Nova Odivelas 407

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ACÇÃO DE VANDALISMO EM ODIVELAS

Sexta-feira,

23 de Setembro de 2011

// N.º

407 II Série Ano XII

w w w . n o va o d i ve l a s . p t Director: Henrique Ribeiro

OBRAS NO RIO DA COSTA NÃO ACAUTELARAM FAUNA RESIDENTE

NO CONCELHO DE ODIVELAS

SUSANA AMADOR JÁ NÃO LIDERA A CPCO DO PS NESTE NÚMERO

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SAÚDE CA DA VEZ MAIS DOENTE T R ÊS RE FEIÇÕ ES DI ÁR I A S E MANUAIS ESCOLARE S PA R A C RIANÇAS DO ENSINO B Á S I C O PUB

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Entre Tanto ISCE Directas Susana Amador nos órgãos nacionais do PS Mosteiro de Odivelas BE fala de saúde APFN Simprus projectos Câmara ofereceu manuais escolares Acto de vandalismo na cidade Imagens Reais Dualidades Kalunga A Saúde em Odivelas Manjar do Casal JSD visitou Pontinha Reuniões da AMO e AFO Universidade de Verão do PS Passeio Idosos a Óbidos Joclima Woodsart Tribuna do leitor Talho e Forno da Cidade Lá Féria no Casino Estoril Ideia Fixe, design Festa do Teatro Amador Hacienda D. Luisa Guarda Real Flash do Reino Realmente! Nobres Confissões Consilcar

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ENTRE TANTO

AGENDA. Mais eventos www.diariodeodivelas.com

OS FILMES LIBERTAM A CABEÇA

Quem vai à guerra de Marta Pessoa

em

movem mais uma edição da Universidade de Verão que terá lugar no auditório da Escola Profissional Agrícola D. Dinis, na Paiã, a partir das 09h30. 18º Aniversário da AADD

Sexta-feira, 30 de Setembro, o Centro Cultural Malaposta apresenta, às 21h30, o documentário português de Marta Pessoa, Quem vai à guerra com a presença da realizadora. Mais do que um acontecimento, a guerra é sempre uma marca actuante naqueles que de alguma forma a viveram. Passados 50 anos desde o seu início, a guerra colonial é, ainda hoje, um assunto delicado e hermético, apoiado por um discurso exclusivamente masculino, como se a guerra só aos ex-combatentes pertencesse e só a eles afectasse. No entanto quando um país está em guerra, será que fica alguém de fora? Quem Vai à Guerra é um filme de guerra de uma geração, contado por quem ficou à espera, por quem quis voluntariamente ir ao lado e por quem foi socorrer os soldados às frentes de batalha. Um discurso feminino sobre a guerra. Sala de Cinema. Preço único, 3,00 euros. 130’. M/6 Quem vai à guerra de Marta Pessoa Documentário, Portugal, 2011 Ficha técnica Realização: Marta Pessoa Direcção de fotografia: Inês Carvalho Cenografia: Rui Francisco Montagem: Rita Palma Direcção de som: Paulo Abelho, João Eleutério e Rodolfo correia Maquilhagem: Eva Silva Graça Marketing e comunicação: Fátima Santos Filipe Direcção de produção: Jacinta Barros

SEXTA 23 DE SETEMBRO

Jornadas Europeias do Património 2011 Património e Paisagem Urbana e o tema das Jornadas Europeias do Pa t r i m ó n i o que são assinaladas em Odivelas

A Associação de Artesãos D. Dinis comemora o seu 18º aniversário., a partir das 20h00 no Pavilhão Polivalente de Odivelas com um espectáculo onde participarão o Grupo Coral da Sociedade Musical Odivelense e a Escola de fados da junta de Freguesia de Odivelas. SEGUNDA 26 DE SETEMBRO

Assembleia Municipal de Odivelas Com início às 14h30 terá lugar nos Paços do Concelho uma reunião ordinária da Assembleia Municipal de Odivelas aberta ao público. TERÇA 27 DE SETEMBRO

Reunião CMO Com início às 14h30, tem lugar nos Paços do Concelho uma reunião pública da Câmara Municipal de Odivelas. QUARTA 28 DE SETEMBRO

Vieram para morrer A Festa de Teatro Amador da Malaposta abre com a peça Vieram para Morrer do dramaturgo Jaime Gralheiro com encenação de Manuel Coelho e Produção da Malaposta. Para ver às 21h30. Preço único 2,50 euros. 60’. M/16. com uma visita ao património concelhio, nomeadamente às Vilas Operárias do Olival Basto (Vila Amália, Vila Gordicho e Vila Carinhas) e ao Centro Cultural Malaposta. Início às 14h30. SÁBADO 24 DE SETEMBRO

Universidade de Verão do PS As concelhias de Odivelas e Vila Franca de Xira, do Partido Socialista, pro-

QUINTA 29 DE SETEMBRO

Manifestação O Artecannes Teatro, da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças apresenta na Festa de Teatro Amador da Malaposta a peça Manifestação. «Este é um espectáculo sobre a manifestação da palavra, inspirado em Karl Valentin e nos livros Pão com Manteiga, brinca-se com a palavra e como ela pode ser dita e ouvida». Para ver às 21h30. Preço único

5 euros. 50’. M/12. OUTROS DIAS

Tony de Matos… Só nós dois O Centro Cultural Malaposta apresenta de 23 de Setembro a 23 de Outubro, às Sextas-feiras e Sábados às 21h45 e aos Domingos às 16h15, na sala café teatro a peça musical Tony de Matos… Só nós dois, com texto, encenação e direcção musical de Mingo Rangel e com Eugénia Bettencourt, actriz e Artur Alves, cantor. «Este é um espectáculo que antes e acima de tudo, pretende homenagear o saudoso intérprete da canção portuguesa. Sendo confesso admirador daquele artista, o autor entendeu ser hora de comungar e partilhar com todos a bela música que aquele nos legou». Preço único 5 euros. 75’. M/12 VI Festival Internacional de Solos de Dança Contemporânea Nos dias, 23 e 24 de Setembro a Malaposta continua a apresentar a VI edição do Festival Internacional de Solos de Dança Contemporânea. Sexta e Sábado às 21h30 no auditório. Preço 12,50 euros sujeito a descontos. M/6. Teatro Infantil na Malaposta As aventuras e desventuras do soldadinho de chumbo é a nova peça infantil de Fernando Gomes em exibição no Centro Cultural Malaposta que pode ver aos Sábados às 16h00 e aos Domingos às 11h00. Para escolas e por marcação há representações de Terça a Sexta-feira às 10h30 e 15h00.

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QUOTIDIANOS DIRECTAS

CLDS da Vertente Sul renovado O Centro Local de Desenvolvimento Social da Vertente Sul. Que abrange dos bairros do Vale do Forno, na freguesia de Odivelas e Quinta das Arrombas, Quinta do Zé Luís, Encosta da Luz e Serra da Luz, na freguesia da Pontinha, que terminou em Maio deste ano, viu renovada a sua acção por mais 24 meses. A renovação do contrato foi assinada pelas entidades promotoras (Instituto da Segurança Social, Câmara Municipal de Odivelas e Centro Comunitário Paroquial de Famões) a 13 de Maio deste ano. Estando já constituída a equipa técnica e elaborado o novo plano de acção, o CLDS vai agora ter lugar a sua apresentação pública que acontecerá esta Sextafeira, 23 de Setembro, com a inauguração das novas instalações. Do programa consta uma visita às instalações, uma exposição e demonstração de actividades do projecto, culminando com uma festa popular dirigida aos residentes. 18h30 Abertura com os Arrufarte; Inauguração e visita às instalações; Renovação do Acordo de Parceria; Exposição e Abertura da Quermesse. 19h30 Coro da Vertente Sul; Capoeira; Tai-chi; Danças de Salão; Entrega de Diplomas (RVCC, Empreendedorismo Associativo). 20h30 Baile co o organista José Manuel e Abertura do bar. 22h00 Sorteio de um cabaz de Alimentos. PUB

PODER LOCAL POLÍTICA

Susana Amador nos Órgãos Nacionais do PS Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt

A líder socialista de Odivelas e presidente da câmara municipal, Susana Amador, foi recentemente eleita para o secretariado da Comissão Política Nacional do Partido Socialista e escolhida por António José Seguro para Secretária Nacional Adjunta. Paulo César e Miguel Cabrita também foram eleitos para os Órgãos Nacionais do PS. usana Amador encara esta integração de Odivelas nos órgãos nacionais do PS «Com muita felicidade e muita responsabilidade porque significa antes de mais um reconhecimento colectivo daquilo que Odivelas tem feito do ponto de vista político e do seu crescimento, da qualidade dos seus militantes e das acções que temos vindo a desenvolver, seja a Universidade de Verão, seja o Prémio Cidadania Activa, seja a Formação. Odivelas tem-se diferenciado de forma muito qualificadora naquilo que é a sua actividade político partidária, ou seja não é uma concelhia de votantes é uma concelhia de militantes». Susana Amador disse também que «Além de promover todas estas acções e no fundo ter dado a conhecer os seus militantes, aquilo que pensam e que sentem sobre o país e sobre o PS tem vindo a crescer em número de militantes e dai o peso político que tem vindo a consolidar. Ao longo dos últimos anos, quer com José Sócrates quer com António José Seguro esse reconhecimento existiu, desde logo na Comissão

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Política Nacional, onde nunca ninguém tinha estado a representar Odivelas e eu passei a integrar essa comissão». Susana Amador disse ter de fazer referência ao mandato de José Sócrates e o reconhecimento que o ex-Secretáriogeral fez ao PS Odivelas e a ela própria «Na Comissão Política Nacional, era a terceira mulher a seguir a Maria de Belém e Edite Estrela». Esta passagem de testemunho e mudança na liderança do Partido Socialista «Significou ainda mais fortalecimento e reconhecimento ao PS Odivelas e às pessoas que o integram e foi com muita alegria que se conseguiu lutar por ter três membros na Comissão Política Nacional, que é algo inédito». Estão como membros efectivos neste órgão, além de Susana Amador, o vereador Paulo César Teixeira e o líder da bancada do PS na Assembleia Municipal, Miguel Cabrita. Odivelas tem ainda como membros suplentes nos órgãos nacionais Rui Caldas e Alcina Trindade «Entre outros camaradas nossos. Susana Amador considera que esta posição do PS Odivelas nos órgãos nacionais do partido «Significa mais responsabilidade e manter o nível de qualidade que tínhamos e manter a coesão que tem vindo a crescer». A líder do PS Odivelas deseja «Estar à altura deste projecto, sendo que estamos numa fase difícil em que o PS está na oposição e que, tal como diz António José Seguro, temos de fazer uma maratona. Isto não é uma corrida rápida, é um trabalho que queremos fazer de forma consolidada. Não queremos o poder pelo poder, quere-

mos acima de tudo encontrar propostas alternativas e sobretudo fazer com que os portugueses se encontrem de novo com o partido socialista e o PS se reencontre de novo com Portugal»

depois do último acto eleitoral onde houve claramente «Um desligar da tomada em relação ao Partido Socialista com um resultado muito decepcionante para o par-

Renúncia à liderança da CPCO Depois desta entrevista concluída e redigida veio a lume uma possível incompatibilidade de cargos ao abrigo dos Estatutos do Partido Socialista. Segundo algumas interpretações Susana Amador não poderá acumular o cargo de presidente da Comissão Política concelhia e secretária nacional adjunta, embora haja quem pense o contrário, como é o caso de António Galamba, secretário nacional do PS, que em declarações ao Diário de Notícias defendeu que não há incompatibilidade de funções porque Susana Amador é secretária nacional adjunta e não apenas secretária nacional. A própria líder concelhia, também ela jurista, faz um interpretação dos estatutos que não configura incompatibilidade. No ponto 4º do N.º 20 dos Estatutos socialistas determina-se que «Nenhum militante pode acumular o exercício de mandatos em órgãos executivos nacionais, regionais, federativos e concelhios». Como quer a liderança da Comissão Política Concelhia, quer as funções de secretária nacional são ambas executivas pode-se concluir haver de facto essa incompatibilidade. A ser assim e de acordo com o ponto seguinte do Estatutos do PS que determina que «A eleição de um militante para o exercício de mandato em órgão executivo implica a extinção imediata de mandato para que tenha sido anteriormente eleito e que com este seja incompatível nos termos do número anterior». Como não quer situações de penumbra e menos claras , Susana Amador, em reunião do secretariado da Comissão Política Concelhia de Odivelas, realizada na Terça-feira, renunciou à liderança da CPCO que passará a ser assumida por Mário Máximo, até as próximas eleições para o órgão que deverão decorrer em Março ou Abril de 2012.


