21 a 30 outubro 2011
:: Relat贸rio ::
O FETO acontece porque pessoas e entidades com interesses em comum pela arte, pela educação e pela cultura em todos os seus significados se aliam para sua concretização. Na edição 2011 isso ficou mais evidente do que nunca.
Agradecimentos
Agregaram forças para a realização do Festival: O Instituto Unimed BH, A Cemig; O BDMG Cultural; A Belotur; A Funarte; O Galpão Cine Horto; A Universidade Federal de Minas Gerais através da DAC-Diretoria de Ação Cultural , do Teatro Universitário, da Escola de Belas Artes e do Curso de Teatro; O Sesc; A Secretaria de Estado da Cultura através do Plug Minas, da Rádio Inconfidência e da Rede Minas ; A casa do Beco; O Palco Fora do Eixo; A Destino Certo Turismo; E especialmente, cada grupo participante. Agradecemos imensamente. E mais que gratidão, sentimos neste momento que estamos no mesmo time pela transformação.
Relatório FETO - Festival Estudantil de Teatro Apresentação
.................................................................................... 05
Seleção ............................................................................................. 06 Espetáculos selecionados......................................................................... 08 CaFETOs ............................................................................................ 10 Grupo profissional convidado .................................................................... 14 Oficinas ............................................................................................. 16 Análises
............................................................................................ 23
Intercâmbios Possíveis ............................................................................ 25 Ultrassom ........................................................................................... 26 Encerramento ...................................................................................... 27 Destaques FETO 2011 .............................................................................. 28 Público .............................................................................................. 30 Reais e virtuais ..................................................................................... 31 Os participantes e a cidade ....................................................................... 31 Emprego e renda ................................................................................... 32 Números ............................................................................................ 32 Locais ............................................................................................... 33 Ficha técnica ...................................................................................... 34
Apresentação
Em 1999 aconteceu a primeira edição do FETO – Festival Estudantil de Teatro. Naquele primeiro ano, já estava claro: os estudantes são sedentos por espaços para apresentarem seus trabalhos artísticos. São desejosos de retornos, conhecimentos, informações. E pouquíssimas são as ações culturais no país interessadas em receber esses grupos. Começava ali um trajeto longo, necessário e maravilhoso. Hoje, após 13 anos, a equipe realizadora do FETO – Festival Estudantil de Teatro percebe claramente os passos para percorrer este caminho. Percebe ainda como o resultado da 11ª edição é tanto individual conquistas e números deste ano - , como é um somatório de todas as edições anteriores. É inegável a abrangência alcançada pelo Festival, que em 2011 recebeu inscrições de 15 estados de todas as regiões do país. É inegável também que a rede formada pelo FETO agrega alguns dos mais representativos profissionais interessados em teatro no meio estudantil, seja nas pesquisas acadêmicas, escolas regulares e práticas universitárias. Em 2011, pela primeira vez, um grupo estudantil internacional esteve presente. A rede recebe mais componentes e todos saem ganhando. Escolas e universidades são espaços de formação, tanto profissional, como de identidade. Tais espaços devem ser lugares onde o estudante encontra segurança para se arriscar e experimentar; são ambientes para excessos, pesquisas, dúvidas, questões. Um Festival de Teatro Estudantil é onde esses inquietos indivíduos se rodeiam de pessoas abertas e prontas para recebê-los, assisti-los, escutá-los . O Festival não é a chegada, mas um novo ponto de partida. Aqui recebem retornos do público e de profissionais convidados pela produção justamente para este fim: passar para o grupo referências e análises sobre os trabalhos apresentados. Voltam para suas cidades com possibilidades novas de pensamento, indicações de livros, filmes, peças, dramaturgos. Saem com as mentes borbulhantes e novos amigos. Um Festival também é espaço para a construção de memórias espetaculares e horas do recreio . E como se aprende nas horas do recreio! Este relatório é resultado do FETO 2011 e de onde chegamos após 13 anos. É também já o inicio do pensamento da edição 2012. Festival para nós também é caminho e ponto de partida. Mas nunca ponto final.
