Suplemento mensal do jornal Nova Odivelas Nยบ3 11/11/11
Paula Nunes
A Poesia no sangue e o Teatro na alma
Olá
Não há uma sem duas, nem duas sem três, diz o povo. E a cumprir o ditado aqui está o terceiro número da sua revista preferida. Não queremos com isto dizer que nos fiquemos pelas três edições mas possivelmente quererá dizer que na quarta edição teremos um nome mais abrangente uma vez que a Odivelas Life já passou, em termos de leitores e conteúdos, as fronteiras do concelho de Odivelas, embora vá continuar a apostar, nas pessoas e nos eventos deste concelho. Nesta edição três pessoas de Odivelas. Paula Nunes, mulher do teatro e da poesia que está a desenvolver um projecto interessante nos palcos da Sociedade Musical Odivelense, Catarina Ribeiro, jovem desportista praticante de voleibol na Secundária Braamcamp Freire, na Pontinha e Catarina Sousa, estudante do ensino superior, conhecida em Odivelas pela sua colaboração num dos eventos mais mediáticos do concelho, o Odivelas Fashion e a eleição de Misse Concelho de Odivelas. Ainda os espectáculos e os temas relacionados com a alimentação e a saúde que vão ser componentes indispensáveis na nossa revista. Um bom mês para todos e voltamos perto do natal. Beijinhos da vossa Pipinha de Barbedo e Melo pipinha@novaodivelas.pt
Paula Nunes, uma vencedora nos palcos da vida com a poesia no coração e o teatro na alma
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Espectáculos: Os Corvos visitaram os U2 no palco da Malaposta, e Felipe Lá Féria apresenta O seu Melhor no Casino Estoril
Alma Livre, banda brasileira a caminho de Portugal
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Alimentação: conselhos e sugestões para viver melhor
Saúde: Diabetes e Psoríase em destaque
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Desporto em Tons Rosa traz Catarina Ribeiro
Faculdade de Ideias de Catarina Sousa
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Q u e m é a Pa u l a N u n e s ? Tem a poesia no sangue, já foi actriz e pisou palcos com nomes que hoje são conhecidos do teatro e da televisão, como, por exemplo, José Raposo, Rita Ribeiro e Nicolau Breyner. Acredita que representar é uma arte que se aperfeiçoa e trabalha. Mas tem dúvidas que se adquira. Acredita que nasce em conjunto com a cor dos olhos ou da pele.
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“Teatrinho”
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Como habitualmente escrevemos as perguntas e enviámos por e-mail, esperando que as respostas nos fornecessem a matéria prima para a construção do texto. Mas, a Paula Nunes é a Paula Nunes e as respostas chegaram já em forma de texto. Por isso… Aqui ficam, tal e qual como as recebemos.
A primeira pergunta feita nesta entrevista: Se eu tenho pena de ter abandonado profissionalmente os palcos?
A minha resposta: Quando me afastei… afastei, mais nada. Fernando Pessoa diria: … se quiserem escrever a minha biografia. Não há nada mais simples, Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.
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Assim é a minha passagem pelo teatro profissional
“Adóque” - “Tá entregue à bicharada” Se tenho saudades?! É uma pergunta que não me foi feita. Um dia apareceu um anúncio no jornal que dizia há audições no teatro Adoque. Eu fui, a minha mãe levou-me até lá e quando chegámos perguntou-me: «Queres que
fique ou vou-me embora?» Respondi: «Fico sozinha». A audição era feita em várias etapas, dança, canto e prova livre. Foi a poesia que me admitiu no teatro. Na prova livre disse uma poesia minha que terminava assim: 6
«… a vida é o grito que nós damos quando rompemos o ventre da nossa mãe, viver é o caminho que temos a percorrer. E morrer? Morrer… é fechar os olhos e adormecer». Este é o lema que tenho seguido a vida inteira: «Viver é o caminho que temos a percorrer». Se é o certo? O que mais amo? O que mais desejo? Onde sou mais feliz? Não sei, mas é com certeza o que o destino me indicou. A verdade é que nunca abandonei o palco totalmente ao longo destes anos. Já no teatro lembro-me da letra da primeira canção que começava assim: «Vão os pregões pelos bairros da cidade, harmonias da verdade na boca da nossa gente. É a cantar que o nosso povo apregoa, que se faz voz de Lisboa, Lisboa viva e presente», Pois foi apregoando para mim no dia-a-dia, que me senti viva e presente. Do teatro profissional guardo, os ensinamentos; boas recordações; grandes amigos; algumas fotografias e alguns recortes de jornais, para perceber que não foi um erro o meu caso com o teatro.
Se sinto orgulho na Paula Nunes? É tão difícil responder, como difícil é a convivência diária com Ela. Reconheço os meus defeitos. Não tenho a ilusão que os admito a todos, mas a maioria sim. Embora reconheça, que nem sempre me apetece corrigi-los. Por isso, não sei se tenho orgulho nela. Considero-a corajosa, mas pouco confiante. Pronta a executar tarefas que lhe reclamem, mas retraída a realizar sonhos. Faltam-me horas no dia.
A Poesia está-me no sangue? Está com certeza. Acredito que representar é uma arte que se aperfeiçoa e trabalha. Mas tenho dúvida que se adquira. Acredito que nasce em conjunto com a cor dos olhos ou da pele.
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“Sempre a aviar”
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A qualidade preocupa-me? É também por isso, que todas as vezes que sou convidada para algum evento, o meu trabalho se divide em três etapas. Primeiro preciso de perceber o que se pretende, conhecer a situação. Depois vem a etapa da procura dos textos, confesso que esta é uma tarefa complicada e que demorada. Por fim o momento mais íntimo, tornar “quase” meus os sentimentos e as palavras do poeta.
