DM SAÚDE

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saude@diariodamanha.net Sábado e domingo, 1º e 2 de outubro de 2011

Circula em Passo Fundo, Carazinho e Erechim - 1º e 2 de outubro de 2011

FIBRILAÇÃO ATRIAL

Pesquisa de nova

droga contra o

AVC

Cerca de 20% dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) ocorrem devido à fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca, que pode levar a formação de coágulos. Novo medicamento pesquisado diminui risco de AVC em 21% nos pacientes com a doença Páginas 4 e 5

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FOTO PAULO DANIEL

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endereços

Internação involuntária na dependência química Entre os vários temas abordados no XXI Congresso Brasileiro da Associação Brasileira de Álcool e outras Drogas, realizado de 8 a 11 de setembro, na cidade do Recife, destacou-se o tratamento involuntário. Segundo o médico psiquiatra, Jorge Luiz Carrão, diretor técnico da Clínica Recupperar, foram apresentadas pesquisas que indicaram uma maior adesão ao tratamento nos casos de internação compulsória (involuntária), comparando com a internação voluntária. As pessoas internadas desta forma, depois de um ano não se mostravam rancorosa com seus familiares e lhes agradeciam pela atitude tomada. Foi destacado de maneira enfática, o quanto alguns profissionais da saúde temem perder o registro nos seus conselhos de classe, por indicar ou apoiar esta forma de tratamento. Portanto, a dificuldade no manejo destas situações clínicas graves transcende o contexto familiar. O medo não é só da família, mas também dos profissionais de saúde que reforçam os mitos e desconsideram a medicina baseada em evidências, que aponta a incapacidade de decisão do dependente químico devido às disfunções

PASSO FUNDO

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Jorge Luiz Carrão, diretor técnico da Clínica Recupperar, participou do XXI Congresso Brasileiro da Associação Brasileira de Álcool e outras Drogas

cerebrais causadas pela intoxicação de substâncias como álcool, crack e outras drogas. O Dr. Jorge Luiz Carrão complementa que este tipo de intervenção é necessário, quando muito foi deixado de fazer, antes de ela ser prescrita, começando pela ineficiência e insuficiência de políticas públicas na área de prevenção, que preocupa a comunidade científica no Brasil e no mundo. Por exemplo, a bebida alcoólica, a droga de maior consumo, não deveria ser tratada como uma mercadoria qualquer.

SEMANA ACADÊMICA NA UPF

Humanização do profissional de medicina FOTO CAROLINE SIMOR

uCentro de Saúde (Posto Central) Rua Fagundes dos Reis, 270 (54) 3311-6494 uHospital São Vicente de Paulo Rua Teixeira Soares, 808 - Centro (54) 3316-4000 uHospital da Cidade Rua Tiradentes, 295 - Centro/Annes (54) 2103-3333 uHospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes (54) 3313-4435 uHospital Municipal Rua Alcides Moura, 100 - Centro (54) 3316-4500 uHospital de Olhos C.L. Dyógenes A. Martins Pinto Campus I - UPF - Bairro São José (54) 3311-0777 uProntoclínica Tv. Dr. Arthur Leite, 58 - Centro (54) 3313-5100 uBombeiros 193

CARAZINHO uHospital de Caridade Rua General Câmara 70 (54) - 3330-2000 uAmbulatório Municipal Avenida São Bento, anexo ao prédio do Senai uCentro de Especialidades Médicas (CEM) Av Pátria, 736 - junto ao prédio do INSS (54) 3331-4510 Bombeiros 193

ERECHIM

XXI Semana Acadêmica do curso de Medicina da UPF debateu a Medicina como arte de cuidar