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tido. É bom que nesta altura se possam fazer as devidas reflexões e debates e fazer esta caminhada que é lenta mas seguramente será uma caminhada que nos poderá levar de novo às vitórias». Para Susana Amador «O PS não é um partido de oposição por oposição mas um partido de poder, de alternativa democrática», apesar de também «Saber estar na oposição com dignidade e de forma construtiva». A Secretária Nacional Adjunta garantiu que o PS «Irá honrar aquilo que são os compromissos internacionais» mas não quer «Acrescentar mais compromissos e mais sacrifícios além daqueles que estavam escritos no memorando da tróica». O PS será uma oposição, nessa perspectiva, «Bastante exigente e determinada porque queremos, acima de tudo, defender os interesses do país e dos portugueses». A líder socialista de Odivelas e presidente da câmara considera que a participação de militantes socialistas do concelho nos órgãos nacionais também terá reflexos positivos para o concelho e os seus munícipes. «Quanto mais representantes tivermos na Comissão Nacional e no Secretariado Nacional mais fácil será dar visibilidade ao concelho de Odivelas, sensibilizar os deputados, de todos os partidos, mas do PS em particular, para aquilo que são as questões que me preocupam neste momento, os cuidados continuados, e aquilo que pode acontecer a todo o momento que é, no fundo, colocar em crise é uma das jóias da coroa da saúde. Lembraremos ao PSD e ao CDS/PP, e neste caso à deputada do CDS que foi a mãe dos cuidados continuados, e é bom que a mãe não renegue o seu filho». Susana Amador enviou já uma carta a todos os líderes partidários lembrando «Estas necessidades de Odivelas, os cuidados continuados e os Centro de Saúde». É também preocupação da edil de Odivelas «Tudo aquilo que tenha a ver com a

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Administração Interna e o Governo Civil, como os terrenos da Pontinha e a Esquadra da PSP». Por isso «Tudo aquilo que são obras estratégicas para este concelho serão relembradas porque os compromissos são para honrar e estamos a falar de áreas que são vitais e não vejo área mais vital ou mais importante que a área da saúde e quero acreditar que a nossa presença nos órgãos nacionais do Partido poderá ser uma forma de reforçar essas necessidades prementes para o concelho de Odivelas e que teremos mais força para reivindicar tudo aquilo que queremos que a população possa vir a ter e que tem expectativas em ter». Susana Amador acredita que a presença dos representantes de Odivelas nos órgãos nacionais do PS «Será também uma mola para que essas coisas possam acontecer e para que haja mais pressão. Obviamente que como Secretária Nacional o meu objectivo é olhar para o país e olhar para o todo e é isso que farei, com essa visão estratégica de coesão nacional e de justiça social para todo o país». No entanto, na Comissão Nacional e na Comissão Política «Temos possibilidade de olhar também, em particular, para um dos maiores concelhos do país, em número de habitantes, que é o concelho de Odivelas». Susana Amador reforçou a convicção que «Esta força acrescida de Odivelas nos órgãos nacionais do PS só será benéfica para o concelho de Odivelas». Mulher, mãe, presidente de câmara, às voltas como uma tese de Doutoramento e Secretária Nacional Adjunta: Susana Amador vai conseguir dormir foi a última questão que colocámos. «Eu julgo que sim… Eu disse ao Secretário-geral quando me convidou que eu não teria toda a disponibilidade que ele necessitaria porque a prioridade será sempre a Câmara Municipal de Odivelas e, do ponto de vista académico, concluir a tese. Terminei a componente lectiva e agora não posso prejudicar este ano e faço

questão de em Setembro ter a tese preparada. Expliquei-lhe que estas eram as prioridades e mais a parte da família, obviamente. O Secretário-geral disse era uma forma muito honesta de colocar a questão mas que sabia que no pouco tempo que tivesse seria um tempo de qualidade para o partido e é isso que terei de fazer, sendo que terei muitos braços e muitas pessoas a ajudar-me seja no executivo municipal seja a outros níveis, não trabalho sozinha, trabalho em equipa». Susana Amador fez questão de «Agradecer aos militantes do Partido Socialista de Odivelas, a todos os coordenadores de secção, sem excepção, e todos aqueles e aquelas que acreditaram em

mim e que disseram que este lugar era possível e que esta ascensão era possível. Não posso deixar de enviar um grande abraço solidário porque ninguém consegue nada sozinho e por isso um abraço muito muito especial a todos os militantes e a todas as militantes e aos coordenadores que me ajudaram a chegar até aqui, que nunca me viraram as costas e sempre confiaram no meu trabalho e por isso este cargo não é meu é de todos aqueles que acreditaram que o se PS Odivelas estiver unido, se estiver forte e coeso como esteve neste acto eleitoral, pode conseguir ir mais longe. Por isso a todos os militantes e amigos o meu muito obrigado».

Matiné Dançante na Pontinha A Junta de Freguesia da Pontinha vai promover mais uma matiné dançante com entrada gratuita. O evento terá lugar no dia 30 de Setembro, das 14h00 às 16h00 no salão nobre da autarquia pontinhense e será animado musicalmente por Vitinha, do agrupamento musical Ipanema.

Susana Amador Em termos académicos é Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, Pós-graduada em Estudos Europeus pela Universidade Católica, Especializada em Direito de Asilo pelo European Council on Refugees and Exiles (ECRE) na Universidade de Oxford e actualmente está a acabar o Mestrado em Justiça e Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Em termos profissionais foi Advogada, Consultora Jurídica das Nações Unidas (ACNUR) e do Conselho Português para os Refugiados (CRP), Formadora em Direitos Humanas e Direito de Asilo em ONG’s Europeias, Docente nessas áreas na Universidade Coimbra e na Ordem dos Advogados e Assessora Jurídica da Bancada Parlamentar do PS na Assembleia da República, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. Em termos políticos foi a primeira presidente da Assembleia Municipal de Odivelas, a primeira presidente das Mulheres Socialistas da FAUL, deputada na X Legislatura, presidente da Concelhia do PS de Odivelas desde 2005, membro da Comissão Política Nacional do PS com o Secretário-geral José Sócrates desde 2006 e com António José Seguro tornou-se Secretária Nacional Adjunta. É a presidente da Câmara Municipal de Odivelas desde 2005.

Festa de Teatro Amador da Malaposta De 28 de Setembro a 23 de Outubro a Malaposta apresenta a 6ª edição da Festa do Teatro Amador com apresentações de Quarta a Sexta-feira às 21h30, aos Sábados às 16h00 e 21h30 e aos Domingos às 16h00. As representações serão no auditório e sala café teatro e os preços únicos serão de 2,50 e 5 euros conforme as peças. Na página 2, Entre Tanto, pode acompanhar os dias das representações e as respectivas peças.

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QUOTIDIANOS PODER LOCAL PATRIMÓNIO

DIRECTAS

«Afinal o Mosteiro de Odivelas não vai abrir» Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt

A situação do Mosteiro de Odivelas e da sua abertura ao público aos fins-de-semana e feriados continua na ordem do dia com intervenções na reunião de câmara e tomas de posições públicas quer da autarquia quer de pessoas ou movimentos. A mais recente chegou ao Nova Odivelas na forma de um comunicado do Grupo Pensar Odivelas, responsável pela petição, com mais de seis mil assinaturas que levou o assunto à Assembleia da República. o comunicado considera-se que a causa de abertura do mosteiro se tornou um «Desígnio Municipal porque muitas das mais de 1000 pessoas que a subscreveram pela internet são Odivelenses e a quase totalidade das restantes assinaturas foram recolhidas, nas ruas do Concelho». Esta Petição foi entregue na Assembleia da República no passado dia 1 de Abril de 2011, subiu à Comissão de Cultura, Ciências e Educação que, «De-

Fotografia: Malaposta

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Associção KPOPT Decorreu no passado dia 10 de Setembro de 2011, uma iniciativa para divulgação da língua, cultura e escrita coreana, promovida pela Associação Kpopt, com o apoio da Junta de Freguesia de Odivelas. Esta iniciativa ficou marcada por uma palestra e um workshop acerca da língua e escrita coreana e uma exposição de fotografias e instrumentos musicais tradicionais da Coreia. No evento estiveram presentes o presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, Vítor Machado, o vogal Substituto do presidente, Pedro Martins, a 1ª secretária da Embaixada da República da Coreia, Sura Kim, em representação do embaixador, a tradutora, Claudia Lee, a presidente da Associação Kpopt, Tatiana Azenha e o Pastor da Igreja Coreana, Byung Ho Kong.

pois de ouvir os quatro primeiros subscritores no passado dia 23 de Agosto, emitiu um relatório que a considera de enorme pertinência e importância para a Cidade e para o Concelho». Esta Petição irá ser brevemente discutida em plenário da Assembleia da República, e os seus subscritores esperam «Voto favorável de uma recomendação ao Governo no sentido de se cumprir a vontade legítima dos odivelenses». Enquanto este processo se desenrola, a Câmara Municipal de Odivelas negociou um protocolo para ser assinado nas comemorações do aniversário do Rei D. Dinis que prevê apenas a realização de visitas guiadas em dois Domingos por mês, entre as 15 e as 17 horas, e com a necessidade de marcação prévia. O acordo determina, ainda, que as visitas só podem ser feitas por grupos de 25 pessoas o que antevê o máximo de 50 visitas em cada um dos Domingos. Comentando as notícias vinda a público sobre este acordo, a que o Nova Odivelas teve acesso, o Grupo Pensar Odivelas afirma que este documento «Não acrescenta nada, a não ser em contrapartidas, ao protocolo assinado em 2001 e que vi-

gorou até 2009». Para os autores do comunicado «Este acordo não prevê uma efectiva abertura do Mosteiro, apenas permite a realização de visitas previamente marcadas», sublinhando que «O estabelecido neste acordo apenas permitirá 100 visitantes por mês, que representam 1.200 por ano, ou seja, para que os cerca de 150.000 odivelenses visitem o Mosteiro serão precisos mais de 100 anos». No comunicado o Pensar Odivelas afirma que «Se revela desastrosa a decisão da Câmara em fazer um percurso paralelo, sem que tivesse coordenado com este movimento de cidadãos subscritores da Petição Pública» e acusa o município de «Uma inabilidade total» ao omitir à Comissão Parlamentar o conteúdo desde acordo «E as eventuais dificuldades que encontrou para cumprir este desígnio». O comunicado acusa ainda a câmara de ter mostrado «Uma total inépcia negocial» ao não ter suspendido as negociações «Porventura com a ânsia de protagonismo nas comemorações do aniversário do Rei D. Dinis, aguardando pela conclusão de todo o processo em sede de Assem-

bleia da República». O Grupo Pensar Odivelas considera que ao agir desta forma «A Câmara Municipal de Odivelas contrariou claramente a vontade da população de Odivelas e também revela uma deficiente gestão dos dinheiros públicos ao negociar algumas contrapartidas sem custos estimados como o da recuperação do túmulo de D. Dinis, uma obra que não tem projecto nem cabe ao Município a autoridade de realizar uma intervenção deste nível, aliás de grande complexidade». A concluir o comunicado o Pensar Odivelas promete não desistir desta batalha e continuar «A fazer todas as diligências no sentido de conseguirmos cumprir esta legítima vontade dos Odivelenses».

Fotografia: Arquivo NO

Veias, colectiva de artes plásticas Mais uma vez o Foyer do Centro Cultural Malaposta vai receber obras produzidas pelos trabalhadores da Municipália, empresa municipal de Odivelas que gere a Malaposta e a Piscina de Odivelas. Já na sua 6ª edição a Veias é uma exposição colectiva de artes plásticas onde se podem encontrar pintura, escultura, desenho, instalação e até artesanato. A inauguração será a 28 de Setembro e a exposição poderá ser vista até 16 de Outubro, de Segunda a Sábado das 11h00 às 23h00 e aos Domingos das 14h00 às 19h00.

