para o almoço, eu decidi que eu iria esperar um pouco. Enfiei minha mão no meu bolso e sorri para o tecido rendado que roçou na minha mão esquerda. Puxando-a para fora, eu sorri para o fio dental preto de Aubrey desta manhã. Eu peguei meu telefone da minha maleta para enviar uma mensagem a ela sobre isso. Mas ela tinha me enviado um email primeiro.
Assunto: Fetiche Calcinha Molhada. Eu não tenho certeza se você já percebeu que eu deixei o meu fio dental no seu bolso, mas eu quero que você saiba que eu fiz isso para o seu próprio bem, e que seu segredo está seguro comigo. Desde que você me fodeu no banheiro na galeria de arte, eu notei que você tem uma tendência a encarar a minha calcinha antes de retirá-las. Você corre seus dedos através delas, retira-as com os seus dentes, e então você as encara novamente. Não tenho nenhum problema de continuar a satisfazer o seu
fetiche de calcinha. Tenho certeza que você as coloca sobre o seu rosto à noite, e se você precisar de mais fique à vontade para me avisar. Aubrey
Assunto: Re: Fetiche Calcinha Molhada. Eu notei que você colocou o seu fio dental no meu bolso esta manhã. Tenho notado que você tem feito isso durante toda a semana. Ao contrário de suas suposições infundadas e bobas, eu não tenho um fetiche de calcinha e eu não durmo com elas sobre o meu rosto de noite. Eu, no entanto, tenho um novo fetiche pela sua buceta, e se você estiver interessada em me deixar dormir com ISSO no meu rosto durante a noite, não hesite em me avisar. Andrew
Eu esperei por uma resposta – observando minha tela por vários minutos, mas então eu percebi que era quarta-feira e ela não iria ver o meu e-mail até mais tarde. Eu fiz meu caminho para fora e entrei em meu carro. Eu não tinha vontade de voltar para a firma – meus casos estavam terminados para o dia, e era muito cedo para ir para casa. Acelerando meu carro, eu desci a ladeira da rua á procura de um bar decente. Quando eu estava contornando a
escola de direito, eu notei o estúdio de dança de Duke do outro lado da rua. Eu não tinha certeza do que deu em mim, mas eu fiz uma curva à direita e entrei no estacionamento. Eu segui os sinais que diziam "Estúdio de dança" e estacionei em frente. Havia um sinal sobre as portas duplas do auditório onde se lia "Ensaios Privados: Somente Dançarinos," mas eu ignorei. Segui o som fraco de teclas de piano e cordas de violino e abri a porta para um teatro colossal. Luzes brilhantes projetavam-se diretamente sobre o palco, e dançarinos vestidos todos de branco estavam girando. Antes que eu pudesse retornar aos meus sentidos e me fazer sair, eu vi Aubrey na frente. Vestindo a mesma tiara de penas que usava na galeria de arte, ela estava sorrindo mais amplo do que eu já tinha a visto sorrir antes – dançando como se não existisse mais ninguém na sala. Havia um brilho em seus olhos que eu nunca vi enquanto ela estava na GBH, e embora eu não soubesse nada sobre balé, era extremamente claro que ela era a melhor dançarina no palco. "Estenda, Srta Everhart! Estenda!" Um homem de cabelos grisalhos entrou no palco, gritando. "Mais! Mais!" Ela continuou dançando – esticando os braços para fora mais longe, estendendo as mãos. "Não! Não! NÃO!" O homem bateu o pé. "Parem a música!" O pianista parou imediatamente e o diretor entrou na frente de Aubrey.
"Você sabe quais são as características do cisne branco, senhorita Everhart?" Ele questionou. “Sim.” "Sim?" Ele parecia ofendido. "Sim, Sr. Petrova." Ela ficou parada. "Se é assim, por que você não ilumina a todos nós sobre quais são essas características especiais...” “Luz, graciosidade, elegância –” “Elegância!” Ele bateu o pé novamente. "O cisne branco é tudo sobre movimentos suaves, gentis... Seus braços são bem equilibrados, graciosos." Ele agarrou seu cotovelo e puxou-a para frente. "Seus braços estão instáveis, duros, e você está dançando como um pombo quebrado!" Suas bochechas avermelharam, mas ele continuou. “Eu quero um cisne, Senhorita Everhart, e se você não está pronta para o papel – se o seu coração está em outro lugar, como aquela outra graduação que você tem, faça-me um favor e me deixe saber para que eu possa preparar outra pessoa para o papel.” Silêncio. "Vamos tentar isso de novo!" Ele deu um passo para trás. "Na minha contagem, comece a música desde a segunda estrofe…" Debrucei-me contra a parede, observando Aubrey dançar sem esforço novamente e fazer todo mundo parecer amador. Eu assisti até que eu não podia assistir mais, até que o
seu velho diretor viu a minha sombra e gritou com "o intruso maldito" para sair.
***
Mais tarde naquela noite, eu entrei na cozinha e peguei uma garrafa de bourboun – servindo a mim mesmo uma dose. Eram duas da manhã e eu estava além de inquieto. Eu não tinha sido capaz de dormir desde que eu cheguei em casa e encontrei uma nota de Ava em minha porta. “Eu não vou embora até nós conversarmos. Ava.” Eu tinha enrolado e jogado no lixo, me perguntando quem na GBH havia sido estupido o suficiente para dar meu endereço. Quando eu joguei a dose para baixo, meu telefone tocou. “São duas da manhã.” Eu assobiei, o segurando na minha orelha. “Um...” Houve uma pequena pausa. “Eu posso falar com um... Um Senhor Hamilton, por favor?” “Esse é ele. Você não me ouviu dizer que horas são?” “Eu sinto muito, Sr. Hamilton.” Ela limpou a garganta. “Sou Glória Matter do conselho de liberdade condicional de Nova Iorque. Eu sinto muito ligar para você tão tarde, mas eu não queria dormir até que eu retornasse sua pergunta da semana
passada.” Ela disse. “O preso sobre o qual você ligou, não é mais um preso. Ela foi solta recentemente e agora está em condicional.” "Estou
ciente
de
que
ela
está
em
liberdade
condicional." Eu derramei outra bebida. "No entanto, eu tenho certeza que deixar o estado é uma violação direta dos termos. Nova Iorque está suave com o crime agora? Vocês deixam infratores anteriores percorrer o mundo como eles querem?" “Não, Senhor, mas eu chequei com o oficial dela está manhã. Também verifiquei seu monitor no minuto em que recebemos sua ligação, ela ainda está no estado... Eu devo avisálo que nós não levamos gentilmente falsos comunicados, Sr. Hamilton. Se isso é algum tipo de –” “Eu sei o que eu vi, porra.” Eu fervia. “Ela esteve aqui.” Eu desliguei. Eu não me importava o suficiente para pensar sobre Ava agora. Eu fui para o meu quarto e deitei contra os lençóis, esperando que esta segunda rodada de álcool fosse funcionar melhor do que a primeira. Fiquei ali deitado por uma hora, observando os segundos no meu relógio mudarem, mas o sono não veio e pensamentos de Aubrey começaram a encher minha mente. Eu estava pensando sobre as coisas que ela me disse quando nós nos encontramos pela primeira vez, as coisas que ela me contou sobre sua vida sexual, e eu tive a súbita vontade de ouvir a voz dela. Eu rolei e empurrei para baixo até seu nome. “Alô?” Ela atendeu no primeiro toque. “Andrew?” “Por que você nunca chupou um pau antes?”
