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Sexta-feira,
23 de Dezembro de 2011
MANIFESTAÇÃO
// N.º
420 II Série Ano XII
w w w . n o va o d i ve l a s . p t Director: Henrique Ribeiro
COMANDO DOS
DA CUTPO JUNTA
BOMBEIROS DA
CENTENAS DE
PONTINHA COM
PESSOAS
NOVO ADJUNTO
KAUÉ AUDITÓRIO D. DINIS JÁ ABRIU
EM TEMPOS DE CRISE O NATAL DOS ODIVELENSES CÂMARA VAI GASTAR 14 8 MIL EUROS EM AUDITORIAS, PAIS DA BARBOSA DU BOCAGE QUESTIONAM EXECUTIVO EM REUNIÃ O DE CÂMARA
DESPORTIVAMENTE CICLISTAS E MOTARDS FORA M PAIS NATAL SOLIDÁRIOS
NESTE NÚMERO
● O Natal dos Odivelenses ● Simprus, projectos e construções ● Pais da Barbosa do Bocage contestam executivo municipal ● Jantar solidário da JS ● 148 mil euros para auditorias ● Manjar do Casal ● Fados no Kaué ● XPTO solidária ● Escoteiros da Pontinha ● BE em defesa do Skate Parque ● Novos órgãos sociais na CRPI ● Operação Marmelada ● Municipália em acordo com a FAPODIVEL ● Juntas Solidárias ● Festa de natal nos Bombeiros da Pontinha ● Joclima, ar condicionado ● Woodsart, arte em madeira ● CUTPO em defesa dos transportes públicos ● Festa de Natal do Pião Mágico ● Exposição fotográfica na Colorize ● Ponto e Vírgula ● Dualidades ● Kalunga ● Imagens Reais ● Estreito de Magalhães ● Entre Tanto ● Auto Fragonar ● Horóscopo ● Restaurante Deishas ● Restaurante Hacienda D. Luisa ● Flash do Reino ● Guarda Real ● Realmente! ● Nobres Confissões ● Consilcar
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Nova Odivelas
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ACTUALIDADE COMÉRCIO LOCAL
Natal em tempos de crise A palavra austeridade impôsse definitivamente no vocabulário da grande maioria dos portugueses. Em Odivelas, comerciantes de rua e população em geral confirmam que este Natal exige ainda mais contenção do que os anteriores. E apesar de algum optimismo entre os entrevistados, ninguém augura melhorias para 2012. edução parcial dos subsídios de férias e de Natal para funcionários públicos e pensionistas com salários acima dos 600 euros, e corte total quando estes auferem mais de 1100 euros. Diminuição das deduções fiscais no IRS. Subida do IVA nos produtos alimentares. Aumento da contribuição nos combustíveis ou das taxas moderadoras nos hospitais e centros de Saúde. As notícias dos últimos meses já faziam adivinhar um Natal em que a contenção está na ordem do dia. O Nova Odivelas entrevistou várias pessoas na cidade que confirmaram um cenário ainda mais desmotivante que em 2010: Os portugueses estão de bolsos vazios e o comércio local luta arduamente pela sobrevivência.
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> Maria Pereira, loja Tulicyla
Maria Pereira, funcionária da loja de roupa e confecção Tulicyla, diz que este ano «É o descalabro». Acrescenta que as promoções não ajudam muito: «Agora só mesmo os 50% de desconto ou mais!». Trabalha na artéria mais movimentada de Odivelas – Avenida Dom Dinis – salientando que este facto não se tem revelado uma grande mais-valia. «Se isto aqui está assim, imagino como estarão os estabelecimentos noutras ruas! Provavelmente às moscas». Sente que «O comércio tradicional tem os dias contados».
acontecido». Afirma que apesar do estabelecimento estar aberto ao sábado à tarde e de os artigos em exposição já serem vendidos a preços muito em conta, não foi possível dar a volta à crise: «Os clientes compram umas lembrancinhas e pouco mais». Lamenta a ausência de iluminação natalícia. «É que nem umas luzinhas puseram!», refere, adiantando que pormenores como este tornam um passeio a pé pela cidade, nesta altura, mais convidativo.
«As coisas estão a correr muito mal. Costumávamos ser três na altura do Natal, agora sou a única empregada. O que nunca tinha acontecido» Ana Barbosa, loja Bagatela
«É necessário aprender a viver com menos e não ser sôfrego a gastar!» Margarida Simões, vendedora de castanhas na Feira de Odivelas
«Umas lembrancinhas e pouco mais» Bem perto dali, na loja Bagatela, Ana Barbosa nem sabe se em finais de 2012 terá trabalho. «As coisas estão a correr muito mal. Costumávamos ser três na altura do Natal, agora sou a única empregada. O que nunca tinha
Fotografias: Lina Manso
Lina Manso
Falta de incentivos ao comércio de rua Jorge Santos, responsável por um estabelecimento comercial no centro da cidade (que preferiu não identificar), diz que as entidades públicas não têm ajudado a mitigar o problema da quebra de vendas. «A Câmara, por exemplo, não mostra grande vontade em estimular o comércio local. Veja-se o caso do minibus Voltas ou de outras iniciativas que acabam por encorajar as pessoas a ir ao centro comercial. (…) As autarquias aparecem um pouco antes do fim do ano, isso sim, para ver qual a publicidade no exterior da loja e depois aplicar uma taxa». Também não tem nada de positivo a dizer sobre o portal Odivelas às Compras (com informação básica sobre alguns estabelecimentos de seis ruas da cidade): «Isso é uma treta! Não serve de incentivo». Adianta ainda que a falta de estacionamento na cidade desmotiva muitos potenciais compradores, acusando a polícia de fazer marcação cerrada a quem pára, por alguns minutos, frente a uma loja.
Já o seu funcionário, Fernando Rosário, crê que o comércio local poderia beneficiar do «Corte do trânsito nalgumas artérias, da melhoria de limpeza das vias, e de mais iluminação».
«Isso é uma treta! Não serve de incentivo» - Jorge Santos, proprietário de estabelecimento comercial no centro da cidade, falando sobre o portal Odivelas às Compras Juventude mal preparada Do alto dos seus 71 anos e de uma infância feliz mas com muitas privações, Clara Nolasco, proprietária da papelaria e livraria Marzul, afirma que «Não adianta entrar em pânico quanto ao próximo ano».
> Banca de Margarida Simões
Acrescenta que «A época de vender muito já passou (até há dois anos), agora é preciso ser realista. (…) Costumo dizer à minha filha – responsável pela loja “Mundo do Bebé”, logo aqui ao lado – que temos de ir vivendo um ano de cada vez. Não gastar mais do que se tem tanto se aplica aos pequenos comerciantes como ao país em geral». Avança que ela própria estimula a poupança em algumas conversas com os clientes: «Claro que preciso de vender mas acho que as pessoas devem fazer contas ao que têm e ao que podem, de facto, gastar». Diz que foi habituada a viver com pouco – lembra-se de uma infância dura em que comer carne ou ter brinquedos era um luxo – pelo que tem outra bagagem para enfrentar a crise. Nesse sentido, teme pela capacidade de adaptação das gerações mais novas, «Criadas com mais facilidades». Opinião, aliás, partilhada por Mar-
> Paula e Andreia dias
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ACTUALIDADE COMÉRCIO LOCAL
aumentaram, e os consumidores se retraem.
Concordo que deveríamos ter começado a poupar mais cedo mas também é verdade que o exemplo deveria ter vindo de cima e não veio» Tânia Correia, técnica administrativa
> Banca de Augusta Martins e marido
garida Simões, de 62 anos, que vende castanhas na Feira de Odivelas, às segundas-feiras. «Estes jovens de hoje tiveram tudo. Os pais deramlhes mais do que podiam e não previram o futuro. As gerações mais novas estão mal preparadas para o que aí vem, inclusive em termos de gestão de finanças. Há demasiados doutores e engenheiros! E falta mão-de-obra em áreas especializadas (calceteiros, carpinteiros…), que não lhes dizem tanto. É necessário aprender a viver com menos e não ser sôfrego a gastar!».
«A época de vender muito já passou (até há dois anos), agora é preciso ser realista» – Clara Nolasco, proprietária da papelaria e livraria Marzul
> José Almas e a mulher
«Aqui é chapa ganha, chapa gasta» José Almas também está habituado a poupar mas reconhece que estes são tempos especialmente austeros: «Aqui é chapa ganha, chapa gasta». Na banca da feira no Parque do Silvado onde ele e a mulher vendem artigos de puericultura, as vendas não correm como seria desejado. «Noto que por vezes as pessoas querem mesmo comprar e não podem. Até porque há mais desemprego». Maria Ribeiro refere que as dificuldades imperam mas que urge lutar pela sobrevivência do negócio. «Cativa-se o melhor que se pode o cliente e faz-se um preço mais acessível nas peças de vestuário». À semelhança de Augusta Martins, que também vende roupa 100% nacional, diz que o preço do terrado (terreno ocupado) não ajuda quando o IVA ou o gasóleo já
Clientes retraem-se Susana Maia, que o Nova Odivelas encontrou durante um passeio pelo centro da cidade, retrata-o bem. «Já comprei as prendas quase todas. São sempre para as mesmas pessoas mas gasta-se menos. Até porque já tiraram parte do subsídio de Natal ao meu marido. A mim só não o fazem [trabalha no Odivelas Parque] porque não atinge o valor mínimo fixado!». Paula Dias, sentada com a filha, Andreia, num banco ao lado de uma paragem de autocarros, diz que o facto de não pagar renda da casa é decisivo para que o Natal não seja tão difícil. Somente o marido trabalha, pelo que as prendas tiveram de ser mais em conta. «Creio que muitas lojas aqui à volta, se não fossem as promoções, fechavam! Inclusive porque a juventude (caso da minha filha), prefere ir ao centro comercial onde estão os artigos de marca». Apenas Tânia Correia, a lanchar na esplanada de um café central, parece estar optimista. Explica que no Natal passado estava desempregada mas que entretanto arranjou trabalho pelo que pode finalmente comprar prendas de Natal para a família. A técnica administrativa (agora de licença de parto), lamenta o estado a que o país chegou: «Eles criam as dívidas, nós é que as pagamos» (…) Concordo que deveríamos ter começado a poupar mais cedo mas também é verdade que o exemplo deveria ter vindo de cima e não veio».
