Jogo geométrico
Residência na Nova Zelândia brinca com encaixe e interação de materiais
revista Vidro Impresso | Ano Nº
Reportagem especial
Processo Float
Harmonia criativa
Guardian mais forte
Uma imersão na alma da indústria vidreira moderna
Vidros assumem protagonismo no mundo da decoração
Parceria com a Koch vai expandir atuação da empresa no mercado mundial
arquitetura e vidro
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Espaço do leitor Comentários, dúvidas, críticas, elogios e sugestões Revista online Página na internet facilita o acesso do leitor ao conteúdo editorial da Vidro Impresso Arte em vidro Terrários conjugam jardinagem, decoração, paisagismo e arte vidreira Papo direto – Nelson Firmino Engenheiro e consultor expert em fachadas ressalta o papel do vidro na arquitetura moderna Produtos – Rebolos diamantados Ferramentas para lapidação oferecem acabamento seguro e variadas opções de perfil
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Flash Notícias, curiosidades e lançamentos do setor do vidro e de sua cadeia produtiva Feiras e eventos Confira os principais destaques da Feicon e Revestir 2013 Arquitetura e vidro Ousados conceitos tecnológicos caracterizam primeiro edifício verde no Nordeste Empresas e negócios Ideia Glass investe em regionalização para expandir suas fronteiras no Brasil Fique por dentro Coração da indústria vidreira, processo float garante resultado impecável ao vidro plano
Sumário
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Mercado Multinacional Guardian vende 44% de suas ações para a Koch Industries Tendências e tecnologia Vidros para decorar inovam, transformam e harmonizam ambientes Dicas e aplicações Acompanhe passo a passo instalação do kit Boxlight, da Tecno Cast
Telefones/Índice de anunciantes Os profissionais e empresas citados nesta edição Vidro e design Em projeto corporativo, arquitetos chineses apostam na interação de laminados coloridos em paredes e divisórias
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editorial
Alma vidreira No contexto da produção industrial em série, por longos anos o vidro foi um personagem em busca de uma história. Desde o surgimento do vidro soprado, os sinais que apontavam para o grande potencial da indústria vidreira foram despontando de forma gradual. Até que, em 1953, o vidro se apropriou de seu mais revolucionário avanço tecnológico para expandir a produção de forma exponencial e irreversível: o processo float. Em reportagem especial desta edição, Vidro Impresso demonstra por que o float marcou de forma tão profunda a indústria vidreira e descreve cada etapa desse processo. Em Tendências e tecnologia, um mergulho no universo da decoração evidencia o valioso papel desempenhado pelo vidro na criação de ambientes que esbanjam sofisticação, eficiência, ousadia estética e tecnológica. Cores, texturas, serigrafia, pintura, interação com luzes LED: as possibilidades são infinitas e os processos cada vez mais avançados para transformar o material num protagonista insubstituível para a composição de ambientes destinados aos mais diversos usos. Conheça, no Brasil e no mundo, o que há de mais avançado no universos dos vidros decorativos, e como arquitetos e decoradores recorrem ao imenso potencial do material para dar alma a cada detalhe de seus projetos. Na seção Mercado, confira os motivos que levaram a multinacional Guardian a vender uma parcela de suas ações ao gigante conglomerado americano Koch Industries. Em entrevista exclusiva a Vidro Impresso, o presidente e CEO da Guardian Glass, Scott Thomsen, revela as perspectivas de atuação da empresa a partir dessa aliança. Em Arquitetura e vidro, conheça dois inovadores projetos residenciais, um na Holanda e outro na Nova Zelândia, em que o vidro mais uma vez é a resposta para inúmeras equações. Conheça, também, o Vitraux, primeiro edifício verde do Nordeste, e suas arrojadas tulipas de vidro.
Expediente Direção Geral Diogo Ortiz
Editora Irina Schneider irina@vidroimpresso.com.br
Reportagem Lília Tavares lilia@revistavidroimpresso.com.br
Samara Vitorino redacao@vidroimpresso.com.br
Diretora de Arte Monica Raynel
Designer Daniela Ghidini Emerson Almeida
Fotógrafa Lília Tavares
Publicidade contato@vidroimpresso.com.br
Administrativo e Financeiro Elisangela França
financeiro@vidroimpresso.com.br
Atendimento ao leitor Lara Mergulhão lara@vidroimpresso.com.br
Departamento comercial Danilo Cordeiro danilo@vidroimpresso.com.br
Boa leitura!
Revisão Zuleika Martins
Irina Schneider - Editora
Imprensa contato@vidroimpresso.com.br
Retificações Na seção Produtos da edição , trocamos as imagens das lapidadoras fabricadas por Vidramaq e Glamatec. Seguem as imagens corretas:
Assinatura e informações sobre a Revista Vidro Impresso podem ser obtidas através do site: www.vidroimpresso.com.br ou pelos telefones: + - Periodicidade: bimestral Tiragem: 10.000 exemplares Circulação: nacional Impressão - IBEP - Divisão Gráfica ltda.
Vidramaq
Glamatec
Na seção Fique por dentro da edição , a legenda de uma das imagens (pg.67) diz que o içamento de folhas de mais 1 tonelada para uma cobertura em Moema ficou à cargo da Afeal. O nome correto da empresa que realizou a instalação é Tecnofeal. www.vidroimpresso.com.br
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LINHA FUTURA
CHEGARAM AS NOVAS LINHAS DA DESIGN FERRAGENS. SINÔNIMO DE QUALIDADE, MODERNIDADE E INOVAÇÃO.
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E-mail: atendimento@vidroimpresso.com.br Cartas: Redação Revista Vidro Impresso Rua Camuruji, 22 CEP 02313-060 São Paulo – SP – Brasil Fax: +55 11 2261-3732 As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, endereço e telefone do remetente. A revista Vidro Impresso reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.
Parabéns pela última edição da revista Vidro Impresso. Está linda e muito bem escrita. Particularmente, gostei muito da entrevista com o engenheiro James O´Callaghan.
Procuro por cursos profissionalizantes para sacadas de vidros. Fabio Eduardo
Gabriel Leicand – Gerente comercial – Abrasipa Parabéns à revista Vidro Impresso pelo rico material apresentado na última edição. E especialmente pela entrevista com o engenheiro James O’Callaghan, apresentando uma promissora perspectiva para o vidro na arquitetura moderna. Arq. Ana Maria Pedrosa – AMP Consultoria Estamos no rumo certo, agora com toda essa tecnologia, então, tenho certeza de que o setor irá cada vez mais longe. Wilson Souza – Via Facebook Tenho um depósito para coleta de vidros em vidraçarias e têmperas, e gostaria de receber o contato de empresas interessadas em parcerias.
VI – Olá Fabio, indicamos que entre em contato com as empresas Sacada Brasil e Orion, anunciantes desta edição. Atuamos no segmento de granitos e no momento estamos iniciando trabalhos com vidros temperados e estrutura em alumínio. Achei a revista muito interessante para nossa empresa e gostaria muito de recebê-la em nossa empresa. Como funciona sua distribuição? Fabiano VI – Olá Fabiano, para garantir o recebimento da revista Vidro Impresso, basta fazer sua assinatura em nosso site. O valor é de apenas R$ , para o recebimento de edições ( ano). Gostaria de informações sobre máquinas para jateamento em vidros, valores e condição de pagamento.
Gean Carlos Gomes Bilhar – Vidraçaria Céu Azul vidracariaceuazul@hotmail.com
Amauri – Gerente Comercial – Casa Bella Vidros
VI – Olá Gean, deixamos aqui seu e-mail para que interessados possam entrar em contato.
VI – Indicamos que entre em contato com a empresa Brasibras, anunciante da edição.
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revista online
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arte em vidro
Jardins em
miniatura Terrários em armações de vidro reproduzem o ambiente das plantas em seu meio natural
Trazer jardins em miniatura para dentro de casa, em seus próprios espaços e resguardados pelo vidro. Essa é a proposta central dos terrários, arte de cultivar plantas de variadas espécies em pequenos recipientes, preferencialmente de vidro, a partir de uma reprodução o mais fiel possível das condições ambientais e climáticas de seu habitat natural. “O que acontece dentro de um terrário fechado é um ciclo de renovação de ar, evaporação e rega natural. Assim, é possível criar um ecossistema autossuficiente que reproduz condições idênticas às da natureza”, explica a designer Laura Sugimoto, do Wabi-Sabi Ateliê, estúdio que se dedica, entre outras artes, à criação de terrários e vidros de formas geométricas únicas. Segundo explica Laura, que encontra na criação desses minijardins envidraçados uma de suas manifestações artísticas 1 www.vidroimpresso.com.br
preferidas, os terrários como ferramenta de estudo da botânica surgiram no século XIX, como um tipo de recipiente fechado para proteção de plantas durante longas viagens e frios extremos. “O modelo antigo, chamado Wardian, foi o precursor do terrário moderno, hoje usado basicamente como objeto de decoração”, conta a artista. Com todas as condições favoráveis reproduzidas para cada espécie, o terrário transforma-se numa espécie de fotografia tridimensional, um pixel da natureza apreendido no vidro. No ambiente fechado, as plantas podem crescer com cuidados mínimos e com a mesma beleza e exuberância do ambiente natural. “A partir da escolha do tipo de recipiente, é possível decidir que tipo de habitat criar”, aponta Laura. “Para um ambiente úmido, o ideal são plantas tropicais, como samambaias,
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JARDIM ZEN. Exemplo de terrário aberto em ambiente árido, criado pela artista vietnamita Wendi Phan
BIOME. O terrário hi-tech criado pelo designer londrino Samuel Wilkinson conecta-se com um aplicativo para Ipad e smartphones, capaz de controlar clima, nível de água e de nutrientes
orquídeas, musgos e líquens. No caso dos meios mais áridos, devemos dar preferência aos cactos e suculentas.” A montagem de um terrário baseia-se em um sistema de camadas de pedras e substrato específicos, que garantam as condições adequadas ao cultivo da planta. Responsável pela drenagem adequada da água, a primeira camada deve ser de seixo ou pedrisco. A segunda é feita com carvão, para filtrar o ar e evitar odores, e, por ultimo, vem a terra. “O mais importante é garantir a drenagem da água”, diz Laura. Outros cuidados envolvem iluminação e rega ade-
ETs. Os terrários Domsai, do italiano Matteo Cibic, reproduzem divertidos personagens extraterrestres, artesanalmente moldados em vidro soprado
quadas. “Os terrários gostam de ambientes bem iluminados com luz solar indireta e rega moderada. Cada modelo exige cuidados específicos, especialmente em função de serem fechados ou abertos. Mas basicamente são de fácil manutenção, ideais para quem tem pouco tempo, pouco espaço e às vezes pouca habilidade”, salienta. Para quem não tem muita prática, Laura recomenda suculentas e cactos. “São plantas que vivem bem com pouca água e luminosidade. A rega deve ser controlada, nunca em grande quantidade, aproximadamente duas vezes por semana no verão e uma vez no inverno.”
PARA PENDURAR. Criação da artesã americana Nicole Furlong
“Os recipientes podem assumir as mais variadas formas. Arredondados, ovais, facetados, quadrados ou mais orgânicos e disformes, vale tudo”
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arte em vidro
WENDI Laura LANDSugimoto, CRIAÇÃO DA DESIGNER landacter do Wabi-Sabi Ateliê, no Rio de Janeiro. ísticas de com peças O estúdio também trabalha únicas, garimpadas em antiquários
MULTIFACETADOS E ARTESANAIS. Os terrários do Wabi-Sabi Ateliê resultam de um encaixe de peças com variados tamanhos e formatos
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Paisagismo criativo
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Embora em tese seu objeto principal sejam as plantas que abrigam, os terrários ganham elementos cada vez inusitados nas mãos criativas de artistas que não veem limites para suas composições. Além das plantas, o “microcenário” dentro do vidro pode ser adornado por areias e pedras coloridas, miniaturas de animais e pessoas etc. Assim, os pequenos jardins reúnem um pouco de tudo: artes plásticas, paisagismo, decoração, jardinagem, ecologia e arte vidreira. A artista vietnamita Wendi Phan, criadora dos Jardins de Wendiland (Gardens of Wendiland), não poupa a imaginação para recriar, dentro do vidro, belas e divertidas paisagens, “Sempre fui apaixonada por jardinagem e, como meu espaço ao ar livre era limitado, comecei a pensar em alternativas para trazer os jardins para dentro de casa”, lembra a artista. “A primeira ideia que me veio foi trabalhar com cerâmica, mas, logo que comecei a criar esses cenários em miniatura para compor ambientes internos, vi que precisava de um material que não obstruísse a visão. Foi aí que recorri ao vidro e desenvolvi um novo estilo de criação”, diz Wendi. “O vidro complementou perfeitamente minhas obras, por possibilitar expor as minipaisagens sob todos os ângulos possíveis e, por garantir plena entrada de
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arte em vidro
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“O vidro permite uma ampla variedade de suportes para a planta, dependendo da técnica de produção”
CUSTOMIZADOS. Terrário fechado com suculentas, criação de Jeffrey Schneider, do Jeffrey Terrariums. Sopradas artesanalmente, as peças são desenvolvidas em parceria com o cliente
UNIVERSOS PARTICULARES. A paixão por miniaturas inspira as obras da designer Wendi Phan, minuciosamente compostas por elementos únicos
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luz, assegurar a sobrevivência desses pequenos mundos naturais. Além disso, é um material com ampla capacidade escultórica. Ele une esses dois aspectos essenciais para minha arte.” A possibilidade de criar mundos em miniatura enclausurados no vidro foi também a paixão que motivou a designer americana Nicole Furlong, criadora do Green Grass Terrariums, a ingressar no mundo dos terrários. A experiência começou quando, ao buscar formas criativas de decorar seu banheiro, deparou com belos vasos de vidro. “Fiquei me perguntando o que poderia pôr dentro deles”, conta a designer. “E quanto mais dava asas à imaginação, mais elementos apareciam: pequenas pedras, plantas, talvez musgos, miniaturas de casas, animais, carros, pessoas. De repente, tudo se tornou possível.” E foi assim que ela virou especialista na criação desses minúsculos universos particulares, cada um minuciosamente composto por características únicas. O designer Samuel Wilkinson, por sua vez, foi além e, unindo arte e tecnologia, criou o Biome, terrário hi-tech que pode ser controlado por um aplicativo para smartphones e tablets. O projeto incorpora um sistema de iluminação com sensores que reproduzem a luz solar, possibilitando simular vários ambientes, desde um clima tropical até um deserto. O aplicativo permite monitorar clima, nível da água e nutrientes disponíveis. Independentemente dos elementos que acondicionam, os recipientes dos terrários podem assumir as mais variadas formas. “Arredondados, ovais, facetados, quadrados ou mais orgânicos e disformes, vale tudo”, diz a Laura Sugimoto. Multifacetadas e artesanais, as peças criadas no Wabi-Sabi Ateliê são montadas por meio do encaixe de chapas de vidro com recortes e tamanhos variados, que assumem inusitadas formas geométricas. Todos os modelos são feitos à mão, por artesãos com mais dez anos de experiência com arte vidreira. “Usamos também algumas peças únicas de vidro, garimpadas em antiquários, feiras e lojas diversas. Nosso objetivo é estabelecer uma relação pessoal com o terrário, criar uma conexão direta com a casa e a história de cada um.” A designer acrescenta que a transparência é o fator que faz do vidro o material ideal para abrigar terrários, pois a entrada de luz garante a fotossíntese das plantas. Em segundo lugar, entra a versatilidade e a beleza do material. “O vidro permite uma ampla variedade de suportes para a planta, dependendo da técnica de produção. E, por ser um material transparente, permite valorizar toda a beleza do ecossistema recriado dentro do recipiente. É possível observar cada camada do solo e como a natureza está agindo ali dentro”, observa a artista. A ideia de trabalhar com terrários surgiu a partir do conceito que norteia a produção criativa do Wabi-Sabi Ateliê - a filosofia japonesa vinda do Budismo chamada wabi-sabi. Os terrários unem design, apelo estético, trabalho artesanal e contato com a natureza. A natureza tem uma habilidade misteriosa de transmitir tranquilidade e relaxamento, e com eles é possível cultivar plantas com poucos cuidados e pouco espaço. Resumindo, a intenção do ateliê com os terrários é basicamente trazer natureza para dentro de casa.”
papo direto
Nelson Firmino
fachadas
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Expertise em
Vidro e alumínio. A aplicação adequada de dois elementos que juntos desempenham papel chave, na arquitetura moderna como um todo e na composição de fachadas de forma específica, constitui o DNA da carreira do engenheiro Nelson Firmino, consultor que se tornou famoso no setor da construção civil por sua expertise em esquadrias e fachadas envidraçadas. Com uma bagagem que acumula mais de três décadas de experiência em empresas de peso do setor do alumínio, Alcan e Alcoa, Firmino sempre teve sua atuação profissional ligada ao desenvolvimento de produtos, especialmente para a construção civil. Em 1990, o engenheiro, que também se formou em pedagogia, deixou as grandes corporações para se dedicar exclusivamente à atividade de consultor, intuito que o levou a fundar a Aluparts, empresa de consultoria que hoje comanda em parceria com sua filha, a arquiteta Audrey Dias. Especializada no desenvolvimento de projetos de fachadas e esquadrias, a Aluparts dedica-se à especificação técnica de cada detalhe construtivo de uma edificação, garantindo a utilização correta de materiais cuja tecnologia evolui de forma alucinante, em uma corrida que busca acompanhar a ousadia criativa dos profissionais que atuam nesse mercado. Em entrevista a Vidro Impresso, Nelson Firmino conta os caminhos que o levaram a se especializar nessa área e ressalta a importância de cada elo dessa imensa cadeia que garante a concretização de projetos com fachadas envidraçadas cada vez mais belas e tecnológicas. – Fale um pouco sobre sua experiência profissional. Foram 30 anos de experiência nas empresas Alcan e Alcoa. Sempre ligado ao desenvolvimento de produtos para vários segmentos. Entre eles, destaco o setor de transporte e principalmente o da construção civil. Formado em engenharia e pedagogia, procurei interagir com as duas áreas e fui professor na Universidade Brás Cubas por 10 anos. Em 1983 lecionei na Concordia University, em Montreal – Canadá. Sendo o alumínio um material novo no Brasil, começaram a surgir oportunidades de desenvolvimento em diferentes áreas. Na década de 60 os edifícios utilizavam caixilhos de ferro e os arquitetos começavam a criar projetos com fachadas especiais que não podíamos atender com o sistema antigo, sendo necessário o estudo de produtos com o alumínio. – O que o levou à criação da Aluparts? Como define a atuação e especialidades da empresa? A Aluparts foi criada em 1990 com o objetivo de elaborar projetos de esquadrias e fachadas e prestar consultoria técnica às construtoras, escritórios de arquitetura, entida20 www.vidroimpresso.com.br
des do setor e serralheiros. O mercado necessita de projetos detalhados que definam o produto a ser aplicado, levando em consideração a segurança, o desempenho, a resistência e sem dúvida a beleza.
alta resistência, conferem segurança, permitem maior conforto térmico e acústico aos projetos. Novos acabamentos, tipos, cores e dimensões de chapas têm permitido a ampliação da criatividade.