“O que?” Ela engasgou. “Que tal ‘Bom dia, Aubrey. Você está acordada?’ Que tal perguntar essas coisas antes?” “Olá, claramente
Aubrey.”
acordada,
Revirei meus
então
vou
olhos.
ignorar
“Você
essa
está
pergunta
desnecessária. Por que você não chupou um pau antes?” Ela ficou em silêncio. “Eu preciso dirigir até seu apartamento e fazer você responder a pergunta pessoalmente?" "Você está realmente precisando dessa informação às três da manhã?" "Desesperadamente,"
eu
disse.
"Responda
a
pergunta." "Era apenas algo que eu nunca quis fazer." Havia folhear de papéis ao fundo. "Um dos caras que eu costumava namorar me pedia para fazer para ele de vez em quando – para retribuir, mas eu só... Eu não gostava dele o suficiente para fazêlo." “Hmmm” Silêncio. Nós não tínhamos tido uma conversa de telefone real desde a última vez que tivemos sexo por telefone, pouco antes de eu descobrir que seu nome verdadeiro era Aubrey e não Alyssa. "Você estava pensando em mim?" De repente, ela perguntou. "O quê?"
"Você estava pensando em mim?" Ela repetiu. "Você nunca me ligou tão tarde antes. Você está solitário?" "Estou com tesão." Ela soltou uma risada suave. "Você gostaria que eu lhe dissesse o que estou vestindo?" "Eu já sei o que você está vestindo." "Oh, sério?" "Sim, sério." Eu coloquei uma mão por trás da minha cabeça. "É quarta-feira, o que significa que você tinha ensaio até à meia-noite, o que significa que você foi para casa e tomou banho e colocou imediatamente os seus pés em uma banheira de gelo, sem colocar qualquer pijama." Ela respirou fundo. "E do jeito que você está respirando agora, eu acho que você ainda está nua, e a razão que você atendeu a minha chamada ao primeiro toque é porque você quer tocar-se com o som da minha voz." Outra lacuna de silêncio. "Estou errado?" Perguntei. "Não..." Sua voz era baixa. "Eu não acho que você esteja com tesão agora, embora." "Confie em mim. Eu estou." "Talvez, mas eu acho que você me ligou, porque você gosta de mim – porque você quer ouvir a minha voz, uma vez que não nos falamos ao telefone por um tempo."
"Eu liguei para você, porque meu pau está duro e eu quero fazer você gozar pelo telefone." Ela riu de novo. "Então, você não gosta de mim?" “Eu gosto da sua buceta.” “Então as rosas brancas e a nota ‘Ele só está gritando com você porque sabe que você é a melhor. Não o deixe te atingir.’ que estava no capo de meu carro hoje não eram suas?” Eu desliguei.
A retirada legal de uma promessa ou oferta de contrato.
“Como você acha que devemos proceder com o cliente, Harriet?” Eu me inclinei na minha cadeira na noite seguinte, temendo minhas horas exigidas de ‘Deixe os Estagiários Ajudarem com um caso por Mês’. "Um, o Sr. Hamilton..." Ela girou uma mecha de cabelo em torno de seu dedo. "Meu nome é Hannah." "Mesma coisa," eu disse. "Como você acha que devemos prosseguir com este caso?" "Nós poderíamos colocar sua ex-mulher no banco de testemunhas. Ela poderia atestar seu caráter." "Eles foram casados por trinta dias." Revirei os olhos e olhei para o estagiário sentado ao lado dela. "E isso foi há dez anos. Bob, o que você tem?" "É... É, na verdade, Bryan". "É o que eu digo que é. O que. Você. Tem?"
"Eu estava fazendo uma pesquisa sobre o seu passado e ele aparentemente foi repreendido por invadir o firewall2 de sua universidade em seu último ano. Poderíamos começar lá e construir um caso em torno de seu passado de anarquia...” Eu suspirei. "Ele é nosso cliente, Bryan. Por que nós intencionalmente o faríamos parecer mal?” Ele piscou. Virei-me para o último estagiário na sala, uma morena pequena. "O que você sugere?" "Você não vai tentar adivinhar o meu nome?" Ela sorriu. "Eu apenas percebi que você não era o meu zelador hoje. O que você tem?" "Isso." Ela deslizou uma pasta sobre a mesa. "Se nós estamos tentando provar que ele não cometeu uma violação das políticas de sua empresa, quando ele tirou suas ações iniciais, poderíamos usar este caso como uma referência." Eu abri a pasta, lendo a primeira linha de um caso que não somente tinha mais de cem anos de idade, mas que tinha sido anulado pelo Supremo Tribunal décadas atrás. "Vocês todos fumaram as mesmas drogas antes de suas entrevistas?" Eu balancei minha cabeça. "Vocês estão na faculdade de direito. A alguns anos de potencialmente ter o futuro de alguém em suas mãos e este é o tipo de merda que vocês trazem?"
2
Programa de segurança.
"Com todo o respeito, Sr. Hamilton..." Bryan falou. "Existe mesmo uma resposta correta para esta pergunta? Quero dizer... Este é um daqueles ha-ha este foi apenas um teste para ver como suas mentes trabalham as coisas? Existe realmente uma resposta?” "Sim." Eu me levantei. "Sério? Qual é?" "É ir para casa, porra." Eu comecei a empilhar os meus papéis. "Todos vocês. Agora." "Mas –" "Agora." Eu olhei para eles, esperando até que todos eles saíssem da sala. No segundo que eu estava sozinho eu deixei escapar um suspiro e sentei-me novamente. Era melhor deixar Jessica me ajudar neste caso. Ela não sabia nada sobre a lei, mas eu tinha certeza que ela iria pelo menos tentar. "Sr. Hamilton, eu..." Aubrey entrou na sala com uma xícara de café. "Onde foi todo mundo?" "Casa." Peguei a xícara dela, frustrado. "Você está livre para ir, também." "Você algum dia vai me dar formalmente a minha posição de estagiária de volta ou eu estarei para sempre presa trazendo seu café e organizando arquivos?" "Você também é responsável por receber chamadas telefônicas. Essa é uma responsabilidade que você não deve levar levemente."
