Automóveis - 17/04/2013

Page 1

MACAÉ (RJ), QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013 • ANO XXXVII • Nº 8061 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Beleza fundamental

Novo Cerato cresce, fica mais moderno e passa a ter a função de ser o carro-chefe da Kia no Brasil Pág. Pág. 66 AUTOMUNDO

TRANSMUNDO

DIVULGAÇÃO

A hora

da estrela

Honda inicia vendas do Fit Twist modelo 2014 Abaixo do capô, o modelo é equipado com motor 1.5, que oferece 116 cv de potência a 6.000 rpm (etanol) e 115 cv a 6.000 rpm (gasolina)

A

montadora japonesa Honda divulgou que a linha Fit Twist 2014 já está sendo vendida nas concessionárias de todo o país. Abaixo do capô, o modelo é equipado com motor 1.5, que oferece 116 cv de po-

tência a 6.000 rpm (etanol) e 115 cv a 6.000 rpm (gasolina), com torque de 14,8 kgfm a 4.800 rpm. O Fit Twist não traz muitas novidades em relação a versão anterior. Ele conserva o visual mais ousado e

moderno em relação às outras versões, já que tem itens diferenciados como parachoque com design exclusivo, grade em acabamento de cromo acetinado, farol com máscara negra e novos faróis de neblina. Pág. 12 DIVULGAÇÃO

Nova geração do Classe A chega para rejuvenescer a Mercedes-Benz ao Brasil

A

Mercedes-Benz resistiu, mas acabou aderindo. Por quase 20 anos, a marca alemã insistiu em apostar no monovolume Classe A como modelo de entrada para sua

linha de automóveis. Foram duas gerações e poucos resultados. Agora, decidiu que vai seguir a mesma linha de ação das rivais-espelho BMW e Audi. Seu modelo mais barato continua sendo

o Classe A, só que agora ele é um hatch médio, pronto para bater de frente com Série 1 e A3. Com essa decisão, a mais antiga das marcas alemãs passa a focar um consumidor mais jovem. Pág. 14


2 Automóveis

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

AUTOTAL

BMW

Vem quem vende

Executivos da BMW e governantes do estado de Santa Catarina se reuniram para assinar o protocolo de instalação da fábrica da marca no Brasil. A indústria será erguida no município de Araquari, às margens da BR-101, e vai receber um investimento inicial de 200 milhões de euros, algo como R$ 520 milhões, com capacidade

para produzir 32 mil carros por ano, quatro vezes o volume da marca em 2012. A ideia da BMW é começar a entregar os veículos nacionais já no final de 2014. Se a demanda for alta, ainda há a possibilidade de expansão da fábrica com os investimentos totais atingindo a casa dos 400 milhões de euros, ou mais de R$ 1 bilhão.

Os modelos a serem feitos em Santa Catarina ainda não foram confirmados. Mas durante o próprio anúncio da fábrica alguns executivos deixaram escapar que três carros serão feitos por lá: o hatch Série 1, o SUV X1 e o sedã Série 3. A escolha por eles é óbvia: são os principais produtos da BMW no Brasil.

Intenções e realidades

A Kia foi uma das marcas que mais sofreu com a aplicação dos 30 pontos percentuais extras de IPI para automóveis importados no fim de 2011. A fabricante sul-coreana vendeu em 2012 pouco mais de 41 mil carros, 45% a menos do que no ano anterior. E a saída para conseguir sobreviver no Brasil é relativamente simples: ter produção nacional. E interesse para isso, existe. Pelo menos é o que garante José Luiz Gandini, importador da

Kia no Brasil. O executivo garantiu que, se fosse por ele, a fábrica já estaria em curso. O problema é que só a vontade não é suficiente. A matriz da empresa precisa aprovar o negócio. Além disso, a marca Kia herdou uma dívida de US$ 1 bilhão da época da Asia Motors – valor concedido pelo Governo na forma de isenções de impostos para uma fábrica que nunca saiu do papel. Em um campo mais factual, a fabricante confirmou a

chegada do novo Sorento ao país para o próximo mês. O utilitário médio-granderecebeu uma leve reestilização que atingiu principalmente a traseira, que ganhou novas lanternas. A dianteira ficou marcada por um pequeno filete de led e um novo parachoque. Os motores são os mesmos 2.4 de 174 cv – na versão de 5 lugares – e V6 de 278 cv – na versão de 7 lugares. Os preços ainda não foram confirmados.

THE ECONOMIST

Carros saem caro A revista inglesa “The Economist” fez um estudo de quanto custa comprar e manter um automóvel nas principais cidades do mundo. E chegou a uma conclusão alarmante. Segundo o cálcu-

lo da publicação, São Paulo, a maior metrópole brasileira, é a segunda cidade mais cara do mundo para se ter um carro. Para poder comparar os preços e custos dos diversos países, a revista usou um

conceito econômico chamado PPP, que leva em conta termos internacionais para relativizar os valores. Além disso, usou marcas e modelos à venda em todas as cidades participantes.


MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

Automóveis 3


4 Automóveis

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

MERCADO

Consumidores ganham tempo para escolher qual carro comprar

IPVA

Com prorrogação do IPI reduzido até dezembro, consumidor pode pesquisar mais e até esperar pelo carro desejado

A

calma para olhar e pesquisar o modelo desejado foi um alívio para a professora Viviane Andrade, que deseja comprar um automóvel. Enquanto negociava, ela contou que estava ansiosa e correndo para decidir an-

tes de um provável aumento, por causa da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que viria este mês. Como a alta não veio, devido à prorrogação de parte do benefício fiscal até o fim do ano, Viviane ganhou tempo para

decidir. Mas se por um lado não houve aumento de preços por causa dos impostos, por outro as montadoras estão antecipando cada vez mais o lançamento dos chamados modelos duas cabeças, 2013/2014, mesmo sem ne-

nhuma alteração mecânica ou estética. Enquanto alguns concessionários ainda tentam desovar os estoques 2012/2013, outros passaram rápido pelos 2013/2013 e já recebem as linhas 2013/2014, obviamente com preços bem mais salgados. DIVULGAÇÃO

