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ClimateLaunchpad 2023

Câmara de Matosinhos integrou júri nacional da competição

Os projetos Startups Simby, Santa Farm Technology e build.ing, são os grandes vencedores da Final Nacional do ClimateLaunchpad 2023, competição que contou com a Câmara Municipal de Matosinhos no júri.

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A cerimónia decorreu no passado dia 17 de julho, nas instalações da UPTEC da Asprela. O ClimateLaunchPad é a maior competição cleantech do mundo e é organizada, em Portugal, pela UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, LIPOR e Fórum Oceano/Hub Azul. Agricultura, ar e meio ambiente, energia limpa, indústria limpa, armazenamento de energia, eficiência, transporte e água são as categorias desta iniciativa da União Europeia.

Ao longo do programa, todos os participantes tiveram a oportunidade de participar num curso online e num bootcamp intensivo de três dias que resultou na premiação de três ideias vencedoras.

A Simby é uma plataforma de transação, gestão e acompanhamento de e-waste – equipamentos elétricos e eletrónicos em fim de vida. O objetivo é potenciar a economia circular na gestão destes resíduos, permitindo que indivíduos e empresas vendam os seus dispositivos eletrónicos indesejados ou em fim de vida.

Já o projeto da Santa Farm Technology consiste num software de automação que permite otimizar a produção de agricultura vertical, e gerar soluções com baixo impacto ambiental, que coloquem produtos locais e sempre frescos à disposição da população.

A build.ing é uma startup focada na construção de edifícios mais eficientes, através de uma plataforma online de conceção construtiva. Os três vencedores da Final Nacional vão ter acesso a incubação gratuita na UPTEC durante quatro meses, a formação pela 3xP Global nas áreas de impacto, sustentabilidade e/ou marketing no valor de 1000 euros, vales de formação de 1000 euros da Ordem dos Engenheiros – Região Norte, 16 horas de consultoria da Point Green Venture e S317 Consulting, bem como a 15 horas de apoio jurídico da Vieira de Almeida, entre outros prémios atribuídos pela Faber, Câmara Municipal de Matosinhos, Crowe, Prio, Galp, Smart Waste Portugal e Pacto Português para os Plásticos.

Os três vencedores da competição nacional representarão Portugal na final europeia, que se realizará em Tallin, Estónia, dias 7 e 8 de outubro.

Seja bem-vindo(a) caro(a) Leitor(a). Espero que se encontre bem!

Como prometido, nesta edição, vou-lhe passar uma perspetiva sobre a arte de detalhar para clarificar, o atingir a “badalada” iluminação/transcendência!

Esta arte, nada mais é, do que treinar a sua capacidade de desconstruir para construir! Como assim?

Pense comigo, imagine que aconteceu algo, seja por si considerado bom ou mau. Se desconstruir esse algo, vai perceber que o que levou àquele efeito, resultado, foram um conjunto de causas, situações, e inerentes escolhas.

Todas as escolhas que fazemos, advêm da forma como pensamos e dos nossos instintos. Estes dois últimos, advêm do programa que temos instalado em nós.

Este programa, é um conjunto de dogmas, verdades absolutas, que nos constituem e que, muitas vezes, nunca refletimos sobre. Para podermos refletir sobre, temos de fletir, dobrarmo-nos, sobre a forma como agimos e pensamos, o tal desconstruir!

Um exemplo prático, imagine que sempre lhe disseram que o dinheiro é a fonte de todos os males. Quem lhe disse esta falácia, se for alguém que você vê como autoridade por algum motivo, vai instalar no seu programa este dogma, porque você acredita naquela pessoa. Depois de lhe instalar este dogma, vai-lhe dar evidências de que o dogma é verdadeiro, sejam elas quais forem só para provar o ponto, o que leva a que aquela crença ganhe “raízes” no seu sistema. Depois de lhe passarem as evidências, é muito provável que concorde e anexe emoções, seguidas de uma, ou várias, afirmações. Estas afirmações, como contêm emoções, e as evidências em que opta por focar, vão levar a que enraíze a crença como dogma e a reforce continuamente, o que equivale a colocar diretrizes que servem como guias na sua conduta. Como a mentira tem perna curta, se desconstruir, detalhar, aquilo que sustenta o que acredita ser uma verdade absoluta, é provável que a possa colocar em causa e abrir a possibilidade de começar a mudar o seu programa!

Pode parecer infantil, mas imagine a sua vida como um jogo, tipo um puzzle. e que, enquanto jogador(a), pode perceber que peças não encaixam, tendo em conta aquilo que quer, desconstruir o puzzle, mudar as peças e voltar a construir o puzzle.

A direção é mais importante do que a velocidade por isso, no décimo passo, vou-lhe falar sobre as viagens no tempo!

Um até já.

Cordialmente

Carlos Marinho Professor Doutor

DEPENDE DOS PEIXES

António Guterres foi a única pessoa em Portugal que viu na educação o futuro, a importância do ressurgir de uma nação, a base, a estrutura, os alicerces de um país próspero e com ideias. O seu ímpeto pela educação foi tão forte que a frase “a educação é a minha paixão” ficou para a história. E porquê? Porque foi um aluno brilhante, nota 20, sabia que o seu saber veio da escola, dos professores, que por magia fizeram dele uma das figuras mais importantes do planeta. O que se seguiu na Guterres? Décadas de líderes que andaram na escola, que passaram por lá, mas que não foram brilhantes, não estudaram, enganaram o sistema, aldrabaram, copiaram. Quando isso acontece, o que acontece?

Lideraram sem o saber, desprovido de conhecimento, com os coladores de cartazes a aplaudirem na plateia da vida, a acenaram positivamente à destruição da educação, ao empobrecimento do saber, à secagem da esponja que só a escola oferece perante os problemas da sociedade. Os mais prejudicados, os professores gritaram, até que a voz lhes doesse, para pararem com a destruição de algo que qualquer país de devesse orgulhar, a escola. Décadas depois surge outro D. Sebastião dizer que a escola é a base da sociedade. O Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, mais um aluno de 20 valores, vem dizer com todas as letras que ser professor é diferente, é nele que encerra o conhecimento, é a alavanca do futuro.

E agora? Vetar o diploma da aceleração das carreiras que iria permitir a muitos professores subir um pouco, diminuir as desigualdades que outros permitiram foi parado. Tem a palavra o governo. Este episódio faz lembrar uma pequena história. Um dia um forasteiro chegou a uma terra e precisou de comprar algumas ferramentas e outros materiais numa loja local. Deslocou-se ao estabelecimento e deparou-se com um letreiro que dizia: - Fui pescar! Surpreendido por ser de manhã com o horário normal para estar aberto perguntou a um homem que estava sentado numa cadeira de baloiço:Desculpe, a que horas abre a loja? A resposta imediata foi: - Depende dos peixes. O futuro depende do pescador. Antes, porém, quem vai sofrendo nas escolas com uma avaliação injusta são os professores. Os bons. Porque os maus serão sempre maus. Colocar o contra quilómetros a zero seria o ideal. Porque as asneiras e desigualdades são tantas que todas as reparações serão insuficientes para recuperar os bons, aqueles que importam, que de dedicam, que fazem a diferença. Guterres e Marcelo ficarão para sempre no coração dos docentes.

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