Sexta-feira, 2 de setembro de 2011
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Sexta-feira, 2 de setembro de 2011
LEITE
Tecnologia garante estabilidade na produção O rigor das geadas e a intensidade das chuvas na estação fria do ano não causaram prejuízos a bacia leiteira em municípios da região O inverno rigoroso e chuvoso não chegou a levar perdas para dentro das propriedades produtoras de leite na região. Para o agrônomo e secretário da Agricultura de Chapada, Alcino Rui Kolhrausch, o segredo da estabilidade na produção está na tecnologia disponível na formação das pastagens de campo e na boa estrutura da silagem nas áreas rurais, onde a bacia leiteira é atividade alternativa de renda. “Tivemos nos últimos anos, um avanço fantástico na disponibilidade de espécies de pastos altamente resistentes as diversidades do clima, que apresentou um dos invernos mais rigorosos dos últimos 20 anos”, disse o secretário. Entre as variedades de pasto verde cita as perenes, que por períodos de até cinco anos não necessitam de replantio. “É um fator que também colabora para liquidez na atividade leiteira”, salienta Kolhrausch. De acordo com o secretário, manter no inverno a produção com os mesmos números somados durante o verão tem outros fatores com influência direta. Destaca a procura dos agricultores pela qualificação da atividade que estão investindo recursos para aperfeiçoamento. “A automação, local limpo, pastagens, cuidados veterinários e genética, juntos garantem resultado positivo na bacia leiteira”, salienta. Garante que as geadas deixaram de ser aquele ‘bicho papão’, que colocava medo nos produtores e reduziam a lactação das vacas. Outro ponto que enfatiza, que para reduzir os riscos de doenças que podem vir pelo excesso de chuva, os produtores de leite colocaram o local de ordenha e de repouso dos animais e pontos de menor concentração de umidade dentro da propriedade.
Há mais um detalhe levantado pelo secretário que é a realização de dias de campo nas regiões do município onde se tem bacia leiteira. “É o agricultor verificando in loco como se organizam as células das pastagens e quais as variedades mais resistentes para aquela região que aprendem a manter, com uso de tecnologia, a produção leiteira com resultados positivos, durante o ano todo”, completa. A atividade leiteira está em 914 propriedades rurais de Chapada, que com um plantel de 11 mil animais produz mais de 43 milhões de litros de leite por ano, cerca de 120 mil por dia. “Estamos satisfeitos, pois mesmo com clima chuvoso e muito frio estamos fechando o período mais delicado com os mesmos números do verão. Tudo isto tem a ver com a tecnologia de campo e profissionalismo do trabalhador, que passou a ser um investidor da atividade, seja ela, pequena, média ou grande”, conclui o secretário, lembrando que em média um animal produz 20 litros/dia de leite no município, localizado na região do Alto Uruguai, Norte gaúcho.
Produtor de Selbach nãoreclama do clima
Quem está comemorando os resultados do inverno na bacia leiteira são os proprietários de uma granja no município de Selbach. De acordo com uma das responsáveis pela granja, Daniela Feibel, a produção de silagem e campos verdes de pasto, que ocupam os 60 hectares da propriedade, é a garantia de produção equilibrada nas duas estações do ano: inverno e verão. “A redução do pasto, durante o inverno é compensada com a qualidade da silagem disponibilizada no cocho dos animais quando chove muito ou faz frio”, comenta. Conforme Daniela a produção na granja vem se mantendo estável durante todos os meses do ano, com média de 25 litros/ dia por animal, que em lactação estão 150 vacas. FOTO DM
Agenda Fórum da CNA
A agricultura é uma das atividades econômicas que mais serão impactadas com os efeitos do aquecimento global. Mas o setor também se coloca em posição de destaque entre as oportunidades da chamada “economia do clima”. É com esse entendimento que a pesquisadora do Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudança Climática - Centro Clima / COPPE / UFRJ, Carolina B. S. Dubeux, falará sobre o tema “Buscando uma economia verde com a agricultura”, durante o Fórum Internacional de Estudos Estratégicos para o Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima (FEED 2011), nos dias 5 e 6 de setembro, no auditório da Fecomércio, em São Paulo. O Fórum, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros em uma série de debates sobre as mudanças climáticas e os desafios de alimentar mais e emitir menos CO2.
Água
Discutir a relação do homem com a água e os desafios para a educação, promoção da saúde e gestão da água são alguns dos objetivos do 1º Seminário Internacional Água e Transdisciplinaridade: para uma ecologia de saberes, promovido pelo Centro de Estudo Transdisciplinar da Água e coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA) em parceria com o Senado Federal e a Universidade de Brasília. O seminário acontece na capital federal, entre 9 e 11 de novembro de 2011, e as inscrições seguem abertas até que as 300 vagas ofertadas sejam preenchidas. O seminário é uma oportunidade de reunir especialistas, estudiosos e interessados no tema água e no debate sobre a atual conjuntura ambiental, social e econômica e os desafios enfrentados com relação à sustentabilidade.