Foi encerrada na sexta-feira (30) a XXI Semana Acadêmica da Medicina da UPF, com o tema “Medicina, a arte de cuidar”. Organizada pelos alunos do 3º ano, juntamente com o Diretório Acadêmico, a atividade tinha como objetivo proporcionar a reflexão sobre o dia a dia do profissional da medicina. Para o diretor da Faculdade, Adroaldo Malmann, o evento é um espaço importante para que alunos e professores discutam sobre a humanização da medicina, um tema palpitante e fundamental nos dias de hoje. “Nós entendemos isso como sendo importante por causa da integração que existe entre os alunos e os professores. Com profissionais de fora do nosso corpo docente queremos trazer alguma coisa a mais sobre o relacionamento humano entre as pessoas”, observa. Para Malmann, muitos valores neste sentido se perderam ao longo dos anos, mas os alunos que estão neste momento em sala de aula, já vão sair com uma

postura diferente e renovada. “Este ano, com o título a arte de cuidar, analisamos qual o tipo de humanização que estamos levando para dentro da nossa faculdade, no sentido da humanização da medicina, que há muito tempo já se perdeu, mas que gradativamente estamos conseguindo instituir e colocar na mente dos nossos alunos a função da humanização”, finaliza. Carmem Stivaletti e Raíssa Garbin fizeram parte da comissão organizadora. Para elas, mais do que a experiência de organizar uma atividade, fazer parte da equipe foi um momento importante para compreender o que precisa ser debatido. “Sempre que nós ouvíamos falar na organização das outras semanas acadêmicas, tínhamos a impressão de que era muito fácil, que era fácil encontrar assuntos que agradavam todos e hoje sabemos que não é bem assim. O tema sobre cuidar é simples, resume muita coisa, mas foi muito difícil encontrar um assunto que abrangesse o desejo de todos”, observa Carmem.

EXPEDIENTE Empresa Jornalística Diário da Manhã Av. Sete de Setembro, 509 – 99010-121 Fone: (54) 3316-4800 - Passo Fundo/RS

Diretora-presidente: Janesca Martins Pinto Editora-chefe: Rosângela Borges Wink Editora DM Saúde: Gabriela Miranda Diagramação: Marcelo Lange

uHospital de Caridade Rua S Paulo, 466 (54) 3520-8400 uHospital Santa Teresinha Rua Itália, 878 (54) 3522-0500 uBombeiros 193

ESPINAFRE

Rico em nutrientes FOTO DIVULGAÇÃO

Rico em sais minerais, como ferro, cálcio e fósforo, e com alta concentração de vitaminas dos complexos A e B, o espinafre ajuda na formação dos ossos, dentes, construção muscular, coagulação sanguínea e conservação da visão. Ferro: Mineral importantíssimo para a formação do sangue, evita a anemia ferropriva. Por isso, quem está suscetível ao problema deve rechear o prato com espinafre. Cálcio e fósforo: Juntos, trabalham para manter o esqueleto duro de quebrar, participando ainda da construção muscular. Vitamina A: Indispensável para a saúde ocular, também reduz o envelhecimento da pele e combate infecções. O alimento ainda age na conservação da pele, na proteção do aparelho digestivo e, principalmente, na saúde sistema nervoso, tornando-se essencial para o desenvolvimento dos nervos e do cérebro. Segundo um estudo realizado no ano passado, o cérebro consome muita energia para funcionar e isso resulta na sobra de resíduos químicos oxidantes, alguns alimentos como espinafre, nozes, castanhas, óleos vegetais, lentilha, couve-flor, aspargo e abacate ajudam a eliminar as substâncias em excesso, “desenferrujando” o cérebro. O espinafre é recomendado principalmente para gestantes e crianças, pois previne a anemia e a desnutrição.Por tratar-se de um vegetal ajuda a emagrecer e eliminar a barriguinha uma vez que regula a função intestinal. Recomendação diária Para aproveitar e potencializar os nutrientes presentes na hortaliça recomenda-se que o espinafre seja consumido no almoço ou jantar, em média cinco vezes por semana.


