Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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Encontro dos Jesuítas Europeus em Formação pág. 24

Papa Francisco faz visita à Coreia do Sul pág. 11

JESUÍTAS BRASIL

Em

EDIÇÃO 7 | ANO 1 | AGOSTO 2014 | JESUITASBRASIL.COM

INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL

ESPECIAL • 14

1ª Assembleia Nacional da BRA Encontro reuniu mais de 300 jesuítas entre os dias 12 e 13 de agosto

Anchieta é tema do novo livro do padre Ilário Govoni pág. 31

Alunos do Santo Inácio e Loyola viajam à Amazônia pág. 36

Unisinos celebra 45 anos de fundação pág. 40

Brasileiros participam de Fórum Social no Paraguai pág. 43

FAJE promove concerto musical em Belo Horizonte pág. 47




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EDITORIAL

1ª ASSEMBLEIA BRA: “EM COMPANHIA”

Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Pe. Carlos Palácio, SJ

Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ

Pe. Miguel de Oliveira Martins Filho, SJ

Pe. Vicente Palotti Zorzo, SJ

Superior da Região Brasil Amazônia

Provincial do Brasil

Provincial do Brasil Centro-Leste

Provincial do Brasil Nordeste

Provincial do Brasil Meridional

Quem poderia imaginar previamente o clima em que que não se viam depois de tantos anos, o reencontro de muitranscorreu a Assembleia BRA em Itaici? Como prever o tos jesuítas conhecidos e o reconhecimento de outros antes desdobramento de um evento cujas proporções eram gran- nunca vistos deram densidade concreta ao fato de sermos des o suficiente para despertar todo tipo de apreensão? “amigos no Senhor” num “corpo apostólico” único. Evento imprevisível e, sob muitos aspectos, improvável: pela Das duas maneiras Deus nos fez experimentar que o “imabolição das fronteiras Provinciais, pelo surpreendente nú- previsível” se tornava realidade concreta, que o “improvável” mero de jesuítas congregados e pela temática em discussão: tomava corpo diante de nossos olhos espantados, e que o apaa missão e as preferências apostólicas da nova BRA para os rente “desatino” de tamanho projeto desvelava um dinamismo próximos anos. e uma esperança que só podiam vir do Espírito. Para que não Surpreendente delicadeza de Deus! Sem esperá-lo, reste dúvida que é Ele o condutor de todo o processo. fomos constituídos atores e testeReconhecendo e dando nome a esmunhas de um evento histórico sem ses dons, como nos ensina Santo Ináprecedentes. A escuta das testemuNOSSA HISTÓRIA SE INSERE NO RELATO cio, agradecemos, em primeiro lugar, ao nhas eclesiais que conosco partilhaORIGINÁRIO DE INÁCIO E SEUS PRIMEIDeus e Pai de Nosso Senhor Jesus Crisram a visão que têm da nossa missão ROS COMPANHEIROS E A DE NOS EXto: é do alto que vêm “todos os bens e ajudou-nos a ler e interpretar o ‘sinal’ PERIMENTARMOS E RECONHECERMOS todos os dons”. de estarmos reunidos como “corpo COMO “CORPO APOSTÓLICO” ÚNICO E, a seguir, a todos aqueles e apostólico” único da Companhia de aquelas que contribuíram de formas Jesus no Brasil. Antes mesmo de ser diferentes para o bom resultado da erigida canonicamente a nova Província! Assembleia. Pensamos, antes de tudo, no grande número de Durante dois dias, Deus nos presenteou com duas graças – jesuítas que aceitaram o convite e aderiram com coragem à amplas, generosas, escancaradas: a de sentir que nossa história proposta. A experiência que levaram de volta irradiará e se se insere no relato originário de Inácio e seus primeiros compa- difundirá a outros irmãos. nheiros e a de nos experimentarmos e reconhecermos como Agradecemos também aos Sócios das Províncias que, em “corpo apostólico” único. sucessivas reuniões, elaboraram e aperfeiçoaram a proposA primeira, num momento de tantas fragilidades expostas, ta da Assembleia. nos ajudou a reconhecer que continuamos a ser servidores da Sem esquecer do Núcleo de Comunicação Integrada, que missão de Cristo “em Companhia”, sendo a “mínima Compa- nos prestou apoio técnico de altíssima qualidade, nem do Dinhia de Jesus”. Não por fictícia humildade, mas por sentir que o retor e dos funcionários da casa de Itaici, que se desdobraram Senhor age nas nossas fragilidades. para oferecer um serviço e uma logística à altura do evento. A segunda era perceptível na alegria incontida e espontâ- Todos “em Companhia”. nea que tomou conta de todos. O encontro de velhos amigos, Muito obrigado. Boa leitura!


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I N F O R M AT I V O D O S J E S U Í TA S D O B R A S I L

CALENDÁRIO LITÚRGICO – SETEMBRO Próprio da Companhia de Jesus 02 de setembro Bem-aventurados Tiago Bonnaud, presbítero, e companheiros José Imbert e João Nicolau Cordier, presbíteros Tomás Sitjar, presbítero, e companheiros, mártires

09 de setembro São Pedro Claver, presbítero

10 de setembro

17 de setembro São Roberto Bellarmino, bispo e doutor da Igreja

São Pedro Claver, padroeiro especial de todas as missões católicas entre os negros

EXPEDIENTE

Pe. Francys Silvestrini Adão, SJ Diretor editorial Pe. Geraldo Lacerdine, SJ Diretor do NCI

EM COMPANHIA é uma publicação mensal dos Jesuítas do Brasil, produzida pelo Núcleo de Comunicação Integrada (NCI) CONTATO NCI noticias@jesuitasbrasil.com www.jesuitasbrasil.com

Silvia Lenzi (MTB: 16.021) Editora e jornalista responsável

Colaboradores da 7ª Edição Colaboradores: Pe. Bruno Schizzerotto (BAM), Pe. Carlos James dos Santos (BRC), Pe. Creômenes Tenório Maciel (BNE) e Pe. Matias Martinho Lenz (BRM). Belisa Lemes da Veiga, Evenice Neta, Francilma Grana, Pe. Itamar Gremon, João Elton de Jesus, SJ, Pe. José dos Passos, Luis Duarte Vieira, SJ, Marcelo Barbosa, Rafael dos Anjos, Pe. Valério P. Sartor e Ana Ziccardi (revisão). Agradecemos a todos que colaboraram com materiais para o especial ‘Viva Santo Inácio!’.

Juliana Dias Redação

Fotos Dimas Oliveira / Banco de imagens / Divulgação

Victor Pisani e Handerson Silva Diagramação e edição de imagens

Tradução das notícias da Cúria Geral Pe. José Luis Fuentes Rodriguez

Vitral da Paróquia São Pedro Claver, em Cartagena (Colombia)

Bem-aventurado Francisco Gárate, religioso


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ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

Respeito aos direitos indígenas A luta pelos direitos indígenas na América do Sul torna comuns as missões dos padres Paco Almenar e Aloir Pacini, apesar de viverem em regiões distantes um do outro. Padre Paco é membro do Projeto Equipe Itinerante, que tem forte atuação na região Amazônica, incluindo Brasil, Colômbia, Peru, Venezuela e Guianas. Já o padre Aloir é ativista na Universidade Federal de Mato Grosso e na Pastoral Indígena. Em entrevista especial ao informativo Em Companhia, eles descrevem os desafios de suas missões. Desde quando a Equipe Itinerante atua?

Pe. Paco Almenar

O que é o Projeto da Equipe Itinerante? Quem participa? A Equipe Itinerante é um grupo de pessoas que, seguindo os passos de Jesus e o exemplo dos primeiros missionários do século XVII no Grão-Pará, tenta colocar-nos a serviço das comunidades e grupos indígenas, ribeirinhos e marginalizados urbanos para, junto com eles, humanizar os ambientes mais agressivos, injustos e opressores, onde a vida humana está sendo ameaçada, as culturas desrespeitadas e os direitos humanos ignorados.

O nosso companheiro Cláudio Perani, na época superior do distrito Amazônico da Companhia de Jesus, foi quem teve a primeira inspiração do Espírito de Deus e, em 1998, liberou dois jesuítas com esta recomendação que insiste em discernir a missão na Amazônia, com seus povos e aliados: “Andem pela Amazônia e escutem atentamente o que o povo fala... Participem da vida cotidiana do povo... Anotem e registrem tudo cuidadosamente... Não se preocupem com os resultados; o Espírito irá mostrando o caminho... Coragem! Comecem por onde possam...”. Dois anos depois, o grupo abriu-se a outras pessoas leigas, religiosas, padres. E, no ano 2000, já éramos um pequeno grupo de seis pessoas e algumas outras que ficavam alguns meses com a

gente para conhecer e peregrinar. Nesses 15 anos, mais de 100 pessoas já passaram pela Equipe. Quais são os trabalhos realizados? Nós apoiamos e nos colocamos a serviço dos grupos, comunidades, organizações, igrejas e tantos outros. Com nosso trabalho diferenciado, tentamos complementar o que os outros fazem, fazendo o que eles não dão conta de fazer ou indo aos lugares aonde não chegam ou poucos conseguem atender. Colocamos nosso ideal na frase: “A Equipe Itinerante quer caminhar para estar com quem ninguém quer estar; estar onde ninguém quer estar; estar como ninguém quer estar”. Importante, para nós, é ir ao encontro dos mais empobrecidos, sofredores, abandonados e culturalmente diferentes.

Aprofundamos também os estudos referentes ao contexto sociocultural e político-econômico da região onde vivemos e trabalhamos, para tentar manter, juntos, uma análise de conjuntura crítica e atualizada. Qual a área de atuação? Nos cinco a seis primeiros anos, morávamos em Manaus e, além das áreas de ocupação na própria cidade, peregrinávamos pelos rios: Negro, Solimões, Purus, Madeira, Maués. Em 2004, abrimos um segundo grupo da Equipe nas três fronteiras Brasil+Colômbia+Peru e iniciamos a itinerância pelos rios desses países. Em 2008, em Roraima, um terceiro grupo passou a peregrinar pelas bandas da fronteira com Venezuela e as Guianas. Atualmente, estamos sonhando com a tríplice fronteira Bolívia + Peru + Brasil, lá no Acre.


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ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

“PARTICIPEM DA VIDA COTIDIANA DO POVO... ANOTEM E REGISTREM TUDO CUIDADOSAMENTE... NÃO SE PREOCUPEM COM OS RESULTADOS; O ESPÍRITO IRÁ MOSTRANDO O CAMINHO... CORAGEM! COMECEM POR ONDE POSSAM...” Qual o trabalho da Equipe Itinerante com os índios? Em nossa Equipe, sempre tem havido um grupo de pessoas trabalhando especificamente com comunidades e povos indígenas. Há também os que trabalham com ribeirinhos ou urbanos, pois, muitas vezes, há indígenas nesses locais. Quero dizer que, dependendo do modo de vida e contato que as comunidades indígenas têm, a presença e o trabalho são diferentes. Imagine que podemos encontrar, pelo menos, cinco comunidades indígenas bem diferentes, dependendo do nível diverso de contato com a nossa sociedade: 1. Não contatados; 2. Com pouco contato; 3. Com longo contato; 4. Ressurgentes, que, durante muitos anos, se camuflaram como sendo caboclos ou camponeses; 5. Indígenas nas cidades, que são muitos e com rápido crescimento. Cada uma dessas realidades exige um processo de acompanhamento diferenciado, pois a cultura, os problemas e os desafios que enfrentam também o são. E os desafios enfrentados para a realização desse trabalho? São os mesmos que esses povos enfrentam. Por exemplo: a dificuldade de co-

municação e isolamento devido à geografia, às grandes distâncias e aos meios de transporte precários; maior organização e articulação para lutar pela demarcação das terras, com o consequente risco de violência por parte dos que não querem, por estarem economicamente interessados em suas terras; a saúde precária pelas doenças endêmicas transmitidas pelo “homem branco” e outras; perda da identidade e cultura, particularmente nas grandes cidades; e luta pela qualidade da educação escolar diferenciada e bilíngue.

Pe. Paco com crianças indígenas

Qual a importância desse trabalho com os indígenas no mundo contemporâneo? Os povos indígenas são sementes de projetos alternativos de vida. Esses povos não são um “obstáculo” para

o desenvolvimento. Seus valores e sonhos são solução para os mais graves e urgentes problemas que o nosso planeta e a nossa sociedade enfrentam hoje. Quem duvidar, venha para conferir! Vale a pena!!!


8 ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

Pe. Aloir Pacini

Em qual contexto os indígenas vivem hoje no Brasil? O contexto dos indígenas no Brasil é bastante variado. Existem indígenas com maior bem-estar – por causa dos seus direitos assegurados, porque são mais aguerridos e já possuem terras demarcadas – e outros, em extrema penúria. São muitas as Terras Indígenas não regularizadas pelo governo brasileiro e outras tantas estão invadidas. Além disso, estamos vivendo momentos de extrema resistência aos direitos indígenas garantidos na Constituição de 1988. O Brasil foi formado invadindo-se os territórios tradicionais indígenas e saqueando-se seus bens, escravizando seus corpos para enriquecer os colonizadores e enviar as riquezas para Portugal. Nesse processo, a maioria dos indígenas foram dizimados. O preconceito contra os índios no Brasil cresce vertiginosamente. Em geral, os índios são pensados como empecilhos para o progresso e os últimos redutos de seus territórios estão sendo tomados pela sociedade nacional. Mas não é só isso, se eles não servirem aos interesses do Estado, dos políticos e dos fazendeiros, são eliminados de forma progressiva e sutil.