AveSui América Latina
A AveSui América Latina 2012 traz para São Paulo soluções e informações para os mercados de aves e suínos. Ela será realizada de 2 a 4 de abril de 2012, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento também agregará a AveSui Biomassa & Bioenergia, AveSui Graxaria e o XI Seminário Internacional de Aves e Suínos. Novo site está no ar. A Feira da Indústria de Aves e Suínos trata-se de um dos principais pólos de negócios da América Latina e um dos melhores destinos no Brasil para a realização de eventos. Serão 10,5 mil metros quadrados de área total para a exposição de empresas do Brasil e do exterior e realização de painéis técnicos e de conjuntura ligados às cadeias produtivas de aves e suínos.
Errata
Granja investe na qualidade da silagem para compensar pastagens que reduzem no inverno
Na matéria veiculada no dia 26 de agosto no Agro Diário, “Baixa Liquidez desestimula pequenos agricultores”, o cargo de Loeci Gomes da Silva, era nominado Assistente de Projetos da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, contudo o cargo desempenhado por ela é de Fiscal Ambiental.
a t i e c e R o d a t a l o c o h c A Ingredientes: - 1 litro de leite ro de leite - 2 ½ litros de so ocolate em pó - 60 gramas de ch úcar aç sem sabor - 240 gramas de de gelatina em pó - 1 colher (sopa) o: dissolModo de prepar pouco de leite e um e qu lo co , te . Coloque a Em um recipien latina e o açúcar ge a , pó em e te do leite e o va o chocolat adicione o restan necessário , la ne pa a um mistura em sempre. É ao fogo e mexa tura soro de leite. Leve lacticínios para medir a tempera rade pe m ro te et ta ôm es rm a te um ndo chegar ua Q . °C la 90 , ne ão pa rie a de pasteurizaç s 3 minutos. Resf deira por ai m r po go fo no la tura, deixe . Leve à ge recom água e gelo em um recipiente consumir. Validade: 20 dias. Esta ão aç 24 horas antes de ro do leite que sobra da fabric so o ita ceita aprove de queijo.
uza, Caxias
to da Fazenda So
amen Centro de Trein Fonte: CEFAZater/RS-Ascar do Sul/RS - Em
ESPAÇO ECOLÓGICO
Quem é o bicho-de-pé?
O Tunga penetrans, mais conhecido como bichode-pé . Esse inseto pertence à ordem das pulgas (Siphonaptera). Ganhou seu nome popular por penetrar em animais e na pele humana, em especial entre os dedos do pé, onde ela é mais fina e tenra. Quem anda descalço em áreas infestadas - normalmente currais, chiqueiros e praia - é, portanto, sua vítima preferencial. Na verdade, só a fêmea grávida invade o nosso organismo, para se nutrir de nosso sangue enquanto desenvolve os ovos. A coceira é causada por uma substância que o bicho-de-pé usa para furar a pele. Além da forte coceira, a ulceração serve de porta para infecções de agentes patogênicos como o Clostridium tetani, causador do tétano. A fêmea, entretanto, após ser fecundada, penetra na pele deixando de fora só a região anal e o estigma respiratório. Aquele nódulo com ponto preto central, do tamanho de uma ervilha, é o abdômen dilatado, pois a pulga, alimentando-se do sangue do hospedeiro, permite o desenvolvimento de ovos. Procure um podólogo ou médico para a remoção do bicho-de-pé: primeiro diagnosticar, e segundo fazer assepsia em todo o pé com álcool 70%, após remover com instrumentos esterilizados. Removendo totalmente os ovos, procurando não ferir a pele sadia que o circunda, terminando com curativos à base de antisépticos e Profª. Ms. Danusa Ribeiro Bióloga CRBio 28071/RS bactericidas. Recomenda-se a vaciMicrobiologista Agrícola e do Meio Ambiente nação contra o tétano. danusa.ribeiro@yahoo.com.br danusa@upf.br
Sexta-feira, 2 de setembro de 2011
SOJA
n álise
Fisiologia garantindo altas produtividades
Milho, um novo cenário mundial para o grão FOTO DIVULGAÇÃO
João Pedro Corazza Gerente Comercial de Operações de Commodities da Agroinvvesti
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ma das maiores preocupações dos produtores de soja está relacionada às formas de atingir altas produtividades da semente. Com o objetivo de trocar experiências e apresentar os resultados da safra passada com o Sistema AgCelence, desenvolvido pela Basf em 2010, que o Sindicato Rural de Carazinho e a Basf reuniram na última semana os agricultores associados para a palestra do engenheiro agrônomo Gustavo Pazzetti, professor da Universidade Rio Verde, de Goiás, sobre ‘Manejo para Altas Produtividades na Cultura da Soja – Fisiologia de Plantas. Segundo o professor Pazzetti, a fisiologia é uma ciência que tem como grande desafio tentar explicar como funciona, pontualmente, uma planta, ou seja, o que acontece à medida que ela muda de fase e também como ela reage a todos os estímulos ambientais. “A proposta é utilizar a fisiologia para aumentar a produtividade. Na medida em que o produtor passa a entender como funciona a planta, a ideia é adequar todas as estratégias de cultivo possíveis para que se alcance