PODER LOCAL SOLIDARIEDADE

PODER LOCAL POLÍTICA

BE comenta condições de saúde CMO e APFN assinaram protocolo m nota de imprensa enviada ao Nova Odivelas a Comissão Concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda comenta a situação da saúde no concelho a propósito da comemoração do dia do Serviço Nacional de saúde que se assinalou a 15 de Setembro. O BE comenta que nesse dia «Ficámos a saber que os Cuidados Continuados do Centro de Saúde de Odivelas estarão em risco de perder vários dos seus profissionais». O BE lembra que «No concelho de Odivelas uma parte importante da população não tem direito a médico de família» e que «O Partido Socialista de Odivelas, em plena campanha elei-

Fotografia: JFO

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toral, prometia a construção dos novos centros de saúde até ao final deste ano». Como «Estando a pouco mais de dois meses do prazo prometido, os novos Centros de Saúde ainda não estão construídos» o Bloco de Esquerda considera que «A preocupação com os utentes de Odivelas, expressa pela Câmara Municipal de Odivelas em comunicado, vai contra a sua própria prática política». A nota termina com o Bloco de Esquerda a reforçar «A sua solidariedade para com os profissionais e utentes das unidades de saúde do concelho de Odivelas. Temos a convicção de que não há democracia sem a universalidade do acesso à saúde pública.» e a prometer aos cidadãos e as cidadãs de Odivelas que «Podem contar connosco para esse combate».

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m cerimónia realizada esta Quinta-feira nos Paços do Concelho, a Câmara Municipal de Odivelas (CMO) e a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) assinaram, um Protocolo de Colaboração que perspectiva a criação de mecanismos e medidas de apoio a famílias numerosas, por parte das duas instituições. Para a CMO «Consubstanciando o projecto Odivelas, Autarquia Familiarmente Responsável, este Protocolo permite aos funcionários do Município e aos munícipes que integrem famílias numerosas, o acesso aos bens materiais, morais e culturais indispensáveis a um desenvolvimento equilibrado». Nos termos desde documento compete à CMO assegurar o apoio técnico e logístico necessário à concretização de iniciativas desenvolvidas pela APFN no Concelho de Odivelas, bem como colaborar na implementação de parcerias activas com

entidades públicas e privadas que visem a atribuição de benefícios às famílias numerosas. Por seu lado, a APFN garante, com a assinatura deste Protocolo de Colaboração, realizar sessões de esclarecimento junto de técnicos do município de Odivelas, cuja área de trabalho envolva famílias numerosas, designadamente os funcionários do Departamento de Habitação e Saúde, do Gabinete de Inovação e Coesão Social ou de outros. A Câmara Municipal de Odivelas pretende com este Protocolo de Colaboração, «Promover o desenvolvimento social do concelho, através do reforço da acção municipal em matéria de apoio às famílias numerosas e socialmente desfavorecidas. Por um lado, visase a conciliação de vida familiar e laboral e, por outro, o combate ao crescente envelhecimento populacional, reforçando a coesão demográfica do concelho e a sua sustentabilidade socioeconómica».


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QUOTIDIANOS PODER LOCAL EDUCAÇÃO

Fotografia: JFO

Colocação de Pilaretes A Junta de Freguesia de Odivelas, através do sector de Obras, procedeu à colocação de pilaretes na Rua da Memória, junto ao nº 2, permitindo assim o acesso a deficientes.

Construção de acesso pedonal A Junta de Freguesia de Odivelas, através do sector de Obras, procedeu à construção da rampa de acesso pedonal para deficientes da Rua Álvaro de Campos para a Rua Alves Redol. Romaria a Nossa Senhora dos Prazeres A Junta de Freguesia da Pontinha, em parceria com as Comunidades de São José e Santa Maria, realizou a 11 de Setembro, a tradicional Romaria em Honra de Nossa Senhora dos Prazeres, na Paiã. A procissão iniciouse na Capela da Quinta do Pinheiro, seguiu pelo Casal da Serra em direcção ao Nicho no Casal do Outeiro, onde foi realizada uma missa campal. Esta data também assinalou a Comemoração do 60º Aniversário de Sacerdócio do Padre Faria, com uma homenagem da Junta de Freguesia da Pontinha, da Câmara Municipal e Comunidades católicas da Freguesia. Nesta iniciativa estiveram presentes Corália Rodrigues, em representação da presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Susana Amador; Eugénio Marques, substituto legal do presidente da Junta de Freguesia da Pontinha, José Guerreiro e em sua representação; os vogais da JFP Rui Teixeira e Maria Gracinda Leite, e o presidente da Assembleia da Freguesia da Pontinha, Marco Pina. Após a missa realizou-se o almoço na Escola Profissional Agrícola D. Dinis da Paiã com muita animação e convívio.

Crianças com manuais escolares e refeições na escola Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt

A Câmara Municipal de Odivelas, neste início de Ano Lectivo, voltou a oferecer manuais e fichas escolares aos alunos do 1º ciclo do ensino básico continuando também o fornecimento de pequeno-almoço, almoço e lanche a todos os alunos do ensino básico do concelho de Odivelas. a Segunda e Terça-feira a presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Susana Amador, visitou três escolas onde entregou os manuais escolares a uma turma do 1º ano de cada escola, para assinalar assim, de forma simbólica, esta iniciativa municipal. Os restantes alunos receberão os manuais através das suas professoras. Na EB1 do Vale Grande, freguesia da Pontinha, Susana Amador foi acompanhada pela vereadora da Educação, Fernanda Franchi, por Rui Teixeira, em representação da vereadora Sandra Pereira e por Ana Portela, vogal da Junta de Freguesia da Pontinha. Na EB1 Maria Lamas, na freguesia de Odivelas, a edil foi acompanhada pela vereadora Fernanda Franchi e por Vítor Machado, presidente da Junta de Freguesia de Odivelas. Na entrega à EB1 do Olival Basto a presidente da câmara foi acompanhada pela vereadora Fernanda Franchi, não estando presente nenhum representante da junta de freguesia.

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300 mil euros em manuais escolares Neste ano lectivo de 2011/2012, serão entregues perto de 17 mil manuais, de Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio, aos mais de 6.200, divididos pelas 30 escolas existentes num investimento municipal de 300 mil euros. Os alunos do 1º ano, cerca de mil, receberão também uma mochila oferta da CMO com o apoio de algumas empresas que este ano foi inferior a anos anteriores e a comparticipação da autarquia foi de cerca de 6 mil euros. Em entrevista para o programa Odivelas Dia a Dia da NO TV,

Susana Amador falou desta iniciativa municipal e também da decisão do município de continuar a fornecer três diárias aos alunos do 1º ciclo do ensino básico. Deixamos aqui excertos dessa entrevista. Odivelas é o 5º concelho com menor poder de compra no distrito de Lisboa Todos os alunos receberão manuais escolares, por isso colocámos a questão se a CMO não estaria a ajudar quem não precisa. «Neste momento toda a gente precisa. Se olharmos para os 18 municípios do distrito de Lisboa, Odivelas é o 5º com menor poder de compra o que significa que as famílias de Odivelas estão com dificuldades e problemas também económicos. Quem frequenta a escola pública hoje é a classe média, média baixa e franjas de pobreza e de extrema pobreza e portanto não me parece que estejamos a ajudar pessoas que não precisem. Diria que 90% dos alunos precisam efectivamente e não quisemos criar, nestes primeiros anos, nenhuma discriminação. Se verificarmos nos próximos anos que o esforço da câmara começa a ser insustentável então teremos de fazer a avaliação dos rendimentos dos pais e fazer alguma diferenciação. Por enquanto entendemos que conseguimos fazer esse esforço e por isso não fazer distinção. É o nosso apoio e estímulo a todas as famílias do concelho para o sucesso escolar dos seus filhos e para a integração plena das crianças». Para Susana Amador «A educação e o conhecimento são as traves mestras de uma sociedade mais igual e é aqui que se joga tudo na igualdade de oportunidades. Disse isto em 2005 e continuo a dizer em 2011. Com jovens sem sucesso, que abandonem a escola ou não sejam qualificados o país não tem futuro e no caso do concelho de Odivelas queremos muito ter uma sociedade mais coesa e essa coesão só existe se nós apoiarmos muito o conhecimento e a cultura, áreas onde em tempos de crise se fazem logo cortes drásticos. Nós achamos que uma criança, desde os dois, três anos, dever poder ter acesso ao teatro, ballet ou música e que isso não fique só para as

crianças de classes mais elevadas». A edil recordou os seus tempos de escola onde «Sempre quis fazer dança e não podia porque os meus pais não tinham condições. Acho que essa sociedade desigual não pode existir, ou pelo menos eu não quero que em Odivelas exista de forma muito expressa». Por isso, a Câmara de Odivelas, segundo a sua presidente, mesmo em tempo de dificuldades financeiras mantém como prioridades o investimento nestas áreas. Foi feito algum desinvestimento em grandes obras, como as que foram feitas em mandatos anteriores. «Não estamos a fazer grandes obras mas vamos fazer mais obras de proximidade no espaço público. Para o ano vamos investir em asfaltamentos e nas vias públicas». Três refeições diárias para 6.200 alunos Todas as 6.200 crianças do 1º ciclo do ensino básico vão ter nas suas escolas, em dias de aula, três refeições diárias num investimento municipal que ronda os 2,5 milhões de euros. As crianças foram divididas em três escalões, sendo que no primeiro escalão não haverá comparticipação dos pais, no segundo a comparticipação será de 1,83€ e no terceiro os pais pagarão 1,66€, correspondentes a 1,46€ para o almoço, 0,10€ para o pequeno-almoço e 0,10 para o lanche. As escolas avaliarão o rendimento dos pais

e estabelecerão os escalões. Para Susana Amador este esforço do município é vital. «Não há sucesso, não há aprendizagem, não há projecto cognitivo por muito bom que seja, que possa ser recebido por uma criança se lhe faltar o direito básico que é a alimentação. Verificámos ao longo dos anos que havia muitas crianças que chegavam á escola sem pequeno-almoço e sem jantar do dia anterior. Isso a meu ver é um crime. Não podemos querer que as crianças tenham sucesso quando em casa não têm princípios básicos de alimentação porque os pais não podem, ou por negligência». Nos meses de férias de escola como se resolve o problema da alimentação dessas crianças, foi outra questão colocada à presidente da câmara. «Os Jardinsde-infância continuam abertos no período de férias escolares e aí não haverá problemas. Em relação ás outras situações temos vindo a avaliar mas não é de fácil resolução por causa das férias do pessoal auxiliar e porque tem uma logística muito complicada. Mas se verificarmos que a situação se agudizou ainda mais e se houver necessidade forneceremos as refeições nem que seja só numa escola por freguesia ou por agrupamento. A situação está em cima da mesa para avaliar». Susana Amador pensa que haverá cerca de 1.200 crianças com essas necessidades e que estão identificadas como extremamente carenciadas.

Fotografias: CMO

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QUOTIDIANOS PODER LOCAL SOCIEDADE

Vandalismo na noite da cidade Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt

Na madrugada de 19 de Setembro registou-se mais um acto de vandalismo dos muitos que nos últimos tempos se têm verificado no concelho e na freguesia de Odivelas. Um ecoponto da Rua de Nampula, junto ao parque Maria Lamas foi parcialmente destruído pelo fogo, dois dos três contentores, tendo estado em risco uma moto de grande cilindrada estacionada no local que só foi poupada pela pronta intervenção dos Bombeiros Voluntários de Odivelas. uando a reportagem do Nova Odivelas chegou ao local, a meio da manhã, encontrámos vários moradores revoltados com a situação que nos foram dando pormenores do ocorrido e da situação de algum desconforto que se vive naquela recanto que é a rua de Nampula, paredes meias com o Parque Maria Lamas, que alguns jovens aproveitam para estar a altas horas da noite. No local encontrámos também Vítor Machado, presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, a quem pedimos um comentário sobre mais um acto de vandalismo na sua cidade. Para o autarca «Aquilo que está a acontecer é extremamente inaceitável». Para além deste acto outros têm acontecido na freguesia de Odivelas, não só