“Teatro ABC” - 1986 - “Fininho mas jeitosinho” Claro que sim. Pelo respeito que tenho à poesia, aos poetas, aos outros e claro à Paula Nunes. Dizer poesia é para mim uma forma de representar, é um monólogo. Adoptam-se os sentimentos alheios e transmitem-se aos outros, afinal esta é a base da representação. É verdade que os sentimentos ou as emoções acabam sempre por ficar um pouco viciadas. É por isso que dizer poesia é uma responsabilidade muito grande. 10
Escolher entre escrever poesia ou dizer poesia… É como escolher um dia dos sete dias da semana. Acordo em todos eles, uns tem sol, outros tem chuva e nem por isso deixam de ser perfeitos. Não consigo escolher. Não sei se acredito em coincidências, mas acredito que os caminhos se orientam para as nossas escolhas. Nasci e cresci em Odivelas, a Sociedade Musical Odivelense faz parte do meu baú de memórias. O meu regresso a Ela começou porque voltei a frequentá-la todas as Sextas-feiras, para levar a minha filha às aulas de guitarra. Depois aconteceu o concerto de Ano Novo, em que faltava uma voz para se juntar à banda, na narração da peça O Pedro e o Lobo, convidaram-me, aceitei, adorei. E, a partir daí tudo foi acontecendo naturalmente às Sextas-feiras. Foi-me feito o convite, primeiro para orientar o grupo de teatro e depois para fazer parte da direcção. Aceitei os dois, naturalmente! Apetece-me fazer aqui um convite, a Sociedade Musical Odivelense faz parte da memória de tanta gente de Odivelas. Mas há muitas pessoas que desconhecem que está toda remodelada, viva, cheia de energia e à espera de todos. Isto acontece, principalmente porque a sua localização não é um ponto de passagem nesta cidade que cresceu à sua volta. Assim, faça um pequeno desvio, venha visitá-la e de entre tantas actividades que envolve neste momento, alguma será da sua preferência ou dos seus filhos. 11
Quanto à mulher dos sete ofícios… Bem, a minha mãe responderia: «Quem muito burro toca, algum há-de ficar para trás». Talvez ela tenha razão.
Para quando a publicação de um livro? A esta pergunta vou responder com um poema de Alberto Caeiro a única diferença está na idade, coisa sem importância. “Se eu morrer novo Sem poder publicar livro nenhum Sem ver a cara dos meus versos em letras impressas Peço que, se se quiserem ralar por minha causa, Que não se ralem Se assim aconteceu, assim está certo. … Fui feliz porque não pedi coisa nenhuma. Não procurei achar nada Nem achei que houvesse mais explicação que a palavra explicação não ter sentido nenhum. 12
«Na interpretação as honras maiores para Nicolau Breyner e Rita Ribeiro e para as revelações que são Paula Nunes e José Raposo»
Fotografias fornecidas por Paula Nunes 13
Percursos…
É responsável pelo departamento financeiro e de recursos humanos de uma empresa sedeada em Queluz de Baixo.
Por audições no Teatro Adoque em 1980, inicia em paralelo um percurso pelo teatro, cinema e televisão.
Alguns destaques:
Televisão: “Origens”. “Sabadabadu”. “Cos(Z)ido à Portuguesa” “Marina Marina”. “As pupilas do Sr. Doutor”.
Teatro: Adoque Revista: “Paga as favas” e “Tá entregue à bicharada”. Infantil: “Teatrinho”.
Dobragens:
ABC Revista: “É sempre Aviar” e “A lata continua”. Comédia: “Fininho mas jeitosinho”.
Município de Odivelas:
Variedades Comédia: “Boeing Boeing”. Comuna Café Teatro: “Como é diferente o amor em Portugal.
“Rua Sésamo”.
“Menina Odivelas”. “Largo das Melodias”. “Rebola a bola”. Em colaboração com a Academia de dança BALLETVITA, apresentou nos auditórios Camões e S. João de Brito os espectáculos: “A história da dança” Voz e texto “O Aladino” Adaptação do texto e encenação
Cinema: “Jogo de mão”, de Monique Rutler. “Passagem por Lisboa”, de Eduardo Geada.
Os recitais de Poesia foram-se intercalando ao longo de todo o percurso. 14
Rapidamente... 1. Qual foi o último livro que leu? Acabei de Reler Cem anos de solidão. 2. Qual é a sua viagem de sonho? Itália. 3. Que personalidade mais admira? Há tantas personalidades que admiro por razões diferentes que não vou escolher nenhuma. 4. Qual foi o filme que mais a marcou? Million Dollar Baby. 5. A que prato de comida não resiste? Cozido à PORTUGUESA. 6. Prefere praia ou campo? Gosto muito de praia mas também gosto muito de campo. 7. Bebida? Água e vinho tinto. Por esta ordem. 8. Qual é o seu clube desportivo? Sofro nos jogos da Selecção Nacional. 9. Não dispensa a companhia de… Das minhas filhas. 10. O que a faz feliz? Fazer alguém feliz.
11. De que tem medo? Da guerra. 12. Orgulha-se de… Ser mulher. 13. Qual é a sua maior ambição? Fazer só o que me dá prazer. 14. E o maior sonho? Realizar um sonho. 15. Um lugar para descansar… Serra de Tomar. 16. Onde se sente melhor? Em minha casa. 17. Se não fosse o que é o que seria? Gostava de ter sido médica. 18. Não vive sem… A minha família e os meus amigos. 19. Quem gostaria de conhecer? Há tanta gente que gostava de conhecer. 20. Por último, um desejo… Que a crise passe rápido.
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Espectácul o “O Melhor de Lá Féria” No Salão Preto e Prata do Casino Estoril este espectáculo de Filipe Lá Féria tem esgotado todas as sessões diárias com espectadores de todo o país e também de Espanha. “O Melhor de La Féria” tem arrastado multidões ao Salão Preto e Prata do Casino Estoril. A todos os sucessos de La Féria, como “Passa por mim no Rossio”, “Maldita Cocaína”, “My Fair Lady”. “Amália”, “West Side Story”, “Jesus Cristo Superstar”, juntam-se agora as cenas mais emocionantes de “O Fantasma da Ópera”, “Os Miseráveis”, “Evita”, “Hello Dolly”, “O Homem da Mancha”, “All that Jazz”, “Cabaret”, “Chicago”, e os maiores sucessos de sempre da Broadway e de Londres numa mega produção com os mais sofisticados meios tecnológicos. Os espectadores, que vêm em excursões de todos os pontos do país e também de países vizinhos, em visita a Portugal, ficam surpreendidos com a beleza e excelência de “O Melhor de La Féria”, que reúne nomes consagrados como: Alexandra, Henrique Feist, Gonçalo Salgueiro, Paula Sá, Vanessa, F.F, Eva Santiago, Flávio Gil, Elsa Casanova, João Frizza, num elenco de 60 cantores, actores, bailarinos, acrobatas e músicos. “O Melhor de La Féria” é um espectáculo onde o canto, a música, o bailado, a cenografia e a representação atingem um nível internacional transformando-o numa das mais belas produções de sempre apresentadas em Portugal.
