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SOCIEDADE: FESTA DO CHOCOLATE

CHOCOLATE ADOÇA O INVERNO DE MATOSINHOS

IMAGENS RAFAELA LOPES

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O parque Basílio Teles recebeu a quarta edição da Festa do Chocolate, que este ano teve lugar entre 9 e 25 de fevereiro. Embora com poucos anos de existência, o certame com entrada gratuita já tem um lugar fixo na programação cultural do concelho e reúne uma plateia fiel. A edição deste ano superou o número de visitantes do ano anterior e foi considerado um sucesso pela organização e pela maioria dos participantes. Há quem não lhe resista quando está deprimido. Muitos são aqueles que todos os dias caem em tentação e comem nem que seja um pequeno quadrado. Alguns escondem tabletes no fundo do armário para uma emergência. Outros passam a vida a sofrer por não lhe conseguirem resistir e depois têm de lidar com a balança. Os entendidos indicam que as suas origens remontam às civilizações pré-colombianas da América Central e que, quando consumido em quantidades reduzidas, dá energia ao nosso organismo contribuindo para uma vida mais ativa e saudável. Falamos do chocolate, um dos poucos produtos que se pode gabar de ser consensualmente adorado a nível mundial. Foi na direção desta popularidade, e da oferta mais escassa de festivais dedicados ao chocolate na zona Norte, que Matosinhos criou a Festa do Chocolate. O evento, que teve lugar numa tenda climatizada localizada no parque Basílio Teles, aconteceu entre 9 e 25 de fevereiro e reuniu cerca de 25 expositores. Os stands foram ocupados com representantes de algumas grandes marcas e de produtos mais artesanais. Crepes, tabletes ar-

tesanais, tripas de Aveiro, waffles, bombons, chocolate a martelo e licores caseiros servidos em copo de chocolate. Várias tentações disponíveis que só criaram dúvidas na hora de escolher. Para além da grande escolha de produtos, a festa contou com alguns workshops e momentos de showcooking. O festival foi organizado pela ANDARTE – Associação Nacional para o Desenvolvimento do Artesanato- em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos. Anabela Lopes, uma das responsáveis da ANDARTE e da organização da feira, revelou, em declarações à nossa revista, que o balanço da edição de 2018 não poderia ser mais satisfatório. “Quem diria que Matosinhos, que não tem tradição de chocolate, iria ter esta afluência de pessoas? É um conceito muito recente”, referiu. Anabela Lopes explica que a ANDARTE ficou responsável pela organização da Festa do Chocolate a convite do ex-presidente Guilherme Pinto, que à data pretendia expandir o evento. A mostra, que tem sempre subido de número de participantes, demora cerca de quatro meses a ser organizada e os responsáveis procuram sempre apostar num programa variado, como nos esclareceu. Para além dos convites feitos às grandes marcas, a organização procurou reunir artesãos e produtos diversos, que proporcionassem uma experiência variada ao público e permitissem aos participantes distinguir-se da concorrência. A responsável acredita que os esforços feitos para melhorar a exposição são notórios e que a adesão dos visitantes é prova disso. “Este ano a tenda está muito bonita, alteramos o forro do teto e colocamos alguns candelabros, ficou mais acolhedor. Temos tido sempre muito movimento, já passamos o número de visitas do ano passado, que era um pouco mais de 70 mil pessoas. Esta é uma forma de trazer coisas diferentes a Matosinhos, onde a tradição é o bom restaurante. Aqui temos a sobremesa”, mencionou.

