O último dos guardiões: diário de guerra - livro 2

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JOÃO PAULO SILVEIRA

D I Á R I O

D E

LIVRO 2

G U E R R A

talentos da literatura brasileira

São Paulo 2016

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O último dos guardiões: diário de guerra - livro 2 Copyright © 2016 by João Paulo Silveira Copyright © 2016 by Novo Século Editora Ltda.

aquisições

Cleber Vasconcelos

produçao editorial

SSegovia Editorial preparação

Elise Garcia diagramação

revisão

Julio Talhari Mayara Leal – Lotus traduções capa

Dimitry Uziel

Abreu’s System

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), em vigor desde 10 de janeiro de 2009. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip) Angélica Ilacqua CRB-8/7057 Silveira, João Paulo O último dos guardiões: livro 2, diário de guerra / João Paulo Silveira. – Barueri, SP: Novo Século Editora, 2016. (Coleção Talentos da literatura brasileira) 1. Ficção brasileira I. Título 16-1179

cdd-869.3

Índice para catálogo sistemático: 1. Ficção brasileira  869.3

novo século editora ltda. Alameda Araguaia, 2190 – Bloco A – 11o andar – Conjunto 1111 cep 06455-000 – Alphaville Industrial, Barueri – sp – Brasil Tel.: (11) 3699-7107 | Fax: (11) 3699-7323 www.novoseculo.com.br | atendimento@novoseculo.com.br

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Dedicatória

Dedico este livro aos meus pais, que sempre me motivaram a ler e a ter curiosidade em aprender sobre as coisas que eu não conhecia, e à minha família, Noemia, Noelle, Bárbara e Jade, que sempre me apoiou, incentivou e entendeu as minhas ausências, necessárias durante a criação deste livro.

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer a Deus pela inspiração e força de vontade necessárias para a criação e conclusão deste livro, assim como em todos os momentos da minha vida. Agradeço também aos amigos que, ao longo do processo, incentivaram e ajudaram com sugestões e melhorias, as quais, certamente, contribuíram em muito para o resultado final.

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Ao leitor

Caro parceiro de aventuras, visando ajudá-lo numa melhor compreensão e imersão da história, criei cinco apêndices que o ajudarão em diversos momentos. São eles: Apêndice 1 Patentes – Informa todos os tipos de patentes que o exército de guerreiros possui. Apêndice 2 Escalão das Unidades Guerreiras – Informa como são constituídas e quantos guerreiros cada agrupamento do exército de guerreiros pode possuir. Apêndice 3 Unidades de Medida de Tempo – Informa como o calendário lunissolar de Kor é constituído, como são calculadas as horas e como se chamam os dias da semana. Apêndice 4 Cronologia – Informa quando ocorreram os principais eventos durante a linha de tempo da história. Apêndice 5 Glossário – Auxilia na identificação de palavras e personagens do livro, sendo um guia de rápido acesso.

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Após nova revisão do primeiro livro (1ª edição), verificamos que logo no início do capítulo “O Acordo”, na página noventa e cinco, existe uma pequena correção a ser feita: Onde se lê: “O terror de Balkatar já perfazia setenta e um anos.” Lê-se: “O terror de Balkatar já perfazia cinquenta e nove anos.” Além dos apêndices, estão disponibilizados dois links de internet para que você possa acompanhar todas as novidades da série de livros e diversas outras informações. Acesse: http://www.oultimodosguardioes.com.br/ e https://www.facebook.com/OUltimoDosGuardioes Um grande abraço e embarque nessa aventura. João Paulo.

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Recepção 1615.11.26

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claridade bruxuleante das tochas não ajudava muito as sentinelas. – Primeiro ataque à vista! – gritou um dos guerreiros do alto da torre de vigília. – Preparem-se, homens! – incentivou o capitão Dranqor. – Hoje o cheiro de enxofre queimará suas narinas, e os demônios voltarão para o fosso maldito de onde nunca deveriam ter saído! – Os guerreiros bateram suas armas contra o peito, respondendo em um coro metálico, fazendo seus corações bombardearem ainda mais seus corpos com adrenalina. – Trezentos metros! – avisou a sentinela. – Carregar trabucos e balistas! – comandou Dranqor. – Avantes ao portão principal, Mentales às ameias. Biontes ao centro, campo de proteção e cura. Guardiões, protejam os curandeiros. – Cem metros! – Ouviu-se um novo aviso. – Disparar trabucos! – ordenou o capitão. Imediatamente, grandes blocos de pedras vulcânicas alçaram voo em direção à horda infernal, criando enormes nuvens de fumaça verde. 13

