Aniversário dos 154 anos de Passo Fundo CAD2

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Passo Fundo e suas mini cidades

DIĂ RIO DA MANHĂƒ - Passo Fundo, 6 e 7 de agosto de 2011

Passo Fundo 6 e 7 de agosto de 2011 - Especial

Passo Fundo 154 anos

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Passo Fundo 154 anos

DIÁRIO DA MANHÃ - Passo Fundo, 6 e 7 de agosto de 2011

EDITORIAL

154 anos!

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território de Passo Fundo pertencia, antes de seu desdobramento, ao município de Cruz Alta. Em 28 de janeiro de 1857, pela Lei Provincial nº 340, foi criada a comuna e instalada Passo Fundo a 7 de agosto de 1857, sendo a 22ª do Estado. Hoje, 154 anos depois a cidade está repleta do que antes eram pequenas vilas e se transformaram em verdadeiras mini cidades. Assim são os bairros mais populosos de Passo Fundo, onde os seus 184 mil habitantes se dividem. Estas grandes comunidades criam sua própria identidade, formando novos grupos, novos modelos. Boqueirão, São José, Zácchia, Petrópolis, Centro, São Cristóvão, Vera Cruz, estão cres-

Expediente:

Diretora Presidente: Janesca Maria Martins Pinto Diretora vice-presidente: Ilânia Pretto Martins Pinto Diretora Comercial: Eliane Maria Debortoli

cendo, se expandindo e fazendo jus ao título de cidade-pólo. Neste material que comemora os 154 anos de emancipação, o Jornal Diário da Manhã traça o perfil dos bairros mais populosos e que foram, aos poucos, criando sua própria identidade. Muitos deles já contam com agências bancárias, redes de mercados, ambulatórios, grandes lojas e as indústrias, que vieram para se aliar a mais crescimento. A cada dia novas vilas se formarão como a Cidade Nova, que estará sendo a mais nova mini cidade de Passo Fundo.

Editora-chefe: Rosângela Borges Wink Reportagens: Beatriz Scariot, Claudio Crescencio, Kleiton Vasconcelos, Rosa Liberman. Diagramação: Marcelo Lange

Boa leitura Redação


ITALAC

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BOQUEIRÃO

Um bairro completo XXFOTO ARQUIVO

O Boqueirão é quase uma cidade a parte. Com um comércio pujante, escolas e empresas, o bairro se destaca como o segundo mais importante de Passo Fundo

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Boqueirão pode ser considerado um dos bairros mais antigos da cidade. E é o segundo bairro mais importante da cidade. O bairro é quase uma cidade a parte. Completo, ele possui várias lojas, postos de gasolina, agências bancárias, e outros serviços importantes. Nele está localizado o ginásio Teixeirinha, a maior parte do comércio de veículos da cidade, importantes escolas, empresas e fundações. Hoje o Boqueirão conta com aproximadamente 19.500 moradores. É o primeiro bairro da cidade. Passo Fundo começou a ser colonizado ainda na época dos tropeiros por essa região, onde eles costumavam parar e acampar. Nas décadas de 50 e 60 o bairro passou por uma descrédito da sua imagem, no local faviam diversos bares de prostituição, por isso a imagem acabou ficando negativa, até mesmo os ônibus não circulavam no local. Esse quadro começou a mudar a partir da final da década de 60 quando o bairro alavancou seu potencial comercial e econômico e começou a se desenvolver, tornando-se então o segundo bairro mais importante do muncipio no setor de comércio. O bairro que antes tinha sua economia baseada nos moinhos e matadouros, hoje é referência em comércio de veículos, por exemplo. No Boqueirão se encontram a maior parte das lojas de veículos da cidade, e é um comércio que abrange toda a região norte do estado do Rio Grande do Sul. O bairro conta também com diversos monumentos como o Ginásio Teixeirinha. O monumento infelizmente ainda não é utilizado pela população como deveria. Com uma grande e importante infraestrutura, o acesso ao ginásio ainda é restrito e poucos eventos são realizados no local para ajudar a fomentar a cultura e o lazer do município. Além do ginásio, outros monumentos históricos da cidade, como a caravela ficam localizados nesse bairro. O Instituto Educacional também fica localizado nesse bairro, e é uma das escolas mais antigas da cidade.

Igreja na Avenida Brasil no bairro Boqueirão

Boqueirão Legal Um evento conhecido e que virou referência na cidade é o Natal Ecológico do Boqueirão Legal, organizado por moradores e comerciantes do bairro. A Associação Boqueirão Legal é composta por 14 empresas, e tem o apoio da Igreja São Vicente de Paulo e a Escola Menino Deus. Todo o ano a praça central da Avenida Brasil no Boqueirão é decorada com garrafas pets o envolve cerca de 60 pessoas. Durante os dias que antecipam o Natal, a população pode também andar com a Maria Fumaça, que sai do Boqueirão e vai até o Centro da cidade, retornando ao bairro. O evento possibilita que a população tenha um local para confraternizar e resgatar o espírito natalino. São realizadas diversas ações de lazer e culturais durante todo o mês de dezembro na praça e toda a população pode participar gratuitamente.

Um evento conhecido e que virou referência na cidade é o Natal Ecológico do Boqueirão Legal

Os canteiros servem como áreas de lazer para a população

Monumentos nos canteiros centrais da Avenida Brasil


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DIÁRIO DA MANHÃ - Passo Fundo, 6 e 7 de agosto de 2011 VERA CRUZ

XXFOTOS REDAÇÃO DM

O segundo bairro mais populoso da cidade

Antes tomada por grandes campos, atualmente a Vera Cruz passa por um boom populacional

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egundo dados do IBGE, o bairro Vera Cruz figura entre os três grandes de Passo Fundo. Com uma população de 19,7 mil habitantes, em fica atrás apenas do Centro em número de moradores. Mas nem sempre foi assim. Onde hoje há casas, prédios e indústrias, antes haviam campos. Como não era rota dos tropeiros, que figuram como os grandes colonizadores e que estabeleceram a forma de Passo Fundo, o bairro Vera Cruz demorou para se desenvolver – ao contrário do Centro e do Boqueirão. Desta maneira, a porção da cidade além-cemitério por décadas foi tomada de grandes terrenos inabitados. “Onde hoje é o Valinho antes era tudo campo. Assim foi até a chegada das indústrias” lembra Jorge Bilhar, coordenador do IBGE. Primeiramente, as indústrias que se alojaram na Vera Cruz atuavam no ramo lácteo (leitarias), processamento de alimentos (moinhos), exploração da madeira (madeireiras) e também um incipiente comércio. Destaque para a Coopasso, que

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introduziu uma matriz fabricante de óleo. Muitas das estruturas ainda permanecem em pé, mesmo com a extinção das empresas, e põem ser vistas principalmente ao longo da avenida Rio Grande, onde hoje é a Vila Industrial.

