A Verdade Sobre os 144 Mil

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LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

A VERDADE SOBRE OS 144 MIL Leandro Bertoldo


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

Dedico este livro aos meus amados e falecidos pais José e Anita, a quem tudo devo pelo que hoje sou. À minha querida esposa Daisy, companheira de todas as horas, que nunca deixou de compreender a minha atividade de escritor. À minha preciosíssima filha Beatriz, que nos conforta com a sua meiga e doce presença. Aos meus amorosos e felpudos cachorrinhos: Fofa, Pitucha, Calma e Mimo, pela alegria proporcionada nas horas mais aborrecidas.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

“Procuremos, com todo o poder que Deus nos tem dado, estar entre os cento e quarenta e quatro mil” (RH, 9 de março de 1905).

Ellen Gould White Escritora, conferencista, conselheira, e educadora norte-americana. (1827-1915)


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

Sumário Meu Testemunho Resumo Prefácio Introdução 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

144 Mil: Literal ou Figurado 144 Mil: Duas Listas de Tribos 144 Mil: Testemunho dos Teólogos 144 Mil: As Tribos Espirituais 144 Mil: Um Quadrado Perfeito 144 Mil: A Grande Multidão 144 Mil: Padrões Paralelos 144 Mil: O Cântico 144 Mil: A Grande Multidão de Vivos 144 Mil: A Resposta de João 144 Mil: Paralelos com a Multidão 144 Mil: O Espírito de Profecia 144 Mil: Milhares e Milhares 144 Mil: A Grande Tribulação 144 Mil: As Provações 144 Mil: Os Santos Vivos 144 Mil: Todos Santos Vivos 144 Mil: Os Santos Mortos 144 Mil: A Sétima Praga 144 Mil: Todos Justos Vivos 144 Mil: O Assinalamento 144 Mil: O Sinal de Deus 144 Mil: O Sinal da Besta 144 Mil: Apenas Dois Grupos 144 Mil: O Início do Assinalamento 144 Mil: O Fim do Assinalamento 144 Mil: O Chip 144 Mil: Os Mandamentos de Deus 144 Mil: A Igreja Triunfante 144 Mil: A Pregação do Evangelho 144 Mil: As Primícias 144 Mil: O Caráter 144 Mil: As Honras Especiais 144 Mil: Os Salvos Diante do Trono

Posfácio APÊNDICES: 144 Mil: Estudo Bíblico 144 Mil: Estudo Bíblico Comentado


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil 144 Mil: O Sinal da Besta 144 Mil: Aplicação do Sinal da Besta 144 Mil: O Sinal de Deus 144 Mil: O Assinalamento 144 Mil: O Caráter 144 Mil: O Tempo de Angústia 144 Mil: A Grande Tribulação 144 Mil: As Perseguições 144 Mil: A Grande Multidão 144 Mil: As Ressurreições Especiais 144 Mil: A Vitória Bibliografia Epílogo Endereços


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Meu Testemunho Meu nome é Leandro Bertoldo. Sou o primeiro filho do casal José Bertoldo Sobrinho e de Anita Leandro Bezerra. Nasci numa terça-feira do dia 03 de março de 1959. Foi nesse dia que os Estados Unidos lançaram o primeiro satélite que conseguiu escapar da gravidade terrestre, o Pioneer 4, que passou a 60.000 km da Lua. Numa sexta-feira do dia 23 de setembro de 1960, o meu irmão Francisco Leandro Bertoldo nasceu na cidade de Guarulhos – SP. Ele se casou com a escrevente Carla dos Reis Leandro Bertoldo, advindo o nascimento de dois saudáveis e inteligentes filhos: Leandro e Felipe. Atualmente, meu irmão exerce a função de Oficial de Justiça em Itaquaquecetuba. Mudança de Casa. Vim ao mundo no seio de uma humilde família de naturalidade cearense que, por ocasião do meu nascimento, residia no bairro do Belenzinho, localizado na capital do Estado de São Paulo. Alguns meses após o meu nascimento, os meus pais mudaram-se para a cidade de Guarulhos, onde nasceu meu irmão. Posteriormente eles mudaram-se para o município de Ibiá, no Estado de Minas Gerais, quando eu tinha apenas três anos de idade. Minha mãe me chamava pelo apelido de “Santo” e meu pai de “Gordo”. Até aos sete anos, a minha infância foi muito tranquila. As duas casas onde morei no município de Ibiá tinham grandes quintais com muitas árvores, especialmente plantações de bananeiras. Também tinha um grande galinheiro. Naquela época não havia tantos perigos em brincar na rua, de modo que eu tinha a plena liberdade para brincar fora do quintal de casa. Eu era um garoto muito solitário e, praticamente, não tive amigos. Minhas principais distrações consistiam em cavar buracos no fundo do quintal, colecionar pedrinhas e tampinhas de garrafas, subir em árvores, observar as nuvens, estrelas, insetos, pássaros e as galinhas do galinheiro, bem como ouvir as conversas dos adultos. Nova Mudança. Quando eu tinha cinco anos de idade, meus pais retornaram para o Estado de São Paulo, vindo fixar residência no bairro do Mogilar, na sossegada cidade de Mogi das Cruzes. Nesta mudança trouxemos de Minas Gerais um cachorro vira-lata macho de pêlo branco chamado “Titiu”, que uma vizinha havia dado de presente para o meu irmão. Eu tinha um terrível medo desse cachorro, haja vista que ele mordia por qualquer coisa. À medida que foi ficando velho foi ficando cego e perdendo os dentes. Mesmo estando velho, ainda tentava morder as pessoas com as gengivas. Ele morreu numa idade bem avançada, aos dezesseis anos. Nas casas em que morei na cidade de Mogi das Cruzes, os quintais ainda continuavam sendo grandes. As minhas principais brincadeiras dessa época consistiam em construir brinquedos de legumes, madeira e papelão. Eu cortava latas de óleo com uma tesoura de ferro e construía lanternas elétricas, figuras de estrelas, casinhas etc. Gostava de soltar papagaios, rodar pião, jogar bolinhas de gude, andar de bicicleta, explorar terrenos baldios e os lixos da vizinhança à procura de algum brinquedo velho jogado fora.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Em minhas garimpagens pelos lixos da vizinhança lembro-me de ter achado muitos brinquedos interessantes, como carrinhos, bolas, robozinhos, bonecas, lente de aumento, imãs, lanterna, gibis, revistas, moedas etc. Muitos desses brinquedos estavam quebrados, mas eu mesmo os consertava com arames, cola, tinta, pregos e parafusos. Muitas vezes tirava peças de alguns dos brinquedos quebrados para tornar outros funcionais. Atividades. Comecei a trabalhar muito cedo. Ajudava a minha mãe com pequenos afazeres domésticos, tais como lavar e enxugar as louças, encerar o piso da casa, lustrar o piso puxando o meu irmão num tapete, varrer o chão do quintal, tirar o pó dos móveis etc. Esporadicamente, também trabalhei entregando nos bares os salgadinhos produzidos pela dona Josefina e vendendo pelas ruas da cidade as balas de coco produzidas pela da dona Luíza. Também catava nos lixos do bairro cacos de vidro, pedaços de metais, papel e papelão para vender num ferro-velho localizado na Rua Casarejos, no bairro do Mogilar. Com o dinheiro obtido desses trabalhos eu ajudada a minha mãe e muitas outras vezes comprava doces e revistas em quadrinhos, que eram uma de minhas poucas diversões. Nossa família não possuía televisor, telefone, energia elétrica ou água encanada. Naquela época, no bairro em que morávamos, não havia iluminação pública. A iluminação de minha casa era feita com lamparinas a querosene, que deixavam as nossas fossas nasais pretas pela fuligem que produziam. A água que bebíamos era tirada de um poço no fundo do quintal ou então recolhida de uma bica natural. As ruas eram de terra vermelha e quase sempre atolávamos os pés na lama produzida pelas chuvas. Uma vez ao ano, o Rio Tiete transbordava e o nosso quintal eram atingido pelas águas da enchente. Como qualquer criança, eu brincava naquelas águas, soltava barquinhos de papel e aproveitava para fazer pequenas pescarias. Meu Pai. Naquela época o meu pai era o meu herói. Eu gostava muito quando ele chegava do trabalho à tarde porque me sentia seguro e sem medo da escuridão da noite. Quando ele estava em casa tínhamos carne como mistura. Aos domingos pela manhã ele dava dinheiro para minha mãe comprar coxinhas de batatas fabricadas pela japonesa da esquina, que era nossa vizinha. Também era aos domingos que tínhamos macarronada e frango cozido. Quando eu e meu irmão estávamos com mais idade, meu pai nos levava numa pastelaria, localizada em frente da estação de trem, para comermos salgadinho com guaraná. Minha Mãe. Minha mãe foi a melhor mãe do mundo. Ela era baixinha e muito bonita. Também era muito inteligente e esperta. Minha mãe tornou-se uma mulher de oração. Foi ela quem me colocou no caminho da fé. Quando eu tinha seis anos de idade meu pai ameaçou abandonar a nossa família e voltar para o Ceará. Foi então que minha mãe pediu-me para orar pelo nosso lar. Segundo ela, Deus ouve as orações das crianças e até onde sei meu pai nunca nos abandonou. Foi a parti deste momento que passei a ter um interesse sempre crescente pelas coisas divinas. Desde então, nunca deixei de orar e jamais abandonei a minha convicção na existência de Deus. Durante toda a sua vida, a minha mãe enfrentou sérios problemas. Ela tinha problema de relacionamento com meu pai, problema com a falta de dinheiro, problema com a frágil saúde de meu irmão e problemas com sua própria saúde emocional. Mesmo passando por todas essas dificuldades, ela sempre se esforçava para me agradar. De vez em quando ela comprava um doce ou alguma revista em quadrinhos, e quando fazia compras nas feiras livres, ela sempre costumava trazer algum suco ou algum salgadinho.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Dificuldades. Nem todas as recordações de minha infância são felizes porque meu pai passou a trabalhar longe de casa e muitas vezes ficava ausente durante semanas, meses e, até mesmo, anos. Minha mãe era muito medrosa e tinha medo de ficar sozinha, isto me levava também a ter medo. Ela costumava contratar uma garota vizinha para lhe fazer companhia todas às noites. Eu não podia ter amigos ou colegas em casa. Nessa fase de minha infância, durante muitos anos, não podia brincar fora do quintal. Com exceção da comemoração do meu aniversário de nove anos de idade, todos os demais ficaram na terra do esquecimento, e a maioria dos meus natais passou em brancas nuvens. Nestas ocasiões o natal tornava-se o dia mais triste de minha vida. Sentia-me muito solitário e entediado com os meus próprios pensamentos. Para agravar a situação, os meus afazeres domésticos viraram obrigações. Curso Primário. Quando completei sete anos de idade fui matriculado na Escola Primária Leonor de Oliveira Mello. Eu não estava preparado para ficar na escola longe de minha mãe, razão pela qual não fui muito bem nos primeiros anos escolares. Era a primeira vez que ficava longe de casa e de minha mãe. Minhas primeiras professoras eram emotivamente instáveis, indiferentes e distantes. Sentia-me sozinho, abandonado e amedrontado. Eu chorava todos os dias com o rosto voltado para parede da escola para que ninguém pudesse me ver naquela situação constrangedora. No primeiro dia de aula, meus pais advertiram-me de que, caso eu brigasse na escola e apanhasse, então quando chegasse em casa levaria outra surra. Diante dessa ameaça, muitas vezes eu apanhava na escola e ficava quieto para não levar outra surra em casa. No terceiro ano primário, ao fugir de um menino briguento chamado Paulo, acabei pisando em falso e desloquei o calcanhar, mas não contei nada para ninguém. Durante anos fiquei com o calcanhar deslocado, até que na sétima séria ginasial, o seu Nelson, professor de matemática, observando o meu caminhar pediu-me para ver os meus pés e colocou o meu calcanhar no lugar. Desde então nunca mais senti qualquer espécie de dor no calcanhar. No quarto ano primário um menino gostava de dar-me petelecos na cabeça, mas um dia revoltei-me com tudo aquilo e lhe dei um violento murro no meio da barriga. Ele jamais esperava a minha reação e ficou aturdido. Desde então, ele passou a me respeitar com temor. Senti-me muito bem e mais confiante, porém não contei nada aos meus pais. Desde este acontecimento jamais permiti que alguém me molestasse sem que eu reagisse. Durante os anos decorridos no período primário eu gostava de desmontar relógios velhos, despertadores quebrados, isqueiros, pilhas elétricas, rádios à pilha, lanternas à pilha ou qualquer outro tipo de mecanismo ou aparelho eletrônico que ganhasse ou pudesse encontrar nos lixos. Sentia uma enorme curiosidade para saber como as coisas funcionavam. Também foi na quarta série primária que me apaixonei por uma aluna chamada Maria Antonieta. Ela tinha um longo cabelo preto, usava óculos, era bonita e muito inteligente. Curso Ginasial. Quando terminei o curso primário minha família mudou-se para o bairro da Vila Industrial, em Mogi das Cruzes, onde meu pai tinha comprado um imóvel residencial. Logo a seguir fui matriculado no curso ginasial da Escola Estadual de 1º Grau Dr. Deodato Wertheimer. Neste período escolar comecei a desenvolver-me intelectualmente, interessando-me pelas aulas de ciências e literatura. Nessa época tive


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil muitas paixões platônicas. Apaixonei-me por Iara, Rosana, Roselena, Roseli, Selma, Zenita e tantas outras que nem me lembro do nome. Tive muitos colegas e amigos, entre os quais se destacaram o Cláudio, Pedro, Ademar, Celinho, Luiz Carlos, Almir, Marcelo, Mauro e tantos outros. Nessa época, meu apelido na escola era “Tiradentes” porque precocemente tive farta barba e minha pele era tão sensível que não conseguia barbear-me. Em 1974 meu pai adquiriu um botequim conhecido como “Big Bar”, localizado em Mogi das Cruzes. Porém, ele nunca ficou sequer um dia no bar, mas colocou-me para trabalhar naquele local junto com um administrador chamado Oswaldo. Decorrido algum tempo, o administrador, que mais bebida do que administrava, largou a função e eu tive que assumir o seu lugar. Em menos de um ano o botequim entrou em falência. Ninguém queria beber pinga ou cerveja com um adolescente com ares de intelectual que não bebia e nem gostava das conversas fiadas dos bêbados. Nesse período meu pai matriculou-me num curso de datilografia, no qual fui aprovado com excelente nota. Entre 1974 a 1977 escrevi algumas cadernetas – mais precisamente dezenove cadernetas – onde registrava as minhas próprias idéias, pensamentos e pesquisas originais. A epígrafe de todas essas cadernetas era a seguinte: “O mundo é pequeno, mas o conhecimento é grande”. Nelas desenvolvi alguns códigos secretos, escrevi poesias, estórias em quadrinhos, músicas, artes, matemática, teorias científicas, idealizei motos-perpétuos e muitas outras invenções etc. Enfim, durante anos, eu registrava livremente nessas cadernetas todas as imaginações dos meus pensamentos. Nelas eu me dava ao luxo de ser inovador e criativo. O principal mérito dessas cadernetas é que elas representam a minha modesta libertação e independência intelectual. Curso Colegial. Terminando o curso ginasial, matriculei-me no curso colegial da Escola Estadual de 2º Grau - Francisco Ferreira Lopes. Nesses três anos de colégio minha vida sofreu uma verdadeira revolução. Comecei a trabalhar no Fórum de Mogi das Cruzes como Auxiliar Judiciário no Cartório do Distribuidor. Iniciei minhas produções científicas sérias. Comecei a escrever um tratado matemático sobre Elasticidade, outro sobre Fotodinâmica e ainda outro sobre o Fluxo do Tempo. Meu pai ensinou-se a dirigir e presenteou-me com um Volkswagen Fusca vermelho, ano 1966. Por cinco meses tive uma namorada loira de olhos azuis chamada Márcia. No último ano do colégio fui convocado para servir o exército. Minha mãe também serviu comigo acordando-me todas as madrugadas. Naquela época eu trabalhava das 9h00 às 17h00 no Cartório do Distribuidor Judicial, localizado Fórum de Mogi das Cruzes. Após o trabalho, eu chegava em casa, tomava um banho jantava e dirigia-me para o colégio para entrar às 19h00. Quando terminava as aulas, eu retornava para casa quase 11h00 e acordava às 4h30 para preparar-me para o Tiro de Guerra. Fiz o curso de “Cabo” e dei baixa com “Honra ao Mérito”. O exército foi um grande divisor de águas em minha vida, especialmente porque senti que havia abandonado a adolescência para tornar-me um adulto. Universidade. Terminado o colégio realizei o vestibular na área de Ciências Exatas e Tecnológicas com o objetivo de estudar Física. Disputando uma vaga entre cem interessados, fui aprovado e matriculei-me na Universidade de Mogi das Cruzes – UMC. Durante os anos de faculdade dediquei os meus melhores esforços no desenvolvimento de minhas próprias teorias cientificas. Não levava a sério o curso da faculdade e nem estudava para as provas porque eu estava por demais envolvido em minhas próprias pesquisas. Eu gostava das aulas de laboratório de Física, Química e de Biologia.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Muitos professores eram enfadonhos e, com exceção do professor de Geologia, todos os demais eram desprovidos de didática. Eles ensinavam física como se estivesse tratando de demonstrações matemáticas. Os fenômenos físicos que estava por detrás das demonstrações era apenas um nome. É claro que na faculdade também havia uns poucos excelentes professores. Alguns eram inteligentes, outros nem tanto. Lembro-me de que, quando estava no terceiro ano do curso de Física, um professor fazia no quadro uma demonstração matemática elementar da teoria do francês De Broglie sobre as ondas de matéria, a qual eu conhecida muito bem. Porém, ao terminar a sua demonstração, ele havia chegado a um resultado inesperado, o qual o deixou claramente confuso. Percebendo que ele estava atrapalhado, solicitei-lhe a palavra e indiquei onde havia um equivoco em sua demonstração. Ele, gentilmente, agradeceu-me, consertou a demonstração e continuou com a sua apresentação. Produções Científicas. Todas as minhas principais realizações científicas situam-se entre os anos de 1978 a julho de 1985. Em 1976 descobri a Teoria do Dinamismo e a sistematizei em 1978. Esta teoria apresenta uma nova abordagem da força, na qual o corpo mantém o seu estado de movimento, devindo a uma força induzida, a menos que uma força externa atue sobre ele alterando a força induzida, o que produz uma mudança no movimento. Nos anos de 1979 a 1981 escrevi um longo tratado sobre Elasticidade, estudando exaustivamente as propriedades físicas macroscópicas das deformações elásticas. Entre 1978-1985 escrevi quarenta e seis artigos, defendendo diversas teses inéditas na área da Matemática. Em 1980-1981 criei o Calculo Modular, que procura calcular a tendência da função à unidade. Entre 19811982 idealizei a Geometria Leandroniana, criando um novo plano geométrico consistente em dois eixos verticais, sendo o primeiro chamado de eixo das abscissas e o segundo de eixo das ordenadas. Tinha o intuito de estudar as propriedades biunívocas com o designo de transformar a Teoria do Conjunto numa Geometria. Em Janeiro de 1983, concebi a Teoria Matemática do Cálculo Seguimental, que estuda os seguimentos das Permutações e dos Arranjos. Além dessas produções, entre os anos de 1978-1985 também desenvolvi centenas de outras teses originais abrangendo a Física Clássica e a Física Moderna. Algumas Teses. A título de exemplo segue o abstract de algumas de minhas teses científicas, entre centenas de outras, que foram produzidas fundamentadas na matemática entre os anos de 1978 a 1985. 1. Em Eletrodinâmica Elementar, procurei estudar as propriedades elétricas das partículas elementares relacionando com as suas propriedades ondulatórias. 2. Desenvolvi a Teoria da Absorciologia ao preocupar-me com o estudo das mais diversas situações que envolvem a absorção de fluídos pelos corpos absorvedores. 3. Na Teoria da Mecânica Elementar procurei estudar a Cinemática e a Dinâmica dos corpúsculos em termos de suas propriedades ondulatórias. 4. Estudando o campo magnético do planeta, ocorreu-me que tal campo não estaria limitado ao núcleo de ferro no centro da Terra, mas devia-se ao cinturão de partículas elétricas que circulam o globo planetário (ionosfera). Ao calcular qual seria a intensidade do campo magnético terrestre pela minha hipótese, pude constatar que o seu valor estava muito próximo ao que atualmente é aceito. 5. Num outro artigo demonstrei que a energia se converte em massa em quantidades fundamentais e indivisíveis, que chamei de quantas de massa. Basicamente essa teoria defende a tese de que quando a energia é transformada em matéria, mudando de um estado para outro, ela o faz em saltos quânticos, ou seja, em valores discretos, de


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil tal modo que não é possível a existência de nenhum valor intermediário. Com isso a teoria prevê a existência de uma partícula de menor massa possível. É a partícula fundamental constituinte de toda a matéria do Universo. 6. Também propus com fundamento na matemática que os corpúsculos com velocidades próximas à da luz sofre um encurtamento em seu comprimento de onda. Outra consequência a respeito do efeito físico do movimento corpuscular em alta velocidade é a contração do período de onda, que se torna cada vez menor à medida que a velocidade do corpúsculo se aproxima da velocidade da luz. Nesse processo, a frequência sofre um aumento e se torna infinita quando alcança a velocidade da luz. 7. Com o objetivo de encontrar uma equação ou um método que pudesse prever a sequência dos números mágicos dos níveis energéticos do núcleo atômico, observei que o diagrama de níveis de energia nucleares dispostos abaixo da energia de Fermi em níveis energéticos e suas capacidades em ordem crescente de energia poderiam ser reclassificada em “grupos de energia” ou “grupo de níveis”. Com isso cheguei à conclusão de que os números mágicos poderiam ser calculados ou previstos por intermédio da minha Teoria do Cálculo Seguimental. 8. Desenvolvi uma teoria molecular sobre a força de resistência que o ar exerce em objetos que se deslocam no seu meio. As deduções matemáticas obtidas em função de tal teoria concordam perfeitamente com os resultados empíricos até então conhecidos, tanto para o Movimento Uniforme quanto para o Movimento Uniformemente Variado. 9. Também defendi a tese matemática de que Universo sofre uma depreciação à medida que sua energia utilizável sofre uma diminuição. Portanto, ao conceito de degradação da energia, associei o conceito físico de depreciação. Ficando caracterizado que a depreciação evidência uma propriedade intrínseca dos sistemas. Assim, o valor da depreciação aumenta quando aumenta a degradação da energia. Casamento. No segundo ano da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas fiz um estágio obrigatório no período noturno, que durou dois meses na Escola Estadual de 1º Grau - Dr. Deodato Wertheimer. Nessa escola conheci uma aluna chamada Francineide Maciel. Ela morava na casa do senhor Expedito e da dona Luzia, onde prestava pequenos serviços domésticos. Como o meu chefe Silvio da Silva Pires estava contratando funcionárias para o Cartório do Distribuidor Judicial de Mogi das Cruzes, ofereci-lhe uma das duas vagas existentes. Em resposta, ela disse que iria aconselha-se com o seu Expedito e a dona Luzia. Tendo recebido a aprovação, a Francineide aceitou o emprego. Quase que imediatamente comecei a namorá-la e um ano depois ela tornou-se minha esposa. Por insistência de minha mãe, o meu pai construiu dois cômodos com um banheiro no fundo de sua casa. Tais cômodos foram pintados na cor azul-celeste, a cor preferida de meu pai. Após o meu casamento, passei a morar naqueles cômodos. Mobiliei a casa inteirinha pelo crediário “a perder de vista” das lojas Ultralar e Casas Bahia. Comprei fogão, geladeira, guarda-louças, armários, mesa e cadeiras. Todos esses móveis eram da cor azul-celeste. Também comprei um televisor portátil, rádio relógio, estante, guarda-roupa, cama de casal, criado-mudo, um tapete grande, jogo de panelas, pratos, talheres e eletrodomésticos como liquidificador e batedeira. Francineide era muito viva, alegre e falante, embora tivesse um temperamento muito forte e fosse obstinadamente determinada. Quando a conheci, ela tinha se indisposto com todas as colegas de sua classe. Certo dia, aproximadamente umas dez alunas de sua classe reuniram-se com o objetivo de linchar a Francineide no término do horário escolar. Fiquei sabendo e fui buscá-la com a intenção de intimidar as garotas com a minha presença, mas não adiantou muito. Elas nos seguiram por vários


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil quarteirões, gritando ordem de linchamento. Muitos curiosos começaram a juntar-se ao bando. Como a situação estava ficando grave, entrei numa residência, devidamente autorizado pelo morador, e solicitei reforço policial para dissipar aquelas arruaceiras. Quando as garotas souberam que a polícia fora chamada elas se debandaram e a arruaça acabou. Minha filha. Minha filha Beatriz Maciel Bertoldo nasceu no Hospital e Maternidade Ipiranga de Mogi das Cruzes. Com a concordância da Francineide, eu a registrei com o nome de “Beatriz” em homenagem à amada Beatriz de Dante Alighieri. A princesa do meu mundo nasceu de parto normal, às 7h00 do dia 04 de fevereiro de 1982, pesando três quilos e duzentos e cinquenta gramas e tinha uma estatura de 50 centímetros. Quando fui visitá-la na maternidade, a enfermeira mostrou-me uma linda criancinha de madeixas douradas. Através do vidro da maternidade pude observar que a minha recém-nascida estava toda enrolada num grosso tecido de cor cinza e com os braços para fora. A enfermeira informou-me que a menina não deixava enrolar os braços. Após sair da maternidade, uma forte emoção abateu-se sobre o meu coração. Comecei a chorar copiosamente e incontrolavelmente. Era um choro de felicidade, alegria e de gozo. Eu havia tornado pai de uma saudável menina, a mais linda do mundo. Três dias depois a parturiente Francineide teve alta hospitalar. Quando fui buscála percebi que havia me esquecido de levar as roupinhas do bebê. Porém, as enfermeiras permitiram que a criancinha saísse do berçário vestida com as roupas da maternidade, que era um conjunto cinza e rústico parecendo uniforme de presidiário. Essa menina tem sido um tesouro especial e agradeço a Deus por ter-me concedido a graça de receber tamanha dádiva. Com o nascimento de minha linda filha pude sentir a tremenda responsabilidade que meus pais enfrentaram para criar-me. Passei a ter mais admiração e respeito pelos esforços que minha mãe desprendeu para cuidar e educar de seus dois filhos. Desentendimentos. O meu casamento com a Francineide durou exatamente quatro anos e dois meses. Durante todo esse tempo, eu sentia uma forte insegurança em meu relacionamento matrimonial. Essa insegurança nasceu em meu espírito quando algumas semanas depois do casamento ela disse-me o seguinte: – Caso o nosso casamento não dê certo, a separação existe para resolver esse problema. A partir desse momento em diante um ciúme doentio passou a dominar o meu coração. Eu sentia ciúme de sua maquiagem, de seu esmalte e batom, de suas roupas, de suas amizades, de suas conversas etc. Constantes eram as cobranças da Francineide. Ela queria casa, carro e certo luxo, mas eu não tinha recursos financeiros para satisfazê-la. Não tinha a mínima condição de comprar-lhe uma mansão com piscina como era o seu desejo, afinal de contas eu tinha apenas vinte e dois anos de idade e estava começando a vida. Eu procurava economizar tudo o que podia para tentar realizar o sonho dela. Por causa da minha obstinação em economizar tornei-me, até mesmo, avarento. O meu único prazer se tornou em ganhar e guardar. Eu não mandava mais no dinheiro, mas o dinheiro mandava em mim. Parei de comprar roupas novas, sapatos ou qualquer outro gênero de primeira necessidade. Além disso, todo tipo de lixo, como prego, parafuso, arruela etc., que achava pelas ruas, eu os levava para casa na esperança de ter alguma


