WANDERLEY GIL
PLANEJAMENTO
Governo prepara a cidade para a Brasil Offshore Entre novidades está a criação de linhas de ônibus especiais para atender visitantes pág. 3 WWW.ODEBATEON.COM.BR • MACAÉ(RJ),DOMINGO,7ESEGUNDA-FEIRA,8DEABRILDE2013 • ANOXXXVII • Nº8053 • FUNDADOR/DIRETOR:OSCARPIRES • OJORNALDEMAIORCIRCULAÇÃODOMUNICÍPIO • R$1,50
Polícia Militar sufoca tráfico
Megaoperação realizada no Lagomar durante todo o sábado (6) resultou na prisão de integrantes do crime organizado, e apreensão de drogas. Comando do 32º BPM vai manter policiamento ostensivo pág. 5 KANÁ MANHÃES
Com grande aparato, equipes do 32º Batalhão de Polícia Militar realizaram incursões no local. Drogas foram encontradas em pontos identificados como de vendas, onde suspeitos foram presos
CIDADE
BAIRROS EM DEBATE
Movimento busca mudança em gabarito completando um ano, o movimento "Deixa o Sol entrar" prepara novas ações para que o governo municipal tome as providências necessárias para a Praia do Pecado não ficar literalmente nas sombras. O caso coloca em discussão a legislação em vigor através do Código de Urbanismo de Macaé que permite a construção de prédios altos próximos a praia. pág. 10
Acesso ao Horto ainda é precário Moradores solicitam do governo a realização de projetos que melhorem também a rede de iluminação pública pág. 9 KANÁ MANHÃES
ECONOMIA
Preço do tomate chega a R$ 8,00 em Macaé Produção afetada pelas chuvas chega à mesa do consumidor macaense com um aumento expressivo pág. 6 WANDERLEY GIL
Nova pesquisa da UFRJ aponta degradação Recentemente, um levantamento realizado por pesquisadores do NUPEM/ UFRJ-Campus Macaé, IFF-Macaé, LCA/UENF e Labtox mostrou indícios do comprometimento da foz do rio Macaé. O estudo realizado entre 2009 e 2010 teve como principal objetivo avaliar a qualidade ambiental do estuário (foz) do Rio Macaé. pág. 8
Comércio prevê aumento nas vendas
KANÁ MANHÃES
Além de registrar um “boom” na principal fonte de renda do mercado interno de Macaé, a presença de representantes das empresas de diversos locais do Brasil e do mundo impulsiona o faturamento de outros segmentos da economia macaense. Com o comércio não é diferente. A expectativa de grande parte dos lojistas é que a Brasil Offshore faça com que o fluxo de pessoas aumente e, com isso, as vendas subam significativamente. pág. 6
Projeto propõe horário especial nas agências Principal estrada que dá acesso ao bairro apresenta sérios problemas de infraestrutura
projeto apresentado nesta semana na Câmara, pelo vereador Igor Sardinha (PT), propõe que bancos passem a ser obrigados a abrir as portas uma hora antes do horário convencional para atender exclusivamente aos idosos, gestantes e deficientes físicos. A proposta ainda entrará em discussão. pág. 12
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MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013
Cidade SEMANA EM DEBATE Câmara mantém vetos do prefeito em votos secretos, a maioria do parlamento municipal aprovou ontem a manutenção de todos os vetos a emendas apresentadas por vereadores ao projeto de lei que estabeleceu, a partir
do dia 1º do mês passado, o subsídio da tarifa do transporte público, criando assim a passagem a R$ 1,00. Mesmo com a argumentação dos parlamentares autores das propostas.
NOTA
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O DEBATE EM MEMÓRIA
A seguir, as principais notícias veiculadas na edição extra de número 167 do jornal O DEBATE, que circulou entre os dias 19 a 20 de julho de 1980.
Energia solar, a vantagem da economia
“O assunto hoje é energia solar”. Assim iniciou a reportagem de Maria Luiza com o Sr. Luiz Tausch, brasileiro, paulistano, filho de austríaco e alemã, vivendo primeiro em São Paulo e depois em Blumenau.
*** Presidente do CEP contesta vereador que defendeu prefeito
IFF oferece vagas para professor substituto e temporário o instituto federal Fluminense (IFF) está com inscrições abertas para a contratação de Professor Substituto e Temporário. As oportunidades são para os campi Bom Jesus do Itabapoana, Campos-Centro, Macaé, Quissamã e Itaperuna. As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de abril, das 8h às 18h, mediante entrega de documentação em qualquer campus do IFF e pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 25,00. E os interessados na isenção da taxa de inscrição, deverão fazer o requerimento até hoje, dia 4, diretamente no protocolo do campus de interesse, mediante requerimento, com a apresentação dos documentos exigidos. De acordo com o edital, para Professor Temporário são oferecidas 13 vagas em diversas áreas como Biologia, Eletroeletrônica, Física, Libras, Telecomunicações, entre outras. E para Professor Substituto são oferecidas quatro vagas para as áreas de Eletrotécnica, Informática, Mecânica e Química.
INSS de Macaé registra problemas
o número reduzido de profissionais para atendimento e uma série de problemas registrados na infraestrutura da agência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Macaé tem gerado uma série de denúncias por parte dos usuários que buscam atendimento. Mesmo com o agendamento dos serviços, filas e muito tempo de espera ainda fazem parte da rotina dos beneficiários.
Referindo-se ao pronunciamento do vereador Cristovam Barcellos, feito na Câmara municipal em defesa do Prefeito Carlos Mussi, quando este era criticado pelo vereador Ivair Simões, o professor Ricardo Meirelles, presidente do Centro Estadual de Professores (CEP) Núcleo Macaé, dirigiu carta aberta ao edil explicando as razões da luta de classe.
*** Provas para IBGE começam dia 21
Serão realizadas a partir da próxima semana, em todo o Estado do Rio de Janeiro, as provas de seleção dos candidatos a recenseador, informou o IBGE.
*** Em fase de conclusão o hangar da VOTEC
Encontra-se em fase de conclusão, com inauguração prevista para os próximos 30 dias, o hangar da VOTEC junto ao Aeroporto de Macaé.
*** Povo reclama do pão
mais caro e SUNAB não atende telefone
Dezenas de pessoas têm comparecido na redação de O Debate reclamando do preço do pão, que foi elevado para Cr$ 5,00, e também da SUNAB, que não atende os telefones 262-0168 e 262-0797, este, constantemente ocupado.