– De que forma a empresa desenvolve soluções específicas para cada projeto? Todo projeto é um novo desafio. Iniciamos com um estudo preliminar, baseado nas definições dos arquitetos. Uma vez verificado que corresponde às expectativas, partimos para o projeto definitivo que abrange o detalhamento dos itens pertinentes ao fornecimento das fachadas. As fachadas têm merecido atenção especial, devem dar destaque ao edifício e ter plenas condições de sustentabilidade.
– Os vidros laminados de temperados têm se mostrado uma escolha cada vez mais comum entre arquitetos e demais especificadores. Por quê? Quais as vantagens de seu uso e para qual perfil de projeto e tipo de aplicação são mais indicados? Sempre que buscamos a qualidade estrutural é necessário aproveitar ao máximo as propriedades mecânicas do vidro temperado. Entretanto, considerando que pode haver uma quebra espontânea, faz-se o uso do laminado de temperado. Guarda-corpos sem montantes, fachadas com pilares de vidro, piscinas, pisos, escadas, spiders são algumas aplicações que exigem que o vidro seja laminado de temperados.
– Quais têm sido as principais contribuições do vidro na arquitetura moderna? Quais as inovações que o fizeram ganhar mais espaço nos projetos? Nos últimos dez anos o vidro é o produto que mais evoluiu em tecnologia. Esse avanço não só intensificou seu uso, como também conferiu ousadia e novas possibilidades aos projetos. Os vidros de hoje têm
– Qual a importância da realização de testes com vidros temperados? Por que algumas vezes esses vidros se rompem depois de instalados? Os testes do vidro temperado são extremamente importantes e são feitos
“O avanço ocorrido nas fachadas é mérito dos arquitetos. Projetam com elegância e criatividade. Os consultores e projetistas são desafiados a atender a ousadia deles, situação que acaba sendo positiva para o mercado, pois conduz à criação de produtos cada vez melhores” segundo a norma ABNT NBR 14.698. É com base nessa norma que os temperadores conquistam o selo de certificação emitido pelo Inmetro. Essa certificação é a garantia de que os vidros produzidos atendem a todos os requisitos normativos. Quando temperados, os vidros armazenam energia, que, ao ser liberada, pode ocasionar sua a ruptura espontânea. O vidro temperado, quando instalado acima do pavimento térreo, deve ser também laminado para prevenir acidentes. – O papel do consultor de fachadas tem-se tornado imprescindível em projetos arquitetônicos mais arrojados e complexos. Qual a importância desse profissional em cada etapa do projeto? O consultor de fachadas é o responsável pela definição e desempenho do sistema a ser utilizado nas fachadas e caixilhos. As especificações do consultor envolvem desde a recomendação do vidro até a definição dos perfis de alumínio, tipos de ancoragens, fixações, acabamentos e componentes, tanto das fachadas como dos revestimentos em ACM. – Como descreve a importância de arquitetos e projetistas conhecerem a fundo as características técnicas do material que será aplicado? O conhecimento dos materiais pelos arquitetos lhes possibilita desenvolver a criatividade. A evolução tecnológica dos sistemas de fachadas incorpora tendências mundiais que buscam a responsabilidade ecológica, incorporando o conceito de sustentabilidade aos empreendimentos. – Que fatores devem ser levados em conta na hora da escolha do material e do sistema e demais soluções a serem empregadas em uma fachada?
A escolha deve ser adequada ao que se pretende: padrão do empreendimento, consumidor alvo, desempenho acústico e térmico, economia e conforto são itens valiosos. Temos visto arquitetos buscando constantemente alternativas para que seu projeto de edificação impacte o mínimo possível no meio ambiente. – O uso do vidro em fachadas, especialmente as estruturais, é uma tendência crescente da arquitetura, porém ainda muito menos explorada do que poderia, especialmente no Brasil. Quais os caminhos para o uso mais amplo e criativo do vidro no País? Vidros estruturais conferem resistência e transparência à edificação. Geralmente aplica-se o laminado de temperado. Na laminação é conveniente aplicar a película Sentry Glass. Essa película também é estrutural, aumentando a resistência dos vidros. – Quais considera as mais avançadas tecnologias hoje no campo dos vidros planos? E no das esquadrias? O avanço na tecnologia permitiu o desenvolvimento de vidros de alto desempenho, como os de controle solar e acústico. Grande novidade são os vidros autolimpantes e os com característica fotovoltaica. Os vidros que possam economizar e armanezar energia serão destaques nesta década. Os vidros mais usados em fachadas e coberturas são os de controle solar, pois têm a função de filtrar os raios solares por meio da reflexão da radiação. Isso faz deles grandes aliados do conforto ambiental e da eficiência energética nas edificações, pois permitem uma redução do uso de ar-condicionado, refletindo em um menor consumo de energia elétrica.
– Quais os tipos de vidro mais usados e recomendados para fachadas? Sendo o Brasil um país de grandes dimensões e climas diversos, pode impor-se o uso de vidros que deixem o calor para fora da fachada. Já em estados do Sul, muitas edificações precisam conservar o calor interno. O vidro duplo insulado tem sido ótima solução. Possibilita conforto e evita a troca constante da temperatura no interior da edificação. Ainda no campo de controle solar, uma tendência que está sendo muito utilizada em fachadas são os vidros de baixa reflexão e alto desempenho, os chamados seletivos. Eles possibilitam a redução da entrada de calor no ambiente, ao mesmo tempo em que controlam a transmissão luminosa, com uma reflexão bem reduzida. – Quais as soluções mais apropriadas atualmente, em sistemas de esquadrias e fachadas, para melhorar o desempenho acústico das edificações? Conforto acústico tem sido requerido em todas as edificações de alto padrão. Nos sistemas de esquadrias temos recomendado perfis com preenchimento de lã mineral. As edificações devem ser compartimentadas, com isolamento entre unidades e entre pavimentos. – Entre os projetos com vidro em que esteve envolvido, qual o seu preferido? Cada projeto tem sua particularidade. Destacamos as fachadas do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, em São Paulo, pois se tratou de um projeto complexo, em que as fachadas são instaladas sobre estruturas espaciais, tendo os vidros grande movimentação. Temos dois blocos ligados pelo sistema envidraçado. revista Vidro Impresso www.vidroimpresso.com.br
produtos
Diamantes
para lapidar Bisotado, filetado, reto, americano, redondo, meia cana, OG, 2G, 3G, bico de águia. Os nomes são muitos para designar cada uma das possibilidades de acabamento oferecidas pela tecnologia das ferramentas diamantadas disponíveis no mercado de acessórios para processar o vidro. Constituídos por grânulos de diamante sintético ou natural que lhe conferem alto grau de dureza e precisão, os rebolos diamantados são peças essenciais no processo em que o vidro, como uma pedra preciosa, recebe um tratamento especial, minuciosamente lapidado em suas bordas. “Os rebolos diamantados são indispensáveis no processo de beneficiamento do vidro, pois são eles que retiram as partes cortantes das bordas dos vidros e dão forma a estas bordas”, afirma o diretor da Potência Diamante, Andrey Moreira Barbosa. Seu perfis ganham formatos geométricos variados, conferindo beleza e resistência às peças. “O tipo, o tamanho do grão e a concentração do diamante, juntamente com a liga metálica utilizada, definem uma ferramenta diamantada para vidro”, explica Paulo Pingnatti, da fabricante Dinser. “Cada um destes componentes tem um efeito decisivo sobre o desempenho da ferramenta.” Atuantes na primeira fase de lapidação do vidro, os rebolos diamantados são responsáveis pelos desbastes grosso, médio e fino. Desenvolvidas para serem acopladas às lapidadoras e biseladoras, essas ferramentas têm acompanhado o avanço tecnológico das máquinas às quais são destinadas, ganhando maior poder de corte, acabamento e produtividade. “Isso impacta diretamente no trabalho do vidraceiro/beneficiador, pois deter-
GUSMÃO Rebolos copo resina e diamantado
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Tecnologia dos rebolos diamantados propicia acabamento seguro e de formatos variados às bordas do vidro
mina a qualidade final do produto”, afirma Klaus Trivellato, gerente comercial da Tecnotools. “Hoje a exigência do mercado é muito maior em relação à precisão dimensional e acabamento, muito em função das normas técnicas mais recentes, que estabelecem parâmetros para esquadrias de alumínio, boxes de banho, fachadas de prédios, tampos de mesa, etc.” Segundo José Pedro Ruiz, diretor da Diamanfer, são duas as categorias de ferramentas existentes no mercado: os rebolos comuns e os rebolos de alta performance, fabricados sob rigorosos processos, com o intuito de atingir melhor custo-benefício e qualidade de acabamento. “Assim como nós, os fabricantes nacionais, em sua maioria, estão com a mesma preocupação, acompanhando a qualidade dos produtos europeus que também estão no mercado”, comenta. “Isso depende de uma estrutura fabril com tecnologia adequada para a produção das ferramentas.” Para cada tipo de lapidação há um modelo diferente de rebolo. Os mais usados atualmente são de tipo copo e periféricos. Dentro dessas duas classificações há uma série de variações, dependendo da geometria que se deseja obter na borda do vidro. “Os periféricos podem produzir uma variada gama de perfis na lapidação das bordas”, diz Ruiz. “Já os rebolos do tipo copo são limitados quanto aos perfis obtidos, mas têm a seu favor a precisão geométrica e a qualidade de acabamento.” Confira, a seguir, rebolos diamantados de variados modelos em destaque no mercado brasileiro.
A Gusmão oferece uma gama completa de ferramentas para lapidação do vidro. “Cada rebolo tem uma importância diferente no processamento do vidro”, observa a sócia-proprietária da empresa, Neide Gusmão. “Novas e significativas tecnologias para a produção de rebolos de desbaste surgiram no mercado mundial nos últimos anos.” A empresa atua como distribuidora de rebolos diamantados importados da Itália, com características que variam de acordo com o tamanho do grão do diamante. Fabricados pela líder de mercado Mole Moreschi, garantem elevada qualidade, desempenho e eficiência produtiva, além de maior durabilidade, tanto das ferramentas quando dos maquinários em que são usadas.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
TECNOTOOLS Rebolos abaulados (½ cana) A empresa trabalha com rebolos abaulados ou ½ cana, rebolos retos ou filetados e rebolos copo diamantados em ligas metálica e resinóide. Em destaque na imagem, os rebolos abaulados da Tecnotools têm corpo de aço ou termoplástico, o que torna a ferramenta mais leve, diminui a vibração na máquina e reduz o ruído em até 0.5 decibéis. Por ser especializada em rebolos resinoides, a empresa oferece como diferencial a possibilidade de modificar o tamanho do grão, conforme a aplicação e necessidade específica de acabamento. Podem ser usados em máquinas manuais, para trabalhar bordas e bisotê; lapidadoras copo, para lapidação reta (vidros de boxes, vidros de engenharia – fachadas, etc.); lapidadoras bilaterais, que trabalham os dois lados do vidro simultaneamente; e em máquinas automatizadas CNC, que produzem diferentes perfis.
DINSER Rebolos periféricos A fabricante paulista oferece uma linha completa de ferramentas diamantadas, produzidas em conformidade com todos os parâmetros exigidos pela norma de qualidade ISO 9001:2000. Os diferentes tipos de rebolos diamantados são fabricados em diversas ligas metálicas, com diferentes concentrações e tipos de diamantes, que se ajustam aos materiais a serem trabalhados. Entre os principais diferenciais de suas ferramentas, a empresa destaca alta performance, rapidez e economia, alto rendimento e acabamento, segurança, menor esforço para o operador e menor desgaste da máquina.
DIAMANFER Rebolos copo em resina diamantada Com um amplo portfólio de ferramentas para trabalhar a lapidação do vidro, fabricadas em equipamentos de alta tecnologia, a Diamanfer destaca seus rebolos copo em resina diamantada, com forma construtiva diferenciada dos rebolos metálicos, porém com as mesmas funções (lapidação ou bisotê). São fabricados sob modernos processos de sinterização automática, temperatura controlada e alto grau de precisão quanto à usinagem e balanceamento. Os benefícios dessa estrutura resultam em ferramentas com maior poder de remoção de vidros, durabilidade, produtividade e qualidade no acabamento. Além disso, possibilitam maior velocidade. Podem trabalhar todos os tipos de vidro com espessuras de 4 a 50 mm e são destinados a lapidadoras retilíneas tipo copo (uni ou bilaterais), biseladoras retilíneas, lapidadoras e biseladoras em formas e centros de usinagem para vidros.
POTÊNCIA DIAMANTE Rebolos copo diamantados Turbo O desenvolvimento de novas tecnologias e o aumento da automatização das máquinas garantiram à Potência Diamante o desenvolvimento do rebolo copo Turbo, cujos diferenciais incluem facilidade de ajuste, excelente acabamento e alta durabilidade. A ferramenta proporciona ganho de tempo na regulagem da máquina e velocidade de trabalho do rebolo, sem perdas de qualidade na lapidação. O produto pode ser usado para trabalhar todos os tipos de vidro, em especial os laminados, nos quais retira a película de PVB ou EVA com muita facilidade e sem deixar marcas, resultando em um ótimo acabamento. É indicado para utilização em máquinas retilíneas, para lapidação de perfis retos e filetados. www.vidroimpresso.com.br 23
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Notícias, lançamentos e curiosidades. Acompanhe aqui os últimos acontecimentos do setor do vidro e de sua cadeia produtiva
Onda carioca A Cidade Maravilhosa receberá em breve mais um emblemático projeto arquitetônico, inspirado nas formas da natureza. Com desenho ousado e tecnologia inovadora, o Casa Shopping, cujo projeto de expansão inclui uma cobertura de vidro em formato de ondas do mar no vão central, fazendo a ligação com a entrada principal, será entregue até agosto deste ano. Toda a estrutura de aço e vidro, com área aproximada de 1,1 mil m², será fornecida pela empresa Seele, reconhecida internacionalmente por seus projetos de alta complexidade. Desenvolvido pelo arquiteto israelense Nir Sivan, o projeto usa como inspiração as paisagens do Rio de Janeiro e, por suas formas que remetem ao movimento do mar, foi batizado de Onda Carioca. De acordo com a Seele, será a primeira cobertura em forma livre da América do Sul e deverá estimular o surgimento de outras estruturas semelhantes em projetos complexos de aço e vidro no País. A cobertura empregará 503 peças triangulares de vidro low iron, que por utilizarem menos ferro dão a maior transparência possível. São laminados de 8+8 mm com um interlayer PVB de 1,52 mm e semitemperados, o que favorece a parte restante em caso de quebra. Os grampos de fixação serão de aço inox pintado, dois para cada borda.
Encontro em Istambul Entre os dias 13 e 16 de março, a indústria do vidro se reuniu em mais um importante evento mundial do setor, a Glassexpo Istanbul 2013. Realizada na capital turca, a feira, que conjugou outros dois eventos paralelos (Istanbul Window e Doorexpo Istanbul), recebeu cerca de 50 mil profissionais ligados à indústria do vidro, portas e janelas. Em um espaço de 80 mil m², mais de 600 empresas e representantes de mais de 20 países tiveram a oportunidade de trocar experiências e expandir seus mercados de atuação, na Turquia e em âmbito global.
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Vidros solares chineses sob investigação Uma denúncia de fabricantes europeus deu início em fevereiro a uma investigação antidumping sobre as importações de vidros Aberta pela Comissão Europeia, a investigação é o episódio mais recente da batalha comercial entre Bruxelas e Pequim sobre
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solares procedentes da China.
os painéis solares e pode durar
Janelas inteligentes
até 15 meses. A União Europeia
A Ericsson apresentou no Mobile World Congress 2013, em Barcelona, um pro-
pode decidir impor direitos an-
jeto capaz de embutir sensores, antenas e circuitos eletrônicos nos vidros das ja-
tidumping após nove meses se
nelas. A empresa vislumbra a possibilidade de usar a tecnologia em residências,
considerar necessário, informou
prédios comerciais e até mesmo em ônibus e trens. Em casa ou em um escritó-
a Comissão em um comunicado.
rio, as antenas aumentariam o alcance do roteador Wi-Fi. Já em um veículo, elas
Embora o vidro solar seja um
poderiam captar o sinal de estações fixas de telefonia celular e compartilhar o
componente essencial dos pai-
acesso à internet com os passageiros. “Com antenas nas janelas, podemos levar
néis solares, a Comissão assegu-
o Wi-Fi a mais lugares”, afirma Edvaldo Santos, diretor de inovação da Ericsson
ra que a nova investigação não
Brasil. Na visão da Ericsson, embutir pontos de acesso Wi-Fi no vidro trará diver-
está diretamente relacionada à
sas vantagens. Além das antenas, poderiam ser incorporados ao material senso-
lançada em setembro pelas im-
res diversos. A janela pode, por exemplo, ser transformada numa lousa digital,
portações de painéis solares pro-
capaz de capturar o que as pessoas escrevem e desenham nela. O vidro também
cedentes da China. “Trata-se de
poderia funcionar como superfície de controle para aparelhos domésticos. Ícones
uma investigação independente
desenhados nele indicariam onde tocar para ligar o ar condicionado e as luzes
sobre um produto distinto”, ex-
ou para abrir uma persiana motorizada, por exemplo. A empresa também vislum-
plicou, lembrando que o merca-
bra o uso das janelas para captar energia solar por meio de células fotovoltaicas
do do vidro solar na Europa re-
transparentes, uma tecnologia ainda em desenvolvimento. Considerando a enor-
presenta menos de 200 milhões
me área envidraçada nos prédios atuais, seria possível captar uma quantidade sig-
de euros.
nificativa de energia dessa maneira.