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil utilidade ulterior. Eu dizia “um dia desses posso precisar dessas coisas”. Nunca precisei de nada, mas juntava todos os tipos de cacarecos que achava pelas ruas. Apesar dos meus esforços a Francineide não tinha paciência e as brigas tornaram-se constantes e mais agressivas. Sua frase preferida era a seguinte: – Isso é o que dá casar com um pé rapado. Confesso que essa frase magoou-me profundamente. Ela não reconhecia os meus esforços. Separação. Depois de mais uma feia discussão, Francineide ficou sem conversar comigo durante dois meses. Para romper o silêncio eu sempre procurava algum assunto para conversar. Mas ela me ignorava totalmente e não dava nenhuma resposta. Finalmente, numa fria tarde do fatídico dia 21 de setembro de 1985, numa de minhas abordagens, ela rompeu o silêncio e disse: – Realmente precisamos conversar. Eu quero a separação. Não aguento mais essa vida. Sinto que estou desperdiçando a minha vida com você. Tentei contra argumentar dizendo que mudaria o meu comportamento e que tudo seria diferente. Mas ela não quis nem saber; já tinha tomado a decisão de romper o casamento e dar um novo rumo à sua própria vida. Então pegando um saco de pano, ela colocou algumas roupas e alguns pertences pessoais, e dando-me um beijo de despedida no rosto, saiu pela porta da cozinha em direção ao corredor que passava em frente da porta da casa de minha mãe. Peguei no colo a minha filhinha que chorava copiosamente e fiquei olhando a Francineide ir embora. Quando ela estava atravessando o corredor, a minha mãe tentou impedi-la, segurando-a a força. Então eu disse para a minha mãe: – Deixa-a ir. Se ela quer assim, não posso fazer nada para impedi-la. – Foi então que a minha mãe a soltou. Eu não estava preparado para a separação, e mergulhei em profunda tristeza e depressão. Não sentia mais vontade de viver, alimentar-me ou fazer qualquer outra coisa. Sentia-me humilhado e fracassado. Em minha angústia perdi em seis meses quase trinta quilos, o que foi bom já que estava com noventa e quatro quilos. Aqueles foram dias muitos difíceis de caminhar rumo à vida. Meu mundo estava acabando, meus sonhos estavam sendo destruídos e a minha vida estava sendo aniquilada. A partir de então, tudo se tornou vazio, triste, frio e escuro. Os dias ficaram nublados, os pássaros eram tristes e as flores eram secas. Eu nunca havia passado por tamanho sofrimento e angústia. Em meu desespero e aflição fiz de tudo para reatar o casamento que estava se desfazendo, mas não obtive nenhum sucesso. Pedi, implorei, agradei, briguei e rezei, mas tudo fracassou. Procurei até mesmo um centro espírita para resolver o meu problema. Conversei com os médiuns e com os espíritos e também de nada adiantou. Minha solidão era muito grande, o meu vazio era imenso e minha tristeza parecia não ter fim. Não conseguia dormir e somente vivia chorando pelos cantos. Naqueles dias não eu conseguia enxergar qualquer luz no fundo do túnel em que me encontrava. Eu perambulava na solidão do vazio que minha vida havia se transformado. A minha única companheira de todos os instantes era uma profunda tristeza e nada mais. Curso Bíblico. Cinco meses após a separação, com o coração ainda ferido pelo sofrimento e partido pela dor do abandono, solicitei o curso bíblico intitulado “Encontro com a Vida”, que vinha sendo ministrado aos meus colegas de cartório pela funcionária Célia Regina de Souza Xavier.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Confesso que a princípio fiz as lições do curso simplesmente por fazer, sem maiores interesses, pretensões ou compromissos. À medida que avançava no estudo das lições, uma frase começou a martelar em minha mente: “toda escritura é divinamente inspirada”. Isto me levou a refletir na natureza das palavras registradas na Bíblia Sagrada. Quando chegou o estudo da lição de número dez, intitulada “Quem Criou o Diabo” foi a gota d’água. Naquela época eu ainda estava frequentando o centro espírita, mas essa lição, em particular, me despertou das trevas em que me encontrava para uma maravilhosa luz. Então compreendi minha condição de homem perdido e tive um vislumbre de uma realidade espiritual que vai além da imaginação. Imediatamente descobri que todo esse tempo eu estivera conversando com demônios. Reconheci que o diabo existe e que, se o diabo existe, então Deus também existe. Pela primeira vez em minha vida estava encontrando fortes evidências para apoiar a minha fé. Raciocinei que, caso me tornasse cristão, eu seria salvo, independentemente do espiritismo ser verdadeiro ou falso, já que supostamente o espírito é imortal. Também raciocinei que, caso me tornasse espírita, eu não seria salvo, se o cristianismo fosse verdadeiro, já que a salvação é condicional à fé em Cristo Jesus. Abandonei o centro espírita e passei a invocar o nome do Senhor. Separação Judicial. Comecei a jejuar e a orar incessantemente. Algumas vezes meus jejuns duravam três dias. Numa noite, suplicando ao Senhor pela restauração do meu casamento, pude ouvir claramente a voz do Senhor no interior do meu ser. Essa voz me fez a seguinte pergunta: – Leandro, você continuará sendo fiel a Mim, caso o seu casamento seja restaurado? Imediatamente, do interior de minhas convicções irrompeu uma resposta que não pude controlar: – “Não, eu não quero compromisso. Eu só quero minha esposa de volta!” Então aquela voz tornou a falar comigo: – “Então, Eu não a trarei de volta”. Imediatamente perdi minha esperança de restaurar o meu casamento. Na semana seguinte dei entrada com as papeladas no Judiciário pedindo a Separação Judicial Amigável. Visitando a Igreja. Desde que eu havia deixado de frequentar o centro espírita, resolvi atender ao convite da Célia Xavier e de seu solícito esposo Valdir Gonçalves Xavier, passando a visitar regularmente a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Sabaúna. Sempre estive acompanhado pela minha adorada filha Beatriz, que na época contava apenas quatro anos de idade. Eu gostava de ouvir as pregações do Dr. Francisco Romero Marques. Ele pregava a Palavra de Deus com profundidade e conhecimento de causa. Suas campanhas sobre tratamentos naturais foram extraordinárias. Esse servo de Deus foi pioneiro na fundação da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Sabaúna. Depois de quatro meses frequentando a igreja de Sabaúna, fui orientado pela Célia e pelo Valdir Xavier para frequentar a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das Cruzes, porque ela estava localizada próximo de minha residência. No primeiro sábado em que visitei a Igreja Adventista de Mogi das Cruzes, fui muito bem recebido pela irmandade. Vários membros da congregação ofereceram-me os seus hinários e as suas bíblias para que eu e minha filha pudéssemos acompanhar o ato litúrgico.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Nova Paixão. Neste mesmo dia a minha atenção foi imediatamente despertada para um trio de moças que cantavam no púlpito da igreja, na hora do culto divino. Este trio era formado pela Margarete, Daisy e Eliana. Enquanto elas cantavam, senti uma forte atração por uma dessas moças. Ela chamava-se Daisy Menezes, uma morena clara de baixa estatura, esbelta e bem proporcionada em relação à sua altura e peso. Ela se destacava pelos olhos vivazes, sorriso apaixonante, simpatia e simplicidade. Na época ela era secretária da Escola Adventista Modelo. Eu a amei deste o primeiro momento. Senti que essa era mulher que Deus havia preparado para ser a minha querida companheira de vida. Estudos Bíblicos. Em atenção ao amável convite feito pelo professor Pedro B’ärg, em setembro de 1986, matriculei-me na Classe Bíblica da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das Cruzes. A classe funcionava todas as tardes de sábado às 16h00 numa das salas de aula da Escola Adventista Modelo. Durante um ano frequentei assiduamente as aulas ministradas naquela classe. Fiz centenas de perguntas ao professor Pedro B’ärg, que sempre procurava respondê-las mostrando nas Escrituras Sagradas a razão de sua resposta. Pedro B’ärg é tido como um profissional muito competente na área da alfaiataria. Muitos fregueses viajavam até mesmo de outros Estados para solicitar-lhe a confecção de camisas, calças e ternos. Ele é muito querido pela comunidade local. É um homem muito bondoso e altamente respeitável. Juntamente com Ozias Pereira, foi uma das colunas da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das Cruzes e um dos pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Suzano. Fez Teologia, mas não chegou a concluir o curso devido a certas dificuldades de ordem particular. Batismo. Atendendo ao apelo feito pelo professor Pedro B’ärg em agosto de 1987, tomei a decisão de ser batizado. Uma semana depois, após o culto divino, fui entrevistado pelo pastor Davi Marski, o qual preencheu a minha ficha batismal e fez uma oração comigo. Em 26 de setembro de 1987, no “batismo da primavera”, recebi o santo batismo. Nesse mesmo dia mais de três dezenas de pessoas também foram batizadas pelo pastor Davi Marski. No dia do meu batismo, a Igreja estava lotada e toda ornamentada com flores e ramos. Os batizandos ficaram aguardando no átrio da igreja a chamada do seu nome, que seria feito pela apresentadora, Rute Marski, esposa do pastor. Quando o nome do batizando era mencionado ele entrava na igreja e caminhava pelo corretor central em direção ao púlpito. Enquanto isso, a apresentadora lia uma pequena biografia do batizando. Terminada a leitura o batizando sentava-se num dos bancos da frente e o próximo nome era chamado e o ritual repetia-se. Quando terminou o cerimonial religioso do batismo, os batizandos retornaram para o átrio da igreja, onde foram felicitados por todos os membros. Um dos cumprimentos que nunca me esqueci foi a do professor Pedro B’ärg que, após abraçarme, disse o seguinte: – “Se fiel até a morte” disse Jesus “e dar-te-ei a coroa da vida”. Durante toda a minha vida de cristão regenerado pelo poder da Palavra de Deus, tenho refletindo muito nessa expressão. Sinto que ela é uma mensagem do Senhor, que foi especialmente dirigido à minha pessoa, como uma advertência. Culto de Oração. Em julho de 1988, minha filha e eu passamos a assistir aos cultos matutinos de oração dirigidos pela irmã Maria Vaz de Faria Xavier e que eram realizados todos os sábados entre 7h00-8h00 na igreja central de Mogi das Cruzes.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Certa manhã de sábado ao dirigir-me para o culto de oração, um indigente maltrapilho solicitou-me ajuda. Eu disse que não tinha nada comigo, como de fato não tinha. Disse-lhe ainda que eu estava indo para a igreja. Enquanto eu caminhava, ele me acompanhava e desfiava um rosário de contratempos que ocorreram em sua vida. Quando chegamos à porta da igreja ele chorava copiosamente, dei-lhe um abraço com a intenção de confortá-lo e o convidei a entrar, com o que ele consentiu. Os irmãos foram muito solícitos e levaram-no para tomar um banho, deram-lhe roupas novas e um reforçado café da manhã. O indigente assistiu o culto divino e foi embora deixando a promessa de procurar a igreja adventista em sua cidade. Mais tarde pude observar que a minha roupa havia ficado impregnada pelo cheiro de indigente. Por mais que eu a lavasse, jamais consegui tirar o cheiro de chiqueiro da roupa. Tive que queimá-la, posto que se tornou imprestável para uso. Embora eu tenha frequentado o culto de oração administrado pela irmã Maria Xavier apenas por alguns meses, as músicas, os testemunhos, as meditações e as orações ficaram indelevelmente gravadas em minha memória. Ainda posso sentir o frescor daquelas manhãs de sábado enchendo o meu coração de alegria. Culto de Poder. Também frequentei por vários meses e com grande interesse o seminário dirigido pelo irmão Yolando Fisch, intitulado “Chuva Serôdia – Poder Transformador”. Esse seminário era realizado todas às tardes de sábado a partir das 14h00. Os participantes eram exortados a prepararem-se para receber a Chuva Serôdia. Todos deveriam falar, orar e pedir o poder da Chuva Serôdia para pregar o evangelho. Pela Bíblia e pelo Espírito de Profecia, o irmão Yolando Fisch ministrava vários assuntos, entre os quais se destacavam: natureza do Espírito Santo, dons espirituais, chuva temporã, chuva serôdia, sacudidura, reavivamento e reforma. O irmão Yolando costumava dizer: – Pelo batismo do Espírito Santo da promessa devemos pleitear agora, devemonos reunir em pequeninos grupos para pedir auxílio especial e sabedoria celestial. A maior parte dos membros que frequentaram o seminário “Chuva Serôdia – Poder Transformador” tornaram-se missionários voluntários e bem sucedidos ganhadores de almas. Timidez Excessiva. Desde o primeiro momento em que vi a Daisy Menezes cantando naquele trio, a minha paixão por ela jamais esmoreceu. Gostava realmente dela, mas não tinha coragem para lhe dizer. Por mais de um ano, tentei por todos os meios possíveis aproximar-se dela. Porém, devido à minha excessiva timidez e insegurança, originada pelo fracasso do meu casamento, eu não conseguia aproximar-me da moça. Estando loucamente apaixonado, não conseguia imaginar algum assunto para travar com ela numa conversa amigável. Para complicar a situação, disseram-me que a Daisy era inacessível porque era uma professora muito culta e inteligente que falava dois idiomas e que seria muito difícil eu conseguir relacionar-me com ela. Tudo isso somente serviu para intimidar-me ainda mais. Ficava imaginando que espécie de conversa eu poderia ter com uma moça tão inteligente? Durante mais de um ano, eu vinha orando diariamente para alcançar o coração da Daisy. Porém, a jovem nem desconfiava de minha existência. Fiz de tudo para aproximar-me dela, mas eu sempre desistia antes de falar-lhe sobre qualquer assunto. Não consegui nem mesmo chamar a sua atenção.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Decorrido mais de um ano orando e jejuando, vendo que de nada estava adiantando os meus débeis esforços para travar contato seguro com a jovem, resolvi tomar uma decisão inusitada. Última Oração. Era um domingo e resolvi realizar a minha última oração sobre esta questão, que tanto me atormentava. Minha oração tinha o seguinte teor: “Senhor, estou cansado e angustiado de tanto orar e esperar pela Daisy. Todos os meus esforços para travar contato com ela foram infrutíferos. Peço que neste momento o Senhor retire este pesado fardo de minha vida e coloque em Suas mãos. Faça o que achar melhor. Acatarei a Sua decisão, seja ela qual for. Somente peço que sonde as profundezas do meu coração e veja os meus sentimentos, a minha sinceridade e as minhas intenções e que tudo seja feita conforme a Tua vontade”. A partir daquele instante, senti imediatamente um grande alivio. Parecia que um enorme peso fora tirado de meus ombros. Agora o problema não era mais meu e sim de Deus. Solução de Deus. Na segunda-feira fui trabalhar normalmente no Segundo Cartório de Justiça Cível, no Fórum de Mogi das Cruzes. Quando o relógio marcou 13h30, por uma simples brincadeira, fiz um pequeno anel de arame e fui entregar para a garota que tirava cópias de Xerox na sala ao lado. Nesse momento, ao entrar na sala, tive uma grande surpresa. Quando olhei para o balcão vi a Daisy aguardando para ser atendida por algum funcionário. Fiquei atordoado. Não conseguia acreditar no que estava vendo, mas estando em meu ambiente de trabalho sentia-me seguro. Sem pensar duas vezes, aproximei-me da Daisy e, cumprimentando-a, perguntei-lhe o que desejava. Ela explicou-me que tinha vindo inscrever-se no concurso público para escrevente e que a funcionária da administração do Fórum estava solicitando Xerox de seus documentos pessoais para efetivar a inscrição. Tremendo da cabeça aos pés, solicitei-lhe os documentos e levei-os para a garota tirar a Xerox. A seguir, sem saber por que, acompanhei a Daisy até a sala de inscrição do concurso. Prontifiquei-me a arranjar-lhe algumas apostilas sobre as matérias que cairiam nas provas do concurso. Após, despedi-me, voltei radiante para o meu local de trabalho. Finalmente eu havia conseguido conversar pela primeira vez com da Daisy e ainda teria a oportunidade de conversar novamente, quando fosse levar as apostilas. No dia seguinte às 8h00 dirigi-me para o seu local de trabalho na Escola Adventista Modelo. Levava em minhas mãos as duas apostilas de concurso para escrevente. Ao entregar-lhe as apostilas, expliquei-lhe rapidamente o conteúdo de cada uma delas. A seguir ela agradeceu a gentileza e fui embora para o meu local de trabalho. Passado alguns dias, mandei-lhe um ramalhete de flores acompanhado por um belo relógio feminino onde mandei gravar a seguinte mensagem: “Daisy com carinho Leandro”. Ela ligou e agradeceu pelo presente. Mais tarde fiquei sabendo pelas suas colegas de trabalho que, durante aquele dia, ela ficava muitas vezes entretida observando o relógio. Que coisas poderiam estar ocorrendo em sua mente? Em 23 de novembro de 1987, escrevi-lhe uma longa poesia contando-lhe sobre o meu grande amor, e a remeti pelo correio. Numa tarde, ela ligou e disse que havia recebido a minha carta e que precisávamos conversar. Eu disse que sim. Então marcamos um encontro que seria realizado numa tarde de quinta-feira na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mogi das Cruzes, durante o casamento do Silvano e da Kátia Moyano. O Encontro. Na quinta-feira solicitei ao meu chefe para sair mais cedo do trabalho, com o que ele consentiu. Então fui para minha casa, tomei um banho, escovei


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil os dentes, penteei os cabelos, coloquei a minha melhor roupa, perfumei-me e fui para a igreja. Por estar atrasada ao encontro, pensei que a Daisy havia desistido. Porém, vinte minutos depois, ela compareceu e estava simplesmente linda. Trajava um belo conjunto amarelo e sapatos pretos. Seus negros cabelos estavam perfumados e bem arrumados. Após a cerimônia religiosa do casamento do Silvano e da Kátia, saímos do templo e fomos passear pelas ruas da cidade. Conversamos sobre mil e uma coisas, das quais não me lembro de nenhuma. Porém, lembro-me de ter subido um enorme morro que acabou com o meu fôlego. Depois de muito caminhar, finalmente chegamos a uma casa, que a Daisy disse tratar-se da residência de sua tia Floripes e de seu tio Euclides, onde ela também estava residindo. Nesta casa fui muito bem recepcionado pela Floripes, Rosemary e o Tom. O tio Euclides não se encontrava presente. Ofereceram-me um copo de laranjada com pedaços de bolo, os quais saboreei com grande prazer. Depois de certo tempo, ninguém mais ficou na sala, exceto eu e a Daisy. Aproveitei a oportunidade para lhe falar sobre a minha vida e a minha grande paixão por ela. Após o que, lhe fiz um pedido de namoro. Ela disse que precisava me conhecer melhor. A princípio fiquei totalmente desnorteado e desapontado; eu esperava que ela retribuísse imediatamente os meus sentimentos de amor, os quais eu vinha cultivando há mais de um ano. Naquele momento pensei que tudo estava perdido e senti o ímpeto de desanimar. Minha vontade era a de sumir daquele local. Minha esperança somente foi reanimada quando ela disse que poderíamos nos encontrar para um pudesse conhecer melhor o outro. Com o passar do tempo ela conheceu minha personalidade, meu caráter, meus valores morais, espirituais e emocionais e apaixonou-se loucamente por minha pessoa. Conversávamos longamente por telefone. Muitas vezes ela aproveitava o seu horário de almoço e vinha visitar-me no meu local de trabalho. Aos sábados nos encontrávamos na igreja e aos domingos eu viajava até a casa de sua mãe, dona Leonor, que residia no distrito de Sabaúna. Passei muitas horas agradáveis naquela localidade. Novo Casamento. Meu namoro com a Daisy Menezes durou exatamente quatro anos e meio. Foram três anos e meio de namoro e um ano de noivado. Tempo suficiente para que conhecêssemos nossos defeitos e virtudes. Em 25 de junho de 1992 casei-me no civil e no dia 28 de junho de 1992 no religioso. Nosso casamento foi oficiado pelo pastor Davi Marski, na cidade de Mogi das Cruzes. Com capacidade para quatrocentas pessoas, a igreja central estava lotada pela presença dos irmãos, amigos e parentes, que nos honraram com a sua inestimável presença. Finalmente a Daisy Meneses tornou-se a minha amada e querida esposa. Ela tem sido uma leal e amorosa companheira no decorrer dos anos. Verdadeiramente pude comprovar o provérbio de Salomão que diz: “O que acha uma mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor”. (Provérbios 18:22). Pregações. Em dezembro de 1987, o irmão Vandir Lopes de Oliveira estava escalado para pregar na igreja de Brás Cubas. Mas, devido a um compromisso anteriormente agendado, estava impedido de comparecer e pediu ao pastor Davi Marski para indicar alguém para substituí-lo. Como eu estava no local certo, no momento certo e com as pessoas certas, o pastor foi direto ao assunto: – Gostaríamos de ter você como pregador. Espero que aceite esta incumbência e pregue em Brás Cubas no sábado.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Senti-me completamente atordoado. Porém, percebi que estava recebendo um chamado que não poderia recusar. – Com todo o prazer! – exclamei. Durante a semana preparei uma mensagem bíblica e no sábado seguinte desloquei-me de trem para o distrito de Brás Cubas, acompanhado pela Daisy, que na época era minha namorada. Preguei, ou melhor, fiz uma singela leitura de uns vinte versículos bíblicos sobre a justificação pela fé, cuja apresentação durou cerca de vinte minutos, especialmente considerando o fato de que não fiz nenhum comentário ao apresentar os textos bíblicos. Eu tremia como uma vara verde sacudida pelo vento. O papel do rascunho em minhas mãos balançava mais do que uma gangorra. Os ouvintes estavam simplesmente extasiados, não pela minha pregação, mas pelo meu nervosismo. Porém, consegui chegar até ao fim da minha apresentação. Quando terminei, ouvi, no fundo do salão, um menino perguntar para a sua mãe: – Mãe já acabou? – Sim, filho já acabou? – respondeu a mãe. Após o término do culto religioso, voltando para o centro de Mogi das Cruzes, a Daisy teceu algumas considerações sobre o meu desempenho, a quais reconheci imediatamente que ela tinha razão. Eu nunca havia antes apresentado qualquer discurso em público, muito menos um sermão. Depois disto, passei a ser escalado regularmente pelo pastor Davi Marski para realizar palestras nas igrejas de Biritiba Mirim, Brás Cubas, Jundiapeba, Mogi das Cruzes e Sabaúna. Fui me aperfeiçoando cada vez mais e mantive essa atividade por muitos anos, até que a Classe Bíblica passou a exigir minha contínua presença. Professor de Escola Sabatina. Incentivado pela professora Ozilda Pereira Moreira, tornei-me professor da Escola Sabatina. Para exercer essa função com presteza passei a ler e a estudar vários livros sobre as regras de ensino, arte de falar em publico etc. Também passei a frequentar a Classe dos Professores, que funcionava todos os sábados das 8h00 às 9h00. Nessa classe a lição semanal era apresentada, discutida, esclarecida e todas as dúvidas fulminadas. Os professores saiam da classe “afiados” para apresentar as lições aos alunos de maneira uniforme e coerente com os demais professores. A classe dos professores era muito concorrida e frequentada assiduamente pelos pilares da igreja Adventista do Sétimo dia de Mogi das Cruzes daquela época, destacando-se Antenógenes Negrão, Antônio Prado Júnior, Divina Rosa Moyano, Israel Dias, José Moyano, Ozias Pereira, Pastor Benedito, Pedrina Pereira, Pedro B’ärg, Vandir Lopes de Oliveira, Waldemar Defendi, Yolando Fisch etc. Para ter uma ideia de todo o conteúdo da lição da semana, eu a estudava rigorosamente em uma única vez. Porém, no decorrer da semana eu realizava pesquisas em dicionários bíblicos, enciclopédias bíblicas, livros doutrinários visando enriquecer o meu conhecimento e a minha apresentação no sábado. Também fazia várias anotações nas margens das lições e muitas vezes colava folhas com informações extras no meio das lições semanais. Constatei que essa atividade como professor da Escola Sabatina deu-me certa bagagem em conhecimento doutrinário, transmitiu-me segurança para falar em público, diminuiu a minha inibição e ajudou-me a crescer na arte da oratória. Professor de Classe Bíblica. Num sábado o professor titular da Classe Bíblica, Pedro B’ärg, havia faltado por motivo de viagem ao Rio de Janeiro. Como havia muitas visitas na classe, o diretor da Escola Sabatina, Antônio Prado Júnior, solicitou-me para


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil apresentar a lição no lugar do professor Pedro B’ärg. Sem pensar duas vezes aceitei a incumbência com prazer. Imediatamente dirigi-me para a sala da Ação Missionária, peguei um curso bíblico e apresentei uma de suas lições. No ano seguinte fui nomeado vice-professor da Classe Bíblica, sob a inestimável supervisão do professor Pedro B’ärg. A partir de então, sempre que o professor Pedro tivesse que se ausentar eu assumia a direção da classe. Isto ocorreu durante alguns anos, mas quando eu também tive que me ausentar chamei meu amigo Paulo César Mazanti para assumir a direção da classe no meu lugar. Mais tarde, por questão de saúde, o professor Pedro B’ärg solicitou o seu afastamento definitivo da Classe Bíblica e o meu amigo Paulo Mazanti assumiu a sua direção, realizando um grande trabalho evangelístico. Em atenção aos apelos dos seus filhos, o professor Pedro B’ärg decidiu mudar-se de Mogi das Cruzes e fixar moradia em Santa Catarina, onde sua filha mantém residência. Posteriormente, eu e meu amigo Paulo fomos nomeados pela comissão da igreja para coordenar a Classe Bíblica, a qual passou a ser conhecida pelo nome de “Classe de Visitas”. Além da Classe de Visitas, que funciona todos os sábados pelo período da manhã, o Paulo e eu achamos por bem implantar mais duas classes: uma de visitas e uma pós-batismal, as quais funcionariam todos os sábados, no período da tarde. Essas três classes encontram-se em plena atividade até aos dias de hoje. Trabalho Missionário. Decorrido cinco meses do meu batismo, exatamente no dia 20 de fevereiro de 1988, o grande diretor da Ação Missionária da Igreja Adventista de Mogi das Cruzes, Antenógenes Negrão, realizou um poderoso sermão convocando todos os membros da igreja para trabalhar como missionários voluntários no bairro da Vila Industrial, localizado na cidade de Mogi das Cruzes. Antenógenes falava com autoridade e a igreja inteira deixou-se persuadir pela enérgica exortação, atendendo ao apelo do sermão. A seguir Antenógenes deu orientações de como proceder ao abordar as pessoas em suas residências e distribuiu folhetos e endereços com o número das casas que cada membro deveria visitar. Também recebi folhetos e um endereço com o número de várias residências que eu deveria visitar. Por sugestão do Antenógenes Negrão eu deveria realizar essa atividade junto com a minha namorada Daisy Menezes. Posteriormente, por minha própria conta, passei a visitar outras ruas do bairro da Vila Industrial e a ministrar estudos bíblicos a diversos interessados. Nos primeiros anos de minha atividade evangelística, empregava o meu mini projetor de “slides”, apresentando os cursos “Encontro com a Vida” e “A verdade Para o Tempo do Fim”. Até hoje guardo o projetor e os cursos como uma lembrança daquelas jovens tardes de sábado. Cinco anos depois do meu batismo, o recém-batizado, Paulo César Mazanti, convidou-me para formar com ele uma dupla missionária. Desde então, passamos a visitar muitos outros bairros da cidade de Mogi das Cruzes, ministrando estudos bíblicos a dezenas de interessados de casa em casa, nas classes bíblicas e nas igrejas locais. Como resultado, muitas almas se entregaram a Cristo pelo santo batismo e estão congregadas nas igrejas de César de Souza, Jundiapeba e Mogi das Cruzes. Algumas Experiências. A seguir apresento resumidamente algumas das experiências pela qual passei e que ilustram as curiosas surpresas que encontrei em minhas atividades como missionário voluntário. 1. Em certa ocasião, ao bater na porta de uma das casas da Vila Industrial, fui convidado a entrar. Já na porta da residência pude sentir que a casa inteirinha estava


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil impregnada por um forte e nauseante cheiro de cachorro. Ao adentrar numa pequena e escura sala, meus olhos foram dirigidos para quatro cachorros de porte médio que estavam deitados no sofá e no tapete daquela saleta. Porém, a cena que se seguiu deixou-me profundamente impressionado. Observei que sentada no sofá, no meio daqueles cachorros malcheirosos, estava a irmã Esidia Silva Oliveira toda sorridente, ministrando estudos bíblicos para uma senhora, que era a mãe do rapaz que me atendeu. Notando que a família estava bem assessorada pela Esidia despedi-me e fui embora refletindo na cena que acabara de presenciar. 2. Em outra ocasião fui atendido por um rapaz que me convidou para entrar em sua residência. Ofereci-lhe estudos bíblicos, o que ele aceitou. Nas semanas seguintes, durante a apresentação dos estudos, pude perceber que ele tinha certa obsessão por um livro de ficção que havia lido. Ele cria cegamente que os norte-americanos haviam construído uma máquina do tempo e realizado uma viagem ao passado, visitando a época e a região onde Jesus vivia. Nada conseguia dissuadi-lo dessa fantasia. Após o término do curso, ele ainda continuava preso nessa armadilha de Satanás. 3. Numa outra residência da Vila Industrial, um rapaz de, aproximadamente, trinta anos de idade aceitou receber estudos bíblicos. No decorrer das semanas, durante os momentos dos estudos bíblicos, pude perceber que quando o Sol se punha o morador não ligava a luz elétrica e o estudo prosseguia em meio à escuridão. Também notei que naquela casa era um entra e sai de homens. Depois de batizado, esse morador não se firmou na verdade. Somente bem mais tarde descobri a razão. Ele era homossexual e jamais conseguiu abandonar essa opção. 4. Em outra casa fui recebido por uma senhora e suas três filhas adolescentes. Ao entrar naquela residência, deparei-me com uma macumbeira fazendo um trabalho bravo na sala daquela casa. Recebendo explicações da moradora fiquei sabendo que ela estava se divorciando de um violento marido, que era policial militar. Ela não quis receber estudos bíblicos, mas deixei alguns folhetos e livros para os membros daquela família e despedindo-me fui embora. 5. Num sobrado, fui atendido por uma jovem mulher que disse ser da Assembleia de Deus. Ofereci-lhe o curso bíblico “Encontro com a Bíblia”, o qual ela aceitou com prazer. Sábado após sábado eu levava uma lição e recolhia a anterior, que depois devolvia corrigida. Porém, quando fui levar a décima quinta lição do curso, fui atendido pelo seu marido, a quem conhecia de vista. Ele trouxe a lição anterior e disse que a sua esposa não faria mais nenhuma. Ele deixou bem claro que não queria que a mulher fizesse as lições porque ela estava começando a questionar a validade do domingo. Ele afirmou que a sua família era da Assembleia de Deus há três gerações e seu pai pastor da referida denominação. Também disse que não era conveniente que sua esposa continuasse fazendo aquelas lições e que eu não deveria trazer mais nenhuma. Despedi-me dele e fui embora. Tempos depois o casal mudou-se para outra localidade. Mais tarde fiquei sabendo que eles haviam se divorciado e abandonado a sua igreja. 6. Em outra ocasião eu e a Daisy fomos bem recebidos numa residência por um simpático casal espírita que havia passado por várias tragédias. Eles aceitaram receber orações e estudos bíblicos. Sábado após sábado pude notar que a dona da casa era uma pessoa amargurada. Ela não sabia falar de outra coisa a não ser de sua tragédia pessoal. Constantemente eu a ouvia agoniada contar sempre a mesma e triste história de sua vida. Muitas vezes eu mesmo ficava deprimido, ouvindo os detalhes mórbidos dessas histórias. Porém, à medida que ela foi conhecendo a verdade e se libertando do espiritismo, suas feridas emocionais foram sendo curadas. Hoje ela deixou de ser uma pessoa amargurada e passou a ver alegria na vida. 7. Junto com a Daisy apresentei estudos bíblicos para outra família muito amorosa. Durante o estudo o chefe da família parecia bem interessado na mensagem.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Fazia perguntas, mostrava grande interesse na palavra da verdade. Por outro lado a sua esposa parecia indiferente e distante. Ela realizava os estudos normalmente, mas não demonstrava nenhuma emoção ou interesse pela mensagem. Quando fiz o apelo para o batismo, para minha surpresa, somente ela e o seu simpático filho manifestaram o desejo pelo batismo, enquanto que o seu esposo decidiu postergar o batismo. Passaramse muitos anos até que, por influência de muitos outros irmãos, esse chefe de família se rendeu e entregou a sua vida a Cristo Jesus pelo santo batismo. 8. Trabalhando junto com o meu amigo Paulo César Mazanti, apresentamos uma séria evangelística na favela do Gica. Três ou quatro famílias reuniam-se todos os sábados às 15h00 para ouvir a mensagem do evangelho. Para organizar a apresentação do estudo no pequeno espaço disponível do barraco, solicitei que o Paulo pregasse a Palavra de Deus, enquanto eu cuidaria das crianças, em especial de um lindo recémnascido que ficava o tempo todo em meus braços. O barraco ficava superlotado de interessados e não havia espaço para ninguém se sentar. Durante uma hora o Paulo falava e pregava a Palavra de Deus e ninguém se sentia incomodado pelo fato de estar em pé. Foram tardes maravilhosas e muito produtivas. 9. Atendendo ao amável convite do irmão Edson Felix, diretor da nascente igreja de César de Souza, o Paulo Mazanti, Moacir dos Passos e eu realizamos todos os domingos, durante seis meses, uma conferência naquela localidade, a qual foi muito abençoada e enriquecedora. Cargos na Igreja. Desde que fui batizado venho ocupando diversos cargos na igreja onde congrego. No decorrer dos anos fui Professor da Escola Sabatina, Professor da Classe de Visitas, Coordenador de Classe Bíblica, Secretário da Ação Missionária, Tesoureiro, Promotor de Literatura e Ancião. Nos dias de hoje, eleito pela comissão da igreja, venho coordenando a Classe de Visita. Nesta atividade, tenho recebido o inestimável auxílio de vários professores, entre os quais se destacam: Cínthia Passos Assumpção Pedroso, Maurício Epiphânio, Maurício Shoji Kimoto, Moacir dos Passos, Nilton Satio Murakami e Willians Roberto da Silva. Não há como expressar suficientemente minha gratidão a todos àqueles que mencionei e a muitos outros que me ajudaram em muitas outras questões. A todos os meus sinceros agradecimentos e votos de sucesso.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

Resumo Fundamentada na Bíblia Sagrada e no Espírito de Profecia, a presente obra demonstra cabalmente que o assinalamento dos “servos de Deus” começou com a proclamação da mensagem do terceiro anjo e terminará pouco antes do fechamento da porta da graça com o assinalamento dos 144 mil. A obra defende a tese de que “144 mil” é um número simbólico formado pela “grande multidão”, cujos membros serão constituídos unicamente pelos justos que estiverem vivos após o fechamento da porta da graça. Na grande tribulação, também conhecida como tempo de angústia de Jacó, os 144 mil sairão vitoriosos e jamais passarão pela experiência da morte. Os demais assinalados que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo e que serão ressuscitados por ocasião da queda da sétima praga não constituirão membros dos 144 mil. Todavia, juntos, testemunharão a segunda vinda de Cristo e este mundo.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