geral

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES

Posicionamento sobre o medicamento Liraglutide

O liraglutide é um fármaco sintético, e tem como ação primária aumentar as ações de hormônios intestinais como o GLP-1, que apresentam várias ações benéficas no organismo, principalmente no controle do metabolismo da glicemia agindo na biomodulação do glucagon e da insulina no pâncreas de pacientes diabéticos. Esses dados foram com-

provados em diversos estudos clínicos, o que permite colocá-lo como mais uma interessante arma no controle da glicemia nos portadores dessa doença. Portanto, até o momento, essa é a única indicação disponibilizada pelas diversas agencias reguladoras em todo mundo: o tratamento da hiperglicemia em portadores de diabetes tipo 2. Além destes efeitos, estudos têm sinalizado para que esses fármacos também apresentem ações sacietógena central, redução na velocidade do esvaziamento gástrico e motilidade intestinal, levando, com isso, a perda de peso inicial nos diabéticos estudados. Droga similar já existe a cerca de cinco anos, chamada Exenatide (nome comercial: Byetta). A liraglutida apresenta algumas diferenças para o exenatide, entre elas a vantagem de aplicação única diária, e uma per-

Quanto ao uso desse medicamento em obesos não diabéticos, os estudos são ainda escassos, se restringem a poucos pacientes, além de serem de curta duração

O presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Dr. Saulo Cavalcanti, juntamente com a Diretoria SBD, emitiu parecer sobre a medicação liraglutide (nome comercial: Victoza), já que foram divulgadas matérias na mídia sobre resultados referentes ao fármaco. Abaixo está o texto do presidente, transcrito pelo médico endocrinologista Pérsio Ramon Stobbe

da de peso maior. O fator mais importante é que esta medicação foi lançada para tratamento de Diabetes tipo 2, associada à mudança de estilo de vida, e não para tratamento de obesidade. Quanto ao uso desse medicamento em obesos não diabéticos, os estudos são ainda escassos, se res-

HSVP

Pesquisa cardiovascular necessita de voluntários O Centro de Gerenciamento em Pesquisa do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), através do Grupo Consolidado em Pesquisa Cardiovascular, disponibiliza as pessoas com INSUFICIÊNCIA CARDÍACA de difícil controle, a oportunidade de participar, voluntariamente, de um estudo com um novo medicamento. Entre os critérios para a pesquisa, as pessoas já devem estar tomando os medicamentos atualmente disponíveis nas farmácias, e ter realizado os exames Ecocardiograma ou Cateterismo Cardíaco. Conforme as informações iniciais será agendada a consulta. Interessados devem contatar pelo fone (54) 33164049, em horário comercial.

Insuficiência cardíaca A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma incapacidade do coração efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de outras enfermidades, do próprio coração ou de outros órgãos. O coração é um músculo formado por duas metades, a direita e a esquerda. A insuficiência ocorre quando uma dessas cavidades falha como bomba, não sendo capaz de enviar adiante todo o sangue que recebe.

A Liraglutida não está indicada para uso em obesos não diabéticos

tringem a poucos pacientes, além de serem de curta duração. Estudos mais abrangentes encontram-se em curso, o que permitirá no futuro às agências reguladoras e mes-

mo as Sociedade Médicas a possibilidade de avaliar, de forma prudente e madura, sobre a eventual indicação para o tratamento da obesidade.


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ESPECIAL

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FIBRILAÇÃO ATRIAL

Pesquisa de nova droga contra o AVC

Cerca de 20% dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) ocorrem devido à fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca, que pode levar a formação de coágulos. Novo medicamento pesquisado diminui risco de acidente vascular cerebral em 21% nos pacientes com a doença, comparado ao tratamento utilizado atualmente O estudo foi realizado com mais 14 mil pacientes, de 45 países, 483 deles eram brasileiros

saude@diariodamanha.net

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estudo ROCKET AF, cujos últimos dados foram publicados recentemente no New England Journal of Medicine, avalia a eficácia da rivaroxabana (princípio

ativo do medicamento Xarelto®, da Bayer HealthCare Pharmaceuticals) na prevenção de acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas com fibrilação atrial- doença responsável por 20% dos AVC ocorridos no mundo. O médico cardiologista envolvido no