Mercado
FOTO PRISCILA DEVENS
Objetivo é adequar todas as estratégias de cultivo possíveis para que se alcance um dos pilares da sustentabilidade, que é a otimização dos recursos
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O Sindicato Rural de Carazinho e a Basf reuniram os agricultores associados para a palestra do engenheiro agrônomo Gustavo Pazzetti, professor da Universidade Rio Verde, de Goiás
um dos pilares da sustentabilidade, que é a otimização dos recursos”, complementa, observando que o ideal é ter lavouras onde as plantas permaneçam fisiologicamente ativas, com maior capacidade ou habilidade para transformar água, luz e adubo em grão. Conforme o representante técnico de vendas da Basf, Elias Guidini, o Sistema AgCelence é um conjunto de ações que são feitas dentro da cultura da soja, visando atingir altas produtividades e proteger a planta de doenças e pragas. “Para isso, utilizamos a composição de três produtos, o Standak Top na semente, o fungicida Comet na parte vegetativa, e posteriormente o Opera”, explica ele. Pazzetti revela que na fase da semente é preciso obter plantas mais rigorosas com maior biomassa de raízes. Porém, a ativação hormonal provocada pelo efeito do AgCelence não é duradoura, e
por isso, a proposta é de fazer uma nova injeção ou uma nova reposição da ativação hormonal. Ele aponta que a pesquisa científica deve sempre apresentar uma aplicabilidade ao produtor. “Precisamos de uma pesquisa mais aplicada para dar uma resposta imediata ao agricultor para que ele possa buscar o segundo pilar da sustentabilidade, que é o não o aumento de produtividade”, considera. Atividade do RS
Segundo o professor, o Rio Grande do Sul acabou sendo ponto de referência para os produtores de outros Estados, principalmente para a soja, por ser o berço da cultura no Brasil. “Os gaúchos têm o gene rural na veia, pela colonização européia, que depois se espalhou pelo país”, afirma, lembrando que costuma dizer aos seus alunos em Goiás que, a agricultura no cerrado se deve a três pilares básicos: a soja, o calcário, e ao gaúcho.
Cotações da semana dos produtos recebidos pelos produtores
Fonte: EMATER/RS-ASCAR
mercado atual da commodity milho vem sofrendo constantes modificações nos últimos anos, principalmente no Brasil, que deixou de ser um país extremamente consumidor e passou a ser um dos maiores fornecedores mundial do cereal. Após ser verificada grandes quebras na safra, principalmente do trigo em países asiáticos, em virtude das constantes secas registradas no continente, passou-se a verificar um aumento nas compras do produto a fim de substituir o composto formular principalmente das rações. Tradicionalmente denominado importador do grão, principalmente de países do MERCOSUL, como Argentina e Paraguai, o Brasil passou a balizar a cotação na paridade exportação, ou seja, o preço pago nos principais portos do país é que formam a cotação no interior. Com isso, pode-se observar negócios nunca antes vistos, como o travamento de contratos a termo (venda do grão para entrega e recebimento na colheita) a preços irrevogavelmente atraentes e permitindo com que se calcule a margem de lucro desejada a fim de melhor rentabilizar o produtor. As cotações futuras do grão estão sendo baseadas em análises de probabilidades de uma menor produtividade na safra nova americana. Em virtude do clima seco e quente, a colheita pode ficar muito abaixo da expectativa de mercado e comprometer ainda mais o estoque final para o próximo ano. Analistas de mercado já indicam que podemos observar a cotação de Chicago próximo a 8 dólares o bushel a um curto espaço de tempo. Assim sendo pode-se observar um cenário extremamente positivo, pelo menos a curto prazo para o grão. Em contra partida, as altas cotações estão impossibilitando uma margem que possibilite um bom funcionamento das principais indústrias consumidoras do mercado interno. O câmbio nada atraente impossibilita maiores preços nas exportações de carnes e faz com que os lucros fiquem cada vez menores podendo ocasionar inflação. Aí quem sente no bolso o resultado dessa conta é o consumidor que vê o poder de compra de seu salário diminuído adquirindo menos. Portanto, esse novo cenário mundial do milho permite com que cada produtor possa, antes mesmo de iniciar o plantio de sua lavoura, já definir sua margem de lucro e assim cultivar de forma garantida, não se expondo aos riscos de mercado.