> Maria Ribeiro
> Tania Correia
> Susana Maia
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ACTUALIDADE PODER LOCAL
Pais da Barbosa du Bocage em conflito com a câmara João Carvalho jrlcarvalho@sapo.pt
Pais e encarregados de educação de alunos da EB 2, 3 Barbosa Du Bocage, na freguesia da Póvoa de santo Adrião, foram à reunião pública da Câmara Municipal de Odivelas (CMO) de terça-feira, 20 de Dezembro, para se insurgirem contra a atitude da câmara, contra eles, que consideram persecutória. Uma grande revelação de Hugo Martins também marcou esta reunião. a origem do conflito entre a Câmara Municipal de Odivelas e a Associação de Pais e Encarregados de Educação da escola estarão notícias publicadas em vários órgãos de comunicação social, locais e nacionais, sobre algumas questões da escola, nomeadamente o facto de o refeitório e o ginásio funcionarem na mesma sala, conforme noticiámos na página 11 da edição 419 do Nova Odivelas. (Para ler utilize esta ligação: http://novaodivelas.pt/pdf/419.pdf). Quando a comunicação social visitou a escola a Direcção do Agrupamento entendeu chamar alguém da associação de pais para estar presente, explicou nesta reunião de câmara Maria Luísa Ferreira que foi a pessoa que concedeu as entrevistas onde se denunciava que as refeições estavam a ser servidas num espaço sem condições, que também serve de ginásio. Foram também manifestadas aos repórteres outras insuficiências da escola, nomeadamente, muros e telheiros perigosos,
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falta de pessoal auxiliar, falta de condições das casas de banho e acidentes frequentes nos recreios. No dizer da associação de pais a Câmara não gostou da reportagem, nem do facto de não ter sido contactada para estar presente, mas, a associação sublinhou que não foi ela a chamar a comunicação social. Maria Luísa Ferreira disse que a Câmara remeteu o aos pais uma carta/inquérito em que, no seu entender, se tenta virar os mesmos contra a associação e se ameaça, veladamente, com a suspensão do serviço de refeições caso os pais não as queiram no referido espaço. Vários outros membros da Associação de Pais intervieram no mesmo sentido, pedindo a reposição da verdade dos factos por parte da câmara, nomeadamente em relação ao comportamento da associação neste processo. Na resposta, a vereadora Fernanda Franchi disse que as refeições vão continuar a ser servidas no espaço actual, que tem as condições que o Ministério da Educação prevê para casos semelhantes, imputando a responsabilidade da distribuição do pessoal auxiliar à Direcção do Agrupamento, sendo que este o tem em número suficiente. Referiu ainda que os alunos desta escola provocam uma deterioração das instalações que não tem paralelo em mais nenhuma escola do concelho. Os pais saíram da reunião de Câmara manifestando, em voz alta, o seu inconformismo, por, no seu entender, não lhes ter sido feita justiça. Aliás, este tema já antes tinha
sido o assunto principal do PAOD, com uma Declaração Política do vereador independente Paulo Aido e intervenção do vereador da CDU Rui Francisco. Quer um, quer outro, interrogaram a câmara sobre as motivações do inquérito feito aos pais à revelia da respectiva associação de pais, eleita por eles. Na resposta a já referida vereadora Fernanda Franchi respondeu nos mesmos moldes que fez depois aos pais. Na oportunidade e em relação ao facto de não ter tido conhecimento da visita da comunicação social, entendeu revelar que tinha tido, no seu telemóvel, uma chamada de um número desconhecido, que não atendeu, e que depois veio a saber ser de um dos órgãos de comunicação, facto que motivou depois alguma troca de chistes com outros vereadores acerca dos meios de processar chamadas da comunicação social entre a vereação. O vereador Rui Francisco também apresentou uma Declaração Política sobre o 35º aniversário das primeiras eleições autárquicas, relacionando o assunto com o que considerou um ataque do actual Governo e do capitalismo a essa importante conquista de Abril. A vereadora Natália Santos, da CDU, apresentou uma Moção sobre o aumento das Taxas Moderadoras na Saúde, manifestando a total insensibilidade do Governo, ao somar estes aumentos a outros, noutras áreas, num verdadeiro pacote de capitulação aos grandes grupos económicos e à tróica. A Moção acabava rejeitando os aumentos e solidarizando-se
com a população atingida. Após intervenções dos vereadores Sandra Pereira e Carlos Bodião, que justificaram a necessidade dos aumentos com a situação do país herdada pelo actual Governo e resultante dos gastos desmedidos do passado, o vice-presidente da câmara, que presidiu à reunião, propôs em nome da bancada do PS, que se retirassem algumas palavras e expressões como roubo e insensibilidade do Governo, alterações que, aceites, levaram a que a Moção fosse aprovada com os votos a favor do PS e da CDU e os votos contra do PSD e do vereador Paulo Aido. O outro vereador independente não esteve presente no momento desta votação. Ainda no PAOD a vereadora Fernanda Franchi leu uma Declaração Política do PS sobre a Educação, comparando os cortes anunciados, nesta área, no OE, com a situação no tempo do anterior Governo ao qual teceu os mais rasgados elogios. Também o vereador independente Hernâni Carvalho leu uma Declaração Política fazendo o balanço dos 2 anos deste mandato autárquico em Odivelas em que, disse, para a Presidente da Câmara Odivelas é um paraíso, mas para ele caracteriza-se por «Violações do estatuto de oposição; Derrapagens dos orçamentos das escolas; Gestão avulsa do Pavilhão Multiusos; Falta de políticas para revitalizar a actividade económica local; Falhanço da Odinvest; Miragem da Divisão da PSP e 720 mil euros em serviços técnico-jurídicos». O vereador Hugo Martins, do PS, leu uma Declaração Política denominada Natal em Obra, em
que enumerou uma série de pequenas obras de proximidade em curso. Entrados na Ordem de Trabalhos, já com o vereador Paulo Aido ausente, o 1º ponto dizia respeito a Proposta de Alteração do Regulamento de Taxas e Outras Receitas Municipais e seu Regulamento de Liquidação e Cobrança. A CDU referiu que tinha votado contra o Regulamento original por causa dos valores, por isso, neste caso, não havendo alterações neste particular, se iria abster. Votos a favor do PS e PSD e contra de Hernâni Carvalho. O ponto seguinte foi sobre um Pedido de Parecer Prévio vinculativo para Celebração de Contrato de Prestação de Serviços para Limpeza Urbana. Foi retirado, por unanimidade, dada a chegada tardia dos documentos aos vereadores. O ponto sobre Proposta de Realização de Festa de Natal de 2011 para os filhos dos colaboradores da CMO - Pedido de Parecer Prévio Vinculativo para Aquisição de Serviços à Lusomundo, foi aprovado por unanimidade. O ponto seguinte - Proposta de Programa de Apoio ao Movimento de Associativismo - era da iniciativa da CDU, que o justificou pelo facto de que, tendo a Programa sido suspenso em anterior iniciativa camarária, e tendo a presidente da câmara referido recentemente, em reunião da assembleia municipal, que poderia ser reactivado em sede de Alteração Orçamental, era pertinente reactivá-lo para os interessados se irem preparando. Após alguma discussão, o vice-presidente PUB
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ACTUALIDADE PODER LOCAL
sugeriu que na redacção fosse incluída, expressamente, a menção que o programa seria incluído em sede da próxima Revisão Orçamental, o que, merecendo a concordância de todos, provocou a sua aprovação por unanimidade. O ponto seguinte - Proposta de Contratualização de Projecto Plano para o Plano de Pormenor de Pombais/Odivelas Sul, implicou uma declaração de voto da CDU, que incluiu alguns conselhos no sentido que esta nova frente urbana fosse colocada ao serviço da população, do valor ambiental da cidade, com cuidados ao nível da impermeabilização dos solos, e com pouca ou nenhuma construção. Foi aprovada por maioria com a abstenção do vereador Hernâni Carvalho. O ponto sobre a Proposta de Abertura de Procedimento Administrativo para Classificação de Imóvel de Interesse Municipal da Biblioteca Municipal D. Dinis foi aprovado por unanimidade, depois da vereadora Natália Santos ter sugerido que essa classificação fosse oportunamente alargada a toda a Quinta de Nª Sª do Carmo. O ponto sobre Proposta de Aquisição do Serviço de Pequenos Almoços e Lanches da EB1/JI de Porto Pinheiro, a partir de Janeiro de 2012, Proposta de Autorização para a Venda de Senhas de Refeições ser efectuada pelo Agrupamento de Escolas Moinhos da Arroja, foi aprovado por unanimidade. Entrou-se depois no ponto relativo a Proposta de Prémio Jovem Bullying na Minha Escola NÃO! Obrigado - Normas de Participação. A vereadora Natália Santos fez algumas observações sobre o modo de levar os jovens a participar nas exposições onde estavam os seus trabalhos, que não poderia ser com carácter de obrigatoriedade, após o que o ponto foi aprovado por maioria, com a abstenção do vereador Hernâni Carvalho, que a justificou com o facto de preferir outras formas de incentivos nesta matéria. Os dois pontos seguintes diziam respeito aos imóveis das instala-
ções do Odivelas F. C. sendo um a Proposta Final de Reversão dos Imóveis cedidos ao clube e o outro a Proposta Minuta do Termo de Entrega e Cessão de Posições Contratuais. Vários vereadores declararam o seu desgosto pelo curso dos acontecimentos relativos ao clube, nomeadamente Rui Francisco que pretendeu saber o destino que vai ser dado aos imóveis e Hernâni Carvalho que insistiu que deveria ter sido aberto um amplo debate sobre o assunto atempadamente. Em jeito de resposta o vereador Hugo Martins disse que a Câmara tinha feito tudo para que não se chegasse à situação actual e que tinha sido prematuro andar a discutir o pós reversão, enquanto estivessem questões pendentes, nomeadamente em tribunalme só muito recentemente tinha havido um despacho da juíza indeferindo um requerimento da autarquia para que os credores se pronunciassem. Foi a altura em que anunciou estar já a trabalhar no futuro dos equipamentos, garantindo que os mesmos só terão um destino semelhante ao actual e que tinha já recebido diversas propostas entre as quais avulta uma do clube inglês Manchester City. Os pontos foram aprovados por maioria, com o voto contra do vereador Hernâni Carvalho e a abstenção dos vereadores da CDU. Os dois pontos seguintes, ratificação de cedências do Pavilhão Multiusos para o jogo do Campeonato Nacional de Futsal entre o SCP e o Freixieiro e para o Evento Maior Aula de Judo do Mundo foram aprovados por maioria, com os votos contra do vereador Hernâni Carvalho. Os 5 pontos seguintes diziam respeito a autorizações de cedências de transportes a entidades e foram aprovados por unanimidade, com excepção da cedência ao Instituto de Odivelas, que mereceu o voto contra do vereador Hernâni Carvalho que se manifestou contra o facto de este Instituto ter transportes do Exército e não ser aceitável vir pedi-los também à Câmara.
Plano de Pormenor de Pombais/Odivelas Sul – Proposta de Contratualização de Projecto de Plano DECLARAÇÃO DE VOTO DA CDU Não conhecendo o documento em causa e por nos parecer que a Declaração de Voto da CDU pode fazer alguma luz sobre o assunto fazemos a sua publicação integral. Tal como referimos em Março de 2010, quando veio a esta câmara a proposta de elaboração de um Plano de Pormenor e respectivos Termos de Referência, a área de intervenção em causa para efeitos do referido PP, que enquanto instrumento de planeamento, deverá definir os modelos da sua ocupação, assume, quer face à sualocalização e inserção na cidade, quer do ponto de vista da necessária valorização e sustentabilidade ambiental e ecológica desta frente urbana, uma importância estratégica inquestionável, que não poderá deixar de justificar uma intervenção equilibrada, sustentada e de qualidade. Esta zona da cidade, hoje vazia, descaracterizada e degradada, possui condições ímpares para se transformar numa importante mais-valia na acção global de qualificação e valorização da imagem urbana e, em particular, enquanto espaço privilegiado para a criação e instalação dos necessários espaços verdes e áreas de recreio e lazer, em condições de serem efectivamente utilizados e fruídos pela população de Odivelas. Relembramos que, atentos a estes factos foi exactamente por isso mesmo entendido por nós, CDU, como um projecto prioritário e integrou os compromissos com a população, constantes dos nossos programas eleitorais, quer para o Concelho, quer para a Freguesia. Razões que, em coerência, e por na generalidade partilharmos o entendimento expresso nos termos de referência justificaram então o nosso voto favorável e, em coerência justificam igualmente a nossa posição favorável à proposta agora votada para elaboração do projecto de plano. Reiteramos contudo o nosso entendimento de que, tal como temos vindo a manifestar quando da tomada de decisão relativamente a outras situações ao nível da gestão do território, também neste caso e até por maioria de razão, seria muito importante e oportuno que esta operação fosse enquadrada e balizada pelo novo PDM, adequado às realidades e necessidades actuais, mas que lamentavelmente 13 anos depois da criação do Concelho, continua por concluir. Nesta fase e com o nosso voto, mantemos o nosso benefício da dúvida quanto a este projecto, mas não deixaremos de acompanhar este processo com particular atenção e sem prejuízo de, em cada momento e especial quando a proposta de Plano de Pormenor vier a este executivo, tomarmos a posição que considerarmos mais adequada. Esperamos que, embrulhada numa retórica enquadradora com a qual dificilmente se discordará, esta proposta de contratualização não se venha a transformar em mais uma oportunidade desperdiçada e na cedência a interesses que não a dos munícipes de Odivelas e a salvaguarda do interesse público. Não nos passou despercebida a abertura que é dada a mais construção, seguramente mais habitação, constante do objectivo específico de “ Desenvolver uma nova frente urbana “, como é denominado quer no contrato de planeamento agora aprovado, quer nos termos de referência que dele fazem parte integrante. Para nós, voltamos a sublinhar, nova construção, a existir, só pode ser absolutamente residual O fundamental é aproveitar estes terrenos expectantes para valorizar ambientalmente a cidade, dotá-la dos espaços verdes e de lazer de que necessita, proteger a frente ribeirinha, valorizar as margens das ribeiras que o atravessam e garantir o desenvolvimento de uma estrutura verde. Para além de que a impermeabilização destes solos, face à sua localização e características, é um aspecto sensível e importante que deve ser tratado com toda a atenção e prudência. Com estes alertas e reservas, o nosso voto favorável, em consonância com os princípios e objectivos que defendemos e aqui deixamos expressos.