A não demarcação de seus territórios tradicionais aumenta os conflitos e violações de seus direitos. Existe uma morosidade e quase paralisação governamental intencional na condução de procedimentos administrativos de demarcação de terras indígenas. As maiores vítimas dessa “decisão de governo” são os povos e comunidades que se encontram em situação de maior fragilidade sociopolítica como os Chiquitanos, que não são reconhecidos na sua cidadania indígena no Mato Grosso. A sua vulnerabilidade está sendo causa de denúncia na Corte Interamericana de Direitos Humanos, pois as forças políticas e econômicas incitam ao ódio, às ameaças e à invasão, para exploração de recursos naturais das suas terras invadidas. Qual é o papel e a importância do trabalho da Companhia de Jesus nesse contexto? Após a supressão da Companhia de Jesus, os jesuítas ficaram mais tímidos num contexto de Estado laico. Em 1929, eles retornaram para o trabalho com os indígenas no Mato Grosso. Mas, somente aos poucos, por volta dos anos de 1960, tiveram coragem de assumir novamente a mesma postura radical junto aos indígenas que tinham na época da colonização do Brasil. Essa coragem articulou a Igreja Católica como um todo, o que deu origem ao Conselho Indigenista Missionário em 1973. Contudo, os tempos mudaram, a Igreja e a Companhia de Jesus foram jogadas para a sacristia. Um sinal foi o processo de supressão

da “Missão Anchieta” levado a cabo pelos próprios jesuítas a partir de 2006. O que é a Pastoral Indígena? A pastoral indígena é a forma de estar com os indígenas, especialmente os mais marginalizados, a exemplo de Jesus Cristo, o Bom Pastor que foi ao encontro da ovelha perdida. Por isso, alguns jesuítas se reconhecem como indigenistas missionários e atuam junto aos indígenas e à sociedade envolvente nas diversas necessidades dessas etnias. Qual o trabalho da Pastoral Indígena? Existem jesuítas atuando com diferentes etnias no Mato Grosso e Amazonas. No meu caso, estou trabalhando com uma equipe que chamamos Equipe de Solidariedade Chiquitana, para atuar nos mais diferentes aspectos a que somos solicitados para que esses indígenas tenham vida em abundância, dentro da perspectiva do bem viver. Os Chiquitanos estão na fronteira com a Bolívia e possuem uma vinculação estreita com as Missões da Companhia

de Jesus antes da expulsão dos jesuítas, em 1767. Para ter uma ideia do conflito vivido por essas dezenas de aldeias no Brasil, produzimos um vídeo que está no Youtube: Manoel Chiquitano Brasileiro (www.youtube.com/ watch?v=gKV7JSImwSE). O seu trabalho na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) tem relação com os indígenas? Os superiores pediram de mim que fizesse Antropologia para poder melhor atuar junto aos indígenas. Além disso, na Universidade, sou formador de opinião e muitos estudantes indígenas já estão na UFMT. Temos uma casa para acolher esses estudantes aqui junto de nossa Residência e colaboramos para que eles sejam bem preparados para servirem seu povo. Estou qualificado para poder atuar com mais autoridade junto aos estudantes, Justiça Federal e outros campos da nossa sociedade e junto aos indígenas mesmo. O trabalho na Universidade também é uma forma de ter recursos para poder atuar junto aos indígenas que vivem em aldeias distantes de Cuiabá.

Estudantes da Escola de Música Espírito Santo dos Chiquitos, na aldeia Vila Nova Barbecho


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ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

Estação Missionária atende a 22 comunidades indígenas das etnias Wapichana e Macuxi

PE. URBANO E A MISSÃO EM COMUNIDADES INDÍGENAS

Pe. Urbano

A Estação Missionária da Companhia de Jesus, situada no município de Bonfim (RR) desde 2008, atende a 22 comunidades indígenas das etnias Wapichana e Macuxi, além da população do município e das vilas do território indígena, denominado de Serra da Lua. Entre os jesuítas que atuam na região, está o padre Urbano R. Mueller. Confira o relato de sua

missão, publicado em 2013, no portal jesuitasbrasil.com: “A presença junto aos indígenas é o foco principal da nossa missão. Como sabemos (ou pelo menos deveríamos saber), os indígenas padecem de muitas discriminações e preconceitos por parte da sociedade brasileira em geral. Os políticos, os poderosos e as elites violaram e violam sistematicamente os direitos dos povos indígenas. A História registra inúmeros acontecimentos e fatos que compõem um quadro trágico de violências, mortes e injustiças praticadas contra os povos indígenas no Brasil e, evidentemente, também em Roraima. Os indígenas do atual estado de Roraima tiveram suas terras tradicionais invadidas ao longo dos

séculos pelos portugueses, espanhóis, ingleses e holandeses. Toda a região da Serra da Lua, junto à fronteira com a Guiana, onde nós, jesuítas, atuamos, foi sendo invadida por colonos, garimpeiros e fazendeiros, vindos de todas as partes do nosso país. Durante as décadas de 1970 e 1980, com o decisivo empenho da Diocese de Roraima e seus missionários (as), os indígenas conseguiram demarcar e homologar suas terras. Foi uma luta árdua, que desencadeou violências, mortes, ameaças e pressões de todo o tipo por parte dos poderosos locais, custando a vida de 21 lideranças indígenas. Nos últimos anos, a população indígena está aumentando, a caça e pesca vão escassean-

do, e a mãe terra é pouca e pequena para a maioria. Esse é um dos principais problemas dos povos indígenas desta região, que vivem basicamente da agricultura de subsistência. A ampliação de suas terras e a demarcação de um território contínuo tornou-se uma necessidade urgente para o futuro desses povos. Apesar de tudo, os indígenas não desistem das suas lutas históricas. E nós, jesuítas, queremos caminhar com eles, lado a lado, formando equipe com as Irmãs Vicentinas.”

Acesse a íntegra do relato no link: http:// bit.ly/1ynd1BZ



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o ministério de unidade na

IGREJA

SANTA SÉ

de 2015. Pela manhã, Francisco celebrou uma missa pela “paz e reconciliação”, na catedral de Myeong-dong, em Seul. O primeiro ministro sul-coreano, Chung Hong-won, e o cardeal Andrew Yeom Soo-jung, arcebispo de Seul, juntamente com os bispos das 16 dioceses da Coreia do Sul, se despediram do papa Francisco em breve cerimônia.

Do avião, Francisco enviou uma mensagem ao presidente da República Popular da China, ao sobrevoar o território do país. “Renovo ao senhor presidente e a todos os cidadãos chineses a certeza dos meus melhores votos e invoco a divina bênção sobre a vossa terra”, disse o texto do telegrama. Fonte: www.news.va | G1 | Canção Nova

6ª JORNADA ASIÁTICA DA JUVENTUDE No dia 17, o papa celebrou a Missa de encerramento da 6ª Jornada Asiática da Juventude, realizada em Daejeon, a 150 quilômetros de Seul. A celebração Eucarística realizou-se no Santuário do Mártir desconhecido, no Castelo de Haemi, que, em 1940, tornou-se um centro militar. Por esse motivo, a praça, no interior do castelo, foi lugar de detenção e de suplício de quase três mil cristãos, durante as perseguições anticristãs do século XIX. O evento contou com a participação de mais de 40 mil pessoas, en-

Foto: JUNG YEON-JE/AFP/Getty Images

O papa Francisco realizou uma visita histórica à Coreia do Sul, entre os dias 14 e 18 de agosto. Segundo o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, a viagem representou uma mensagem para o futuro da Ásia. Em entrevista ao Centro Televisivo do Vaticano, o cardeal, responsável pela diplomacia, destacou que “a visita do papa ao Extremo Oriente tem especial importância”, dado o papel da região “na política e na economia mundial”. Em sua chegada, após celebrar uma missa na Nunciatura, o papa foi à sede da presidência e reuniu-se com a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, e outras autoridades. Em seu primeiro discurso na capital, na presença da presidente, ele elogiou “os esforços feitos a favor da reconciliação e da estabilidade na península, o único caminho para uma paz duradoura”. Ao falar em inglês, pela primeira vez em um evento oficial, Francisco evitou cuidadosamente citar o regime comunista norte-coreano, embora tenha feito referência às injustiças, perseguições e mobilização de forças que fizeram alusão à Coreia do Norte. À tarde, ele também se reuniu com os bispos coreanos na sede da Conferência Episcopal. No dia 16, o papa celebrou, em Gwanghwamun, a missa de beatificação de Paul Yun Ji-Chung e outros 123 mártires, assassinados entre 1791 e 1888, que constituem a primeira geração de católicos coreanos. No encontro, Francisco destacou o dinamismo da Igreja na região, apesar de os católicos serem apenas 10% da população. Após a missa, o pontífice visitou a Casa da Esperança, centro de pessoas com deficiência. No seu último dia na Coreia do Sul, o papa confirmou que irá retornar à Ásia no próximo ano. O pontífice deverá visitar as Filipinas e o Sri Lanka em janeiro

Foto: News.va e L’Osservatore Romano

Papa Francisco visita à Coreia do Sul

tre elas, jovens, vindos de mais de 23 nações da Ásia. A Jornada teve como tema A glória dos mártires resplandece sobre vós, palavras que, segundo Francisco, dão consolo e força. Fonte: Site da Rádio Vaticano




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ESPECIAL

UMA ÚNICA PROVÍNCIA JESUÍTA NO BRASIL

A Companhia de Jesus vive um momento histórico com a criação da nova Província do Brasil. A dimensão desse fato ficou ainda mais visível durante a 1ª Assembleia Nacional, que contou com a presença de cerca de 300 jesuítas de diferentes localidades, inclusive das mais distantes do país. Realizado entre os dias 12 e 13 de agosto, na Casa de Retiros Vila Kostka, em Itaici (Indaiatuba/SP), o encontro transcorreu em clima de confraternização. Em seu discurso de abertura da Assembleia, padre Carlos Palácio, provincial do Brasil, ressaltou a importância do encontro para o “discernimento comum da missão”. Ele agradeceu a presença dos jesuítas e de-

clarou que aqueles que não puderam estar presentes fisicamente estavam em pensamento e em coração. Lembrou ainda da gratidão que a Companhia de Jesus tem aos companheiros que estão nas Casas de Saúde. “Esses jesuítas são uma exemplo vivo de dedicação a Jesus Cristo e ao Evangelho”, afirmou. Ao longo do primeiro dia, várias palestras foram apresentadas. Em sua fala, dom Aloísio Vitral, bispo de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, afirmou que “necessitamos desesperadamente de ‘homens do Espírito’, que percebam que tudo está impregnado do Espírito do ressuscitado”. Outro palestrante, padre Marcos Recolons, abordou a missão universal da Companhia

de Jesus no mundo de hoje. “Há desafios permanentes para nós: superar as distrações, não permanecer em coisas superficiais; o trabalho em equipe; e uma vida comunitária sadia, reconfortante”, comentou. Já o padre Luís Corrêa Lima contribuiu entrevistando a ex-prefeita de Campinas (SP) e missionária leiga na Amazônia, Izalene Tiene, e o professor Moisés Sbardelotto, da UNISINOS e da equipe do IHU Online. Ambos compartilharam com os jesuítas suas visões sobre o esboço do Plano Apostólico, que orientará a missão dos jesuítas do Brasil nos primeiros anos da nova Província. O padre Ulpiano Vazquez apresentou breves considerações sobre as

condições para uma “eleição” apostólica, que supõe buscar, encontrar e escolher o que o próprio Deus escolheu para nós. O jesuíta falou ainda da fundação da Província do Brasil, em 1553, e o seu desenvolvimento nos anos seguintes. “Cito esses fatos para relembrarmos que temos história e que ela é a biografia espiritual de cada um de nós”, disse o jesuíta. Ao final do primeiro dia, religiosos e convidados puderam vivenciar um momento emocionante: sete jesuítas foram ordenados diáconos, em cerimônia presidida por dom Alessio Saccardo, SJ, bispo da Diocese de Ponta das Pedras, no Pará (veja texto ao final desta matéria).


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ESPECIAL

Nova organização

Os participantes da Assembleia puderam conhecer também a nova estrutura de governo da Província do Brasil, a qual teve seu estatuto aprovado pelo superior geral da Companhia de Jesus, Adolfo Nicolás, em carta enviada ao padre Palácio, em 1º de agosto de 2014.

Na prática, a Ordem terá, no Brasil, um único provincial – auxiliado por uma equipe de colaboradores imediatos – e dez superiores – três ligados às casas de formação e sete responsáveis pelo acompanhamento da vida e da missão dos jesuítas nas chamadas “Plataformas Apostólicas”.