Vera Cruz tem mais de 19,7 mil habitantes – é o segundo bairro mais populoso da cidade

Bairro muito bom Paróquia São José Operário

PAR Vera Cruz aumentou a capacidade habitacional do bairro

Para o presidente da Associação de Moradores da Vera Cruz, Eduardo Turello, morar na Vera Cruz tem muitos pontos positivos. “Nasci e me criei aqui, conheço 99% das pessoas e não temos problemas maiores” disse. Ainda para Turello, “a Vera Cruz se desenvolveu muito nos últimos anos e hoje tem de tudo, é quase uma cidade e não precisamos sair daqui” afirmou. Entre os destaques atuais da Vera Cruz estão o cemitério municipal,

a rede escolar, as indústrias, como a unidade da Semeato, o comércio ao longo da avenida Rio Grande (com mercados, restaurantes, postos de combustíveis e agências bancárias) e o posto policial. Também há a proximidade com a BR285, com ligações em pelo menos dois acessos. Na Vera Cruz também está uma das unidades do PAR (Programa de Arrendamento Residencial) e a sede da AABB. Ainda há a paróquia São José Operário.


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CIDADE NOVA

Novo pólo de desenvolvimento XXFOTOS DIVULGAÇÃO

O bairro Cidade Nova chega para ser um novo centro de desenvolvimento econômico e alternativa de acesso ao município. Estrutura e segurança para quem quer morar, trabalhar e investir

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O bairro Cidade Nova proporcionará um novo pólo de desenvolvimento para Passo Fundo

“ Para aumentar de forma significativa a acessibilidade do bairro foi construído um viaduto de grande porte sobre a rede férrea

Com 702 terrenos o bairro está pronto para receber quem busca qualidade de vida urbana e ambiental.

m dos maiores empreendimentos imobiliários do interior do estado está sendo construído. O bairro Cidade Nova é um empreendimento inovador do ponto de vista urbanístico e ambiental, com uma infraestrutra completa já em fase de implantação e áreas que atendem ao Plano Diretor de Passo Fundo. Um bairro planejado que promete orgulhar os passo-fundenses. O dimensionamento dos lotes e das quadras foi cuidadosamente realizado para permitir maior flexibilidade na sua aglutinação, gerando maior densificação com uma menor ocupação do solo. Seu sistema viário está inserido no contexto da cidade, apresentando ruas com dimensões maiores, traduzindo em passeios, canteiros centrais e pistas mais largas, possibilitando uma

melhor circulação de veículos e pedestres, como também, melhor tratamento paisagístico. O bairro Cidade Nova proporcionará um novo pólo de desenvolvimento para Passo Fundo, descentralizando suas atividades econômicas e possibilitando uma maior interação entre a principal rodovia federal (BR 285) e a cidade. Com 702 terrenos o bairro está pronto para receber quem busca qualidade de vida urbana e ambiental. O bairro vai contar com hotel, shopping, mercados, prédios comerciais, postos de combustível e praça central para lazer. Projetado dentro das normas do Plano Diretor, tem toda a estrutura completa para receber investimentos e novos moradores. Para aumentar de forma significativa a acessibilidade do bairro foi construído um viaduto de grande porte sobre a rede férrea que, juntamente com a implantação da Avenida Dr. Álvaro Severo de Miranda e do trevo desta via com a BR 285, irá concretizar o novo acesso a cidade de Passo Fundo. As vendas dos terrenos já iniciaram e algumas construções já começaram a sair do papel, como é o caso do prédio de dez andares do Sinduscom. Em torno da praça principal serão construídos também prédios verticais.


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PETRÓPOLIS

Crescimento a olhos vistos XXFOTOS REDAÇÃO DM

Relegado ao segundo plano no passado, o bairro Petrópolis é um dos que mais cresceu nos últimos anos em Passo Fundo. Tão grande e tão variado, chega a ter uma divisão organizacional

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pesar do seu tamanho geográfico, o bairro Petrópolis foi o último dos últimos quatro grandes a experimentar o crescimento. Ao lado de São Cristóvão, Vera Cruz e Boqueirão, forma uma das vias de acesso ao município. Se até meados dos anos 1970 a então vila Petrópolis pouco tinha a oferecer, hoje carrega o estigma de “quase-cidade”. Ao longo de décadas, o Petrópolis tinha como grandes atrativos econômicos tão somente o silo da Cesa e uma indústria de bolsas. Até o final da década de 1960 a localidade também era mal vista e podia ser considerado, inclusive, um termo pejorativo. “Era um bairro sem expressão” resumiu Jorge Bilhar, coordenador da agência do IBGE em Passo Fundo e profundo conhecedor da história municipal. O desenvolvimento chegou em dois momentos: com a implantação do campus da UPF – apesar de localizado no bairro São José, está muito próximo ao Petrópolis – e também à construção do viaduto da linha férrea, em 1969. Pouco depois a prefeitura e a câmara de vereadores foram instaladas na entrada do bairro. Desde então, os grandes terrenos passaram a ser loteados e agora são aproximadamente 12 mil habitantes.

Cais Petrópolis oferece importante serviço de saúde para aquela porção da cidade

Do chamado Sétimo Céu é possível ter uma bela vista do centro de Passo Fundo

Atrativos atuais

Geograficamente, o Petrópolis inicia na ponte sobre o Rio Passo Fundo e estende-se até o trevo da BR-285. De um dos lados da avenida Brasil, é chamado de Petrópolis I, onde estão localizados o cemitério municipal, o Bourbon Shopping, hotéis, postos de combustível e a paróquia Santo Antônio. Do outro lado da avenida está o Petrópolis II, que conta com a prefeitura e câmara de vereadores, agência bancária, escolas (Cardeal Arco Verde e Gervário Lucas Annes), uma faculdade, agência dos correios, Cais e corpo de bombeiros. Dos dois lados há creches, empresas, mercados, concessionárias de veículos (carros, motos e implementos agrícolas) e muitos depósitos de distribuidoras.

