Automoveis - 270313

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MACAÉ (RJ), QUARTA-FEIRA, 27 DE MARÇO DE 2013 • ANO XXXVII • Nº 8043 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

O concreto e o abstrato Volkswagen Touareg R-Line traz luxo e boa mecânica, Pág.11 11 mas esbarra nos rivais das marcas premium Pág. PERFIL

TESTE

Peugeot 208:

DIVULGAÇÃO

tudo em cima

Na contramão da crise Sedã derivado do novo Classe A, CLA se torna opção da Mercedes-Benz para enfrentar a queda da demanda na Europa

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urante muito tempo, as marcas premium resistiram à crise financeira na Europa. No entanto, após cinco anos de retração, o cerco começou a apertar para todos e as fabricantes

de luxo precisaram encontrar alternativas para não perder vendas. A opção foi desenvolver carros mais baratos. No caso da Mercedes-Benz, a nova geração do hatch Classe A foi o primeiro ataque. Agora, sobre

a mesma plataforma, a marca alemã apresenta o CLA, versão sedã que busca reunir todos os predicados de um Mercedes, combinados a um preço mais acessível para enfrentar a recessão. Pág. 8 DIVULGAÇÃO

Peugeot investe em inovações e sofisticação do compacto para ganhar força no mercado brasileiro

N

os últimos tempos, a Peugeot do Brasil tem se mexido bastante, mas feito pouco barulho. E é isso que a montadora francesa quer mudar com a chegada do compacto 208 por aqui. O modelo tem a missão de fazer a

marca “acordar” para o mercado. Os executivos da empresa projetam vendas entre 2.500 e 3 mil unidades mensais do novo hatch. Esta é a mesma ordem de grandeza que tem hoje o 207 nacional – modelo com o qual o 208 vai conviver.

É uma previsão comportada. O modelo já provou ter um enorme potencial. Na Europa, onde foi lançado há menos de um ano, causou um bom estrago: foi o compacto mais vendido no ano passado, com 250 mil unidades. Pág. 6


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AUTOTAL

Segurança à prova

O

Latin NCAP, que avalia a segurança dos carros comercializados na América Latina, revelou os resultados de dois modelos que ainda não haviam passado pela terceira etapa de sua fase piloto. Os carros testados foram o Hyundai HB20 e o Ford EcoSport, que chegaram ao mercado nacional no ano passado e tiveram sucesso de vendas. As unidades testadas eram equipadas com airbag duplo. O modelo da marca norte-

americana obteve quatro estrelas na avaliação quanto à proteção de adultos, e três na das crianças – a nota máxima é de cinco estrelas. A fixação das cadeirinhas infantis com o sistema de retenção para crianças, chamado Isofix, desempenha um papel significativo na redução de erros de instalação e melhorou o desempenho dinâmico em alguns casos. Já o Hyundai HB20, que também conta com o sistema

Isofix, ficou com três estrelas quanto à proteção de adultos – uma nota apenas mediana. Em relação às crianças, o compacto ficou devendo. Com somente uma estrela no teste de impacto, o modelo até revelou uma estrutura estável durante o impacto, o que é desejável. No entanto, os sistemas de retenção da cadeirinha de bebê utilizada no teste não funcionaram adequadamente, segundo o Latin NCAP.

MERCEDES-BENZ

YAMAHA

Mais perto Conforme entram no novo regime automotivo brasileiro, o Inovar-Auto, as importadoras divulgam tabelas de preço com reduções de preço substanciais. Agora chegou a vez da alemã Mercedes-Benz anunciar os preços atualizados de seus modelos a venda por aqui. A redução no valor chega a mais de 20% nos veículos mais caros. O modelo

mais barato continua sendo o B200 Turbo, que agora vale R$ 104.900, 9,49% a menos do que antes. A versão “top”, a Sport, do monovolume agora custa R$ 115.900, R$ 15 mil a menos do que na época de seu lançamento. O carro mais vendido da empresa, o C180 Turbo passa a ser vendido por R$ 121.900, 12,8% a menos do que antes.

DIVULGAÇÃO

Os modelos mais caros receberam reduções ainda maiores. A ML350 caiu 15,07% para R$ 284.500. Já a CLS 350 passa a valer R$ 304.900, 17,57% a menos que antes. Os carros preparados pela AMG, todos com preço em dólar, tiveram decréscimo de mais de 20%. O maior desconto foi no C63 AMG sedã, que caiu 24,28% e passou a valer US$ 191.500.