16 ESPECIAL

Plano Apostólico para o Brasil Além das atividades citadas, nos dois dias da Assembleia, os jesuítas tiveram atividades em grupos, para fazer considerações sobre o esboço do Plano Apostólico, que recolheu os frutos do processo dos últimos anos e dos sete encontros das Plataformas Apostólicas. O texto apresentou as possíveis preferências apostólicas dos jesuítas do Brasil nos próximos anos: 1) A redescoberta e o aprofundamento da experiência transformadora da fé, por meio da partilha da espiritualidade inaciana. 2) A superação do abismo da desigualdade socioeconômica e suas graves implicações sociais, culturais e ambientais. 3) As juventudes, ajudando-as na construção de seu projeto de realização pessoal como dom e serviço aos demais, na promoção e defesa da vida. 4) Cuidar da Amazônia como dom para o mundo.

As considerações dos grupos foram consolidadas pelos sócios Provinciais, resultando em seis temas principais: vida comunitária, reconhecimento do lugar das mulheres na missão dos jesuítas, maior precisão na opção pelo serviço às juventudes, maior precisão sobre a preferência pela Amazônia, o uso e a lógica das novas tecnologias de informação e comunicação, e atenção às tensões nas fronteiras geográficas do Brasil. Esses temas foram aprofundados no grande plenário e serão encaminhados ao Conselho da Missão, que proporá aos provinciais a redação definitiva do Plano Apostólico. Foram dois dias intensos de trabalho, com plena dedicação dos jesuítas. Ao final da Assembleia, padre Palácio resumiu o momento vivido em Itaici: “Todo dom desce do alto e a realização dessa assembleia é prova do dom que nos foi dado. Isso marca como abençoado esse início da Província do Brasil. Somos responsáveis por não deixar cair esse carisma”.

Jesuítas em formação são homenageados por Pe. Carlos Palácio durante a Assembleia

Nesse momento, o provincial do Brasil agradeceu novamente os presentes, ressaltou a importância dos companheiros que estão nas Casas de Saúde e saudou os jovens jesuítas em formação. Por fim, anunciou que, entre os dias 15 e 17 de novembro, o padre geral, Adolfo Nicolás, estará no Brasil, para a criação da nova Província e para o início da missão do novo provincial do Brasil.

A REESTRUTURAÇÃO NO MUNDO A Companhia de Jesus já viveu a reestruturação em outros países, nos últimos anos. As províncias da Argentina e do Uruguai foram unificadas, por exemplo. Processo vivido também pela Espanha, que, semelhante ao Brasil, era dividida por regiões, como a Catalunha e o País Basco.


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17 ESPECIAL

ORGANOGRAMA DO GOVERNO DA PROVÍNCIA DOS JESUÍTAS DO BRASIL


18 ESPECIAL

O processo de mudança ENTREVISTA COM PE. CARLOS PALÁCIO

Pe. Palácio

Nos últimos seis anos, a Companhia de Jesus no Brasil vem se preparando, de modo mais imediato, para se organizar em uma só Província. Essa nova estrutura visa a maior articulação e mobilidade na missão da Ordem religiosa, respeitando e valorizando as singularidades regionais, mas favorecendo, justamente, que essas singularidades estejam a serviço de todos. Em entrevista especial ao informativo Em Companhia, padre Carlos Palácio, provincial do Brasil, explicou todo esse processo de reestruturação da Ordem religiosa e também como acontecerá a escolha do novo provincial no país. Leia a seguir: Por que a Companhia de Jesus optou pelo processo de reestruturação? A 35ª Congregação Geral solicitou ao Pe. Geral que iniciasse “um processo de reflexão sobre as Províncias e as estruturas provinciais, que leve a propostas práticas para adaptar esse aspecto do nosso governo às realidades de hoje”. O objetivo explícito desse trabalho era “servir melhor a nossa missão universal”. A finalidade da reestruturação, portanto, é encontrar formas de governo adequadas para um

melhor serviço à missão. As Conferências de Provinciais, como a CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), ou a reestruturação de Províncias em diversos países e regiões, são tentativas de resposta a esse pedido. Nessa mesma perspectiva, situa-se o trabalho realizado no Brasil durante os últimos seis anos. Quando fui nomeado provincial do Brasil, em fins de 2008, o Pe. Geral, Adolfo Nicolás, confiou-me a tarefa de fazer do Brasil uma Província única até o fim do meu mandato. Dadas as dimensões do país, à primeira vista, essa decisão poderia parecer um desatino. E o seria, de fato, caso se limitasse apenas a substituir uma estrutura por outra. As estruturas são meios. Em si mesmas não possuem nem podem dar sentido. Tudo depende do uso que delas se faz, do objetivo e da meta que se quer alcançar.

Quais são os objetivos da nova Província? Dois são os objetivos da nova BRA, intimamente relacionados entre si: o primeiro, visa a revitalização do corpo apostólico e a qualidade evangélica da vida de cada jesuíta; o segundo, consiste em aprender a realizar a missão de maneira articulada, não como franco-atiradores, mas como ‘corpo apostólico’. Como encontrar uma estrutura que ajudasse, de fato, a realizar esses objetivos? Ela foi se desenhando em torno do conceito de “plataformas apostólicas”. Esse conceito foi tomado da experiência de uma das Províncias da Companhia na América Latina, mas ressignificado e adaptado às nossas necessidades para responder ao projeto Brasil. A linguagem é nova, mas, em pouco tempo, adquiriu cidadania reconhecida na Companhia. Várias Províncias a adotaram (Colômbia,

Na foto (esq. p/ dir.), os provinciais: Pe. Vicente Zorzo (BRM), Pe. Miguel Martins (BNE), Pe. Carlos Palácio (BRA), Pe. Mieczyslaw Smyda (BRC) e Pe. Adelson dos Santos (BAM)

Espanha, República Dominicana etc.), embora o modo de aplicá-la e os significados sejam diferentes. Como irão funcionar as Plataformas Apostólicas no Brasil? As Plataformas são “unidades apostólicas” (e geográficas) de dimensões muito menores que as de uma Província atual. Elas constituirão o tecido básico da nova Província, porque nelas se desenvolverão a vida e a missão. Eis por que, à frente de cada Plataforma Apostólica, haverá um único Superior (local), responsável imediato pelos jesuítas que vivem e trabalham na Plataforma e pelo discernimento contínuo e animação da missão. Enquanto estrutura de governo, ela supõe que o provincial delega parte da sua autoridade aos Superiores de Plataforma. É a forma de eles poderem acompanhar


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ESPECIAL

“A FINALIDADE DA REESTRUTURAÇÃO PORTANTO, É ENCONTRAR FORMAS DE GOVERNO ADEQUADAS PARA UM MELHOR SERVIÇO À MISSÃO.”

os processos pessoais dos jesuítas e animar e discernir o serviço à missão que a Companhia presta nesse lugar. Por isso, a delegação da autoridade é a condição necessária para a descentralização do governo. Sem descentralização, seria impossível governar uma Província das dimensões do Brasil. Quais são os desafios dessa nova estrutura? O desafio dessa estrutura é garantir, ao mesmo tempo, a descentralização do governo e a unidade de orientações e opções na Província. Caberá ao provincial garantir o equilíbrio harmônico entre unidade e descentralização. Esse é o núcleo essencial da reestruturação, desdobrado e explicitado no Estatuto da Província dos jesuítas do Brasil - BRA, que acaba de ser aprovado pelo padre geral. Ele é o resultado de um processo feito ao longo de 6 anos, dando a conhecer a proposta ao mesmo tempo em que tomava corpo e se construía com a contribuição de diversos coletivos. Como foi todo esse processo? Em etapas progressivas, procurou-se sempre envolver o maior número de pessoas não só para dar a conhecer os trabalhos, mas para ouvir e dialogar sobre as dificuldades. Foi um trabalho feito com os diversos seto-

res apostólicos, âmbitos e/ ou grupos: a começar pela apresentação nas quatro Assembleias de Províncias, às quais se seguiram as reuniões regionais que congregaram quase todas as comunidades, consultas ampliadas, reuniões com os Provinciais e as respectivas Consultas, entre outros. E, mais recentemente, as reuniões por Plataforma Apostólica que representaram um avanço qualitativo no amadurecimento e na convergência das preferências apostólicas. Simultaneamente, em comissões específicas ou com grupos de trabalho, foi sendo elaborado o Plano Apostólico e estabelecidos alguns organismos de transição, como ajuda e assessoria ao governo do Provincial: o Conselho da missão, a coordenadora nacional para a Educação Básica, o articulador nacional da transição administrativa, o assistente da formação, etc. Agora, quais são os próximos passos? Depois da Assembleia, os próximos passos serão a Consulta ampliada sobre o perfil e os nomes possíveis para o novo provincial, a definição da terna na Consulta canônica e os últimos preparativos para a sóbria celebração na qual será lido o decreto de ereção da BRA e a patente de nomeação do novo provincial.

Como é o processo de nomeação do provincial? É um processo simples, que não tem segredos. Na Companhia de Jesus, os Superiores não são eleitos, mas nomeados. Há, contudo, uma participação dos jesuítas no processo: ajudando na construção do perfil e propondo nomes para o cargo em questão. O perfil é traçado em comunidade, levando em conta o momento e as circunstâncias nas quais deverá exercer a função aquele que for nomeado. A sugestão de nomes é feita de maneira pessoal (não em grupo), sendo totalmente livre. Esse material perfil consolidado e lista de nomes é processado depois em uma ‘Consulta ampliada’,que é diferente e mais numerosa que a Consulta canônica. Os resultados são retomados na Consulta canônica, a que elabora a terna a ser enviada ao Pe. Geral, para a nomeação. Há requisitos para ser nomeado provincial? Não há propriamente requisitos para ser nomea-

do, porque não há ‘campanha’ política nem eleição. A rigor, qualquer jesuíta professo, mesmo que seu nome não apareça na lista de nomes levantados, que possua as qualidades necessárias, humanas e espirituais, esperadas pela Companhia para o exercício do governo, poderia vir a ser nomeado provincial. A elaboração do perfil é o modo concreto de avaliar as qualidades, de acordo com o que estabelecem as Constituições, em um determinado momento histórico. No processo atual, depois de ter traçado o perfil e recolhida a sugestão de nomes, nos encontramos no momento de passar para a Consulta ampliada e, depois, para a Consulta canônica. Ambas tiveram lugar imediatamente depois da Assembleia de Itaici. Assim, espera-se que até meados ou, no máximo, até o fim de setembro possa ser conhecido já o nome do futuro provincial, que só tomará posse em 16 de novembro, data da constituição da nova Província.


20 ESPECIAL

SERVIDORES DE CRISTO

Na noite de 12 de agosto, sete jesuítas confirmaram seu compromisso como servidores da missão de Cristo. Um momento simbólico e de grande júbilo para a Companhia de Jesus, que, pela primeira vez, se reuniu como corpo apostólico da nova Província do Brasil. “Sentir a alegria desses jovens que, daqui a alguns meses, serão ordenados presbíteros [padres] é ver aumentar o número de operários enviados à messe do Senhor”, afirma o padre Carlos Palácio, provincial do Brasil. A cerimônia, presidida por dom Alessio Saccardo, SJ, bispo da Diocese de Ponta das Pedras (Marajó/PA), contou com a participação de familiares, de amigos e de mais de 300 jesuítas, que participavam da 1ª Assembleia Nacional da Companhia de Jesus. Muito emocionados, os jovens Adriano Hahn, Cyril Suresh, Edilberto Brandão, Gustavo de Paula, José Cláudio Meireles,


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ESPECIAL

“SENTIR A ALEGRIA DESSES JOVENS QUE, DAQUI A ALGUNS MESES, SERÃO ORDENADOS PRESBÍTEROS [PADRES] É VER AUMENTAR O NÚMERO DE OPERÁRIOS ENVIADOS À MESSE DO SENHOR”

Marcos Vinícius de Souza e Silas da Silva receberam do bispo o sacramento da Ordem. O padre Edison de Lima, mestre da cerimônia, diz que “os novos diáconos trazem um espírito jovem à Companhia de Jesus e acrescentam sonhos e realizações às vidas de tantos outros jesuítas que, como eles, participam do mesmo espírito de entrega total ao Senhor”.

O diaconado é um dos três graus do sacramento da Ordem (leia ao lado), que é dividido em: episcopado (bispo), presbiterado (padre) e diaconado (diácono). “O diaconado pode (e deve) ser para o futuro padre um momento de compromisso com os pobres e os pequeninos, os que vivem nas periferias tanto sociais como existenciais, como afirma o papa Francisco”, ressalta o padre Francisco Taborda. Padre Edison explica que a ordenação diaconal “é uma tradição apostólica da Igreja e que há dois tipos de diáconos: os permanentes e os transitórios. O primeiro, após assumir a vida matrimonial, coloca-se a serviço da Igreja, para contribuir na formação e no trabalho com a comunidade. O segundo, por meio do diaconado, confirma sua vocação à caridade, enquanto prepara-se para a ordem presbiteral. Eles devem mostrar-se como exemplo de caridade e serviço”.