Seleção
As inscrições de espetáculos para o FETO 2011 puderam ser feitas de 08 de julho a 16 de agosto. Os grupos se inscreveram nas categorias Teatro na Escola, destinada a estudantes de qualquer nível nas redes de ensino fundamental, médio e superior; ou Escola de Teatro, voltada para estudantes de Teatro e Artes Cênicas em qualquer nível de formação. Foram 86 grupos inscritos, somando mais de 1100 estudantes, vindos de 54 cidades, de 15 estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo
Compuseram a banca de seleção do FETO 2011:
:: Ana Cristina Fabrício: Mestre em Artes Cênicas pela UFBA, é atriz e iluminadora, atua há doze anos como docente nas disciplinas de Improvisação e Interpretação do Curso Superior de Artes Cênicas da Faculdade de Artes do Paraná – UNESPAR. É integrante do Grupo de Pesquisas Artes e Performance da FAP. ::Bárbara Bof: sócia Fundadora da Associação No Ato Cultura Educação e Meio Ambiente, onde atua na coordenação geral dos projetos. Idealizadora e coordenadora do FETO – Festival Estudantil de Teatro. Atriz formada na Fundação Clóvis Salgado, Bacharel em Gestão em Comunicação Integrada pela Pontifícia Universidade Católica/MG. Integrou a comissão de seleção do 24° Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau – FITUB em 2011. Possui ampla experiência em Gestão Cultural e na coordenação e realização de festivais e atividades de formação cultural. ::Gláucia Vandeveld: atriz, formada pela Escola de Arte Dramática da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo – EAD. ECA. USP, com especialização em arte–educação pela Fundação Clóvis Salgado/ CEFAR – Palácio das Artes.É coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Teatro para Educadores do Galpão Cine Horto. Atualmente integra o elenco do Grupo ESPANCA no espetáculo Congresso Internacional do Medo. ::Nil César: desde nascido, morador do Morro do Papagaio, Belo Horizonte. Desde aluno, educador social. Desde inquieto, ator; diretor e dramaturgo. Desde fundador, integrante do Grupo do Beco – grupo de teatro existente há 15 anos, composto por moradores da comunidade em que mora. Desde adquirida, Coordenador Geral da Casa do Beco. Desde consciente, militante e atuante sócio-cultural. ::Paulo Celestino: ator, é diretor da Cooperativa Paulista de Teatro e artista integrante do Grupo XIX de Teatro, criando as peças Hygiene, Arrufos e Marcha para Zenturo. Formado como ator pela EAD, Escola de Arte Dramática da USP. Trabalhou em diversos projetos do poder público em SP, ligados à área artístico-pedagógica. Foi também co-editor do Jornal 'O Sarrafo' durante dois anos e organizador e curador do Universidade em Cena – Festival Nacional de Teatro Universitário da USP em suas três edições, 2001/02 e 03.
Espetáculos selecionados Categoria Escola de Teatro
1º Movimento | Companhia CafécomLeite (Curitiba/PR) A Viagem do Capitão Fracassa| Comboio de Corda (Rio de Janeiro/RJ) CACO – Possível Produção de Memória Para o Espaço da Casa | Realizadora Miúda (Rio de Janeiro/RJ) Cinco ou Seis coisas que Eu Sei | Grupo Pé Sujo (Blumenau/SC) Exercícios para o ser e não ser | Coletivo Quando Coisa (Ouro Preto/MG) O Pequeno Grande Aviador e o Planeta do Invisível | Grupo de Teatro Universitário da UFPA (Belém/PA) O que mantém um homem vivo? | Cena em Cena Martins Pena (Rio de Janeiro/RJ) Quase Muda | Euquasquatro de Teatro (São Paulo/SP) Trânsito Livre | Cia SeisAcessos (São Paulo/SP)
Categoria Teatro na Escola
7 Minutos | Atuar-te (Viçosa/MG) Amigas Poetas | Encenação (Pontes e Lacerda/MT) Atrás do Arco Íris | Cia Teatral Crepúsculo (Belo Horizonte/MG) Contadores Aluados e sua Carroça de Estrelas | Contadores Aluados (Baião/PA) Num Pacato Vilarejo | Cia. De Teatro Pés Descalços (Congonhas/MG) O Último Por do Sol | Coletivo Teatro de Papel (Itaúna/MG) Orfeu | Art'ncena (Brasília/DF)
CaFETOS
O CaFETO, café-encontro do Festival surgiu em 2007 como espaço para conversas e trocas de experiências entre os grupos. Tornou-se tradicional na programação e vem amadurecendo seu formato e sua dinâmica ao longo dos anos.
Em 2011 foram realizados 03 CaFETOs e ao todo tiveram a presença de cerca de 210 pessoas, entre convidados e público.