“O Melhor de La Féria” é cantado e representado em português e legendado em inglês, proporcionando ao público estrangeiro a surpresa de um grande espectáculo. O Casino Estoril, oferece desde Setembro, um espectáculo contemporâneo e cosmopolita que conta os sonhos de um homem que nasceu para o Teatro. Quem viu estes espectáculos voltará a ficar surpreendido e irá maravilhar-se com a megaprodução que o Casino Estoril preparou para a reabertura do Salão Preto e Prata, a mais sofisticada e moderna sala de espectáculos europeia, com uma grande antologia dos maiores sucessos da vida de La Féria. “O Melhor de La Féria” Quarta a Sábado, às 21h30 Sábado e Domingo às 17h00 Reservas: 211571100/01 E-mail: reservas.estoril@filipelaferia.pt
Fotografias: Abel Dias/Produções Lá Féria
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Corvos visitaram U2 em noite cheia na Malaposta No dia 01 de Outubro os Corvos foram ao Centro Cultural Malaposta com o seu espectáculo sobre os U2. Sala cheia num espectáculo diferente mas com a qualidade e genialidade com que esta banda habituou os seus fãs ao longo destes 13 anos de existência. Henrique Ribeiro Fomos assistir ao espectáculo e no final conversámos com os Corvos. Num espectáculo sobre os U2 convinha perceber o que levou a banda a este caminho. «Somos todos fãs dos U2 e por isso corremos o risco de tentar fazer os U2 à nossa maneira e parece que quem também é fã tem gostado e as salas têm estado sempre cheias».
Com instrumentos diferentes e, necessariamente arranjos diferentes, calculámos que não teria sido fácil produzir este espectáculo e foi essa a nossa segunda pergunta à banda. «Deu muito trabalho, claro mas na arte não se pode dizer que é um trabalho. A música dos U2 é óptima e portanto é quase fácil de transcrever para um quarteto de cordas». Nesta visita aos U2 os Corvos não querem ficar pelo espectáculo que têm levado aos palcos de todo o país e têm nos seus planos a gravação de um álbum com estas músicas dos U2. «Muito em breve iremos avançar com a gravação deste álbum». Já está tudo preparado para a entrada em estúdio faltando apenas a autorização dos U2. A banda acredita que a autorização não demorará muito e que a entrada em estúdio será em breve. Ao longo dos treze anos de carreira os Corvos deram centenas de espectáculos e viveram certamente muitos episódios e situações diferentes. Pedimos-lhes que nos contassem um. Contaram mais. Um deles teve a ver com a queda do ultra17
leve que estava a filmar o primeiro teledisco da banda. Nas filmagens do seu quarto álbum, The Jinx, «Houve uma espécie de um sismo que só no teatro é que se sentiu e que rachou a sala, mas nós divertimo-nos com isso tudo e cá estamos e cada dia nosso é uma nova aventura». Um outro episódio «E que prova que a banda é muito unida» passou-se numa digressão pelos Açores «E tivemos que ir numa camioneta de caixa aberta para o aeroporto. E, se a banda não fosse realmente unida, tínhamos caído todos nas curvas (riso geral)». Com espectáculos em todo o género de espaços quisemos saber onde a banda se sente melhor, se num palco mais intimista como o da Malaposta ou se em espaços mais amplos e com mais gente. «Nós gostamos de música e gostamos de tocar
e isso é que nos faz manter estes 13 anos de actividade. O público ainda vem aos nossos concertos porque gosta do que fazemos e nós continuamos. O importante é reconhecer que o público está lá e isso tanto acontece nos pequenos como nos grandes espaços». Para os Corvos os públicos são sempre diferentes e já tem acontecido em espectáculos iguais, na mesma sala, em dois dias seguidos haver dois públicos distintos. «Por vezes sentimos o público menos receptivo ao princípio o que nos obriga a um pouco mais de trabalho e de energia para o cativar». Quando ao público que foi à Malaposta a banda deu-lhe a classificação de cinco estrelas. Corvos não será um nome muito comum para uma banda musical mas tem razões de ser segundo os músicos.
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«Quando éramos mais novos gostávamos muito de vestir de preto e a nossa posição é de braços no ar, que parecem umas asas e assim acabámos por ficar Corvos. Não foi a primeira escolha mas foi a que ficou». Em fim de conversa o remate chegou assim: «A nossa vida é a música e nós somos músicos profissionais há muitos anos, desde que nos conhecemos, desde pequeninos. A nossa profissão consegue sempre surpreender-nos e nunca é igual, cada dia é sempre diferente. Uma das coisas que nos surpreendeu foi quando tocámos em Belgrado. Nós não sabíamos qual ia ser a reacção do público e ficámos espantados com a adesão do público à nossa música e aos nossos originais, sendo Belgrado na zona dos Balcãs onde os violinos e as cordas estão tão desenvolvidos».
A BANDA Muitos consideram esta banda pouco comum no quadro da música portuguesa. Originalmente são um quarteto de cordas mas em muitos espectáculos integra-se também um baterista. Com formação musical clássica apostam essencialmente no rock. Para além de uma interpretação de excelência os Corvos têm especial atenção às suas composições e aos arranjos musicais. Estrearam-se em disco com uma visita aos Xutos e Pontapés no álbum Corvos Visitam Xutos editado em 1999 pela Nortesul. Dois anos depois lançaram Post Scriptum com versões de clássicos bem conhecidos como Kurt Weil, The Doors e Nirvana. O primeiro single foi “Futuro que era Brilhante“. “Corvos 3“ editado em 2003 marca o aparecimento dos primeiros temas originais da banda. O disco incluía um cd-bónus, com alguns temas cantados. O baterista junta-se à banda na gravação do quarto álbum: “The Jinx” em 2007. O quinto álbum de os Corvos surgiu em 2010, chamase “Medo” e «É uma crítica/alerta ao estado da sociedade actual, nacional e internacionalmente». O disco contou com a colaboração da cantora Né Ladeiras em dois dos temas.