Cena cada vez mais comum: prédios sendo construídos entre as casas

Quase cidade Conforme o presidente do Petrópolis II, João Luis Grando, “se formos analisar, nós temos na grande Petrópolis serviço público, financeiro, comercial, temos instituições de educação em todos os níveis. Enfim, é quase uma cidade dentro de Passo Fundo”. Nos últimos 15 anos, cresceu muito o número de residências construídas, o que torna os terrenos vazios raros. Ainda, nos últimos dois anos passaram a ser construídos prédios – já são pelo menos cinco.

A questão dos loteamentos

Por ser muito grande em extensão, o bairro Petrópolis sofreu diversas sub-divisões. Além da atual “I” e “II”, outra divisão praticada até pouco tempo era a de loteamentos. Desta maneira, no Petrópolis II, por exemplo, havia o loteamento Jardim Botânico (que englobava aproximadamente três quarteirões). Outro exemplo é a localização da prefeitura, que aparecia em mapas como sendo do Loteamento Primavera. “De dois anos para cá ficou estabelecido que tudo é Petrópolis I ou II” disse Grando.A mesa lógica pode ser utilizada para o Distrito Industrial de Invernadinha, que também está na grande Petrópolis – no caso, pertencente à Petrópolis II

A Prefeitura (foto) e a câmara de vereadores estão localizadas no bairro


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CENTRO

‘Terra de passagem’ O

XXFOTOS ARQUIVO

centro de Passo Fundo possui hoje, conforme dados do IBGE, uma população de 25 mil 314 mil pessoas, sendo a maior parte de mulheres, com 14 mil 152 e 11 mil 162 homens. Atualmente, ele comporta 80% do PIB proveniente do comércio, com a presença de um shopping center, além centro de educação, com escolas e universidades, hospitais (São Vivente, Municipal e César Santos), Estação Rodoviária, biblioteca municipal, teatros, serviços, monumentos que homenageiam personalidades, agências bancárias. E ainda praças, rede de hotéis, restaurantes, igrejas, a Arquidiocese. São gerados atualmente mais de 20 mil empregos. Entre estabelecimento comerciais e prestadores de serviço, há 16 mil estabele Construção da Capela de Nossa Senhora Aparecida, fundada em 23 de agosto de 1834. Em 1885 uma cimentos. Edifícios fazem parte do visual e nova igreja foi construída no local e inaugurada em 10 de setembro de 1949. Neste ano, passou a se chamar são raras as casas existentes. Porém, seu Arquidiocese progresso se deu recentemente, na décaMudança do comércio da de 70. Anteriormente, a principal avenida da cidade, Brasil, era Conforme o coordenador da agência do IBGE e Passo Funchamada de ‘terra de passagem’. A linha férrea que transportava do, Jorge Bilhar, o desenvolvimento do centro iniciou com passageiros também estava localizada na avenida. Conforme lei mais intensidade na década de 80, em virtude da construção municipal, o centro está dentro do limite da XX de Setembro, see prestação de serviços, religiosos, educacionais, na área da guindo pela General Canabarro, Rio Passo Fundo até a Eduardo saúde e comércio. Anteriormente, o centro comportava lode Brito. Ali é o limite entre os bairros centro e Petrópolis.

Cidade não iniciou pelo centro Passo Fundo não iniciou seu desenvolvimento pelo cetro da cidade, mas sim pelo Bairro Boqueirão. Depois se estendeu onde hoje estão as principais avenidas e assim foi se propagando.

jas familiares e de proprietários locais. Aos poucos, estes foram ficando sem sucessores e a chegada de grupos de outros estados acabou se tornando a maioria. Estas empresas foram responsáveis por alavancar o comércio passo-fundense e também regional, pois devido ao que o município dispunha em termos de outros serviços, o comércio também tornou-se um atrativo.

Cenário tomou outras formas

Alguns anos antes, a Estação Férrea que tinha os trilhos que passavam pela avenida Brasil, com transporte de passageiros e de carga, especialmente madeira, movimentando e fazendo parte do cenário do centro, também foi trocado de lugar. Nos anos 80, com a vinda do terminal petrolífero e radial, o então prefeito abriu a perimetral, permitindo que caminhões pudessem desviar do centro para facilitar o trânsito. Na época, a Estação Rodoviária estava localizada na General Neto, onde hoje há um estabelecimento comercial, próximo a Caixa Econômica Federal. Na década de 70 foi transferida onde há um bar, próximo a agência dos Correios e, o atual prefeito fez uma permuta de área, transferindo a Rodoviária para o local onde se situa até os dias de hoje. Lá Bilhar diz que havia o Estádio de Futebol Doutor Celso Fior (levando o nome de um famoso advogado criminalista da região). Com a permuta de área, o Estádio mudou de lugar e de nome, sendo hoje o Vermelhão da Serra. Ele conta que pelo projeto, este seria para ser o maior do interior do Estado, mas parte do projeto original foi abandonado, áreas próximas que iriam incluir as construções foram vendidas e o Estádio não foi concluído em sua totalidade original. Já a Estação Rodoviária permanece no mesmo local, facilitando a locomoção dos usuários.


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para área comercial Homenagens Entre monumentos e imagens que simbolizam a cidade, no centro está a figura de Teixeirinha, músico que divulgou Passo Fundo no país e exterior através de duas canções. Inexistência de preservação das construções históricas Ao contrário de muitas cidades gaúchas, o centro de Passo Fundo possui uma imagem diferenciada, pois não preservou o lado histórico de suas edificações. São raras as unidades em que foram mantidas sua originalidade e outras que estão parcialmente conservadas, com algumas modificações. No res Em 1912, a linha férrea passava pela avenida Brasil, como mostra a imagem, na esquina com a Sete de Setembro tante, todas fachadas de prédios foram demolidas e novas edifica“Com o desenvolvimento, o comérBilhar também cita a Casa Barão, ções erguidas. cio e estabelecimentos de serviços próximo a Escola Fagundes dos Reis, Um dos locais mais lembrados histoganhando espaço no centro, as caColégio Conceição, apesar das muricamente e que tem sua preservação sas foram cada vez mais diminuindo danças, ainda mantém traços históridevido à atual Lei de Tombamento, é a e prédios começaram a fazer parte na cos, da mesma forma o Colégio Bom Casa da Maroca, na XV de Novembro, nova imagem do centro”, comenta. A Conselho. E ainda, o Banco da Provínonde era um famoso cassino e hoje Arquidiocese manteve sua estrutura, cia, na esquina da Bento Gonçalves abriga comércio e restaurante, mas assim como os Clubes Caixeral, Cocom a Moron. Assim como alguns ousua fachada permanece preservada. mercial e Juvenil. tros locais.

