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Prefácio

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Prólogo

Prólogo

Apresentar o livro A filha de Onélia: a visão de uma mulher na contemporaneidade, escrito por Aparecida Miranda, é transitar por dois universos muito ricos: o da história de vida da autora e o das reflexões sobre o modo como as mudanças da contemporaneidade afetam a produção das subjetividades individuais e coletivas. Ao acompanhar os eventos narrados pela autora, podemos confirmar como os vínculos afetivos e o sentimento de pertencimento, que constituem os laços familiares, se tornam uma base segura para a travessia de momentos difíceis, reforçando a fé e fomentando a resiliência. As reflexões sobre aquilo que nos constitui – nossa identidade, nossas escolhas, nossos afetos –, nos permite caminhar ao longo do ciclo da vida com maior firmeza e lucidez. Aparecida nos mostra a importância da autoconfiança, da busca constante por conhecimento e da abertura às novas experiências de vida como diretrizes para a construção de um caminho pleno de transformações.

Ao longo da leitura deste livro, temos a oportunidade de acompanhar não apenas as reflexões da autora sobre suas vivências, mas também de caminhar ao seu lado, refletindo sobre os desafios que constituem o “ser mulher” na contemporaneidade. Aparecida nos convida a analisar os lugares ocupados pela mulher em suas relações familiares e sociais, transitando pelos seus diferentes vínculos e refletindo sobre os desafios que se configuram na construção de sua autonomia e individualidade. Como pessoa, nos mostra momentos de vulnerabilidade e superação. Oferece-nos sua história de vida como ponto de partida para um diálogo sobre vivências comuns a muitas mulheres. Como psicóloga e pedagoga, nos instiga a olhar para a nossa saúde mental e ampliar nossa conscientização sobre a importância de nos conectarmos com nossa história pessoal e coletiva, aprendendo sempre com as experiências vividas e contadas. Sua narrativa sensível aponta o autoconhecimento como um caminho para escolhas mais autênticas e assertivas. Nesse percurso, indica a importância de compartilharmos sentimentos e vivências, como um modo de transformar realidades pessoais e sociais. A autora nos aponta, também, a importância de revisitarmos nossos sonhos e repactuarmos acordos em nossas relações amorosas e familiares, ajustando os afetos às mudanças nas trajetórias de vida. Assim, os nossos vínculos afetivos passam a ter continuidade com base em escolhas genuínas, movidas pelo desejo, e não pelo hábito ou pela submissão.

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Sem dúvida, a leitura deste livro contribui para a discussão de temas sensíveis e necessários, pavimentando novos caminhos não apenas para as mulheres, mas para a construção de relações mais afetivas e igualitárias.

Sum Rio

Introdução, 19

Onélia Maria de Campos, 23

Capítulo 01. 20 de maio de 1978, 25

Capítulo 02. A fiel escudeira, 29

Capítulo 03. A camisa amarela, 33

Capítulo 04. O divórcio, 35

Capítulo 05. A experiência religiosa no convento, 39

Capítulo 06. À espera de uma ligação, 43

Capítulo 07. O bilhete no guardanapo, 47

Capítulo 08. Nós dois no altar, 51

Capítulo 09. Os sonhos, 53

Capítulo 10. Afinando a intuição, 57

Capítulo 11. O reencontro, 61

Capítulo 12. De volta à vida, 65

Capítulo 13. Enquanto era examinada, 69

Capítulo 14. Resguardando vidas, 75

Capítulo 15. Gaslighting, 77

Capítulo 16. Violência conjugal, 83

Capítulo 17. Identificando a violência conjugal, 91

Capítulo 18. Comportamento do perverso narcisista, 95

Capítulo 19. Transformando dificuldades em sabedoria, 99

Capítulo 20. Vestida de coragem, 105

Capítulo 21. Desconstruindo a imagem da mulher subordinada, 109

Capítulo 22. O despertar das mulheres, 113

Capítulo 23. A liberdade e suas expressões, 121

Capítulo 24. O impacto da autonomia financeira da mulher nas relações afetivas, 125

Capítulo 25. Não ignore os seus sentimentos, 129

Capítulo 26. Autonomia feminina e autoconhecimento, 133

Capítulo 27. Novas configurações familiares, 141

Capítulo 28. A culpa não é sua, 143

Capítulo 29. O que realmente importa para você?, 147

Capítulo 30. Construindo o amor-próprio, 151

Capítulo 31. Sinta-se merecedora, 155

Capítulo 32. Liberdade emocional, 159

Capítulo 33. Apenas o essencial na bagagem da vida, 165

Referências, 171

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