"Estou falando sério..." Ela revirou os olhos. "Por mais que eu goste de fazer sexo com você todas as manhãs com o seu café, eu gostaria de voltar a sentir como se eu realmente tivesse um propósito aqui." "Tudo bem." Eu tomei um gole da minha xícara. "Você está acompanhando meu caso atual?" Ela acenou com a cabeça. "Ótimo," eu disse secamente. "Como você acha que eu devo proceder?" "Eu acho que você precisa primeiro conseguir falar com o homem que apagou a identidade de seu cliente." “O que? Do que você está falando?” Ela pegou uma pasta de sua bolsa e colocou-a na minha frente. "Meus pais me ensinaram a pesquisar o passado de alguém muito, muito bem. Essa é a única coisa que posso creditar a eles." Ela folheou algumas páginas. "Seu cliente tem registros escolares de sua infância – notas de testes, mudanças de endereço, etc. Há um registro de onde ele frequentou a faculdade, escola de graduação – até mesmo um registro do tempo em que ele invadiu o firewall de sua faculdade e foi suspenso por um semestre inteiro. Depois disso, há um casamento curto que falhou com alguma mulher que ele conheceu em Cabo, e alguns registros de fundação para sua empresa. Mas, depois disso – com exceção destas alegações recentes, não há nada." Olhei para as páginas. "Você não acha que isso é estranho?" Ela olhou para mim. "Como você pode pesquisar no Google alguém e nada sobre
ele aparecer? Como você pode pesquisar vários bancos de dados por informação e descobrir que décadas inteiras estão faltando?" Eu fechei a pasta. “É ligeiramente estranho.” “Ligeiramente?” “Sim. Ligeiramente. Essa é toda a evidência que você tem? " "É toda a evidência que você precisa." Ela olhou nos meus olhos. "Encontre o cara que o apagou ou encontre o cara que apagou você e você pode ter outra vitória na sua carreira. Se não –" "Aubrey..." "As pessoas não vêm apenas do nada, Andrew," disse ela. "Você sabe disso, eu sei disso, e eu tenho certeza que o seu cliente sabe disso." "Agora nós estamos falando sobre o cliente?" "Não há nenhum registro de Andrew Hamilton em qualquer um dos bancos de dados de advogados inscritos no estado." “Eu não estou encarando um julgamento.” "Eu liguei para todas as Faculdades de Direito no estado e fingi ser uma graduada em busca de um colega graduado e não existe registro de um Andrew Hamilton recebendo seu diploma de qualquer uma delas." “Você está tão obcecada assim comigo?”, eu sorri. “Eu fiz a mesma coisa com as faculdades de Direito de Nova York. Isso foi um pouco mais complicado, mas os
resultados foram exatamente o mesmo. Não há registro de você ir para a faculdade durante os anos que você deveria estar comparecendo.” "E isso afeta você como?" "Você me humilhou quando você descobriu que eu menti para você." "Eu peço desculpas." "Não faça isso." Ela balançou a cabeça. "Você me fez chorar, porque você me disse que eu era uma mentirosa por esconder a verdade e fingir ser alguém que eu não era." "Eu tenho certeza que eu não seria a única pessoa a classificá-la como uma mentirosa, depois do que você fez." "Ainda assim, a cada dia que eu fodo com você, todas as noites que eu falo com você no telefone, eu não estou mais perto de conseguir saber nada sobre você." Havia preocupação em seus olhos. "Sou sempre eu falando sobre mim, ou você falando coisas abstratas que inventam uma imagem borrada." "Isso não importa. Eu te disse que eu –" "Que você nunca mentiu para mim," disse ela. "Eu acredito nisso, e por um tempo eu pensei que você sempre foi honesto comigo, mas quando eu olho para trás, você é apenas honesto sobre o que você quer falar. Consequentemente, a aparição aleatória da Sra. Hamilton, e –" "Eu já te falei sobre isso." Eu peguei a mão dela e puxei-a para perto de mim. "Então, eu não vou perder meu tempo rediscutindo merda que eu já esclareci com você."
"Só..." "Olha." Eu pressionei meu dedo contra seus lábios. "Você é a única mulher que eu fodi regularmente em seis anos." "Eu deveria ter orgulho disso?" Eu a puxei para o meu colo. "Você é a única mulher – a única pessoa, na verdade, com quem eu falo fora das minhas horas no escritório, a única mulher com quem eu já fodi no telefone, a única mulher que esteve no meu caro, e a única mulher que mentiu para mim e ainda conseguiu me fazer ficar...” Ela suspirou, olhando para mim. "Agora," eu disse, "se você não se importa, eu vou foder você nessa cadeira. E quando acabarmos isso, eu vou mostrar-lhe gentilmente como pesquisar alguém do jeito certo, porque ao contrário do que você pensa, meu cliente tem um passado." “Não, eu verifiquei tudo duas vezes, e eu –” Eu pressionei meus lábios contra os dela. “Depois que eu te foder.”
Uma concordância voluntária à proposta de outra pessoa.
Assunto: New York/Suas Calcinhas Para registro, eu fui para a faculdade de direito em Nova York. Era o orador oficial da turma. –Andrew PS: Se você guardar mais um par de suas calcinhas molhadas/"Para o seu fetiche" lembretes na minha gaveta da mesa, eu vou concluir que você quer que eu durma com sua buceta na minha cara. Minha língua está dolorida para fazer isso desde que "conheci" você, por isso não há necessidade de dicas desnecessárias...
"Aubrey?" A voz de minha mãe tirou o sorriso do meu rosto. "Aubrey, você estava ouvindo o seu pai agora?" "Não, eu sinto muito." Suspirei, temendo que ainda estivesse sentada em um jantar com eles. Eles tinham me chamado no segundo que meu ensaio havia acabado e exigiram que eu me dirigisse para casa
para que pudéssemos passear para o nosso restaurante "favorito" juntos. Era onde todos os seus amigos do country clube comiam regularmente, e eu sabia que eles só queriam vir aqui para afirmar a nossa imagem de família aparentemente perfeita. "Você está ouvindo agora?" Meu pai levantou a sobrancelha. "Sim..." "Nós trouxemos você aqui para que pudéssemos dizer-lhe que... estou concorrendo para governador na próxima eleição," disse ele. "Você quer meu voto?" "Ugh, Aubrey." Minha mãe bufou e estalou os dedos para o garçom. "Este é um dos momentos mais felizes de sua vida." "Não..." Balancei minha cabeça. "Tenho certeza que não é..." "Todos esses anos de trabalho árduo, construindo nossa empresa para ser uma das mais impecáveis na cidade," disse ela enquanto olhava nos olhos do meu pai, “isso está prestes a recompensar-nos de uma maneira enorme. Nós já temos alguns compromissos verbais para o orçamento da campanha, e já que estamos indo no mesmo lado que o incumbente –" "Você tem uma boa chance de ser governador." Eu a cortei. "Parabéns, papai." Ele estendeu a mão sobre a mesa e apertou minha mão.
Minha mãe não conseguia calar. "Nós vamos ter que tirar novas fotos de família para arquivo, sabe? Fotos que podemos dar para a imprensa para suas reportagens, então você vai ter que usar o seu cabelo em algo que não seja aquela coisa de bailarina." "É um coque." "É uma monstruosidade." "Margaret..." Meu pai repreendeu. "Não é uma monstruosidade... É apenas –" "É só o quê?" Olhei para trás e para frente entre os dois. "É importante para nós parecermos com uma unidade coesa totalmente americana na campanha eleitoral." Minha mãe pegou um copo de vinho do garçom e esperou que ele se afastasse. "Talvez tenhamos que fazer algumas viagens juntos como uma família." "Você está concorrendo a governador, e não a presidente, e que mulher de vinte e poucos anos você conhece que ainda viaja com seus pais durante uma campanha apenas para fotos de comício?" "O nosso adversário tem gêmeas de 20 anos de idade que são educadas em casa," disse ela. "Eles viajam para países do terceiro mundo a cada verão para ajudar os pobres e tenho certeza que elas vão estar em cada comício na campanha eleitoral." Eu bufei. "Por que você está tentando competir com pessoas genuínas? Você não acha que eles são o tipo que merecem ganhar?"