TABELA DO IPVA 2013 DO DETRAN RJ:


MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

Automóveis 5


6 Automóveis

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

Beleza fundamental TESTE

Novo Cerato cresce, fica mais moderno e passa a ter a função de ser o carro-chefe da Kia no Brasil FICHA TÉCNICA

POR EDUARDO ROCHA Auto Press

Kia Cerato

N

os últimos anos, cada vez que apresenta a nova geração de algum modelo, a Kia tratava de reposicionar os preços, para cima. Afinal, a marca passou a ser mais valorizada no mercado brasileiro e nada mais previsível que tentar usufruir desse novo status. Coisa parecida aconteceu com o Cerato. O sedã ganhou tamanho, equipamentos e refinamento visual, mas o Grupo Gandini, importador oficial da marca no Brasil, manteve o modelo na base do segmento de médios. Desta vez, a marca coreana decidiu se conter um pouco. Em vez do aumento habitual de 30% em relação à geração anterior, a marca se contentou com um valor “apenas” 15% maior do que pedia no antigo Cerato. O preço pulou de cerca dos anteriores R$ 61 mil para R$ 71.900, na versão topo automática. Na mecânica, o preço fica em R$ 67.400. O caso é que, como a Kia não investe em produção ou em desenvolvimento no Brasil, ela se tornou alvo preferencial do super IPI – um imposto adicional de 30 pontos –, que se reflete diretamente no preço dos modelos. O resultado prático foi que as vendas da marca caíram mais de 40% de 2011 para 2012, quando o super IPI passou a vigorar. A preocupação com o Cerato foi de segurar o preço e mantê-lo na briga com versões de entrada de Toyota Corolla, Honda Civic, Volkswagen Jetta e Chevrolet Cruze. Nesse sentido, o importador decidiu manter o modelo apenas com motorização mais barata, com

o propulsor 1.6 flex de 122/128 cv com gasolina e etanol, gerenciado por um câmbio de seis marchas. O motor é o mesmo utilizado no Kia Soul ou no Hyundai HB20. Com isso, a função do Cerato passou a ser a de principal produto de vendas da marca – no lugar do SUV médio Sportage, que perdeu preço e vendas com o super-IPI. As vendas projetadas para o sedã são em torno de 10 mil unidades nos 9 meses restantes de 2013, o que corresponderia

a 30% das vendas da Kia no período. Além do preço, porém, o sedã médio tem outros argumentos para cumprir a meta do representante brasileiro. E o principal é estético. Assim como vem ocorrendo com toda a gama da marca coreana – que tem, inclusive, o designer Peter Schreyer como presidente –, o desenho é o grande elemento de valorização do modelo. O Cerato abandonou de vez os traços geométricos, que caracterizavam a geração anterior, e ado-

tou um estilo mais orgânico, com uma carroceira coberta de vincos “musculosos”. De qualquer ângulo que se observe, não é possível encontrar qualquer traço que identifique este Cerato de 3ª geração com o anterior. A grade, em referência a um rosnado de tigre, mantém a identidade de marca. Só que agora ela é ladeada por faróis de desenho bem irregular. Na parte superior do conjunto ótico, uma linha de led faz as vezes de pálpebra e dá um ar

› MOTOR: Gasolina e etanol, dian-

› CARROCERIA: Sedã em monobloco

teiro, transversal, 1.591 cm3, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. › TRANSMISSÃO: Manual de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração. Oferece câmbio automático de seis marchas como opcional. › POTÊNCIA máxima: 128 cv e 126 cv a 6.300 rpm com etanol e gasolina. › TORQUE máximo: 16,5 kgfm e 16,0 kgfm a 5 mil rpm com etanol e gasolina. › DIÂMETRO e curso: 77,0 mm x 85,4 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. › SUSPENSÃO: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores a gás. Traseira com eixo de torção, molas helicoidais e amortecedores a gás. Não possui controle de estabilidade. › PNEUS: 205/60 R16. › FREIOS: Discos ventilados na frente sólidos atrás. Oferece ABS com EBD.

com quatro portas e cinco lugares. Com 4,56 metros de comprimento, 1,78 m de largura, 1,46 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos. Airbag duplo frontal de série. › PESO: 1.171 kg (1.205 kg no automático). › CAPACIDADE do porta-malas: 421 litros. › TANQUE de combustível: 50 litros. › PRODUÇÃO: Hwasung, Coreia do Sul. › LANÇAMENTO mundial: 2012. › LANÇAMENTO no Brasil: 2013. › ITENS de série: Ar-condicionado automático, banco do motorista com ajuste de altura e lombar, chave tipo canivete, computador de bordo, pedaleiras com detalhes cromados, rádio/CD/MP3/USB/ Aux, volante multifuncional com regulagem de altura e revestimento em couro, trio elétrico, faróis de neblina, lanternas traseiras em led, rodas de liga leve de 16 polegadas, airbag duplo, direção elétrica, ABS e sensor de estacionamento dianteiro e traseiro. › PREÇO: R$ 67.400 (R$ 71.900 no automático).

bem agressivo ao modelo. Na traseira, as grandes lanternas em forma de olho são posicionadas bem no limite superior do porta-malas e emprestam bastante robustez ao conjunto. A linha do perfil se assemelha a uma onda, sem qualquer ângulo vivo. Também no interior não sobrou qualquer resquício do antigo Cerato. Apesar de ter crescido muito pouco por fora – 3 cm no comprimento e 2,5 na largura –, houve uma grande redistribuição de áre-

as. Para o habitáculo sobrou um bom entre-eixos de 2,70 m. O sedã médio também ganhou uns poucos equipamentos como direção elétrica com três modos de condução, ar digital dual zone e sensor de obstáculos dianteiro, que se somaram aos já existentes acendimento automático de faróis, sensores de obstáculos traseiros e os praticamente obrigatórios ABS e airbags frontais. Nada que o deixe em vantagem em relação aos rivais diretos.


MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

Automóveis 7

AUTOMUNDO

Estilo próprio com ousadia

Mini Paceman aposta no visual irreverente e em sua boa capacidade dinâmica FICHA TÉCNICA

POR CARLO VALENTE Auto Press

Mini Paceman Cooper S

A

nova fase da Mini é marcada por uma boa dose de ousadia. A partir do hatch “básico”, a marca britânica – hoje controlada pela BMW – já criou outras seis variações de carroceria. A mais recente, a Paceman, talvez seja a mais curiosa. A Mini o classifica como um Sports Activity Coupe, algo como cupê para atividade esportiva. “Marketices” à parte, o Paceman é um utilitário realmente com ares de cupê. Mesmo com diversas semelhanças em tamanho e conjunto mecânico em relação ao Countryman, SUV em que ele é baseado, o novo Mini se mostra um modelo totalmente novo e com características bem próprias. A principal distinção do Paceman vem através do design esguio e musculoso, que dá uma impressão de esportividade sem abrir mão da elegância típica compartilhada por todos os carros da marca. O estilo cupê é assegurado pela carroceria com apenas duas portas e pelo conjunto formado pela linha de cintura ascendente e o teto descendente. A lataria é mais musculosa do que a do Countryman, com mais vincos e superfícies convexas. Na traseira, outra novidade. As lanternas são horizontalizadas, ao contrário dos outros modelos atuais da Mini. No interior do Paceman só existe lugar para quatro adultos. É que, em vez de um banco traseiro inteiriço, o modelo tem duas poltronas separadas e divididas por um console de metal que também faz as vezes de porta-trecos customizável. O porta-malas tem 330 litros, mas pode ser ampliado para 1.080 litros com o rebatimento dos dois bancos traseiros.

› MOTOR: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.598 cm3, turbocompressor, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, cabeçote com duplo comando de válvulas com tempo de abertura variável. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. › TRANSMISSÃO: Câmbio manual com seis marchas à frente e uma a ré. Tração integral sob demanda. Oferece controle de tração. › POTÊNCIA máxima: 187 cv a 5.500 rpm. › ACELERAÇÃO de 0 a 100 km/h: 7,5 segundos. › VELOCIDADE máxima: 222 km/h. › TORQUE máximo: 24,4 kgfm entre 1.600 e 5 mil rpm. › DIÂMETRO e curso: 85,8 mm X 77 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. › SUSPENSÃO: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores pneumáticos. Traseira independente do tipo multilink com barra estabilizadora de alumínio. Controle eletrônico de estabilidade. › PNEUS: 205/55 R17. › FREIOS: Discos ventilados nas quatro rodas. ABS, EBD, assisten-

A oferta de motores do Paceman é bem menos original do que o seu curioso design. É verdade que a Mini ofereceu apenas as opções mais potentes de seus propulsores no modelo, mas, em essência, são os mesmos que estão nas outras seis variações de carroceria. O motor à gasolina é sempre o 1.6 da família Prince – o mesmo usa-

do por diversos carros da PSA Peugeot Citroën. Aspirado, ele rende 124 cv. Aliado a um turbo, ele gera 187 cv na versão Cooper S, ou 211 cv na variante John Cooper Works. As variantes a diesel rendem 114 cv ou 145 cv. O crossover pode receber transmissão manual ou automática, sempre com seis velocidades. Além disso, tem tração integral

como opcional. O Paceman já está confirmado para o Brasil. A sua venda está programada para maio, apenas nas versões a gasolina. A Mini ainda não confirma o preço do modelo por aqui, mas estipula que fique na faixa dos R$ 140 mil, cerca de R$ 15 mil mais caro do que o Coutryman equivalente.

te de frenagem de emergência e controle de frenagem em curvas. › CARROCERIA: Utilitário esportivo em monobloco, com duas portas e quatro lugares. Com 4,15 metros de comprimento, 1,78 m de largura, 1,52 m de altura e 2,60 m de distância entre-eixos. Airbags frontais, de cabeça e tórax. › PESO: 1.380 kg. › CAPACIDADE do porta-malas: 330 litros. › TANQUE de combustível: 47 litros. › PRODUÇÃO: Graz, Áustria. › LANÇAMENTO: 2012. › LANÇAMENTO no Brasil: 2013. › ITENS de série: Ar-condicionado automático, direção elétrica, trio elétrico, bancos em couro, computador de bordo, volante multifuncional, partida por botão, rádio/CD/MP3/USb/iPod/ Bluetooth, bancos com ajuste de altura, airbags frontais, de cabeça e de tórax, controle de estabilidade e de tração, ABS com EBD, assistência de frenagem de emergência e sensor de chuva com acionamento de farol baixo. › PREÇO na Europa: 24.500 euros, equivalente a R$ 63 mil. › PREÇO no Brasil: R$ 140 mil (estimado).


8 Automóveis

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013


MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

Automóveis 9


10 Automóveis

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

Prontidão sobre rodas TRANSMUNDO

Indústria automotiva marca presença no LAAD e fabricantes mostram suas “armas” especiais

