Occvlt Dominion Magazine | Nº01 | Ano 1 | Novembro de 2016

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ENTREVISTAS | RELEASES | LETRAS TRADUZIDAS | MATÉRIAS | PUBLICIDADE UNDERGROUND

occvlt dominion NOVEMBRO DE 2016 ANO I EDIÇÃO #01

MAGAZINE

E a t x s i clusiv v e r t a En

A ARTE OCULTA DE GUGA BURKHARDT CLEUBER TOSKKO ART OLD SCHOOL | LOJAS ZINES | BOOKS | ARTE DE EDGAR FRANCO


occvlt dominion ANO I | NOVEMBRO DE 2016 | EDIÇÃO I

Editorial

EDITOR GERAL: Daniel Dutra danieldfdutra@hotmail.com DIAGRAMAÇÃO E ARTE: Daniel Dutra REVISÃO: Cleuber Toskko Guga Burkhardt Daniel Dutra PUBLICIDADE: editoraresistencia@hotmail.com danieldfdutra@hotmail.com CONTATOS: Editora Resistência ➤ Facebook: www.facebook.com/EditoraResistencia ➤ Grupo: https://www.facebook.com/groups/7126 54175527551/ ➤ YouTube: Editora Resistência ➤ Email: editoraresistencia@hotmail.com FOTOGRAFIA DE CAPA: Cleia Neres

A Letter To Skeletons Primeira edição da revista digital Occvlt Dominion Magazine. E revista tem como proposta editorial apoiar e divulgar a cena do metal extremo nacional. A publicação é aperiódica e é um lançamento oficial da Editora Resistência de Fortaleza/CE. Nesta primeira edição podemos contar com uma entrevista exclusiva com a banda Rastros de Ódio e com o artista e fanzineiro Guga Burkhardt além de galeria de arte com Edgar Franco e Guga Burkhardt, zines, livros, traduções e muita publicidade underground.

Sumário

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Boa Noite


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O Reino Sangrento do Existem muitas bandas de metal, mas apenas um Slayer. Soberano, intransigente, cultuado, pioneiro, agressivo, rápido, pesado, polêmico... Único! ‘O Reino Sangrento do Slayer', do especialista em heavy metal Joel McIver, conta toda a história da banda, disco por disco, desde os primórdios em “bares sujos de São Francisco em 1982” até a conquista do planeta, tocando “num grande estádio uma década mais tarde”. Jeff Hanneman, Dave Lombardo, Tom Araya e Kerry King construíram uma trajetória que se confunde com a história do gênero que eles ajudaram a criar e difundir: o thrash metal.

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www.darkthrone.no 07


Official site: http://sepultura.com.br Official store (Brasil): http://www.sepulstore.com.br Official Youtube Channel: http://www.youtube.com/sepulturacombr Official Flickr page: http://flickr.com/photos/sepulturacombr Official Twitter account: http://twitter.com/sepulturacombr Official Google+ site: https://plus.google.com/117894230890293676222 Join the Sepularmy: https://www.facebook.com/Sepularmy.net http://twitter.com/sepularmy

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Guga Burkhardt Guga Burkhardt, nasceu na década de 60 na cidade de Recife – Pernambuco. Desde pequeno se interessou pelas artes gráficas através da leitura de quadrinhos, começando por copiar os heróis das história. ODM: Guga, obrigado por aceitar o convite para esta entrevista e marcar presença na primeira edição da Occvlt Dominion Magazine. GB: Eu que agradeço. ODM: Para quem não conhece ainda seu trabalho no meio undergrounds e artístico, quem é Guga Burkhardt? GB: Sou pernambucano de Recife, com formação em desenho e artes plásticas na UFPE e seguidor de música pesada desde a década de 70. E também aprecio diversas outras vertentes musicais, assim como interessado desde pequeno pelos mistérios do nosso mundo. ODM: É difícil falar de Guga Burkhardt e não falar de Acclamatur Zine, uma publicação que pode-se afirmar que foi e é um dos pilares do metal na cena de Pernambuco. Como surgiu essa publicação que hoje é uma das publicações undergrounds mais conceituadas e duradouras no Brasil? GB: No ano de 1986 eu e minha esposa, na época namorada, sentimos a necessidade de criar um informativo no intuito de fazer amizades através dos contatos via correios e apoiar e difundir o Heavy Metal, então decidimos fazer um zine bem agressivo, já que estávamos vivendo o boom do Thrash e estabelecimento do Death metal. ODM: Hoje o Acclamatur Zine além da versão original que é a impressa também existe o blog, me fale sobre a necessidade de ter as duas opções e formas de trabalhar com o zine? GB: A existência do fanzine em 80 foi meteórica, duramos apenas 03 exemplares e falimos mesmo, embora tenha gente hoje em dia que não entende a falência de um zine (rsrsr). Mas conseguimos fazer um estrago. Percebi isso

