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INTRODUÇÃO

Qual o sentido da vida? O que Deus tem a ver com ele? Quem é Deus? Por que Ele é chamado de pai por tantas pessoas? São alguns dos questionamentos feitos por uma pessoa durante a sua existência, e provavelmente você já deve ter se contemplado em um ou mais deles. A busca pelas respostas, entretanto, nem sempre é tranquila. Arrisco afirmar que está longe de ser um caminho linear, sem pesquisa, com pouca dedicação e com uma trave nos olhos. E é exatamente para lhe auxiliar nessa busca que escrevo estas palavras. Com argumentos fundamentados, mas simples, você compreenderá quem é Deus, o Seu papel como Pai, como conhecê-Lo intimamente, as Suas formas de Se revelar ao Homem, bem como o vazio que Ele pode preencher.

Antes de contemplar as indagações existenciais, entretanto, é preciso refletir sobre a possibilidade de o Deus da Bíblia ter sido criado pelo ser humano. Seria possível que um Homem, deitado embaixo de uma árvore, após um dia de trabalho com a terra ou em um dia de descanso, tenha pensado em criar a história de um Deus que está em todos os lugares, que sabe de tudo, que tem todo o poder, que é o dono da ciência e da sabedoria e que criou o universo e tudo o que nele há? Mais ainda, seria possível que a história fosse tão convincente a ponto de ter sido perpetuada ao longo de milênios e ainda ser acrescentada com tanta plausibilidade e verossimilhança de modo que todos os livros da Bíblia apontem para Jesus?

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Um antigo pensador grego, conhecido como Xenófanes1, provavelmente acreditava que sim, pois, criticando as ideias religiosas de sua época, disse:

Os etíopes imaginam os seus deuses negros e com o nariz chato, os trácios, por sua vez, imaginam-os ruivos e de olhos azuis. Se as vacas, os cavalos ou os leões tivessem mãos e pudessem pintar e criar obras como os homens, os cavalos pintariam os seus ídolos semelhantes a cavalos, as vacas semelhantes a vacas e criariam as figuras iguais a si.

Não é preciso ir longe para perceber que as alegações do pensador têm relevância quando analisadas perante a quantidade de deuses e santos que são adorados em nosso país. Ao longo da história, diversas divindades foram fabricadas, todavia, o Deus da Bíblia é muito grande para ser simplesmente um produto de uma mente humana. Não se trata de uma afirmação apenas pessoal, visto que o famoso Jean Jacques Rousseau, ao pensar sobre a possibilidade dos conteúdos da Bíblia serem fruto da genialidade humana, disse: “O Evangelho tem marcas de verdade tão grandes, tão impressionantes, tão perfeitamente inimitáveis que o seu inventor seria mais espantoso do que o herói”2. E a humanidade não conhece um ser de sua espécie que seja igual ou maior em magnificência que o Criador.

Se Deus não é fruto de uma mente humana, então quem é Deus?

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