Nixon Alexandre Junior Ribeirão Preto - SP
CONJUNTO HABITACIOAL NOMAD’S
Centro universitário Moura Lacerda
NIXON ALEXANDRE JUNIOR
CONJUNTO HABITACIONAL NOMAD’S
Projeto de Pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais sob orientação do Prof. Ms. Francisco Gimenes para a obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.
RIBEIRÃO PRETO 2014 3
Agradeço
a
todos
que
contribuíram no decorrer desta jornada, em especialmente, a Deus, a quem devo minha
vida e que me proporcionou saúde para o cumprimento desta importante etapa da minha vida, a minha família que sempre me apoiou nos estudos e nas escolhas tomadas, a minha namorada Ariane por sempre me incentivar e compreender nos momentos difíceis, ao orientador Prof. Ms. Francisco Gimenes que teve papel fundamental na elaboração deste trabalho, aos meus colegas
pelo companheirismo e disponibilidade para me auxiliar em vários momentos.
4
RESUMO
Morar em um imóvel prático, moderno e que favorece quem procura por qualidade de vida. Esta tem sido uma busca constante, que também chegou às cidades interioranas. E para satisfazer esse público, uma nova tendência de mercado ganha cada vez mais adeptos. Trata-se de habitações racionalizadas e multifuncionais , conceito atual que alia praticidade e modernidade. Neste trabalho estudaremos a caminhada deste novo conceito de habitação e apresentaremos um projeto de um conjunto habitacional racionalizado e multifuncional para a cidade de Ribeirão Preto.
5
ABSTRACT
Living in a practical modern property , and favoring those looking for quality of life . This has
been a constant search , which also reached the inner cities . And to satisfy that audience , a new market trend gains more supporters . It is streamlined and multifunctional housing , current concept that combines practicality and modernity . In this work we study the walk of this new housing concept and present a design of a streamlined and multifunctional housing for the city of Ribeir達o Preto.
6
ÍNDICE
1 APRESENTAÇÃO..........................................................................................8
2 CONTEXTO HISTÓRICO..............................................................................13
3 NOVOS MODOS DE MORAR......................................................................22
4 RPOJETAR PEQUENAS HABITAÇÕES...........................................................24
5 O PROJETO...............................................................................................28
5.1 LOCALIZAÇÃO......................................................................................29 5.2 LEVANTAMENTOS................................................................................35 5.3 MEMORIAL DESCRITIVO......................................................................43 5.4 MEMORIAL JUSTIICATIVO....................................................................44 5.5 DESENVOLVIMENTO............................................................................45 5.6 PLANTAS E CORTES..............................................................................46 5.7 PERSPECTIVAS.....................................................................................51
7
APRESENTAÇÃO
Habitar é o a razão existencial da
em conta o “como” e “para quem”, isto é, de que
arquitetura. A casa é o lugar fundado, sujeito a uma
modo ele deve agir e para quem é desenvolvida a
transformação cultural, ao qual é atribuído um
habitação,
significado e tipologia. É através da Arquitetura que
funcionalidade, racionalidade e o conforto. Com a
um lugar é transformado culturalmente em espaço
citação a seguir de Aymonino podemos observar a
doméstico. Habitar implica, então, a definição de um
proposta de um conjunto habitacional racionalizado.
espaço, onde o exterior e interior faz parte da sua
Segundo GROPIUS (1997) bem mais importante,
composição. A fundação de um lugar e a demarcação
porém, que essa economia funcional, é a produção
de um limite físico traduz-se na criação de um
intelectual de uma nova visão do espaço no processo
“individualismo”, característica central do espaço
de criação arquitetônica.
doméstico.
Não houve a pretensão de ser original neste tema,
Para muitos autores, a habitação está associada,
mas selecionar, refletir e cruzar informação, pelo que
essencialmente, à ideia de abrigo e, a partir deste
o objetivo geral do trabalho converge no sentido de
conceito, surge a ideia de criação do lar. O arquiteto é
estudar o conceito da habitação, tema central na
quem desenha e desenvolve o projeto de uma
arquitetura e indissociável da história da civilização e
habitação, influenciando completamente a vivência
da construção da sociedade.
dos
habitantes.
Neste
trabalho,
associando
conceitos
como
a
considera-se
pertinente repensar o modo de encarar o projeto. Daí
a necessidade de repensar o papel do arquiteto, tendo 8
Então será estudado o percurso do tema
sócias e culturais. Neste seguimento, coloca-se questão:
da habitação desde o Movimento Moderno até aos dias
Como é possível responder às todas as necessidades do
de hoje, onde a necessidade de funcionalidade e
habitante e garantir a sua satisfação plena? Em tom de
conforto, aliada ao desenvolvimento da sociedade,
resposta, surge o conceito de flexibilidade, associado a
continua a ser um tema pertinente. O trabalho parte da
uma maior polivalência e versatilidade do espaço
vontade de pensar no tema da habitação racionalizada,
habitado, de modo a adequar a habitação aos modos de
não como algo condicionante da vida dos moradores, e
vida dos utentes, dando resposta às suas mais diversas
sim, pensar a habitação de carácter mínimo como um
necessidades e aspirações, e à vontade de intervir no
ponto de partida para a procura de inovações e soluções
seu habitat, tornando-o mais personalizado.