OS 7 SACRAMENTOS DA IGREJA • • • • • • •

Batismo Confirmação (Crisma) Eucaristia Reconciliação (Confissão) Unção dos Enfermos Ordem Matrimônio



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a companhia de jesus no

MUNDO

CÚRIA GERAL

PADRE GERAL REÚNE-SE COM JESUÍTAS EM BRUXELAS Entre os dias 15 e 17 de agosto, o padre geral, Adolfo Nicolás, participou de um encontro de jesuítas e leigos das Províncias da Bélgica do Sul e Luxemburgo (BML) e França (GAL), celebrado em Bruxelas. Durante a reunião, ele convidou os 450 participantes a reformularem a missão da Companhia de Jesus de modo realista e criativo nessa região cultural europeia, marcada tão profundamente pela secularização e que tem enfrentado tantos fatores de exclusão. O encontro de jesuítas e colaboradores na missão será visto no contexto da progressiva aproximação entre as duas Províncias.

Instrutores da Terceira Provação encontram-se com o papa Francisco

No início de agosto, em Roma (Itália), celebrou-se na Cúria Geral um encontro com 26 Instrutores de Terceira Provação, procedentes de todas as re-

giões do mundo. O padre Adolfo Nicolás assistiu às sessões plenárias e, no dia 4 de agosto, na Igreja do Gesù, ofereceu ao grupo orientações para a oração. Em

7 de agosto, os religiosos tiveram o privilégio de concelebrar a Eucaristia com o Papa Francisco, na Igreja de Santa Marta, no Vaticano. O encontro, coordenado pelo padre José Cecílio Magadia, atual assistente para a formação, contou também com a presença dos padres Robert Geisinger, Orlando Torres, Robert Danieluk e James Grummer. O grupo está analisando a atual situação da Terceira Provação em diversos lugares do mundo, assim como o papel do Instrutor. Os religiosos estão aprofundando-se ainda na natureza dos votos. Algumas das sessões foram dedicadas ao aniversário da restauração da Companhia de Jesus.


24 A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CÚRIA GERAL

Festa de Santo Inácio: almoço com o papa No Dia de Santo Inácio, o papa Francisco participou de um almoço com a comunidade da Cúria Geral da Companhia de Jesus, conversando amavelmente e cumprimentando cada um dos presentes. Estavam também presentes os sete irmãos do padre Paolo dall’Oglio, jesuíta sequestrado há um ano na Síria, com os quais o papa trocou palavras de agradecimento e alento. O almoço contou ainda com a presença de um grupo de escolásticos do EJIF (Jesuítas Europeus em Formação), que, naquelas semanas, celebraram seu encontro anual (leia texto abaixo).

JESUÍTAS EUROPEUS EM FORMAÇÃO REÚNEM-SE EM ROMA Durante o mês de agosto, jovens jesuítas participaram de diversas atividades na Cúria Geral da Companhia de Jesus. Ao todo, 23 escolásticos, que represen-

tam todas as Províncias europeias, e um escolástico da Indonésia, participaram do encontro do EJIF (Jesuítas Europeus em Formação), realizado em Roma.

Os jovens tiveram a oportunidade de se reunir duas vezes com o papa Francisco, entre as atividades. No dia 31 de julho, o pontífice participou de um almoço com a comunidade, na Cúria Geral, e, no dia 2 de agosto, na celebração da Missa de Ação de Graças pelo dia de São Pedro Fabro. Os jesuítas também estiveram com o padre geral da Companhia de Jesus, Adolfo Nicolás, que celebrou missa na Casa Santa Marta.


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a companhia de jesus na

AMÉRICA LATINA

CPAL

Como tecedores do Reino

Jorge Cela, SJ Presidente da CPAL

Lima, Peru. Dizem que a melhor definição para especialista é: aquele que sabe quase tudo sobre quase nada. À medida que aumenta a acumulação de conhecimentos por parte da humanidade, a mente humana vai encontrando o seu limite. O conhecimento enciclopédico vai se tornando cada vez mais difícil e entramos no reino das especializações. É impossível acumular tanta informação no cérebro. O perigo é que essa fragmentação do conhecimento perde de vista que a realidade é uma só, na qual todas as funções estão integradas e inter-relacionadas. Os computadores vieram para resgatar a mente humana. Eles acumulam os conhecimentos. Nos toca relacioná-los, integrá-los e criar novos, combinando de forma diferente o já conhecido. O saber individual é menos importante do que a capacidade criativa de re-

lacionar e integrar-nos para responder às perguntas que nós mesmos fazemos. Quando as informações se acumulam, há o perigo de nos perder nas folhas e não ver o bosque. Que o nosso trabalho por setores perca de vista a integralidade da realidade. Os setores são uma construção mental que fragmenta a realidade para poder conhecê-la melhor. Mas, se não complementamos esse processo analítico com uma visão integradora, deixar de lado seu objetivo. Um médico especialista, por exemplo, não pode prescindir da totalidade do paciente, porque pode haver outras complicações de saúde, como depressão ou perda de memória. Com um diagnóstico acertado, mas parcial, pode errar no tratamento. O olhar global tem que nos ajudar a ver a realidade em sua complexidade e obrigar-nos a agir intersetorialmente. Por isso, o conflito, a falta de comunicação ou a competição entre setores sempre traz como consequência o enfraquecimento de nossa ação. Nosso projeto apostólico comum (PAC) tem isso muito presente e diz expressamente: “O sentido mais específico da proposta é seu caráter transversal. Pretende entrelaçar setores, redes e centros interprovinciais em tor-

no às prioridades, objetivos e ações que se estabelecem no PAC, e envolvê-los conjuntamente na elaboração de projetos concretos. A fecundidade de nosso serviço dependerá, em boa medida, da capacidade que tenhamos para articular e colaborar entre as diferentes instâncias apostólicas existentes, em cada uma das Províncias e Regiões como a nível de América Latina e Caribe. O Projeto Apostólico Comum deve gerar sinergias que, além de incrementar o impacto de nossas ações, nos impulsionem a crescer como um único corpo apostólico.” Muitas Províncias, ao organizarem-se em plataformas apostólicas, têm fortalecido a visão intersetorial. Não se trata de eliminar a riqueza que a especialização aporta para a melhoria da qualidade de nossa ação, senão de integrá-la numa visão multidisciplinar que convide a um trabalho em equipe entre os distintos setores para transformar uma realidade única e complexa. O enfoque intersetorial busca tecer as redes, que tendem a ser mais especializadas, com um enfoque sistêmico, que percebe a realidade organicamente inter-relacionada. Não é fácil o trabalho de tecer redes horizontais com estruturas verticais de distintas cores ou setores para obter um plano de ação com o desenho

adequado. Isso exige de nós a escuta atenta, o aprofundamento sobre a realidade e a nossa missão, coordenação e planejamento estratégico, e trabalho em equipe. Ocorre que, às vezes, não estamos acostumados a um tecido tão fino e exigente e nos deixamos levar pelo ativismo superficial e individual. O PAC nos convida a empreender outro caminho. Nenhuma das prioridades o é para um setor. São para que todos os setores as enfrentem interdisciplinarmente. E muitos o têm assumido com entusiasmo. Aí está a resposta à Campanha de Hospitalidade proposta pela Rede Jesuíta de Migrantes; o compromisso de Inacianos por Haiti empreendido pelo FLACSI; o Plano de Formação para a Colaboração, feito com a cooperação de vários setores; a campanha de incidência Por uma Educação de Qualidade Para Todos e Todas; os projetos Caribe e Panamazônico; a coordenação do setor de pastoral juvenil e vocacional com os de educação e paróquias: e muitos exemplos mais. Adotamos um enfoque sistêmico aberto, conscientes de que a realidade em que realizamos nossa ação não é um espaço fechado, mas sim um campo aberto a múltiplas e diversas influências que nos desafiam a compreender sua complexidade e agir junto a outros aliados,


26 A COMPANHIA DE JESUS NA AMÉRICA LATINA CPAL

conscientes de que entramos em um sistema mais amplo e com multiplicidade de atores. Certamente, somos um sistema no qual, quanto mais os membros estamos entusiasmados com nossa identidade jesuíta e mais comprometidos com nossa missão, concreta em um projeto apostólico comum, mais eficazes seremos em alcançar as metas a que nos propomos. Essa perspectiva integradora se faz necessária em um mundo “líquido” em que as pessoas tendem a adaptar-se aos valores que lhes vende o mercado, no qual “no lugar de transformar-se em projetos de longo prazo e alcance, os desejos tendem a privilegiar programas com resultados imediatos e imediatamente concretos. Os experimentos substituem as experiências de vida! Daí resulta que as ideias como amor, amizade, matrimônio, família, justiça, direito, solidariedade, vida consagrada, entre tantas outras, com frequência se dissolvem, se pulverizam, se derretem, se tornem líquidas. Relações superficiais, transitórias e descartáveis prevalecem sobre relações sólidas, dispostas sobre cimentos igualmente sólidos”. [1] Assim, é importante que aprendamos a trabalhar com outros de maneira intersetorial. Os atores solitários terminam dando tiros no escuro a um alvo que cada vez mais se afasta. [1] Alfredo Gonçalves, El Deseo como Fuente de Energía Solidaria, In: www.cpalsj.org/380.html, 11 de julio de 2014.

Conselho Indigenista Missionário promove fórum Entre os dias 25 e 29 de julho, as equipes do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) se reuniram para debater e refletir sobre o fenômeno da urbanização dos povos indígenas na Amazônia e seus impactos nas aldeias, na cidade, além de refletir sobre a situação econômica, social, política e cultural desse contexto. Os padres Valério Sartor, Setsuro Horie, Fernando López e o Esc. Mario Cabal participaram do encontro. “O fórum foi de muita importância para conhecer melhor o trabalho do CIMI na Região e também

para divulgar o Projeto Pan-amazônico a fim de construir uma rede com outros

atores que trabalham com a questão indígena”, avaliou padre Valério.

PROJETO PAN-AMAZÔNICO: VISITAS A SANTARÉM E MARABÁ O padre Valério Sartor, que atua no Projeto Pan-amazônico da CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), visitou os municípios de Santarém e Marabá, no Pará, em julho. A viagem fez parte da primeira etapa do Projeto, que tem como objetivo avaliar a atuação jesuíta na Amazônia. Em Santarém, o jesuíta conheceu a missão da Companhia de Jesus na Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro. “Eu fui muito bem acolhido pelo pároco, Pe. Adilson Santos, e pelo Esc. Paulo Leandro, que ajuda nas pastorais da Paróquia. O trabalho é

bastante desafiador, tendo em vista problemas como: divisões entre as lideranças e pouca formação pastoral. Assim, faz-se necessário adequado acompanhamento com muita paciência diante dessas questões”, afirma padre Valério, que teve a oportunidade de apresentar a proposta do Projeto Pan-amazônico ao bispo, dom Flavio Geovenale. Em Marabá, padre Valério visitou a Paróquia Sagrada Família, que inclui o Centro Cultural e a Biblioteca Comunitária Pe. Manuel Malagrida. Na obra, estão o Pe. Cícero Edvan, o Ir. Franco Za-

nelli, o Esc. Gustavo Valentin, e dois voluntários colombianos da CVX (Comunidade de Vida Cristã) da Colômbia, que vão colaborar com a pastoral paroquial. Além do Pe. João Pedro Cornado, que será o superior e o novo pároco. “Percebe-se que a presença da Companhia no bairro onde está situada a paróquia é bastante estratégica, devido à pobreza, à violência e também ao crescimento demasiado das igrejas protestantes e evangélicas no local”, ressaltou padre Valério. Fonte: PAN-AMAZÔNIA SJ CARTA MENSAL Nº. 5 - Agosto 2014


Confira a seguir a foto oficial da Assembleia Nacional e destaque o p么ster especial.





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a companhia de jesus no

BRASIL

AMAZÔNIA

ANCHIETA É TEMA DO NOVO LIVRO DO PADRE ILÁRIO GOVONI No dia 4 de julho, o padre Ilário Govoni lançou o livro Anchieta: um santo desconhecido?, na Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, em Marabá (PA). A obra é dividida em duas partes: na primeira, é contada a história de vida de Anchieta e, na segunda parte, são apresentados documentos e cartas do missionário. Segundo padre Ilário, o objetivo principal do livro é fazer com que os leitores conheçam mais a história do Santo, através das cartas, dos relatos, dos documen-

tos e das ilustrações da vida do missionário, que tanto fez pela evangelização e missão da Igreja no Brasil. Participaram do evento cerca de 80 pessoas, entre autoridades políticas, religiosas, amigos, jesuítas e colaboradores da paróquia Sagrada Família. Estiveram presentes o representante da Funai (Fundação Nacional do Índio), Ricardo Rau; o escritor marabaense, João Brasil Monteiro Filho, e o diretor da Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, professor e escritor, Aírton Souza.

Livro ajuda no conhecimento da história de São José de Anchieta

O lançamento do livro teve grande repercussão no Pará: o padre Ilário deu entrevista para o Correio de

Tocantins, jornal de grande circulação na região, e também para a TV RBA, emissora regional.

Apostolado Social da BAM realiza 2º encontro

Processo de construção da Rede foi discutido durante encontro

A Rede do Apostolado Social da BAM (Região dependente Brasil Amazônia) promoveu sua 2ª reunião, no dia 29 de julho, no Centro Loyola de Pastoral, em Manaus (AM). O encontro teve como objetivo dar continuidade à construção da Rede. O padre Alfredo Ferro assessorou os participantes na leitura do relatório da reunião, realizada em agosto de 2013. O documento auxiliou na discussão sobre a integração e articulação do trabalho, no campo do apostolado social da BAM.