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Um novo passo na certificação
FOTO DIVULGAÇÃO
FUNDAÇÃO PRÓ-SEMENTES
No Brasil, existem mais de 17.000 unidades armazenadoras que deverão ser certificadas obedecendo o escalonamento determinado na Instrução Normativa 41
Em breve, entidade passará a ser certificadora de unidades armazenadoras. Passo Fundo poderá ter a 14ª organização acreditada no Inmetro do país
de Certificação da Fundação. Com sede em Passo Fundo, a Fundação Pró-Sementes, já credenciada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), para certificar sementes de diversas espécies e
em diversos estados do país, também será uma Entidade Certificadora de Unidades Armazenadoras. Segundo Lange, a acreditação da Fundação será dada pelo Inmetro no início de setembro. A certificação de Unidades
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Rio Grande do Sul é o estado que tem o maior número de unidades armazenadoras do país e nos próximos dias, Passo Fundo terá como sede, uma Organização Certificadora de Unidades Armazenadoras. Atualmente, apenas 13 Organizações estão acreditadas pelo Inmetro para atuarem no Brasil. Possivelmente, a Fundação Pró-Sementes venha a ser a 14ª. “Certamente esta atividade vai gerar fonte de trabalho para os Auditores Técnicos (engenheiros agrônomos e engenheiros agrícolas) que se habilitarem fazendo o Curso para Auditores Técnicos em Unidades Armazenadoras nas Faculdades credenciadas”, comenta o agrônomo Airton França Lange, responsável pela Unidade Estratégica de Negócios
Agrônomo Airton França Lange, responsável pela Unidade Estratégica de Negócios de Certificação da Fundação Pró-Sementes
Armazenadoras foi instituída através da Lei n. 9.973 de 10/05/2000, regulamentada pelo Decreto n. 3.855, de 03/07/2001. Em 14 de dezembro de 2010, através da Instrução Normativa de número 41, houve um escalonamento de implantação do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras e em 8 de junho de 2011 foi emitida a Instrução Normativa de número 29, que aprovou os Requisitos Técnicos Obrigatórios ou Recomendados para a Certificação destas Unidades. Segundo Lange, a Certificação é obrigatória para todas as unidades que prestem serviços remunerados de armazenagem de produtos a terceiros, inclusive dos estoques públicos. As unidades não certificadas na forma prevista no Decreto, não poderão ser utilizadas para guarda e conservação de produtos agropecuários, objeto de financiamento à estocagem com recursos do Tesouro Nacional. De acordo Lange, muitos benefícios estão sendo previstos com estas certificações, como por exemplo, redução de perdas pós-colheita, melhoria das relações comerciais, melhoria da imagem da empresa armazenadora, redução dos custos operacionais, rastreabilidade. Ele considera que o mais importante benefício é a proteção ao consumidor, pois o manejo adequado dos produtos nas unidades armazenadoras resulta em produtos de melhor qualidade. Para receberem o Certificado, as unidades armazenadoras deverão ser auditadas pelas Organizações acreditadas pelo Inmetro, acreditação esta aguardada pela Fundação para meados do mês de setembro de 2011. Os auditores para atuarem nesta atividade, deverão estar habilitados, ou seja, terem realizado o Curso de Auditores Técnicos em Faculdades de Agronomia autorizadas pelo Ministério da Agricultura para a preparação destes auditores. Poderão ser habilitados Engenheiros Agrônomos e Engenheiros Agrícolas. No Brasil, existem mais de 17.000 unidades armazenadoras que deverão ser certificadas obedecendo o escalonamento determinado na Instrução Normativa 41. “A Fundação Pró-Sementes deverá aproveitar suas bases localizadas em Passo Fundo, Campo Mourão(PR) e Rondonópolis (MT), para coordenar e atuar nesta nova atividade, que já consta em seu organograma de trabalho para os próximos anos”, conclui.
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FERTILIZANTES
Produção nacional cresce, mas
infraestrutura atrapalha desenvolvimento Dados divulgados recentemente pela ANDA apontam que houve aumento de 5,6% na produção brasileira. Porém, cadeia é prejudicada por problemas de infraestrutura e de custo do frete
Sustentabilidade produtiva
O crescente aumento populacional irá demandar uma produção cada vez maior de alimentos. A fim de alimentar nove bilhões de pessoas, o mundo necessitará produzir, nos próximos 40 anos, quantidade de alimentos similar ao que se produziu nos últimos 80 anos. O desafio, conforme as lideranças do setor, é intenso, pois esta produtividade terá que ser obtida em áreas de tamanho semelhantes ou menores daquelas já utilizadas pelos agricultores. Neste cenário, afirmou o diretor-Executivo da Anda, o aumento da produção brasileira de fertilizantes é fundamental, pois os solos não armazenam nutrientes, possuindo quantidades definidas e armazenando parcialmente o que é adicionado. Isso gera uma necessidade de aplicar insumos que reponham os nutrientes removidos pelas culturas. “Os fertilizantes são insumos essenciais na conquista de segurança alimentar”, defendeu Filho. A preocupação das entidades rurais com o aumento da produção destes insumos reside, principalmente, nos problemas de infraestrutura e frete, o que, conforme o diretor de uma empresa do ramo, tem barrado este desenvolvimento. “Temos que ter uma solução para produzir fosfato no Brasil central e levar para outras regiões do país”, confirmou Mário Barbosa, que também é presidente da Anda.