PROFESSOR A. CUNHA E SILVA

LEONOR MACHADO A PINTORA DE “OS PÁSSAROS TAMBÉM SUSPIRAM”

Empoleirados num arbusto verdejante e jovem, ouvimos-lhes os cantares e, no seio de uma envelhecida árvore, tranquila e esgalhada se volteiam em pios — mas, os pássaros também suspiram! Leonor Machado, desejosa de emoções, partiu em busca desses sinais. Pousou os pés nus na relva de um jardim. Carregada de silêncios sentou-se. Sombreada pela folhagem e floração, um véu perfumado de camélias de cor azulina segredou-lhe a voz do poeta “Todos temos uma tarde de azul”. (1) Ao redor das suas vozes íntimas ouvia-se e via-se à distância de um gesto um céu estrelado de passarinhos...aos suspiros. Primeiro, entoaram vozes solistas, as cantadeiras de melodias. Depois, em vozes harmonizadas (tonalidades maiores e menores), adoçaram trinados, ora alegretes, ora tristonhos que partilharam no luzeiro das mil folhas coloridas. Por quem e porquê, suspiram os pássaros? Diz o deus Simorgh(2) que é o deus dos pássaros, que lamuriavam águas ou pevides de melancia. Lamuriavam cascas de queijo ou migalhas de bolacha Maria. No mundo dos pássaros qualquer coisinha já lhes servia! Leonor, que tudo apreciou com um sorriso de ironia — os pássaros não pedem...os pássaros dão — começou a esquissar no papel as originais lamúrias, uma a uma, cada passarinho é um caso, um ocaso e um acaso, e um poeta segredou-lhe “Não há acasos há encontros” (3) Naquele jardim de lamúrias havia pássaros que tremiam frientos, outros, enrolavam-se na plumagem como se fôra tufos de lã. Outros ainda, alindavam com vaidade as penas, tt e um, mais inquieto, coçava os ouvidos. Leonor Machado ficou no jardim dias e dias a pintar o buliçoso mundo dos passarinhos! Recebeu candura, imaginação, leveza, cores novas e nuances de esmerada perfeição, sentiu-se abençoada. A duas vozes, com os pássaros, Leonor cantou a paixão da sua vida, viu-se alada nas asas de um sonhado vôo. Bailado estranho, de folha em folha, de ramo em ramo, que só terminou quando se banhou nas perfumadas pétalas de um nenúfar que repousava espalmado nas quietas águas de um lago rodeado de verdes musgos e pedraria húmida. Ao longe, uma alvoraçada criança gritou: — Caiu um pássaro!!! Uma lágrima rolou no papel do desenho de um colibri, e a pintora sussurou: — Melhor seria, se fosse a lua!

(1) Poeta Saúl Dias (2) Para alcançar o local onde está o Simorgh — o Monte Qaf — as aves devem atravessar sete vales: Talab (ânsia), Eshq (amor), Marifat (gnose), Istighnah (desapego), Tawhid (unidade de Deus), Hayrat (perplexidade) e, finalmente, Fuqur e Fana (abnegação e extinção). Estes vales representam as estações que um sufi ou qualquer indivíduo deve passar a perceber a verdadeira natureza de Deus. In, Wikipédia, Conferência dos Pássaros. (3)Poeta Fernando Pessoa

RESTAURANTE VALENTIM

À esquerda: Secretário de Estado da Educação Professor João Costa Ao centro: Chefe Valentim Santos À direita: Deputado Doutor Profírio Silva

A HÉRNIA DISCAL - DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO

ASSISTÊNCIA HOSPITALR DE ORTOPEDIA DR. NUNO BASTOS

A nossa coluna vertebral é composta por 24 vértebras que formam um conjunto harmonioso que serve de suporte ao nosso tronco. Articula-se com o crânio, superiormente, e com o sacro e a bacia, na parte inferior. Essas mesmas vertebras estão unidas por um conjunto de discos intervertebrais que permitem a mobilidade da coluna e servem como “amortecedores” entre as vértebras. Quando esses discos se estragam, quer por via do desgaste, quer devido a trauma ou esforços súbitos, podem surgir as hérnias discais, que têm significado clínico quando comprimem estruturas neurológicas, quer plo, dor tipo ciática), assim como alterações da sensibilidade (por exemplo, formigueiros ou sensação de calor ou frio). O diagnóstico faz-se com a ajuda da

