UMA PALAVRINHA SOBRE OS PALAVRÕES

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INCLUI PÁGINAS COM PALAVRÕES PARA COLORIR E ATIVIDADES ANTIESTRESSE

Era uma vez um jogo de futebol entre alunos de duas escolas do Ensino Médio. Enquanto os jovens atletas corriam de um lado para o outro atrás da bola em campo, fora dele uma legião de pais, amigos e espectadores se xingava. Ali já não mais se encontrava, por exemplo, o distinto cavalheiro conhecido pela gentileza por todos na empresa onde trabalhava, ou o simpático caminhoneiro que seguia todas as leis de trânsito à risca, referência para seus colegas de trabalho.

Todos nós falamos palavrões. Do mais pacato cidadão ao presidente da república. Os palavrões emergem da parte mais primitiva do nosso cérebro e podem representar muitas coisas, da mais profunda raiva até a mais legítima alegria. Todo mundo tem seu palavrão de estimação, aquele que sai de nós com a maior naturalidade, seja para expressar a dor por bater o dedinho na quina da cama ou para comemorar o gol decisivo na Copa do Mundo. Mas por que, afinal, falamos palavrões? Qual a origem dos palavrões mais proferidos em nossa língua? Existe algum benefício em ser boca suja? Qual o papel dos xingamentos na cultura? Uma palavrinha sobre os palavrões é um livro que deixa os tabus de lado e discute sem meias palavras os mecanismos que desencadeiam essas verdadeiras pérolas da linguagem. Além disso, serve como uma poderosa ferramenta antiestresse para aqueles que precisam descarregar a raiva e não podem fazê-lo verbalmente, trazendo várias páginas de exercícios e atividades para descontrair – e dar muitas risadas no processo. Aqui você não precisa lavar a boca com sabão.

18+ DESACONSELHÁVEL PARA MENORES DE 18 ANOS

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Não. Nada disso. Ali, na cancha, eles se transformavam em bichos. A cada lance era um “vai tomar no c*”. “P****”, então, era tão comum quanto respirar. Isso sem falar do pobre juiz, chamado de filha da p*** tantas vezes que até ficava em dúvida sobre a profissão exercida por sua mãe.

Como funcionam os mecanismos que fazem a gente perder as estribeiras

Os palavrões têm essa característica: são capazes de expressar aquilo que é indizível, especialmente em momentos em que as emoções estão à flor da pele.

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Uma palavrinha sobre os palavrĂľes

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Como funcionam os mecanismos que fazem a gente perder as estribeiras Textos de:

Samuel Vidilli Caroline Marino Michele Heloisa Loureiro Tieppo Leandro

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Uma palavrinha sobre os palavrões Como funcionam os mecanismos que fazem a gente perder as estribeiras

Copyright © 2020 by Novo Século Editora Ltda.

editor:

Luiz Vasconcelos Bruna Casaroti/Vitor Donofrio edição de texto: Vitor Donofrio/Renata de Mello do Vale diagramação e capa: Equipe Novo Século imagens: Shutterstock; “Okay” by Andrew Liebchen from The Noun Project impressão: MaisType edição de arte:

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), em vigor desde 1o de janeiro de 2009

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip) Uma palavrinha sobre os palavrões: como funcionam os mecanismos que fazem a gente perder as estribeiras Textos de Samuel Vidilli, Caroline Marino, Michele Heloisa Loureiro Tieppo Leandro Barueri, SP: Novo Século Editora, 2020. 1. Palavrões 2. Palavrões – Curiosidades 3. Humor I. Vidilli, Samuel II. Marino, Caroline III. Leandro, Michele Heloisa Loureiro Tieppo 20-2124

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Índice para catálogo sistemático: 1. Palavrões

Alameda Araguaia, 2190 – Bloco A – 11o andar – Conjunto 1111 cep 06455­‑000 – Alphaville Industrial, Barueri – sp – Brasil Tel.: (11) 3699­‑7107 | Fax: (11) 3699­‑7323 www.gruponovoseculo.com.br | atendimento@gruponovoseculo.com.br