estudo, Dr. Manseh R. Patel, esteve em Porto Alegre divulgando os resultados da pesquisa. De acordo com o médico, os resultados demonstraram que a rivaroxabana trouxe melhores resultados em relação à prevenção ao AVC - risco de ocorrência diminuiu em 21% nos pacientes pesquisados- e na ocorrência de sangramento intracraniano, fator que leva muitos pacientes à morte. O padrão atual de tratamento da fibrilação atrial é realizado com a varfarina, fármaco que é eficaz, utilizado por cerca de 50 anos, mas de difícil manejo, já que exige realização constante de exames.

O objetivo era investigar qual das duas drogas diminuiria a incidência de AVC e coágulos

Gabriela Miranda

Pesquisa O estudo foi realizado com mais 14 mil pacientes, de 45 países, 483 deles eram brasileiros. Ao todo, 19 a 20% dos pacientes eram da América Latina. De acordo com Patel, alguns pacientes utilizaram varfarina, o tratamento padrão para a doença, e em outros foi ministrada a nova droga, a rivaroxabana. “Nem os pacientes, nem os mesmo os médicos, sabiam qual droga eles estavam utilizando”, ressalta. A maioria dos pacientes que participaram da pesquisa era formada por idosos, com idade média de 73 anos, e que possuia diversos fatores de risco para AVC, como insuficiência cardíaca , diabetes e hipertensão. Metade dos pacientes já havia sofrido um AVC. Foram 40 meses de acompanhamento. “O objetivo primário era investigar qual das duas drogas diminuiria a incidência de AVC e os coágulos”, esclarece.


ESPECIAL FOTOS PAULO DANIEL

Resultados A conclusão é que o novo medicamento não foi inferior e teve resultados superiores ao tratamento atualmente utilizado. O médico resumiu a conclusão da pesquisa aos seguintes dados: - rivaroxabana (R) não foi inferior a varfarina (V) para prevenção de AVC e embolia. -R foi superior a V na prevenção de AVC. -As taxas de sangramento foram semelhantes com os dois medicamentos, mas ocorreu menos sangramento intracraniano ou fatal com o novo medicamento. “O sangramento intracraniano é um dos fatores mais preocupantes em pacientes com fibrilação, pois leva a hospitalização e até a morte”, ressalta Patel. -R não possui muitas interações medicamentosas ou com alimentos. “Desta maneira, a ingestão diária da rivaroxabana é uma alternativa comprovada a varfarina, com menos sangramento intracraniano e fatal para pacientes portadores de fibrilação atrial de risco alto ou moderado”, destaca o médico. Outra vantagem da nova medicação foi frisada pelo médico cardiologista brasileiro, Ricardo Pavanello. “A anticoagulação clássica, realizada com a varfarina, necessita de controle da coagulação com exames em laboratório, realizados pelos pacientes pelo menos uma vez por mês, para avaliar a eficácia do tratamento e evitar uma trombose (falta de coagulação) ou o risco de hemorragia (hipercoagulação)”, explica. A nova medicação seria mais segura neste quesito. “Estes novos medicamentos têm a vantagem de não necessitar do controle, pois possuem uma ação continua e linear, protegendo o paciente constantemente e evitando desvios”, esclarece.

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Nova droga apresenta bons índices na prevenção de AVC em pacientes com fibrilação atrial