Cinemas e bares que marcaram época Atração do centro que marcou época foram os cinemas. Nos anos de 1975 havia cinco, sendo três localizados na área central: Pampa, Real e Imperial. Hoje, nenhum deles existe mais. Um ponto de encontro da elite passo-fundense era o Bar Oasis, próximo a Aquidiocese, assim como a Lancheria Sonória, Maracanã, ao lado da agência dos Correios, na Moron. O Café Elite, também nas proximidades. “A sociedade da elite na época se encontrava nestes famosos locais”, diz. Construção civil O centro comportava somente residências. Dos anos 50, a edificação mais alta era de dois pisos. O centro concentrava moradias de tijolos de barro. Nos últimos 30 anos, a construção civil fez a modificação no cenário do centro, sendo que hoje, entre a Coronel Chicuta e a General Neto, está localizado o prédio mais alto da cidade e com maior número de apartamentos.


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José Alexandre Zachia

A educação no Zachia

Um bairro a parte O loteamento surgiu em setembro de 1984, sendo criado a partir de um projeto habitacional realizado pelo programa Pró-morar, com a finalidade de abrigar as pessoas que viviam às margens dos trilhos, tendo como responsáveis a COHAB e Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano. Na época, foram construídas 620 residências, mas por ser distante do centro da

Centro de Juventude

cidade e dos locais de trabalho, muitas famílias acabaram voltando para a beira trilho. Apesar disso, o loteamento continuou em crescimento, possuindo hoje cerca de oito mil habitantes. Assim, é considerado um dos bairros mais populosos de Passo Fundo, onde a maior parte da economia local fica para o próprio bairro, que possui vários estabelecimentos comerciais.

A saúde O problema da falta de médicos no loteamento Záchia causou preocupação para a comunidade local. A grande estrutura do ESF construída para atender a demanda teve o seu número de atendimentos reduzido. Além disso, a falta de equipamentos, funcionários, e profissionais, deixavam em dúvida a realiza-

ção do projeto. De acordo com o presidente do bairro, Nilson Santa Helena da Silva, a questão da saúde estava muito complicada no bairro. O secretário da Saúde de Passo Fundo, Jairo Caovila recebeu uma reivindicação dos moradores para melhorar a estrutura da Unidade Básica de Saúde. O secretário prometeu que o pedido seria atendido e afirmou que a comunidade teria à disposição duas equipes completas de saúde da família. Isso significa 2 médicos, 2 enfermeiros, 2 técnicos de enfermagem, 2 dentistas e 12 agentes de saúde, números suficientes para atender as necessidades dos moradores. As equipes foram efetivadas no mês de fevereiro.

As ocupações Durante a sua história, o loteamento sofreu algumas ocupações, e até hoje a diretoria procura regularizações diante do poder público. A mais recente foi citada em reportagem pelo Diário da Manhã, onde há três anos cerca de 100 famílias ocupam um espaço que fica próximo a uma escola. Sem ainda ter qualquer estruturação para moradia, o local que abriga esses moradores já está em negociação por parte do município. Sem instalação de energia elétrica nem abastecimen-

to devido de água junto a Corsan, as donas de casa passam a madrugada tentando encher os recipientes para a sobrevivência. Como o reservatório usado pela comunidade vem da Escola Municipal de Ensino Fundamental Guaracy Barroso Marinho, também é usado por cerca de mil alunos, que se dividem em três turnos. Uma ocupação situada ao lado esquerdo da comunidade espera por uma solução em questão da regularização de algumas moradias. Foi realizado um acordo entre Corsan e

Prefeitura Municipal, mas ainda existem famílias que moram de forma precária e com poucos recursos. Embora a Corsan tenha cedido a área, a região fica próxima da Estação de Tratamento de Esgoto, trazendo algumas consequencias, principalmente por causa do mau cheiro. Na época, o então engenheiro da Corsan, Aldomir Santi, disse que nada poderia ser feito sem que todas aquelas residências fossem regularizadas, mas havia algumas possibilidades que estavam sendo estudadas.

A Assistência Social Diocesana Leão XII mantém o núcleo chamado Centro de Juventude Jose Alexandre Záchia, fundado em 1986 e completa 25 anos no mês de agosto deste ano. A missão da entidade é promover e assistir as crianças na área educacional, com oficinas e atividades extra-escolares, auxiliando com temas e novos projetos. De acordo com a diretora Martina Luciana de Morais, muitos pais trabalham o dia todo e não tem a oportunidade de orientar os filhos. O centro possui hoje 325

crianças que participam de varias atividades.Inclui também atendimento em educação infantil onde participam crianças e adolescentes de 4 a 14 anos de idade. Existem hoje cinco turmas contendo aproximadamente 80 crianças, sendo que o restante faz parte das oficinas elaboradas. O centro possui oficinas de violão, informática, percussão, e várias atividades de danças, além de alguns esportes como handebol, vôlei e futsal. No total, 15 pessoas estão envolvidas diretamente no ensino e na orientação das crianças.

Guaracy Barroso Marinho

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Guaracy Barroso Marinho foi fundada em 1993, possui 817 alunos, os quais divididos em três turnos (manhã, tarde e noite). A escola ainda possui um anexo do Instituto Estadual Cardeal Arcoverde. O prédio foi construído no mesmo local onde funcionava a escola Dirce Machado Carreon, que já funcionava desde 1986. São14 salas de aula, biblioteca, laboratório de informática e 55 professores à disposição dos alunos, e ainda possui uma sala de recursos. É destinada aos alunos que possuem alguma deficiência e precisam de cuidados especiais. A escola possui o Projeto do Turno Integral, oportunizando para aqueles alunos que vem no turno da tarde, possam ter a manhã para a prática de outras atividades, inclusive disponibilizando almoço para essas crianças. Além disso, há o programa Mais Educação com realização de oficinas de arte, danças e esportes. Em breve, assim que chegar o material do MEC, a escola estará inserindo a Rádio Escola. A diretora Rejane Inchoste destacou a importância de todos os projetos. O loteamento Jose Alexandre Zachia conta ainda com a escolinha Margarida, que serve para atender a demanda da Educação Infantil.