quando buscava algo relacionado ao Acclamatur na internet e comecei a ver comentários e perceber o quanto marcamos época com tão poucos números e um quantitativo de cópias i r r i s ó r i a s . O s e g r e d o e s t ava m u i t o n a originalidade gráfica e textual. Em 2013 resolvi reativar o zine, primeiro como blog e depois impresso. Para confundir e brincar um pouco, calculei todos os anos que ficamos em outro plano e multipliquei pela peridiocidade anual e lancei a volta com o simbólico número 108, que coincidentemente cabalisticamente somados, gera o número nove, que significa nascimento ou renascimento. O blog serve de apoio para publicar mais rápido e depois descarregar esse material no impresso. ODM: Qual o significado do nome Acclamatur e em qual edição a publicação esta hoje? GB: Quando procurávamos um nome em latim, encontramos Acclamatur e a tradução que estava lá no dicionário era “Solta-se um grito hostil”. Perfeito para a filosofia do fanzine. Hoje estou finalizando o nº 112 e o 113 para saírem quase simultâneos. Esse é o ano comemorativo de 30 anos de criação do zine, o 112 virá somente com bandas pernambucanas e o 113 com bandas brasileiras e uma coluna especial que criei no nº anterior só com bandas de um país da America do Sul. No caso do último foi Peru e o próximo será Chile. ODM: O Acclamatur Zine foi mencionado em um livro chamado PESADO - Origem e Consolidação do Metal em Pernambuco de Wilfred Gadêlha, fale um pouco sobre a participação do zine no livro. GB: O livro de Wilfred Gadelha é um dos mais completos em relação ao mapeamento de

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música pesada. Vai desde as bandas, aos lugares físicos como escolas, onde os bangers se conheciam e formavam grupos ou bandas, lojas de discos, locais de shows, até material impresso como cartazes , zines... Por isso o Acclamatur não poderia deixar de estar no livro, além de diversos depoimentos meus em conversas a base de muita cerveja (rsrsrs). ODM: Pessoalmente falando, sou um grande admirador de suas artes que tanto contribuem para a valorização do underground nacional, conte-me de onde vem a inspiração para as pinturas e ilustrações para cartazes e capas de Cds? GB: Na linha mais underground, podreira, a inspiração sempre vem do som pesado, das letras, da agressividade que agente tem latente ou a flor da pele. Geralmente trabalho ao som da banda que estou fazendo a arte, porque aí eu pego mais fácil todo o clima da banda. A música é um grande condutor de imagens, daí a única droga que uso para criar. ODM: Percebe-se que o blog segue a mesma estética do zine físico, tudo em preto e branco, é uma das marcas registradas do Acclamatur Zine? GB: Sim, porque nunca quis sair da xerox, do conceito real do zine. Daí a idéia de manter o clima preto e branco também no blog. Já recebi propostas de virar revista, mas quero manter o m a i s a u t e n t i c o p o s s í v e l , a m a i s p u ra agressividade underground, por isso corro de patrocinadores ou apoio para não ficar de rabo preso com ninguém. Todas as propagandas que estão no zine é pura brodagem, apoio ao underground sem visar retorno ou vantagens. A única vantagem é fortalecer a rede. ODM: Como você conheceu o universo dos fanzines e do heavy metal? GB: O Heavy Metal veio primeiro em 1973, conhecendo bandas como Black Sabbath, Led, Grand Funk... Os fanzines vieram com minha aproximação da música punk, já no inicio de 80. ODM: Para você, qual a importância de publicações físicas como fanzines e revistas em plena era digital? GB: Energia! A energia que uma pessoa deposita num produto físico durante a sua criação e também quando adquire, durante toda a sua vida, para mim é o que faz a diferença. Sempre tenho a sensação que o mundo digital escapa mais fácil das nossas mãos e que os relacionamentos hoje estão tão fugazes e descartáveis, muito por conta dessa “nova” maneira de pensar e viver virtualmente.

ODM: Recentemente você criou uma página chamada O Escriba Hostil para divulgar seus escritos, poderia falar mais sobre? GB: É uma coisa que eu sempre fiz, escrever. Percebo pelos comentários de pessoas que lêem o que escrevo, que consigo passar a sensação de imagens, de cenas. Acho que isso se deve exatamente a minha cabeça de artista visual que funciona melhor por imagens, até para resolver problemas de lógica, utilizo muito mais desenhos, gráfico, fluxogramas (rsrsrsrssr) para chegar a um resultado. Aí depois da minha exposição O Traço Hostil, resolvi criar uma pagina no face, O Escriba Hostil, para dar vazão a esse outro lado criativo. E a intenção, é lógico, trazê-los para o físico através de algo impresso. ODM: Ao que se sabe, você fez participações em algumas bandas de Pernambuco, conte-nos como foi as experiências e porque não seguiu em frente como músico? GB: Bom, minhas bandas sempre duraram pouco e nunca saíram do subterrâneo, com exceção do Sendero Luminoso, que teve um pouco mais de repercussão por termos aberto para o Sepultura em Caruaru no ano de 1987, um show histórico, já que foi o primeiro de Andreas no Sepultura. As outras bandas foram a Atromorte, que não saiu de ensaios e até tentamos tocar em um show, mas nosso guitarrista sofreu um acidente de carro e não tocamos e o Mortúrio que chegou a gravar uma única tape bem tosca e que se perdeu. Mas tenho planos para uma banda. ODM: No metal, qual o gênero que mais lhe atrai?