que possam garantir a desejada ideia de lar, garantindo a qualidade habitacional. Viollet-le-Duc pregou em seus Entretiens (1863 e 1872) uma abordagem funcionalista da arquitetura através de uma aliança da forma com a necessidade e com os meios de construção, defendendo um estilo para o século XIX, tendo em vista os novos recursos provenientes da indústria e da facilidade de transporte. Sua teoria não se traduziu em prática (PEVSNER, 1981, p. 15-16).
A arquitetura passava a ter uma base científica, buscando inspiração no racionalismo e na experimentação. Alguns temas passaram a ser explorados mais intensamente pelos arquitetos, como a tecnologia dos materiais e da engenharia, efeitos de saúde pública das diferentes zonas construídas, compreensão das relações sociais básicas que podem afetar a privacidade e demais arranjos espaciais (ROWE, 1995, p. 43-45).
Entende-se como qualidade habitacional, a resposta plena às várias necessidades do homem, desde necessidades básicas, às necessidades económicas, 9
Neste
será
uma espécie de evolução do “morar em condomínios”
desenvolvida com o objetivo de expor e considerar o
associada a equipamentos tecnológicos, operações
percurso da habitação mínima. Neste contexto será
especializadas, redução das áreas privativas e aumento
exposto o percurso da habitação no Movimento
das áreas comuns, modificação da forma de móveis e
Moderno, onde se apresenta um formato gradual e
eletrodomésticos, dentre outros. Tais fatores nos levam a
temporal de alguns aspectos importantes referentes ao
crer que as pessoas estão se organizando e vivendo em
surgimento das primeiras necessidades de se construírem
espaços cada vez menores e compactos.
habitações sociais e de se estabelecerem mínimos de
Essa readequação ou rearranjo das sociedades, famílias,
habitabilidade. Neste sentido, arquitetos como Walter
produtos para consumo (imóveis) e hábitos refletem e
Gropius e Le Corbusier, são nomes ímpares na discussão
influenciam diretamente o morar nos centros urbanos. De
deste tema. Contudo, este período da história da
tempos em tempos verificamos que alguns tipos de
Arquitetura acaba por ficar conhecido como o período
produtos prevalecem nos lançamentos imobiliários e
industrial, funcional e racional, tendo criado habitações
anúncios de vendas, conforme os perfis (de famílias,
muito limitadoras da espontaneidade e liberdade do
executivos, casais, solteiros, tipo de ocupação e bairros –
homem, características fundamentais no ser humano.
que possuem características peculiares). É a sociedade
Assim obtemos um ponto de partida para a procura do
em adequações. Seria isso uma constatação, um processo
conforto, funcionalidade em um espaço racionalizado.
evolutivo
O assunto “habitação” requer um estudo aprofundado e
racionalizados e organizados milimetricamente.
multidisciplinar
das
trabalho
uma
sociedades,
dos
pesquisa
hábitos,
dos
atuais
espaços
contemporâneos
das
transformações e mudanças. Na atualidade, parece haver 10
Em função de uma tendência, já de
das áreas construídas, com a consequente otimização
tempo observada, da diminuição da área da habitação na
das áreas úteis.
maior parte dos centros urbanos. O encarecimento
Morar em um imóvel moderno, prático e que favoreça
gradativo do solo urbano é a causa desta redução de
quem procura por qualidade de vida, este é o principal
áreas e nada permite prever, antes pelo contrário, uma
objetivo do tema abordado. E para satisfazer esse
desaceleração deste processo a curto-médio prazo.
público, uma nova tendência de mercado será proposta
Será necessário e, por outro lado, inevitável reverter a
neste trabalho, porém, abordada por outro ponto de
tendência observada nos últimos anos, de ampliar os
vista, conceito atual que alia praticidade e modernidade.
programas residenciais das classes médias com espaços
A habitação mínima é uma tendência que chega com
especializados de novos usos (área gourmet e etc.)
força nas cidades do interior, principalmente porque ele
levando as plantas, cada vez mais compartimentadas, e,
se adapta facilmente às necessidades da comunidade
opostamente, suas áreas cada vez mais reduzidas. Esta
local. São residências integradas e racionalizadas, onde o
contradição chegou ao seu limite.
morador tem as facilidades de um imóvel compacto.