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BAIRRO SÃO JOSÉ

Victor Issler

O bairro que já existe há quase 50 anos, possui cerca de 12 mil moradores, dentre eles, aproximadamente quatro mil crianças. A localidade é considerada uma mini cidade, com banco, farmácias, mercados, além de lojas de diversas especialidades. À frente da comunidade está o presidente Fabiano Fernandes, que há um ano coordena a associação de moradores. Mesmo com várias qualidades, o bairro ainda possui suas pendências junto ao município, já que algumas. Famílias inteiras nasceram, cresceram e vivem na localidade e, muitos trabalham no próprio bairro.

A associação foi fundada em 31 de março de 1984 e hoje é presidida por Jorge Nascimento, que já foi presidente no período de 2002 a 2004. Cerca de cinco mil moradores fazem parte da comunidade, de acordo com Nascimento. Alguns microempresários se instalaram no bairro nas mais diversas atividades comerciais, inclusive com três grandes mercados.

Mais de 50 anos

5 mil moradores

Saúde e educação

Saúde

Antes, os moradores tinham atendimento médico numa casa mortuária que possuía três peças. Para os moradores, a situação anterior era complicada, pois o local não tinha espaço e a demanda do bairro era muito grande. O novo ambulatório construído há quatro anos possui uma boa estrutura, oferecendo atendimento para pacientes vindos das demais localidades como Leonardo Ilha, Cel. Massot e Parque Farroupilha. Cerca de 15 profissionais realizam o atendimento no ambulatório.

Educação e lazer

Existem duas escolas no bairro. E.M. de Ensino Fundamental Benoni Rosado e E.E. de Ensino Médio General Prestes Além disso, três escolas de educação infantil contribuem com o aprendizado no bairro. Mesmo assim, as escolas também atendem a demanda de outras localidades. Algo que também pode ter destaque no bairro São José é o Centro Juvenil Merciano, que atende hoje cerca de 160 crianças na educação infantil. Em atividade desde 1986, o centro oferece o serviço gratuitamente para a comunidade, além de apresentar ótima estrutura e oferecer várias oficinas. Após reivindicações, o município construiu uma praça para diversão que será inaugurada no dia 16 de agosto. As crianças brincam num campinho de futebol que fica ao lado do parquinho e recebem aulas de futebol durante a semana. A parceria foi feita entre a associação e um professor.

Viveiro Municipal

A construção da UBS faz parte de uma luta antiga, confirmando as palavras do presidente da vila Fátima. Depois de tantos caminhos percorridos pelos presidentes, a inauguração da unidade está próxima. Já existe um ambulatório que fica próximo a igreja e, de acordo com Jorge Nascimento, dois clínicos, um ginecologista, um dentista, enfermeiras e três agentes de saúde. A comunidade do bairro Victor Issler conta com a Escola Estadual Irmã Maria Margarida, que fica na Rua

Olivério Trindade, 195. Tem a participação de 432 alunos e já existe há 35 anos, mas há 20 anos está como estadual. Não existe uma escola de Educação Infantil no bairro e crianças se deslocam até a escola Estela da Manhã. De acordo com o presidente, já existe um projeto para a construção de uma escola sobre quatro terrenos que ficam próximos ao viaduto. Os presidentes da vila Fátima e Annes, concederam parte do Orçamento Cidadão das duas comunidades para ajudar na construção.

Viaduto Há mais de 50 anos instalado no bairro São José, o Viveiro Municipal Chico Mendes, em homenagem ao ambientalista que morreu em prol da defesa da Amazônia, começa a ganhar vida com o recebimento de novos investimentos. Local que ficou descuidado nos últimos meses, sem um guarda noturno e nem mesmo cercamento, ele armazena mais de 50 mil mudas de árvores nativas, como guabiroba, uvaia, jabuticaba, cerejeira, ipês e outros, à disposição da comunidade e de projetos com relevância pública ambiental.

O viaduto que já está em sua fase final de construção vai ser muito importante, já que até o momento existe apenas uma entrada para o bairro, que é pela rua Fagundes dos Reis. Com a ponte, vai aumentar o fluxo de veículos e dar mais visibilidade para a comunidade.

Área de ocupação

Existe uma área de ocupação, mas os moradores estão com pedido de usucapião, já que muitos estão instalados há cerca de 40 anos no local. De acordo com o presidente, existe uma parceria com a Secretaria de Habitação para a realização da regularização fundiária. Cerca de 200 lotes poderão ser regularizados.


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Pavimentação e iluminação

Há cerca de dois anos foi realizada a pavimentação na rua principal onde circulam os ônibus, e com o passar do tempo surgiram alguns buracos. Já foi encaminhado um ofício para a Secretária de Obras e o secretário informou uma restauração no asfalto em um curto espaço de tempo. Existe também a instalação de uma canalização na Av. Quinto Giongo, pois em dias de chuva há problemas com esgoto a céu aberto. O presidente elogiou os serviços da secretaria na instalação de cerca de 250 metros de canalização. “Ainda não é tempo de agradecer pelo trabalho, mas o serviço está sendo bem feito”, disse Nascimento. Poucas ruas da localidade não possuem pavimentação. Todos os pedidos realizados para a Secretaria de Transportes e Serviços Gerais a respeito da iluminação foram atendidos. Existem algumas lâmpadas queimadas em algumas ruas, mas uma listagem já foi encaminhada para substituições. GRANDE SÃO CRISTÓVÃO

Várias vilas em um grande bairro O bairro São Cristóvão está divido em quatro grandes grupos de loteamento, onde há a comunidade de Santa Maria I e II, Vila Nova, Bairro Cruzeiro, Vila Rodrigues, São Cristóvão I, São Cristóvão II, loteamento Copacabana, Vila Ricci, vila Planaltina, Loteamento Santo Antônio da Pedreira, vila Bom Jesus, Ivo Ferreira, Loteamento César Santos, Via Sul, Maggi de Cesaro e Vila Mattos. Ao todo são mais de 40 mil moradores que promovem uma grande concentração de massa, distribuída em comércios, escolas, igrejas e ambulatórios.

