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TOMADA DE POSSE NA CRPI DA PÓVOA
Sexta-feira,
20 de Janeiro de 2012
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424 II Série Ano XII
w w w . n o va o d i ve l a s . p t Director: Henrique Ribeiro
CUTPO ENTREGOU ABAIXO-ASSINADO EM DEFESA DOS TRANSPORTES PÚBLICOS
CAPACITAR AS POPULAÇÕES PARA A INTEGRAÇÃO PLENA DESFILE D A S A L U N A S D O INSTITU TO D E O D I V E L A S ANIMOU A C ID A D E
DESPORTIVAMENTE XADREZ DO GINÁSIO CLUBE DE ODIVELAS EM DE STAQUE
CONFLITOS NA URMEIRA NESTE NÚMERO
● CLDS da Vertente Sul ● Instituto de Ciências Educativas ● Novos órgãos sociais na CRPI da Póvoa ● Externato Pica-Pau ● Ideologia do Poder ● Manjar do Casal ● Reunião da CMO ● Festival da Canção Infantil do Kaué ● Conflitos na Urmeira ● Projeto EU CIDADÃO ● Regressa a Hipoterapia ● Aniversário do MOC ● Loja do Turismo ● Utentes dos Transportes ● Públicos Projeto SerSeguro ● BE acusa CMO de não responder a requerimento ● Joclima, ar condicionado ● Instituto de Odivelas ● Exposição nos Paços do Concelho ● Dualidades ● Ponto e Vírgula ● Universidade Sénior ● Kalunga ● Imagens Reais, fotografia e vídeo ● Estreito de Magalhães ● Caneças Solidária ● Entretanto ● Todos a Bordo ● Horóscopo ● Deishas e Hacienda D Luisa ● Flash do Reino ● Woodsart ● Guarda Real ● Realmente ● Nobres Confissões
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ATUALIDADE DESENVOLVIMENTO SOCIAL A IDEOLOGIA DO PODER
CLDS da Vertente Sul continua a trabalhar pela integração Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt
O Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) da Vertente Sul, cujo primeiro projecto terminou em Março de 2011, foi um dos poucos do país a ser renovado e em Maio do mesmo ano começou o novo projecto que vai durar mais dois anos, num novo local e com mais valências.
(www.novaodivelas.pt/pdf/363. pdf) apresentámos o primeiro projecto do Contrato Local de Desenvolvimento Social da Vertente Sul, que tinha como entidade gestora o Centro Comunitário e Paroquial de Famões (CCPF) e que teve o seu início em Abril de 2008. Neste projecto o CLDS funcionou no Vale do Forno e terminou em Março de 2012. O novo projecto apresentado pela entidade gestora foi aprovado e a 13 de Maio
assinado o Protocolo que sustenta o CLDS. Em Junho a equipa voltou ao terreno continuando a ser coordenada por Benedita Lima mas mudando as suas instalações para a Quinta do Zé Luís, ficando no centro dos bairros abrangidos que são Vale do Forno, Quinta do Zé Luís, Encosta da Luz, Quinta das Arrombas e Serra da Luz. Nas duas pontas estão a Urmeira e o Senhor Roubado, que não sendo áreas do CDLS também encontram ali apoio. A propósito da 3ª edição da Feira do Emprego, Desenvolvi-
mento e Empreendedorismo que vai acontecer a 26 de janeiro, o Nova Odivelas voltou esta semana ao CLDS da Vertente Sul para, em conversa com Benedita Lima, coordenadora e Cristina Nascimento, responsável pelo evento, fazer o ponto da situação deste novo projecto que irá terminar em 2013. Os Contratos Locais de Desenvolvimento Social, que existem um pouco por todo o país foram criados pelo Governo português no âmbito da luta contra a pobreza e a exclusão
social. O CLDS da Vertente Sul de Odivelas resultou de um Protocolo de Intenções entre o Instituto da Segurança Social (ISS), que gere o projecto e os financiamentos; a Câmara Municipal de Odivelas, que identificou esta área como Zona Crítica quer pela instabilidade dos solos quer pela ilegalidade e debilidade da construção e o Centro Comunitário e Paroquial de Famões (CCPF) que gere o projecto no terreno. Benedita Lima explicou-nos que o CCPF «Foi convidado por já ter tradição em projectos de luta contra a pobreza».
Fotografias: Henrique Ribeiro
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a edição 363, de 15 de Outubro de 2010
A filosofia destes projectos parte do trabalho local e integrado com quatro eixos de intervenção obrigatórios: emprego, formação e qualificação; intervenção familiar e parental; a capacitação da comunidade e das instituições e informação e acessibilidade. Para além destes eixos obrigatórios cada CLDS pode estabelecer o seu próprio plano de ação onde as acções a desenvolver em cada um dos eixos serão viradas para as necessidades locais. Benedita Lima disse-nos que após o término do primeiro projecto, e tendo em conta os resultados que foram obtidos, o CCPF entendeu que se devia avançar com um novo CLDS porque se verificou ser pertinente que certas áreas de intervenção não morressem e continuassem a existir na Vertente Sul e não havia mais nenhuma entidade no terreno que conseguisse mantê-las. A coordenadora deu como exemplo a formação em informática que tinha uma longa lista de espera. Também na área social iria ser criado um grande vazio se o CLDS terminasse. Apresentada a candidatura, acabou por ser aceite, ainda no Governo anterior, tornando este CLDS um dos poucos que foram renovados a nível de todo o país. O novo Plano de Ação foi mais fácil de fazer porque já existiam os resultados do projecto anterior o que facilitou a descoberta do tipo que acções que deviam ser implementadas. Este plano foi aprovado pelas entidades competentes mas ainda não está completamente vali-
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dado, encontrando no Instituto de Segurança Social (ISS) à espera da validação deste organismo, faltando por isso a assinatura do projecto definitivo. O projecto funciona há vários meses sem essa validação e consequentemente sem a transferência de verbas do ISS para a entidade gestora do projecto. Benedita Lima disse se poderia ter esperado que o projecto fosse oficialmente assinado e partir para o terreno com o financiamento garantido, mas perdendo tempo de execução do projecto que termina definitivamente em 2013, para além do facto de haver uma perda de continuidade que ira criar mais dificuldades no recomeço. Por isso o Centro Comunitário e Paroquial de Famões entendeu que devia avançar com o trabalho no terreno ainda que tivesse que avançar com as verbas necessárias ao desenvolvimento da actividade, como o vencimento dos cinco elementos da equipa técnica e dos formadores contratados para as várias ações formativas. Segundo Benedita Lima «Não estávamos a contar que demorasse assim tanto tempo o que está a causar vários constrangimentos financeiros. A equipa voltou a funcionar em pleno em junho do ano passado, estas instalações são arrendadas com o pagamento mensal do aluguer, há as despesas da electricidade, água, da Internet e tudo o resto». As verbas investidas pelo Centro Comunitário e Paroquial de Famões neste projecto até 31 de dezembro de 2001 ascendem aos 70 mil euros aos quais se juntam mais 20 mil euros que ainda não foram recebidos do projeto anterior. «Não é nada fácil. O Centro Comunitário e Paroquial de Famões tem tido grandes dificuldades em conseguir manter este projecto a funcionar». A especificidade deste tipo de projectos cria algumas situações complicadas para as pessoas envolvidas. Em março, como o término do primeiro projecto a equipa ficou desempregada até junho, o mesmo voltando a acontecer quando o projeto terminar em maio de
2013. Perguntámos a Benedita Lima o que farão nessa altura. «Fazemos como os utentes do CLDS, inscrevemo-nos no Centro de Emprego e damos início ao nosso próprio processo de pesquisa de emprego com vista a mantermos a nossa carreira profissional» disse-nos com ar bem disposto, rendida à inevitabilidade da situação. Mas a preocupação fundamental de Benedita Lima é com os resultados do projecto. «Estes projectos quando são apresentados têm como objectivo principal capacitar a população de uma determinada zona. Iniciam-se intervenções que ao fim de dois ou três anos começam a ter alguns pequenos resultados, porque a área social não é fácil de trabalhar e quando se começam a obter resultados vamos embora. Não pode ser». A coordenadora lembrou que um dos objectivos fundamentais do CLDS é «Deixar no terreno algumas das actividades que aqui iniciámos. Esse é um trabalho que nós temos de fazer e já começámos a trabalhar nesse sentido. Temos aqui algumas pessoas e associações com características para poder agarrar em algumas actividades mas temos também um grande problema, ao qual temos de dar a volta que é a sustentabilidade dessas actividades. A área social não dá dinheiro mas nós temos de descobrir uma maneira de rentabilizar o projecto porque não é possível fazer nenhum trabalho sem dinheiro». Um dos principais desafios da equipa do CLDS da Vertente Sul neste projecto é «Identificar de que forma é que vamos manter no terreno aquelas que nos parecem ser as actividades principais para que esta população continue o seu processo de capacitação e de inserção social». Benedita Lima acredita que não vai ser fácil mas que «As entidades que têm gerido e coordenado este projecto não vão deixá-lo morrer assim, se não, nem sequer faria sentido ter começado. Acredito que as principais entidades parceiras e que deram origem ao projecto, O instituto de Segurança Social, a Câmara Municipal de Odivelas e o Centro Comunitário e Paroquial de Famões, alguma coisa irão descobrir para
manter as actividades» após o encerramento definitivo do projecto em maio de 2013. Fazendo um balanço do projecto terminado em Março de 2011, Benedita Lima considerou os resultados muito positivos tendo abrangido cerca de 5.000 pessoas dos bairros da Vertente Sul se considerarmos os 900 inscritos nas diversas actividades e as respectivas famílias que acabavam também por participar e aquelas pessoas que participavam em actividades pontuais como a Feira de Emprego ou ações pontuais que não careciam de registo. Os bairros da Vertente Sul têm uma população estimada de 12 mil pessoas. «O primeiro CLDS foi de arranque, as pessoas começaram a conhecer-nos, a saber onde estávamos e o que fazíamos. O CLDS não é um projecto só para pessoas com dificuldades socioeconómicas, é para todos os residentes da Vertente Sul e as pessoas habituaram-se a vir ter connosco sempre que necessitavam porque nós tínhamos oferta variada a vários níveis, mesmo cultural e desportivo. Capacitámos muitas pessoas a nível do RVCC, fizemos vários cursos de informática além do inúmero apoio social». Cristina Nascimento, responsável pelo eixo Emprego, Formação e Qualificação disse-nos que
a partir do momento em que a pessoa se inscreve no CLDS é traçado um plano de inserção profissional em conjunto com um técnico. «Temos apoio à orientação vocacional e profissional e todo o trabalho feito em conjunto com o técnico no espaço Clube de Emprego, com actividades de pesquisa activa como a elaboração do currículo, acesso a motores de busca de procura de emprego, respondem a anúncios, fazem candidaturas espontâneas, etc.». O CLDS da Vertente Sul está a trabalhar para a criação de um Portal de Emprego próprio e existe articulação com as empresas, algumas de trabalho temporário e outras sediadas em Odivelas que contactam o projecto para obter trabalhadores. Segundo Cristina Nascimento já se registaram alguns casos de sucesso. Para as pessoas que pretendam criar o seu próprio emprego e queiram recorrer ao microcrédito o CLDS tem articulação com a Associação Nacional de Direito ao Crédito e com o Millennium BCP e ajuda na elaboração de todo o projecto de negócio. Se o técnico perceber que o projecto tem potencialidades para ser financiado o processo é encaminhado para o gestor do projecto do banco ou da associação.