CaFETO: Políticas Culturais 21/10 | sexta | 9:00h às 13:00h
A primeira atividade do FETO 2011 foi um café reunindo representantes e gestores de organizações, coletivos e entidades do setor cultural. A ideia foi discutir e debater sobre as políticas culturais em âmbito municipal, estadual e nacional, pensando nos quesitos gestão e colaboração cultural. Participantes da mesa: :: Cooperativa Paulista de Teatro: Paulo Celestino :: Movimento Nova Cena: Gustavo Bones, Leonardo Lessa :: MTG – Movimento de Teatro de Grupo: Carluty Ferreira :: Palco Fora do Eixo: Cláudia Shulz :: SATED – Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão: José Oliveira Júnior :: Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais: Janaína Cunha :: SINPARC – Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas: Rômulo Duque Além dos convidados para a conversa, estiveram presentes estudantes de teatro e interessados nos temas abordados que enriqueceram o CaFETO com perguntas importantes e pertinentes.
Mediador: Marcelo Bones [Belo Horizonte/MG] Marcelo Bones é formado em Sociologia pela UFMG, é Professor de Interpretação no Curso Profissionalizante de Ator da Fundação Clóvis Salgado. É fundador e diretor do Grupo Teatro Andante. Foi Diretor de Artes Cênicas da Funarte, pelo Ministério da Cultura de 2009 a fevereiro de 2011, foi presidente e secretário do Movimento de Teatro de Grupo de Minas Gerais, associado do SATED – MG e Amparc – MG.
CaFETOs: Teatro na Escola
CaFETOS
Os CaFETOs Teatro na Escola foram mediados por José Simões. Graduado em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (1992), José Simões possui Mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001); Doutorado em Artes pela Universidade de São Paulo (2007), Pós doutorado pela Universidade de Coimbra (20082010/FCT). Professor Adjunto do Departamento de Métodos e Técnicas (DMTE) – Teatro e Educação – Faculdade de Educação (FAE) da Universidade Federal de MInas Gerais (UFMG).
25/10 | terça | 16:30h O encontro foi direcionado principalmente aos diretores, professores e grupos da categoria Teatro na Escola participantes do Festival. Nele, foram colocadas em pauta as relações dos trabalhos desenvolvidos pelos grupos com suas cidades de origem e as relações de identidade de cada grupo com seu espetáculo.
29/10 | sábado | 10:00h Dia 29 de outubro o CaFETO Teatro na Escola foi aberto ao público. O último CaFETO da programação tratou com maior amplitude os temas relacionados ao Teatro e à Educação, abrangendo as relações dos artistas/educadores com a escola e a comunidade. Estiveram presentes os grupos participantes, os alunos da oficina Teatro Para Educadores e demais interessados.
Grupo profissional convidado Café com Queijo, do LUME Teatro, foi o primeiro espetáculo apresentado na programação do FETO 2011. Dia 21 de outubro o LUME emocionou a todos com o belo trabalho, contribuindo para que o FETO atingisse um dos seus objetivos: o de permitir a troca de conhecimentos entre grupos estudantis e profissionais. A escolha do LUME para abrir a programação de espetáculos não foi aleatória. O diálogo entre o grupo e a UNICAMP vai ao encontro das discussões que giram ao longo do FETO, colocando em evidência a necessidade de tratar os espaços acadêmicos como ambientes de pesquisa, e desenvolvimento cultural.
Oficinas
As oficinas representam uma parte fundamental do Festival. São ações formativas que lidam diretamente com a capacitação em diferentes áreas dos conhecimentos ligados ao teatro. As oficinas foram todas gratuitas e sempre há, por parte dos realizadores, a preocupação de que sejam realizadas em diferentes regiões da cidade. Há também a atenção à diversidade de temas abordados e de públicos contemplados, existindo na programação oficinas para crianças, adolescentes e adultos. As oficinas que integraram a programação do FETO 2011 foram:
Descobrindo meu pequeno corpo criativo
Oficineiro: Márcio Vesolli Descobrir o corpo através de expressões artísticas como o teatro, a dança, o circo é um caminho de autoconhecimento muito sólido e eficaz. Na infância, sobretudo, é a fase que estamos com os canais mais abertos e com grande predisposição a tudo que é novidade. Essa oficina teve como objetivo proporcionar aos alunos conhecimento das possibilidades criativas do corpo e Informações sobre a importância de fazer e apreciar atividades artísticas e culturais. Público alvo: crianças de 4 a 10 anos de idade Márcio Vesolli é ator, bailarino e professor. Formado em Teatro pelo curso técnico em ator do Palácio das Artes, Centro de Formação Artística (CEFAR), em Belo Horizonte. Licenciado em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Também formado pela Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB). É arteeducador desde 2000. Desenvolve um trabalho bem peculiar na inserção dessas três linguagens artísticas: o teatro, a dança e o circo, e tem como foco principal de sua pesquisa o universo criativo infanto-juvenil.