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–  Cinquenta metr… – informou o guerreiro pela última vez, sendo atingido por um feixe de energia maldita e desaparecendo. –  Balistas, disparar! Mentales, ao ataque! – A ordem do capitão foi repassada pelos tenentes às suas esquadras, e uma chuva de ouriços de luz caiu sobre o exército inimigo. Naquela noite apenas um fiapo de luz, como um sorriso macabro, iluminava o céu. A lua nova não favorecia em nada a defesa do forte. Foi assim que os guerreiros não viram os demônios alados se aproximarem pelo flanco esquerdo. Uns armados com grandes pedras, outros carregando demônios de infantaria, bombardearam o campo de defesa dos Biontes, que, sem esperarem o ataque, não conseguiram repelir grande parte dos inimigos. Pedras, flechas e demônios choveram dentro do círculo interno do forte. Assim que soltavam a infantaria, os alados aproveitavam para agarrar guerreiros das ameias e jogá-los do alto, rumo à morte. Imediatamente os Guardiões entraram em ação, combatendo a infantaria demoníaca, que tentava chegar aos curandeiros para destruir o campo de defesa. –  Formem um anel ao redor dos Biontes! – comandou Oqnum, tenente-Guardião. – Usem o mantra de proteção compartilhada! – definiu, ao se juntar ao círculo. –  Bram Chum Waak Ninh! – Todos os Guardiões proferiram as palavras, e um círculo de energia emanou, brotando de seus escudos e formando uma barreira humana. Com o coração estrondando em seus ouvidos, Galaniel estava junto de seus irmãos de casta, defendendo os Biontes. Ainda não havia dado combate a nenhum demônio, apenas ajudava a manter o círculo de proteção. Estava próximo do tenente e o via lutar com um Ahuras, um dos principais demônios de infantaria. O infernal possuía enormes garras negras, que cortavam como navalhas. Seus joelhos, invertidos, dobravam-se para frente, e seus 14

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pés abriam-se em três pontas, que se fincavam ao chão. Sua pele era de uma cor amarelo-alaranjada, de aspecto doentio, com verrugas esverdeadas espalhadas pelo corpo. Sua cabeça era comprida e pontuda: a parte de baixo terminava em presas disformes e a de cima, em um chifre tortuoso voltado para frente. Os olhos, nas laterais da cabeça, eram grandes, brancos e ovais, com apenas pequenas pupilas negras, que sinalizavam o foco de seus olhares. Além de grande força, os Ahuras ainda expeliam ácido pela boca, fazendo com que qualquer descuido fosse fatal. Dois Guardiões que estavam ao lado do tenente o ajudavam no combate ao monstro, mas com uma golfada de ácido o guerreiro que estava à direita gritou terrivelmente até desaparecer. Formou-se uma brecha nas defesas e o Ahura partiu para ela. “Deus! Esse maldito está conseguindo entrar! Não tem mais ninguém que consiga pará-lo a tempo, só eu”, pensou Galaniel, em desespero. –  Eu, eu, não vou conseguir… Como eu vou… – o recruta congelou, enquanto balbuciava. –  Guardião! À luta! – Oqnum conclamou Galaniel, que saiu da letargia e atacou instintivamente. Partiu em direção ao demônio, que já estava quase rompendo o círculo, e com seu braço esquerdo golpeou com a borda de seu escudo a cabeça do demônio, que urrou de dor e recuou, para proteger-se. Galaniel assumiu a posição do Guardião caído e apoiou o tenente no combate ao demônio, que, possesso com a dor, retornou ao ataque, ainda mais brutal do que antes. Nesse momento chegaram Cafar e Jyen, que vieram do portão com outros Avantes para ajudar os Guardiões. Cafar mentalizou seu golpe paralisante, enquanto Jyen preparava um ataque com sua lança de guerra. Quando o Ahuras estava imóvel, Jyen saltou em direção ao monstro e desferiu um golpe certeiro, que perfurou seu olho esquerdo, 15