Pouca novidade A Yamaha fez valer a máxima popular de que “em time que está ganhando, não se mexe” e pouco mudou na nova geração da Factor, sua moto de entrada. O modelo, de 125 cc, registra bons números de vendas, o que justifica a cautela da marca japonesa. As mudanças foram apenas externas. A capacidade cúbica foi mantida e nem mesmo injeção eletrônica foi introduzida na nova moto.

A agora Factor Segunda Geração 2014 – antes chamada apenas de YBR 125 – ganhou uma nova versão de entrada, ainda mais barata, que sai por R$ 5.390. Batizada de K1, a variante tem partida a pedal e freios a tambor. Todas as outras versões tiveram redução de R$ 500. A mais cara, com partida elétrica e freio a disco, custa R$ 6.490. As mudanças são simples. As

aletas do tanque de combustível ficaram maiores e foram reestilizadas. A cor branca foi adotada para o fundo do quadro de instrumentos – antes preto. O escapamento e o paralama dianteiro também foram renovados. Embora a Yamaha não tenha sofisticado a Factor, o preço continua a ser um grande argumento. Em 2012, o modelo emplacou 82.194 unidades, segundo a Fenabrave.


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AUTOMUNDO

O bom selvagem

IPVA

O cupê de quatro portas Audi S7 exibe uma esportividade comportada

DIVULGAÇÃO

Por Rodrigo Machado

Auto Press

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o Brasil, as idas e vindas da Audi fizeram dela uma espécie de “patinho feio” entre as marcas de luxo alemãs. Na Europa, ao contrário, o fato de ser a de menor tradição acaba até exercendo um certo fascínio sobre o público jovem. É para este público que a marca direciona os modelos mais esportivos que cria. Atualmente, a fabricante alemã tem duas linhas diferentes de carros com apelo mais agressivo. A mais extrema é a RS, que briga exatamente com M e AMG, das rivais BMW e Mercedes-Benz, enquanto a S seria a destinada a iniciantes. Uma espécie de meio termo entre luxo e esportividade. Caso do S7 Sportback que chega agora ao Brasil. O cupê de quatro portas até tem atributos que o apontariam como um legítimo esportivo, mas sobram itens de conforto para permitir “desfiles” mais pacatos. O motor explica bem essa história. Assim como qualquer modelo com pretensão agressiva, ele é o “centro das atenções” no S7. Porém, cheio de recursos tecnológicos que ajudam na redução do consumo de combustível – algo que seria facilmente esquecido em um “puro sangue”. No caso, se trata de um V8 biturbo de 4.0 litros que desenvolve 420 cv entre 5.500 e 6.400 rpm e 56,1 kgfm de torque entre 1.400 e 5.200 rotações. Na prática, ele fica no meio do caminho entre o A7 Sportback de 300 cv e o poderoso RS7 de 560 cv, apresentado no Salão de Detroit. Mesmo com dados de potência e torque tão instigantes, as maiores qualidades do propul-

TABELA DO IPVA 2013 DO DETRAN RJ:

sor do S7 passam longe da frieza de números. Um dos destaques é o sistema Cylinder on Demand, que desativa quatro dos oito cilindros se não houver real demanda de força. A desativação ocorre entre 900 e 3.500 giros e a partir da terceira marcha, ou seja, em velocidade de cruzeiro. Nesse momento, dois cilindros de cada bancada são “desligados” – através do fechamento de suas válvulas. Mas além de economizar combustível, os cilindros inertes cheios de ar ainda funcionam como amortecedores pneumáticos para suavizar as vibrações do motor. A própria localização dos turbos dentro do “V” é pensada para esfriar as laterais do bloco e diminuir as emissões de dióxido de carbono.

O complexo motor é aliado à já conhecida – e elogiada – transmissão automatizada STronic de dupla embreagem. Através da tração integral nas quatro rodas, o conjunto leva o pesado cupê de 1.945 kg até 100 km/h em 4,7 segundos e até uma velocidade máxima de 250 km/h limitada eletronicamente. Tudo isso com um consumo bastante honesto para um carro de tamanhos “poderes”. Os números oficiais da Audi apontam para uma média combinada de 10,4 km/l, sendo 7,4 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada. A faceta mais “social” do S7 é composta por equipamentos como o ar-condicionado de quatro zonas, acabamento interno de alumínio escovado, suspensão a ar e sistema de

entretenimento completo com direito até à tevê a bordo. Entre os itens de segurança, destaque para o sistema da câmara de visão noturna, controle de cruzeiro adaptativo e o conjunto de radares que podem até frear o carro na iminência de uma colisão. Claro que juntar tudo isso em um carro custa caro. A Audi cobra redondos R$ 500 mil pelo S7. Com todos os opcionais, o meio esportivo meio luxuoso da Audi pode atingir R$ 551,5 mil. Atualmente, MercedesBenz e BMW não importam os concorrentes diretos do S7 – no caso, seriam o CLS 500 e o Série 6 Gran Coupé 650i. O que pode ajudar a dar algum tipo de vantagem mercadológica para a fabricante de Ingolstadt.