"Aubrey, isso é sério." Meu pai parecia chateado. "Este tem sido um sonho meu por um tempo muito longo e queremos ter certeza de que nada fique no caminho." Os dois trocaram olhares e eu levantei minha sobrancelha. "Nada como o quê?" Perguntei. "Tudo bem..." Minha mãe baixou a voz e olhou por cima do ombro antes de falar. "Precisamos saber se há algum esqueleto no seu armário – como quaisquer fotos na mídia social que façam você parecer como uma menina festeira, alguns exnamorados ou parceiros sexuais que você possa ter tido que lidar, ou qualquer coisa que nos faria parecer maus pais." "Vocês são maus pais." "Pare com isso, Aubrey." Meu pai segurou minha mão e apertou com força. "Nós dois te demos tudo que você poderia querer enquanto crescia e tudo o que estamos pedindo é um pequeno sacrifício de você." "Não tenho quaisquer esqueletos no meu armário." Eu cerrei os dentes. "Ótimo." Minha mãe colocou seu sorriso falso. "Então, quando você sair da faculdade para seu último ano para nos ajudar na campanha, não vai parecer suspeito. Nós já falamos com seu diretor de departamento sobre aulas online e elas são, de fato, oferecidas. Para aquelas que não são, você vai ter que ir no campus para assisti-las, mas eles fazem considerações especiais para os alunos com situações como a sua, então –" "Não." Eu a cortei. "Não, obrigada."
"Isso não está em discussão, Aubrey. Isto é para o bem do –" "O sonho do meu pai, certo?" Tentei não me descontrolar. "Porque ele é a única pessoa na família que tem um sonho?" "Sim," minha mãe disse através de seus dentes sorridentes. "Estamos falando de sonhos reais, Aubrey. Não aqueles sem chances e que falharam." "Desculpe-me?" Me levantei. "Você quer falar sobre sonhos fracassados quando vocês dois falharam mais do que qualquer um que conheço, às custas de sua própria filha?" Havia lágrimas em meus olhos. "Aubrey, sente-se agora." Ela pegou minha mão. "Não vamos fazer uma cena." "Vamos!" Eu puxei minha mão. "Vamos discutir como tenho a porra de vinte dois anos de idade e sou uma caloura na faculdade, quando eu deveria já ser uma graduada! Vamos? Vocês podem explicar por que isso?" O rosto do meu pai ficou vermelho e ele fez sinal para eu me sentar, mas mantive minha posição. Minha mãe agarrou suas pérolas. "Aubrey... Nós fizemos o que era melhor no momento, e mesmo que a mudança dos sistemas escolares por duas vezes em dois anos tenha sido lamentável, isso fez você quem você é hoje. Agora, a campanha não vai começar até que –" "Não me importo quando diabos isso começa. Não vou participar de uma campanha eleitoral sem sentido, e não vou
tomar nenhuma das minhas aulas on-line, sabe por quê?" Podia sentir meu sangue fervendo. "Você não pode aprender a porra do balé online!" O restaurante estava de repente em silêncio. "Vocês dois estão sendo além de egoístas e vocês nem se dão conta." Eu balancei minha cabeça. "Eu vou votar no outro cara." Eu saí entre suspiros e sussurros das outras mesas – ligeiramente contente que a imagem da família perfeita dos meus pais tinha sido riscada publicamente um pouco. "Seu número, senhorita?", o manobrista disse para mim quando pisei para fora. "Meu o quê?" "O seu número?" Ele inclinou a cabeça para o lado. "Do seu carro?" Merda... Suspirei e olhei por cima do meu ombro. Os clientes estavam apontando em minha direção e eu não podia suportar voltar lá só porque eu não tinha uma carona para casa. Pensei em ligar para um táxi, mas sabia que era inútil.
Levaria
uma
eternidade
para
chegar
aqui,
e
eu
provavelmente poderia caminhar de volta para o meu apartamento mais rápido do que eles iriam chegar. Havia uma parada de ônibus a uns dois quilômetros para baixo, mas eu só tinha um cartão de crédito. Eu duvidava que Andrew pudesse vir me buscar, mas decidi dar-lhe uma tentativa.
Assunto: Uma carona. Eu realmente preciso de um favor... –Aubrey
Assunto: Re: Uma carona Querer dar uma volta no meu pau no meio do dia não deveria ser considerado um "favor" neste momento. –Andrew
Assunto: Re: Re: Uma carona Não estou falando sobre o seu pau. Estou falando sobre o seu carro... Você seria capaz de me pegar agora? Eu estava num jantar com meus pais, mas não terminou bem... e não tenho o meu carro. Se você não puder, vou entender. –Aubrey
Assunto: Re: Re: Re: Uma carona Onde você está? –Andrew
Meia hora depois, ele estacionou na calçada do Country clube.
Escorreguei em seu carro antes que ele pudesse estacionar – não olhando para trás para os membros esnobes que provavelmente estavam sussurrando e se perguntando sobre o que tinha acontecido entre mim e meus pais. "Vou levá-la
para
casa,
certo?" Ele
perguntou
enquanto arrancava com o carro. "Não..." Ele olhou para mim. "Estou levando você para GBH?" "Se
você
quiser.
Apenas
não
para
o
meu
apartamento." Fiz uma pausa. "Tenho certeza que meus pais vão passar por lá depois do jantar e tentar falar comigo, então..." "Você comeu?" "Perdi meu apetite..." Eu disse suavemente, então sorri. "Mas se você estiver interessado em me levar num encontro agora, não sou contra isso." "Por que eu iria levá-la para um encontro?" "Porque você me deve um." "Desde quando?" "Uma vez você disse que iria me levar para sair se nós nos conhecêssemos pessoalmente, e você não fez isso ainda." Alcançamos um semáforo e ele se virou para mim. "Se estivesse mesmo vagamente interessado em levála para sair agora – o que não estou, onde diabos eu iria levá-la se você já comeu seu jantar?"
"Surpreenda-me." Dei de ombros e encostei-me no vidro – fechando meus olhos. Eu praticamente podia imaginá-lo olhando para mim, me dando aquele olhar de “você está fora de sua mente maldita" e, enquanto ele conduzia o carro de volta para a rua, eu sorri – esperando que isso fosse o começo de nós saindo regularmente. Eu estava sonhando com ele me beijando no banheiro
da
galeria
de
novo
quando
o
senti
balançando
suavemente meu ombro. "Aubrey..." ele sussurrou. "Aubrey, acorda." Ergui a cabeça e olhei para fora da minha janela. Havia plantas exuberantes e um enorme edifício envidraçado – um condomínio executivo. Meu coração pulou numa batida, porque eu sabia que ele nunca tinha levado uma mulher para sua casa antes, e eu estava feliz que seria a primeira. Olhei para ele, pronta para dizer alguma coisa, mas, em seguida, eu o vi brincando com um passe de estacionamento verde e olhei pela janela da frente – vendo onde nós realmente estávamos. Fora de um hotel da rede Hilton. "Sua ideia de levar-me a um encontro é me trazendo para um hotel?" "É mais sobre foder você no hotel." "Andrew, este é o lugar onde você leva todos os seus outros encontros..." "E?"
Meu coração se afundou. "Você não vê por que me trazer aqui iria ferir meus sentimentos?" "Você prefere o Marriott?" Eu pisquei. "Eles não têm o mesmo padrão de serviço de quarto," ele disse, "mas se é isso que você prefere –" "Apenas me leve para casa – agora." Minha voz falhou e me inclinei contra a janela, fechando meus olhos novamente. "Vou lidar com meus pais..."
