Roadmap Plásticos - Verso

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Roadmapping do Plástico

ROTAS ESTRATÉGICAS PARA O FUTURO DA INDÚSTRIA PARANAENSE é o nome do projeto criado pelo Sistema FIEP em 2006 para traçar mapas dos caminhos a serem percorridos em direção a um futuro industrial sustentável para o Paraná.

2018

O projeto ROTAS ESTRATÉGICAS dá continuidade ao processo de reflexão prospectiva deflagrado pelo Sistema FIEP em 2005 centrado na questão fundamental “Que futuro vamos construir?” Esta pergunta orientou a identificação dos Setores Portadores de Futuro para o Estado do Paraná em um horizonte de 10 anos e ajudou a vislumbrar pistas de prosperidade para a indústria paranaense. Com perspectivas de futuro delineadas, um novo questionamento emergiu: “Como poderemos chegar lá”? Para responder a esta pergunta foi idealizado o projeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense, que tem por objetivo apontar caminhos de construção do futuro para cada um dos setores e áreas mais promissores para a indústria do Paraná no horizonte de 2015. O método de trabalho adotado é o Roadmapping que, com sua abordagem estruturada, faz interagir grupos de especialistas e induz, de forma compartilhada, a criação de visões prospectivas e a elaboração de conjuntos de ações encadeadas em um horizonte temporal de curto, médio e longo prazo. Os resultados desse trabalho são consolidados em Roadmaps, mapas sintéticos das trajetórias a serem trilhados até 2015.

Realização

Cooperação Técnica

Apoio

Os Roadmappings do projeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense foram concebidos para apoiar a formulação e a implementação de estratégias. Eles trazem também informações sobre tecnologias necessárias para permitir à indústria avançar em direção ao futuro desejado.

CONSTRUÇÃO DAS ROTAS ESTRATÉGICAS

As Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense são verdadeiros mapas do caminho. Sinalizam tendências internacionais. Sinalizam futuros sustentáveis. Sinalizam mudanças e, conseqüentemente, novas necessidades e oportunidades do setor industrial.

Realização As Rotas Estratégicas estão sendo realizadas pelo Observatório de Prospecção e Difusão de Tecnologia do SENAI/PR graças a uma parceria entre SESI e SENAI do Paraná. O projeto conta com o apoio do SENAI Departamento Nacional.

Cooperação técnica Internacional O projeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense conta com a colaboração técnica da Fundação OPTI, da Espanha, que é referência em prospectiva tecnológica industrial na Europa. Com sede em Madrid, a Fundação OPTI é uma entidade sem fins lucrativos que está sob tutela do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo da Espanha, tendo realizado mais de 60 estudos prospectivos setoriais para Europa e América Latina. A qualidade dos trabalhos e seu foco no setor industrial fazem da Fundação OPTI uma parceira estratégica para o Sistema FIEP.

A metodologia de elaboração das Rotas Estratégicas foi estruturada a partir do método Roadmapping e desenhada em parceria com a Fundação OPTI da Espanha. A primeira etapa de trabalho foi dedicada à realização de estudos preparatórios. No Paraná, foram realizadas análises econômicas e levantamento de indicadores científicos e tecnológicos para cada um dos setores a serem mapeados. Na Espanha, a Fundação OPTI, amparada pela sua larga experiência internacional e pelos panoramas setoriais enviados pelo Observatório SENAI/PR, fez um inventário das tendências tecnológicas de impacto nos setores selecionados para os primeiros Roadmappings da indústria paranaense. As reuniões participativas foram organizadas no formato de “painel de especialistas”. Ao todo foram realizadas 24 jornadas de reflexão-ação e mobilizados aproximadamente 300 especialistas das áreas trabalhadas. Os especialistas foram selecionados por sua experiência prática industrial, seu conhecimento técnico, relevância de sua pesquisa científica, ação empreendedora ou capacidade de pensar o futuro do setor estudado. Os estudos preparatórios foram enviados aos participantes como subsídio de informações para os painéis. A dinâmica de trabalho foi desenvolvida em dois encontros para cada setor. O primeiro painel tinha foco no exame da situação atual, no estabelecimento de objetivos para 2018, e em função destes, na identificação de desafios. O segundo painel se concentrou na priorização de fatores críticos de sucesso e proposição de ações a serem desenvolvidas até 2018 para alcançar as visões de futuro definidas pelos grupos. A sistematização final de todos os materiais gerados durante o processo de Roadmapping foi feita pela equipe do Observatório SENAI. As informações consolidadas foram enviadas aos participantes dos pinéis para validação e sugestões e deram origem a relatórios técnicos.