Tomografia Axial Computorizada

(TAC) ou da Ressonância Magnética Nuclear (RMN). O primeiro exame é mais rápido, mas tem radiação, ao passo que o segundo apresenta melhores imagens e não tem radiação, podendo ser feito as vezes que for necessário. Quanto ao tratamento, há que ter a noção de que a maior parte das hérnias não necessita de ser operada. De facto, o tratamento inicial passa

seja o canal vertebral, onde estão os nervos, quer seja os pequenos buracos por onde estes saem da coluna para enervar a pele, músculos ou articulações. Os nervos têm importantes funções para a sensibilidade da pele e estruturas do corpo, para transmitir os impulsos nervosos que fazem contrair os músculos (função motora), ou para a sensibilidade específica das articulações (propriocepção). Como tal, quando parte do disco comprime as estruturas nervosas ou aperta o canal, o que vai surgir vai ser dor nas costas (pescoço, dorso ou lombar), dor irradiada (por exem-

por repouso, a toma de medicamentos para aliviar a dor (analgésicos ou anti-inflamatórios), ortoteses para imobilizar a coluna - colar cervical ou lombostáto, tratamento de Fisioterapia (associado ou não a terapias alternativas), e acima de tudo o tempo… Se os sintomas forem graves, nomeadamente com falta de força no membro afetado, ou se persistirem durante muito tempo (período mínimo de 4 a 6 semanas), temos de empreender por tratamentos invasivos, quer sejam Procedimentos Minimamente Invasivos - por ex. Nucleoplastia, Ozonoterapia ou IDET - que geralmente são adequados para hérnias pequenas, quer sejam cirurgias para extração da hérnia ou alargamento do canal ou foramens, com ou sem fixação das vértebras. É importante não confundir um procedimento que serve para “queimar” e retrair parte do disco, com uma cirurgia para extirpação do fragmento extrusado que comprime as raízes nervosas. Cada um tem indicações precisas e especificidades que variam de caso para caso. E hoje em dia, o cirurgião da coluna, quer seja Ortopedista ou Neurocirurgião, deverá ter capacidade e experiência para as efectuar, adequando o tratamento ao doente. O tratamento invasivo, quando tem uma indicação precisa e motivação por parte do doente (com um perfil psicológico adequado), tem uma taxa de sucesso superior a 90% no alívio da dor e da incapacidade. As sequelas graves, como os défices neurológicos, são extremamente raras, e mais incidentes nos casos com doença mais arrastada ou grave. De referir que o Serviço de Ortopedia do Hospital Pedro Hispano/ULSM realizou, recentemente, pela primeira vez, uma intervenção cirúrgica inovadora que permite uma abordagem menos invasiva no tratamento das hérnias discais lombares e com vantagens na recuperação do doente. A técnica, designada por Discectomia Lombar Endoscópica, realizou-se em dois doentes acompanhados no Serviço de Ortopedia e que apresentavam indicação para esta nova abordagem. Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva, que se executa através de uma pequena incisão e com recurso a um endoscópio que permite retirar a hérnia. Além da incisão mínima que é preciso executar, contrariamente à técnica aberta mais convencional, esta intervenção menos agressiva da hérnia discal reduz o internamento para um dia e será brevemente realizada em ambulatório. Assim, há que ter esperança na cura e desaparecimento da dor, confiando nos profissionais de Saúde, quer seja no Médico de Família, no Fisioterapeuta, no Cirurgião da Coluna e em toda a equipa hospitalar que trata este tipo de patologia. Porque a cura existe.

3 LOOKS COMPLETOS

NESTA EDIÇÃO TRAGO-VOS TRÊS SUGESTÕES DE OUTFITS COMPLETOS PARA DIVERSAS OCASIÕES.

TEXTO CAROLINA COSTA LEITE

P&B 17,99€ MANGO 39,99€

1.Trabalho

Uma opção mais clássica para um dia de trabalho, com um toque de cor e conforto através das calças.

PARFOIS 7,99€

ZARA 15,99€

STRADIVARIUS 9,99€

3.Jantar especial

Porque não aproveitar o fim de semana para descomplicar das várias combinações que tenta fazer para o seu trabalho. Aqui sugiro algo confortável com o toque “edgy” através das sapatilhas, muito parecidas com as da marca Balenciaga, que nos remetem para os anos 90.