Fabricante premiada A Cebrace conquistou o Prêmio TOP Marcas 2013 na categoria “Vidros”. Em sua oitava edição, a premiação da Arco Editorial é um reconhecimento às marcas mais lembradas em diversas categorias de produtos para arquitetura e interiores. Com base em enquete “top of mind”, profissionais e estudantes de arquitetura e design leitores das revistas Finestra e Projeto Design, além de internautas do portal Arcoweb, citaram espontaneamente o primeiro nome que lembraram, em 15 categorias predeterminadas. O prêmio registrou 3.528 votantes, em sua maioria com formação em arquitetura. www.vidroimpresso.com.br 2
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Pintados temperáveis Processadores, vidraceiros, arquitetos, designers de interiores e consumidores brasileiros podem contar com uma nova solução no mercado de vidros decorativos. A fabricante AGC passou a comercializar no Brasil o único vidro pintado temperável do mundo, da linha Lacobel T. Produzidos por um processo exclusivo patenteado pela AGC, os vidros da família Lacobel T estão disponíveis nas cores preto (Deep Black em vidro plano incolor) e branco (Crisp White vidro plano extra claro) e nas espessuras 4, 6, 8 e 10 mm. São indicados para aplicação em ambientes internos e externos, em móveis, áreas de respingo e calor, como revestimentos de parede, em áreas úmidas, em revestimentos externos e em fachadas. Segundo a fabricante, o novo produto facilita a vida dos beneficiadores, pois dispensa processos como serigrafia ou pinturas. “O processador já recebe o vidro pintado, pronto para ser cortado, lapidado e temperado”, afirma o gerente comunicação da empresa, Lucas Oliveira. O material ainda pode ser furado, laminado e passar por processo de curvação.
Pontos de ônibus hi-tech Novos modelos de pontos de ônibus estão sendo instalados na cidade de São Paulo desde o início de março. Os abrigos renovados são compostos por coberturas e proteções de vidros transparentes laminados e com proteção UV, sobre estruturas de aço ou concreto. Nas coberturas, os vidros são também serigrafados, com o objetivo de suavizar o calor. Os 37 primeiros pontos envidraçados foram instalados em Moema, Pinheiros, Itaim Bibi, Alto de Pinheiros, Jardim Paulista e Perdizes. Até abril, serão 60 no total. Ao todo, até o final de 2015, o consórcio responsável pela licitação deverá trocar cerca de 6,5 mil abrigos e 12,5 mil totens; até o fim do ano, 1,4mil novos abrigos serão instalados. Criados pelo designer Guto Indio da Costa, os novos pontos têm quatro modelos diferentes, todos acompanhados por um painel de publicidade de 2 m².
Amiga do ambiente
De cara nova
A fabricante de rebolos Arbax deu início em fevereiro a uma campanha de reflorestamento que, com a ajuda de todos os colaboradores da empresa, foi responsável pelo plantio de mais de 50 árvores em uma área desmatada na cidade de Santa Branca, em São Paulo. Intitulada de “Mais Verde no Planeta Azul”, a ação terá como meta o plantio de no mínimo 50 árvores por ano em áreas que necessitem de recomposição de matas nativas e de seu entorno, buscando a restauração do ecossistema original.
A beneficiadora Xanglass, processadora de vidros temperados, espelhos, kits e acessórios para diversos segmentos do mercado, renovou toda sua comunicação e identidade visual. Fez parte da reestruturação a inclusão da empresa em mídias sociais como o Facebook, e a criação de um novo portal na internet, desenvolvido pela OC Publicidade, agência de comunicação especializada na construção e hospedagem de sites, com técnicas do SEO (Search Engine Optimization), publicidade online, e-mail marketing e links patrocinados. A modernização da linha visual da Xanglass integra as ações estratégicas da empresa para promover aproximação crescente com seus clientes em 2013, além de destacar para o mercado todos os seus serviços, produtos e tecnologias.
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Fachadas curvas Com o objetivo de oferecer soluções que se adaptem às metal acaba de lançar uma versão curva para seus sistemas de Fachadas Offset. O produto é constituído por painéis formados por vidros colados com silicone na própria
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necessidades específicas do mercado arquitetônico, a Bel-
estrutura da esquadria. Produzidos industrialmente, os
Foco na decoração
painéis conferem mais praticidade e agilidade na instala-
Após meses de obras, a Schott vai colocar em operação seu
ção, promovendo vantagens de tempo e custo. O prédio
novo tanque de fusão voltado para a fabricação de vidros
da CABERJ - Caixa de Assistência à Saúde dos Funcionários
decorativos de alta qualidade. A empresa investiu mais de 6
do Sistema Integrado BANERJ (Banco Nacional do Estado
milhões de euros na nova tecnologia. O novo equipamento
no Rio de Janeiro), localizado no centro do Rio, é um dos
será utilizado na fabricação de vidros especiais como o Opa-
primeiros a utilizar a Fachada Offset na versão curva. Fi-
lika, para aplicação em tetos e superfícies iluminadas, o Artis-
nalizado em janeiro de 2012, o projeto é fruto da parce-
ta, para vidros coloridos, e o Narima, temperados com efeitos
ria da empresa com a CHB Indústria e Serviços, e chama a
de brilhos e cores, entre outros produtos voltados para arqui-
atenção pela fachada arredondada em alumínio. O siste-
tetura decorativa. O novo equipamento, além de moderno,
ma garantiu montagem rápida das fachadas, além de um
permite uma produtividade maior. O objetivo dos novos in-
acabamento sem emendas e parafusos. A obra foi entre-
vestimentos é o mercado de vidros decorativos, que apresen-
gue em sete meses.
ta potencial de crescimento para os próximos anos.
Google se muda para superprédio envidraçado O novo escritório do Google Brasil, em São Paulo, vai ocupar três andares de um dos prédios comerciais mais luxuosos e modernos da cidade, o Pátio Malzoni, na Avenida Faria Lima. O edifício, que figura entre os 46 do País com certificação LEED, concedida a prédios inteligentes com soluções que adotam tecnologias verdes, ocupa um terreno de 34 mil m² e é atualmente o endereço comercial mais caro da cidade. Outro recorde do Malzoni é a quantidade de vidros da fachada: são 34 mil m² de vidros negros de alto desempenho fornecidos pela GlassecViracon, que deixam passar apenas entre 30% e 35% da incidência de luz e calor. 2 www.vidroimpresso.com.br
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Proteção solar para edifícios
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A Guardian acaba de apresentar um novo produto da linha SunGuard desenvolvido epecialmente para o mercado brasileiro. Voltado para fachadas de edifícios corporativos, o SNL 37 é um vidro de controle solar que busca atender especificamente as necessidades climáticas e luminosas no País, e é comercializado com laminação. Com aparência neutra, garante altos índices de conforto luminoso e eficiência energética, dispensando o uso de substratos ou PVBs coloridos. Produzido na base incolor, reflete a imagem externa sem distorções e permite a entrada de luz adequada, sem provocar ofuscamento, mesmo com aplicação do segundo vidro incolor. Fornecido em diversas cores, tem dimensões variadas de chapas, podendo atingir até 2600 mm x 3600 mm, e oferece bloqueio de raios UV superior a 99%. Outro diferencial importante para o segmento corporativo é que o uso de SunGuard colabora na obtenção de certificações como a LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) para prédios comerciais com projetos focados em sustentabilidade.
Tecnologia invisível
Vidros no Maracanã
A fabricante Polytron Technologies, de Taiwan, apresentou o protótipo de um smartphone transparente, até então visto somente em filmes de ficção. Ainda em fase inicial de desenvolvimento, deve ser lançado até o final de 2013, é constituído por um vidro especial fabricado pela companhia, chamado “Polyvision Privacy Glass”. Com aparência opaca quando desligado, o smartphone fica transparente assim que começa a funcionar. Segundo a empresa, os dois lados do aparelho têm sensibilidade ao toque. Por ainda estar em estágio de desenvolvimento, o dispositivo não tem um sistema operacional.
Palco das finais da Copa das Confederações deste ano e da Copa do Mundo de 2014, o estádio do Maracanã corre contra o tempo para ficar em perfeitas condições até o final de abril, quando acontecerá o primeiro evento-teste. Em ritmo acelerado, as obras estão 92% concluídas. Presentes nas fachadas, corredores de acesso e camarotes, cabines de imprensa e hall dos elevadores, entre outros locais espalhados pelo estádio, os vidros estão sendo instalados pelo Grupo Paris, especializado em soluções integradas em vidro e alumínio. Ao todo, serão instalados mais de 3 mil m² de vidros laminados semi refletivos incolores de 10 mm, 150 m² de laminados incolores de 12 mm e 900 m² de laminados refletivos prata de 12 mm. Instalados nos acessos para a arquibancada, os vidros temperados de laminados estão sendo fornecidos pela beneficiadora Laminar.
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feiras e eventos A GLASS VETRO destacou produtos lançados a partir de uma parceria com a espanhola Klein, fabricante de sistemas para portas de correr que dispensam a aplicação de moldura e, assim, transformam os ambientes em luxuosos espaços
Construção qualificada Com número recorde de público e visitantes, FEICON 2013 destaca as inovações voltadas para sustentabilidade, desempenho acústico e proteção solar
As principais marcas e inovações do mercado da construção estiveram reunidas em 85 mil m² do Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, durante a Feicon Batimat 2013 (Feira Internacional da Construção). Realizado entre os dias 12 e 16 de março, o evento que congrega toda a cadeia produtiva do setor foi marcado por perspectivas otimistas e novo recorde de público, que superou os 130 mil visitantes. Direcionada aos mais variados segmentos, incluindo aquecimento e refrigeração de ambientes, automação, segurança, elétrica e iluminação, fundações e estruturas, hidráulica, portas, janelas e produtos para banheiros, a 19a edição do evento atraiu importantes protagonistas do mercado nacional, que se preparam durante todo o ano para apresentar ao público soluções exclusivas em produtos, serviços, design e negócios. De acordo com a diretora do evento, Liliane Bortoluci, o perfil técnico do público comprador se acentua a cada edição. “A qualificação do público vem crescendo a cada ano, junto com o interesse de vários países, o que consolida a Feicon Batimat como a melhor plataforma de vendas e geração de negócios para a indústria da construção do País”, diz Liliane. “Tivemos a presença de 27 países, sete a mais que na edição anterior.” Em coletiva de imprensa realizada no dia 15, empresas participantes e entidades do setor revelaram números positivos, apontando uma movimentação, até o terceiro dia da feira, de mais 32 www.vidroimpresso.com.br
de R$ 400 milhões em negócios e investimentos, que devem se concretizar ao longo dos próximos meses. “Temos muitos associados na feira e diversos fecharam negócios da ordem de R$ 1 milhão por dia no evento. Estimamos durante a Feicon Batimat um volume equivalente a três meses de vendas para o varejo”, revelou o presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), Cláudio Conz, segundo o qual as vendas do varejo de material de construção devem crescer 6,5% em 2013, sobre o ano passado. A 19a edição da Feicon Batimat contou com a participação de mais de mil marcas expositoras nacionais e internacionais e registrou cerca de 2 mil lançamentos. Segundo a Anamaco, o último trimestre de 2012 apresentou uma média de vendas superior à dos meses anteriores, apontando um cenário muito positivo para 2013. As construções sustentáveis estiveram entre os pontos altos do evento, que no primeiro dia debateu, em um seminário, as principais soluções voltadas para edifícios verdes e os caminhos para a certificação LEED. Logo após a cerimônia de abertura – que contou com a presença de autoridades como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o secretário estadual da Habitação, Silvio Torres –, o presidente da AFEAL (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio), Lucínio Abrantes, participou da assinatura do protocolo de intenções do IBSTH (Instituto Brasileiro de Serviços e Tec-
nologia para o Habitat), que prevê ações para melhorar a qualificação da mão de obra. “Somente com o apoio de todas essas entidades será possível dialogar com o governo de modo a garantir maior investimento na qualificação de profissionais para o setor. A perspectiva é que o consumo nacional dobre daqui a dois anos, e para atender essa demanda serão necessários trabalhadores capacitados. E tão importante quanto à formação de engenheiros e arquitetos é incentivar a criação de cursos técnicos”, afirmou o presidente. Outro tema importante abordado no evento foi a Norma de Desempenho ABNT NBR 15575, que deverá entrar em vigor nos próximos meses. Os impactos da nova norma foram discutidos em um seminário promovido pela ASBEA, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, que sinalizou como engenheiros, arquitetos e empresas do setor deverão se adaptar. “A norma 15575 da ABNT marca uma nova era em nossa atividade profissional”, afirmou o presidente da entidade, Eduardo Sampaio Nardelli. Duas palestras em especial foram destaque, atraindo dezenas de espectadores. A primeira, ministrada por Hugo Mulder, engenheiro sênior da Advanced Arup Tecnology Hugo Mulder, tratou do processo de simulação do desempenho das edificações usando tecnologia digital e apresentou o caso prático de um telescópio gigante construído no Chile. Já o presidente da Associação
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TELHAS DE VIDRO texturizadas e transparentes figuraram no estande da Ibravir. A vantagem do vidro texturizado é garantir distribuição uniforme da luz solar por todo o espaço em que está instalado, além de não ofuscar a visão e manter a temperatura ambiente agradável. Prime T, Americana T e Romana T estavam entre os lançamentos da empresa
PÚBLICO QUALIFICADO e mais de mil marcas expositoras nacionais e internacionais marcaram a edição deste ano, que contou com cerca de mil lançamentos
Nacional para Simulação de Desempenho de Edificações, Fernando Westphal, falou sobre “Desempenho Térmico versus Eficiência Energética: a Sustentabilidade Inserida na Norma”. “Vai chacoalhar o meio científico sim, principalmente na América Latina. Vai dar um upgrade no padrão das construções, pois alguns procedimentos caíram e outros mudaram”, disse Westphal. Já o engenheiro Davi Akkerman, presidente da Pró-Acústica, abordou em sua palestra os requisitos de desempenho acústico sob o ponto de vista do projeto arquitetônico e dos materiais.
Setor bem representado Com tantas novidades, o que movimentou particularmente a feira foram os expositores. Nomes de peso ligados ao setor vidreiro e sua cadeia produtiva estiveram presentes, entre eles Glass Vetro, Cebrace, Soprano, Papaiz, Q Railing, Saint-Gobain, PKO, Gold News, Stam, T2G e VB Cristais. A Revista Vidro Impresso também participou com um estande e distribuiu mais de 3 mil exemplares de sua 16ª edição. Entre as principais representantes do setor de ferragens para vidro, a Glass Vetro destacou dois produtos lançados a partir de uma parceria com a espanhola Klein, fabricante de sistemas para portas de correr que dispensam a aplicação de moldura e, assim, transformam os ambientes em luxuosos espaços. “Este ano www.vidroimpresso.com.br 33
A SAINT-GOBAIN GLASS apostou na inovação de ambientes luxuosos e glamourosos ao destacar, entre outras, a linha SGG Master-Shine, além de vitrais e vidros exclusivos para divisórias
A CEBRACE estreou na Feicon dando destaque especial à linha “Habitat”, constituída por vidros de proteção solar para uso residencial. A empresa disponibilizou um display térmico, por meio do qual as pessoas podiam sentir a diferença de calor que passa através do vidro incolor comum e do vidro Habitat
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feiras e eventos direcionamos o estande aos profissionais de arquitetura e engenharia, enfatizando produtos de alto padrão e valor agregado, fruto de parcerias internacionais como Klein e Do-up”, revelou o coordenador de marketing da empresa, André Costanzo, Segundo ele, cerca de 2,5 mil pessoas passaram pelo estande da Glass Vetro e boas negociações foram entabuladas ao longo dos cinco dias de evento. Pré-montadas, as linhas Extendo e Roll Glass oferecem praticidade de instalação e contam com sistema de rolamento Full Ball Bearing, que facilita a abertura das portas de forma simultânea ou individual, por meio de um toque suave. “A linha Extendo foi desenvolvida para unir ambientes através de painéis de vidro e não utiliza molduras ou calhas, podendo-se escolher abrir todas as portas de uma só vez ou somente algumas”, explica Costanzo. Já a linha Roll Glass tem como finalidade dividir espaços por meio de uma parede de vidro, com portas fixas e móveis. Além de contribuir para o isolamento acústico, permite regular a altura em até 2 m. Entre as principais representantes do setor vidreiro, a fabricante Saint-Gobain Glass focou sua participação em inovações tecnológicas e sustentáveis, dando destaque ao SGG DECOR-LITE, vidro impresso recomendado para trazer ampla luminosidade natural aos ambientes. Os vidros texturizados, como o SGG CANELADO e o SGG INFINITY, também foram destaques no estande da Saint-Gobain. A empresa aproveitou a ocasião para divulgar o prêmio criado para profissionais de arquitetura e engenharia, que terá sua primeira edição em março de 2014, sob o tema “O Habitat Sustentável”. Já a Cebrace estreou na Feicon dando destaque especial à linha “Habitat”, formada por vidros de proteção solar para uso residencial. “A Feicon é a maior feira da construção civil, com seu público formado por arquitetos, construtores e principalmente o consumidor final”, afirmou a coordenadora de mercado da em-
presa, Luciana Teixeira. “Consideramos de extrema importância que o consumidor entenda como é feito um vidro de proteção solar e quais seus benefícios.” Para isso, a empresa disponibilizou um display térmico, por meio do qual as pessoas podiam sentir a diferença de calor que passa através do vidro incolor comum e do vidro Habitat. Fabricante de ferramentas elétricas, a Makita apresentou três novas cortadoras de vidro a bateria: a 4190DW, com um disco diamantado de 80mm e potência de 1000 rpm, a CC300DZ, que chega a 1.400 rotações por minuto, e a CC300DWE, que pesa 1,7 kg e tem um reservatório de meio litro. Todas oferecem corte suave e potente, alta velocidade rotacional e são feitas em base de alumínio revestido com níquel, que previne a ferrugem. A ESAF IBRAP, fundada em 1979, atua com a fabricação de produtos em alumínio e plásticos extrudados. Trabalha com portas de vidro de diversas folhas, em vidro liso incolor, venezianas e vidros fixos. Durante a feira, anunciou parceria com a Guardian, empresa de porte global que fabrica produtos como espelhos, vidros planos e vidros especiais. Rodrigo Fontanela, superintendente da ESAF IBRAP, apresentou ainda a linha 25 de vidros termoisolantes, vidros temperados de uso em portas e uma janela integrada com controle remoto. Especializada em fechaduras, a Soprano apresentou diversas novidades para o segmento vidreiro: fechaduras por pressão, maçanetas, fechaduras com furação Blindex, molas de piso, suportes fixos e reguláveis e fechaduras com recorte Santa Marina. De acordo com Victor Pereira, coordenador de vendas da empresa, a Soprano fabrica uma linha completa de miolos de fechaduras e maçanetas para vidro. “Além disso, temos molas de piso, como a P310, para vidros temperados, que suportam até 100 kg de peso”. No mesmo segmento, a fabricante de miolos, fechaduras e acessórios para portas de vidro Stam deu ênfase às linhas 1008, 200, 1200, 1009
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feiras e eventos
A FABRICANTE DE ferramentas elétricas Makita destacou três novas cortadoras de vidro a bateria (acima). Ao lado, torneira de vidro da Gaya. A revista Vidro Impresso marcou presença, distribuindo mais de mil exemplares de sua a edição (abaixo)
CUBAS DE VIDRO da VB Cristais. Coloridas, as peças assumem variados formatos, dos triangulares aos quadrados e ovais. Toucadores com vidro jateado e espelhos modelados com bisotê também foram destaques no estande da empresa
e 600, além de cadeados de chaves e segredos e maçanetas. Já a 3F destacou a série 3000 de fechaduras e miolos para portas de vidro temperado. “Até o final deste ano teremos muitos lançamentos em acessórios e outros itens”, afirmou Hisashi Uchida, supervisor de vendas da empresa. A PKO, que há mais de uma década atua nos setores de vidros e pedras para vários segmentos, mostrou ao público o inovador Privacy Glass, ou vidro privativo, que equilibra na medida exata privacidade e fluxo de luz, com o vidro polarizado (criado a partir de cristais líquidos e polímeros dispersos). Esse processo transforma o vidro branco translúcido em incolor com o acionamento de um único botão. Vem nas cores Extra Clear, Incolor, Verde, Bronze, Cinza e Azul, e pode ter espessuras entre 8mm e 20mm. O PKO Lighting Glass traduz o significado de sofisticação e modernidade, por meio de uma película incolor com leds (nas cores: verde, amarelo, branco, vermelho e azul), inserida entre duas folhas de vidro. As aplicações variam entre projetos de decoração, letreiros luminosos, mesas, lojas, coberturas e guarda-corpos.