Todos os produtos do Observatório de Prospecção e Difusão de Tecnologia do SENAI Paraná podem ser consultados no site www.fiepr.org.br/observatorios ou solicitados por meio do endereço observatoriosenai@fiepr.org.br.

Cada Roadmapping, processo coletivo de construção de visões e proposição de ações, gerou um Roadmap, mapa do caminho a ser seguido, e um relatório técnico.

O resultado foi a identificação dos setores e áreas considerados, neste primeiro exercício, de alto potencial para a indústria do Paraná e para cada uma das regiões trabalhadas. Os setores de energia, indústria agroalimentar e a biotecnologia aplicada às indústrias agrícola, florestal e animal foram priorizados em todas as regiões e se configuram assim em setores estratégicos comuns para todo o Paraná. As especificidades regionais apareceram de forma significativa e apontam oportunidades de desenvolvimento que precisam ser potencializadas nos setores de papel, metal mecânico, plástico, turismo, produtos de consumo, saúde e microtecnologia. O processo de identificação de setores de futuro é dinâmico e os exercícios prospectivos precisam ser refeitos periodicamente para divisar novas possibilidades.

Turismo Microtecnologias

Papel Metal Mecânico e Plásticos

BIOTECNOLOGIA ENERGIA

Microtecnologias Saúde

Produtos de Consumo Microtecnologias

Os trabalhos participativos do Roadmapping foram conduzidos no formato de painéis de especialistas. Os painelistas foram selecionados por seu perfil profissional, prática industrial, conhecimento técnico, relevância de sua pesquisa científica, ação empreendedora, capacidade de pensar o futuro do setor estudado e disponibilidade pessoal.

De composição heterogênea, o setor se encontra desarticulado, o que dificulta o estabelecimento de acordos e a definição de estratégias e políticas coesas em termos de ações que possam gerar benefícios coletivos, aumentando a competitividade das indústrias. Todavia, existe a consciência de que somente por meio da articulação e da representação setorial podem ser superadas adversidades e resolvidos gargalos de produção e comercialização.

Onde estamos? A indústria de transformados plásticos paranaense produz uma ampla variedade de produtos, com destaque para embalagens e artefatos. De acordo com os especialistas participantes do painel, existe um déficit tecnológico nos processos do setor, com altos custos de produção, elevada emissão de poluentes e desperdício de material, resultando em baixa produtividade. Essa situação é decorrência do baixo nível de investimento em pesquisa e desenvolvimento, da visão de curto prazo de muitos empresários, da ausência de cultura de inovação e do baixo alinhamento entre as atividades desenvolvidas nos centros de pesquisa e as necessidades das empresas. A reciclagem e o reaproveitamento de resíduos de materiais plásticos ainda são incipientes no estado, não havendo incentivos para as cooperativas e catadores valorizarem a coleta desses materiais.

O caminho para a articulação e fortalecimento setorial passa pela consolidação de lideranças, pela criação de uma cultura associativa forte e pelo aproveitamento das sinergias entre empresas, universidades e governo, com vistas ao estabelecimento de acordos comerciais, co-desenvolvimento de tecnologias e produtos, compartilhamento de informações, formação de profissionais, negociações com fornecedores e clientes e esforço conjunto para acesso a linhas de financiamento.

Para onde queremos ir? O painel de especialistas do setor de Plásticos elaborou e validou um conjunto de quatro visões complementares que compõem um cenário desejado de uma indústria paranaense sustentável.

Produtos de Consumo Saúde

Turismo

Setor articulado e forte O setor de transformados Plásticos no Paraná pertence à chamada 3ª Geração da Cadeia Petroquímica. Ele engloba indústrias que atuam com processos por meio dos quais resinas são transformadas em produtos plásticos diversos e caracteriza-se por ter poucas empresas de grande porte e muitas empresas de pequeno e médio porte, com atuação em uma grande variedade de mercados distintos.

A visão “Setor articulado e forte” proposta pela indústria de transformados Plásticos do Paraná busca induzir o aumento da competitividade por meio da atuação em rede e da defesa de interesses.

O que impede este futuro? Os participantes construíram um entendimento compartilhado sobre o que pode impedir o desenvolvimento desejado. Nesta etapa foram identificados os fatores que são críticos para o sucesso na concretização dessas visões.