Como foi referido em números anteriores, nada melhor que ter no seu guarda-roupa, um vestido preto, para as mais diversas ocasiões, neste caso e dado aos assessórios sugeridos seria para um look noite.

ZARA 39,95€

P&B 4,99€ P&B 19,99€

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CINEMA

TIAGO LEÃO

BLOG: SALA3

A FORMA DA ÁGUA

TÍTULO ORIGINAL:THE SHAPE OF WATER REALIZADOR: GUILLERMO DEL TORO GÉNERO: AVENTURA, DRAMA ELENCO: SALLY HAWKINS, OCTAVIA SPENCER, MICHAEL SHANNON DURAÇÃO: 123 MIN

Sou fã de Guillermo del Toro e acho incrível e merecida toda a atenção que o realizador está a ter com este “A Forma da Água”. Tem tudo aquilo que gosto dele, toda a fotografia e ambiente são os característicos e tem sempre aquele elemento mágico porém os trailers não me cativaram. Talvez, por ser uma história de amor, não me aliciou tanto. Numa instalação secreta dos anos 60, uma mulher das limpezas muda cria uma relação única com uma das criaturas lá detidas. Foi exatamente aquilo que eu esperava. Há toda a magia de um mundo criado por del Toro mas a história não me entusiasmou tanto como ao resto do público. O modo como Elisa e a criatura interagem - já que Elisa apenas consegue comunicar com linguagem gestual - consegue ser algo distinto do que vemos habitualmente. Esta é uma relação credível pois Elisa, que tem dificuldade em se relacionar com pessoas, consegue estabelecer uma ligação com alguém que também é diferente e que está a ser maltratado. As personagens estão muito bem desenvolvidas, desde os protagonistas até ao vilão. Michael Shannon tem um grande papel como o antagonista, um que entendemos as razões e que conseguimos, por vezes, simpatizar. Guillermo del Toro consegue, novamente, criar um mundo “seu”, que vale a pena ver. Assumo que todas as nomeações a ele associadas são merecidas. Contudo, mesmo tendo gostado, não me parece que seja com este filme que o realizador vá conseguir levar a estatueta, pelo menos é o que me dizem as entranhas…

NAS SALAS

LADY BIRD

REALIZADOR: GRETA GERWIG GÉNERO: COMÉDIA, DRAMA TÍTULO ORIGINAL: LADY BIRD ELENCO: SAOIRSE RONAN, JAKE MCDORMAN, LAURIE METCALF DATA DE ESTREIA: 08/03/2018 DURAÇÃO: 95

Uma história que explora o humor e a emoção na turbulenta ligação entre uma mãe e a sua filha adolescente. Apesar de Christine “Lady Bird” McPherson lutar contra isso, é exatamente igual à sua extremamente apaixonada, profundamente opinativa e muito teimosa mãe, que trabalha incansavelmente como enfermeira para sustentar a sua família depois do pai ter perdido o emprego. Uma história passada em Sacramento, Califórnia, em 2002, no meio de um cenário de rápida mudança da economia americana.

PARA LER

UM LIVRO HOJE, PORQUE NÃO?

A PITADA DO PAI

Entre os horários da escola e do trabalho, as atividades extracurriculares e as horas que passamos no trânsito, ficamos com pouco tempo para pensar na qualidade da alimentação familiar. É exatamente para os pais mais ocupados e preocupados que surge este livro. Deixe-se inspirar pel’A Pitada do Pai e aprenda a oferecer refeições saudáveis e saborosas, sem fundamentalismos, à sua família. Respeitando a sazonalidade dos alimentos e propondo receitas fáceis de confecionar, este livro vai ajudá-lo a cozinhar com amor e sabor.

ANO: 2018 AUTOR: RUI MARQUES

O TATUADOR DE AUSCHWITZ

ANO: 2018 AUTOR: HEATHER MORRIS

Em 1942, Lale Sokolov chega a Auschwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver - gravando uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele - com uma tinta indelével. Era assim o processo de criação daquele que veio a tornar -se um dos símbolos mais poderosos do Holocausto. À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência mas também pela desta jovem.

