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“PASTOREIO MILITAR” – SUGESTÕES PARA A MEDITAÇÃO Ordinariado Militar do Brasil

Meditação para Domingo de Ramos da Paixão do Senhor– Ano A Santos e amados irmãos, GRAÇA, MISERICÓRDIA, SAÚDE E PAZ, A sagrada Paixão do Senhor põe-nos, hoje, em atitude de absoluto e respeitoso silêncio. Um silêncio mais profundo do que as múltiplas e caóticas vozes que nos rodeiam e que costumam nos invadir. Do fundo do coração do homem reto, surge uma pergunta que não podemos evitar: Por que tudo isso aconteceu? A resposta é-nos dada pelo próprio Jesus, que nos diz: "Este é o meu sangue derramado por todos para remissão dos pecados" (Mt 26,28). Foi necessário e conveniente que acontecesse... Contemplemos o Filho do Homem, o glorioso Senhor, o eterno Vivente, temporariamente humilhado por nós, injuriado, perseguido, massacrado, dilacerado. Olhemos para o Filho de Deus, que não desce da cruz para Se salvar, mas permanece humildemente crucificado para nos salvar a todos, banhando-nos em seu amor oblativo. Fiel ao desígnio do Pai, fiel ao amor pelo ser humano, Ele assumiu o extremo abandono provocado pela extremíssima gravidade do pecado, para que nós, novamente livres, resgatados para sempre, desfrutássemos da alegria da comunhão sobrenatural com Deus, inicialmente na terra e plenamente no céu. Permitamos que rochas de nossos corações endurecidos se fragmentem, partam-se e se reconstruam transfiguradas. Hoje, é-nos dada a abundante graça da Paixão salvífica do Cristo Jesus. Hoje, a nossa terra, empapada no Sangue do imaculado Redentor, é reconciliada com os Céus. Ao nome de Jesus, enfim, também nós dobraremos os nossos joelhos e, em silenciosa e humilde adoração, depositaremos o nosso pecado aos pés da sua Cruz gloriosa e redentora, da Sua cruz, banhada pelo máximo amor oferecido na história. Excertos da obra “A Palavra Divina” de G. Zevini et all. Tradução e adaptação: Padre Uyrajá Lucas Mota Diniz – Maj SAREx Capelão da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)


PASTOREIO MILITAR” – SUGESTÕES PARA A MEDITAÇÃO Ordinariado Militar do Brasil Meditação para a Missa Vespertina da Ceia do Senhor – Ano A Santos e amados irmãos, GRAÇA, MISERICÓRDIA, SAÚDE E PAZ, O discurso de Nosso Senhor Jesus Cristo na última ceia foi uma conversa oferecida aos seus amigos em clima de sincera confiança e, ao mesmo tempo, foi o seu último “Adeus”, que Ele nos deixou ao desvelar os últimos segredos de seu Sagrado Coração. Impressiona-nos como Jesus esperou ardentemente por esta “hora”! Era a hora para a qual Ele tinha vindo, a hora de se entregar pelos discípulos, pela humanidade e pela Igreja. As palavras do Evangelho deixam transbordar uma energia vital que nos ultrapassa, encanta-nos, cura-nos e eleva-nos. Quanto compromisso, quanta determinação, quanta responsabilidade em cumprir bem, até ao fim, a sua missão! A memória de Jesus - a memória da sua Ceia Pascal - não se repete simplesmente no tempo e no espaço, isso seria muito pouco. Ela renova-se, atualiza-se, torna-se verdadeiramente presente a nós. O que Jesus fez naquele dia, naquela sua “hora”, é o que Ele ainda faz agora por nós, aqui novamente presente e vivo. Por isso, não hesitamos em nos sentir, também nós, mergulhados naquela HORA única, em que Jesus se entregou por todos, como testemunho daquele amor que Ele mesmo nutriu pelo Pai, sob a forma de obediência humilde, constante e plena. Nós, portanto, devemos aprender esta santa lição de Jesus, que nos diz: "Eu vos dei o exemplo...". Devemos aprender com Ele a dizer sempre "Obrigado, Pai!" e“Eis-me aqui, ó Pai!”. Reaprendamos a prolongar a celebração eucarística a todos os momentos de nossa vida, entrando na dinâmica do Seu amor que se oferece e se sacrifica para fazer viverem os outros: os irmãos, os amigos e... até os inimigos. A família militar reconhece que o antigo e significativo rito do “Lava-pés” pretende lembrar-nos que o mandamento do Senhor deve ser posto em prática diariamente: servir uns aos outros, com uma surpreendente e edificante humildade, porquanto a caridade não é um sentimento vago, nem é uma experiência da qual se poderia esperar uma gratificação psicológica, mas, antes, é a expressão viva daquela santa vontade de se sacrificar com Cristo pelos outros, sem cálculo, sem medidas, sem limites, pois o verdadeiro amor é sempre gratuito e sempre disponível: é dado pronta e totalmente, aqui e agora nas tramas da própria vida familiar, profissional e social. Excertos da obra “A Palavra Divina” de G. Zevini et all. Tradução e adaptação: Padre Uyrajá Lucas Mota Diniz – Maj SAREx Capelão da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)