MACAÉ, TERÇA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2012
Política
NOTA
Rodada de Negócios é um dos maiores atrativos para as empresas que participam da Brasil Offshore
INTERNACIONAL
Governo prepara setores para a Brasil Offshore Linhas de transporte público especial, reforma do Centro de Convenções e simulados fazem parte do planejamento para atender empresas e visitantes
WANDERLEY GIL
Márcio Siqueira marcio@odebateon.com
E
m pouco mais de dois meses, e como acontece há 12 anos, Macaé se transformará na Capital Mundial do Petróleo, atraindo os olhares e o interesse de empresas, comitivas governamentais e profissionais da indústria do petróleo que migrarão para o município com o objetivo de participar da nova edição da Brasil Offshore. Porém, antes do Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho receber o público estimado em mais de 50 mil pessoas, em cada um dos quatro dias de realização do evento, a cidade precisa passar por um processo de ajustes, essencial a atender as movimentações que modificam, por completo, a já atípica rotina. Alguns procedimentos já estão sendo adotados pelo governo, com objetivo de mitigar problemas, amenizar impactos e atender da melhor forma os representantes das empresas que possuem potencial para aplicar novos investimentos no município que possui um dos mais consolidados parques empresariais do Rio de Janeiro, polo dos municípios beneficiados pela exploração do petróleo e capaz de oferecer um dos mais propícios e interessantes
Centro de Convenções passa por reformas para garantir segurança do evento, em junho ambientes de negócios do país. Segundo a equipe da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, atualmente a infraestrutura do Centro de Convenções, construído especialmente para ser a casa da Brasil Offshore, está passando por manutenção. O trabalho é executado pela empresa responsável pela construção recorde da estrutura. Procedimentos como a troca do gradil lateral de proteção do Centro, além da pintura da
estrutura que protege a parte da frente do espaço, estão em andamento. Na parte interna, todo o sistema de iluminação está sendo trocado e novamente fixado no teto da estrutura que também recebe reparos após a identificação de goteiras. Banheiros e todo o sistema de esgotamento sanitário do Centro também passa por reformas, alguns pontos estão sendo modificados devido a ampliação, em 10%, do espaço destinado
aos expositores, para a colocação dos estandes. A proposta é garantir maior segurança aos expositores e aos visitantes que irão participar do evento. De acordo com o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV), essa será a maior edição de todos os tempos da Brasil Offshore. "Estamos arrumando a casa, preparando a cidade para receber as empresas e os visitantes que pretendem participar dos quatro dias de evento", afirmou Dr. Aluízio. WANDERLEY GIL
Feira terá como foco atrair público técnico que participa das atividades da indústria do petróleo em Macaé
Linhas especiais e simulados um dos principais desafios para a administração municipal para garantir a realização da maior edição da história da Brasil Offshore é amenizar os impactos gerados no trânsito, em virtude do deslocamento das pessoas que migram da área sul da cidade, onde está situada a rede hoteleira, em direção ao norte do município, local do Centro de Convenções. Nesta semana, o governo realizará testes na proposta apre-
sentada para utilizar, de forma eficiente, o transporte coletivo. A proposta visa implantar linhas especiais e específicas para a feira, a partir da criação de pontos de embarque e desembarque de passageiros que serão disponibilizados aos profissionais que atuam nas empresas situadas na região do Polo Offshore, situado no Novo Cavaleiros e Granja dos Cavaleiros, além do Parque dos Tubos, em Imboassica. Cabiúnas
também deve integrar a rota especial. A proposta é evitar o deslocamento de veículos até o Centro de Convenções. Para isso, o preço cobrado nos estacionamentos que serão criados ao redor do Centro de Convenções, assim como no Parque de Exposição Latiff Mussi, será caro. Além do transporte e do trânsito, a segurança dos visitantes e expositores também está sendo planejada pelo governo.
Nesta semana, simulados de atendimento de emergências também serão realizados, através da atuação das secretarias de Mobilidade Urbana e Saúde, com apoio da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Outras instituições ligadas a segurança, como as Polícias Civil e Federal, além da Delegacia da Capitania dos Portos também serão convidados para o exercício. Outras atividades estão sendo planejadas.
Evento atenderá público técnico principal interessado nas movimentações geradas pela Brasil Offshore, o público técnico é o foco principal do planejamento que está sendo organizado pelo governo. Algumas novidades estão sendo planejadas pela organização, como a gratuidade para a participação da Conferência Internacional, um dos principais pontos da programação do evento. A proposta é oferecer às em-
presas e profissionais a oportunidade de acompanhar as discussões relativas a dinâmica do mundo do petróleo, abordada por palestrantes convidados a participar da programação. As informações apresentadas pelo governo visam incentivar a participação das pessoas envolvidas com a dinâmica de produção de petróleo em Macaé. O planejamento foi apresentado pela equipe da secretaria de Desenvolvimento Econô-
mico a representantes do setor empresarial, que participam da Comissão Municipal da Firjan, durante a reunião mensal do conselho, realizada na última quarta-feira (2). Segundo o governo, a Brasil Offshore será uma oportunidade de apresentar também Macaé de uma outra forma, um modelo não conhecido pelas pessoas que participam das movimentações da indústria do petróleo.
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Outros setores como o potencial turístico da cidade, além dos índices positivos apresentados por setores que contribuem com a qualidade de vida da população, também serão expostos no estande da Prefeitura, situado logo na entrada do pavilhão principal do Centro de Convenções. Um gabinete oficial será montado no local para o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV), que deverá receber autoridades.
PONTO DE VISTA Expectativa geral Se no cenário político municipal o clima anda em banho-maria porque ainda é cedo para analisar medidas mais relevantes e de grande interesse da população que vai ser refletida até os 180 dias serem completados, no cenário estadual a “guerra sucessória” já anda fazendo vítimas e no plano federal, estão criadas muitas expectativas. A primeira delas é a publicação do acórdão do julgamento do processo do mensalão, já atrasado, fazendo os advogados de defesa, tentarem recursos de todas as formas e meios para atrasar ainda mais o processo até que um novo ministro seja nomeado pela presidente Dilma Rousseff para substituir Carlos Ayres Brito. Mas, se depender do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o rigor da lei será respeitado porque ele sente que a população deseja ver resultados e não acabar em pizza o maior julgamento da história feito pela Corte. Outra expectativa que também incomoda é o “estrago” que a nova legislação sobre as empregadas domésticas está causando. Embora os políticos não sintam o calor da panela de pressão porque vivem em Brasília, conhecida como a ilha da fantasia, o benefício que achamos ser mais do que justo para as trabalhadoras, tenha transformado o cenário nos lares brasileiros em um verdadeiro caos. Ao comparar a família como
uma empresa, as demissões vão ocorrendo e o papel de diaristas ganha um novo status, ou seja, em vez de trabalhar apenas em uma casa de família, a empregada doméstica terá que se inscrever como Micro Empresário Individual (MEI), pagar seus próprios impostos e, diversificar as residências onde vão trabalhar. Tudo isso ainda vai dar panos para manga porque até o auxílio-creche para as domésticas - que dependem da existência de creches para deixar os filhos enquanto trabalham - assegurado pela emenda constitucional das domésticas ampliando os direitos trabalhistas para a categoria, quem vai arcar com mais esse custo? Todos aguardam a regulamentação dos novos direitos como FGTS obrigatório, adicional noturno, seguro-desemprego, salário-família e seguro contra acidente de trabalho, além de jornada de oito horas diárias e 44 semanais, e pagamento de hora extra, com remuneração de 50% sobre o valor da hora normal, para o que exceder. Sem falar, ainda, na possível onda de ações trabalhistas que deverão ser desencadeadas no Ministério do Trabalho. Dito isso, o que, aliás, virou assunto prioritário nas rodas de conversas, só nos resta torcer para que Dr. Aluízio cumpra uma de suas promessas de campanha que é a de construir uma creche em cada bairro, projeto que, até agora, não saiu do papel.
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Olhar o futuro Não vamos cansar aqui de registrar a necessidade do governo de mudanças, assim denominado o processo político desencadeado lá atrás por Dr. Aluízio para tirar Macaé do caos em que se encontra e estava afundando cada vez mais, algumas reivindicações da população que está cansada de promessas e nada mais. A cidade que inchou com o crescimento desordenado e a onda de invasões que ainda continua acontecendo “nas barbas” de órgãos públicos responsáveis para impedir este tipo de ação, está atolada num verdadeiro mar de esgoto a céu aberto por falta de saneamento básico, bandeira principal do atual governo que estabeleceu o prazo de um ano para colocar rede de esgoto em todos os bairros e água nas torneiras das comunidades que vivem na periferia porque a administração pública não foi capaz de oferecer habitação regular para as milhares de pessoas que chegaram a Macaé em busca de uma oportunidade. Se algum técnico da prefeitura “mergulhar na história” e pesquisar vai encontrar, no início da década de 60, as ações de ocupação irregular, combatida inicialmente no pontal da Barra de Macaé mas permitida nos dois lados da rodovia MacaéCampos (RJ-106), que se transformou primeiro na Barra propriamente conhecida, Brasília, Nova Brasília, Fronteira, Ilha da Fumaça depois batizada de Nova Holanda, Malvinas, Nova Malvinas, Nova Esperança...
e por aí vai a lista sem falar na encosta do Morro de Santana onde já ocorreu deslizamentos com mortes mas continua a permissividade de construção na encosta de onde era um dos cartões postais de Macaé. Se em 2004 o déficit habitacional era de 10 mil unidades, hoje esta necessidade alcança mais de 20 mil e enquanto não se planeja a oferta e construção de novas moradias, a especulação imobiliária continua elevando estratosfericamente os valores de imóveis, mesmo em bairros não “legalizados” pelo poder público. Mas, vamos lá. Agora, com um grupo da Petrobras fazendo parte do governo municipal (já dizem por aí que a nossa Macaé virou a Macaébras), poderíamos pensar que tudo ficaria mais fácil, não? Se os tecnocratas não planejarem viadutos na extensão da rodovia RJ-106 entre Macaé e Rio das Ostras, como também no lado norte em direção a Cabiúnas, não insistirem em construir a nova pista do aeroporto de 2.100 metros para a qual a prefeitura já doou a área, em criar polos ou zonas especiais para diversificar a economia, despoluir a lagoa de Imboassica (Carlos Minc prometeu R$ 25 milhões do FECAM para o projeto), construir escolas que possam atender em tempo integral, diminuir o impacto da imobilidade urbana além de mudar as regras do jogo do SIT e parar de pagar subsídios, se não forem tomadas medidas urgentes, vamos continuar enfrentando os mesmos problemas.