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TESTE

Peugeot 208: tudo em cima

Peugeot investe em inovações e sofisticação do compacto 208 para ganhar força no mercado brasileiro Por Eduardo Rocha Auto Press

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os últimos tempos, a Peugeot do Brasil tem se mexido bastante, mas feito pouco barulho. E é isso que a montadora francesa quer mudar com a chegada do compacto 208 por aqui. O modelo tem a missão de fazer a marca “acordar” para o mercado. Os executivos da empresa projetam vendas entre 2.500 e 3 mil unidades mensais do novo hatch. Esta é a mesma ordem de grandeza que tem hoje o 207 nacional – modelo com o qual o 208 vai conviver. É uma previsão comportada. O modelo já provou ter um enorme potencial. Na Europa, onde foi lançado há menos de um ano, causou um bom estrago: foi o compacto mais vendido no ano passado, com 250 mil unidades. Um dos motivos para esta aparente subestimação das vendas está no “corte” de mercado desenhado para o modelo produzido, desde janeiro, em Porto Real, no Sul Fluminense. Não há, por exemplo, uma versão “popular”. Ele chega às concessionárias nas segunda semana de abril com duas motorizações, 1.5 8V de 93 cv e 1.6 16V de 122 cv, e com valores que começam em R$ 39.990 e vão até R$ 54.690. Os preços não são lá muito convidativos, mas o 208 apresenta três pontos de forte atração: o design, o bom padrão de equipamentos e uma lógica de condução e de habitabilidade bastante interessante. O design mantém uma clara identidade com as linhas inauguradas no compacto 206 há 15 anos. Só que, com o passar dos anos, o estilo foi ganhando uma certa virilidade. Os faróis que apontam em direção à grade ainda

estão lá, só que agora eles são recortados. A própria grade foi rebaixada e tanto o capô como as laterais ganharam musculatura bem marcada. A robustez do desenho até cria a impressão que o compacto da Peugeot é menos longilíneo que o antecessor. Na verdade, o 208 tem 3,97 metros de comprimento, ou 9,4 cm a mais. O entre-eixos cresceu ainda mais: subiu de 2,44 m para 2,54 m. A engenharia da Peugeot repensou a ergonomia de pilotagem e elevou o conjunto de instrumentos para o topo do painel. Dessa forma, ele passa a ser visto por sobre o volante. O console central também foi elevado para se alinhar com os instrumentos. O resultado é que o motorista tem todas as informações na altura dos olhos. Para que não houvesse interferência na visualização do cluster de instrumentos, o diâmetro do volante foi reduzido – tem 33 cm contra 37 cm do usado no 207. Alkém disso, todas as versões contam com regulagem de altura do banco do motorista e do volante – que também tem ajuste de profundidade. Essa nova organização cria um ambiente bastante agradável no interior do modelo, no que é ajudado pelo ótimo nível de acabamento e pelo bom recheio em todas as três versões do 208. Desde a básica, Active, o modelo já vem com ar-condicionado, direção, travas e vidros dianteiros elétricos, além dos quase obrigatórios airbags frontais e ABS. Além do mais, a versão não é depauperada em de recursos de segurança. Estão lá repetidores nos espelhos, luzes de led diurnas e cinto de três pontos para os cinco passageiros. A exceção negativa fica para o encosto de cabeça

central traseiro, que é excluído tanto da versão básica quanto da intermediária Allure. Mas é exatamente na Allure que alguns elementos bem interessantes passam a integrar o 208. Casos do teto panorâmico e da central multimídia com GPS e tela “touch” de sete polegadas. A versão intermediária adiciona ainda detalhes cromados acabamento, rodas de liga aro 15, faróis de neblina, volante multifuncional revestido em couro e espelhos elétricos. Active e Allure são sempre animadas pelo propulsor 1.5, gerenciado por uma transmissão mecânica de cinco marchas. O motor 1.6 16V ficou reservada para a versão topo de gama Griffe. Ela trabalha em conjunto com um câmbio manual de cinco ou automático de quatro marchas – único opcional da versão. A Griffe engloba como itens de série todos os equipamentos das outras versões e ainda detalhes de acabamento que dão um certo refinamento, como luz interna em led ou frisos cromados nos vidros laterais. Alguns equipamentos são dignos de modelos médios de luxo, como rodas de liga aro 16, ar-condicionado automático de duas zonas, sensores de luminosidade, de chuva e de obstáculos traseiro, controle de cruzeiro, além alarme e vidros traseiros elétricos. Segundo os executivos da marca, a Griffe deve abocanhar 25% das vendas – com 15% para a automática e 10% para a mecânica. A Allure pegaria metade das vendas enquanto para a Active sobraria com 25%. Esta projeção mostra que a Peugeot aposta nas versões de maior sofisticação. Afinal, o refinamento é o melhor que o 208 tem para vender.