O CLDS, em articulação com a Câmara Municipal de Odivelas e a AUDAX, está também envolvido no projecto Mulher Criadora. «É um projecto muito interessante onde se pretende capacitar mulheres residentes na Vertente Sul para a criação do seu próprio negócio». A entidade gestora do projecto é a AUDAX, um centro de investigação e de apoio ao empreendedorismo e às empresas familiares, que tem como associados institucionais fundadores o INDEG/ISCTE-IUL e a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Para além do CLDS está também envolvida a Associação Rute. O projecto Mulher Criadora tem a duração de 75 horas e reúne como objectivos a criação de um plano de negócios, o desenvolvimento de competências pessoais e sociais que se constituirão como importantes ferramentas para a vida. Durante este período, as mulheres vão ter ainda uma abordagem de temáticas ajustadas às suas necessidades e, caso existam condições de viabilidade, vão poder criar o seu próprio negócio. Na área social e das famílias o CLDS presta apoio social directo em carência muito básicas, como as alimentares. «Temos distribuição de
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alimentos do Banco Alimentar e de roupas que nos são doadas», disse Benedita Lima, referindo que há muitas pessoas a fazer essa doação mas também muitas pessoas a solicitar esse apoio. O apoio alimentar é prestado a 50 famílias, que abrangem mais de 100 pessoas. «Temos uma grande lista de espera para avaliação. Infelizmente não conseguimos dar resposta imediata porque estas questões da distribuição de alimentos são muito sensíveis». O CLDS apoia apenas os residentes da Vertente Sul que pertencem à freguesia de Odivelas. Os restantes residentes são apoiados pela Associação Rute. Existem também acções de formação e informação ao nível da cidadania, como a gestão doméstica, trabalho com crianças e apoio psicológico, entre outros. Estas ações são participadas e há pessoas que são muito regulares na sua participação, segundo a coordenadora do CLDS. Começam também a aparecer agora pessoas motivadas para ajudar nas ações em regime de voluntariado. «Temos uma pequena equipa de voluntários que nos ajudam muito em pequenas coisas. É um movimento ainda incipiente, esta a começar agora, mas estamos muito contentes porque é importante também para as pessoas poderem também comunicar entre si, associarem-se e até elas próprias poderem criar ações que é outro dos objectivos do nosso projecto». Capoeira, danças de Salão, Taichi e música também são actividades desenvolvidas pelo CLDS onde os participantes têm acesso de forma gratuita. A equipa está a pensar numa forma de os utentes entregarem
uma caução, a devolver no final, para responsabilizar mais as pessoas que por vezes se inscrevem mas depois dão frequentes faltas. No entanto é apenas uma ideia que Benedita Lima não sabe se vai ser ou não concretizada. «Serviria também para as pessoas se habituarem a que as coisas têm custos porque um dia o CLDS vai sair daqui e qualquer outra entidade terá de cobrar essas actividades». A área da informática é das mais participadas de todas as actividades promovidas no CLDS da Vertente Sul. «Temos momento já temos inscrições que dão para fazer cursos até ao final do projecto e não temos tempo de fazer cursos para toda a gente porque duram algum tempo. Termos cursos de manhã, á tarde e à noite e mesmo ao sábado e está tudo esgotado». Os cursos são devidos em cinco módulos de cerca de trinta horas cada um e os participantes podem inscrever-se só nos módulos que desejem. O quiosque de Internet também tem muita procura e uma utilização diária. Em final de conversa Benedita Lima sublinhou a importância deste projecto. «Tem sido um trabalho interessante para mim e seguramente para toda a equipa. Felizmente tenho encontrado sempre uma excepcional». A equipa do CLDS é constituída por cinco pessoas, a coordenadora, um engenheiro que trata da área informática, uma técnica de recursos humanos, uma psicóloga e uma técnica de serviço social. Existem ainda os formadores esternos para as várias ações de formação nas diferentes áreas. Para além disso o CLDS conta com a «Colaboração gratuita e voluntária de muitas pessoas, como nos rastreios
de saúde onde temos uma enfermeira voluntária quer vem cá periodicamente. Contamos ainda com a participação de muitas entidades que colaboram con-
nosco nas organizações dos workshops e outras ações. À medida que vamos solicitando o apoio há várias entidades que vão apoiando o projeto. É a
única maneira de ele não se tornar tão caro. Somos um polo aglutinador de recursos da comunidade e isso é muito interessante».
3ª Feira do Emprego No dia 26 de janeiro, entre as 10h00 e as 19h00, vai acontecer a 3ª edição da Feira do Emprego, Desenvolvimento e Empreendedorismo que, segundo Cristina Nascimento, «Visa promover a aproximação das empresas à realidade da Vertente Sul e apresentar ofertas formativas e de emprego, bem como sessões de esclarecimento por parte de algumas entidades». Na feira vão estar presentes empresas de trabalho temporário e de formação, o Centro de Emprego de Loures. «Este ano a feira tem um novo conceito não sendo apenas um evento com os vários stands mas também sessões de esclarecimento e workshops. Queremos que o público não se informe apenas no stand específico mas que possa aprofundar a informação».
Programa: 10h00 – Sessão de abertura com Benedita Lima, coordenadora do CLDS 11h00 – Momento de coaching com a Plano Sentidos 12h00 – Animação Musical com a LX PRO 14h30 – Entrega de certificados aos voluntários do CLDS-VS e de formação TIC 15h00 – Sessões de Esclarecimento: ACIDI, AUDAX-ISCTE; Microcrédito, Millennium BCP e Associação Nacional de Direito ao Crédito; Centro de Emprego de Loures; empresa Talenter, recrutamento e apoio ao imigrante; empresa Escriturando, estágios profissionais.
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QUOTIDIANOS ASSOCIATIVISMO
David Braga davidbraga@simpruspress.pt
Os 23 elementos que constituem os novos órgãos sociais da Comissão de Reformados, Pensionistas e Idosos da Póvoa de Santo Adrião eleitos na última assembleia-geral eleitoral de 17 de Dezembro, para o biénio 2012/2013, tomaram posse no sábado, 13 de janeiro, em cerimónia realizada na sede da instituição. om a presença das Vereadoras Fernanda Franchi e Maria da Luz Nogueira, do Vereador Hugo Martins, do presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santo Adrião, Rogério Breia, e representantes de outras associações similares tomaram posse os novos membros dos órgãos sociais da CRPI. Numa cerimónia simples o presidente da Assembleia-geral, António Achando Ramos depois de ter dado posse a todos os eleitos saídos da assembleia-geral eleitoral do pas-
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sado dia 17 de Dezembro usou da palavra elogiando os elementos que na sua maioria são reconduzidos e que no mandato passado «Conseguiram, com muito trabalho e empenho a estabilização financeira do centro, o que tem permitido proceder a alguns melhoramentos e a alguns investimentos», acrescentando ainda que acredita que a CRPI vai continuar a contar com o apoio da câmara municipal e por fim agradeceu nas pessoas de Hugo Martins e Fernanda Franchi os 6 cabazes de Natal oferecidos pelos eleitos do PS na Câmara e Assembleia Municipal a utentes mais carenciados da CRPI. Por sua vez, Francisco Pires, presidente reeleito para mais um mandato de dois anos numa curta intervenção começou por endereçar as boas vindas a todos os presentes na sala agradecendo aos restantes membros dos órgãos sociais que «São pessoas excepcionais e que têm feito um trabalho inexcedível em prol dos sócios e utentes da CRPI». Referiu ainda que «Em tempos de crise não desistimos de ir à luta, queremos continuar e se
possível ampliar os nossos serviços. O nosso melhor pagamento é o bem-estar de quem servimos diariamente». Antes de terminar Francisco Pires numa declaração cheia de intenção deixou o recado a quem de direito afirmando «Mais do que projectos bonitos, bem escritos e cheios de floreados feitos nos gabinetes, é tempo de agir, é tempo de vir para o terreno e conhecer a dura realidade». Logo de seguida Fernanda Franchi que acusou o toque dado pelas declarações de Francisco Pires, que por acaso, viemos à posterior saber, nada tinham a ver com a Câmara mas sim com outra instituição que nem sequer se fez representar, não deixou no entanto de responder. A vereadora com o pelouro da Acção Social começou saudar todos aqueles que tomaram posse passando depois então a responder directamente a Francisco Pires. Fernanda Franchi referiu que «Apesar situação financeira não ser fácil há um compromisso da própria presidente Susana Amador que a acção social continuará a ser uma prioridade». No segui-
Fotografias: David Braga
Órgãos Sociais da CRPI tomam posse
mento do seu discurso e para provar que a câmara não deixa projectos na gaveta enumerou alguns que já estão no terreno com são os casos da Teleassistência, do projecto convida-avida, da formação de informática a seniores, da loja social, entre outros. Para Fernanda Franchi, os tempos não estão para facilidades e pede a todos que se unam numa cadeia de solidariedade para fazer face às dificuldades que por aí vêem. Contraindo o protocolo foi Rogério Breia que finalizou os discursos com mais um recado desta vez a Achando Ramos dizendo que este «Por lapso deve ter se esquecido de dizer que a Junta de Freguesia da Póvoa de Santo Adrião também ajuda a CRPI tanto a nível monetário como noutras coisas sempre que lhe é solicitada», até porque como quis deixar bem vincado «O Francisco Pires é massacrante e só deixa de o ser quando consegue o que pretende». No final da tomada de posse ainda houve tempo para os convidados verem a nova viatura adquirida pela CRPI onde lhes foi explicado as potencialidades do veículo capaz de transportar pessoas com mobilidade reduzida e para o tradicional Porto de Honra onde todos brindaram ao sucesso
destes novos Órgãos Sociais. Aproveitámos a presença de Maria da Luz Nogueira para ouvir a opinião desta sobre o momento actual do movimento associativo de cariz social. Para a vereadora comunista a situação generalizada de grande carência dificulta a vida das instituições sociais do concelho. O facto da Segurança Social não actualizar as tabelas de comparticipação bem como atrasar-se na transferência de verbas, exigindo do ponto de vista técnico e humano condições a que as instituições não conseguem responder só vem agravar a situação já de si difícil. A Câmara faz o que pode na actual conjuntura, mas no passado devia ter feito mais acrescenta Maria da Luz que deixa criticas ao governo pelas opções feitas em «Que a crise é só para alguns. Quando devia ser reforçado o apoio às famílias o governo retira benefícios quando era possível ser de outra forma. A solução não é cortar nas prestações sociais». Aliás para a eleita da CDU o Estado Social está paulatinamente a ser destruído com a descapitalização da Segurança Social e com um reduzido número de famílias a concentrar a riqueza existente em contraste com o resto da população em empobrecimento constante.
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A IDEOLOGIA DO PODER
Voando sobre um ninho de cucos O facto de se colocar, na banda do casaco, a bandeira nacional, parece bem mais uma imitação inspirada num certo hábito dos presidentes americanos, do que uma verdadeira paixão patriótica. Fernando Tudela
m certo mau estar parece começar a sentir-se no seio do PSD, com o seu parceiro de Governo, o CDS, por vezes, de forma velada, a fazer maior oposição que o próprio Partido Socialista, que, numa espécie de fogo-fátuo, não consegue, através de António José Seguro, conter contradições herdadas do anterior governo, nem evitar que surja à luz de quem quiser estar atento, um desconforto perverso, agora com origem num revanchismo dos adeptos de Sócrates, o qual, tal como Paulo Portas, paradoxalmente, parece querer passar desapercebido, fazendo-se notar estas duas personagens, pelo seu ruidoso silêncio, nesta espécie de voo sobre este ninho de cucos. É que Paulo Portas e o seu partido, não parecem sentir muito o desgaste de uma política de empobrecimento e hipoteca da soberania do País, levada a efeito por Passos Coelho, na defesa do seu pensamento neo-liberal e da economia capitalista, sujeita que está à voragem dos mercados e às medidas ruinosas tomadas no contexto de uma ocupação estrangeira de um Portugal que deveria ser soberano, mas é governado por uma Tróica (EU/BCE/FMI), onde cada português parece valer menos que um sistema de exploração, sob pretexto de um apoio financeiro, cuja deriva passa por retirar direitos e salários a quem trabalha, numa autêntica política de insensibilidade social e de retrocesso civilizacional, a qual se vai espalhando por esta Europa, a golpes de corte de rating, levados a cabo por agências que não são mais do que organizações terroristas ao serviço do capitalismo e da sua vertente, chamada mercados.
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STANDARD & POOR’S BAIXA RATINGS (DOLAR VS EURO?) Vivemos numa espécie de democracia em que a coação psicológica faz parte de um sistema económico, onde são utilizadas armas de arremesso que protegem e definem os caminhos que os investidores financeiros desejam ver trilhados. A democracia, como a conhecemos, está a esvair-se, perante o princípio defendido pelos economistas neo-liberais, de que são exemplos o ministro português das Finanças, Vítor Gaspar e da Economia, Álvaro Santos Pereira. É difícil não reparar que Pedro Passos Coelho optou por uma revolução anticonstitucional, baseada na sua antiga proposta de revisão da mesma e que acabará com o que ainda existe do chamado Estado Social, pois, liberdade e mercados, são, para estes fundamentalistas, a única forma de democracia, juntando-a ao princípio de que a propriedade privada é sagrada e que nenhum Estado a poderá obstaculizar. Esta política que leva o Governo a ser mais papista que o papa, ultrapassando os limites no que se refere ao próprio programa da Tróica, estribando-se no princípio de que é preciso ser um bom aluno, demonstrar obediência e conquistar a confiança dos mercados, não passa de uma política de vendilhões do templo, onde a bandeira portuguesa na lapela de cada ministro, representa um acto de vassalagem ao sistema que desejam e estão a impor aos portugueses. Numa reflexão que tem tudo a ver com o que atrás foi dito, parece ser óbvio que os mercados desejam definhar a
Europa e atacar o euro, pela via da sua desvalorização, tomando como álibi as dívidas soberanas dos vários países da zona, começando pelas crises nos países periféricos. A STANDARD & POOR’S, uma das mais consideradas agências de rating”, acaba por levar a cabo um corte em vários países da zona, com relevo para a França, sem esquecer a Áustria, Espanha e Itália, cujo chefe do governo é Mário Monti, numa perspectiva de uma avaliação de crise sistémica. Aliás, parece não ser inocente o “timing” utilizado, na medida em que o primeiro-ministro da Itália, Mário Monti, ainda há pouco falava numa perspectiva de estabilização da zona euro. Também a entrada em cena dos chineses em Portugal, através da compra da parte estatal na privatização da EDP, bem como a promessa de avançarem para outros investimentos (REN e empresas financeiras), pode ser considerada, ainda que muito boa gente possa achar uma observação ingénua e improvável, como um alerta, na perspectiva em que a RPC tem uma estratégia de controlo e submissão da Europa, minada por uma desindustrialização e uma crise dos sistemas políticos, já que os EUA estão em extrema dificuldade, até, segundo analistas, maior que os países europeus.