Visão 1 - Fatores Críticos Articulação Planejamento Estratégico Liderança Investimento Visão 3 - Fatores Críticos Marketing Verde Conscientização Gestão Ambiental Investimentos

Visão 2 - Fatores Críticos Modelos de Gestão Infraestrutura Alianças Estratégicas Programas de Capacitação Visão 4 - Fatores Críticos Política Industrial Atrativa Interação entre Atores Tecnologia e Inovação Marketing Estratégico

No biênio 2006-2007, primeira fase do projeto, foram realizados Roadmappings para: ? Indústria Agroalimentar ? Indústria de Produtos de Consumo (Couro e artefatos; Têxtil e confecção; Madeira e móveis; e Cerâmica) ? Indústria de Microtecnologia ? Biotecnologia aplicada à indústria Agrícola e Florestal ? Biotecnologia aplicada à indústria Animal (Avicultura; Suinocultura; Bovinocultura; e Piscicultura)

No biênio 2007-2008, segunda fase do projeto, foram realizados Roadmappings para: · Energia · Meio Ambiente · Papel e Celulose · Metal Mecânico · Plástico · Saúde · Turismo

O setor de transformados plásticos no Paraná apresenta uma demanda reprimida de pessoas qualificadas em todos os níveis e ressente a falta de capilaridade e de customização das formações ofertadas pelas instituições de ensino público e privadas.

A visão “Excelência na formação de talentos” vem responder a uma necessidade fundamental da indústria do plástico e coloca em relevo a importância da interação com as instituições de ensino e pesquisa. Nesta visão, a formação de pessoas transcende a dimensão de atendimento das demandas industriais locais e passa a ser parte do negócio. Formar pessoas altamente qualificadas para o setor passa a ser uma competência das instituições de ensino e pesquisa do estado, que deverão estar aptas a suprir tanto as demandas internas quanto as externas.

ROADMAPPING

Criado pela indústria automotiva americana e difundido nos anos 70 e 80, o método era inicialmente utilizado apenas por empresas e tinha um enfoque tecnológico. Com o passar do tempo, o Roadmapping começou a ser utilizado por um número crescente de organizações industriais, científicas ou governamentais, pois pode ser adaptado a contextos distintos, gerando Roadmaps setoriais, temáticos ou regionais. Atualmente, além dos tecnológicos, encontramos referências de Roadmaps para produtos, políticas, cadeia de fornecedores, inovação, estratégias, competências, entre outros.

Excelência na formação de talentos A indústria do plástico é ágil e vive constantemente o impacto de inovações tecnologias. Novas propriedades nos materiais, novos processos, novos equipamentos, novos produtos, tudo acontece muito rápido e em paralelo, o que requer uma grande capacidade de adaptação industrial e de formação de pessoas.

A incorporação de novos processos e tecnologias na indústria do estado, incontornáveis para a competitividade e a ampliação de mercados, tornam ainda mais importante a questão da qualificação e da retenção de talentos por parte das empresas.

INDÚSTRIA AGROALIMENTAR

O termo Roadmapping designa um método de construção de perspectivas de futuro que permite elaborar Roadmaps, ou seja, mapas com trajetórias e encaminhamentos coordenados e encadeados no tempo e no espaço. Os Roadmaps fornecem um quadro para pensar o futuro. São representações gráficas simplificadas que permitem comunicar e compartilhar de forma eficaz uma intenção estratégica com vistas a mobilizar, alinhar e coordenar esforços das partes envolvidas para atender a um ou a vários objetivos. Eles estruturam a planificação estratégica e o desenvolvimento, a exploração de caminhos de crescimento e o acompanhamento das ações que permitem chegar aos objetivos.

Visão 1

O Sistema FIEP está realizando os primeiros Roadmaps da indústria Paranaense. Mais uma iniciativa precursora na história industrial do Brasil.

Este projeto foi realizado com a cooperação técnica da Fundação OPTI da Espanha. Estudos econômicos e de tendências internacionais prepararam o terreno para a mobilização de formadores de opinião originários da indústria, governo, universidades e terceiro setor para responder à pergunta: Que futuro vamos construir?

O recorte adotado para o Roadmapping do setor de Plásticos baseou-se na Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE do IBGE (2006) e se concentrou apenas no grupo 252 (Fabricação de produtos de material plástico).

Provedor de soluções limpas e inovadoras O consumo desenfreado de recursos naturais não renováveis, a poluição do ar e da água, a geração de lixo em uma quantidade que o planeta não consegue absorver e as desigualdades sociais vividos atualmente pela humanidade, são fenômenos insustentáveis cada vez mais percebidos e rejeitados pelas sociedades.

O Observatório de Prospecção e Difusão de Tecnologia do SENAI/PR, em complemento às ações, identificou tecnologias correlacionadas, que devem ser desenvolvidas ou incorporadas ao longo dos anos para que as Visões possam ser alcançadas com sucesso.