PASTOREIO MILITAR” – SUGESTÕES PARA A MEDITAÇÃO Ordinariado Militar do Brasil Meditação para a Liturgia da Paixão – Ano A Santos e amados irmãos, GRAÇA, MISERICÓRDIA, SAÚDE E PAZ, Assim como o Espírito Santo conduziu Jesus ao deserto no início da sua vida pública, assim agora impele-O, com força renovada, à Cidade Santa de Jerusalém, rumo à «sua hora», a hora da manifestação exponencial do amor de Deus. O Espírito Santo é quem dá agora ao Bom Jesus toda a força necessária para manter inamovível a Sua luta do Getsêmani, travada e vencida com a finalidade de aderir plenamente à vontade do Pai e chegar ao final de seu caminho, apesar de toda a angústia que o suor de sangue lhe causara. Assim é a vida do discípulo de Cristo que sempre combate o bom combate! No Calvário, surge uma cena quase deserta: as três cruzes estão desenhadas no céu. E abaixo delas como dois braços de uma única cruz - estão Maria e João. No silêncio profundo de tal sofrimento indescritível, ouve-se um santo grito: "Tenho sede". É um grito que recorda prontamente o antigo encontro de Jesus com a mulher samaritana, anônima, sedenta, representante de uma humanidade incrédula e autônoma que padece sedes avassaladoras e profundíssimas. “Dá-me de beber”, tinha-lhe pedido o Salvador, e seguiuse a revelação de que a sede de Jesus dizia respeito à fé da samaritana, sede da fé da humanidade, desejo de dar água viva, de saciar a todos com a sua graça de amor infinito. A hora da crucificação e da morte de Jesus corresponde exatamente à hora da máxima fecundidade do amor de Deus, na potência do seu Espírito. Quando o amor de Jesus chega ao ponto culminante da imolação total, do compromisso com o serviço de salvação dos irmãos, do seu aniquilamento total em prol de nossa vitória final, como daquele poço de uma nascente misteriosa e oculta surge a Santa Igreja, a nova comunidade dos fiéis batizados, o novo Povo de Israel, o povo da Nova Aliança, o santo Rebanho, a assembleia dos salvos. Enfim, jamais nos esqueçamos de Maria: principal cooperadora da obra da salvação, juntamente com o fiel discípulo amado, São João, que representa os seguidores do Nazareno, núcleo primitivo da Igreja nascente naquela Hora da Misericórdia. Que a família militar brasileira saiba repetir milhares de vezes o antigo brado da máxima vitória: “Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo. Amém”. Excertos da obra “A Palavra Divina” de G. Zevini et all. Tradução e adaptação: Padre Uyrajá Lucas Mota Diniz – Maj SAREx Capelão da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)


PASTOREIO MILITAR” – SUGESTÕES PARA A MEDITAÇÃO Ordinariado Militar do Brasil Meditação para o Sábado Santo – Ano A Santos e amados irmãos, GRAÇA, MISERICÓRDIA, SAÚDE E PAZ, Sábado Santo: dia da sepultura de Deus. Não é impressionantemente este nosso dia? Não está o nosso século começando a ser um grande sábado santo, o estranho dia da ausência de Deus, no qual também os discípulos experimentam um vazio diferente que palpita em seus corações, que se espalha cada vez mais, e por isso se preparam cheios de vergonha e angústia o seu regresso para casa, retorno triste, mergulhados no sombrio desespero em direção ao vilarejo de Emaús, sem perceberem que Aquele que eles julgavam morto está ressuscitado no meio deles? "Descida aos infernos" – esta confissão no Sábado Santo – significa que Cristo atravessou a porta da solidão, que tocou o fundo inatingível e intransponível da nossa condição de solidão. Quer dizer que mesmo na noite, lá fora, desprovidos de qualquer palavra explicativa, em que somos todos como crianças desoladas, chorando, ouve-se uma voz que nos chama, uma mão que nos leva e nos guia. A solidão insuperável do homem foi superada desde o momento em que Ele passou por essa extrema solidão. O inferno foi derrotado desde quando o amor entrou na região da morte e a "terra de ninguém" da solidão foi visitada por Ele (J. Ratzinger. W. Congdon. Sabato della storia, Milano 1998, 43-46, passim). Pai nosso, que estais no céu e olhais para nós, pequenas criaturas da terra, reavivai a nossa fé e a nossa esperança diante do mistério da morte, enigmático e doloroso. Também Vós, juntamente com o vosso Filho, quisestes experimentar o silêncio gelado daquele túmulo, velando o vosso Amado. Também Vós, que sois o Eterno Vivente, quisestes - por puro amor e plena compaixão - ser como uma semente enterrada na terra. Por vossa desconcertante humildade e eterna empatia de sofrer com aquele maior indefeso da história, protegendoo, concedei à família militar brasileira, em permanente estado de vigília orante, a imensa graça de saber acolher com integridade e serenidade a lei natural da morte como passagem heroica à vida ressuscitada (A. M. Cánopi, Via Crucis sotto lo sguardo del Padre, Isola S. Giulio 1999, pro manuscrito, 52s). Feliz e santa Páscoa para toda a família militar brasileira, em riqueza de graças e abundância de dons! Excertos da obra “A Palavra Divina” de G. Zevini et all. Tradução e adaptação: Padre Uyrajá Lucas Mota Diniz – Maj SAREx Capelão da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)