***
Acordei num sofá de couro felpudo, escondida debaixo de um cobertor preto macio. Sentando-me, eu vi que meus sapatos tinham sido retirados e colocados em uma prateleira do outro lado da sala. Uma bandeja de frutas frescas e chocolates estava estabelecida na pequena mesa à minha frente, e havia uma garrafa de vinho colocado ao lado de dois cálices. A sala parecia como se tivesse sido arrancada de uma revista: cortinas de seda branca, paredes cor cinzaacastanhado, e retratos emoldurados em prata. Um desses retratos era de uma porra de um hotel, tornando claro exatamente onde eu estava. Imediatamente joguei o cobertor – pronta para encontrar Andrew e gritar com ele por me trazer aqui contra a
minha vontade. Andei pelo corredor, lentamente percebendo que as fotos penduradas na parede eram dele. Em uma foto, ele estava de pé em uma praia, olhando para longe. Em outra, ele estava em pé na frente de um táxi de Nova York, e em outra ele estava deitado contra um banco do parque da cidade. Ele era jovem em todas essas fotos – seus olhos detinham um charme mais juvenil, e se eu não estava enganada, ele parecia feliz. Extremamente feliz. Entre todas as fotos maiores, havia pequenos blocos de madeira em formato de "E" e "H" entrelaçados. De início eu pensei que o "A" para o primeiro nome de Andrew estava simplesmente faltando, que uma das peças o comportaria, mas esse não era o caso: No último quadro no final do corredor havia uma foto de um enorme "E" e "H" que foram unicamente compilados de imagens de Nova York. "E" e "H"? Continuei andando pelo corredor, sorrindo para as fotos mais "estimadas" que ele tinha pendurado de si mesmo. Parei quando ouvi o som de água corrente e o seguiu até um quarto enorme. Tudo era encoberto em preto – os lençóis que cobriam a cama king size, as cortinas de seda longas que pendiam sobre portas francesas da varanda, e o tapete felpudo que estava colocado sobre seus pisos de madeira polida. Fui até seu armário e abri a primeira gaveta.
"O que você está fazendo?" Andrew estava bem atrás de mim. "Eu estava..." Parei quando ele passou um braço em volta da minha cintura. "Eu estava olhando suas coisas." "À procura de qualquer coisa em particular?" Ele beijou a ponta da minha orelha por trás. "Estou procurando onde você guarda todas as minhas calcinhas." Ele soltou uma risada baixa. "Elas estão todas ao lado da minha cama." Ele deslizou a mão por baixo da minha saia e parou uma vez que seus dedos alcançaram minha buceta nua. "Desde que você não está usando uma, eu preciso devolvê-las para você?" Revirei os olhos e ele me deixou ir. "Isso é melhor do que um quarto de hotel?", ele perguntou. "Depende." Eu me virei. "Quantas outras mulheres você já trouxe aqui?" "Nenhuma." "Nenhuma?" Eu não podia acreditar nisso. "Em seis anos?" "Eu gosto de manter a minha vida sexual separada da minha vida em casa." Ele apertou minha mão. "Então, eu sou a exceção à regra?"
Ele não respondeu. Ele simplesmente me levou através do quarto e para uma suíte toda branca, onde a água do chuveiro ainda estava correndo. "Eu estive esperando por você acordar..." Ele olhou para mim. "Porque você quer assistir filmes juntos?" "Porque
eu
quero
te
foder
no
chuveiro."
Ele
empurrou minhas costas contra a parede e olhou nos meus olhos. "Porque eu quero te foder a noite toda." Eu gemi enquanto ele colocava o joelho entre as minhas coxas e puxava minha camisa sobre a minha cabeça. Ele deslizou sua mão nas minhas costas para desabotoar meu sutiã, e quando ele caiu no chão, ele arrastou sua língua em meus mamilos. "Tire a sua saia..." Ele se afastou de mim. Minhas mãos foram para o meu zíper, mas meus olhos ficaram grudados nele quando ele começou a se despir. Eu transei com ele inúmeras vezes em seu escritório, afobadamente montei em seu pau uma e outra vez, mas eu nunca o tinha visto completamente nu. Ele puxou a camisa branca com decote em V sobre a sua cabeça e a atirou para o canto – expondo um conjunto de abdômen esculpido e uma pequena tatuagem em letra cursiva, que estava gravada em seu peito. Tentei ler o que as palavras diziam, mas, em seguida, ele desatou o cordão de sua calça preta e deixou-a cair no chão.
Eu podia ver que seu pau estava duro através de sua cueca, e esperei por ele para tirá-la, mas ele caminhou de volta para mim. Pegando minha mão, ele a colocou contra sua cintura em sua cueca. "Tire-a de mim." Deslizei meu polegar por baixo do elástico, mas ele me parou. "Com a sua boca." Meus olhos se arregalaram quando olhei para ele, vendo o sorriso sexy no seu rosto. Abaixei-me um pouco e trilhei beijos por sua cintura – ouvindo-o puxar uma respiração afiada, enquanto suas mãos escorregavam no meu cabelo. Eu agarrei suas coxas para ter equilíbrio e puxei a barra da sua cueca com os dentes. Puxando o tecido para baixo alguns centímetros, eu usei meus dedos para movê-la mais para baixo, mas ele me puxou de volta pelo meu cabelo. "Apenas a sua boca." Ele alertou. Dei a ele um olhar de compreensão e ele me deixou ir. Mais uma vez peguei a cueca com os dentes e lentamente a deslizei para baixo de suas pernas. Olhei para cima e vi que seu pau estava em posição de sentido, duro como pedra e pronto para minha buceta, como sempre, e pelo olhar em seus olhos, eu sabia que ele ia me puxar para cima e me foder contra a parede.
Antes que ele pudesse ter a chance, sentei-me de joelhos e agarrei seu pau com minha mão. Pressionei meus lábios nele – arrastando minha língua em cada centímetro de espessura. Envolvi a minha boca em torno de sua ponta e, lentamente, o massageei com a minha língua. "Aubrey..." Ele enfiou seus dedos pelo meu cabelo e olhou para mim. "O que você está fazendo?" "Estou..."
Senti
minhas
bochechas
aquecerem.
"Estou chupando seu pau." Ele piscou, deixando um sorriso lento se espalhar pelo seu rosto. "Você não está chupando meu pau... Você está beijando-o." "Eu estava chegando a essa parte. Estava tentando fazer
isso
como..."
Balancei
minha
cabeça
e
levantei-me,
completamente envergonhada. "Não importa." "Você estava tentando fazê-lo como o quê?", Ele sussurrou contra meus lábios. Balancei a cabeça novamente e ele olhou nos meus olhos. "Você não precisa assistir a qualquer outra pessoa para aprender. Eu vou te ensinar...” Ainda sorrindo, ele pegou minha mão e me puxou para o chuveiro. Ele pressionou seu peito contra o meu e deslizou um dedo em minha boca, enquanto a água caía sobre nós. "Isso é o quão grande que você pode abrir para mim?" Pisquei, assentindo.
"Você vai ter que abrir muito mais amplo do que isso para meu pau caber em sua boca..." Ele se sentou no pequeno banco molhado atrás dele e fez sinal para eu me dobrar e abaixar. O fluxo de água que vinha de cima caía nas minhas costas quando eu fiquei de joelhos. "Lamba seus lábios," ele ordenou, e eu obedeci – sentindo-me completamente fora da minha zona. Inclinei-me para frente, assumindo que era para levá-lo na minha boca agora, mas ele me parou. "Deixe-o molhado." "O quê?" "Ponha sua boca no meu pau e umedeça-o." Hesitante, eu pressionei meus lábios contra seu pau e deslizei minha língua sobre seu eixo. Eu a estava rodando contra ele lentamente, mas, em seguida, ele puxou minha cabeça para cima. "Você está sendo muito gentil," disse ele. "Eu não preciso que você seja a porra de uma dama agora..." "Eu –" "Preciso que você seja agressiva, gananciosa, e relaxada, porque eu não vou ser gentil quando eu estiver devorando você." Ele gentilmente empurrou minha cabeça para baixo e abriu as pernas um pouco mais. "Massageie minhas bolas com a mão..." Eu imediatamente as segurei, esfregando-as uma contra a outra.