Foco em acústica Há mais de 60 anos no mercado, o Grupo Papaiz apresentou variedades em fechaduras para móveis, cadeados (que têm até uma linha exclusiva do famoso desenho em quadrinhos “Os Vingadores”), dobradiças e outros produtos. O destaque na Feicon, no entanto, foi o sistema Contact para portas e janelas de correr. Parceria entre a Udinese e a Alcoa, o produto oferece uma bar3 www.vidroimpresso.com.br
reira acústica e conta, ainda, com vedação para entrada de água. Especializada em esquadrias acústicas, a Atenua Som participou da Feicon por meio de sua marca de PVC, a Trishopping. A empresa atraiu interesse dos visitantes com demonstração criativa do desempenho de seus produtos. Ao chegar no estande da empresa, ouvia-se uma música em volume muito alto, vindo de um aparelho de som localizado dentro de uma caixa de vidro aberta. Assim que essa caixa era fechada, o volume, de cerca de 40 decibéis, cessava imediatamente, evidenciando o desempenho do vidro acústico. Em outra demonstração, os expositores colocaram duas pequenas hélices em frente a uma fonte de calor que as fazia girar. Quando, entre a primeira hélice e a luz, colocava-se um vidro comum, ela reduzia sua velocidade. Já quando o mesmo processo era feito com a segunda hélice, utilizando vidro duplo insulado, ela praticamente parava. Tudo para demonstrar o conforto térmico propiciado pelos produtos ao usuário. Os perfis e esquadrias das janelas antirruído são feitos de PVC, estrutura muito utilizada nos mercados norte-americano e europeu e que vem ganhando espaço no Brasil. Esse material tem a vantagem de ser muito mais resistente aos efeitos naturais de desgaste provocados pelo tempo e os raios ultravioletas. Isso evita que descasquem, rachem ou desbotem. “Com esse tipo de tecnologia, vidros duplos e PVC, a troca térmica com o ambiente chega a ser 70% menor que com uma janela metálica. Em média, isso pode representar uma economia de 30% com ar condicionado”, afirma Nicole Fischer, gerente de marketing da Trishopping.
OS REQUINTADOS vidros laminados da PKO estiveram entre os destaques no estande da empresa, que enfatizou ainda sua linha hi-tech, composta pelos compostos pelo Lighting Glass e Privacy Glass
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feiras e eventos A SAINT-GOBAIN Glass deu ênfase a aplicações das linhas SGG Master-Carré e SGG Master-Shine. Os visitantes puderam conferir, ainda, os diferenciais estéticos do mais recente lançamento da empresa, o SGG Satinovo
Cores, texturas e tecnologia 11a edição da Expo Revestir destaca os benefícios do vidro no universo da decoração Modernos, coloridos e versáteis, os revestimentos à base de vidro estão em alta no universo da decoração. Capazes de agregar atributos que vão muito além do quesito estético, soluções envidraçadas caem nas graças dos arquitetos e ganham crescente espaço nas residências brasileiras. Quem circulou pelos corredores da Expo Revestir 2013, realizada entre os dias 5 e 8 de março, pôde comprovar de perto essa tendência, que se ampara na tecnologia e multifuncionalidade do material para dar vida a projetos de interiores cada vez mais ousados em suas aplicações. Considerada a maior e melhor de todos os tempos, a 11ª edição da “Expo Revestir”, principal evento relacionado à construção civil da América Latina, foi realizada no Transamérica Expo Center, na capital paulista, e bateu novo recorde de visitação, de volume de negócios e parcerias geradas. O evento reuniu mais de 45 mil profissionais, de cerca de 60 países, entre arquitetos, engenheiros, empresários e vendedores. “É uma ótimo oportunidade de ter acesso aos especificadores”, afirma a coordenadora de mercado da Cebrace, Ana Carolina Granado. “Posicionamos nossa marca e o vidro dentro do mercado de decoração em revestimentos, ressaltando seus benefícios aos profissionais que não consideravam o vidro para revestimentos internos e externos.” Com aumento de 30% de área ocupada, a feira contou com a participação de 240 expositores, que apresentaram novidades em cerâmicas, louças sanitárias, metais para cozinhas e banheiros, rochas ornamentais, laminados, madeiras, mosaicos, cimentícios, vítreos, máquinas, insumos e soluções especiais. Representado por empresas como T2G, PKO, Cebrace e Saint3 www.vidroimpresso.com.br
-Gobain Glass, o setor vidreiro apresentou seus mais recentes lançamentos e soluções no segmento da decoração. Figurando entre os mais atrativos materiais usados em revestimentos, o vidro marcou presença em grande parte dos projetos exibidos, mostrando seu amplo potencial estético, de praticidade e segurança. “A Revestir é um grande evento de soluções em acabamentos, considerada como a Semana da Moda da Construção”, afirma a engenheira Julia Satt, da T2G. “Foi uma ótima oportunidade de compartilhar nossos conhecimentos com expositores de todo mundo, fazer contatos com revendas, especificadores e jornalistas de toda a América Latina.” O evento contou, ainda, com a primeira edição do Prêmio Saint-Gobain, que, sob o tema “Habitat Sustentável”, teve como objetivo reconhecer projetos e ideias que propuseram as mais inovadoras soluções com foco na sustentabilidade das construções. Com foco na inovação de ambientes luxuosos e glamourosos, a Saint-Gobain Glass, que participou do evento pela quarta vez, deu ênfase a aplicações das linhas SGG Master-Carré e SGG Master-Shine, que foi destacado em um guarda-corpo iluminado com led, com luzes de cinco cores que se alternavam de acordo com uma sequência pré-estabelecida operada por controle remoto, refletidas em pequenas gotas em baixo relevo impressas na chapa, com aspecto orvalhado. Os visitantes puderam conferir, ainda, os diferenciais estéticos do mais recente lançamento da empresa, o SGG Satinovo, aplicado em portas de armários. A delicada superfície do produto, resistente a marcas do dia-a-dia, como impressões digitais e sujidades, torna-o indicado para o uso em móveis e outras aplicações no mercado da decoração e moveleiro. “A massa extra-clara e textura muito suave
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feiras e eventos A TG ESTREOU no evento apresentando suas soluções em envidraçamentos especiais e projetos estruturais em vidro. Destaque para o lançamento recente do CeramciGlass, revestimento de vidro ecológico e reciclável que une as qualidades da pedra ao vidro
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A FABRICANTE DE ORIGEM italiana Tyrolit representou o segmento de rebolos, destacando suas ferramentas diamantadas voltadas para pedras naturais, cerâmica e vidro
A SOFISTICAÇÃO dos vidros pintados Coverglass e dos extra claros Diamant figurou no estande da Cebrace, que mostrou os inúmeros diferenciais aplicativos do vidro em uma residência
cria nos ambientes uma sensação especial de conforto e elegância ao permitir a passagem da luz, resguardando a privacidade do ambiente”, afirma a gerente de marketing da empresa, Marcela Félix Calabre. A Cebrace, por sua vez, destacou sua nova linha Habitat, composta por duas categorias de vidros de proteção solar voltados para o mercado residencial (Habitat Refletivo e Habitat Neutro), que diminuem a incidência de raios ultravioletas, além de reterem em até 70% a passagem de calor no ambiente. Com design diferenciado, a nova linha é composta por vidros de 4 a 10 mm, que podem ser utilizados na versão comum (monolítico), temperado, laminado, serigrafado, insulado ou curvado. “A versão laminada ajuda a reduzir a passagem de ruído para o interior do ambiente”, diz Luciana Teixeira, coordenadora da Rede Habitat. Para enfatizar os benefícios do vidro em projetos residenciais, a empresa projetou seu estande no formato de uma casa, em que foram destacadas diversas possibilidades de aplicação do material. O objetivo, segundo o gerente de marketing da empresa Carlos Henrique Mattar, foi mostrar ao púbico quanto as residências podem se tornar mais práticas, confortáveis, eficientes e bonitas com o uso de materiais diferenciados. “A simulação permitiu que os especificadores pudessem verificar a versatilidade e o aspecto único que o vidro oferece em suas aplicações residenciais”, ressaltou o gerente. Todos os ambientes da casa foram compostos pelo Coverglass, vidro pintado para revestimentos de parede, tampos de mesa, portas de armário e divisórias. Participante tradicional, a beneficiadora PKO mais uma vez destacou seus vidros tecnológicos, representados pelas linhas Lighting Glass e Privacy Glass. A primeira é composta por microlâmpadas de led inseridas em uma fina película incolor, localizada entre duas chapas do vidro laminado. Microfios condutores de energia são dispostos na película base, conectando os pontos de luz uns aos outros e permanecendo imperceptíveis quando iluminados. Já a linha Privacy permite ajustar a privacidade de um ambiente por meio de um sistema de 0 www.vidroimpresso.com.br
ajuste da transparência dos vidros. Além disso, apresentou seus requintados vidros laminados em diversas cores e tamanhos, alem de novidades da linha PKO Stones, voltada para o segmento de pedras. Já a T2G estreou no evento destacando suas soluções em envidraçamentos especiais e projetos estruturais em vidro. Além do sistema Flexiglass, que une painéis de vidro sem a utilização de spiders ou outros materiais convencionais, a empresa enfatizou o lançamento recente do Ceramic Glass, revestimento de vidro ecológico e reciclável, que une as qualidades da pedra ao vidro. Resistente e impermeável, seu brilho não é afetado pela exposição aos raios ultravioletas. Indicado para fachadas ou pisos elevados, revestimento e cobertura. A empresa destacou ainda o Channel Glass, sistema de envidraçamento composto por vidros em forma de ‘C’, perfis de alumínio e PVC especialmente desenvolvidos pela T2G e utilizado no recém-inaugurado Museu de Arte do Rio (MAR). Outra novidade no estande da T2G foi a tecnologia DirtyOff by Diamon-Fusion, produto que faz uso de nanotecnologia para tornar superfícies e revestimentos repelentes a água e óleo. No segmento de rebolos, a italiana Tyrolit, do grupo Swarovski, apresentou suas ferramentas diamantadas voltadas para pedras naturais, cerâmica e vidro. Os lançamentos incluíram rebolos periféricos para vidro temperado e laminado para indústria automotiva, aparelhos domésticos e indústria solar; brocas e escareadores para máquinas automáticas; rebolo copo com liga metálica e resinoide; camada contínua, segmentada, semi-segmentada para máquinas lapidadoras retilíneas e bisseladoras; discos segmentados; e brocas para vidro blindado e rebolo elástico. Para o presidente da Expo Revestir, Antônio Carlos Kieling, os resultados da edição 2013 demonstraram a vitalidade do setor e do mercado brasileiro. O executivo revelou índice de 90% de renovação para a próxima edição, que acontecerá de 11 a 14 de março de 2014, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
revista Vidro Impresso
feiras e eventos
Glasspex India Desenvolvimento acelerado joga luz sobre mercado indiano Uma gama completa de equipamentos, acessórios e produtos relacionados à fabricação e ao processamento de vidros planos e ocos esteve exposta nos corredores do Bombay Convention and Exhibition Centre, em Mumbai, na Índia, durante a Glasspex Índia 2013. Realizada entre os dias 20 e 22 de março, o evento bienal foi promovido pela Messe Düsseldorf India, subsidiária da alemã Messe Düsseldorf , organizadora da Glasstec e de outras importantes feiras vidreiras ao redor do mundo, e contou com mais de 180 expositores ligados às áreas de fabricação de vidros e tecnologias, processamento e acabamento, produtos e aplicações, energia solar, ferramentas, máquinas, consultoria, pesquisa, engenharia e arquitetura, tecnologias de teste, mensuração e controle de fabricação. Segundo os organizadores do evento, em sua terceira edição, a feira indiana já se configura como ponto de encontro importante para o setor vidreiro internacional. A edição anterior, em 2011, recebeu mais de 4 mil visitantes, que tiveram a oportunidade de conhecer de perto os últimos produtos e tecnologias que despontavam no mundo do vidro, apresentados por cerca de 170 expositores de 19 países. Dentre as empresas que marcaram presença na última edição figuravam nomes de peso do cenário vidreiro internacional, como Bottero, Bystronic Glass, Grenzebach, Asian Glass, Five Stein, Hegla, PPG Industries, Schiatti Ângelo, Siemens AG e Saint-Gobain SEFPRO. “O mercado indiano chama particular atenção por ser um dos que têm apresentado crescimento mais acelerado nos últimos tempos. Trata-se de uma região economicamente muito atrativa para a indústria vidreira”, observa Gabriele Schreiber, gerente da equipe que organiza o evento. “O país apresenta hoje um nível de vida mais elevado, e o aumento do consumo tem se refletido também em uma crescente demanda nos setores da 2 www.vidroimpresso.com.br
construção, da indústria automotiva e também na de embalagens, eletrônica e farmacêutica, áreas em que o vidro desempenha um papel de destaque como matéria-prima.” Na área da tecnologia para fabricação do vidro, a Siemens foi um dos destaques, apresentando suas soluções para completa automatização de plantas industriais, como os sistemas integrados TIA e TIP, voltados tanto para a instalação de novas linhas como para a modernização de plantas já existentes. “Nosso intuito foi mostrar à industria vidreira que o sucesso de seu negócio está diretamente vinculado à sua capacidade de identificar e explorar ao máximo seu potencial tecnológico, a fim de otimizar processos internos e atingir níveis mais elevados de eficiência e produtividade”, afirmou Oliver Krapp, do departamento de automação industrial da empresa. “Nossos especialistas estiveram à disposição dos visitantes para demonstrar a ampla gama de possibilidades para potenciais investidores.” Realizado paralelamente à Glasspex India, o 3o Glass Perfomance Days India (GPD India), versão indiana de uma das mais renomadas conferências internacionais do setor, reuniu especialistas de variadas áreas para debater o cenário do mercado vidreiro indiano, suas necessidades e desafios, além de temas relacionados ao processamento e aplicações do vidro arquitetônico, tecnologia solar e eficiência energética. “É verdade que o investimento na produção de energias renováveis está aumentando, mas em regiões mais quentes, como a Índia, a necessidade de isolamento de edifícios não recebeu a atenção que merece”, diz Brown Onduso, do Comitê Organizador GPD, ressaltando que “a gestão de eficiência energética permite um controle de temperatura e redução de gastos com ar condicionado. A Conferência focaliza justamente esse tópico, já que o desenvolvimento tecnológico do vidro permite esse mesmo controle em climas mais quentes.”
arquitetura e vidro Os tetos e paredes são compostos por vidros especiais serigrafados de mm, com propriedades similares aos vidros da fachada
Climatização em
terras
baianas Primeiro edifício verde do Nordeste reúne sofisticadas soluções para conciliar conforto térmico e máximo proveito da luz solar
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Um monumental átrio em vidro verde, com pé direito de m, climatizado e com iluminação natural, forma um belvedere com lojas, restaurante e café
O boom imobiliário por que passam as cidades brasileiras reflete-se em uma significativa mudança nas suas paisagens, em que é comum a sensação de que basta piscar os olhos para ver surgir uma nova torre aqui, um novo edifício ali, um novo conjunto comercial mais adiante. Nesse processo de transformação e requalificação urbanística, destaca-se Salvador, com edifícios comerciais cada vez mais modernos e adaptados às novas exigências da construção civil, especialmente para edificações de médio e grande porte. É o caso do recém-inaugurado Edifício Vitraux, projeto do escritório SQ+ Arquitetos Associados, inovador não apenas em termos estéticos, mas, sobretudo, em seus conceitos arquitetônicos e tecnológicos. Erguendo-se esguio a 156 m do solo, em terreno de 3 mil metros quadrados da Garibaldi, uma das mais movimentadas avenidas comerciais de Salvador, o edifício é resultado das idas e vindas diárias do arquiteto Sidney Quintela pela via, que lhe permitiram identificar o terreno disponível e, em parceria com a Garcez Engenharia e investidores espanhóis, idealizar um empreendimento voltado para empresas de médio porte, que não demandam lajes muito grandes.
arquitetura e vidro
O principal desafio foi utilizar um fechamento, tanto na torre como no atrio, que proporcionasse proteção térmica e transparência ao mesmo tempo
O terreno inclinado exigiu uma escavação de 32 m de altura para a execução dos subsolos, com contenção feita em solo grampeado. As fundações foram feitas em sistema misto de estacas metálicas e blocos, além de estacas-raiz e sapatas, com especial cuidado na área próxima à contenção. Segundo os arquitetos responsáveis pelo projeto, o empreendimento é diferente de tudo que existe na cidade. “Trata-se do primeiro edifício comercial ecologicamente correto de todo Nordeste”, afirma Quintela. Entre seus diferenciais, o projeto segue os mais atualizados padrões de preservação e respeito ao meio ambiente, adotando procedimentos como reuso da água das chuvas, captação de energia solar e otimização do consumo de eletricidade, além de coleta seletiva de lixo. Sendo um edifício comercial e, portanto, com necessidades de climatização, o principal desafio foi utilizar um fechamento, tanto na torre como no belvedere (área comercial no térreo), que proporcionasse proteção térmica e transparência ao mesmo tempo. Os vidros estão por toda parte, forrando as quatro fachadas da torre e no fechamento e cobertura do belvedere. “A finalidade foi manter o máximo de transparência possível, viabilizando a iluminação natural e uma favorecida vista para todas as direções”, ressalta o arquiteto Guido Ramos, diretor de projetos da equipe de Quintela.