As soluções para este problema virão através da
Isso porque, empreendimentos com estas características
descompartimentação, reduzindo o número de espaços
possuem diferenciais e serviços comuns a todos os
de funções especializadas e substituindo-os por espaço
moradores, área de lazer, espaço gourmet, salão de
adequado para uso multifuncional. Mudanças nos
festas, academia, entre outros.
padrões de uso, ocupação e organização do espaço na moradia são, portanto, indispensáveis diante da redução
11
Outra vantagem da habitação mínima é o custo-benefício. Com preço acessível, o imóvel possui variadas opções de negócio, que inclui venda e locação para pessoas com diferentes necessidades. A habitação compacta é
perfeita para o público single, que inclui desde casais jovens, que procuram pelo primeiro imóvel, e também para casais cujos filhos já saíram de casa. Além disso, é alternativa para profissionais em início de carreira até idosos que moram sozinhos. Seja pela praticidade, pela modernidade, ou para investimento, a habitação mínima é um conceito que chegou para ficar. Antes de comprar um
imóvel, as pessoas precisam avaliar o que é melhor para elas. E, nesta avaliação, pensar em elementos que favoreçam a qualidade de vida, sem esquecer o custo-benefício. Diante disso tudo, muita gente vai perceber que uma habitação racionalizada tem plenas condições de ser uma opção viável para uma vida feliz e prática. 12
CONTEXTO HISTÓRICO
Uma época de particular importância de
deriva do novo tratamento científico do comportamento
nossa era moderna tratou intensa- mente da habitação
humano, que passou a ser estudado sob parâmetros
mínima urbana. Foi entre 1920 e 1930, quando as
normativos e mensuráveis. Ernst May chamava a
realizações e o debate sobre habitação e sua inserção
atenção para a necessidade de resolver os problemas
urbana ganharam vulto, sobretudo nos congressos
técnicos individuais da habitação mínima antes de saber
internacionais de arquitetura moderna – CIAMs.
o quanto sua área poderia ser reduzida.
Superpopulação, condições precárias de higiene e
A área mínima por pessoa variava de 12,5 a 14 m2,
edificações inseguras eram comuns nas cidades em
principalmente nos projetos de Ernst May dos conjuntos
crescimento. A forma mais conhecida de habitação para
habitacionais de Frankfurt. Le Corbusier chegou a um
os trabalhadores eram construções que ocupavam todo
valor de 14 m2 por pessoa, a que chamou de “unidade
o espaço disponível do lote ou de uma quadra,
biológica” ou “célula”.
prejudicando imensamente as condições de ventilação e iluminação. Essa era uma realidade no século XIX na
Padrão mínimo – CIAM 1929
Europa e nos Estados Unidos, observada no Brasil principalmente no início do século XX.
As primeiras regulamentações definiam os padrões
Normas espaciais para habitações surgiram juntamente
dimensionais mínimos com base em fatores de
com a necessidade de estandardização para produção
segurança e saúde. Somente no início do século XX
em massa, devido ao déficit habitacional cada vez maior.
apareceram outras bases para definição do mínimo para
A concepção de normas padronizadas para se viver
a habitação. 13
Em Viena, onde foi implantado um vasto programa
congresso, a habitação mínima era um instrumento
entre 1929 e 1934, que pretendia planejar e resolver a
social indispensável para a nova era e, na retórica
questão da habitação para trabalhadores, sem querer
positivista, incorporava um apelo à precisão científica
representar um modelo ou ser referência ideal, como a
para superar costumes tradicionais (ROWE, 1995, p. 57).
experiência alemã e, mais tarde, a Unité d’habitation de
Em 1924, em Conseaux-Vevey, foi concluida uma casa
Le Corbusier, construíram-se habitações de 21 m2 para
que Le corbusier projetou para os seus pais, nas
pessoas solteiras, de 40 m2 com dois dormitórios e, por
margens do lago de Genebra. “Une petit maison” que já
fim, apartamentos de 57 m2 com três dormitórios
respondia ao programa de uma habitação mínima
(AYMONINO, 1973).
destinada a abrigar duas pessoas que vivem sozinhas e
Muito mais do que uma simples relação de metragem
não têm empregados. Um paralelogramo de 16 por 4
quadrada por pessoa, acrescentou-se o critério do
metros em que num piso se situava a sala de estar, o
mínimo social no debate sobre a Existenzminimum
quarto, um pequeno salão que podia ser convertido em
(habitação para o mínimo nível de vida) durante o
quarto para os hóspedes, um vestíbulo, uma casa de
Congresso Internacional de Arquitetura Moderna de
banho, uma cozinha e um armário armazenamento de
1929, ocorrido em projetos de Siedlung estavam sendo
roupas.
desenvolvidos. A concepção de uma habitação mínima
envolveria
resoluções
de
amplas
necessidades
biológicas e psicológicas no sistema estático da construção em si. Segundo os participantes desse
14
Numa elevação adicional acessível
lago e pelos materiais de construção baratos,
pelas escadas situava-se outro quarto. Contudo,
levaram a que Le Corbusier revestisse o exterior
blocos de betão que foram usados para as paredes
com alumínio em 1950.
eram bons condutores de calor e frio, o que em
conjunto com problemas estruturais causados pelo
Figura 1: Une Petit Maison Vista frontal – Fonte http://www.flickr.com/photos/maxbucher/4690300450/sizes/m/in/photostream/
15
Figura 2: Planta de Une Petit Maison – Fonte: http://www.myspace.com/fujioishikawa/photos/5635526
16
Em
1927,em
Estugarda,
a
associação de arquitetos Deutscher Werkbund organizou
uma
exposição
de
novas
ideias
arquitetónicas que queriam difundir, que consistia em mostrar as novidades construtivas através de 16 vivendas agrupadas na colónia Weissenhof, sob a coordenação de Mies Van der Rohe.