Utilização pelo público Ainda não se tem estimativas em relação aos custos do novo medicamento e a disponibilização no mercado brasileiro, já que ela ainda não foi aprovada para utilização. “O custo será maior que a varfarina convencional. Mas é importante enfatizar que no sistema de saúde como um todo, com a diminuição dos índices de AVC e sangramentos, pode ocorrer redução nos custos”, frisa Patel. Fibrilação Atrial A fibrilação atrial é um tipo de arritmia cardíaca- distúrbio do ritmo cardíaco- que ocorre com incidência progressiva conforme avança a idade. A doença está relacionada a outros fatores de risco como hipertensão, doença nas artérias coronárias e insuficiências cardíacas. É um problema de saúde cardiovascular, primeira causa responsável por AVC no mundo. No Brasil existem 1 milhão e 200 mil portadores da doença. A doença pode ocasionar a formação de coágulos. A anticoagulação é realizada através de medicamentos antagonistas da vitamina K, como a varfarina, droga mais utilizada, ou as eparinas, que são anticoagulantes injetáveis. ALERTA Patel ressalta que o tratamento da doença não é feito de forma adequada. “O primeiro ponto é que os pacientes precisam se conscientizar da necessidade de procurar um médico, imediatamente, aos primeiros sinais de AVC, como dor de cabeça, formigamento e tontura”, frisa. A segunda questão é que a medicação precisa ser manejada de forma adequada. “Percebo que, no caso de pacientes que necessitam de varfarina, muitos não a recebem, e os que recebem não a utilizam com a gestão adequada”, pontua Patel. Prevenção AVC e doenças cardiovasculares Patel dá dicas para evitar as doenças: -60min de atividades física diárias. - Não acrescentar sal na comida -Controle da pressão arterial -Não ingerir açúcar simples, mas abusar dos açucares naturais, existentes nas frutas, por exemplo. -Verificar o nível de colesterol -Não fumar. 20 a 25% de todas as mortes no mundo inteiro ocorrem devido ao tabagismo

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TERAPIAS ALTERNATIVAS

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TERAPIAS COMPLEMENTARES

A busca do equilíbrio

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ada vez mais pesquisas comprovam a relação entre os problemas psicológicos e o surgimento de doenças, desta maneira o equilíbrio da mente tem sido cada vez mais trabalhado em diversos tipos de terapias. A maneira como a pessoa se alimenta as atitudes e comportamentos, as emoções que sente no dia- a- dia, são questões levadas em conta nestas terapias complementares. A **Dra. Deise Isabel da Costa fala mais sobre estes tratamentos que podem ser utilizados pelas pessoas que buscam mais saúde.

DM- Como funcionam as primeiras consultas terapêuticas? As consultas terapêuticas, geralmente, são quinzenais e o tratamento é dinâmico e personalizado. Na primeira consulta é realizada a anamnese que leva em consideração a maneira como o indivíduo vive, os alimentos que ingere, os estados mentais e emocionais, as atitudes e comportamentos, observando, também, as queixas físicas, avaliando, assim, a saúde dentro de um contexto globalizado. De posse dessas informações é possível iniciar um profundo estudo de identificação das possíveis causas do desequilíbrio e a seleção das terapêuticas apropriadas. DM- Qual a importância da terapia? Extremamente importante. A terapia é um espaço para que a individualidade de quem a busca possa emergir. É o momento que o indivíduo se permite fazer uma análise crítica, principalmente, dos seus aspectos negativos, principais causas do desequilíbrio. A emoção negativa ancorada na alma por um longo período influencia e altera a maneira de viver do indivíduo, podendo vir a manifestar-se no corpo físico. O sentimento não expresso, através do choro e da

palavra, conserva-se nas células do corpo e este passa a ser o veículo de sustentação das dores e conflitos. A dor sentida na alma é expressa através do organismo físico.

emoções, como por exemplo: gastrite (emoção psicossomatizada) em úlcera (emoção somatizada) já é fato. O uso como complemento dos tratamentos médicos, odontológicos e fisioterápicos também é evidente. Ao abordarmos a medicina moderna e as terapias preventivas e complementares percebemos que não existe uma alternativa entre elas, pois uma complementa a outra.