"Um pouco mais firme..." Sua respiração diminuiu e eu peguei o ritmo dos meus dedos. "Agora," ele sussurrou. "Abra sua boca o mais amplo que você conseguir, e leve meu pau tão profundo quanto você puder..." Abri minha boca e tomei os primeiros centímetros facilmente enquanto ele enfiava alguns dedos pelo meu cabelo. "Mantenha seus olhos em mim." Ele parecia de certa forma impressionado. "Você não tem que levar tudo isso agora..." Ele usou os meus ombros para me empurrar para trás e depois para frente. "Mantenha movendo-o para dentro e fora de sua boca bem assim..." Gemendo, ele olhou para mim com pura luxúria em seus olhos, e então ele sussurrou. "Chupe-me mais profundo..." Eu segui o seu comando e ele gemeu ainda mais alto. Eu podia ver os músculos em suas pernas enrijecerem enquanto minha boca cobria mais da metade de seu pau. Eu estava começando a me sentir um pouco mais ousada, ligeiramente mais confiante, então eu peguei um pouco mais dele. "Porra..." Ele respirou. Usei a minha mão livre para cobrir a parte de seu pau que não estava na minha boca, e massageei do mesmo jeito que estava massageando suas bolas – suave, mas agressiva. Ele começou a puxar meu cabelo, me implorando para tomar mais dele em minha boca. "Pegue tudo isso..."
Sentindo-me como se estivesse agora no controle, neguei seu pedido, e acelerei meu ritmo – balançando a cabeça para cima e para baixo. "Aubrey..." Suas palavras eram forçadas. Levei-o um pouco mais profundo – envolvendo meus lábios em torno dele um pouco mais apertado, mas eu não fui até o fim. "Aubrey...",
disse
ele
de
novo,
parecendo
desesperado. Eu não estava prestando atenção nas suas palavras. Eu estava adorando a maneira como seu pau ficava dentro da minha
boca,
amando
o
jeito
que
minha
língua
estava
comandando-o e fazendo-o reagir. "Pare." Ele me puxou de volta pelos cabelos e olhou para mim. "Tome todo o meu pau na porra de sua boca, agora." Deslizei minha boca sobre ele e inclinei-me por todo o caminho – eu não parei até que ele tocou no fundo da minha garganta. Andrew fechou brevemente os olhos e suspirou. Então ele os abriu de novo e falou com firmeza. "Eu preciso que você me deixe gozar na sua boca..." Sua voz era rouca. "E preciso que você engula cada fodida gota..." Segurei em seus joelhos e o chupei mais e mais rápido, e seu pau começou a latejar na minha boca. Eu podia senti-lo pulsando, apertando, e quando ele se inclinou para trás e finalmente deixou-se gozar, eu senti jatos de calor deslizando pela minha garganta.
Seu gozo era salgado e grosso, e eu sinceramente amei o gosto disso. Quando a última gota pousou em minha boca, olhei em seus olhos e ele olhou para mim. A expressão em seu rosto era de pura satisfação e admiração, e eu estava mais excitada do que já estive em minha vida. Ele levantou-se me puxando com ele, e apertou seus lábios contra os meus. "Isso foi fodidamente perfeito." Ele desligou a água e levou-me para fora do chuveiro e de volta para seu quarto – não se preocupando em me secar. Ele me agarrou pela minha cintura e me jogou em cima da cama. "Abra suas pernas." Deixei minhas pernas caírem abertas e ele subiu em cima de mim. Colidindo seus lábios contra os meus, ele chupou meu lábio inferior em sua boca. Eu podia sentir a ponta do seu pau esfregando contra a minha buceta e eu levantei meus quadris – encorajando-o a me foder. Depois de estar com ele no chuveiro, eu não queria fazer muitas preliminares e eu não queria falar. Eu só queria ser fodida. Agora. Suas mãos acariciavam meus seios e eu o empurrei. "Foda-me, Andrew." "Eu vou." "Agora."
Ele sorriu para mim, parecendo como se quisesse dizer alguma coisa inteligente, mas ele se inclinou e enfiou a mão no criado-mudo para pegar um preservativo. Ele rapidamente colocou-o e entrou em mim num golpe em cheio, fazendo-me gemer de prazer. "Ahhhh..." Estendi a mão e agarrei seu cabelo enquanto seu pau batia em mim incansavelmente. Eu tinha certeza de que nunca me cansaria dele me fodendo, cada vez era melhor que a anterior. Fechei os olhos quando ele enterrou a cabeça no meu pescoço, enquanto ele sussurrava algo como quão "bom pra caralho" isso o fazia sentir. Pequenos tremores começaram a crescer dentro de mim, e por mais que eu quisesse que isso durasse um pouco mais, eu não seria capaz de segurar. "Andrewww..." Eu disse seu nome quando meus quadris começaram a empurrar e meu orgasmo tomou conta de mim. Eu gritei, caindo de volta nos travesseiros, e ele caiu em cima de mim segundos depois. Nós dois deitamos ali, entrelaçados um no outro por um longo tempo – sem dizer uma palavra. Quando eu finalmente encontrei a energia para falar, limpei minha garganta. "Você vai dormir dentro de mim a noite toda?" "Claro que não." Ele saiu de mim, imediatamente me fazendo sentir falta da sensação dele. Ele caminhou até seu armário, jogando fora o preservativo. "O que você está fazendo?" Eu sentei-me. "Vestindo-me."
"Para quê?" "Para que eu possa te levar para casa." Ele entrou em uma calça. "E para que eu possa dormir." Ele colocou uma camisa, e então ele olhou para mim. "Quanto tempo você acha que vai levar para ficar pronta?" "Eu não quero que você me leve para casa." Eu balancei minha cabeça. "Eu quero ficar." "Aqui?", ele parecia totalmente confuso. "Sim, aqui." "Como em uma noite?" Balancei a cabeça, e ele ficou ali olhando para mim como se eu tivesse acabado de lhe pedir para fazer o impensável. O olhar que ele estava me dando era um misto de angústia, pesar, e por um segundo eu quase me senti mal por sugerir isso. "Aubrey, eu não..." Ele suspirou. "Eu nunca deixei alguém passar a noite." "Então me deixe ser sua primeira..." Ele continuou me olhando, batendo em seu queixo, e então ele foi até seu armário e pegou um conjunto de pijama branco. "Você pode dormir nestes..." Ele segurou-os para mim. Estendi a mão para pegá-los, mas ele balançou a cabeça. "Levante-se."
