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VILA NOVA DE PAIVA QUER ATRAIR INVESTIMENTO ESTRANGEIRO E DOS EMIGRANTES

“Mais do que cá para dentro, para o país, temos de estar atentos e mostrarmo-nos lá fora. Temos de mostrar que este é um concelho que se quer desenvolver e quer ter aqui empresas, indústria e turismo”, apontou.

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O presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva disse à agência Lusa que uma das estratégias para desenvolver o concelho passa por atrair emigrantes para investirem no município e por captar empresas estrangeiras.

“Temos uma grande especificidade, somos um concelho de muita emigração e, por isso, temos de tentar junto da nossa diáspora para que os que já são, ou pretendem ser, empresários e estão no estrangeiro, e têm aqui as suas raízes, possam cá investir”, assumiu Paulo Marques.

O presidente da Câmara deste município do distrito de Viseu disse à Lusa que, atualmente, o concelho “já tem, há algum tempo, exemplos disso” e que se continua a “assistir ao regresso de casais mais jovens para investirem em Vila Nova de Paiva”. “Inclusive já vendemos lotes na zona industrial para o efeito e temos de continuar muito nesse trabalho e essa talvez seja a aposta mais importante para desenvolver o tecido económico e o concelho em si, com a fixação de mais pessoas”, defendeu.

Paulo Marques falava no final de um debate que promoveu no seu município com empresários locais e entidades como o Turismo Centro, a Associação Empresarial e Industrial de Viseu (AIRV) ou a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI). “Estarmos no interior do país é um desafio, é certo, mas pode ser um incentivo para quem queira coisas diferentes e para quem quiser apostar na diferença poder investir. Saímos com um espírito bastante otimista desta reflexão”, reconheceu. O autarca adiantou ainda que outra das estratégias para o seu município passa por “estar atento aos mercados, acima de tudo, e estar atento às movimentações que existem e ser o próprio município a vender o que tem”. Meio milhar de elementos de interesse arqueológico e histórico foram identificados no âmbito de um levantamento que está a ser feito no concelho de Armamar para elaborar a Carta do Património Cultural, anunciou hoje a autarquia.

Desde março que a Câmara de Armamar está a trabalhar na Carta do Património

Neste sentido, a autarquia tem de “dar uma carta de conforto a todos, ao que já estão no município e aos que poderão” instalar-se em Vila Nova de Paiva, “no sentido de mostrar que este concelho se está a mexer e a desenvolver”. O presidente não escondeu que “há desafios, claro” e entre eles estão os concelhos vizinhos, que “são a maior concorrência tendo em conta a sua localização geográfica, como é o caso de Mangualde, Nelas ou até Lamego”. “Será difícil de “Estarmos no interior do país é um competir com esta concorrêndesafio, mas pode ser um incentivo para cia, mas, por quem queira coisas diferentes” outro lado, estamos no coração da nossa região Centro, ou seja, muito do trânsito que vem do norte do distrito para a capital do distrito [Viseu] passa por aqui por Vila Nova de Paiva”, argumentou. MEIO MILHAR DE ELEMENTOS DE INTERESSE ARQUEOLÓGICO E HISTÓRICO IDENTIFICADOS EM ARMAMAR

Cultural, que considera “um instrumento fundamental para perceber a origem e as sucessivas ocupações humanas do território”.

Este trabalho “consiste no levantamento exaustivo e pormenorizado de todos os elementos patrimoniais, recorrendo a recolha e análise bibliográfica, documental e cartográfica, prospeções sistemáticas e eventuais informações recolhidas junto das populações”, explica a autarquia, em comunicado.

Entre os elementos de interesse arqueológico e histórico identificados no último meio ano, encontram-se um menir na freguesia de Fontelo, erguido provavelmente no V milénio antes de Cristo e que é considerado um dos mais altos da Península Ibérica.

Segundo a autarquia, foram também encontrados um “povoado fortificado lusitano-romano e dois raros ‘termini augustales’, no território da união de freguesias de Arícera e Goujoim, testemunhos que revelam informação importante sobre a organização daquele território na época romana”.

Sepulturas escavadas na rocha, “que constituem os mais importantes vestígios de povoamentos alto-medievais pré-paroquiais”, marcas cruciformes com datas, “gravadas em edifícios localizados nas partes mais antigas das povoações, testemunhando crenças e práticas religiosas”, e marcos de demarcação do Mosteiro de Salzedas, da Universidade de Coimbra e da zona vinhateira do Alto Douro fazem igualmente parte da lista.

O projeto de levantamento do património histórico e cultural do concelho de Armamar, no distrito de Viseu, é financiado

pelo programa Norte 2020 e comparticipado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

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