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GB: Thrash Metal e não suporto Metal melódico ou essas novas bandas que se acostumou a chamar de Power Metal que de Power não tem nada. ODM: Quais bandas tem ouvido recentemente. GB: Orchild, Antichrist Hooligans. ODM: Muito se ver rixas, boicotes e todo tipo de desavença e propagação de ódio no underground devido à intolerância religiosa e outros. Como você ver isso tudo? O que teria a dizer para pessoas que perdem tanto tempo criticando os outros ao invés de fazerem algo de produtivo pela cena? GB: Sou contra banda fazendo musica agressiva, como heavy metal ou hardcore, com temática lírica voltada para a religião. Seja cristianismo, hare krishsna, tudo é muito incoerente, principalmente na filosofia cristã, que sempre pregou que fazemos musica de satanás. Portanto não apoio. Mas o grande problema hoje em dia, voltando ao tema cristão, são os retrocessos que a nossa sociedade está tomando, por causa do fanatismo religioso e isso se expandido para a política é um perigo imenso, portanto devemos realmente combater o uso da música pesada para esses fins. O problema é quando a intolerância passa a ser tirania, quando as pessoas começam a boicotar uma banda, não por ser cristã, mas porque um membro é cristão ou não compactua com essa vergonha moral que se tornou a nossa esquerda

e por isso é taxado de direita e visto como reacionário. E se cobra da banda ou publico a expulsão do cara ou boicote a banda e as vezes até a produtores. Não devemos esquecer que somos um país culturalmente cristão e dificilmente teremos alguém que não tenha sido batizado ou nunca entrou numa igreja para acompanhar um casamento de um parente ou a um velório numa capela. Portando se a ordem é morte aos cristãos, devemos começar matando nossas famílias ou então botar o rabo entre as pernas e ficar de boca fechada. Ou seja: ser cristão e estar numa banda, não significa estar pregando. É opção de vida e lógico que uma pessoas dessas por estar tocando numa banda podreira, tem uma visão mais aberta e tem sua crença muito mais por raízes culturais. Devemos tomar cuidado para não virarmos nazistas caçadores de bruxas também. Na verdade se eu tivesse uma banda de Black Metal, aí é que eu ia pra guerra botar pra foder num evento gospel e deixar as religiosas loucas pra ir pra floresta com satã. Kkkkkkk. Isso sim é guerra! As vezes tenho vontade de virar somente um fanzine de Stoner Metal que a filosofia é aloprar, beber e fumar maconha, o resto que se dane! ODM: Quais artistas influenciam sua arte? GB: HR Gigger, Moebius, Roger Dean, Frazzeta, Dali, Hieronimus Bosch… ODM: Quais técnicas de pintura costuma utilizar com mais frequencia? GB: Atualmente o bico de pena (nankin) voltou a ser minha paixão e o meu forte também, mas de acrílica a pastel a óleo, lápis de cor, grafite, tudo é válido. ODM: Como tem sido a receptividade do publico em suas exposições? GB: Muito boa, tenho duas linhas de trabalho e costumo na brincadeira dizer que sou bipolar. Tenho atualmente duas exposições em atividade, “O Traço Hostil” e “Revoluções Circulares”. A primeira são as minhas artes mais undergrounds, voltadas para a música pesada, com um teor mais agressivo, inclusive parte dela esta sendo itinerante, já passou no RJ e em Feira de Santana - BA, a segunda segue uma linha mais esotérica/ocultista e que atrai um publico mais zen, principalmente pela série de mandalas em bico de pena.

Os portais Guga Burkhardt Óleo sobre eucatex

ODM: Quero lhe agradecer pelo tempo cedido nesta entrevista Guga, deixe suas considerações finais. GB: Só quero agradecer o interesse pelas minhas alucinações que acompanhem meu trabalho e por fim: “Sejam livres” !