PARA JOGAR

O QUE NÃO FALTAR A UM GAMER

NINTENDO LABO

LANÇAMENTO: 27 DE ABRIL 2018 DESENVOLVEDORES: NINTENDO PLATAFORMAS: NINTENDO SWITCH

Desde o início da sua aventura no mundo dos videojogos, que a Nintendo nos habituou à inovação. Desta vez não é excepção, e a gigante nipónica apresenta-nos o LABO. Uma plataforma que integra a Switch e Kit’s de cartão. Sim, nada mais nada menos que cartão, que em conjunto com os comandos JOY-CON, se transformam numa das abordagens mais interessantes já vistas nesta indústria. Os primeiros kits desenvolvidos estarão disponíveis a partir de dia 27 de Abril. Com os mesmos pode-se construir um pequeno piano, uma cana de pesca, ou até um robot. A Nintendo incentiva ainda à criação e partilha de novos “brinquedos de cartão”, pela parte dos seus utilizadores. As críticas estão divididas, mas é unânime que é um dos projetos mais ousados da história da indústria.

GHOUTA ORIENTAL RECEBE A PRIMEIRA AJUDA HUMANITÁRIA

Após ter sido decretado o cessar-fogo temporário, 46 camiões da ONU entraram em Ghouta Oriental, na Síria, para levar medicamentos, bens alimentares, material de apoio para 70 mil pessoas. Porém, pouco antes da entrada do comboio humanitário, o território ainda estava a ser bombardeado pelas forças do regime. Segundo, Ali Ai-Za’Tari, coordenador da ajuda humanitária da ONU para a Síria, ouviam-se explosões enquanto os veículos entravam na região. Para piorar a situação, Za’Tari confirmou que as forças governamentais inspecionaram os camiões e retiraram a maioria do material médico que seguia a bordo. Entre eles, kits cirúrgicos, insulina, equipamento para diálise e outros medicamentos, aproximadamente 70 por cento do material. Com isto, o comboio não foi suficiente para a quantidade de pessoas que necessitam de ajuda. O material só serviu apenas para 27,500 pessoas e o trabalho da ONU estendeu-se mais do que as 5 horas previstas durante o cessar-fogo. Esta ajuda chega numa altura em que o governo sírio já controla um terço do território em Ghouta Oriental. Ali al-Zaatari manifestou o desejo de que a operação seja “seguida de outras mais”. As forças de Bashar al-Assad já estão no terreno e vão continuar a intensa ofensiva que começou em fevereiro. O observatório sírio dos direito humanos atualizou para mais de 700 o número de civis mortos Ghouta e mais de 5600 ficaram feridas nas últimas semanas. O conselho dos direitos humanos da ONU aprovou uma resolução para investigar a recente violência na Síria.