Ai, Le
Corbusier realizou um projeto que duas divisões alteram a sua função consoante a noite e o dia, a Double House. A cama que se pode recolher para o interior do armário e a divisória deslizante com uma porta de bater, permitiam essa diferenciação de usos
do
mesmo
espaço,
características multifuncionais.
revelando já A sua ideia de
máquina de habitar também originou que adaptasse características de máquinas, o que
Figura 3: Planta do primeiro piso da Double House – Fonte http://en.wikiarquitectura.com/index.php/File:Casa_Weissen_Plan ta_superior.jpg
aconteceu neste caso, onde a cozinha e o corredor de 60 centímetros se assemelham aos dos vagões dos comboios.
17
Figura 4: Porta deslizante da Double House – Fonte: Documentário da BBC The Genius of Design, Designs for Living
18
Figura 5: Cama de recolher da Double House – Fonte: http://pinterest.com/pin/201254677069173182/
19
Outro
grande
contributo
para
o
reduzidas para
alojar a
classe
operaria mais
desenvolvimento destes estudos foi dado pelo
desfavorecida, fazendo apenas sentido se o custo e o
arquiteto russo Alexander Klein, que teve também
tempo da sua construção fosse consideravelmente
atividade na Alemanha e em Israel, que se dedicou
reduzido. Segundo Anatole Kopp, no seu livro
principalmente
edificação
“Quando o moderno não era um estilo e sim uma
residencial e à redução dos seus custos. Nas suas
causa”, Le Corbusier defendia que esta problemática
investigações sobre uma metodologia científica
de habitar o mínimo não era apenas uma questão
aplicável aos problemas de vivenda, elabora e publica
relacionada com a área e o preço de um edifício. O
um método de valorização racional de vivendas, que é
comportamento do seu utilizador também precisava
apresentada no congresso de Federação Internacional
de ser racional, o que implicava que se vivesse de
da Vivenda e do Urbanismo em Paris em 1928.
outra maneira e que cada habitante tivesse o seu
Seguindo os critérios desse método projeta uma
próprio quarto, por muito pequeno que fosse.
planta tipo que será apresentada no segundo CIAM -
Também no mesmo livro o autor refere que, segundo
Congresso Internacional de Arquitetura Moderna - de
Gropius, a cozinha deveria ser “concebida de maneira
Frankfurt em 1929. Neste evento são apresentadas
a simplificar ao máximo o trabalho doméstico e que a
algumas tipologias de habitação desenvolvidas em
mobília, enfim, não imite o mobiliário burguês, mas
diversos países participantes, e é discutida a ideia
seja, ao contrário, concebida em função de uma
“Diewohnung Fur das Existenzminimum” ou que
manutenção simples, de condições de vida higiénicas
significa Habitação para o mínimo de vida. Esta ideia
e de um preço baixo.”
à
problemática
da
tem como objetivo a produção de casas de áreas 20
A maneira de ver a cozinha como
“laboratório da dona de casa”, usando o mínimo de
um espaço exclusivo à preparação de refeições e
espaço com oferta do máximo conforto e
equipada com eletrodomésticos associa-se também
equipamento. Este modelo é ainda hoje utilizado no
aos princípios da estandardização e dá origem a
mundo ocidental.
Cozinha de Frankfurt, projetada por Margarete Schütte Lihottzky, em 1926, que considerava ser o
Figura 6: Cozinha de Frankfurt reconstruida – Fonte: http://zeldalily.com/index.php/2010/09/the-history-of-the-kitchen-progressive-or-perpetuation- of-drudgery/
21
NOVOS MODOS DE MORAR
tona uma necessidade por projetos mais flexíveis, que O homem contemporâneo tem como
atendam à nova demanda por moradia.
característica marcante a crescente diversidade socio-
Os projetos habitacionais com referência ao estilo
cultural, de modos e estilos de vida. Uma família
burguês do século xviii, que se caracteriza pela tripartição
numerosa pode em dado momento diminuir de
em zonas (social, íntimo e serviço), bem como a
tamanho, assim como uma pessoa solteira que more
subdivisão em cômodos específicos e monofuncionais
sozinha
aumentando
reproduzidos em larga escala, não se compatibilizam de
significativamente a necessidade de espaço e a alteração
maneira satisfatória com as diversidades de usos e de
do programa. Ao longo do tempo, o ciclo familiar se
necessidades presentes no modo de vida do homem
transforma, cresce, diminui, enfim, se reconfigura.
