Edição 9940 11-12-13-07-2020 (2)

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Macaé (RJ), sábado, 11, domingo, 12 e segunda-feira, 13 de julho de 2020

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Restinga de Jurubatiba

Jipeiros invadem Jurubatiba e revoltam os ambientalistas O Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba foi invadido por uma caravana de jipeiros, atropelando fauna e flora daquele santuário Isis Maria Borges Gomes

divulgação

isismaria@odebateon.com.br

U

ma caravana de cerca de 25 jipeiros invadiu uma das unidades de conservação mais bem preservadas do país, o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, atropelando fauna e flora daquele santuário. O fato ocorreu no sábado (5), quando cerca de 25 veículos de grande porte tipo 4 X 4 tomaram conta da área de proteção ambiental, destruindo parte da restinga e até animais em extinção da maior reserva ecológica de restinga do mundo. As imagens aéreas mostram pessoas, o grupo em churrasco ilegal na maior área de restinga contínua do Brasil. O fato caiu nas redes sociais, causando grande revolta nos ambientalistas e no público em geral. Os vídeos se espalharam nas plataformas digitais, comprovando a ousadia dos participantes, esmagando a natureza, destruindo o meio ambiente, num encontro cruel e tão destrutivo. Em um dos flashes feitos por Drones, pode ser observado o grupo fazendo churrasco em cima da vegetação e da areia do parque, num gesto de total irresponsabilidade. Nenhuma pessoa que aparece nas imagens estava usando máscara de proteção. “Na verdade, as restingas possuem uma vegetação rasteira super frágil e esses carros destroem completamente tudo”, explicam

O fato ocorreu no sábado (5), quando cerca de 25 veículos de grande porte tipo 4 X 4 tomaram conta da área de proteção ambiental

os ambientalistas. Outro fato que revoltou a todos foi esta invasão desses jipeiros veio atingir o tão conhecido calango (tropiduros), que corre risco de extinção exatamente por causa de atropelamentos e perda dessas moitas de vegetação

rasteira. Neste sentido, as visitas de carro são proibidas pelo impacto que causam. E o Governo Federal cortou toda e qualquer fiscalização que o parque tinha. “A cultura predatória e destrutiva destes clubes de jeep tem que

PIONEIRISMO

acabar. Já havia visto a destruição desses monstros em Massambaba e em Maricá, mas invadir um Parque Nacional eu nunca tinha visto tamanha ousadia. Estou encaminhando a denuncia para o MPF, IBAMA, PGR, Câmara dos deputa-

NOVO CENÁRIO divulgação

Parceria realiza pesquisa em prol da saúde e o bem-estar de professores Diante das exigências impostas e do processo de reinvenção frente ao cenário pandêmico, Sinpro Macaé e Região e Fiocruz realizam pesquisa sobre as condições de trabalho dos professores

O Centro de Triagem da Prefeitura de Macaé recebe membros do Comitê Gestor e Técnico-Científico do Projeto, junto com o Professor Titular da UFRJ, Amilcar Tanuri

Macaé realiza novo teste para detecção de Covid-19 O município foi um dos primeiros escolhidos para esses experimentos que também conseguem diagnosticar proteínas do vírus em suas fases iniciais Por: Alex Maia Macaé foi uma das primeiras cidades escolhidas para a realização dos experimentos de testes de antígeno para a detecção do novo coronavírus. Tais testes também são capazes de diagnosticar proteínas do SARS-CoV2 em suas fases iniciais que auxiliam os testes de PCR, responsáveis pela detecção do vírus. Com a colaboração do Instituto de Biologia/UFRJ e do projeto do Laboratório de Campanha para testagem de COVID -19 do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NUPEM/ UFRJ) de Macaé, essa iniciativa se deve aos trabalhos dos

dos e o Senado Federal”, declarou um dos ambientalistas. Outros comentaram: “Esses canalhas devem ser punidos para que nunca mais isso torne acontecer. É muito triste ver seres humanos com alto poder aquisitivo,

demandar uma ação maldosa e criminosa contra o patrimônio natural”; “Estou realmente chocado! Nunca havia visto tamanho desrespeito às leis e a uma unidade de conservação integral”; “Se nada acontecer a essa galera, muitos outros jipeiros vão seguir o péssimo exemplo achando que está tudo bem”; “Que desastre! Que risco para as nossas lagoas e nossa restinga! Imagina quanto lagarto, anfisbena, ratinho, ovos e plantas não foram esmagados! Que desrespeito” Fiz a denúncia, e estou mobilizando uma galera”, disseram os usuários do facebook. Criado em 29 de abril de 1998, o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba está localizado no norte do estado do Rio de Janeiro e engloba os municípios de Macaé (1%), Carapebus (34%) e Quissamã (65%) e é composto por 44km de praias e 18 lagoas costeiras de rara beleza e de grande interesse ecológico. O Parque administrado pelo ICMBio é um abrigo para diversas espécies de fauna e flora das restingas que estão em risco de extinção, sendo a maior área de restinga contínua do país. A restinga é um ecossistema que faz parte da Mata Atlântica, mas se distingue por agregar dezenas de comunidades de plantas com diferentes hábitos, formando tipos vegetacionais que variam de Florestas alagadas e áreas com pequenas ervas em solo de areia branca.