DM- Quais terapêuticas podem ser sugeridas? Para auxiliar nessa trajetória sugiro e ofereço algumas terapias preventivas e complementares de tratamento, como a terapia floral (com essências florais que equilibram as emoções), a homeoterapia unicista (técnica que auxilia nos desbloqueios físicos e mentais), a terapia ortomolecular (corrige as carências nutricionais equilibrando a bioquímica do organismo e prevenindo o aparecimento de muitas doenças) a auriculoterapia, a acupuntura craniana de Yamamoto, o reiki, o relaxamento com calatonia (que aliviam as tensões ao re-equilibrar o organismo), a fitoterapia brasileira e chinesa, a PNL e o aconselhamento.

DM- Quais os resultados esperados com o uso dessas terapêuticas? Na primeira consulta questiona-se o paciente sobre sua expectativa em relação à proposta terapêutica, estabelecendo-se, assim, a(s) meta(s) que ele deseja alcançar, sendo esta(s) o seu resultado esperado. Já o terapeuta busca uma transformação mais profunda, um re-equilíbrio total, e espera que o autoconhecimento e a melhora na qualidade de vida de seu paciente sejam alcançados. Importante ressaltar que a atenção desprendida pelo paciente é o que há de mais precioso para a continuidade do tratamento. Sendo importante informar ao terapeuta o que sente e como sente desde que iniciou o tratamento: sonhos, sono, funcionamento dos intestinos, apetite, estado de espírito, ânimo, enfim, tudo que você auto-observou.

DM- Por que essas terapias são preventivas e complementares? Porque vivemos em um mundo moderno e globalizado e sabemos que com o avanço dos estudos nestas áreas, estas terapias não são mais consideradas alternativas. O uso das terapias com o intuito de prevenir a somatização das

**Especialista em terapia floral, homeoterapia unicista, genética e evolução biológica, terapia ortomolecular, fitoterapia brasileira e chinesa, auriculoterapia, YNSA, calatonia, reiki. Maiores informações dedacost@gmail.com


ESTÉTICA

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TRANSPLANTE CAPILAR

Evolução no procedimento

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Técnica de transplante folicular de fio longo garante um resultado 100% natural e uma rápida recuperação

A

s técnicas de transplante capilar acompanharam o avanço da medicina e, atualmente, a principal preocupação é com a naturalidade do resultado – num trabalho em que o médico é quase um artista, pois precisa ter habilidade técnica e muito senso estético. A dermatologista e cipreocupação dos médicos em relação ao transplante capilar é com a rurgiã capilar, Dra. Leila Principal naturalidade do resultado Bloch, comenta que o procedimento evoluiu muito na última década e são retiradas da área doadora do paciente, o efeito grosseiro, conhecido como “cabelo normalmente na nuca. Podemos ressaltar, de boneca”, dos primeiros transplantes, já é agora, a técnica inovadora de transplante focoisa do passado. “Destacamos o transplante licular de fio longo, que representa uma nova folicular, na qual utilizamos unidades foliculaevolução no procedimento, utilizada no Brasil res, que apresentam de 1 a 4 fios cada, que há cerca de cinco anos”. Entenda a evolução do transplante de cabelos Para facilitar o entendimento e evolução da técnica do transplante de unidades foliculares para a do fio longo, Dra. Leila esclarece que antigamente, eram transplantados grupos com cerca de 30 fios, o que resultava numa aparência artificial, com tufos de cabelo no couro cabeludo. Na técnica do transplante folicular, passou-se a trabalhar com as unidades foliculares. Já na técnica do fio longo, que pode ser indicada para homens e mulheres de todas as idades, são utilizadas estas unidades foliculares com fios de maior comprimento, com alguns centímetros de haste capilar. “Existem procedimentos de transplante nos quais os fios são raspados antes de serem transplantados, o que não é necessário quando falamos

de fio longo. Felizmente, desenvolvemos uma verdadeira habilidade artística para chegar ao resultado praticamente perfeito e ainda mais satisfatório. O resultado desta nova técnica cirúrgica de transplante capilar é antecipado imediatamente no pós-operatório. Ou seja, o paciente já vivencia o fato de ter cabelos novamente na área calva assim que sai do centro cirúrgico. Apesar de mais demorada e complexa, a técnica garante um resultado 100% natural e uma rápida recuperação”, comenta a dermatologista. Outra vantagem para o paciente com o transplante folicular de fio longo é que fica menos perceptível que a cirurgia foi realizada, uma vez que os fios maiores ocultam melhor a leve vermelhi-