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QUOTIDIANOS SOLIDARIEDADE
JS Odivelas promoveu jantar solidário Tal como tem vindo a fazer nos últimos anos a Juventude Socialista de Odivelas promoveu um jantar de solidariedade que teve por objectivos a angariação de brinquedos para posterior distribuição a crianças carenciadas. o evento, que teve lugar na Quinta do bretão, em Caneças, no dia 11 de Dezembro, estiveram presentes cerca de uma centena de pessoas entre os quais Mário Máximo, presidente da Comissão Política Concelhia de Odivelas (CPCO) do Partido Socialista; Paulo César, vereador da Câmara Municipal de Odivelas; Rogério Breia, presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de santo Adrião; Nuno Gaudêncio, coordenador da secção de Odivelas do PS e em representação do presidente da FAUL, Marcos Perestrelo; Carlos Barreto, coordenador da secção do PS na ramada, Rui Cabral, presidente da JS de Odivelas; Luís pereira, secretário nacional da JS; João António, presidente da JS/FAUL, Pedro Farmhouse, da FAO e Miguel Matoso, da Organização Nacional de Estudantes Socialistas do Ensino Básico e Secundário, bem como representações das secções da JS de Amadora, Cascais, Loures; Mafra, Sintra e
Vila franca de Xira. Usaram da palavra Mário Máximo, Rui Cabral, Nuno Gaudêncio e João António. «A solidariedade é um objectivo fundamental para todo o bom cidadão»
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O presidente da CPCO do PS, Mário Máximo, definiu esta iniciativa da JS como uma boa ideia e uma iniciativa feliz que tem sempre contado com o apoio da CPCO. «Desde sempre que a camarada Susana Amador apoiou este projecto e cabe-me agora a mim reiterar esse apoio». Para Mário Máximo «A solidariedade é um objectivo fundamental para todo o bom cidadão. E, no caso dos cidadãos socialistas solidariedade é um conceito que está na matriz essencial do ideário que nos norteia e mobiliza». Referindo as várias lutas que os socialistas travaram ao longo dos anos em todo o mundo, Mário Máximo lembrou que «O
socialismo criou-se historicamente por essa observação de falta condições de vida dignas para a maior parte das populações do mundo e foi sempre, em nome de propostas políticas que minorassem as diferentes desigualdades da sociedade que os socialistas se mobilizaram. Primeiro pelas condições de vida dos operários rurais e urbanos, depois a favor da integração adequada e justa das mulheres no mercado de trabalho, depois e ainda pela defesa dos direitos dos mais idosos e, claro está, dos direitos das famílias no seu todo e, é evidente, também dos mais jovens». O presidente da CPCO do PS lembrou que «Esta noite, aqui na celebrada vila de Caneças, estamos a lutar de forma solidária em prol dos mais jovens de todo o concelho de Odivelas».
O presidente da JS FAUL disse que a JS Odivelas é das concelhias mais dinâmicas da Federação da Área urbana de Lisboa com um «Excelente trabalho realizado» como os 4 núcleos criados em escolas e com a presidência de 5 das 6 associações de estudantes do concelho. «Este trabalho é fruto da militância de todos vós, do trabalho que fazem no dia-a-dia nos vossos bairros e nas vossas escolas e é este trabalho que nos vai levar a bom porto». Para João António a JS Odivelas tem quadros de excelências e propostas políticas muito válidas e criativas.
cleos escola, crescemos em comissários políticos na nossa concelhia, estruturámos a nossa comunicação em termos das redes sociais». Neste novo mandato o objectivo «É pegar no trabalho que já fizemos e intervir eficazmente na nossa sociedade. O objectivo não é aparecer na comunicação mas sim deixar uma marca muito forte e pela positiva na sociedade tentando minimizar todos os impactos destes próximos dois anos nos jovens». O líder da JSD Odivelas também falou da má situação do país sublinhando que «A luz ao fundo do túnel parece cada vez mais longe» e defendendo que «Não podemos virar a cara, temos de ser exigentes e inovadores na forma como olhamos para estes desafios».
«Intervir eficazmente na nossa sociedade»
«Quadros de excelências e propostas políticas muito válidas e criativas»
«E importante que os jovens entrem cada vez mais para a política»
O presidente da JS Odivelas sublinhou que o mandato anterior foi virado para dentro, organizando e criando estruturas. «Crescemos, fizemos quatro nú-
Fotografias: Eduardo Sousa
Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt
Nuno Gaudêncio elogiou o trabalho da JS concelhia e de todas as secções afirmando que «Todas as estruturas da JS são importantes para os desafios que temos pela frente, como os desafios autárquicos que nos dizem muito». O orador sublinhou que a JS Odivelas está hoje fortemente representada nas associações de estudantes num patamar que nunca tinha sido conseguido até agora. Nos momentos difíceis que o país atravessa «E com os ataques do governo aos princípios que o PS defende do Estado Social, não podemos desarmar». O coordenador da Secção de Odivelas do PS defendeu que é importante que os jovens entrem cada vez mais para a política.
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QUOTIDIANOS EXECUTIVO MUNICIPAL
Oposição contesta gasto de 148 mil euros em auditoria Realizou-se no dia 16 de Dezembro a 10ª Reunião Extraordinária da Câmara Municipal de Odivelas que aprovou a aquisição de Aquisição de Serviços Técnico/jurídicos de Consultadoria e Auditoria, com os votos contra da CDU e que vão custar aos cofres municipais cerca de 150 mil euros em dois anos. a Ordem de Trabalhos de reunião constavam ainda mais dois pontos, de cedência de transportes municipais à Prosális e ao Instituto Português de Pedagogia Infantil sendo que o primeiro foi aprovado por unanimidade e o segundo retirado. O primeiro ponto da ordem do dia e que justificou a marcação desta reunião, já que na terçafeira seguinte (20 de Dezembro) se realizou uma reunião ordinária, foi a Proposta para Prestação de Serviços Técnico-Jurídicos de Consultadoria e Auditoria que viria a ser aprovada por maioria com os votos contra da CDU e dos dois vereadores independentes. Está reunião já contou com a presença de Hernâni Carvalho terminados os 40 dias de suspensão do mandato.
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Esta contratação é estranha para Hernâni carvalho Segundo nota de imprensa do gabinete de Hernâni Carvalho o vereador disse que «Segundo o Sr. Vereador Paulo César Teixeira não há nenhum jurista na Câmara Municipal de Odivelas que perceba das matérias constantes nesta proposta de prestação de serviços que se pretende deliberar. A autarquia tem 41 juristas, mas nenhum entende mesmo nada destas matérias». O vereador estranhou a contratação, porque na 7ª reunião de câmara realizada a 12 de Abril «Foi aprovada uma avença com uma outra empresa, também da confiança do município, para desenvolver trabalho técnico jurídico em todo semelhante e nas mesmas áreas de intervenção». Hernâni Carvalho sublinhou
que «A esta verba de 148 mil euros acrescem os custos desta reunião extraordinária do executivo, perfeitamente desnecessária já que temos uma reunião ordinária marcada para a próxima terça-feira, onde este assunto podia ser votado. Falta apurar quanto se gastou com funcionários, energia e outros meios usados para a reunião». «A adjudicação devia ser por concurso público» O outro vereador independente, Paulo Aido, também questionou esta adjudicação e a necessidade de «Haver critérios de confiança que dêem conforto ao Executivo da Câmara Municipal de Odivelas», considerando que «Será antes desejável mobilizar os serviços de alguns dos 41 juristas dos quadros da autarquia. Neste caso devo depreender que os 41 juristas do município de Odivelas, que reputo de competentes, e sobre quem devo confiar, o que aliás é sistematicamente afirmado pela Sra. Presidente da Câmara, não servem para prestar os serviços que se querem adjudicar». O vereador Independente alertou para que se «Vivem tempos em que se colocam dúvidas sobre a gestão e práticas do poder autárquico e, talvez por isso, hoje, não devíamos estar aqui a deliberar sobre uma adjudicação directa que custará 148 mil euros, mas talvez sobre um concurso público». Para Aido há duvidas que persistem: «Que razões levaram à escolha desta empresa? Que garantias temos que esta é a melhor empresa a prestar este serviço e que o preço anunciado é o melhor? Que não existem outras congéneres tão boas ou melhores capazes de fazer um preço mais baixo?». Para o autarca não faz sentido aprovar esta enorme despesa. Paulo Aido alertou também que «Estamos ainda a meio do mandato e já se ultrapassaram 724 mil euros em contratações de prestação de serviços e, em contrapartida reduziram-se recentemente, de forma drástica, os
apoios ao associativismo que desenvolve actividades nas áreas sociais, da cultura e desporto, tão importantes em momento de crise». Cabimentação da verba antes da aprovação da contratacção Para os vereadores da CDU, esta contratação, que mereceu a sua total discordância, «É bem reveladora de opções com que discordamos em absoluto. Desde logo porque esta proposta é fundamentada na necessidade destes serviços para acompanhar dois processos com que não estivemos nem estamos de acordo: A concessão dos serviços de abastecimento de água e do saneamento, que deveriam ficar na esfera pública mas vão ser entregues a privados e a parceria público-privada para construção de uma escola e um pavilhão, aliás já construídos e em funcionamento, equipamentos que estão a custar ao erário público PUB muito mais que o seu valor real, 4 ou 5 vezes mais, um encargo que vai perdurar durante longos anos e a que se acrescenta mais este esforço financeiro. Não estamos de acordo, este não é o nosso modelo nem o caminho que entendemos correcto para este território». Mas esta proposta para além do propósito que serve tem na sua formulação outras questões que merecem a discordância da CDU, segundo a Declaração de Voto apresentada na reunião, como a opção pelo ajuste directo, «Contor-
nando assim o código de contratação pública que determina a obrigatoriedade de um concurso público para prestação de serviços superiores a 75 mil euros» ou o período de vigência do contrato que começa a produzir efeitos a partir da data da sua assinatura. «No entanto está já prevista e cabimentada em 2011 uma verba relativa à prestação de uma mensalidade. Ora se a deliberação da câmara ocorre hoje, dia 16 de Dezembro, não aceitamos o efeito retroactivo da deliberação de Câmara, a menos que, esteja já assumido algum tipo de compromisso com o prestador de serviços (algo que desconhecemos). Ainda que assim fosse, não reconhecemos urgência na prestação do serviço que justifique o compromisso antes mesmo da deliberação do órgão». Também o montante a pagar
pela prestação do serviço é contestado pela CDU. «Não eixa de ser paradoxal e até incompreensível que, num momento em que os funcionários se vêem esbulhados nos seus salários, no seu direito ao subsídios de férias e de Natal ou à progressão nas suas carreiras, se opte por pagar valores elevadíssimos a técnicos exteriores ao município para organizar e acompanhar processos para os quais, acreditamos, existem no município, quadros com qualificações e know-how suficientes para o assegurar com eficiência e qualidade». Sendo uma reunião não pública esta peça foi elaborada com os documentos que nos foram enviados pelos respectivos gabinetes: Comunicação da CMO, vereadores independentes e vereadores da CDU.
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QUOTIDIANOS KAUÉ AUDITÓRIO D. DINIS
Novo espaço cultural na cidade de Odivelas Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt
Foi uma sala de cinema de filmes de estreia e durante muitos anos a única da cidade, depois do encerramento da SMO e antes da chegada do Odivelas Parque. Era no Centro Comercial Kaué, o primeiro de Odivelas, inaugurado em 1977, e fechou em 2004. No dia 15 de Dezembro, o espaço, remodelado, confortável e atractivo reabriu com o nome de Kaué Auditório D. Dinis e promete uma diversificada programação cultural para todos os públicos.
> Agostinho Saraiva
representação da sua presidente Susana Amador, referiu que conheceu há cerca de dois meses o empresário Raul Melo e percebeu que estava perante um empresário obstinado, visionário e com ideia arrojadas e difíceis de conseguir, como a abertura deste espaço e que já foi concretizada. O vereador da Cultura saudou a abertura desde espaço «Um excelente auditório para muitas utilizações e numa altura em que toda a gente fala das dificuldades, que são reais, é necessário quem tenha capacidade para realizar e mobilizar». O nome escolhido para o auditório também é do agrado do vereador neste ano em que se assinalam os 750 anos do nascimento de D. Dinis. O vereador salientou também o facto de o auditório ser inaugurado com fado, que é hoje património imaterial da humanidade.
omo uma assistência que não encheu a sala mas em número muito razoável, o Kaué Auditório D. Dinis abriu as portas com um espectáculo de fado com os fadistas da Escola de fado da Junta de Freguesia de Odivelas. Entre a assistência destacamos a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Odivelas e vereador da Cultura, Mário Máximo; o presidente da Municipália, Rui Nascimento; o presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, Vítor Machado; o presidente da Junta de Freguesia da Ramada, Francisco Bartolomeu; a Comissária para a Igualdade, Eduarda Barros, Nelson Viana, adjunto de Comando dos Bombeiros Voluntários de Odivelas e representantes de várias instituições do concelho.