PONTADAS A LLX, do empresário Eike Batista, que está construindo um superporto em Açu, município de São João da Barra e que deveria entrar em funcionamento este ano mas teve o prazo adiado para 2014, se não apressar o ritmo, pode fazer água. Pelo menos é o que indica a Bolsa de Valores com a enorme queda das ações do grupo EBX, principalmente a OGX, que passou a viver o pior momento com queda de 90% em 12 meses. A conferir. Com o fim das auditorias feitas nas obras e contratos realizados na gestão anterior, a Delta Construções também vai desmontar o canteiro de obras da urbanização da Praia de Imbetiba. Os moradores receberam quase que, com fogos, a decisão do prefeito em refazer o projeto que estava indo na contramão dos anseios da população. A Delta Construções está fora do governo. O caderno Prosa, que circulou ontem no O Globo, dedica nada mais nada menos do que quase três páginas ao filósofo macaense Claudio Ulpiano. A família vai lançar livro inédito que dedica grande parte a Gilles Deleuze. Sob o título de A Grande Aventura do Pensamento, a obra lançada pelo Centro de Estudos Claudio Ulpiano da Funemac, vai custar R$ 58,00. Enquanto isso... Lá no Maranhão, o Ministério Público Federal, propôs ação de improbidade contra o ex-presidente e o ex-diretor da Fundação José Sarney, acusados de cometer irregularidades na aplicação de recursos. De acordo com MPF, houve prejuízo de R$ 298 mil aos cofres públicos, dos R$ 1,3 bilhão doado pela Petrobras para financiar exposição permanente. Até domingo.
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MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013
Opinião EDITORIAL
NOTA
Prefeitura realizou nesta nova contratação de professores para a educação
FOTO LEGENDA
Respeito ao povo
KANÁ MANHÃES
Apesar de estar situada no epicentro das operações offshore do Brasil, Macaé ainda não adquiriu o respeito a que tem de direito.
A
o ser uma das cidades que mais registra a utilização de tecnologias avançadas, que interliga bases operacionais situadas a quilômetros, e léguas, de distância, o município ainda sofre com problemas bem mais simples que as operações registradas na Bacia de Campos. Ao viver as expectativas de registrar a ampliação da extração do petróleo em camadas situadas a mais de sete quilômetros da superfície do mar, ação que demanda um conhecimento científico fora do comum, o município registra problemas que impedem uma comunicação simples e limpa através de aparelhos celulares. Apesar da reclamação de todos os usuários de quase todas as operadoras de telefonia móvel, o município ainda não adquiriu o respeito pelas empresas que registram lucros anuais absurdos, mas que não respeitam a demanda necessária da população envolvida na maior atividade econômica do país. A dificuldade no acesso ao serviço, gerada a partir de pro-
blemas como falhas no sinal das redes, interferências nas ligações e a complicações na realização das chamadas são fatores relacionados pelos usuários que registram suas denúncias e insatisfações no Procon, solicitando a aplicação do Código do Consumidor. A atuação do órgão máximo responsável por acompanhar a exploração do serviço, a Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel), é fundamental para garantir que investimentos sejam aplicados para o funcionamento adequado do serviço. Não dá mais para aceitar que Macaé seja vista como uma cidade de importância secundária. A dependência de quase todas as atividades econômicas realizadas no município diante da utilização dos chamados sistemas sem fios é primordial para o equilíbrio econômico do país. O respeito aos cidadãos e aos usuários deve ser prioridade nessas discussões que devem esquentar a partir do posicionamento registrado nesta semana na Câmara de Vereadores.
ESPAÇO ABERTO Holocausto do Bumba A execução, em massa, operada pelo sádico, psicopata e cruel Adolph Hitler nos anos 1930/1940, quando ordenou a matança de milhões de judeus e de outras minorias pode, sem qualquer dúvida, ser comparada com o que fizeram e estão fazendo com os moradores do Morro do Bumba
A
execução, em massa, operada pelo sádico, psicopata e cruel Adolph Hitler nos anos 1930/1940, quando ordenou a matança de milhões de judeus e de outras minorias pode, sem qualquer dúvida, ser comparada com o que fizeram e estão fazendo com os moradores do Morro do Bumba que perderam suas vidas e os sobreviventes que estão alojados no 3º Regimento de Infantaria, em São Gonçalo, esperando pelas construções de moradias que lhes foram prometidas. Naquele tempo de Hitler, vítimas eram queimadas e asfixiadas inteiramente, sem piedade, durante a sua ditadura. Quando o mundo tomou conhecimento daquela barbárie, já era tarde, a crueldade já havia ocorrido e não houve qualquer distinção entre os seres humanos que o louco ditador resolveu exterminar. Eram pessoas de todas as idades, idosos, crianças, ciganos, homossexuais, todos, perseguidos durante o nazismo. Antes mesmo de começar o seu julgamento, Hitler apareceu morto! Recentemente, precisamente em 2010, ocorreu a já conhecida catástrofe do Morro do Bumba, em Niterói, quando centenas de pessoas morreram pela inércia e desproteção que o poder público da cidade exercia. Uma vergonha inigualável. Pior, nenhum gestor público foi punido. Muito pelo contrário, terminaram seus mandatos tranquilos, morando bem, viajando para o exterior a fim de um bom descanso e, pasmem, todos acreditando que os moradores da área atingida, que ainda estão vivos, deveriam ser protegidos. Então, qual é a diferença entre aquela situação de horror e essa que vivemos aqui, agora, em Niterói? Nenhuma. Deixaram famílias inteiras morando em área de risco, sem qualquer proteção e, aconteceu o que todos já sabiam, o que era esperado. Morreram centenas de pobres inocentes e os so-
breviventes estão a quase três anos aguardando a construção dos prédios que lhes serviriam de moradias. Eis que, laudos técnicos confirmaram que as construções dos edifícios estão sobre terrenos afundados e com rachaduras generalizadas. Concluíram pela demolição de dois prédios, mas, ninguém até agora informou quem pagará pelos prejuízos que foram causados. A verdade é que, a Caixa Econômica Federal aprovou o projeto e liberou parte dos 22 milhões que estão sendo destinados à Imperial Construções Ltda. que é a autora dessas obras dos prédios que estão caindo. Antes, felizmente, dos 268 desabrigados que estão vivendo como “animais” no Regimento de Infantaria de São Gonçalo, irem para lá. Vejam bem, desses 268 atingidos, existem 144 crianças. E quando os gestores públicos são perguntados sobre quais serão os destinos de toda essa gente, eles respondem: estamos providenciando uma solução adequada para o caso. São aquelas coisas de pessoas sem quaisquer responsabilidades que deveriam receber punições severas. O que os gestores públicos de Niterói promoveram e continuam promovendo, tem quase a mesma conotação das atitudes de Hitler, pois, atingiram pessoas que também não têm como se defenderem. Seriam encaminhadas como “bois” em direção aos matadouros e não voltariam vivas. Pura covardia. Até quando veremos posicionamentos escabrosos como esses? Quem pagará por essas irresponsabilidades de matanças de seres humanos inocentes? Quem aprovou o projeto, quem liberou as verbas e quem fiscalizou as obras? É muita gente que deveria estar “em cana”, há muito tempo. O problema não é o que eles fazem, é o que deixamos eles fazerem! Célio Junger Vidaurre Advogado e cronista político
A remoção da Rodoviária de Macaé do centro da cidade é uma das principais medidas que devem ser adotadas para amenizar os impactos ao trânsito. Ao registrar a circulação de cerca de um milhão de passageiros por ano, o espaço não comporta mais a demanda de usuários. A circulação dos coletivos que atuam no transporte intermunicipal também acaba gerando impactos ao tráfego de veículos.