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Palavrão, meu filho, é condomínio, palavrão é fome, palavrão é a maldade que estão fazendo com um colírio custando 40 mil réis, palavrão é não ter cama nos hospitais. Dercy Gonçalves

— Batman, de onde você tirou esse bat-escudo, hein? — Você tá muito engraçadinho, Robin. Lógico que foi do cu. Bátima: Feira da Fruta

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SUMÁRIO

Introdução

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Apresentação: Sobre os palavrões

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XINGAR É HUMANO

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O que é um palavrão  24 O porquê do palavrão  25 Onde está o palavrão?  29 “Télo singá!”  30 Xingar é mais do que apenas ofender  31 SABE O QUE EU QUERO, MÁRIO ALBERTO?  33 Palavrões são construídos… e desconstruídos  35 Origens dos palavrões  37 NA BOCA DO POVO  41 2

LICENÇA PARA XINGAR

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NÃO OFENDA A SI MESMO  47 Ufa!  48 Só para baixinhos  50 GUERRA DOS PALAVRÕES  52 Liberte-se!  54

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e O CU?

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O lugar da injúria  62 O desabafo do cu  64 UM CU SIGNIFICA MUITAS COISAS  65 4

palavrões e cultura pop

67

O cu na cultura, aqui e acolá  69 Nem tão escondido assim  75 Tire as crianças da sala!  83 MAMONAS ASSASSINAS: UMA RELAÇÃO  93 SENTIMENTAL COM OS PALAVRÕES Afasta de mim esse cale-se cálice!  95 Outros bocas sujas que amamos  105

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Conclusão: no mesmo barco

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EXERCÍCIOS ANTIESTRESSE

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PALAVRÕES PARA COLORIR

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Responda sem pensar muito:

você costuma falar palavrões? Já parou para refletir sobre eles – e no que significam – ou quando vê já foi? Saiba que você não está sozinho. Os palavrões são a prova de que as palavras têm poder, e seu significado depende muito da intenção de quem as profere. A intenção deste pequeno tratado sobre palavrões não é ganhar um Nobel de Literatura. É antes fazer uma reflexão sobre os palavrões enquanto um mecanismo da nossa cabeça para que a gente não exploda, e muito disso reside em uma região primitiva do nosso cérebro. O ser humano se acha muito evoluído, mas só não sai por aí cheirando o rabo um do outro (tem uns que saem) por pura vaidade. Ao longo dos capítulos de Uma palavrinha sobre os palavrões vamos entender um pouquinho por que falamos 11

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palavrões, os fatores psicológicos e fisiológicos envolvidos nessa prática tão trivial e, ao mesmo tempo, tão cercada de tabus; descobriremos as origens dos termos chulos mais queridos e também como os palavrões, mesmo escondidos, sobreviveram firmes e fortes desde os primórdios até hoje em dia. Qual a pior grosseria em que você consegue pensar? • Caralho? • Porra? • Boceta? • Cu? • Segunda-feira? Vixe, ficou constrangido, é? Calma, seremos cúmplices nessa jornada. Veja bem, se seus lábios são imaculados e de sua boca pura não saem impropérios, saiba que essa raiva represada (o palavrão que você não fala) é inerente à sua vontade. Ou seja, se você chamar alguém de “seu lindo” querendo dizer “seu merda filho de uma rapariga do cacete”, o efeito psicológico é o mesmo. Somos todos uns xingadores da porra. Claro, não dá pra ir metendo a boca em todo mundo que aparece pela frente. Então nada de mandar o chefe ir tomar no cu e depois dizer que fez isso por influência de Uma palavrinha sobre os palavrões, estamos conversados? Mas, se for por 12

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falta de xingar, este livro está aqui para isso mesmo. Dê umas risadas, pinte, recorte, atualize seu repertório de palavrões e, principalmente, desabafe um pouco. A gente tá vivendo uma época bem complicada, então, por um momento, manda essa caralha de mundo às favas. E, viu, me conte ao pé do ouvido: Qual é o seu palavrão preferido? Se você chamar alguém de “seu lindo” querendo dizer “seu merda filho de uma rapariga do cacete”, o efeito psicológico é o mesmo. Somos todos uns xingadores da porra.

