Palmares pelo grafite de Luiz Barreto

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Web Edição distribuição gratuita

Marcondes Torres Calazans

TROBETAS POVO DO UNA

PALMARES

LUIS


Esta é uma edição homenagem ao artista plástico Luiz Barreto, que com ao longo dos anos registrou através de seus traços a história de Palmares, a terra dos poetas.

Capa: Arte de Luiz Barreto Textos: Marcondes Torres Calazans Diagramação: Nel Angeiras Produção: FCCHBF


Livro Inspirado nos texto de Marcondes Torres Calazans (Autor do Blog http://memoriapalmares.blogspot.com.br)


Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas (...) a outra espécie é formada pelos que vêem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica (torta) de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como tumores da cultura excessiva. (...) Embora eles se dêem como novos precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranóia e com a misti cação (...) Essas considerações são provocadas pela exposição dos painéis e quadros espalhados aqui e ali, sem que se dê grande importância ao que elas representam. É a obra do artista plástico Luis Barreto, pintor que com um simples lápis gra te, sem pincel ou tela, é capaz de apurar seu imaginário poético e traduzir Palmares com sutileza e amor. Em sua obra, se nota acentuadíssima tendência para uma atitude estética local, bem distante das extravagâncias dos artistas acadêmicos mais tradicionais.

Marcondes Torres Calazans

A reação da sociedade palmarense é de indiferença, quando oportunamente se utiliza do seu talento solicitando algum trabalho. Age como quem dar esmola, dando mostras da incapacidade para analisar uma obra de arte se quer. Se deparasse com um quadro de Picasso, agiria da mesma forma, com indiferença. A incultura produz grandes mazelas, dentre tais, a cegueira e a ausência de discernimento. Luis Barreto nasceu em Palmares no dia 18 de novembro de 1949. É o lho mais novo do jurista, teatrólogo, cronista, poeta e professor Fenelon Barreto. Embora não tenha histórico escolar, dedicou-se cedo as artes plásticas e ao desenho que rabiscava desde aos sete anos de idade ao lado do pai que veio para Palmares numa época de efervescência cultural. Hoje, Luis Barreto tem sua habilidade artista estacionada, pois falta-lhe estúdio, atelier, tinta e pincel para desenvolver sua arte; mas sua arte não morreu, encontra-se viva nalguma praça, repartição pública ou residência palmarense. Como Dareu Valença Lins e Murillo La Greca, Luis Barreto é Palmarense e merece respeito e atenção. Infeliz da Nação que não tem artistas para cultuar!


Palmares se incrementou com a chegada da mรกquina a vapor


Os soldados que por Palmares passaram, vinham de Água Preta, na época centro político administrativo regional. Lá encontrava-se Quartel General que comandava as tropas da Província de Pernambuco durante a Revolução Praieira. Na ocasião da revolução, concentrava-se na região, empurrados do litoral pela política colonial, grande contingente de índios caetés. Palmares recebe o nome "Trombetas" em função da tropa que passava pelo atual centro, em perseguição a um grupo de índios caetés, ter perdido a trombeta, instrumento de sopro popularmente conhecido entre nós por corneta de sopro.


Foi na entrada do ano de 1862, com a chegada a Palmares da Estrada de Ferro Sul de Pernambuco e, por força do decreto do então Imperador D. Pedro II, que se instala o Escritório Central da Administração da Empresa Great Western Railway Company. Com a chegada da ferrovia é criada, a 13 de maio, A Comarca de Palmares, por força da lei Provincial nº 520. Em 6 de fevereiro é inaugurada a Matriz de Nossa Senhora da Conceição dos Montes. Nesse mesmo dia, a senhora de engenho Dona Germana Francisca Xavier, faz a doação do terreno no qual se localizou o Cemitério de Nossa Senhora da Conceição dos Montes, ao lado da atual igreja matriz.


No ano de 1868, Palmares é elevado à categoria de Distrito, por força da lei provincial nº 844, de 28 de setembro. Em 1879 9 de junho emancipa-se do Município da Água Preta, conforme a lei provincial nº 1458, adquirindo foros de cidade. Assume a paróquia Manoel Tertuliano de Figueiredo, sendo o primeiro Padre a comandar a Igreja Católica municipal.


Descrição do Atrativo Edi cada em 1873, no local onde existiu uma capelinha sob o orago de Nossa Senhora dos Montes, pertencente ao antigo Engenho Trombetas, que deu início ao aldeamento, hoje sede do município. A catedral tem partido de planta retangular, desenvolvida em dois níveis, constituída por nave, capelar-mor, galerias laterais, coro e sacristia. A fachada principal da igreja é composta por cinco vãos abertos inferiores, quatro superiores e um pequeno nicho central. Todos os vãos são em arco pleno ladeando o frontispício, atualmente duas torres de terminação piramidal, funilizadas por cruz. O frontão, recortado é encimado por uma cruz. Internamente, suas galerias possuem laterais. No altar-mor está entronizada a imagem da padroeira, trazida de Portugal em 1920.


Por in uencia que exercia sobre a povoação de Trombetas, a estação ferroviária, em homenagem ao rio que atravessa a cidade de Palmares, recebeu o nome de Una.


Em nais do século XIX (1875), a linha férrea cumpre o papel para o qual foi construída, ligar a Província de Pernambuco as partes do atual Estado das Alagoas, para então, é construída a ponte sobre o Rio Una, em seu encontro com as águas do Rio Pirangy.


Por ter sido a linha férrea ponto central em atividade, o chalé dos Ingleses recebia trabalhadores em serviço na ferrrovia, período quando se concluía a construção da Estação Ferroviária Great Western Railway. O Chalé representou a segunda construção com capital inglês em Palmares.


Sobre a in uência exercida sobre a povoação de Trombetas, a estação ferroviária, em homenagem, recebeu o nome do rio. Desativada nos anos 1990, passou a ser hoje a Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho


Com o incremento trazido pela linha f茅rrea, Palmares se transformou no p贸lo de desenvolvimento regional, construindo o passo municipal onde se desenvolvia atividades pol铆ticas e econ么micas.


O prédio da prefeitura foi de características frontais em estilo neoclássico (século XIX) prefeito Dr. Leopoldo de Paula Lins.


Rua Estácio Coimbra. Ao fundo, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição. A esquerda, os fundos do antigo Cine Teatro Apolo, onde por muitos anos, funcionou a Casa da luz.


Antigo largo 13 de janeiro e rua do livramento. Hoje praรงa Dr. Paulo Paranhos e Vigรกrio Bastos.


Pontilh達o sobre a Av. Frei Caneca. Recebeu a avenida esse nome, em homenagem a Revolu巽達o de 1817, liderada pelo ent達o Frei do Amor Divino Joaquim Caneca.


A vista da antiga rua do Livramento, hoje conhecida com rua Vigรกrio Bastos


Centro Comercial de Palmares. O mercado público à esquerda. À frente, possivelmente, o sobrado que inspirou Hermilo Borba Filho a escrever o livro, as Meninas do Sobrado .


Uma visĂŁo de como era o antigo mercado pĂşblico de Palmares.


"Palmares é canção da natureza, é terra de cultura e de grandeza no mundo não havendo igual assim, é terra de cultura e de grandeza, no mundo não havendo igual assim..." Silva Jardim

Palmares é minha marca para toda vida. Hermilo Borba Filho


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