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egundo relatórios da FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação –, a produção agrícola internacional continua em linha com as estimativas anteriores para atender o aumento de 70% na produção mundial de alimentos, necessários para suprir a demanda do mercado aos níveis de população estimada para 2050. O Brasil, de acordo com o mesmo relatório divulgado pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA), durante o 1º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, realizado em julho, continua sendo o país com a maior expressão produtiva. Tendo como referência o período de 2007 a 2009, os produtores brasileiros devem atingir um crescimento estimado de 40%, até 2019; com grande margem de diferença quando comparado aos outros países: Ucrânia (29%), Rússia (26%), China (26%), Índia (21%), Austrália (17%), Estados Unidos e Canadá (10 a 15%). Para que esta estimativa de crescimento da produção agrícola mundial se concretize, é o sistema de insumos agrícolas, considerado o pilar essencial da produtividade agrícola, precisa estar cada vez mais sólido e estruturado para continuar enfrentando e superando o desafio. De janeiro a junho deste ano, destacou o diretorexecutivo da Anda, David Roquetti Filho, a produção brasileira de fertilizantes cresceu 5,6%, quando comparado com o mesmo período do ano passado. O número foi apresentado aos diretores do Ministério da Agricultura na 55ª Reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, que reiteraram a necessidade do governo auxiliar no aumento da produção, barateando o insumo para o produtor. “O cenário favorável de demanda e preços das commodities agrícolas favoreceu a venda de fertilizantes. Contudo, a produção precisa ser ampliada para que a dependência do fertilizante importado seja reduzida”, argumentou, apontando que as expectativas para o futuro também são bastante positivas. “As entregas de fertilizantes ao consumidor final no Brasil devem fechar o ano de 2011 com a comercialização de cerca de 26,5 milhões de toneladas, o que representa um percentual de 8,1% acima do valor alcançado no ano passado, que foi de 24,5 milhões de toneladas”, frisou, explicando as projeções divulgadas por uma empresa de consultoria agrícola.
Impostos Parlamentares da subcomissão especial que analisa o tratamento dado aos produtores brasileiros e aos do Mercosul concluíram que não há isonomia nos impostos cobrados pelos insumos nacionais em relação aos importados. Em audiência pública no final da semana passada com representantes de produtores brasileiros de fertilizantes e de defensivos agrícolas, os deputados analisaram os impostos que incidem sobre os insumos agrícolas. O grupo, ligado à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, trabalha para identificar o porquê de os custos de produção do setor agrícola serem mais altos no Brasil do que nos países vizinhos do Mercosul. No caso dos fertilizantes, os importados são isentos de ICMS. Hoje, eles representam 68% do mercado nacional. Dados das duas principais associações do setor mostram ainda que as importações de fertilizantes cresceram 50% desde o ano passado. Os produtores de defensivos agrícolas também afirmaram que hoje vale mais a pena importar da Argentina. Pela legislação
brasileira, os impostos para a importação de matéria-prima são maiores do que os cobrados na importação do produto pronto. Com isso, as indústrias do setor estão migrando para os países vizinhos e o Brasil está deixando de produzir defensivos agrícolas para importá-los. O relator da subcomissão, deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), deve propor mudanças na legislação para corrigir essas distorções. Essa situação, segundo Heinze, está tornando os produtos brasileiros menos competitivos. Ele reclama que o custo de um hectare de arroz no Rio Grande do Sul – “que é o Estado mais competitivo do mundo em termos de produtividade, passou Estados Unidos e países da Ásia” - está quase mil dólares (cerca de R$ 1,6 mil) de diferença por hectare em relação ao Uruguai e Argentina. “Somos competentes na produtividade. Agora, os custos nos matam, porque a nossa competitividade se perde basicamente na carga tributária e na falta de competitividade da nossa indústria comparativamente a outros países, ponderou.
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SUINOCULTURA
ecnologia Criação ao ar livre melhora Compactação do solo em plantio direto Engenheiro Agrônomo Eduardo Copetti
Gerente de Desenvolvimento de Mercado/ Produto da Semeato FOTO DIVULGAÇÃO
qualidade da carne
FOTO PRISCILA DEVENS
Alternativa para pequenos produtores tem com principal atrativo o sabor do alimento, na comparação com animais mantidos em chiqueiros desde que nascem Priscila Devens pridevens@gmail.com
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O tráfego de máquinas quando o solo está úmido, a utilização de animais para pastoreio e a baixa quantidade de resíduos vegetais sobre o solo, pode causar adensamento da camada superficial em solos muito argilosos cultivados sob Plantio Direto. Essa “compactação” superficial tem gerado preocupações e dúvidas quanto aos possíveis danos à produtividade agrícola. Além de dificultar o trabalho das máquinas semeadoras, a maior resistência à penetração mecânica na camada superficial do solo poderá restringir a germinação das sementes e o desenvolvimento inicial do sistema radicular das plantas estabelecidas, principalmente quando ocorrem estiagens logo após a semeadura. O decréscimo na produção da lavoura em tais condições reflete os efeitos do adensamento do solo sobre o sistema radicular das plantas, que podem incluir interações complexas entre a resistência do solo à penetração mecânica, a disponibilidade de água e nutrientes, a aeração e a atividade da população microbiana. Se o fornecimento de água, ar e nutrientes for suficiente e as raízes conseguirem se aprofundar, o crescimento das plantas não será prejudicado pelos efeitos da compactação do solo. Em curto prazo, a superação deste problema pode ser conseguida pelo uso de hastes sulcadoras (facão) nas semeadoras. O uso do facão, em condições de solo com alta resistência à penetração, possibilita a criação de um ambiente mais apropriado para o estabelecimento da cultura, uma vez que conseguem romper a camada superficial “compactada”. Ocorre uma “escarificação” do solo exclusivamente nas linhas de semeadura. Uma vez superado o adensamento superficial do solo no curto prazo pelo uso das hastes nas semeadoras, é possível prevenir o problema no longo prazo, por meio de processo biológico-cultural fundamentado na rotação de culturas com plantas para cobertura do solo, que possuam características de rusticidade e sistema radicular pivotante e vigoroso.