Cinco tulipas abertas como flores, no topo do belvedere, exercem a função de manter um fluxo de água corrente na cobertura
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O edifício Vitraux ocupa uma área privilegiada pela vista aberta para o entorno, o que inspirou os profissionais do SQ+ Arquitetos Associados a criarem uma ampla área envidraçada na base da torre de 43 andares, que acabou por se tornar o ponto de destaque de todo o empreendimento, tanto pelo impacto visual como pela solução tecnológica aplicada em sua construção. Trata-se de um átrio monumental em vidro verde, com pé direito de 12 m, climatizado e com iluminação natural, formando um belvedere com lojas, restaurante e café. Uma espécie de praça pública, aberta a todos. O que poderia ser simplesmente uma caixa de vidro tornou-se solução engenhosa nas mãos do arquiteto Sidney Quintela. Cinco tulipas abertas como flores, no topo do belvedere, exercem a função de manter um fluxo de água corrente na cobertura, solução que colabora na manutenção da temperatura interior. Os tetos e paredes são compostos por vidros especiais serigrafados de 14 mm, com propriedades similares aos vidros da fachada. Embora haja incidência de luz frontal na edificação, ela não ocorre ao mesmo tempo em todas as direções. Já no caso do belvedere, os raios solares entram por cima e por todas as laterais. “O vidro é serigrafado para filtrar 50% da incidência direta de luz”, acrescenta o arquiteto Sidney Quintela. A serigrafia foi feita por pequenas bolinhas brancas, imperceptíveis do interior do belvedere. As tulipas foram construídas com estrutura metálica tubular. Três delas têm 12 m de diâmetro e outras duas têm 6 m. Segundo José de Arimateia Nonatto,
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Tulipas de vidro verde
Os ângulos dos vidros foram cuidadosamente medidos para formar a curvatura das tulipas
gerente de projetos especiais da Belmetal, responsável pelos sistemas de fachadas e cobertura utilizados na torre e no belvedere, como a estrutura metálica responde rapidamente às variações e diferenças térmicas, trazendo movimentos para a cobertura, foram desenvolvidas ancoragens especiais, curvas, para a construção do belvedere. Estruturada com perfis de alumínio composto, a cobertura tem também a função de captar água pluvial, que é tratada e armazenada em um reservatório e usada para irrigação e também para a circulação na cobertura. Os cálices trouxeram uma dificuldade especial na execução, devido ao formato pouco convencional. “São vidros planos formando uma curvatura, que gera diferenças de ângulos”, revela Alberto Azevedo, gerente da Garcez Engenharia, construtora responsável pela projeto. Os ângulos foram medidos in loco por um medidor digital. “A circunferência foi subdividida em setores de arco, e os setores precisavam ter tamanho praticamente igual. Conseguimos, pelo ajuste da estrutura metálica dos cálices, padronizar os vidros com uma variação muito pequena entre um e outro”, afirma o gerente. “Essa variação será absorvida pelo si-
licone ou pela movimentação dentro do perfil.” Para reduzir a incidência direta de luz solar nas fachadas, brises-soleils de concreto armado foram instalados no prolongamento das lajes. Com sistema da Belmetal, os módulos structural glazing foram aplicados entre os brises. “A montagem dos quadros de alumínio e a colagem dos vidros foram feitas na própria obra, em um espaço reservado na garagem”, conta. A instalação da fachada foi executada por meio de um sistema de ancoragem preso às vigas, onde eram montados, nessa ordem, os seus componentes: perfis verticais, travessas horizontais e quadros de vidro. A partir do sexto pavimento, e depois a cada três pavimentos, verificavam-se com prumo a laser eventuais deslocamentos dos módulos em relação ao eixo vertical. A fachada é composta por vidros especiais de 8 mm de espessura, fornecidos pela Princesa Vidros, com transmissão luminosa de 28%, refletividade luminosa externa de 16%, refletividade luminosa interna de 17%, transmissão energética de 17% e refletividade energética de 22%. Os mesmos índices estão presentes nos vidros do belvedere. www.vidroimpresso.com.br
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Cubo de morar Vidros decorativos, transparência e um sofisticado sistema de isolamento térmico materializam a casa dos sonhos do arquiteto holandês Hans van Heeswijk
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A luz penetra e se transmite em todos os sentidos por um dos lados da fachada, cujo fechamento ergue-se como um belo cubo envidraçado
Quem já não se surpreendeu imaginariamente projetando a casa dos seus sonhos? Desenhando as linhas, distribuindo os espaços, selecionando os materiais mais adequados para cada cômodo, para cada ambiente, para cada aplicação? Poucos de nós, no entanto, somos realmente capazes de tornar realidade cada detalhe de nossos projetos imaginários. Pois o arquiteto holandês Hans van Heeswijk não deixou escapar nenhuma das características que considerava imprescindíveis para concretizar a casa de seus sonhos. E foi assim que ele deu vida à Rieteiland House, nos arredores de Amsterdã e minuciosamente concebida para servir como sua residência permanente e de sua família. E se em casa de ferreiro o espeto é de pau, em casa de arquiteto o que não falta é vidro. Muito vidro. Plenamente ciente e convicto dos inúmeros benefícios que o material pode agregar a um projeto residencial, Van Heeswijk e sua equipe do escritório Hans van Heeswijk Architects não abriram mão de nenhuma oportunidade de explorá-lo como principal ferramenta de conforto, integração e linguagem arquitetônica. Assim, conduziram um projeto espaçoso e preenchido por muita luz, que se projeta em todos os sentidos por um dos lados da fachada, cujo fechamento se ergue como um belo cubo envidraçado. Simultaneamente cliente e arquiteto, Van Heeswijk motivou-se duplamente a não recorrer ao óbvio sob circunstância alguma. “Não me contentei com nenhuma solução padrão. Minha preocupação foi, a todo momento, buscar formas customizadas de aproveitar recursos e materiais, propondo adaptações a cada necessidade do projeto e às características do local em que seria erwww.vidroimpresso.com.br
arquitetura e vidro
“Já a fachada de frente para o lago é completamente aberta e orientada para a paisagem”
guido”, conta. “Foi uma oportunidade de trabalhar com alto nível de ambição em termos de uso de energia e de maximizar potenciais tecnológicos diversos, encontrar respostas adequadas para o contexto do projeto e ir além dos limites considerados possíveis até ali.” O resultado, segundo suas próprias palavras, é uma verdadeira “máquina de morar”. A residência de três andares situa-se à beira do lago Ij, em uma das seis ilhas artificiais que formam o distrito residencial de Ijburg, a leste de Amsterdã, constituído recentemente e ainda em fase de desenvolvimento. Atualmente com cerca de 15 mil moradores, quando integralmente finalizada a área deverá abrigar mais de 18 mil residências e 45 mil habitantes. Especialmente projetada para se moldar ao perfil do entorno, a Rieteiland House tem sua parte frontal revestida por painéis perfurados de alumínio anodizado, enquanto a face oposta, voltada para o lago, é integralmente envidraçada, emoldurando um espetáculo privado do pôr do sol, além da bela vista para as águas. “Alguns dos painéis de alumínio estão instalados atrás de janelas, de modo que possam ser abertos automaticamente para permitir entrada extra de luz”, descreve Van Heeswijk. “Já a fachada de frente para o lago é completamente aberta e orientada para a paisagem.” No andar mais elevado, parte do volume é suprimida para dar espaço a um terraço na cobertura. Característica típica dos projetos de Van Heeswijk, a combinação de materiais 0 www.vidroimpresso.com.br
atemporais como vidro, aço, concreto e madeira é predominante. A experiência sensorial é fortemente determinada pela transparência obtida com o vidro, aliada à concepção de um espaço que flui livremente, sem obstruções, de cima a baixo e em todas as direções da casa, dos ambientes menores aos mais amplos. Aberturas nas lajes criam ambientes com pé-direito duplo e integram os espaços de cada andar: uma grande sala de jantar no térreo, sala de visitas no segundo andar e quartos no terceiro. “A vista se torna mais panorâmica à medida que subimos para os andares mais altos”, observa o arquiteto. Guarda-corpos de vidro contribuem para uma vista desimpedida e para a integração dos ambientes. Van Heeswijk projetou cada detalhe de forma customizada, moldando a casa ao estilo de vida da família que nela residiria. No eixo central, por exemplo, há uma espécie de “caixa mágica”, um núcleo revestido de madeira acústica, no interior do qual um tubo conduz a roupa suja diretamente para a máquina de lavar, situada dois andares abaixo. Um pequeno elevador se encarrega de levá-la de volta aos quartos depois de lavada. A versatilidade do vidro, por sua vez, marca presença por onde se passa, em móveis, prateleiras, bancadas, passarelas, portas, janelas e fechamentos. “Exploramos todas os benefícios que o material oferece, desde os estéticos e decorativos aos mais funcionais e estruturais”, destaca Van Heeswijk.
A experiência sensorial é fortemente determinada pela transparência, aliada à concepção de um espaço que flui livremente, sem obstruções, de cima abaixo e
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em todas as direções da casa
A versatilidade do vidro marca presença por onde se passa
No banheiro, as paredes que separam o chuveiro da banheira, por exemplo, são feitas com vidro esmaltado de 12 mm, de tonalidade leitosa, da linha Colorbel, fabricado pela AGC e fornecido pela holandesa GSWB. Os 5 m² de espelhos, de 6 mm de espessura, também são da AGC. Nas varandas, todos os parapeitos são envidraçados, maximizando vistas panorâmicas em todas as direções. Já os sistemas de portas deslizantes que compõem toda a extensão da fachada são da linha Keller Minimal Windows. Fornecidos e instalados pela empresa holandesa Kumasol Etten-Leur, são compostos por esquadrias de alumínio e panos de vidro de 8 m² e 21 mm de espessura. A abertura e o fechamento das portas dianteiras
são ativados por controle remoto. Todos os perfis são de alumínio anodizado branco e contam com sistema Thermal break com câmara tripla, combinados com vidros insulados para garantir perfeito isolamento térmico e eficiência energética. A escolha dos vidros da fachada recaiu sobre o Insulght Sun, da Pilkington, com espaçador preto e fator U = 1,1 W/ m2 K, fixados com selante de silicone. O sistema empregado é o semi structural glazing Reynaers CS 38-SL, fabricado pela Reynaers Aluminium, conglomerado de origem belga com quase 50 anos de mercado, presente em mais de 60 países. Já os guarda-corpos são compostos por 10 m² de vidros laminados de temperados, fornecidos pela GSWB. www.vidroimpresso.com.br 1
arquitetura e vidro
Luzes
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marinhas
Residência na Nova Zelândia recorre à geometria criativa amparada por grandes aberturas de vidro
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“Propusemos A fachada dasoluções casa que de fato garantissem é toda envelopada com vidro,dando a integridade do entorno, a sensação de se que promovessem estar flutuando aos uma moradores real fusão entre de que estão fl utuando arquitetura e paisagem” sobre a paisagem
Magistralmente retratadas nas telas pelo diretor Peter Jackson – na trilogia Senhor do Anéis e, mais recentemente, em impecáveis imagens tridimensionais da superprodução O Hobbit –, as belezas naturais da Nova Zelândia reúnem algumas das mais belas paisagens do mundo. O país insular localizado no sudoeste do Oceano Pacífico é formado por duas massas de terra, a Ilha Norte e a Ilha Sul, além de inúmeras pequenas ilhas ao redor. Sua capital, Wellington, situa-se entre as ilhas principais, no extremo sul da Ilha Norte, é cercada por colinas verdejantes e margeada por um extenso porto natural, o Wellington Harbor. Cravada entre jardins botânicos e a costa de Wellington, a residência Seaview impõe-se como uma construção de contornos peculiares, destacando-se em meio às casas vizinhas por seus formatos nada convencionais e uma linguagem arquitetônica própria, além da forma inovadora com que permite contemplar, de diferentes perspectivas e por cima das árvores, o horizonte de águas marinhas e a silhueta de montanhas que caracterizam o Wellington Harbor. Segundo o arquiteto Gerald Parsonson, autor do projeto e diretor do escritório local Parsonson Architects, o conceito da residência foi integralmente pautado de modo a estabelecer uma forte conexão com o mar. “A brisa oceânica sopra a todo momento, de cima a baixo, por www.vidroimpresso.com.br
meio de diferentes aberturas. E a vista é valorizada em cada cômodo por meio de generosas portas e fechamentos envidraçados”, comenta o arquiteto. Orientada a partir de duas áreas externas principais, uma a leste e outra a oeste, a casa recebe, tanto de manhã quanto à tarde, generosa incidência de luz solar direta, que se irradia por todos os ambientes internos através do vidro. Os quartos e áreas de convivência se espalham em diferentes níveis e são integrados de formas variadas. “Em comum, todos eles privilegiam uma interação direta com a paisagem por meio do vidro, além de receberem luz durante a maior parte do dia”, diz Parsonson. Vidro, madeira e ferro predominam entre os materiais empregados e se relacionam em geometrias e espaços de características variadas, que se encaixam e interagem de maneiras também diversas. “Dois jogos principais determinam a estrutura da casa”, descreve Parsonson. “Seções externas definidas por coberturas de ferro onduladas e inclinadas emolduram a casa, encaixando-se no envelope do edifício e estabelecendo uma interação com as construções ao redor. Placas de madeira ligeiramente moldadas, posicionadas entre as coberturas inclinadas, abrigam a garagem, os quartos e a piscina.”