Os músicos Pedro Teixeira Silva - Violino Tiago Flores - Violino Luís Santos- Viola d’arco Cláudio - Violoncelo Pedro Silva “Pita” - Bateria
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Música
Banda Alma Livre Lança CD em Portugal.
“Da luz a alma, da alma o som, do som a liberdade!”
A Banda Alma Livre dá início à divulgação do seu mais recente trabalho discográfico, na Europa. Portugal foi o país escolhido para o lançamento do terceiro álbum, designado por “Coragem”. O lançamento do CD está agendado para o dia 17 de Novembro, na cidade de Braga, no Centro Cultural Braga Viva. A banda também passará pelo Porto e por Lisboa para a divulgação do álbum.
Alves, Naldinho, Sabiá e Chico uniram-se com o propósito de tocar e levar a sua mensagem de filosofia, e procuram sempre o equilíbrio entre a seriedade e descontracção, através de letras fortes que falam de amor, liberdade, igualdade, paz, alegria e vida. O primeiro CD, “Hoje Eu Sei” de 2006, teve uma boa repercussão no cenário independente, com destaque para as músicas: “Hoje eu Sei“, “Ser Eterno” e “Culpados”. 20
O álbum “Hoje Eu Sei” teve mais de 54.000 audições no Jamendo.com (site Europeu) o que despertou o interesse de produtores internacionais, para possíveis apresentações na Itália (Pescara), França (Paris) e EUA (San Diego- Califórnia). Em Outubro de 2010, gravaram o segundo álbum “El amor vencio”, considerado por alguns como o CD de estreia da banda no mercado nacional . As dez faixas estão divididas em inglês, português e espanhol e demonstram uma sonoridade agradável, sendo cada faixa uma nova descoberta que leva o ouvinte a passear por ritmos diversos ( MPB, Rock, Reggae, Rumba, etc.). «Seja no Rock, Reggae, Mpb, Rumba, Jazz, etc.., cantando em Português, Espanhol ou Inglês , essa é a nossa proposta “Liberdade musical” pois acreditamos que a arte deve unir as pessoas» diz a banda. Composição da banda: Alves, Voz, Guitarras, Violões e Composições; Naldinho, Teclados; Chico, Teclados e Sabiá, Percussão.
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Alimentação
Saladas prontas a comer: fonte de bactérias resistentes
Nos últimos anos, a importância dos produtos hortícolas prépreparados, onde se incluem as saladas prontas a comer, como fonte de microrganismos causadores de doenças, tem sido destacada pela ocorrência de surtos nacionais/internacionais. Embora alguns estudos demonstrem a importância da cadeia alimentar na transmissão de bactérias resistentes a antibióticos, o contributo de alimentos de origem vegetal nesta problemática permanece pouco conhecido. Foi neste contexto que investigadores do Porto – Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (Patrícia Antunes) e REQUIMTE, Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Far-
mácia (Joana Campos, Nazaré Pestana e Luísa Peixe) e Universidade Fernando Pessoa - Faculdade de Ciências da Saúde (Carla Novais) - desenvolveram um estudo para avaliar a qualidade microbiológica de saladas prontas a comer e determinar o seu eventual contributo para a disseminação da resistência aos antibióticos. Neste estudo analisaram-se 50 saladas prontas a comer de 7 marcas vendidas em 5 supermercados Portugueses durante o ano de 2010. A maioria das saladas (84%) revelou qualidade microbiológica não satisfatória, segundos os critérios do Instituto Nacional de Saúde. Embora não tenham sido detectadas bactérias causadoras de doenças de origem alimentar (Salmonella e Listeria monocytogenes), 28% das amostras de saladas apresentaram bactérias indicadoras de contaminação fecal (coliformes, Escherichia coli e/ou Enterococcus) resistentes a diferentes classes de antibióticos. De salientar que para diferentes antibióticos com interesse terapêutico verificaram-se taxas de resistência equivalentes às encontradas em E.coli implicadas em infec23
nhecido com a 1ª Menção Honrosa dos Nutrition Awards na categoria “Qualidade e Segurança Alimentar”, sendo uma forma de divulgação do trabalho efectuado por este grupo de investigadores na área da resistência aos agentes antimicrobianos, considerada actualmente, a nível mundial, uma prioridade em segurança alimentar. Patrícia Antunes, Carla Novais e Luísa Peixe
ções humanas, assim como a presença em coliformes de um gene de resistência redutor da eficácia de um dos grupos de antibióticos (β-lactâmicos) mais usados no tratamento de infeções. Este estudo reforça a necessidade de um eficaz controlo microbiológico de produtos hortícolas pré-preparados, uma vez que é habitualmente recomendado o seu uso sem lavagem, desinfeção ou confeção. O uso intensivo de saladas prontas a comer pelos consumidores actuais torna fundamental a implementação de medidas de prevenção da contaminação no local de produção e processamento, ou métodos finais de descontaminação (lavagem e desinfeção), de modo a evitar que este alimento possa constituir um produto de risco na transmissão de bactérias com relevância clínica e/ou de genes de resistência que podem condicionar a eficácia da antibioterapia. A relevância e actualidade deste tema, este estudo foi reco24
Pequeno-almoço: na hora certa! Todos sabemos da importância da primeira refeição do dia para o desempenho físico e intelectual em geral mas, no caso das crianças, torna-se ainda mais determinante. Os dados científicos comprovam que as crianças que tomam o pequeno-almoço têm maior capacidade de concentração nas aulas. Estão mais atentos e concentrados e isto traduz-se em melhores resultados escolares. Para uma criança em idade escolar (6-10 anos) o pequeno-almoço deve fornecer entre 300 e 400 kcal (cerca de 20% do dia alimentar de referência). Mas tão importante como a quantidade é a “qualidade” destas calorias. Por isso mesmo é essencial escolher alimentos ou combinações de “elevada densidade nutricional”. Ou seja, além de calorias esta primeira refeição deve fornecer quantidades significativas de nutrientes reguladores como fibra, vitaminas e minerais, alguns dos quais determinantes no trabalho intelectual. Por isso, não podem faltar leite ou derivados como o iogurte, cereais pouco refinados ou integrais e fruta. Assim, qual é mesmo o segredo de um pequeno-almoço completo e equilibrado? Tomar todos os dias, idealmente em casa, sem esquecer os três grupos de alimentos base e variando as opções. Alguns exemplos práticos: · 1 taça com cereais integrais (30 g) + 125 ml de leite meio gordo + 1 maçã · 1 bolinha de mistura + 1 colh. chá de manteiga + 1 copo de leite meio gordo (150 ml) + 1 copo de sumo natural (ex.: laranja)
. 2 fatias de pão integral + 1 fatia de fiambre magro (ex.: peru) + 1 iogurte não açucarado (natural ou de aromas) + 1 banana E não há razão para não superar as dificuldades das manhãs: Defina antecipadamente com as crianças o que vai ser o pequeno-almoço do dia seguinte; Deixe a mesa para o pequeno-almoço preparada de véspera; Levante-se um pouco mais cedo para não ter de andar a correr; Envolva toda a família na preparação da refeição e aproveite o momento em família. Como vê, as rotinas diárias nem são assim tão complicadas. É importante não esquecer que o pequeno-almoço deverá ser a primeira refeição do dia, a ser ingerida logo após acordar e não, como acontece muitas vezes, a meio da manhã! No caso das crianças tal é ainda mais importante, de forma a garantir a concentração e energia que elas precisam para ter um bom desempenho escolar. Lembre-se: Quando esta refeição não tem lugar na agenda, os pais acabam por estar a contrariar exatamente o principal objetivo que os move: Garantir aos seus filhos as condições ótimas para um excelente crescimento e sucesso na escola!