Prefácio Quando os Adventistas do Sétimo Dia resolveram dar início à sua abençoada e bem sucedida obra de publicação, o assinalamento dos 144 mil foi um dos primeiros artigos a ser impresso em seu periódico. Desde então, surgiram muitas interpretações a respeito do assinalamento dos 144 mil. Para alguns, os 144 mil são representados um número literal constituído por justos vivos e justos mortos. Para outros os 144 mil são representados por um número simbólico constituído somente por justos vivos. Ainda outros adotam variações dessas duas posições doutrinárias. Unicamente com base nos textos divinamente revelados, este livro apresenta uma interpretação que procura generalizar a compreensão existente a respeito dos 144 mil. Nesta interpretação não existem contradições de qualquer natureza e todas as perguntas são respondidas de forma natural, sem “forçar”, “distorcer” ou “desprezar” o conteúdo do texto divinamente revelado. Algumas interpretações existentes a respeito do assinalamento dos 144 mil fogem ao senso comum, outras desprezam o caminho da boa lógica e ainda outras se desviam vergonhosamente das rigorosas regras científicas da Hermenêutica e escorregam para o lado fantasioso da Homilética. Sem nenhuma exceção, todas essas interpretações deixam algo a desejar. Muitas delas passam por alto alguns pontos fundamentais, os quais ficam sem explicações. Outras, por contrariarem alguns textos claramente revelados, acabam desmoralizadas, fato que fulmina vergonhosamente a tese procurava defender. A presente obra não pretende misturar suposições com certezas. Embasada na Hermenêutica Sacra, a interpretação apresentada neste livro responde satisfatoriamente a algumas questões cruciais, que permite uma compreensão mais profunda a respeito dos 144 mil, tais como: “o número 144 mil é literal ou simbólico?”; “os 144 mil serão constituídos somente pelos santos vivos ou incluirão os santos mortos?”; “os 144 mil serão todos os santos vivos dos últimos dias ou serão um grupo especial, selecionado dentre os demais santos vivos?”; “a obra de assinalamento dos santos está em andamento ou é uma obra futura?”; “o assinalamento englobará somente os 144 mil ou outros santos podem ser assinalados sem tomar parte integrante dos 144 mil?”. Uma passagem inspirada que todas as interpretações sobre os 144 mil precisam levar em consideração, sem entrar em contradição, é o célebre testemunho dado por Ellen White a respeito do falecimento da Senhora Hastings. Eis aqui o conteúdo da referida passagem: “Vi que ela estava selada, e à voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra, e estaria com os 144.000. Vi que não precisamos chorar sobre ela; ela repousaria durante o tempo da angústia, e tudo que pudéssemos lamentar seria nossa perda de ficar privados de sua companhia. Vi que seu falecimento redundaria em bem”. (II ME, 263). Esta é a passagem crucis, que serve como guia ou ponto de referência, pelo qual o sincero pesquisador deve dirigir o curso do seu estudo, para descobrir toda verdade sobre os 144 mil. Este singelo parágrafo do Espírito de Profecia apresenta uma síntese riquíssima em informações sobre o assinalamento dos 144 mil. Uma minuciosa dissecação desta


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil mensagem fornece os dados fundamentais e necessários para a uniformização de uma interpretação generalizada a respeito do assinalamento dos 144 mil. Alicerçado unicamente neste trecho divinamente inspirado, note como sobressaem as seguintes diretrizes básicas para uma interpretação correta e sem contradições sobre a questão envolvendo o assinalamento dos 144 mil: Primeira diretriz. A falecida Senhora Hastings “estava selada”, mas ela não era a única. Observe o que diz outro texto divinamente inspirado: “O selo de Deus está sobre eles. Farão parte do número dos quais o Senhor disse: ‘Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor’”. (VII BC, 982). Isto significa que a obra de assinalamento dos servos de Deus já estava em andamento na época do falecimento da Senhora Hastings, com muitos outros santos sendo assinalados. Quanto ao assinalamento dos 144 mil ainda trata-se de um evento vindouro, o qual ocorrerá pouco antes do fechamento da porta da graça. Note: “Os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça; também que eles fruirão honras especiais no reino de Deus”. “Em especial na obra final da igreja, no tempo do assinalamento dos cento e quarenta e quatro mil que hão de permanecer irrepreensíveis diante do trono de Deus, sentirão muito profundamente os erros do povo professo de Deus”. (I ME, 66; I TS, 335). Segunda diretriz. A falecida Senhora Hastings “à voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra”. Isto significa que “à voz de Deus” haverá uma ressurreição especial, da qual a Senhora Hastings fará parte. Observe o esclarecimento inspirado: “Houve um grande terremoto. As sepulturas se abriram e os que haviam morrido na fé da mensagem do terceiro anjo, guardando o sábado, saíram de seus leitos de pó, glorificados, para ouvir o concerto de paz que Deus deveria fazer com os que tinham guardado a Sua lei”. (HR, 409). Terceira diretriz. A falecida senhora Hastings “estaria com os 144.000”. Isto significa que a Senhora Hastings não fará parte integrante dos 144 mil, todavia estará vivendo “com” os 144 mil, após a sua ressurreição especial. A própria Ellen White também estará “junto” com os 144 mil, mas também não constituirá parte deste seleto grupo. Observe o que diz a pena inspirada: “Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo: ‘Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus’”. (PE, 40). A bem da verdade, não serão somente as senhoras Hastings e Ellen White que estarão juntas com os 144 mil, mas também todos os assinalados que tiverem o privilégio de participarem da ressurreição especial: “Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram, e os mortos saíram revestidos de imortalidade. Os 144.000 clamaram ‘Aleluia!’, quando reconheceram os amigos que deles tinham sido separados pela morte”. (PE, 16). Quarta diretriz. A falecida Senhora Hastings “repousaria durante o tempo da angústia”. Isto significa que ela não passará pela prova da grande tribulação, também conhecida como tempo de angústia de Jacó. Portanto, mais uma vez fica claro que a Senhora Hastings e todos os que reviverem na ressurreição especial não farão parte integrante dos 144 mil, haja vista que estes passarão pelo tempo da angústia. Observe o que diz o seguinte texto inspirado: “Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. ‘Estes são os que vieram de grande tribulação’ (Apocalipse 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus”. (GC, 649).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Quinta diretriz. A Senhora Hastings estava morta: “Vi que seu falecimento redundaria em bem”. Isto quer dizer que a Senhora Hastings não fará parte integrante do grupo dos 144 mil, haja vista que estes não provarão a morte. Observe o que diz o texto inspirado: “Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto”. “Deus queria ser honrado fazendo um concerto com aqueles que haviam guardado Sua lei, à vista dos gentios em redor deles; e Jesus queria ser honrado, trasladando, sem que vissem a morte, os fiéis e expectantes, que durante tanto tempo O haviam esperado”. “Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro”. (PE, 15 e 283; GC, 654). Sexta diretriz. Além da senhora Hastings, de Ellen White e de todos os santos que participarem da ressurreição especial, nenhum outro grupo de pessoas é mencionado como estando “junto” com os 144 mil. Isto ocorre porque todos os que não passarem pela morte durante o tempo de angústia constituirão os 144 mil. De forma alguma haverá dois grupos distintos de santos vivendo no período do fechamento da porta da graça e durante a queda das sete últimas pragas. Não haverá nenhum grupo de santos formando uma grande multidão e nenhum outro menor constituindo os 144 mil. Mas todos formarão apenas um grupo: o grupo dos 144 mil. Após essa breve dissecação do texto do Espírito de Profecia torna-se claro quais são os princípios basilares orientadores que devem ser empregados na apresentação e defesa de uma interpretação lúcida e generalizada a respeito do assinalamento dos 144 mil. É o singelo objetivo desta obra, com base nas Escrituras Sagradas e no Espírito de Profecia, atender a todos esses requisitos fundamentais para explicar o ensino bíblico sobre o assinalamento dos 144 mil.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

Introdução Para algumas poucas pessoas é um verdadeiro tabu estudar, pesquisar, pregar, pensar ou ouvir falar sobre o controvertido assunto bíblico do assinalamento dos 144 mil. Essas pessoas aferram-se numa teoria e ficam empacadas na plena convicção de que elas, e somente elas, possuem toda verdade a respeito do assunto dos 144 mil e que ninguém mais pode pensar de modo diferente sobre este polemico tema. A simples manifestação desse sentimento demonstra que no coração desses crentes habita um espírito de intolerância religiosa, o qual jamais deveria existir na vida de um cristão sincero e fiel à verdade divinamente revelada. Alguns cristãos parecem que desconhecem o caráter amoroso de Deus e o princípio do livre arbítrio, do qual a liberdade de expressão faz parte integrante. Todos os seres inteligentes foram dotados pelo criador com as faculdades da razão, do livre arbítrio e o da fala para poderem expressar livremente os seus pensamentos e opiniões sobre algum assunto. No campo legislativo, o direito da liberdade de expressão não foi adquirido sem grandes lutas. No século XVIII, em defesa da liberdade de expressão, o filosofo francês Voltaire (1694-1778), foi levado a declarar a celebre sentença: – Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las. O espírito de tolerância e respeito pela opinião alheia é algo totalmente desconhecida por uma minoria de indivíduos que se rotulam de cristãos. Sobre a questão dos 144 mil, alguns gostam de citar uma passagem escrita por Ellen White, como uma espécie de mordaça para mostrar que esse assunto não deve ser pesquisado e nem se deve falar sobre ele. Porém, tal atitude revela implicitamente uma posição de intransigência religiosa. A passagem em questão é a seguinte: “Não é Sua vontade que eles se metam em discussões acerca de questões que os não ajudam espiritualmente, tais como: Que pessoas vão constituir os cento e quarenta e quatro mil? Isto, aqueles que forem os eleitos de Deus hão, de sem dúvida, saber em breve”. (I ME, 174). Bem analisada esta passagem não orienta ninguém a ignorar ou deixar de buscar uma compreensão mais profunda a respeito das verdades reveladas sobre o assinalamento dos 144 mil, mesmo porque os cristãos foram exortados pela própria escritora Ellen White a proceder do seguinte modo: “Procuremos, com todo o poder que Deus nos tem dado, estar entre os cento e quarenta e quatro mil”. (RH, 9 de março de 1905). A questão que se levanta é a seguinte: como poderemos empenhar-nos “com todo poder que Deus nos tem dado” para “estar entre os cento e quarenta e quatro mil” se não soubermos nada sobre eles? No texto em destaque e em análise, o que Ellen White afirmou foi que “não é Sua vontade que eles se metam em discussões acerca de questões que os não ajudam espiritualmente”. A expressão “discussões” dentro do contexto do trecho examinado simplesmente quer dizer que não é da vontade de Deus que os cristãos partem para altercações, bate-bocas, contendas ou contestações “acerca de questões que os não ajudam espiritualmente”. Logo, a passagem em análise não proíbe as pesquisas e os estudos acerca de questões que venham a ajudar espiritualmente.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Dentro deste espírito, a presente obra não tem o intento de polemizar ou entrar em controvérsia com quem quer que seja sobre questões que “não ajudam espiritualmente”. A verdade é que este livro procura tão-somente ofertar ao leitor uma singela interpretação hermenêutica da palavra inspirada sobre a questão dos 144 mil, como tantas outras interpretações que existem em livre circulação no mercado editorial. Este livro não apresenta nenhuma matéria que não vise unicamente amparar espiritualmente o fiel cristão. Muito pelo contrário, os assuntos aqui abordados buscam ajudar espiritualmente a todos aqueles que estão interessados em conhecer mais profundamente a Palavra de Deus porque “os que hão de receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus”. (PE, 71). As “discussões” que foram mencionadas por Ellen White fazem referências às “questões... tais como: Que pessoas vão constituir os cento e quarenta e quatro mil?” Portanto, o texto da escritora não diz que estamos proibidos de estudar o assunto, mas simplesmente diz que não devemos discutir quem vai pertencer a esse seleto grupo de pessoas. Uma simples leitura da presente obra, permitirá constatar que ela não indicará quem são as “pessoas que vão constituir os cento e quarenta e quatro mil”. Não apresenta nomes, genealogias, telefone, endereços ou documentos pessoais que permitam identificar quem são os indivíduos que formarão o grupo dos 144 mil. A escritora também deixou bem claro que a questão pessoal dos 144 mil não é para ficar escondida, abandonada, ignorada ou esquecida, mesmo porque “aqueles que forem os eleitos de Deus hão, de sem dúvida, saber em breve”. Com isso fica claro que chegaria o tempo em que chegaria o tempo em que não haveria mais dúvidas sobre os “cento e quarenta e quatro mil”. Ainda em relação ao assinalamento dos 144 mil, Ellen White afirmou a seguinte verdade: “Há algumas coisas para as quais devemos silenciar. Tenho recebido cartas perguntando sobre questões concernentes ao selamento do povo de Deus, quem será selado, quantos, e outras curiosas perguntas. Eu penso que devemos responder-lhes que leiam e falem das coisas que estão plenamente reveladas”. (Carta 58, 1900). Bem, este livro trará à baila o assunto dos 144 mil, porém, discorrerá tão-somente a respeito “das coisas que estão plenamente reveladas” nas Escrituras Sagradas e no Espírito de Profecia. Todas as coisas que não estiverem “plenamente reveladas” não serão objeto de análise na presente obra. No que pese ao sentimento de intolerância religiosa que é manifestado por algumas poucas pessoas, a interpretação e a compreensão da Palavra de Deus não devem ser abandonadas ou ficar ocultas aos olhos dos homens simplesmente porque alguns não querem abandonar suas acariciadas opiniões e pontos de vistas, mesmo porque “apenas os que forem diligentes estudantes das Escrituras, e receberam o amor da verdade, estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo”. (GC, 624). Ao contrário do que pensam aqueles que são intolerantes à exposição de ideias diferentes das suas, à “medida que nos aproximamos do termo da história deste mundo, as profecias referentes aos últimos dias exigem nosso estudo especial. O último dos escritos do Novo Testamento está cheio de verdades cuja compreensão nos é necessária”. (Mar, 158). “Os acontecimentos ligados ao final do tempo da graça e obra de preparo para o período de angústia, acham-se claramente apresentados. Multidões, porém, não possuem maior compreensão destas importantes verdades do que teriam se nunca houvessem sido reveladas”. (GC, 593). Finalmente, faz-se necessário lembrar que a Igreja Adventista do Sétimo dia nunca tomou qualquer posição dogmática quanto à questão dos 144 mil. Ela jamais se reuniu em concilio para deliberar sobre qualquer particularidade a respeito dos 144 mil.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil A Igreja nunca declarou um credo formal a respeito dos 144 mil. Diante da total ausência de qualquer posição dogmática por parte da Igreja a respeito desta matéria, torna-se claro que o assunto envolvendo a questão dos 144 mil está em aberto aos estudos e às pesquisas bíblicas e teológicas. Portanto, seja qual for a posição adotada pelo pesquisador, este não poderá ser considerado, por quem quer que seja, como herético ou apostata, simplesmente porque o pesquisador não está violando nenhuma regra de fé ou posição dogmática estabelecida nas crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo dia.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

Abreviaturas AA BC

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CPE CSM DTN EF Ev FFD FEC GC HR IR LA M Mar MDC ME MR PJ PE PP PR RH TC TI TM

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TS VE VJ

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Atos dos Apóstolos The Seventh day Adventist Bible Commentary (Vols. I-VII) Conselhos Professores, Pais e Estudantes Conselhos Sobre Mordomia O Desejado de Todas as Nações Eventos Finais Evangelismo Filhos e Filhas de Deus- Meditações Matinais Fundamentos da Educação Cristã O Grande Conflito História da Redenção A Igreja Remanescente To The Litte Remmant Scattered Abroad Manuscrito Maranata! - Meditação Matinal O Maior Discurso de Cristo Mensagens Escolhidas Manuscript Releases Parábolas de Jesus Primeiros Escritos Patriarcas e Profetas Profetas e Reis Review and Herald Testimonies for the Church (Vols. I-IX) The Youth's Instructor Testemunho para Ministro e Obreiros Evangélicos Testemunhos Seletos (Vols. I-III) Vida e Ensinos Vida de Jesus


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

1 144 mil: Literal ou Figurado “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel”. (Apocalipse 7:4).

A palavra “literal” traz à mente o sentido de algo determinado, rigoroso, preciso, exato e fixo, enquanto que o vocábulo “figurado” fornece a ideia de algo simbólico, alegórico, emblemático e típico. As discussões quanto ao fato dos 144 mil ser constituído por um número literal de pessoas (número definido, composto de exatamente tantos indivíduos) ou figurado (número representativo, indefinido em suas proporções) vem de longa data. Porém, as ênfases escriturística apontam para um número figurado. O Apocalipse afirma que os 144 mil assinalados com o selo de Deus provêm “de todas as tribos dos filhos de Israel”. (Apocalipse 7:4). Diante disso, considere as seguintes evidências que comprovam que os 144 mil estão representados por um número simbólico: Primeira evidência. Caso os 144 mil assinalados fossem constituídos por um número literal de indivíduos, então – por questão de coerência – as doze tribos dos filhos de Israel seriam tribos literais. Consequentemente, os 144 mil abrangeriam somente os israelitas literais e ninguém mais. Em contraste, caso os 144 mil assinalados sejam formados por um número figurado, então – por questão de coerência – as doze tribos dos filhos de Israel também teriam que ser figuradas. Segunda evidência. Em 1891, um obreiro adventista chamado Chapman escreveu uma carta para Ellen White apresentando, entre outros assuntos, a opinião de que os 144 mil “serão os judeus que aceitarão a Jesus como Messias”. Então, Ellen White respondeu que tais ideias “não se harmonizam com a luz que Deus me tem dado”. (XIV MR, 1107). Essa carta colocou um fim na questão, mostrando que os 144 mil não serão constituídos pelas doze tribos literais dos filhos de Israel e nem exclusivamente por judeus. Assim conclui-se que os 144 mil não se referem a um número literal de pessoas, mas trata-se apenas de um número simbólico. Terceira evidência. Supondo que os 144 mil sejam compostos por um número literal de indivíduos, então – por questão de coerência – todos eles terão que proceder das doze tribos literais dos filhos de Israel. Ocorre que as doze tribos dos filhos Israel não mais existem. Elas se perderam no tempo a partir do exílio assírio (II Reis 17:5-6). Diante deste fato, conclui-se que os 144 mil são representados por um número simbólico. Quarta evidência. Considerando que os 144 mil assinalados sejam constituídos por um número literal, então – por questão de coerência – somente eles serão assinalados em suas testas com o selo de Deus e ninguém mais, porque as Santas Escrituras dizem que “eram cento e quarenta e quatro mil assinalados” (Apocalipse 7:4). Todavia, sabemos que, além dos 144 mil, muitas outras pessoas serão assinaladas com o selo de Deus. Portanto, mais uma vez evidencia-se um número simbólico.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Quinta evidência. Supondo que os 144 mil assinalados sejam formados por um número literal então – por questão de coerência – todos eles serão homens porque, segundo as Escrituras Sagradas, eles “não estão contaminados com mulheres” (Apocalipse 14:4). Porém, sabemos que tanto homens quanto mulheres serão assinalados com o selo de Deus em suas testas. Logo se pode concluir que o número 144 mil é simbólico. Sexta evidência. Admitindo-se que os 144 mil assinalados sejam constituídos por um número literal, então – por questão de coerência – todos eles serão celibatários, “porque são virgens” (Apocalipse 14:4). Sétima evidência. Caso os 144 mil sejam constituídos por um número literal, então ocorreriam duas situações bem distintas: Primeira, ao completar o número dos 144 mil, qualquer outro cristão seria excluído do seleto grupo. Segunda, ao completar o número dos 144 mil, ninguém mais poderá morrer, mesmo que seja de velhice, doença ou acidente, posto que o número precisa ser mantido inalterado. Dentro de um mesmo texto profético que trata de um mesmo assunto, nenhum ser humano – por particular interpretação – pode classificar o que é literal ou simbólico pelo seu próprio entendimento pessoal. Nem pode usar dois pesos e duas medidas para o mesmo texto. É absolutamente necessário que leve em consideração o critério da lógica textual. A Ciência da “Hermenêutica Sagra” estabelece a seguinte regra interpretativa: quando as figuras de um texto bíblico são simbólicas, então todas as figuras devem ser consideradas como simbólicas, a menos que haja fortes evidências para considerar alguma figura em particular como literal. Destarte, diante das evidências lógicas apresentadas nesta breve análise, fica claro que o número 144 mil é simbólico porque está relacionado e inserido no meio de figuras proféticas simbólicas.


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2 144 mil: Duas Listas de Tribos “Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil”. (Apocalipse 7:5-8).

Caso os 144 mil assinalados com “o selo do Deus vivo” (Apocalipse 7:2) sejam constituídos por um número literal de santos provenientes das doze tribos dos filhos de Israel (Apocalipse 7:4), então as doze tribos mencionadas no Apocalipse devem corresponder perfeitamente à lista original das tribos literais dos filhos de Israel. As doze tribos literais dos filhos de Israel estão registradas no “Livro da Lei de Moisés” e são as seguintes: Judá, Issacar, Zebulom, Rúben, Simeão, Gade, Efraim, Manassés, Benjamim, Dã, Aser e Naftali (Números 10:14-17). Porém, as doze tribos dos filhos de Israel citadas no livro do Apocalipse são as seguintes: Judá, Rúben, Gade, Aser, Naftali, Manassés, Simeão, Levi, Issacar, Zebulom, José e Benjamim (Apocalipse 7:5-8). Analisando e confrontando criteriosamente estas duas relações de tribos, qualquer pessoa chegaria às seguintes conclusões: Primeira conclusão. A lista literal das doze tribos dos filhos de Israel mencionada por Moisés em Números 10:14-27, não corresponde à lista profética mencionada por João em Apocalipse 7:5-8. Segunda conclusão. As tribos de “Levi” e “José” foram incluídas na relação apresentada no livro do Apocalipse. Ocorre que essas duas tribos jamais fizeram parte da relação original das tribos literais registradas em Números 10:14-27. Tanto “José” como “Levi” jamais receberam território para constituir as tribos literais dos filhos de Israel “porque os filhos de José foram duas tribos, Manassés e Efraim: e aos levitas não deram herança na terra, senão cidades em que habitassem, e os seus arrabaldes para seu gado e para sua possessão”. (Josué 14:4). Terceira conclusão. A relação profética mencionada em Apocalipse omite duas das tribos que de fato receberam território e fizeram parte literal dos filhos de Israel: “Dã” e “Efraim”, substituindo-as por “Levi” e “José” para manter o número de doze. Quarta conclusão. Manassés é filho de José, assim a tribo de Manasses já estaria incluída em José. Diante dessas quatro conclusões, torna-se evidente que os 144 mil são representados por um número simbólico. Isto porque as doze tribos dos filhos de Israel relacionadas no livro do Apocalipse não correspondem às doze tribos literais instituídas por Moisés no livro de Números. Destarte, como as doze tribos são figuradas, a conclusão é uma só: os “cento e quarenta e quatro mil”, por serem membros integrantes de tribos figuradas, obrigatoriamente serão constituídos por um número simbólico e não literal. O bom senso e a boa lógica exigem tal conclusão.


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3 144 mil: Testemunho dos Teólogos “E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar. Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus”. (Apocalipse 7:2-3).

Além das evidências apresentadas nas páginas das Escrituras Sagradas, muitos são os teólogos adventistas de renome internacional que também defendem a tese de que os 144 mil serão constituídos por um número figurado e não literal. Observe o testemunho de alguns desses grandes teólogos: Primeiro testemunho. C. Mervyn Maxwell declarou o seguinte: “Temos que admitir que, se tomarmos o número 144 mil como sendo literal, confrontar-nos-emos com muitas dificuldades”. (Uma Nova Era Segundo as Profecias do Apocalipse, pág. 215). Segundo testemunho. “Nesses capítulos”, escreveu Roy Allan Anderson, “encontram-se muitas passagens metafóricas e podemos correr o risco de perder de vista a beleza deste símbolo por insistir em tornar estritamente literal o número. Este número significa plenitude, totalidade”. (Revelações do Apocalipse, pág. 94). Terceiro testemunho. Fernando Chaiji articulou que “a visão de Apocalipse 7 e 14 é evidentemente simbólica. As mulheres, as virgens, o cordeiro, as primícias, são todos simbólicos. De modo que há coerência se considerarmos este número também como simbólico.” (Vitória da Igreja na Crise Final, pág. 116). Quarto testemunho. Henry Feyerabend afirmou que “se tomarmos os 144 mil literalmente, todos devem ser judeus oriundos das doze tribos. Todos são homens e todos são virgens”. (Apocalipse Verso Por Verso, pág. 68). Quinto testemunho. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem apresentado em suas lições da Escola Sabatina a posição de que os 144 mil são constituídos por um número simbólico: “Mas 144.000 não designa o número literal dos escolhidos, assim como 490 não é o número de perdões a serem oferecidos aos ofensores. Os 144.000 são, portanto, o grupo pleno e completo que estará selado, limitado não pelos números, mas por sua fidelidade a Deus”. (Lição da Escola Sabatina, do 2º trimestre de 1981, pág. 74). Sexto testemunho. “Seria um erro deduzir que João estava pensando em termos literais. A menção dos 144.000 está contida numa profecia muito simbólica. Apocalipse 7 usa tais símbolos como “quatro anjos”, “quatro cantos”, “quatro ventos”, “Oriente”, “o selo” na fronte dos que constituem o povo de Deus. Interpretar literalmente esses símbolos seria omitir o ponto principal da passagem”. (Lição da Escola Sabatina, nº 374 do 2º trimestre de 1989). Essas são algumas declarações proferidas por alguns eminentes teólogos e autoridades eclesiásticas da Igreja Adventista do Sétimo Dia a respeito do número 144 mil ser representado por um valor simbólico e não literal.


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4 144 mil: As Tribos Espirituais “Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil”. (Apocalipse 7:5-8).

Nos dias de hoje, as doze tribos dos filhos de Israel não mais existem. Dez dessas tribos se perderam no tempo, quando foram subjugadas pelo poderoso Império Assírio (II Reis 17:5-6). As outras duas tribos perderam sua identidade após a destruição de Jerusalém por Tito Flávio Vespasiano no ano 70 depois de Cristo. Como resultado dessas conquistas, as genealogias e a naturalidade das doze tribos dos filhos de Israel não foram preservadas nos anais da história. As doze tribos dos filhos de Israel mencionadas no livro do Apocalipse não se referem ao Israel literal, mas trata-se de uma metáfora do Israel Espiritual. No Novo Testamento, a Igreja fundada por Jesus Cristo e dirigida pelos santos apóstolos é considerada como o Israel Espiritual. Considere as seguintes evidências bíblicas: Primeira evidência. Demonstrando a conexão existente entre a Igreja e o Israel Espiritual, o apóstolo Paulo declarou o seguinte: “se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa”. (Gálatas 3:29). As doze tribos dos filhos de Israel são descendentes de Abraão. Mas o apóstolo Paulo acrescenta que basta ser de Cristo para também ser descendência de Abraão. Logo, os cristãos fazem parte das doze tribos dos filhos espirituais de Israel. Segunda evidência. O Novo Testamento também deixa bem claro que as doze tribos dos filhos de Israel não estão confinadas exclusivamente aos descendentes carnais de Abraão. No Israel Espiritual “é judeu o que o é no interior” (Romanos 2:29); não são “os filhos da carne”, “mas os filhos da promessa são contados como descendência” de Abraão (Romanos 9:6-8). Terceira evidência. Os gentios estavam separados da “comunidade de Israel”, mas, como cristãos, tornaram-se “concidadãos dos Santos e da família de Deus” (Efésios 2:12, 19). Quarta evidência. Tiago, escrevendo aos cristãos espalhados pelo Império Romano, endereça sua célebre epístola às “doze tribos que andam dispersas” (Tiago 1:1). Nesta epístola, os cristãos são contados como pertencentes às doze tribos dos filhos de Israel, até porque a história não preservou a genealogia das tribos literais. Quinta evidência. Israel é apresentado como uma boa oliveira, cujos ramos foram quebrados. No lugar dos ramos quebrados foram enxertados os ramos do zambujeiro, os quais passaram a participar da raiz e da seiva da oliveira (Romanos 11:17, 24). A explicação da metáfora de Paulo é a seguinte: os ramos quebrados da oliveira representam os israelitas, enquanto que os ramos do zambujeiro enxertados representam os cristãos, os quais se tornaram participantes da natureza da boa oliveira, passando a constituir o Israel Espiritual.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil “Através de todos os anjos de cativeiro em todos os tempos de sua dispersão, entre as nações, os israelitas têm permanecido como um povo distinto dos demais. Assim também os filhos de Deus, o verdadeiro Israel, embora disperso entre as nações, são peregrinos na Terra e sua cidadania está nos Céus” (PP, 447). “Somos enumerados como Israel. Todas as instruções dadas no antigo Israel concernente à educação e treinamento de seus filhos, todas as promessas e bênçãos por meio da obediência são para nós” (PG, 405). Portanto, as doze tribos dos filhos de Israel mencionadas em Apocalipse não são constituídas por israelitas literais, segundo a carne. Porém, com base no Novo Testamento, os que creem em Cristo constituem “semente de Abraão” (Gálatas 3:2829), portanto, eles constituem as doze tribos espirituais dos filhos de Israel.


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5 144 mil: Um Quadrado Perfeito “Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil”. (Apocalipse 7:5-8).

Alguns teóricos, com a intenção de defender a tese de que os 144 mil serão constituídos por um número literal de exatamente 144.000 pessoas, afirmam que esse número primoroso de pessoas formará um quadrado perfeito no reino de Deus. Os teóricos do literalismo fundamentam os seus argumentos nas seguintes passagens do Espírito de Profecia: “Ali, sobre o mar de vidro, os 144.000 ficaram em quadrado perfeito”. “Antes de entrar na cidade, os santos foram disposto em um quadrado perfeito, com Jesus no Centro”. (PE, 16 e 288). Neste contexto, um quadrado perfeito é geometricamente formado por quatro arestas de mesmo comprimento. Para esses teóricos, tal quadrado teria suas arestas constituídas por uma quantidade de doze tribos, com cada tribo formada por doze grupos de mil pessoas, de tal forma que se tem o seguinte quadrado perfeito: 12 x 12 = 144 Como esses teóricos costumam agrupar as doze tribos em grupos de milhares, tem-se que: 144 x 1000 = 144.000 Porém, a bem da verdade, exceto o valor numérico da unidade, qualquer quadrado perfeito pode ser formado por uma infinidade de número de pessoas elevado à segunda potência porque em aritmética um quadrado perfeito é um número inteiro não negativo que pode ser expresso como o quadrado de um outro número. n x n = n2 Por exemplo, quatro pessoas formam um quadrado perfeito (2 x 2 = 4). Nove pessoas formam um quadrado perfeito (3 x 3 = 9). Dezesseis pessoas formam um quadrado perfeito (4 x 4 = 16). Vinte e cinco pessoas formam um quadrado perfeito (5 x 5 = 25). Esse raciocínio pode seguir sucessivamente ao infinito (n x n = n2). Diante do exposto fica claro que um quadrado perfeito não precisa necessariamente ser formado por um número literal de exatamente 144.000 pessoas. Existe uma infinidade de outros números que formam um quadrado perfeito. Portanto, a tese de que os 144 mil seriam um número literal, simplesmente porque essa quantidade poderia formar um quadrado perfeito, cai totalmente por terra,


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil haja vista que um quadrado perfeito pode ser formado por qualquer outro nĂşmero de pessoas, independentemente de serem exatamente 144.000.


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6 144 mil: A Grande Multidão “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. (Apocalipse 7:4 e 9).