PAINEL Offshore I
Offshore IV
Para garantir a realização da maior edição da história da Brasil Offshore, o governo tem adotado uma série de medidas com objetivo de “arrumar a casa”. O Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho passa atualmente por um processo de reforma, executado pela mesma empresa responsável pela construção recorde da estrutura. Toda a preparação para receber as empresas e os visitantes conta com um aparato especial.
Faltando pouco mais de dois meses para a realização da feira, a Brasil Offshore já mexe com o comportamento de alguns serviços da cidade. Contratações extras estão sendo feitas por hotéis, bares e restaurantes, para atender a demanda de cerca de 50 mil pessoas, público estimado para circular, por dia, no Centro de Convenções. A disponibilização de veículos para aluguel também está sendo ampliada por lojas especializadas no setor.
Offshore II
Ambiente
Fiscalização
A equipe da subsecretaria municipal de Posturas deve intensificar a fiscalização diante de uma prática comum na cidade, a ocupação do passeio público através do despejo de materiais de construção e entulhos gerados pela construção civil. Em cidades como Rio das Ostras, o procedimento gera multa aos proprietários dos imóveis. O procedimento é fundamental para garantir o ordenamento da cidade, além de garantir respeito ao cidadão.
O prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) terá um gabinete para trabalhos dentro do Centro de Convenções, no estande da prefeitura, durante os quatro dias de realização da feira. O espaço será destinado para receber autoridades. Porém, a expectativa é que o líder do executivo utilize pouco o espaço. Ao adotar uma postura diferenciada de governar a cidade, Dr. Aluízio pretende manter as rondas diárias feitas em diversos bairros e comunidades do município.
Membros da Câmara Temática sobre Meio Ambiente da Comissão Municipal da Firjan deverão buscar contato, nos próximos dias, com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores, para discutir questões relativas a visitação às ilhas do Arquipélago de Santana. Pontos como a preservação do ecossistema local, e a exploração turística sustentável das praias, serão abordados pelos representantes das duas instituições.
Vacinação
Offshore III
Imprudência
Imboassica
O governo antecipou também que o estacionamento para veículos ao redor do Centro de Convenções será caro. O objetivo é incentivar os visitantes a seguir para a Brasil Offshore utilizando transportes de massa. Linhas especiais, com coletivos refrigerados, serão implantadas, com pontos situados em Imboassica, Novo Cavaleiros e Cabiúnas. Os empresários e profissionais serão orientados a utilizar o transporte especial.
Sem a presença de agentes de trânsito, motoristas furam o sinal situado no cruzamento entre a rodovia Amaral Peixoto e a avenida Fábio Franco. A imprudência é ainda mais grave devido ao tráfego intenso de carros, principalmente nos horários de rush. O desrespeito à travessia de pedestres também é comum no local. A sinalização deveria ser respeitada pelos condutores, porém, as infrações são comuns e recorrentes.
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Começa dia 15 de abril a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que acontece até o dia 26 de abril. A Prefeitura participa da programação e o dia “D” de mobilização nacional será no dia 20. A iniciativa busca reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza nos grupos prioritários. A secretaria de Saúde se prepara para participar da campanha. Em operação desde o final de março, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Mutum beneficia a Lagoa de Imboassica, que deixa de receber dejetos de localidades já interligadas à ETE. A bacia do Mirante da Lagoa envia os resíduos para a ETE, com eficiência superior, no início da operação, de 90%. Porém, para que a emissão de poluentes no recurso hídrico seja reduzido a 0%, mais investimentos em saneamento básico precisam ser aplicados.
GUIA DO LEITOR JORNAL O DEBATE tel/fax: (22) 2106-6060 acesse: http://www.odebateon.com.br/ e-mail: odebate@odebateon.com.br comercial: Ligue (22) 2106-6060 - Ramal: 219/220 e-mail: comercial@odebateon.com.br classificados: E-mail: classificados@odebateon.com.br
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190 191 192 193 199 2791-4019 2791-5379 2762-0820 2759-1312 2759-0698 2772-7262 2773-0061 0800-28-00-120 2772-5090 2791-9008 2772-0620 2773-0440 0800-72-77-173 2772-0950 2772-9214 2772-2256 2759-2405 2762-7527 0800-5700100 2762-6438 0800-28-20-205 27726058
MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2012
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Polícia LAGOMAR
Polícia prende oito suspeitos em menos de duas horas de operação Ações para o combate ao tráfico de drogas tiveram início na manhã de sábado (6). Foram encontradas drogas e armamento
KANÁ MANHÃES
Bertha Muniz berthamuniz@odebateon.com.br
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m menos de duas horas do início da operação de combate ao tráfico de drogas no Lagomar, pessoas com suspeita de ligação com o tráfico foram presas. Este foi o balanço divulgado pelo 32º Batalhão de Polícia Militar. As ações que contaram com o apoio das equipes do Serviço de Inteligência da PM (P2) e do GAT (Grupo de Ações Táticas), tiveram início às 11 da manhã deste sábado (6). O ponto de partida das equipes, segundo o comandante do 32º BPM, tenente-coronel Ramiro de Oliveira Campos, foram denúncias partidas de pessoas que moram dentro da comunidade. De acordo com o comandante, as informações eram d e q u e n o l o c a l h ave r i a um baile funk com venda de entorpecentes na noite deste sábado (6). “Moradores me procuraram na sexta-feira (5) para denunciar as ações criminosas dentro da comunidade do Lagomar. Estive no local com eles para identificar possíveis locais que serviriam de esconderijo para bandidos, bem como para realização de bailes funks e venda de drogas. Desta forma, iniciamos a operação para sufocar e exterminar qualquer ato ilícito dentro naquela localidade", pontuou Ramiro. Os primeiros suspeitos a serem capturados foram um jovem de 18 anos e Renato Silva Alves, 23 anos. De acordo com informações da polícia, eles tentaram fugir em uma moto roubada quando avistaram a guarni-
As ações no Lagomar contaram com o apoio das equipes do Serviço de Inteligência da PM (P2) e do GAT (Grupo de Ações Táticas) ção e na perseguição acabaram colidindo com a viatura, na Rua W 14. Com os dois, os militares encontraram uma pistola 9 milímetros, de uso exclusivo das Forças Armadas da Argentina, com seis munições intactas. Minutos depois, os policias encontraram seis jovens, três deles menores de idade, em
um local que serviria como um provável ponto de venda de drogas, localizado na Travessa 28. Duas jovens de 19 anos, uma delas conhecida como "Carolzinha do Pó", um homem conhecido como "Cachaceiro" e os outros três menores, foram presos em flagrante com 60 pedras de cra-
ck e 10 papelotes de cocaína. O envolvimento de mulheres no tráfico em Macaé tem sido crescente. De acordo com informações da polícia, umas das mulheres presas na operação seria chefe do tráfico na Travessa 28 e estaria com o filho de dois anos no momento de sua prisão. A criança ficou sobre a
guarda da tia. "A minha indignação é de as mulheres estarem largando seus lares para assumir o tráfico de drogas. É repudiante esta menina estar em um local desses junto com uma criança. Eu fico me perguntando qual será o futuro deste menor", indagou Ramiro Campos. A operação no local acon-
tece por tempo indeterminado. Todos os suspeitos foram conduzidos à 123a Delegacia Policial de Macaé (DP), onde ficaram presos, com exceção dos menores de idade que foram encaminhados para o CRIAM, em Macaé, instituição que cuida de jovens infratores.