Tenha um bom dia! Ana Leonor Perdigão Nutricionista 25
Saúde
Médicos aconselham doentes sobre cuidados com a alimentação
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) alerta os doentes com insuficiência renal crónica para a necessidade de terem cuidado com a alimentação, e também cautela para não correrem riscos de desnutrição. «A escolha da dieta por parte do médico é sempre feita de uma forma individualizada, pois uma boa alimentação é fundamental para reduzir as complicações no doente renal e melhorar a sua qualidade de vida», refere Fernando Nolasco, presidente da SPN. Para os doentes com insuficiência renal crónica a dieta é uma parte fundamental do plano de tratamento, além da terapia farmacológica e dos tratamentos convencionais (diálise, hemodiálise e transplante renal). Na insuficiência renal crónica, o fósforo contribui para as alterações ósseas observadas nestes doentes, pois não é eliminado de forma apropriada, acumulando-se quantidades excessivas. Por outro lado, os rins são responsáveis por activar a vitamina D essencial para que o organismo possa absorver o cálcio dos alimentos. Quando os rins deixam de funcionar, esta vitamina não é activada e o cálcio não é absorvido. Por isso é importante reduzir a ingestão de fósforo e aumentar a ingestão de cálcio e vitamina D na sua forma activa. O fósforo e o cálcio estão presentes sobretudo no leite
e seus derivados. Por esta razão existem medicamentos que actuam corrigindo os defeitos existentes. A perda da funcionalidade dos rins faz também com que o potássio se acumule no sangue. «Quando os níveis ficam muito altos, o doente tende a sentir debilidade muscular, tremores e fadiga e pode correr risco de vida», alerta o nefrologista. O potássio está presente sobretudo na fruta, frutos secos e legumes. Por se tratar de um mineral solúvel em água, grande parte do potássio contido nos alimentos pode ser eliminado através de técnicas culinárias tais como a imersão ou dupla cozedura. Na insuficiência renal a eliminação de sódio e água através da urina é reduzida. Como consequência da retenção de sódio, os doentes têm uma grande sensação de sede e a retenção de água pode dar origem ao aparecimento de edemas na pele e subida da tensão arterial. Se esta condição não for controlada pode conduzir a situações de insuficiência cardíaca. Sal, queijo e marisco são os principais alimentos ricos em sódio. Em Portugal, estima-se que 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação. Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca 2 mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.
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Dia Mundial da Psoríase celebrou-se em Outubro No dia 29 de Outubro assinalou-se o Dia Mundial da Psoríase, uma doença crónica da pele que afecta 250 mil portugueses e mais de 125 milhões de pessoas em todo o mundo. Este ano o tema escolhido para assinalar o Dia Mundial da Psoríase foi“Vamos falar de psoríase – e tomar medidas.” Vítor Baião, presidente da direcção da PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase, explica que «Este ano, a comemoração do Dia Mundial da Psoríase tem como principal objectivo desenvolver acções de forma a sensibilizar e alertar as autoridades para a importância de actuar e tomar medidas concretas. Pretendemos colocar a psoríase na agenda política enquanto doença crónica tal como as outras». Para assinalar o Dia Mundial da Psoríase, a PSOPortugal desenvolveu várias iniciativas, nomeadamente a realização de sessões de esclarecimento, de modo a «Mostrar à população como a doença pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade, mas que não é contagiosa, nem prejudica a actividade profissional»., explica Vítor Baião.
Sobre o Dia Mundial da Psoríase O Dia Mundial da Psoríase, a 29 de Outubro, foi celebrado mundialmente, pela primeira vez, em 2004, tendo sido instituído para mostrar à sociedade uma doença escondida. Trata-se de um evento verdadeiramente global que se propõe a dar voz aos 125 milhões de pessoas que sofrem de psoríase/artrite psoriática.
Sobre a PSOPortugal
defender, apoiar e dar voz aos doentes de psoríase. E também a alertar e sensibilizar a sociedade para a discriminação social e profissional de que são alvo os cerca de 250 mil portugueses que sofrem de psoríase. É uma entidade sem fins lucrativos, com intervenção a nível nacional. Actualmente é sócia da Federação Internacional das Associações de Psoríase (IFPA) e da Federação Europeia das Associações de Psoríase (Europso).
Sobre a Psoríase A psoríase é uma doença auto-imune, crónica que se manifesta no nosso maior órgão – a pele, não contagiosa, que pode surgir em qualquer idade. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Desenvolve-se quando o sistema imunitário do corpo faz disparar um crescimento rápido das células cutâneas. Na pele saudável, as células amadurecem e perdem-se em 28 a 30 dias. Nas pessoas com psoríase, este processo acelera-se 3 a 4 dias. A origem da psoríase não está totalmente esclarecida. Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Esta traduz-se por dor e deformidade, por vezes bastante debilitante, das pequenas ou grandes articulações. Em Portugal esta doença afecta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.
A PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase, entidade com seis anos de existência, constituída em 2005, tem vindo a 27
Diabéticos são discriminados em Portugal No âmbito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala no dia 14 de Novembro, a Federação Internacional da Diabetes-Região Europa (IDF Europa), alerta para os casos de discriminação das pessoas com diabetes, não só os adultos como as crianças nas escolas, o que promove a sua exclusão social e dificuldade de aprendizagem. «A discriminação das crianças com diabetes é alarmante e uma realidade que ainda existe. Os problemas vão desde a recusa no acesso a creches ou escolas pré-primárias ou não dar as condições necessárias para a administração de insulina ou a medição dos níveis de açúcar no sangue, passando pela exclusão nas actividades desportivas e viagens escolares», alerta João Nabais, presidente eleito da Federação Internacional da Diabetes-Região Europa. E acrescenta: «As pessoas com diabetes são discriminadas no seu local de trabalho, muitas são penalizadas em mais de 150% em seguros de vida para compra de habitação, ou simplesmente são excluídas dos seguros de saúde porque esses não têm cobertura para pessoas com diabetes. Existem também casos de discriminação nos clubes sociais, nas famílias, na obtenção de um empréstimo bancário e mesmo no acesso a emprego de certas profissões». Polícia, condutor de ambulâncias, bombeiro, marinheiro, taxista, motorista de autocarros ou controlador aéreo são as profissões, em Portugal, em que as pessoas com diabetes afirmam ser excluídas no acesso ao emprego, revela um estudo realizado pela IDF. «No caso do acesso às cartas de condução, por exemplo, a diabetes é considerada como um problema de saúde que afecta a aptidão para a condução e como tal, as pessoas com esta doença têm de revalidar a sua carta cerca de 10 vezes ao longo da sua vida, o
que representa um custo médio de €240. Logo os custos indirectos da diabetes, no que concerne com revalidações de cartas de condução, em Portugal, ascende os 216 milhões de euros», explica João Nabais. Para assinalar o Dia Mundial da Diabetes, a Federação Internacional da Diabetes- Região Europa vai promover uma acção de sensibilização no Conselho da Europa, no dia 10
A Federação Internacional da Diabetes-Região Europa A Federação Internacional da Diabetes – Região Europa representa 62 associações de diabetes em mais de 46 países europeus, defendendo os direitos de cerca de 53 milhões de pessoas com esta doença. A região da Europa tem a segunda maior taxa de prevalência da diabetes (8,4%). A Rússia e a Alemanha são os países com maior número de pessoas com diabetes (somando 17 milhões). Para mais informações consulte: http://www.idf.org.
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de Novembro, e outra no Parlamento Europeu, no dia 15 de Novembro. «Acredito que podemos fazer a diferença e começar já a actuar pela mudança, pois não podemos ficar de braços cruzados, por um lado, ao ver os números de diabéticos a aumentar em flecha, e por outro lado, ao saber que existem diabéticos que sofrem discriminação pela sua doença», conclui João Nabais, de 43 anos, diabético desde os 12 anos, e o primeiro português a assumir a presidência da Federação Internacional da Diabetes- Região Europa.
A Diabetes A diabetes tipo 1 é uma doença crónica provocada pela falta absoluta de insulina devido à destruição de células do pâncreas que produzem esta hormona. A diabetes tipo 2, também conhecida como diabetes não insulino dependente, ocorre em pessoas que herdaram uma tendência para a doença (história familiar), e que, devido a hábitos de vida e de alimentação errados, e por vezes, ao stress, vêm a sofrer da diabetes quando adultos. Estimase que as pessoas com diabetes tipo 2 morrerão 5 a 10 anos antes do que as pessoas sem diabetes. Actualmente a diabetes é considerada a principal causa de insuficiência renal, cegueira e amputação de membros inferiores. A monitorização de níveis que lhe estão associados, como a glicose no sangue ou os corpos cetónicos na urina, constituem a principal ferramenta na gestão diária da vida das pessoas com diabetes, permitindo assim traçar directrizes adequadas para o tratamento.
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Desporto em tons Rosa uma coluna de David Braga
Catarina Ribeiro, 14 anos de idade aluna do 10º ano na Escola Secundária Braamcamp Freire na Pontinha é a convidada do “Desporto em Tons de Rosa” Praticante de voleibol da equipa da sua escola dá-nos a sua visão deste desporto praticado no feminino.
Desporto em tons de Rosa – Porquê escolheste o Voleibol?
Catarina Ribeiro – Foi por curiosidade. DTR – Quantos treinos tens por semana? CR – Inicialmente, tínhamos três treinos por semana. Mas agora por causa das obras na escola, só temos dois.
DTR – Fazes jogos contra outras equipas regularmente? CR – Sim, geralmente quase todas as semanas. DTR – O voleibol é uma modalidade colectiva, para ti é importante fazeres parte de uma equipa? Porquê?
CR – Sim, bastante. Principalmente quando os membros da equipa conhecem-se já há algum tempo. Existe depois um grande apoio da parte das raparigas mais velhas. 30
DTR – Há muitas “birrinhas” entre as jogadoras?
nunca deixaria de treinar nas CAT’s, que é o nome da minha equipa escolar.
CR – Desde que me lembro não.
DTR – Costumas ver voleibol na televisão?
Tal como em qualquer modalidade colectiva, é difícil obteremse bons resultados quando não se tem um bom ambiente na equipa. Então, logo desde início, o professor ensinou-nos que mesmo que o jogo corra mal, mesmo que fiquemos em último lugar, o que importa é o trabalho de equipa. Se alguém tem alguma dificuldade, algum problema, a nossa prioridade é ajudar a melhorar.
CR – Sim, sempre que posso. DTR – O desporto feminino tem futuro em Portugal? CR - Penso que não. DTR – Em termos desportivos qual a tua maior ambição? CR - Neste momento, ganhar todos os jogos possíveis e dar sempre o meu melhor. Mas não pretendo fazer do voleibol o meu futuro.
DTR – Quando perdes ficas muito chateada? CR – Claro que sim. Todas ficamos. Mas se não ganhámos foi porque algo falhou, e se houve alguma falha tem de ser resolvida. Isso dá-nos mais motivação para nos aperfeiçoar mais.