Palco Fora do Eixo – Processo Colaborativo Entre Grupos Cênicos: Ampliando os Horizontes por Meio da Rede
Oficineiros: Cláudia Shulz e Clayton Nobre Esta oficina objetivou desenvolver um panorama cênico local e nacional dos agentes cênicos brasileiros, focado em estratégias organizacionais e estruturais a partir dos relatos das realidades de cada ambiente. Assim, vislumbrou-se aspectos comuns entre essas realidades e, a partir deles, buscou-se elaborar uma estrutura organizacional e operante que ampliasse as relações entre os agentes cênicos/culturais por meio do processo colaborativo em rede, que possui como pilares: planejamento, sustentabilidade (troca de serviços), política e comunicação. O “CaFETO Políticas Culturais” integrou a discussão da oficina. :: Público alvo: Artistas e grupos de teatro, dança, circo, performance e demais artes do corpo, interessados na gestão cultural e colaborativa. Cláudia Shulz é bacharel em Artes Cênicas – Habilitação em Interpretação Teatral e Habilitação em Direção Teatral – Universidade Federal de Santa Maria– RS. Mestre em Arte Visuais com o foco de pesquisa centrado em web performances pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais – UFSM. Em 2009, desenvolveu a série Dramaturgia da Carne. Gestora e residente da Casa Fora do Eixo Porto Alegre o qual é Ponto de Articulação da Regional Sul do Circuito Fora do Eixo. Atualmente é Gestora Nacional da Frente de Linguagem Palco Fora do Eixo. Clayton Nobre é jornalista, pesquisador e ator de teatro. Mestrando em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Sociabilidade Contemporânea na UFMG, onde desenvolve pesquisa sobre performance, teatro e experiência estética. Entrou para o Circuito Fora do Eixo por meio do Coletivo Difusão, de Manaus, integrando o núcleo gestor do PFE, especificamente na área de comunicação. Hoje é gestor cênico da Casa Fora do Eixo Minas.
Experimentações Circenses
>> oficina realizada em parceria com o Centro Teatro Universitário EBAP/UFMG
Oficineira: Maria Clara Lemos A oficina possibilitou que os alunos vivenciassem através das atividades básicas de acrobacia de solo (parada de mãos, rolamentos, estrela e portagens simples) e aéreas (Tecido, Corda e Trapézio Fixo) as possibilidades de exercícios cênicos em duplas, utilizando o corpo como suporte. Público-alvo: adolescentes interessados em vivenciar experiências corporais através das práticas circenses de solo e aéreos. Nascida em Belo Horizonte, Maria Clara Lemos deu continuidade a sua infância motriz em suas escolhas profissionais: formou-se em Educação Física (1990/UFMG); tornou-se atriz profissional pelo Teatro Universitário (1995/UFMG); lecionou e foi aluna na Escola Nacional de Circo – RJ (1998/9) e formou-se em Trapézio Voador com Jean Palacy (2000/França). Acreditando na aprendizagem via corporeidade, concluiu o mestrado em 2006 fazendo uma ponte entre suas três formações: Ed. Física, Circo e Teatro. É professora efetiva na área de Corpo do Teatro Universitário EBAP/UFMG (desde 2006), onde é, atualmente, Vice-Diretora (2010/2012).
O Ator e o Risco
>> oficina realizada em parceria com o Centro Teatro Universitário EBAP/UFMG
Oficineiro: André Carreira Essa oficina propôs explorar o terreno de uma interpretação a partir da experiência de riscos físicos e emocionais como material para o trabalho do ator. Foram realizados exercícios baseados na idéia de uma interpretação por estados. Público alvo: estudantes de atuação ou atores com idade mínima de 15 anos. André Carreira é formado em Artes Visuais pela Universidade de Brasília (1984). Em 1985 mudou para Buenos Aires, onde estudou direção teatral e se doutorou em teatro pela Universidad de Buenos Aires (UBA) sob orientação do Prof. Francisco Javier. Em 1990 criou o grupo Escena Subterránea, que se dedica a realizar espetáculos no interior dos vagões do metrô. Vivendo em Florianópolis desde 1995, é, atualmente, professor do Programa de Pós graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). É Coordenador do Grupo de Pesquisa Sobre Processos de Criação Artística e dos grupos teatrais Experiência Subterrânea e Teatro que Roda.