contemporâneo. A temática da flexibilidade na habitação
A família ao longo do seu ciclo não é uma instituição
é frequentemente abordada nos dias de hoje, com o
estática. O núcleo familiar transforma-se a cada etapa do
intuito de contribuir para uma dissolução da rigidez dos
seu ciclo, onde há a entrada de membros e o
projetos habitacionais, tanto no âmbito do programa,
desligamento de outros, numa dinâmica natural e
como em sua concepção construtiva de modo a adaptar-
necessária.
se aos diversos modos de vida. Busca-se a flexibilidade
Esta crescente mobilidade da estrutura familiar e o
em diversas escalas, desde o âmbito global da escala do
surgimento de novos arranjos familiares, incomuns, há
edifício, até a escala do mobiliário, com o intuito de
algumas décadas, em associação com novos hábitos e
produzir uma arquitetura que assim como a sociedade,
modos de vida que vem surgindo a cada dia, trazem à
seja capaz de se transformar e de se adaptar.
pode
constituir
família,
22
O percurso académico da maioria dos
Por vezes, o fato de não possuírem veículo próprio para
jovens que mudaram de cidade para tirar um curso
se deslocarem, a sua escolha tende ser o mais próximo
superior fica marcado pela procura da casa onde morar
possível da universidade. Por sua vez, em muitas
temporariamente. Por vezes, o fato de não possuírem
cidades do país, tal como em Ribeirão Preto, muitos
veículo próprio para se deslocarem, a sua escolha
acabam por alugar quartos nos centros das cidades, em
tende ser o mais próximo possível da universidade. Por
edifícios que foram outrora habitados por moradores
sua vez, em muitas cidades do país, tal como em
da cidade, que posteriormente procuraram melhor
Ribeirão Preto, muitos acabam por alugar quartos nos
qualidade em zonas novas, deixando a antiga para fins
centros das cidades, em edifícios que foram outrora
de arrendamento. O que sucede a alguns que optam
habitados
que
por habitações mais antigas, talvez por conseguirem
posteriormente procuraram melhor qualidade em
uma melhor relação entre preço e proximidade do local
zonas novas, deixando a antiga para fins de
de estudo, é verem-se sujeitos a espaços bastante
arrendamento. A temática da flexibilidade na habitação
reduzidos e desta forma, terem que fazer uma seleção
é frequentemente abordada neste trabalho, com o
daquilo que realmente precisam para o seu dia-a-dia.
intuito de contribuir para uma dissolução da rigidez dos
No entanto, essa escolha de viver num espaço mais
projetos habitacionais, tanto no âmbito do programa,
reduzido para reduzir despesas, poderia ser uma boa
como em sua concepção construtiva de modo a
solução para pessoas em diferentes fases da vida, que
adaptar-se aos diversos modos de vida. Busca-se a
muitas vezes preferem ficar presos a um local devido a
flexibilidade em diversas escalas, desde o âmbito global
um crédito, o que acaba por as desencorajar a procurar
da escala do edifício, até a escala do mobiliário, com o
melhores empregos noutras cidades ou noutros países.
por
moradores
da
cidade,
intuito de produzir uma arquitetura que assim como a sociedade, seja capaz de se transformar e de se adaptar.
23
PROJETAR PEQUENAS HABITAÇÕES
Sempre que se aborda a questão da
louças e fogão define a cozinha, o móvel com a televisão
minimização do espaço destinado a vivenda, o arquiteto
define a sala e a cama e o roupeiro, o quarto. No caso de
enfrenta o dilema da compartimentação do espaço em
habitações com duas divisões distintas ou mezaninos,
relação à sua definição tipológica. Se tentarmos
pode ser feita uma distinção entre o espaço mais e
construir uma casa com uma geometria e disposição do
menos privado, sendo o menos privado composto por
espaço convencionais num lote com uma área muito
uma cozinha, sala de jantar e de estar em conjunto, e o
reduzida, acabamos por tornar o espaço ainda mais
mais privado um local de descanso e de arrumação de
apertado. Não se trata apenas de reduzir as dimensões
vestuário. Esta tipologia pode também assumir o local
das divisões, mantendo a tipologia e relação entre os
menos privado como local de trabalho, uma vez que a
espaços habitualmente verificadas nas habitações
fronteira que separa o espaço destinado a trabalho e o
maiores. Para tornar a casa o mais espaçosa possível, é
destinado ao lazer domestico, começou a diluir-se.
necessário pensar em novas estruturas e métodos de
Como forma simbólica de separação da cozinha do
construir. As casas pequenas, por vezes economizam
restante espaço, pode por vezes surgir uma diferença do
espaço com a extinção de elementos convencionais
material que reveste o pavimento, que também se
como halls de entrada, corredores e paredes interiores,
justifica pelas agressões a que o pavimento possa estar
chegando às habitações com uma única divisão. Com
sujeito, ou uma pequena alteração de cota como no
essa ausência de paredes, o próprio mobiliário acaba por
caso da Casa Nakaikegami, de Tomoyuki Utsumi.