Deslizei para fora da cama e fiquei de pé na frente dele. Ele levou o seu tempo para ajudar-me a abotoar a camisa – beijando cada centímetro da minha pele exposta até chegar ao botão de cima, e quando ele acabou ele beijou meus lábios. Eu esperava que ele me entregasse a calça em seguida, mas ele jogou-a pelo quarto. "Vá para cama." Sorrindo,
eu
escorreguei
debaixo
dos
lençóis
enquanto ele apagava as luzes. Ele se juntou a mim na cama segundos depois, me puxando contra seu peito. "Você está feliz?", ele sussurrou. "Sim..." "Você tem certeza? Há mais alguma coisa fora da minha zona de conforto que você gostaria que eu fizesse para você esta noite?" "Hoje não, mas você poderia me fazer o café da manhã." "Você está empurrando..." "Apenas no caso de você mudar de ideia, gostaria de waffles belgas, bacon, morangos fatiados e suco de laranja." "A menos que você queira comer todas essas coisas no meu pau, isso não estará acontecendo." Ele beliscou minha bunda. "Vá dormir, Aubrey".
***
Na parte da manhã, eu abri os olhos e percebi que estava sozinha na cama de Andrew. Olhei para onde ele estava dormindo e vi uma nota no papel timbrado da GBH:
Tive que correr para o escritório para atender a um novo cliente. Estarei de volta para levá-la para casa. PS: Sinta-se livre para levar sua coleção de calcinhas para casa com você. –Andrew
Saí da cama, pronta para explorar mais de seu condomínio, mas houve uma batida forte repentina na porta. Corri e torci a maçaneta, esperando ver Andrew, mas era um homem vestido todo de preto. "Um... Olá?" Tentei não parecer muito confusa. "Você é Aubrey Everhart?" "Sim..." "Ótimo." Ele me entregou um saco branco. "Waffles Gourmet, bacon, morangos fatiados e suco de laranja, certo?"
Uma
declaração,
na
resposta
do
réu
a
uma
reclamação em uma ação judicial, de que uma alegação (alegação de fato) não é verdadeira.
Eu estava oficialmente fora da minha mente maldita. Eu estava na minha banheira, e Aubrey estava sentada em cima de mim – ofegante enquanto ela descia de outro orgasmo. Ela estava passando a noite no meu apartamento pela terceira vez esta semana, e era inútil até mesmo fingir que eu me importava. Eu não sabia o que diabos estava acontecendo, mas ela definitivamente chegou a mim. Ela foi se infiltrando em cada pensamento meu, e não importa o que eu fiz para tentar voltar para os meus sentidos – me lembrar que isso só podia ser temporário, ela deslizou mais profundo em minha vida. "Por que você está tão quieto hoje à noite?", ela perguntou. "Eu não estou autorizado a pensar?"
"Não quando há uma mulher nua no seu colo." "Eu estava lhe dando uma chance de relaxar." Eu deslizei minhas mãos por baixo de suas coxas. "Que besteira desnecessária que você quer falar hoje?" "Não é desnecessário," disse ela. "É sobre a sua família." "O que sobre minha família?" "Eles ainda estão em Nova York?" Eu me impedi de apertar a minha mandíbula. "Eu não sei." "Você não sabe?" Ela levantou a sobrancelha. "O que quer dizer que você não sabe? Você está distante deles?" "Não...", eu suspirei. "Eu simplesmente não tenho pais." Ela inclinou a cabeça para o lado. "Então, por que eu lembro de você me contando uma história sobre sua mãe no primeiro mês em que nos conhecemos?" "Que história?" "A história sobre o Central Park e sorvete." Ela olhou nos meus olhos, como se estivesse esperando que eu dissesse alguma coisa. "Você disse que ela o levou para alguma quermesse de crianças, eu acho? Era algo que acontecia todos os sábados. Mas o que você mais recordava aconteceu quando estava chovendo e ela ainda levou você, e você ficou na fila por uma hora apenas para obter uma colher de baunilha.” Eu pisquei.
"Essa história não está certa? Estou misturando-a com outra coisa?" "Não," eu disse. "É isso mesmo... Mas eu não a vi desde então." "Ah..." Ela olhou para baixo. "Eu sinto muito." "Não sinta." Eu trilhei um dedo em seus lábios. "Eu me virei muito bem." "Posso te perguntar mais algumas coisas?" "Você tem uma quota de pergunta diária que começa hoje." Ela revirou os olhos. "O que todas as fotos "E" e "H" em seu corredor representam?" Eu senti uma dor súbita no peito. "Nada." "Se você odeia New York tanto e você não gosta de falar sobre o seu passado ou o que você perdeu há seis anos, por que você tem tantas lembranças penduradas em suas paredes?" "Aubrey..." "Ok, esqueça essa pergunta. E a citação em Latim em seu coração? O que isso significa?” "Minta sobre uma coisa, minta sobre tudo..." Eu beijei seus lábios antes que ela pudesse me perguntar qualquer outra coisa. Eu estava começando a me perguntar por que ela não queria ser uma maldita jornalista em vez de uma bailarina. "É a sua vez," ela disse suavemente. "Você pode me fazer perguntas agora."
"Eu prefiro transar com você de novo." Eu levantei-a comigo quando fiquei de pé e ajudei-a a sair da banheira. Ambos nos secamos e fomos para o meu quarto. Assim que eu estava puxando-a contra mim, a minha campainha tocou. Eu
suspirei.
"O
jantar
está
adiantado."
Eu
escorreguei em uma calça de pijama e uma camisa e me dirigi para a porta com meu cartão de crédito. O segundo em que abri, fui confrontado com a visão da última pessoa na terra que eu queria ver. Ava. "Não se atreva a bater a porra da porta em mim desta vez," ela sibilou. "Nós precisamos conversar." "Nós não precisamos falar sobre merda." Eu pisei fora e fechei a porta atrás de mim. "Quantas vezes eu tenho que lhe dizer que você não é bem vinda aqui?” "Quantas vezes forem necessárias para realmente acreditar, que você não faz." Ela zombou. "Pergunte-me porque eu vim para Durham para vê-lo, Sr. Hamilton. Satisfaça-me e eu finalmente irei para bem longe." "Você está indo bem longe de qualquer maneira," eu disse, sem rodeios. "Eu realmente não dou a mínima por que você veio aqui." "Nem mesmo se for para assinar os papéis do divórcio?" "Você poderia ter enviado aquela merda pelo correio." Eu cerrei os dentes. "E desde que eu tenho certeza que você está
ficando sem brechas para contestá-lo, eu estou disposto a esperar até que todas as suas opções se esgotem. Tenho certeza que seus advogados vão deixá-la assim que eles descobrirem que tipo de cliente você é." "Tudo o que eu estou pedindo é dez mil por mês." "Vá pedir ao homem que estava transando com você no nosso quarto enquanto eu estava no trabalho." Eu olhei para ela, lívido. "Ou melhor ainda, peça ao juiz, você apenas ‘fode por um favor,’ ou ei, se você estiver a fim, foda meu ex-melhor amigo. Dormir com ele sempre pareceu fazer você se sentir melhor, certo?" "Você não era o Sr. Perfeito também." "Eu nunca te traí porra, e eu nunca menti para você." Silêncio. "Cinco mil por mês," disse ela. "Vá se foder, Ava." "Você sabe que eu nunca desisto," disse ela, seus olhos se arregalaram quando eu voltei para dentro do meu apartamento. "Eu sempre consigo o que quero." "Eu também." Eu bati a porta na cara dela, sentindo meu coração palpitando, sentindo o ataque de lembranças feias tudo de novo. Chuva. Nova Iorque. Desgosto. Desgosto total e absoluto. Ver Ava em pessoa de novo – ouvir sua voz manipuladora e sentir as dores familiares em meu peito,
imediatamente me fez perceber que eu não poderia cometer o mesmo erro novamente. Aubrey já estava fazendo perguntas, tentando cavar seu caminho para a minha vida tanto quanto ela podia – pensando que se ela ficasse em torno de mim tempo suficiente nós daríamos certo juntos. Mas eu sabia que nunca iria acontecer, não depois de ver Ava e saber o quão longe ela iria para me arruinar tudo de novo. Eu
estava
farto
oficialmente
com
este
jogo
monogâmico que estávamos jogando nas últimas semanas. Foi muito divertido – diferente, mas desde que Aubrey nunca poderia ser minha e eu nunca poderia ser dela, era fodidamente inútil também. Eu voltei para o meu quarto e vi Aubrey sorrindo enquanto ela se estabelecia na cama. "Onde está o jantar?" Ela perguntou, inclinando a cabeça para o lado. "Você o deixou na porta?" "Não." Eu balancei a cabeça e comecei a arrumar suas coisas, colocando-as todas em sua bolsa. "O que você está fazendo?" Ela perguntou. "Você não pode passar a noite." "Tudo
bem..."