Fotografias: Eduardo Sousa
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«Um excelente auditório para muitas utilizações» Mário Máximo, vice-presidente da câmara de Odivelas e em
«Chegou a hora de virar a página e inaugurar esta sala como um novo espaço cultural de Odivelas»
> Cidália Aleixo
Raul Melo, o actual gerente do Centro Comercial Kaué iniciou a sua intervenção sublinhando que o Kaué Auditório D. Dinis é um, novo espaço cultural aberto a todas as instituições do concelho, quer autárquicas quer associativas ou de outro qualquer género, bem como à população do concelho. Raul Melo lembrou que quando em 2010 adquiriu a sociedade proprietária do centro encontrou dívidas de rendas que ultrapassavam os 170 mil euros, para além de outros problemas que colocavam em perigo a sobrevivência do Kaué como centro comercial. Em Junho deste ano Raul Melo dedicou-se a administração do centro e desde logo procurou rentabilizar o espaço com medidas de controlo e de alguma posição de força com os lojistas faltosos e medidas de benefício aos outros lojistas que sempre acreditaram e aguentaram as vicissitudes de um mercado cada vez mais complicado. Para o novo gerente a sala agora inaugurada «É o motor do centro comercial e não existiam motivos para que continuar fechada, só e somente por capricho do anterior inquilino». Por isso depois de muitas negociações que não deram frutos o Kaué decidiu avançar para a retoma da propriedade da sala. «Reparámos, limpámos e disponibilizámos esta sala para a oferecer à população e a todo o concelho de Odivelas». Raul Melo considerou que «Che-
> Edgar Antunes
gou a hora de virar a página e inaugurar esta sala como um novo espaço cultural de Odivelas que tem vindo a ser referência pelos inúmeros projectos e actividades culturais que realiza ao longo do ano». O Kaué Auditório D. Dinis abre as portas «Com um conceito cultural ligado ao lazer, ao prazer e ao estar. Procuraremos reunir cultura de diversas formas como exposições, música, teatro, formações, reuniões, etc.».
Com um projecto ambicioso, Raul Melo quer o Kaué Auditório D. Dinis a funcionar 363 dias por ano com 4 sessões diárias estando já a trabalhar para uma programação regular e diversificada, durante todos os dias e vocacionada para os vários públicos, dos mais novos aos mais velhos. A nova programação será iniciada em Janeiro.
Um grande elenco Os fadistas por ordem de entrada em palco: Justino Coelho, Maria João, Jaime Cardoso, Laurinda Santos, Edgar Antunes, Vanda Ferrão, Agostinho Saraiva, Cissa Marinho, Nelita Amorim, Rui Santos e Cidália Aleixo. Na guitarra portuguesa Sérgio Costa. Na viola de Fado Nélson Aleixo e Sérgio Borges.
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QUOTIDIANOS KAUÉ AUDITÓRIO D. DINIS
> Jaime Cardoso
> Justino Coelho
> Laurinda Santos
> Maria Joao
> Nelita Amorim
> Rui Santos
> Sissa Marinho
> Vanda Ferrão
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QUOTIDIANOS SOLIDARIEDADE
a época natalícia muitas são as pessoas, instituições e empresas que pensam também nas necessidades daqueles a quem as vicissitudes da vida impediram de terem aquilo que lhes faz falta. A XPTO, Escola de Condução nas Colinas do Cruzeiro foi uma dessas empresas e mais uma vez mobilizou os seus colaboradores e clientes para uma campanha solidária para ajudar uma Instituição de Solidariedade Social (IPSS) do concelho de Odivelas, desta feita o Centro Comunitário e Paroquial de Famões. Gabriel Perfeito, gerente da XPTO disse-nos que a campanha teve uma adesão muito grande de colaboradores e clientes desta Escola de Condução tendo ultrapassado todas as expectativas. Os produtos recolhidos foram roupas e brinquedos e rapidamente a sala destinada ao seu armazenamento se encheu, segundo Gabriel Perfeito, sublinhou que «O povo português não é egoísta, é nestas situações que se vê o quanto solidários nós somos». Mas a solidariedade, para a XPTO, não se deve resumir à época natalícia, disse-nos Gabriel Perfeito e por isso a XPTO tenta fazer o que pode, ao longo do ano para ajudar a minimizar as dificuldades as pessoas e, neste caso, de quem pretende tirar a carta de condu-
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ção. Foi por isso que, em meados de Outubro, «A XPTO optou por não aumentar os preços quando tudo à nossa volta aumentava» disse-nos o gerente da XPTO, acrescentando que «Nesta fase em que a Europa passa por uma crise económica profunda, Portugal não é a excepção, é o seu eterno fado. Daí para além de manter preços, como já foi referido, ainda facilitamos a vida a quem se apresente na situação de desempregado ou à procura do primeiro emprego». Na terça-feira, 20 de Dezembro a XPTO foi a Famões, ao Centro Comunitário de Paroquial, entregar os bens recolhidos na sua campanha solidária tendo sido recebidos pelo Padre Ricardo, daquela instituição de solidariedade social que acolheu bem esta iniciativa solidária de uma empresa com preocupações sociais. Gabriel Perfeito agradeceu «A todos os que se desprenderam dos seus bens, alguns deles até com valor afectivo e decidiram doá-los a quem mais precisa» e sublinhou que «Na Escola de Condução XPTO somos mesmo muito especiais e só assim merecemos também termos alunos especiais que frequentam o nosso espaço».
Fotografias: XPTO
XPTO ajudou o Centro Paroquial de Famões
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QUOTIDIANOS ESCOTEIROS
Actividade de Natal do Grupo 19 R rial do Convento de José Saramago, a reviver a bela história de Baltasar Sete Sóis e de Blimunda Sete Luas, e a recuperar o sonho de Bartolomeu de Gusmão e da sua máquina voadora a que deu o nome de “Passarola”. Durante a actividade, os escoteiros foram convidados a recuperar os vários pedaços da
Passarola que se encontravam espalhados pela cidade, mas para isso, tiveram de demonstrar a sua coragem, sabedoria e destreza, superando os desafios que lhes iam sendo colocados. No final, depois de recuperados todos os pedaços da Passarola, foi possível reconstruí-la, e ela pôde então voltar a percorrer os céus de Mafra e do Mundo…
Fotografias: G19/AEP
ealizou-se nos dias 16, 17 e 18 de Dezembro, a Actividade de Natal de Grupo 19 da Pontinha, da Associação dos Escoteiros de Portugal. O local escolhido foi a bonita cidade Mafra, e com o belo cenário do Convento de Mafra, os escoteiros foram levados a entrar no imaginário do Memo-
Esta actividade permitiu aos escoteiros ficarem a conhecer a obra do Memorial do Convento de uma forma bastante interactiva, fazendo eles próprios parte da história. Por outro lado, permitiu visitar o magnifico e imponente Convento de Mafra, cuja construção também se encontra relatada na obra. É também com este tipo de actividades que o Escotismo contribui para a formação dos
jovens, permitindo-lhes aprender informalmente e de forma dinâmica e interactiva, matérias às quais muitas das vezes não dão a devida atenção nas aulas. Foi também a oportunidade de celebrar a época festiva que se avizinha, e de desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo a todos aqueles que estão ligados ao Grupo. As actividades voltam no início do próximo ano. João Leandro
POLÍTICA
Bloco exige conhecer projecto para o Skate Parque m nota de imprensa, a Comissão política Concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda exige que a Câmara Municipal de Odivelas mostre o projecto final da recuperação do Castelinho e que a área útil do Skate Parque não seja reduzida. Diz a nota que «Desde o início do mês de Dezembro paira a ameaça de destruição sobre o Skate Parque de Odivelas, na sequência de um acordo entre a Câmara Municipal de Odivelas (CMO) e o McDonald’s para a requalificação da área envolvente ao restaurante. As obras, projectadas pela CMO e pagas pelo restaurante, no parque estacionamento e área envolvente já terminaram». Segundo o Bloco «A forte mobilização dos utilizadores do Skate Parque à qual o Bloco de Esquerda se juntou, empenhadamente, desde a primeira
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hora, conseguiu, por agora, impedir a destruição daquele espaço público. Respondendo à pressão de centenas de jovens e às intervenções do eleito pelo Bloco na Assembleia Municipal de Odivelas (AMO), a CMO assumiu o compromisso de apresentar a reformulação do projecto para o Skate Parque no mais curto espaço de tempo possível, o que ainda não aconteceu e, desde já, se lamenta profundamente». O Bloco diz também que «Em sessão da Assembleia Municipal de Odivelas realizada a 07 de Dezembro, a presidente da CMO prestou mais alguns esclarecimentos sobre este assunto, em resposta a questões do deputado José Falcão (BE). Esclarecimentos esses, que apenas serviram para confirmar que o executivo não tem nenhum conhecimento da realidade daquele espaço e da sua importância para os/as pra-
ticantes de actividades desportivas que utilizam, diariamente, o Skate Parque. Dito de outro modo, a CMO não fazia ideia que dezenas de jovens ocupam os seus tempos livres naquele espaço, sendo que, alguns deles, são atletas profissionais e têm resultados dignos de registo a nível nacional e internacional. Ficámos contudo a saber, através da intervenção da senhora presidente, que foi a CMO que teve a iniciativa de propor ao McDonald’s o estabelecimento de uma parceria para requalificar aquela zona, uma vez que o executivo estava preocupado com as condições proporcionadas pelo restaurante aos seus clientes. Segundo palavras da presidente, foram questionados os responsáveis do McDonald’s sobre “se o McDonald’s de Odivelas é o refugo dos do resto do país?”. A par da preocupação com os negócios privados desta multina-
cional, Susana Amador invocou como motivos para justificar a requalificação daquela área e, consequentemente, a destruição do Skate Parque: o excesso de ruído provocado pelos automóveis no McDrive; o excesso de lixo, provocado pela falta de equipamentos de recolha; e a necessidade de colocar algumas mesas para os idosos que frequentam aquela zona. Neste último argumento, fica a dúvida legítima sobre a verdadeira intenção da CMO, ou seja, pretenderia o município criar espaços mais adequados para os idosos, ou, encapotadamente, viabilizar uma esplanada mais alargada para o McDonald’s?» Para o Bloco de Esquerda «Desde o primeiro momento ficou claro que a CMO, numa parceria que beneficia, em primeira instância, uma entidade privada, não estava particularmente preocupada com o futuro do Skate Par-
que e dos seus utilizadores. As prioridades da CMO estão invertidas, em vez de elaborar projectos de requalificação de espaços públicos que estão a servir os propósitos para os quais foram criados, deve reflectir profundamente sobre a melhor forma de aproveitar e colocar ao serviço da população espaços já existentes, que custaram, e vão custar, milhões de euros a todos/as os/as munícipes, como por exemplo o Jardim da/Sem Música ou o salão de festas (Pavilhão Multiusos)». A Concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda «Exige que a CMO torne público o projecto de requalificação e assume, desde já, que é absolutamente inaceitável qualquer de redução da área útil do Skate Parque, sendo mesmo de equacionar, em conjunto com os utilizadores, a possibilidade de melhorar as condições daquele espaço público».
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QUOTIDIANOS ASSOCIATIVISMO
Comissão de Reformados Pensionistas e Idosos da Póvoa de Santo Adrião foi a votos para os seus órgãos sociais cujo mandato começa no início de 2012. Com apenas uma lista a concorrer a participação de mais de uma centena de associados neste acto eleitoral foi uma das notas positivas apontadas pelo presidente reeleito da assembleia-geral António Ramos. O resultado da votação não deixou margem para dúvidas
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quanto à vontade dos associados em reconduzir os elementos que na sua quase totalidade transitam dos órgãos sociais anteriores. Com 102 votos validamente expressos a Lista A obteve 97 votos tendo 3 votos sido nulos e 2 em branco. Francisco Pires presidente da direcção reconduzido para mais dois anos de mandato estava satisfeito pela participação dos sócios nesta eleição e ainda mais pelo enorme voto de confiança dado pelos mais de 97%
dos votos a favor da sua lista. O trabalho feito e o reconhecimento deste por parte dos utentes e associados é para Francisco Pires a chave deste resultado mostrando-se confiante quanto ao futuro até pelas garantias que todos os elementos que participam neste elenco directivo lhe dão. Melhorar a capacidade de resposta às solicitações dos mais necessitados é a prioridade para estes dois anos. Aliás trabalho esse que já está em marcha com
Fotografias: David Braga
CRPI – Assembleia-geral eleitoral muito participada
a CRPI a brevemente receber um veículo multiusos que vai proporcionar o transporte a utentes de cadeiras de rodas que actualmente estão isolados nas suas casas e que com esta possibilidade poderão frequentar as instalações deste centro de dia da Vila da Póvoa. Jantar de Natal A CRPI proporcionou como habitualmente na passada semana aos seus funcionários, voluntários e colaboradores um
DIVULGAÇÃO
jantar de Natal realizado num restaurante da cidade de Odivelas em que os elementos dos órgãos sociais também participaram custeando cada um as despesas da sua refeição. A seguir ao repasto ainda houve tempo para um bailarico improvisado onde todos tiveram a oportunidade de dar um passinho de dança finalizando assim uma noite de grande convívio a todos aqueles que durante o ano ajudam os que mais precisam.