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as i d m Te tô u e e qu … assim

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Apresentação

Sobre OS PALAVRÕES

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Não é de hoje que nos vemos às voltas

com palavrões ganhando lugar de destaque. Falamos palavrões nas rodas de amigos, nas discus-

sões sobre futebol, sobre política, no trânsito, jogando videogame, fazendo vídeos para o YouTube, brigando com o cachorro, com os filhos e… cumprimentando o melhor amigo. Tomemos como exemplo a palavra “foda”, o palavrão da moda, que nos últimos anos caiu nas

SINÔNIMOS DE PALAVRÃO Palavra grosseira e ofensiva: nome feio, obscenidade, grosseria, palavrada, nome, impropério, impropriedade, insulto, asneira, blasfêmia, indecência, imoralidade, porcaria, turpilóquio, tabuísmo, linguarada, pachouchada.

graças até dos mais recatados, reinando absoluta na boca do povo. E o mais curioso: podendo significar praticamente qualquer coisa, boa ou ruim. O Joãozinho pode ser foda por ter passado em primeiro lugar no vestibular da USP e também pode ser foda por ter vomitado no sapato do padrinho.1

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O exemplo utilizado tem fins meramente demonstrativos.

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Compartilhando propósitos e conectando pessoas Visite nosso site e fique por dentro dos nossos lançamentos: www.novoseculo.com.br

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Tiragem: 0.000 exemplares Fonte: Century Schoolbook

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INCLUI PÁGINAS COM PALAVRÕES PARA COLORIR E ATIVIDADES ANTIESTRESSE

Era uma vez um jogo de futebol entre alunos de duas escolas do Ensino Médio. Enquanto os jovens atletas corriam de um lado para o outro atrás da bola em campo, fora dele uma legião de pais, amigos e espectadores se xingava. Ali já não mais se encontrava, por exemplo, o distinto cavalheiro conhecido pela gentileza por todos na empresa onde trabalhava, ou o simpático caminhoneiro que seguia todas as leis de trânsito à risca, referência para seus colegas de trabalho.

Todos nós falamos palavrões. Do mais pacato cidadão ao presidente da república. Os palavrões emergem da parte mais primitiva do nosso cérebro e podem representar muitas coisas, da mais profunda raiva até a mais legítima alegria. Todo mundo tem seu palavrão de estimação, aquele que sai de nós com a maior naturalidade, seja para expressar a dor por bater o dedinho na quina da cama ou para comemorar o gol decisivo na Copa do Mundo. Mas por que, afinal, falamos palavrões? Qual a origem dos palavrões mais proferidos em nossa língua? Existe algum benefício em ser boca suja? Qual o papel dos xingamentos na cultura? Uma palavrinha sobre os palavrões é um livro que deixa os tabus de lado e discute sem meias palavras os mecanismos que desencadeiam essas verdadeiras pérolas da linguagem. Além disso, serve como uma poderosa ferramenta antiestresse para aqueles que precisam descarregar a raiva e não podem fazê-lo verbalmente, trazendo várias páginas de exercícios e atividades para descontrair – e dar muitas risadas no processo. Aqui você não precisa lavar a boca com sabão.

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Não. Nada disso. Ali, na cancha, eles se transformavam em bichos. A cada lance era um “vai tomar no c*”. “P****”, então, era tão comum quanto respirar. Isso sem falar do pobre juiz, chamado de filha da p*** tantas vezes que até ficava em dúvida sobre a profissão exercida por sua mãe.

Como funcionam os mecanismos que fazem a gente perder as estribeiras

Os palavrões têm essa característica: são capazes de expressar aquilo que é indizível, especialmente em momentos em que as emoções estão à flor da pele.

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