Estiveram presentes na reunião o Pe. José Miguel, coordenador da Rede do Apostolado Social da BAM, Pe. Paulo Tadeu, representante da Área Missionária Santa Margarida de Cortona, Deuzarina Santos, coordenadora do PEC (Projeto Educação e Cidadania), Ir. Verônica Perineto, coordenadora do projeto de geração de renda na Área Missionária, Pe. Anselmo Dias, diretor do ECOAR (Escritório de Comunicação e Arrecadação de Recursos). Além dos voluntários: Mila Zúñiga Acevedo, Federico Gerona Pla e Isabel Maria Alfonso Naranjo.


32 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

PADRE HORÁCIO PARTICIPA DE CURSO NA VENEZUELA O padre Horácio Freire da Silva participou do XIII Curso-Taller Internacional para Acompanhantes dos Exercícios Espirituais, entre os dias 25 de junho e 26 de julho, em Los Teques, periferia de Caracas, Venezuela. A experiência reuniu mais de 30 pessoas de diversos países da América Latina na casa de retiros Quebrada de la Virgen. O curso é um espaço formativo para jesuítas, padres diocesanos, religiosas e religiosos, e colaboradores da missão, que partilham da mesma espiritualidade. “A experiência foi muito rica. Mergulhamos na fonte dos Exercícios Espirituais. Peregrino da vontade de Deus, Inácio de Loyola nos mostra que é possível viver o amor apaixonado por Jesus e seu projeto de vida e realizar a vontade do Pai. Para isso, tivemos a contribuição de vários facilitadores experientes na arte de orientar os EE”, afirma padre Horácio.

Mais de 30 pessoas, de diversos países da América Latina, participaram do curso

A partir da própria vivência, do estudo, da reflexão e da socialização da prática dos Exercícios Espirituais, o curso ofereceu um processo formativo orientado, para aquisição de conceitos e habilidades relacionados com o acompanhamento espiritual.

Aprofundar o conhecimento, meditar e contemplar foram as grandes experiências proporcionadas durante esse período. “Esse tempo foi uma oportunidade para fortalecer uma convicção pessoal. Os Exercícios Espirituais são um dom,

um presente de Deus, não somente para Companhia de Jesus, que tem neles sua razão de ser, mas, sobretudo, para a Igreja, para o povo de Deus, que está sempre em busca de viver uma fé mais comprometida e missionária”, finaliza padre Horácio.

JESUÍTAS MEXICANOS CONHECEM TRABALHO COM INDÍGENAS NO BRASIL Os padres Enrique Mireles e Eduardo Silva percorreram, durante os meses de julho e agosto, três países da América do Sul: Peru, Bolívia e Brasil. O objetivo da visita era conhecer o trabalho da Companhia de

Padres Enrique Mireles e Eduardo Silva em trabalho pastoral no Brasil

Jesus com as comunidades indígenas da região. Em entrevista, os jesuítas, que realizam um trabalho pastoral na Serra Taraumara (México), falaram sobre os desafios da missão.

Confira a entrevista no link: http://bit.ly/1uOmftE


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

PADRE JOÃO PEDRO CORNADO É O NOVO PÁROCO DA PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA

O padre João Pedro Cornado tomou posse como pároco na Paróquia Sagrada Família, em Marabá (PA), no dia 6 de julho. A celebração eucarística foi presidida por dom Vital Corbellini, bispo diocesano de Marabá. Os padres jesuítas Cícero Magalhães, Silvio Marques, Edson Tomé, o irmão Gianfranco Zanellli e representantes das comunidades da paróquia participaram da celebração. Em sua homilia, dom Vital Corbellini agradeceu ao padre José Miguel Clemente, pároco anterior, por todo o trabalho desenvolvido na paróquia e na diocese e pelo seu carinho, serviço e amizade. E, dirigindo-se ao padre João Pedro, disse que o recebia em sua diocese com a mesma intensidade de servidor.

Em seguida, houve a entrega da chave da Igreja, da chave do Sacrário e da Bíblia Sagrada ao novo pároco. Os símbolos recordam, que, a partir de agora, o João Pedro é o responsável pela evangelização e anúncio do Santo Evangelho a todos da paróquia. O padre João Pedro lavou os pés de dois líderes das comunidades da paróquia Sagrada Família. O gesto representa que a presença do novo pároco deve ser marcada pelo serviço. Ele recordou, também, que “os padres são para servir e não para serem servidos”. A celebração eucarística foi animada e contou com a participação da juventude, nos cantos e nas orações. Ainda em clima de festa, após a missa, a comunidade compartilhou um coquetel servido a todos os participantes.

CALENDÁRIO BAM | AGENDA DO SUPERIOR REGIONAL 23 a 30 de agosto | Cúria regional – Manaus (AM) 29 a 31 de agosto | Encontro Interinstitucional da Equipe Itinerante – Manaus (AM) 1º a 10 de setembro | Cúria regional – Manaus (AM) 11 a 13 de setembro | Visita ao CIF como Delegado da Formação – Bogotá (COL) 14 a 19 de setembro | Encontro dos Delegados de formação da CPAL – Lima (PER)


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a companhia de jesus no

BRASIL

CENTRO-LESTE

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADE FORTALECE OS TRABALHOS PASTORAIS EM SANTA LUZIA (MG) No mês de agosto, a Paróquia Santíssima Trindade, em Santa Luzia (MG), promoveu dois importantes eventos nas áreas social e de formação. No dia 23, aconteceu o primeiro encontro de formação de lideranças e conselheiros pastorais, com o tema A paróquia que queremos/desejamos. Já entre os dias 26 e 30, foi realizada a Semana Social com o tema Movimente-se, conheça a cidade e as pessoas, que abordará questões sobre as políticas públicas. Através dessas ações, a Paróquia Santíssima Trindade busca ser uma igreja que faz continuadamente a opção de viver a fé em Jesus Cristo e no seu Reino, através das experiências de uma rede de comunidades – uma comunidade de comunidades. Instalada em 1998, a Paróquia tem como base a experiência inaciana em sua organização e em seu modo de ser. Ao longo dos anos, os jesuítas têm buscado implantar as diretrizes do Documento Características da Paróquia Jesuíta na América Latina da CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), no qual se estabelece a rede de comunidades como uma das particularidades de organização paroquial. As paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG) possuem, em média, uma população de 15 mil habitantes. A Santíssima Trindade está lo-

calizada na região dos bairros Palmital e Cristina, em Santa Luzia, onde vivem cerca de 60 mil pessoas. Para dar sentido à ação pastoral, em uma região tão populosa e diversificada, com muitas expressões de fé, o discernimento paroquial é essencial. Em ocasiões importantes, coordenadores de comunidades e de pastorais colocam-se na escuta da Palavra de Deus e da assembleia para definir caminhos a seguir. A definição da construção da igreja dedicada a São José de Anchieta, no bairro Nova Esperança, foi decidida em oração e em comum acordo por todos os conselheiros da paróquia. A partir da vivência da espiritualidade inaciana e do compromisso cristão na sociedade, a Paróquia Santíssima Trindade tomou como meta, para os anos de 2014 e 2015, quatro prioridades pastorais: Evangelização, Formação, Ação social e Comunicação. A última visa aperfeiçoar as relações e promover os trabalhos pastorais e sociais da paróquia. A Paróquia Santíssima Trindade também promove, anualmente, dois retiros de três dias, além de contar com pessoas que acompanham os interessados em se aprofundar nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio. Há três anos, jovens e adultos também podem contar com um retiro de carnaval, nos moldes da espiritualidade inaciana.

Pastorais e diversas entidades participam de momentos organizados pela Paróquia Santíssima Trindade

COMUNIDADE FESTEJA SANTO ALBERTO HURTADO A comunidade católica do bairro de Castanheiras, em Santa Luzia (MG), celebrou Santo Alberto Hurtado durante o mês de agosto. O jesuíta, santo padroeiro da localidade, foi canonizado pelo papa Bento XVI, em 2005. A Paróquia Santíssima Trindade, seus fiéis e os agentes pastorais da comunidade organiza-

ram uma programação especial, que teve como tema Um fogo que acende outros fogos, famosa frase do jesuíta, conhecida em todo o mundo. Entre as atividades, estavam a realização de uma novena, que foi preparada pelo pároco, padre José dos Passos. Os encontros, pautados pela leitura do Evangelho e diálogos, que tiveram como base os escritos do padre Hurtado, homenagearam o jesuíta.


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

Encontro sobre a Área Social da Companhia de Jesus acontece em São Paulo

Cerca de 40 pessoas participaram do evento

Entre os dias 4 e 6 de agosto, a ANEAS (Associação Nóbrega de Educação e Assistência Social) promoveu o encontro Construções Conjuntas no Trabalho Educacional e Social da BRC. Cerca de 40 pessoas participaram do evento, que teve como objetivo fortalecer vínculos e proporcionar um espaço de formação. Assistentes sociais, coordenadores, diretores de unidades educacionais e de assistência social, mantidas pela ANEAS e AJEAS (Associação Jesuíta de Educação e Assistência Social), e colaboradores do Centro Administrativo, participaram do encontro. O padre Mieczyslaw Smyda, provincial da BRC, e o padre Carlos Fritzen, administrador provincial, realizaram a abertura oficial do evento. O marco regulatório, apresentado pela professora Maria Cecilia Ziliotto, e o Plano Nacional de Educação, apresentado pela Prof.ª Dra. Maria Lúcia Salgado Cordeiro dos Santos e por Ivanete Oliveira dos Santos, coordenadora do Plano Nacional de Mobilização Social pela Educação (Ministério da Educação) foram alguns dos destaques do encontro. Além disso, cada participante expôs um pouco do seu trabalho e as especificidades da obra onde atua, como localidade, número de alunos, características da unidade etc. Os profissionais também participaram de grupos de trabalho que discutiram as políticas e as normas que envolvem a Área Social.

CONFIRA ALGUNS DEPOIMENTOS O encontro foi muito importante, pois houve uma troca de experiências e vivências. Isso nos dá a possibilidade de compartilhar práticas em comum. Sara Cristina de Oliveira – Assistente Social | Colégio São Luís (SP)

O compartilhamento é importante para que possamos sempre nos aprimorar e atualizar, dessa forma, nós conseguimos acompanhar as mudanças constantes da legislação e isso se reflete na melhoria contínua do nosso trabalho. Melita Grams – Coordenadora de RH | Colégio São Luís (SP)

O encontro foi muito bom, porque daqui para frente a gente vai exercer parcerias internas [no Colégio], nesse quesito eu vejo um ganho imediato. Eu saio desse encontro com a certeza de que trabalhar junto é muito melhor!

A confraternização entre as pessoas foi maravilhosa! Uma acolhida e uma partilha fantástica! No encontro, a gente pode conhecer o que as outras obras estão fazendo, foi muito bom!

Silvia Henriques – Responsável pela área Acadêmica Pedagógica do período noturno | Colégio Santo Inácio (RJ)

Suzane da Silva – Professora de Língua Portuguesa e Redação | Colégio Anchieta de Nova Friburgo (RJ)

A coordenadora da Área de Filantropia e Projetos Sociais da BRC, Tatiane Almeida S. de Sant’Ana, destaca que “o encontro proporcionou um momento para troca de experiências sobre o trabalho desenvolvido”. O controller da ANEAS, Igor Saluti, ressalta que a integração com as obras é essencial para o desenvolvimento dos trabalhos. “Esse encontro já é uma perspectiva de integração de um único corpo, na sua diver-

sidade, para apoiar o processo de unificação da Província do Brasil”. O trabalho em conjunto e os vínculos que se formam são essenciais para a consolidação de um projeto comum. Para o padre Carlos Fritzen, “Esse encontro faz parte de um processo de trabalho em conjunto. Aqui, as pessoas se conhecem mais, se aproximam e criam vínculos, isso ajuda no fortalecimento da missão da Companhia de Jesus no Brasil”.


36 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

Alunos dos Colégios Santo Inácio e Loyola viajam à Amazônia No mês de julho, os alunos dos Colégios Santo Inácio, do Rio de Janeiro, e Loyola, de Belo Horizonte, participaram de uma viagem à Amazônia. Estudantes da Bélgica, que estavam em intercâmbio no Brasil, também participaram da experiência. Os jovens tiveram a oportunidade de conhecer a realidade de algumas comunidades ribeirinhas da região, ligadas à ONG Saúde e Alegria. A instituição mapeia as comunidades e, junto com os moradores, elabora planos de beneficiamento para as populações, como a implantação de sistemas de abastecimento d’água. Para chegar ao barco da ONG, que percorre as comunidades, os estudantes saíram de Santarém (PA), enfrentando 30 horas de travessia pelo Amazonas numa barcaça

ONG SAÚDE E ALEGRIA O Projeto Saúde e Alegria é uma instituição que atua em comunidades tradicionais na Amazônia, desenvolvendo programas integrados nas áreas de organização social, direitos humanos, meio ambiente, dentre outros, que visam à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Conheça mais o trabalho da ONG no site www. saudeealegria.org.br.

comercial. “A gente se acostuma com o desconforto inicial. A adaptação e a superação das dificuldades é parte dessa experiência impressionante”, acredita Lúcia Salvador, aluna do Colégio Santo Inácio.