UMA MENSAGEM DE AVISO DE GUERRA? Em contenção, os americanos reduzem significativamente o seu orçamento para a defesa, mas estão a concentrar esforços para apontar esta no sentido do Oriente, numa manobra geoestratégica. Isto é significativo e pode mostrar-nos como se está a mon-
tar uma prevenção, tendo em conta uma futura guerra inter-imperialista. Quando? Não se sabe para já. Os EUA, estão a utilizar a NATO e a Europa como carne para canhão, deixando o ónus das intervenções da força imperialista ocidental, para os países europeus. Foi demasiado evidente, o pouco empenhamento americano na guerra civil na Líbia e, embora surjam sinais, a Síria não está a coberto de uma intervenção, esta com a colaboração activa da dos países europeus. O Afeganistão recomeça com as suas contradições étnicas, talvez mais uma guerra perdida pelo imperialismo americano. A História diz-nos que jamais alguém ganhou um conflito neste país e a experiência da URSS, saldou-se pelo acelerar do fim do império soviético. E as primaveras árabes? Está o terreno aberto para o avanço de governos com forte pendor teocrático na zona Norte de África / Médio Oriente.
O IRÃO É PEDRA NO SAPATO Estamos num tempo em que as sanções económicas estão a passar de moda. Elas já não têm o mesmo efeito, pois o Mundo mudou e a correlação de forças se tornou muito diferente. Ahmadinejad encontra nos países emergentes, em especial os que alteraram as suas formas de acção política, numa espécie de adesão à velha teoria dos três mundos reinventada, nascida com Mao Tsé Tung, embora bebendo, apenas, algumas das suas características. É que já não existe o campo socialista, capitalista e os não alinhados (pode-se ver as coisas, como estes últimos sendo
os países emergentes). Daí, que um hipotético global embargo ao Irão, como forma de pressão para que desista do seu programa nuclear – com objectivos pacíficos ou não – se esteja a mostrar uma faca de dois gumes para o Ocidente. O Périplo levado a cabo por Ahmadinejad, através dos países da América Latina, vale mais pela repulsa do imperialismo americano, que data aos tempos de Reagan, que pelo sincronismo ideológico entre as partes envolvidas, numa unidade anti-imperialista. Não devemos, no entanto, esquecer a História e recuarmos no tempo. Em 19 de Agosto de 1953, o primeiroministro da Pérsia (Irão), Mossadeq, foi derrubado por um golpe de Estado, organizado pelos EUA e a CIA, quando, entre várias medidas de carácter social, se atreveu, no que respeitas às riquezas do país, a nacionalizar a indústria petrolífera, que, ao tempo, estava nas mãos da Companhia do Petróleo Anglo - Persa. O perigo do nuclear, tão acentuado pelo Ocidente, com os EUA à cabeça, não pode ser separado de um certo ódio de estimação dos iranianos em relação aos americanos, reavivado em 1978, na presidência de Jimmy Carter, com a ocupação da embaixada americana, onde foram feitos reféns, durante mais de um ano, os seus funcionários. A queda do Xá Reza Palevi, que em 1953 se tinha aliado aos EUA, foi deposto, depois de um reinado em que uma ditadura feroz, apoiada pela polícia secreta, a SAVAK, a qual obrigou muitos persas ao exílio, entre eles o ayatolah Komeni. Agora, uma vez
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A IDEOLOGIA DO PODER mais, o Irão é uma “pedra no sapato” dos americanos, embora uma intervenção armada americana, seria, provavelmente, uma catástrofe de efeitos desconhecidos. A questão, centra-se no repúdio do imperialismo americano e, como alguém diz, a compra da EDP pelos chineses, tem a ver com a influência de ordem económica e política, numa visão global estratégica, a qual se centra numa esfera de influência em relação aos países emergentes (África e América Latina), onde a empresa portuguesa tem muitos interesses de ordem económica. Estaremos perante um dilema que se traduz pela queda de um ciclo político internacional, numa perspectiva da decadência de influência económica e política do Ocidente (EUAEuropa)? Aqui ficam os dados para uma reflexão e compreensão de como vai o nosso mundo na questão das influências e das consequências que poderão advir nos caminhos que estão a ser trilhados.
COMO SOMOS MANIPULADOS Se Mário Soares nos diz que os mercados deveriam estar sujeitos ao poder político, é pela simples razão de que não admite, que, só se estiverem subordinados a um Estado forte, eles serão aquilo que se poderá chamar mercados numa economia ao serviço do ser humano, aliás o verdadeiro sentido da economia. Mas isto vai contra os princípios do capitalismo e faz-nos recordar a teorização sobre este tipo de economia, levada a cabo por Karl Marx. Trata-se, no caso de Mário Soares, da falta de uma perspectiva que tem a ver, quer se queira ou não – a iniciativa dita privada e as questões levantadas com o direito à propriedade, estão na origem de uma descaracterização da
economia -, com a existência da luta de classes. Se assim não fosse, ainda estaríamos no ciclo da economia feudal, para não falar do esclavagismo, que, ainda, é a base de economias mais atrasadas, no que respeita à função que determina o princípio de que ela deve ser tida como uma ciência do homem para o homem, na satisfação das suas necessidades e não como o meio, cujo objectivo último é o lucro e a acumulação da riqueza. E é neste contexto que verificamos os ciclos de crise económica, fabricados pelo capitalismo, como forma de uma autofagia para a sua sobrevivência. Mas tudo tem um fim, resultante das mudanças contínuas e das contradições por elas geradas. A globalização capitalista está moribunda e, como em 1929, a crise, indubitavelmente, acabará na confrontação bélica, a qual resultou de uma outra, mal resolvida e que redesenhou o mapa dos países, concluído com as partilhas da II Guerra Mundial do século passado, depois de uma serie de conflitualidades de experimentação, de que a Guerra Civil em Espanha foi um exemplo. A paz verdadeira surge, apenas, com o fim das contradições e numa sociedade em que elas são resolvidas num contexto de mudança ideológica e política.
UMA EUROPA DAS PÁTRIAS E O FIM DE UMA UTOPIA Aqueles que insistem em fazer as classes trabalhadoras pagar para convencer os mercados, dar-lhes sinais de confiança, parece não entender que a chantagem é uma arma na luta entre zonas imperialistas e de influência, pelo controlo da economia e das riquezas subjacentes ao fornecimento de matériasprimas. Ao que parece, deixaram-se encantar por modelos,
só e apenas, baseados no individualismo, aliado a uma espécie de lei da selva que vai contra o desenvolvimento intelectual da sociedade e o princípio de que tanto falam da Carta Universal dos Direitos Humanos. Afinal, não passa de um manual de boas maneiras entre pares! Portugal, jamais pagará a dívida soberana e voltará aos mercados, pois nem a estes convém, tal como a países europeus, apertando-se o garrote em torno dos pescoços do povo, onde as classes trabalhadoras se vêem espoliadas e forçadas a um retrocesso civilizacional. É preciso que reajam a este forçado retrocesso de mais de um século! O desmembramento da zona euro e da própria UE poderá traduzir-se por um abrir de PUB uma qualquer caixa de Pandora, mas teimar em ligar o doente, em fase terminal, à máquina, não é uma solução. Aliás, os mercados manipulam e só há uma forma de combater a praga ideológica que os envolve, que passa pela opção por alternativas ao sistema capitalista, para alguns um novo paradigma (para Mário Soares um novo (?) capitalismo). Só que novos paradigmas não podem passar pelo princípio de que quem gera riqueza é, tão-só a iniciativa privada. Ela é gerada por quem
vende a sua força de trabalho, produzindo as mais-valias, as classes trabalhadoras. A ideia que os grandes investimentos empresariais criam postos de trabalho e só eles, encobre a grande verdade, na medida em que o objectivo primeiro e único é o lucro. Quando uma grande empresa não atinge os objectivos traçados, como começa a sua reestruturação? Reduzindo e despedindo nos seus efectivos! Pois bem, as pequenas e médias empresas, em Portugal, são a força da economia, enquanto os grandes grupos económicos criam sedes no estrangeiro, baseando-se na legalidade do sistema montado para eles. Economia de casino, jogo do monopólio, patrão paternalista? Para
cada um a sua resposta! E a UE dos interesses e da moeda única, dos países metidos num espartilho, sem se poderem movimentar, levando o continente europeu ao empobrecimento e às economias em várias velocidades e sem respostas políticas, às ditaduras dos mercados? É o fim das chamadas democracias, dos Estados ditos de Direito? Eis, propostas para reflexão para quem tenha coragem para a fazer! Que saudades da Europa das pátrias, soberanas, e das relações com base nos interesses mútuos… Será que estamos a voar sobre um ninho de cucos?
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Programa de Teleassistência Sénior vai continuar Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt
Na terça-feira 10 de janeiro realizou-se a primeira reunião ordinária de 2012 da Câmara Municipal de Odivelas, que não foi aberta ao público. No Período Antes da Ordem do Dia (PAOD) foi aprovado por unanimidade um Voto de Congratulação sobre a classificação do Fado como património Imaterial da Humanidade, a primeira revisão orçamental, a continuação do programa de teleassistência sénior e a proposta de Construção do Pólo Cívico e Comunitário do Vale do Forno. o início do Período antes da Ordem do Dia o vereador independente Paulo Aido, requereu informações relativas a todos os custos inerentes à actividade do gestor escolhido para o Pavilhão Multiusos. «Na continuação da ausência de um modelo de gestão para o equipamento», o autarca quer conhecer «Todos os valores pagos àquele técnico, bem como a cópia das folhas da conta corrente daquele prestador de serviços». Paulo Aido também pediu que lhe fossem fornecidos os custos da acção de comunicação, que anunciou a recriação do Jardim da Ribeirada, ocorrida nos últimos dias de 2011. «Pretendo os custos da produção das monofolhas, a quantidade produzida e ainda o custo com a distribuição e a que áreas do concelho ou da cidade de Odivelas se circunscreveu, e se é verdade ou não que se recorreu aos CTT», diz o requerimento apresentado. Este vereador apresentou um Voto de Congratulação pelo facto de a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), ter declarado o Fado como Património Mundial Imaterial da Humanidade. Este voto viria a ser aprovado por unanimidade e referia que «Este reconhecimento formalmente concedido pela UNESCO, reveste-se de uma importância
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fulcral na identidade nacional porque o fado é cantado na língua portuguesa; as suas letras e músicas nascem de autores e compositores portugueses; o País ganhou mais uma marca que permite associar um conjunto de actividades culturais, sociais e económicas; é nosso compromisso transmitir esta canção popular às gerações mais novas e às vindouras; é nosso dever promover os actuais fadistas, cada vez em maior número, os músicos, autores e compositores e é nossa responsabilidade preservar o fado, o património que lhe está associado e a sua imagem internacional». O vereador da CDU, Rui Francisco, referiu ter chegado ao conhecimento dos vereadores da CDU o descontentamento de um munícipe sobre o Orçamento participativo e que tinha a ver com uma obra incluída no orçamento de 2010, como resultado da auscultação da população e que ainda não foi executada e, segundo a resposta obtida por parte da Câmara muito possivelmente também não será executada no ano de 2012. Referiu ainda que o orçamento participativo que era para ter sido executado em 2010,por dificuldades orçamentais foi dividido pelos anos de 2010 e 2011. «Estamos em 2012 e constatamos que nas GOP para 2012 existem ainda obras previstas do orçamento participativo, mas todas com uma verba residual, sinal que possivelmente não irão ser executadas, ou que serão adiadas para 2013». Sobre questão o vereador do Departamento de Obras Municipais, Hugo Martins, disse que a obra referida, de pequena monta, nas traseiras da Praça Ordem de Cristo, pode vir a ser executada, se houver condições orçamentais, após a revisão orçamental de Abril. Nessa altura, segundo o vereador, serão avaliadas e executadas as obras mais relevantes. O vereador Mário Máximo apresentou uma declaração política do PS sobre o Orça-
mento Participativo Jovem e a vereadora Fernanda Franchi apresentou oralmente um Voto de Louvor a actual directora do Departamento Sociocultural, Margarida Freitas, que breve deixará de trabalhar na CMO. O Louvor foi aprovado por unanimidade. Antes de entrar na ordem do dia, o vereador Mário Máximo, que se encontrava a dirigir os trabalhos, colocou à consideração dos presentes a retirada dos pontos 2.4, 2.5, 2.6 e 2.8 porque de acordo com o Orçamento de Estado para 2012 alguns destes assuntos têm de ir previamente à bolsa de emprego público (BEP) e só depois, caso a ou as vagas não sejam preenchidas é que se poderá iniciar o procedimento. Os pontos retirados foram os seguintes: 2.04 – Pedido Parecer Prévio Vinculativo Celebração Contrato Prestação Serviços para Limpeza Urbana; 2.05 – “Programa Convida à Vida” – Parecer Prévio Vinculativo Aquisição Serviços Empresa Viva Social Apoio Comunitário Próximo, Lda.;2.06 – Projeto “Canta e Encanta” – Proposta de Continuidade e Ajuste Direto, Empresa LXPRO e 2.08 – Proposta de Contratação de Nutricionista, em Modalidade de Avença. O vereador Mário Máximo colocou à consideração dos presentes a possibilidade da Comissão de Administração Conjunta da AUGI do Vale do Forno (CACAVF) à discussão dos pontos relacionados com a Vertente Sul, nomeadamente a aprovação do lançamento do concurso para a construção do Pólo Cívico do Vale do Forno. Esta proposta gerou uma intensa e longa discussão onde o vereador Hernâni Carvalho referiu insistentemente que não se estava a o Regimento abrindo um procedente que poderia dar azo a que qualquer vereador pudesse vir a trazer quem lhe aprouver em futuras reuniões. Hernâni carvalho, no entanto afirmou que não seria por ele que a CACAVF deixará de assistir à reu-
nião. Após isto a entrada na comissão na reunião durante a discussão desses pontos foi aprovada por unanimidade. Um dos pontos da Ordem de Trabalhos era uma proposta de alteração do Regimento da Câmara Municipal de Odivelas que viria a ser aprovada por unanimidade dos vereadores presentes com uma alteração apresentada por Hernâni Carvalho que permite que o tempo de intervenção dos munícipes em reuniões públicas do executivo municipal possa ser superior a 30 minutos. O vereador considerou que «É da maior relevância que os munícipes possam participar mais no quotidiano do concelho que lhes seja permitido expor as suas dúvidas, anseios, reclamações e problemas junto dos seus representantes eleitos». A 1ª alteração orçamental foi aprovada por maioria com 4 votos a favor e 4 abstenções. O vereadores da CDU, que se abstiveram, lembraram em declaração de voto que «Regra geral quando se verifica um aumento das despesas correntes em detrimento das despesas de capital, o nosso voto é contra. Nas situações inversas, quando se verifica o aumento das despesas de capital em detrimento das despesas correntes, o nosso voto é de abstenção, porque não participamos nas decisões e opções políticas que gerem esta câmara e porque não votámos a favor do Orçamento e Grandes Opções do Plano. Hoje estamos perante a 1ª alteração orçamental de 2012, que apesar de se verificar um aumento das despesas correntes em detrimento das despesas de capital, é uma alteração orçamental muito objectiva e quase exclusivamente direccionada para o reforço orçamental para que possa ser dado início ao processo para construção do Pólo Cívico e Comunitário do Vale do Forno, obra que os vereadores da CDU reputam de muito importante e que contribuirá decisivamente para requalificação da Vertente Sul. Pelas razões expostas e excepcionalmente, a
nossa abstenção». O executivo municipal aprovou por unanimidade a Continuidade Programa SOS Sénior, Teleassistência, prestado pela Cruz Vermelha Portuguesa a alguns idosos do concelho. O vereador Rui Francisco afirmou que a CDU considera positivo que tenha sido feita uma prévia avaliação do projecto que está agora a terminar. Os vereadores da CDU fazem uma avaliação positiva deste programa, considerando também positivo que haja um alargamento do mesmo a mais utentes, no entanto consideram não estar explicita a razão pela qual este projecto não abrange todas as freguesias, deixando de fora as freguesias da Pontinha, Olival Basto e Famões. A vereadora Fernanda Franchi explicou que foram consideradas as freguesias mais envelhecidas. A proposta de Construção do Pólo Cívico e Comunitário do Vale do Forno – Freguesia de Odivelas – Proposta de Constituição do Júri, foi aprovada por maioria com abstenção de Hernâni Carvalho. Na discussão a vereadora da CDU, Natália Santos, sublinhou a importância deste projecto no conjunto dos planos de reconversão da vertente sul. «Ao longo do tempo e do desenvolvimento deste projecto, os vereadores da CDU sempre tiveram o entendimento de que a requalificação desta área do concelho impõe um tratamento específico e uma abordagem integrada e concertada entre a Câmara e os agentes sociais e económicos que estão no terreno. Com a aprovação deste projecto e o lançamento do concurso para a construção do Pólo Cívico e Comunitário do Vale do Forno, que será dotado de um Jardim de Infância e de um espaço comum para usufruição da comunidade local, com sala de leitura e sala de actividades entre outras está a ser dado mais um importante passo para a requalificação e socialização desta comunidade».