definir os espaços e dividir, de uma forma imaginária,
todo o espaço amplo. Assim o mobiliário com o lava 24
A otimização do movimento no interior
poderão haver diferentes juízos sobre qual o mais
de uma casa pode opor-se aos desejos de intimidade
higiénico, pois o de imersão pode ser considerado
por parte de quem a habita.
apenas um luxo, enquanto o chuveiro também pode ser
Em ambas as situações, de uma ou duas divisões, a
considerado primitivo em relação à banheira.
separação da casa de banho está dependente dos hábitos e dos aspetos culturais do local onde esta situada a casa. Desta forma o facto de existir uma sanita e uma banheira separados apenas por uma cortina ou um envidraçado, do quarto ou até mesmo da sala, no caso de casas de uma única divisão, pode
provocar algum transtorno em algumas culturas como a nossa. No entanto, para os habitantes de Tóquio, pode ser considerado um privilégio, uma vez que já não têm que recorrer a banhos públicos, ou utilizar uma casa de banho comum de vários apartamentos. Tornam-se também importantes os hábitos do banho da cultura em que está inserida a casa e ainda que o ideal fosse minimizar a superfície necessária para essa atividade,
25
Um caso em que se pode observar
a
evolução
da
organização do espaço é no apartamento de Gary Chang, que com as sucessivas alterações e demolições de paredes interiores, passou
de
uma
tipologia
convencional que se assemelhava a um T2, para uma divisão ampla apenas com uma separação sutil da casa de banho, mas ainda assim, apenas a sanita está completamente separada e a banheira Figura 7: Casa de banho visível do quarto e do escritório – Fonte: Practical Ideas for Small Spaces, pág.20
fica
visível,
quando
revelada pela estrutura que a oculta,
podendo
ainda
ser
possível abrir uma cama sobre esta.
26
Figura 8: Evolução do apartamento de Gary Chang - Fonte: http://blog.kineticarchitecture.net/2011/03/32m2/
27
28
O PROJETO
LOCALIZAÇÃO
O terreno escolhido está localizado no quadrilátero
central da cidade de Ribeirão Preto, entre as ruas José Bonifácio, Av. Jerônimo Gonçalves, Mariana Junqueira e Duque de Caxias. Na área funcionava dois estacionamentos, sendo, um voltado para Av. Jerônimo Gonçalves e outro para Rua José Bonifácio. Não apresenta um desnível considerável. Central Figura 9 -Município de Ribeirão Preto Fonte: www.maps.google.com.br com interferência da autora
(AQC). O Terreno é conveniente para a construção do projeto, pois comporta
perfeitamente
programa
de
o
necessidades
proposto, pois facilita o acesso do
pedestre
fachadas. acordo
em
ambas
Encontra-se com
Complementar
de
de
a
Lei
2011
no
artigo 6º: I – Área Especial do Quadrilátero Figura 10 -Município de Ribeirão Preto Fonte: www.maps.google.com.br com interferência da autora
29
Figura 11 – Vista de satélite do quadrilátero central - Fonte: Google Earth – com interferência do autor
Futuras instalações do Shopping Buriti
Quadra de intervenção
SESC
Teatro Pedro II
Mercado Municipal
Rodoviária Municipal
UBDS Central
30
Figura 12 – Vista de satélite da quadra - Fonte: Google Earth – com interferência do autor
Quadra do lote de intervenção
31
Figura 13– Vista de satélite do lote - Fonte: Google Earth – com interferência do autor
Lote de intervenção com o estacionamento à ser demolido para implantação do conjunto Habitacional NOMAD’S - 4184m² 32
Figura 14– Foto da fachada do estacionamento confronte à avenida Jerônimo Gonçalves - Fonte: Google Earth
33
Figura 15– Foto da fachada do estacionamento confronte à Rua José Bonifácio - Fonte: Google Earth
34
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
VENTOS PREDOMINANTES
I - Recuo frontal igual ou superior a 4,00m (quatro
Na
maior
parte
do
ano
há
metros), não se aplicando esta restrição quando as
predominância de ventos vindos de sudeste (SE), com
edificações forem destinadas a garagens cobertas.
exceção do período de dezembro– fevereiro, quando
II - Recuos laterais: igual ou superior a altura do edifício
também há predominância de ventos noroeste (NW),
dividido por seis, representado pela fórmula H/6, não
período em que a velocidade média diária começa a
se aplicando restrições quando as edificações sobre os
diminuir. De agosto a novembro os ventos sopram
recuos
cobertas;
com intensidade superior a média, sendo que o mês de
III - Recuos de fundo: igual ou superior a altura do
setembro é o de ventos com velocidades mais
edifício dividido por seis, representado pela fórmula
elevadas, tanto noturnas quanto diurnas. De janeiro a
H/6, não se aplicando restrições quando as edificações
julho os ventos são menos intensos, sendo o mês de
sobre os recuos forem destinadas a garagens cobertas.”
abril
forem
destinadas
à
garagens
o
de
menores
velocidades
médias.