KANÁ MANHÃES

Ponto a ponto Desempenho – São duas propostas complementares. O motor 1.6 litro 16V tem 15% a mais de torque e 30% a mais de potência que o propulsor 1.5 litro 8V e a principal razão de sua existência na linha é se acoplar ao velho câmbio automático de quatro marchas da marca sem deixar o carrinho esmorecer. No modelo manual, os 122 cv do 1.6 16V encontra grande facilidade para animar os 1.150 kg do 208 seja no ambiente urbano, seja no rodoviário. Enquanto isso, o propulsor 1.5 de 93 cv tem um comportamento bastante convincente. Aos 2 mil giros ele já disponibiliza 80% do torque, que é de 14,2 kgfm aos 3 mil rpm, e isso deixa o modelo bastante divertido. Nos dois casos, o 208 mecânico mostrou-se bem-disposto e muito reativo. Nota 8. Estabilidade – A Peugeot mexeu no acerto de suspensão do modelo europeu original e se deu muito bem. O conjunto mostra enorme equilíbrio entre a rigidez necessária para enfrentar curvas e a maciez suficiente para aliviar os passageiros das irregularidades da pista. Nota 9. Interatividade – A direção de pequeno diâmetro dá agilidade nas manobras e empresta uma certa esportividade ao 208. Só que nos modelos com câmbio manual, únicos disponibilizados pela Peugeot no lançamento, essa sensação é anestesiada pelo longo curso da alavanca e pelos engates

meio “borrachudos”. Por outro lado, a solução de trazer as informações e os controles da central multimídia para a linha dos olhos do motorista é uma dessas ideias que podem fazer escola. E o volante multifuncional complementa muito bem essa reconceituação de ergonomia.Nota 9. Consumo – Neste aspecto, o motor 1.5 se mostrou bem mais eficiente. A classificação do InMetro foi A, enquanto o 1.6 16V obteve índice C. Segundo o instituto, o 1.5 cumpre 8,0 km/l e 11,6 km/l na cidade e 9,6 km/l e 14,3 km/l na estrada com etanol e gasolina, respectivamente. Já o 1.6 16V fica com números piores. Na cidade, faz 7,1 km/l e 10,6 km/l e na estrada 8,9 km/l e 12,9 km/l, sempre com etanol e gasolina, na ordem. Na média, o 208 não é beberrão. Durante o teste, quase totalmente em rodovia e com etanol no tanque, o computador acusou a média de 10,8 km/l. Nota 7. Conforto – O 208 não é muito macio, mas o ajuste firme da suspensão não sacrifica os ocupantes. Os bancos sustentam bem o corpo, inclusive nas curvas, e evitam o cansaço. Nota 8. Tecnologia – É um compacto moderno, com uma plataforma que foi retrabalhada recentemente – lançada na Europa há menos de um ano. Os recursos eletrônicos visíveis, como central multimídia, também são de última geração. Mas poderia ser me-

lhor equipado, como ocorre na matriz parisiense. Por lá, todos os 208 já têm seis airbags, ABS e controle de estabilidade de série. Por aqui, há apenas os praticamente obrigatórios duplo airgbag frontal e ABS. Diante da precariedade do mercado brasileiro, ele ainda fica acima da média. Nota 8. Habitabilidade – O amplo entre-eixos é bem aproveitado no 208. Os acessos são tranquilos, com bons ângulos de abertura de portas e bom espaço para a movimentação de pernas na hora de entrar ou sair do carro. Há poucos nichos para objetos no interior, porém funcionais. O porta-malas, de 318 litros, está entre os maiores do segmento. A vida a bordo ganha muitos pontos com o teto panorâmico. Nota 9. Acabamento – A equipe da Peugeot conseguiu unir materias de acabamento de qualidade e bom gosto na decoração interna. Nota 9. Design – O desenho do 208 é uma evolução do estilo iniciado no 206 e segue a tendência apresentada ensaiada no crossover 3008 e consolidade no sedã 508. Nota 8. Custo/benefício – O acabamento caprichado, o requinte e o nível de equipamentos, que inclui GPS e ar bizone, desembocam em um preço final salgado, apesar de condizente com os recursos que traz. Nota 5. Total – O Peugeot 208 somou 81 pontos de 100 possíveis.