Sobre a relação existente entre a grande multidão e os 144 mil há pelo menos três teorias que disputam a atenção dos cristãos adventistas: A primeira teoria ensina que os 144 mil e a grande multidão são dois grupos distintos e separados. A segunda ensina que os 144 mil são um grupo especial de assinalados que se destaca dentro da grande multidão de santos que foram assinalados com o selo de Deus. Por fim, a terceira teoria defende a tese de que os 144 mil e a grande multidão são dois nomes diferentes que designam o mesmo grupo de pessoas. As evidências apresentadas nas Escrituras Sagradas indicam claramente que os 144 mil e a grande multidão são representados pelo mesmo grupo de pessoas, dando crédito à terceira teoria. Discorrendo sobre os 144 mil, o autor do Apocalipse disse o seguinte: “ouvi o número dos assinalados” (Apocalipse 7:4). Logo após descrever os 144 mil, ele tornou a dizer: “olhei, e eis aqui uma multidão” (Apocalipse 7:9). Analisando esses dois versículos, torna-se claro que a princípio João não viu quem eram os 144 mil, mas apenas ouviu a respeito do número deles e de sua origem. Depois de ter ouvido o número dos assinalados, João disse que viu uma grande multidão, muito superior ao número que ele tinha ouvido. Seria como fechar os olhos para ouvir alguma coisa e em seguida abrir os olhos para ver aquilo que acabara de ser ouvido. Naturalmente, a expressão “depois destas coisas” faz uma conexão entre o que João “ouviu” e o que ele “viu”. O profeta ouviu “o número dos assinalados” de “todas as tribos dos filhos de Israel” e viu “uma grande multidão, que ninguém podia contar”, reunida de todas as nações. O número dos 144 mil assinalados que João “ouviu”, nada mais é do que a designação simbólica dada para a grande multidão que foi “vista” por João. Em outras palavras, os 144 mil e a grande multidão formam um mesmo grupo de pessoas, as quais foram assinaladas com o selo de Deus. Além disso, o best-seller mundial conhecido pelo título de “O Grande Conflito” retrata os 144 mil com todos os predicados que pertencem exclusivamente à grande multidão. Tal fato sugere que se trata do mesmo grupo de pessoas. Observe o que diz a passagem em questão: “Ninguém a não serem os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... ‘Estes são os que vieram de grande tribulação’ (Apocalipse 7:14)”, “lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro’ (Apocalipse 7:14)”, “por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo (Apocalipse 7:15)”, “e Aquele que está assentado sobre o


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil trono os cobrirá com a Sua sombra’ (Apocalipse 7:15)”, “nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles’ (Apocalipse 7:16)”, “porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guiar para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima’ (Apocalipse 7:17)” (GC, 654). Diante do exposto torna-se claro que, tanto pelas Escrituras Sagradas quanto pelo Espírito de Profecia, a grande multidão e os 144 mil são duas designações diferentes para indicar o mesmo grupo de pessoas assinaladas com o selo de Deus.


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7 144 mil: Padrões Paralelos “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. (Apocalipse 7:4 e 9).

É muito importante destacar o fato de que de que João apenas ouviu o número daqueles que foram assinalados (Apocalipse 7:4) com o selo do Deus vivo. Porém, tão logo olhou ele observou uma multidão que ninguém podia contar de todas as nações (Apocalipse 7:9). A conclusão obvia é que os 144 mil e a grande multidão são dois nomes distintos que servem para identificar o mesmo grupo de pessoas. O interessante é que essa não é a única vez que o livro do Apocalipse emprega duas designações diferentes para identificar o mesmo grupo de pessoas. Por exemplo, qual é a relação existente entre o falso profeta e a besta que subiu da terra? A resposta é muito simples: o falso profeta (Apocalipse 19:20) é a besta que subiu da terra (Apocalipse 13:13-14). Do mesmo modo, os 144 mil (Apocalipse 7:4) é a grande multidão (Apocalipse 7:9). Além disso, a ligação entre o que João ouve e vê é extremamente comum no livro do Apocalipse. Eis alguns singelos exemplos: No primeiro capítulo do livro do Apocalipse João faz a seguinte afirmação: “ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta” (Apocalipse 1:10). A seguir ele virou-se “para ver quem falava” e então ele viu o “Filho do Homem”. (Apocalipse 1:13). Note que a princípio João apenas ouviu uma voz. Porém, tão logo olhou, ele viu que era Cristo quem estava falando. O mesmo padrão de revelação repete-se no quinto capítulo do livro do Apocalipse. Nesse capítulo João ouviu um dos anciãos dizer: “eis aqui o Leão da tribo de Judá” (Apocalipse 5:5). Porém, quando João olhou o que ele viu foi “um Cordeiro, como havendo sido morto”. (Apocalipse 5:6). O que o João vê complementa o que ele havia anteriormente ouvido. Diante do exposto torna-se evidente que a “multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações” (Apocalipse 7:9) é revelada por Deus para explicar o número dos 144 mil que sairão vitoriosos do sinal da besta, quando as tempestades dos quatro ventos forem soltas. Uma diferença básica entre os 144 mil e a grande multidão é uma questão de cronologia profética. O assinalamento dos 144 mil os coloca na Terra antes do fechamento da porta da graça, enquanto que a grande multidão foi colocada num outro momento cronológico, quando estão perante o trono de Deus.


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8 144 mil: O Cântico “E cantavam um como cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra”. (Apocalipse 14:3).

Os 144 mil “cantavam um como cântico novo... e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil” (Apocalipse 14:3). Esse cântico representa a experiência peculiar pela qual os 144 mil passarão durante o período de grande tribulação, quando a porta da graça estiver fechada. A respeito do cântico novo dos 144 mil, o Espírito de Profecia diz o seguinte: “Com o Cordeiro, sobre o Monte Sião, ‘tendo harpas de Deus’, estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, ‘uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas’”. (GC, 654). Este “cântico novo” enaltece a experiência pela qual os 144 mil passarão durante o tempo de angústia de Jacó: “Cantavam um ‘cântico novo diante do trono’ - cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento (Apocalipse 15:3-4). Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante”. (EF, 268). Ocorre que o Espírito de Profecia mostra que além dos 144 mil, os membros que constituem a grande multidão também “cantavam um como cântico novo”. Observe: “Em visão, contemplou o profeta a vitória do povo de Deus. Diz ele: ‘E vi um como mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor, Deus Todopoderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos!’ Apocalipse 15:2-3. ‘Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra’ Apocalipse 7:14-15”. (MDC, 31). “Ninguém, a não ser os ‘cento e quarenta e quatro mil’, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante... estes são os que vieram de grande tribulação’ (Apocalipse 7:14)”. (GC, 647). Segundo estes dois últimos trechos, aqueles que cantavam o cântico novo que ninguém podia aprender, a não ser os “cento e quarenta e quatro mil”, vieram de grande tribulação. Ocorre que a grande tribulação é a experiência que identifica a grande multidão. Logo, forçosa é a conclusão de que os 144 mil e a grande multidão constituem as mesmas pessoas. Tanto a grande multidão quanto os 144 mil cantam o “cântico novo” que ninguém podia aprender a não ser os 144 mil: “No mar cristalino diante do trono,


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil naquele mar como que de vidro misturado com fogo - tão resplendente é ele pela glória de Deus - está reunida a multidão dos que ‘saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome’. Apocalipse 15:2. Com o Cordeiro, sobre o monte Sião, ‘tendo harpas de Deus’, estão os ‘cento e quarenta e quatro mil’ que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, ‘uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas’. E cantavam um ‘cântico novo’ diante do trono - cântico que ninguém podia aprender senão os ‘cento e quarenta e quatro mil’. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento”. (GC, 646). Diante dos trechos apresentados, torna-se claro que o fato da grande multidão e dos 144 mil cantarem o mesmo cântico que “ninguém podia aprender” “senão os cento e quarenta e quatro mil” leva inevitavelmente a uma única conclusão: Os 144 mil e a grande multidão representam o mesmo grupo de pessoas. Em outras palavras, são duas designações diferentes que indicam os mesmos santos do Altíssimo.


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9 144 mil: A Grande Multidão de Vivos “Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles”. (Apocalipse 7:14 e 16).

Não existe nenhum fundamento bíblico que possa justificar a suposição de que a grande multidão será constituída pelos santos mortos de todas as épocas e que ressuscitarão por ocasião da segunda vinda de Cristo. A verdade é totalmente diferente. As Escrituras Sagradas ensinam claramente que a grande multidão passará por experiências peculiares que a tornará diferente de qualquer santo que tenha morrido em épocas passadas. Diferentemente de muitos santos que já morreram, a grande multidão passará pela terrível experiência da “grande tribulação”, evento também conhecido pelo nome de “tempo de angústia”, a qual somente ocorrerá no futuro, quando a porta da graça estiver fechada. Diferentemente de muitos santos que estão mortos, a grande multidão passará pelo período em que cairão as sete últimas pragas, haja vista que terão fome, sede e sofrerão com o calor do sol (Apocalipse 7:16). Por esta razão, pode-se afirmar que, a grande multidão será constituída pelos santos que hão de se manifestar no porvir. “Outro ser celestial exclamou com voz firme e musical: ‘Eles vieram de grande tribulação. Andaram na fornalha ardente no mundo, aquecida intensamente pelas paixões e fantasias de homens que queriam impor-lhes a adoração da besta e sua imagem”. (III ME, 429). Ocorre que a imposição da adoração da imagem da besta é um evento que ainda está no futuro, razão pela qual se pode concluir que a grande multidão, que passará pela grande tribulação, também está no futuro. Assim sendo, a grande multidão não se refere aos santos mortos de épocas passadas. “Em visão, contemplou o profeta a vitória do povo de Deus. Diz ele: ‘E vi um como mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor, Deus Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos!’ Apocalipse 15:2-3. ‘Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra.’” Apocalipse 7:14-15. (MDC, 31). Portanto, a grande multidão que passará pela grande tribulação jamais poderá ser constituída pelos santos mortos de épocas passadas, haja vista que eles sairão vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, que são eventos que ainda não se concretizaram por estarem no futuro.


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10 144 mil: A Resposta de João “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”. (Apocalipse 7:13-14).

“E

– stes que estão vestidos de vestes brancas”, perguntou um dos vinte e quatro anciãos a João, “quem são e de onde vieram?” (Apocalipse 7:13). – “Tu sabes”, respondeu-lhe João. As grandes questões que podem ser levantadas deste diálogo são pelo menos duas: Qual era a intenção subjacente do ancião ao fazer tal pergunta a João? Por que João não conseguiu dar qualquer resposta ao ancião? Quanto à primeira questão, o ancião desejava que João fizesse a conexão existente entre os 144 mil e a grande multidão, simplesmente porque os dois eventos acabaram de ser relevados ao profeta. Não se faz perguntas diretas a quem claramente não sabe as respostas. Quanto à segunda questão, João não conseguiu dar uma resposta ao ancião porque ele estava totalmente desnorteado. A princípio, ele havia OUVIDO falar a respeito dos 144 mil assinalados de todas as tribos dos filhos de Israel, imediatamente ele VIU uma multidão que ninguém podia contar, de todas as nações da Terra. Então, como afirmar que os 144 mil e a grande multidão eram o mesmo grupo de pessoas? Eis a razão pela qual o profeta não conseguiu responder à pergunta do ancião. Diante da falta de resposta de João, o ancião respondeu à pergunta de tal modo que não restou nenhuma dúvida acerca da identidade da grande multidão vista pelo profeta. Na realidade tratava-se dos 144 mil, cujo número o profeta apenas havia ouvido e agora estava vendo. A grande multidão e os 144 mil eram o mesmo grupo de pessoas. Como assim? Qual é a ligação existente entre os 144 mil e a grande multidão? Bem, a resposta do ancião a João foi a seguinte: “Estes são os que vieram de grande tribulação”. “Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles”. (Apocalipse 7:14 e 16). Note que o ancião fez duas perguntas a João, porém, ele respondeu apenas uma. Ele respondeu à pergunta: “de onde vieram”, mas não respondeu a pergunta: “quem são?”. O ancião não disse explicitamente quem era a grande multidão porque era óbvio. Como João havia ouvido o número dos 144 mil, não é de admirar a pergunta do ancião: “quem são?”. Só poderia ser os 144 mil que passariam por grande tribulação quando fosse soltos os quatro ventos da Terra. Ora, sabe-se que o anjo que subiu “da banda do sol nascente” e que “tinha o selo do Deus vivo” havia retardado a vinda da “grande tribulação” até que fosse “assinalado na testa os servos do nosso Deus”, cujo número era de 144 mil. Quando a obra de assinalamento dos 144 mil terminar, os quatro anjos soltarão os quatro ventos da Terra. Então, e somente então, os quatro ventos assoprarão sobre o


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil planeta acarretando dano na terra, mar e nas árvores (Apocalipse 7:1-4) causando a “grande tribulação”. Os 144 mil “viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede”. (GC, 649). Portanto, após o assinalamento, a grande multidão – entenda-se 144 mil – passará pela grande tribulação, também conhecida pelo nome de tempo de angústia de Jacó. Sabendo que os 144 mil e a grande multidão são designações diversas para o mesmo grupo de pessoas, segue-se que os 144 mil constituem “uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. (Apocalipse 7:9). Como os 144 mil e a grande multidão são as mesmas pessoas, que passam pelas mesmas experiências, conclui-se que o número 144 mil é um número simbólico e não literal.


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11 144 mil: Paralelos com a Multidão “E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar. Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles” (Apocalipse 7:2-3, 14 e 16).

Os 144 mil e a grande multidão apresentam muitos predicados em comum, o que os torna um mesmo grupo de pessoas. A seguir, acompanhe uma breve relação bíblica de alguns das características que a grande multidão e os 144 mil compartilham. 1. João OUVIU o número dos assinalados e eram 144 mil (Apocalipse 7:4). A seguir João VIU uma multidão, que ninguém podia contar (Apocalipse 7:9). 2. Foi ouvido que os 144 mil eram de todas as tribos dos filhos de Israel (Apocalipse 7:4). Foi visto que a multidão era de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas (Apocalipse 7:9). 3. Os 144 mil estavam sobre o monte Sião com o Cordeiro (Apocalipse 14:1). A multidão estava diante do trono de Deus perante o Cordeiro (7:9). 4. Os 144 mil não estão contaminados com mulheres, porque são virgens, e na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus (Apocalipse 14:4-5). Os participantes da multidão branquearam as suas vestes no sangue do Cordeiro e tinham palmas em suas mãos (Apocalipse 7:14). 5. Ao terminar o assinalamento dos 144 mil, os quatro ventos serão soltos e causarão grandes danos à Terra (Apocalipse 7:3). A multidão vestida de branco vem da grande tribulação (Apocalipse 7:14). 6. Os 144 mil estavam diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos (Apocalipse 14:3). A multidão estava em redor do trono, diante dos quatro animais e dos anciãos (Apocalipse 7:11). 7. Os 144 mil “seguem o Cordeiro para onde quer que vai”. (Apocalipse 14:4). A multidão diante do trono de Deus O serve de dia e de noite no seu templo (Apocalipse 7:15). 8. Sobre os 144 mil, foi dito que João ouviu uma voz do céu como a voz de muitas águas e como a voz de um grande trovão (Apocalipse 14:2). Sobre a multidão foi dito que clamavam com grande voz (Apocalipse 7:10). 9. Os 144 mil cantavam um como cântico novo, que representa sua experiência. Ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro (Apocalipse 14:3). A multidão passou pela experiência: nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairão sobre eles. (Apocalipse 7:16). 10. Os 144 mil são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro (Apocalipse 14:4). Quanto à multidão, o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima (Apocalipse 7:17). Essas são algumas características que mostram a relação existente entre os 144 mil e a grande multidão, provando que trata-se do mesmo grupo de pessoas.


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12 144 mil: O Espírito de Profecia “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles”. (Apocalipse 7:4, 14 e 16).

O Espírito de Profecia relaciona os 144 mil com a grande multidão ao aplicar todos os atributos que pertencem à grande multidão aos 144 mil. Observe alguns parágrafos registrados no livro “O Grande Conflito”, pág. 654: 1. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... ‘Estes, tendo sito trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro’ (Apocalipse 14:4)”. 2. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... ‘Estes são os que vieram de grande tribulação’ (Apocalipse 7:14)”. 3. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó”. 4. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus”. 5. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... Mas foram livres, pois ‘lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro’ (Apocalipse 7:14)”. 6. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... ‘Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis’ diante de Deus (Apocalipse 14:5)”. 7. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... ‘Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo’ (Apocalipse 7:15)”. 8. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... ‘e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra’ (Apocalipse 7:15)”. 9. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... Vira a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede”. 10. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... Mas ‘nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles’ (Apocalipse 7:16)”. 11. “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... ‘Porque o Cordeiro que está no meio do trono os


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil apascentará, e lhes servirá de guiar para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima’ (Apocalipse 7:17)”. Diante do exposto fica claro que os 144 mil e a grande multidão são dois nomes diversos para o mesmo grupo de pessoas, haja vista que a experiência da grande multidão é a experiência dos 144 mil.


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13 144 mil: Milhares e Milhares “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. (Apocalipse 7:9).

Os 144 mil serão constituídos por milhares de milhares de pessoas que jamais provarão a morte. Elas virão de todas as nações, tribos, povos e línguas para agregar-se ao povo de Deus na hora undécima e formar os 144 mil. Todos juntos constituirão a igreja triunfante, a qual não cederá diante da tremenda imposição do sinal da besta e permanecerá fiel no período da grande tribulação, quando a porta da graça estiver fechada e as sete pragas caindo sobre os impenitentes habitantes do mundo. “O número dos que serão selados, vêm de toda nação, língua e povo. De Todos os paises serão recolhidos homens e mulheres que estarão em frente do trono de Deus e do Cordeiro cantando: ‘Salvação ao nosso Deus que está assentado no trono e ao Cordeiro’ Apocalipse 7:9”. (CPPE, 532). “Dentro em pouco todos os que são filhos de Deus terão o Seu selo colocado sobre eles” (RH, 29-05-1889). “Vi que Deus tinha filhos que não reconheciam o sábado e não o guardavam. Eles não haviam rejeitado a luz sobre este ponto. E no início do tempo de angústia fomos cheios do Espírito Santo ao sairmos para proclamar o sábado mais amplamente. Isto enfureceu as igrejas e os adventistas nominais, pois não podiam refutar a verdade do sábado. E nesse tempo os escolhidos de Deus viram todos claramente que tínhamos a verdade, e saíram e enfrentaram a perseguição conosco”. (PE, 33). “O Senhor atuará de maneira, que os descontentes serão separados dos fiéis e leais. As fileiras não diminuirão. Os sinceros preencherão os claros abertos pelos que ficaram desgostosos e apostataram”. (Manuscritos, 97/1978). “Milhares na honra undécima perceberão e reconhecerão a verdade”. (II TS, 16). “Milhares e milhares de pessoas que nunca haviam ouvido palavras semelhantes as aceitarão” (GC, 606). “Multidões receberão a fé e se unirão com os exércitos do Senhor” (RH, 23/07/1895). “Laços de família, relações na igreja, são impotentes para os deter agora. A verdade é mais preciosa do que tudo o mais. Apesar das forças arregimentadas contra a verdade, grande número se coloca ao lado do Senhor” (CG, 617). “Antes de entrar no tempo de angústia todos recebemos o selo do Deus vivo. Então vi os anjos soltarem os ventos” (VII BC, 968). “Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos recebem ‘o selo do Deus vivo’. Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial” (GC, 613). Deus não quer assinalar e salvar somente 144 mil indivíduos, mas sim milhões de pessoas, as quais se agregarão ao aprisco do bom Pastor na hora undécima. Diante do exposto, torna-se evidente que o número 144 mil é um número simbólico e não literal, haja vista que os 144 mil assinalados serão constituídos por multidões que receberão a mensagem do terceiro anjo na última hora.


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14 144 mil: A Grande Tribulação “Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”. (Apocalipse 7:3 e 14).

Um dos vinte e quatro anciãos disse a João que os membros que constituem a grande multidão “vieram de grande tribulação” (Apocalipse 7:14). O vocábulo tribulação é sinônimo de adversidade, angústia, aflição, agonia, tormento, amargura, ansiedade, consternação, aperto, tortura, martírio, desgosto etc. Discorrendo sobre a “grande tribulação”, o profeta Daniel diz que “haverá um tempo de angústia”, durante o qual o povo de Deus será preservado (Daniel 12:1). Falando sobre a “grande tribulação”, o profeta Jeremias diz que “é tempo de angústia para Jacó”, mas que ele “será livrado dela” (Jeremias 30:7). Nesta profecia de Jeremias, Jacó é uma metáfora para o povo de Deus, que passará por uma experiência semelhante àquela vivenciada por Jacó. “A experiência de Jacó durante aquela noite de luta e angústia, representa a prova pela qual o povo de Deus deverá passar precisamente antes da segunda vinda de Cristo”. (PP, 201). Com relação à natureza singular da “grande tribulação”, também chamada de “tempo de angústia”, o profeta Daniel declarou que aflição igual “nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” (Daniel 12:1), razão pela qual é chamada de “grande tribulação”. O profeta Jeremias também afirmou que “aquele dia é tão grande, que, não houve outro semelhante!” (Jeremias 30:7). Disso infere-se que o povo de Deus passará por uma tremenda tribulação, tão intensa, profunda e ampla que ninguém jamais havia anteriormente passado. “Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente”. (II TS, 67). Decorrido algum tempo depois de fechada a porta da graça, vários eventos provocarão a grande tribulação dos santos: os quatro anjos soltarão os quatro ventos da terra, causando grande destruição; as sete últimas pragas cairão sucessivamente em diferentes partes do globo terrestre, causando doença, fome, sede e calor; a imposição do sinal da besta com as suas consequências nefastas resultarão no “decreto para matarem os santos” (PE, 36). Nenhum dos santos do Altíssimo passará incólume durante o período em que a porta da graça estiver fechada. Todos eles, sem nenhuma exceção, passarão pelas mesmas experiências da angústia de Jacó. Todos sentirão os efeitos catastróficos da ação dos quatro ventos e das calamidades provocadas pela queda das sete últimas pragas. Além disso, o decreto de morte visará indistintamente a todos. Nesse período, os santos do Senhor passarão fome, terão sede e o sol abrasador cairá sobre eles (Apocalipse 7:16). “O povo de Deus não estará livre de sofrimento; mas conquanto perseguidos e angustiados, conquanto suportem privações, e sofram pela falta de alimento, não serão abandonados a perecer”. (GC, 627). Portanto, não existe nenhum grupo especial dentro de outro maior. Todos estão submetidos às mesmas provações.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil A grande multidão passará por uma “grande tribulação” causada pelo decreto de morte. “Este foi o tempo da angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram”. (PE, 37). Os 144 mil é a designação usual para a grande multidão de santos vitoriosos, que presenciarão a vinda de Cristo nas nuvens do céu. Eles passarão pelo período conhecido como tempo de angústia de Jacó, alcançam livramento pela voz de Deus e triunfam. Neste período de provação, todos os santos adquirem uma experiência peculiar que ninguém antes jamais possuiu. “Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante”. ... “Estes são os que vieram de grande tribulação; passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro. Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede”. (GC, 654).


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15 144 mil: As Provações “E, depois destas coisas, vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar. Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus”. (Apocalipse 7:1-3).

Existem, no mínimo, quatro requisitos básicos para que os remanescentes possam fazer parte integrante dos “santos vivos, em número de 144.000” (PE, 15). Primeiro requisito. É absolutamente necessário que todos sejam “servos do nosso Deus” (Apocalipse 7:3). Segundo requisito. É fundamental que sejam assinalados nas testas com “o selo do Deus vivo” (Apocalipse 7:2). Terceiro requisito. Deverão passar por “grande tribulação” (Apocalipse 7:14). Quarto requisito. Precisam ser “santos vivos” (PE, 15), “trasladados da Terra, dentre os vivos” (GC, 654), “sem que vissem a morte”. (PE, 283). Os 144 mil passarão por um período de provação de tal magnitude que é impossível à caneta humana descrever a aflição que será suportada pelos santos do Altíssimo. Conforme indicam as profecias, será um terrível tempo de angústia, tal qual nunca houve desde que houve nação sobre a face da Terra, e nem haverá outro tempo semelhante (Daniel 12:1). Porém, durante suas tremendas aflições, os 144 mil “foram livres, pois ‘lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro’” (GC, 647). Quando encerrar a obra de assinalamento dos servos de nosso Deus, os quatro anjos soltarão os quatro ventos, os quais soprarão sobre a terra, mar e árvores, causando grandes devastações e danos. Por esse tempo que terá início a “grande tribulação” dos 144 mil assinalados com o selo do Deus vivo. “Então eu vi os quatro anjos deixarem de segurar os quatro ventos. E vi fome, pestilência e espada, nação se levantava contra nação, e o mundo inteiro estava em confusão”. (Mar, 241). Estando fechada a porta da graça, os 144 mil viverão numa época em que a misericórdia divina não mais pleiteará em favor do pecador. O Espírito Santo há muito tempo terá sido retirada da Terra. “Todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente”. (II TS, 67). Nesse período de crise mundial, os 144 mil permanecerão íntegros e “sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus” (GC, 647). Com a queda das sete últimas pragas (Apocalipse 15:1), os 144 mil passarão por privações de todas as espécies. Por recusarem a acatar o sinal da besta, não poderão comprar ou vender. Eles suportarão a fome, a sede e sofrerão com calores abrasadores (Apocalipse 7:16). Mas, apesar da tremenda adversidade, não serão deixados a perecer (Daniel 12:1). Esse grupo fiel à verdade divina “habitará nas alturas: as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas”.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil (Isaías 33:16). No reino de Deus, “nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles” (Apocalipse 7:16). Os 144 mil suportarão com resignação as aflições provocadas pela grande tribulação, especialmente porque “saiu um decreto para se matar os santos, o que fez com que esses clamassem dia e noite por livramento. Esse foi o tempo da angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram. Sua face se iluminou com a glória de Deus”. (VE, 101). Apesar dos tremendos infortúnios provocados pela grande tribulação, os 144 mil “saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome... e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro” (Apocalipse 15:2-3).


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16 144 mil: Os Santos Vivos “Ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro”. (Apocalipse 14:3-4).

É bom lembrar da seguinte passagem do Espírito de Profecia sobre o assinalamento dos 144 mil: “referências a nossas obras publicadas mostrarão nossa crença de que os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça, também que eles fruirão honras especiais no reino de Deus” (M, 04, 1883). As mensagens que seguem provam que os 144 mil não passarão pela experiência da morte. Primeira mensagem. Os 144 mil assinalados com “o selo do Deus vivo”, “tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro”. (GC, 654). Segunda mensagem. Os 144 mil estarão vivos quando Deus anunciar o dia e a hora da vinda de Jesus: “Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto”. (PE, 15). Terceira mensagem. Os 144 mil serão trasladados da Terra sem passar pela experiência da morte: “Deus queria ser honrado fazendo um concerto com aqueles que haviam guardado Sua lei, à vista dos gentios em redor deles; e Jesus queria ser honrado, trasladando, sem que vissem a morte, os fiéis e expectantes, que durante tanto tempo O haviam esperado”. (PE, 283). Estes três últimos parágrafos mostram claramente que os 144 mil assinalados com o selo de Deus são “trasladados da Terra, dentre os vivos” (GC, 654). Eles são “os santos vivos, em número de 144.000”. Eles são trasladados “sem que vissem a morte”. (PE, 15 e 283). Assim como o profeta Elias não passou pela experiência da morte, assim também os 144 mil não participarão da morte: “Elias, que fora trasladado ao Céu sem ver a morte, representava os que se hão de achar vivos na Terra por ocasião da segunda vinda de Cristo, e que serão ‘transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta’; quando ‘isto que é mortal se revestir da imortalidade’ e ‘isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade’. I Cor. 15:51-53”. (DTN, 422). “Se o sangue dos fiéis servos de Cristo fosse derramado, não seria agora como o sangue dos mártires, qual semente destinada a produzir uma colheita para Deus”. (GC, 638). “Deus não consentiria que os ímpios destruíssem aqueles que estavam esperando pela sua trasladação,... Vi, que, se fosse permitido aos ímpios matar os santos, Satanás e todo seu exército maléfico, e todos os que odeiam a Deus, ficariam satisfeitos”. (PE, 284). Diante de tudo o que foi exposto fica claro que os 144 mil serão constituídos, sem nenhuma exceção, por todos os justo que estiverem vivos por ocasião da segunda


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil vinda de Jesus. Em outras palavras, os 144 mil representa o povo de Deus que jamais passarão a experiência da morte, razão pela qual serão “trasladados da Terra, dentre os vivos”.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

17 144 mil: Todos Santos Vivos “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus”. (Apocalipse 15:2).

Os 144 mil serão constituídos pelos santos que jamais provarão a morte “e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mateus 24:30). Logo, não haverá nenhum grupo especial de santos vivos que se destacarão no meio de um grupo maior. “O povo que é descrito como constituindo os cento e quarenta e quatro mil tem na testa escrito o nome do Pai, e diz-se a seu respeito: ‘E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.’ Apocalipse 14:5”. (TI, 25 de junho de 1895). O Espírito de Profecia deixa bem claro que os remanescentes e os 144 mil constituem o mesmo grupo de pessoas: “E os remanescentes são não só perdoados e aceitos, mas também honrados. Uma ‘mitra limpa’ é-lhes colocada sobre a cabeça. Serão como reis e sacerdotes para Deus. Enquanto Satanás instava com suas acusações, e buscava destruir esse grupo, santos anjos, invisíveis, passavam para cá e para lá, colocando sobre eles o selo do Deus vivo. Estes são os que se acharão sobre o Monte Sião com o Cordeiro, tendo escrito na fronte o nome do Pai. Cantam ante o trono o novo cântico, aquele cântico que homem algum pode aprender a não ser os cento e quarenta e quatro mil, que foram remidos da Terra”. (II TS, 179). O povo de Deus e os 144 mil são os mesmos grupos de pessoas: “Se bem que Igreja e Estado unam seu poder para compelir ‘todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’ (Apocalipse 13:16), a receberem o sinal da besta, todavia o povo de Deus não o receberá. O profeta de Patmos vê ‘os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus’ (Apocalipse 15:2) e cantavam o cântico de Moisés e do Cordeiro”. (II ME, 55). A Igreja do tempo do fim e os 144 mil são os mesmos grupos de pessoas: “Viu a igreja empenhada num conflito moral com a besta e sua imagem, e a adoração dessa besta imposta sob pena de morte. Mas, olhando através do fumo e ruído da batalha, notou sobre o monte Sião, unido ao Cordeiro, um grupo que, em vez do sinal da besta, ‘em suas testas tinham escrito o nome... de Seu Pai’. Apocalipse 14:1. Depois viu o número dos que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro”. (II TS, 351). No tempo do fim o povo de Deus constituirá os 144 mil assinalados: “O verdadeiro povo de Deus, os que possuem o espírito da obra do Senhor, tomam a peito a salvação de almas, verão sempre o pecado em seu caráter real, maligno. Estarão sempre a favor de lidar de maneira fiel e positiva com os pecados que facilmente assaltam o povo de Deus. Em especial na obra final da igreja, no tempo do assinalamento dos cento


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil e quarenta e quatro mil que hão de permanecer irrepreensíveis diante do trono de Deus, sentirão muito profundamente os erros do povo professo de Deus”. (I TS, 335). No tempo do fim o povo de Deus constituirá os 144 mil, que sairão vitoriosos da besta e cantavam o cântico de Moisés e do Cordeiro: “Se bem que Igreja e Estado unam seu poder para compelir ‘todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’ (Apocalipse 13:16), a receberem o sinal da besta, todavia o povo de Deus não o receberá. O profeta de Patmos vê ‘os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus e cantavam o cântico de Moisés e do Cordeiro’ (Apocalipse 15:2)”. (II ME, 55). No tempo do fim o vitorioso povo de Deus constituirá os 144 mil, que vieram de grande tribulação e cantavam o cântico de Moisés e do Cordeiro: “Em visão, contemplou o profeta a vitória do povo de Deus. Diz ele: ‘E vi um como mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor, Deus Todopoderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos!’ Apocalipse 15:2-3. ‘Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra.’ Apocalipse 7:14-15”. (MDC, 31). Diante dos trechos inspirados expostos, torna-se claro que os 144 mil serão constituídos indistintamente por todos os santos que estiverem vivos por ocasião do fechamento da porta da graça.