Fotografias: Henrique Ribeiro

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com os contentores, ecopontos e papeleiras incendiadas mas também com a destruição de outros equipamentos nos jardins e fontes, por exemplo. Vítor Machado disse-nos que tem pedido às forças de segurança para haver mais policiamento nas ruas da freguesia. Segundo Vítor Machado foram feitas diligências junto dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Loures para a substituição dos contentores ardidos e durante a tarde daquele dia iria ser feita a limpeza do local pelo pessoal da junta. «Esta situação é vergonhosa e lamentável e eu como presidente de junta fico triste com estas situações». O autarca considera que «Cada cidadão tem obrigação de zelar por aquilo que está na sua rua, no seu bairro, na sua freguesia e concelho. Eu acho que as pessoas devem denunciar estas situações às forças policiais, sem terem medo. Se todos os cidadãos ajudarem a ultrapassar estes problemas graves com certeza que a freguesia ficará mais limpa, mais cuidada e com mais segurança. É um problema de cidadania. Compete a cada cidadão e a cada freguês zelar por aquilo que é seu». O presidente da Junta de Freguesia de Odivelas também considera que a inércia dos SMAS também tem contribuído para que Odivelas seja uma cidade menos limpa. «Lamento profundamente aquilo que tem vindo a acontecer há largos meses. Os SMAS de Loures não têm correspondido às nossas solicitações de despejo regular dos contentores de resíduos sólidos urbanos, de recolha dos monos, que ultimamente não tem sido feita. Passam-se meses sem que os monos sejam recolhidos, estando a freguesia completamente entupida com eles». Esta ausência de recolha levou mesmo a que a junta de Odivelas esteja, desde a passada semana, a fazer uma recolhas de monos, nas madrugadas de Segunda-feira, que depois entrega nos SMAS. «A freguesia de Odivelas está suja e não tem sido olhada com

olhos de ver por parte dos SMAS. As pessoas pagam os seus impostos e contribuições e têm todo o direito a ter o seu bairro limpo», desabafou o autarca. «Nós fazemos o nosso trabalho. Tem sido feito um trabalho extraordinário pelos funcionários da limpeza urbana da junta». A junta tem estabelecido contactos com os SMAS. «Dizem que vão tratar, que vão ajudar, que vão colaborar mas até agora ainda não fizeram nada. Isto não pode continuar. Os SMAS têm de uma vez por todas olhar para as freguesias do concelho de Odivelas. Se não têm condições que as criem, que façam qualquer coisa para resolver de vez este problema». Na freguesia de Odivelas «Aquilo que pudemos verificar em todas as ruas é uma deficiente recolha do lixo. Há tempos até fiz uma reclamação aos SMAS porque há viaturas que só despejam alguns contentores e deixam os outros cheios de lixo. Não tive resposta até agora». Vítor Machado revelou que «Há um grande descontentamento por parte do executivo da Junta de Freguesia de Odivelas em relação aos SMAS que não têm dado resposta cabal às nossas solicitações». Arlindo Costa tem 67 anos mora há muitos em Odivelas e foi um dos moradores que falou à nossa reportagem, dando a cara e permitindo a

publicação das suas declarações com identificação do autor. «A mim pessoalmente nunca ninguém me fez mal mas a verdade é que a maior parte das pessoas que vivem nesta zona estão na minha faixa etária e sente-se um clima de alguma insegurança. Há grupos que se juntam aqui á noite, fazem barulho até às duas e três horas da madrugada». Arlindo Costa atribuí essas situações e o sentimento de insegurança à falta de visibilidade das forças policiais. «Sinto de Odivelas, no seu todo, não tem o policiamento que devia ter embora isso não justifique estes actos de vandalismo que são revoltantes». O morador também comentou

a «Situação de abandono por parte dos SMAS» E alguma falta de civismo das pessoas. «Ainda ontem à tarde os contentores que arderam estavam cheios e à sua volta estava uma lixeira autêntica. Isto também tem a ver connosco. As pessoas chegam ali, o contentor está cheio e vai de por no chão os resíduos que trazem». Arlindo Costa disse ainda que há mais de 15 dias que há na rua duas rupturas das condutas com a água a sair do chão e que o SMAS ainda nada fizeram para resolver o problemas deste desperdício de água que é um bem escasso. «Sinto que esta canto é abandonado» desabafou.


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Kalunga

Dualidades

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Pré publicação semanal da novela de João Carvalho

Odivelas Open - A política é como uma partida de ténis: é importante saber “servir” º SERVIÇO – O governo anunciou que vai propor, quer alterações à Lei Eleitoral Autárquica, no sentido de consagrar um novo método de eleição, redução de vereadores e reforço da fiscalização pelas assembleias municipais, quer nova legislação que permita colocar limites ao número de dirigentes superiores e intermédios nas autarquias. Tudo isto virá, talvez, em conjunto com a reforma do sector empresarial local e do mapa autárquico actual. Embora não ignoremos que a necessidade de diminuição urgente de encargos do Estado é o motivo principal que despoletou estas iniciativas, louve-se o facto de, finalmente, se avançar para terrenos onde já houve várias tentativas, sempre votadas ao fracasso, ou ao adiamento sine die, de mexer com alguns sacrossantos interesses instalados nas autarquias. Mas, é preciso também dizê-lo, que só as reformas não bastam, porque as deste tipo normalmente utilizam a régua, o esquadro e a tesoura e estes instrumentos não mexem com o principal, que é a moralização dos costumes na vivência autárquica. E estes não são percutidos pelo cinzel de uma lei ou pelo camartelo de um regulamento. Residem no íntimo das pessoas, na sua formação moral, nos valores por que se regem e na ética que impõem na sua conduta, nomeadamente quando enveredam pela política. E aqui entra o espírito de serviço. Servir o interesse público é ter a noção que ser presidente de uma autarquia, ou vereador, não é sinónimo de ser mecenas dos seus amigos ou correligionários políticos, distribuindo cargos de direcção ou de divisão municipal, não consoante as necessidades do serviço que tem de ser prestado, ou do que uma gestão competente necessita e da adequação dos visados aos cargos, isto é, da sua competência, mas consoante a necessidade de atender à complexa rede dos seus apoiantes políticos, procurando não deixar ninguém de fora. Em quantas autarquias não nos interrogamos para que servem determinadas estruturas municipais, senão para lá colocar os desempregados políticos de determinados partidos? E, quando já não se podem inventar mais cargos de estrutura, vem a escapatória das assessorias e das avenças, um poço sem fundo. E se as leis podem diminuir as hipóteses destas situações ocorrerem, isso não basta, é preciso encontrar um dispositivo fiscalizador independente – não as duvidosas classificações de serviço – que meça a utilidade e eficiência de quantos pululam nos corredores dos edifícios camarários, o que fazem, que produtividade apresentam ao longo do mês, como justificam o que nós lhes pagamos. E que responsabilize por isso, não só os próprios, mas também quem os “empregou”. O mesmo, aliás, com os vereadores. Quem pegar no mapa de distribuição de pelouros de muitas autarquias verificará, sem surpresa, evidentemente, que existem, por esse país fora, vereadores a tempo inteiro com “pelouros” atribuídos que não passam de

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João Carvalho

tarefas perfeitamente insignificantes. Tudo para atender a clientelismos ou a acordos político-partidários. Existe alguma lei, regulamento ou fiscalização que possa intervir aqui? Duvido porque tem tudo a ver com moralização, com “servir”. Mas se for possível meter alguma regra neste péssimo quadro, vamos a isto que se faz tarde. E podemos começar por Odivelas. 2º SERVIÇO – Quero também referir-me a outro aspecto do “servir” em autarquias e que diz respeito aos louros ou reivindicações acerca das actividades desenvolvidas. Aquilo que se pensa, em voz alta, ou intenta, com iniciativas, em prol da população de um município, deve ser feito também com espírito de serviço e não com espírito de coisa patenteada, tipo, “fui eu que fui da ideia, ninguém pode copiar ou fazer sem meu conhecimento ou autorização”. Quem assim procede não o está a fazer com intenção de servir mas com intenção de se servir de algo meritório para seu comprazimento, honorabilidade ou protagonismo, pessoais. Seja ele a promoção de uma especialidade gastronómica, o apoio ao comércio local, ou a abertura ao público de um monumento. Não é uma atitude saudável, não é espírito de serviço. Demos o nosso contributo, em primeiro, segundo ou terceiro lugar, pouco importa, e depois existe alguma concretização, mesmo que pequena, conseguida com a intervenção de outros? Tanto melhor. Fez-se, é o que interessa, e se pouco foi conseguido, continua-se para melhor, em conjugação de esforços. Todos sabem que me bato, de há muito, por várias coisas, em Odivelas, entre elas pela existência de corredores nas estradas e ruas do município, que sirvam para ciclistas e treino de praticantes de atletismo, que os há muitos. No dia em que essas benditas vias virem a luz, ninguém me vai ver dizer ou escrever que “copiaram a minha ideia, sem me consultarem, sem me convidarem, etc.”. Nada disso. Meto-me nelas, usufrua-as e chega-me. Como ninguém me pode apontar qualquer observação ou vanglória, quando ocorreu a reconstrução da Escola Gonçalves Crespo, na Pontinha, processo em que estiveram envolvidas diversas entidades locais e que teve o seu início com iniciativas em que participei e coordenei enquanto autarca na Assembleia Municipal de Odivelas. Servir é também satisfazer-se com o trabalho de outros, para bem da comunidade, sem ciúmes, despeitos ou invejas. E que, em Odivelas, como no ténis, haja muitos “Ases” a servir. João Carvalho Jurista jrlcarvalho@sapo.pt

A comunidade da Missão do Dundo acolheu especialmente crianças e mulheres. Benilele organizava as actividades agrícolas, mas não só dentro da Missão. Incentivou as mulheres da região a manterem a cultura das lavras nas suas aldeias. Sempre que a situação militar acalmava, organizava grupos delas, com o maior número possível de elementos, que iam trabalhar as lavras. Levavam uma identificação, tipo “GRUPO DE TRABALHO DA MISSÃO”. Mesmo que o seu trabalho sofresse percalços, tudo o que se pudesse aproveitar das culturas era bem-vindo. Os percalços eram, de facto, muitos e de vária ordem. Desde conflitos com soldados dos movimentos, que não queriam deixá-las circular, com os mais variados pretextos, até ao assalto e danificação das culturas. Mas padre Salustiano, primeiro através das FAP e depois através dos dirigentes e comandantes dos movimentos, lá ia procurando moralizar os comportamentos e incutir que, pelo menos, quem se mostrasse ligado à Missão deveria ser deixado à margem dos conflitos. Enquanto as mulheres iam, a Missão tomava-lhes conta dos filhos. Benilele distribuía as crianças por grupos, cada qual entregue a um membro mais velho da Missão, e procurava mantê-los ocupados o dia todo. A Missão também dispunha de estábulos, onde tinha gado caprino, essencialmente para fornecimento de leite. Os refugiados tinham também trazido algum gado, principal alvo da rapina e dos saques. A lotação dos estábulos ficou no máximo, mas também havia mais leite, principal componente da alimentação das crianças. O problema era a obtenção de forragem para alimentação do gado. Com a insegurança que havia, não se podia levá-lo para os pastos, de modo que Benilele industriara aqueles que saíam, nomeadamente as mulheres, a regressarem sempre com o máximo de molhos de erva que pudessem.

III Dundo, 18 de Outubro de 1975 «Meu querido Luís: Já não sei se escrevo para responder às tuas cartas, se ao meu coração. Porque aquilo que me leva a escrever-te é mais o pedido, muito forte, do coração, do que o que me dizem as tuas cartas. As tuas cartas falam-me de vida, de encontros futuros, de grandes coisas para fazer juntos. E isso dá-me uma grande paz interior. O pior é o coração. O coração não se satisfaz com essas coisas bonitas. Quer mais. Quer-te a ti. Aprendi, durante estes últimos meses, a gostar de muita gente e acho que muita gente gosta de mim. Dão-me muito alento e muito calor. Mas não no coração. O meu coração só aquece quando penso em ti. Pensa como vai escaldar quando estiver, de novo, nos teus braços. Beijos da tua Benilele». IV Benilele levantou o dedo, convictamente. Depois da independência, senhor absoluto da situação, na Lunda, o MPLA começara a organizar as estruturas de poder e a doutrinar a população. Sabia que, sem a adesão do povo, tudo seria mais difícil. Mas havia uma grande falta de quadros, de líderes, enfim, de políticos. Dispunha de militares, de comandantes, mas estes tinham, basicamente, formação militar e agora, nos sítios onde a guerra tinha acabado, as necessidades eram outras. Era preciso recompor administrativamente o território, assegurar os serviços essenciais, organizar a polícia e reconstruir o que tinha sido destruído. Tudo isso exigia pessoal que, mais do que empunhar uma arma ou fazer um discurso aos soldados, soubesse avaliar os recursos das populações, as infra-estruturas, as suas necessidades básicas e depois reportar e obter o que fosse preciso, estabelecendo prioridades. O partido organizava frequentes sessões de esclarecimento para motivar o povo, mas também para recrutar militantes, esperando que alguns viessem a ser futuros quadros. Padre Salustiano e irmã Gertrudes não participavam em sessões partidárias, além do mais porque eram portugueses e não tencionavam pedir a nacionalidade angolana.