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Na contramão da crise

VITRINE

Sedã derivado do novo Classe A, CLA se torna opção da Mercedes-Benz para enfrentar a queda da demanda na Europa DIVULGAÇÃO

Carlo Valente Auto Press

Mercedes-Benz CLA 220 CDI

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urante muito tempo, as marcas premium resistiram à crise financeira na Europa. No entanto, após cinco anos de retração, o cerco começou a apertar para todos e as fabricantes de luxo precisaram encontrar alternativas para não perder vendas. A opção foi desenvolver carros mais baratos. No caso da Mercedes-Benz, a nova geração do hatch Classe A foi o primeiro ataque. Agora, sobre a mesma plataforma, a marca alemã apresenta o CLA, versão sedã que busca reunir todos os predicados de um Mercedes, combinados a um preço mais acessível para enfrentar a recessão. O novo modelo também está cotado para ser produzido no Brasil a partir de 2015. O Mercedes-Benz CLA tem três níveis de acabamento, chamados de Executive, Sport e Premium. O primeiro, mais simples, tem rodas de liga leve de 17 polegadas e conectividade com celulares e smartphones via Bluetooth. A versão Sport traz rodas de 18 polegadas, câmara de visão traseira e conjunto de entretenimento e navegação com um tablet instalado no topo do painel. A Premium, mais equipada, inclui rodas AMG, faróis bi-xenon e uma lista de opcionais como teto panorâmico e assistente para estacionamento, entre outros. Os itens mais comuns, como bancos de couro, trio elétrico e ar-condicionado, vêm de série em todas as versões. A marca alemã oferece ainda o pacote CLA Neon, com possibilidades de personalização para atrair o público jovem. O kit permite configurar o display central através do iPhone,

FICHA TÉCNICA

› MOTOR: Diesel, dianteiro, trans-

versal, 2.143 cm3, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e duplo comando do cabeçote. Injeção direta e acelerador eletrônico. › TRANSMISSÃO: Automática de sete velocidades. Tração dianteira. › POTÊNCIA máxima: 170 cv a 3.400 rpm. › ACELERAÇÃO 0-100 km/h: 8,2 segundos. › VELOCIDADE máxima: 230 km/h. › TORQUE máximo: 35,6 kgfm a 1.400 rpm. › DIÂMETRO e curso: 83,0 x 99,0 mm. Taxa de compressão: 16,2:1. › SUSPENSÃO: Dianteira com braço de controle transversal com barra estabilizadora e amortecedores e traseira do tipo double-wishbone com molas helicoidais e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade. › PNEUS: 205/55 R16. › FREIOS: Discos ventilados na

além de possibilitar que o usuário conecte-se ao Facebook. A Mercedes já adiantou que trabalha no desenvolvimento da plataforma para ser operada também pelo sistema Android. A gama de motores do CLA tem unidades a gasolina de 1.6 e 2.0 litros, com 122 cv, 156 cv e 211 cv de potência, e diesel com 136 cv e 170 cv. Todas as opções são dotadas de turbo, com o intuito de dar um toque de esportividade à linha, além de reduzir o consumo de combustível. A versão testada, com o propulsor diesel mais potente, tem torque de 35,6 kgfm e ainda registra bons níveis de

emissões de poluentes. Os 109 g/km de CO2 já estão dentro da regulamentação Euro 6, que estabelece os níveis aceitáveis de partículas nocivas ao ambiente e entra em vigor na Europa apenas em 2014. Enquanto o conturbado panorama econômico europeu não melhora, o CLA tem papel parecido com o do Mercedes-Benz 190, que na década de 1980, permitiu a entrada de muitos consumidores no segmento de carros de luxo. A gama completa, que conta também com o hatch Classe A, deverá ser encorpada futuramente. A fabricante ale-

mã já revelou que ainda neste ano irá apresentar o GLA, um crossover na mesma plataforma. Também é esperado o CLA Shooting Break, versão perua da família. A estratégia de preços, bem agressiva, deixa o sedã com boa competitividade. O CLA parte 29.900 euros, cerca de R$ 76.500, e chega a 42.600 euros – o equivalente a R$ 109 mil – na versão topo. O carro da marca bávara começa em 36 mil euros – aproximadamente R$ 92 mil – enquanto o modelo da Audi tem preço inicial mais próximo, cerca de 30 mil euros – cerca de R$ 77 mil.

frente e sólidos atrás.