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A interação e o jogo geométrico que se estabelece entre os materiais promove níveis diferentes de iluminação em cada ambiente
Os mais de 10 m² de vidro usados no projeto são de tipos variados, porém todos compõem unidades insuladas, compostas por dupla camada de vidro intercalada com gás argônio, para garantir alto desempenho térmico
A fachada da casa é toda envelopada com vidro, dando a sensação aos moradores de que estão flutuando sobre a paisagem. “A interação e o jogo geométrico que se estabelece entre os materiais promove níveis diferentes de iluminação em cada ambiente”, diz o arquiteto. “As fachadas de vidro são voltadas para o leste, oferecendo vistas deslumbrantes e banhando a casa inteira com o sol da manhã em diversos ambientes, verticalmente posicionados lado a lado, mantendo um certo senso de separação.” Coberta e climatizada, a área da piscina conta com extensas portas de vidro deslizantes, com sistemas de esquadrias com tecnologia Thermal Break de isolamento térmico, para minimizar a condensação. Segundo o arquiteto, os mais de 150 m² de vidro usados no projeto são de tipos variados, porém todos compõem unidades insuladas, compostas por dupla camada de vidro intercalada com gás argônio, para garantir alto desempenho térmico. As composições combinam vidros float
comuns, temperados e laminados, todos transparentes, e foram fornecidas pela empresa neozelandesa Metro Glasstech, especializada em envidraçamento com vidros duplos. Para a instalação das peças maiores e mais pesadas nas esquadrias de alumínio foram usados equipamentos de transporte a vácuo, enquanto as unidades menores foram pré-montadas e chegaram prontas à obra. O fornecimento das esquadrias que suportam os fechamentos ficou a cargo da Fletcher Aluminium, empresa neozelandesa que atua no desenvolvimento e fabricação de produtos e sistemas de alumínio extrudado para diversos segmentos industriais. Tanto as portas deslizantes de vidro como as janelas presentes em todos os ambientes da casa são compostas por esquadrias especiais de alumínio, fornecidas pela empresa especializada High Performance Windows, com sistema Thermal Heart, que apresenta alta eficiência térmica, reduzindo drasticamente os níveis de transferência de frio e calor. www.vidroimpresso.com.br
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Expandindo fronteiras Ideia Glass aposta em programa de regionalização para ampliar sua presença e visibilidade em âmbito nacional A busca contínua por participação crescente e consistente no mercado de ferragens e kits para boxes tem sido o norte das ações estratégicas da Ideia Glass desde sua criação, em 2007. Com inovadoras ações de marketing, venda e formação profissional, a empresa tem crescido rapidamente, consolidando as bases de um diversificado portfólio e de uma breve expansão para além das fronteiras. “Nossas perspectivas são de levar a Ideia Glass para outros países, além de ampliar nossa participação no mercado de boxes com roldanas aparentes”, afirma o diretor-presidente e fundador da empresa, José Joaquim Miguel. A meta de crescimento de 40% em relação a 2012 evidencia a estratégia de atuação mais ousada da empresa para este ano. Entre suas recentes iniciativas, a empresa acaba de implementar um serviço de atendimento regionalizado e personalizado, visando à expansão e à visibilidade da marca no País, amparada por um rigoroso acompanhamento do fluxo de cada pedido. Três representantes comerciais estão incumbidos de cuidar desta tarefa: um para a região Sul, outro para a região Sudeste e um terceiro que dará conta das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Distrito Federal. “O objetivo é garantir máximo controle de nossos serviços de distribuição”, diz Miguel. “Além de melhorar nosso atendimento, a ação nos dará subsídios para atuarmos em novas cidades e projetarmos uma troca de informações mais intensa com o setor.” A atividade fundamental dos gestores será manter contato permanente com os clientes e estreitar relacionamentos com novas vidraçarias. Por telefone, e-mail e visitas periódicas, os revendedores e distribuidores poderão sanar todas as dúvidas dos clientes e atender suas encomendas. Segundo o diretor comercial da empresa, Jorge Menezes, a medida inova o escopo de www.vidroimpresso.com.br
trabalho dos gestores e auxiliará a empresa na implantação do sistema de metas de vendas por região e produto. “O projeto de regionalização representa uma ajuda muito valiosa em nossa estratégia de consolidação no mercado, já que a divisão das vendas por área nos permite identificar com clareza quais são as necessidades específicas de cada região e definir um plano de atuação mais eficaz e direcionado”, afirma Menezes. “Pretendemos conquistar o Brasil inteiro com ações como o Caminhão de Ideias, projeto em que um caminhão expositor visitará as cidades do Brasil promovendo os produtos da empresa.” Parte importante do projeto de regionalização, o back-office, setor de apoio aos gestores que registrará todas as vendas ou eventualidades que ocorram com os produtos, será a base de dados do novo sistema. Segundo explica o gerente de marketing da empresa, Érico Miguel, a equipe será responsável pelo gerenciamento dos pedidos e também por cobrar a atuação das áreas de logística e expedição dos produtos. “O departamento também será responsável por tarefas como filtrar informações de cadastro, dados estatísticos, relatórios, controle diário do andamento dos pedidos, envio de informações para o departamento financeiro, pós-venda e solução de problemas decorrentes de cada pedido. Tudo para que as ações ocorram com agilidade e eficácia.” Além do programa de regionalização, a Ideia Glass anunciou investimentos em modernas estruturas de telefonia e internet, que passaram a incorporar o sistema VoIP, similar ao dos grandes call centers, com o intuito de aprimorar o monitoramento de atendimentos e garantir segurança de todas as informações compartilhadas. A empresa investiu também em uma nova frota de veículos para atendimento local e na instalação
de um novo escritório, previsto para ser inaugurado no segundo semestre deste ano. “Em breve, transformaremos nossa sede em um dos pontos mais visitados em São Paulo por empresas parceiras e por nossos clientes. Além disso, montamos um espaço gourmet, projetado para receber uma agenda semanal de eventos”, informa Érico, que destaca outra ação para o crescimento da empresa: o Mundo Ideia Glass, programa de cursos ministrados pelo professor Pedro Pina e voltados para a formação técnica de vidraceiros e empresários do setor. “Ainda que focado em nossos produtos, o programa aborda temas fundamentais relacionados ao mercado de um modo geral, como instalação, atendimento ao cliente e normas técnicas.”
Vidro na bagagem Prolongador Maxx guarda corpo
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Apesar do pouco tempo de atuação no mercado, a Ideia Glass carrega em suas origens a expertise de seu fundador, José Joaquim Miguel. Com uma experiência profissional de mais de três décadas no ramo vidreiro, o empresário identificou as principais lacunas do ramo de kits para box, e foi no intuito de preenchê-las que projetou a empreitada de um negócio próprio. “A Ideia Glass nasceu do objetivo de facilitar a vida dos instaladores e do mercado como um todo, fornecendo produtos de alta qualidade, estética diferenciada e, simultaneamente, de fácil instalação”, conta o diretor. O primeiro sucesso de vendas da empresa, responsável por projetar seu nome no setor, foi o Box Elegance. “Ainda hoje o Elegance é nosso carro-chefe, reconhecido e bastante disseminado em todo o mercado da decoração”, diz Miguel. Em 2010, a Ideia Glass lançou o primeiro prolongador regulável do mercado, outra aposta bem sucedida. “Nosso desempenho tem aumentado gradativamente, assim como nossa participação de mercado”, diz o diretor. Segundo ele, o portfólio da empresa deu um salto, ainda em 2010, com a reformulação da marca, que passou a atingir o mercado com mais eficácia. “Em 2012, o número de produtos em nosso portfólio saltou de dois para nove, incluindo modelos diferenciados de boxes curvos, de canto, com portas dobráveis e outros, como o Flex, o Due, o Luna e o Encanto, além da porta Vision e da versão do Elegance em inox.” Segundo Erico Miguel, o box Elegance em inox atualmente situa-se entre os produtos mais procurados da empresa. “Outro modelo que tem tido grande saída é o box Flex, único produto do mercado sem trilho superior. Com design diferenciado, ele decora, permite flexibilidade e melhor aproveitamento de espaço em ambientes compactos, cada vez mais comuns tanto em casas como em apartamentos.” O gerente destaca o atendimento e suporte ao cliente como o principal diferencial da empresa em seu ramo de atuação. “A Ideia Glass aposta suas ações no setor vidreiro com foco na cadeia de revenda formada por distribuidor - vidraçaria - cliente final”, frisa Miguel.
Armazenagem de kits box. A empresa oferece atualmente inúmeros modelos, adaptados às mais diversas necessidades
Detalhe de peças que compõem o kit Elegance, carro-chefe da empresa desde o início de sua atuação www.vidroimpresso.com.br
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fique por dentro Reportagem especial
A alma do vidro moderno Ao garantir perfeitas especificações técnicas e estéticas do material, processo float revolucionou o mundo vidreiro Lapidação, polimento, laminação, têmpera, pintura, serigrafia, incisão, bisotê, deposição de camadas metálicas (coater), acidação, blindagem, espelhação, impressão digital, insulamento. São cada vez mais numerosas as possibilidades de transformação do vidro plano, nas quais o material passa por sofisticados e por vezes complexos processos capazes de agregar-lhe propriedades tanto estéticas como térmicas, acústicas, e de segurança. A cadeia vidreira evidencia seu avanço em produtos de alta performance e nível tecnológico, com enorme variedade de especificações técnicas, aptos a atender às mais diversas necessidades e exigentes demandas tanto da arquitetura, decoração e construção civil quanto das indústrias moveleira, automotiva e de eletrodomésticos. No entanto, independentemente do tipo de processamento a que será submetida e da função que irá desempenhar depois de aplicada, toda e qualquer chapa de vidro plano produzida hoje, salvo às impressas, nasce de um mesmo processo, que constitui o coração e a alma da indústria vidreira: o float. Há mais de cinco décadas, fábricas de vidro plano em todo o mundo têm sido solidamente amparadas por esse revo www.vidroimpresso.com.br
lucionário método de fabricação, capaz de garantir um aspecto impecável ao produto final, incolor ou colorido, com espessura uniforme e massa homogênea. Mas nem sempre foi assim. “O vidro é um material tão transparente que não esconde seus defeitos, quando eles existem. Ondulações, granulações, bolhas, manchas e outras deformações na sua textura e qualidade ótica podem ser percebidas com facilidade. O objetivo dos fabricantes de vidro plano sempre foi produzir chapas na exata espessura desejada, perfeitamente lisas e transparentes”, conta Fernanda Paula Cerboncini, coordenadora de marketing da Blindex e Pilkington Brasil. “Um objetivo longamente perseguido e por fim alcançado com o processo float.” Em linhas gerais, existem dois tipos de vidro plano: o float e o impresso. Este último, esclarece o engenheiro Carlos Henrique Mattar, gerente de desenvolvimento de mercado da Cebrace, é um vidro plano translúcido, incolor ou colorido, que recebe a impressão de um padrão (desenho) quando está saindo do forno. Já o float é definido como um vidro plano transparente, com espessura uniforme, e é ideal para
Corte do vidro float. Nesta etapa, a folha contínua é cortada automaticamente em sentido longitudinal e transversal, para resultar em chapas nas dimensões comercializadas no mercado
Produção de float na Cebrace: salto de qualidade da indústria de vidro no Brasil
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PROJETO GOOGLE sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia
aplicações que exijam perfeita visibilidade, pois não causa distorção óptica e oferece alta transmissão de luz. ”Ele é a matéria-prima para processamento de todos os demais vidros planos, dos laminados aos temperados, passando por curvos, serigrafados etc.”, explica. ”O método de produção do vidro float é conhecido por conferir a melhor qualidade ao vidro plano, por meio do processo de flutuação em uma banheira de estanho derretido que garante planicidade máxima. Já o vidro impresso é feito com rolos de pressão na saída do forno”, acrescenta a diretora de marketing da Guardian, Ana Paula Camargo.
A grande revolução “O vidro é uma das descobertas mais surpreendentes do homem e sua história é cheia de mistérios”, observa Mattar, da Cebrace. Embora os historiadores não disponham de dados precisos sobre sua origem, o engenheiro conta que objetos de vidro foram encontrados nas necrópoles egípcias. Por isso, imagina-se que o vidro já era conhecido pelo menos 4
mil anos antes da era cristã e que foi descoberto de forma casual. Por volta do ano 100 a.C., as técnicas de fabricação se desenvolveram. Foi quando os romanos começaram a utilizar o sopro, dentro de moldes, na fabricação do vidro, o que possibilitou sua produção em série. O apogeu desse processo se deu no século XIII, em Veneza. Após incêndios provocados pelos fornos de vidro, as fábricas foram transferidas para Murano, ilha próxima de Veneza. As vidrarias de Murano produziam vidros em diversas cores, e a fama de seus cristais e espelhos perdura até hoje. “Até 1900, a produção dessa matéria-prima ainda era considerada uma arte quase secreta”, comenta Mattar. Embora a França já fabricasse vidro desde a época dos romanos, foi só no final do século XVII que essa indústria prosperou e alcançou um grau de perfeição notável. Em 1665, o rei francês Luís XIV reuniu mestres vidreiros e montou uma empresa para fabricar os espelhos do Palácio de Versalhes. Foi quando nasceu a Saint-Gobain, uma das mais antigas indústrias vidreiras do mundo. Em dois mil anos de história, iniciada com a descoberta da www.vidroimpresso.com.br
Estocagem das chapas em fábrica da Cebrace
FOTO: AGC VIDROS DO BRASIL
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À esquerda, estágio atual da planta que a AGC está erguendo na cidade de Guaratinguetá, em São Paulo. À direita, projeção tridimensional da fábrica, em terreno de mais de mil m²
técnica do sopro, o sistema float é considerado a grande revolução tecnológica do vidro plano. Iniciada na Europa, nos anos 50, tal revolução foi encabeçada pela multinacional Pilkington, uma das mais antigas e tradicionais companhias vidreiras no mundo, fundada na Inglaterra em 1826, e transformou de forma radical a técnica com que até então o vidro era fabricado. “Depois do float glass a indústria do vidro plano ascendeu a outro nível de desempenho técnico e econômico e o vidro ganhou qualidade muito superior àquela possibilitada pelos sistemas anteriores de produção”, destaca Fernanda Cerboncini. A coordenadora conta que o processo do vidro float foi desenvolvido em 1952 por Alastair Pilkington, que introduziu o conceito de formação de uma placa de vidro por meio da flutuação da matéria-prima derretida em alta temperatura sobre um tanque de estanho líquido. Mais de sete anos e cerca de 80 milhões de libras em investimentos foram necessários para desenvolver a técnica, que hoje é padrão mundial para a fabricação de vidro plano de alta qualidade. O processo, que originalmente se prestava à produção de vidros com espessura de 6 mm, atualmente é capaz de fabricar chapas que variam entre 0,4 e 25 mm. A matéria-prima básica do float é a sílica, ou areia. Constituindo 72% de sua composição, é ela quem desempenha a função vitrificante. Em seguida vem o sódio (barrilha), presente em 14% do material. Os 14% restantes dividem-se em minerais diversos, cada um com uma função específica. O www.vidroimpresso.com.br
cálcio proporciona estabilidade contra o ataque de agentes atmosféricos”, esclarece Mattar. “A alumina aumenta a resistência mecânica e o magnésio garante resistência a mudanças bruscas de temperatura.”
Da mistura à estocagem Atualmente, mais de 260 plantas de float estão instaladas ao redor do globo. Juntas, elas produzem cerca de 95% de todo o vidro plano consumido no mundo. Embora possam diferir umas das outras em seus aspectos tecnológicos e estruturais, todas têm em comum uma linha de produção dividida basicamente em seis etapas. “A primeira consiste na mistura da areia e demais elementos de composição”, descreve Henrique Lisboa, diretor comercial e de marketing da fabricante nacional CBVP. “As matérias-primas são dosadas, pesadas e misturadas em uma quantidade pré-determinada, chamada de batch. Após a mistura dos ingredientes que formam o vidro, a composição é levada ao forno.” A segunda etapa é responsável pela fusão dessa composição. “Ela é depositada de forma contínua no forno, onde é fundida a uma temperatura de 1600o C”, especifica Lisboa. O processo de fusão é lento e determinado pelas correntes internas do tanque, que pode chegar a uma capacidade de até 3 mil toneladas. Um aquecimento, elétrico ou a gás natural, propaga-se na parte inferior, enquanto nas laterais há uma alternância entre gás e ar. “Após esta etapa, o vidro é
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Quando queremos fazer vidros mais finos, aumenta-se a velocidade de extração do vidro, que vai esticar e afinar. A velocidade é regulada pelos rolos que conduzem o vidro na saída do float
Depois de dosados e misturados, os materiais que compõem o float vão para o forno, onde são fundidos a uma temperatura de o C
Euroglass e cebrace
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Depois de fundida, a massa de vidro desliza para um tanque de estanho derretido, a uma temperatura de o C, em atmosfera controloada. Abaixo, forno linear contínuo, também conhecido como “annealing lehr”
PROCESSO FLOAT Matéria-prima
Pesagem e mistura
Fusão
Vidro derretido
Os materiais são pesados, dosados e misturados
A mistura é fundida no forno
Tanque de flutuação (float)
Recozimento Inspeção
Corte e estocagem
Estanho derretido
O vidro fundido flutua sobre o estanho derretido e começa a resfriar gradualmente
O vidro passa por rolos transportadores num túnel de resfriamento (estenderia)
O vidro é inspecionado por um sistema automatizado, para detecção de falhas
O vidro é cortado por um sistema robotizado
refinado para que as impurezas e bolhas de gases originadas no processo sejam eliminadas”, detalha. “Em seguida, a massa de vidro fundido é condicionada à temperatura e viscosidade adequadas para ser transformada.” Depois de fundida, a massa de vidro é despejada em um tanque de estanho derretido, a uma temperatura de 650o C. “Devido à diferença de densidade dos dois materiais, o vidro flutua sobre o estanho em atmosfera controlada, como o óleo sobre a água, daí o nome do processo ser float (flutuar)”, informa Lisboa. Na forma de uma folha contínua, o vidro é conduzido para fora do tanque por máquinas especiais, que determinam a largura da lâmina. É precisamente nesta etapa do processo que reside o grande diferencial do processo float, destaca Fernanda, da Pilkington. “Ao deslizar sobre o estanho, devido às diferentes densidades, o vidro não adere nem se mistura, mas estabelece com ele um perfeito paralelismo, do qual resulta sua superfície perfeitamente lisa” observa. Pelo controle da velocidade de saída da folha contínua de vidro, determina-se com precisão a espessura da chapa a ser produzida. “Quando queremos fazer vidros mais finos, aumenta-se a velocidade de extração do vidro, que vai esticar e afinar. A velocidade é regulada pelos rolos que conduzem o vidro na saída do float”. Adicionando-se corantes à mistura original, obtêm-se chapas na cor desejada, sem prejuízo da planicidade e da transparência. É neste ponto que óxidos metálicos podem ser pulverizados a quente sobre as chapas. As camadas pirolíticas aderem ao vidro, podendo conferir-lhe, entre outras, propriedades de isolamento acústico, controle solar ou de auto-limpeza. Nos processos anteriores do vidro estirado, imitações técnicas geravam restrições ao uso das chapas em certos tipos de vidros de segurança, particularmente nos para-brisas automotivos. Com o float – não por acaso chamado de vidro cristal – essas restrições deixaram de existir. “Nos para-brisas dos carros, o sanduíche das duas folhas de vidro com a lâmina de
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À esquerda, fachada do prédio da então Companhia Vidraria Santa Marina, anos . À direita, vista panorâmica da antiga Providro e da terraplenagem para a construção da Cebrace, que seria inaugurada em em Caçapava
Prevista para ser inaugurada ainda este ano na cidade de Goiana, em Pernambuco, a planta da CBVP terá uma capacidade média de extração de toneladas
polivinil-butiral no meio garante a transparência exigida para uma boa visibilidade e maior segurança em caso de acidente”, diz Fernanda. Na quarta etapa, chamada de recozimento, a lâmina de vidro float é recozida dentro de um forno linear contínuo, chamado de “annealing lehr”. Quando rígida, a chapa passa sobre rolos transportadores num túnel de resfriamento, chamado de estenderia. Ali ela passa por um processo de resfriamento gradual, que permite que a tensão do material, que acabou de passar do estado liquido para sólido, seja controlada, favorecendo a etapa seguinte, de corte do vidro. Resfriada, a lâmina contínua de vidro recozido é inspecionada automatica www.vidroimpresso.com.br
mente por scanners de alta precisão que poderão identificar defeitos pontuais, ópticos e dimensionais. Depois disso, um sistema computadorizado seleciona e dimensiona o corte, transformando a lâmina em chapas de dimensões especificadas pelo mercado. Por fim, seguem-se a estocagem e o transporte do produto. Um sistema robotizado de manipulação a vácuo (com ventosas) assegura o levantamento vertical das chapas, que são dispostas em lotes, formando pilhas de lâminas de vidro float, prontas para serem enviadas ao cliente. O vidro float é fabricado em produção contínua e ininterrupta. Uma vez aceso, o forno de fusão não pode ser desligado. “Isso porque quan-
do o forno é aquecido sua estrutura se dilata. Após aceso, se for resfriado, existe um grande risco de os refratários sofrerem danos irreparáveis”, explica Ana Paula Camargo, da Guardian. O forno é constituído de tijolos refratários, compostos basicamente do mesmo material utilizado na fabricação do vidro, a sílica. Durante o aquecimento e enchimento inicial, por causa da elevação da temperatura, esses tijolos sofrem uma expansão, e as junções (fendas) entre eles são preenchidas pelo vidro derretido, formando um conjunto único. “Caso haja um resfriamento inesperado de toda esta estrutura, haverá um processo inverso de retração de todo o material, podendo acarretar um
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Forno de fusão para produção do float
Caso haja um resfriamento inesperado de toda esta estrutura, haverá um processo inverso de retração de todo o material, podendo acarretar um colapso na estrutura do tanque colapso na estrutura do tanque”, diz Lisboa, da CBVP. “Assim, após o start up da planta, a produção é ininterrupta por mais de 15 anos, podendo a extração ser estancada por curtos períodos de tempo, para manutenções.” De acordo com Lucas Oliveira, gerente de comunicação da AGC Brasil, a capacidade produtiva de uma planta está diretamente relacionada a pelo menos três fatores: a capacidade do forno; os equipamentos e processos; e o mercado. “Nesse contexto, a capacidade do forno é a parte fundamental desse tripé; entretanto, a contribuição dos demais equipamentos e processos de produção pode influenciar diretamente a capacidade de produção numa condição estável de mercado, ou seja, quando a demanda e a oferta estão equilibradas.” De um modo geral, uma planta de float que opera sem parar por 11 a 15 anos é capaz de produzir aproximadamente 6 mil quilômetros de vidro por ano.