eduzir os custos da produção de suínos em 80% é o objetivo do sistema de criação ao ar livre desenvolvido desde 2006 pela Escola Estadual de Educação Profissional de Carazinho (Eeeprocar), que ministra o curso técnico em Agropecuária. Conforme o professor Valmor Francisco Bissoto, o agricultor pode aproveitar várias coisas que possui na propriedade, como os pneus velhos que viram cocho, ao invés de causaram danos ao meio ambiente. Os piquetes em que os animais irão ficar devem ser divididos com cerca elétrica, que segundo o professor, não tem um custo elevado. “Um pequeno agricultor poderia aplicar este sistema tranquilamente, sem precisar de muitos recursos, criando animais mais sadios”, assegura ele, observando que o manejo também se torna mais prático, pois os porcos são mais dóceis. A Escola trabalha neste sistema apenas com a cria, uma vez que a terminação do leitão é de maneira convencional. “Depois que eles são desmamados, ficam na creche por quatro semanas, que é um espaço ainda ao ar livre, mas longe das matrizes. Após, partem para a engorda e depois são abatidos em Santo Antônio do Planalto, pois a Escola não possui local apropriado”, afirma. A cada 15 dias acontece um parto, de uma das 10 matrizes, somando ao mês uma produção de aproximadamente 20 leitões, consumidos pelos alunos da Eeeprocar, sendo que o excedente é vendido para suprir os custos.
A área do projeto, atualmente, ocupa 10,1 mil m², mas ela deve ser temporária, para evitar excesso de matéria orgânica acumulada num único local
Benefícios São vários os benefícios da produção ao ar livre, entre eles, não se faz necessária a aplicação de ferro nos leitões, uma vez que eles nascem com deficiência desta substância e o leite materno não supre. “O nosso solo é rico em ferro e como a porca se revolve na terra o leitão acaba ingerindo-a ao se amamentar”, enfatiza. Os dentes e o rabo também não são retirados, pois como os suínos vivem livres, não são afetados pelo estresse, comum em leitões criados em locais fechados. “Não temos problemas com canibalismo e com ferimentos nas tetas da porca ou entre os próprios animais, por este motivo”, destaca Bissoto. O sabor da carne é o que mais chama a atenção, na comparação com animais mantidos em chiqueiros desde que nascem. De acordo com o professor, foram feitos testes que compro-
Manejo
varam que a carne é mais saudável e consistente. “O estresse também influencia neste fator, bem como a alimentação, que no início é somente o leite materno, partindo para a ração, que atende as exigências nutricionais. E ele está sempre fuçando aqui e ali, comendo raízes, minhocas, entre outros”, esclarece. Para abrigar os suínos, é necessário construir uma cabana para cada piquete, com 2,8 m de frente por 1,8 m de fundos e abastecê-la com palha antes de a matriz dar cria. O parto é acompanhado apenas de longe, com intervenções somente quando necessário. “Desde 1996 houve dois casos que tivemos que intervir, nos demais a porca da cria sozinha”, comenta. Para aquecer o ambiente, a própria matriz cobre a porta da cabana com a palha e à medida que a temperatura sobe ela mesma retira.
A área do projeto, atualmente, ocupa 10,1 mil m², mas ela deve ser temporária, para evitar excesso de matéria orgânica acumulada num único local. A rotação dos piquetes também é muito importante, uma vez que o pisoteio e as constantes chuvas acabam por destruir a vegetação. Na Escola existem 13 piquetes para as 10 matrizes e o reprodutor, permitindo que sempre fiquem duas áreas em descanso. Segundo o professor, dependendo da época, a porca pode ficar até três meses no piquete. Para os alunos, que moram a maioria em pequenas propriedades, o aprendizado é muito significativo, pois esta é uma alternativa de melhorar o padrão de vida dos agricultores. “Os alunos devem passar por todos os setores da Escola. Sendo assim, com os suínos, os estudantes ficam responsáveis pela alimentação, controlando a quantidade, a exigência nutricional, observando o comportamento dos animais, do solo e das plantas”, observa, adquirindo conhecimento que posteriormente poderão ser aplicados em suas propriedades.
