Acção Humanitária para as Crianças 2011
UNICEF lança apelo de 1.4 mil milhões de dólares para responder às crises mais extremas GENEBRA, 7 de Março de 2011 – A UNICEF divulgou hoje o Relatório de Acção Humanitária para as Crianças (HAR) 2011, pedindo 1.4 milhões de dólares no quadro do seu apelo anual aos doadores a fim de prestar assistência às crianças e mulheres afectadas por crises graves. O apelo deste ano destaca 32 países, pondo a tónica na importância crescente de reforçar a resiliência das comunidades. “Investir nas crianças e criar capacidade de resiliência nos países e comunidades que vivem em situação de vulnerabilidade não só encurta o caminho para a recuperação, como os ajuda a antecipar riscos de uma catástrofe e ainda a mitigar as perdas quando estas acontecem,” declarou a Directora Executiva Adjunta da UNICEF, Hilde Johnson. Em 2010 assistimos a crises humanitárias de uma violência avassaladora: as cheias no Paquistão submergiram um quinto do país; o sismo no Haiti causou mais de 200.000 mortos e deslocou milhões de pessoas; a seca e a falta de comida na região do Sahel continuam a ameaçar a vida de centenas de milhares de crianças afectadas por má nutrição aguda severa. Estas emergências são notícia de destaque em todo o mundo, porém há muitas outras crises, que apesar de muito menos mediatizadas, afectam seriamente a vida das crianças. Fome, secas, conflitos violentos, deslocações prolongadas fazem parte do quotidiano de milhões de pessoas no mundo. Estas crises humanitárias têm consequências nefastas para as crianças – recrutamento em grupos armados, violência sexual, perda de serviços básicos como água potável, saúde e educação. A escala sem precedentes das catástrofes no Haiti e Paquistão em 2010 gerou uma resposta extraordinária a nível global por parte de todas as organizações humanitárias e de muitos parceiros. Mas evidenciou também a necessidade de reforçar a preparação e a diminuição do risco em comunidades que são repetidamente atingidas por crises. Equipar as comunidades vulneráveis com as competências necessárias para fazer face e resistir ao risco é uma componente da acção humanitária cada vez mais relevante, e uma área na qual a UNICEF está fortemente empenhada. Em 2010, por exemplo, a UNICEF reviu os seus Principais Compromissos para as Crianças no âmbito da Acção Humanitária para defender os direitos das crianças e das mulheres em situações de crise. Algumas alterações importantes na política humanitária da organização vieram colocar um enfoque muito maior na preparação antes do eclodir de uma crise, estabelecendo uma relação muito mais forte entre acção humanitária e desenvolvimento, e sublinhando a importância da diminuição do risco das catástrofes. O Relatório de Acção Humanitária para as Crianças 2011 descreve crises que requerem apoio excepcional, e mostra onde é indispensável uma acção urgente para salvar vidas, proteger as crianças das piores formas de abusos e violência, e para assegurar serviços básicos como a água e saneamento, saúde, nutrição e educação. Após um ano marcado por tragédias humanas e catástrofes naturais devastadores, nunca foi tão necessário reforçar a resiliência das pessoas e comunidades que são repetidamente apanhadas em situações de perigo” afirmou Hilda Johnson.
A prioridade dada aos 32 países incluídos neste apelo foi determinada com base na dimensão e gravidade da crise, nas suas consequências para as crianças e as mulheres, na natureza crónica ou prolongada da crise, e no potencial de serem alcançados resultados duradoiros para salvaguardar a vida das crianças. Acerca da UNICEF: A UNICEF está no terreno em mais de 150 países e territórios para ajudar as crianças a sobreviver e a desenvolver-se, desde os primeiros anos de vida e ao longo da adolescência. A UNICEF, que é o maior fornecedor de vacinas dos países em desenvolvimento, apoia a saúde e nutrição infantil, o acesso a água potável e saneamento, uma educação básica de qualidade para todos, rapazes e raparigas, e a protecção das crianças contra a violência, a exploração e a SIDA. A UNICEF é inteiramente financiada por contribuições voluntárias de particulares, empresas, fundações e governos.