Produção de temperados na Pilkington, em São Paulo. No Brasil, a empresa é responsável pelo processamento do float. A fabricação fica a cargo da Cebrace Fábrica da Guardian
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No Brasil
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Foi em Salvador, em 1810, que surgiu a primeira fábrica de vidros do Brasil, montada por Francisco Inácio de Siqueira Nobre, com a devida autorização do Regente D. João, recém-chegado no Brasil. A Real Fábrica de Vidros da Bahia – feita à imagem e semelhança da Real Fábrica da Marinha Grande criada em Portugal algumas décadas antes – começou logo a entregar os primeiros vidros. Mas não teria tido vida
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Linha de float da alemã Euroglas
longa, afetada pelos conflitos e combates da Independência, muito acesos na Bahia. Em 1895, em São Paulo, nascia a Companhia Vidraria Santa Marina, fundada pela associação de dois representantes do empresariado paulista. Empreendimento de grande sucesso, em menos de dez anos já fabricava um milhão de garrafas e dois mil metros quadrados de vidro plano por mês nas instalações do bairro da Barra Funda, na várzea do rio Tietê, empregando seiscentos funcionários. “Até o século XX, a produção de vidro era essencialmente artesanal, utilizando os processos de sopro e de prensagem, sendo as peças produzidas uma a uma”, aponta Carlos Henrique Mattar. Foi a partir do início do século XX que a indústria do vidro se desenvolveu, com a introdução de fornos contínuos, e equipados com máquinas semi ou totalmente automáticas para produções em massa. Em 1982, a indústria inglesa Pilkington e a francesa Saint-Gobain uniram suas forças para construir a primeira fábrica de vidro float do Brasil, a Cebrace, na região do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo. A Cebra-
ce é hoje a maior fabricante de vidros da América do Sul e líder nacional do segmento. A primeira linha foi construída em Jacareí, em 1982, a segunda em Caçapava em 1989, e a terceira novamente em Jacareí, em 1996. Em 2004, a Cebrace inaugurou sua quarta linha em Barra Velha (SC). Juntas, as quatro unidades produziam 2,7 mil toneladas de vidro por dia. No início do ano passado, a empresa acendeu seu quinto forno, o C5, também em Jacareí. De acordo com Mattar, a capacidade produtiva total da empresa hoje atinge 3,6 mil toneladas. “Com essa planta, a Cebrace torna-se o maior polo vidreiro do Ocidente”, informa o gerente. No Brasil, a Pilkington atua também com a marca Blindex, e é responsável pelo processamento do float, produzindo vidro temperado e laminado para linhas automotivas e para a construção civil. Em 1994, a multinacional Guardian Industries se estabeleceu no Brasil com um centro de distribuição de produtos, em São Paulo. Quatro anos depois, a empresa inaugurava sua primeira fábrica de vidros float no País, em Porto Real, no Rio de Janeiro. A expansão
da empresa foi iniciada em 2010, com a inauguração de uma nova linha em Tatuí (SP), com a ampliação da fábrica de Porto Real e a implantação de uma linha coater, para fabricação da série SunGuard. O mercado brasileiro aguarda para breve a inauguração de duas novas plantas, uma da multinacional de origem japonesa AGC, líder mundial do segmento, e outra da CBVP, a primeira com capital 100% nacional. “A planta de vidro float que a AGC está construindo na cidade de Guaratinguetá, em São Paulo, ocupa 750 mil m² de terreno e mais de 100 mil m² de área construída em sua primeira etapa”, informa o gerente Lucas Oliveira. Com investimento inicial superior a R$ 800 milhões, a empresa promete trazer o que há de mais moderno no mundo. Nessa primeira etapa do projeto, a capacidade de produção diária da AGC será de 600 toneladas. Já forno da CBVP, previsto para ser inaugurado ainda este ano na cidade de Goiana, em Pernambuco, terá uma capacidade média de extração de 900 toneladas, podendo chegar a mais de 1000 toneladas diárias, dependendo do produto a ser produzido.
Acompanhe na próxima edição: - panorama da indústria vidreira no Brasil e no mundo - características e desempenho atual da indústria do vidro plano no Brasil - particularidades e as mais avançadas tecnologias empregadas em cada planta - perspectivas futuras www.vidroimpresso.com.br
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VITRUM 2013
O FUTURO VISTO EM TRANSPARÊNCIA. Salão internacional especializado em máquinas, equipamentos e sistemas, no vidro plano e oco, no vidro e nos produtos processados para a indústria.
O evento Vitrum repete-se e renova-se a cada dois anos. Uma ocasião privilegiada para tornar a visão dos operadores da indústria do vidro mais nítida, mas também para ir além do presente, projetando a perspetiva para um futuro cada dia mais rico de potencialidades promissoras. Empresas, produtos e estratégias inovadoras serão assim, mais uma vez, os protagonistas absolutos, mas não exclusivos. Com efeito, os temas produtivos e comerciais serão contrabalançados por um evento que dará seguimento ao bom gosto inaugurado pelo Vitrum Gourmet Festival. Será um evento muito especial capaz, mais uma vez, de promover não só a cultura do vidro, mas também a excelência italiana no mundo. XVIII EDIÇÃO
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Fábrica de float da Guardian em Porto Real (RJ). A linha entrou em operação em
Aliança estratégica Multinacional Guardian passa a integrar a Koch Industries, um dos maiores conglomerados privados do mundo, com receita anual de US$ bilhões Situada entre os mais importantes players da indústria vidreira em âmbito global, a multinacional Guardian anunciou recentemente a venda de uma parcela minoritária de suas ações para o segundo maior conglomerado privado do mundo, a norte-americana Koch Industries. Também de origem norte-americana, a fabricante de vidros planos e espelhos passou para a Koch 44% de suas ações, em uma operação concluída no último mês de dezembro. Simultaneamente, as empresas anunciaram a nomeação de um novo presidente e CEO para compor o conselho gestor da Guardian Industries, Ron Vaupel, ex-presidente da Koch Hidrocarbon Co. LP e ex-vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Koch Industries, posição que ocupava desde 2002. A Guardian Glass permanece sob a presidência de Scott Thomsen. A transação foi concretizada após um longo período em que a família Davidson, proprietária da Guardian, avaliou diver www.vidroimpresso.com.br
sas propostas tendo em mente o objetivo de que a empresa permanecesse no setor privado e de que mantivesse uma cultura corporativa similar. Somadas a isso, a expertise e a forte presença global da Koch foram decisivas na transação. “Guardian e Koch são empresas globais, familiares, com negócios nas principais capitais do mundo. Apresentam uma cultura empresarial muito semelhante e gestão focada no negócio”, comenta a diretora de marketing da Guardian Brasil, Ana Paula Camargo. “Além disso, são empresas que primam pela qualidade de produtos e serviços e que atendem o consumidor de forma comprometida e eficiente, respeitando as peculiaridades dos países onde atuam.” “Existem inúmeros pontos de sinergia entre a Guardian e as empresas do grupo Koch. Já estamos interagindo em diversas operações e nos beneficiando em áreas como supply chain, pesquisa e desenvolvimento, excelência operacional
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Valor agregado. Aplicação interna dos vidros UltraClear. Com baixo teor de ferro, oferecem qualidade ótica superior e alto grau de transmissão luminosa
“Existem inúmeros pontos de sinergia entre a Guardian e as empresas do grupo Koch. Já estamos interagindo em diversas operações e nos beneficiando em áreas como supply chain, pesquisa e desenvolvimento, excelência operacional e transacional e recursos humanos”
e transacional e recursos humanos”, declarou Scott Thomsen, presidente e CEO mundial da Guardian Glass, em entrevista concedida a Vidro Impresso. “Podemos recorrer a um vasto conjunto de talentos e recursos para ajudar a fazer da Guardian uma empresa mais forte. Isso vai impactar positivamente no Brasil em muitas outras frentes de atuação da empresa.” A Koch Industries é um dos maiores conglomerados privados do mundo, com 60 mil funcionários, tendo gerado uma receita de US$ 110 bilhões em 2011. Liderada pelos irmãos David e Charles Koch, que detêm uma participação acionária de 84%, a holding inclui, além da Guardian, a Georgia-Pa-
cific, a fábrica de tapetes Stainmaster Co Invista, a Koch Pipeline. LP, a fabricante de produtos químicos Flint Hills Resources LP, a Koch Fertilizer LLC e a Koch Agricultural Co. Com a aquisição, a Koch passa a integrar, com a família Davidson, o conselho gestor da Guardian, uma das maiores empresas no segmento de vidros e espelhos, presente em mais de 25 países e que emprega 19 mil funcionários. No mundo, aproximadamente dois terços da receita da Guardian são gerados pelo segmento de vidro. Suas unidades de negócios nesse setor incluem construção, energia solar, eletrônicos e produtos automotivos. Segundo Ana Paula Camargo, deve prevalecer também na www.vidroimpresso.com.br
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“A crescente evolução da qualidade na fabricação e no atendimento, como também o desenvolvimento de produtos que atendam às necessidades do consumidor brasileiro, já fazem parte do padrão Guardian e serão mantidos como estratégia para lidar com a concorrência” Von Rupel, novo presidente da Guardian Industries, em visita à fábrica de Porto Real
Aplicação de produto da linha Guardian InGlass, voltada para interiores
Vidros solares. A empresa hoje se posiciona como uma provedora de soluções com forte ênfase na gestão de energia
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operação brasileira a tendência mundial da empresa de se voltar cada vez mais para o mercado de geração, armazenamento e conservação de energia. “Estamos trabalhando na vanguarda, acompanhando o padrão mundial”, diz a diretora. “Mas para que todos possam se beneficiar, é importante o incentivo do governo ao uso materiais com mais eficiência energética, cenário em que o vidro pode ter papel de destaque.” A entrada de novos players no mercado nacional, como a multinacional japonesa AGC e a brasileira CBVP, é vista pela Guardian como estímulo para uma postura cada vez mais competitiva. “A Guardian já compete há muitos anos no mercado nacional, principalmente com vidros importados”, frisa Ana Paula. “A principal mudança é que a concorrência vai oferecer novas perspectivas às empresas e aos consumidores, com produtos fabricados localmente, sem subsídios governamentais, algo que resulta em valores de comercialização semelhantes. A crescente evolução da qualidade na fabricação e no atendimento, como também desenvolvimento de produtos que atendam às necessidades do consumidor brasileiro, já fazem parte do padrão Guardian e serão mantidos como estratégia para lidar com a concorrência.” Para a diretora, a falta de conhecimento e de aprimoramento da cadeia vidreira é um grande desafio para indústria local, que precisa investir em treinamento e recursos para que as informações sobre o uso do vidro sejam transmitidas por todos os canais, de estudantes a vidraceiros. E exemplifica: “Atualmente o curso de arquitetura aborda o vidro em menos de 4 horas de seu programa. Se olharmos à nossa volta, vamos notar uma tendência local e mundial ao uso de pele de vidro em edifícios, em busca de eficiência energética, interação com o ambiente externo, iluminação, etc. Mas os formandos brasileiros não estão sendo preparados adequadamente. E isso se estende a escritórios de arquitetura, designers, processadores etc.” Confira, a seguir, entrevista com Scott Thomnsen.
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Entrevista Scott Thomsen - Presidente e CEO da Guardian Glass
Scott Thomsen
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Qual a importância do mercado brasileiro para Guardian? O Brasil um país grandioso tanto em termos territoriais quanto populacionais, com uma economia que continua crescendo ano a ano. Identificamos uma tendência de forte aumento do consumo per capita de vidro plano nos próximos anos. À medida que a classe média cresce, aumenta a demanda por produtos que usam o vidro como matéria prima básica. Nossa atenção está especialmente voltada para os códigos energéticos na América do Sul, fator-chave para o aumento do consumo de vidro. Como descreve a atuação da empresa no Brasil nos últimos anos? O primeiro investimento da Guardian no Brasil ocorreu em 1998, com a implantação de nossa planta de float em Porto Real. Desde então temos aumentado constantemente nossa presença e grau de investimento. Nosso foco principal é e continuará sendo em produtos de maior valor agregado, como os vidros de controle solar, revestimentos de baixa emissividade, espelhos, vidros laminados, pintados, coloridos etc.
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Burj Khalifa, em Dubai. No edifício mais alto do mundo foram instalados milhões de m² de vidros Guardian SunGuard Silver
Como avalia o potencial do mercado brasileiro? Acredita que o Brasil apresentará aumento da demanda suficiente para justificar o investimento em novas linhas de float? Essa é uma questão difícil de responder em poucas palavras. Há um grande potencial de crescimento para o vidro no Brasil e são muitos os fatores que podem desempenhar papel importante nesse processo. Um fator crucial será a capacidade do governo de manter um forte crescimento do PIB ano após ano, ao mesmo tempo em que mantém o controle da inflação. Em comparação com outras economias do mundo, o custo de produção no Brasil tem crescido, o que pode tornar o País suscetível a uma enxurrada de importações de países que apresentam baixo custo da produção. Isso tende a reduzir o investimento local na produção de vidro. Outro fator que vai impactar a demanda de vidro é a questão enérgica. Em mercados como o norte-americano e o europeu, por exemplo, o crescimento do setor vidreiro, em termos de produção e valor, tem sido impulsionado pela busca de eficiência energética em edifícios residenciais e comerciais. Hoje, 70% do consumo global de vidro está voltado para aplicação em fachadas de edifícios residenciais e comerciais. Se os códigos de eficiência energética não conduzirem ao uso de mais de uma lâmina de vidro por abertura, a demanda permanecerá limitada. A Guardian pretende investir em novas plantas no País nos próximos anos? Estamos avaliando múltiplas propostas de negócios para expandir nossa presença no Brasil.
De que forma a Guardian Brasil pretende ser mais competitiva a partir da chegada de novos players ao mercado nacional? Nossa abordagem para sermos competitivos é muito simples: foco implacável em qualidade, redução de custos e um senso de urgência quanto a agregar mais valor aos nossos produtos.
Glasshouse, em Seattle (EUA). O famoso projeto do artista vidreiro Dale Chihuly usou vidros de proteção solar SunGuard SuperNeutral
ARTWORK © COPYRIGHT, CHIHULY STUDIO, 2012. FOTOS: BEN BENSCHNEIDER
Pesquisas recentes divulgadas pela Abravidro apontam que o consumo per capita de vidro no Brasil é baixo em relação a outros países. A que a Guardian atribui esse quadro? O consumo per capita é baixo se comparado ao de outras regiões, mas está crescendo em ritmo constante. Qual a responsabilidade de cada elo da cadeia para eliminar as barreiras ao pleno desenvolvimento da indústria vidreira no Brasil? Esta é uma pergunta muito boa. Os vidros de hoje podem trazer incontáveis benefícios em termos de eficiência energética, conforto, segurança, flexibilidade de design, estética e sustentabilidade. Todos os envolvidos na fabricação e na venda dos produtos devem trabalhar incansavelmente para transmitir essas vantagens ao consumidor final.
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Aliados da invenção Protagonistas no universo da decoração, vidros inovam ao transformar os ambientes em harmonia com diferentes materiais
Design arrojado em mesa de centro desenvolvida pela Think Glass. Textura do móvel combina com a decoração do ambiente
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Estante com produto Style, da UBV: inspirado nos vidros acidatos, oferece elegância e requinte na medida certa, segundo a coordenadora de marketing, Carolina Sanchez
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Porta de chuveiro com vidro pintado Imera, da Schott, ideal para interiores contemporâneos, de formas diretas e minimalistas, que aliam delicadeza ao cômodo
Liberdade de projeto com vidros da PKO Brasil na decoração, que incrementam as características principais das construções internas www.vidroimpresso.com.br
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Craquelados, serigrafados, pintados, coloridos, esmaltados, gravados, impressos ou integrados à tecnologia com LED. As opções dos vidros voltados para a decoração são quase infinitas, assim como suas possibilidades de aplicação. Diversos são os produtos voltados para a ornamentação interior ou exterior de espaços residenciais, comerciais e de lazer. “Podemos defini-los como um dos materiais mais importantes no mercado de decoração, em função de estética, facilidade de manutenção e modernidade”, ressalta a coordenadora de mercado da Cebrace, Ana Carolina Granado. “A neutralidade do vidro permite a combinação harmônica com todos os tipos de material, da madeira, ao aço, alumínio, fibras naturais e plásticos”, acrescenta a arquiteta de novos produtos na Pacaembu Vidros, Silvia Romano.