Vila Nova

A Associação de Moradores da Vila Nova já existe há praticamente 30 anos.Hoje é presidida por Antonio Pereira, que está em seu segundo mandato, tendo como vice, Ilva Jahn. A comunidade é formada por cerca de 2.800 moradores, divididos em aproximadamente 850 residências. Parte da economia desses fica no próprio bairro, já que possui mercados, lojas de materiais de construção, padarias e butiques.

DIÁRIO DA MANHÃ - Passo Fundo, 6 e 7 de agosto de 2011 radores da própria comunidade e dos bairros vizinhos. A verba faz parte do Orçamento Participativo do governo do Estado, somando a quantia de R$ 450 mil. A previsão é que a construção se dê início até o final do ano.

Educação

Não possui uma escola de ensino fundamental na Vila Nova, com isso, os moradores se deslocam para as escolas próximas, como a Escola Estadual Alberto Pasqualini e Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Antônio. De acordo com o próprio presidente, por enquanto a situação da educação está tranquila, já que não há necessidade da construção de mais uma nova escola. Foi conquistada através do Orçamento Cidadão a verba para a construção de uma Capela Mortuária, mas a comunidade decidiu usar esse dinheiro para construir uma escolinha que será instalada na vila Santa Maria. A comunidade precisa de uma escola que possa cuidar das crianças, já que muitas mães deixaram de trabalhar para cuidar dos filhos em casa.

SANTA MARIA I

Já são 3,5 mil moradores

O loteamento nunca teve uma sede e de acordo com o presidente, Nelson Jandir Feula, que está em sua primeira gestão, cerca de 3,5 mil moradores fazem parte da comunidade Santa Maria. Com dois bancos e uma grande variedade de lojas compondo o comércio, que se divide em classe média e alta. Cerca de 200 pontos comerciais fazem parte da vila Santa Maria e muitos moradores deixam a economia no próprio local. A associação de moradores foi fundada em 7 de dezembro de 1980.

Saúde

Existe uma unidade na praça central, mas a estrutura, assim como o número de médicos é considerado insuficiente para a demanda, mesmo com um bom atendimento. Foi aprovado recentemente o projeto da nova Unidade Básica de Saúde, a ser construído na Praça da Vila Nova, onde era o campo de areia antigamente. O mesmo terá estrutura com projeção para 11 salas, além de especialistas que poderão beneficiar todos os mo-


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Saúde

Existe um ambulatório que possui uma boa equipe de saúde, segundo o presidente. Considerado um dos mais antigos de Passo Fundo, a situação da estrutura física é considerada precária. Dois clínicos, duas dentistas, um ginecologista, um pediatra, uma enfermeira e duas técnicas de enfermagem compõem o quadro de profissionais. Ao todo, cerca de 50 pessoas são atendidas diariamente. A comunidade contribuiu com o seu Orçamento Participativo para ajudar na construção do ESF da Vila Nova.

Educação

DIÁRIO DA MANHÃ - Passo Fundo, 6 e 7 de agosto de 2011 Saúde Apesar de ser um dos bairros mais antigos de Passo Fundo, ainda não possui uma Unidade Básica de Saúde. Muitos moradores se deslocam para o loteamento Santa Maria, mas que não possui estrutura para atender toda a demanda. Sendo uma reivindicação antiga e de grande importância para os moradores, em 2008 foi colocado em pauta para o atual prefeito Airton Dipp, a desapropriação de uma área ao lado da Escola Salomão Iochpe, a qual a associação assumiria o compromisso da utili-

zação de parte dessa para a construção futura de uma Unidade Básica de Saúde, além de buscar recursos para a construção do Centro Cultural Cruzeiro, objetivando atender a comunidade, principalmente crianças e adolescentes, servindo também para a população da terceira idade.Os moradores ainda esperam pela decisão do Poder Público Municipal. Há agentes de saúde, mas não conseguem fazer a total cobertura do bairro. À frente do bairro está o presidente Joel Souza dos Santos.

Educação

No loteamento Santa Maria existe a Escola Estadual de Ensino Médio Alberto Pasqualini, situada na Avenida Aspirante Jenner e possui atualmente 795 alunos, divididos em três turnos. Além disso, a comunidade conta com uma escola particular de educação infantil Doce Infância e a Escola de Educação Infantil Rita Sirotsky, pertencente a Leão XIII, com cerca de 90 crianças assistidas. Já existe uma área praticamente definida para a construção de uma nova escola, na rua Leopoldo Vila Nova, onde vai atender, além da comunidade da Santa Maria, também Vila Nova e Vila Ricci. Cerca de 350 crianças estão na vila de espera aguardando por uma vaga em Escola de Educação Infantil.

SANTA MARIA II

8 anos de existência

O loteamento Santa Maria II existe há praticamente 8 anos. À frente da comunidade está o presidente Veroí Rosa, em sua segunda gestão. Cerca de 150 residências fazem parte do loteamento, somando aproximadamente 450 moradores. Saúde Parte dos moradores se desloca até o Posto de Saúde do bairro São Luiz Gonzaga e o restante divide-se entre a Vila Nova e o CAIS do bairro Petrópolis. De acordo com o presidente, há uma reclamação referente às visitas dos agentes de saúde, pois alguns moradores alegam não receber esse serviço.

Vila Cruzeiro

A vila Cruzeiro abrangia uma quantidade maior de moradores, mas como foi desmembrada através de uma modificação no mapa da cidade, hoje acolhe aproximadamente 8 mil moradores. A comunidade é formada por classe média, embora tendo caráter popular, possui vários espaços para as diversas religiões, além de supermercados que contribuem para que parte da economia fique na própria localidade.

Na localidade existe a Escola Estadual de 1º Grau Salomão Iochpe, que fica situado na rua Aquidabam. Atualmente, cerca de 480 estudantes frequentam a instituição, que possui, além do programa Mais Educação, com atividades em turno inverso, sala de informática, trabalhos envolvendo esporte e música. Para o 2º Grau, os alunos se deslocam para o Instituto Educacional Cecy Leite Costa. Não existe atendimento para a Educação Infantil na vila Cruzeiro. Somente no PAR construído para 200 novas famílias, possui cerca de 300 crianças em idade de creche, de acordo com o presidente. Por ser

uma população com características de classe média, há escolas particulares que auxiliam a comportar a demanda de crianças.