PAULO MENGO ABREU

PROFESSOR DE HISTÓRIA

A CIDADANIA ULTRAJADA

Numa sociedade e num mundo dominados pela sede do lucro, os cidadãos estão, atualmente, completamente à mercê de uma multiplicidade de apetites devoradores, para os quais os meios justificam sempre os fins, mesmo o atropelo flagrante dos mais elementares direitos. Vem isto a propósito do que se tem assistido nos últimos anos a nível de uma parte da comunicação social, que fere e atenta contra os princípios mais elementares da cidadania de uma forma tão visível que escandaliza a inoperância das autoridades. A situação tem-se agravado a olhos vistos nos últimos tempos, com o aparecimento de grupos de comunicação social, melhor dizendo, holdings, os quais, dependendo do sensacionalismo para sobreviver financeiramente não olham a meios para atingir os seus objetivos. E as coisas estão a ir por tal caminho que ninguém, repito, ninguém, está livre de ver a sua vida devassada, ultrajada, julgada na praça pública, de uma forma tão gritante que não mais se livrará de um anátema que o acompanhará para o resto da vida. Bastará um pouco de atenção para se perceber o esquema: grandes parangonas de primeira página, com origem em fontes anónimas, no condicional e quase sempre num determinado periódico ou numa certa revista; daqui saltitando de imediato para outros órgãos, geralmente do mesmo grupo, que a replicam de tal forma que, no dia seguinte, o mais tardar, passamos do condicional à certeza, dispensando porventura qualquer intervenção judicial, porque adquirido está, perante a opinião pública, um elevado grau de culpabilidade. Uma outra componente, que serve de suporte a toda a estória, e, não menos gravosa, é a vergonhosa promiscuidade com fontes próximas dos processos, que devendo guardar um absoluto sigilo, ao invés contribuem para credibilizar o “auto de fé”. Poderia recorrer a inúmeros exemplos, relembrando dois casos bem recentes. A ridícula questão que envolveu o ministro Mário Centeno, que, segundo os “inquisidores”, seria de tal gravidade que mereceu duas primeiras páginas, tendo envolvido, segundo os próprios, buscas no ministério das finanças e até uma provável demissão do governante se este viesse a ser acusado. Bom, perante o evidente arquivamento, uma notícia, numa caixa com meia dúzia de linhas e está o problema resolvido. Outro exemplo está ligado à agilidade de alguns jornalistas, geralmente dos mesmos órgãos de comunicação, que, chegaram mais rapidamente à entrada da casa do Juíz Rui Rangel do que os próprios inspetores da PJ que aí se dirigiam para cumprir várias diligências. Notável, e o que deveria fazer corar de vergonha qualquer democracia adulta, é encarado como algo natural, talvez ligado a dotes de adivinhação, quem sabe com ligações à Pitonisa de Delfos, sempre pronta para o famoso abraço da serpente. Será que estamos a assistir à substituição do Ministério Público por esta nova vaga de iluminados? Pois se não é, parece, e o grave é que daqui nada resulta, a não ser inquéritos sobre inquéritos, invariavelmente inócuos. E o mais grave é que este autêntico pesadelo, que atropela grosseiramente os mais elementares direitos e nos deveria envergonhar a todos, ganha terreno a cada dia. Haja vergonha.

QUIET AFFAIR

IMAGENS QUIET AFFAIR

QUIET AFFAIR, um projeto criado ao longo de dois anos, em Leça da Palmeira, entre quatro músicos peculiares, com duas décadas de intervalo nos extremos etários, interligados por talento e cumplicidade.

Como começou esta aventura?

Começou na vontade de reencontrar a simplicidade de fazer canções sem complicações: a voz e a guitarra adicionadas aos instrumentos mais elementares, como a bateria, o baixo e a guitarra elétrica.

Qual o género musical onde se enquadram?

Folk rock / pop rock.

Quais têm sido as vossas fontes de inspiração e influência?

Variadíssimas – Jeff Buckley, David Sylvian, Peter Gabriel, Justin Vernon, Nick Cave, Arcade Fire, David Bowie, Sigur Rós, Bon Iver, Son Lux tudo conflui e influi, acrescido de um não acabar de outros grandes e pequenos nomes do mundo da musica.

Como é o processo de criação dos vossos trabalhos?

Normalmente parte de um pequeno apontamento, uma ideia, um riff de voz e de guitarra. Por vezes de piano. Depois, os ritmos e melodias são incorporados pelos outros instrumentos, até um resultado final satisfatório para todos os membros da banda. Durante as gravações ainda se fazem muitos ajustes. Cada música passa por um processo de crescimento, até à maturidade. E, mesmo depois disso, é recriada cada vez que a tocamos.

Em Matosinhos e no Grande Porto onde costumam dar concertos?

Em locais específicos para o efeito, desde que tenham condições de som adequadas, e em festivais.

Que concertos têm agendados para este ano?

O EP que acabou de ser lançado fechou um ciclo, e abriu uma nova fase criativa de composição. Estamos um pouco mais resguardados, mas não descartamos vir a apresentar este EP conjuntamente com alguns dos novos trabalhos em curso.

Projetos de futuro, há? Quais?