Paróquia São Francisco Xavier e a Pastoral dos Exercícios Espirituais Há 16 anos, a Paróquia São Francisco Xavier, da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), promove a Pastoral dos Exercícios Espirituais na vida cotidiana. Durante esse período, mais de 300 pessoas já participaram. Na Paróquia, a Espiritualidade Inaciana se faz presente também nos encontros de oração para os diversos grupos, respeitando sempre a dinâmica própria e a espiritualidade de cada participante. A proposta é apresentar a experiência como forma de aprofundamento e não de substituição. A formação espiritual também está presente no ensino dos catequistas, entre outros grupos.

Para o atendimento cotidiano, a Paróquia conta com o trabalho do padre Marco Antonio Morais Lima, pároco, e de dois vigários. Os professores e formadores da FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia) também auxiliam o trabalho da Paróquia e ajudam na preparação das celebrações dominicais. Com isso, a paróquia oferece 22 horários de missa aos fiéis. Além desse trabalho, professores, escolásticos e integrantes do Curso de Iniciação à Teologia Pastoral da FAJE, realizam um trabalho de formação de lideranças leigas, com adultos, jovens e crianças.

Jovens visitam os jesuítas da Residência Irmão Luciano Brandão No dia 17 de agosto, os jesuítas da Residência Irmão Luciano Brandão, em Montes Claros (MG), receberam a visita de alguns jovens do Fé e Alegria e da Paróquia Nossa Senhora de Montes Claros e São José de Anchieta, que participaram do 5º Fórum Inaciano, realizado entre os dias 15 e 17, em Belo Horizonte. Cada jesuíta apresentou rapidamente sua história pessoal. Em seguida, uma jovem da Paróquia e outra,

do Fé e Alegria, se apresentaram e falaram as características do local onde atuam. “Sentimos muita alegria de receber essa juventude em nossa casa. Oferecemos para eles a nossa amizade e um lanche fraterno, típico costume mineiro”, confessa o padre Itamar Carlos Gremon, vice-superior da Residência. Os jesuítas entregaram uma carta e um crucifixo para cada obra. Confira, ao lado, um trecho da mensagem:

“Queridos jovens, nós, os jesuítas e o bispo emérito, dom José Maria Pires, doamos esses crucifixos, que pertenceram a jesuítas que dedicaram toda a vida ao serviço do Reino de Deus. Eles receberam os crucifixos ao fazer votos de pobreza, obediência e castidade, gesto de profundo amor a Deus e ao próximo, que é incompreensível para muitos. Esses jesuítas sempre

carregavam os crucifixos, onde moravam fixava-os nas paredes, ou num local onde pudessem vê-los, e experimentavam o Espírito do nosso Pai Misericordioso e sentiam Jesus lhe fazendo companhia. Com amor renovavam sempre as suas forças e superavam todas as dificuldades e desafios [...]”. Comunidade Ir. Luciano Brandão


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

Na Paz do Senhor Padre Guy Jorge Ruffier Por Pe. Carlos james

“Fui!”, assim dizia o desconcertante bilhete bem-humorado de despedida, assinado pelo Pe. Guy, quando precisou deixar a comunidade da Rua Bambina, no Rio de Janeiro, em 2006. Era preciso partir para Santa Rita do Sapucaí (MG), em socorro da ETE FMC (Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa), cujo diretor havia falecido repentinamente. No dia 23 de julho de 2014, sua morte também surpreendeu a todos nós, como a nos deixar, de novo, o mesmo bilhete de quem partiu para os braços do Pai e nos deixou na saudade. “Foi!” Natural de Rio Grande (RS), Guy Ruffier era filho de Jorge Ruffier e Antoniette Parmentier Ruffier. Veio ao mundo no dia 30 de outubro de 1931 para ser ele mesmo, pessoa marcada pelo dinamismo, alegria e disposição. Quem não o reconheceria de pronto? Um vulcãozinho impulsivo e inquieto, criativo e inovador, sempre a mexer com as pessoas e instituições. Seus repentes e afirmações eram, muitas vezes, desconcertantes. Mas, se extrapolava na energia de suas reações, tinha também a humildade de reconhecer seus excessos. Bom companheiro, zeloso e apostólico, alegre. A toda missão recebida, se lançava com obstinada doação e criatividade. Por onde passou, deixou a imagem de homem empreendedor, corajoso, que animava os demais a levar adiante cada projeto. Alfabetizado pelos pais, concluiu o Ensino Fundamental com os Maristas e o Médio com os jesuítas, no Instituto Aloisianum e no Colégio Santo Inácio (RJ). No dia 1º de fevereiro de 1948, ingressou no Noviciado da Companhia de Jesus, em Nova Friburgo (RJ). Lá fez os primeiros votos e prosseguiu sua formação no Juniorado e Filosofia. O tempo de Magistério foi em parte dedicado aos trabalhos na Escola Apostólica e no Colégio Anchieta; ou-

tra parte, foi oportunidade para fazer estudos de Letras Neolatinas, na PUC/Rio (1956-1957). Dali partiu para a Teologia, em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana. Em 1962, foi ordenado presbítero por dom Antonio Zattera, bispo de Pelotas (RS). A Terceira Provação foi feita em idioma materno, na Maison La Colombière, Paray-Le-Monial, França (1963-64). De lá seguiu para a Bélgica, onde estudou Pastoral e Catequese no Inst. Lumen Vitae, em Bruxelas (1964-65). No dia 15 de agosto de 1966, diante do então provincial Pe. Antonio Aquino, professou os Últimos Votos – momento de incorporação definitiva à Companhia de Jesus – no Colégio Santo Inácio (RJ). Ali foi responsável pela Coordenação da Pastoral, professor do ISPAC (Curso de Teologia para leigos colaboradores do Colégio), e assistente do Treinamento de Liderança Cristã/TLC-Guanabara. Entre 1977 e 1980, Pe. Guy foi orientador espiritual dos estudantes no Colégio São Luís (SP), diretor de TLC e professor de Ensino Religioso no Colégio e na Faculdade São Luís. Exerceu também nesse tempo a função de Conselheiro Educacional, na CRB. Quando a Província da Bahia solicitou a sua colaboração, ele se dirigiu animada e corajosamente para Salvador (BA), para dirigir o Colégio Antonio Vieira, durante oito anos. Foi Coordenador do Apostolado da Educação e Assistente da Pastoral da Juventude da Arquidiocese. Em Minas Gerais, assumiu a reitoria do Colégio Loyola e a presidência da AEC Nacional, em 1989, e a diretoria do Colégio dos Jesuítas, onde ficou até 1998. Depois, mudou-se para São Paulo, onde tomou posse como diretor geral do Colégio São Luís. Entre 2003 e 2006, foi sócio do provincial Pe. José Antonio Netto de Oliveira. Após esse período, assumiu a direção da ETE FMC e tornou-se

superior da comunidade. Padre Guy também foi presidente da Fundação do Hospital de Santa Rita do Sapucaí. De lá saiu em 2012, para tomar posse como diretor geral do Colégio Anchieta. Na ocasião, o Colégio passava por grandes dificuldades após os desastres ambientais daquele ano. Em 2014, a saúde debilitada o obrigou a deixar Nova Friburgo, foi então para a Casa de Saúde Irmão Luciano Brandão, em Belo Horizonte, onde teve de ser hospitalizado e, por complicações respiratórias, faleceu. Deixa, certamente, muitas saudades de sua presença alegre, cordial e sempre efervescente.

CALENDÁRIO BRC 1º de setembro | Consulta BRC – São Paulo (SP) 3 e 4 de setembro | Visita à comunidade da ETE FMC – Santa Rita do Sapucaí (MG) 8 e 9 de setembro | Visita à FEI – São Paulo (SP) 11 de setembro | Visita às Edições Loyola – São Paulo (SP) 15 e 16 de setembro | Visita à residência Nossa Senhora do Bom Conselho – São Paulo (SP) 17 de setembro | Visita ao Anchietanum – São Paulo (SP)


A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

O ser humano

pode amar.

Compartilhe. A humanidade é complexa, pode projetar sonhos, criar cultura, ser generosa, cultivar a reciprocidade e a sabedoria. Pode ainda refletir coletivamente, agir e tomar decisões. Somos únicos, mas também parte de um mundo maior. E que pode ser melhor.

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BRASIL

MERIDIONAL

Plataforma Moodle é transferida para ASAV

Ambiente Virtual de Aprendizagem é utilizado por diversas instituições de ensino no Brasil e no mundo

A plataforma Moodle, Ambiente Virtual de Aprendizagem, presente em alguns Colégios da Rede Jesuíta de Educação, foi transferida para o novo datacenter da ASAV (Associação Antônio Vieira). Os últimos meses foram de trabalho intenso para as áreas de TI (Tecnologia da Informação) da Rede, o desafio da migração era não acarretar impacto para os usuários, sendo mantidos o acesso e as informações, sem mudanças de links ou senhas. Hospedado no datacenter, inaugurado em outubro de 2013, em São Leopoldo (RS), com suporte da TI da ASAV, o Moodle passa a ser acessado com mais segurança por usuários de diversas partes do país. Além da segurança, a migração faz parte da consolidação dos processos, iniciado em

2013, quando os colégios passaram a ser de jurisdição da Província do Brasil. O novo modelo de organização visa à unificação das províncias, que ocorrerá até o final de 2014. O Moodle é uma ferramenta utilizada por alunos e professores e favorece as mediações de ensino e aprendizagem em sala de aula. Atualmente, nove colégios o utilizam: Loyola (Belo Horizonte/MG), São Francisco Xavier (São Paulo/SP), São Luís (São Paulo/ SP), Santo Inácio (Rio de Janeiro/RJ), Escola Técnica de Eletrônica (Santa Rita do Sapucaí/MG), Anchieta (Nova Friburgo/RJ), Colégios dos Jesuítas (Juiz de Fora/MG), Diocesano (Teresina/PI) e Catarinense (Florianópolis/ SC), além da Fundação Fé e Alegria, que está capacitando seus colaboradores.


40 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

UNISINOS COMEMORA 45 ANOS Em 31 de julho, dia de Santo Inácio, a Unisinos completou 45 anos de história. Para comemorar a data, professores e funcionários reuniram-se na Galeria Cultural da Biblioteca para cantar parabéns à universidade. O procedimento utilizado pelo itt Fuse (Instituto Tecnológico de Segurança Funcional) transformou o som dos aplausos em índice, que foi convertido em sinal elétrico. A energia gerada ligou um telão no qual se podia ler “Unisinos 45 anos”. A proposta foi demonstrar, por meio da ação, o carinho dos colaboradores pela instituição. “Medimos com um decibelímetro o som do local, e, quando chegamos a 90 decibéis, a tela se acendeu, por meio da nossa vibração. A intenção da iniciativa foi transformar o sinal sonoro em visual”, explicou

REPRESENTANTES DA UNISINOS CONQUISTAM PREMIAÇÃO No dia 23 de julho, o Jornal VS realizou a entrega do Prêmio VS Cidadão, para o qual concorriam cerca de 60 personalidades de São Leopoldo (RS), em 12 categorias. Dentre os ganhadores, há duas representantes da Unisinos: Margit Kolling, categoria cultura, e Susana Kakuta, categoria tecnologia. Desde 1997, Margit é diretora artística e corégrafa do grupo de dança

Durante o evento, entusiasmo dos aplausos do público gerou sinal elétrico

o coordenador do itt Fuse, Edilar Predabon. A gerente de Gestão de Pessoas, Camila Ferro, falou sobre a importância da participação dos colaboradores para o sucesso da ação. “O engajamento é a base de tudo e

se traduz quando sincronizamos a nossa energia interior com a da energia da Unisinos”. Durante o encontro, o reitor, padre Marcelo Fernandes de Aquino, agradeceu a todos que ajudaram a construir a história da universi-

e percussão Baturidança, no Programa Esporte Integral da Unisinos. Ela também é criadora e coordenadora do festival Sul em Dança, que, anualmente, traz bailarinos de renome nacional e possibilita o acesso de jovens talentos de projetos sociais aos palcos. “É um orgulho enorme e uma realização pessoal receber esse prêmio. É o reconhecimento ao trabalho realizado e de todas as conquistas durante nossa trajetória”, comenta. Diretora da Unidade de Inovação e Tecnologia da Unisinos e diretora executiva do Tecnosinos, considerado o melhor parque tecnológico do Brasil pela Anprotec

(Associação Brasileira de Parques Tecnológicos), Susana foi contemplada por seu reconhecimento na área tecnológica. “O prêmio representa um trabalho que contribui no poder socioeconômico da região, pelo caráter inovador e a geração de novos empregos”, fala. Ao todo, mais de 12 mil votos foram computados entre os dias 12 de maio e 13 de junho de 2014, pelo site do Jornal VS. As outras categorias participantes foram: Comércio, Educação, Empresário, Esporte, Homenagem Especial, Jovem Empresário, Responsabilidade Social, Saúde, Serviços e Sustentabilidade.

dade. “Nós, nos últimos anos, colocamos a Unisinos em um patamar que temos orgulho: de excelência, pesquisa, responsabilidade social universitária, internacionalização e crescimento com sustentabilidade”, afirmou.