SÃO CRISTÓVÃO I

400 moradores

No loteamento existe a concentração de grandes empresas e a associação foi fundada na década de 80. Hoje, o atual presidente é Alcione Camargo, que está em sua primeira gestão à frente da comunidade. Aproximadamente 400 moradores fazem parte da São Cristóvão I. Educação Os estudantes do loteamento se deslocam para as escolas que ficam nas proximidades. Uma delas é a Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Wolmar Salton, localizada no loteamento Copacabana. O loteamento São Cristóvão I conta com a Escola Municipal de Educação Infantil Maria Elisabeth, situada na rua Álvaro Berthier, 105. No total, 150 alunos estão matriculados e de acordo com a direção da escola, Sueli Fernandes, como atende várias comunidades, a lista de espera para a matrícula é grande. A instituição foi fundada em 1988, quando ainda funcionava em anexo ao Posto de Saúde. Em 2008

a escola foi ampliada e reformada, contando com sete professores efetivos, quatro assistentes de educação infantil, sete recreacionistas, duas serventes e uma cozinheira. A Escola Municipal de Educação Infantil Maria Elisabeth trabalha através de projetos, dentre eles: balé, língua inglesa, valores e projeto de alimentação, onde as crianças são incentivadas a melhorar qualidade de vida através dos alimentos saudáveis. Todos os professores possuem informação em pedagogia em fazem formação continuada através de assessoria do Núcleo de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação.

Saúde O PSF São Cristóvão oferece atendimento para toda a comunidade, incluindo Santo Antônio da Pedreira, que acumula uma população mais carente. A equipe médica é formada por dois técnicos em enfermagem, um médico clínico geral, uma enfermeira, uma secretária e quatro agentes de saúde. De acordo com a técnica em enfermagem, Rejane Gobi da Silva, o posto possui cerca de 2.500 famílias cadastradas, e a grande dificuldade de momento é o pequeno número de agentes para atender algumas áreas que estão sem cobertura. Cerca de 20 atendimentos são realiza-

dos diariamente no turno da manhã e o turno da tarde serve para a realização de agendamento de consultas.

SÃO CRISTÓVÃO II

Recente e organizada

A associação de moradores foi fundada em 23 de dezembro de 2003 e possui atualmente cerca de 300 famílias. Aproximadamente 200 crianças estão em idade escolar e 100 que estão em fase de creche. A comunidade é formada por trabalhadores e a população pode ser considerada de classe média e média-alta. A presidência do loteamento está a cargo de Vânia Cartelli.


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DIÁRIO DA MANHÃ - Passo Fundo, 6 e 7 de agosto de 2011 Educação e saúde Não existe uma escola no loteamento São Cristóvão II. Os alunos se distribuem para várias escolas. Uma das principais reivindicações é um transporte escolar para os estudantes. A reforma da Escola Municipal de Educação Infantil Maria Elisabeth ajudou para aliviar a grande demanda, mas que muitas crianças estão a espera de uma vaga para estudar. Os serviços de saúde são oferecidos pelo Posto de Saúde que fica no loteamento São Cristóvão I. De acordo com os moradores, há uma reivindicação para que mais fichas possam se distribuídas. Área de lazer Existe uma pracinha que foi construída em maio de 2010, assim também como um campo de futebol que está disponível para a comunidade. Ao lado também se encontra a sede da associação, com 360 m². Loteamento Copacabana A associação do loteamento completou um ano no dia 28 de junho, mas de acordo com o presidente, a comunidade pode ser considerada uma das mais antigas de Passo Fundo.

VILA RICCI

Uma das mais antigas

A associação da vila Ricci está entre as mais antigas do município e existe há mais de 25 anos. Aproximadamente, 3.500 moradores fazem parte da comunidade e se dividem em classe média, média-alta e média-baixa. Empresas como Semeato, por exemplo, estão instaladas na Ricci. A frente da comunidade está o presidente Paulo Lopes, já em seu terceiro mandato. Escola Municipal Santo Antônio Na vila Ricci está instalada desde 1989, quando um riaa Escola Municipal Santo Ancho que cruzava a vila preotônio, que foi construída em cupou a situação dos profes1977 e hoje possui 405 alunos sores. matriculados. De acordo com A proposta era de que pua diretora, Marli Nadal da Sildesse ser executado um prova, através do projeto Mais jeto ecologicamente correEducação, os alunos podem to e depois do surgimento da participar de várias atividaidéia, o tema foi encaminhades que são promovidas em do para debate dentro da próturno inverso. Entres os despria escola. No início, a ideia taques estão os projetos de: foi levada para outras escolas Oficina do Letramento, maque ficam próximas da vila, temática, vôlei, futsal dança pois os professores objetivae tênis de mesa. Ainda convam um trabalho mais abranta com atividades de literatugente. De acordo com os enra, expressão corporal com volvidos no projeto, nenhuma músicas e danças, além do outra instituição mostrou inteprojeto meio ambiente, que resse na época, o que levou a já existe há 15 anos. O fato E.M. Santo Antônio ser a piose deu através de um projeto neira na coleta seletiva de lixo que começou a ser estudado em Passo Fundo. Uma melhoria de 80% Após o lançamento do projeto, a escola promoveu vários mutirões que incluíam gincanas e diversas atividades. Uma das tarefas era premiar as equipes que recolhiam o maior número de lixo espalhado pela vila. Aos poucos o projeto foi inserido nas demandas da prefeitura e em sala de aula os alunos começaram a trabalhar com oficinas de papel reciclado e separação do material. Nas últimas duas décadas houve uma melhora de 80% na coleta e separação do lixo, mas ainda existe uma pequena parte de moradores e alunos que precisa de uma maior conscientização. Os alunos não trabalham apenas com a questão dos resíduos, mas também sobre a fauna e flora. Nos últimos anos, a escola recebeu algumas parecerias das empresas, que atualmente contribuem com os projetos.

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Vila Planaltina A Associação de Moradores da Vila Planaltina foi fundada no dia 1º de outubro de 1977, sendo uma das primeiras a ter um estatuto registrado. Segundo o censo realizado no ano passado, cerca de três mil pessoas vivem na comunidade, que é formada por moradores oriundos de outras regiões, tendo a disposição minimercados, farmácias, vídeo-locadoras, entre outros estabelecimentos. Quem comanda a Vila Planaltina é o presidente Antônio Carlos Luzia. A maioria dos moradores vive de aluguel. Para mudar essa situação está sendo desenvolvido na comunidade o Programa “Casas Pulverizadas” onde famílias que possuem ter-

renos regularizados serão beneficiadas com a construção da casa própria, destinando por mês 10% do salário para o pagamento das parcelas. Também existe a possibilidade de algumas famílias serem beneficiadas com os apartamentos do PAR Planaltina.