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Services: Logo Flyers Graphic Art Digital Art Work Cover CD/DVD Accessory Marketing de Rede

EDITORA RESISTÊNCIA THE FUNERAL OF TEARS - DARK CULTURE MAGAZINE OCCVLT DOMINION MAGAZINE REVISTA INFORMÍDIAS

/danieldfdutra /user/TheFuneralOfTears danieldfdutra@hotmail.com

Natural de Fortaleza/CE, Daniel Dutra é artista gráfico, desenvolve artes em Digital Art Collage, Vector Art, Geometric Art e Pop Art. Juntamente com Aline Cordeiro é fundador da Editora Resistência, uma editora underground e independente que visa trabalhar com publicações de imprensa alternativa em formato físico e digital. Poeta, escritor, artesão, editor e pesquisador de zines e publicações independentes. Designer gráfico no projeto de música, arte e cultura chamado Coletivo Subterrâneo, colaborador da Zineteca Olho Na Rua (Acre), sócio e editor da Revista InforMídias - Publicidade, Arte & Cultura, Assessor de Marketing Digital de bandas de rock e metal do cenário nacional, editor da lendária publicação gótica The Funeral Of Tears - Dark Culture Magazine, fundador do extinto selo Schatten Projekt NetLabel onde pôde lançar bandas nacionais e internacionais bem como CDs coletânea com bandas e projetos da cena dark/gótica e post-punk. Daniel também foi fundador do extinto projeto Zineteca Resistência que permaneceu ativo de 2010 à 2015 produzindo exposições de fanzines e outros formatos de publicações independentes. Por fim, Daniel Dutra também é editor da revista digital Occvlt Dominion Magazine voltada para o metal extremo e do zine 100Rumo. Hoje, entre fanzines, zines e revistas impressas e digitais Daniel Dutra Possui quase 20 publicações lançadas em 11 anos de atividade com a imprensa alternativa brasileira. O occvlt dominion

(85) 9 8645 2508

mAgAzine

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Edgar Franco Galeria de Arte Edgar Franco é artista transmídia, pós-doutor em arte e tecnociência pela UnB, doutor em artes pela USP, mestre em multimeios pela Unicamp e professor do Programa de Doutorado em Arte e Cultura Visual da UFG. Suas obras nas áreas de arte e tecnologia, performance, música digital, ilustrações e histórias em quadrinhos já receberam vários prêmios, e têm sido publicadas em países de todo o mundo.

A selva é a sala do Lobo.

A língua que sai de sua boca aveludada é o espelho do meu falo que entra em sua vulva cósmica, para juntos gerarmos supernovas!

Os vampiros existem, mas não podem ser combatidos com cruzes, estacas e alho, basta ignorá-los e eles se transformam em cinzas.

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Se você não gosta de gatos, não finja gostar de humanos, pois eles são ainda mais complexos e paradoxais.


Se você não cultivar seus corvos, eles destruirão suas borboletas.

Enquanto tantas bocas vomitam certezas, eu cultivo meus paradoxos.

A erupção de meu falo viril é a entrega de meu coração selvagem!

youtube.com/posthumantantra www.posthumantantra.legatusrecords.net No desenho de seus lábios eu percebi o reflexo de múltiplas galáxias e nelas mergulhei.

myspace.com/posthumantantras fotolog.net/edgar_franco

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www.amonamarth.com 18


www.megadeth.com

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ODM: Obrigado por aceitarem o convite para esta entrevista. Cleuber Toskko: Eu que agradeço véi, pelo convite. Marconate: Agradeço a oportunidade de poder falar um pouco sobre a banda. ODM: Cleuber, não podemos fugir da tradicional pergunta de como surgiu a banda, então você poderia contar como se deu o inicio da Rastros de Ódio? Cleuber Toskko: No meio do ano de 2012 eu tinha algumas músicas na cabeça, daí comecei a escrever as letras e fazer as bases de guitarra. Quando cheguei ao total de onze músicas finalizadas, entrei no Home Estúdio Darezzo e gravei essas faixas. O Daniel Darezzo, meu amigo do estúdio, gravou para mim o baixo e a bateria, e eu gravei os vocais e a guitarra. Depois de uns quatro meses de trabalho saí do estúdio com um álbum na mão. Então fui procurar pessoas interessadas em compor a banda. Achei esse processo melhor do que o tradicional, que é juntar com uns amigos e começar do zero; escrever, compor. Como já tive essa experiência antes com outras bandas que formei, e nenhuma delas deram certo, resolvi fazer o inverso, produzir sozinho, e então procurar pelas pessoas interessadas nesse projeto. O resultado dessa experiência deu certo e fico feliz por isso. Lançamos dois CDEP's(já esgotados) com essas onze músicas, que foram: O Mundo Em Estado De Óbito de 2013 e o Bem Vindos Ao Brasil de 2014. Tivemos uma ótima aceitação das pessoas aqui no Brasil, vendemos mais de seiscentas cópias ao todo. Depois esses dois EP's foram lançados como um único CD em 2015 nos Estados Unidos pelo selo GivePrise Records. Também fizemos quatro vídeos clipes que tiveram uma boa repercussão. Abrimos shows para bandas importantes e tocamos em alguns estados brasileiros. Então sinto que acertei ao optar por essa forma de montar a banda. E agradeço a todos que estiveram nela e ajudaram de alguma forma ao longo desses quase quatro anos.

