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PASTOREIO MILITAR” – SUGESTÕES PARA A MEDITAÇÃO Ordinariado Militar do Brasil Meditação para a Liturgia da Paixão – Ano A Santos e amados irmãos, GRAÇA, MISERICÓRDIA, SAÚDE E PAZ, Assim como o Espírito Santo conduziu Jesus ao deserto no início da sua vida pública, assim agora impele-O, com força renovada, à Cidade Santa de Jerusalém, rumo à «sua hora», a hora da manifestação exponencial do amor de Deus. O Espírito Santo é quem dá agora ao Bom Jesus toda a força necessária para manter inamovível a Sua luta do Getsêmani, travada e vencida com a finalidade de aderir plenamente à vontade do Pai e chegar ao final de seu caminho, apesar de toda a angústia que o suor de sangue lhe causara. Assim é a vida do discípulo de Cristo que sempre combate o bom combate! No Calvário, surge uma cena quase deserta: as três cruzes estão desenhadas no céu. E abaixo delas como dois braços de uma única cruz - estão Maria e João. No silêncio profundo de tal sofrimento indescritível, ouve-se um santo grito: "Tenho sede". É um grito que recorda prontamente o antigo encontro de Jesus com a mulher samaritana, anônima, sedenta, representante de uma humanidade incrédula e autônoma que padece sedes avassaladoras e profundíssimas. “Dá-me de beber”, tinha-lhe pedido o Salvador, e seguiuse a revelação de que a sede de Jesus dizia respeito à fé da samaritana, sede da fé da humanidade, desejo de dar água viva, de saciar a todos com a sua graça de amor infinito. A hora da crucificação e da morte de Jesus corresponde exatamente à hora da máxima fecundidade do amor de Deus, na potência do seu Espírito. Quando o amor de Jesus chega ao ponto culminante da imolação total, do compromisso com o serviço de salvação dos irmãos, do seu aniquilamento total em prol de nossa vitória final, como daquele poço de uma nascente misteriosa e oculta surge a Santa Igreja, a nova comunidade dos fiéis batizados, o novo Povo de Israel, o povo da Nova Aliança, o santo Rebanho, a assembleia dos salvos. Enfim, jamais nos esqueçamos de Maria: principal cooperadora da obra da salvação, juntamente com o fiel discípulo amado, São João, que representa os seguidores do Nazareno, núcleo primitivo da Igreja nascente naquela Hora da Misericórdia. Que a família militar brasileira saiba repetir milhares de vezes o antigo brado da máxima vitória: “Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo. Amém”. Excertos da obra “A Palavra Divina” de G. Zevini et all. Tradução e adaptação: Padre Uyrajá Lucas Mota Diniz – Maj SAREx Capelão da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)


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