Saúde e educação O PSF funciona junto ao Centro Comunitário. Um dos problemas apontados é com a falta de espaço, mas a situação deverá ser resolvida através de uma verba de R$ 250 mil conquistada através do Orçamento Participativo. A Escola Estadual de Educação Básica Monteiro Lobato atende cerca de 712 alunos matriculados no ensino fundamental e médio, que atende nos três turnos. Além de sala de informática e biblioteca, também existe uma parceria com o curso de odontologia da Universidade de Passo Fundo que presta atendimento aos estudantes. Apesar de contar com a Escola Infantil Fofão, que fica junto ao Centro Comunitário, a

Vila Planaltina não consegue atender a grande demanda, já que a escolinha recebe crianças de outros bairros. Para o próximo ano o local deverá ser ampliado com recursos do PAC 2.

Capa

Na Planaltina existe o Clube dos Amigos Protetores dos Animais (CAPA), que possui 380 cachorros adultos e 50 filhotes, além de 45 gatos estão em condições de albergados. LOT. SANTO ANTÔNIO DA PEDREIRA

3.500 habitantes Com 3500 moradores o Loteamento Santo Antônio da Pedreira também compreende a comunidade da Sagrada Família, Escola Rural e São João da Escócia. A Associação de Mora-

dores foi funda em março de 2010, depois que a grande São Cristóvão foi desmembrada em outros sete bairros . O Loteamento tem como presidente Maria de Fátima Ferreira.

Educação

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Romano Gobbi recebe alunos do próprio Loteamento, da São Cristóvão 1 e Santa Maria 2. São 230 estudantes do primeiro ao oitavo ano. Além de laboratório de informática, a escola tem uma sala de recursos para alunos especiais (como Síndorme de Dawn) e disponibiliza o turno integral do primeiro ao terceiro ano.

Sáude A comunidade não possui um posto de saúde e é preciso caminhar 18 quadras para chegar até o PSF mais próximo, que fica no Bairro São Cristóvão 2. A expectativa é com a destinação dos R$ 180 mil, verba que veio com a votação do Orçamento Cidadão de 2009. O valor seria utilizado para a construção do PSF junto a uma área que o Loteamento tem na Rua Clemente Tarasconi. Enquanto o ambulatório não sai, duas agentes de saúde e um médico prestam atendimento aos moradores.


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Área da associação A Associação de Moradores tem um terreno para a construção de uma área de lazer, um PSF e a sede da associação. A verba já existe e as obras devem começar logo que o valor for liberado. Vila Ivo Ferreira A Vila Ivo Ferreira conta com aproximadamente quatro mil pessoas, principalmente da classe média. Por se localizar próximo a Avenida Presidente Vargas, os moradores contam com diversos estabelecimentos comerciais, como mercados, farmácias e agências bancárias. Quem coordenada as demandas da comunidade é a presidente Elda Dalamaria, que está no quarto mandato e continua em busca de uma sede para a Associação de Moradores. VILA BOM JESUS

Mais de 40 anos A Vila Bom Jesus existe há mais de 40 anos. A comunidade se desenvolveu a partir de doações de terras da Vila Ivo Ferreira e da Fundação Lucas Araújo. Outras moradias são ocupações. Com mais de 1300 moradores, a renda das famílias vem da reciclagem, artesanato e trabalho informal. Apesar de possuir um terreno adquirido através do Orçamento Participativo, a Associação de Moradores, que tem como presidente Júlio César Gonçalves,

Educação

DIÁRIO DA MANHÃ - Passo Fundo, 6 e 7 de agosto de 2011 Saúde e educação O Posto de Saúde da Vila Bom Jesus é dividido com os moradores da Ivo Ferreira. Apesar do prédio ficar em local de fácil acesso, a principal reivindicação dos moradores é para a contratação de mais médicos, além de um pediatra e dentista. Em relação aos agentes de saúde, o ideal seria quatro funcionários. A Vila Bom Jesus conta com dois locais para as mães deixarem os filhos: a escola da Assistência Social Diocesana Leão XIII e a Escola de Educação Infantil Bom Jesus. Já a Escola de Ensino Fundamental Wolmar Salton, conhecida como Ciep da Bom Jesus atende alunos de primeira a oitava série. O Ciep conta com sala de recursos para deficientes visuais e também foi beneficiada com o Programa de Inclusão Digital, onde serão instaladas lousas digitais e casa aluno terá um computador portátil.

Essa é a maior reivindicação da comunidade, que precisa recorrer às escolas de educação infantil da Planaltina e Bom Jesus, que também estão lotados. Para algumas mães a opção é recorrer a escola do Lar da Menina ou a Sami, mas fica muito longe. Existe um terreno que poderia ser ocupado para isso, mas ainda não houve acordo com o proprietário. A Escola de Ensino Fundamental Jerônimo Coelho atende a 500 alunos de primeira a oitava série. À noite, é oferecido o EJA. A escola conta com biblioteca, sala de informática, e conta com um projeto de reciclagem de óleo de cozinha.

Área de Lazer Implementado em 2009, O Projeto Emancipar desenvolve na Vila Bom Jesus atividades de educação física e culturais, tirando os jovens das ruas. Apesar disso, a comunidade conta com poucos espaços para que as crianças pratiquem alguma atividade física. Atualmente um campo de futebol de terra, que fica dentro do 3º RPMon é um dos locais disponíveis para lazer. O clube de futebol da Vila, o Ipiranga, também tem se esforçado para amenizar a situação, auxiliando com algumas atividades. Para o presidente, é preciso um maior envolvimento de poder público para intervir e levar o acesso ao lazer para os moradores. Mulheres Unidas A Vila conta com um grupo de mulheres batalhadoras que fazem parte do projeto Mulheres em busca da vitória, que conta com mais de 20 pessoas que utilizam do material reciclável para confeccionar fuxicos, cestas, cadernos, entre outros objetos. Tudo isso do material que seria colocado no lixo. Esse é mais um dos projetos da Vila Bom Jesus que tem contribuído para trabalho social de tantas pessoas.


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