pesquisadores no laboratório e do Centro de Triagem da prefeitura a fim de auxiliar o município frente ao cenário pandêmico. Sob o apoio do comitê gestor e técnico-científico do projeto e das doações recebidas, os testes visam ainda cooperar com uma possível retomada do comércio e economia locais, a partir desses diagnósticos. Enquanto os testes de antígeno quando validados podem ser utilizados em larga escala em empresas da região e pelo poder público municipal, os de PCRs são trabalhosos e demandam de uma equipe qualificada como docentes, técnicos e discentes presentes no NUPEM/UFRJ. Desde abril, a partir de uma aliança entre a direção do Instituto NUPEM/UFRJ, o Professor Titular Amilcar Tanuri, representando o Laboratório de Virologia Molecular do Instituto de Biologia da UFRJ Rio de Janeiro, representantes do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Trabalho, da Prefeitura Municipal de Macaé, da UNIMED, da

Irmandade São João Batista e representantes dos médicos do Trabalho de Macaé, esses testes de PCRs vêm sendo realizados em tempo real, padrão-ouro no projeto “Apoio ao NUPEM UFRJ-Macaé Para Implementação de um Laboratório de Campanha para Testagem e Pesquisa do COVID-19 (LCC-UFRJ-Macaé)”. Os profissionais da saúde, indivíduos sintomáticos, pacientes internados, trabalhadores das empresas da região da cadeia de óleo e gás a partir de protocolo técnico-científico estabelecido pelo projeto, já participaram dos testes padrãoouro, totalizando, 1600 testes. Para acompanhar as ações desenvolvidas pelo projeto, basta acessar o link sit e < h t t p : // w w w. m a c a e . ufrj.br/nupem/index.php/ novidades/1243-saiba-mais>. Já para acompanhar as atividades financeiras de modo transparente, basta acessar o link do site da COPPETEC <http://transparencia.coppetec.ufrj.br/pesquisa-covid19macae.php>.

Por: Alex Maia O Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino de Macaé e Região (Sinpro Macaé e Região) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizarão uma pesquisa, a fim de diagnosticar as condições de trabalho dos professores frente ao cenário pandêmico, visto que colaborando com o isolamento social, principal medida protetiva no combate à propagação do coronavírus, as suas atividades vêm acontecendo remotamente. O objetivo central dessa parceria inédita realizada com o setor privado no Brasil é criar, através dessa pesquisa ferramentas que cooperem com a saúde e o bem-estar dos docentes neste momento atípico de transformações. A iniciativa será dividida em três etapas e acontecerá por videoconferência. Segundo Guilhermina Rocha, presidente do Sinpro Macaé e Região, o sindicato, que vem debatendo essa situação desde o início da pandemia no município, identificou que, por conta da situação excepcional, a crise sanitária exigiu que os professo-

res se reinventassem de alguma forma, passando exclusivamente de presencial, no caso da educação básica e ensino superior também, para um novo processo de ensino-aprendizagem, estabelecendo novas formas em relação à metodologia e o próprio contrato de trabalho dos mesmos. “Nosso intuito é tratar justamente esse novo processo, diferentemente do trabalho executado em sala de aula que passou a ser feito à distância. Ou seja, o trabalho remoto vem sendo uma nova modalidade e forma contratual de trabalho excepcional pelos docentes e, diante da série de denúncias que recebemos sobre a questão da sobrecarga, o sindicato encaminhou orientações sobre os direitos trabalhistas e os protocolos de saúde”, ressalta. A pesquisa é coordenada pela Profª. Drª. Kátia Reis de Souza, graduada em Serviço Social, mestre em Educação em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz. Já integrou a coordenação do Centro de Estudo da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Fiocruz (CESTEH) e coordena, atualmente, o grupo de pesquisas do mesmo. No primeiro dia do encontro virtual, 18 de julho, participarão os professores do Ensino Fundamental I, do 1º ao 5º ano. No dia 25 de julho, os do Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano e, no dia 1º de agosto, os

professores do Ensino Médio. A programação acontecerá das 10h às 11h30 nos três dias de evento. No primeiro encontro, os docentes poderão dialogar e trocar experiências sobre como tem sido esse momento. De acordo com a presidente do Sinpro é necessário perceber que esse processo e isolamento contribuíram de algum modo no adoecimento de alguns profissionais desta categoria. “Essa preocupação fez com que buscássemos pela Fiocruz, que é uma instituição de referência e renomada no Brasil e fora, para que pudesse acompanhar junto a nós essa situação dos docentes de Macaé e região”, pontua. Ainda em prol do bem-estar dos profissionais, a Fiocruz distribuirá uma caderneta de saúde e trabalho para que os professores possam se abrir, registrando o que vem passando nesse cotidiano que elucida a importância da preservação da vida. Após a programação, haverá um seminário virtual aberto a todos os professores de Macaé e região, com a presença de especialistas e pesquisadores apresentando o resultado da pesquisa e promovendo um debate. Para participar, basta se inscrever pelo e-mail sinpromacae. regiao@gmail.com. Em casos de dúvidas ou para mais informações, basta entrar em contato com o Sinpro através dos telefones (22) 3323-9799, (22) 997673797 e (22) 99238-3413. divulgação

Guilhermina Rocha, presidente do Sinpro Macaé e Região

Profª. Drª. Kátia Reis de Souza, coordenadora da pesquisa


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