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QUOTIDIANOS CULTURA
LIVROS
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segundo nota de imprensa do município. Operação Marmelada é um livro destinado aos mais jovens e cuja acção decorre em Odivelas. A história desenrola-se nas férias de Carnaval de Ricardo e Miguel. Quando os dois amigos descobrem que um oficial da força área foi raptado, desconfiam de uns estranhos mascarados que pareciam andar por tudo o que é sítio. Apesar de não terem provas, tudo leva aos mascarados. Os dois resolvem, então, o mistério: o oficial da força aérea foi raptado por causa de uma simples receita de marmelada que foi confundida com algo mais valioso.
o dia 14 de Dezembro a Municipália, empresa municipal que gere as piscinas municipais e o Centro Cultural Malaposta, assinou um Acordo de Cooperação com a Federação das Associações de Pais de Odivelas, FAPODIVEL.
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apresentada no Centro Cultural Malaposta e a divulgar todas as valências e serviços prestados no Complexo Municipal das Piscinas de Odivelas, bem como respectivos preços e condições gerais e específicas de acesso. O documento foi assinado pelo presidente da Municipália, Rui Nascimento e pelo presidente da FAPODIVEL Alberto Barreiro.
SOLIDARIEDADE
Pontinha Solidária
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SOLIDARIEDADE
SOLIDARIEDADE
Solidariedar da Junta de Odivelas
Olival Basto entregou
Cabaz do Natal
plica que «Esta campanha não teria sido possível sem a preciosa colaboração dos escuteiros do grupo 1216 do CNE, dos Escoteiros do Grupo 19 da AEP, dos alunos da Escola Profissional Agrícola D. Dinis da Paiã e outros voluntários». A generosidade e solidariedade de todos culminou com a entrega de bens alimentares, às 150 famílias das crianças carenciadas, que frequentam as escolas da Freguesia.
Campanha Solidariedar promovida anualmente pela Junta de Freguesia de Odivelas, terminou esta terça-feira, 20 de Dezembro com a entrega de Cabazes de Natal a 41 famílias carenciadas da freguesia de Odivelas. Segundo nota de imprensa da autarquia Odivelense «O processo de triagem destas famílias é efectuado pela autarquia, realizando todo o levantamento da situação familiar dos inscritos, para que os Cabazes de Natal sejam entregues a quem realmente precisa».
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Numa primeira fase e através de voluntários foram feitas recolhas à porta de grandes superfícies comerciais da freguesia que angariou a maior parte dos alimentos que foram completados com bolo-rei, oferecido pela Junta de Freguesia de Odivelas; azeite, oferecido pelo Rotary Clube de Odivelas e bacalhau, oferecido pela oficina Auto Estrela (junto com outros alimentos. O Agrupamento D. Dinis, no âmbito da iniciativa Escola Solidária ofereceu produtos alimentares variados, roupas e brinquedos.
al como já tinha feito em anos anteriores a Junta de Freguesia de Odivelas Basto, com o apoio de vários empresários da freguesia, entregou um Cabaz de Natal a cada uma das 50 famílias carenciadas assinaladas pela autarquia. O evento decorreu nas instalações da junta de freguesia e contou com a presença de Joaquim Farinha, presidente da autarquia e do seu executivo.
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VOLUNTARIADO
Malaposta que colaboradores Centro Cultural Malaposta está à procura de pessoas para colaboraram em regime de voluntariado nas funções de frente de sala. Esta função, segundo a Malaposta, «É uma das mais importantes numa casa de espectáculos. Eles são os anfitriões e a primeira imagem da instituição perante o público visitante». As pessoas interessadas devem escrever-se por correio electrónico para margarida@alexandria.com.pt, após o que será realizada entrevista prévia e a necessária formação.
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Fotografia: JFP
Junta de Freguesia da Pontinha promoveu mais uma vez a sua campanha Pontinha Solidária que, segundo nota da autarquia, superou todas as expectativas tendo sido recolhidas mais de quatro toneladas de bens alimentares nas acções realizadas nas superfícies comerciais Pingo Doce do Centro Comercial Odivelas Parque, Continente no Colombo e comércio local da Pontinha (supermercados Repolho, Minipreço e Europa). A nota da Junta de Freguesia ex-
No âmbito deste acordo os sócios da Federação e respectivos cônjuges vão usufruir de vários descontos e benefícios nas Piscinas Municipais e no Centro Cultural Malaposta. A FAPODIVEL, compromete-se a divulgar toda a programação
Fotografia: JFO
ecorreu esta Quintafeira, já após o fecho desta edição do Nova Odivelas, uma Sessão de Autógrafos com Manuela Ribeiro autora do livro de literatura infanto-juvenil Operação Marmelada. O evento decorreu na Loja do Turismo no Centro Comercial Odivelas Parque e integrou-se na Exposição da Marmelada Branca de Odivelas, que se encontra patente naquele espaço e é promovida pela Secção de Produtores de Marmelada Branca de Odivelas. «Esta sessão de autógrafos juntou doçaria e literatura, promovendo a doçaria conventual junto das camadas mais jovens da população»,
Fotografias: Malaposta
Operação Marmelada Municipália assina protocolo em sessão de autógrafos com a FAPODIVEL
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QUOTIDIANOS PROTECÇÃO CIVIL
Reforço no Comando dos Bombeiros da Pontinha Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt
O Corpo de Bombeiros Voluntários da Pontinha realizou no sábado, 17 de Dezembro a sua festa de natal, onde para além da inauguração de um novo equipamento, uma pequena encenação alusiva ao natal e de um concerto pela Orquestra dos Trabalhadores da Casa Pia de Lisboa, foi empossado o novo Adjunto de Comando, Gonçalo Mendes. festa contou com a presença de bombeiros, familiares, membros dos órgãos sociais e alguns convidados, entre os quais o Coronel António Luís Niza Pato, comandante do Regimento de Engenharia 1. António Rodrigues abriu o evento com algumas palavras de incentivo e alusivas à quadra natalícia e apresentou o Grupo Especial de Salvamento em Grande Ângulo que construiu um reboque para transportar o seu material e o ofereceu á associação. António Carlos Neto da Silva deu então posse ao novo adjunto de comando, Gonçalo Mendes ficando assim completo o Quadro de Comando da
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corporação. Um filme mostrou as instalações e a actividade dos bombeiros e os mais jovens elementos da corporação mostraram de forma divertida como se fazem os serviços nos bombeiros. Uma chamada para a central anunciava um acidente de viação e o centralista cumprindo o proto-
colo para estas situações fez a perguntas necessárias a quem comunicou o acidente. As comunicações entre a viatura e a central foram desenvolvidas correctamente assim como a comunicação á PSP. Só faltava conhecer a viatura sinistrada que era… O trenó do Pai Natal!
O novo adjunto Gonçalo Miguel Amaral Mendes nasceu a 08 de Dezembro de 1984 e mora na Pontinha. Em 27 de Março de 1995, apenas com 11 anos entrou para o Corpo de Bombeiros Voluntários da Pontinha como infante, como então se designavam os jovens elementos dos bombeiros com idade inferior a 14 anos. Completando essa idade passou a cadete em 03 de Dezembro de 1998. A 08 de Dezembro de 2002, completando os 18 anos passa a estagiário frequentando a escola de bombeiros. Em 12 de Julho de 2003, concluída a escola é promovido a bombeiro de 3ª. A 13 de Julho de 2006 é promovido a bombeiro de 2ª posto em que se mantém até agora. A sua folha de matrícula ostenta várias condecorações e louvores pela actividade desenvolvida e várias acções e cursos de formação.
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QUOTIDIANOS TRANSPORTES PÚBLICOS
Utentes manifestam-se contra alterações nos horários e carreiras Centenas de pessoas manifesta ram-se no Sábado, 17 de Dezembro, em Odivelas pela defesa dos transportes públicos no concelho, numa acção de protesto convocada pela Comissão de Utentes dos transportes Públicos de Odivelas (CUTPO). ota de imprensa da CUTPO afirma que esta acção «Deixou claro o protesto da população do concelho quanto às intenções do governo de retirar o direito de usufruírem de um serviço público de transporte». A manifestação percorreu as ruas de Odivelas, iniciando na Rotunda da Patameiras e terminando na estação de Metro de Odivelas, «Locais simbólicos, uma vez que o pacote de medidas constantes da Proposta de Reformulação da Rede de Transportes na Área Metropolitana de Lisboa, inclui o encurtamento do percurso do autocarro 36 , que passará a ficar no Sr. Roubado e o encerramento do Metro às 21,30 entre o Campo Grande e Odivelas». No final da manifestação registaram-se intervenções de Carlos Braga, do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos; de
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Manuel Leal, dirigente do sindical e membro da Comissão de Trabalhadores da Carris e de Maria da Luz Nogueira, da CUTPO. Carlos Braga centrou a sua intervenção na denúncia do que classificou como forte ataque aos serviços públicos, exemplificando a área da saúde, com o agravamento das condições na prestação de cuidados de saúde e o aumento das taxas moderadoras, e a segurança social, com a diminuição dos apoios às populações, em particular aos reformados e desempregados. Salientou que as medidas do governo na área dos transportes se integram numa estratégia de desmantelamento do Estado Social com grande prejuízo para as populações. Manuel Leal destacou a importância da acção das populações na defesa dos transportes públicos, referindo tratar-se de uma luta que se está a desenvolver em muitas localidades e que há uma grande convergência entre os interesses das populações e dos trabalhadores dos transportes, pois todos defendem um objectivo comum: a manutenção do serviço público de transportes. Maria da Luz Nogueira, da CUTPO, referiu que a Comissão de Utentes, confrontada com a
gravidade das medidas estabelecidas na Proposta de Reformulação da Rede de Transportes na Área Metropolitana de Lisboa, apresentada por um grupo de trabalho que mais não é que o testa de ferro do governo, partiu para o contacto com os utentes do Metro e da Carris, informando e denunciando o que estava em causa. Salientou que a indignação tem sido generalizada e que as pessoas questionam como é que se deslocam quando trabalham à noite ou por turnos, quando entram muito cedo no trabalho, ou quando saem das aulas que
acabam depois das 22 ou 23 horas, outras dizem que o autocarro 36 em Odivelas é fundamental porque permite que se desloquem para vários sítios de Lisboa sem terem que fazer mudanças. Lembrando que com o pretexto da chegada do metro a Odivelas, a carris retirou vários autocarros nos últimos anos, tendo ficado apenas com o 36 e o 206 na rede da madrugada, afirmou que agora o governo quer dar a machadada final e acabar com o pouco que existe. Lembrou também que foi a pressão e luta da população de Odi-
Fotografias: CUTPO
Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt
velas que nos anos 70 do século passado obrigou os autocarros a entrar em Odivelas, porque até essa altura ficavam na Calçada de Carriche, afirmando que, se preciso for, não hesitaremos em fazer o mesmo! Quanto ao metro, que desde 2004 se tornou um meio de transporte fundamental, afirmou que não admitiremos qualquer redução de horário, nem aceitaremos que nos imponham um recolher obrigatório com o encerramento mais cedo do principal meio de transporte que liga Lisboa ao concelho. Aludindo às declarações que nos últimos dias têm sido veiculadas pela comunicação social de que o metro não fechará mais cedo, referiu que tudo está em aberto e não podemos descansar enquanto não tivermos garantias de que o metro fecha para Odivelas, à mesma hora que fecha em toda a rede. Sobre o abaixo-assinado que a CUTPO lanço há um mês, salientou que neste momento conta já com cerca de 5.000 assinaturas, facto que traduz uma forte rejeição às medidas que o governo se prepara para implementar. A concluir, referiu que estamos fartos de roubados: nos salários, nas pensões, nos cuidados de saúde, na educação, nos aumentos da electricidade e do gás, nos aumentos dos preços dos transportes. Não aceitaremos mais este roubo que nos querem com a retirada e/ou diminuição dos meios de transporte!
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Natal do Pião Mágico O Infantário O Pião Mágico realizou no dia 17 de Dezembro a sua habitual Festa de Natal que este ano saiu das suas instalações e encheu por a sede da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças de pais e familiares das crianças que foram as verdadeiras vedetas da festa. Os grupos das várias idades desfilaram pelo palco cantando canções de Natal, seguindo-se uma peça alusiva ao tema onde não faltaram o pai Natal e os doentes fabricantes de brinquedos, onde os pais das crianças foram os actores que deram vida às várias personagens.
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CAMINHOS CRUZADOS EXPOSIÇÕES
A Experiência Urbana
o espaço Cultural Arnaldo Dias, está patente até 06 de Janeiro uma Exposição Colectiva de Fotografia denominada A Experiência Urbana que junta obras de Armanda Claro, Bruno Calado, Bruno Domingues, Carlos A. Henriques, Carlos Franco, Elsa Estrela e Nuno Pacheco. A exposição pode ser vista de Segunda a Sábado das 09h0 às 20h00. O Espaço Cultural Arnaldo Dias fica na Colorize Copy, na Av. Amália Rodrigues, 17 A na Urbanização da Ribeirada.