DTR – Para ti é mais importante a competição ou o convívio? CR – Ambos. DTR – Gostavas de jogar numa equipa federada? CR – Sim, gostava. Mas se um dia tivesse essa oportunidade, 31
Olá Amigas Cá estou de novo para a crónica da fofoca. Amigas aqui vos conto tudo sobre os famosos nacionais, internacionais e outros que o que interessa mesmo é pôr a fofoca em dia porque não há melhor remédio para as constipações que começam a chegar e para afastar a crise, que já chegou, mas não é para todos. Vou começar já por aqueles que estão mais perto. Estou muito desiludida com o menino Hernaninho jornalista criminal com crónica no Queridíssima Julinha. Então não querem vocês saber que o menino disse que a Maya do Brasil lhe deu umas informações muito importantes sobre aquele assunto do Duartinho? Francamente o menino não está nada bem, no Brasil não há nenhuma Maya… A Maya é nossa, quando muito no Brasil o menino tem uma Marcela, uma Roberta ou talvez uma Ivanetti agora uma Maya não é possível ela é nossa, nacionalizada. Continente e Ilhas, só e mais nada! Ou não querem ver que o menino Hernaninho quer exportar a única pessoa que ainda vê alguma coisa boa no futuro dos portugueses? Não gostei nada, mesmo nada. E por nomes sabem qual é a última grande preocupação dos franceses? Ai ricas… gente fina é outra coisa. Enquanto cá pela nossa terra andamos numa roda-viva preocupadíssimos com o subsídio de Natal e de férias, com o aumento do IVA nos transportes, na água e sei lá mais o quê, os nossos queridíssimos franceses têm preocupações muito mais interessantes. Então não é que a França está em choque, porque o nome escolhido para a pequena Bruni não é verdadeiramente francês… É de origem Italiana! Parece que o Berlusconni deu uma ajuda… A escolher o nome claro, não tenham maus pensamentos, até porque a Carlinha é um monumento e o Berlusconi não tem o charme
do Sarkozy. Estão a ver como estamos muito melhor em Portugal onde não temos estes problemas porque o nosso querido presidente já fechou a fábrica e o Pedrinho está muito viajado e portanto não corremos o risco de nos deparar com dilemas destes. Já os Ingleses sofrem a bom sofrer porque querem tanto um herdeiro para a coroa e não é que descobriram que a lindíssima Kate não engravida porque foi operada à cabeça quando era pequena. Estão a ver isto é que é grave não é como nós por cá… Os nossos jovens não podem ter filhos por causa da falta de empregos, e aos 40 anos ainda vivem em casa dos papás, no quartinho de solteiros entre lençóis do Rato Mikey. Por causa da crise nem deu para mudar a decoração do quarto, mas é uma felicidade ter os meninos em casa tão cridos, fazem uns biscastes a recibos verdes, e os papás pagam a segurança social que é para os meninos estarem entretidos, é assim um género de creche, mas para adultos. E por creche, a realeza europeia não anda nada bem já que a Letizia e o Príncipe Filipe também andam de candeias às avessas, é que a pequena cada vez está mais magra e dizem as más-línguas, que está obcecada pelas operações plásticas. Que mal é que isto tem? Realmente as pessoas só sabem dizer mal. Eu até já disse à sogra: olhe mande-me a Princesa para Portugal vai ver que com a dieta que nós vamos ter que fazer por cá ela engorda num piscar de olhos. Sabem lá… A minha colega tia de Cascais, a Cinha Jardineira, andou ao estalo com o Vilarinho, aquele que foi presidente dos encarnados. Acho que a tia lhe chamou Vilavinhos e o senhor não gostou nada, e vai daí andaram ao estalo. Oh meu querido, não seja caturra, isso não tem mal nenhum o menino aproveite a ideia compre um monte no Alentejo que agora estão outra vez em saldo, leve para lá 32
umas pipas de vinho, depois ponha a tia e aquele namorado dela Americano a vender garrafas lá pelas Américas com o nome de VILAVINHO o melhor vinho alentejano. Vai ser sucesso garantido e assim aumenta as exportações. E por exportações, quem está a fazer uma verdadeira revolução na moda agrícola é sem dúvida alguma a nossa querida Barbi, já lhe chamamos a Barbi e os Gordos. É fantástico já viram os modelitos estilo camponesa chique? Vai ser o delírio da próxima época, até já se diz por aí, que os portugueses estão de novo apaixonados pela agricultura. Pudera já se imaginaram nas vindimas com aqueles chapéus de abas largas, lindos de morrer, aqueles calçonetes curtinhos, aqueles bonés de agricultor, aquelas galochas felpudas tudo muito bem conjugado com blusas de seda e lenços ao pescoço? Ai cridas leitoras… até eu que sou uma tia de cidade, já me está a saltar uma veia agrícola, que até estou a fazer uma horta num vaso que tenho na varanda. E por varanda, minhas amigas cada vez gosto mais de viver em Odivelas, não há dúvida isto é a terra mais doce do país. Então querem saber o que o crido Toni Costa inventou agora? Então não é que quer fechar os serviços da Câmara Municipal de Lisboa, um dia por semana? Esta decisão resultou de uma grande preocupação com o bem estar dos trabalhadores, (que caturra), assim resolveu dar-lhes um dia para se dedicarem a actividades lúdicas, terem mais tempo para a cultura, o desporto, a família, sei lá… Enfim viver com mais qualidade. Bom, claro com um pequeno corte nos ordenados, que não se nota, porque o dinheiro não interessa nada o que interessa é ter qualidade de vida, sem dinheiro claro, porque o dinheiro não dá felicidade a ninguém. Estava eu muito comovida com tal preocupação, quando vieram logo a terreiro os sindicalistas gritar que não pode ser… Esta decisão é muito grave, isto é um caso de saúde pública,
não tem nada a ver com dinheiro até porque os trabalhadores já ganham tão bem, só estão preocupados com a nossa saúde. Oh ricos não se preocupem, então quando os cridos fazem greve não guardamos todos o lixo dentro do saco lá em casa. Vá lá não sejam caturras, aproveitem o diazinho que o Toni quer dar e façam greves, manifestações, caminhadas de protesto e ponham a cabeça em água ao presidente e deixem lá o lixo porque isso é o menos, o que realmente interessa é a qualidade de vida. Que pena não haver disto em Odivelas, que pasmaceira. E por pasmaceira então não é que andam para aí a dizer que o Zézito andou a telefonar aos deputados que ainda lhe são fiéis para votarem contra o orçamento. Acham isto possível? Está tudo louco… Acham que o Zézito, agora que anda a passear nos Champs-Élysées, de cabelo grisalho ao vento, cachecol ao pescoço, camisa aberta pousando os olhos nas belezas parisienses, divagando com o filho sobre os grandes enigmas da filosofia, se ia dar ao disfrute de ligar para os deputados para falar do orçamento, que ainda por cima todos dizem que é um nojo? Francamente poupem a tia… O Zézito é um homem de bom gosto quer é distância de orçamentos. E para terminar acabei de saber que o Duartinho falou ou melhor escreveu, fez as primeiras declarações sobre o crime…Ai cridas amigas diz-me a minha intuição e a minha amiga Maya confirma, que quem anda muito calado normalmente tem muito para dizer. Vamos ficar há espera porque algo me diz que quando as bombas começarem a estoirar até vai parecer fogo-de-artifício…Vai ser uma caturreira.