A banda Rastros de Ódio é de Belo Horizonte e foi formada em 2012, inicialmente com a proposta de tocar um som que englobasse metal e o punk. A formação atual é composta por Cleuber Toskko (vocal e guitarra), Marconate (bateria), Elemento X (baixo) e Leles (guitarra).

FOTO: Iana Domingos

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de faroeste Rastros De Ódio. Achei essa frase fantástica, muito expressiva, com profundidade nos sentidos que eu buscava para refletir nossa posição. Hoje deixamos nossos rastros de ódio por onde passamos.

FOTO: Iana Domingos

ODM: Como está a formação hoje? Cleuber Toskko: Desde dezembro de 2014 o Marconate é nosso baterista, o Leles está desde novembro de 2015 na guitarra, e eu no vocal e na guitarra. Estamos treinando um novo baixista para assumir esse setor que é o mais complicado no Rastros De Ódio, desde o nascimento da banda. Já se passaram cinco baixistas por aqui. Não é fácil encontrar um integrante disposto a passar por uma série de dificuldades que toda banda underground passa, e que ainda tenha foco, que tenha cem por cento de compromisso, que leve as coisas de forma profissional e que esteja disposto a dar seu sangue pela banda. Mas um dia acredito que vamos encontrar um com essas características.

ODM: A banda com o tempo teve algumas mudanças em sua formação e suas músicas pode-se dizer que estão mais extremas e definidas. Isso deu-se devido a bagagem musical dos integrantes inseridos posteriormente? Cleuber Toskko: Também. Na verdade, desde o início eu buscava fazer um som mais pesado, mas eu não sou um exímio guitarrista, ainda tenho minhas limitações e em 2012 essas limitações eram maiores. Quando o Marconate entrou na banda ele me ajudou a forjar o estilo sonoro que eu queria com o Rastros De Ódio, misturar o Punk e o Metal, duas vertentes que gosto pra caramba, sujeira e peso. Meu objetivo era progredir e os antigos integrantes não estavam se adaptando a isso, foi aí que começou a constante mudança de formações. A primeira música que fiz, nessa linha mais extrema; comparadas às músicas anteriores, foi Escravos Modernos. Essa música foi o divisor de águas na banda e foi ela que fez com que o Marconate decidisse realmente ficar.

ODM: Como aconteceu sua entrada no Rastros De Ódio, Marconate? Marconate: Eu estava em uma fase já desistindo de tocar. Sempre curti tocar som autoral e independente, mas desde 2004 que não conseguia nada sério para trabalhar. Somente cover, ou som próprio, mas sem muita liberdade de criação ou sem expectativas. Foi quando o Cleuber me procurou para substituir o baterista antigo em alguns shows, para fechar a agenda da banda em 2014. Como já o conhecia de longa data, resolvi ajudar nesses shows. Quando conheci os projetos da banda a fundo, como tocar u m s o m m a i s p e s a d o, i n fl u e n c i a d o n o Death/Thrash Metal, e mais o foco e a seriedade na forma de trabalho, resolvi assumir o posto de batera oficial do Rastros de Ódio. ODM: Cleuber, qual foi a inspiração para o nome Rastros de Ódio? Cleuber Toskko: Vem do cunho da banda que é de expressar ódio e revolta contra o sistema capitalista, a religião e toda forma de opressão, escravidão e lavagem cerebral. Eu queria incluir a palavra ódio, mas queria uma frase e não apenas uma palavra. Essa frase deveria ser evocativa para aquilo que eu pretendia expressar quanto a filosofia da banda. Então peguei o nome do filme

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FOTO: Cleia Neres


ODM: Uma de suas características na bateria é o pedal duplo, que você explora com grande capacidade. Quais bateristas são suas maiores influências e quais bandas lhe inspiram? Marconate: Os Bateristas que mais me inspiram são: Gene Hoglan, Neil Peart, Dave Lombardo, Keith Moon, Igor Cavalera, JhonBonhan, Max Kolesne e muitos outros. As bandas são: Death, Carcass, Monstrosity, Gojira, Pink Floyd, Isis, Brujeria, Deicide, Cannibal Corpse, Metallica, Jimmy Hendrix, entre outras, são muitas bandas! ODM: O vídeo clipe da música “Bem vindos ao Brasil” do EP de 2014 teve uma aceitação ótima pelo Brasil recebendo boas críticas, vocês esperavam por esse resultado? Cleuber Toskko: Sim, eu esperava porque é u m a m ú s i c a impactante com uma letra muito forte. Ela resume em pouco menos de três minutos toda merda que vivemos aqui no Brasil. Então eu esperava sim, que muitas pessoas se identificassem principalmente com a letra, pois essa é a nossa realidade, a realidade do nosso governo, do nosso povo, de nossas leis, d a s n o s s a s instituições falidas.