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18 144 mil: Os Santos Mortos “E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai”. (Apocalipse 14:1).

Existem pelo menos duas declarações do Espírito de Profecia que poderiam levar algumas pessoas a imaginarem e a suporem que alguns justos mortos farão parte integrante do grupo dos 144 mil. Primeira declaração. Ellen White afirmou o seguinte: “Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo: ‘Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus’” (PE, 40). O anjo jamais disse ou insinuou que Ellen White faria parte integrante ou constituiria o seleto grupo dos 144 mil. O que o anjo disse foi que ela, “juntamente com os 144.000” teria o privilégio de visitar todos os mundos. A expressão “juntamente com” não quer dizer que Ellen White faria parte integrante da natureza dos 144 mil. Estar “junto com” não quer dizer fazer parte integrante do grupo. O que o anjo disse foi que Ellen White terá o privilégio de visitar outros mundos, mas acompanhando os 144 mil, os quais “fruirão honras especiais no reino de Deus”. (M, 04, 1883). Segunda declaração. Ellen White assegurou a um marido desolado que a sua falecida esposa estaria com os 144 mil. Eis aqui a sua declaração: “Vi que ela [Senhora Hastings] estava selada, e à voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra, e estaria com os 144.000. Vi que não precisamos chorar sobre ela; ela repousaria durante o tempo da angústia, e tudo que pudéssemos lamentar seria nossa perda de ficar privados de sua companhia. Vi que seu falecimento redundaria em bem”. (II ME, 263). Novamente, pode-se constatar que Ellen White não disse que a falecida Senhora Hastings faria parte integrante ou constituiria o seleto grupo dos 144 mil. O que ela disse foi que a Senhora Hastings “estaria com os 144.000”. Estar “com” os 144 mil não significa fazer parte integrante do grupo. Por exemplo, uma pessoa pode estar com um grupo de professores sem nunca ter sido professor ou mesmo fazer parte integrante do grupo. Assim também, a Senhora Hastings “estaria com os 144.000”, mas não constituiria membro dos 144 mil. É claro que tanto Ellen White quanto a Senhora Hastings terão o privilégio de estarem com os 144 mil, mas elas não farão parte do grupo. Além do mais, elas não serão as únicas a estarem juntas com os 144 mil. Na verdade, haverá milhões de outros santos fiéis que terão o mesmo privilégio, pois, à voz de Deus, haverá uma ressurreição especial que compreenderá todos os santos que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo. “Houve um grande terremoto. As sepulturas se abriram e os que haviam morrido na fé da mensagem do terceiro anjo, guardando o sábado, saíram de seus leitos de pó,


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil glorificados, para ouvir o concerto de paz que Deus deveria fazer com os que tinham guardado a Sua lei”. (HR 409). Será nessa ocasião que Ellen White, a Senhora Hastings e todos os demais santos, que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo, à voz de Deus, ressurgirão e se erguerão sobre a terra, e estarão juntos com os 144 mil, os quais não provarão a morte. Isto de forma alguma quer dizer que esses ressuscitados farão parte integrante dos 144 mil. Na Conferência Geral de 1909, o Ancião Irwin fez a seguinte pergunta a Ellen White: “Estarão entre os 144 mil os que morreram na mensagem?”. Respondendo à sua pergunta, Ellen White disse o seguinte: “Oh, sim, os que morreram na fé estarão entre os 144 mil. É-me claro este assunto”. (O Selamento do Povo de Deus, 162). A expressão “estar entre” e “fazer parte” são conceitos completamente diferentes. “Estar entre” significa “estar em meio à”, “estar no meio de”. Portanto, os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo estarão “entre” os 144 mil, porém não farão parte integrante da natureza peculiar do grupo. “Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificado, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei”. (GC, 635). Os 144 mil representam um grupo distinto daqueles que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo. “Os 144.000 clamaram ‘Aleluia!’, quando reconheceram os amigos que deles tinham sido separados pela morte, e no mesmo instante fomos transformados e arrebatados juntamente com eles para encontrar o Senhor nos ares”. (PE, 16). Diante do exposto, ficou suficientemente esclarecido que os 144 mil serão constituídos somente pelos santos que jamais provarão a morte e que estarão vivos por ocasião da segunda vinda de Cristo. Também ficou demonstrado que todos os santos que morreram na fé, crendo na mensagem do terceiro anjo, serão ressuscitados, e juntamente com os 144 mil, ouvirão o concerto de paz que Deus estabelecerá com os que guardaram a Sua lei.


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19 144 mil: A Sétima Praga “E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito! E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto”. (Apocalipse 16:17-18).

É digno de nota observar que os santos que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo e que terão parte na ressurreição especial, jamais farão parte integrante do grupo dos 144 mil, simplesmente porque os santos mortos não passarão pelo tempo de angústia de Jacó, conhecido como “grande tribulação”, no qual todos os 144 mil serão severamente provados. O cântico dos 144 mil é “o cântico de sua experiência” em passar pela “grande tribulação”. Eles também passam pelas sete últimas pragas. “Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas ‘nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles’”. (GC, 647). Segundo Ellen White, a falecida Senhora Hastings “à voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra, e estaria com os 144.000. Vi que não precisamos chorar sobre ela; ela repousaria durante o tempo da angústia”. (II ME, 263). Observe que a Senhora Hastings ressurgirá quando ocorrer a ressurreição especial daqueles que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo. Ela estará junto com os 144 mil, mas não fará parte integrante deste grupo especial, haja vista que “repousaria durante o tempo da angústia”. Então, ela não passará pela “grande tribulação”, da qual os 144 mil são feitos participantes no mundo inteiro. Os 144 mil “‘seguem o Cordeiro para onde quer que vai’. ‘Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro.’ Apocalipse 7:14; passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois ‘lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro.’ ‘Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante de Deus’” (GC, 654). A Senhora Hastings e todos aqueles que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo serão ressuscitados somente na sétima praga, no momento em que ocorrer um grande terremoto (Apocalipse 16:17-18). “Houve um poderoso terremoto. As sepulturas se abriram, e os que haviam morrido na fé da mensagem do terceiro anjo, guardando o sábado, saíram dos seus leitos de pó glorificados”. (PE, 285). Na sétima praga é ouvido o som de trovões (Apocalipse 16:17-18). “Ao anunciar Deus o dia e a hora da vinda de Jesus, e proclamar o concerto eterno com Seu povo, proferia uma sentença e então silenciava, enquanto as palavras rolavam pela Terra... como estrondos dos maiores trovões”. (PE 285-286).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Portanto, os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo serão ressuscitados somente por ocasião da queda da sétima praga. Ocorre que, com a queda desta praga, a grande tribulação dos 144 mil terá chegado ao fim, e os santos serão libertados de sua tremenda angústia. Portanto, todos aqueles que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo repousarão durante o tempo de angústia. Foi exatamente isso que Ellen White disse da Senhora Hastings: “Vi que... ela repousaria durante o tempo da angústia”. (II ME, 263). Estes santos não passarão pela experiência da grande tribulação que acometerá os 144 mil, mas ficarão descansando na sepultura. “Saiu um decreto para se matar os santos, o que fez com que estes clamassem dia e noite por livramento. Este foi o tempo da angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram. Sua face se iluminou com a glória de Deus”. (PE, 37). “É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu Povo... Há um grande terremoto ‘como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra: tal foi este tão grande terremoto.’ Apocalipse 16:18... Abrem-se sepulturas, ‘e muitos dos que dormem no pós da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno’ Daniel 12:2. Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei” (GC, 642-643). “Foi à meia-noite que Deus preferiu livrar o Seu povo... Houve um grande terremoto. As sepulturas se abriram e os que haviam morrido na fé da mensagem do terceiro anjo, guardando o sábado, saíram de seus leitos de pó, glorificados, para ouvir o concerto de paz que Deus deveria fazer com os que tinham guardado a Sua lei”. (PE, 285). Portanto, os santos que morreram na fé durante o período de proclamação da mensagem do terceiro anjo, não farão parte integrante do grupo dos 144 mil, haja vista que eles somente serão ressuscitados na última das sete pragas, quando os 144 mil tiverem terminado de passar pela prova da grande tribulação.


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20 144 mil: Todos Justos Vivos “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus”. (Apocalipse 15:2).

Os 144 mil serão assinalados na testa com o selo de Deus antes do fechamento da porta da graça. Esse grupo sagrado ainda está no futuro e será constituído por todos os santos vivos, os quais não provarão a morte “e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”. (Mateus 24:30). A grande multidão – entenda-se 144 mil – será constituída por todos os santos que alcançarão vitória sobre o sinal da besta: “No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo – tão resplendente é ele pela glória de Deus – está reunida a multidão dos que ‘saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome’ Apocalipse 15:2” (GC, 653). Os 144 mil serão constituídos por todos os santos que passarão pelo tempo de angústia de Jacó e triunfarão sobre os adoradores da besta: “Saiu um decreto para se matar os santos, o que fez com que esses clamassem dia e noite por livramento. Esse foi o tempo da angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram. Sua face se iluminou com a glória de Deus”. (VE, 101). Os 144 mil serão constituídos por todos os santos que serão trasladados, sem ver a morte: “Satanás desejava ter o privilégio de destruir os santos do Altíssimo; Jesus, porém, ordenou a Seus anjos que vigiassem sobre eles. Deus queria ser honrado fazendo um concerto com aqueles que haviam guardado Sua lei, à vista dos gentios em redor deles; e Jesus queria ser honrado, trasladando, sem que vissem a morte, os fiéis e expectantes, que durante tanto tempo O haviam esperado”. (PE, 283). Os 144 mil serão todos os santos que terão na testa o selo do Deus vivo: “Nas visões que lhe foram concedidas dos acontecimentos futuros, o profeta João contemplou essa cena. Este culto dos demônios lhe foi revelado e pareceu-lhe que todo o mundo estava à borda da perdição. Mas enquanto olhava com grande interesse, notou a assembléia dos que guardam os mandamentos de Deus. Tinham na testa o selo do Deus vivo, e disse: ‘Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus’”. (II TS, 370). Os 144 mil serão todos os santos remanescentes, os quais receberão o selo do Deus vivo e estarão no Monte Sião com o Cordeiro: “E os remanescentes são não só perdoados e aceitos, mas também honrados. Uma ‘mitra limpa’ é-lhes colocada sobre a cabeça. Serão como reis e sacerdotes para Deus. Enquanto Satanás instava com suas acusações, e buscava destruir esse grupo, santos anjos, invisíveis, passavam para cá e para lá, colocando sobre eles o selo do Deus vivo. Estes são os que se acharão sobre o Monte Sião com o Cordeiro, tendo escrito na fronte o nome do Pai. Cantam ante o trono o novo cântico, aquele cântico que homem algum pode aprender a não ser os cento e quarenta e quatro mil, que foram remidos da Terra. (II TS, 179).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Os 144 mil são todos os santos vivos que não provarão a morte e juntos com os que forem ressuscitados reconhecerão a voz de Deus anunciando o dia e a hora da vinda de Jesus: “Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto” (PE, 15). Diante das passagens expostas, torna-se claro que os 144 mil jamais serão constituídos por uma elite especial ou diferenciada dentre todos demais santos vivos. A bem da verdade, os 144 mil serão todos os santos vivos do Altíssimo, os quais serão assinalados com o selo de Deus e não receberão o sinal da besta. Eles também não passarão pela experiência da morte e testemunharão a segunda vinda de Cristo.


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21 144 mil: O Assinalamento “Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus”. (Apocalipse 7:3).

A diferença existente entre “selo”, “sinal” e “assinalamento” é muito clara. Selo é uma marca entalhada em alto ou baixo relevo num material resistente. Quando pressionado contra uma superfície maleável deixa o sinal da marca talhada. O processo de marcar ou deixar um sinal uma superfície com o selo é chamado de assinalamento. A Bíblia Sagrada ensina que a “santificação” do sábado serve de “sinal” entre Deus e os Seus adoradores: “E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles: para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica”. “E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor vosso Deus”. (Ezequiel 20:12, 20). Como a “observância” do sábado é o sinal, então, “o sétimo dia da semana”, conhecido como sábado do Senhor é o selo de Deus, cuja santificação manifesta o sinal de obediência. Por analogia, pode-se dizer que o sábado é um selo “entalhado” no sétimo dia da semana. Sua santificação pelos fiéis cristãos manifesta ao mundo um sinal identificador dos verdadeiros filhos de Deus. “Temos a mais alta razão para prezar Seu verdadeiro sábado e colocar-nos em sua defesa, pois ele é o sinal que distingue o povo de Deus do mundo”. (Mar, 237). Uma coisa é o selo e outra bem diferente é o sinal deixado pelo selo. Do mesmo modo, uma coisa é dia do sábado e outra coisa é santificar o sábado. Evidentemente, nem todos que conhecem o dia do sábado, santificam o sábado. Isto implica em dizer que nem todos manifestam em seu viver o sinal de Deus, simplesmente porque não estão guardando o sábado. Logo, nem todos que conhecem o sábado estão assinalados. O sábado é um “selo no tempo” que assinala na mente do cristão a obra da criação divina: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou”. (Êxodo 20:8 e 11). “De todos os dez preceitos, só o quarto contém o selo do grande Legislador, Criador dos céus e da Terra”. (III TS, 17). “O quarto mandamento é o único de todos os dez em que se encontra tanto o nome como o título do Legislador”. (Patriarca e Profetas, 307). Por servir como sinal entre os fiéis e Deus, o sábado é identificado no Apocalipse como sendo “o selo do Deus vivo” (Apocalipse 7:2). Todos aqueles que recebem a impressão do selo de Deus, são marcados em sua mente com a verdade bíblica do sábado, e manifestam ao mundo o sinal de santificação que os distinguem dos demais. “Não é algum selo ou sinal que possa ser visto, mas uma consolidação na verdade, tanto intelectual, como espiritualmente, de modo que não possam ser abalados”. (Mar, 198). É de bom lembrar que no Espírito de profecia, a expressão “selamento” é empregada como sinônimo de “assinalamento”. Os servos de Deus serão assinalados


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil nas testas (Apocalipse 7:3) com “o selo do Deus vivo”. Em profecia, a testa é o símile da mente, onde se encontra a sede das convicções. Portanto, ser “assinalado na testa” significa dizer que os servos de Deus receberão o sábado em sua mente, na plena convicção de sua obrigatoriedade e de sua inviolabilidade.


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22 144 mil: O Sinal de Deus “E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles: para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica. E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor vosso Deus”. (Ezequiel 20:12 e 20).

O anjo “que tinha o selo do Deus vivo” manifestou-se para impedir que a terra, o mar e as árvores sofressem qualquer espécie de dano até que fossem “assinalado na testa os servos do nosso Deus” (Apocalipse 7:2-3). Como resultado, “quatro poderosos anjos seguram as potências da Terra até que os servos de Deus sejam selados em sua fronte”. (VII BC, 967). O número daqueles que serão assinalados com o selo de Deus corresponde a “cento e quarenta e quatro mil”. (Apocalipse 7:4). Supondo que esse número seja literal – por uma questão de coerência – somente eles serão assinalados e ninguém mais. Porém, caso esse número seja simbólico – por uma questão de coerência – os santos serão assinalados independentemente de qualquer quantidade prefixada. Os santos vivos serão assinalados antes do fechamento da porta da graça. “Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo”. (PE, 48). “Os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça; também que eles fruirão honras especiais no reino de Deus”. (I ME, 66). Quando a porta da graça estiver fechada, todos os que estiverem assinalados nas testas com o selo de Deus formarão o grupo dos 144 mil. As Escrituras Sagradas nada ensinam a respeito de dois ou mais grupos de santos assinalados e que não venham a constituir os 144 mil. Sabe-se que “todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos recebem ‘o selo do Deus vivo’” (GC, 613). Portanto, os 144 mil não serão constituídos por um número limitado e fixo de indivíduos, mas serão constituídos por um número simbólico, no qual todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos serão assinalados e, portanto, constituirão os 144 mil. “O selo do Deus vivo” (Apocalipse 7:2) é assinalado “na testa dos servos do nosso Deus” (Apocalipse 7:3). Isto denota que o selo é algo distinto do processo de assinalar, que nada mais é do que marcar com um sinal. A testa é símile da mente e da consciência. Portanto, esse sinal não é algo “que possa ser visto, mas uma consolidação na verdade, tanto intelectual, como espiritualmente, de modo que não possam ser abalados”. (Mar, 198). Na antiguidade o sinete era um instrumento que possuía em sua extremidade um selo gravado em relevo ou em baixo-relevo, com o símbolo identificador do soberano. O selo do sinete aplicado na cera ou na argila deixava indelevelmente a marca ou sinal distintivo do soberano. Logo, assinalar é a mesma coisa que marcar com o selo ou pôr o sinal do selo. Assim, como os servos de Deus são assinalados, depreende-se que o selo de Deus deixa um sinal ou marca em suas testas.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Nos tempos antigos o selo indicava a autoridade do soberano dentro do seu domínio territorial. Tudo que fosse assinalado (marcado) com o selo real tornava o documento oficial. Qualquer documento contendo o sinal aplicado pelo selo real expressava a vontade absoluta do soberano dentro do território de seu domínio. Com relação ao selo de Deus, “o quarto mandamento é o único de todos os dez em que se encontra tanto o nome como o título do Legislador”. (PP, 307). “O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do sábado do sétimo dia - o memorial divino da criação”. (III TS, 232). Portanto, o sábado é “o selo do Deus vivo”, cuja observância pelos servos de Deus manifesta ao mundo o sinal de Deus.


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23 144 mil: O Sinal da Besta “Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. (Apocalipse 14:12).

Satanás, por meio de uma instituição política-religiosa conhecida em profecia como a “imagem da besta”, envolverá o mundo inteiro numa grande controvérsia contra os 144 mil. Porém, desta controvérsia estes sairão vitoriosos. O sinal da besta é a imposição mundial da observância do primeiro dia da semana, conhecido como domingo. “O decreto impondo a veneração desse dia se estenderá a todo o mundo”. (VII BC, 976). “Quando vier a prova, será mostrado claramente o que é a marca da besta. Ela é a observância do domingo”. (VII BC, 980). Esse sinal será imposto por força legislativa a todas as pessoas, indistintamente. Será colocado na mão direita ou na testa daquele que acatar a legislação dominical. Para o poder político-religioso que impõe a obrigação do sinal da besta (observância do domingo), pouco importa se o sinal é recebido na testa (símile da convicção mental) ou aceito na mão direita (símile de mera obrigação servil). Aqueles que não aceitarem o sinal da besta sofrerão um boicote global. “Logo sairá o decreto proibindo os homens de comprar ou vender a qualquer pessoa senão aos que tenham o sinal da besta”. (II TS, 44). A princípio, não poderão comprar ou vender e, posteriormente, serão ameaçados com um decreto de morte, haja vista que foi dada autoridade ao poder político-religioso para que “fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta”. (Apocalipse 13:15). O grande problema do sinal da besta é que ele é uma contrafação do sinal de Deus. Por essa razão, a sua imposição por meio de força legislativa resulta no desagrado de Deus, o qual adverte a humanidade com as seguintes palavras: “Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”. (Apocalipse 14:9-10). O grande dilema no espírito dos homens naquele momento histórico será o seguinte: aceitando o sinal da besta ganharão o favor do mundo, mas perderão a vida eterna. Por outro lado, recusando o sinal da besta, perderão o favor do mundo, mas ganharão a vida eterna. Navegando contra a correnteza do mundo, existe um pequeno grupo de pessoas que recusam terminantemente a receber o sinal da besta e sofrem, por conta disso, as consequências de sua decisão. A respeito desse grupo, diz as Escrituras: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. (Apocalipse 14:12). Por recusarem a receber o sinal da besta, esses santos são assinalados na testa com “o selo do Deus vivo”. Eles fazem frente ao sinal da besta e são identificados nas Escrituras Sagradas como sendo os “cento e quarenta e quatro mil assinalados” (Apocalipse 7:4).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil A paciência dos 144 mil, diante das adversidades, torna-os mais do que vencedores do sinal da besta: “E vi um como mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus” (Apocalipse 15:2). “E cantavam um como cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra” (Apocalipse 14:3). Portanto, nos últimos dias, haverá somente duas classes de pessoas. A classe daqueles que serão assinalados com o selo de Deus e a classe daqueles que serão assinalados com o sinal da besta. Não haverá nenhum santo vivo assinalado com o sinal da besta e nenhum adorador da besta assinalado com o sinal de Deus. Somente naquele tempo, os que serão assinalados com o sinal de Deus constituirão os 144 mil.


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24 144 mil: Apenas Dois Grupos “Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus”. (Apocalipse 7:3). “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas. Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17).

Tanto a Bíblia Sagrada quanto o Espírito de Profecia indicam explicitamente que haverá apenas dois grupos de pessoas assinaladas no fim da história do mundo: os que estão assinalados com o selo de Deus e os que estão assinalados com o sinal da besta. “Em cada caso deverá ser tomada a grande decisão se receberemos o sinal da besta e de sua imagem, ou o selo do Deus vivo”. (CSE, 116). “Todos os que demonstrarem sua lealdade a Deus observando Sua lei e recusando aceitar um sábado espúrio, colocar-se-ão sob o estandarte do Senhor Deus Jeová e receberão o selo do Deus vivo. Os que renunciam a verdade de origem celestial e aceitam o domingo como sábado, receberão o sinal da besta” (Carta G-11, 1890). Todos os que estiverem assinalados com o sinal de Deus constituirão as primícias dos vivos e todos os que estiverem assinalados com o sinal da Besta constituição a seara dos vivos. “Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus”. (GC, 605). Quando a porta da graça estiver para fechar haverá na face da Terra apenas duas classes de pessoas: a classe dos 144 mil, assinalados com o selo de Deus e a classe dos adoradores da besta e sua imagem, assinalados com o sinal da besta. “No desfecho dessa grande controvérsia, duas classes distintas e opostas se desenvolverão.” (HR, 383). “Toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes - os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal”. (GC, 441). Alguns ensinam que no fim do mundo haverá três classes de pessoas assinaladas. A primeira classe, assinalada com o selo de Deus, constituirá os 144 mil; a segunda classe, também assinalada com o selo de Deus, constituirá a grande multidão; e a terceira classe, assinalada com o sinal da besta, constituirá os adoradores da besta e de sua imagem. Porém, a inspiração divina permanece em silêncio quando a esse ponto de vista, mas revela explicitamente que “só poderá haver duas classes. Cada participante é assinalado distintamente, ou com o selo do Deus vivo, ou com o sinal da besta ou de sua imagem” (RH, 30 de janeiro de 1900). Portanto, no final da história deste mundo somente “dois grandes partidos se desenvolvem - os adoradores da besta e sua imagem, e os adoradores do Deus vivo e verdadeiro”. (II ME, 107). A teoria de que três grupos de desenvolverão no final da história é uma hipótese destituída de fundamento divino e, portanto, deve ser descartada por ser equivocada e fruto da imaginação daqueles que defendem tais conjecturas.


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25 144 mil: O Início do Assinalamento “Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus”. (Apocalipse 7:3).

A obra de assinalamento dos santos começou com a proclamação da mensagem do terceiro anjo, a qual Satanás procura impedir a todo custo, empregando toda sua artimanha e sagacidade. Ele faz qualquer espécie de guerra contra os fiéis remanescentes que guardam os mandamentos de Deus (Apocalipse 12:17). Para ser assinalado com o selo de Deus, basta cumprir certos requisitos: “Os que querem ter o selo de Deus na testa precisam guardar o sábado do quarto mandamento”. (VII BC, 970). “O selo do Deus vivo é colocado nos que guardam conscienciosamente o sábado do Senhor”. (VII BC, 980). “Os que amam a Deus têm o Seu selo na testa, e praticam as obras de Deus”. (FFD, 51). “Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus – candidatos para o céu”. (II TS, 71). “Os que vencem o mundo, a carne e o diabo, serão os agraciados que receberão o selo do Deus vivo”. (TM, 445). “Os que têm na testa o selo do infinito Deus considerarão o mundo e suas atrações subordinados aos interesses eternos”. (RH, 13/07/1897). É claro que o fato de ser assinalado com o selo de Deus não significa que o assinalado pertence ao seleto grupo dos 144 mil. Na verdade, o assinalamento dos santos do Altíssimo está em andamento desde o início da proclamação da mensagem do terceiro anjo, mas “Satanás está agora usando, neste tempo de selamento, todo artifício para manter a mente do povo de Deus afastada da verdade presente e fazê-la vacilar”. (PE 43). Neste tempo de assinalamento, Satanás está iludindo os fiéis com as suas artimanhas e distrações com o fito de procrastinar o preparo necessário dos santos, até que termine a obra de assinalamento: “Vi que Satanás operava por esses modos para distrair, enganar e desviar o povo de Deus, justamente agora neste tempo do selamento... Satanás estava experimentando toda a sua arte para mantê-los onde estavam até que passasse o assinalamento”. (PE, 44). Falando de alguns irmãos em idade avançada que estavam selados, Ellen White escreveu o seguinte: “O selo de Deus está sobre eles. Farão parte do número dos quais o Senhor disse: ‘Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor’”. (VII BC, 982). A obra de assinalamento dos santos está em andamento desde o início da pregação da mensagem do terceiro anjo: “Bem, prezados irmãos e irmãs, bendito seja o Senhor, trata-se de uma reunião para os que têm o selo do Deus vivo”. (LA, 06/04/1846). “Mas há muitos que assumem responsabilidades dentro da obra de Deus, que não são crentes sinceros, e enquanto permanecem assim não podem receber o selo do Deus vivo”. (VII BC, 970). “Se em certas famílias há pessoas que estão recusando obediência ao Senhor quanto à guarda de seu sábado, o selo de Deus não poderá ser colocado sobre eles”. (XV MR, 225). “O tempo do selamento é muito curto, e logo


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil terminará. Agora é o tempo de fazer firmes nossa vocação e eleição, enquanto os quatro anjos estão retendo os quatro ventos”. (PE, 58). Uma outra prova demonstrando claramente que a obra de assinalamento dos santos está em curso desde o início da proclamação da mensagem do terceiro anjo refere-se ao célebre relato feito por Ellen White sobre a falecida senhora Hastings: “Vi que ela estava selada, e à voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra, e estaria com os 144.000”. (II ME, 263). Diante do exposto, fica claro que durante o período de proclamação da mensagem do terceiro anjo, todos os que receberem o sinal de Deus, ao morrerem, ficarão aguardando no pó da terra o dia da ressurreição especial: “todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem dos túmulos glorificados, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei”. (GC, 635). Portanto, à voz de Deus ressurgirão e se erguerão sobre a face da terra e estarão com os 144 mil. Porém, os que viverem durante o período de proclamação da mensagem do terceiro anjo e forem infiéis, não serão assinalados com o selo de Deus e ficarão na sepultura aguardando a ressurreição da condenação, que ocorrerá no fim do milênio. “Muitos ouvem o convite de misericórdia, são testados e provados. Mas poucos são selados com o selo do Deus vivo” (V TC, 50). “Nem todos os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de Deus”. (Mar, 238). Bem, essas declarações são mais do que suficientes para conscientizar os fiéis de que o assinalamento dos santos teve início com a proclamação da terceira mensagem angélica. É claro que o fato de estar selado não significa pertencer ao seleto grupo dos 144 mil. Esse grupo ainda está no futuro e os seus membros constituição a Igreja triunfante. Eles serão assinalados com o selo de Deus pouco antes do final do tempo da graça. Evidentemente, não basta ser assinalado para fazer parte integrante dos 144 mil, é necessário que eles também passem pela experiência da grande tribulação do tempo de angústia de Jacó. Além disso, os 144 mil serão os únicos a serem trasladados dentre os homens, sem jamais passarem pela experiência da morte, e serão tidos como primícias para Deus e para o Cordeiro.


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26 144 mil: O Fim do Assinalamento “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel”. (Apocalipse 7:4).

“Os olhos misericordiosos de Jesus contemplaram os remanescentes que não estavam selados e, erguendo as mãos ao Pai, alegou que havia derramado Seu sangue por eles. Então outro anjo recebeu ordem para voar velozmente aos outros quatro e mandar-lhes reter os ventos até que os servos de Deus fossem selados na fronte com o selo do Deus vivo”. (PE, 38). Quando os “quatro ventos” estiverem prestes para soprar sobre os quatro cantos da Terra, os “quatro anjos” receberão a ordem divina para continuar retendo os quatro ventos, para que a obra de assinalamento dos “servos do nosso Deus” não seja impedida. A partir deste momento em diante, todos os que forem dignos de serem assinalados com o selo do Deus vivo constituirão os 144 mil (Apocalipse 7:2-4). Os quatro ventos não serão soltos até que os servos de Deus sejam assinalados em suas testas com o selo do Deus vivo. Isso mostra que quando forem soltos os ventos, a obra de selamento dos cento e quarenta e quatro mil estará terminada: “Um pouco antes de entrarmos no tempo de angústia, todos recebemos o selo do Deus vivo. Então vi os anjos soltar os ventos” (VII BC, 968). Os 144 mil serão assinalados num momento histórico bem definido. Eles receberão o sinal de Deus somente após “os quatro anjos” terem sido orientados a manterem os “quatro ventos” seguros até que os 144 mil fossem assinalados em suas testas. Os 144 mil constituirão os santos vivos da última geração dos “servos de nosso Deus” na Terra. Eles constituirão a Igreja triunfante que será severamente provada no tempo da grande tribulação. Esta Igreja testemunhará a vinda de Cristo, sem passar pela experiência da morte. “E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará: este é o Senhor, a quem aguardávamos: na sua salvação gozaremos e nos alegraremos”. (Isaías 25:9). O assinalamento dos 144 mil com o selo de Deus é um evento que ainda está no futuro: “Em especial na obra final da igreja, no tempo do assinalamento dos cento e quarenta e quatro mil que hão de permanecer irrepreensíveis diante do trono de Deus, sentirão muito profundamente os erros do povo professo de Deus”. (I TS, 335). Ellen White também escreveu que “dentro em pouco todos os que são filhos de Deus terão o Seu selo colocado sobre eles. Oxalá seja ele colocado sobre a nossa fronte! Quem pode suportar o pensamento de ser omitido quando o anjo se puser a selar os servos de Deus em suas frontes?” (RH, 29-05-1889). “Logo que o povo de Deus estiver selado na fronte – não é algum selo ou marca que pode ser visto, mas a consolidação na verdade, tanto intelectual como espiritualmente, de modo que não possam ser abalados” (Mar, 198). “Os que desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus, e purificam a alma pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber na fronte o selo de Deus”. (Mar, 238).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil O assinalamento com o “sinal da besta” também é um acontecimento futuro: “Ninguém recebeu até agora o sinal da besta. Ainda não chegou o tempo de prova”. (Ev, 234). “A observância do domingo ainda não é o sinal da besta, e não o será até que saia o decreto induzindo os homens a adorar este sábado idólatra. Chegará o tempo em que esse dia será a prova, mas esse tempo ainda não chegou”. (Mar, 209). “Ao obedecerdes ao decreto que vos ordena deixar de trabalhar no domingo e adorar a Deus, conquanto saibais que não existe na Bíblia uma única palavra que mostre não passar o domingo de um dia comum de trabalho, consentis em receber o sinal da besta, e rejeitais o selo de Deus”. (RH, 13 de julho de 1897). No futuro, todos serão levados a tomar uma decisão crucial entre o sinal da besta e o sinal de Deus. Essa decisão determinará a espécie de assinalamento que receberão: “Os que, na grande crise que está perante nós, depois de receberem iluminação no tocante à lei de Deus, prosseguem desobedecendo e exaltando as leis humanas acima da de Deus, receberão o sinal da besta”. (Carta 98, 1900). “Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus”. (GC, 605). “Todos os que demonstrarem sua lealdade a Deus observando Sua lei e recusando aceitar um sábado espúrio, colocar-se-ão sob o estandarte do Senhor Deus Jeová e receberão o selo do Deus vivo. Os que renunciam a verdade de origem celestial e aceitam o domingo como sábado, receberão o sinal da besta”. (Carta G-11, 1890). Os 144 mil assinalados constituirão um povo especial que está no porvir. Eles passarão pela grande tribulação, após a qual testemunharão a vinda de Cristo e serão trasladados vivos sem passar pela experiência da morte. Para tornar-se membro dos 144 mil é absolutamente necessário viver no período que antecede ao fechamento da porta da graça. O assinalamento dos 144 mil ocorrerá no futuro, quando o povo de Deus estiver vivendo num momento histórico singular sob a pressão da imagem da besta forçando todos a acatarem o sinal da besta. “Os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça”. (I ME, 66). Em outras palavras os 144 mil serão os últimos “servos do nosso Deus” a serem assinalados com “o selo do Deus vivo”, os quais serão trasladados sem provar a morte. Antes do fim do tempo da graça a obra de assinalamento dos servos de Deus terá sido concluída. Mas que fique bem claro, a obra de assinalamento dos santos começou com a proclamação da terceira mensagem angélica e somente terminará com o assinalamento dos 144 mil, evento que ocorrerá pouco antes do fechamento da porta da graça.