PASTOREIO MILITAR” – SUGESTÕES PARA A MEDITAÇÃO Ordinariado Militar do Brasil Meditação para o Domingo de Páscoa – Ano A Santos e amados irmãos, GRAÇA, MISERICÓRDIA, SAÚDE E PAZ, "A minha alegria, Cristo, ressuscitou." Com estas palavras, São Serafim de Sarov costumava saudar aqueles que o visitavam. Com isso, ele se tornou um mensageiro desta contagiante alegria pascal em todos os momentos de sua vida. No dia da Páscoa, e através da história da proclamação do Evangelho, o santo anúncio da ressurreição segue seu curso dirigido a todos os homens. Tal anúncio emergiu primeiramente da obra missionária dos santos Anjos e, depois deles, seguiu os caminhos da história mediante o apostolado das piedosas mulheres em redor do túmulo, depois foi ampliado pelo coro dos apóstolos e pelos cristãos heroicos das gerações passadas, a fim de que, agora, todos nós vivamos para sempre Naquele que vive eternamente. "A minha alegria, Cristo, ressuscitou." Essas palavras são um convite, quase uma provocação. Estas palavras reavivam no coração de cada um de nós a questão fundamental da vida: quem é Jesus para mim? Ora, esta pergunta permaneceria para sempre como uma ferida dolorosamente aberta se não indicasse, ao mesmo tempo, o caminho para encontrar a única resposta. Não devemos procurar entre os mortos o Autor da vida”. Não encontraremos o Jesus real nas páginas dos livros de história ou nas palavras daqueles que o descrevem como um dos muitos mestres da sabedoria da humanidade. Ele mesmo, redivivo, já livre das cadeias da morte, vem pessoalmente ao nosso encontro; no caminho da vida é-nos permitido encontrar aquele que não desdenha de se tornar peregrino com o peregrino, ou mendigo, ou simples jardineiro. Ele, o Ressuscitado, o totalmente Outro, o Senhor (Kyrios), deixa-se encontrar na sua única Igreja, esposa única, santa e imaculada, enviada a levar a boa nova da ressurreição de seu Esposo imaculado até aos confins da terra, até ao fim dos tempos. Consequentemente, há apenas uma questão importante de verdade para cada um de nós: partir de madrugada, não demorar mais, sair da condição de acorrentados por preconceitos e medos como estamos. Eis que chega a hora, e é agora, em que devemos combater o bom combate e vencer as trevas da dúvida com as armas da firme esperança. "A minha alegria, Cristo, ressuscitou." Por que não deveria acontecer, ainda hoje, nesta manhã de Páscoa, o nosso grande encontro pessoal com o Senhor ressuscitado? Sim, isso pode acontecer novamente! O caminho e o local serão diferentes, muito pessoal para cada um de nós. Entretanto, o resultado desse evento, por outro lado, será único: a transformação radical da pessoa que se encontrar com Jesus. Imagine você encontrar um irmão, que não se envergonha de cumprimentá-lo dizendo: "Minha alegria, Cristo ressuscitou"? Pois bem, você pode ter certeza de que este encontrou verdadeiramente a Cristo. E se você encontrar alguém totalmente dedicado aos irmãos e absolutamente dedicado às coisas do céu, então, poderá ter a certeza de que este alguém também encontrou o Cristo, o Senhor da Vida. Estes são os Santos e Santas da Igreja de Cristo, inundados pelo mesmo Espírito que operou a maravilha da ressurreição. Sigamos seus passos, imitemos seus atos heroicos, espiemos o seu segredo e, um dia, chegará para você também aquela hora tão desejada: ver Cristo Ressuscitado, encontrar a verdadeira Páscoa viva! Excertos da obra “A Palavra Divina” de G. Zevini et all. Tradução e adaptação: Padre Uyrajá Lucas Mota Diniz – Maj SAREx Capelão da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)


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