Destaques do LAAD 2013

POR MICHAEL FIGUEREDO Auto Press

P

ara o brasileiro, o confronto é quase sinônimo de falta de educação. E essa lógica se estende também às questões internacionais. Por outro lado, as fronteiras são vastas e os vizinhos, numerosos. Esta conjunção faz do país a sede ideal para a LAAD – Latin America Aero & Defence –, maior feira especializada em defesa e segurança da América Latina. A cada dois anos, empresas especializadas em material bélico se reúnem no Rio de Janeiro para mostrar às Forças Armadas nacionais e do continente suas mais recentes criações. A nona edição do evento, realizada entre os dias 9 e 12 de abril, contou com mais de 700 expositores de 48 países, que ocuparam quatro pavilhões do Riocentro, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade. A LAAD 2013 tem um público bastante específico. É aberto apenas para convidados das Forças Armadas, das forças policiais, órgãos e instituições de segurança pública e outras autoridades. Militares do Brasil e de países da América Latina, como Argentina, Colômbia e Equador, e de outros continentes, como Europa e Ásia, encontram entre os estandes equipamentos que vão desde simples sprays de pimenta até modernos satélites, rastreadores e aeronaves, mas a maior ênfase é em veículos de combate e de transporte de tropa. O evento é como um grande balcão de negócios, onde as empresas literalmente mostram suas armas para atrair novos contratos. Entre as empresas presentes na LAAD, algumas só conhecidas por especialistas do setor dividiam espaço com outras já

consolidadas no mercado brasileiro. A nacional Inbra, a Kia Military Vehicles, divisão militar da Kia Motors, e as fabricantes de veículos pesados como MAN Latin America, Iveco e Agrale mostraram veículos já utilizados pelas Forças Armadas do Brasil, além de algumas novidades. Segundo o supervi-

sor de marketing de produto da MAN, Ricardo Yada, o tempo de produção de veículos militares é mais longo que no caso dos civis. “São ciclos que duram de três a cinco anos para o entendimento das necessidades militares de cada país, mais as etapas fabris e o processo de testes e homologação”, explica Ricardo.

Agrale Marruá – A brasileira Agrale apresentou várias versões do Marruá, veículo desenvolvido especialmente para as Forças Armadas. Todas as viaturas são equipadas com tração 4X4 e diferenciam-se basicamente pela aplicação e a capacidade de carga. O AM23, com capota, carroceria metálica e cabine de teto rígido, é equipado com motor de 140 cv de potência e torque máximo de 36,7 kgfm. A viatura é destinada ao transporte de tropas e cargas com até 750 kg. Inbra Gladiador – O veículo blindado do grupo brasileiro Inbra tem projeto e desenvolvimento 100% nacionais. O trem-deforça é de origem Agrale e feito exclusivamente para a fabricante. O Gladiador tem duas versões, para forças policiais e forças armadas. A empresa já testou algumas unidades em estados como Rio de Janeiro e Mato Grosso. “O objetivo é equipar as polícias de fronteira e cidades-sede da Copa do Mundo, para depois iniciarmos as exportações”, afirma Claudia Candido, diretora de marketing do Grupo Inbra. Uma das possíveis aplicações conta com equipamento da empresa israelense Rafael Advanced Defence Systems para dispersão de caos com armas não-letais de recursos sonoros e luminosos, capazes de “ensurdecer” e “cegar” por alguns minutos aqueles que forem expostos à frequência e às luzes. Iveco Guarani – O anfíbio blindado da Iveco Veículos de Defesa, divisão militar da Iveco Latin America, começou a ser entregue em dezembro do ano passado ao Exército Brasileiro. O Guarani pesa 18 toneladas, que são impulsionadas por um motor diesel de 383 cv de potência, produzido

pela FPT, fabricante de motores pertencente ao Grupo Fiat. O “tanque” tem tração em todas as seis rodas e possui blindagem capaz de resistir a explosões e tiros de diversos calibres. Kia KM 450 – O sul-coreano KM 450 é um modelo versátil, que pode ser utilizado como ambulância, estação móvel de reparos, transporte de tripulantes, cargas e reconhecimento. O nome “KM” vem de Kia Military, divisão independente da Kia Motors especializada em veículos militares e material bélico. O modelo é equipado com motor 3.9 litros de 141 cv de potência, tração 4X4 e destinado a qualquer tipo de terreno. MAN HX 32.440 – A MAN Latin America, que já fornece caminhões para o Exército Brasileiro desde 2007, aproveitou o LAAD 2013 para apresentar o HX 32.440. Fruto da joint-venture com a Rheinmetall, também da Alemanha – RMMV, sigla para Rheinmetall MAN Military Vehicle –, o caminhão pode transportar equipamentos militares, tanques de combustíveis, tropas e até lança-mísseis. Utilizado na Bósnia e no Afeganistão, o veículo tem 440 cv de potência e torque de 214,0 kgfm. “O objetivo é sentir a necessidade e a receptividade dos militares brasileiros e latinoamericanos em relação ao HX para avaliarmos se traremos o modelo”, explica Ricardo Yada, da MAN. Paramount Maverick – O nome Maverick não vai durar muito tempo no Brasil. O blindado, de fabricação sul-africana, é a futura viatura do Bope – Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro – e logo será conhecido apenas como “caveirão”. A Paramount já finalizou a venda de

oito unidades do Maverick para o Governo fluminense, das quais quatro serão destinadas para a “tropa de elite” da PM, duas para o Batalhão de Choque, da mesma corporação, e outras duas para o Core – Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil. O veículo tem blindagem e tecnologia embarcada. A empresa garante também boa mobilidade, mas valoriza outro aspecro. “Já testamos o modelo na África do Sul, Gana, Congo e na Ásia, em locais parecidos com as favelas, e o impacto visual de quando o carro chega é o que mais impressiona”, diz Andrew Charter, gerente de desenvolvimento do Paramount Group. Renault Truck Defence Sherpa Light– A Renault Trucks Defence apresentou a gama Sherpa Light, de veículos blindados leves com características distintas. Todos os modelos são equipados com um motor de 215 cv de potência e 81,5 kgfm de torque. O mais versátil da linha é Sherpa Light Scout, disponível também em versão sem blindagem. O modelo é indicado para missões táticas de patrulha, escoltas e comboios. Pode carregar até cinco soldados e um conjunto de armas no teto. SsangYong Actyon Sports VTNE – A picape SsangYong New Actyon VTNE foi o único modelo apresentado pela marca sul-coreana. A Tricar Defence, que responde pela marca e também pela Kia Military no Brasil, já comercializa o modelo e vendeu 200 unidades ao Exército Brasileiro. A sigla VTNE quer dizer Viatura Tática Não Especializada. Significa que é apenas pintada com as cores da Força à qual serve e não possui qualquer equipamento especial que a diferencie do uso civil.


MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

Automóveis 11


12 Automóveis

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

AUTOMUNDO

DIVULGAÇÃO

Honda inicia vendas do Fit Twist modelo 2014 Os preços iniciam em R$ 57.900 e modelo tem seis cores diferentes na carroceria

A

montadora japonesa Honda divulgou que a linha Fit Twist 2014 já está sendo vendida nas concessionárias de todo o país. Abaixo do capô, o modelo é equipado com motor 1.5, que oferece 116 cv de potência a 6.000 rpm (etanol) e 115 cv a 6.000 rpm (gasolina), com torque de 14,8 kgfm a 4.800 rpm. O Fit Twist não traz muitas novidades em relação a versão anterior. Ele conserva o visual mais ousado e moderno em relação às outras versões, já que tem itens diferenciados como para-choque com design exclusivo, grade em acabamento de cromo aceti-

nado, farol com máscara negra e novos faróis de neblina. No interior, algumas mudanças em detalhes de acabamento. O console central na versão automática possui detalhes na cor prata e na manual a alavanca de marchas contém traços esportivos. Detalhes cromados também podem ser vistos no painel, nos difusores de saída de ar e freio de mão. O modelo tem preço recomendado de R$ 57.900 (manual) e R$ 60.900 (automático). O hatch com estilo de minivan conta com três anos de garantia e está disponível em seis cores diferentes

O Fit Twist conserva o visual mais ousado e moderno em relação às outras versões

Honda anuncia recall no Civic e CR-V o Brasil A Honda convoca proprietários do Civic modelo 2001 a 2003 e CR-V modelo 2002 para a troca do insuflador do airbag do lado do passageiro. O megarecall afeta 23.352 veículos e o atendimento começa na próxi-

ma segunda-feira (22). De acordo com a marca japonesa, em algumas unidades poderá ocorrer a ruptura da estrutura do componente, caso o mesmo seja acionado em colisão frontal de intensidade

moderada a severa, possibilitando a projeção de fragmentos na região interna do veículo, o que pode ocasionar danos físicos e materiais aos ocupantes e/ou terceiros. A empresa recomenda o

agendamento da substituição no site honda.com.br/recall/ autos ou por meio da central de atendimento pelo 0800701-3432 (de segunda a sextafeira, das 8h às 20h – horário de Brasília).


MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

Automóveis 13

AUTOMUNDO

Para sair da lama

DIVULGAÇÃO

Nova geração do Toyota RAV4 ganha visual anguloso e mais tecnologia POR CARLO VALENTE AUTO PRESS

A

Europa atravessa um momento curioso. Enquanto a crise financeira derruba as vendas da indústria automotiva, o segmento de SUVs ganha força e cresce. E a Toyota, para aproveitar a rentabilidade do setor, tratou de reformular o utilitário RAV4. O modelo chegou à quarta geração, 18 anos após o lançamento, e ficou maior, além de ganhar novos motores e uma profunda reestilização interior. A lista de equipamentos de segurança e conforto também aumentou, o que dá à fabricante novo fôlego para enfrentar rivais como Ford Kuga, Volkswagen Tiguan e o Honda CR-V. No Brasil, a chegada do novo modelo é prevista ainda para o segundo semestre. O Toyota RAV4 não recebia atualizações significativas desde 2005, quando chegou ao mercado a terceira geração. Passou por dois facelifts, em 2008 e 2011, apenas com pequenas modificações estéticas, mas suficientes para manter bons números de mercado. Mesmo com rivais muito mais modernos e equipados, o modelo da fabricante japonesa mantém 18% de participação entre os SUVs médios na Europa, onde briga com outros 19 modelos. Um dos pontos mais valorizados pela Toyota na nova RAV4 é a tecnologia embarcada. A marca acrescentou equipamen-

tos de conforto e de segurança. Não falta nada em relação a modelos que obtiveram 5 estrelas nas recentes baterias de testes do EuroNCAP. O utilitário teve a estrutura reforçada para proteger os ocupantes e conta com os já comuns freios ABS com EBD, além de sete airbags. Na lista de itens de conforto e entretenimento, encontram-se os bancos aquecidos, ar-condicionado dual zone, trio elétrico, sistema multimídia com tela de seis polegadas sensível ao toque e Bluetooth. As rodas de liga leve de 17 polegadas também são de série. Na nova geração do utilitário, a Toyota não foi tão conservadora quanto na apresentação da fase anterior. O RAV4 ganhou linhas mais angulosas e um visual mais esportivo do que utilitário. As dimensões também foram ampliadas. São 20,5 cm a mais de comprimento, 3 cm de largura, 2,5 cm de altura e 10 cm de entre-eixos, que resultam, respectivamente, em 4,36 metros, 1,84 m, 1,68 m e 2,65 m. O novo RAV4, no entanto, vai além do que se vê externamente – como, por exemplo, a bem-vinda ausência do estepe na traseira. O utilitário tem novidades também sob o capô. Na Europa é vendida com dois motores diesel, um 2.0 litros de 124 cv e 31,6 kgfm de torque e um 2.2 litros com 150 cv e bom torque de 34,6 kgfm. No Brasil ele pode chegar com um propulsor Dual VVTi 2.0, seme-

Na nova geração do utilitário, a Toyota não foi tão conservadora quanto na apresentação da fase anterior