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34ª EXPOINTER
“Vou ser um facilitador”, disse Mendes Ribeiro Em uma reunião-almoço com a senadora e presidente da CNA, Kátia Abreu; o presidente da Farsul, Carlos Sperotto; o presidente da AL – RS, Adão Villaverde; e presidentes e representantes de entidades e federações rurais do Mercosul, o novo ministro da Agricultura reiterou seu compromisso com o setor agropecuário brasileiro Cristian Puhl - Enviado especial cristian@diariodamanha.net
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esta quinta-feira (1º), a 34ª edição da Expointer tornou-se palco para debate sobre questões políticas envolvendo o desenvolvimento e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. Impulsionado pelo bom momento vivido pelo setor agropecuário e projetando mais uma safra recorde, o novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, participou de um almoço com o presidente da FARSUL, Carlos Sperotto; com o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde; e com a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu. A reunião da Associação das Federações Rurais do Mercosul, o chamado Grupo Farm, que congrega federações e entidades rurais dos países
FOTOS CRISTIAN PUHL
Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, participou de um almoço com o presidente da FARSUL, Carlos Sperotto; presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde; e com a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu
que compõem o Mercosul, ocorreu nas dependências da Casa da FARSUL, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, e foi prestigiada por deputados Estaduais e Federais, empresários do setor e presidentes de sindicatos rurais e entidades ligadas ao agronegócio, entre eles o do Sindicato Rural de Carazinho, Carlos Scheibe. Na abertura do encontro, Mendes Ribeiro destacou que pretende ser “um facilitador” do agronegócio e reafirmou seu compromisso com os produtores. “As demandas do setor são as demandas do Ministério”, completou. O presidente da FARSUL aproveitou o momento para salientar a importância da reunião do Grupo Farm e observou que “o posicionamento do Brasil na agricultura é fundamental
Giro Agrícola Engenheiro Agrônomo Cláudio Dóro ASCAR- Emater/RS
Manter a família, através de resultados positivos das explorações agropecuárias, proteger o patrimônio material e pessoal são os principais objetivos dos proprietários rurais quando se fala em sucessão no campo. Mas para que isso aconteça em harmonia é necessário planejar com tempo essa transição, pois envolve a família e os negócios da terra, e não gerar relação sentimental com a propriedade rural. A figura do paternalismo predomina no comando, pela sua experiência e conhecimento que adquiriu ao longo dos anos e consequentemente a adminis-
Senadora Kátia Abreu falou também sobre a necessidade de recuperar a renda do produtor
para a América Latina”. No final da reunião, Sperotto agradeceu o prestígio da senadora à Expointer e comentou que os esforços da Confederação Nacional da Agricultura, no sentido de defender os interesses dos produtores, têm sido muito importantes nas conquistas que o agronegócio tem obtido. A senadora Kátia Abreu salientou que um dos objetivos centrais da reunião foi discutir o Código Florestal e debater a construção de uma nova política agrícola para o país. “Temos a boa vontade do Ministério da Agricultura em contribuir com o desenvolvimento do agronegócio, o que nos deixa muito otimistas para avançarmos em uma série de questões. E o fato de o ministro não ser ligado ao meio rural não é um problema, pois o que importa é a experiência, o conhecimento e a força política”, garantiu. Bastante receptiva à imprensa, Kátia falou também sobre a necessidade de recuperar a renda do produtor e comentou que o pleito de criar uma política que garanta o preço de referência, não apenas o mínimo, como ocorre atualmente. Conforme a senadora, em uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Agricultura, “bastante pragmática”, salientou, alegando que o eixo central da conversa foi a nova política agrícola para o setor. “Mostramos a presidente, por meio de números e informações concretas, que é preciso evoluir muito neste sentido”.
Passando o bastão tração compete ao chefe da família relegando ao segundo plano os filhos, forçando na maioria das vezes a não darem continuidade no negócio e em muitos casos abandonarem o campo pelo sentimento de incompetência e incapacidade de assumi-la. Mas à medida em que os negócios vão crescendo, é necessário que haja mudança através de novos padrões, processos e comportamento, implicando em uma nova forma de gerenciar, envolvendo os filhos e já pensando que serão eles que poderão dar continuidade aos negócios. Os pais têm que ter a sensibilidade, de quando os filhos estiverem
trabalhando na propriedade eles não precisam se afastar, mas assumir outro papel, que é o de ser o conselheiro até que os filhos estejam prontos para assumirem totalmente o negócio. Daí a importância da convivência pacífica, onde os pais aceitem que os filhos opinem e participem ativamente com eles nas deliberações e decisões importantes. A comunicação entre os pais e os filhos, através de reuniões para programar procedimentos e o fortalecimento do negócio é imprescindível para que haja uma transição no comando sem traumas e rancores.