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27 144 mil: O Chip “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas. Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17).

O mundo cristão fala bastante a respeito do sinal da besta, inclusive criando as mais mirabolantes teorias para explicar o referido sinal, que já foi uma tatuagem do número 666, depois um código de barra, um super computador e, atualmente, é um chip implantado no corpo humano. Porém, parece que esse mesmo mundo se esqueceu completamente do sinal de Deus. Quanto ao sinal de Deus, as Escrituras Sagradas dizem o seguinte: “E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar. Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado na testa os servos do nosso Deus”. (Apocalipse 7:2-3). Diante desses dois versículos, fica claro que “o selo do Deus vivo” tem a função de assinalar na testa aqueles que são servos de Deus. A testa é símile da mente e da consciência. Portanto, o sinal resultante da “aplicação” do selo de Deus fica na mente, ou seja, na consciência do adorador. Quanto ao sinal da besta, as Escrituras Sagradas registram o seguinte: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa. Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17). Diante destes dois versículos, fica claro que o sinal da besta é colocado “na mão direita ou na testa” das pessoas que pertencem a todas as classes sociais: “pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos”. É claro que haverá dissensões, caso contrário não haveria a necessidade da penalidade proibindo comprar ou vender a ser aplicada pelas autoridades àquele que não aceitar o sinal da besta. Esses opositores são os servos de Deus que, recusando o sinal da besta, recebem o sinal de Deus em suas testas. Eles conhecem a pena divina que será aplicada para quem aceitar o sinal da besta: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão. Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”. (Apocalipse 14:9-10). O sinal da besta é colocado na testa ou na mão direita de qualquer cidadão, mas o sinal de Deus é colocado somente na testa dos servos de Deus. Isto quer dizer que o sinal de Deus somente pode ser recebido conscienciosamente. Porém, o sinal da besta, por ser aplicado na testa ou na mão direita, pode ser recebido, respectivamente, conscienciosamente ou não. Muitos receberão o sinal da besta em suas testas, ou seja, de acordo com os ditames de sua própria consciência. Outros receberão o sinal da besta em sua mão direita, ou seja, simplesmente em obediência servil. Não creem e pouco se


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil importam com a verdade. Estes acatam o sinal da besta simplesmente para cumprir as determinações das autoridades constituídas, haja vista que receiam a severa pena que será aplicada em caso de desobediência. O sinal de Deus é identificado na Bíblia Sagrada como sendo o sábado: “E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica”. “E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus”. (Ezequiel 20:12 e 20). Evidentemente, o sinal da besta é uma contrafação do sinal de Deus. Então, a pergunta que se faz é a seguinte: qual é o dia de repouso que não é mandamento bíblico e que os homens procuram impor a sua observância no lugar do sábado? A essa pergunta cabe somente uma resposta: “o domingo”. Portanto, a imposição do domingo, por força legislativa, equivale à imposição do sinal da besta. “O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do sábado do sétimo dia - o memorial divino da criação. A marca da besta é o oposto disso - a observância do primeiro dia da semana”. (III TS, 232). “Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus”. (GC, 605). “Todos os que demonstrarem sua lealdade a Deus observando Sua lei e recusando aceitar um sábado espúrio, colocar-se-ão sob o estandarte do Senhor Deus Jeová e receberão o selo do Deus vivo. Os que renunciam a verdade de origem celestial e aceitam o domingo como sábado, receberão o sinal da besta”. (Carta G-11, 1890). É claro que o “sinal da besta” não é um chip, nem um supercomputador, ou um código de barra ou ainda um código genético etc. Se assim fosse, então que aparelho ou instrumento seria o “sinal de Deus”? A verdade é que, enquanto o sinal da besta é a imposição da observância do domingo por força legislativa, o controle de sua observância entre os cidadãos do mundo será feito por algum método de identificação pessoal universal, o qual poderá ser qualquer mecanismo, desde a impressão digital, leitura de íris, implantes de chips ou qualquer outra coisa que venha a ser inventada. Esse controle universal é necessário “para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:17).


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28 144 mil: Os Mandamentos de Deus “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. (Apocalipse 12:17).

Várias são as passagens bíblicas que ligam os 144 mil aos “dez mandamentos” (Deuteronômio 10:4). Uma delas, por exemplo, deixa bem claro que os 144 mil são os servos de Deus, que foram assinalados com “o selo do Deus vivo”. Ocorre que “o sinal ou selo de Deus é revelado na observância do sábado do sétimo dia - o memorial divino da criação”. (III TS, 232). Satanás, por meio da imagem da besta, “faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa. Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17). Ora, o “sinal da besta” é uma contrafação do sinal de Deus. Ou seja, o domingo é uma contrafação do sábado do Senhor. Essa contrafação será imposta com força de lei civil pelos governantes do mundo com o propósito de fazer guerra contra os fiéis remanescentes “que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus Cristo” (Apocalipse 12:17). Na realidade, “o grande conflito é entre os mandamentos de Deus e as exigências da besta. E porque os santos guardam todos os mandamentos de Deus, que o dragão lhes move guerra”. (IR, 65). Esses fiéis remanescentes são identificados nas Escrituras Sagradas como constituindo os 144 mil assinalados com o selo de Deus, e que estarão vivendo no tempo do fim do mundo. Ninguém pode fazer parte do verdadeiro povo de Deus se não crer nos Mandamentos de Deus e no Testemunho de Jesus (Apocalipse 12:17), que é o Espírito de Profecia (Apocalipse 19:10). A mensagem do terceiro anjo vem para advertir a humanidade sobre a pena divina, que será aplicada a todo aquele que receber o sinal da besta em sua testa ou em sua mão direita (Apocalipse 14:9-10). Porém, em contraste com a mensagem de condenação divina, estão os 144 mil assinalados com o sinal de Deus fazendo frente à besta, à sua imagem e ao sinal da besta. Sobre eles é declarado o seguinte: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. (Apocalipse 14.12). “João foi convidado a contemplar um povo distinto dos que adoram a besta ou a sua imagem observando o primeiro dia da semana. A observância desse dia é o sinal da besta”. (TM, 133). “Se bem que Igreja e Estado unam seu poder para compelir ‘todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’ (Apocalipse 13:16), a receberem o sinal da besta, todavia o povo de Deus não o receberá. O profeta de Patmos vê ‘os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus e cantavam o cântico de Moisés e do Cordeiro’ (Apocalipse 15:2)”. (II ME, 55). “No desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes - os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal”. (GC, 441).


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29 144 mil: A Igreja Triunfante “E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer”. (Apocalipse 6:2).

“Lembrem-se todos os que procuram viver uma vida cristã de que a igreja militante não é a igreja triunfante”. (FEC, 294). A Igreja triunfante surgirá no cenário da história mundial quando começar o processo de assinalamento dos 144 mil. As Escrituras dizem que “João contempla um povo diferente e separado do mundo, que se recusa a adorar a besta ou a sua imagem, que tem sobre si o sinal de Deus, que santifica o Seu sábado - o sétimo dia que deve ser santificado como um memorial do Deus vivo, Criador do Céu e da Terra”. (Carta 98, 1900). Ninguém será contado entre os 144 mil a não ser aqueles que receberem o sinal de Deus em suas testas e ficarem vivos até a segunda vinda de Cristo. Os 144 mil “são os que dentre os homens foram comprados” e “foram comprados da terra”. (Apocalipse 14:3-4). “Tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro”. (GC, 654), haja vista que “Jesus queria ser honrado, trasladando, sem que vissem a morte”. (PE, 283). Deus “tem uma igreja, mas esta é a igreja militante, e não a igreja triunfante”. (TM, 45). Os membros da Igreja militante, que morrerem na fé da mensagem do terceiro anjo ficarão repousando no pó da terra “durante o tempo da angústia” (II ME, 263). Somente serão ressuscitados no início da sétima praga, depois que tiver terminado o tempo de angústia, quando então viverão entre os 144 mil, porém, não constituirão e nem farão parte integrante deste grupo peculiar, que triunfaram no tempo de angústia de Jacó. “Os que haviam morrido na fé da mensagem do terceiro anjo, guardando o sábado, saíram dos seus leitos de pó, glorificados” (PE 285). Logo a seguir, quando Deus anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus, foi a vez dos 144 mil serem glorificados, “os santos vivos, em número de 144 mil, reconheceram e entenderam a voz... Ao declarar Deus o tempo, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nossos rostos começaram a brilhar e resplandecer com a glória de Deus” (I TC, 59). O assinalamento dos santos, que guardam os mandamentos de Deus, começou a partir da proclamação da mensagem do terceiro anjo. Porém, a obra de assinalamento dos 144 mil ainda está no futuro e ocorrerá pouco antes do fechamento da porta da graça. “Os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça; também que eles fruirão honras especiais no reino de Deus”. (I ME, 66). Os 144 mil constituem o povo santo que surgirá no cenário mundial nos últimos momentos da história do mundo, e triunfarão sobre os poderes das trevas impostos pela besta e sua imagem. “Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido. Não mais haverá graça nem misericórdia para o impenitente. O Selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo” (II TS, 67). “Os membros da igreja militante que se houverem demonstrado fiéis, tornar-seão a igreja triunfante”. (Carta 32, 1892). “Os que estiverem vivendo sobre a Terra


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil quando a intercessão de Cristo cessar no santuário celestial, deverão, sem mediador, estar em pé na presença do Deus santo. Suas vestes devem estar imaculadas, o caráter liberto de pecado, pelo sangue da aspersão” (GC, 425).


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30 144 mil: A Pregação do Evangelho “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim”. “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo”. (Mateus 24:14; Apocalipse 14:6-7).

Os 144 mil serão assinalados na testa (Apocalipse 7:3) com “o selo do Deus vivo” (Apocalipse 7:2). “Se bem que Igreja e Estado unam seu poder para compelir ‘todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’ (Apocalipse 13:16), a receberem o sinal da besta, todavia o povo de Deus não o receberá. O profeta de Patmos vê ‘os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus’ (Apocalipse 15:2) e cantavam o cântico de Moisés e do Cordeiro”. (II ME, 55). Os 144 mil são os representantes da última geração dos verdadeiros e fiéis cristãos que estarão vivendo na face da Terra. Eles serão assinalados em suas testas com o selo de Deus pouco antes do fechamento da porta da graça: “Os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça”. (I ME, 66). Por meio dos 144 mil, cumprir-se-á a profecia anunciada por Jesus Cristo: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim”. (Mateus 24:14). Caberá aos 144 mil encerrar a pregação do evangelho no mundo, concluindo a proclamação da terceira mensagem angélica: “Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão. Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”. (Apocalipse 14:9-10). “A nós foi confiada uma grande obra - a obra de proclamar a mensagem do terceiro anjo, a toda nação, tribo, língua e povo”. (CPE, 209). “A mensagem do anjo que acompanha o terceiro deve agora ser transmitida a todas as partes do mundo. Deve ser a mensagem da colheita, e toda a Terra se iluminará com a glória de Deus”. (Carta 86, 1900). “A última mensagem de advertência e misericórdia deve ir ‘a toda nação, e tribo, e língua, e povo’ (Apocalipse 14:6), para ‘tomar deles um povo para o Seu nome’ (Atos 15:14); e ‘a Terra será iluminada por Sua glória’. (Apocalipse 18:1)”. (PJ, 79). Em oposição à mensagem do terceiro anjo, será formada a imagem da besta, a qual fará “que a todos... seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas. Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17). “Devemos transmitir ao mundo a mensagem do terceiro anjo, advertindo os homens contra a adoração da besta e sua imagem, e ordenando-lhes que tomem seus lugares nas fileiras dos que ‘guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus’”. (Mar, 105). “A mais terrível ameaça que já foi dirigida aos mortais, acha-se contida na mensagem do terceiro anjo. Deverá ser um terrível pecado que acarretará a ira de Deus,


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil sem mistura de misericórdia. Os homens não devem ser deixados em trevas quanto a este importante assunto; a advertência contra tal pecado deve ser dada ao mundo antes da visitação dos juízos de Deus, a fim de que todos possam saber por que esses juízos”. (GC, 449). Com a pregação dessa respeitável mensagem angélica, o mundo inteiro ficará dividido em duas facções: “Só poderá haver duas classes. Cada participante é assinalado distintamente, ou com o selo do Deus vivo, ou com o sinal da besta ou de sua imagem” (RH, 30 de janeiro de 1900). “Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos recebem ‘o selo do Deus vivo’. Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial” (GC, 613). “Quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo, a misericórdia não mais pleiteará em favor dos culpados habitantes da Terra. O povo de Deus terá cumprido a sua obra. Recebeu a ‘chuva serôdia’, o ‘refrigério pela presença do Senhor’, e acha-se preparado para a hora probante que diante dele está”. (GC, 613).


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31 144 mil: As Primícias “Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro”. (Apocalipse 14:4).

“Primícias” é uma expressão que define os primeiros frutos da terra, os primeiros animais que nascem de um rebanho, as primeiras causas, os primeiro efeitos, os começos, os prelúdios. Em linhas gerais, é a primeira parte de uma porção maior (Êxodo 23:19, Números 18:12-14), sendo que a parte menor é chamada de “primícias” e a maior de “seara”. Quando recolhidas e juntadas, as primícias são constituídas por vários tipos de frutos, várias espécies de animais etc. Portanto, as primícias podem constituir uma mistura de todas as coisas, desde que cada molho seja o primeiro membro de sua seara. Também é digno de nota observar que as primícias não guardam nenhuma relação com a qualidade dos demais membros da seara. As primícias podem apresentar excelente qualidade, mas isso não quer dizer que os demais frutos da seara apresentam a mesma qualidade. Sobre os 144 mil, está escrito que: “Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro”. (Apocalipse 14:4). Também está escrito que: “Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro”. (GC, 654). Como “primícias”, os 144 mil representam a primeira parte de uma porção maior. Sendo que os 144 mil são as primícias dos vivos. Portanto, eles são a primeira parte de seres vivos retirados de uma porção maior de seres vivos que estarão vivendo na Terra. “Estes (primícias dos vivos) são os que dentre os homens (seara dos vivos) foram comprados (resgatados vivos) como primícias para Deus e para o Cordeiro”. (GC, 647). Assim, os 144 mil, as primícias, representam a grande messe de vivos que estarão vivendo na face da Terra no Grande Dia do Senhor. As primícias dos vivos serão recolhidas para o celeiro celestial e a messe dos vivos será queimada no fogo: “e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará”. (Mateus 3:12). “E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mateus 24:31)... “Mandará o Filho de homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mateus 13:41-42). Os 144 mil apontam para uma grande colheita de vivos por ocasião da volta de Cristo. Porém, enquanto os 144 mil são colhidos dentre os vivos para os celeiros do céu, a messe de vivos são colhidas para a fornalha de fogo. “Havendo estes sido trasladados da Terra de entre os vivos, são contados como primícias de Deus” (GC, 649). Torna-se claro que os 144 mil têm relação direta com os homens vivos, haja vista que são resgatados “dentre os vivos”. Portanto, dentro da seara


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil de todos os vivos, os 144 mil são tidos como as primícias. Evidentemente a qualidade destas primícias é os vivos, portanto, elas não guardam nenhuma relação com as qualidades moral ou espiritual da seara dos vivos. Sua relação limita-se tão-somente ao fato de estarem vivos entre todos os demais homens vivos. Por vivos, entende-se que são todos os seres humanos que estarão vivos por ocasião da segunda vinda do Senhor, e compreendem tanto justos como injustos. Observe o que diz o versículo bíblico sobre os 144 mil: “são os que dentre os homens foram comprados como primícias”. Os 144 mil sãos as primícias dos vivos. Dentro do contexto, pouco importa o caráter moral ou espiritual dos vivos. O contexto da revelação divina é sobre os vivos. A qualidade das primícias é estar entre os vivos. O versículo não diz que os 144 mil “são os que dentre os santos foram comprados como primícias”. Também não diz que “são os que dentre os justos foram comprados como primícias”. Pela expressão “dentre os homens” entende-se que os 144 mil são primícias dentre todos os vivos. Como os 144 mil representam as “primícias” dos vivos, então, obrigatoriamente, tem que existir uma seara de vivos. Não pode haver primícias sem que haja a seara. Parafraseando o apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos 11:16, pode-se declarar o seguinte: “E, se as primícias são vivas, também a massa o é; se a raiz é viva, também os ramos o são”. Em conclusão, os 144 mil são tidos como “primícias para Deus e para o Cordeiro” porque dentre todos os homens que estiverem vivos no dia da volta de Jesus, os 144 mil serão os únicos seres vivos a serem trasladados. Eles constituem uma massa menor de vivos trasladada de uma massa maior de vivos, razão pela qual são tidos como primícias dos vivos.


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32 144 mil: O Caráter “Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus”. “lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”. (Apocalipse 17:14; 14:45).

Quando a porta da graça for fechada, todos os santos vivos estarão assinalados em suas testas com “o selo do Deus vivo”. “Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade”. (II TS, 71) Então eles passarão por um terrível tempo designado nas Escrituras Sagradas pelo nome de “grande tribulação” ou “angústia de Jacó”. Os “servos de nosso Deus” assinalados na testa com “o selo do Deus vivo” são os 144 mil. “É da vontade de Jesus que eles sejam trasladados sem que vejam a morte”. (PE, 283). Os 144 mil “são irrepreensíveis diante do trono de Deus”. (Apocalipse 14:5). Eles constituirão a Igreja triunfante, “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. (Efésios 5:27). Essa Igreja estará totalmente preparada para as bodas do Cordeiro. Ela será apresentada ao Universo “como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo”. (II Coríntios 11:2). Será essa Igreja que presenciará a volta de Cristo “vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”. (Mateus 24:30). Nessa ocasião, vendo-se livres da grande tribulação pela qual acabaram de passar, os 144 mil exclamarão jubilosos: “Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará: este é o Senhor, a quem aguardávamos: na sua salvação gozaremos e nos alegraremos”. (Isaías 25:9). Para formar essa Igreja “irrepreensível”, os 144 mil desenvolverão um caráter santo tão elevado que se destacarão no mundo. O “caráter” é definido como sendo um conjunto de traços particulares que caracterizam o perfil psicológico ou moral de uma pessoa ou grupo de pessoas. Pelo poder do evangelho, os 144 mil purificarão o seu caráter de toda mancha de vícios, corrupções, devassidão etc. Deles é dito que “lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”. (Apocalipse 7:14). Os 144 mil, em suas testas “tinham escrito o nome dele e o de seu Pai” (Apocalipse 14:1). A “testa” é a sede da mente, da razão, da convicção etc. O “nome” representa o caráter da pessoa. Então o nome de Deus representa o caráter do Senhor. Portanto, os 144 mil refletem em sua mente o caráter de Deus. “Os que hão de receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus” (PE, 71). “O selo do Deus vivo só será colocado nos que se assemelham a Cristo no caráter”. (VII BC, 970). Os 144 mil “não estão contaminados com mulheres, porque são virgens”. (Apocalipse 14:4). Em profecia “mulher” é símile de igreja e “virgem” símile de pureza. Portanto, a partir do novo nascimento, os 144 mil permanecem doutrinariamente puros, sem contaminar a verdade que receberam da Palavra de Deus com o ecumenismo


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil defendido pelas instituições religiosas do mundo. Portanto, a crença doutrinária dos 144 mil permanecerá isenta de ensinamentos errôneos. “E na sua boca não se achou engano”. (Apocalipse 14:5). Isto implica em dizer que os 144 mil não praticam nada com intenção ardilosa, enganosa ou fraudulenta. Desprezam todo tipo de falcatruas ou tramóias. Eles são verazes, não falam mentiras, calúnias, embustes e nem dão falsos testemunhos. Seu sim é simplesmente sim, e seu não é simplesmente não. Para eles não existem meias verdades, mentira branca ou mentira piedosa, haja vista ser de procedência maligna tudo o que passar dos limites da verdade. Os 144 mil são honestos e corretos diante de qualquer negócio, bem como são justos diante de Deus e dos homens. Eles são leais à verdade revelada pela Palavra de Deus, razão pela qual “são irrepreensíveis diante do trono de Deus”. (Apocalipse 14:5). Eles não possuem nenhum falta diante de Deus, porque “lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14). “Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer”. “O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus - candidatos para o Céu”. (II TS, 69 e 71). Muitos desejam fazer parte dos 144 mil; porém, poucos desejam esforçar-se para receber o caráter imaculado do qual todos os 144 mil serão participantes. A verdade é que “o selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus candidatos para o Céu”. (II TS, 71).


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33 144 mil: As Honras Especiais “E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai. Por isso estão diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra”. (Apocalipse 14:1; 7:15).

Os 144 mil serão constituídos pelos servos de Deus que estarão vivendo na última geração, antes da consumação dos séculos. Todos eles serão assinalados em suas testas com o selo do Deus vivo. Por essa ocasião, a Igreja deixará de ser militante e passará a ser triunfante. Após o fechamento da porta da graça, os 144 mil passarão por “grande tribulação” (Apocalipse 7:14), especialmente provocada pela imposição do sinal da besta, sob pena de morte. Todavia, os 144 mil sairão “vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome”. (Apocalipse 15:2). Como galardão por sua deslumbrante vitória sobre os poderes das trevas, eles desfrutarão de grandes honras por todas a eternidade. De todos os santos redimidos de todas as épocas, os 144 mil “fruirão honras especiais no reino de Deus” (M, 04, 1883). Eles foram comprados “dentre os homens” (Apocalipse 14:5) e “comprados da terra” (Apocalipse 14:3). Comprados “como primícias para Deus e para o Cordeiro”. (Apocalipse 14:5). Eles “seguem o Cordeiro para onde quer que vai”. (Apocalipse 14:4). “E quando estávamos para entrar no santo templo, Jesus levantou Sua bela voz e disse: ‘Somente os 144.000 entram neste lugar’, e nós exclamamos: ‘Aleluia’!” (PE, 19). “Vi lá mesas de pedra, em que estavam gravados com letras de ouro os nomes dos 144.000”. (PE, 19). Os 144 mil foram vistos com “o Cordeiro sobre o monte Sião” (Apocalipse 14:1). Estavam “diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos”. (Apocalipse 7:9). Eles “lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”. (Apocalipse 7:14). Todos eles estavam “junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus”. (Apocalipse 15:2). “E cantavam um como cântico novo diante do trono... e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil”. (Apocalipse 14:3). “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro” (Apocalipse 15:3). “É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante” (GC, 654). “Ali, sobre o mar de vidro, os 144.000 ficaram em quadrado perfeito. Alguns deles tinham coroas muito brilhantes; outros, não tanto. Algumas coroas pareciam repletas de estrelas, ao passo que outras tinham poucas. Todos estavam perfeitamente satisfeitos com sua coroa.” (PE, 16). Os 144 mil “nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima”. (Apocalipse 7:16-17). E “aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra”. (Apocalipse 7:15).


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34 144 mil: Os Salvos Diante do Trono “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos”. “E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra”. (Apocalipse 7:9; 14:3).

O livro intitulado “O Grande Conflito”, escrito por Ellen White, relata que todos os que forem dignos de alcançar a vida eterna serão reunidos diante do trono de Deus. O livro descreve que diante do trono havia quatro classes de pessoas que, pela sua experiência particular, são dignas de encontrarem-se na presença do Altíssimo. A primeira classe de salvos é apresentada com as seguintes palavras: “Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu salvador com devoção profunda, intensa”. (GC, 662). Essa classe de salvos é constituída por aqueles que “fruirão honras especiais no reino de Deus” (M, 04, 1883). Ela é constituída pelos 144 mil que, guardando a lei de Deus num tempo de grandes provações, foram resgatados dentre todos os vivos sem passar pela experiência da morte. “Deus queria ser honrado fazendo um concerto com aqueles que haviam guardado Sua lei, à vista dos gentios em redor deles; e Jesus queria ser honrado, trasladando, sem que vissem a morte, os fiéis e expectantes, que durante tanto tempo O haviam esperado”. (PE, 283). A segunda classe de salvos é descrita nos seguintes termos: “Em seguida estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula”. Esta classe é constituída por um outro grupo especial de salvos. Esta classe representa todos aqueles que, guardando a lei de Deus, foram assinalados com o selo de Deus e morreram na fé da mensagem do terceiro anjo. Esta será a classe que participará da ressurreição especial, que ocorrerá pouco antes da segunda vinda de Cristo a este mundo: “Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei”. (GC, 635). A terceira classe de salvos é descrita da seguinte maneira: “Em seguida estão... os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé”. (GC, 635). Esta classe é constituída pelos mártires de todas as nações e de todas as épocas. “Entre a multidão resgatada acham-se os apóstolos de Cristo, o heróico Paulo, o ardoroso Pedro, o amado e amante João, e seus fiéis irmãos, e, com estes, o vasto exército dos mártires”. (GC, 664). “No trajeto, encontramos uma multidão que também contemplava as belezas do lugar. Notei a cor vermelha na borda de suas vestes, o brilho das coroas e a alvura puríssima dos vestidos. Quando os saudamos, perguntei a Jesus quem eram eles. Disse que eram mártires que, por Sua causa, haviam sido mortos. Com eles estava uma


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil inumerável multidão de crianças que tinham também uma orla vermelha em suas vestes”. (VE, 63). A quarta classe de salvos é composta pelos salvos de todos os séculos: “E além está a ‘multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas’ Apocalipse 7:9”. (GC, 635). Aqui cabe uma ressalva: Ao descrever os salvos de todas as épocas, empregando a passagem de Apocalipse, a autora não está fazendo uso da Hermenêutica, mas está usando a Homilética para descrever a multidão de salvos, fato muito comum em suas obras e na tradição metodista que fazia uso das palavras bíblicas para expressar ideias diversas. Em resumo, diante do trono de Deus foram visto quatro grupos de pessoas, classificadas por sua experiência: O primeiro grupo é constituído pelos 144 mil, que não provaram a morte e passaram pela grande tribulação. O segundo grupo é formado por aqueles que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo e que serão ressuscitados pouco tempo antes da segunda vinda de Cristo. O terceiro grupo é formado pelos mártires de todas as épocas, que serão ressuscitados na segunda vinda de Cristo. O quarto grupo é constituído pelos demais salvos de todas as nações do mundo e que também ressuscitarão na segunda vinda de Cristo.


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Posfácio A João foi ordenado escrever o livro do Apocalipse e encaminhá-lo “às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Smirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardo, e a Filadélfia, e a Laodicéia” (Apocalipse 1:11). Boa parte da mensagem do Apocalipse é exclusivamente destinada a um grupo especial de pessoas, as quais estarão vivendo no tempo da “consumação dos séculos”, quando os ventos da grande tribulação estiverem prontos para serem soltos. Este grupo é constituído pelos “servos do nosso Deus” (Apocalipse 7:3), que serão assinalados “nas suas testas” (Apocalipse 7:3) com o “o selo do Deus vivo” (Apocalipse 7:2). Será por esse tempo que a imagem da besta obrigará “que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. (Apocalipse 13:16-17). Na época em que os quatro ventos da destruição estavam para ser soltos, João pode apenas ouvir que os “servos do nosso Deus” eram os “cento e quarenta e quatro mil” (Apocalipse 7:4). Logo a seguir, João pode ver que os “cento e quarenta e quatro mil” serão constituídos por “uma multidão, a qual ninguém podia contar” (Apocalipse 7:9) e que “vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14). Diante do ecumenismo e sincretismo religioso existente nos últimos dias, os “cento e quarenta e quatro mil” não se contaminarão “com mulheres porque são virgens” (Apocalipse 14:4). “E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus” (Apocalipse 14:5). Aos “cento e quarenta e quatro mil” está destinada a conclusão da pregação do evangelho eterno no mundo inteiro com a seguinte mensagem: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão. Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”. (Apocalipse 14:9-10). Os “cento e quarenta e quatro mil” viverão numa época em que as autoridades de todas as nações obrigarão que todos cidadãos acatem o sinal da besta, sob pena de não poder “comprar ou vender” (Apocalipse 13:17). Farão até mesmo que sejam “mortos todos os que não adorassem a imagem da besta”. (Apocalipse 13:15). Mas os “cento e quarenta e quatro mil” sairão “vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome” (Apocalipse 15:2). Os “cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra” (Apocalipse 14:3) jamais passarão pela experiência da morte. “Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro” (Apocalipse 14:4). “E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte de Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome dele e o de seu Pai” (Apocalipse 14:1). “Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai” (Apocalipse 14:4). “Não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos” (Apocalipse 20:4).


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APÊNDICES


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

144 mil: Estudo Bíblico INTRODUÇÃO 1. Apocalipse 7:1-3 “E Depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma”. “E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar”. “Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus”. O que os quatro anjos estavam retendo? O que tinha o anjo que subiu da banda do sol? O que clamou com grande voz aos quatro anjos?

OS 144 MIL E A GRANDE MULTIDÃO 2. Apocalipse 7:4 “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel”. O que João ouviu? Qual era o número dos assinalados? Nota: Os 144.000 é um número simbólico porque se acha contido numa profecia que é distintamente simbólica: o “selo”, os “quatro anjos”, os “quatro ventos” e as “doze tribos dos Filhos de Israel” são símbolos proféticos. 3. Apocalipse 7:9-10 “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos”. O que João olhou e viu? De que lugares vieram a grande multidão? A grande multidão estava diante do que? 4. Apocalipse 7:13-15 “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestidos brancos, quem são, e donde vieram?” “E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro”. “Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra”. Que pergunta um dos anciãos fez a João? O que João disse ao ancião?


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Segundo o ancião, de onde veio a grande multidão?