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O ponto Aquisição de Serviços de Conservação e Assistência do Sistema de Sinalização Luminosa Vertical deu uma árida e longa discussão e acabou por ser aprovado por maioria. A vereadora da CDU, Natália Santos, questionou a razão pela qual a este contrato de prestação de serviços, não é aplicada a norma estatuída na Lei 55-A/2010 (OE de 2011) de redução do valor da prestação de serviço, pois trata-se de uma prestação de serviço superior a 1.500,00 €. O vereador Hugo Martins explicou que se trata de uma renovação automática e como houve dúvidas por parte dos serviços se este processo teria de vir ou não a reunião de câmara, só vem agora por precaução, pois a dúvida subsiste. A vereadora Natália Santos afirmou que a questão por si colocada não foi respondida mas acabou por ficar sem essa resposta. O vereador independente Hernâni Carvalho sublinhou que este ponto se refere a serviços prestados em Junho de 2011 e que por isso votou contra. «Esta proposta já aqui devia ter vindo há 6 meses atrás e com a demonstração ou previsão dos custos de uma operação deste género (…) continuamos sem conhecer os valores, qualquer cabimento ou requisição externa de despesa», disse. Como se tratou de uma reunião pública esta peça foi elaborada através de dados recolhidos de diversas fontes e por isso há pontos que não são mais aprofundados. Os resultados das votações de todos os pontos podem ser vistos na caixa que incluímos nesta peça. PUB
Conclusões 2.1 - Proposta de Alteração ao Regimento da Câmara Municipal de Odivelas. Aprovado por unanimidade. 2.2 - 1ª Alteração Orçamental. Aprovado por maioria. 2.3 – Proposta de Constituição de Fundos de Maneios. Aprovado por unanimidade. 2.4 - Pedido de Parecer Prévio Vinculativo para Celebração de Contrato de Prestação de Serviços para Limpeza Urbana. Aprovado, por unanimidade, retirar este assunto da Ordem de Trabalhos. 2.5 - “Programa Convida à Vida” – Proposta de Emissão de Parecer Prévio Vinculativo para Aquisição de Serviços à Empresa Viva Social Apoio Comunitário Próximo, Lda. Aprovado, por unanimidade, retirar este assunto da Ordem de Trabalhos. 2.6 - Projeto “Canta e Encanta” – Proposta de Continuidade e de Emissão de Parecer Vinculativo para Aquisição de Serviços, por Ajuste Direto, à Empresa LXPRO – Produção Musical. Aprovado, por unanimidade, retirar este assunto da Ordem de Trabalhos. 2.7 - Cruz Vermelha Portuguesa – Proposta de Continuidade do Programa SOS Sénior – Teleassistência – Proposta de Aquisição de Serviço de Teleassistência com a HelpPhone Tecnologias de Comunicação S.A. e Cruz Vermelha Portuguesa. Aprovado por unanimidade. 2.8 - Proposta de Contratação de Nutricionista, em Modalidade de Avença. Aprovado, por unanimidade, retirar este assunto da Ordem de Trabalhos. 3.1 - Proc. 2213/OD/DOM - Proposta de Construção do Pólo Cívico e Comunitário do Vale do Forno – Freguesia de Odivelas – Proposta de Constituição do Júri. Aprovado por maioria. 3.2 - Proposta de Emissão de Parecer Prévio Vinculativo para Aquisição de Serviços para Conservação e Assistência dos Sistemas de Sinalização Luminosa e de Painéis Dinâmicos de Aproximação de Escola no Concelho, Ano 2011. Aprovado por maioria. 3.3 - Proposta de Protocolo de Parceria a Celebrar entre o Município de Odivelas e o Agrupamento Complementar de Empresas (ACE) – Empresários de Sucesso. Aprovado por maioria. 3.4 - Proposta de Alteração ao Contrato assinado entre o Município de Odivelas e a Comissão de Administração Conjunta da AUGI do Bairro Vale do Forno no âmbito do Programa de Ação “Parcerias para a Regeneração Urbana da Vertente Sul do Concelho de Odivelas”. Aprovado por unanimidade. Este assunto carece de deliberação da Assembleia Municipal. 4. 1 - Proposta de Aceitação da Doação da Empresa CODAN de Material Médico para o Consultório Veterinário Municipal. Aprovado por unanimidade. 4.2 – Grupo Recreativo e Cultural Presa Casal do Rato - PAADO – Programa de Apoio ao Associativismo Desportivo de Odivelas - Medida 6 – Proposta de Cedência de Transporte Municipal – Dia 21 de Janeiro de 2012. Aprovado por unanimidade. 4.3 - Movimento Odivelas no Coração – Proposta de Cedência de Transporte Municipal – Ratificação do Transporte Cedido no Dia 3 de Janeiro e Proposta de Atribuição de Transporte para as Primeiras Terças-Feiras de cada mês, a partir do Mês de Fevereiro de 2012. Aprovado por unanimidade. 5.1 - Proc. 2507/LO – Predicaneças – Quinta das Piçarras – Proposta de Redução de Caução das Obras de Urbanização relativas ao Alvará de Licença de Loteamento n.º 8/2005. Aprovado por unanimidade. 5.2 - Proc. 1733/LO - Sociedade de Construções Caracol e Filhos, Lda. - Freguesia da Ramada Pedido de Substituição de Hipoteca Legal. Aprovado por unanimidade.
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QUOTIDIANOS VIOLÊNCIA
CIDADANIA
Guerra de famílias na Urmeira
EU, Cidadão? - Câmara (in)forma futuros cidadãos
Na Segunda-feira, 16 de janeiro, um desentendimento entre famílias originou um episódio de inusitada violência no bairro de S. José, na Urmeira, freguesia da Pontinha, do qual resultaram ferimentos a tiro em dois homens e agressões a duas mulheres, uma delas idosa.
A Câmara Municipal de Odivelas iniciou esta semana um ciclo de ações de formação cívica denominadas Eu, Cidadão?. A primeira sessão aconteceu na terça-feira, na Escola Secundária da Ramada e contou com a presença de Susana Amador, presidente da edilidade. Segundo nota da CMO «A iniciativa, de promoção de uma Cidadania Ativa, destina-se a alunos do ensino secundário regular e profissional e dá continuidade ao trabalho em rede com todas as Escolas Secundárias e Profissional do Município». Eu, Cidadão? abrange mais de 1.300 jovens «Proporcionando, em cada uma destas sessões, o contacto com os conceitos de Estado, Autarquias Locais, Partidos Políticos, Cidadania, Participação, e outras questões relacionadas com estes temas». A nota diz ainda que «Ao invés de “Estar” Cidadão, a Autarquia procura caminhos que convertam esta tendência para um “SER Cidadão”, investindo numa cultura de educação cívica, que faz apelo
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à compreensão dos indivíduos, não enquanto pessoas abstratas, mas enquanto cidadãos. Pretende-se, igualmente, envolver os jovens no seu exercício de Cidadania, contrariando a fraca cultura de participação política dos portugueses e o seu alheamento em relação à vida comunitária, temas frequentes de estudo que concluem, na maioria das vezes, que existe um desinteresse geral pela vida coletiva e uma crescente desconfiança em relação aos outros e às instituições». Para a Câmara Municipal de Odivelas, «Este projeto piloto
constitui um desafio que abre caminho à Cidadania Ativa dos Jovens e uma via para aprofundar o seu modelo de comunicação entre Poder Local e Cidadãos, acreditando que a informação constitui uma condição básica de participação, que permite aos cidadãos conhecerem os seus direitos e dar-lhes a capacidade de atuar com base neles. Valorizando o futuro dos jovens e contribuindo para o seu crescimento e conhecimento, Odivelas vai ao encontro dos jovens e (in)forma-os como Cidadãos já que é neles que reside o futuro».
Fotografia: CMO
tiroteio começou cerca das 10h45 na artéria mais movimentada daquela zona, a Rua padre Américo Monteiro de Aguiar que começa na Urmeira e termina junto ás Patameiras. Como habitualmente dezenas de pessoas e viaturas circulavam na zona e tiveram de se abrigar quando os tiros, de caçadeira e de pistola, segundo alguns testemunhos, começaram a ser disparados. Segundo o Nova Odivelas conseguiu apurar tratou-se de um confronto entre duas famílias que obrigou à intervenção de um forte dispositivo policial,
mais de 100 agentes, que cercaram o local, ação que gerou alguma tensão entre os moradores As duas vitimas dos tiros foram transportadas ao Hospital de Santa Maria pelos Bombeiros Voluntários da Pontinha onde ficaram hospitalizados sob detenção. A vítima de 32 anos levou três tiros, na barriga, perna e virilha e a de 37 anos foi ferido na virilha. As vítimas femininas sofreram agressões a socos e pontapés e tinha 21 e 67 anos. A operação policial foi comandada pelo comissário Resende, comandante da divisão e implicou um cerco ao bairro com revista a quem entrava e saia à procura de armas e drogas. A investigação posterior da ocorrência está a cargo da Directoria de Lisboa da Polícia Judiciária. O cerco policial durou até às 13h00.
ENSINO
ASSOCIATIVISMO
CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA
SAUDE
Bullying na Minha Escola? NÃO, Obrigado!