Ela
levantou-se.
"Alguma
coisa
aconteceu? Você quer falar sobre –" "Eu não quero falar sobre qualquer outra coisa com você." Eu assobiei. "Eu só quero te levar para casa, inferno."
"O quê?" Ela parecia confusa. "O que há de errado com você? Por que você está –" "Certifique-se de obter todas as suas merdas fora do meu banheiro. Você não vai voltar aqui novamente.” "Por que não?" "Porque eu preciso começar a foder outra pessoa." Peguei sua tiara. "Eu acho que já passei tempo mais que suficiente com você, você não acha?" "Andrew..." O rosto dela caiu. "De onde tudo isso está vindo?" "Do mesmo lugar que sempre veio. Você mentiu para mim uma vez, você vai mentir para mim de novo." "Eu pensei que nós tivéssemos superado isso." "Talvez você tenha, mas eu não." "O que você está dizendo?" "Eu estou dizendo que você precisa pegar todas as suas coisas para que eu possa levá-la para casa, e de agora em diante, você é minha estagiária e eu sou seu chefe. Você vai sempre ser Srta. Everhart, e para você eu vou ser o Sr. Hamilton." "Andrew..." "Sr. Fodido. Hamilton." Ela correu por mim e pegou suas coisas, deixando escapar algumas lágrimas de seus olhos. "Foda-se. FODA-SE. Esta é a última vez que você vai vir com essa merda quente e fria em mim." Ela saiu do meu apartamento, batendo a porta atrás de si.
Suspirei e senti uma pontada de culpa imediata no meu peito, mas eu sabia que era a coisa certa a fazer. Ou cortava essa merda fora agora, ou seria responsável por quebrar o coração dela mais tarde. Eu dei um passo para a varanda e acendi um charuto – olhando para o céu escuro. Embora eu me sentisse mal por terminar as coisas tão abruptamente, por colocá-la para fora sem nenhuma explicação, eu precisava voltar para o que diabos eu era, rápido, antes que eu fodesse e colocasse meu coração na linha de novo...
Andrew
(Bem... naquela
época,
você
teria me
chamado de "Liam A. Henderson")
Há alguma coisa sobre esta cidade que me faz acreditar novamente. É a esperança no ar, as luzes piscando que brilham mais do que em qualquer outro lugar, e os sonhadores que enchem as ruas dia após dia – relutantes em desistir diante de suas falhas, até que eles finalmente vençam. Não há outra cidade como esta, e não há nada mais atraente do lado de fora destas linhas estatais — nada que me fará alguma vez partir. À medida que o sol se põe à distância, eu envolvo meu braço em torno da cintura da minha esposa. Estamos de pé contra a grade da ponte do Brooklyn – sorrindo porque eu adicionei outro cliente de alto perfil para a minha empresa. "Você acha que um dia os jornais vão realmente dizer a verdade sobre o seu primeiro caso?" Ela olhou para mim com seus olhos verdes. "Ou você acha que eles vão continuar varrendoo para debaixo do tapete?"
"Varrendo-o para debaixo do tapete." Eu suspiro. "Eu duvido que o governo queira que as pessoas saibam que um garoto recém-saído da faculdade de direito tenha descoberto uma conspiração. É um insulto à sua organização.” "Então, você está bem em ser reduzido a uma questão de perigo fortuito que vai acontecer daqui a dez anos? ‘Vou conseguir os advogados que nunca tiveram crédito por duzentos, Alex.’ Você está bem com isso?" "Por que eu não deveria estar?" Eu beijo sua testa. "Eu não preciso que os jornais imprimam o meu nome para obter clientes. As pessoas sabiam, foi assim que eles me encontraram." "Você deveria ser muito maior do que o que você é..." Ela balança a cabeça, sussurrando: "O seu nome deveria estar estampado em todos os outdoors na cidade. Idiotas do caralho...” Sorrindo, eu aperto meu braço em volta da sua cintura e começo a caminhada de volta para o nosso carro. De todas as pessoas que entram e saem da minha vida, Ava Sanchez tem sido a única constante. Ela é a única mulher que eu já amei, e desde o dia em que eu a fiz minha no nosso casamento, há três anos, eu jurei que isso nunca iria mudar. "Eu também estava pensando," diz ela, deslizando para o banco do passageiro, “que, talvez, eu, você e seu parceiro Kevin poderíamos sair para um encontro de solteiros no próximo fim de semana." “Porque nós iríamos a um encontro de solteiros?”
"É mais para Kevin... Ele precisa ter a sua própria vida. Estou cansada de tê-lo pendurado ao nosso redor o tempo todo. É ruim o suficiente que todos nós trabalhamos em sua empresa juntos, mas nós temos que passar cada momento nosso juntos, também?" Rindo, eu dirigi pelas ruas da cidade e para a enorme casa de arenito que nós compartilhamos. Foi a primeira compra que eu tinha feito, depois de vencer o ‘caso que nunca existiu’, e Ava insistiu para que eu comprasse a mais cara. "Porque você fodidamente merece isso," ela tinha dito. "E você nunca se delicia com nada de bom... Isso é o que eu não entendo sobre você, Liam. Você é um cara tão legal para todos, mas para si mesmo..." Eu estacionei nosso carro em frente a nossa casa e imediatamente saí para abrir sua porta. Como de costume, Ava sussurrou, "Eu aposto que ela vai gritar para você primeiro," quando começamos a subir os degraus. O segundo em que entramos, aquela voz doce familiar ressoa em toda a sala. "Papaiiiii!" Eu solto a mão de Ava e me abaixo para que a minha filha – Emma Henderson, possa correr para meus braços. Ela é a melhor parte do meu dia, a melhor parte da minha vida, e vê-la sempre traz um sorriso inquebrável ao meu rosto. Eu beijo sua testa enquanto ela incoerentemente balbucia sobre o seu dia com a babá, e eu sorrio quando seus olhos azuis fitam os meus.
Eu não tenho consciência disso agora – estou muito cego e feliz para ver, mas nos meses que estão por vir, a minha vida vai desvencilhar tão rápida e inesperadamente que eu desejarei que eu nunca tivesse existido. As mentiras que vêm a tona vão ser tão devastadoras e esmagadoras que toda a minha vida vai desmoronar ao meu redor. Mas a pior parte, a parte que vai me quebrar, é não saber que este momento presente com a minha "filha" será a última boa lembrança de Nova York que eu sempre vou ter...