Amplia-se o entendimento de que o modelo econômico tradicional não tem como ser mantido. Ele compromete as condições de vida das próximas gerações e as pessoas, cada vez mais conscientes de suas responsabilidades individuais, alteram seus hábitos buscando novas alternativas. Neste contexto, o surgimento de uma indústria de menor impacto ambiental torna-se fundamental para todas as cadeias produtivas.

TECNOLOGIAS-CHAVE ? Desenvolvimento de biopolímeros. ? Nanotecnologias. ? Produção mais limpa. ? Eco-concepção. ? Redução, reuso e reciclagem. ? Plásticos mais resistentes. ? Melhor aproveitamento de matéria-prima. ? Novos processos de produção. ? Sistemas eficientes de coleta de material para reciclagem. ? Nova geração de embalagens funcionais. ? Embalagens Interativas. ? Revestimentos Funcionais. ? Desenvolvimento de embalagens com maior proteção a fuga de gases e odores. ? Redes sociais. ? Tecnologias de informação e comunicação. ? Empresas em rede. ? Prospecção tecnológica. ? Tecnologias de gestão. ? Ensino a distância (EaD). ? Geração de conteúdos didáticos. ? Realidade virtual. ? Gestão do ciclo de vida do produto. ? Produção em circuito fechado.

Tecnologias chave são aquelas que precisam ser de domínio da indústria para garantia de sua competitividade. Pode tratar-se tanto de tecnologias já existentes, bem estabelecidas e que continuam se desenvolvendo, quanto de tecnologias emergentes, com possibilidade de industrialização em um horizonte de 10 anos.

O setor de transformados plásticos, que desenvolve produtos de incontestável utilidade para a humanidade, tem sido bastante questionado pelo baixo grau de reciclagem e pela longevidade de seus produtos pós-descarte. A crise vivida pelo setor pede conhecimentos aprofundados sobre sustentabilidade, pesquisa tecnológica em novos materiais e processos, inovação e um trabalho sério de reciclagem e gestão do ciclo de vida dos produtos do setor. A visão “Provedor de soluções limpas e inovadoras” coloca um desafio para a indústria do plástico no Paraná que é mudar o paradigma de “fabricar produtos de alto impacto ambiental” e passar a “desenvolver soluções limpas e inovadoras”. Esta visão é crucial para o desenvolvimento industrial sustentável desse setor.

Pólo de competitividade em Plásticos “Pólo de Competitividade” é o nome dado a um mecanismo de desenvolvimento da inovação criado pela França, em 2004, no âmbito de sua política industrial. Pode ser definido como uma associação de empresas, de centros de pesquisa e de organizações de formação (profissional e técnica), que possuem como característica comum pertencerem a um território determinado e que buscam promover a sinergia empresarial e o progresso social em torno de projetos inovadores. A idéia de criar um Pólo de Competitividade em Plásticos no Paraná se inspira na política industrial francesa e tem por objetivo aumentar a atratividade do estado, adensar a cadeia produtiva, aumentar a capacidade de inovação do setor, aumentar a competitividade das indústrias e criar uma imagem forte no cenário nacional e internacional. Todavia, o desafio de implementação de um Pólo de Competitividade para o setor leva em consideração a impossibilidade de reprodução literal do modelo francês. Abre-se espaço para a criatividade e a consideração das especificidades locais em um processo de criação de uma cultura da inovação. A visão “Pólo de Competitividade em Plásticos” nasce do entendimento que o setor de transformados plásticos no Paraná possui uma malha industrial com grande potencial para ser ampliada e fortalecida. O setor pode aumentar significativamente sua representatividade na economia paranaense, por meio da convergência de esforços com vistas a: estabelecer parcerias entre os diferentes atores, potencializar competências; desenvolver projetos colaborativos estratégicos de P&D; investir na formação de recursos humanos e; promover um ambiente favorável à inovação.

Visão 3

O maior desafio do futuro é o presente.

O Sistema FIEP, em uma iniciativa sem precedentes, lançou, em 2005 o projeto Setores Portadores de Futuro para o Estado do Paraná, com o objetivo de analisar o futuro da indústria paranaense e identificar os setores de atividade e as áreas estratégicas de desenvolvimento que situem o Paraná em posição competitiva em âmbito nacional e internacional.

PLÁSTICOS

Visão 4

ROTAS ESTRATÉGICAS PARA O FUTURO DA INDÚSTRIA PARANAENSE

SETORES PORTADORES DE FUTURO PARA O ESTADO DO PARANÁ

Visão 2

TRAJETÓRIAS PARA O FUTURO


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