Dédé
Beijo
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Faculdade de Ideias uma coluna de David Braga
Nome: Catarina Sousa Idade: 18 anos Curso: Gestão de Informação Universidade: Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ideias – Vamos começar com uma pergunta relacionada com as praxes académicas. Continuam a fazer sentido?
Catarina Sousa – Na minha opinião e através da experiência que tive na minha faculdade com as praxes, sim continuam a fazer todo o sentido! Eu fui a novata que no seu primeiro dia de faculdade estava algo receosa quanto a esse acontecimento, mas rapidamente mudei a minha opinião, porque o que verifiquei foi que, as praxes são simplesmente para integrar, os jogos que são feitos permitemnos conhecer os colegas. Nas praxes temos também a oportunidade de escolher um padrinho de curso, que nos guia na nossa vida académica, fornecendo apontamentos, esclarecendo dúvidas e etc. Mas, também tenho o conhecimento de praxes que têm outro lema que não a integração, e aí sim, sou contra, por isso acho importante existirem regras nas praxes, assim como uma Comissão que observe o procedimento.
FI – Indo então ao teu Curso, porque optaste por essa formação? CS – Desde sempre estabeleci como objectivo pessoal frequentar o
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Ensino Superior. Acho bastante importante, porque contribui imenso para o nosso crescimento. Adoro aprender, gosto de estudar e identifiquei-me com os estudos de mercado e marketing.
FI – Durante a frequência do curso mudaste a opinião em relação às ideias que tinhas inicialmente?
CS – A única mudança foi para uma opinião ainda mais positiva. Todas as ideias e perspectivas que tinha em relação ao curso e à faculdade, vieram a comprovar-se ainda melhores do que tinha em mente, provando assim que fiz a escolha mais acertada. Ouvir a descrição das cadeiras e dos trabalhos que vamos desenvolver, entusiasmou-me bastante.
FI – As saídas profissionais, segundo as tuas expectativas, depois de concluíres o curso são boas?
CS – Tenho óptimas perspectivas quanto ao futuro. O meu curso abrange uma área que está em crescimento e tem óptimas ofertas de trabalho em sectores que me interessam bastante e me permitem diversificar o trabalho. O meu curso permite opção quer pela vertente das tecnologias, da gestão, da programação ou também a de estudos de mercado e sondagens. Tenho um leque de opções que me permite escolher consoante com o que mais me identificar.
FI – O curso que agora frequentas foi sempre a tua opção ou alteraste a tua ideia inicial ao longo do teu percurso escolar?
CS – Ao longo do meu percurso escolar fui alterando as minhas opções, penso que ainda não existe a informação e apoio suficiente que nos ajude a fazer esta escolha. O meu percurso foi bastante ponderado e longo, pois analisei muitas opções tentando-me imaginar em cada uma destas. Entre as opções tive, Gestão de Empresas, Jornalismo, Ciências da Comunicação, Economia, Contabilidade e depois sim Gestão de Informação. 36
FI – A tua faculdade proporciona-te as condições necessárias para
CS – A realização da Misse Odivelas é um projecto com que cola-
que possas tirar proveito das aulas?
organizada e tem docentes de alta qualidade, temos um forte sistema de apoio, quer por parte da faculdade, quer de colegas de outros anos e professores. Tem todas as condições para que eu tenha sucesso académico.
boro há já mais de seis anos e onde fui aprendendo muitas coisas. Nos dias de hoje sou o braço-direito do meu pai tendo portanto muitas responsabilidades. É acima de tudo uma experiência trabalhosa, porque são necessários muitos contactos, mas é uma responsabilidade que assumo com grande felicidade. A atitude organizada, responsável, trabalhadora e comunicativa que tenho, devesse muito à organização deste evento.
FI – Para além dos estudos, colaboras intensamente na realização
FI – Há muitas rivalidades entre as candidatas?
de um dos eventos mais badalados do concelho, o concurso da Misse Odivelas, como é essa experiência?
CS – Não diria rivalidade, mas sim uma competição saudável. Claro que
CS – Proporciona. A minha faculdade está extremamente bem
existem personalidades que se chocam, mas já assisti a muitas situações de companheirismo entre as concorrentes, que são mais importantes que a rivalidade. Criam-se sempre grandes amizades entre as candidatas. Tento sempre não perder o contacto das ex-concorrentes.
FI – Esta crise que assola Portugal vai criar ainda mais dificuldades a todos nós, acreditas que há volta a dar? Como?
CS – Existe volta a dar, acredito na filosofia de que existe solução para tudo, é preciso para isso é trabalhar e ter como principal objectivo a estabilidade do País mantendo a qualidade de vida da população, com isto quero dizer que, os cortes não deviam ser feitos a quem tem pouco, mas sim a quem tem muito. É necessário organizar e estruturar as áreas que possam ser desenvolvidas e contribuir para o desenvolvimento da economia Portuguesa. Não é a Importação que dá dinheiro, mas sim o contrário, a Exportação.
FI – Para acabar, planos futuros? CS – No futuro adoraria fazer um Erasmus pela experiência quer pessoal quer académica porque é sempre importante ter uma noção do mercado de trabalho no estrangeiro. Vou terminar o curso, começar a trabalhar e mais tarde, fazer um Mestrado. 37
«Parar de anunciar para poupar dinheiro é como parar o relógio para poupar tempo». Stephen Leacock
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