4º Aniversário do
Radares da CRIL
Projeto Hipoterapia de Odivelas
MOC
sem certificação
undado em Janeiro de 2008, o Movimento Odivelas no Coração assinala no sábado, 21 de janeiro, o seu 4º aniversário com uma Sessão Solene Comemorativa que terá lugar no Pavilhão Polivalente de Odivelas (Na Rua Aquilino Ribeiro) a partir das 16h00. Para além dos habituais discursos institucionais por parte do Conselho Directivo do MOC e de entidades convidadas, a sessão terá como um dos seus pontos altos a entrega do Coração Cívico, trofeu com que o MOC distingue anualmente pessoas ou instituições que ao longo ao ano anterior, neste caso 2011, se distinguiram em ações de cidadania. O evento terminará com um lanche convívio, o soprar das velas e o cantar dos parabéns à instituição aniversariante.
egundo notícia publicada no SOL online, «Os radares instalados no troço da CRIL, entre Benfica e a Pontinha, estão a funcionar desde o início do ano sem a devida certificação do Instituto Português da Qualidade (IPQ), - o que significa que qualquer infracção detectada nas últimas semanas pelos aparelhos pode ser impugnada e anulada». Citando uma fonte oficial do IPC, o SOL escreve que «Só nos últimos dias é que a Estradas de Portugal (EP), entidade proprietária dos aparelhos, pediu a verificação do sistema, que começou a funcionar em Abril do ano passado». O SOL diz ainda que agoras os 16 radares vão ser retirados e entregues ao IPQ para sertem novamente examinados. Os 16 radares vão agora ser retirados e entregues ao IPQ para serem novamente examinados. «Está previsto realizar os ensaios em laboratório e em estrada no decorrer das próximas duas semanas», segundo a fonte do SOL.
esde o dia 09 de Janeiro que a Câmara Municipal de Odivelas em parceria com a Escola Profissional Agrícola D. Dinis – Paiã e com o apoio da Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo dão continuidade ao Projeto Hipoterapia de Odivelas. Este projeto dirigido a crianças com Necessidades Educativas Especiais, consiste em disponibilizar uma sessão semanal a cada uma das crianças, com as mais variadas patologias, desde o espectro do Autismo à Multideficiência, sendo cada sessão específica para cada caso, com
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Fotografia: CMO
Câmara Municipal de Odivelas, no âmbito do Projeto Sei Odivelas esta a promover o concurso Bullying na Minha Escola? NÃO, Obrigado! Destinado aos jovens alunos do 2º e 3º ciclo do ensino básico da rede pública do concelho. As candidaturas devem ser entregues até ao dia 31 de janeiro de 2012 de acordo com as normas de participação, no Edifício Municipal do Parque Maria Lamas, sito na Rua da Memória, 2 A, em Odivelas. Os objetivos deste concurso são promover nos jovens boas práticas para a prevenção da violência escolar; fomentar as relações interpessoais, o espírito de pertença e a convergência para objetivos comuns que visem o bem-estar de todos; e promover comportamentos saudáveis, bem como, desenvolver nos jovens valores éticos cuja importância se reflita no seu futuro.
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programa individualizado. A equipa que está envolvida no projeto é transdisciplinar e conta com dois Docentes de Equitação Terapêutica, duas Técnicas de Ensino Especial e Motricidade e um Auxiliar de Equitação Terapêutica. Este projeto permite responder às diversas características e necessidades que os alunos apresentam, proporcionando uma oferta de qualidade orientada para o sucesso educativo de crianças e jovens com necessidades educativas especiais, nos contextos familiar, socioeducativo e cultural. GC/CMO
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QUOTIDIANOS TURISMO
Oferta diversificada na Loja Municipal
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Centro Comercial Odivelas Parque, funciona de segunda-feira a sábado, entre as 10h00 e as 20h30, à exceção de feriados. «Os Postos de Turismo são pontos de contacto privilegiados, permitindo mostrar e potenciar o conhecimento das diferentes faces de cada concelho e constituindo um potencial fator de informação dos visitantes. Nesse sentido, a localização da Loja do Turismo no Centro Comercial Odivelas Parque representa um passo seguro na caminhada que a Câmara Municipal de Odivelas tem feito no sentido de tornar o Serviço Público acessível e mais próximo da população», diz ainda a CMO. Com um horário alargado, localização privilegiada, estacionamento gratuito e proximidade aos serviços da Administração Central e Local, «A Loja do Turismo, ao ser criada na única grande superfície do concelho, encerra inúmeras vantagens para a dinamização do turismo enquanto atividade econó-
mica, nomeadamente, no sentido de ser uma montra expositiva do património histórico e cultural de Odivelas». Programação para 2012: Janeiro - Associação dos Amigos de Caneças Fevereiro – Associação de
Fotografia: CMO
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a Loja do Turismo da Câmara Municipal de Odivelas está patente, até final de janeiro, uma Exposição da Associação Amigos de Caneças. Informação no sítio da Internet a CMO dá conta de que «No decorrer deste ano todos os meses a Loja do Turismo vai acolher uma temática diferente, demonstrando a pluralidade da oferta turística de Odivelas». Segundo a informação «Estas exposições contam com o empenho e dinamismo das Associações, Empresas, Escolas e Freguesias do concelho, que demonstram, assim, a qualidade dos diferentes recursos patrimoniais e o simbolismo de efemérides de grande relevância para este município». A Loja do Turismo abriu portas a 07 de outubro de 2011, com a Exposição da Marmelada Branca de Odivelas, promovida pela Secção de Produtores da Marmelada Branca de Odivelas. Situada no
Artesãos D. Dinis Março – Sociedade Musical e Desportiva de Caneças Abril – Movimento das Forças Armadas Maio – Lusofonia Junho – Sociedade Musical Odivelense Julho – Povarte
Agosto – Visitas ao Património Setembro – Turismo Outubro – Comemorações dos 750 anos do Nascimento de D. Dinis Novembro – Mostra de Atividades Económicas Dezembro – Marmelada Branca de Odivelas
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QUOTIDIANOS TRANSPORTES PÚBLICOS
Comissão de Utentes entrega abaixo-assinado o dia 17 de janeiro a Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Odivelas (CUTPO) deslocou-se ao Ministério da Economia e Emprego para proceder à entrega Do abaixo-assinado Em Defesa dos Transportes Públicos de Odivelas. A Comissão foi recebida pelo Adjunto do Secretário de Estado dos Transportes a quem fez entrega das cerca de 5.500 assinaturas que começaram a
ser recolhidas em meados de novembro, quando foi tornada pública a proposta do Grupo de Trabalho para a Simplificação Tarifária e Reformulação da Rede de Transportes na Área Metropolitana de Lisboa, e decorreu até meados de dezembro. Segunda a Comissão o abaixoassinado teve como objetivo expressar a rejeição, por parte dos utentes dos transportes públicos, das medidas preconizadas que incluía, entre outras,
Fotografia: CUTPO
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a redução do horário do Metro para as 21h30 entre o Campo Grande e Odivelas e a supressão e/ou encurtamento de várias carreiras da Carris em Odivelas e na Pontinha. Na audiência, os membros da comissão salientaram que apesar de a última proposta do grupo de trabalho não incluir a redução do horário do Metro, as medidas que se mantêm em relação aos autocarros da Carris - o encurtamento do percurso do autocarro 36, que passará a ficar no Sr. Roubado, a supressão total do autocarro 205 e o fim do serviço noturno prestado pelos autocarros 724 e 726 – que servem atualmente a Freguesia da Pontinha, afetarão gravemente a vida das populações, porque dificulta a sua mobilidade e porque aumenta os custos dos transportes, uma vez que as tarifas da Rodoviária de Lisboa são mais caras e o percurso das suas carreiras não abrange os trajetos feitos pela Carris.
SEGURANÇA RODOVIÁRIA
audiência com a Comissão Parlamentar de Economia e Emprego a quem será entregue cópia do abaixo-assinado e transmitidas as preocupações com as medidas propostas.
ANIMAÇÃO INFANTIL
O Fantástico Mundo do SerSeguro Projeto de Educação Rodoviária para o Ensino Básico – SerSeguro leva durante o mês de janeiro, a cerca de vinte Jardins de Infância do Concelho de Odivelas, a peça de Teatro “A Fada Verde e o Feiticeiro Inseguro”. Esta peça tem como principal objetivo dar as primeiras e mais importantes noções de Segurança e Prevenção Rodoviárias às crianças mais pequenas e é representada por uma turma do Curso Profissional de Artes do Espetáculo da Escola Secundária do 2,3 Ciclos de Passos Manuel, de Lisboa.
Infância Porto Pinheiro. Esta peça baseia-se numa história onde todos os anos, a Floresta Segura é atacada com feitiços e malandrices protagonizadas pelo Feiticeiro Inseguro e o seu fiel criado Elfo, às quais nem o Rei consegue escapar... Mas este ano tudo será diferente. Os planos do Feiticeiro e do Elfo não vão correr como planeado. O Elfo será o novo aliado das três irmãs, as fadas verde, vermelha e amarela que, em conjunto com o cavaleiro de
Fotografia: CMO
A sua primeira sessão decorreu no dia 10 de Janeiro, no Jardim de Infância Porto Pinheiro, em Odivelas, com a presença da Vereadora da Educação, Fernanda Franchi, dos Agentes da PSP que participam na Escola Segura, bem como, dos representantes da Escola Secundária Passos Manuel e do Jardim de
A Comissão deixou ainda claro ao representante do Governo que continuará a desenvolver ações de protesto contra estas medidas, para que as mesmas não se concretizem. Para o próximo dia 24, às 10h00 está agendada uma
farda azul e o dragão, trarão de novo a segurança à floresta... O Projeto SerSeguro - Educação Rodoviária no Ensino Básico, da Câmara Municipal de Odivelas, teve início em 2003, e desenvolve-se em parceria com os Agrupamentos de Escolas, as Associações de Pais e Encarregados de Educação, Forças de Segurança do Concelho, as Juntas de Freguesia, a Rodoviária de Lisboa e com o apoio da Impala. GC/CMO iniciativa As Princesas e Príncipes
Princesas e Príncipes Magos invadiram BMDD Magos realizou-se no dia 07, na Biblioteca Municipal D. Dinis e baseou-se numa ação de voluntariado por parte dos psicólogos Hugo Martins e Paula Nogueira, da CTC Ponto de Equilíbrio, efetuada em parceria com a Câmara Municipal de Odivelas, contou com mais de seis dezenas de participantes, quatro instituições, 10 voluntários. Nesta ação participaram crianças e jovens com idades compreendidas entre os 3 e os 16 anos, pais, animadores, voluntários, organizadores e o padrinho para a reportagem fotográfica amadora. As crianças puderam participar enquanto dinamizadores ajudando na construção dos próprios ateliers lúdico pedagógicos de: papel (feitura de coroas e embrulhar presentes), modelagem de balões, reciclagem, pintura facial, dança,
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Karaoke, jogos diversos, etc. Em suma, esta iniciativa disponibilizou a doação de presentes, roupas, utensílios ou brinquedos usados e/ou novos para crianças mais fragilizadas/carenciadas, que puderam em troca receber destes, um prémio de agradecimento através da realização de um trabalho manual com materiais reciclados ou não (exemplo diploma da amizade, medalha, etc…) dando largas à sua criatividade e emotividade. Realizou-se ainda a roda dos presentes onde cada criança se dirigiu ao centro da mesma e pode escolher com quem queria efetuar a troca. A iniciativa terminou com as princesas e os príncipes a elegerem o rei e a rainha dos Reis Magos. GC/CMO
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QUOTIDIANOS POLÍTICA
BE acusa CMO de esconder projecto do Skate Parque
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Susana Amador na sessão de 7 de Dezembro da Assembleia Municipal de Odivelas, na qual assumiu ter confrontado os responsáveis do restaurante sobre, «Se o McDonald’s de Odivelas é o refugo dos do resto do país?». Na altura do arranque das obras, valeu a pronta intervenção dos utilizadores do Skate Parque e do Bloco de Esquerda para evitar a destruição daquela infra-estrutura. A forte mobilização dos skaters, bem como a acção determinada do Bloco de Esquerda, obrigou a CMO, e o seu parceiro McDonald’s, a recuar, assumindo que, num curto espaço de tempo (menos de uma semana), seria apresentado um novo projecto para o Skate Parque. Nesse mesmo momento, a deputada municipal do Bloco de Esquerda, em exercício de funções, Maria do Carmo Gonçalves, dando cumprimento ao direito de oposição, fez chegar
um requerimento à CMO, sobre esta questão, onde era solicitada toda a informação sobre este assunto, incluindo, obviamente, o novo projecto para o Skate Parque. O prazo legal para resposta a requerimentos da oposição (30 dias) foi ultrapassado, e do executivo apenas há um assustador silêncio sobre este tema. Lamentamos profundamente, que a CMO seja tão rápida a apontar as más condições de funcionamento das empresas privadas, mas seja incapaz de identificar as falhas que quiçá existam no seu seio, e que levam a estar, continuamente, em incumprimento das suas obrigações legais e políticas, no que diz respeito às relações com a oposição: A prática política da maioria jardinista, na Madeira, parece estar a aproximar-se rapidamente do concelho de Odivelas. A Concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda reafirma a
sua total discordância com a destruição, parcial ou total, do Skate Parque de Odivelas, mantendo-se, sem hesitações, ao lado de todos e todas os que lutam pela manutenção e qualificação daquele espaço. Por
Fotografia: Maria do Carmo
m nota de imprensa a concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda acusa a Câmara Municipal de Odivelas de querer esconder o projecto de reconversão cão do Skate parque de Odivelas. A acusação baseia-se no facto de passados os 30 dias regimentais a CMO não ter ainda respondido a um Requerimento apresentado na Assembleia Municipal de Odivelas pela deputada municipal Maria do Carmo Gonçalves. Transcrevemos na íntegra a nota do BE. No início do mês de Dezembro foram realizadas obras no restaurante e espaço envolvente do McDonald’s de Odivelas, numa parceria entre a Câmara Municipal de Odivelas (CMO) e o referido restaurante. Parceria essa que, recorde-se, foi despoletada pela preocupação da Presidente da CMO com as condições do restaurante, como ficou claro na intervenção de
outro lado, é uma exigência da democracia que todos apresentem com clareza a sua posição sobre o assunto, e não se escondam na cobardia de um silêncio sempre tão cómodo para o poder instituído.