Corpo como fronteira
>> oficina realizada em parceria com o Centro Teatro Universitário EBAP/UFMG
Oficineiro: Renato Ferracini A oficina trabalhou, na prática, o corpo dentro dessa fronteira de criação, seja na relação com o espaço, com o outro, com a música, com os objetos, buscando, sempre, a capacidade expressiva corpórea de cada participante. Outro objetivo foi discutir e debater conceitos importantes para o entendimento do corpo-em-arte como organicidade, retomada de ações, energia, treinamento, etc e também novos conceitos como corpo-subjétil e zona de turbulência. Esta oficina teve como ação integrante o ator/pesquisador Renato Ferracini como um dos convidados do projeto CPD/TU Convida. Público alvo: estudantes de teatro, atores e diretores (profissionais e amadores), teóricos de teatro (profissionais e amadores) Renato Ferracini possui graduação em Artes Cênicas pela UNICAMP (1993), mestrado (1998) e doutorado (2004) em Multimeios também pela UNICAMP. É ator-pesquisador colaborador do LUME – Núcleo interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP e atua teórica e praticamente em todas as linhas de pesquisa do núcleo desde o ano de 1993. Atualmente é professor e orientador da pós-graduação em Artes da UNICAMP. Possui três livros publicados e é editor da Revista do LUME, possui artigos nos principais periódicos de teatro e artes cênicas do Brasil. Em diversos países ele desenvolveu esses mesmos trabalhos como pesquisador convidado.
Teatro Para Educadores
Oficineira: Gláucia Vandeveld A oficina teve por objetivo compartilhar com os educadores participantes, através de aulas práticas e teóricas, aspectos do fazer teatral, tais como: expressão vocal, texto, expressão corporal, presença cênica, atenção, escuta, improvisação e criação. A partir dessas vivências, possibilitou que os educadores conheça, o teatro como elemento na sua atuação, ampliando e enriquecendo o caráter artístico de sua prática pedagógica. Público alvo: Educadores, professores, monitores, alunos de pedagogia e áreas afins, da rede pública e particular. [currículo] Gláucia Vandeveld é atriz, formada pela Escola de Arte Dramática da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo – EAD. ECA. USP, com especialização em arte–educação pela Fundação Clóvis Salgado/ CEFAR – Palácio das Artes. É coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Teatro para Educadores do Galpão Cine Horto. Atualmente integra o elenco do Grupo ESPANCA no espetáculo Congresso Internacional do Medo.
Análises O intuito desta ação foi desenvolver um diálogo sobre os espetáculos da categoria Escola de Teatro e discutir sobre o processo alcançado pelo grupo. As análises são uma das formas de dar retorno aos grupos sobre seus trabalhos, apontando caminhos e acendendo idéias. As análises foram realizadas após o espetáculo apresentado, abertas ao público e transmitidas ao vivo pelo site do Festival.
Analisadores: André Carreira, Denise Pedron e Walter Lima Torres Mediadora: Pita Belli e Gláucia Vandeveld
:: Gláucia Vandeveld é atriz, formada pela Escola de Arte Dramática da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo – EAD. ECA. USP, com especialização em arte–educação pela Fundação Clóvis Salgado/ CEFAR – Palácio das Artes. É coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Teatro para Educadores do Galpão Cine Horto. Atualmente integra o elenco do Grupo ESPANCA no espetáculo Congresso Internacional do Medo. :: Pita Belli possui graduação em Direção Teatral pela PUC/Paraná, Especialização em Ensino da Arte pela FURB e Mestrado em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina. É doutoranda no Programa de Pós-Graduação da UDESC, com pesquisa na área da Improvisação Teatral. Pesquisadora do CNPQ (Teatro e Transdisciplinaridade). Professora titular da FURB, coordena o Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau e dirige o Grupo Teatral Phoenix e o Grupo Fãs de Teatro. :: André Carreira é formado em Artes Visuais pela UnB, estudou direção teatral e se doutorou em teatro pela Universidad de Buenos Aires (UBA). É professor do Programa de Pós graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Coordenador do Grupo de Pesquisa Sobre Processos de Criação Artística e dos grupos teatrais Experiência Subterrânea e Teatro que Roda. :: Denise Pedron é artista, pesquisadora e professora nas áreas de teatro e performance. É doutora em Literatura Comparada com a tese “A Performatividade na Cultura Contemporânea” e professora do Centro Teatro Universitário da EBAP/UFMG na área de Teoria Teatral. Coordena o Festival de Performance de Belo Horizonte e co-orienta o Centro de Produção e Documentação do Teatro Universitário. :: Walter Lima Torres é ator, diretor e professor de teatro. Doutor em Artes do Espetáculo pelo Instituto de Estudos Teatrais da Universidade de Paris III, Sorbonne Nouvelle. Foi coordenador e professor do Curso de Direção Teatral da ECO/UFRJ. Atualmente é professor de Estudos Teatrais no Departamento de Letras Estrangeiras Modernas e do Programa de Pós Graduação em Letras da UFPR.