Marconate: Agora falta pouco para o lançamento e vai ser lançado sim pelo selo da banda. ODM: Fazendo uma análise sobre esse debut álbum, o que as pessoas podem esperar? Marconate: Esse álbum é fruto de muito trabalho, persistência e superação, ingredientes que eu acredito serem essenciais para atingir qualquer objetivo. Posso adiantar que esse trabalho vai surpreender, com letras cravadas na realidade de todos nós, com um som que reflete todo o ódio que sentimos por esse sistema, ignorância e arrogância humana e que vai deixar um rastro por onde quer que seja ouvido.

ODM: Poderiam nos contar como está sendo o processo de gravação do Debut Álbum Escravos Modernos? Sairá pelo selo da banda o Sinfonoise Distro Records? Cleuber Toskko: Estamos finalizando as gravações. O cronograma teve um atraso, o CD era para ser lançado em setembro, mas agora a previsão é para o final de dezembro, falta gravarmos o baixo e fazermos umas revisões nas faixas e então começar o processo de masterização, mixagem e prensagem. O disco terá doze músicas.

O D M : Q u a l a concepção e o significado da capa do álbum Escravos Modernos? C l e u b e r To s k ko : A capa simboliza todas as letras do álbum. Em destaque temos um crânio que representa o planeta terra, dominado pelo sistema corporativo, pois o planeta terra se tornou escravo do capitalismo e foi brutalmente modificado e mutilado p a ra s a t i s f a z e r o s prazeres e a luxúria dos poderosos. No topo de sua cabeça, no lugar de árvores, temos fábricas. Dos dentes da caveira nós n a s c e m o s , representados por crianças bebês que servirão ao sistema. Depois de adultos crescemos e somos acorrentados, somos carimbados com os documentos como Certidão de Nascimento, RG e CPF, representados na capa como um código de barras. Então passamos, desde o nascimento a servirmos ao sistema como um escravo modernizado, diferente do escravo antigo que morava, sem opção, numa senzala, e que era acorrentado e açoitado, e não podia escolher seu senhor de engenho. Hoje, nós podemos escolher nossos senhores de engenho, entregamos curriculum para eles. Hoje, nós mesmos construímos nossas senzalas, seja no campo, nos pés de morro, em aglomerados e

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FOTO: Piedade Araujo favelas. Nós mesmos nos acorrentamos sem precisar de açoites. Assim sendo, passamos a servir e a produzir em prol do capitalismo, sendo monitorado através de nossos carimbos, qualquer tentativa de subversão seremos severamente punidos. Depois que morrermos, nossos corpos serão entulhados uns sobre os outros num pedaço de terra qualquer para apodrecer. A máquina capitalista é um ciclo constante e ininterrupto, que nós ajudamos a alimentar. Através das orelhas da caveira podese observar pessoas com algum tipo de deficiência física, essas pessoas são descartadas pelo sistema, pois elas são, aos olhos do sistema, improdutivas. ODM: Vocês já estão trabalhando em um clipe para este novo lançamento? Cleuber Toskko: Estamos, dentro de nossas limitações financeiras, mas estamos. Pretendemos lançar um clipe que traduza bem o sentido desse álbum, e a primeira música escolhida foi Escravos Modernos. ODM: Como é o seu trabalho, Cleuber com a Sinfonoise Distro Records? Cleuber Toskko: É divulgar e lançar bandas,

distribuir seus materiais e organizar shows. Mas devido à falta de recursos o selo tem trabalhado pouco. Mesmo assim estamos sempre driblando as dificuldades. Acabamos de lançar o full álbum da banda The Elephants aqui de Beagá em forma de parceria financeira com a própria banda e agora a Sinfonoise produz a revista Caoz Magazine, uma publicação tanto impressa como online, com o cunho de apoiar e difundir cem por cento a nossa cena underground. ODM: Cleuber, você com muitas atividades como: cartunista, artista plástico, escritor, designer, serralheiro, adesivador, mentor da banda e do selo Sinfonoise Distro Records e editor da Caoz Magazine, como consegue lidar e gerenciar tudo isso? Cleuber Toskko: Nem eu sei (risos), tem hora que meu cérebro frita, véi! (risos). Eu tenho muita paixão pelas coisas que faço e me dedico pra caralho nessas atividades. Eu acredito no underground, por ver e conhecer tantas pessoas fantásticas e criativas nesse meio, então eu tento ajudar da forma que posso, quero contribuir, quero ajudar a colocar mais um tijolo nessa obra, não quero só ficar olhando e tirando proveito, quero participar, me inserir. Mesmo sem ter