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ACTUALIDADE SAÚDE

Futuro dos serviços de saúde preocupa instituições dores de serviços no final do mês de Outubro, deixando a ECCI com apenas metade dos seus profissionais de Saúde. Esta é uma situação grave e completamente insustentável, uma vez que a actual equipa de 8 elementos já é insuficiente para a prestação dos cuidados aos mais de 180 utentes que actualmente integram a rede de cuidados continuados e paliativos. Este facto fica suficientemente evidente quando os 4 enfermeiros (3 do quadro e mais 1 contratado), para assegurarem minimamente o serviço, são obrigados a fazer horas extraordinárias (que neste momento já atingiram o máximo anual permitido), uma vez que a equipa total (8 enfermeiros) é insuficiente. Caso se venha a verificar este “despedimento”, tal facto porá completamente em causa o funcionamento da ECCI, ou mesmo poderá provocar o seu encerramento, deixando sem nenhum apoio os utentes do Concelho».

Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt

O primeiro indício de que algo estaria para acontecer nos serviços de saúde do concelho de Odivelas chegou no dia 13 de Setembro através de correio electrónico às redacções dos órgãos de comunicação social local, aos gabinetes dos vereadores e à presidência da Câmara Municipal de Odivelas e falava da sobrevivência da Equipa de Cuidados Continuados Integrados de Odivelas (ECCI). No dia 19 um comunicado do sindicato dos enfermeiros vem reforçar as preocupações falando na dispensa de 22 enfermeiros no Agrupamento dos Centros de Saúde de Odivelas. assunto da Equipa de Cuidados Continuados de Saúde levantado no correio electrónico chegou à reunião de câmara de 13 de Setembro levantado pela vereadora da Saúde Sandra Pereira que aludiu ao seu conteúdo afirmando que não tinha conhecimento das alterações que eram referidas.

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O conteúdo dessa carta electrónica era o seguinte: «Gostaria de dar conta da grave situação que vive a ECCI Equipa de Cuidados Continuados Integrados de Odivelas, que põe em causa a sua sobrevivência. Esta é uma equipa que há longos anos tem prestado um inestimável apoio à comunidade do Concelho, em especial ao nível dos Cuidados Continuados e Paliativos e que, devido à decisão que parece vir a ser tomada pela ARS Lisboa, poderá vir a encerrar e deixar sem nenhum apoio mais de 180 utentes do Concelho. Nesta unidade trabalham 8 Enfermeiros (3 do quadro, 1 contratado e 4 como prestadores de serviços). A decisão da ARS Lisboa parece ser a de “despedir” os 4 enfermeiros presta-

Fotografias: Henrique Ribeiro/Arquivo NO

Grave situação que vive a ECCI

Câmara manifesta extrema preocupação Depois do assunto ter sido levantado na reunião o executivo municipal emitiu um comunicado sobre a situação que transcrevemos na íntegra: «O Centro de Saúde de Odivelas dispõe de uma equipa de cuidados continuados que, apesar de todos os constrangimentos e dificuldades que ao longo dos anos tem enfrentado, nomeadamente ao nível da redução de recursos humanos, logísticos e técnicos, tem vindo a desenvolver um trabalho de excelência, determinante para a sobrevivência e qualidade de vida dos utentes beneficiários deste mesmo trabalho. Ontem mesmo, fonte não oficial, fez chegar a esta Câmara Municipal informações de que a ARS pretende, já no próximo mês de Outubro, reduzir para metade os profissionais de saúde desta equipa, que já de si

é insuficiente para prestar os cuidados adequados às cerca de duas centenas de cidadãos, na sua maioria idosos, com pouco suporte familiar e vítimas de doenças crónicas. A Senhora Presidente da Câmara Municipal de Odivelas fez já chegar ao Senhor Ministro um ofício, através do qual manifesta extrema preocupação face ao comprometimento da acção da equipa de cuidados continuados de Odivelas e a sua oposição à decisão anunciado, pelo profundo impacto negativo que esta terá ao nível dos cuidados de saúde neste Concelho, em particular daqueles que são mais vulneráveis, solicitando que o Ministério da Saúde possa ainda reverter esta decisão. Esta Autarquia lamenta igualmente, não ter, até ao momento, qualquer informação oficial desta situação, pois esta sempre procurou desenvolver uma relação de proximidade e cooperação com a ARS de Lisboa, na procura das soluções

mais adequadas para resolver os todos os problemas e elevar o nível de prestação dos cuidados de saúde prestados aos Odivelenses. Exemplo disso mesmo foi o acordo que comprometeu a Câmara na cedência de terrenos, doação de projectos e compromisso de execução de obras exteriores de arranjos exteriores para o Pólo II de Odivelas, Centro de Saúde da Ramada e Centro de Saúde da Póvoa de Santo Adrião, cujas obras foram adjudicadas ainda pelo anterior Governo. Passados dois meses, ainda não temos qualquer informação oficial do ponto de situação deste processo e continuamos a aguardar resposta à audiência solicitada ao Senhor Ministro da Saúde». Sindicato fala em dispensa de 22 enfermeiros No dia 19 de Setembro mais notícias são conhecidas sobre


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ACTUALIDADE SAÚDE

este assunto e vão mais além que a Equipa dos Cuidados Continuados Integrados. Um comunicado do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) fala na dispensa de 22 enfermeiros o que a acontecer afectaria toda a prestação do Agrupamento de Centros de Saúde de Odivelas. Diz o comunicado do sindicato que «O Ministério da Saúde, seguindo a linha orientadora do memorando da Tróica, já emitiu um despacho referindo que no ano de 2012 pretende efectuar cortes de 11% nos custos operacionais das instituições de saúde integradas no sector empresarial do Estado. No entanto, estes cortes já iniciaram no distrito de Lisboa, com o despedimento de 24 enfermeiros que exerciam funções no Agrupamento de Centros de Saúde Grande Lisboa III – Lisboa Central e dezenas de postos de trabalho de enfermeiros encontram-se ameaçados já no mês de Outubro deste ano. É o caso do Agrupamento de Centros de Saúde da Grande Lisboa

V – Odivelas que tem 22 enfermeiros nesta situação». O comunicado diz ainda que «As horas de cuidados de enfermagem disponíveis nos Centros de Saúde do distrito de Lisboa há muito que são insuficientes, estimando-se que seriam necessários mais de cerca de mil enfermeiros (aplicando o rácio de 300/400 famílias recomendado pela Organização Mundial de Saúde) para prestar cuidados de saúde de qualidade à população. Os despedimentos e a consequente redução do número de horas de cuidados de enfermagem disponíveis, colocarão ainda mais dificuldades aos utentes no acesso a cuidados de saúde de qualidade, em segurança e em tempo útil, bem como o abandono de programas de promoção da saúde e prevenção da doença». O Nova Odivelas conversou com a enfermeira Isabel Barbosa, Coordenadora da Direcção Regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses que nos disse que o Mapa de Pessoal do Agrupa-

mento dos Centros de Saúde de Odivelas prevê a existência de 109 enfermeiros, sublinhando que «Este número é mantido há 12 anos, não tendo em conta o enorme aumento populacional que o concelho de Odivelas tem registado ao longo deste anos». Mas, apesar do número previsto ser hoje insuficiente a situação «É mais grave porque apenas 46 enfermeiros preenchem esse mapa». Para colmatar a carência sentida existem ainda 10 enfermeiros em acumulação de funções, 11 enfermeiros com Contrato de Trabalho em Funções Públicas com Termo e 22 enfermeiros subcontratados por uma empresa de prestação de serviços, perfazendo um total de 89. São estes 22 enfermeiros que estão sobre a alegada ameaça de dispensa de serviço. Segundo Isabel Barbosa estes profissionais receberam uma mensagem da sua empresa, através de correio electrónico, onde lhes era dito que «Devido à conjuntura económica que o país atravessa e, consequente-

mente, às diversas medidas de redução de custos do Ministério da Saúde a partir do dia 31 de Outubro de 2011 a empresa não continuará com a prestação de serviços». A dirigente sindical disse-nos ainda que esta informação esta já confirmada aos enfermeiros pela Direcção do Agrupamento. Isabel Barbosa disse-nos também que estes enfermeiros faltaram ao trabalho no dia 19 de Setembro «Como forma de protesto ao seu despedimento, antevendo já as graves consequências que poderão ter no funcionamento das diversas extensões de saúde do Concelho de Odivelas. Em risco estão a manutenção da Unidade de Cuidados Continuados, uma referência a nível nacional, o Centro de Saúde da Pontinha, bem como as extensões de Odivelas A, Olaio, Caneças e Póvoa de Santo Adrião». O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, segundo Isabel Barbosa, não aceita a dispensa destes 22 profissionais de saúde e exige mesmo a sua integração nos quadros do

Ministério da Saúde e no Mapa de Pessoal do Agrupamento dos Centros de Saúde de Odivelas. Como forma de luta por estes objectivos o sindicato convocou para 04 de Outubro, às 17h00 junto ao CATUS uma manifestação que conta já com o apoio do Movimento Mais Saúde, de Odivelas. Isabel Barbosa considera que «A saúde, como função social do Estado, é prioritária, sobretudo em épocas de crise» e por isso esta dirigente sindical apela «Ao envolvimento quer dos profissionais de saúde quer das populações na defesa do Serviço Nacional de Saúde» e à participação nesta manifestação marcada para Odivelas. «Tem havido passividade dos responsáveis autárquicos» Nos últimos anos o Movimento Mais Saúde de Odivelas (MMS) tem realizado algumas iniciativas de protesto e de sensibilização para o estado dos serviços de Saúde em Odivelas, como protestos de rua,


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concentrações, abaixo-assinados e reuniões com diversas entidades, tendo também garantido já o seu apoio ao protesto convocado para 04 de Outubro pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. O Nova Odivelas ouviu Natália Santos, dirigente deste movimento, que nos disse que o MMS vê «Com grande preocupação o futuro dos cuidados de saúde em Odivelas» face às recentes notícias. Natália Santos sublinhou que «O Movimento Mais Saúde há muito que tem alertado, denunciado e sensibilizado para a alteração desta situação, que passa pelo reforço dos médicos e enfermeiros, em especial os médicos de família, pela reintrodução das especialidades que já tivemos e deixámos de ter e pela construção de novos equipamentos de saúde». O MMS considera que estas preocupações são de toda a população «Que todos os dias vê diminuída a qualidade da prestação de cuidados de saúde em Odivelas». Natália Santos lembrou que o MMS tem vindo a promover nos últimos anos um conjunto de iniciativas e promovido vários contactos para «Reivindicar a alteração deste estado de coisas e aquilo que vamos constatando é que, ao contrário de se colmatarem as falhas, se agravam as situações existentes. O número altamente insufi-

ciente de enfermeiros não é novidade para nós. Sabemos que o número de enfermeiros é hoje inferior ao que existia há dez ou vinte anos, apesar do aumento da população e do crescimento do número de pessoas idosas». Natália Santos, tal como Isabel Barbosa, tem esperança de que não se venha a concretizar a dispensa anunciada destes 22 enfermeiros em Odivelas, mas se tal acontecer «É uma situação absolutamente escandalosa e inaceitável e que vai paralisar a prestação dos cuidados de saúde no concelho. Em termos da Equipa de Cuidados Continuados integrados a probabilidade é a morte deste trabalho que é fundamental». A dirigente do MMS afirmou que neste serviço «Tem vindo a registar-se uma degradação sucessiva» e lembrou os alertas que o movimento tem feito, nomeadamente quando a equipa deixou de trabalhar 24 horas por dia e passou a funcionar só das 08h00 às 20h00. Natália Santos disse que nessa altura até se dirigiram ao presidente da República, ao então primeiro-ministro José Sócrates, aos grupos parlamentares da Assembleia da República e órgãos autárquicos do concelho alertando para a necessidade de serem reforçados os meios desta equipa «Porque caso contrário não dariam a resposta necessária à população». O movimento «Alertou,

sensibilizou e pressionou para que a situação fosse resolvida mas infelizmente do outro lado temos tido ouvidos moucos. Tem sido uma resposta surda, de completo autismo relativamente a esta situação gravíssima que se vive em Odivelas e também de alguma passividade, para não dizer outra coisa, dos responsáveis autárquicos que se apercebem desta situação mas não têm feito a pressão que deviam junto dos organismos do governo para que o problema seja resolvido». Falando do comportamento da vereadora da Saúde da Câmara Municipal de Odivelas, Sandra Pereira, a nossa entrevistada, que já exerceu estas funções em anterior mandato municipal, considerou que «É um comportamento de grande silenciamento e apatia em relação ao que se passa e até diria de algum desconhecimento o que nos parece incompreensível por parte de um vereador da câmara municipal eleito pela população de Odivelas e que tem à sua responsabilidade as questões da Saúde. Se a vereadora domina este dossier não se nota nada». Embora a câmara não tenha competência para resolver estes problemas «Tem competência para pressionar, lutar e envidar todos os esforços para que a situação seja alterada». Natália Santos disse ainda que «A senhora vereadora pelas

competências que lhe foram delegadas tem o poder e o dever de convocar o Conselho da Comunidade, que deveria reunir duas vezes por ano e, apesar de ter tomado posse há mais de um ano ainda não reuniu uma única vez». Uma das obrigações deste conselho é reunir quando alguma coisa se altera ao nível dos cuidados de saúde em Odivelas e é também sua competência dar parecer sobre o orçamento do Agrupamento dos Centros de Saúde, o que segundo o MMS nunca fez porque nunca reuniu. O Movimento Mais Saúde de Odivelas faz parte deste conselho mas até agora só esteve no acto de tomada de posse porque não houve qualquer outra convocação ou solicitação. Natália Santos admitiu que «Atendendo àquilo que se tem feito a este nível, que é zero, o MMS está a ponderar seriamente deixar de participar numa coisa onde só participa-

mos no papel. Nós para papel de embrulho não servimos. Ou o Conselho da Comunidade começa a funcionar e a tomar posição em relação às situações ou saímos. Não queremos estar no papel só para cumprir um formalismo legal que não tem qualquer consequência prática ou actividade». Silêncio da vereadora A nossa reportagem tentou ouvir a vereadora da Saúde da Câmara Municipal de Odivelas mas apesar dos vários contactos havidos não foi possível agendar a entrevista por incompatibilidade de agendas. Assim, solicitámos à vereadora uma resposta por escrito, sugestão que a vereadora aceitou mas até ao fecho da edição não recebemos qualquer texto de Sandra Pereira. Tentaremos na próxima edição trazer aos nossos leitores a posição da vereadora da saúde sobre todas estas questões.