Intercâmbios possíveis Esse foi o nome dado ao conjunto de atividades que tratou das possibilidades de desenvolvimento de ações em conjunto entre universidades e seus profissionais. Foram convidados dois espetáculos que tinham esse tema em seu processo de criação ou como possível desdobramento. O FETO trouxe pela primeira vez um espetáculo estudantil internacional para a programação. A presença do grupo no Festival é mais uma amarra de uma rede que aumenta a cada edição e agrega pessoas das mais diferentes lugares com interesses em comum pelo teatro, pela pesquisa, pela educação e tudo o que circunda tais universos. Após a apresentação dos dois espetáculos, foi realizado um momento de diálogo entre universidades para que possam discutir sobre intercâmbios possíveis. >> Parceiro desta ação: Laboratório de Atuação do curso de Teatro da UFMG
Espetáculos convidados: :: El Cadáver De Un Recuerdo Enterrado Vivo | Iuna – Instituto Universitario Nacional Del Arte [Buenos Aires/Argentina] - 25/10 | terça |14:00h/17:00h :: UBU REI | FURB – FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU [Blumenau/SC] - 26/10 | quarta |14:00h
Intercâmbios Possíveis - Diálogo Ação transmitida ao vivo pelo site do Festival 26/10 | quarta |15:30h Mediadora: Bya Braga [Belo Horizonte] Artista cênica. Professora e pesquisadora no Curso de Graduação em Teatro e Programa de Pós-Graduação em Artes, Escola de Belas Artes da UFMG. Trabalha no campo da Atuação Cênica (improvisação, mímica corporal dramática, máscaras e bufões) e da Direção (teatro performativo em espaços alternativos e teatro físico). É Doutora em Artes Cênicas com a tese: “Étienne Decroux e a artesania de ator”. É Coordenadora do GT-Territórios e Fronteiras, na Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas. É Curadora de Artes Cênicas no Festival de Inverno da UFMG.
Ultrassom é o nome das festas que acontecem dentro da programação. Trata-se de um momento para total descontração, sempre movido a música e dança. O Ultrassom começou a ser realizado em 2009 e em 2011 foram dois:
Sexta Básica 28/10 | sexta | 22:00h | Mercado das Borboletas
Ultrassom
Mercado Novo – Av. Olegário Maciel, 142 – Centro Dj's Fael, JJBZ, Thiagão e Yuga dj convidado: Alexandre de Sena Nas picapes as mais variadas manifestações musicais dançantes! Tudo em discos de vinil, cds, Mpc e etc.. É garantia de escutar aquele clássico de outrora, um groove recém lançado no brasil ou exterior e muito mais.
Não Sou Nenhum Roberto 29/10 | sábado |22:00h | Gruta! Show de Marcelo Veronez e Banda Aditivada Marcelo Veronez é ator, cantor e busca realçar os aspectos cênicos, divertidos e lúdicos da obra de Roberto e Erasmo Carlos em show vibrante.
Encerramento O encerramento é o momento de celebração de cada edição do Festival. Reunem-se grupos participantes, jurados, oficineiros, equipe de produção e todos os envolvidos para uma grande festa, com música e dança, em que é exibido o vídeo da edição e são nomeados os destaques. Em 2011 o encerramento do FETO aconteceu na Casa do Beco, espaço sede da Associação Cultural Casa do Beco, que desde 2001 trabalha na formação e pesquisa teatral de jovens moradores do Aglomerado Santa Lúcia / Morro do Papagaio. A festa aconteceu na ensolarada tarde de 30 de outubro e durou até o cair da noite com os participantes e convidados festejando o décimo primeiro FETO.
Destaques
Sempre se aprimorando e em busca de uma identidade que promova bons momentos e reflexões nos participantes, o FETO não utiliza mais categorias definidas de premiação. Desde 2010 o Festival passa a ter uma comissão artística, que assiste aos espetáculos e destaca entre eles momentos, idéias, percepções ou características que possam servir de apontamentos para pesquisas dos grupos. A comissão tem total liberdade para eleger quantos e quais destaques enumera dentro dos espetáculos apresentados.