› CARROCERIA: Sedã em mo-

nobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,63 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,43 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série. › PESO: 1.525 kg. › CAPACIDADE do porta-malas: 470 litros. › TANQUE de combustível: 50 litros. › PRODUÇÃO: Kecskemét, Hungria. › LANÇAMENTO mundial: 2013. › ITENS de série: Ar-condicionado automático, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, direção elétrica, trio elétrico, luzes diurnas em led, volante com regulagem de altura e profundidade, ESP, ABS, EBD, airbags frontais, laterais e de cortina, EBA, rádio/ MP3/USB/iPod/AUX/Bluetooth, câmera de ré. › PREÇO: 40.600 euros, o equivalente a R$ 104 mil.


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MOTOMUNDO

Expresso do Oriente

Suzuki renova a Burgman 650, aposta na sofisticação e mantém o conjunto mecânico KANÁ MANHÃES

Por Michael Figueredo Auto Press

A

Suzuki Burgman não é uma moto nova. A scooter foi apresentada em 1998, inicialmente apenas no Japão, e tinha o objetivo de subir na garupa do sucesso de modelos como a Honda Helix e a Yamaha Majesty. A primeira versão tinha 400 cc. Em seguida, outras variantes foram criadas, como a de 650 cc. Nesta configuração, a motocicleta chegou ao mercado europeu dez anos atrás e, desde então, registra bons números – só na Itália, por exemplo, já vendeu mais de 83 mil unidades em uma década. Para manter a força na Europa, a Suzuki promoveu um facelift na moto e no ano passado, durante o Salão de Colônia, na Alemanha, revelou a renovada Burgman 650. Mecanicamente, praticamente nada novo. A marca apostou no visual, que ficou ainda mais requintado. O plano da Suzuki é bastante claro com a nova Burgman: dar sequência aos bons resultados obtidos na Europa. Tanto que entregou o projeto nas mãos de Yoshinori Kohinata, responsável pelas linhas da Hayabusa, de 2008, e da Gladius, de 2009. O designer se inspirou no mundo automotivo europeu e deixou a moto mais robusta. Porém, para não perder a sofisticação do visual, adotou alguns elementos, como faróis maiores e luzes de posição traseiras em leds. O painel de instrumentos foi outro ponto influenciado pelos carros e combina mostradores analógicos – como o velocímetro e o conta-giros – e digitais – como o computador de bordo. O cano do escapamento também foi renovado, mas manteve a tradicional ponta triangular da

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RODA VIVA BRACOM FORD O gerente comercial da Bracom Ford de Macaé convida você, leitor, para conferir as ofertas imperdíveis que a concessionária lhe oferece com

taxas especiais. Venha conferir os lançamentos 2013, o novo Ecosport e a nova Ranger. Carros completos com o melhor preço do mercado!

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CASAL VOLKSWAGEN O Grupo Casal apresenta ofertas imperdíveis para quem deseja levar para casa um carro 0 km. A concessionária oferece taxas especiais nos financiamentos e as

vantagens no consórcio Volkswagen. Venha conhecer os grandes lançamentos e os campeões de vendas, os novos modelos do Gol e Voyage.

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KIA KOREMAC A direção da Kia Koremac apresenta promoções incríveis dos mais belos modelos quatro rodas do mercado. Leve para sua casa a versão automática do

carro que é sucesso de vendas, o Picanto. Na Koremac você encontra as melhores taxas e parcelas que cabem no seu bolso. Faça uma visita!

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MOTOCAR

Há 32 anos no mercado e agora em Macaé! A Motocar chega ao município com grandes lançamentos e novidades com as melhores ofertas do mercado e a qualidade

HONDA. Faça uma visita e conheça as mais belas motos. Não perca tempo. A Motocar está localizada na Rua dos Advogados, 168, Alto dos Cajueiros (Viaduto).

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SÃO LUCAS AUTOCENTER marca de Hamamatsu. Na mecânica, a Suzuki preferiu mexer pouco. Para mover os 275 kg da Burgman 650, a marca manteve o motor de 638 cc, com transmissão CVT controlada eletronicamente. O bicilíndrico conta com três modos de condução – automático, com as opções “power” e “drive”, e manual. Porém, a fabricante fez algumas alterações para, por exemplo, reduzir o consumo de combustível. De acordo com a Suzuki, a nova