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grana eu faço muita coisa, então não vejo sentido quando as pessoas reclamam demais, o negócio é pegar e fazer sem esperar pelos outros. A velha frase do faça você mesmo! Eu adotei em minha vida a frase da antropóloga inglesa Jane Goodall'' Pense globalmente aja localmente''. ODM: Cleuber, como você ver o atual momento do underground Brasileiro? Cleuber Toskko: Guerreiro como sempre foi, as pessoas continuam produzindo seus eventos, lançando seus discos, buscando meios para divulgação da cena, como tv online, rádio online, sites, revistas, selos, etc. Em termos de público os shows deram uma caída grande. A geração de hoje é outra, eu não sei bem como resolver esse problema de público, vejo muitas pessoas discutindo e tentando resolver isso. Alguns dizem que o público hoje é exigente ou que o público de hoje é virtual, que o público de hoje é isso e aquilo, ou que os ingressos estão caros ou estão baratos ou porque o show é de graça ou porque a casa é pequena ou é grande demais, ou que o som é ruim, e etc. É difícil achar uma resposta concreta e definitiva. Fato é que, dos anos 90 para cá as coisas não mudaram muito em questão de infraestrutura para as bandas e para os shows, e nem a economia do país, assim mesmo, nos anos 90, os shows lotavam, as pessoas reclamavam menos e produziam mais. Acho que devemos continuar trabalhando com humildade e buscarmos sempre nos profissionalizar. Quando o trabalho é bem feito e honesto o público reconhece, dá valor, comparece e apóia. A atual fase econômica que estamos passando no Brasil também contribui para a falta de mais investimentos na cena, mas não serve como desculpa, porque o brasileiro sempre viveu sem dinheiro. ODM: Ter uma banda underground não é fácil, sabemos que v o c ê s l u t a m bastante no cenário para consolidar o nome da banda, enfrentando muitas dificuldades e remando contra a maré. O que o Rastros De Ódio representa para vocês em tão pouco tempo? Marconate: O Rastros de Ódio se transformou numa meta pro meu

futuro. Minha amizade com o Cleuber fortaleceu muito, nós estamos alinhados com o que pretendemos conquistar. Todos os desafios que enfrentamos são transformados em mais inspiração e persistência para continuar na luta. Cleuber Toskko: a banda representa pra mim, ao mesmo tempo, uma válvula de espace e quando tocamos podemos bradar nosso ódio contra esse sistema e essa forma que vivemos hoje. O Rastros De Ódio representa a subversão, a contestação desse sistema de merda. ODM: Todos os membros da Rastro de Ódio dedicam-se integralmente a banda ou possuem outros projetos paralelos? Cleuber Toskko: Só o Leles que toca em outra banda, o restante se dedica integralmente ao Rastros De Ódio. ODM: Para a banda, qual a importância das mídias impressas como fanzines e revistas em plena era digital?

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C l e u b e r To s k k o : Continuam sendo de extrema importância assim como as mídias online. Marconate: Todos os meios de comunicação são importantes, para d i v e r s i fi c a r a informação através dos pontos de vista c a d a m e i o d e comunicação tem uma tendência na forma de expor as coisas, e tendo a diversidade dos meios, temos a o p ç ã o d a imparcialidade e de até atingir informações diferentes.


ODM: De onde vem a inspiração para compor as músicas e para criar uma sonoridade autêntica? Marconate: A música pra mim é uma forma de deixar um legado. A inspiração vem do cotidiano infernal, da realidade do mundo onde vivemos, das letras e bases que o Cleuber faz, da possibilidade da mensagem ser passada e interpretada de forma positiva. A inspiração vem de uma forma que eu tenho de expressar algo que acredito. Quando eu estou na batera, eu busco fazer dela uma extensão de meu corpo, do meu pensamento e do meu ódio. Cleuber Toskko: A inspiração para nossas letras vem desse caos que vivemos, como o Marconate disse e nossa sonoridade é um misto de tudo que gostamos entre Death Metal, Black Metal, Punk, Grindcore, Heavy Metal, etc. ODM: Como esta sendo a receptividade do público com a turnê ESCRAVOS MODERNOS? Cleuber Toskko: Fantástica! Muitas pessoas conversam com nós pós-show para falar de certas músicas que lhes chamaram a atenção. Em alguns shows as pessoas já pedem tal música. Isso se deve porque estamos tocando essas músicas desde o ano passado. Então elas já estão se tornando conhecidas do público. Marconate: A receptividade da turnê não poderia ser melhor! Antes mesmo do lançamento do