FICHA TÉCNICA

Toyota RAV4 2013 › MOTOR: Gasolina, 1987 cm 3,

lhante ao do Corolla Altis. a versão a gasolina, que equipou a unidade testada, entrega 150 cv com torque de 20,1 kgfm. Há a possibilidade ainda de vir com o novo 2.5 litros VVTi de 180 cv, que substitiu o usado hoje por aqui, que é 2.4 de 170 cv Todas as versões podem vir acopladas a uma transmissão

manual de seis velocidades ou câmbio automático do tipo CVT. O modelo movido a gasolina parte de 31.400 euros, o equivalente a R$ 81.650, e chega a 34.500 euros, ou cerca de R$ 89.700. No Brasil, o RAV4 é oferecido por R$ 119.350 na versão 4X2 e chega a R$ 137.050 com tração integral.

dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote. Injeção direta e acelerador eletrônico. › POTÊNCIA máxima: 151 cv a 6.200 rpm. › TORQUE máximo: 20,1 kgfm a 4.100 rpm. › ACELERAÇÃO de 0 a 100 km/h: 11 segundos. › VELOCIDADE máxima: 185 km/h. › DIÂMETRO e curso: 80.5 x 97.6 mm. Taxa de compressão: 10.0:1. › PESO: 1.558 kg. › TRANSMISSÃO: Câmbio manual com seis marchas à frente e uma a ré. Tração integral. › SUSPENSÃO: Dianteira com braço transversal, amortecedores e barra estabilizadora. Traseira do tipo Multilink com molas helicoidais e barra estabilizadora. › CARROCERIA: Utilitário esportivo em monobloco com quatro

portas e cinco lugares. Com 4,36 m de comprimento, 1,84 de largura, 1,68 m de altura, e 2,65 m de distância entre-eixos. › PNEUS: 225/65 R17. › CAPACIDADE do porta-malas: 1.087 litros. › TANQUE de combustível: 60 litros. › PRODUÇÃO: Aichi, Japão. › ITENS de série: Ar-condicionado, direção elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos, airbags frontais, laterais e de cortina, freios com ABS e EBD, câmera de ré, acendimento automático dos faróis, banco do motorista com regulagem de altura, bancos com aquecedores, travas elétricas, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth, faróis de neblina, navegador por GPS e rodas de liga leve de 17 polegadas. › PREÇO: R$ 31.400 euros, o equivalente a R$ 81.650. A quarta geração do Toyota RAV4 não é oferecida no Brasil.


14 Automóveis

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

AUTOPERFI

A hora da estrela

DIVULGAÇÃO

Nova geração do Classe A chega para rejuvenescer a Mercedes-Benz ao Brasil POR EDUARDO ROCHA AUTO PRESS

A

Mercedes-Benz resistiu, mas acabou aderindo. Por quase 20 anos, a marca alemã insistiu em apostar no monovolume Classe A como modelo de entrada para sua linha de automóveis. Foram duas gerações e poucos resultados. Agora, decidiu que vai seguir a mesma linha de ação das rivais-espelho BMW e Audi. Seu modelo mais barato continua sendo o Classe A, só que agora ele é um hatch médio, pronto para bater de frente com Série 1 e A3. Com essa decisão, a mais antiga das marcas alemãs passa a focar um consumidor mais jovem. O público que buscava no antigo Classe A um modelo familiar de menor custo fica a cargo da station Classe B, com quem o Classe A divide plataforma, motores e câmbio. Ser de menor custo na linha Mercedes está longe de significar acessível. O Classe A começa em "marqueteiros" R$

99.900 na versão Style e vai a R$ 109.900 na Urban. As duas são muito semelhantes. Trazem sob o capô o propulsor 1.6 turbo de 154 cv gerenciado por um câmbio automatizado de dupla embreagem de 7 marchas. A proposta estética segue também a lógica dos rivais. O Classe A tem linhas bem marcadas, que buscam emprestar robustez e esportividade ao modelo. A frente é dominada por um gigantesco exemplar da estrela de três pontas. Os faróis bojudos trazem leds na borda superior e deixam a cara do hatch bem "enfezada". O perfil é marcado por dois vincos fortes – um ascendente e outro descendente – e também pelo conjunto dos vidros, que formam um arco. A traseira, apesar de ter linhas harmoniosas, não tem personalidade marcante. Poderia tanto ser de um Mercedes como de uma outra marca qualquer. De qualquer maneira, as linhas do Classe A defendem bem o projeto de rejuvenescimento da marca. Mas o recheio

Novos valores Não há qualquer rasgo de ousadia nesta entrada da Mercedes no segmento de hatches médios – considerado compacto pela marca. O modelo seguiu à risca os preceitos aplicados pelas rivais diretas. E é exatamente isso que surpreende no Classe A. Mesmo sendo um carro dirigido a um público menos abastado e mais jovem, ele não foi vítima de má vontade de projetistas e engenheiros. Ao contrário. O Classe A impressiona favoravelmente no acabamento – é melhor que o do Classe C –, no design interno e cuidado com os detalhes. Na versão Urban, única disponível no lançamento, há arremates em cromo nas saídas de ar, puxadores e maçanetas das portas e no console central. Algumas áreas são em plástico tipo laca e as áreas de plástico têm texturas e aspecto agradável, apesar de todas serem superfícies rígidas. Segundo a marca, o acabamento é resultado de uma nova técnica construtiva, que melhora o visual e não onera o produto final. De qualquer forma, o ambiente criado é bem aconchegante. E os bancos tipo concha, com encosto integrado ao apoio de cabeça, recebem bem os quatro ocupantes que vão nas janelinhas. O quinto elemento, que fica atrás no meio, não tem nem mesmo um assento moldado para acomodá-lo decentemente. A cabine não é das mais amplas. Há espaço apenas suficiente pa-

ra joelhos e cabeça e o caimento acentuado do teto em direção à traseira "fecha" um pouco a paisagem de quem vai atrás. Aliás, a qualidade de vida a bordo para os ocupantes da dianteira é muito superior também em relação ao ruído interno. Em velocidade de estrada, o barulho do pneu no asfalto e do vento impedem uma conversa em tom normal. Quem vai na frente nem se dá conta disso. É ali, inclusive, que as boas qualidade de um Mercedes conseguem aflorar plenamente. O motor 1.6 de 154 cv tem torque máximo de 25,5 kgfm entre 1.400 e 4 mil giros. Isso significa que o propulsor está sempre disponível para retomar ou acelerar. Mas o ganho de velocidade mais forte vem nas proximidades da potência máxima, em torno de 5 mil giros. Ali o Classe A mostra ferocidade e agilidade. A suspensão, com vários componentes em alumínio, fornece um alto nível de neutralidade ao hatch, enquanto o câmbio automatizado de dupla embreagem acompanha bem uma tocada mais esportiva. Mas as passagens de marcha não são das mais rápidas. Esta característica, no entanto, é uma boa causa. Mal dá para perceber as mudanças, tal a maciez de operação do câmbio. Afinal, mesmo que o Classe A seja para jovens, ainda é tem de responder à tradição de elegância e suavidade da Mercedes.