Burgman 650 consome 15% menos que a versão anterior e já está em conformidade com as novas normas de controle de emissões de poluentes da Europa. O propulsor consegue gerar 55 cv de potência máxima, entregue às 7 mil rpm. O torque máximo, de 6,3 kgfm, é alcançado aos 6.400 giros. Se as prestações mecânicas ficaram praticamente intactas, a nova Burgman 650 carrega o luxo como maior argumento de vendas. A Suzuki ampliou

todos os compartimentos, inclusive o localizado atrás do escudo dianteiro, para melhorar a capacidade de carga. O encosto para a garupa foi redesenhado e o banco do piloto continua entre os maiores do mercado. Os freios ABS, mais leves que os da versão anterior, são da Bosch. No campo tecnológico, a fabricante introduziu o sistema EcoDrive, que dá indicações para o condutor obter o menor consumo. A Suzuki oferece ainda uma versão topo

A São Lucas Autocenter é uma das maiores representantes das grandes marcas de rodas e pneus como, Crystone, Pirelli e GT Radial e os importados West Lake, Warli, Hifly e Pro-Sport. A

da Burgman, chamada de Executive, que conta com punhos, bancos e encostos – do piloto e do passageiro – aquecidos. Apesar do sucesso no mercado europeu, no Brasil, a maxiscooter, ainda na versão sem o facelift que chega agora ao mercado europeu, não vai tão bem. Em 2012, foram 94 unidades emplacadas. Neste ano, entre janeiro e fevereiro, ape-

empresa também conta com as famosas baterias Zetta e Moura. Lá, o cliente encontra as melhores máquinas do mercado, o que garante a qualidade total em seus serviços. Faça uma visita!

nas uma moto foi comercializada. O mercado brasileiro de motocicletas atravessa uma crise geral e o preço – entre R$ 38 mil e R$ 40 mil – atrapalha. Na Europa, a nova Suzuki Burgman 650 produzida na Espanha é comercializada por 9.900 euros – o equivalente a R$ 25.500 – em sua versão de entrada e 10.500 euros – cerca de R$ 27.100 – na variante topo.


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AUTOPERFIL

O concreto e o abstrato

Volkswagen Touareg R-Line traz luxo e boa mecânica, mas esbarra nos rivais das marcas premium DIVULGAÇÃO

Por Rodrigo Machado Auto Press

Volkswagen Touareg V8 R-Line

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esde que cismou que também pode ser marca de luxo, a Volkswagen já teve duas investidas entre os veículos premium. Com o sedã Phaeton, o resultado não foi nada satisfatório. Com o utilitário esportivo Touareg, contudo, a história é bem mais feliz. Não que ele seja um sucesso absoluto de vendas, mas foi suficiente bem para se tornar uma espécie de vitrine de tecnologia e sofisticação da Volks. Para valorizar ainda mais o seu produto, a fabricante alemã passou a oferecer no fim do ano passado o pacote de equipamentos R-Line para o Touareg, com motor V8 de 4.2 litros e 360 cv, que realça uma veia esportiva do utilitário. Entretanto, à medida que o visual fica mais atraente, a etiqueta de preços se torna menos entusiasmante. Vendido completo a quase R$ 360 mil, ele entra na faixa de preços dominada por Mercedes, BMW, Land Rover, Audi e Porsche. Briga complicada, com modelos já sedimentados no segmento de luxo. O problema não chega a ser o recheio ou o que o modelo da Volks pode fazer. Em uma comparação direta, o Touareg chega a ser mais equipado e potente que alguns rivais premium de preço semelhante. O mais importante neste segmento, no entanto, é o requinte que o carro “exala”. Uma percepção de sofisticação que a marca Volkswagen sempre tentou imprimir em seus carros, mas nunca atingiu o nível dos compatriotas. Em resumo, pode ser difícil optar por ter um VW na garagem enquanto se pode escolher um BMW, Mercedes, Porsche ou Audi. Tipo de dilema que a versão V6 do Touareg não sofre tanto. Como seu preço é inferior aos SUVs das marcas premium de mesmo porte, o Touareg V6 não chega a ser um real rival para eles, já que não há uma efe-

FICHA TÉCNICA

› MOTOR: A gasolina, dianteiro,

tiva competição entre os modelos. O Touareg R-Line compartilha peças com dois de seus principais rivais. A plataforma é a PL71, mesma usada pelo Audi Q7 e pelo Porsche Cayenne, duas marcas que compõem o Grupo Volkswagen. O trem de força também vem dos “companheiros”. O motor V8 4.2 FSI foi desenvolvido pela Audi no meio da última década e chega a equipar até o superesportivo R8. No Touareg, ele desenvolve 360 cv a 6.800 rpm e 45,4 kgfm a 3.500 giros. Já a transmissão automática de 8 marchas, com dupla embreagem e opção de trocas sequenciais na manopla ou através de borboletas atrás do volante, é feita pela alemã ZF e usada em outros modelos à venda atualmente – inclusive no Q7. O conjunto consegue levar o utilitário da Volkswagen da imobilidade até os 100 km/h em 6,5 segundos e à velocidade máxima de 245 km/h. A lista de equipamentos também mostra que o utilitário da Volkswagen não fica devendo a ninguém.