Obras dos Centros de Saúde paradas Uma notícia da agência Lusa divulgada esta Quinta-feira revela que o financiamento dos três novos centros de saúde em Odivelas «Deverá ser assegurado através da venda de património» da tutela, segundo fonte do Ministério da Saúde numa resposta enviada aquela agência noticiosa. A resposta não esclarece quando serão construídos os Centros de Saúde da Ramada, Póvoa Santo Adrião e Odivelas - Pólo 2, que deveriam estar concluídos este ano, nos termos do Contrato/Programa que a presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Susana Amador, assinou com o então secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, em Julho de 2009, e que já tinham sido alvo de contratos anteriores, desde 2001, assinados pelo então Ministro da Saúde, Correia de Campos. Estes Centros de Saúde iriam servir 80 mil utentes do concelho de Odivelas o o seu custo está estimado em 8,5 milhões de euros. A fonte do ministério indica ainda que o financiamento destas construções «Deverá ser assegurado através da venda de património da Saúde e com reserva de ser aplicado em equipamentos de Saúde».


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ACTUALIDADE POLÍTICA

JSD visitou a freguesia da Pontinha o âmbito do seu Roteiro de Proximidade, da Comissão Concelhia de Odivelas da Juventude Social Democrata, teve lugar no dia 17 de Setembro uma visita à freguesia da Pontinha onde os jovens laranjas conheceram alguns aspectos da freguesia e visitaram instituições. Este Roteiro de Proximidade irá acontecer nas sete freguesia do concelho tendo sido já visitadas Famões, Olival Basto e Caneças. Nesta sua visita à Pontinha a comitiva da JSD teve como guias Rui Teixeira, que exerce funções como vogal na Junta de Freguesia da Pontinha; Marco Pina, presidente do núcleo do PSD da Pontinha e presidente da Assembleia de Freguesia da Pontinha (AFP) e Daniela Duarte, da bancada do PSD na AFP. Segundo nota de imprensa da JSD/Odivelas «Este percurso de proximidade à Pontinha iniciou-se com uma agradável conversa com o Professor Jorge Martins, sobre a rica história

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desta freguesia que ainda mantém vestígios da sua realidade desde o século XVII» sendo também na Pontinha que se encontra «Um importante marco na história recente de Portugal: o Posto de Comando onde se dirigiram as operações que deram origem à Revolução de Abril de 1974». Seguiu-se um percurso por algumas das forças vivas desta freguesia, começando pelo Grupo Recreativo e Cultural Presa/Casal do Rato, onde houve oportunidade de visitar as instalações e de reunir com o presidente da colectividade, Vítor Maniche. Segundo a nota de imprensa a JSD ficou a conhecer «O valoroso trabalho junto das gerações mais jovens daquele bairro no âmbito desportivo, como também as dificuldades que actualmente passam». A visita seguinte foi à sede do Grupo de Escoteiros 199, da Associação de Escoteiros de Portugal. «Visitámos respectiva sede e tomámos conhecimento das actividades que realizam e os valores que transmitem, de

Assembleia de Freguesia de Odivelas

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A Assembleia de Freguesia de Odivelas vai reunir no dia 29 de Setembro, com início às 20h30, no Pavilhão Polivalente de Odivelas. Como todas as reuniões da assembleia de freguesia esta sessão também será pública e terá um período onde os fregueses podem falar, embora o edital que a convoca não o refira, assim como o PAOD. Da ordem de trabalhos consta, entre outros pontos, a 1ª Revisão Orçamental e 1ª Revisão ao Plano Plurianual de Investimentos de 2011; o Protocolo de Cooperação entre a Junta de Freguesia de Odivelas e o Agrupamento de Centros de Saúde da grande Lisboa V – Odivelas; o Regulamento da

«Conhecer em profundidade o seu património histórico, cultural, social, económico e geográfico, mostrando aos jovens munícipes social-democratas a realidade desta freguesia». Com o seu Roteiro de Proximidade «A JSD Odivelas procura ter uma política de proximidade junto de todos os munícipes, através da concretização deste projecto ao visitar todas as freguesias do concelho de Odivelas». A nota de imprensa sobre esta visita dos jovens laranja à Pon-

tinha termina afirmando que «A JSD Odivelas crê que esta proximidade levará a um conhecimento mais profundo de cada uma nossas freguesias e, consecutivamente de todo o concelho, de modo a potenciar, desenvolver e melhorar o trabalho autárquico dos seus eleitos, bem como, responder aos anseios da população, para que não se sintam que só de 4 em 4 anos, é que os Partidos Políticos “descem” à rua e os ouvem». HR

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essão Ordinária da Assembleia de Freguesia

uma forma original, aos mais jovens, através do testemunho do Chefe do Grupo Vítor Simas». A comitiva dirigiu-se de seguida ao Centro Escolar Republicano Tenente Valdez, «Instituição centenária, presidida por um dos nossos guias neste roteiro de proximidade, Rui Teixeira. Um verdadeiro exemplo no aproveitamento da qualidade e energia dos mais jovens do nosso concelho». A visita do JSD à freguesia da Pontinha terminou no Parque Aventura instalado no Pinhal da Paiã. «Uma actividade ligada à natureza e ao espírito de aventura, que dá mais vida a este espaço tão fundamental no nosso concelho tão urbanizado». Segundo a JSD nesta visita «Houve oportunidade para ouvir as forças vivas da freguesia da Pontinha, conhecer as suas dificuldades, anseios e necessidades gerais da população, fortalecendo o trabalho a ser desenvolvido pelos autarcas da JSD Odivelas e do PSD Odivelas nesta freguesia e no concelho». bem como para

Fotografia:JFP

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Escola de Fado da Junta de Freguesia de Odivelas; A alteração ao Regulamento da Feira de Antiguidades e Velharias de Odivelas; Atribuições Toponímicas e Gestão Autárquica e Informação Financeira relativamente ao 3º trimestre de 2011.

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Assembleia Municipal vai discutir a Actividade e Situação Financeira do Município Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt

A Assembleia Municipal de Odivelas vai realizar a sua 4ª sessão ordinária deste ano em quatro reuniões marcadas para o Salão Nobre dos Paços do Concelho. As reuniões serão públicas e depois de cumprida a ordem de trabalhos haverá um período de intervenção para os munícipes. s dias e horários marcados são: 26 de Setembro, 14h30; 29 de Setembro, 20h30; 03 de Outubro, 14h30 06 de Outubro, 20h30.

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VERDADE RIGOR ISENÇÃO

Na primeira reunião haverá o PAOD, Período Antes da Ordem do Dia, destinado a levantar questões que não se enquadrem na ordem do dia e normalmente utilizado para

apresentação de moções, votos e declarações politicas bem como para intervenções sobre os mais variados assuntos. Pela experiência de outras reuniões pouco mais se avançará nesta primeira reunião mas se assim for o primeiro ponto merece a assistência dos munícipes porque se trata da Informação Escrita sobre a Actividade e Situação Financeira do Município, ponto onde ficamos a conhecer um pouco mais a realidade do concelho. Os pontos seguintes referem-se a decisões já aprovadas pelo executivo municipal mas que a lei determina que o sejam também neste órgão deliberativo, Declaração de Utilidade Pública para o uso não agrícola, dos terrenos delimitados pela RAN, necessários para intervenção, conforme decorre da operações candidatas ao QREN – Parcerias para a Regeneração Urbana da Vertente Sul de Odivelas, a submeter à Assembleia

Municipal de Odivelas, com base no interesse público da população da Vertente Sul de Odivelas; Revisão Orçamental; Proposta de Lançamento da Derrama em 2011 a aplicar em 2012; Proposta de Fixação das Taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis respeitantes ao Ano de 2011 a Liquidar em 2012; Proposta de Participação Variável de IRS – 2011; Proposta de Taxa Municipal de Direitos de Passagem e Cedência de Propriedade Plena de Parcela de Terreno à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Odivelas; esperando-se uma votação semelhante à ocorrida na reunião de câmara onde a maioria dos documentos não obteve unanimidade. No Diário de Odivelas pode consultar os resultados das votações do executivo municipal, bem como a ordem de trabalhos completa desta sessão da assembleia municipal.


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ACTUALIDADE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Recolha de Bens este fim-de-semana Câmara Municipal de Odivelas promove este fim-de-semana uma recolha de bens para animais, através de uma banca montada no Odivelas Parque. A banca funciona Sábado e Domingo entre as 10h00 e as 13h00. Os bens a recolher (ração, brinquedos, mantas, coleiras e outros materiais para cães e gatos) como destino o Parque

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dos Bichos onde funciona o Centro Oficial de Recolha Animal do Concelho de Odivelas. Esta iniciativa realiza-se no âmbito do Dia Mundial do Animal que se comemora no próximo dia 4 de Outubro. O Município de Odivelas vai celebrar este dia, na manhã de 8 de Outubro, no Parque Urbano do Silvado, em Odivelas. Para este dia, está já agendada uma mega festa para os nossos

amigos e fiéis companheiros que inclui Concurso Canino para Cães Com e Sem Raça e ainda Desfile dos animais adoptados no Parque dos Bichos, além de Demonstração de Obediência, Demonstração de cães-guia e Bênção de Animais. Neste dia, será ainda promovida a adopção de animais com oferta de vacina da raiva e aplicação de Microchip.

Carta à Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura (II parte)

POLÍTICA

Universidade de Verão do Partido Socialista al como têm vindo a fazer nos últimos anos, as Comissões Politicas Concelhias do Partido Socialista de Odivelas e Vila Franca de Xira, vão promover mais uma edição da sua Universidade de Verão, que terá lugar a 24 de Setembro com início às 09h30. O evento tem lugar no auditório da Escola Profissional Agrícola D. Dinis, na Paiã e vai contar com a presença do Secretário-geral do PS, António José Seguro; do presidente do FAUL, Marcos Perestrelo; do Presidente da CPCO de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira; da Presidente da CPCO de Odivelas, Susana Amador e do Presidente da Comissão Política Concelhia

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O segundo painel começa às 15h00 e terá como tema O futuro da Europa – Projecto comum ou somatório de egoísmos individuais?. Terá como oradores Carlos Castro, Pós-Graduado em Estudos Europeus e Teresa Damásio, Docente Universitária e Presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas da FAUL. A moderar o painel estará o ex-vereador da CMO, José Esteves. Às 16h30 começará o terceiro painel: Crescimento Económico: que soluções para Portugal? que tem como oradores o economista e deputado João Galamba; o economista do Banco de Portugal, Fernando Martins e o ex-Secretário de Estado da Agricultura e Pes-

cas, Luís Vieira. O moderador será Sérgio Paiva, presidente da Assembleia Municipal de Odivelas Na Sessão de encerramento, marcada para as 18h00, usarão da palavra as presidentes das câmaras de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinhas e de Odivelas, Susana Amador.