“A neutralidade do vidro permite a combinação harmônica com todos os tipos de material, da madeira, ao aço, alumínio, fibras naturais e plásticos”
Entrada do Mirage Casino Beatles Love Theater, com design de Jean Rabasse e tecnologia da GlasPro. Piso translúcido de ” de espessura, curva-se na parede e chega até o teto. Ao fundo, projetores de alta definição e iluminação LED
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Residência de Copacabana projetada em cinco meses pela arquiteta Cecília Leles, com pendentes de vidro trabalhados e visão privilegiada graças ao material
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Por todos esses motivos, a arquiteta Brunete Fraccaroli desenvolveu uma série de trabalhos em São Paulo que retratam a versatilidade do material. Vidros laminados com película em PVB colorida, por exemplo, aparecem em variadas aplicações com destaque, como bares, portas e divisórias. Outro projeto que destaca o vidro é um hall de entrada integralmente revestido com espelhos e detalhes geométricos com acabamento bisotê. “O vidro pode ser vastamente utilizado em casas, apartamentos e empresas, como em divisórias, passagens, revestimentos, pisos e mobiliários. O material possibilita inúmeras formas, cores, texturas e acabamentos, permitindo criações únicas e sofisticadas”, ressalta.
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FURADEIRA P/ VIDRO DUPLO CABEÇOTE FV2/750 Mesa de 600x600 mm Distância do centro da árvore à coluna de 750mm
Modelo BM 30 Capacidade de 30 kg
LIXADEIRA PARA VIDRO Modelo LV 1200 Utiliza lixas 75 x 1200 100 x 1200
LIXADEIRA PARA VIDRO Modelo LV 1880 Utiliza lixa 100x1880
vanguarda.art.br
um banho
quando o assunto é acabamento.
Banheiro com aplicação de espelho da AGC Brasil: vantagem no processamento, instalação e manutenção, contribuindo para o conforto e bem-estar
Escada de vidro da TG: diretor Mauricio Margaritelli afirma que a busca por espaços internos transparentes é crescente
Transparência, ampliação, longevidade e luminosidade. Com base nesses conceitos, a arquiteta Cecília Leles aplicou o vidro em dois projetos residenciais no Rio de Janeiro: um apartamento na orla de Copacabana e outro no Recreio. Para se adequar ao estilo do morador, no primeiro foi criada uma boate na sala de estar de 40 m², com direito a uma vista privilegiada na fachada e a um painel de bolhas com troca de cores por iluminação LED. No segundo apartamento, o vidro está presente na divisória instalada entre a área de serviço e a cozinha, nas portas dos armários com pintura na cor escolhida e película protetora, assim como na coifa da cozinha.
Sucesso na cozinha
Projeto com vidros coloridos da Conlumi. Auditor de qualidade Marcio Cozza ressalta que já foi o tempo em que o vidro era considerado um elemento básico na decoração
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No quesito utilidades domésticas, os cooktops da Casavitra, marca do grupo Tecnovidro, continuam atraindo os consumidores com duas linhas: a Excellence – que oferece uma diversidade de 12 cores e configurações de duas, quatro e cinco bocas – e a Premium – com oito estampas inéditas que remetem a sensação de movimento. Os aparelhos usam tinta refletiva para proporcionar o efeito espelhado ou tinta vitrocerâmica para garantir maior resistência. O fogão não é mais o mesmo: agora ostenta o status de acessório funcional e decorativo simultaneamente.
FOTOS: AGC BRASIL
Para o analista de TI, Juan Saint Clair, a criatividade é o único limite para exploração do vidro beneficiado pela New Temper
FOTOS: DIVULGAÇÃO
tendências e tecnologia
“Vidros proporcionam elegância e transformam qualquer ambiente em uma obra de arte”
Uma novidade dessa indústria é a coleção Immagini, recém-lançada pela Saint Claire, empresa também do grupo Tecnovidro, para portas deslizantes, de giro ou divisórias com perfil de alumínio e vidro temperado. As estampas exclusivas das linhas Barrado Crochê, Ponto Crochê e Ponto Cruz têm um forte apelo sensorial e lembram peças feitas à mão. “As imagens inspiradas no hand made proporcionam maior aconchego ao ambiente”, afirma o coordenador de engenharia, Fabricio Flach.
FOTO: ARQUIVO GRUPO TECNOVIDRO
Opção moveleira
Residência com vidro decorativo da coleção Immagini, lançada pela Saint Clair, uma empresa do grupo Tecnovidro. Efeito estético traz leveza e sofisticação
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tendências e tecnologia
Bar em vidro laminado com película PVB colorida e valorização com iluminação indireta, criado pela arquiteta Brunete Fraccaroli
GlasPro está à frente da inovação do Elvis Theater, no Aria Casino: teto único feito de vidro branco formado por painéis que, quando iluminados, criam um lindo arco-íris
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FOTO: ALAN TEIXEIRA
Exemplos internacionais
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Produto SatinDeco, da Guardian. Sensação de requinte e amplitude em Suíte Michel Teló apresentada pela arquiteta Simone Goltcher, na Casa Cor
Em uma cidade americana em constante mutação e que valoriza obras gigantescas, a GlasPro marca presença em locais considerados ícones na região de Las Vegas. A originalidade é percebida em tetos de vidro, escadarias e fachadas, peças de arte e instalações iluminadas por múltiplos tons. Outra referência da área é o vidro decorativo Rivuletta, do grupo Schott, com padrão suave vertical e pequeno conteúdo de ferro, que apresenta linhas paralelas finas. Pode ser temperado, laminado ou incorporado a outra estrutura. A empresa também oferece o Wall System – um sistema de parede modular e flexível que traz um novo olhar para o cômodo. Ainda com foco em projetos inusitados, a Think Glass reúne trabalhos de destaque no cenário mundial, como o mural artístico no Club Masterpiece e o Tribe Hyperclub, ambos em Montreal, as bancadas personalizadas de residências no exterior, uma sugestiva fonte de chocolate em um hotel de Las Vegas e a ambientação de bares, como o Duvet, em Nova York. Um diferencial do estúdio é que os belos pisos de vidro não têm marcas de laminação.
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Projeto feito pela Bloch Design nos Alpes Franceses. Lareira quadrada suspensa, com funcionamento a gás. A particularidade está na cobertura feita de uma fina camada de metal que cria o aspecto transparente, junto com o polimento do aço inoxidável e uma placa de vidro acima de uma base coberta de espelhos
SOB ENCOMENDA Especialista em lareiras contemporâneas e exclusivas de alto padrão, a Bloch Design produz à mão todas as peças, que funcionam com madeira ou gás. A estrutura duplamente revestida pode ter acabamento de metal, granito, couro, cristal e madeira, entre outros. “Utilizamos vidros diferentes conforme o tipo de uso, exposição, tamanho, formato e espessura. O que prevalece na escolha é o design e o estudo técnico para assegurar o fluxo de ar, segurança e funcionalidade”, esclarece o representante da empresa David H. Bloch. A empresa já elaborou projetos para a Rússia, Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Omã, Turcomenistão, Suíça, Mônaco, África do Sul, Canadá e EUA. www.vidroimpresso.com.br
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FOTOS: SCOTT SANDLER
tendências e tecnologia
Bancada de vidro artístico que remete ao oceano da Think Glass. Desafio de execução do projeto valeu a pena pelo resultado: cliente ganhou a cozinha dos sonhos
EM VOGA NO MERCADO AGC - Espelho Belga Glaverbel: reconhecido e recomendado. - Lacobel: pintado disponível em 25 cores. O tom pode ser personalizado a partir do volume de 200 m². - Lacobel T: pintado temperável. Cebrace - Coverglass: pintado com alta cobertura e durabilidade, disponível em cinco cores, em espessuras de 4 a 10 mm. - Espelhos: excelente performance óptica e durabilidade contra manchas, de 3 a 6 mm, disponíveis em três cores. - Diamant: extraclear para ambientes onde o tom esverdeado traria alterações visuais, devolve toda a transparência. Disponível de 4 a 12 mm - Prisma: extraespesso, que pode ser temperado e é disponíbilizado em espessuras entre 12 e 19 mm. Conlumi Vidros coloridos, serigrafados, esmaltados ou pintados, impressos, craquelados e duplos, com ou sem adição de gás argônio. Guardian www.vidroimpresso.com.br
- Ebony DiamondGuard® - 2.0: negro, dez vezes mais resistente a riscos. - UltraClear®: com baixos teores de ferro na composição. - DecoCristal®: colorido brilhante, disponível em quatro cores. - Espelho SatinDeco: com textura acetinada em três cores. Antirreflexo: vidro float com proteção contra raios UV. - Cristal DiamondGuard: extra transparente e dez vezes mais resistente a riscos. New Temper Beneficiamento de vidros serigrafados, gravados por incisão, craquelados e texturizados (fantasia) de diversas espessuras, que podem ser temperados com dimensões até 3.210 mm x 7.000mm. PKO - Lighting Glass: produzido sob medida por um processo de laminação de dois vidros com uma película incolor em que são inseridos os LEDs, cujo acionamento é feito por meio de micro fios condutores de energia imperceptíveis dispostos na película base. - Privacy Glass: utiliza tecnologia
inédita que transforma o vidro branco translúcido em incolor ao toque de um botão. - Espelho: à base de prata tem forte resistência à corrosão. TG | Technical Glass Group Linhas da parceira internacional Sevasa - CriSamar® Step: para pisos antideslizantes certificados. - LuxRaff® Antiscratch: vidros de ultra-resistência a riscos e manchas e antideslizantes. - SatenGlas®, SatenLux®, LuxMat®: lisos de diferentes opacidades. Graduel®:com opacidade gradual. - SatenDecor®: decorativos. - CriSamar®: decorativos e gravados. - CriSamar® Design:decorativos segundo tendências. - LuxMat® Laquée: laqueados de alta resistência. UBV - Quadrato: textura em forma de delicados quadrados garante privacidade sem perda da luminosidade. - Astral Plus: design exclusivo e textura equilibrada. Trama: textura em forma de tiras que se entrelaçam transversalmente. - Style: inspirado nos acidatos.
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dicas e aplicações Antes
Depois
Banho confortável Destaque no portfólio da Tecno Cast, kit Boxlight transforma banheiros em ambientes agradáveis e seguros Com design clean e um moderno sistema de roldanas expostas, o kit Boxlight foi especialmente desenvolvido pela empresa Tecno Cast para portas de até 60 cm de largura, e tem como proposta central “unir o útil ao agradável”. O produto foi idealizado para transformar visualmente o ambiente do banheiro, além de facilitar a instalação, por meio de um processo de montagem simples e ergonômico. O kit oferece um sistema que se adapta perfeitamente à furação
do vidro padrão, dispensando a confecção de vidros de engenharia e reduzindo custos e prazos de entrega. Situada na cidade de Campo Limpo Paulista, no estado de São Paulo, a Tecno Cast atua no mercado nacional há mais de 15 anos, fabricando e distribuindo acessórios e ferragens para o setor vidreiro. Acompanhe, a seguir, o passo a passo da montagem do Kit Boxlight.
. Inicie a instalação verificando se as paredes estão em prumo, tirando medidas do vão e checando se o chão está nivelado.
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. Corte os perfis inferiores na
. Utilize a junção de canto
. Encaixe os freios inferiores e
medida do vão.
inferior para unir os perfis e coloque a escovinha.
os terminais de acabamento nas extremidades.
. Após fazer os furos para
. Faça o furo na parede e instale
. Corte os perfis laterais U,
escoamento de água, parafuse os trilhos no chão.
o suporte alinhado ao trilho.
aplique silicone e parafuse na parede.
. Corte os . Coloque as cunhas de regulagem e encaixe os vidros fixos.
“clicks” e dê acabamento nos trilhos inferiores. Não esqueça de encaixar as guias do vidro também. www.vidroimpresso.com.br
. Encaixe o trilho superior nos suportes e alinhe com o centro da junção inferior antes de cortar. É importante nivelar o trilho para encaixar a junção superior.
. Encaixe as roldanas no vidro e encaixe as portas sobre o trilho superior.
. Encaixe a junção superior já nivelada e alinhada com o trilho inferior.
. Corte os tubos de segurança e encaixe na junção superior. Não esqueça de encaixar os freios antes do tubo. Após isso, aperte todos utilizando a chave “L”. Dê acabamento utilizando os “clicks”.
. Finalize com o perfil de junção (cadeirinha) em uma das portas e encaixe os tapa-furos nos suporte laterais.
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telefones Contatos desta edição Anunciantes: Abrasipa Pág. 96 (11) 3933-2999 www.abrasipa.com.br
Glass Vetro Pág. 71 (11) 2195-0505/2195-0506/3124-4000 www.glassvetro.com.br
Schwantz Pág. 85 (19) 3935-6003 www.schwantz.com.br
Ackit Pág. 95 (11) 4486-2463 / (11) 3207-5339 (Fax) www.ackit.com.br
Ideia Glass Págs. 2 e 3 (11) 3016-9300 www.ideiaglass.com.br
Softsystem Pág. 35 (61) 3427-4949 / (11) 4063-7149 www.softsystem.com.br
AGC Pág. 11 (12) 3122-0646 www.agcbrasil.com
Inamaq Pág. 63 (28) 3511-2146 www.inamaq.com.br
Space Glass Pág. 84 (11) 4223-4151 / 3728-4376 www.spaceglass.com.br
AL Puxadores Pág. 27 (11) 2137-7300 www.alpuxadores.com.br
Indoor Pág. 81 (11) 3641-3331 www.mirainter.com.br
Speed Temper Pág. 67 (11) 4716-9110 www.speedtemper.com.br
Alclean Pág. 69 (11) 4144-9090 www.alclean.com.br
Italotec Págs. 73 e 99 (11) 3017-0930 www.italotec.com.br
T2G Pág. 97 (11) 4612-2167 www.t2g.com.br
Arbax Pág. 83 (11) 2965-9110 / 2965-4663 www.arbax.com.br
Marix Pág. 75 (85) 3260-5190 www.mmarix.com.br
Tecno Cast Pág. 103 (11) 4812-9675 www.tecnocast.ind.br
B&C Pág. 91 (11) 2011-4809/(11) 2013-0111 www.puxadoresbc.com.br
Metalurgica WA Pág. 108 (15) 3259-9000 / 3259-9005 www.metalurgicawa.com.br
Tec-Vidro Pág. 39 (11) 5682-2366/5682-2360 www.tecvidro.com.br
Bayer Pág. 105 (11) 2406-4762 / (11) 2087-0646 www.acessoriosbayer.com.br
Mogk Pág. 91 (47) 3323-5844/3323-3172 www.mogk.com.br
Tempermax Pág. 19 (15) 3238-9999 www.tempermax.com.br
Brasibras Pág. 87 (11) 2914-1840 / 2914-0249 www.brasibras.com.br
MTX Pág. 87 (11) 2488-5004 www.mtxfer.com.br
Terra de Santa Cruz Pág. 105 (11) 2291-4611 / (11) 2693-6331 www.terradesantacruzvidros.com.br
Components Pág. 81 (47) 3631-0100/3631-0105 www.components.com.br
New Temper Pág. 37 (21)3448-8500/(22)3321-8500 www.newtemper.com.br
Usemak Pág. 29 (11) 4057-5777 www.usemak.com.br
Conlumi Pág. 31 (11) 2827-7255 www.contempera.com.br
Orion Box Pág. 43 (11) 2302-1399 www.orionbox.com.br
Vitrum Pág. 76 (39) 02-33006099 www.vitrum-milano.it
Corte Certo Pág. 93 (11) 3673-1119 www.cortecerto.com.br
Potência Diamantes Pág. 83 (11) 2922-9000 www.potenciadiamante.com.br
Xanglass Temper Págs. 4 e 5 (11) 2685-2510 / 2506-7029 www.xanglass.com.br
Design Ferragens Pág. 9 (41) 3072-3838 www.designferragens.com.br
Real Vidros Pág. 17 0800-703 0094 www.realvidros.net
WR Glass Pág. 41 (11) 4048-2633 www.wrglass
Divisaglass Pág. 105 (71) 3612-7400 www.divisaglass.com.br
Roll.It Págs. 56, 57, 58 e 59 (11) 2229-7195 www.rollit.com.br
Expo Vetro Pág. 86 (11) 5585-4355 www.saiebrasil.com.br
Romano Transportes Pág. 77 (11) 3985-5469 / 7881-2123 www.romanotransportes.com.br
Funisa Pág. 13 (11) 4426-9511/4426-9228 www.funisa.com.br
Sacada Brasil Pág. 62 (11) 2914-3657 www.sacadabrasil.com.br
Galpão do vidraçeiro Pág. 105 (11) 2296-9000 www.torressistemas.com.br
Saint-Gobain Glass Pág. 107 0800-125-125 br.saint-gobain-glass.com
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vidro e design
Arco-íris corporativo
A interação de três cores primárias - magenta, amarelo e azul - foi o conceito que norteou os arquitetos do estúdio chinês People’s Architecture Office, com sede em Pequim, para a criação da sede corporativa da 21 Cake, popular franquia local de bolos gourmet. As paredes de vidros laminados coloridos estão espalhadas por toda a área de circulação do escritório, em divisórias e fechamentos, e conforme se sobrepõem umas às outras, dependendo do ângulo sob o qual são observadas, assumem novas tonalidades. Estrategicamente posicionados em camadas, os painéis envidraçados criam um espectro completo de cores, que se alteram à medida que os espaços são percorridos. A incidência e o reflexo de luzes, tanto naturais como artificiais, também participa desse jogo, produzindo efeitos peculiares em cada ambiente. Fabricados pela Luoyang North Glass Technology, as 58 peças de vidros laminados são compostas por duas camadas de Ultra-White de 10 mm, intercaladas por películas coloridas de PVB fornecidas pela Beijing Shun Xin Yi Da Glass Technology Development. www.vidroimpresso.com.br
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