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atravessou toda a sua cabeça e saiu na outra extremidade pelo outro olho. Assim que a lâmina foi vista do outro lado, o ser maldito desapareceu, e ficou apenas a fumaça fétida. Com a chegada dos reforços, as duas dezenas restantes de demônios que haviam conseguido entrar no forte desencarnaram e, refeitos da surpresa, os Biontes aumentaram o campo de defesa, impedindo que novos inimigos entrassem. Vendo que ficaram em menor número, os demônios recuaram para a escuridão e gritos de comemoração foram ouvidos pelo forte. –  Não está na hora de comemorarmos, rapazes! – advertiu Dranqor. – Esse foi apenas o primeiro ataque! Vamos, reagrupar! A euforia se tornou um silêncio nervoso, e as esquadras começaram a se preparar. Apagar os incêndios, recarregar os trabucos e as balistas, reforçar o portão, cuidar dos feridos… Um tenente Mentale se aproximou do capitão e disse: –  Esse ataque foi pesado! Não sei quantos ainda aguentaremos. –  Quantos for preciso! Deixe de desânimo, homem! – animou o capitão, batendo no ombro do tenente. Após algum tempo, um dos tenentes também se aproximou de Dranqor para dizer: –  Capitão, reforçamos o portão e protegemos os mantimentos. Os feridos estão sendo tratados pelos Biontes, e as proteções externas, consertadas pelos Avantes. –  Muito bem, e a contagem de baixas? –  Perdemos muitos, senhor. Das trinta esquadras, restaram vinte e quatro, mais três guerreiros desgarrados que sobreviveram. –  Deus! Quase cinquenta homens! – exclamou o capitão, levando a mão direita ao rosto; cobrindo os olhos, meneou negativamente, consternado. Passados alguns momentos, Dranqor definiu: 16

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–  Não podemos ser pegos de surpresa novamente. Quero homens ao redor de todo o forte; se alguma coisa se mexer, eu quero saber. –  Sim, senhor – respondeu o tenente, levando a mão ao peito em saudação e saindo para transmitir as ordens. Nirmiriel estava em uma ameia próxima do portão principal e com ela estavam Qoont e Inara. –  Esse ataque foi dureza, hein? – comentou Inara. –  Ô, por um momento achei que eles conseguiriam invadir – respondeu Qoont. –  Mas podem se preparar, pois acho que vem muito mais por aí! – vaticinou Nirmiriel enquanto olhava para o centro do pátio e via Galaniel conversando com Pelokir. O Guardião olhou brevemente para cima e, ao vê-la, levantou o braço em saudação. Ela sorriu e acenou de volta. –  Pelo visto as coisas vão bem, não é? – Pelokir cutucou com o cotovelo as costelas de Galaniel, que ficou com o rosto vermelho e sorriu sem graça para o companheiro. –  Então, Pelokir, acho que é melhor você ficar perto de mim, assim posso te proteger mais. – O Guardião mudou de assunto. –  Entendi… Pode deixar que vou me aproximar mais – respondeu o Bionte, ainda sorrindo. Meneol continuava junto dos outros Avantes; Cafar e Jyen estavam com ele. Seu tenente havia ordenado que reforçassem a paliçada externa que circundava a entrada principal. O forte possuía uma forma losangular, com uma torre central larga, cercada por um grosso muro circular, com entrada no sentido oposto ao portão principal, que ficava ao norte. A torre se ligava ao muro circular pelo topo e em seguida também ao muro losangular, nos sentidos leste e oeste. Não havia acesso pelo pátio às ameias nem ao topo do muro circular; todo o acesso era feito pela torre central. Dessa forma, caso o muro externo fosse invadido, ou até 17

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mesmo o circular, os homens ainda poderiam atacar os invasores pelo alto. Então um barulho rítmico começou a ser ouvido. Era um som grave e constante, que reverberava no tórax de cada guerreiro. –  Inferno, novamente isso! – amaldiçoou um Guardião veterano. –  O que é esse barulho? – perguntou Galaniel. –  São os malditos tambores. Agora só irá parar quando eles forem atacar. É uma tática para nos cansarem, não nos deixando dormir. Miseráveis! O som era cadenciado: três batidas espaçadas, três rápidas e finalizava com uma espaçada. Depois uma pequena pausa e tudo novamente. Nirmiriel olhava para a escuridão na tentativa de identificar algo, mas sem sucesso. Pegou então um cristal oval do bolso interno de seu capuz e, conjurando um feitiço de visualização, começou a discernir algum movimento entre as sombras. Aos poucos avistou o exército maldito, que começara a se posicionar. Quatro fileiras de demônios estavam a se formar. As das pontas eram Shedins, os demônios alados, vermelhos como lava incandescente, com grandes olhos negros, que enxergavam muito mais do que os humanos; possuíam longos chifres, curvos para baixo e para o centro, e grandes garras afiadas, bem como uma cauda comprida, cuja ponta era ao mesmo tempo uma lâmina e, em sua lateral, um gancho. As duas centrais eram formadas por Ahuras de vários tamanhos. Cada fila parecia possuir em torno de duzentos infernais. Os tambores mudaram o compasso: agora ribombavam freneticamente. Em frente às tropas, formou-se uma linha com mais de dez demônios Legião, que começaram a urrar em desafio. Nirmiriel reportou a seu tenente o que avistou nas ameias e ele, por sua vez, dirigiu-se à sala de comando para relatar aos seus superiores. 18