CAÇA
Pássaros apreendidos são devolvidos à natureza Ação foi realizada pela equipe da Guarda Ambiental no Parque Atalaia pássaros apreendidos ou entregues voluntariamente foram soltos em seu habitat natural na mata do Parque Atalaia, em Macaé, na quinta-feira (4). A devolução deles à natureza contribuirá para o repovoamento de aves na região serrana do município. A soltura foi feita por agentes da Guarda Ambiental e biólogos da Secretaria Municipal de Ambiente (Sema) e acompanhada pelo viceprefeito, Danilo Funke. Foram soltos os seguintes pássaros: canário-da-terraverdadeiro(Sicalis flaveo-
la), coleirinho (Sporophila caerulescens), sanhaçucinzento (Tangara sayaca) e dois periquitos-maracanã jovens (Aratinga leucophthalma), que nasceram em cativeiro e passaram por período de observação em viveiro adequado, na base da Guarda Ambiental, em Morro Grande. Até serem soltos, esses pássaros passaram por quarentena na Guarda, período em que receberam alimentação adequada e avaliação técnica. Eles foram levados para o parque em gaiolas, que foram destruídas logo após a soltura. Um coleirinho não pode ser solto, pois está na fase de muda da penagem e continua recebendo os cuidados de técnicos da
Sema e da Guarda até que esteja pronto para voltar ao seuhabitat natural. As aves que foram soltas se adaptaram bem, já que no local as equipes da prefeitura disponibilizaram frutas e alimentos comuns a cada espécie. A caça e comercialização ilegais de animais silvestres têm prejudicado a reprodução das espécies no município. Como são crimes ambientais, foram intensificadas as ações de combate conforme a Lei Federal 9.605/ 1998. Quem tiver denúncia sobre animais mantidos em cativeiro deve entrar em contato com a Guarda Ambiental pelo celular (22) 9701.9770 ou com a Sema pelos telefones (22) 2762.4802/ 2759.9487 e 2796.1380.
SECOM
Ação representa respeito a proteção do meio ambiente
BARRETO
Menor que vendia drogas é apreendido De acordo com a polícia, ele estava com 17 buchas de maconha e 14 pedras de crack as operacões para sufocar o tráfico de drogas e dimunir os índices da criminalidade em Macaé estão surtindo efeito. A Polícia Militar ocupou a cidade há cerca de um mês, com
operacões que vão desde montagem de barreiras em pontos estratégicos, como incursões em comunidades. E foi em uma dessas atividades, que os policiais do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), apreenderam um menor, suspeito de atuar no tráfico de drogas no Barreto. Com ele foram encontradas, 17 buchas de maconha e 14
pedras de crack, além de um celular da marca Samsung e 11 reais em espécie. O menor foi encaminhadado junto com o seu responsável para a 123ª Delegacia Policial de Macaé (DP), onde foi autuado e apreendido no art. 33 da lei 11.343/06 (tráfico de entorpecentes). Ele agora aguarda sua transferência para o CRIAM, instituicão que cuida de menores infratores.
DIVULGACÃO P2
O menor foi autuado e apreendido por tráfico de entrorpecentes e transferido para o CRIAM
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Economia
NOTA
Prefeito se reúne com lojistas do município Dr. Aluízio esteve reunido na noite desta quinta-feira (5)
BRASIL OFFSHORE
KANÁ MANHÃES
Vendas no comércio devem aumentar até 20% com a feira Comerciantes comemoram evento e afirmam que fluxo sobe significativamente Patricia Lucena patricia@odebateon.com.br
A
lém de registrar um “boom” na principal fonte de renda do mercado interno de Macaé, a presença de representantes das empresas de diversos locais do Brasil e do mundo impulsiona o faturamento de outros segmentos da economia macaense. Com o comércio não é diferente. A expectativa de grande parte dos lojistas é que a Brasil Offshore, realizada entre os dias 11 e 14 de junho, faça com que o fluxo de pessoas aumente e, com isso, as vendas subam significativamente.
“Essa época é ótima para as vendas. Geralmente, temos um aumento de 15% a 20% e acabamos contratando temporários para atender a alta demanda”, afirma Gil Max Silva, gerente da loja Di Santini. Vilma Cavalcante, subgerente da South, espera que o movimento melhore bastante, já que, segundo ela, os dois últimos meses têm sido bem fracos. “A tendência é de aumento das vendas, porque teremos mais pessoas de fora na cidade.” Além da Brasil Offshore, Leliane dos Santos, vendedora da Taco, lembra que os dias da feira caem na mesma semana do Dia dos Namorados, época em que as vendas já costumam
aumentar. “Esse período deve ser ótimo, porque teremos o evento do petróleo, quando milhares de pessoas virão para cidade, e o Dia dos Namorados, que já vendemos muito bem. Provavelmente, iremos contratar cerca de três funcionários para essa semana.” Já o subgerente da Rebrum, Marlon de Oliveira, afirma que a quantidade de vendas não muda muito. “Claro que a frequência é bem maior, mas aqui no calçadão nossas vendas não aumentam tanto. As vendas no shopping devem melhorar, porque as pessoas que vêm para a Brasil Offshore frequentam mais o shopping.”
Comércio tem expectativa positiva em relação à Brasil Offshore
ALIMENTOS
Chuvas afetam produção e fazem preços do tomate disparar Em uma semana, produto sobe de R$ 6,00 para R$ 8,25 e preocupa consumidores os consumidores que foram aos principais supermercados de Macaé nesta semana sentiram uma grande diferença nos preços do tomate. A equipe do jornal O DEBATE foi a alguns supermercados da cidade e se deparou com valores altíssimos, de tirar o fôlego da clientela. “Na semana passada comprei tomate por menos de R$ 6,00 o quilo e agora o preço já está a mais de R$ 8,00. Além do tomate, a cebola e a batata também estão bem mais caras. Até outro dia, comprávamos esses itens por pouco mais de R$ 1,00 e hoje estão quase a R$ 4,00”, reclama a dona de casa Judith Soares. Como o tomate é um alimento bastante utilizado diariamente pela maioria das famílias, este preço assusta e preocupa os clientes, que se perguntam até quando o produto permanecerá com este valor. “Está realmente muito caro. As pessoas estão até publicando brincadeiras no Facebook relacionadas a esse aumento significativo do tomate”, conta o engenheiro Pedro Nogueira. Nas
redes sociais, diversos usuários estão publicando fotos ilustrativas do tomate ao lado de uma carteira e um ladrão pedindo para “passar o tomate”, sugerindo que o produto vale mais do que a carteira.
No Hortifruti, o preço do tomate ainda não subiu tanto e está na casa dos R$ 6,99. Já no Econômico Supermercado, o valor foi para R$ 8,25, preocupando os consumidores. “Espero que não demore muito para CRÉDITO
Preço do tomate chega a R$ 8,25 e assusta consumidores
voltar ao preço normal. Está muito caro, fica complicado comprar e ficar satisfeito”, disse a dona de casa Daniela Souza. Josemar, subgerente do Econômico, afirma que o aumento
é devido ao mau tempo. “Está chovendo muito e, por isso, a produção acaba sendo afetada. Todos esses itens têm relação direta com o clima. Quando chove muito, a produção cai
e o preço aumenta por consequência. O tomate já chegou a R$ 10,00. Agora até diminuiu um pouco. Assim que o tempo melhorar, os preços devem normalizar”, garante.