O Classe A tem linhas bem marcadas, que buscam emprestar robustez e esportividade ao modelo só poderia se enquadrar nesse conceito no caso de apostar que os jovens não ligam muito para conforto. Neste quesito, o conteúdo do hatch não é dos mais generosos, apesar do preço. Tem ar-condicionado automático, por exemplo, mas com apenas um controle de temperatura. Os bancos são tipo concha, "ligeiramente" esportivos, mas os ajustes são manuais e o revestimento é parte em tecido, parte em couro sintético. O sistema de entretenimento possui uma tela 5,8 polegadas, no alto

do console central, mas o controle é através de um grande e antigo botão giratório no console entre os bancos – até carros bem menos sofisticados usam sistema touch. Pelo menos, esta espécie de desapego não atingiu a segurança. Boa parte do arsenal que a Mercedes-Benz dispõe nesse aspecto foi introduzido no Classe A. Ele traz, por exemplo, 7 airbags – um deles para o joelho do motorista –, controle de estabilidade e tração, sistema de secagem de discos

e pastilhas de freio em caso de chuva, retardo de liberação de freio em rampas, espelho eletrocrômico, volante multifuncional, sistema isofix para cadeirinha de crianças, etc. No caso da versão Urban, há ainda faróis de xênon e day ligth em led – que segundo a marca faz as vezes de faróis de neblina. A posição de topo de gama da versão Urban não deve durar muito. Ainda no primeiro semestre a marca deve iniciar a importação da "violenta" A45 AMG, que tem motor turbo de

2.0 litros com 360 cv. Não será, claro, um modelo de vendas. Já para as duas versões da A200, que chegam nas lojas em meados de abril, a marca espera que emplaquem cerca de 200 unidades por mês, sendo que 80% da versão mais completa. É um prognóstico conservador. Mesmo assim, se realizado, daria uma participação superior a 30% do mercado classificado pela marca como "compactos de marcas premium alemãs". Audi e BMW não saem mais da mira da Mercedes.

FICHA TÉCNICA

Mercedes-Benz Classe A › MOTOR: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.595 cm3, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbocompressor, intercooler, comando duplo no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção direta. › TRANSMISSÃO: Câmbio automatizado de dupla embreagem com sete marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle de tração. › POTÊNCIA máxima: 156 cv a 5.300 rpm. › ACELERAÇÃO 0-100 km/h: 8,3 segundos. › VELOCIDADE máxima: 224 km/h. › TORQUE máximo: 25,5 kgfm entre 1.250 e 4 mil rpm. › DIÂMETRO e curso: 83,0 X 73,7. Taxa de compressão: 10,3:1. › SUSPENSÃO: Dianteira independente do tipo McPherson com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo fourlink com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos. › PNEUS: 205/55 R16 (225/45 R17 na versão Urban). › FREIOS: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS de série. › CARROCERIA: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,29 metros

de comprimento, 1,78 m de largura, 1,43 m de altura e 2,69 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista. › PESO: 1.370 kg. › CAPACIDADE do porta-malas: 341 litros. › TANQUE de combustível: 50 litros. › PRODUÇÃO: Kecskemét, Hungria. › LANÇAMENTO mundial: 2012. › LANÇAMENTO no Brasil: 2013. › ITENS de série: › VERSÃO Style: Airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motirsta, controle de estabilidade e tração, sistema de detecção de fadiga, ABS, bancos de couro, start/stop, rodas de liga leve de 16 polegadas, acabamento interno em cromo prateado, volante multifuncional, sistema de entretenimento com tela central de 5,8 polegadas, ar-condicionado automático, computador de bordo e cruise control. › PREÇO: R$ 99.900. › VERSÃO Urban: Adiciona rodas de liga leve de 17 polegadas, escape com saída dupla e ponteiras cromadas, grade dianteira prateadas, faróis bixenôn com led, painéis das portas revestidos em couro, acabamento interno com padronagem diamente e painel de instrumentos com fundo branco. › PREÇO: R$ 109.900.


Automóveis 15

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013

Amplo espectro MOTOMUNDO

RODA VIVA

KTM Duke 690R mostra qualidades para brigar fora do mundo off-road KANÁ MANHÃES

POR CARLO VALENTE Auto Press

É

muito difícil uma marca sobreviver em qualquer ramo de mercado apostando única e exclusivamente em um nicho. A austríaca KTM percebeu isso no meio da década de 1990. Antes conhecida por sua grande dedicação às motos off-road, inclusive com diversos títulos em competições importantes, a fabricante lançou a linha Duke, com motocicletas urbanas no estilo naked. A esportividade era mantida, mas com maior abrangência. A linha foi renovada no final de 2011 com a nova geração da Duke 690. Mas foi só no último trimestre de 2012 que apareceu a versão mais agressiva da gama, a 690R. Modelo que recebe atualizações diretamente das motos usadas no European Junior Cup, categoria que teve algumas provas realizadas em conjunto com o mundial de Superbike. A 690R se beneficia principalmente de sua ótima relação peso/potência. Algo que fica mais fácil quando se tem um dos motores monocilídricos mais potentes à venda no mercado mundial. Com refrigeração líquida e quatro tempos, ele gera impressionantes 70 cv de potência a 7.500 rpm e 7,13 kgfm a 5.500 rotações. O quadro de treliça ajuda na leveza. O peso seco da 690R é de 149,5 kg. Isso significa que cada cavalo precisa levar apenas 2,13 kg “nas costas”. O grande potencial esportivo da 690R – ao menos no papel – ainda é aumentado com outras melhorias estruturais. Os garfos dianteiro e a balança traseira são novos. E tem como grande diferencial o fato de serem totalmente ajustáveis. A KTM avisa que a 690R pode ser adaptada tanto para um uso