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Nuno Pacheco
Título: Reabilitação Dimensões: 40 x 30 cm Data: 2005 Nuno Pacheco iniciou o seu percurso artístico em 1999, quando ingressou no Curso Geral de Artes onde conheceu e experimentou diversas disciplinas artísticas como Pintura, Desenho, Fotografia e Serigrafia. Entre 2002 e 2007, frequenta a Licenciatura de Design de Comunicação, na Faculdade de Belas Artes de Lisboa onde desenvolve competências técnicas e intelectuais
em áreas como História da Arte, Estética, Desenho, Fotografia e Design. Na Fotografia encontra um veículo de comunicação de conceitos, dos seus interesses e reflexões. Armanda Claro
Título: Espanto I – Teatro Barraca – Utopia Teatro Dimensões: 40 x 30 cm Data: Maio 2009 Armanda Claro trabalha em fotografia há 12 anos. O seu percurso começou no fotojornalismo mas tem uma grande paixão pelo cinema, teatro e retracto. A sua energia é contagiada pela diversidade que o seu trabalho proporciona. A sua sensibilidade distingue-se pela empatia que cria em qualquer situação que vivência quando fotografa. Elsa Estrela
Título: Limite (Foto nº PC 185608 R) Dimensões: 40 x 50 cm Data: Dezembro 2010 Nasceu em Sá da Bandeira (actual Lubango), Angola no ano de 1964. Cedo descobriu o gosto pela fotografia, como mera observadora. Frequentou um curso e alguns workshops que lhe proporcionaram as bases técnicas que permitiram que o seu trabalho fosse evoluindo e se transformasse numa forma de expressão artística dos seus próprios sentimentos. Procura perpetuar sensações e momentos que, de uma forma ou de outra acabariam, por se esvair da memória. Carlos Franco
Título: As barreiras também se contornam Dimensões: 52 x 35 cm Data: 2008 Carlos Lopes Franco, nasceu em Barras – Mafra em 1953. Engenheiro de formação. Investigador de profissão. É um autodidacta no que à fotografia diz respeito. Considera-se um fotógrafo do sentimento, do impulso e do
momento. Pretende transportar para as suas fotografias a sua visão e interpretação do social, quer urbano, quer rural nas suas variadas vertentes. Bruno Calado
Título: Eléctrico da Carreira 28 Dimensões: 42 x 29 cm Data: 2007 Fotógrafo amador, já exibiu o seu trabalho em algumas exposições, colectivas e individuais, tais como O Medo na Paisagem Urbana, Museu da Cidade, Lisboa, Momentos, VIPBAR, Ponta Delgada, Dia do Exército, Pavilhão do Mar, Ponta Delgada entre outras e revistas da especialidade. Carlos A. Henriques
Título: Ponto de fuga Dimensões: 29 x 21 cm Data: Setembro 2011 Natural de Silves, inicia em 1996 o seu percurso profissional como fotojornalista no Grupo Forum. Um ano depois entra para a produtora Duvideo como editor vídeo. Actualmente é editor na Sync, produtora de publicidade, e formador na Restart. Mantendo a edição como principal actividade profissional, vê na fotografia um meio para a reflexão e amadurecimento pessoal. Bruno Domingues
Título: Prata entre margens – Lisboa Dimensões: 40 x 26 cm Data: Abril 2009 A paixão pelas imagens estáticas e em movimento cedo passaram a fazer parte da sua vida, as primeiras como “hobby” e as segundas como alimento da alma e do corpo. As viagens, os contactos profissionais e o gosto pelo urbano, conduziram a um espólio fotográfico reprodutor do que mais fascinaram o Autor na sua experiência constante e nunca saciada de obtenção do belo e do nunca visto.
23 Dezembro 2011
Dualidades
Ponto & Vírgula
CONTO DE NATAL
Nova Odivelas 23
O ponto-e-vírgula marca uma pausa mais longa que a da vírgula (para que se aprenda a respirar), no entanto menor que a do ponto (para que não se perca a oportunidade de agir).
O presépio desaparecido João Carvalho Jurista jrlcarvalho@sapo.pt
Ao Projecto Há Vida no Pancas
A
ndava sobressaltada a edilidade de Marmeladelas. E o caso não era para menos. Nada parecia correr bem. Os seus vizinhos do Norte, governados pelo fero Bigodes, tratavam Marmeladelas abaixo de cão. Senhores da água, do lixo e dos esgotos, racionavam a primeira, não recolhiam o segundo e defecavam-se para os terceiros. E o pior de tudo é que se cobravam principescamente por isso. A saúde da população de Marmeladelas também não estava melhor. Entalada entre as promessas de uns e as hesitações de outros, não viam remédio para as suas maleitas. Em muitos outros domínios, a população batia à porta dos seus governantes directos, pedindo auxílio, exigindo soluções, reclamando medidas. Mas parecia que um manto de espinhos cobria as soluções, uma tempestade de granizo manietava a actividade, um tsunami afogava o entusiasmo. Contudo era preciso fazer alguma coisa. E a Chefe da edilidade de Marmeladelas teve uma ideia. Ela tinha ouvido dizer que o recurso ao sobrenatural, ao auxílio do Alto, dava bons resultados. Não se faziam procissões a pedir chuva, quando esta demorava e os solos ressequiam? Não se salvavam os pescadores, perdidos no mar, rezando o Terço? Não se inundavam os santuários de peregrinos cumprindo promessas por favores obtidos? Pois bem, por todas as necessidades de Marmeladelas, a chefe da edilidade teve a ideia de fazer um grande presépio na sede da mesma. Estava entrado o mês de Dezembro. Era a altura. Mas faltava o mais difícil: convencer os seus colegas e outros principais. Sim, porque democracia também nestas matérias. E certamente que os favores do Céu melhor viriam se a intenção fosse comum. Convocou-os. Lá estavam Boininhas Ferreira, Bolinhas Com Creme XB, Sandocha Pereira e Zé Repelão. Expôs-lhes a ideia. Boininhas respingou logo. - O quê? Utilizar um símbolo que estava associado a todos os tipos de exploração desde o feudalismo ao capitalismo? Nem pensar! Zé Repelão abanou a cabeça para cima e para baixo em sinal de concordância. Bolinhas esteve uns momentos calado a ver se esta ideia não seria copy-paste de alguma sua, mas não encontrando paralelo, concordou. Sandocha tomou nota no seu caderninho de ideias e pensamentos e também assentiu. A Chefe tinha a maioria, mas queria a unanimidade. Lembrou então a Boininhas o seu passado remoto, muito remoto, tão remoto que ele caiu numa profunda melancolia, da qual só acordou quando a Chefe, para vencer os seus últimos engulhos, propôs que a inauguração do presépio se fizesse na noite de Consoada, não com uma Missa do Galo, mas com uma Sessão Solene em que todos os líderes pudessem intervir e expressar as suas ideias. Seguir-se-ia uma ceia adequada à quadra. Boininhas, antevendo um discurso arrasador de todos os símbolos retrógrados, concordou e Zé Repelão idem, embora este magicando logo ir à Sessão Solene mascarado de monge budista, só para chatear. A Chefe de Marmeladelas mandou logo comprar as mais lindas figuras de presépio que houvesse, em tamanho razoável e demais decoração, bem como recolher o melhor musgo que se encontrasse.
O presépio ficaria montado numa das janelas do salão nobre, de modo a ser visível da rua. Partiram convites para todas as figuras importantes da cidade e arredores. Ela queria que a coisa fosse em grande. O Céu vergar-se-ia com tanto aparato. Montado o presépio, foi tapado com um pano para ser destapado apenas na noite da inauguração. E esta chegou. O cortejo tomou forma no exterior e avançou para o salão nobre, a Chefe à frente. Bolinhas e Sandocha vinham entoando cânticos que tinham preparado tipo, É Natal, é Natal, Que é das coisas boas? Não faz mal, afinal, Primeiro as pessoas. Entrados no salão nobre, a Chefe dirigiu-se ao Presépio e depois de lançar um olhar cúmplice à comitiva, de um só golpe, imperial, removeu o pano que o cobria. Um Ah, que nalguns casos foi um Oh, percorreu os circunstantes. A Chefe fez-se branca como a cal e desmaiou nos braços dos seus fiéis assessores Bilinho e Estevinho. Do Presépio só restava o musgo e a decoração. As figuras tinham desaparecido. Vários convidados atropelavam-se a buscar lenitivo para a Chefe. Super-Mário, nº2 da edilidade, correu logo a chamar à ordem o segurança para saber quem tinha sido o engraçadinho. O pobre jurou a pés juntos que ninguém tinha entrado no salão nobre, cumprindo assim as ordens da Chefe. Telefonemas para aqui, correrias para acolá, mas ninguém atinava com o que tinha acontecido. Vários alvitraram que, enquanto não chegasse a polícia, podiam ir comendo a ceia, para não se perder tudo. Mas quê? Descidos à cave, viram que tinha acontecido à ceia o mesmo que ao Presépio. O mistério adensava-se. Entretanto, não longe dali, Sandro Caneto, cigano, Fábio Semião, são-tomense e Vítor Peralta, de famílias beirãs, dez, mais dez, mais dez réis de gente de garotada esperta, amigos como ninguém, acompanhados pelos seus fiéis cães, Pirata e Carraça, regressavam ao Bairro do Meloal do Fancas, onde moravam, já bem noite desse 24 de Dezembro, depois de um dia de vadiagem. Vinham discutindo o que os esperava em casa. Porrada q’abonde, comida pouca ou nenhuma, e o mais que se veria. De repente, viram os cães estacar e imediatamente dirigirem-se para um grande caniçal numa das vertentes do bairro, ladrando alegremente. Seguiram-nos, intrigados. Ali estava o sítio secreto, sua oficina e armazém e seu paradeiro nas horas de qualquer hora de isolamento estratégico. Ao chegarem perto viram uma luz muito forte, vinda não sabiam de onde, que incidia sobre uma cabana e um conjunto de figuras: homens, mulheres, ovelhas, burros, camelos, vacas. Vítor identificou tudo como sendo um grande presépio. E maravilha das maravilhas, ao lado, recipientes com bolos, pedaços de frango, salgados, muita outra comida e bebidas. Ajoelharam. E, no meio da cabana, deitado numas palhinhas, um Menino lindo sorria-lhes, agitando as perninhas, e estendendo os bracinhos, quase como que querendo saltar para brincar com eles. E ali, finalmente, aconteceu Natal em Marmeladelas.
Notas Soltas Teresa Salvado teresa_salvado@coisas.info
á semanas em que nada acontece. Há semanas em que tudo se passa diante de nós de uma forma assustadora. Há semanas em que deixamos o cérebro a descansar. Há semanas em que o corrupio de ideias é estonteante. Esta tem sido uma dessas semanas, em que os pensamentos voam, as ideias nascem, a indignação cresce. Uma das coisas que me passou pela cabeça tem a ver com tempo. Sim, o tempo meteorológico. Não raras vezes, na rua, na rádio na televisão, em conversas de amigos oiço as pessoas mal dizerem o frio e a chuva e que não é normal este tempo. Não é normal? Estamos no Inverno raios. É normal sim que chova a potes e faça frio. A agricultura agradece, as barragens e os caudais dos rios agradecem. O que não é normal, e aí poucos são os que realmente se preocupam, é que nos dias de temporal (que cada vez parecem ser menos) hajam leitos de rios a invadir casas, sarjetas que não escoam devidamente as águas, ruas completamente sujas que se transformam em pequenos rios de lixo e imundice. Isso é que não é normal e isso é que anormalmente acontece todos os anos. A isso é que continuamos indiferentes. Nós população que devemos exigir a quem de direito que precaveja estas situações e nós os eleitos e organismos responsáveis que nada fazemos para que estas situações não ocorram. Outra ideia, à qual é impossível fugir, é a da crise. É impossível fugir porque me afecta e aos que me rodeiam e porque a comunicação social não fala de outra coisa. Mas, sinceramente, não percebo bem esta crise. Ou melhor, não percebo bem que percepção estão a ter os portugueses do que é esta crise e das suas implicações. Se por um lado as famílias apoiadas pelas instituições são cada vez mais, se o número de desempregados aumenta todos os dias… por outro, os centros comerciais estão cheios em vésperas de Natal e as pessoas passeiam-se pelas ruas carregadas de sacos. Já ouvi até dizer que há que aproveitar este ano que ainda houve subsídio (ou parte). Ou seja, vivemos a fábula da cigarra e da formiga em que as cigarras definitivamente imperam. Espero pelo Natal de 2012 para ver as cigarras a pedir ajuda às formigas. Juntando o tempo, o Natal e a crise… o site do Imagens de Marca (http://imagensdemarca.sapo.pt) pediu a uma série de criativos das agências de publicidade para fazerem um pequeno vídeo com o tema Natal com pouco dinheiro. As ideias que apareceram são boas, criativas, aplicáveis… mas um delas confesso que me despertou especial atenção. A ideia da Lalaland. Esta agência sugeriu que neste Natal déssemos tempo. E realmente, numa altura em que há pouco dinheiro e as pessoas dedicam cada vez menos dos seus dias aos que mais amam, o que melhor do que dar tempo e dedicação? Se alguma coisa esta crise pode ter de bom é que faça com que as pessoas revejam as suas prioridades e se tornem menos consumistas, menos egoístas e menos interesseiras. Talvez esta crise traga os verdadeiros valores ao de cima.