3ª IDADE

PODER LOCAL

Passeio a Óbidos

Assembleia de Freguesia da Pontinha

Junta de Freguesia da Pontinha realizou, a 9 de Setembro, o Passeio Anual do Idoso 2011, que este ano levou cerca de 110 idosos da freguesia ao concelho de Óbidos e Peniche. A visita ini-

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Fotografia: JFP

de Odivelas da JS, Rui Cabral, que usarão da palavra na Sessão de Abertura. O primeiro painel, marcado para as 11h00, será dedicado a: Lei Eleitoral e Modelo Orgânico das Autarquias Locais: A Mudança de Paradigma. Está prevista a participação (ainda não confirmada) de Artur Trindade, Secretáriogeral da Associação Nacional de Municípios Portugueses; Os restantes oradores são Eduardo Cabrita, deputado na Assembleia da República; Gonçalo Ribeiro da Costa, Advogado e Docente; e António Gameiro, Advogado e Docente. A moderação estará a cargo de David Viegas, Presidente da Assembleia de Freguesia de Odivelas.

ciou-se com a visita à Vila de Óbidos, seguindo-se um almoço convívio e baile no parque de merendas de Ferrel com a oferta de um lanche a todos os presentes e por fim uma breve passagem por Peniche.

ai ter lugar no dia 27 de Setembro uma Sessão Ordinária da Freguesia da Pontinha, que terá início as 20h00 no Salão Nobre da junta de freguesia. A sessão terá um período de intervenção aberto ao público e da ordem do dia consta o Relatório de Actividades e Situação Financeira dos meses de Junho, Julho e Agosto de 2011.

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“Discordamos da justificação do EME para se pronunciar contra a classificação do PCMFA: “(…) interferir com o normal funcionamento e cumprimento da missão atribuída ao Regimento de Engenharia 1 como unidade militar, porque ficará a existir um espaço à responsabilidade de uma entidade civil (IGESPAR) dentro do Prédio Militar, não sendo assim garantidas as condições de segurança e reserva de uma instalação militar.”, pelos seguintes motivos: 1. Se o funcionamento de um núcleo museológico naquele quartel interferisse com o normal funcionamento daquela unidade militar, isso já teria acontecido nos dez anos em que está efectivamente a funcionar e nunca aconteceu desde 2001. Aproveitamos para saudar esta mesma interpretação defendida pelo Sr. Presidente da CECC, Dr. José Ribeiro e Castro, no final da reunião de dia 30; 2. O facto de o IGESPAR passar a ter responsabilidade por aquele espaço não implica que o quartel perca “O direito de se pronunciar sobre a definição da política e de colaborar na gestão do património cultural, pelas formas organizatórias e nos termos procedimentais que a lei definir” (Lei do Património, Nº 107/2001, de 8 de Setembro, Artº 20º, alínea c); A escolha da Assembleia da República para endereçar esta petição deve-se precisamente à alta simbologia que terá uma decisão favorável à classificação do Posto de Comando por parte dos Deputados da Nação. A preservação da memória é um dever cívico que a Assembleia da República deve interpretar no seu sentido mais nobre: um povo sem memória é um povo sem futuro. Os signatários da petição continuarão a dar todos os passos necessários para classificar o PCMFA e esperamos dos Srs. Deputados que reconheçam o facto de terem sido livre e democraticamente eleitos em representação de partidos legalmente constituídos como uma consequência do 25 de Abril de 1974. Classificar o Posto de Comando do MFA, local de onde se dirigiram com sucesso as acções conducentes à conquista da Democracia há 37 anos, é a melhor forma de preservar a memória desse “dia inteiro e limpo”.

Jorge Martins postodecomando@gmail.com


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TRIBUNA DO LEITOR PODER LOCAL AMBIENTE

Obras no rio da Costa não acautelaram as espécies Da nossa leitora Ana Cruz recebemos cópia de uma carta, datada de 16 de Setembro, que endereçou à «presidente da Câmara Municipal de Odivelas, vereador do ambiente, outros responsáveis da câmara de Odivelas, munícipes de Odivelas e a quem possa interessar». Nesta carta a leitora do Nova Odivelas manifesta a sua apreensão, dúvidas e preocupações pelo facto de as recentes obras no Rio da Costa não terem sido executadas acautelando a sobrevivência das espécies que habitavam no rio. sta carta foi redigida no Parque do Rio da Costa, junto ao rio. E foi escrita com muita tristeza. Como munícipe do Concelho de Odivelas, é com regularidade que eu e a minha família frequentamos o Parque. A sua construção veio beneficiar Odivelas e permitiu a nós munícipe um local onde se pode ter um contacto com a natureza, usufruir de um espaço de lazer e fazer desporto. Este espaço foi sujeito a uma obra, a qual, desde já não estou a questionar a sua necessidade. Sou a primeira a afirmar que esta obra era necessária para salvaguardar a tragédia da perda de vidas humanas, como já ali se verificou uma vez. Questiono apenas a maneira como foi feita. Como as espécies, que ali viviam, foram preservadas e a parte ambiental também. Eu vinha frequentemente ao Parque de manhã passear e observar as espécies, nomeadamente, as tartarugas e os peixes vermelhos, que viviam na zona que foi sujeita à obra. Este rio já foi muito poluído, mas com o passar dos anos tenho visto o ressurgir de espécies, que vão garantindo que em termos ambientais o rio esteja a melhorar. O Ambiente tem que ser preservado. Nós como espécie dominante sobre a natureza, que está no último nível trófico da cadeia alimentar, temos que zelar pela sobrevivência dos níveis que abaixo

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de nós se encontram para garantir a sobrevivência da nossa própria espécie. A questão que levanto é como foram salvaguardadas as vidas das espécies que ali viviam? O grupo de tartarugas era elevado (mais de 7 com um diâmetro superior a um palmo de uma mão). Neste momento, existem apenas as que foram salvas pelos bombeiros e que lá estão a viver. Quanto às outras, será que conseguiram deslocar-se a tempo de não levarem com toneladas de pedras em cima? Tenho as minhas dúvidas! E os peixes, de maiores dimensões (com mais de 1 kg)? Nesta altura o rio encontra-se baixo de mais para conseguirem nadar convenientemente e sobreviverem. Não sou bióloga, sou engenheira química – ramo qualidade e ambiente. E sinto uma falta de civismo no que respeita aos aspectos ambientais. Esta falta de civismo vem de todos nós que recorremos sempre ao mais simples, fácil e que dá menos trabalho, mas que a médio/longo prazo nos dará uma factura a pagar, bem mais cara, não nos importando se destruímos ou poluímos a natureza que nos rodeia. Pergunto-me como foi feita a prevenção da morte destas espécies. Será que não se poderiam ter contactado entidades (nomeadamente, Quercus, Zoo de Lisboa, alguma associação da zona de Lisboa, etc.) que recolhessem estes animais antes da obra começar? O que foi feito afinal? A empresa da empreitada tinha algum plano ambiental a cumprir, ou este não teve em conta que se tratava de um recurso hídrico com um meio envolvente? Vivo numa Terra de Oportunidades, que a meu ver e de algumas pessoas que frequentam o Parque, perdeu a oportunidade de fazer algo pelo ambiente desta mesma cidade. De quem é a responsabilidade? Começo por dizer que é minha, porque naquele dia, não passei pelo Parque e não pude fazer barulho. Depois de ser informada, levei alguns

dias a ter coragem para ir ao local, não me apetece passear por lá, para ver a desgraça ambiental ali feita; É também de cada um dos trabalhadores que estava no local e foi informado pela população e nada fez, senão quando viu algumas espécies a fugirem; É ainda da população presente no local, que de início interveio, mas depois desistiu porque não se estava para chatear mais, porque Portugal anda ao Deus dará; Será também do responsável da obra que não executa nada além do que lhe mandaram, e não sei se interessou de avisar a divisão de Ambiente; Da linha de Ambiente que foi contactada, mas que nem sei se chegou a intervir; Do Vereador de Ambiente, pois esta é a sua área de intervenção; Do responsável que andou a observar a área antes da obra ser efectuada, porque quero acreditar que foi feito um estudo prévio; Da Exma. Sra. Presidente, porque é a responsável máxima de todo o que se passa no concelho; De uma Lei Ambiental, que esbarra numa mentalidade ainda fechada de todos nós; De uma crise no País que leva a que se deixa de lutar por valores fundamentais de respeito pelo ambiente, porque estamos numa altura de cortes e como tal, não vamos desperdiçar as finanças em situações insignificantes. Pergunto-me que mensagem deixamos às crianças que frequentam o Parque? Que podemos destruir o Ambiente, que ele regenera num instante? Será que os Recursos Naturais têm a capacidade de regenerar infinitamente de todas as nossas agressões? Foram só uns peixes e umas tartarugas, mas se em todos os rios e ribeiras, e em cada aldeia, vila e cidade, eliminaram a mesma quantidade de espécies, não será que se torna um crime ambiental? Acredito em Portugal e na nossa sociedade. Sei que somos capazes de fazer bem e melhor do que ali foi feito. Esta carta não se trata de uma crítica destrutiva para a minha

cidade. Trata-se sim de informar que existem ferramentas e meios a utilizar de forma a poder evitar-se tudo aquilo, e ninguém fez nada. O querer fazer algo é a melhor ferramenta que o Ser Humano tem à sua disposição. A responsabilidade é de todos nós. Porque é o nosso País, é a nossa cidade, é o nosso Parque. Nesta época de crise temos que mostrar que somos excelentes no que fazemos e o que fazemos é bem feito. Ali nada houve de bem feito. Podemos todos ser melhores nas nossas diferentes áreas, sejas quais forem. O Ambiente não tem cores partidárias, é uma responsabilidade que temos perante as gerações vindouras. Está na altura de palavras como desenvolvimento sustentável, deixarem de ser chavões que andam de boca em boca, e passem a dar frutos para que se possa garantir sem comprometer a capacidade das gerações futuras, de satisfazerem as suas próprias necessidades, possibilitando que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats

Fotografias: Arquivo NO

Ana Cruz

naturais. Por isso vos escrevo, como cidadã de Odivelas e peço que isto não se volte a repetir no concelho. Aqui estou eu a apelar pela cidadania e a fazer uma mudança em mim, participando mais activamente no que se passa na minha cidade, seja bom ou mau o que vejo! Agradeço a atenção dispensada. Termino solicitando uma mudança aos restantes interlocutores desta carta, para que mudem, de forma, a se poder usar mais eficientemente os recursos da nossa cidade. Porque infelizmente algo falhou. Esta na hora de apanharmos as oportunidades de fazer mais e melhor, do que aquilo que nos é pedido. Tornemo-nos uma cidade, mais eficiente e eficaz a usar e preservar os seus recursos, nas várias áreas, sejam elas, financeira, económica, ambiental, recursos naturais e humana. Podemos sempre melhorar! E todos juntos podíamos ter feito mais. Uma melhor qualidade de vida dependerá sempre da nossa acção e do papel que cada um de nós irá ter no presente para alterar o futuro! Os meus cumprimentos. E um bom dia de trabalho, de uma cidadã que vive na cidade à 31 anos.


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CAMINHOS CRUZADOS TEATRO

O Melhor de La Féria reunido em palco

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ilipe La Féria habitounos a grandes espectáculos ao longo dos últimos anos. Todos se lembram certamente de “Passa por mim no Rossio”, “Maldita Cocaína”, “Amália”, “Música no coração”, “My Fair Lady /Minha Linda Senhora”, “West Side Story/Amor sem Barreiras”, “Jesus Cristo Superstar”, “ Um Violino no Telhado”, “A Gaiola das Loucas”, “Fado - História de um Povo”. Agora, um novo e surpreendente espectáculo chega ao palco do Casino Estoril. Os

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sucessos de La Féria foram reunidos num único espectáculo com um nome que diz tudo: “O melhor de La Féria” que é no fundo uma viagem pelos melhores momentos dos espectáculos de La Féria, como “Passa por Mim no Rossio”, “Amália”, “Jesus Cristo Superstar”, “Gaiola das Loucas” e todos os outros grandes sucessos. Mas se o espectáculo mostra os espectáculos já produzidos, não se fica por ai e faz também a antevisão de todos os espectáculos que o encenador ainda

sonha produzir como “O Fantasma da Ópera”, “D. Quixote”, “Hello Dolly”, “Mamma Mia” e “Evita”. “O Melhor de La Féria” é um espectáculo original que irá surpreender todo o público com uma nova visão dos êxitos históricos das encenações de La Féria, as melhores canções, os melhores fados, as melhores cenas, as melhores coreografias, os melhores cenários e o melhor guarda-roupa. “O Melhor de La Féria” não é uma homenagem a um artista mas

uma grande, nova e fascinante viagem ao mundo dos musicais que La Féria criou, com os seus originais e com os grandes clássicos do musical internacional. Um espectáculo contemporâneo e cosmopolita que conta os sonhos de um homem que nasceu para o Teatro. Quem viu estes espectáculos ficará surpreendido e irá maravilhar-se com a megaprodução que o Casino Estoril preparou para a reabertura do Salão Preto e Prata, a mais sofisticada e

moderna sala de espectáculos europeia, com uma grande antologia dos maiores sucessos da vida de La Féria. “O Melhor de La Féria” dará ao público todos os sonhos de La Féria, não só os que já conseguiu realizar como os grandes momentos de outros espectáculos que sempre desejou que serão cantados, representados e dançados.