álbum, a moçada pede música pelo nome, acompanha os refrões e destrói no mosh. Temos um bom reconhecimento de nosso trabalho antes, durante e principalmente depois dos shows. Eu estou muito satisfeito com essa receptividade. ODM: A banda tem noticias da repercussão do trabalho de vocês no exterior? Cleuber Toskko: Muito pouco, a GivePrise Records lançou um álbum nosso, como mencionei anteriormente, lá nos Estados Unidos, e com isso algumas pessoas desse país têm entrado em contato. Na Europa e no resto do mundo recebemos contatos de algumas pessoas que também gostam do nosso som, principalmente da Indonésia e Tailândia. ODM: Como foi para a Rastros de Ódio abrir para o Exodus em BH? Marconate: Foi uma experiência única! Tocamos em uma puta infra estrutura, uma organização/produção muito profissionais. Mas acima de tudo, tocar ao lado de uma banda de reconhecimento mundial, de anos e anos de carreira, e, ao conhecer os caras, ver que eles são normais, simples, humildes. Esse foi e é um grande incentivo pra mim. Cleuber Toskko: Foi massa pra caralho, véi! Abrir o show pra esses caras foi meio que surreal, né?! Porque, poxa, éramos todos guri quando esses

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FOTO: Piedade Araujo


caras já estavam excursionando pelo mundo. Crescemos escutando o som dessas bandas como o Exodus, então ter a chance de abrir o show pra eles é algo que demora cair a ficha. ODM: Está nos planos da banda a gravação de um DVD ao vivo? Cleuber Toskko: Queremos fazer um DVD legal depois da turnê, juntar cenas de shows, fazer um making off das gravações, etc. ODM: Gostaria de agradecer a vocês pelo tempo cedido nesta entrevista, poderia deixaras considerações finais? Marconate: Eu que agradeço o espaço cedido! Vida longa ao metal, ao Underground, que é feito de sinceridade e união! Viver e presenciar o submundo, que é feito por nós, de simplicidade, humildade e união, isso sim vale a pena! Cleuber Toskko: vida longa a revista. Obrigado a todos que acompanharam a entrevista. Convido as pessoas a conhecerem nosso trabalho e se possível irem em nossos shows. Fiquem ligados no lançamento do álbum creio que a galera vai gostar bastante desse disco. Nossa página do facebook é facebook.com/rastrosdeodio e nosso site é www.rastrosdeodio.com.br Grande abraço a todos, humildade sempre!

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FOTO: Cleia Neres


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FACEBOOK: www.facebook.com/zinetecaolhonarua/ BLOG: zinetecaolhonarua.blogspot.com.br/ FONE: (21) 9 6822 3446

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Guga Burkhardt

A arte oculta de

Ouroboros

O CĂ­rculo material de Shiva

Fecundo

A Papisa

Flutuando Sobre As Ondas

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30 Invernos

Caótica Existência

7º Chakra - A Coroa dos Reis Serpentes

Assassinos

Purgatório- Livre de Sujeira

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A KISS TO REMEMBER Abra-meE beba meu escarlate Beije-me profundamente Beije-me profundamente e me ame para sempre Amor sangrento Amor sangrento dentro de você Me engula Graças a deus, não há nada que eu possa fazer Venha comigo amigo, venha e veja o fim E deixe-me engolir a sua dor Deixe as luzes da vila, pise na noite Abra sua boca para minha chuva de sangue E no seu segundo nascer, vamos assassinar a terra E caçar a humanidade até o céu queimar Somente deite-se para mim, nua para que possa vê-la É somente um beijo, isso é tudo que preciso Me leve para baixo Lá para a costa sangrenta Me cave profundamente, Me cave profundamente E me deixe para sempre Me deite Junto com todos os outros E me esqueça Como você esqueceu todos os outros

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MARCELO FRANCA Marcelo França, nascido em abril de 1971 na cidade de São Gonçalo região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, começou a se interessar por música extrema em meados da década de 80. O seu envolvimento com música experimental/anti música se deu no final da mesma década, mais especificamente no ano de 1989. Em 1995 já residindo na cidade de Juazeiro região norte do estado da Bahia, inicia suas atividades com o projeto Noise Machine com o qual lançou diversos materiais. É mentor de diversos projetos na área da anti musicalidade, como: Frowzy (Noisecore Experimental), Condiloma (Goregrind), Noise Haunted Insane (Noisecore), Repine (Drone Noise), Enxame (HNW), Under The Pain (Drone Doom). Com o novo projeto que leva seu nome começa uma nova fase em suas experimentações ruidosas.


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FACEBOOK: https://www.facebook.com/acclamatur.zine/ BLOG: http://acclamaturzine.blogspot.com.br/

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editora resistencia /EditoraResistencia

Editora Resistência

editoraresistencia@hotmail.com

"Contra o sonho de uma dissonância das esferas. É necessário fazer desaparecer do mundo a abundância de falsa sublimidade, porquê é contrária à justiça que as coisas têm direito de reivindicar. E portanto é conveniente não conceber o mundo com mais dissonância que a que tem." (Friedrich Nietzsche)

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