CARÁTER DOS 144 MIL 5. Apocalipse 14:1 “E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte de Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome dele e o de seu Pai”. Onde estava o Cordeiro? Quem estava com o Cordeiro? O que os 144 mil tinham em suas testas? (Caráter) 6. Apocalipse 14:4-5 “Estes são os que não estão contaminados com mulheres: porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro”. “E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus”. Por que os 144 mil não estão contaminados com mulheres? Por que são virgens? (Porque professam fé pura) Dentre quem foram comprados? Diante do que são irrepreensíveis?

LOUVOR DOS 144 MIL 7. Apocalipse 14:2-3 “E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas”. “E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra”. Que instrumento João ouviu tocar no céu? Quem somente podia aprender o novo cântico? 8. Apocalipse 15:3-4 “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos”. “Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos”. Que dois cânticos os 144 mil cantavam?

A TRIBULAÇÃO 9. Apocalipse 14:9-10 “E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão”.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil “Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”. O que beberá aquele que receber o sinal de besta? 10. Apocalipse 14:12 “Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. Em contraste com o sinal da besta o que os santos guardam?

CONCLUSÃO 11. Apocalipse 15:2 “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus”. Do que saíram vitoriosos os que tinham harpas de Deus? 12. Apocalipse 20:4 “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos”. As almas (vivos) de quem foram vistas por João?


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil

144 mil:

Estudo Bíblico Comentado I. INTRODUÇÃO 1. “E Depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar. Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus”. (Apocalipse 7:1-3). Numa de suas grandiosas visões, João afirmou que viu “quatro anjos” postados sobre os “quatro cantos da terra”. Os “cantos da terra” referem-se aos quatro pontos cardeais. João também afirmou que os quatro anjos estavam retendo os quatro ventos da Terra. Portanto, em cada um dos pontos cardeais, havia um anjo detendo um dos quatro ventos. Os quatro anjos tinham por objetivo evitar que qualquer vento soprasse sobre a face da Terra. Os ventos possuem a propriedade de causarem devastações. Por essa razão, em profecia, “vento” é símile de lutas, guerras, comoções etc (Jeremias 49:36-37; Daniel 7:2). Portanto, os quatro anjos estavam retendo os quatro ventos para evitar uma guerra de proporções mundiais, que devido à sua magnitude, devastaria a terra, o mar e as árvores. Diante disso, infere-se que esses quatro anjos possuem o poder de destruir a vida no planeta, caso soltem os quatro ventos. O mundo ainda não entrou num terceiro conflito mundial porque Deus tem uma obra importantíssima para realizar em benefício dos Seus servos. A seguir, João afirmou ter visto outro anjo subindo da direção do nascimento do Sol, que é o sentido do Oriente. Esse mensageiro celeste estava portando o “selo do Deus vivo”. Tal selo é identificado nas Escrituras Sagradas como sendo o santo sábado. Somente o mandamento do sábado preenche todos os requisitos de um selo, haja vista que indica o nome, o título e o domínio do Legislador. Esse anjo solitário que subia da banda do Sol nascente tinha uma mensagem urgente para declarar aos quatro anjos, “a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar”. Caso os quatro anjos soltassem os quatro ventos, então a vida na terra e no mar seria danificada, consequentemente a obra de evangelização do mundo seria impedida de propagar-se devido aos tremendos conflitos entre as nações. A ordem dada aos quatro anjos foi a seguinte: “Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus”. Portanto, os quatro anjos deveriam continuar mantendo os quatro ventos da Terra retidos. Eles não podem permitir que a terra, o mar e as árvores sejam danificados por qualquer conflito de proporções mundiais. “Os anjos estão agora retendo os ventos da contenda, até que o mundo seja advertido de sua vindoura condenação; uma tempestade, porém, se está preparando, preste a irromper sobre a terra, e quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil ventos, haverá tal cena de conflito que a pena não pode descrever”. (RH, 23 de novembro de 1905). Os quatro anjos deverão manter os quatro ventos da terra retidos até que todos os servos de Deus estejam assinalados nas suas testas com o selo do Deus vivo. Nessa obra de assinalamento podem ser observados os seguintes aspectos: Primeiro, é necessário considerar que serão assinalados com o “selo do Deus vivo” somente aqueles que previamente estiverem selados pelo Espírito Santo (Efésios 1:13), razão pela qual são chamados de “servos do nosso Deus”. “Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus – candidatos para o céu” (II TS, 71). Segundo, os servos de Deus serão assinalados somente na testa com “o selo do Deus vivo”. A “testa” é símile da mente, onde se encontra a sede das convicções e decisões. Portanto “o selo do Deus vivo” é recebido conscientemente pelo adorador. Terceiro, dentro do contexto do versículo analisado, a palavra “assinalar” significa marcar ou distinguir alguém com um sinal. Portanto, os servos de nosso Deus são assinalados com “o selo do Deus vivo”. Eles distinguem-se dos adoradores da besta observando o sinal do sábado, haja vista que o sábado serve de sinal entre Deus e os Seus servos (Ezequiel 20:12 e 20).

II. OS 144 MIL 2. “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel”. (Apocalipse 7:4). João disse que “ouviu” o número dos servos de Deus que serão assinalados com o “selo do Deus vivo”. Eles “eram cento e quarenta e quatro mil assinalados”. A característica desse grupo é que eles são “os servos do nosso Deus” e todos eles são assinalados com o “selo do Deus vivo”. Mas a grande questão que tem sido levantada por muitos estudiosos é a seguinte: os “cento e quarenta e quatro mil” serão constituídos por um número literal ou simbólico? Em outras palavras, a frase “cento e quarenta e quatro mil” está indicando um número taxativo ou um número figurado de pessoas? Para poder responder a essa questão, deve-se levar em consideração o contexto em que se encontra inserida expressão: “cento e quarenta e quatro mil”. A Bíblia Sagrada afirma que os “cento e quarenta e quatro mil” são constituídos por pessoas de “todas as tribos dos filhos de Israel”. Caso o número seja literal, isto implicaria em afirmar que os “cento e quarenta e quatro mil” são constituídos apenas por israelitas e por mais ninguém. Portanto, todos os cristãos gentios estariam excluídos deste seleto grupo. Como poderia ser constituído somente por israelitas, se o anjo disse que serão “assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus”? Com certeza absoluta, “os servos do nosso Deus” não se restringem somente aos israelitas (Romanos 6:22; I Pedro 2:16). Portanto, o número “cento e quarenta e quatro mil” não pode ser literal. João disse que “eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel”. Ocorre que a Bíblia Sagrada ensina que os assinalados com o selo de Deus, não receberão o sinal da besta em suas testas ou em sua mão direita. É claro que isto não inclui apenas as doze tribos dos filhos de Israel, mesmo porque a mensagem do terceiro anjo tem caráter universal e aplica-se de modo indistinto a todas as pessoas do planeta: “E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão. Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro” (Apocalipse 14:9-10). “Quando Jesus sair do Santuário, os que são santos e justos serão


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil santos e justo ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo”. (PE, 48). Os filhos de Israel eram constituídos de doze tribos, as quais não mais existem nos dias de hoje. A linhagem de todas as tribos perdeu-se no tempo. Portanto, João está fazendo uma clara referência às tribos simbólicas e não às literais. Destarte, como as tribos são simbólicas, infere-se que os “cento e quarenta e quatro mil”, por fazerem parte dessas doze tribos simbólicas, também são simbólicos. Como poderia os “cento e quarenta e quatro mil” serem literais, enquanto que as tribos de que fazem parte são simbólicas? A relação de “todas as tribos dos filhos de Israel” apresentada por João é a seguinte: Judá, Rúben, Gade, Aser, Naftali, Manassés, Simeão, Levi, Issacar, Zebulom, José, Benjamim (Apocalipse 7:5-8). Ocorre que a relação literal das tribos de Israel é a seguinte: Judá, Issacar, Zebulom, Rúben, Simeão, Gade, Efraim, Manassés, Benjamim, Dã, Aser, Naftali (Números 10:14-27). Analisando estas duas relações verifica-se que no Apocalipse foram relacionadas as tribos de “Levi” e de “José”. Ocorre que elas nunca constituíram tribos literais da nação israelita. Alem disso, a relação apresentada no Apocalipse omite as tribos de “Dã” e “Efraim”, as quais realmente faziam parte do Israel literal. Portanto, torna-se evidente que “as tribos dos filhos de Israel” são simbólicas. E, se as tribos são simbólicas, então os “cento e quarenta e quatro mil”, por integrarem essas tribos, também são simbólicos. A grande verdade é que, não se trata do Israel literal, mas do Israel espiritual, que hoje em dia encontra-se espalhado por “todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”.

III. IDENTIFICAÇÃO DOS 144 MIL 3. “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos”. (Apocalipse 7:9). Logo a seguir, após “ouvir” o número dos assinalados, João também disse que ele “olhou” e viu de fato quem “eram cento e quarenta e quatro mil assinalados”. Note bem! Primeiro João ouviu e depois ele viu os “cento e quarenta e quatro mil”. Portanto, conforme o relato de João, os “cento e quarenta e quatro mil” eram constituídos por “uma multidão, a qual ninguém podia contar”. Diante do exposto, fica claro que a frase “cento e quarenta e quatro mil assinalados” não se refere a um número taxativo de pessoas, mas trata-se da designação simbólica de “uma multidão”. Os “cento e quarenta e quatro mil”, que foram assinalados com “o selo do Deus vivo” e que constituíam “uma multidão” eram provenientes “de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”. Isso está em harmonia com a mensagem do terceiro anjo, a qual possui um caráter universal. Antes do fechamento da porta da graça, todos que não receberem o selo de Deus, automaticamente receberão o sinal da besta em suas testas ou mão direita e estarão eternamente condenados. Porém, todos os que forem assinalados com o selo de Deus e não passarem pela experiência da morte, irão constituir o seleto grupo dos cento e quarenta e quatro mil. “No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo – tão resplendente é ele pela glória de Deus – está reunida a multidão dos que ‘saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome’ (Apocalipse 15:2)” (Grande Conflito, 653).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Essa multidão, a qual ninguém podia contar foi vista diante do trono de Deus, na presença de Jesus. As pessoas que constituíam essa multidão estavam vestidas de branco. Essa vestimenta é um símile do caráter puro que os santos possuíam diante de Deus. Eles portavam em suas mãos “palmas”, que é um símbolo da vitória que obtiveram contra o sinal da besta. Portanto, os “cento e quarenta e quatro mil” são todos os santos que, sem passarem pela experiência da morte, estarão vivos por ocasião da segunda vinda de Jesus Cristo. 4. “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestidos brancos, quem são, e donde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disseme: Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra”. (Apocalipse 7:13-15). Um dos vinte e quatro anciãos fez duas perguntas cruciais ao apóstolo João. Esse ancião perguntou o seguinte: “quem são” e “donde vieram” essas pessoas que trajavam vestes brancas. Como João não havia anteriormente visto a grande multidão, mas apenas ouviu o número dos assinalados com o selo do Deus vivo, ele ficou perplexo e não soube responder às perguntas feitas pelo ancião. Destarte, João simplesmente respondeu que o próprio ancião conhecia a resposta. Então o ancião disse que essa “multidão” são pessoas que vieram de “grande tribulação”. O vocábulo “tribulação” é sinônimo de “angústia”. Sabemos pelas Escrituras Sagradas que haverá um tempo de grande angústia (Jeremias 30:7; Daniel 12:1). “Ninguém a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... ‘Estes são os que vieram de grande tribulação’ (Apocalipse 7:14)”. (GC, 654). Portanto, os cento e quarenta e quatro mil e a grande multidão são o mesmo grupo de pessoas, haja vista que passam pela grande tribulação. Após o fechamento da porta da graça, os servos de Deus que estiverem assinalados com “o selo do Deus vivo” em suas testas passarão por um tempo de tremenda aflição, que é chamado na Bíblia Sagrada de “angústia de Jacó” (Jeremias 30:7). Esse tempo foi chamado pelo ancião de “grande tribulação” porque, conforme as Escrituras Sagradas, “haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo”. (Daniel 12:1). Portanto, todos servos de Deus assinalados com “o selo do Deus vivo” passarão pelo tempo de angústia e não somente uma quantidade limitada e literal de cento e quarenta e quatro mil israelitas, mesmo porque “Deus não faz acepção de pessoas. Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e obra o que é justo”. (Atos 10:34-35). “Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido, não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo”. (II TS, 67). Segundo o ancião, a grande multidão que saiu vitoriosa da besta e de sua imagem durante o período de grande tribulação, lavara e purificou o seu caráter no sangue de Jesus. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência... Mas foram livres, pois ‘lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro’. (Apocalipse 7:14)” (GC, 654). Logo, a grande multidão e os “cento e quarenta e quatro mil” são duas designações para o mesmo grupo de pessoas, posto que ambos passam pelas mesmas experiências. Eles foram fiéis à verdade, razão pela qual alcançaram vitória sobre a besta e agora todos eles se encontram diante do trono de Deus. Assim diz o Senhor: “quem


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”. (Apocalipse 21:7).

IV. CARÁTER DOS 144 MIL 5. “E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte de Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome dele e o de seu Pai”. (Apocalipse 14:1). João viu o Cordeiro, que é um símile de Jesus Cristo (João 1:36), sobre o “monte de Sião”. Esse monte está localizado em Jerusalém, mas em profecia ele é um símile que designa o local onde se encontra o governo e o trono de Deus. Mesmo porque é dito que os “cento e quarenta e quatro mil” são “irrepreensíveis diante do trono de Deus”. (Apocalipse 14:5). Observe o que diz a Bíblia Sagrada: “Mas chegastes ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos”. (Hebreus 12:22). Semelhantemente é dito que Lúcifer estava no “monte santo de Deus”, e que foi lançado fora do “monte de Deus”. (Ezequiel 28:14; 16). Lúcifer desejava assentar-se em seu próprio trono no “monte da congregação”. (Isaías 14:13). Também é dito que na nova Terra os animais não farão mal algum no “santo monte de Deus”. (Isaías 65:25). Portanto, junto ao trono de Deus, estava Jesus e com Ele os “cento e quarenta e quatro mil”. Estes tinham sido assinalados com o “selo do Deus vivo”. Posteriormente, passaram pela grande tribulação durante a queda das sete últimas pragas e agora desfrutavam honras especiais junto a Jesus. Deles é dito que tinham escrito em suas testas o nome de Jesus e do Pai. A “testa” é um símile da mente, e o “nome” é um símile do caráter da pessoa. Deus mudou o nome de muitas pessoas em conformidade com o caráter que possuíam. Portanto, tendo o nome de Jesus e do Pai na mente, significa que os “cento e quarenta e quatro mil” possuem gravado em sua mente o caráter de Deus. Eles refletem perfeitamente o santo caráter de Deus. “Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecostes”. (II TS, 69). 6. “Estes são os que não estão contaminados com mulheres: porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus”. (Apocalipse 14:4-5). A Bíblia Sagrada diz que os “cento e quarenta e quatro mil” “não estão contaminados com mulheres”. Em profecia “mulher” é símile de Igreja. Portanto, os “cento e quarenta e quatro mil” não serão contaminados com doutrinas de outras denominações religiosas, apesar de imperar no mundo inteiro o ecumenismo. Eles jamais se unirão com outras denominações religiosas, posto que possuem a consciência de que eles são a “luz do mundo” e constituem a verdadeira Igreja. Também é dito que os “cento e quarenta e quatro mil” são virgens. Isso significa que eles, ao passarem pelo novo nascimento, nunca se deixaram contaminar pelas doutrinas de outras denominações religiosas. Eles permanecerão puros em sua fé e


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil convicções doutrinárias. Por professarem uma fé pura, manterão impolutas as doutrinas bíblicas que aprenderam e ensinam no mundo inteiro. Nos últimos dias a tendência generalizada no meio da cristandade será a união das Igrejas em detrimento das doutrinas. Porém, os servos de Deus não se deixarão enganar pelas Igrejas e não se contaminarão por doutrinas estranhas à Palavra de Deus. Eles, e somente eles, constituirão a “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. (Efésios 5:27). É dito que os “cento e quarenta e quatro mil” “seguem o Cordeiro para onde quer que vai”. Eles constituirão uma comitiva especial que acompanhará a Jesus em todos os lugares. Eles servem a Jesus “de dia e de noite no seu templo”. (Apocalipse 7:15). Os “cento e quarenta e quatro mil” foram comprados dentre os homens como primícias para Deus e para Jesus. Isso significa que os “cento e quarenta e quatro mil” foram resgatados dentre todos os vivos como os primeiros frutos pra a vida eterna. “Estes, tendo sito trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro”. (GC, 654). Os “cento e quarenta e quatro mil” alcançaram um caráter puro e santo quando “lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro”. Deles é dito que na sua boca não se achou nenhum engano (mentira, falso testemunho, ardil, dolo ou coisas semelhantes). Eles são irrepreensíveis diante do trono de Deus. Nada há em seu caráter que os desabone diante do Senhor. Os “cento e quarenta e quatro mil” são um símile para a “grande multidão”. Tanto é verdade que a mesma coisa que o Apocalipse diz a respeito dos “cento e quarenta e quatro mil”, também diz a respeito “da grande multidão”. Eles estavam “diante do trono de Deus”, e eram irrepreensíveis porque lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. (Apocalipse 7:14-15). “‘Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai.’ ‘Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro.’ Apocalipse 7:14; passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois ‘lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro.’ ‘Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante de Deus’”. (GC, 654).

V. LOUVOR DOS 144 MIL. 7. “E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas. E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra”. (Apocalipse 14:2-3). João ouviu uma potente voz proveniente do céu. O som dessa voz era estrondoso. Ela era tão forte que foi comparado ao som de um grande trovão ou ao som de muitas águas. Em profecia “águas” é símile de “povos, e multidões, e nações, e línguas” (Apocalipse 17:15). Mais uma vez torna-se evidente de que os 144 mil são constituídos por uma grande multidão. Do meio deste som, extremamente possante, o profeta também pode ouvir o som da voz de harpistas, que tangiam as suas harpas. Esses harpistas foram identificados


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil como constituindo os “cento e quarenta e quatro mil” (Apocalipse 14:1), que saíram vitoriosos do sinal da besta. Agora, eles encontravam-se diante do trono de Deus e cantavam um cântico novo que “ninguém podia aprender”. Naquele momento estavam presentes os anciãos, que são em número de vinte e quatro (Apocalipse 4:4). Também estavam presentes os “quatro animais”. Esses quatro animais possuem seis asas (Apocalipse 4:8) e são símiles de quatro serafins, uma vez que os serafins possuem seis asas (Isaías 6:2) e os querubins quatro asas (Ezequiel 1:6; 10:14). João afirma que ninguém podia aprender aquela nova canção, a não ser os “cento e quarenta e quatro mil”, que foram resgatados vivos dentre os habitantes da Terra. Somente eles podiam aprender com todos os seus sentimentos aquele cântico, porque ela representa a experiência pessoal pela qual passaram durante o tempo da “grande tribulação”, também conhecido como “tempo de angústia de Jacó”. Quando Jesus encerrar seu ministério sacerdotal, Ele deixará de interceder a favor dos pecadores, então a porta da graça será fechada e as sete últimas pragas cairão sem misericórdia sobre todos aqueles que receberem o sinal da besta. Nesse tempo, o mundo inteiro se insurgirá contra os “cento e quarenta e quatro mil” e promulgarão um decreto de morte. A experiência pela qual os “cento e quarenta e quatro mil” passarão será algo singular, e somente eles passarão por ela e ninguém mais. 8. “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos”. (Apocalipse 15:3-4). Os “cento e quarenta e quatro mil” são todos os santos que saíram vitoriosos da imposição do sinal da besta. Quem não sair vitorioso do sinal da besta estará condenado a sofrer as penas das sete últimas pragas e da segunda morte no lago de fogo (Apocalipse 8:10-11). Quem aceitar o sinal imposto pela besta e sua imagem não poderá fazer parte do seleto grupo dos “cento e quarenta e quatro mil”. Todos os servos de Deus serão assinalados com o “selo do Deus vivo” (Apocalipse 7:2-3). Nenhum deles receberá o sinal da besta. Antes do fechamento da porta da graça todos assinalados com o selo de Deus serão identificados como constituindo os “cento e quarenta e quatro mil”. Quem não aceitar o “selo do Deus vivo” não constituirá os “cento e quarenta e quatro mil”. Como os “cento e quarenta e quatro mil” serão todos que receberem o “selo do Deus vivo”, então se pode concluir que o número “cento e quarenta e quatro mil” é simbólico e não literal. Trata-se de um nome simbólico que caracteriza todos que estarão vivendo após o fechamento da porta da graça. Junto ao trono de Deus, localizado diante do mar de vidro, estavam os “cento e quarenta e quatro mil”, tangendo as suas harpas. Eles cantavam um novo cântico. “É o hino de Moisés e do Cordeiro – hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência – e nunca ninguém teve experiência semelhante”. (GC, 654). O cântico de Moisés representa a libertação da opressão física sofrida pelos “cento e quarenta e quatro mil” durante o período da queda das sete últimas pragas. O cântico do Cordeiro, representa a libertação espiritual no tempo de angústia de Jacó. O cântico de Moisés remete nossos pensamentos para a lei, enquanto que o cântico do Cordeiro remete nossos pensamentos para a graça.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil O cântico dos “cento e quarenta e quatro mil” fala do poder, da justiça e do governo de Deus como base do reconhecimento de que somente o Senhor é santo e digno de louvor e adoração. O cântico desse grupo especial enaltece a Deus pelas maravilhas de Suas obras. Glorifica ao Senhor pela justiça e verdade de Seus caminhos. O Senhor também é exaltado como o “Rei dos santos”. Por essas razões, aqueles harpistas em seu cântico fazem a seguinte pergunta: “Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome?” Então eles acrescentam que somente o Senhor é santo. Por isso todas as nações se prostrarão diante do Senhor.

VI. A TRIBULAÇÃO 9. “E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão. Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”. (Apocalipse 14:9-10). Os santos do Altíssimo são todos aqueles que são assinalados em suas testas com o “selo do Deus vivo”. “Os que hão de receber o selo do Deus vivo e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus”. (PE, 70). Nos últimos dias, os santos não aceitarão o sinal da besta, mas farão oposição ao sinal da besta e resistirão às determinações impostas pelas duas organizações políticasreligiosas, que caracterizam a besta e a sua imagem. Estes fiéis servos de Deus serão portadores de uma formidável mensagem ao mundo. Trata-se da última advertência da parte de Deus endereçada aos seres humanos. Porém, a mensagem divina é totalmente contrária à vontade dos líderes religiosos e políticos das nações do mundo. Enquanto o mundo caminha com o objetivo de estabelecer a obrigatoriedade do sinal da besta, a mensagem de Deus caminhar condenando severamente todos aqueles que receberem tal sinal em suas testas ou em sua mão direita. Conforme ensino das Escrituras Sagradas, qualquer pessoa que receber o sinal da besta em sua testa ou em sua mão direita, em detrimento ao sinal de Deus, sofrerá as consequências das sete últimas pragas, que cairão sobre a face da Terra sem a mistura da misericórdia de Deus. Além disso, todos os que aceitarem o sinal da besta estarão condenados ao Juízo Executivo, onde serão consumidos no lago de fogo e enxofre, que é a segunda morte (Apocalipse 20:14; 21:8). Tal evento será testemunhado por Jesus e pelos santos anjos de Deus (Apocalipse 14:10). Quando a mensagem do terceiro anjo tiver sido pregada no mundo inteiro, em testemunho a todos os servos de Deus, e quando todos tiverem feitos as suas respectivas escolhas, então haverá na face do planeta somente dois grupos de pessoas: os que receberam o sinal da besta em sua testa ou mão direita e os que foram assinalados com “o selo do Deus vivo”. “Só poderá haver duas classes. Cada participante é assinalado distintamente, ou com o selo do Deus vivo, ou com o sinal da besta ou de sua imagem”. (RH, 30 de janeiro de 1900). Somente então os “cento e quarenta e quatro mil” estarão completos e preparados para o tempo de angústia que se seguirá ao fechamento da porta da graça. 10. “Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. (Apocalipse 14:12).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Durante o período de pregação da mensagem do terceiro anjo, todos os servos de Deus serão assinalados em suas testas com o “selo do Deus vivo”. Porém, pouco antes do fechamento da porta da graça, quando o sinal da besta estiver sendo imposto ao mundo, os que forem assinalados com o “selo do Deus vivo” constituirão os “cento e quarenta e quatro mil”. Nessa época todos que não aceitarem “o selo do Deus vivo” receberão o sinal da besta em sua testa ou mão direita. Os “cento e quarenta e quatro mil” serão os santos que habitarão a Terra nos últimos instantes da história do mundo. Eles viverão num momento histórico peculiar que antecede ao fechamento da porta da graça e constituirão uma Igreja Triunfante. Naquele tempo de adversidades o mundo inteiro terá se apostatado das verdades bíblicas. Nessa ocasião os “cento e quarenta e quatro mil” concluirão a pregação do evangelho em todo o planeta. Numa época, onde as igrejas estão caídas da luz e a apostasia campeando o mundo inteiro, os “cento e quarenta e quatro mil” pregarão, com grande poder, a mensagem do terceiro anjo. A terra inteira será iluminada com a glória desta mensagem. Naquela época todos os que se decidirem a favor da mensagem do terceiro anjo também constituirão “cento e quarenta e quatro mil”. Somente eles representarão a verdadeira igreja, que passará incólume pelo período da queda das sete últimas pragas. As organizações seculares e religiosas comandadas pela besta e sua imagem estarão batalhando com o poder legislativo, judiciário e executivo para impor ao mundo o sinal da besta. Nesse tempo de provação, os servos de Deus deverão ter paciência para suportar as adversidades e perseguições. Eles são tidos pelo céu como santos, porque estão santificados na verdade (João 17:17). A Bíblia Sagrada os identifica como sendo aqueles que, opondo-se ao sinal da besta, guardam os mandamentos de Deus, inclusive guardam o sábado – o selo do Deus vivo – e também guardam a fé de Jesus, o que permite identificá-los como verdadeiros e fiéis cristãos.

VII. CONCLUSÃO 11. “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus”. (Apocalipse 15:2). Passado o conflito de espírito provocado pela pregação da mensagem do terceiro anjo em todo o mundo, decorrido o “tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” (Daniel 12:1) e terminado o fragor da batalha contra as trevas morais e espirituais do mundo, os “cento e quarenta e quatro mil” são vistos junto ao mar de vidro. O mar de vidro está localizado diante do trono de Deus (Apocalipse 4:6). João o descreveu “como mar de vidro misturado com fogo”. Em outro lugar João descreveu o mar de vidro como algo “semelhante ao cristal” (Apocalipse 4:6). O profeta Daniel descreveu o mar de vidro que estava diante de Deus como “um rio de fogo” que “manava e saía de diante dEle” (Daniel 7:10). O profeta Ezequiel falando do “mar de vidro misturado com fogo”, disse o seguinte: “no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas” (Ezequiel 28:14). O monte santo de Deus é um símile para o lugar onde se encontra o trono de Deus. A expressão “pedras afogueadas” é uma referência ao mar de vidro misturado com fogo. Estes três profetas estão falando da mesma coisa, mas empregando diferentes palavras. Todos eles falam do local onde se encontra localizado o trono de Deus e todos fazem referência ao fogo glorioso que há nesse local.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil O profeta afirmou que viu junto ao mar de vidro as pessoas que saíram vitoriosas da imposição do sinal da besta. Elas constituem os “cento e quarenta e quatro mil”, que foram assinalados com o selo do Deus vivo (Apocalipse 7:4). Esses vitoriosos que se encontram junto ao mar de vidro, diante do trono de Deus, “tinham as harpas de Deus”. Portanto, trata-se de uma clara referência aos “cento e quarenta e quatro mil”, haja vista que eles são os “harpistas, que tocavam com as suas harpas e cantavam um como cântico novo diante do trono” (Apocalipse 14:2-3). 12. “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos”. (Apocalipse 20:4). Em visão, o profeta observou que no céu havia alguns tronos. Também notou que aqueles que se assentaram sobre os tronos receberam de Deus autoridade para julgar (Daniel 7:22). Esse julgamento ocorrerá durante um período conhecido como mil anos, haja vista que aqueles que se assentaram sobre os tronos “viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos”. Esta fase do juízo divino é chamada de “Juízo Comprobatório”. Nele será estabelecido o quinhão da pena que cada pecador deverá receber na fase do “Juízo Executivo”. Cada um dos ímpios e pecadores serão penalizados em conformidade com a luz que possuíam em sua época. A respeito desses pecadores, está escrito: “aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Apocalipse 20:15). O Juízo Divino é um todo contínuo que se encontra dividido em quatro fases. A primeira fase é chamada de “Juízo Investigativo” e ocorre antes do milênio e são julgados todos que possuem o nome no livro da vida. A segunda fase é chamada de “Juízo Retribuitivo” e ocorre no início do milênio com a distribuição do galardão a cada um conforme as suas obras. A terceira fase é chamada de “Juízo Comprobatório” e ocorre durante o milênio e são julgados todos que não possuem o nome no livro da vida. A quarta fase é chamada de “Juízo Executivo” e ocorre após o milênio com a aplicação da pena final que cabe a cada pecador no lago de fogo. João afirmou que viu “almas”. A palavra “alma” na Bíblia Sagrada significa “pessoa” ou “ser vivo” (Gênesis 1:20; 24; 30; 2:27; 9:16). Estas pessoas encontram-se vivas no céu “reinando com Cristo durante mil anos” porque elas participaram da primeira ressurreição: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”. (Apocalipse 20:6). O profeta viu várias classes de santos sentadas nos tronos como juízes. Entre os juízes ele viu os mártires que foram degolados por causa do Testemunho de Jesus, que é o “Espírito de Profecia” (Apocalipse 19:10). Viu os crentes de todas as épocas que foram martirizados por causa da Palavra de Deus. Também viu aqueles que não receberam o sinal da besta em suas testas nem em sua mão. É claro que o profeta está falando dos santos que estarão vivendo após o fechamento da porta da graça, haja vista que o sinal da besta é um evento que ainda está no futuro. Estes santos são aqueles “que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. (Apocalipse 14:12). No final da história do mundo, todos eles constituirão os “cento e quarenta e quatro mil assinalados”, que passarão pela grande tribulação e sairão vitoriosas da imposição do sinal da besta.


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144 mil: O Sinal da Besta 1. “O anjo declarou: ‘Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.’ Apocalipse 14:12. Esta declaração é precedida de uma solene e terrível advertência: ‘Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da Sua ira.’ Apocalipse 14:9-10” (HR, 381). 2. “Os terríveis juízos pronunciados contra o culto à besta e sua imagem (Apocalipse 14:9-11), deveriam levar todos a diligente estudo das profecias para aprenderem o que é o sinal da besta, e como devem evitar recebê-lo. As massas populares, porém, cerram os ouvidos à verdade, volvendo às fábulas”. (GC, 594). 3. “Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma – o sinal da besta”. (Mar, 167). 4. “O sinal da besta é o dia de repouso papal”. (Ev, 234). 5. “Quando vier a prova, será mostrado claramente o que é a marca da besta. Ela é a observância do domingo”. (VII BC, 980). 6. “Não vai longe o tempo em que a prova sobrevirá a toda alma. A marca da besta nos será recomendada com insistência. Os que, passo a passo, cederam às exigências do mundo e se sujeitaram a costumes mundanos não acharão difícil submeter-se aos poderes dominantes, de preferência a expor-se a escárnios, insultos” (EF, 173). 7. “Estai certos de que o sábado é uma questão de prova, e a maneira como tratais esta questão vos coloca do lado de Deus ou do lado de Satanás. O sinal da besta será apresentado nalguma forma a toda instituição e a todo indivíduo”. (III ME, 396). 8. “Tempo virá em que de modo algum poderemos vender. Logo sairá o decreto proibindo os homens de comprar ou vender a qualquer pessoa senão aos que tenham o sinal da besta”. (II TS, 44). 9. “A todas as nações, línguas e povos se ordenará que venerem esse sábado espúrio. O decreto impondo a veneração desse dia se estenderá a todo o mundo”. (VII BC, 976). 10. “A igreja apóstata unir-se-á com os poder da Terra e do inferno, para colocar o sinal da besta sobre a fronte ou sobre a mão, e persuadir os filhos de Deus a adorar a besta e sua imagem”. (RH, 08-11-1892). 11. “O mundo e as igrejas estão quebrando a lei de Deus, e se deve dar a advertência: ‘Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da Sua ira.’