O
Parágrafo Único - Não serão aplicadas restrições de
comportamento da velocidade dos ventos foi muito
recuo até o alinhamento frontal, lateral e de fundos
variável no período, havendo um aumento médio de
para edificação de garagens cobertas com gabarito
40% nas velocidades dos ventos diurnos em relação aos
igual ou superior a 10,0 m (dez metros) executados no
noturnos. (Revista Brasileira de Meteorologia, v.23, n.1,
pavimento térreo.”
30-34, 2008).
www.ribeiraopreto.sp.gov.br
35
Ao observarmos o Mapa 1 de uso e ocupação do solo referente à atividade residencial, verificamos
que
a
maior
concentração do uso residencial encontra-se nos setores sul, oeste e leste.
MAPA 1 Uso e ocupação do solo: residencial Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão Pública – Departamento de Urbanismo – PMRP, 2008
36
O Mapa 2 de uso e ocupação do solo para a atividade do
comércio
claramente,
uma
nos
mostra,
concentração
desta atividade no setor norte da cidade, o que vem sendo observado, inclusive, desde as origens da cidade. Neste setor encontram-se
três equipamentos importantes, o Centro
Comercial
instalado
no
Terminal Rodoviário o Mercado Público Municipal(11) e o Centro Popular
de
Compras
respectivamente,
que
–
CPC, mesmo
localizado na área limítrofe do quadrilátero interfere diretamente na dinâmica do local MAPA 2 Uso e ocupação do solo: prestação de serviço Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão Pública – Departamento de Urbanismo – PMRP, 2008
37
Ao observarmos o Mapa 3 de uso e ocupação do solo referente à atividade de prestação
de
serviços
verificamos, também, que a
maior
encontra-se
concentração no
setor
norte, ver fotos 20 e 21, no entanto, percebemos que há uma tendência de
expansão em direção aos demais setores.
MAPA 3 Uso e ocupação do solo: prestação de serviço Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão Pública – Departamento de Urbanismo – PMRP, 2008
38
MAPA 4 Uso do solo – vetor de desenvolvimento Fonte: Secretaria de Planejamento e Gestão Pública – Departamento de Urbanismo – PMRP, 2008 com interferência do autor
39
Foto 16 Quadrilátero Central. Fonte: Secretaria de Turismo de Ribeirão Preto com interferência do autor Ao analisarmos o mapa 4 de uso e ocupação do solo residencial, comercial e prestação de serviços e a foto 16 do quadrilátero central observamos que apesar da migração nos setores norte, oeste e leste transformando muitos edifícios e espaços em áreas “vazias” ou subutilizadas o quadrilátero central, ainda, abriga a maior concentração das atividades do comércio e prestação de serviços da cidade, percebese, no entanto, uma expansão destas atividades em direção ao setor sul onde percebemos a maior diversidade de atividades, inclusive, residencial. O setor norte, local de origem e propagador do desenvolvimento da cidade, ainda, mantém-se “vivo” em função não apenas das atividades do comércio e prestação de serviços mas, também, pela concentração de edifícios e ou conjuntos histórico e ou cultura.
40
ESTRUTURA VIÁRIA
Na
questão
viária
temos
uma
certa
precariedade no quadrilátero central da cidade devido o inchaço urbano, isso ocasiona uma
dificuldade de locomoção
do
transporte
público pela cidade, bem como um trânsito excessivo em alguns horários. Devido o grande numero de carros principalmente em horários de pico atrapalha muito a locomoção do transporte público, devido a isso entro em vigor os corredores exclusivos para ônibus nas principais vias, assim o transporte urbano calcula uma melhora de 60% segundo órgão municipal
Mapa 5 - Vias principais de acesso ao quadrilátero central Fonte: Plano viário - Sistema viário – hierarquia física Secretaria de Planejamento e Gestão pública – PMRP, 2007 Com interferência do autor
41
O centro de Ribeirão Preto possui as ruas muito estreitas que já não suporta mais a demanda de veículos. E em pesquisas informais com a comunidade que passa frequenta pelo local, constatou a importância e a necessidade de um Museu. Um dos pontos positivos é a valorização desta área, sendo que o parque Maurilio Biagi está próximo, escolas, a principal Rodoviária da cidade
e vários lotes comercias a sua volta.
