PORTFÓLIO
Nycolle Borges
Nycolle Borges
CV
Escola de Música
Setor Sul de Goiânia
A Casa da Cultura
Projeto legal
Projeto executivo
Produções teóricas
Brasileira, 23 anos
Anápolis - GO +55 62 992048355
nycolledepaula@gmail.com issuu.com/nycollepborges
Nov 2021 // Abr 2024
Sou estudante do 9º período de Arquitetura e Urbanismo com experiência em escritório de Arquitetura e Interiores focado em projetos corporativos, comerciais e habitacionais. Busco estágio de arquitetura na área de projetos, a fim de continuar contribuindo em projetos que impactam positivamente o espaço, com possibilidade de efetivação para que minha carreira na área se concretize.
Hiero Arc (S/A Arquitetos)
Estagiária
Desenvolvimento de projetos residenciais, corporativos e comerciais. Elaboração de projetos de aprovação de edifícios habitacionais de múltiplos pavimentos em software BIM. Compatibilização de projetos arquitetônicos, estruturais, elétricos e hidráulicos. Modelagem 3D. Elaboração de detalhamentos e projetos executivos em AutoCAD e Layout.
Ago 2019 // Dez 2024 (previsão)
Graduanda em Arquitetura e Urbanismo – Universidade Estadual de Goiás
2024 Curso de teoria e história da Arquitetura com Gabriel Kogan – Módulo Toyo Ito (8h) Curso de teoria e história da Arquitetura com Gabriel Kogan – Módulo Tadao Ando
2024
2023 Eixo: Archicad do zero ao executivo
2022 Projetou: Revit Arquitetônico do zero ao avançado (34h)
2021 Colmeia Lab: Curso de expressão artística e diagramação de pranchas (24h)
2020 Concurso MOB+UP: Desafio de design de mobiliário
2018 BP Global Stem Academies – Chicago: Bolsa de intercâmbio focado em Arquitetura, Geografia, Química e Física
2024 Enscape
2023 Archicad
2022 Revit
2021 Illustrator, Photoshop e InDesign
2020 Skecthup e Layout
2019 AutoCAD
2018 Pacote Office nativo Português fluente Inglês básico Espanhol
Entendimento do valor coletivo de uma empresa e valorização do trabalho em equipe. Comunicação assertiva. Facilidade no aprendizado de novos softwares, métodos e procedimentos. Senso de iniciativa e busca por soluções de problemas. Comprometimento com prazos e maestria das tarefas exigidas. Busca constante por inovações e melhorias da área.
Projeto de Arquitetura IV 5º período
Grupo: Nycolle Borges, Anna Júlia
Rogrigues e Julia Cirilo
Orientação: Alexandre Gonçalves e Pedro Máximo
O desafio do projeto se pautou na concepção de um complexo cultural voltado para a necessidade de uma escola municipal de música para Anápolis-GO. O programa conta com a escola, auditório e um pub, responsável por manter o movimento e segurança da região à noite.
O entorno do terreno evidencia o caráter predatório do comércio e especulação urbana da região, que tem provocado a decadência do espaço público. Em resposta a isso, o partido nasce do estabelecimento de três volumes, sendo a escola de música como uma caixa translúcida vertical, o auditório como um monolito preto e o pub como um volume baixo e longitudinal. Essa conformação espacial gerou uma praça que marca o encontro e acesso do complexo, que encontrou nas circulações dinâmicas uma estratégia de dinamização da forma.
A proposta volumétrica se baseia em 2 fatores princiapais: se apropriar das forças do terreno (seu formato e a possibilidade de conectar as duas vias paralelas que fazem seu acesso) e a integração entre os programas principais - Escola de Música e Auditório - com o anexo - PUB - por meio de uma praça coberta. Pensando nisso, trabalhamos formas mais regulares em busca de uma implantaçã que reivindicasse esse lugar, ao passo que a circulação conecta os volumes ao mesmo tempo que separa os acessos de cada um.