dão, que pode ocorrer logo após a cirurgia. “Isso permite que, em alguns casos, o paciente possa voltar ao trabalho, após 2 ou 3 dias da cirurgia. Esta técnica gera maior satisfação e praticidade. Vale ressaltar, entretanto, que durante a recuperação, esses fios vão cair, como parte do ciclo normal de queda e nascimento de novos”, complementa. Em função do trabalho meticuloso e artístico, as cirurgias de transplante capilar podem durar mais de 6 horas e são conhecidas como megasessões. Envolvem equipes com cerca de 10 profissionais. O processo deve ser feito sempre com o cabelo original do paciente, pois é necessária uma compatibilidade genética entre as áreas doadora e receptora.

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PESQUISA

Relação entre consumo de carne vermelha e diabetes tipo 2 Um estudo realizado pela Universidade de Harvard encontrou uma forte associação entre o consumo de carne vermelha, especialmente quando ela é processada, e a diabetes tipo 2. A pesquisa também mostra que a substituição de carnes vermelhas por proteínas saudáveis com baixo teor de gordura, como nozes e grãos, pode reduzir o risco da doença. O estudo foi publicado on-line na revista American Journal of Clinical Nutrition. Pesquisadores da universidade analisaram dados de mais de 200 mil pessoas entre homens e mulheres que foram acompanhados por mais de dez anos. Eles também observaram dados de outros estudos realizados anteriormente, somando ao todo mais de 400 mil pessoas. 28.228 delas desenvolveram diabetes tipo 2 durante o período da pesquisa. Dentre as descobertas, acredita-se que uma porção de 100

gramas de carne não processada por dia esteja relacionada a um aumento de 19% no risco de diabetes tipo 2. Já uma dose diária de 50 gramas de carne vermelha processada foi associada a um risco 51% maior. Apesar disso uma boa alimentação reverte o problema. Os pesquisadores descobriram que um indivíduo que substitui a porção de carne vermelha por nozes está sujeito a um risco 21% menor de diabetes tipo 2. Aquele que opta por ingerir porções de baixo teor de gordura reduz em 17% o risco e aquele que opta por grãos, em 23%. Eles recomendam que o consumo de carne vermelha processada – como salsicha, bacon, frios – deve ser reduzido, já que esses produtos possuem altos níveis de sódio e nitritos. Já a carne vermelha não processada também deve ser reduzida e, se possível, substituída por proteínas mais saudáveis.

ANVISA

Agência veta uso e comércio de nove fitoterápicos no Brasil Decisão foi divulgada no Diário Oficial .Veja lista de substâncias proibidas no território nacional

FOTO GABRIELA MIRANDA

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu proibir 9 produtos fitoterápicos no Brasil. Publicado no Diário Oficial , o veto às substâncias é válido tanto para o uso como para o comércio e distribuição. Os produtos não poForam proibidos nove produtos fitoterápicos no Brasil

derão mais circular e serem vendidos em todo o território nacional já a partir desta quarta-feira. A proibição também é válida para unidades dos produtos já encontradas no mercado. O texto da resolução (RE Nº 4.112) no Diário Oficial ainda cita uma apreensão de produtos em Sergipe que não estariam registrados na Anvisa. A agência já havia proibido, em junho de 2010, a circulação de um kit fitoterápico e de uma pomada indicados no combate ao câncer no Nordeste.

www.cohp.com.br

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Dr. Alvaro Machado

Oncologista Clínico - CRM 14652

Dra. Denise Almeida

Hematologista - CRM 20575

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Oncologista Clínico - CRM 19076

Dr. Marco Schilling

Hematologista - CRM 10611

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Oncologista Clínico - CRM 14778 Rua Teixeira Soares,777/17 Passo Fundo/RS


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