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O DIRETOR DA PASTORAL DO TURISMO DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL ESPANHOLA PARTICIPA COMO CONVIDADO ESPECIAL NA REUNIÃO MENSAL DA ASICOTUR

Inúmeros projetos de turismo religioso e eventos de relevância internacional foram anunciados na tarde de ontem, quinta-feira, 28 de julho, virtualmente na reunião mensal de associados da Associação Internacional de Cooperação em Turismo (ASICOTUR). Delegados de 15 países diferentes se reuniram uma vez mais para abordar questões que são o núcleo e a missão da organização. Seu presidente, Alejandro Rubin, abriu o encontro anunciando a importância da gestão diária realizada pela associação e as ações realizadas para melhorar seu desempenho. Comentou também a participação ativa da Asicotur no IV Congresso Mundial de Peregrinações, ponto de encontro com muitas pessoas ligadas a diferentes propósitos.

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Como é de praxe em todas as reuniões de associados, contou com a presença de um convidado especial para abordar um tema de interesse coletivo relacionado ao setor de turismo, que nesta ocasião foi Gustavo Riveiro; sacerdote da arquidiocese de Valência e diretor do departamento de pastoral do turismo da Conferência Episcopal Espanhola, que falou sobre o VIII Congresso Mundial de pastoral do turismo. O eclesiástico convidou todos os associados presentes para o Congresso que se realizará de 5 a 8 de outubro de 2022 no Palácio de Congressos de Santiago de Compostela, onde será abordado o turismo como espaço de evangelização. A importância deste evento reside no facto de ser a primeira vez que se realiza na Europa, fora do Vaticano, passados mais de 10 anos desde a sua última edição. O palestrante aprofundou os participantes convidados do Congresso, tema que chamou a atenção dos associados, já que participarão personalidades importantes como o Cardeal Prefeito da Organização da Sede Oriental, teólogos que falarão sobre a teologia do descanso, tamén estará presente o Patriarca Latino de Jerusalém, Monsenhor Pierbattista Pizzaballa, e acompanhará o Monsenhor Rino Fisichella, Arcebispo e presidente do Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, entre outros. Ao final deste espaço informativo, os delegados do Equador, Argentina e Brasil comentaram sua experiência no dia 25 de julho na celebração do dia de Santiago Apóstol em seus respectivos países, que manifestaram grande interesse social em replicar “o Caminho”, uma ação que está sendo realizado com o projeto dos “caminhos iniciáticos” da ASICOTUR, trabalho previsto que se concretizará nos próximos meses.

Os últimos minutos da sessão foram dedicadas à apresentação de María Teresa Villareal, nova delegada da Asicotur nos Estados Unidos, e Francisco Coelho, delegado nos Açores, Portugal, que então tiveram uma breve intervenção, ambos com larga experiência e especialistas em diversos como a promoção turística, a criação de produtos e as relações internacionais. A próxima reunião mensal acontecerá na última semana de agosto, periodicidade já estabelecida pela associação.

MUSEUS E MONUMENTOS NACIONAIS SOMAM 1,5 MILHÕES DE VISITANTES NO 1.º SEMESTRE

Os museus, monumentos e palácios nacionais registaram mais de 1,5 milhões de visitantes no primeiro semestre de 2022, cerca de um terço abaixo de valores de 2019, mas em gradual recuperação, indicam dados estatísticos da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

Contactado pela Lusa sobre o balanço de visitantes do primeiro semestre deste ano, o organismo avançou números do conjunto de 25 museus, monumentos e palácios tutelados que indicam um total de 1.508.362 visitantes recebidos, entre janeiro e junho deste ano, face aos 223.802 visitantes, nos primeiros

seis meses de 2021, quando o período de confinamento se elevou a dois meses. Apesar do aumento (+574%), em relação ao período homólogo de 2022, a afluência continua porém ainda cerca de um terço abaixo do período pré-pandemia, quando, no primeiro semestre de 2019, tinham entrado nos museus e monumentos nacionais mais de 2,3 milhões de visitantes. Nesse ano, os equipamentos culturais da DGPC receberam 2.302.083 visitantes, descendo para 704.481, no mesmo semestre de 2020, e depois para 223.802, números mais baixos motivados pelos confinamentos e limitações da pandemia de covid-19, e consequentes encerramentos de museus, monumentos e palácios por longos períodos, que impediram o acesso do público. No entender da DGPC, “o 3.º trimestre de 2022 vai permitir concluir se, de facto, 2022 é o ano da recuperação total face a 2019”. De acordo com o quadro de evolução de visitantes nos primeiros semestres de 2021 e 2022, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, lidera, com o registo de 363.766 entradas (28.005 no primeiro semestre de 2021), seguindo-se a Torre de Belém com 227.219 (sem valor no anterior devido a encerramento para obras, tal como o Museu de Arte Popular), e o Mosteiro da Batalha, com 109.563 (22.451, em 2021). Seguem-se o Convento de Cristo, em Tomar, com 104.175 visitantes (20.017, no ano passado), o Palácio Nacional de Mafra, com 97.261 (17.455), o Museu Nacional do Azulejo, com 86.857 (6.990), o Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, 74.371 (10.854), o Panteão Nacional, com 62.689 (5.481), o Museu Monográfico de Conímbriga, com 62.384 (10.190), o Museu Nacional de Arqueologia, com 46.803 (16.498), o Museu Nacional de Arte Antiga, com 45.307 (11.056), e o Palácio Nacional da Ajuda, com 36.470 (12.803). No mesmo período, o Museu Nacional do Chiado, em Lisboa, registou 23.971 visitantes (4.845), enquanto o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, recebeu 19.096 visitas (4.150), o Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, 18.153 (4.676) e, o Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, 14.723 (7.391). Devido à pandemia covid-19, museus de todo o mundo enfrentaram perdas de público e de receitas, com valores entre 70% e 80% de quebra dos visitantes devido às restrições e quarentenas impostas pelas autoridades, o que aconteceu também em Portugal, A afluência continua ainda cerca de segundo os números do ICOM, um terço abaixo do período pré-pandemia do Observatório Português de Atividades Culturais e da DGPC, divulgados em 2021. Nos últimos dois anos, devido ao impacto da pandemia, os museus intensificaram as atividades ‘online’ para preservar as suas missões essenciais de colecionar, conservar, comunicar, investigar e exibir o seu património.

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