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Feliz Natal!!!
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Universidade Sénior
Kalunga
44 Pré publicação semanal da novela de João Carvalho
XV
Conto de Natal Fazia luar, a noite estava fria, e o céu estrelado. Sentado num degrau da porta de sua casa, com as mãozinhas sobre os joelhos, um menino olhava para o céu parecendo falar com as estrelas que brilhavam, formando um manto cintilante. No silêncio da noite ouviu passos. Assustado, virou a sua cabecinha cheia de caracóis loiros para ambos os lados, e viu com algum espanto, que se aproximava um senhor vestido de Vermelho e com umas barbas brancas. - Nunca tinha visto ninguém assim vestido! Disse baixinho o menino. O seu coração batia, batia. Um pouco assustado, levantou-se e deixou ver as suas calças rotas no joelho e os seus pézinhos descalços. O Pai Natal que por ali passava com o seu saco cheio de prendas para ir colocar nas chaminés, dirigiu-se para ele e disse: - Rapaz que fazes aqui com este frio?- Estás a tremer! - De quem estás à espera? - De ninguém. Respondeu o menino. - Os teus pais deixam-te aqui sozinho a estas horas da noite? - Não tenho pais. Eu vivo com a minha avó que está lá dentro sentada à lareira. Respondeu o menino, baixando a cabecinha um pouco envergonhada. - Ainda não me reconheceste? Não sabe quem sou? - Não! - Nunca vi ninguém assim igual ao senhor! Respondeu baixinho. - Olha bem para mim. - Eu sou o Pai Natal! - Eu sou amigo de todos os meninos. - Por isso, nesta noite de Natal venho pôr nos sapatinhos que estão colocados na chaminé, os presentes que eles me pediram. De olhos esbugalhados e um pouco tímido, o menino perguntou? - Também posso pedir um presente? - Claro que sim. - Pede o que desejares. Qual o brinquedo que gostavas de ter? - Nunca tive brinquedos, mas o que eu queria era ter aqui comigo a minha mãe que está lá no céu. Todas as noites eu peço às estrelas, mas estão lá muito altas e não me ouvem! PUB
- Também gostava de umas botas iguais às suas que devem de ser muito quentinhas. Emocionado o Pai Natal pousou o saco das prendas no chão, agarrou o menino ao colo e disse-lhe: - Tu és muito lindo sabias? Um menino de ouro! - Tenho muita pena de não satisfazer o teu primeiro pedido. - Não te posso dar a tua mãe como me pedes, porque não tenho esse poder. - Mas acredito que ela continua a olhar por ti, apesar de estar lá muito, muito longe! - Quanto ao segundo pedido, prometo que te vou dar umas botas iguais ou ainda mais bonitas e quentinhas que as minhas, vou trazer agasalhos para não teres frio, e ainda oferecer-te aquilo que não me pediste! - os mais bonitos brinquedos. E sabes por quê?És um menino, e todos os meninos têm o direito de brincar. - Amanhã durante o dia voltarei com tudo àquilo que te prometi. - Agora vais para dentro de casa, vais dormir e não te esqueças de fazeres a tua oração. Os dois abraçaram-se, e o menino ficou tão feliz com o encontro, que ao ver o velho senhor se afastar, olhou para o céu e disse, fixando as estrelas. - Obrigada mãe, obrigada! Gosto muito de si. Voltou para dentro de casa a saltitar e quando chegou à lareira, abraçou a avó que estava a dormitar e contou-lhe, que já conhecia o Pai Natal, que lhe prometeu brinquedos, umas botas e roupa quentinha. A Avó pensou que era uma história inventada, deu-lhe um beijinho e disse para se ir deitar. Feliz mas ansioso pelo dia seguinte, para ver de novo o Pai Natal, foi para a sua caminha feita de esperança e adormeceu como um anjo. Onde há amor, há luz para iluminar os corações.
Aline Rocha Dezembro de 2011
Camusenge e Luís Morgado abraçaramse efusivamente, quando este ultimo entrou no gabinete do comandante, no posto da polícia de Chitato. Depois de recordarem os bons e maus momentos que tinham passado juntos, em Lóvua, foi altura de abraçar outros homens que tinham sido seus subordinados, como Camusenge e que agora também faziam parte do efectivo da polícia angolana, em Chitato. Depois, Luís informou Camusenge do objectivo do seu regresso a Angola e da sua presença ali. Camusenge sabia do rapto dos rapazes, até porque a participação que padre Salustiano fizera às autoridades tinha dado entrada no seu posto. Ele já tinha estado no Cambondo e, na sequência, tinha feito a instrução do respectivo processo. Este, como envolvia o Zaire, tinha sido remetido para Luanda, a fim de seguir os respectivos trâmites, com base no relacionamento entre entidades policiais de países diferentes. Mas confirmou a Luís Morgado que não seriam de esperar resultados, pois as autoridades zairenses tinham pouca, ou nenhuma, capacidade de intervenção nas zonas afectas à exploração de minério. Ali era o reino dos grupos privados, os quais ditavam as suas leis, com as suas próprias armas. E avisou Luís que, se quisesse ter alguma hipótese de sucesso, tinha que se preparar para o pior e, acima de tudo, tinha que ter alguma força com ele. Não podia pensar que trataria do assunto numa espécie de passeio turístico, sozinho. Naquelas terras, matava-se e morria-se pelo minério. Mas, deu logo uma informação útil a Luís Morgado. - Meu alferes, desculpe a pergunta. Traz dinheiro consigo, que pense gastar neste assunto? - Trago algum, evidentemente. E tenho hipótese de arranjar mais. Mas qual é a ideia? - É que existem por aqui alguns antigos soldados do Exército Katanguês, que vieram refugiados para esta zona, quando acabou a guerra do Katanga. Mantiveram-se sempre mais ou menos juntos, sob a protecção da
tropa portuguesa, como o meu alferes se deve lembrar, pois estiveram muito tempo num aquartelamento, aqui na Lunda. Depois da independência de Angola, têm mantido boas relações connosco. Andam por aí, trabalhando como guardas das minas e outras coisas do género. Por vezes são contratados para missões especiais, de quem precise, e escuso de lhe dizer de que espécie. Conheço-os. Eram bons soldados, continuam a ser, disciplinados e fiéis. Antes aos seus comandantes, agora a quem lhes pague. Como katangueses, que perderam a guerra, não gostam nada dos zairenses. Com dinheiro, pode contratar um bom grupo deles. - Ora aí está o que eu chamo uma boa hipótese de trabalho. Para já, ainda não sei o que vai ser preciso. Tenho que ir primeiro a Kamonia, onde deve estar Benilele e saber se os companheiros dela conseguiram alguma coisa. Vamos fazer o seguinte. Arranja-me aí dois homens desses, para irem comigo já. Depois, conforme as necessidades, irão mais. E preciso de um veículo. Arranja-se? - Eles poderão ir já, mas não podem atravessar a fronteira com o meu alferes, porque não têm documentação para isso e mesmo que tivessem, podiam ser reconhecidos e imediatamente presos pelos zairenses. Mas não se preocupe que eles lá irão ter consigo. Quanto ao carro, há aí muito por onde escolher, pois existem vários abandonados. Com mais ou menos reparação, põe-se um a andar e arranjam-se papéis provisórios. - Camusenge, outro assunto. Tens conhecimento do que aconteceu a um comerciante português, aqui do Chitato, de nome Manuel Cosme? - Sei quem era, porque se comprava muita coisa na loja dele e ele mandava muita mercadoria para Lóvua. Mas quando eu vim para aqui prestar serviço ele já cá não estava e o comércio dele estava fechado. Mas, se o meu alferes quiser saber mais alguma coisa, posso mandar chamar um dos antigos empregados dele. - Não, não o mandes vir ao posto, porque pode ficar intimidado e não contar nada de importante. Diz-me só onde posso encontrar um deles, que eu vou procurá-lo.
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Estreito de Magalhães
O País dos Portugueses ma das cinco torres do Aleixo, um dos bairros mais degradantes e degradados da cidade do Porto, foi demolida, por implosão, a meio do mês de Dezembro de 2011. A informação nacional, em especial a televisiva, tinha pano para mangas e não perdeu a oportunidade de revelar as pessoas, a gente real que ali viveu, em complemento do espectáculo de pirotecnia. Queriam drama humano, inventaram vários sem consistência alguma. Não esquecendo os que ainda vivem nas restantes torres, que aguardam a sua vez de serem transformadas em entulho sem préstimo. Quanto mais o aspecto destes se assemelhava à de um grunho, mais tempo de antena lhe era dado, e quanto maior o disparate que emitia, que em regra nem vestígios de gritos de alma eram, idem. A analogia do estado da nação com as torres do Porto é legítima, dado que o país também se encontra em condições mais que favoráveis de ser
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implodido. Os grunhos políticos de serviço não são em nada distintos das pobres e miseráveis gentes do Aleixo, só exibem mais dentes e melhor arranjo exterior, considerando que ambos governam as suas vidas na marginalidade da lei, se não mesmo fora desta. Grandes males grandes remédios, como para as torres, para Portugal é recomendável uma limpeza radical, mudar de ares, limpar a paisagem de gente que vive em condições infra humanas na raia da indecência civilizacional. No nixo de mercado que os escraviza no vício, condenam as gerações mais novas a um triste e vil destino, sem esperança e de horizontes que não vão além da ressaca a que ciclicamente regressam. Algo de novo está iminente: para as torres já sabemos o que as espera, para o país veremos qual o seu destino. Deverá ser tão radical como o previsto para o Aleixo?
Armando Ramalho
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ENTRE TANTO
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em
Teatro
Todos a Bordo! Estreou na Quarta-feira no Centro Cultural Malaposta a nova peça de Fernando Gomes, Todos a Bordo! que vai estar em cena de quinta a sábado às 21h30 e aos domingos às 16h00. COMÉDIA? CABARET? REVISTA? Todos a Bordo! tem um pouco de tudo isto ... e muito mais! Uma Viagem imaginária ao Mundo Louco do Espectáculo! Shakespeare tinha razão quando disse que o mundo inteiro é um palco, e o palco é o mundo, onde cada actor tem de representar o seu papel! E neste mundo de ilusões que é o teatro, assim como na vida real, tudo pode acontecer! Assim, neste nosso mundo, neste nosso palco, o do Teatro da Malaposta, a nova proposta com Todos a Bordo! é uma viagem musical e imaginária ao mundo do espectáculo, através de um encadeado de situações de comédia, onde se cruzam os mais diferentes estilos: da popular opereta ao burlesco do cabaret e uma revisitação ao mais tradicional de todos os espectáculos, a revista à portuguesa! E porque o nosso passado é riquís-
simo e nenhuma altura é uma boa altura para o es-
quecer, para o pôr de parte, para o fechar num armário como coisa que já não presta, esta viagem inclui clássicos de todos os tempos, e que por isso mesmo continuam bem presentes no nosso imaginário. Assim, em Todos a bordo!” a Lisboa Antiga poderá reencontrar-se com a Lisboa Moderna, a canção de Cabaret com o tradicional Fado, a distinta Opereta com a Canção Ligeira. Personagens e estilos bem diferentes, juntos pela primeira vez neste Todos a Bordo!, um divertido e burlesco musical, que uma fantasiosa Companhia de Teatro pretende levar à cena, inspirando-se no clássico de Shakespeare A Tempestade. Personagens e Intérpretes Ao longo do espectáculo, o público irá assistir a cenas de bastidores, e ainda à reciclagem de uma série de personagens criadas por Shakespeare, entre as quais:
O velho rei Alonso de Nápoles e sua jovem e infiel esposa; Ferdinando, o muito traumatizado filho de ambos, que encontra o amor ao conhecer Miranda, a bela filha de Próspero, dono e senhor de uma ilha paradisíaca habitada por três delirantes Cantoras residentes; O espírito de Sicorax, uma poderosa feiticeira que em noites de lua cheia desce à ilha para confortar seu filho, Caliban, uma criatura com cornos de bode e rabo de dinossauro. Poseidon, o deus dos mares, Baco, o deus do vinho... e ainda a participação especial do próprio William Shakespeare! Com belos cenários e um fantasioso
guarda roupa, Todos a Bordo! é um divertimento escrito, encenado e interpretado por Fernando Gomes muito bem acompanhado pelo elenco com quem habitualmente trabalha: Isabel Ribas, Paula Fonseca, Sara Campina, Jorge Estreia, Luís Pacheco, Rui Raposo, e contando ainda com a colaboração especial do actor Manuel Marques, que o público tão bem conhece dos programas Estado de Graça e Herman 2011 e da actriz Cristina Oliveira presença semanal do Portugal no Coração. O público poderá vê-los, ao vivo, todos juntos, neste popular e divertido Todos a Bordo!