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112º Aniversário do Instituto de Odivelas O Instituto de Odivelas assinalou no Sábado, 14 de Janeiro, o seu 112º aniversário com uma sessão solene (cuja reportagem publicaremos na próxima edição) e com um desfile das suas alunas pelas ruas de Odivelas evento que sucede pela primeira vez na história da instituição. O desfile teve início junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Odivelas e terminou no Instituto de Odivelas. Entidades civis e militares assistiram ao evento. Aqui ficam as imagens.
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CAMINHOS CRUZADOS EXPOSIÇÕES
Um Olhar ao Longo de 10 Anos de Geminação Paroquial Até 12 de fevereiro os Paços do Concelho, na Quinta da Memória, em Odivelas, recebem a exposição Um Olhar ao Longo de 10 Anos de Geminação Paroquial concebida no âmbito das comemorações dos 10 Anos de Geminação Paroquial, entre a Paróquia da Igreja da Ramada e a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, da Ilha do Príncipe. inauguração ocorreu ao final da tarde de terçafeira, 17 de janeiro e contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Odivelas e vereador da Cultura, Mário Máximo; da vereadora da Saúde, Sandra Pereira; de Luís Costa, adjunto do vereador Hugo Martins e em sua representação; do pároco da ramada, padre Arsénio Isidoro; de Cristina Gabriel, do Centro Comunitário e Paroquial da Ramada, bem como de representantes de várias instituições e associações do concelho. Esta exposição apresenta de forma cronológica vários painéis com fotografias dos vários equipamentos construídos na Ilha do Príncipe pela Paróquia da Ramada, bem como de várias ações desenvolvidos pelos
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Fotografias: Henrique Ribeiro
Henrique Ribeiro henrique_ribeiro@simpruspress.pt
voluntários desta paróquia enviados para aquele país. A exposição conta ainda com várias peças de artesanato do Príncipe, tecidos e livros sobre a ilha. Mário Máximo saudou o Centro Comunitário e a Paróquia da Ramada sublinhando que a Geminação da Ramada com a Ilha do Príncipe não foi apenas um protocolo de intenções mas resultou em obra concreta como se pode ver nas imagens. O vereador disse ainda que em Agosto de 2009 teve oportunidade de ver in loco quando se deslocou ao Príncipe para a assinatura de um Protocolo entre a Câmara local e a Municipália, empresa municipal de Odivelas de que Mário Máximo era, à época, presidente do conselho de administração. O respeito que sentiu que as pessoas nutriam pelo trabalho feito e pelos seus responsáveis encheu Mário Máximo de orgulho, segundo disse. O vereador da Cultura anunciou que a Câmara Municipal de Odi-
velas, a Câmara Municipal de Viana do Castelo e o Governo Regional da Ilha do Príncipe admitiram já a possibilidade de em conjunto preparar e apresentar na Unesco uma candidatura do Auto de Floripes à classificação como Património Imaterial da Humanidade. Mário Máximo lembrou que foi há 250, no Lugar das Neves, no concelho de Viana do Castelo, que nasceu este auto que foi levado para o Príncipe e é anualmente representado na Ilha envolvendo toda a população. Para o vereador é importante ver com carinho a obra notável que o grande coração da língua portuguesa tem no mundo. O padre Arsénio Isidoro agradeceu à câmara por ter recebido nos Paços do Concelho esta exposição e considerou que ela ilustra o que de melhor temos, o espirito de generosidade que permitiu a construção daqueles equipamentos. Sublinhou o espirito de partilha do trabalho
voluntário e afirmou que o património construído no Príncipe estará sempre no coração daqueles que participaram para a existência desta obra.
Após as intervenções iniciais o padre Arsénio e Cristina Gabriel guiaram os presentes numa visita à exposição.
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Dualidades
O exemplo de Carolina Beatriz Ângelo á já muito a dizer sobre a construção do novo Hospital Carolina Beatriz Ângelo. E, diz-nos a história recente, o facto de haver muito a dizer sobre algo que ainda não foi inaugurado não costuma ser um bom sinal. Comecemos por uma constatação positiva: o nome do hospital, ao contrário de outros que ameaçam erguer-se por aí, foi muito bem escolhido. Carolina Beatriz Ângelo, médica de profissão e militante feminista por convicção, foi a primeira mulher a exercer o direito de voto em Portugal: em 1911, a Constituição previa que votassem «Os cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família». Carolina Beatriz Ângelo, viúva e mãe, trouxe até aos dias de hoje a coragem de quem – mais do que defendê-los – não abdica de exercer os seus direitos. Esta experiência fez tremer o poder instituído, que reagiu, logo no ano seguinte, acrescentando o critério da masculinidade aos pressupostos para exercer o direito de voto. A História é, por definição, reprodutora dos padrões dominantes da organização social e do pensamento: ao contrário do que muitas vezes se quer fazer crer, a História não é um dado adquirido; pelo contrário, ela é o produto de uma narrativa construída em torno das ideologias dominantes. Daí que seja tão importante a atribuição do nome de Carolina Beatriz Ângelo a este novo Hospital: uma homenagem a uma republicana num tempo de autoritarismos e a uma mulher num tempo de homens. Fosse o problema deste novo hospital o seu nome e tudo correria bem. Infelizmente, não o é. E a questão começa a complicar-se quando olhamos para o contrato de construção do próprio hospital – uma parceria público-privada (PPP) entre o Estado e um consórcio liderado pela Espírito Santo Saúde. Ou seja, quer isto dizer que a lógica de gestão deste hospital será uma cópia exacta da experiência desastrosa, por exemplo, dos hospitais de Braga e Amadora-Sintra. O Estado assegura durante várias décadas uma renda aos privados, transformando progressivamente o Sistema Nacional de Saúde – um dos pilares fundamentais do Estado Social – num negócio como outro qualquer. Se dúvidas houvesse sobre a sombria intenção deste consórcio privado, bastaria ouvir as palavras da Presidente da Comissão Executiva da Espírito Santo Saúde, Isabel Vaz, quando esta refere que «Em Portugal, mais lucrativo do que o negócio da saúde só mesmo o negócio
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Ponto & Vírgula
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O ponto-e-vírgula marca uma pausa mais longa que a da vírgula (para que se aprenda a respirar), no entanto menor que a do ponto (para que não se perca a oportunidade de agir).
João Curvêlo Estudante universitário Deputado municipal pelo Bloco de Esquerda
das armas». Lembremo-nos, pois, que esta é a mesmíssima Isabel Vaz que foi convidada por Pedro Passos Coelho para integrar o actual Governo como… Ministra da Saúde. Face à recusa de Isabel Vaz, Passos Coelho convidou então Paulo Macedo (que tem ligações ao Grupo Mello, conhecido pela gestão absolutamente negligente do Hospital de Braga). Estas escolhas dão corpo à ideia do assalto ao pote. E à ideia do assalto à saúde pública, por extensão. Mas a situação é ainda mais grave se olharmos para o contexto actual da saúde em concelhos limítrofes das grandes cidades, como é o caso de Odivelas. Dos poucos centros de saúde que existem no concelho – ainda nos lembramos dos panfletos autárquicos de Susana Amador que prometiam a construção dos novos centros de saúde até ao final de 2011 –, ficamnos duas imagens: a precariedade extrema das condições materiais (a maior parte das unidades de saúde funciona em prédios habitacionais que não têm, sequer, acesso para cidadãos com deficiência motora); e a falta de recursos humanos (ainda não há muito tempo foram despedidos mais 22 enfermeiros do ACES-Odivelas). Odivelas é hoje o concelho do Distrito de Lisboa a norte do Tejo com o menor rácio de médicos de família por habitante – um terço da população não têm, sequer, direito a um médico de família. Perante isto, o que traz de novo a construção do novo Hospital Carolina Beatriz Ângelo? A resposta é simples e assustadora: o anúncio do encerramento definitivo de mais unidades de saúde no concelho de Odivelas. É o disparate absoluto instalado na organização do Serviço Nacional de Saúde – primeiro, aumentam 100% as taxas moderadores das urgências hospitalares para obrigar os utentes a recorrer aos centros de saúde; depois, abrem-se hospitais e fecham-se os centro de saúde. A política de liberalização da saúde pública em Portugal é o espelho de um governo sem estratégia para superar a recessão. Nada disto tem a ver com o combate à crise, nem tão-pouco com cortar nas ditas gorduras do Estado. Trata-se simplesmente de usar a crise como pretexto para impor um programa de aniquilação das funções sociais do Estados e de destruição da vida dos cidadãos. E isso é exactamente o contrário dos princípios universalistas pelos quais se bateu Carolina Beatriz Ângelo.
O Ser da economia
Teresa Salvado teresa_salvado@coisas.info
uando ouvimos a palavra economia a maior parte de nós franze o sobrolho e pensa em palavras difíceis e cálculos intermináveis, que darão sempre o dinheiro a ganhar aos mesmos. Crise, ratings, PIB, resultados líquidos, impostos e faturação são algumas das ideias que nos assomam desordenadas na cabeça. Sem percebermos bem o que tudo isto quer dizer limitamo-nos a ver os preços dos bens essenciais a subir, os impostos com que taxam os nossos ordenados a subir e o fim do mês sempre longe demais. Acabamos por desejar um apressar da vida na esperança ingénua de que seja com o próximo salário que consigamos endireitar as contas. Mas não. E ligamos a televisão, sintonizamo-nos nos telejornais, e voltamos a ouvir falar na malfadada economia que não se desenvolve, que não cresce. Mas afinal, o que é isto da economia? Para que serve? Esta semana, numa formação sobre economia, o professor disse algo que jamais esquecerei, algo que ele aprendeu nos primeiros anos de faculdade e que também ele não esqueceu: «A economia existe para servir o bem social. Se não for assim perde o seu sentido». Concluo então que até a economia está desvirtuada nos dias que correm. Concluo, depois de finalmente perceber o que é uma empresa alavancada, o PIB, os ratings, os resultados líquidos, o EBITDA e todos esses termos que muito pomposamente a classe jornalística (á qual pertenço) utiliza – pergunto se saberão mesmo o que estão a dizer?!?! – que as agências de rating norte americanas têm razão: a divida pública portuguesa é mesmo lixo. Porquê? (E tiremos a parte da política para fora, apesar de ser altamente importante) Estas agências supostamente analisam todos os fatores sociais, políticos, económicos e legislativos de um país. E é partir daí que dão a sua notação. Esta notação classifica a qualidade da divida, neste caso portuguesa, ou seja, a análise feita vai verificar até que ponto Portugal vai conseguir pagar a divida pública que tem, no prazo a que se comprometeu. Conclusão: Lixo, ou seja, dificilmente esta divida conseguirá ser paga por mais apertos que haja. Até porque, em todos estes apertares de cinto há algo perigoso. Vamos lá a ver (de uma forma simplista, eu sei): se ganhamos menos compramos menos, se compramos menos a produção das empresas desce, se a produção das empresas desce os preços dos produtos encarecem e, no limite, as empresas deixam de ter capital para produzir, tendo de fechar. Se as empresas começam a fechar, e o tecido empresarial português a empobrecer, temos dois cenários: o do desemprego, por um lado, e a inexistência de produtos para comercializar, o que faz com que tenhamos que importar mais e que as capacidade de exportar desça, ou seja, o país vai ficar ainda mais endividado. Por outro lado, os bancos, cujo negócio é o de compra e venda de dinheiro, começam a fechar os cordões à bolsa e deixam de emprestar dinheiro, ao Estado, que cada vez mais vê a sua possibilidade de pagamento a diminuir, e às empresas, que mesmo que tenham encomendas grandes, não têm dinheiro em caixa para produzir. Não, isto não é um trava línguas ou uma lenga lenga para adormecer crianças. Esta é a realidade portuguesa. Que foi e continua a ser-nos escondida.
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Universidade Sénior
Kalunga
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Gostar de aprender O gosto de aprender foi-me proposto pela grande senhora D. Sara Sacavém, minha primeira professora que quando eu tinha apenas seis anos me ensinou a escrever, a ler e a gostar de trabalhos manuais. Jamais perdi o gosto de aprender e apesar de ter tido limitação nos estudos, ficando pelo Curso Geral do Comércio, nunca deixei de procurar saber um pouco mais. Frequento, por isso, a Universidade Sénior de Odivelas onde sou formanda e formadora. Na Oficina de Jornalismo fui convidada a escrever para o Nova Odivelas. É difícil preparar um texto que mereça ser lido e, apesar da minha idade, da experiência vivida e do conhecimento que tenho e de quanto gosto de falar sobre a minha terra, os velhos costumes e saberes e trazer aos que hoje vivem nestas paragens o que eu conheço há mais de setenta anos, vou limitar-me ao que um dia escrevi em homenagem a quem me ajudou a dar os primeiros passos no apredner e no gostar de saber.