Acabamos de editar um EP com 3três musicas novas disponibilizadas no Youtube (com vídeos incluídos), Bandcamp, Soundcloud, Spotify e Itunes. Neste momento estamos concentrados na composição e arranjos de novas músicas, que a seu tempo serão compiladas num álbum. Este tipo de trabalho exige que estejamos focados no presente, o futuro é uma projeção que só irá estrear mais tarde.

Nome dos elementos da banda e “função” desempenhada?

Topo – voz / guitarra acústica / piano; Pony – guitarra elétrica / baixo; Tércio – bateria.

CARRO DE MATOSINHOS BRILHA EM FILME DE HOLLYWOOD

IMAGENS CASA DA ARQUITECTURA

Buddy, um carro elétrico criado pelo CEiiA (Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel), empresa sediada em Matosinhos, está a dar nas vistas no mais recente trabalho do famoso ator de Hollywood Matt Damon. O veículo surge no filme “Pequena Grande Vida” (“Downsizing” é o título original), realizado pelo premiado Alexander Payne. O filme estreou em fevereiro nas salas de cinema portuguesas, que passa-se no futuro e a história relata a vida de um homem que descobre a possibilidade de reduzir de tamanho, ficando apenas com 5 centímetros de altura, ao ponto de viver uma vida com menos gastos e em esplendor. Relativamente ao veículo, além de não produzir emissões de CO2, ocupa pouco espaço no que diz respeito ao estacionamento e permite transportar até três pessoas.

MATOSINHOS VAI DESENVOLVER BAIRRO INTELIGENTE

O projeto “Living Lab” passou à segunda fase do programa Laboratórios Vivos para a Descarbonização, e será financiado pelo Ministério do Ambiente. Desenvolvido pela Câmara Municipal de Matosinhos (CMM) e pelo CEiiA (Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel), “pretende criar no centro da cidade de Matosinhos um bairro inteligente, de baixo carbono, resiliente, acessível, participado e conectado, onde serão testadas, demonstradas e postas em prática, em contexto real, soluções tecnológicas, organizacionais e sociais integradas e orientadas para a descarbonização da cidade”, segundo comunicado da CMM. Candeeiros que medem emissões de carbono. Pavimento que reduz a velocidade de circulação sem intervenção do condutor. Um sistema de partilha de bicicletas ligada ao sistema de transportes públicos. Contabilização em tempo real das emissões de CO2 poupadas com a mobilidade inteligente. Uma casa coberta de painéis solares que acompanham o movimento do sol e que armazena energia. Estas são algumas soluções tecnológicas que foram propostas em âmbito do projeto. Será financiado parcialmente pelo Fundo Ambiental. O financiamento do Estado, de 500 mil euros, prevê um prazo de implementação e validação de soluções de até 1 ano. Porém, os parceiros do “Living Lab” concordaram em alargar a adoção destas soluções até 3 anos. A CMM aliou-se a mais 18 parceiros, entre os quais destacamos o Porto de Leixões, a Efacec, o Metro do Porto, a STCP e a Universidade do Porto.

JOSÉ CARLOS OLIVEIRA

JORNALISTA

EDUCAR É PRECISO

Uma polémica causada por um programa, recentemente exibido na SIC, veio revelar a baralhação existente no que toca ao tema da educação dos filhos. Também nesta matéria os extremos são inimigos do equilíbrio. Não queremos, certamente, educar com “vara de ferro” como se fazia no passado, embora reconheçamos que havia mais respeito por parte dos mais novos em relação aos mais velhos, sobretudo perante aqueles que exerciam algum tipo de autoridade. A vida exigente de hoje faz com que os pais, no que toca ao assunto em questão, “caminhem sobre brasas”. Para além da falta de tempo (pai e mãe têm, regra geral, de trabalhar), os progenitores quase sentem medo de educar os filhos. Psicólogos e sociólogos, sempre presentes na comunicação social, apelam (quase em uníssono) a que os pais se coloquem hoje num outro extremo – os filhos hoje quase podem fazer o que lhes apetecer. Fala-se muito nos direitos das crianças, e isso é bom. Mas será que os pais não têm direitos? Não têm o direito (e o dever) de educar? Espera-se que os filhos sejam apenas educados nos infantários, nas escolas e pela televisão e internet? Afinal de quem é, em primeira instância, a responsabilidade de educar? O sábio rei Salomão deixou aos pais uma máxima que, julgo eu, ainda não perdeu actualidade: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22:6 Que os psicólogos e sociólogos tenham a liberdade de opinar. Que os pais, por causa dessas opiniões, não se inibam quanto ao privilégio e dever de educar os seus filhos.