Margit Kolling

Susana Kakuta


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

Notícias do Instituto São José O provincial da BRM, padre Vicente Palotti Zorzo, visitou os jesuítas do Instituto São José - Casa de Saúde, entre os dias 1º e 4 de julho. Um momento de muita alegria para todos da residência. O padre Sebaldo Schuck recebeu alta do Hospital Divina Providência, em Porto Alegre (RS), no dia 8 de julho. Agora, o jesuíta continuará o tratamento de saúde no Instituto. Já o irmão Aloysio M. Persch recupera-se satisfatoriamente de um AVC, que afetou sua visão. Pe. Victor Götz, que já residia no Instituto, foi confirmado como membro da comunidade. Entre os dias 7 e 14 de julho, o Pe. Hugo Bersch ajudou os jesuítas de Pelotas (RS), a pedido do

Jesuítas da comunidade celebraram os aniversariantes de julho e o bicentenário de restauração

provincial. E, para encerrar o mês de julho, no dia 26, a comunidade realizou uma fes-

COLÉGIO ANCHIETA LANÇA SELO DE SEUS 125 ANOS

tinha inaciana e julina, que comemorou os aniversariantes do mês e o bicentenário

de restauração da Companhia de Jesus, celebrado dia 7 de agosto.

CALENDÁRIO BRM 1º a 5 de setembro | Visita à Residência dos Santos Mártires – Porto Alegre (RS) 9 de setembro | Consulta BRM – Porto Alegre (RS) 10 a 15 de setembro | Residência Dom Luciano – Porto Velho (RO) 23 a 25 de setembro | BRA – São Paulo (SP)

No dia 13 de janeiro de 2015, o Colégio Anchieta de Porto Alegre celebra 125 anos de história. Ao longo desse período, ajudou na formação de milhares de

cidadãos. Para marcar a data, foi criado o Selo dos 125 Anos, a logomarca irá identificar todos os materiais produzidos pela instituição nesse período.

ALTERAÇÃO DE TELEFONE A Residência Padre João Bosco Burnier, em Cuiabá (MT), está com novo número de telefone para contato: (65) 3023-2927.



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a companhia de jesus no

BRASIL

NORDESTE

BRASILEIROS PARTICIPAM DE FÓRUM SOCIAL DE JOVENS INACIANOS NO PARAGUAI Os jovens da Casa Inaciana da Juventude (CIJ) participaram do Fórum Social de Jovens Inacianos, entre os dias 17 e 20 de julho, em Assunção, Paraguai. O encontro proporcionou um espaço de ampla discussão e diálogo sobre a situação atual do país e da América Latina, e o papel da juventude nesse contexto. Para o padre Dionicio Torres, organizador do evento, o fórum acolheu a tarefa de “analisar e ver formas de como gerar espaços mais democráticos, onde a participação aconteça de forma mais concreta”. Da CIJ, participaram jovens de Fortaleza (CE) e Teresina (PI), além do Ir. Ubiratan Costa. O jovem brasileiro Thales Costa comentou sobre sua alegria em ter encontrado no Paraguai tantas pessoas de “braços abertos, sorrisos contagiantes e corações solidários”. Para Sara Oliveira, foram marcantes o orgulho e o sentimento de pertencimento dos paraguaios por seu país, que, segundo a jovem, é perceptível devido “à valorização da cultura local e sua disseminação entre gerações”.

Atentos à realidade que estavam conhecendo, os jovens brasileiros observaram as belezas, as potencialidades e os desafios do país. Segundo Sara, “parte da cidade estava alagada e havia em vários lugares famílias morando em casas improvisadas”. O relato da jovem evidencia o problema da falta de moradia digna, situação que

piora durante o inverno. Para modificar esse contexto, há no Paraguai o projeto “Uma casa para Meu País”, uma ação coletiva de jovens que auxiliam na construção de habitações populares. A participação dos brasileiros visou fortalecer a Rede Inaciana de Jovens, proporcionando troca de experiências. O intuito é possibilitar um comprometimento coletivo na perspectiva da construção de soluções criativas frente aos desafios das juventudes na América Latina. Para Thales Costa, o legado do Fórum é o de que “a nossa utopia aumente cada vez mais, assim como nosso desejo de mudança, e que isso sempre nos una por um mesmo objetivo: que sejamos hoje um novo Cristo”. A jovem Márcia Rocha compartilhou o desejo de “organizar também um fórum com nossas dificuldades, nossas juventudes”. Durante a viagem, o grupo de brasileiros também conheceu as reduções jesuíticas, localizadas em Santísima Trindad del Paraná.


44 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE

MAGIS Nordeste reúne jovens e jesuítas “UMA EXPERIÊNCIA SEM IGUAL, UM TEMPO DE SABOREAR A PAZ, E UM LUGAR DE ENCONTRO COM DEUS”

Encontro celebrou um ano da realização do MAGIS no Brasil: mais de 150 jovens participaram do evento

A Rede Inaciana de Juventude da BNE promoveu a primeira edição do MAGIS Nordeste, entre os dias 25 e 27 de julho, em Teresina (PI). O encontro celebra um ano do MAGIS Brasil, realizado em julho de 2013. Cerca de 150 jovens, de diversos estados brasileiros, participaram do encontro. O Pe. Jonas Caprini, coordenador geral do evento, e o Ir. Raimundo Nonato, diretor do Colégio Diocesano, participaram da acolhida oficial dos peregrinos. Após a cerimônia, os jovens realizaram um passeio turístico pelo centro da cidade. No passeio, tiveram a oportunidade de conhecer mais a cultura local e alguns pontos turísticos da capital. Para a jovem Tarimis, do Piauí, o evento a ajudou a relembrar o MAGIS 2013. “Eu recordei de tudo, das experiências vividas, dos lugares que conheci e, principalmente, das pessoas com quem convivi”. Na primeira noite, os jovens participaram da Oração de Taizé. Para Marco Venâncio, do Espírito Santo, “a experiência do lucernário foi o auge da celebração da fé dentro do MAGIS Nordeste. Uma experiência sem igual, um tempo de saborear a paz, e um lugar de encontro com Deus”.

No segundo dia, os jovens das delegações apresentaram os trabalhos realizados com a juventude em sua localidade. Para o Ir. Dhekson de Souza, o compartilhamento de informações é importante para a realização dos trabalhos. “É uma oportunidade de trocar experiências e atividades”, afirmou. Os jovens também participaram de uma roda de conversa com os padres Miguel Martins Filho, provincial da BNE, e Jonas Caprini, coordenador da área de Juventude e Vocações da Província. Pe. Miguel compartilhou com os peregrinos sua história de vida e vocação. Já o Pe. Jonas, que também é secretário para Juventude e Vocações da BRA, apresen-

tou o projeto MAGIS, de serviço à juventude da Companhia de Jesus no Brasil. Para o jovem Roberval, da Bahia, saber do projeto de juventude da BRA foi muito bom. “Eu pude perceber que os trabalhos não acabam na Companhia de Jesus, mas que estão a serviço da juventude e da Igreja”. Além da celebração eucarística, o último dia do MAGIS Nordeste foi dedicado à escuta da juventude. Os jovens tiveram espaço para dar sua contribuição à missão da Companhia de Jesus. Reunidos em grupos, eles puderam dar sugestões para o trabalho com juventude no Brasil. Para a jovem Gabriela, do Espírito Santo, a partilha proporcionou um espaço de conhecimento. “Aqui, eu conheci diferentes realidades no trabalho com juventude. Essa troca é legal para potencializar esse trabalho.” “O MAGIS Nordeste foi uma experiência fantástica! Inicialmente, eu percebi que o meu magis tinha se manifestado a partir do momento que eu disse sim a essa proposta de saí de casa para enfrentar horas de viagem na estrada. Descobrir o magis me faz pensar e caminhar ainda mais, deixando para trás os medos que tanto me prendiam. Cada momento do evento foi essencial para que eu buscasse o melhor de mim. Foi uma experiência libertadora que só quem esteve aqui poderá compartilhar com outros irmãos”, conclui o jovem Robson Lima, do Ceará.


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE

CASA MAGIS É INAUGURADA EM TERESINA No dia 24 de julho, a Companhia de Jesus inaugurou a Casa MAGIS em Teresina, Piauí. O espaço está a serviço da juventude e, em sua programação, serão realizadas diversas atividades. Entre elas, haverá formações, lucernários, Exercícios Espirituais para jovens, tardes de formação e oração.

O trabalho da Casa MAGIS de Teresina será realizado em articulação com outras obras da Companhia de Jesus no Brasil. Atualmente, um dos maiores parceiros da Casa é o Colégio Diocesano, que cedeu e realizou a reforma do espaço. Na Casa MAGIS, os jovens poderão se encontrar em

No espaço, serão realizadas diversas atividades destinadas à juventude

momentos de formação, convivência, voluntariado e celebração da fé. “A Casa MAGIS é um sonho coletivo, que vai se fazendo realidade graças ao trabalho conjunto de jovens e

jesuítas que dedicam sua vida ao serviço e ao amor a juventude. Com muita felicidade partilhamos essa Boa-Nova”, afirma Luís Duarte Vieira, noviço jesuíta do 2º ano.

Unicap participa de Comitê Contra a Corrupção Eleitoral Unicap, padre Pedro Rubens, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique, e o juiz da propaganda eleitoral e professor do curso de Direito da Unicap, Alexandre Freire Pimentel.

Iniciativa prevê atualização de uma cartilha educativa que orientará o cidadão a denunciar irregularidades

A Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), a OAB-PE (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Arquidiocese de Olinda e Recife reeditaram o Comitê Contra a Corrupção Eleitoral. A campanha consistiu na atualização de uma cartilha educativa, que orientará o cidadão a denunciar irregularidades durante a campanha política.

O lançamento da cartilha aconteceu no dia 19 de agosto, na sede do Núcleo de Prática Jurídica da Unicap (Astepi). A primeira edição da campanha foi lançada em 2010, ano em que passou a vigorar a Lei da Ficha Limpa. A versão 2014 da ação foi estabelecida durante reunião realizada dia 25 de julho, na Reitoria da Unicap. Participaram do encontro o reitor da

Também estiveram presentes Bruno Baptista (secretário da OAB-PE), o coordenador da Astepi, professor Fernando Lapa, e o chefe de gabinete da Reitoria da Unicap, Rodrigo Pellegrino.

CALENDÁRIO BNE | COMPROMISSOS DO PROVINCIAL 22 a 31 de agosto | Expediente na Cúria BNE Salvador (BA) 1º a 8 de setembro | Visita as comunidades e obras Fortaleza e Baturité (CE) 8 a 10 de setembro | Expediente na Cúria BNE Salvador (BA) 11 a 15 de setembro | Visita as comunidades e obras Feira de Santana (BA) e Capim Grosso (BA) 18 de setembro | Consulta da BNE– Salvador (BA) 17 a 22 de setembro | Expediente na Cúria BNE Salvador (BA)



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BRASIL

PROVINCIALADO

CONCERTO MUSICAL NA FAJE

Cerca de 260 pessoas participaram da apresentação

No dia 7 de agosto, dia da celebração do bicentenário de restauração da Companhia de Jesus, o grupo Musica Figurata apresentou o concerto O Barroco da Itália para a América – Missões Jesuíticas, no auditório Dom Luciano Mendes de Almeida, na FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia), em Belo Horizonte (MG). O evento contou com a presença de professores, alunos, funcionários e colaboradores da instituição, além de moradores da região. Na abertura do evento, o padre Jaldemir Vitório, reitor da FAJE, saudou a plateia de mais de 260 espectadores e agradeceu a participação da Orquestra de Câmara Musica Figurata. Em seguida, chamou ao palco o padre Elton Vitoriano Ribeiro, professor do departamento de Filosofia, que falou, rapidamente, sobre a história da Companhia de Jesus.

Após a cerimônia, os músicos, com seus instrumentos antigos, como o cravo, a viola da gamba e violinos barrocos, levaram ao público trio-sonatas, cantatas e árias de Domenico Zipoli e seus discípulos, ilustrando a riqueza da música nas missões jesuíticas na América do Sul, no século XVIII. “Os jesuítas usaram a música como o meio mais importante para a formação e catequização dos índios. E eles atingiram tal maestria na execução e na construção de instrumentos musicais que, muitas vezes, superaram os modelos europeus”, conta Robson Bessa, cravista diretor do espetáculo. Após a apresentação da Orquestra, os espectadores foram convidados pelo músico Robson Bessa a conhecer os instrumentos no palco. Foi um momento para interagir com os profissionais e conhecer um pouco mais sobre a história e sonoridade dos instrumentos.