Os itens de série trazem apenas o obrigatório no segmento, como seis airbags, sistema de entretenimento com GPS, bancos com ajuste elétrico, ar-condicionado de quatro zonas, faróis de xenônio direcionais, acabamento interno com detalhes em alumínio, suspensão pneumática, entre outros. Com isso, o Touareg V8 custa R$ 308.190. Com o pacote R-Line, que adiciona para-choques maiores, rodas de 20 polegadas e detalhes estéticos mais esportivos, o preço sobe em R$ 13.785. Mas é nos opcionais que o SUV mais se destaca. Lá estão itens como o controle de cruzeiro adaptativo, teto solar panorâmico, sistema de som premium da Dynaudio e quatro câmaras auxiliares para manobras. Todo completo, o Touareg R-Line vai a R$ 358.240. Tal valor pode ser difícil de justificar para quem vem atrás de um logo VW – normalmente associado a produtos automotivos populares e não a modelos sofisticados. E que ainda tem um visual muito semelhante a veículos que custam

dez vezes menos – como o Gol ou o Fox, por exemplo. Detalhes que talvez ajudem a explicar desempenho comercial um tanto tímido do Touareg. As vendas neste segmento no Brasil, evidentemente, não alcançam altos volumes, pois o foco é o reforço da imagem de cada marca e a rentabilidade de cada unidade vendida. E o grande destaque é o Porsche Cayenne, que lidera com 96 unidades vendidas nos dois primeiros meses do ano. O Touareg, com 29 emplacamentos – quase uma unidade vendida por dia –, vem bem atrás. Mas ao menos supera os “compatriotas” BMW X5 e Audi Q7, que tem vendas bem mais restritas – 10 e 6 unidades, respectivamente.

longitudinal, 4.163 cc, oito cilindros em V, duplo comando de válvulas no cabeçote. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico. › TRANSMISSÃO: Câmbio automático de oito marchas com dupla embreagem, com opção de trocas sequenciais na manopla e através de borboletas atrás do volante. Tração integral. Oferece controle de tração. › POTÊNCIA máxima: 360 cv a 6.800 rpm. › TORQUE máximo: 45,4 kgfm a 3.500 rpm. › ACELERAÇÃO 0-100 km/h: 6,5 segundos. › VELOCIDADE máxima: 245 km/h. › DIÂMETRO e curso: 84,5 mm 92,8 mm. Taxa de compressão: 12,5:1. › SUSPENSÃO: Dianteira independente, com braço duplo transversal, molas helicoidais e amortecedores pneumáticos. Traseira independente, com braço duplo transversal, molas helicoidais e amortecedores pneumáticos. Oferece controle de estabilidade. › PNEUS: 275/45 R20. › FREIOS: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EDB. › CARROCERIA: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e cinco lugares. 4,79 metros de comprimento, 1,94 m

de largura, 1,70 m de altura com suspensão normal, ou 1,78 m de altura com suspensão elevada e 2,89 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina. › PESO: 2.075 kg em ordem de marcha. › CAPACIDADE do porta-malas: 520 litros. › TANQUE de combustível: 100 litros. › PRODUÇÃO: Bratislava, Eslováquia. › LANÇAMENTO no Brasil: 2012. › ITENS de série: Ar-condicionado de quatro zonas, bancos dianteiros com ajustes elétricos e aquecidos, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, display central colorido, retrovisor interno eletrocrômico, faróis de xenônio com acendimento automático, faróis de neblina com auxílio em curvas, controle de tração e estabilidade, controle de cruzeiro, airbags frontais, laterais e de cortina, monitor de pressão dos pneus, keyless, tração integral, revestimento interno em couro e rádio/CD/MP3/ Aux/Bluetooth/GPS. › PREÇO: R$ 308.190. › OPCIONAIS: Teto solar panorâmico, sistema de som Dynaudio, pacote estético R-Line, controle de cruzeiro adaptativo, sistema de auxílio a ponto cego e conjunto com quatro câmaras auxiliares. › PREÇO completo: R$ 358.240.


12 Automóveis

MACAÉ, QUARTA-FEIRA, 27 DE MARÇO DE 2013


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