Em 2011 os destaques foram todos coletivos, segundo as comissões: “(...) aquilo que é apropriado coletivamente é sempre mais potente do que uma apropriação individual. Mesmo quando talentos individuais aparecem, eles são fruto de um conjunto de relações, não existem “em si”. “
As comissões artísticas Categoria Escola de Teatro: Ana Fabrício, Marina Viana e Paulo Celestino Categoria Teatro na Escola: Gláucia Vandeveld, Marcio Vesolli e Raquel Castro
Categoria Escola de Teatro :: Destaque para pesquisa de linguagem 1º Movimento | Cia CafécomLeite – Curitiba / PR Exercícios para ser e não ser | Coletivo Quando Coisa – Ouro Preto / MG
Destaques FETO 2011
:: Destaque para a proposta original Trânsito Livre | Cia Seis Acessos - Campinas / SP :: Destaque para a "escuta" do grupo Trânsito Livre | Cia Seis Acessos - Campinas / SP Exercícios para ser e não ser | Coletivo Quando Coisa – Ouro Preto / MG :: Destaque para a pesquisa dramatúrgica CACO – possível produção de memória para o espaço da casa | Realizadora Miúda – Rio de Janeiro / RJ :: Destaque para o conjunto de atuação CACO – possível produção de memória para o espaço da casa | Realizadora Miúda – Rio de Janeiro / RJ :: Destaque para o figurino O que mantém um homem vivo? | Cena em cena Martins Pena – Rio de Janeiro / RJ :: Destaque para o conjunto cênico O pequeno grande aviador e o planeta do invisível. | Grupo de Teatro Universitário – Belém / PA Cinco ou seis Coisas que eu Sei. | Pé Sujo - Blumenau / SC :: Destaque para o intercâmbio realizado Cinco ou seis Coisas que eu Sei. | Pé Sujo - Blumenau / SC :: Destaque para participação na totalidade da programação Cinco ou seis Coisas que eu Sei. | Pé Sujo - Blumenau / SC :: Destaque para o diálogo com suas raízes O pequeno grande aviador e o planeta do invisível. | Grupo de Teatro Universitário – Belém / PA :: Destaque para o cenário A viagem do capitão Fracassa. | Comboio de corda – Rio de Janeiro / RJ
Categoria Teatro na Escola :: Destaque para Musicalidade do elenco Amigas Poetas | Encenação - Pontes e Lacerda/MS :: Destaque para Construção coletiva do cenário e adereços de cena Amigas Poetas | Encenação - Pontes e Lacerda/MS :: Destaque para Atuação Coletiva Atrás do Arco Íris | Cia Teatral Crepúsculo - Belo Horizonte/MG Num Pacato Vilarejo | Cia. De Teatro Pés Descalços - Congonhas/MG Orfeu | Art'ncena - Brasília/DF :: Destaque para Performance musical Atrás do Arco Íris | Cia Teatral Crepúsculo - Belo Horizonte/MG :: Destaque para Ponte estabelecida entre os atores e o público Atrás do Arco Íris | Cia Teatral Crepúsculo - Belo Horizonte/MG :: Destaque para Dramaturgia Contadores Aluados e sua Carroça de Estrelas | Contadores Aluados -Baião/PA Num Pacato Vilarejo | Cia. De Teatro Pés Descalços - Congonhas/MG Orfeu | Art'ncena - Brasília/DF :: Destaque para Identidade visual Contadores Aluados e sua Carroça de Estrelas | Contadores Aluados -Baião/PA :: Destaque para Encenação Num Pacato Vilarejo | Cia. De Teatro Pés Descalços - Congonhas/MG :: Destaque para Sonorização Orfeu | Art'ncena - Brasília/DF :: Destaque para Caracterização Num Pacato Vilarejo | Cia. De Teatro Pés Descalços - Congonhas/MG
Público O público do FETO é tradicionalmente formado por pessoas diversas, das mais diferentes idades e classes sociais. Por serem espetáculos infantis, infanto-juvenis e adultos, pessoas de todas as idades vão ao teatro durante o Festival. As oficinas também são variadas, atraindo crianças, adolescentes e adultos, experientes ou iniciantes nas artes cênicas. A gratuidade da inscrição permite que todos tenham acesso. As platéias são formadas por estudantes de primeiro e segundo grau, estudantes de artes cênicas, pesquisadores, professores, alunos de cursos livres de teatro, jornalistas, artistas e interessados em geral. O FETO recebeu cerca de 5.000 pessoas, entre público de espetáculos, alunos de oficinas, participantes de encontros e CaFETOs.
Redes Sociais Com tantos espaços para trocas pessoais, o FETO possui também espaço para troca e interação virtual. As atividades de debates, encontros e análises tiveram transmissão em tempo real via internet, além de cobertura simultânea via redes socais: twitter, facebook e site do FETO. A cobertura colaborativa também acontece e pelo segundo ano, convida estudantes de comunicação e interessados em fotografia e jornalismo para cobrirem o Festival e abastecerem o site oficial com textos e imagens.