Mapa 6 - Vias principais de acesso ao quadrilátero central Fonte: Plano viário - Sistema viário – hierarquia física Secretaria de Planejamento e Gestão pública – PMRP, 2007 Com interferência do autor
42
MEMORIAL DESCRITIVO • Determinou-se para a estrutura do projeto que será
,
Para
fornecer
flexibilidade
para
a
circulação
usado a estrutura de concreto armado,,sendo pilares
dosmoradores entre todos os níveis do edifício.
retangulares e as lajes nervuradas, o que permite
• O estudo da dinâmica entre o edifício e seu entorno
maiores vãos entre pilares de forma que o espaço
junto a cidade é alcançada pelo contraste de uma
fique mais amplo. Isso será fundamental para os
arquitetura
visitantes e comerciantes que circularão pelos galerias.
neocoloniais, além de proporcionar acessos amplos e
Os fechamentos das galerias comerciais serão de
convidativos ao pedestre.
contemporânea
com
as
edificações
vidros temperados, e das habitações serão de
• O estacionamento terá acesso pela Rua Duque de
esquadrias metálicas com fechamento em vidro,
Caxias. Por ser verticalizado, terá um elevador de carga
sendo articulados como maxiar, e para a proteção
que possibilita os veículos acessarem os pavimentos
solar na fachada oeste e fachadas principais, será
1,2 e 3, e dois elevadores para acesso dos pedestres .
usado uma “pele” metálica devido a incidência solar
• Os condutos dos banheiros terão exaustores .
no período da tarde.
• As habitações recebrão um forro de gesso acartonado
• Os visitantes em sua locomoção pelo edificio, vai contar com uma ampla circulação coberta. • Os diferentes tipos de circulação do projeto são
rebaixado, que sobre ele, passará instalações elétricas e hidraulicas, resultando em um pé direito de dois metros e oitenta centímetros.
colocados de uma forma que o visitante e moradores sejam distintos.
Uma recepção fechada em vidro
temperado, conta com dois elevadores, e uma escada 43
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
PAVIMENTO TÉRREO O piso térreo terá a função de receber a
unidades de habitação, umas das paredes contará com
maior parte do público, com seu amplo hall de entrada
equipamentos de serviço (cozinhar, limpeza), outra parede
com pé direito de três metros, sendo as galerias
com
comerciais como principal uso neste piso. Abrigará vinte e
trabalho. Na parede de uso de higiene pessoal, terá dois
duas galerias comerciais de cinquenta e quatro metros
box’s de vidro temperado incolor sendo um para o vaso
quadrados, uma recepção restrita aos moradores e
sanitário e outro para o chuveiro. O morador terá a opção
funcionários, que por ela terá acesso à sala de CFTV, sala
de fechamento do banheiro com uma porte de correr em
elétrica, área de serviço, W.C, depósito, elevadores e
vidro espelhado que saí por trás do módulos de
escada. O estacionamento terá quinze vagas para carros,
armazenagem. A cama será dobrável, que ao dobrá-la
com acessos de entrada e saída, voltados para a Rua
funcionará como sofá.
Duque de Caxias.
A mesa no centro e o módulo com a TV serão giratórios,
equipamentos de
armazenagem, descanso
e
possibilitando um maior aproveitamento no espaço. PRIMEIRO/SEGUNDO E TERCEIRO PAVIMENTO Estes pisos serão exclusivamente habitacional, que
ESTACIONAMENTO
abrigarão vinte e três unidades com cinquenta e quatro
O estacionamento terá como prioridade suprir as vagas
metros quadrados para cada pavimento. Vai contar com
dos moradores e comerciantes do edifício Nomad’s, as
uma ampla área de circulação para as unidades de
demais vagas serão alugadas mensalmente para usuários
habitação,
externos. Cada usuário, sendo interno ou externo terá um
sendo
restrita
aos
moradores.
O
estacionamento terá quinze vagas de carros e vinte vagas de motos para cada pavimento. Nos interiores das
controle remoto de acesso aos portões eletrônicos 44
DESENVOLVIMENTO
Fonte: Arquivo pessoal Fonte: Arquivo pessoal
Fonte: Arquivo pessoal
Fonte: Arquivo pessoal
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SUBSTITUIR POR PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO
46
SUBSTITUIR POR PLANTA BAIXA 1ยบ E 3ยบ PAVIMENTO
47
SUBSTITUIR POR PLANTA BAIXA 2ยบ PAVIMENTO
48
SUBSTITUIR POR CORTE AA
49
SUBSTITUIR POR CORTE BB
50
Perspectiva fachada principal - Fonte: Arquivo pessoal
51
Perspectiva Fachada Principal - Fonte: Arquivo pessoal
52
Perspectiva Fachada Posterior - Fonte: Arquivo pessoal
53
Perspectiva Interior do Módulo de Habitação - Fonte: Arquivo pessoal
54
Perspectiva Interior do Módulo de Habitação - Fonte: Arquivo pessoal
55
Perspectiva Interior do Módulo de Habitação - Fonte: Arquivo pessoal
56
Perspectiva Interior do Módulo de Habitação - Fonte: Arquivo pessoal
57
Perspectiva Interior do Módulo de Habitação - Fonte: Arquivo pessoal
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