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CAMINHOS CRUZADOS FESTA DO TEATRO AMADOR, 28 DE SETEMBRO A 23 DE OUTUBRO DE 2011

Artecanes faz Manifestação na Malaposta Depois de lhe termos apresentado o primeiro espectáculo da 6ª Festa de Teatro Amador da Malaposta, Vieram Para Morrer, de Jaime Gralheiro, que subirá ao palco no dia de abertura da festa, 28 de Setembro, apresentamos hoje mais duas peças deste grande evento da Malaposta que decorrerá até 23 de Outubro. segundo espectáculo da 6ª edição da Festa de Teatro Amador leva ao Centro Cultural Malaposta um grupo do concelho de Odivelas, o Artecanes Teatro, da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças que ao longo dos anos tem tido um importante papel na divulgação do teatro no concelho e muito particularmente na sua freguesia sendo o responsável pelo grande evento anual Encontros com o Teatro

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em Caneças. Com texto e encenação de Joaquim Guerreiro, Manifestação será representada no dia 29 de Setembro, às 21h30 na sala maior da Malaposta. «Manifestação é tudo aquilo que pode ser manifestado, ora para manifestar é preciso manifestantes que em princípio se manifestam na manifestação de manifestantes. Este é um espectáculo sobre a manifestação da palavra, inspirado em Karl Valentin e nos livros Pão com Manteiga, brinca-se com a palavra e como ela pode ser dita e ouvida». Ficha Técnica: Produção: Artecanes Teatro Texto e encenação: Joaquim Guerreiro Técnico: Vítor Hugs Elenco: Bruno Snail, Carlos Silva, Catarina Ponte,Feto Gaspar, Lúcia Cristeta, Ruben Rolo. M/12. Duração: 50m

Bilheteira: 5€ (preço único) CAOS, Conversar, Achar, Organizar, Servir Para 04 de Outubro, também às 21h30 no auditório, está convidado Grupo de Teatro Sénior de Odivelas que apresentará a sua criação colectiva CAOS, Conversar, Achar, Organizar, Servir. Este espectáculo «Resultou de uma criação colectiva, com base num projecto criado no âmbito de um estágio final de curso de Animação Sociocultural desenvolvido no Centro Cultural Malaposta, pela Ana Filipa Ramos Pinto, aluna do terceiro ano do referido curso superior no Instituto Superior de Ciências Educativas em Odivelas, sob coordenação de João Rodrigues, produtor executivo do Centro Cultural Malaposta e dinamizador do Grupo Teatro Sénior de Odivelas. A primeira fase deste projecto

consistiu na construção e criação de um grupo de trabalho. A segunda fase visou o desenvolvimento de várias expressões criativas integradas na Animação Sociocultural, onde o grupo passou por um processo de vivência e aprendizagem no mundo das expressões plástica, corporal, dramática, escrita e musical. Por último, transformámos as experiências vividas e apreendidas no processo anterior em aplicações práticas, criando assim um objecto artístico de cariz teatral denominado CAOS, através da ponte feita entre a Animação Sociocultural e as técnicas de construção e realização do espectáculo». Ficha Técnica: Encenação – Ana Pinto Assistente de Encenação – Alberto Morgado Direcção de Actores – Jan Gomes Apoio ao Movimento –

Felipa dos Santos Luzes – Paulo Gomes Figurinos – Manuel Moreira | Malaposta M6 Duração 60m Bilheteira 2,5€ (preço único)

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~ Fla sh d o Reino ~


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Realmente! «Susana de Carvalho Amador, Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, informa que foi deliberado, em Reunião Pública da Câmara Municipal de Odivelas, no passado dia 8 de Setembro de 2011, nos termos do disposto nos números 4 e 5 do artigo 14.º e artigo 78.º do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, instituído pelo Decreto -Lei n.º 307/2009, de 23 de Outubro, conjugados com o n.º 3 e n.º 4 do artigo 77.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro (que institui o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial), na sua actual redacção, submeter à Discussão Pública o Projecto de Delimitação da Vertente Sul do Concelho de Odivelas, como Área de Reabilitação Urbana, e o seu respectivo Programa Estratégico de Reabilitação Urbana. O período de Discussão Pública tem a duração de 22 dias, contabilizados a partir do 6.º dia (inclusive), da data da publicação do presente Aviso no Diário da República, sendo o mesmo divulgado igualmente através da comunicação social, na página da Internet deste município, bem como afixado nos locais de estilo do município. Diário da República, 2.ª série — N.º 180 — 19 de Setembro de 2011. Para o efeito, a documentação acima mencionada encontra -se patente para consulta nas instalações da Equipa de Projecto de Recuperação Urbana de Áreas Críticas (EPRUAC), sita na rua da Escola, n.º 10 — 1.º andar, Vale do Forno, 2675 -251 Odivelas, durante as horas normais de expediente. Todos os interessados poderão apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões, por escrito, em comunicação dirigida à Presidente da Câmara Municipal de Odivelas, indicando o seu nome, número de Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão, e morada, podendo também indicar facultativamente o respectivo endereço de correio electrónico e número de telefone. Despacho da Presidente da CMO sobre a Discussão Publica da Vertente Sul

Por lapso na passada semana não identificámos a citação que publicámos neste espaço e que era de Madalena Varela no seu Facebook. A Madalena Varela e aos nossos leitores apresentamos os devidos pedidos de desculpa.

~ No b r e s C o n f i s s o e s T

Confesso, sim confesso…

enho andado um pouco lerdinha e por isso não falei a tempo de horas sobre um assunto de importância capital para o concelho de Odivelas e os seus 150 e tal mil habitantes. Que querem, no melhor pano cai a nódoa e mesmo a exemplar e competentíssima cronista oficial do Reino da Marmelada Branca tem as suas falhas, que acabam por ser compreensíveis porque errar é humano e seu sou muito humana, graças a Deus… Portantos, vamos lá corrigir a falha… Segundo as sempre confiáveis e muito abalizadas fontes não oficiais nem oficiosas da Ricardina, houve três demissões de peso na Assembleia Municipal de Odivelas, nas bancadas do PS e PSD. É verdade, verdadinha, segundo me garantiu a Oliventina que passa a ferro três vezes por semana em casa de um alto designatário da AMO. Pois é, a rosinha Vanessa do Porto e os laranjinhas Fernando Ferreira e Ricardo Tomás (este último também verde e branco) apresentaram os seus pedidos de demissão, mas não de forma voluntária, a crer nas interpretações da Oliventina. É que, segundo parece, como avençados do município que são (Ah pois são) não poderiam exercer cargos neste órgão deliberativo autárquico. Há até quem diga que tal coisa configura crime e que se calhar os ex-deputados municipais ainda irão sentar o rabinho no moxo, utilizando (com a devida adaptação que a minha elevada educação impõe) um velho ditado popular acerca dos tribunais. Claro que a Ricardina como não é jornalista e tem mais que fazer que andar a ouvir o contraditório, não perguntou nada a ninguém mas deixa aqui a promessa de publicação das defesas da honra no caso de alguém se sentir ofendido na dita cuja. Já devem saber mas se não sabem eu digo: confissões@novaodivelas.pt.

T

enho de vos dizer que desde pequenina que sabia que a doutora presidenta, com nome amador mas muito profissional da coisa, chegaria muito longe. E a confirmar esta profunda convicção da Ricardina veio a notícia de que a nossa edil foi a terceira pessoa da lista segura apresentada ao congresso rosinha para os órgãos nacionais socialistas. E mais, por indicação segura do António José a nossa doutora presidenta, que não tarda nada é mestre, foi ainda eleita para Secretária Nacional Adjunta, cargo que eu não sei o que significa mas que tem um nome pomposo isso tem. Mas se por um lado esta vossa cronista fica feliz por ver a nossa querida presidenta voar para o largo do Rato, por outro lado «Uma infinita tristeza, uma funda turbação, entra em mim, fica em mim presa…» porque, os invejosos vieram logo dizer que esse cargo era incompatível com a liderança da Comissão Política Concelhia de Odivelas e a doutora presidenta, que não gosta de penumbra e prefere o sol radioso e o Sebastião da Gama que afirma que «Pelo sonho é que vamos» não perdeu tempo e logo no dia das invejosas dúvidas «Renunciou ao Cargo de Presidente da CPCO, na sequência da sua indicação como Secretária Nacional Adjunta do Partido Socialista, no passado Sábado, dia 17 de Setembro» como se pode ler num atempado e esclarecedor comunicado, datado de 21 de Setembro e assinado pelo Gabienete (Atenção não é gralha da Ricardina que fez copy e paste (tá na moda não é) do e-mail) de Comunicação e Gestão das Redes Sociais. Diz ainda o dito cujo comunicado que «Não obstante, o facto de só existir incompatibilidade expressa para os 11 membros eleitos para Secretários Nacionais (cfr. Arts.. 20 nº 4 e 5 e 77º nº1 e 2 dos

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Maria Ricardina de Marmelo e Sá Viscondessa da Memória confissoes@novaodivelas.pt

Estatutos), encontrando-se fora desse escopo os Secretários Nacionais Adjuntos, Susana Amador entendeu que, por motivos de ética política, deveria fazer cessar o seu mandato na CPCO, assumindo o cargo o número dois da lista, Mário Máximo». Pois é… Caros leitores e caríssimas leitoras (calma que merecem a distinção) destas Nobres Confissões, aqui é que «A porca torce o rabo». Apesar da doutora presidenta ter dito em declarações ao meu Boss que «O Secretariado aceitou esta decisão de forma amistosa e solidária» as habituais fontes não oficiais nem oficiosas da Ricardina garantem que as coisas não são assim tão pacíficas. Parece que dois vereadores e potenciais candidatos à liderança da CPCO não gostaram muito de, até Março ou Abril de 2012, serem liderados pelo doutor cultural lusófono que era o número dois da doutora presidenta e que por isso, nos termos dos estatutos, é o novo presidente. A Ricardina é da nobreza e muito humana como já disse e não quer mudar de condição mas há alturas em que adoraria ser mosca para ver certas coisas. Ai Deus meu que estes meses até ao acto eleitoral interno do PS vão ser mais quentes que o verão do PREC. Mas, como diz o ditado, «Entre mortes e feridos alguém háde escapar» cá eu espero que escapem os dois vereadores que a Ricardina acha que são o máximo de charme mesmo não sendo onomasticamente máximos. É pá tenho umas tiradas giras não tenho? Parafraseando um colaborador do Nova Odivelas, sou mesmo muita boa.

P

assando a outras marmeladas. Mea culpa, mea culpa, mea culpa. A Ricardina errou na crónica da semana passada. É verdade, também me engano embora quisesse acreditar que era como o doutor Tarolo Espinhoso que nunca tem dúvidas e raramente se engana. Eu disse que o tesoureiro se tinha demitido das suas funções. Mentira, mentirinha… Quem se demitiu de funções foi o presidente do conselho fiscal, Vítor Peixoto. Reposta a verdade tenho de vos dizer que as coisas ainda foram mais longe. Parece que alguém fez um comentário menos agradável no Facebook sobre o demissionário que levou a que a demissão fosse mais completa e Vítor Peixoto saiu mesmo de confrade. A solidária Graça Peixoto também bateu com a porta. Eu disse parece porque quis ver o tal comentário e não o encontrei. Pois voltando ao parece, parece que foi apagado ou então a viscondessa da Memória não percebe mesmo nada de Facebook, o que parece também ser verdade.

E

prontos, apesar de ainda ter aqui uma catrefada de coisas para falar, o espaço continua a ser pouco, apesar de o meu Boss ter acedido às minhas mais que justas reivindicações e o ter esticado um cochinho. Portantos, já que não posso escrever mais vou dar um saltinho a Caneças e ver o novo pólo da Biblioteca Municipal D. Dinis que parece que ficou bué da giro. Fiquem bem que eu fico também…

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