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Sexta-feira, 2 de setembro de 2011 FOTOS ROSA LIBERMAN
EXPOINTER
Os gigantes do campo O Parque de Exposições Assis Brasil, uma área de 141 hectares localizada em Esteio, é sede de uma das maiores e mais importantes exposições-feira do Mundo, a Expointer, que acontece até o dia 4 Rosa Liberman - Enviada especial rosa@diariodamanha.net Os maiores maquinários em termos de tamanho e tecnologia embutida para beneficiar e satisfazer as necessidades do produtor rural estão em exposição no Parque Assis Brasil, em Esteio, onde está sendo realizada a 34ª Expointer – feira de exposição e negócios. Eles atraem olhares dos produtores, como é o caso de Hugo Dalmaso, 68 anos, de Pontão, que foi apenas visitar, pois recentemente reformulou seu parque de máquinas. Ele e seus dois filhos possuem uma área agricultável de 700 hectares, destinados ao trigo, cevada e soja. Mas também, no caso da produtora Julia do Carmo, vicepresidente do Sindicato Rural de Passo Fundo, que esteve na quarta-feira passeando e retorna nesta sexta com o marido Vilmar, para fazer as compras necessárias. Eles vão vender a atual colheitadeira e adquirir uma nova. Julia diz que essa aquisição se deve pelo preço mais atrativo na feira e esta tem sido a forma de renovar o maquinário nos últimos anos. “Além do lançamento e novas tecnologias, feiras como a Expointer tem o atrativo de levar essa vantagem os visitantes: preços mais vantajosos”, destaca. A propriedade de 216 hectares dividida entre Passo Fundo e também Pontão, tem o cultivo de grãos, como trigo, canola soja e milho. Para a safra de verão, serão destinados 45 hectares ao milho, sendo que 20 ha já foram semeados. O delegado do Sindicato Rural, Jair Dutra Rodrigues, destaca que a cada ano, a feira está mais aperfeiçoada com novas tecnologias e todos os visitantes tem a oportunidade em conhecer e adquirir produtos e informações que venham proporcionar outras experiências, resultando em mais renda no campo.
Grande público está participando da 34ª Expointer
Agricultura familiar em destaque
Produtores buscam conhecer a SOL TT
Semeato é uma das coroadas com sua inovação tecnológica Entre as gigantes, há produtos de empresas locais, como Stara, Semeato e outras. Neste ano, na 29ª edição do prêmio Gerdau Melhores da Terra, que busca promover e incentivar o crescimento e aperfeiçoamento da agroindústria, a Semeato voltou a conquistar um dos troféus mais importantes: o Ouro, na categoria Novidade, com a Semeadora SOL TT. A máquina reúne o que há de mais moderno em sistemas de plantio de grãos graúdos. Disponível em três modelos, com 30, 34 e 40 linhas espaçadas a 45 cm, a máquina é perfeita para realizar o plantio em tempo hábil, dentro da janela recomendada para a realização do mesmo, fator decisivo para atingir maiores produtividades. A qualidade
do plantio pode ser traduzida pela utilização de linhas de semeadura pantográficas, montadas em um chassi com 3 módulos flexíveis que oferece plenas condições para a realização da semeadura, mesmo em terrenos irregulares. A distribuição das sementes realizada através do sistema de discos alveolados ou sistema pneumático Vacuum System, possibilita individualizar as sementes com precisão para que as mesmas sejam distribuídas de forma eqüidistante. Com disco de corte de 20”, independente da linha de semente, é possível a obtenção de excelentes resultados no corte de diferentes palhadas. A transmissão eletro-hidráulica possibilita facilidades ao operador na calibração da quantidade de sementes. Mesmo sendo uma máquina de grande porte, a manobrabilidade e a agilidade são características marcantes da SOL TT.
A importância da Agro-indústria Familiar na Dinamização das Economias Locais foi tema de uma palestra ministrada por Rogério Ern, consultor da Secretaria da Agricultura Familiar, dentro do programa de Agroindustrialização do MDA. Ele abordou o programa de apoio a industrialização direcionando a agricultura familiar, as linhas de ação que o Ministério aplica, como o crédito, a pesquisa, desenvolvimento, capacitação e assistência técnica, promoção e divulgação de produtos da agricultura familiar. Na ocasião, Ern também destacou as oportunidades que este segmento tem, diante do cenário de mercado e políticas públicas para
se inserirem no processo de agroindustrialização e os desafios. “As agroindústrias tem diversas finalidades, uma delas é a geração de emprego e renda, possibilitando a fixação do agricultor no campo, envolvendo sua família, os jovens retornam as propriedades se fixando no campo. Ela mostra a propriedade da porteira para fora”, destaca. O Estado, conforme Declarações de Aptidão ao Pronaf, família de agricultores que declaram renda da agricultura familiar são 4.450 agroindústrias. Já o censo agropecuário de 2006, apontou que o Rio Grande do Sul tem 30.700 agroindústrias da agricultura familiar, que geram renda.
Pecuária em destaque
Este Devon, com 1,3 quilos, é o animal mais pesado da feira
Também expostos, os melhores da pecuária, que além de disputar prêmios, recebem tratamento de honra. São os ‘reis’ do parque, chamando a atenção até das crianças.