LEGENDAS
PUB 01 - SALÃO 02 - PALCO 03 - BAR 04 - WC FEMININO 05 - WC PCD 06 - WC MASCULINO 07 - COZINHA
08 - DESPENSA 09 - DML 10 - ADMINISTRAÇÃO 11 - VESTIÁRIO MASCULINO 12 - VESTIÁRIO FEMININO 13 - GUARDA VOLUME
AUDITÓRIO 01 - BILHETERIA 02 - FOYER 03 - PLATÉIA 04 - PALCO 05 - WC FEMININO 06 - WC PCD 07 - WC MASCULINO
ESCOLA DE MÚSICA 01 - CAFÉ 02 - PALCO
03 - DESPENSA 04 - WC FEMININO 05 - WC PCD 06 - WC MASCULINO
Projeto Integrado de Arquitetura e Urbanismo (PIAU)
8º período
Grupo: Nycolle Borges, Anna Júlia Rogrigues, Julia Cirilo, isabela Ferro e Samuel Cardoso
Orientação: Celina Manso e Sandra Pantaleão
O projeto se consiste na análise teórica, espacial e morfológica do Setor Sul de Goiânia - histórico bairro jardim projetado por Armando de Godoy em 1938 -, para elaboração de um diagnóstico atual da região e, por fim, um plano de intervenção urbana e arquitetônica. O projeto teve como diretriz a conservação e recuperação dos cul de sacs e jardins internos das quadras, se guiando pelo viés socioambiental, visto que a região sofre com alagamentos constantes. O masterplan foi elaborado com base em seis eixos estratégicos de análise, que resultaram na proposição de novas ciclovias, hortas urbanas, praças, parques e mobiliários, além de edifícios públicos capazes de reviver o bairro, como a Praça das Artes, conjunto habitacional e Memorial da Arquitetura Modernista do Setor Sul.
Trabalho Final de Graduação - TFG1 (em andamento)
9º período
Individual
Orientação: Alexandre Gonçalves
O projeto nasceu da vontade de conciliar minha visão crítica adquirida na faculdade com as memórias afetivas da minha cidade - Itumbiara (GO) -, sobretudo aquelas vividas na Vila de Furnas, uma antiga vila operária com resquícios do modernismo goiano tardio. O terreno escolhido abrange a atual Prefeitura de Itumbiara e a antiga Casa de Visitação. A proposição se consiste de um complexo cultural, que abrange uma escola de música, escola de artes, espaço de exposições artísticas, a nova sede da Academia Itumbiarense de Letras, auditório e biblioteca municipal. A arquitetura proposta atua no sentido de recuperar a história do patrimônio perdido, bem como restaurar o uso público do local por meio de respostas contemporâneas. Os novos volumes se assentam no terreno onde as árvores de espécies invasoras deram espaço, conformando o local com pórticos, pátios e passarelas.
ÁRVORES INVASORAS RETIRADAS
VAZIOS GERADOS
VOLUMES
ABERTURAS E MATERIALIDADE
Projeto legal de habitação coletiva Autoria do projeto: Hiero Arc Projeto em execução
Modelagem e documentação de projeto de habitação coletiva de três pavimentos, elaborado durante período de estágio no escritório Hiero Arc. Desenho elaborado para aprovação na Prefeitura de Anápolis e demais órgãos competentes.
Recortes de projeto executivo e detalhamento elaborado durante o período de estágio no escritório Hiero Arc. O projeto em questão se consiste de uma reforma de interiores corporativo, onde a empresa contrante desejava uma reformulação dos espaços existentes para atender à nova demanda de funcionáarios, exigindo projeto de demolição, construção, novas esquadrias, intervenção com tinta, mobiliário e marcenaria.
armário
móvel a ser detalhado
PLANTA SALA ALEXANDRE FUNARI sem escala
Instalar o móvel à 2,11m do piso
PERSPECTIVA sem escala
ESPESSURA DO MATERIAL PROPOSTO PODE SER ADAPTADO PARA MELHOR FUNCIONALIDADE
*ESTRUTURAÇÃO DO MÓVEL PODE ALTERAR O DETALHAMENTO
MARCENARIA: SALA ALEXANDRE FUNARI - ESCALA 1/25 14
Ensaios teóricos e resumo expandido
Escritos e ensaios elaborados durante o período de graduação, se caracterizando como produções de extensão. Os ensaios refletem meu apreço pela literatura e visão crítica das produções artísticas - sobretudo as contemporâneas -, sob o olhar da estética. O resumo expandido em questão é a expansão da crítica teórica iniciada em meu TFG 1.