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Geral ESTUDOS
UFRJ divulga nova pesquisa sobre condições do Rio Macaé Artigo aborda as emissões naturais e antrópicas de nitrogênio, fósforo e metais para a Bacia do Rio Macaé
KANÁ MANHÃES
Juliane Reis Juliane@odebateon.com.br
R
ecentemente, um levantamento realizado por pesquisadores do NUPEM/ UFRJ-Campus Macaé, IFF-Macaé, LCA/UENF e Labtox mostrou indícios do comprometimento da foz do rio Macaé. A pesquisa realizada entre 2009 e 2010, cujos dados foram divulgados na revista científica Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology (vol. 90 nº 1), teve como principal objetivo avaliar a qualidade ambiental do estuário (foz) do Rio Macaé por meio de ensaios ecotoxicológicos. Após essa publicação, outra pesquisa desenvolvida pelos professores Mauricio Mussi Molisani e Franscisco de Assis Esteves do NUPEM - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira, entre outros pesquisadores, também ganhou espaço no meio científico, e se relaciona com o trabalho anterior, pois indica possíveis causas do comprometimento da qualidade das águas do rio Macaé. O professor Maurico explica que o artigo divulgado recentemente no periódico científico, Química Nova (v. 36 nº 1, p.27-33, 2013) aborda as emissões naturais e antrópicas de nitrogênio, fósforo e metais para a Bacia do Rio Macaé e a relação com as atividades de exploração de Petróleo e Gás na Bacia de Campos. Segundo o docente, a qualidade da água do rio Macaé pode ser representada pela sua composição química que é determinada por processos naturais, mas também pelas atividades humanas que jogam efluentes sem tratamento no rio. Estes efluentes são uma mistura de compostos (matéria orgânica, derivados do petróleo, pesticidas, fertilizantes, hormônios
“
Este estudo mostra mais uma vez a necessidade de se realizar o saneamento em Macaé
”
FRANCISCO ESTEVES professor e pesquisador
De acordo com os pesquisadores, a qualidade da água do Rio Macaé pode ser representada pela sua composição química a até mesmo remédios) que possuem composição química que pode piorar a qualidade das águas. “Esta composição química pode ser representada pela presença de nitrogênio (N), fósforo (P) e metais pesados como cádmio (Cd), chumbo (Pb), cobre (Cu) e zinco (Zn), além de muitas outras substâncias. Segundo o professor Mauricio Mussi, um dos objetivos deste estudo é saber a importância de processos naturais e das atividades humanas que determinam a qualidade das águas do rio Ma-
caé. Para isso nós estimamos, através de fatores de emissão, a quantidade de N, P, Zn, Cu, Pb e Cd que as fontes naturais e humanas emitem para a bacia do rio Macaé”, explica. Por meio dos dados obtidos, os profissionais verificaram que os processos naturais, como a erosão dos diversos tipos de solos da região e a deposição atmosférica emitem para a bacia do rio Macaé, 153 toneladas de N por ano; 4,2 de P; 11 de Zn; 1,9 de Cu; 3,7 (Pb) e 1,60 de Cd. Por outro lado, as atividades
humanas como urbanização, agricultura e pecuária lançam na bacia do rio Macaé, 1.446 toneladas de N por ano; 783 de P; 18 de Zn; 5,1 de Cu; 4,2 de Pb e 2,1 de Cd. Deste modo, os lançamentos de substâncias químicas por atividades humanas são responsáveis por 90% e 99% da entrada de N e P no rio Macaé; enquanto que para os metais (Zn, Cu, Pb, Cd) esta emissão corresponde a 62%, 73%, 53%, 57%, respectivamente. Segundo Mauricio, atualmente a composição química das águas do rio
Macaé é determinada por atividades humanas e não mais somente por processos naturais, sendo este cenário observado para grande parte das bacias hidrográficas do Brasil. “Dentre as atividades humanas, podemos afirmar que a urbanização e a pecuária são as principais responsáveis pela emissão de N e P para o rio Macaé, devido aos efluentes enriquecidos com matéria orgânica (ex. esgotos domésticos sem tratamento e fezes dos animais). Para os metais pesados
foram constatados que a urbanização através do lançamento de efluentes domésticos e industriais e a geração de rejeitos sólidos (lixo) são os principais responsáveis. O enriquecimento de nutrientes como N e P nas águas do rio Macaé podem causar efeitos como eutrofização (acúmulo e decomposição de matéria orgânica de algas e redução da concentração de oxigênio dissolvido nas águas), enquanto que os metais em excesso podem contaminar os organismos”, pontua.
Relação do estudo com a exploração de petróleo e gás e qual a relação deste estudo com exploração de petróleo e gás como, por exemplo, na Bacia de Campos? A exploração de petróleo e gás em bacias petrolíferas marinhas é apontada pelos pesquisadores como uma atividade econômica crescente na costa brasileira e pode gerar emissões de substâncias que são usualmente relacionadas a derrames de petróleo e outros efluentes relativos à produção em águas costeiras e oceânicas. Por outro lado, a exploração offshore de petróleo e gás como, por exemplo, na Bacia de Campos (RJ) demanda os mais diversos serviços que necessitam de uma crescente população e da diversificação das atividades econômicas e serviços localizados no continente, que podem induzir modificações em ecossistemas continentais distantes das áreas de produção em alto mar. “Como exemplo, pode-se relatar o crescimento populacional e econômico em regiões como o município de Macaé (RJ), que é a base operacional das atividades de exploração de petróleo e gás na Bacia de Campos, que pode estar induzindo o aumento das emissões de nutrientes e metais para os ecossistemas da região, gerando pressão sobre os recursos naturais continentais”, ressaltam. Mauricio explica que a bacia hidrográfica do Rio Macaé é um conjunto de ecossiste-
mas que promovem importantes serviços econômicos e ambientais, inclusive para as atividades de exploração de petróleo e gás na Bacia de Campos (ex. suprimento de água para as plataformas). Porém modificações importantes neste ecossistema aquático estão ocorrendo desde a instalação da estrutura para exploração na década de 70, que desencadeou um acentuado crescimento econômico no município de Macaé e região. “A expansão da produção em novos poços na Bacia de Campos tem atraído novos investimentos e levado ao aumento exponencial da indústria de serviços. Porém este estudo mostra que o crescimento de Macaé alavancado pela exploração do petróleo em alto mar implica em aumento da poluição química do rio Macaé devido ao aumento da população e consequentemente do lançamento de esgoto e de resíduos sólidos não tratados. Obviamente junto com o crescimento da população de Macaé pode haver o aumento de outras atividades como agricultura, pecuária, geração de energia e turismo que podem incrementar as emissões de nutrientes e metais para o Rio Macaé”, relata. Segundo o professor Francisco Esteves, este estudo mostra mais uma vez a necessidade de se realizar o saneamento em Macaé e contro-
KANÁ MANHÃES
“
A composição química das águas do rio Macaé é determinada por atividades humanas
”
MAURICIO MUSSI MOLISANI pesquisador
Outro flagrante feito pela equipe de reportagem do Jornal foi com relação ao despejo de óleo em um dos braços do Rio lar os resíduos gerados por todas as atividades humanas para preservar a bacia do rio Macaé. “Esta análise reforça a necessidade da aplicação dos royalties no saneamen-
to básico, pois as atividades “offshore” de exploração de petróleo resultam na poluição “inshore” do rio Macaé e da Lagoa de Imboassica. Este é um fenômeno que pode acon-
tecer a nível nacional, pois novos poços de petróleo são encontrados a todo o momento na costa do Brasil e como consequência vemos muitas cidades costeiras se transfor-
mando em bases operacionais e recebendo pessoas e toda uma indústria de serviços que podem aumentar a emissão de poluentes para os ecossistemas” finaliza Esteves.