ANIVERSÁRIO DANIEL SEABRA DE CARVALHO

Numa noite agradável, junto da família e dos amigos, o jovem médico festejou o seu 30º aniversário no restaurante Recanto acompanhado da médica, Ana Sofia Fontes, do pai, José Carvalho, da mãe Albina Seabra e da chef do Recanto Fernanda Lima.

MATOSINHOS NA BTL 2018

IMAGENS MATOSINHOS WORLD’S BEST FISH

Matosinhos esteve presente na 30ª edição da BTL 2018 – Bolsa de Turismo de Lisboa. A iniciativa decorreu no recinto da FIL, localizado no Parque das Nações, em Lisboa. Esta é a maior feira nacional de turismo com espaço próprio e recebeu cerca de 78 mil visitantes, entre profissionais, interessados e público em geral. O Primeiro-Ministro, António Costa, e a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, visitaram o espaço do Turismo do Porto e Norte de Portugal no dia da inauguração e saudaram todos os municípios presentes. A participação de Matosinhos teve como objetivo a promoção do concelho enquanto destino turístico e, simultaneamente, a consolidação da gastronomia através da divulgação da marca World´s Best Fish.

MIGUEL VAZ E MANUEL VALENTE

INAUGURAÇÃO STAND CAR VAZ

IMAGENS RUI RIBEIRO

Foi inaugurado no dia 4 de março um novo espaço da Car Vaz em Matosinhos. Situado na Avenida Serpa Pinto, Miguel Vaz e Manuel Valente, abriram mais um stand de automóveis, que se dedica à venda de automóveis, motas e camiões usados como novos. Comercializam as melhores marcas com todas as garantias necessárias, prestando assim um serviço de qualidade e satisfação aos clientes no momento da venda, entrega e assistência pós venda.

CINEMA, PORQUÊ?

Sempre tive gosto por cinema, especialmente por cinema de animação (sempre gostei de desenhar e cresci com filmes da Disney). Para além disso, toco piano desde os 4 anos. O meu último (e também primeiro) projeto, “The Voyager”, nasceu da ideia de tentar juntar essas duas áreas, sendo uma curta-metragem de animação em que também compus a banda sonora.

O QUE JÁ CONQUISTOU NESTE MUNDO?

Felizmente a curta tem tido uma boa receção tanto nacional como internacional, tendo vencido o 1º lugar nos Prémios Sophia Estudante da Academia Portuguesa de Cinema para Melhor Curta-metragem de Animação, e mais recentemente foi a vencedora do BFI Future Film Festival International New Talent Award (British Film Institute, Londres). Para além disso, foi também selecionada e exibida em festivais internacionais, em países como Inglaterra, Itália, EUA, México e Lituânia; e também nacionais, onde em alguns tive o privilégio de a poder exibir com uma performance ao vivo, onde toco e acompanho a curta-metragem em tempo real, em piano.

HOBBIES?

Felizmente os meus hobbies enquadram-se na minha área de trabalho, sendo eles a música (piano) e desenho.

VIAGEM DE SONHO?

Sempre tive muito interesse em ir à Ásia.

PRATO FAVORITO?

A francesinha do Francesinha Café, na rua da Alegria no Porto. Aconselho a toda a gente.

ALGUM NOVO DESAFIO EM MENTE?

Encontro-me neste momento a iniciar a minha segunda curta-metragem de animação, em que para além da parte técnica de desenho e de animação propriamente dita, pretendo mais uma vez compor a banda sonora. Estou também a preparar-me e a tratar das candidaturas para ir tirar um mestrado no estrangeiro, para o ano.

JOÃO GONZALEZ

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