2023 “O Apanhador no Campo de Centeio e minha educação sentimental” Ensaio sobre o livro de J. D. Salinger e seu impacto em minha formação.
Publicado na Revista Bula.
Link:https://www.revistabula.com/62860-o-apanhador-no-campo-de-centeio-e-min ha-educacao-sentimental/
2024 “Retrato de uma jovem em chamas: Marianne e Héloïse como Orfeu e Eurídice” Ensaio sobre o filme “Retrato de uma jovem em chamas” e sua análise pela ótica da metáfora estabelecida entre o romance proibido das personagens e o mito grego de Orfeu e Eurídice.
Publicado no Jornal Opção.
Link:https://www.jornalopcao.com.br/opcao-cultural/retrato-de-uma-jovem-em-ch amas-marianne-e-heloise-como-orfeu-e-euridice-574684/ha-educacao-sentimental /
2024 “Resquícios de um modernismo latente: a Vila de Furnas de Itumbiara-GO” Resumo expandido acerca da discussão crítica do processo de degradação e negação do patrimônio modernista da Vila de Furnas de Itumbiara.
Publicado na 10ª edição do Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campus Central da UEG (EEPEX).
Nycolle de Paula Borges, Graduanda em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Goiás, nycolledepaula@gmail.com Alexandre Ribeiro Gonçalves, Doutor, Universidade Estadual de Goiás, alexrgon@gmail.com
Área do trabalho: ENSINO Curso: ARQUITETURA E URBANISMO
INTRODUÇÃO
Itumbiara é uma cidade de fronteira entre o estado de Goiás e Minas Gerais, hoje com 107 970 habitantes (IBGE, 2022) Seu sítio geográfico foi altamente propício para a consolidação da Marcha para o Oeste, sendo o portal de entrada do projeto de modernização do centro do país A concretização do desenvolvimentismo na cidade foi marcada pela construção da maior usina hidrelétrica do sistema Furnas no Rio Paranaíba, juntamente com uma vila operária, que foi responsável por significativas mudanças na dinâmica urbana da cidade (REIS; PANTALEÃO, 2014) Contudo, nem a importância histórica para a cidade, tampouco a qualidade arquitetônica das moradias e dos edifícios modernistas da Vila foram capazes de impedir o amplo processo de degradação e descaracterização do conjunto a partir dos anos 2000 – processo que inclusive perdura nos dias atuais
PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
O processo de investigação acerca do tema se pautou em pesquisas bibliográficas, sobretudo em trabalhos que já abordaram parte do tema, como Maria Eliza Alves Guerra (2008), Mônica Otero de Melo dos Reis e Sandra Catharine Pantaleão (2014), que dissertaram respectivamente sobre aspectos urbanos de vilas operadoras de Furnas e sobre as dinâmicas espaciais de crescimento de cidades médias urbanas, entre elas Itumbiara A pertinência teórica do tema também implicou na utilização de teóricos essenciais na discussão acerca do homem moderno, como Habermas e o texto “A Modernidade: um projeto inacabado” (1992)
RESULTADOS
A Vila de Furnas, construída a partir de 1974 para abrigar 193 residências de operários e engenheiros contratados para a execução da Usina Hidrelétrica, alterou a paisagem e mancha urbana da cidade ao consolidar uma ocupação ao sul do centro A Vila contava também com um aeroporto, ambulatório, creche, hotel (atual prefeitura), clube recreativo e casa de visitação, equipamentos que após 1998 passaram a ser propriedade do município Fruto de um plano de grandes metas desenvolvimentistas para o país, sobretudo no que tange a ampliação da produção de energia elétrica (GUERRA, 2008), estima-se que o projeto da vila residencial e da própria hidrelétrica de Itumbiara tenham sido realizados no final da década de 1960, não apresentando uma autoria oficial dos projetos arquitetônicos e urbanísticos Contudo, sabe-se que o paisagista Fernando Chacel foi o responsável pelos projetos paisagísticos do entorno da usina e da arborização da vila, construção da praça, dos jardins da casa de visitação e do hotel Em fevereiro de 1989, o ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner foi deposto do poder após 35 anos de governo autoritário, com números assustadores de civis torturados, presos e perseguidos, além de casos de pedofilia praticados pelo mesmo (CARLOS, 2006) Após sua queda do poder, Stroessner pediu asilo político no Brasil, e num primeiro momento ficou abrigado na Casa de Visitação de Furnas, em Itumbiara, sob a segurança de soldados do exército brasileiro (O LIBERAL, 1989) No período, a casa se tornou um polo atrativo para a imprensa, que tentava a todo custo obter entrevistas do ditador, e também para a população, que se alternava entre curiosos e manifestantes que protestavam contra ou a favor da estadia do paraguaio no país