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Geral 9
BAIRROS EM DEBATE Horto
Moradores do Horto aguardam há anos pelas melhorias Pista coberta por buracos e falta de pontos de ônibus estão entre as reclamações Marianna Fontes marifontes@odebateon.com.br
C
ercada de uma rica área verde, a região do Horto, apesar de apresentar aspectos rurais, fica localizada a poucos minutos do Centro. Por ser uma região mais tranquila, o local tem sofrido uma significativa expansão imobiliária nos últimos anos. Mas ao mesmo tempo, a infraestrutura segue de maneira lenta, não dando conta do crescimento local. Essa semana o Bairros em Debate volta ao bairro para mostrar que pouca coisa mudou nos últimos anos, servindo de alerta para as autoridades responsáveis para que elas tomem as devidas providências. São estradas cheias de buracos, falta de sinalização e de iluminação pública, transporte público precário, falta de áreas de lazer, escola em situação precária, esgoto a céu aberto, entre outros problemas. Uma das principais reclamações de quem vive nessa região é em relação às péssimas condições em que se encontra a Estrada do Horto, antiga MacaéGlicério. Entra ano e sai ano, a situação no lugar parece nunca ser resolvida. Não bastassem os diversos buracos que tomam conta do asfalto, a ponte de madeira em péssimas condições coloca to-
dos os dias a vida de motoristas em risco, já que por ali passam, além de carros e motos, caminhões pesados e ônibus. “Disseram que essa ponte de madeira é suspensa por concreto na parte de baixo, mas mesmo assim ela está precária. Tenho medo de passar e a qualquer hora ela cair. Se eles vieram e fizeram a operação tapa-buraco ano passado, não custava nada ter feito uma manutenção nessa ponte. Aqui passam veículos pesados, não tem condições de ficar nesse estado. Essa é a principal ligação entre o Horto e os outros bairros da cidade”, ressalta o morador Felipe da Silva. Quanto aos buracos, no ano passado, a Prefeitura chegou a realizar pequenas melhorias, através da secretaria de Manutenção, mas apenas em alguns trechos, que já voltam a sofrer com a situação novamente. Em outros pontos, ainda é possível ver crateras no meio da pista, colocando em risco a vida dos condutores. Apesar das promessas de revitalizar a pista e pontes, o governo sofreu mudanças e os problemas passados continuaram, se tornando de responsabilidade da atual gestão. Ligando um dos bairros que mais cresce em Macaé a vias como a Linha Verde e a RJ-168, a Estrada do Horto é a principal opção de acesso para quem
FOTOS KANÁ MANHÃES
Acesso ao bairro é complicado e perigoso devido aos enormes buracos e falta de sinalização mora no bairro. Apesar de já ser pavimentada, a via está em péssimo estado de conservação, gerando riscos para quem trafega nessa região. População espera transporte público debaixo de chuva
População espera ônibus em locais desapropriados Enquanto o governo vem instalando novos pontos de ônibus pela cidade, os moradores do Horto ainda esperam pelo transporte em locais desapropriados. Faça chuva ou faça sol, a população não conta com pontos de ônibus cobertos, situação que gera muitos desconfortos. “Você só sabe que isso é um ponto por causa da placa, porque cobertura ou banco
não existem aqui. As crianças às vezes chegam molhadas na escola, os trabalhadores também, porque toda vez que chove a gente fica nessas condições. É cansativo”, conta Dolores Costa. A qualidade do serviço prestado aos moradores também é motivo de reclamação. Além da qualidade dos veículos, os usuários que utilizam o transporte diariamente questionam os horários de
circulação das conduções. Segundo eles, depois de determinados horários não há transporte para o bairro. “Se você quer curtir a noite, aproveitar, depois das 23 horas você não consegue mais ônibus. É chato, porque você ou espera amanhecer para voltar para casa ou nem sai, se não tiver carro. Para piorar, os ônibus vivem lotados, principalmente nos horários de pico”, conta Pedro Lisboa.
Saneamento ainda é um problema na região Os problemas com o crescimento dessa região já estão começando a surgir, entre eles a questão do saneamento. Um córrego que corta boa parte do bairro está virando um depósito de esgoto a céu aberto. Quem vive ali lamenta que a poluição já começa a aparecer na região. Alguns moradores já chegaram a relatar para a equipe de reportagem que há alguns meses ainda era possível pescar no córrego. “Nós pegávamos peixes grandes aqui, agora não tem nada. É triste ver isso assim e se nada for feito agora, a tendência é piorar. Tem que tomar uma providência enquanto ainda
há tempo”, conta o morador Antônio. Não se sabe a origem do esgoto, mas alguns moradores suspeitam que possa estar vindo de um condomínio, que mesmo com estação de tratamento, despeja os resíduos no córrego, comprometendo toda a qualidade deste recurso hídrico. O esgoto bruto correndo a céu aberto serve de criadouro para insetos, como mosquitos. Entre algumas doenças que podem ser contraídas através do contato com o esgoto, estão a desinteria, leptospirose, dengue, varíola, amebíase, bouba, tétano, difteria, asca-
ridíase, dentre outras. Já quando despejado em algum córrego d'água, os impactos ambientais gerados são diversos, entre eles, alto consumo de oxigênio da água, causando desequilíbrio no ecossistema, podendo causar a mortandade de peixes. Além disso, os custos com tratamento de mananciais degradados são muito mais elevados. O esgoto também pode transitar pelo solo, comprometendo lençóis freáticos. Esse destino acontece geralmente em locais não servidos por redes coletoras de esgoto, como zona rural, região de praia e periferias da cidade.
Mas o problema não se restringe apenas a buracos e a ponte abandonada. A falta de sinalização é outra situação que os moradores reclamam. Não
existem placas e a pista não está sinalizada, situação que coloca em risco a vida de quem precisa passar por ali todos os dias. Entre buracos, pontes em
péssimo estado de conservação e pouca sinalização, quem passa pelo local precisa ter uma atenção redobrada para não sofrer um acidente.
Escola do bairro está abandonada Os moradores do Horto relatam que desde o início do ano passado aguardam pela obra do novo prédio da Escola Municipalizada Fazenda Santa Maria, no Horto. E que este ano, com as chamadas obras emergenciais realizadas na instituição, salas de aula chegaram a ser improvisadas para atender os alunos. “É um absurdo ver nossos filhos estudando em sala improvisada de madeira, com aproximadamente 13m², para atender 30 alunos. Em dias de muito calor, meu filho chega em casa com a roupa toda molhada de suor. Agora, imagine, uma criança passar parte do dia em um ambiente assim. Qual a concentração ele vai ter para aprender? A escola está passando por essa obra emergencial, troca de telhado, reparo na cozinha e com isso as crianças ficam ali inalando cimento, com a saúde exposta e só esse ano, após as aulas, meu filho já ficou doente duas vezes. Por que essa obra não foi feita durante o período das férias?”, questiona uma mãe. Ainda segundo os relatos dos responsáveis, a escola foi apontada como escola urbanizada, já que antes era apenas rural, no entanto, não conta com estrutura para o número de alunos matriculados que somam mais de 200 e as salas são pequenas. “Onde meus filhos estudam não tem uma janela. Nossos filhos adoecem sempre. Estão sempre com alergia, pois a escola vive molhada”, pontuou. As reclamações não param por aí. “A escola que foi construída como de Zona Rural sempre foi
Escola em péssimo estado é alvo de reclamações de pais uma escola de fazenda e não conta com parquinhos para as crianças e não recebe livro didático. E para piorar a situação, nem porteiro tem na instituição. Ela está ou não está abandonada? São mais de 200 alunos matriculados que ficam aí aos cuidados apenas dos professores e diretores e cadê a segurança?”, questionam. “Queremos apenas uma escola decente para nossos filhos. Sei que de modo geral o ensino público em Macaé não é ruim, tem escolas boas no município, mas o que é oferecido aqui está precário e isso nos deixa preocupados, pois sabemos que a educação infantil e fundamental é a base, o alicerce da educação. Ao redor da escola está cheio de mato, passa bicho do mato por ali, cobra. O lugar está abandonado. Já entrei em contato com a ouvidoria por e-mail mas até o momento não recebi nenhuma resposta”, disse. “Meu filho não está aprendendo nada. O ensino está muito fraco. Não quero tirá-lo da escola porque fica próximo de casa
Muitas residências despejam esgoto in natura em córrego
e isso é um ponto positivo, mas por outro lado, ele, assim como os outros alunos estão sendo prejudicados”, relatou outra mãe.
