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QUASE 50 MIL ALUNOS COLOCADOS NA PRIMEIRA FASE DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR

Quase 50 mil alunos conseguiram entrar para o ensino superior na primeira fase do concurso nacional de acesso, em que só 19% dos candidatos não obtiveram colocação, segundo os resultados divulgados. No total, são 49.806 novos estudantes no ensino superior público, o segundo maior número em 33 anos, superado apenas pelos quase 51 mil alunos que ficaram colocados na primeira fase do concurso em 2020. Por outro lado, diminuiu o número de alunos que, para já, ficaram de fora: dos 61 mil candidatos, 11.701 não conseguiram ainda colocação numa universidade ou politécnico, o equivalente a 19%, menos quatro pontos percentuais face ao ano anterior. Essa diminuição, escreve em comunicado o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, reflete “um crescente ajustamento entre a procura dos estudantes e a oferta das instituições”. No dia em que, finalmente, os novos caloiros ficam a conhecer o seu futuro, as notícias não poderiam ser melhores para cerca de metade dos candidatos, que asseguraram um lugar na sua primeira escolha, e um total de 82% conseguiu vaga numa das três primeiras opções. Em linha com as expectativas e objetivos do Governo, houve algumas áreas em que o número de estudantes colocados aumentou comparativamente a 2021. Por exemplo, os cursos com maior concentração de alunos de excelência vão receber, para já, 4.911 novos estudantes (mais 2%) e no caso das competências digitais, ciências de dados e engenharias aeroespaciais o aumento é de 9%. As licenciaturas de Educação Básica também recuperaram face aos anos anteriores, com um total de 727 alunos colocados e mais 14% em relação a 2021. Para todas estas áreas, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior tinha aberto a possibilidade de as instituições aumentarem o número de lugares disponíveis, à semelhança dos cursos previstos nas candidaturas aos programas Impulso Jovens STEAM e apoiados, nesse âmbito, pelo Plano de Recuperação e Resiliência. São 72 licenciaturas em que, para já, entraram 3.383 novos alunos, registando uma taxa de ocupação média de 94% e que no caso de 53 cursos chegou mesmo aos 100%, incluindo 16 das 22 novas ofertas nestas áreas. Há também mais alunos nas instituições localizadas em regiões com menor densidade populacional, onde foram colocados 13.351 novos caloiros. O número de colocados aumentou, por exemplo, nas universidades da Beira Interior, Évora e Trás-os-Montes e em vários institutos politécnicos do interior do país. “O relevante crescimento dos colocados em instituições do interior, bem como o aumento dos candidatos em primeira opção para essas instituições, confirma a importância que os estímulos atribuídos à fixação naquelas regiões está a surtir”, sublinha o ministério. Dos resultados do concurso deste ano, destaca-se o maior número de sempre de colocados através do contingente especial para estudantes com deficiência: 381 alunos, mais 66 do que em 2021. Foram ainda colocados 489 estudantes emigrantes e lusodescendentes, crescendo 16% face ao ano anterior, quando tinham sido colocados 419 candidatos. Para a primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior foram disponibilizadas 54.641 vagas, incluindo cerca de mil vagas adicionais incluídas no concurso na sequência de um despacho da tutela para responder ao elevado número de candidatos. Desse total, sobram agora 5.284 vagas para a segunda fase, que arranca na segunda-feira e termina a 23 de setembro. Os resultados serão depois conhecidos no dia 30 de setembro.

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MORTALIDADE COM “POSSÍVEL TENDÊNCIA CRESCENTE”

A transmissão do vírus SARS-CoV-2 apresenta uma incidência estável em Portugal, mas a mortalidade específica por covid-19 regista uma “possível tendência crescente”, alerta o relatório sobre a evolução da pandemia divulgado. “A epidemia de covid-19 manteve uma incidência elevada, apresentando uma estabilização. O número de internamentos por covid-19 apresenta uma tendência decrescente, enquanto a mortalidade específica apresenta uma possível tendência crescente”, refere o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Ricardo Jorge (INSA). Na segunda-feira, a mortalidade específica por covid-19 estava nos 8,9 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, quando no mesmo dia da semana anterior era de 8,1, um valor que, apesar do ligeiro crescimento, está abaixo do limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC). De acordo com a DGS e o INSA, a mortalidade por todas as causas na última semana encontra-se dentro dos valores esperados para esta época do ano. O relatório indica ainda que continua a registar-se uma tendência decrescente da ocupação hospitalar por covid-19, com 431 internados na segunda-feira, que representavam menos 8% do que os hospitalizados na semana anterior. Já quanto aos cuidados intensivos, o documento avança que os 33 doentes internados nessas unidades correspondiam a 12,9% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas e também com tendência decrescente neste indicador. Perante estes indicadores, a DGS e o INSA recomendam que seja mantida a vigilância da situação epidemiológica da covid-19, a manutenção das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população. Entre 03 de março de 2020, quando foram confirmados os primeiros casos em Portugal, e 05 de setembro, Portugal registou 5.432.695 infeções por SARS-CoV-2, 359.692 das quais são suspeitas de reinfeção, que representam 6,6% do total de casos. A maior percentagem de reinfeções reportada entre 91 e 180 dias ocorreu no período de predominância da BA.5 da variante Ómicron, que atualmente é a linhagem dominante em Portugal, refere o relatório da autoridade de saúde.

Recomendam que seja mantida a vigilância da situação epidemiológica da covid-19

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