DISCUSSÃO
A fragilidade da formação estética, arquitetônica e patrimonial da população brasileira pode ser apontada como um dos motores que alavancaram o processo intenso de degradação e descaracterização do conjunto da vila, que se iniciou em 1998, quando esta deixou de ser responsabilidade de Furnas: as casas puderam ser compradas pelos moradores e os equipamentos foram doados ao município A especulação imobiliária viu na vila uma oportunidade de inflacionar o bairro, uma vez que o potencial construtivo dos terrenos de cerca de
1300 m² de área era enorme, demolindo as habitações modernistas O mesmo aconteceu com os equipamentos: o antigo Hotel foi doado por para o município, que depois de anos reformou o edifício para abrigar a Prefeitura de Itumbiara; porém sua concepção original foi completamente deturpada: placas de ACM passaram a cobrir os tijolos maciços, guarda-corpos de vidro substituíram os elementos vazados e parte do majestoso paisagismo deu lugar a uma rampa de acesso
A Casa de Visitação é o único edifício do conjunto com caráter eclético A condição que Furnas impôs à Casa era que a mesma se tornasse a Casa da Cultura, abrigando um museu e oficinas artísticas – condição que foi respeitada até meados de 2010, pois após o período, a casa ficou abandonada e em avançado processo de degradação De todos os edifícios, a Casa de Visitação é a única tombada, processo realizado pela esfera municipal em outubro de 2023 O processo contraditório de uma cidade que se formou essencialmente a partir de um projeto de modernização e que ainda assim recusou de maneira expressiva a estética modernista pode ser explicada por analogia à tese sobre os neo-conservadores de Habermas (1992), onde estes indivíduos glorificam o desenvolvimento da técnica e ciência moderna, mas “preconizam uma política que desmantele as forças explosivas da modernidade cultural” A escolha consciente - tanto da população quanto do poder municipal – de não preservar mostram o desconhecimento e/ou negação do valor da Vila para a história coletiva A política de deixar a Casa da Cultura à mercê do tempo sem uma intervenção que vá além da simples restauração gera um processo cíclico de abandono e desuso, que poderia ser evitado com a implantação de um anexo contemporâneo que permeasse tanto a Casa quanto o edifício da prefeitura, formando um complexo cultural, que seria capaz de, simultaneamente, sanar as necessidades culturais da cidade e dar vida ao patrimônio esquecido CONCLUSÃO
É evidente a relevância da educação estética da população, para que esta não se aliene, enquanto apenas agentes específicos detenham a visão crítica No caso de Itumbiara, é urgente que se retomem as atividades da Casa da Cultura, se aproveitando da oportunidade para conduzir sua revitalização e implantação de um edifício anexo contemporâneo que abrigue outros programas culturais
Asilo de Stroessner é quase confinamento O Liberal, Belém, ano XLII, n 22 209, 8 fev 1989 Cidades, p 2-2
CARLOS, Newton Ditadura dos quartéis e dos negócios escusos 2006 Disponível em: < https://www1 folha uol com br/fsp/mundo/ft1708200606 htm>
Acesso em 22 de abril de 2023
GUERRA, Maria Eliza Alves Vilas operadoras de Furnas nas bacias dos Rios Grande e Paranaíba – da concepção à atualidade Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de pós-graduação em Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, 2008
HABERMAS, Jürgen A Modernidade: um projeto inacabado In ARANTES, Otília Beatriz Fiori e Paulo Eduardo (orgs ), Um ponto cego no projeto moderno de Jürgen Habermas: arquitetura e dimensão estética depois das vanguardas São Paulo: Brasiliense, 1992
REIS, Mônica Otero de Melo dos; PANTALEÃO, Sandra Catharinne Cidades médias goianas: crescimento urbano, ocupação territorial e dinâmica econômica Estudos, Goiânia, v 41 especial, p 155-174 dez 2014