Os participantes e a cidade Além de participar ativamente das atividades do FETO, os grupos vivenciam ainda intensamente Belo Horizonte, indo a feiras, mercados, museus e conhecendo a dinâmica da cidade. Os grupos aproveitam e ultrapassam os limites do município, visitando cidades históricas e voltando para seus estados com conhecimentos artísticos, acadêmicos e novas vivências. Como uma dessas vivências, o Centro Técnico de Produção (CTP), localizado na estrada que liga Belo Horizonte a Sabará, convidou os participantes interessados a conhecerem seu espaço, onde são produzidos cenários, figurinos e adereços das montagens cênicas da Fundação Clovis Salgado (Palácio das Artes). Além de proporcionar a visita à sua sede, o CTP também ofereceu bolsas de estudos, que foram sorteadas pelo Festival e permitiram que os estudantes fossem capacitados em diferentes funções técnicas e artísticas das artes cênicas. Parcerias como essa permitem que o FETO atinja seus objetivos de forma mais completa, aliando formação, arte e comunidade.
Geração de trabalho e renda O FETO – Festival Estudantil de Teatro a cada ano agrega mais profissionais para a realização de uma ação completa e de qualidade no que se refere ao rigor artístico e de formação. O FETO 2011 reafirma também seu compromisso em receber jovens interessados em experienciar no inicio da vida profissional, a realização de um Festival nacional. Para isso, recebe estagiários estudantes de artes cênicas. Em 2011 foram 09 estagiários de Blumenau, 01 de Belo Horizonte e 01 de Florianópolis. Além dos estagiários, cerca de 50 profissionais trabalham diretamente no Festival. Entre eles: pedagogos, técnicos, fotógrafos, cinegrafistas, contra-regras, assessor de imprensa, jurados, banca de seleção, analisadores, debatedores, palestrantes, oficineiros e produtores executivos. Também as atividades em espaço alternativo demandam a contratação de equipamentos e serviços.
Números :: 16 espetáculos selecionados :: 03 apresentações de grupos convidados :: 01 grupo internacional :: 15 estados representados pelos grupos participantes :: 06 oficinas :: 03 CaFETOs :: 02 Festas Ultrassom :: 09 análises de espetáculos abertas ao público :: 01 Festa de encerramento :: 18 especialistas participantes como mediadores, analisadores, comissão artística :: Cerca de 70 profissionais diretamente envolvidos :: 11 estagiários :: 5.000 pessoas de público diretamente atingido :: 126 pessoas capacitadas pelas oficinas :: 258 participantes de grupos estudantis
Locais Receberam as atividades do FETO 2011: :: Casa do Beco - Av. Artur Bernardes, 3876 – Barragem Santa Lúcia :: Galpão Cine Horto - Rua Pitangui, 3.613 – Horto :: Plug Minas – Centro de Formação e Experimentação Digital – Rua Santo Agostinho, 1441 – Horto :: Praça Floriano Peixoto - Av. do Contorno com Av. Brasil – Santa Efigênia :: Spetaculo Casa de Artes – Rua Pouso Alegre, 1568, Santa Teresa :: Teatro Marília – Av. Professor Alfredo Balena, 586 – Centro :: Teatro Universitário da UFMG – Avenida Antônio Carlos, 6627 – atrás da Escola de Belas Artes/UFMG – Campus Pampulha :: UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais – Avenida Antônio Carlos, 6627 :: Mercado Novo – Av. Olegário Maciel,742 – Centro :: Gruta! – Rua Pitangui, 3613 C – Horto
Coordenação Geral: Bárbara Bof e Rodrigo Soares Elaboração de Projetos: Naiara Jardim Identidade Visual e Mídias Sociais: Alexandre de Sena | Picumãh Coordenação Técnica: Cristiano Diniz e Eliezer Sampaio
Ficha técnica
Coordenação Artística: Equipe No Ato Cultural Produção: Luana Gonçalves e Marcelo Veronez Produção executiva: Felipe Marcondes e Mariana Jacques Logística: Dany Cunha Assessoria de Imprensa: Sóstenes Reis Assessoria Jurídica: Drummond & Neumayr Apoio técnico: Daniel Hazan Memória e Acervo: Eliezer Sampaio Fotógrafo: Daniel Protzner Cinegrafista: Byron O´Neill Edição de vídeo: Guilherme Reis - Postura Digital Locuções em off: Renata Cabral Estagiários: Ana Acácia, Anna Mock , Bianca Dutra, Fernanda Raupp, Grasi Mendonça, Juliana Goldfeder , Lucas Ferraza , Mari Rodrigues, Vini Bittencourt, Sidney Dietrich, Willian Araujo.