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–  Se preparem, pois o que vem por aí é pior do que tudo que passamos – disse Nirmiriel para o seu grupo ao descer das ameias, detalhando o que viu. –  Meu Deus! Será nosso fim! – disse Qoont, desesperado. Todos os membros do grupo falaram ao mesmo tempo, menos Galaniel, que tentava pensar no que dizer para acalmar seu pessoal. –  Calma, guerreiros! – disse uma voz que vinha de fora do grupo. – Nosso forte já viu coisa pior e ainda estamos aqui! – Oqnum, o tenente-Guardião, procurava apaziguar a esquadra. – Este forte nunca foi tomado, não será desta vez. –  Sim, senhor! – respondeu o grupo. –  Galaniel, gostaria de falar contigo. –  Sim, senhor – respondeu Galaniel, e os dois se afastaram da esquadra. –  Sei que é tudo novo para você e que, assim como seus companheiros, você está nervoso com o que virá, mas, como líder de sua esquadra, não pode permitir que o moral do grupo baixe. –  Eu sei, senhor… –  Não estou recriminando-o, apenas aconselhando. Quando eu passo por situações como essas, penso por que estou aqui. E como cheguei até aqui. Então lembro que estou aqui para proteger meus pais, meus irmãos e minha cidade. Lembro também que para chegar aqui eu trilhei um longo caminho de dedicação, esforço e aperfeiçoamento e que não estou aqui por acaso. –  Sim, senhor! – respondeu Galaniel com ânimo renovado, pensando nas palavras do tenente. –  Agora vá e motive seus guerreiros! – finalizou o tenente, levando o braço ao peito em saudação, no que foi correspondido por Galaniel. Quando o Guardião chegou em seu grupo, eles estavam se preparando, pois novas ordens da sala de comando haviam chegado e novos preparativos deveriam ser feitos. 19

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–  O papinho foi bom? Vão se encontrar depois? – implicou Meneol, com inveja por não ter participado do assunto. –  Sim, ele me perguntou se havia algum frouxo no grupo e eu disse que só você – Galaniel revidou o comentário. Meneol partiu para cima do Guardião, mas foi impedido por Pelokir. –  Vamos parar com isso! –  Deixe-o, Pelokir, ele só faz cena. Quero ver ele lutar com meu maninho – Inara incentivou. –  Pelokir está certo. Vamos deixar de bobagens! Temos muita coisa para fazer a fim de defender nosso forte. – Galaniel encerrou a questão. –  Eles estavam medindo nossa força no primeiro ataque. O próximo será devastador! – falou baixo Dranqor consigo mesmo, na sala de comando, ao saber sobre a nova formação inimiga. –  Convoque os outros tenentes, Werien – comandou o capitão ao tenente. –  Sim, senhor! Ao passar em todos os pontos focais, o tenente informou sobre a reunião e reiterou que a participação de todos era obrigatória e imediata. Quando todos estavam presentes na sala, o capitão começou: –  Que todos se preparem, pois esse ataque será ainda maior. – Os tenentes se entreolharam, e Dranqor continuou: – Teremos que mudar nossa estratégia. Em frente ao forte, coloquem vinte e oito Avantes divididos em quatro filas, seguidos de doze esquadras completas e, por último, quatorze Guardiões fechando as filas. Os demais seguirão a estratégia atual: Mentales nas ameias, Biontes no centro e o restante dos Guardiões os protegendo. Dessa forma poderemos dar combate a meia distância e levar o combate a eles. –  Senhor, não ficaremos com poucos homens dentro do forte para protegê-lo? – questionou Werien. 20

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–  Tenente, você já olhou para o que vamos enfrentar? Precisamos reduzir aqueles números antes que eles cheguem ao nosso portão. Eles possuem muitos Shedins e com isso nossos muros perdem em muito sua utilidade, não acha? –  Sim, senhor – respondeu o tenente, baixando a cabeça, pensativo. –  Que os Mentales deixem os cristais em posição para um caso extremo. –  Sim, senhor – respondeu o tenente-Mentale responsável pelos cristais. –  Aumentem a paliçada. Preparem os trabucos e as balistas. Não será hoje que esses malditos tomarão nosso forte. Coragem e Honra! –  Coragem e Honra! – responderam os tenentes, levando o braço ao peito.

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