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Apocalipse. 14:9-10. Com tal maldição pesando sobre os transgressores do santo sábado de Deus, não deveríamos nós mostrar maior fervor, mais zelo?”. (CSM, 51). 12. “O Juiz de toda a Terra Se levantará em breve para vindicar Sua autoridade insultada. O sinal do libertamento será posto naqueles que guardam os mandamentos de Deus, reverenciam Sua lei e se recusam a aceitar o sinal da besta ou da sua imagem”. (II TS, 151).


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144 mil: Aplicação do Sinal da Besta 1. “Desafiar as leis dominicais não fará senão fortalecer em suas perseguições os fanáticos religiosos que as buscam impor. Não lhes deis ocasião alguma de vos chamarem violadores da lei”. (EF, 140). 2. “Abster-se de trabalhar no domingo não é receber o sinal da besta. Nos lugares em que a oposição é tão forte que suscite perseguição, se for efetuado algum trabalho no domingo, que nossos irmãos façam desse dia uma ocasião para realizar genuíno trabalho missionário”. (The Southern Work, 69-70). 3. “Ninguém receberá o sinal da besta pelo fato de mostrar que compreende a sabedoria de manter a paz mediante a abstenção de trabalho que constitua delito, fazendo ao mesmo tempo uma obra da mais elevada importância”. (III TS, 395). 4. “A observância do domingo ainda não é o sinal da besta, e não o será até que saia o decreto induzindo os homens a adorar este sábado idólatra. Chegará o tempo em que esse dia será a prova, mas esse tempo ainda não chegou”. (VII BC, 977). 5. “Ninguém recebeu até agora o sinal da besta. Ainda não chegou o tempo de prova. Há cristãos verdadeiros em todas as igrejas, inclusive a comunidade católico-romana”. (Ev, 234). 6. “Ninguém é condenado sem que haja recebido iluminação e se compenetrado da obrigatoriedade do quarto mandamento. Mas quando for expedido o decreto que impõe o sábado espúrio, e o alto clamor do terceiro anjo advertir os homens contra a adoração da besta e de sua imagem, será traçada com clareza a linha divisória entre o falso e o verdadeiro. Então os que ainda persistirem na transgressão receberão o sinal da besta”. (Ev, 234). 7. “E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber ‘o sinal da besta’”. (GC, 449). 8. “O decreto não será imposto ao povo cegamente. Cada qual receberá esclarecimento bastante para fazer inteligentemente a sua decisão”. (GC, 605). 9. “Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma – ‘o sinal da besta’. E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber ‘o sinal da besta’”. (Mar, 167). 10. “Se a iluminação da verdade vos foi apresentada, revelando o sábado do quarto mandamento, e mostrando que não há na Palavra de Deus fundamento para a observância do domingo, e não obstante vos apegais ao falso dia de repouso, recusando santificar o sábado a que Deus chama ‘Meu santo dia’, (Isaías 58:13) recebeis o sinal da besta”. (RH, 13 de julho de 1897).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil 11. “Os que, na grande crise que está perante nós, depois de receberem iluminação no tocante à lei de Deus, prosseguem desobedecendo e exaltando as leis humanas acima da de Deus, receberão o sinal da besta”. (Carta 98, 1900). 12. “Esclarecido assim o assunto, quem quer que pise a lei de Deus para obedecer a uma ordenança humana, recebe o sinal da besta; aceita o sinal de submissão ao poder a que prefere obedecer em vez de Deus”. (Mar, 213).


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144 mil: O Sinal de Deus 1. “João contempla um povo diferente e separado do mundo, que se recusa a adorar a besta ou a sua imagem, que tem sobre si o sinal de Deus, que santifica o Seu sábado - o sétimo dia que deve ser santificado como um memorial do Deus vivo, Criador do Céu e da Terra”. (Carta 98, 1900). 2. “Há acentuado contraste entre os que têm o selo de Deus e os que adoram a besta e sua imagem. Os fiéis servos do Senhor depararão com a mais acerba perseguição de falsos mestres, que não darão ouvido à Palavra de Deus e prepararão pedras de tropeço a serem colocadas no caminho dos que querem ouvir”. (Carta P-28, 1900). 3. “De todos os dez preceitos, só o quarto contém o selo do grande Legislador, Criador dos céus e da Terra”. (III TS, 17). 4. “O quarto mandamento é o único de todos os dez em que se encontra tanto o nome como o título do Legislador. É o único que mostra pela autoridade de quem é dada a lei. Assim contém o selo de Deus, afixado à Sua lei, como prova da autenticidade e vigência da mesma”. (PP, 307) 5. “Os que querem ter o selo de Deus na testa precisam guardar o sábado do quarto mandamento”. (VII BC, 970). 6. “O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do sábado do sétimo dia - o memorial divino da criação”. (III TS, 232). 7. “O selo do Deus vivo é colocado nos que guardam conscienciosamente o sábado do Senhor”. (VII BC, 980). 8. “Os olhos misericordiosos de Jesus contemplaram os remanescentes que não estavam selados e, erguendo as mãos ao Pai, alegou que havia derramado Seu sangue por eles. Então outro anjo recebeu ordem para voar velozmente aos outros quatro e mandar-lhes reter os ventos até que os servos de Deus fossem selados na fronte com o selo do Deus vivo”. (PE, 38). 9. “Dentro em pouco todos os que são filhos de Deus terão o Seu selo colocado sobre eles. Oxalá seja ele colocado sobre a nossa fronte! Quem pode suportar o pensamento de ser omitido quando o anjo se puser a selar os servos de Deus em suas frontes?” (RH, 29-05-1889). 10. “Quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo, a misericórdia não mais pleiteará em favor dos culpados habitantes da Terra. O povo de Deus terá cumprido a sua obra. Recebeu a ‘chuva serôdia’, o ‘refrigério pela presença do Senhor’, e acha-se preparado para a hora probante que diante dele está”. (GC, 613). 11. “Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos recebem ‘o selo do Deus vivo’. Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial” (GC, 613).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil 12. “Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo”. (PE, 48).


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144 mil: O Assinalamento 1. “Os olhos misericordiosos de Jesus contemplaram os remanescentes que não estavam selados e, erguendo as mãos ao Pai, alegou que havia derramado Seu sangue por eles. Então outro anjo recebeu ordem para voar velozmente aos outros quatro e mandar-lhes reter os ventos até que os servos de Deus fossem selados na fronte com o selo do Deus vivo”. (PE, 38). 2. “Enquanto Satanás tem estado a fazer as suas acusações, anjos santos, invisíveis, estão passando de um para outro lado, pondo sobre os fiéis o selo do Deus vivo. Estes são os que estarão sobre o Monte de Sião com o Cordeiro, tendo o nome do Pai escrito em suas testas”. (PR, 591). 3. “Dentro em pouco todos os que são filhos de Deus terão o Seu selo colocado sobre eles. Oxalá seja ele colocado sobre a nossa fronte! Quem pode suportar o pensamento de ser omitido quando o anjo se puser a selar os servos de Deus em suas frontes?” (RH, 29-05-1889). 4. “O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do sábado do sétimo dia - o memorial divino da criação”. (III TS, 232). 5. “O selo do Deus vivo é colocado nos que guardam conscienciosamente o sábado do Senhor”. (VII BC, 980). 6. “Não é algum selo ou sinal que possa ser visto, mas uma consolidação na verdade, tanto intelectual, como espiritualmente, de modo que não possam ser abalados”. (Maranata – Meditação Matinal, 198). 7. “Só poderá haver duas classes. Cada participante é assinalado distintamente, ou com o selo do Deus vivo, ou com o sinal da besta ou de sua imagem” (RH, 30/01/1900). 8. “Os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça, também que eles fruirão honras especiais no reino de Deus” (M, 04, 1883). 9. “Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos recebem ‘o selo do Deus vivo’. Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial” (GC, 613). 10. “Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo”. (PE, 48). 11. “Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito: ‘Deus, Nova Jerusalém’, e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo nome de Jesus” (PE, 15). 12. “Estes, tendo sito trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro” (GC, 654).


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144 mil: O Caráter 1. “Nem todos os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outro, que não receberão na testa o selo de Deus” (II TS, 68). 2. “O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus – candidatos para o céu” (II TS, 71). 3. “Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecostes”. (II TS, 69). 4. “Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus – candidatos para o céu” (II TS, 71). 5. “O selo do Deus vivo só será colocado nos que se assemelham a Cristo no caráter”. (VII BC, 970). 6. “Os que hão de receber o selo do Deus vivo e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus” (PE, 70). 7. “‘E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte de Sião, e com Ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome dEle e o de Seu Pai.’ Apocalipse 14:1. Neste mundo suas mentes foram consagradas a Deus; serviram-nO com o intelecto e com o coração; e agora Ele pode colocar Seu nome ‘em suas testas’. ‘E reinarão para todo o sempre.’ Apocalipse 22:5”. (AA, 590-591). 8. “O verdadeiro povo de Deus, os que possuem o espírito da obra do Senhor, tomam a peito a salvação de almas, verão sempre o pecado em seu caráter real, maligno. Estarão sempre a favor de lidar de maneira fiel e positiva com os pecados que facilmente assaltam o povo de Deus. Em especial na obra final da igreja, no tempo do assinalamento dos cento e quarenta e quatro mil que hão de permanecer irrepreensíveis diante do trono de Deus, sentirão muito profundamente os erros do povo professo de Deus”. (I TS, 335). 9. “Nenhuma palavra de engano se encontrou em Seus lábios, nenhuma palavra de prevaricação ou falsidade. O povo que é descrito como constituindo os cento e quarenta e quatro mil tem na testa escrito o nome do Pai, e diz-se a seu respeito: ‘E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus’ Apocalipse 14:5”. (TI, 25 de junho de 1895). 10. “‘E não se achou mentira na sua boca.’ Apocalipse 14:5. São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil por que se acham no trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário.” Apocalipse 7:14 e 15. (VJ, 186). 11. “O dia da vingança de Deus está precisamente diante de nós. O selo de Deus será colocado somente na testa daqueles que suspiram e clamam por causa das abominações cometidas na Terra. Aqueles que se ligam ao mundo por laços de simpatia, estão comendo e bebendo com os ébrios, e certamente serão destruídos com os que praticam a iniquidade”. (II TS, 67). 12. “O povo de Deus suspira e geme pelas abominações cometidas na Terra. Com lágrimas advertem os ímpios de seu perigo em pisar a pés a lei divina, e com indescritível pesar humilham-se perante o Senhor, por causa de suas próprias transgressões. Enquanto Satanás instava com suas acusações, santos anjos, invisíveis, passavam para cá e para lá, colocando sobre eles o selo do Deus vivo”. (RH, 23 de janeiro de 1908).


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144 mil: O Tempo de Angústia 1. “Saiu um decreto para se matar os santos, o que fez com que estes clamassem dia e noite por livramento. Este foi o tempo da angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram. Sua face se iluminou com a glória de Deus!” (PE, 37). 2. “Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo. Estes poucos remanescentes, incapazes de se defenderem no conflito mortal com os poderes da Terra, arregimentados pelas forças do dragão, fazem de Deus a sua defesa. Pela mais elevada autoridade terrestre foi feito o decreto para que, sob pena de perseguição e morte, adorem a besta e recebam seu sinal”. (II TS, 67). 3. “Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. ‘Estes são os que vieram de grande tribulação’ (Apocalipse 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus”. (GC, 649). 4. “Jacó e Esaú representam duas classes: Jacó, os justos, e Esaú, os ímpios. A angústia de Jacó, quando compreendeu que Esaú estava marchando contra ele com quatrocentos homens, representa a angústia dos justos ante o decreto que os condena à morte, exatamente antes da vinda do Senhor”. (HR, 97). 5. “Assim como Satanás influenciou Esaú a marchar contra Jacó, instigará os ímpios a destruírem o povo de Deus no tempo de angústia. E assim como acusou Jacó, acusará o povo de Deus. Conta com as multidões do mundo como seus súditos; mas o pequeno grupo que guarda os mandamentos de deus esta resistindo a sua supremacia”. (Mar 270). 6. “A experiência de Jacó durante aquela noite de luta e angústia, representa a prova pela qual o povo de Deus deverá passar precisamente antes da segunda vinda de Cristo”. (PP, 201). 7. “O povo de Deus entrará então num período de aflição e angústia que o profeta designa ‘o tempo da angústia em Jacó’. o clamor dos fiéis perseguidos se elevará até ao Céu”. (II TS, 151). 8. “O tempo de agonia e angústia que diante de nós está, exigirá uma fé que possa suportar o cansaço, a demora e a fome - fé que não desfaleça ainda que severamente provada. O tempo de graça é concedido a todos, a fim de se prepararem para aquela ocasião”. (GC, 621). 9. “Foi uma hora de angústia assustadora, terrível, para os santos. Dia e noite clamavam a Deus, pedindo livramento. Quanto à aparência exterior, não havia possibilidade de escape. Os ímpios já tinham começado a triunfar, clamando: ‘Por que vosso Deus não


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil vos livra de nossas mãos? Por que não ascendeis ao Céu, e salvais a vossa vida?’ Mas os santos não lhes prestavam atenção. Como Jacó, estavam lutando com Deus”. (HR, 407). 10. “Os anjos ansiavam libertá-los, mas deviam esperar um pouco mais; o povo de Deus devia beber o cálice e ser batizado com o batismo. Os anjos, fiéis à sua incumbência, continuavam a vigiar. Deus não consentiria que Seu nome fosse vituperado entre os gentios. Quase chegara o tempo em que Ele deveria manifestar Seu grande poder, e gloriosamente libertar Seus santos. Pela glória de Seu nome, Ele desejava libertar cada um daqueles que O haviam esperado pacientemente, e cujos nomes estavam escritos no livro”. (HR, 407). 11. “Afligem a alma perante Deus, indicando o anterior arrependimento de seus muitos pecados e reclamando a promessa do salvador: ‘que se apodere de Minha força e faça paz comigo: sim, que faça paz comigo’. Isaías 27:5. Sua fé não desfalece por não serem suas orações de pronto atendidas. Sofrendo embora a mais profunda ansiedade, terror e angústia, não cessam as suas intercessões. Apoderam-se da força de Deus como Jacó se apoderara do Anjo; e a linguagem de sua alma é: ‘Não Te deixarei ir, se me não abençoares’”. (GC, 618). 12. “Posto que um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de toda alma fiel. Alguns são assaltados ao fugirem das cidades e vilas; mas as espadas contra eles levantadas se quebram e caem tão impotentes como a palha. Outros são defendidos por anjos sob a forma de guerreiros”. (Mar, 266).


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144 mil: A Grande Tribulação 1. “Outro ser celestial exclamou com voz firme e musical: ‘Eles vieram de grande tribulação. Andaram na fornalha ardente no mundo, aquecida intensamente pelas paixões e fantasias de homens que queriam impor-lhes a adoração da besta e sua imagem”. (III ME, 429). 2. “Lembrai-vos, porém, de que todos os que forem encontrados trajando a veste nupcial terão vindo de grande tribulação. As poderosas vagas da tentação se abaterão sobre todos. Mas a longa noite de vigilância, luta e aflição está quase terminada. Cristo virá em breve. Preparai-vos!” (RH, 17 de abril de 1894). 3. “Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante. ‘Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai.’ Apocalipse 14:1-5. ‘Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro.’ Apocalipse 15:3. ‘Estes são os que vieram de grande tribulação’ Apocalipse 7:14”. (EF, 268). 4. “‘E não se achou mentira na sua boca.’ Apocalipse 14:5. ‘São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão por que se acham no trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário.’ Apocalipse 7:14-15”. (Vida de Jesus, 186). 5. “Deus queria ser honrado fazendo um concerto com aqueles que haviam guardado Sua lei, à vista dos gentios em redor deles; e Jesus queria ser honrado, trasladando, sem que vissem a morte, os fiéis e expectantes, que durante tanto tempo O haviam esperado”. (PE, 283). 6. “Vi lá mesas de pedra, em que estavam gravados com letras de ouro os nomes dos 144.000. Depois de contemplar a beleza do templo, saímos, e Jesus nos deixou e foi à cidade. Logo Lhe ouvimos de novo a delicada voz, dizendo: ‘Vinde, povo Meu; viestes da grande tribulação, e fizestes Minha vontade; sofrestes por Mim; vinde à ceia, pois Eu Me cingirei e vos servirei.’ Nós exclamamos: ‘Aleluia! Glória!’ e entramos na cidade. E vi uma mesa de pura prata; tinha muitos quilômetros de comprimento, contudo nossos olhares podiam alcançá-la toda”. (PE, 19) 7. “Em visão, contemplou o profeta a vitória do povo de Deus. Diz ele: ‘E vi um como mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor, Deus Todopoderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos!’ Apocalipse 15:2 e 3. ‘Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra.’” Apocalipse 7:14 e 15. (MDC, 31).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil 8. “Todas as classes, todas as nações, tribos, povos e línguas estarão perante o trono de Deus e do Cordeiro, com suas vestes imaculadas e coroas gloriosas. Disse o anjo: ‘Estes são os que vieram de grande tribulação”. (Mar, 327). 9. Lembrai-vos, porém, de que todos os que forem encontrados trajando a veste nupcial terão vindo de grande tribulação. As poderosas vagas da tentação se abaterão sobre todos. Mas a longa noite de vigilância, luta e aflição está quase terminada. Cristo virá em breve. Preparai-vos! (RH, 17 de abril de 1894).


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144 mil: As Perseguições 1. “Nas visões que lhe foram concedidas dos acontecimentos futuros, o profeta João contemplou essa cena. Este culto dos demônios lhe foi revelado e pareceu-lhe que todo o mundo estava à borda da perdição. Mas enquanto olhava com grande interesse, notou a assembléia dos que guardam os mandamentos de Deus. Tinham na testa o selo do Deus vivo, e disse: ‘Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus’”. (II TS, 370). 2. “Enquanto Satanás instava com suas acusações, e buscava destruir esse grupo, santos anjos, invisíveis, passavam para cá e para lá, colocando sobre eles o selo do Deus vivo. Estes são os que se acharão sobre o Monte Sião com o Cordeiro, tendo escrito na fronte o nome do Pai. Cantam ante o trono o novo cântico, aquele cântico que homem algum pode aprender a não ser os cento e quarenta e quatro mil, que foram remidos da Terra.” (II TS, 179). 3. “Se bem que Igreja e Estado unam seu poder para compelir ‘todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos’ (Apocalipse 13:16), a receberem o sinal da besta, todavia o povo de Deus não o receberá. O profeta de Patmos vê ‘os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus’ (Apocalipse 15:2) e cantavam o cântico de Moisés e do Cordeiro”. (II ME, 55). 4. “Saiu um decreto para se matar os santos, o que fez com que esses clamassem dia e noite por livramento. Esse foi o tempo da angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram. Sua face se iluminou com a glória de Deus”. (VE, 101). 5. “Denunciando-os como merecedores do mais severo castigo, e dando ao povo liberdade para, depois de certo tempo, matá-los. O romanismo no Velho Mundo, o protestantismo apóstata no Novo, adotarão uma conduta idêntica para com aqueles que honram todos os preceitos divinos. O povo de Deus será então imerso naquelas cenas de aflição e angústia descritas pelo profeta como o tempo de angústia de Jacó”. (GC, 616). 6. “Eis que a grande crise vem sobre o mundo. As Escrituras ensinam que o papado deverá readquirir sua supremacia perdida, e que os fogos da perseguição serão reatados por meio das concessões oportunistas do chamado mundo protestante”. (II ME, 367). 7. “Quando as igrejas protestantes se unirem com o poder secular para amparar uma religião falsa, à qual se opuseram os seus antepassados, sofrendo com isso a mais terrível perseguição, então o dia de repouso papal será tornado obrigatório pela autoridade combinada da Igreja e do Estado”. (M 51, 1899). 8. “Se o papado ou seus princípios forem de novo conduzidos ao poder pela lei, os fogos da perseguição de novo se acenderão contra os que não quiserem sacrificar a consciência e a verdade em deferência a erros populares. Este mal está prestes a realizar-se”. (II TS, 319).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil 9. “‘E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo.’ Apocalipse 12:17. Num futuro não muito distante haveremos de ver estas palavras cumpridas, quando as igrejas protestantes se aliarem com o mundo e o poder papal contra os que guardam os mandamentos de Deus. O mesmo espírito que atuou nos romanistas em épocas passadas há de induzir os protestantes a adotarem as mesmas medidas contra os que se conservam leais à lei de Deus”. (II TS, 149). 10. “O mundo todo há de ser instigado à inimizade contra os adventistas do sétimo dia, porque eles não rendem homenagem ao papado, honrando o domingo, instituição desse poder anticristão. É desígnio de Satanás fazer com que eles sejam exterminados da Terra, a fim de que não seja contestada sua supremacia no mundo”. (A Igreja Remanescente, 34). 11. “Todos quantos não se curvarem ao decreto dos concílios nacionais e obedecerem às leis nacionais para exaltar o sábado instituído pelo homem do pecado, para menosprezar o santo dia de Deus, sentirão, não somente o poder opressivo do papado, mas do mundo protestante, a imagem da besta”. (II ME, 380). 12. “As organizações religiosas que recusam ouvir as mensagens de advertência da parte de Deus estarão sob forte engano, e se unirão com o poder civil para perseguir os santos. As igrejas protestantes se unirão com o poder papal para perseguir o povo de Deus que guarda os mandamentos”. (EF, 145).


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144 mil: A Grande Multidão 1. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... ‘Estes, tendo sito trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro’ (Apocalipse 14:4)” (GC, 654). 2. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... ‘Estes são os que vieram de grande tribulação’ (Apocalipse 7:14)” (GC, 654). 3. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó” (GC, 654). 4. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus” (GC, 654). 5. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... Mas foram livres, pois ‘lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro’ (Apocalipse 7:14)” (GC, 654). 6. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... ‘Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis’ diante de Deus (Apocalipse 14:5)” (GC, 654). 7. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... ‘Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo’ (Apocalipse 7:15)” (GC, 654). 8. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... ‘e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra’ (Apocalipse 7:15)” (GC, 654). 9. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... Vira a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede” (GC, 654). 10. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... Mas ‘nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles’ (Apocalipse 7:16)” (GC, 654). 11. “Ninguém a não ser os centos e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois e o de sua experiência... ‘Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guiar para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima’ (Apocalipse 7:17)” (GC, 654).


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil 12. “No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo – tão resplendente é ele pela glória de Deus – está reunida a multidão dos que ‘saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome’ (Apocalipse 15:2)” (GC, 653).


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144 mil: As Ressurreições Especiais 1. “Eis que vem com as nuvens e todo o olho o verá, até os asmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém”. Apocalipse 1:7 2. “‘Os mesmos que O traspassaram’ (Apocalipse 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-lo em Sua glória, e ver a honra conferida nos fiéis e obedientes”. (GC, 635). 3. “Os que desempenharam a parte mais saliente na rejeição e crucifixão de Cristo ressuscitam para vê-Lo como Ele é, e os que rejeitaram a Cristo ressurgem e veem os santos glorificados, e é nessa ocasião que os santos são transformados num momento, num abrir e fechar d’olhos, e são arrebatados para o encontro com o seu Senhor nos ares. Os mesmos que puseram nEle o manto de púrpura e Lhe colocaram sobre a fronte a coroa de espinhos, e os que Lhe perfuraram as mãos e os pés com os cravos, olham para Ele e pranteiam”. (IX MR, 252). 4. “A voz que eles ouviram tantas vezes em rogos e persuasões, lhes soará novamente nos ouvidos. Todo som de afável solicitação vibrará tão distintamente em seus ouvidos como quando o Salvador falou nas sinagogas e nas ruas. Então os que O traspassaram clamarão às rochas e montanhas para que caiam sobre eles e os escondam da face dAquele que Se assenta no trono, e da ira do Cordeiro”. (Carta 131, 1900). 5. “Abrem-se sepulturas, e ‘muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno’. Daniel 12:2. Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei”. (GC, 635). 6. “Houve um grande terremoto. As sepulturas se abriram e os que haviam morrido na fé da mensagem do terceiro anjo, guardando o sábado, saíram de seus leitos de pó, glorificados, para ouvir o concerto de paz que Deus deveria fazer com os que tinham guardado a Sua lei”. (HR, 409). 7. “Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto”. (PE, pág. 15). 8. “Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram, e os mortos saíram revestidos de imortalidade. Os 144.000 clamaram ‘Aleluia!’, quando reconheceram os amigos que deles tinham sido separados pela morte, e no mesmo instante fomos transformados e arrebatados juntamente com eles para encontrar o Senhor nos ares” (PE, 16). 9. “Vi que ela [Sra. Hastings] estava selada, e à voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra, e estaria com os 144.000. Vi que não precisamos chorar sobre ela; ela repousaria durante o tempo da angústia, e tudo que pudéssemos lamentar seria nossa


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil perda de ficar privados de sua companhia. Vi que seu falecimento redundaria em bem”. (II ME, 263). 10. “Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo: ‘Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus’” (PE, 40).


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144 mil: A Vitória 1. “Com o Cordeiro, sobre o Monte Sião, ‘tendo harpas de Deus’, estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, ‘uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas’” (GC, 654). 2. “Cantavam um ‘cântico novo diante do trono’ - cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro - hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência - e nunca ninguém teve experiência semelhante” (EF, 268). 3. “Eles cantam o cântico novo diante do trono, esse cântico que ninguém pode aprender a não ser os cento e quarenta e quatro mil que são redimidos da Terra”. (PR, 591). 4. “Ali, sobre o mar de vidro, os 144.000 ficaram em quadrado perfeito. Alguns deles tinham coroas muito brilhantes; outros, não tanto. Algumas coroas pareciam repletas de estrelas, ao passo que outras tinham poucas”. (PE, 16). 5. “Vi lá mesas de pedra, em que estavam gravados com letras de ouro os nomes dos 144.000. Depois de contemplar a beleza do templo, saímos, e Jesus nos deixou e foi à cidade”. (PE, 19). 6. “E quanto estávamos para entrar no santo templo, Jesus levantou Sua bela voz e disse: ‘Somente os 144.000 entram neste lugar’, e nós exclamamos: ‘Aleluia’!” (PE, 19). 7. “Procuremos, com todo o poder que Deus nos tem dado, estar entre os cento e quarenta e quatro mil” (RH, 9 de março de 1905).


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BIBLIOGRAFIA Almeida, Armando Rocha. Daniel e Apocalipse: Profecias que revelam nosso futuro. 3ª edição. São Paulo: SEARA, 1995. Anderson, Roy A. Revelações do Apocalipse. Tradução de Carlos A. Trezza. 1ª edição revisada. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1988. Aulete, Caldas. Minidicionário contemporâneo da língua portuguesa/Caldas Aulete [atualização do Banco de Palavras, Conselho dos Dicionários Caldas Aulete, editor responsável Paulo Geiger]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. Battistone, Joseph J. Triunfo No Presente – Glória no Futuro. Lição da Escola Sabatina. Tradução de Naor G. Conrado. 2º Trimestre de 1989. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1989. Bertoldo, Leandro. Conflito Final. 1ª edição. Rio de Janeiro: Litteris Editora, 2008. Bertoldo, Leandro. Profecias Sobre o Tempo do Fim. 1ª edição. Rio de Janeiro, RJ: Litteris Editora, 2009. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição Revista e Corrigida. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969. Carvalho, Demilson Fonseca de. O Sinal da Besta e as Sete Pragas do Apocalipse. 6ª edição. São Paulo: Edição do Autor. Chaij, Fernando. Preparação para a Crise Final. Tradução de Carlos A. Trezza. 1ª edição. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1990. Coffman, Carl. Triunfo no Presente – Glória no Futuro. Lição da Escola Sabatina. Tradução de Naor G. Conrado. 3º Trimestre de 1989. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1989. Jardim, Brizolar. A Sacudidura e os 144 Mil Selados. 1ª edição. Rio de Janeiro: Editora Valença S/A, 1985. Koogan/Houaiss. Enciclopédia e Dicionário Ilustrado. Edições Delta. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1993. La Rondelle, Hans K. Armagedom: o verdadeiro cenário da guerra final. Tradução de César Luís Panani. 1ª edição. Tatuí – SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004. Maxwell, C. Mervyn, Uma Nova Era Segundo as Profecia do Apocalipse. Tradução de Hélio Luiz Grelmann. 1ª edição. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1998. Mello, Aracely S. A Verdade Sobre as Profecias do Apocalipse. 2ª edição. Rio Grande do Sul: Oficina da GRAFIACS, 1982.


LEANDRO BERTOLDO A Verdade Sobre os 144 Mil Sás, A. C., O Selamento do Povo de Deus. Tradução Olyntho S. Soares e Elizabeth T. de Oliveira. 1ª edição. Itaquaquecetuba – São Paulo: Edições Vida Plena, 1996. Smith, Uriah. As Profecias do Apocalipse. 1ª edição. São Paulo: Edições Vida Plena, 1991. http://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/1 http://www.jesusvoltara.com.br/buscalivros.htm http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=67


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EPÍLOGO “Nas visões que lhe foram concedidas dos acontecimentos futuros, o profeta João contemplou essa cena. Este culto dos demônios lhe foi revelado e pareceu-lhe que todo o mundo estava à borda da perdição. Mas enquanto olhava com grande interesse, notou a assembléia dos que guardam os mandamentos de Deus. Tinham na testa o selo do Deus vivo, e disse: ‘Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus’” (II TS, 370).

Ellen Gould White Escritora, conferencista, conselheira, e educadora norte-americana. (1827-1915)


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ENDEREÇOS Conheça as Escrituras Sagradas nos seguintes endereços em Mogi das Cruzes – SP. Socorro: R. Aristóphanes Cataldo Éboli, 305 – Vl. Oliveira Botujuru: Av. Felipe Sawaya, 154 – Cl. São Paulo Brás Cubas: R. Odilon Afonso, 80. Vila Cléo: R. Celeste Amaroso Mulheise, 123 – Vl. Lavínia César de Souza: R. Pereira Barreto, 22. Jd. Santa Cecília: R. Massao Kakiute, 159. Jundiapeba: R. Benedito de S. Branco, 80 – Vl. Stº Antonio Mogi das Cruzes: R. Cel. Santos Cardoso, 434, Jd. Santista Sabaúna: R. Joaquim G. de Faria, 26 - Sabaúna. Vila Natal: R. Desidério Jorge, 402 – Vila Natal. Vila Nova Jundiapeba: R. Alfredo Crestana, 590. Jardim Margarida: R. Fátima, 115 – Jd. Margarida Biritiba Mirim: Av. Maria José Siqueira Melo, 280 – Centro. Jd. dos Eucaliptos: R. José Servulo da Costa, 777 – B. Mirim Casqueiro: Estrada Servidão, 50 – Biritiba Mirim. Cocuéra: Faz. Hollancountry, Cocuéra – Biritiba Mirim. Pomar do Carmo: R. das Acácias, 60 – Biritiba Mirim.


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