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Cinco obras de Siza Vieira, no Porto, candidatas a Património Mundial da UNESCO

Há oito obras do arquiteto Álvaro Siza Vieira, em Portugal, que fazem parte de uma candidatura a Património Mundial, submetida na passada quinta-feira, dia 6 de abril

Os projetos são o edifício da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), a Piscina das Marés, a Casa de Chá da Boa Nova, o Museu de Serralves, o Pavilhão de Portugal, em Lisboa, o Bairro da Bouça, a Igreja do Marco de Canavezes e a Casa Alves Costa, em Caminha.

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Responsável pela submissão da candidatura, o diretor da FAUP, João Pedro Xavier, explicou à agência Lusa que a seleção das oito obras se justifica com o “facto de a maior parte deles já ser património” e pela “variedade tipológica ou funcional dos edifícios propostos”.

Os casos do Bairro da Bouça, no Porto, e a Casa Alves Costa, em Caminha, foram submetidos para classificação nacional, pelo que o diretor da FAUP referiu que será preciso que haja “alguma «luz verde»” em relação a esses dois imóveis.

A candidatura intitulada «Obras de Arquitetura de Álvaro Siza em Portugal» faz parte da lista indicativa do Património Mundial de Portugal desde 2016, com uma lista de 18 projetos, tendo sido entretanto diminuída para oito.

João Pedro Xavier afirmou que “a candidatura está preparada com as chamadas extensões futuras”, para que, mais tarde, se possam associar outros projetos do arquiteto Prémio Pritzker, incluindo no estrangeiro.

Os parceiros desta candidatura são a Câmara Municipal do Porto, Câmara Municipal de Matosinhos, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal do Marco de Canavezes, Câmara Municipal de Caminha, a Fundação de Serralves, a Universidade do Porto e a Universidade de Lisboa.

Paulo Gaspar Professor Doutor

PREOCUPANTE(?)…

A invasão da tecnologia na educação é de algum modo preocupante. Preocupante não a tecnologia em si, mas preocupante o modo como se “obriga” a implementar a tecnologia na escola. Associado a tal facto, torna-se também preocupante a falta de planificação que transparece existir nas decisões educativas. Numa primeira análise, tem de ser desmitificada a ideia de que os nossos jovens estão num plano muito à frente na questão da tecnologia. Com efeito, os nossos jovens, apenas, estão à frente no mundo das redes sociais – instagram, facebook, tiktok, messenger, whatsapp – interagindo virtualmente, pulicando post e, muitas vezes, com condutas menos éticas nesse mesmo mundo virtual. Os “incidentes” nas redes sociais, por má utilização pela parte dos nossos jovens, tem sido, por estes tempos, a marca mais significativa, em detrimento do expectável “bom uso” da tecnologia. Face a esse cenário real, na vida dos nossos jovens, não é correto afirmar que os nossos alunos dominam a tecnologia. Assim sendo, é importante que a escola assuma um papel preponderante na educação do bom manuseamento da tecnologia. Tomando como referência estas premissas e tendo em consideração o que se está a passar nas nossas escolas, importa que exista tempo para consolidar a tecnologia nas escolas e, por isso, é completamente injustificado recorrer ao computador nas provas de aferição. Colocar os alunos nas provas de aferição em frente a um computador não tem qualquer sentido. Por um lado, na prática das nossas escolas ainda não se universalizou o uso tecnológico e, por outro lado, nem todos os alunos das nossas escolas dominam um simples computador. Associado a tal facto é de todo inconcebível que crianças de 7 anos de idade sejam forçadas a carregar em teclas de um computador e os seus olhos sejam bombardeados com a iluminação do ecrã, quando todas as teorias de desenvolvimento infantil condenam tais pressupostos. Só um pouco de bom senso talvez fosse suficiente, ou então, um pouco mais de planificação no que se refere a tal temática, para que tudo surgisse de modo natural e como consequência de um processo adaptativo às novas exigências que o mundo nos vai colocando. Como tal não aconteceu, parece-nos que toda a instabilidade que algumas medidas têm provocado nas escolas, em nada tem contribuído para um clima sereno que se exige no mundo educativo e em nada tem beneficiado o harmonioso desenvolvimento dos nossos jovens. Por tudo isto parece-nos que a tónica dominante no mundo da educação tem, a todos, que nos preocupar, pois não vislumbramos afinal, qual o caminho que nos têm proposto para a formação de “outro cidadão” e de uma outra sociedade mais feliz.

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