JESUÍTAS PARTICIPAM DE ENCONTRO NO MÉXICO A Jungmann Society, associação dos jesuítas que tem como missão a liturgia, promoveu sua 5ª reunião bienal, entre os dias 23 e 28 de junho, na Cidade do México (MEX). Os padres Jacques Trudel, Washington Paranhos, Eliomar Ribeiro, Felipe Soriano e Creômenes Maciel participaram do encontro, que teve como tema A liturgia e a espiritualidade inaciana/jesuíta. Em 2014, a associação completa 10 anos de fundação. Segundo o padre Creômenes Maciel, o encontro ajudou na reflexão e no questionamento sobre o lugar da liturgia na vida apostólica e comunitária. Conferências, partilhas em pequenos grupos, debates no

plenário, momentos de imersão cultural, troca de experiências e celebrações litúrgicas fizeram parte da programação. “A reunião é sempre um momento privilegiado de reunir jesuítas de diversos lugares do mundo, que assumem a liturgia como um lugar de vida e missão”, afirmou o jesuíta. A participação dos jesuítas do Brasil “manifesta nosso desejo de melhor servir a missão de Cristo. Embalados, pois, por esse Espírito, retornamos aos nossos apostolados, inflamados pelo desejo de amar e servir cada vez mais aqueles a quem somos enviados, através da celebração da memória do Senhor”, conclui padre Creômenes.

CALENDÁRIO BRA 25 a 30 de agosto | Visita do Pe. Palácio aos professores da FAJE – Belo Horizonte (MG) 2 de setembro | Conselho de Transição – Rio de Janeiro (RJ) 8 e 12 de setembro | Encontro de Diretores Acadêmicos dos Colégios Jesuítas – Quito (Equador) 8 e 13 de setembro | Visita do Pe. Palácio ao Noviciado – Feira de Santana (BA) 16 a 24 de setembro | Exercícios Espirituais na BRM – Morro das Pedras (SC)


48 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO

Viva Santo Inácio! Jesuítas, fiéis, colaboradores e obras da Companhia de Jesus celebraram, em 31 de julho, o dia de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.

AMAZONAS Cerca de 200 pessoas participaram da missa festiva de Santo Inácio de Loyola, na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Manaus. O momento também foi de Ação de Graças pelo bicentenário de restauração da Companhia de Jesus, celebrado em 7 de agosto. A missa, presidida por dom Mário Antônio da Silva, bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus, foi concelebrada pelos padres jesuítas, diocesanos e religiosos presentes.

BAHIA

Alunos do Vieira interpretaram passagens da vida de Inácio

Missa em Ação de Graças reuniu jesuítas e fiéis no Santuário Nossa Senhora de Fátima

O CIES de Salvador (Centro Inaciano de Espiritualidade) promoveu a atividade Semana com Inácio, entre 24 e 27 de julho, o evento contou com dias de oração, formação e interiorização. No dia 31, os alunos do Colégio Antônio Vieira homenagearam o fundador da Companhia de Jesus encenando passagens marcantes da sua trajetória. As apresentações aconteceram em formato de peças teatrais, dança e música. No final do dia, o bispo auxiliar da Arquidiocese, dom Estevam dos Santos, presidiu uma Missa em Ação de Graças no Santuário Nossa Senhora de Fátima, localizado no espaço externo do Colégio.


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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO

CEARÁ Alegria. Esse foi o tom das celebrações promovidas em Fortaleza, em homenagem a Santo Inácio. A Comunidade São Luiz Gonzaga, a Casa Inaciana da Juventude (CIJ) e a Paróquia Cristo Rei realizaram diversas atividades comemorativas, como a novena e o Tríduo. No dia 31, jesuítas, leigos e leigas da Paróquia

Cristo Rei e da CIJ participaram de uma Missa Solene. Após a cerimônia, todos compartilharam um belo jantar. Na parte da manhã, o bispo auxiliar de Fortaleza, dom Rosalvo Cordeiro de Lima, presidiu a Missa em Ação de Graças para a comunidade educativa do Colégio Santo Inácio.

DISTRITO FEDERAL

Dom Rosalvo Cordeiro de Lima presidiu cerimônia no Colégio Santo Inácio

GOIÁS A CAJU, o Centro Loyola e a Paróquia Santa Genoveva, em Goiânia, promoveram o Tríduo Inaciano, entre os dias 28 e 30 de julho. Os três dias de oração anteciparam a Festa de Santo Inácio de Loyola,

realizada dia 31 de julho, na Paróquia. Liberdade Espiritual, Generosidade e os 200 anos de restauração da Companhia de Jesus foram os temas abordados durante o Tríduo.

CCB promoveu Caminhada Inaciana em Brasília

Bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília participou da celebração

Entre os dias 26 e 31 de julho, o CCB (Centro Cultural de Brasília) promoveu mais uma edição da Semana Inaciana, que este ano homenageou Santo Inácio de Loyola e São José de Anchieta, canonizado em abril, pelo papa Francisco. Na programação, havia di-

versas atividades, dentre elas a Caminhada Inaciana e o Cine-Fórum. No dia 31, todos se reuniram para a Missa Solene, realizada na capela do CCB. A celebração contou com a presença do bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, dom Valdir Mamede.

Tríduo Inaciano em preparação para a Festa de Santo Inácio


50 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO

MINAS GERAIS No dia 31, em Belo Horizonte, os jesuítas da Residência Irmão Luciano Brandão celebraram o dia de Santo Inácio de Loyola reunidos com muita alegria. Na FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia), uma celebração contou com a presença de dezenas de fiéis e da comunidade da instituição. Em Santa Rita do Sapucaí, a ETE promoveu três Celebrações Eucarísticas ao longo do dia. As comemorações foram encerradas à noite, com uma confraternização. No dia 1º de agosto, a Paróquia São Francisco Xavier, em BH, organizou uma noite

cultural com os jovens da comunidade e, no dia 2, uma Missa Solene, presidida pelo pároco, padre Marco Antonio Lima. Para celebrar, o Colégio Loyola promoveu a 3ª Caminhada Inaciana, no dia 2 de agosto. No dia 9, mais de 90 pessoas de obras da Companhia de Jesus participaram de um encontro muito especial. A vida de Santo Inácio foi relembrada por representantes do Colégio Loyola; do Centro Loyola de BH; das paróquias Santíssima Trindade-Santa Luzia e São Francisco Xavier; do Fé e Alegria de Santa Luzia e de Montes Claros; e da Creche Caiçaras.

PARÁ No dia 31, a Comunidade dos Jesuítas de Belém recebeu a visita dos bispos dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano; dom Teodoro Mendes, bispo auxiliar da Arquidiocese; dom Irineu Roman, bispo auxiliar; e dom Vicen-

te Joaquim Zico, arcebispo emérito. Em Belém, também foi realizada a Semana Inaciana, encerrada no dia 7 de agosto, data em que foi celebrada a missa de Ação de Graças pelos 200 anos de restauração da Companhia de Jesus.

Celebração na FAJE

Jesuítas da Residência Ir. Luciano Brandão

Alunos da ETE

Caminhada Inaciana reuniu mais de 150 pessoas

Semana Inaciana reuniu a comunidade e jovens da região


51

I N F O R M AT I V O D O S J E S U Í TA S D O B R A S I L

A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO

PARANÁ Em Curitiba, a comunidade educativa do Colégio Medianeira comemorou o dia de Santo Inácio de Loyola no Salão Nobre da instituição, no dia 30 de julho.

PERNAMBUCO

No dia de Santo Inácio, padre Jacques Trudel recebeu uma homenagem pelos 60 anos na Companhia

A Unicap comemorou o dia de Santo Inácio de Loyola com uma celebração eucarística presidida pelo reitor, padre Pedro Rubens, e concelebrada por outros jesuítas. A missa foi celebrada na capela da instituição, recentemente remodelada. O projeto foi assinado pelo artista plástico Cláudio Pastro, que, desde 1975, se dedica à arte sacra. Uma homenagem ao padre Jacques Trudel, conhecido como padre Jaime, também marcou a data. O jesuíta celebrou 60 anos de Companhia de Jesus.

PIAUÍ

O arcebispo de Teresina, dom Jacinto Furtado, presidiu a celebração

A Área Pastoral Santo Inácio de Loyola, em Teresina, realizou uma novena em homenagem a Santo Inácio. No dia 31, após a celebração da missa, o arcebispo dom Jacinto

Furtado leu o decreto de criação da Paróquia Santo Inácio de Loyola. Agora, a Área Pastoral passa a ser paróquia e será administrada pelo padre José Andrés Fayos.


52 A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL PROVINCIALADO

RIO DE JANEIRO O dia do fundador da Companhia de Jesus foi diferente no Colégio Santo Inácio. Durante todo o dia, os alunos participaram de uma grande festa, com recreios estendidos para a participação de todos. Aconteceram muitas brincadeiras e interação entre os alunos, além de apresentações culturais. À noite, toda a comunidade educativa foi convidada a participar da Missa Solene, presidida pelo padre Carlos Palácio, provincial do Brasil, na Igreja de Santo Inácio.

SANTA CATARINA Em Itapiranga, o padre Albano Körbes presidiu a Missa em Ação de Graças, organizada pelas Paróquias de Itapiranga e São João do Oeste. Após a cerimônia, todos almoçaram no Memorial dos Jesuítas. Um dia festivo e de partilha.

SÃO PAULO

Paróquia São Luís Gonzaga realizou Missa Solene

Para homenagear Santo Inácio, o Pateo do Collegio promoveu a Semana Inaciana e uma Missa em Memória, no dia 3 de agosto. No Colégio São Francisco Xavier, os alunos, professores e funcionários participaram de uma celebração na capela da instituição. Na Paróquia São Luís Gonzaga, a Missa Solene reuniu dezenas de pessoas, entre paroquianos, visitantes e membros de obras jesuíticas espalhadas por São Paulo. Durante a celebração, foram entronizados no altar diversos estandartes dos santos e padres jesuítas que desenvolveram missões pelos continentes.


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ANIVERSÁRIOS AGOSTO

8 |

Pe. Dionysio Seibel – BRM Pe. Estanislau da Kostka e Silva – BRC Pe. José Acrizio Vale Sales – BNE

10 |

Ir. Noel Xavier do Nascimento – BRC

11 |

Pe. José Sciberras – BNE

12 |

Pe. Claudio Paul – BRM Ir. Eugênio V. Kochhann – BRM Pe. Licurgo Tamiozzo – BNE

24 |

Esc. Charles Pissinatti – BRC Pe. Danilo Aparecido Mondoni – BRC

25 |

Pe. Anísio Ribeiro da Silva – BRC

26 |

Pe. Domingos Mianulli – BNE Pe. Nelson Lopes da Silva – BRC

27 |

Ir. Ambrósio Immig – BRM

28 |

Ir. Antônio Ribeiro Martins – BNE Esc. Bruno Nasc. de Macedo Torres – BAM Pe. Idinei Augusto Zen – BRM Pe. Jonas Elias Caprini – BNE

13 |

Pe. Silvino Pedro Rabuske – BRM

14 |

Pe. Gilberto Oliveira Versiani – BRC Pe. Silvino Arnhold – BRM

29 |

Pe. João Marcos Schneider – BRM Ir. Orival Bonicoski – BRM

15 |

30 |

Esc. Gilmar Pereira da Silva – BRC Ir. Inácio Schneider – BRM Pe. Luiz Carlos Sureki – BRM Ir. Paulo Welter – BRM Pe. Pedro Ignacio Schmitz – BRM

Pe. Genilson Lopes Neri – BAM Pe. José Renato Schaefer – BRM Pe. Mauricio Murillo Alvarado – CAM

17 |

Pe. Luiz Gonzaga Gomes de Almeida – BNE Ir. Pedro Ernane Gomes – BNE

18 |

Pe. Delmar Araújo Cardoso – BAM Pe. Edward G. Francis Benya – NOR/BNE

19 |

Pe. Antônio Tabosa Gomes – BNE Esc. Bruno William Recio Franguelli – BRC

20 |

Esc. Mariano Torres Vargas – MEX

21 |

D. Alessio Saccardo – BAM Pe. Germano Cord Neto – BRC Esc. Milciades González Spíndola – PAR Pe. Motoyasu (José) Furusawa – BRC Diác. Silas Moésio Maciel Silva – BAM

31 |

Pe. Benjamin Bartolic – BNE

SETEMBRO 1 |

Pe. Luciano Fozzer – BNE Pe. Mieczyslaw Smyda – BRC Pe. Paulo de Arruda D’Elboux – BRC

2 |

Pe. Afonso José Birck – BRM Ir. Joaquim Camilo Neto – BRM

22 |

Pe. Eugênio Pacelli Correia Aguiar – BNE

3 |

Pe. Jaldemir Vitório – BNE

24 |

Pe. Darly Luís de Almeida – BNE

4 |

Pe. Johan M. Herman Jozef Konings – BRM Pe. Rafael Lería Ortega - BOL

5 |

Pe. Carlos Alberto Jahn – BRM Pe. Dionel Lopes Amaral – BAM Ir. Izidoro Lourenço Freiberger – BRM

7 |

Esc. Tárcio Luiz Ferreira dos Santos – BNE


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I N F O R M AT I V O D O S J E S U Í TA S D O B R A S I L

JUBILEUS 31 de agosto

14 de setembro

11 de setembro

14 de setembro

Ir. Frederico Helmuth Kerber – BRM 70 anos de Companhia

Pe. Spártaco Francesco Ciccotti – ITA 75 anos de Companhia

Pe. José Luis Fuentes – BRC 60 anos de Companhia

Pe. Luís Muraro – BAM 60 anos de Companhia



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