O aprender para o lazer Quando era pequenita Com seis anitos apenas Tive uma professora querida Foi na primeira classe, No misto de pré-primária Aprendi a escrever e a ler A recortar, a bordar, a pintar Mas aprendi muito mais Estar bem sentada Com a postura devida Para poder trabalhar A saber rodar o punho Para o poder usar Tudo tive de saber e saber E hoje passados tantos anos Sim, que já lá vão setenta e seis Fico por isso a pensar Só me resta agradecer Pois podia além de facto fazer O que eu aprendi também foi… O gostar de aprender!
Maria Amélia Figueiredo Oficina de Jornalismo
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Luís Morgado recrutou dezasseis catangueses que, juntos aos cinco conterrâneos de Benilele e a ele próprio, fazem o grupo que vai percorrendo o vale do Kasai à procura dos garimpeiros que raptaram os rapazes de Cambondo. Luís podia ter recrutado mais homens. Mas estava perante um dilema. Um grupo mais numeroso daria mais força à iniciativa, mas tornála-ia menos discreta, quer perante as autoridades zairenses, quer perante os garimpeiros organizados. Os primeiros podiam mobilizar-se para perseguir e atacar os catangueses, que eram uma boa presa e a ultima coisa que Luís queria era uma diversão desse género. Os segundos, alarmados, podiam desaparecer, ou mudar de poiso, levando os raptados. Ora, aquela acção teria que ser feita na maior das discrições. O grupo deveria percorrer a distância cozido com o mato e evitando qualquer contacto humano, até atingir o alvo, procedendo do mesmo modo no regresso. Dois homens faziam de batedores, informando das incidências do percurso. E tudo no maior silêncio, coisa que os catangueses sabiam respeitar, na perfeição. Chegados a muito pouca distância do local que tinham indicado a Muteque-Muele, Luís foi ver o que tinham que enfrentar. Numa pequena clareira, estava uma vedação de arame farpado, não muito alta, contendo, no seu interior, um barracão e duas construções mais pequenas. Não se via ninguém. Estaria tudo abandonado? Luís pediu a um dos catangueses que, rastejando, fosse ver mais de perto. Este regressou algum tempo depois. Não estava ninguém. Mas tudo tinha aspecto de estar a ser utilizado. Rastejando, por baixo do arame farpado, tinha entrado no recinto. No barracão, viam-se cobertores espalhados pelo chão. Uma das cons-
truções mais pequenas tinha utensílios de cozinha e de refeitório e a outra parecia ser residência, pois tinha algumas camas e secretárias. Como ainda tardava o escurecer, deduziram que os habitantes estariam fora. Resolveram esperar, emboscados. Luís ainda pensou em ocupar as instalações e esperar do lado de dentro, mas depressa abandonou a ideia, porque se, como esperavam, os ocupantes regressassem com os raptados, estes ver-se-iam envolvidos na provável refrega que se seguiria, o que não interessava nada. Depois, como não sabiam quantos eram os seus antagonistas, algum ou alguns poderiam fugir, o que não seria bom para o resto da tarefa. Passada cerca de uma hora, ouviram vozes. Redobraram de atenção. Do meio do mato surgiram três homens, todos negros, armados com espingardas. Entraram no recinto e, após uma breve troca de palavras, dois dirigiram-se para a construção que parecia servir de cozinha e refeitório e o outro para a outra construção. Neste, Muteque-Muele reconheceu o indivíduo que se tinha gabado de ter ao seu serviço rapazes raptados. Luís, por gestos, deu indicações para todos permanecerem quietos e escondidos. Certamente que viria mais gente. Já quase ao lusco-fusco, surgiu um grupo maior, onde se distinguiam homens armados e outros elementos desarmados, que se percebeu, imediatamente, serem jovens. Alguns transportavam apetrechos de garimpo. Os jovens dirigiram-se, imediatamente, para o barracão. Quatro guardas postaram-se, um em cada canto do quadrado que formava o recinto, sentando-se em bancos aí colocados. Entretanto, ouviu-se o barulho de um gerador a começar a funcionar, acendendo-se lâmpadas que iluminaram o recinto e a vedação. Outros guardas entraram na moradia, onde já estava o outro elemento que tinha vindo primeiro.
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Estreito de Magalhães
700.000 mil euros de ordenado e não só.
Armando Ramalho armando.ramalho@sapo.pt
inistro, estava dado o tema para a semana. Puro engano, ainda há mais sinistro, seguramente pelos ventos que sopram, ainda iremos muito mais longe com esta gente dantesca. Queria tentar chocar as boas almas adormecidas como agora se diz, ao contrastar a legitimidade de tal valor em ordenado de um sujeito de 70 anos e já pensionista consagrado com uns valentes e meritórios 9.000 euros mensais. Com o cumprimento de uma lei que manda retirar os complementos de reforma, de 50 ou pouco mais euros, a quem acumula com uma reforma de 200 ou 300 euros, igualmente merecidos, se não mesmo, e aqui poderá aplicar-se com rigor, necessariamente e justificadamente merecidos. Uma senhora que em comum com este cavalheiro da EDP, tem além da formação de economista, também foi ministra das finanças e militante do mesmo partido, e por incrível que pareça os dois passam já dos 70 anos de idade. Têm ambos enormes responsabilidades ao estado a que isto chegou, foram também pais do monstro, como bapti-
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zou o desgoverno destas criaturas, o seu grande mestre e actual PR. Já tinha lido que estes ridículos farsolas pretendem retirar a isenção de taxa moderadora nos hospitais públicos aos dadores de sangue com as regulares dádivas previstas para o direito a tal benesse, mesmo para quem tenha largos anos de dádivas no currículo. É mais uma ofensa aos pobres, rico nem sangue dá. Compra. Constitui já uma banalidade a falta de carácter destes canalhas que se têm por governantes, e creio bem que o andor ainda só vai no adro. Num primeiro programa da nova grelha da SIC N, esta desprezível criatura vomitou sem vacilar que os hemodialisados com mais de 70 anos devem pagar do seu bolso os 2.000 euros mensais do custo de tais tratamentos. Justificação da douta ex-governante do PSD, - «Racionar significa que alguns não terão direito ao tratamento» - a continuar o foguetório, segunda afirma, das borlas para os 10.000 doentes do serviço público. Se consegui despertar alguém, dou-me por satisfeito.
QUOTIDIANO Universidade Sénior SOLIDARIEDADE
Caneças em ação solidária odos os anos na quadra natalícia a Junta de Freguesia de Caneças com o apoio vários voluntários promove a campanha Caneças Solidária que recolhe alimentos em várias grandes superfícies comerciais que posteriormente foram entregues à Obra da Imaculada Conceição e Santo António (Obra do padre Abel) e ao Grupo Sócio-Caritativo da Paróquia de São Pedro. Em 2011 a campanha conseguiu resultados superiores a 201º tendo recolhido cerca de 4.600 quilos de alimentos, roupas, produtos de higiene e limpeza, entre outros. No sítio da Junta de Freguesia ma Internet a autarquia diz que «Não obstante a crise que o nosso país está a atravessar, é com enorme satisfação que vimos informar que a inicia-
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tiva levada a cabo pela Junta de Freguesia de Caneças, nos passados dias 10 e 11 de Dezembro de 2011, se revelou, uma vez mais, um verdadeiro acto de solidariedade de toda a população de Caneças e do Concelho de Odivelas. Conseguimos recolher ainda mais géneros do que no ano de 2010, cerca de 4.600 Kg (…) tudo graças ao voluntariado, à colaboração e à solidariedade prestadas».
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MAIS EVENTOS. Consulte diariamente a agenda do Diário de Odivelas
ENTRETANTO dade destinada a famílias que querem passar uma manhã diferente na biblioteca estimulando assim, momentos de afeto e cumplicidade através da leitura. Entre janeiro e julho, aos sábados de manhã, pais e filhos ouvem histórias e partilham alegrias dando asas à criatividade promovidas por ateliês alusivos à história. Dia 21 janeiro – Crianças dos 5 aos 9 anos. É necessária marcação prévia.
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Exposições de Margarida Nunes no Museu do Combatente O Museu do Combatente, no Forte do Bom Sucesso (junto à Torre de Belém) vai receber duas exposições de Margarida Nunes: D. Dinis entre a história e a lenda que estreou no Centro Cultural Malaposta e Traduções. Durante a inauguração «Será apresentado em exclusividade o novo vinho licoroso D. Dinis, um produto artesanal que faz jus a este grande monarca português», segundo o convite da organização, a Liga dos Combatentes. Margarida Nunes, autora da exposição informa que também podem ser degustados os doces D. Dinis, exclusivos da Pastelaria Quebra Nozes, de Odivelas, confeccionados por Isabel Neves. Mário Máximo irá ler poemas e Vanessa Amorim tocar acordeão.
Pais e Filhos: Sábados com Histórias A Biblioteca Municipal D. Dinis está a promover a iniciativa Sábados com histórias”, ativi-
às 21h45 pode ver na sala café teatro do Centro Cultural Malaposta o espetáculo Deambulações de Jorge Moniz Quarteto, com Mário Delgado, guitarra; Júlio Resende, piano; João Custódio, contrabaixo e Jorge Moniz, bateria. Preço único 6 euros, 60’, M/6.
Teatro Infantil na Malaposta No Centro Cultural Malaposta continuam as peças infantis Baldecas e As Aventuras e Desventuras do Soldadinho de Chumbo. Para ver aos sábados às 16h00 e aos domingos às 11h00. Preço único 6 euros. 50’.
Todos a Bordo continua na Malaposta Todos a Bordo é a peça de Fernando Gomes que continua de quinta-feira a domingo no Centro Cultural Malaposta e pode ser vista até 12 de Fevereiro às 21h30 com excepção de domingo dia em que sobe ao palco às 16h00. Preço 12,50 euros, sujeito a descontos. 120’. M/12.
Olhares diferentes – diferentes olhares Esta Exposição Individual de Pintura de João Mota pode ser vista na Malaposta até 31 de janeiro com entrada livre. De segunda-feira a sábado, das 11h00 às 23h00 e aos domingos das 14h00 ás 19h00.
Jorge Moniz Quarteto No dia 20 de janeiro, com início
Imagem: Malaposta
Jantar da APEEEAG A Associação de Pais da Escola EB 2,3 António Gedeão, na freguesia de Odivelas, vai realizar no dia 10 de fevereiro, no restaurante 7ª Arte, em Famões, um jantar de solidariedade que tem por objetivo a obtenção de receitas para que possam «Fornecer a alunos carenciados algumas refeições, nomeadamente pequenos almoços e lanches, os quais de outra forma poderiam ter apenas como única refeição diária, o almoço subsidiado que obtêm na escola». A associação de pais diz no seu blogue que «Graças ao apoio concedido pelo Grupo 7ª Arte, uma parte substancial da receita reverterá para este fim». O jantar terá um espetáculo de Karaoke e animação especial com a associação a prometer «Algumas surpresas ao longo da noite». Os interessados devem inscrever-se previamente e no acto da inscrição pagar os 15,00 correspondentes. «O pagamento dá direito e comida e bebida à discrição». A associação diz ainda que «Com o voucher de inscrição que iremos entregar no acto da inscrição, o restaurante 7ª Arte oferece ainda a segunda bebida consumida na discoteca no piso de cima» e sublinha: «Com a sua ajuda conseguiremos dar uma alimentação um pouco mais equilibrada a dezenas de alunos da nossa escola que convivem com dificuldades extremas».
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Felizmente Há Luar No Centro Cultural Malaposta estreia hoje a peça Felizmente Há Luar, de Luís de Sttau Monteiro, com encenação de Jorge Estreia e interpretação de alunos de Escolas Secundárias do concelho de Odivelas. A peça pode ser vista até 25 de Março, às sextas-feiras e sábados às 21h30 e aos domingos às 16h00 na sala de espelhos. Preço único 3 euros, 75’, M/12. «Em Felizmente Há Luar! percebe-se, facilmente, que a História serve de pretexto para uma reflexão sobre os anos 60, do século XX. Sttau Monteiro, também ele perseguido pela PIDE, denuncia assim a situação portuguesa, durante o regime de Salazar, interpretando as condições históricas que mais tarde contribuíram para a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974. Tal como a conspiração de 1817, em vez de desaparecer com medo dos opressores
permitiu o triunfo do liberalismo, também a oposição ao regime vigente nos anos 60, em vez de ceder perante a ameaça e a mordaça, resistiu e levou à implantação da democracia».
Curtinhas de animação extensão Cinanima No sábado, 21 de janeiro, às 16h15, pode ver na sala de cinema do Centro Cultural Malaposta, cinema de animação de França Portugal, Letónia e Russa numa sessão de extensão do Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Animação. «Iremos descobrir, entre muitas outras, a história de uma rata que se torna actriz de circo, e o que será que acontece quando uma pequena e triste laranja decide ir para o outro lado da loja conhecer um bando de divertidos ananases dançantes?». Entrada livre. 55’. M/3.