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ções com os outros, sei que tenho amigos verdadeiros!
Escorpião
De 23 a 29 de Dezembro Carneiro Carta Dominante: 9 de Paus, que significa Força na Adversidade. Amor: O seu erotismo e criatividade vão fazer milagres na sua relação, o seu par gostará da surpresa. Saúde: Período sem problemas. Dinheiro: Nada o preocupará a este nível. Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 49 Pensamento positivo: Tenho força em todos os momentos.
Touro Carta Dominante: A Imperatriz, que significa Realização. Amor: O ciúme não é um bom conselheiro, aprenda a saber ultrapassá-lo. Saúde: Poderá sofrer de algumas dores de cabeça fortes, que indicam que precisam de repousar mais. Dinheiro: Graças ao seu bom desempenho poderá ganhar algum dinheiro extra. Números da Sorte: 3, 11, 19, 25, 29, 30 Pensamento positivo: Eu sei que consigo realizar os meus projectos, acredito em mim!
Gémeos Carta Dominante: Cavaleiro de Ouros, que significa Pessoa Útil, Maturidade. Amor: Converse com o seu par, só ganhará com isso. Aprenda a aceitar-se na sua globalidade, afinal você não tem que ser um Super-Homem! Saúde: Descanse quando o seu corpo pedir. Dinheiro: Cuidado, seja mais amável no local de trabalho. Números da Sorte: 19, 26, 30,
32, 36, 39 Pensamento positivo: Procuro ser tolerante para com todas as pessoas que me rodeiam.
Caranguejo Carta Dominante: 8 de Ouros, que significa Esforço Pessoal. Amor: Pense mais com o coração do que com a razão. Que a luz da sua alma ilumine todos os que você ama! Saúde: Cuide melhor da sua saúde espiritual procurando ter pensamentos mais positivos. Dinheiro: As suas economias poderão sofrer uma quebra inesperada. Números da Sorte: 5, 9, 17, 33, 42, 47 Pensamento positivo: Esforçome todos os dias por ser uma pessoa mais feliz.
Leão Carta Dominante: 6 de Espadas, que significa Viagem Inesperada. Amor: Procure encontrar mais tempo na sua vida para estar com as pessoas que realmente ama. Saúde: Não cometa excessos alimentares. Dinheiro: As suas finanças poderão sofrer uma quebra substancial. Não se deixe manipular pelos seus próprios pensamentos! Números da Sorte: 8, 9, 22, 31, 44, 49 Pensamento positivo: Acredito que o poder da mudança está dentro de mim.
Virgem Carta Dominante: Cavaleiro de Copas, que significa Proposta
Vantajosa. Amor: Os momentos de confraternização familiar estão favo recidos. Não perca o contacto com as coisas mais simples da vida. Saúde: Procure fazer uma alimentação mais equilibrada. Dinheiro: Nada de marcante acontecerá, o que não significa que se pode deixar levar pelos impulsos consumistas. Números da Sorte: 2, 8, 11, 28, 40, 42 Pensamento positivo: Acredito que a vida tem propostas maravilhosas para mim.
Balança Carta Dominante: A Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera. Amor: Os seus familiares precisam de maior atenção da sua parte. Seja carinhoso. Que o amor esteja sempre no seu coração! Saúde: Cuidado com possíveis dores de cabeça. Dinheiro: Pode fazer aquele negócio que tanto deseja. Números da Sorte: 7, 19, 23, 42, 43, 48 Pensamento positivo: A sinceridade domina as minhas rela-
Carta Dominante: 4 de Espadas, que significa Inquietação, Agitação. Amor: Não descarregue nas pessoas de quem mais gosta a má disposição. A felicidade é de tal forma importante que deve esforçar-se para a alcançar. Saúde: Procure fazer um regime alimentar, só terá a ganhar com isso. Dinheiro: Período pouco favorável para contrair empréstimos. Números da Sorte: 2, 4, 22, 36, 47, 48 Pensamento positivo: Encontro a serenidade dentro de mim.
Sagitário Carta Dominante: A Temperança, que significa Equilíbrio. Amor: Faça um jantar especial e muito romântico para a sua cara-metade. Saúde: Procure não andar muito tenso. Aceite os erros dos outros e os seus. Dinheiro: O seu poder económico terá um aumento significativo. Números da Sorte: 3, 24, 29, 33, 38, 40 Pensamento positivo: Sigo a minha intuição, pois sei que ela é a minha mais sábia conselheira.
Capricórnio Carta Dominante: Valete de Ouros, que significa Reflexão, Novidades. Amor: Poderá ter de enfrentar uma forte discussão com um dos elementos da sua família. Seja verdadeiro, a verdade é eterna e a mentira dura apenas algum tempo.
Saúde: O cansaço irá invadi-lo, tente relaxar. Dinheiro: A sua conta bancária anda um pouco em baixo, seja prudente nos gastos. Números da Sorte: 4, 11, 17, 19, 25, 29 Pensamento positivo: A alma não tem idade, jamais envelhece!
Aquário Carta Dominante: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexão Amor: Não pense que as pessoas são todas iguais, não descarregue na pessoa que tem a seu lado o que outras lhe fizeram que o deixou magoado. Seja honesto consigo próprio, não tenha receio de reconhecer os seus erros e traçar novas rotas de vida. Saúde: Procure com maior frequência o seu médico de família. Dinheiro: Tudo correrá dentro da normalidade. Números da Sorte: 5, 17, 22, 33, 45, 49 Pensamento positivo: Sou leal às minhas convicções!
Peixes Carta Dominante: 5 de Espadas, que significa Avareza. Amor: A harmonia está neste momento presente no seu ambiente familiar. Tanto a tristeza como a alegria são hábitos que pode educar, cabe-lhe a si escolher qual deles prefere! Saúde: Cuidado com o sistema nervoso, pois está neste momento com tendência para as depressões. Dinheiro: Não terá problemas de maior nesta área da sua vida. Números da Sorte: 2, 8, 11, 25, 29, 33 Pensamento positivo: Sorrio mais vezes e dessa forma a minha vida é mais rica.
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~ G uard a Re al ~
É pá, o que faz tanta gente na reunião de câmara?
~ Fla sh d o Reino ~
Por onde é que eles andam?
Acho que vêm falar de um Senhor chamado Bocage.
23 Dezembro 2011
Realmente! «Liguei há pouco, para a Biblioteca D. Dinis, a fim de saber o preço da publicação: “Odivelas em Banda Desenhada”. Fui muito bem atendido por uma funcionária que me informou que essa obra custa a “módica” quantia de € 20,27. Quase que fiquei de “cara à banda”. Perguntei-lhe a razão desse preço tão elevado já que tinha visto no “site” da Livraria Bulhosa, a mesma obra, com o preço de € 6.06. Informou-me que efectivamente esse já fora o preço mas... alguém superiormente decidira aumentá-lo. Pergunto eu: A quem interessa isto? Não é missão de uma Biblioteca Municipal envidar todos os esforços para colocar a cultura a preços mais acessíveis? Ou não há interesse em que a história do nosso município seja conhecida pelos seus habitantes? Assim não dá... mesmo!...» António Serra Blogue Ao Fundo da Minha Rua «No passado sábado dia 19 de Novembro de 2011, teve lugar o lançamento da 1ª Pedra do equipamento social lar de crianças e jovens - Arroja (Parceria entre a CMO com o Centro Comunitário e Paroquial da Ramada) Ia jurar que o lançamento desta 1ª pedra já teria ocorrido algures em finais de Setembro ou Outubro de 2009, será? (Jornal Nova Odivelas de 02 de Outubro de 2009) e (O Meu Jornal de 08 de Outubro de 2009). Ora pensando bem, esta será a 2ª pedra do complexo! Esta malta anda toda com uma enorme pedrada... E se calhar pensam que as pessoas também!» Madalena Varela Blogue No Reino da Odivelix Em Odivelas, não temos uma governação insensível e desprendida da realidade. Tal como as pessoas, a Autarquia também sente as dificuldades decorrentes da crise e, por isso, assumimos uma gestão austera, mas que não é desligada das condições das pessoas, por isso se assegura um investimento elevado nos campos sociais. Sabíamos que tínhamos um de dois caminhos: o fácil, no qual nos demitíamos de uma postura pró-activa, ficando na sombra da crise, de braços cruzados, justificando a total inércia por causa do momento que atravessamos; ou a opção da responsabilidade, que mesmo perante as contingências e dificuldades, também nós temos de assumir os nossos compromissos, e ser parte dinâmica, em especial no campo social, pois há muitas pessoas que precisam de contar com a sua Autarquia para lidar com o árduo dia-a-dia que enfrentam, seja pela falta de emprego, seja pela redução do rendimento, seja por outros problemas derivados deste momento. Vereador Paulo César Teixeira Blogue César Teixeira
~ No b r e s C o n f i s s o e s
Nova Odivelas 31
Maria Ricardina de Marmelo e Sá Viscondessa da Memória confissoes@novaodivelas.pt
A
Confesso, sim confesso…
inda acredito no Pai Natal. A sério, acredito mesmo. E se dúvidas tivesse perdiaas completamente ao olhar à minha volta na Terra da Marmelada… Ah pois perdia. O malandro do senhor dos Passos Perdidos fez uma maldade grande aos portugueses e cortou metade do pilimzito que a malta estava a contar para o Natal. Cá a Ricardina, que também é funcionária pública que não dá aulas mas vende muito baratinho, também viu voar metade daquilo com que estava a contar para pagar algumas coisitas e enfim para embarcar na febre consumista que por esta altura ataca a maioria dos portugueses. Com a vacina dos cortes sempre pensei que essa febre estaria debelada, pelo menos por agora. Mas parece que esta febre é das multirresistentes e sobrevive a qualquer vacina mesmo que ela seja de 50% do plim natalício. Claro que cá a Ricardina, como espécie em vias de extinção que é, ficou completamente curada dessa febre, mas como curiosa, ou cusca, que também é, quis ver se a vacina tinha resultado e saiu à rua… Num dia assim! Pois… Na baixa quase que era atropelada por uma multidão de tias carregadinhas de sacos que percorriam todas as lojas. Ingénua como sou ainda pensei que as coisas estariam ao preço da chuva que não tem caído e por isso entrei em duas ou três lojas para ver as etiquetas dos preços. Eh pá, disse que vendia as minhas aulas baratinho. Estou enganada, afinal apenas as troco por uns troquitos tão pequenos que tinha de trabalhar mais de um mês para comprar um daqueles vestiditos que enchiam os sacos das tias. Ai, se puder escolher na minha próxima encarnação quero nascer no Restelo, ou em Cascais.
E
spera… Estou a ser ingrata. Também posso nascer em Odivelas, que afinal até é Terra de Oportunidades e quem sabe se não terei também a minha no Reino da Marmelada Branca. Ah pois, imaginem que na próxima encarnação tenho mais jeito para politiquices e acabo assessora municipal ou de freguesia? Ou até jurista com avença choruda, ou ainda auditora com jeito para acompanhar processos de águas e esgotos ou até público-privadas? Pelo que vi da penúltima reunião do executivo municipal só para acompanhar essas coisas foram 148 mil euros. Eh pá os professores de Maremática realmente vendem as aulas muito baratinho. E mesmo assim vá que não vá porque se calhar ainda temos de acreditar no senhor ministro e imigrar. Ah isso é que não, não saio da Terra da Marmelada porque aqui é que é bom viver!
M
comerciais continuarem à pinha e os produtos mais caros não pararem nas prateleiras das grandes superfícies, cada vez há mais quem não tenha mesmo de comer e apenas as boas vontades que se vão gerando permitem um natal menos cinzento e sentir o cheiro de alguma normalidade na quadra natalícia. As muitas Instituições Particulares de Solidariedade Social lá vão fazendo o que podem mas também muitas outras instituições, com outras vocações, sentiram o espirito natalício e também promoveram acções solidárias, desde as estruturas políticas as autarquias locais. Para todos eles, já que não posso dar mais nada porque a crise também ataca viscondessas cronistas, vai o mais repenicado beijinho da Ricardina com os desejos de um Natal muito Feliz e um 2012 sem tróicas, femis, uniões europeias, défices, cortes, e contenções. Que querem, ainda acredito no pai Natal. E prontos, em quadra natalícia não posso ter língua viperina que o Senhor não deixa. Portantos, vou ver as montras. Fiquem bem que eu fico também.
as prontos. Temos de cair na amarga realidade e reconhecer que, apesar das lojas e dos centros
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Nova Odivelas
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