O Grupo Casal apresenta ofertas imperdíveis para quem deseja levar para casa um carro 0 km. A concessionária oferece taxas especiais nos financiamentos e as

vantagens no consórcio Volkswagen. Venha conhecer os grandes lançamentos e os campeões de vendas, os novos modelos do Gol e Voyage.

***

KIA KOREMAC A direção da Kia Koremac apresenta promoções incríveis dos mais belos modelos quatro rodas do mercado. Leve para sua casa a versão automática do

carro que é sucesso de vendas, o Picanto. Na Koremac você encontra as melhores taxas e parcelas que cabem no seu bolso. Faça uma visita!

***

MOTOCAR

Há 32 anos no mercado e agora em Macaé! A Motocar chega ao município com grandes lançamentos e novidades com as melhores ofertas do mercado e a qualidade

suave, confortável, quanto para uma pista de corrida. Os freios também são diferentes, feitos pela italiana Brembo. Usinados a partir de alumínio, eles são 6% mais leves que o da moto “normal” e ainda mais rígidos. Já a central do ABS ganhou um modo R, para uso em condições extremas – nessa situação, a roda traseira fica sem a assistência do sistema, mas a dianteira fica ativada normalmente. O conjunto ainda é completo com o novo silenciador feito pela Akrapovic, novas pedaleiras e munhequeiras. Todos equipamentos vindos diretamente do catálago da KTM Power Parts, uma espécie de divisão interna esportiva.

motores maiores e mais “talentosos”. E, mesmo assim, o modelo da KTM impressionou pela velocidade que aceita nas entradas de curva, permitindo que o piloto ande forte desde o primeiro momento. O chassi é estável e preciso, mesmo em velocidades elevadas, quando o único elemento que dificulta a pilotagem é a ausência de um para-brisa para rebater o vento. O motor é único em sua classe. É pleno e regular em giros baixos e médios e “raivoso” em

› DIÂMETRO e curso: 102,0 mm

X 84,5 mm. › TAXA de compressão: Não informada. › SUSPENSÃO: Dianteira com garfo invertido com curso de 150 mm e amortecedores ajustáveis. Traseira do tipo Uni-Trak, com amortecedor ajustável e curso de 150 mm. › PNEUS: 120/70 R17 na frente e 160/60 R17 atrás. › FREIOS: Disco com pinça de quatro pistões na frente e a

HONDA. Faça uma visita e conheça as mais belas motos. Não perca tempo. A Motocar está localizada na Rua dos Advogados, 168, Alto dos Cajueiros (Viaduto).

***

SÃO LUCAS AUTOCENTER A São Lucas Autocenter é uma das maiores representantes das grandes marcas de rodas e pneus como, Crystone, Pirelli e GT Radial e os importados West Lake, Warli, Hifly e Pro-Sport. A

A 690R se beneficia principalmente de sua ótima relação peso/potência. Algo que fica mais fácil quando se tem um dos motores monocilídricos mais potentes à venda no mercado mundial

altas rotações. Para explorar ao máximo a capacidade de contornar curvas da 690R, é preciso retardar as frenagens e sucessivamente evocando o acelerador na parte de fora da curva. Dependendo do ajuste selecionado para a suspensão, dá para impor uma inclinação digna de uma esportiva real sem chegar a encostar no chão com as pedaleiras. A posição dos pés, por sinal, é uma das principais críticas. Muito à frente, eles ficam um tanto desajeitados.

KTM Duke 690R tempos, 690 cm 3, monocilíndrico, quatro válvulas, comando duplo no cabeçote e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial. › CÂMBIO: Manual de seis marchas com transmissão por corrente. › POTÊNCIA máxima: 70 cv a 7.500 rpm. › TORQUE máximo: 7,13 kgfm a 5.500 rpm

taxas especiais. Venha conferir os lançamentos 2013, o novo Ecosport e a nova Ranger. Carros completos com o melhor preço do mercado!

***

FICHA TÉCNICA

› MOTOR: A gasolina, quatro

O gerente comercial da Bracom Ford de Macaé convida você, leitor, para conferir as ofertas imperdíveis que a concessionária lhe oferece com

CASAL VOLKSWAGEN

Relâmpago entre as zebras A sensação inicial ao andar na 690R é de uma extrema leveza que facilita as manobras. A posição de pilotagem é mais baixa do que a de uma motard, enquanto as pedaleiras posicionadas na frente do quadro denuciam o parentesco com o mundo off-road. Pode-se dizer que o circuito de Mugello não é dos mais indicados para um moto como a Duke 690R. As retas longas e as curvas de alta velocidade beneficiam motocicletas com

BRACOM FORD

disco com pinça de pistão simples atrás. Oferece ABS. › DIMENSÕES: Comprimento, altura e largura não informados. 1,46 m de distância entre-eixos e 0,86 m de altura do assento. › PESO: 149,5 kg. › TANQUE do combustível: 14 litros. › PRODUÇÃO: Mattighofen, Áustria. › LANÇAMENTO mundial: 2012. › PREÇO: 9.970 euros, equivalentes a R$ 25.800.

empresa também conta com as famosas baterias Zetta e Moura. Lá, o cliente encontra as melhores máquinas do mercado, o que garante a qualidade total em seus serviços. Faça uma visita!


16 Automóveis

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2013


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.