Fado na Malaposta Maria Mendes apresenta mais uma das suas habituais noites de fado mensais no Centro Cultural Malaposta. Neste espetáculo, para além de Maria Mendes, que também apresenta, atuarão Diamantina Rodrigues e Gaspar Felício. Começa às 21h45 na sala café teatro. Preço único 6 euros. 75’. M/6. Reunião da CMO No dia 24 de janeiro, as 14h30, realiza-se uma reunião pública da Câmara Municipal de Odivelas que terá lugar nos Paços do Concelho.
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De 20 a 26 de Janeiro Carneiro Carta Dominante: Rei de Ouros, que significa Inteligente, Prático Amor: Não esconda os sentimentos. Liberte aquilo que sente e mostre a pessoa maravilhosa que é. Saúde: Faça mais exercício físico. Está a ganhar peso a mais. Dinheiro: Não se precipite e pense bem antes de tomar qualquer decisão que envolva mudanças no plano profissional. Números da Sorte: 01, 18, 22, 40, 44, 49 Pensamento positivo: Oiço o meu coração com inteligência, sei que ele é o meu melhor conselheiro!
Touro Carta Dominante: 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade. Amor: Não vá atrás das aparências, pois elas muitas vezes enganam. Seja mais consciente e ponderado nas suas atitudes. Saúde: Coma salmão para baixar o colesterol. Dinheiro: Encontra-se numa boa fase, dê asas às suas ideias! Os seus superiores irão apreciá-las. Números da Sorte: 03, 11, 19, 25, 29, 30 Pensamento positivo: Afasto a falsidade através do afecto sincero.
Números da Sorte: 19, 26, 30, 32, 36, 39 Pensamento positivo: A felicidade alegra o meu coração!
Caranguejo Carta Dominante: Rei de Copas, que significa Poder de Concretização, Respeito Amor: Se der ouvidos a terceiros poderá sair prejudicado na sua relação amorosa. Saúde: Procure descansar as horas necessárias para o seu bem-estar. Dinheiro: Não gaste mais do que aquilo que a sua conta bancária permite. Números da Sorte: 05, 09, 17, 33, 42, 47 Pensamento positivo: Tenho o poder de concretizar os meus sonhos.
Leão Carta Dominante: A Lua, que significa Falsas Ilusões. Amor: Não deixe que o seu orgulho fira a pessoa que tem a seu lado, seja mais compreensivo e aprenda a ouvir. Saúde: Faça uma caminhada. Dinheiro: Tente fazer um pé-demeia, pois mais tarde poderá vir a precisar de um dinheiro extra. Números da Sorte: 08, 10, 22, 31, 44, 49 Pensamento positivo: Sou mais prudente para não me iludir.
Gémeos Carta Dominante: 10 de Copas, que significa Felicidade. Amor: Cuidado com os falsos amigos. Não seja tão ingénuo com quem não conhece bem. Saúde: Aconselha-se uma dieta. Dinheiro: Está a passar por um momento positivo neste campo da sua vida, aproveite-o para progredir profissionalmente.
Virgem Carta Dominante: A Imperatriz, que significa Realização. Amor: Não deixe que a rotina tome conta da sua relação e use e abuse da criatividade. Saúde: Cuide mais da sua saúde espiritual cultivando pensamentos positivos. Dinheiro: Não gaste mais do
que aquilo que realmente pode, não se esqueça das contas que tem por pagar. Números da Sorte: 02, 08, 11, 28, 40, 42 Pensamento positivo: Sei que posso realizar os meus projectos, eu acredito em mim!
Balança Carta Dominante: Rei de Paus, que significa Força, Coragem e Justiça. Amor: Aposte tudo na sua relação, pois ela proporcionar-lhe-á momentos inesquecíveis. Saúde: Não se desleixe e cuide de si, invista na sua imagem. Dinheiro: Pense bem antes de pôr em causa o seu dinheiro, não desperdice sem ter noção daquilo que gasta e em que gasta. Números da Sorte: 07, 19, 23, 42, 43, 48 Pensamento positivo: A Força do pensamento positivo ajudame a superar todas as provas.
Escorpião Carta Dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera. Amor: Este é um bom período para conquistas amorosas, use e abuse do seu charme pois ele
arrebatará muitos corações. Saúde: Anda com o sistema respiratório fragilizado, seja prudente e proteja a sua garganta. Dinheiro: Poderá sofrer uma mudança repentina no seu local de trabalho, esteja atento e seja receptivo à mudança. Números da Sorte: 02, 04, 22, 36, 47, 48 Pensamento positivo: A sinceridade domina as minhas relações com os outros, sei que tenho amigos verdadeiros!
não se preocupe que tudo se resolverá. Saúde: Cuidado, o seu sistema imunitário anda frágil. Dinheiro: Seja prudente na forma como administra a sua conta bancária. Números da Sorte: 05, 17, 22, 33, 45, 49 Pensamento positivo: Sei que só erra quem está a aprender a fazer as coisas da maneira certa.
Sagitário
Carta Dominante: Rainha de Espadas, que significa Melancolia, Separação. Amor: Ponha de parte essa sua mania de ser o mais importante, deixe que o amor invada o seu coração, aproveite o romantismo. Saúde: Cuide da sua alimentação. Dinheiro: Boa altura para comprar aquela peça de vestuário de que tanto gosta, invista mais em si pois bem merece. Números da Sorte: 02, 08, 11, 25, 29, 33 Pensamento positivo: Quando a tristeza bate à minha porta, peço ao meu Anjo da Guarda que a mande embora.
Carta Dominante: A Papisa, que significa Estabilidade, Estudo e Mistério. Amor: Altura de harmonia e muita paz a nível amoroso, aproveite-a em pleno. Saúde: Gozará de grande vitalidade neste período. Dinheiro: Seja mais prudente na forma como gere as suas economias. Números da Sorte: 03, 24, 29, 33, 38, 40 Pensamento positivo: A minha intuição ensina-me sempre o caminho a seguir!
Capricórnio Carta Dominante: 2 de Paus, que significa Perda de Oportunidades. Amor: Partilhe a boa disposição que o invade com quem o rodeia. Saúde: Tenha mais cuidados com os rins, beba muita água. Dinheiro: É possível que venha a obter aquela promoção que tanto esperava. Números da Sorte: 04, 11, 17, 19, 25, 29 Pensamento positivo: Acredito em mim, sei que sou capaz!
Peixes
24 HORAS DE NOTÍCIAS
www.novaodivelas.tv www.diariodeodivelas.com VERDADE
Aquário Carta Dominante: 5 de Paus, que significa Fracasso. Amor: Poderá vir a ter uma zanga com um familiar, mas
RIGOR ISENÇÃO
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20 Janeiro 2012
Nova Odivelas 29
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Nova Odivelas
20 Janeiro 2012
~ G uard a Re al ~
Falta muito para as eleições autárquicas?
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Não deve faltar, já há para ai tantos independentes.
20 Janeiro 2012
~ Flash d o Reino ~ Entรฃo, vamos lรก trabalhar!
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Nova Odivelas 31
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Nova Odivelas
20 Janeiro 2012
Realmente! Há dez minutos atrás, ao preencher o formulário para aderir ao descontinho de 10%, deparo-me com a obrigatoriedade de inserir um NIB para pagamento bancário. Como já tenho pagamento por conta bancária, recorri à menina EDP, através do 808 501 501 (linha dedicada aos patos que querem este descontinho e eu fui um deles). -Fulana de tal... EDP... em que posso ser útil? - Estou a tentar preencher online a adesão ao desconto de 10% e não há nenhum campo para indicar que já tenho pagamento pelo banco. - Este será um novo contrato, por isso tem de introduzir o NIB, mesmo que seja o mesmo. - Um novo contrato? Porquê? - Porque a senhora está a deixar de ser cliente da EDP Universal e está a passar a ser cliente da EDP mercado liberalizado. - E... isso quer dizer o quê??? - Que passa a estar no mercado liberalizado de fornecimento de energia que a Tróica obrigou. - E se eu não sair da EDP Universal? - Mais tarde vai ter de sair, porque o mercado regulado vai acabar, por ordens da Tróica - E vai acabar quando? - Em 2015 vai deixar de haver. - Então quer dizer que até 2015 ainda posso estar como cliente do mercado regulado!? - Sim, mas depois tem de sair. - E se sair já, o que acontece ao preço que vou pagar? - Até final da campanha os preços mantêm-se... - E depois de Dezembro de 2012 (final da campanha)? _ ???? - JÁ PERCEBI! NÃO QUERO ADERIR, MUITO OBRIGADA. Espero que os caros comentadores e leitores também consigam perceber a tempo o que aí vem. Comentário a uma notícia no Expresso Online
~ No b r e s C o n f i s s o e s
A
Confesso, sim confesso… minha pobre cabecinha de cronista está a ficar muito baralhadita e, portantos, continuo com muita dificuldade em fazer uma carreirinha de ideias no meu cérebro que me capacite para escrever uma crónica escorreita e com a acinte Q. B. a que habituei todas e todos os que semanalmente ainda têm pachorra para ler aquilo que a Ricardina escreve. Mas, depois dos 153.723 e-mails que recebi a manifestarem solidariedade com a minha depressão, ganhei alguma coragem, tirei a cabeça de debaixo das almofadas do sofá, dei um salto tipo Panter Pink, liguei o meu personal computer, peguei na vassoura mental, dei umas varridelas, alinhavei ideias e aqui estou eu, de novo, a Ricardina que o concelho consagrou como a melhor cronista das Terras da Marmelada Branca e de outros produtos marmeladescos…
É
verdade, afinal nem só de marmelada branca vive a terra onde é bom viver. Na grande auto-estrada da informação já se pode docemente navegar pela marmelada branca. Em http://marmeladabrancadeodivelas.com.pt/ ficámos a saber mais coisas deste produto típico das freiras odivelenses que remonta já aos tempos de El Rei D. Dinis. No dia 19 de janeiro, ontem, visitei a secção eventos a realizar para saber o que iria ainda acontecer na marmelada. Pois, sabem o que li? Eu digo: «Até 31 de Dezembro de 2011, a Secção de Produtores de Marmelada Branca de Odivelas, acolherá os visitantes, na Exposição da Marmelada Branca de Odivelas, dandolhes a conhecer mais pormenores sobre o produto, podendo provar ou adquirir esta iguaria tradicional do Concelho de Odivelas». Pois… Outra secção do sítio é sobre produtos com marmelada. Até salivei de gulosa que eu sou a pensar nas iguarias marmeladenses que por lá ira encontrar… Desilusão. Clicava nas ligações e dava o erro 404, ou seja, página não encontrada. Depois de muito suar lá consegui descobrir que se clicasse num numerozitos que lá estavam conseguia ver as páginas. Mas, se as ligações não funcionam que lá estão elas a fazer? Será mais uma daquelas coisas feitas à pressa e que custam os olhos dos marmelemos? Mas, continuemos. Produtos com marmelada, diz o título. Mas afinal dos sete produtos apenas um é mesmo com marmelada. Os outros são com o pai da dita coisa, ou seja, o marmelo: Marmelos em vinho, Geleia de marmelo, Marmelos em calda, Chutney de marmelo, Bombons de chocolate negro… Bom e a marmelada com queijo apresenta o sugestivo título de marmelos com queijo. Tudo isto revela o rigor com que o sítio foi feito, não revela?
Maria Ricardina de Marmelo e Sá
M
Viscondessa da Memória confissoes@novaodivelas.pt
udando de assunto… No sábado houve tomada de posse na Comissão de Reformados, pensionistas e Idosos da Póvoa de Santo Adrião. O senhor presidente da instituição, Francisco Pires, no seu discurso disse: «Mais do que projectos bonitos, bem escritos e cheios de floreados feitos nos gabinetes, é tempo de agir, é tempo de vir para o terreno e conhecer a dura realidade». Cá a Ricardina, sempre bem informada sabe a quem estas palavras se dirigiam e que não eram, de todo, à Câmara Municipal de Odivelas, mas, a vereadora educativa e socialmente activa, Fernanda Franchi, ou está menos informada que a Ricardina ou tem algum peso na consciência porque enfiou de imediato a carapuça e até respondeu publicamente a Francisco Pires: «Apesar situação financeira não ser fácil há um compromisso da própria presidente Susana Amador que a acção social continuará a ser uma prioridade». Pois é. Se eu fosse o meu antecessor cronista até diria: «Ele há coisas, há mesmo coisas!». Prontos, já não consigo escrever mais mas já aqui ficou um pouco da Ricardina do costume. Não sejam lambões e não queiram tudo de uma vez que cá a menina ainda está convalescente. Vou tomar um chá de marmelo da Paiã e para a semana cá estou mais arrebitadita. Fiquem bem que eu fico também.
O
O Movimento Odivelas no Coração amadureceu, é verdade e embora 4 anos não seja idade adulta os comportamentos já assim são… É verdade, da mocada dos primeiros tempos o MOC agora é mais solidário e cidadão. Até atribui corações e tudo e abandonou as pretensões políticas, enquanto organização, porque cá uns passarinhos disseram à Ricardina que haverá moquistas independentes nas listas de quase todos os partidos. É pá…. Bom mas esquecendo o resto é preciso dar os parabéns ao MOC, não só pelo seu 4º aniversário mas pelo novo rumo que seguiu e pela acção solidaria e meritosa que vai desenvolvendo. Não entrego um Coração Solidário porque é troféu que já paga direitos de autor mas envio a todo o MOC um repenicado beijinho da Ricardina.
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