Resposta da Prefeitura Procurada, a Prefeitura informa que representantes da secretaria de Limpeza Pública e Manutenção irão ao local para verificar a situação, elaborar um diagnóstico e, assim, executar ações no bairro. Quanto aos pontos de ônibus e reclamações de transporte, ela diz que o assunto foi encaminhado à Mobilidade Urbana para análise técnica e providências. Quanto a falta de lazer, o governo municipal diz que no momento não existe nenhum projeto neste sentido para o bairro, contudo os moradores podem fazer a solicitação de praças e quadras no orçamento participativo. Em relação ao esgoto, a cidade ainda apresenta muitas deficiências em saneamento básico e durante esses três meses, essas necessidades foram e continuam sendo mapeadas. A previsão do governo municipal é que, em quatro anos, todo o município tenha o seu esgoto tratado adequadamente.
10 Geral
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CAOS
KANÁ MANHÃES
Saúde Pública ainda gera reclamações Pacientes se queixam da falta de médicos e estrutura da UPA da Barra Letícia Santana leticiasantana@odebateon.com.br
H
oje é comemorado o Dia Mundial da Saúde. Mas Macaé não tem muito que festejar nesta importante data. Constante alvo de reclamações, a saúde pública é um dos maiores desafios que a atual gestão que governa o município enfrenta desde a sua posse. Falta de médicos nas unidades de atendimento, demora na marcação de exames e de procedimentos cirúrgicos são temas que levam diariamente leitores até a redação do Jornal O Debate. Desta vez, fomos procurados por usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) para denunciar as deficiências no atendimento da UPA da Barra, que de acordo com pacientes, apresentou mais um problema esta semana, a falta de cilindros de oxigênio que auxilia na respiração e sobrevivência dos pacientes em quadros críticos. De acordo com Mario Nunes de
Paulo, a situação aconteceu na noite de terça-feira (2). Mario, levou sua mãe, Maria Nunes da Conceição para ser atendida na UPA da Barra, após sentir um mal súbito. Ao ser avaliada, a aposentada foi diagnosticada com princípio de infarto. A paciente recebeu os cuidados do médico de plantão e respirava com através do gás medicinal. Às 21h20, Mario recebeu a notícia de que sua mãe seria transferida para o Hospital Público Municipal (HPM), pois havia pouco oxigênio no cilindro e a unidade não possuía material reserva naquele momento. Indignado, Mario questionou o motivo da ausência do gás fundamental para a sobrevivência de vários pacientes, de acordo com ele, a resposta que recebeu o deixou chocado. “O médico disse que o pedido foi feito, porém, nada foi resolvido e eles teriam que transferir minha mãe”, comentou. Mario ainda conta que assim como Maria Nunes, outros pacientes
foram removidos para o HPM. “O médico disse que se demorasse mais cinco minutos, minha mãe e outros pacientes poderiam ter morrido. Foi um momento terrível, uma correria que me deu medo em mim e outros acompanhantes. É um absurdo essa situação. Se não tem oxigênio, não pode ter atendimento. Só que precisa sabe o caos que está a saúde em Macaé”, ressalta. Em nota, a SECOM se posicionou sobre a situação: “O problema da falta de oxigênio, na unidade ocorreu em razão de uma falha da empresa responsável pela reposição do oxigênio que realizou o procedimento na noite de terça (02) quando a previsão era para que a realização fosse feita à tarde. A transferência dos três pacientes foi feita de forma preventiva, antes do desabastecimento total de oxigênio. O gás medicinal da unidade é feita através de uma rede de distribuição instalada nas salas e enfermarias. A situação foi pontual e já foi normalizada no mesmo dia”.
De acordo com a SECOM, o oxigênio já foi reabastecido na unidade
Falta de médicos em matérias anteriores, a Prefeitura declarou que a UPA da Barra não sofre com a falta de profissionais da medicina para atender a demanda diária. Em contrapartida, os pacientes contestam a afirmação e insistem que o número de médicos é insuficiente para atender a população que procura o local. “A gente entra e não tem hora para sair. Tem dia que é melhor voltar para casa porque se for esperar é capaz de ficarmos pior. Falta médico na UPA, falta médico na cidade. A desorganização está saindo do controle”, comenta Ronal-
do da Silva. Mario Nunes relata outro drama vivido na mesma unidade. “Minha mulher precisou de atendimento e a UPA estava lotada. Quando questionei a demora, o responsável pelo plantão disse que os médicos estavam com horas extras acumuladas e não tinham obrigação de dar sequência aos plantões. Aí eu pergunto, aonde estão os substitutos? Cadê os médicos da rede pública?”, indaga Mario. Entramos em contato com a SECOM para apurar quantos médicos atuam por plantão na UPA da Barra, se o número é
o suficiente para atender a demanda e se existem substitutos no caso de falta dos profissionais. Sem responder todas as perguntas, recebemos a seguinte nota: “O número de profissionais na unidade da Barra varia. A população conta ainda com outras unidades de atendimento de emergência na cidade como a UPA do Lagomar, Pronto Socorro do bairro Aeroporto, Pronto Socorro Municipal, na Imbetiba, Unidade de Emergências Pediátricas, Pronto Socorro Odontológico e Hospital Público Municipal (HPM)”.
EXERCÍCIO
Caminhada na Natureza terá mais uma edição hoje DIVULGAÇÃO
Evento esportivocultural terá início na Extensão do Bosque, em Rio das Ostras será realizada na manhã de hoje (7), em Rio das Ostras, mais uma edição da Caminhada na Natureza. A passeata que já é sucesso na cidade sede e municípios da região mistura a prática esportiva e o meio ambiente. O evento gratuito terá início às 8h e é aberto ao público de todas as idades. A passeata é uma iniciativa da “Associação de Caminhantes Anda Rio das Ostras”, em parceira com a Secretaria Municipal de Turismo e com o apoio do Rio das Ostras Convention & Visitors Bureau e da ANDA BRASIL, que tem o objetivo de incentivar o turismo, a prática da atividade física em contato com a natureza, a valorização do meio ambiente e a inclusão social. Nesta edição, os participantes farão uma caminhada Histórico e Cultural, que inclui as praias e atrativos do município. O roteiro conta com
10 km de percurso e terá início na Secretaria de Turismo com passagens pelas praias da Tartaruga, do Bosque, Centro e Boca da Barra. A passeata vai contar com
dois postos de controle, no Quiosque da Economia Solidária (Praia da Tartaruga) e outro na Casa de Cultura, onde os grupos caminhantes receberão apoio e terão o cartão
de participação carimbado. Além da população riostrense, o evento que é uma modalidade esportiva não competitiva, atrai amantes da caminhada de outras regiões.
Na edição anterior que apresentou o Circuito Lagoa do Iriry, a passeata contou com representantes de Macaé e Barra de São João. As inscrições e o creden-
O roteiro conta com 10 km de percurso e terá passagens pelas praias da Tartaruga, do Bosque, Centro e Boca da Barra
ciamento serão realizados na saída da caminhada, na Praça Prefeito Claudio Ribeiro s/ nº, na Extensão do Bosque. A atividade é gratuita e não tem limite de idade.
II EDIÇÃO
UFRJ prorroga inscrição para o “Saúde, Mídia e Informação” Com a prorrogação, prazo que encerrava no próximo dia 10 segue até o dia 15 a universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Macaé Professor Aloísio Teixeira, prorrogou o período de inscrição para o segundo encontro do "Saúde, Mídia e Informação”. A atividade é uma realização do Projeto Extensão Universitária “Construindo Pontes entre a Evidência Científica e a Gestão em Saúde - UFRJ Macaé". Este ano a temática é a "Divulgação Científica e Formação Profissional: caminhos e conexões”. As inscrições são gratuitas e os interessados poderão se inscrever pelo <http:// u p d a t e s a u d e.wo rd p re s s. com/2013/03/25/saude-midia-e-informacao-2013>. O evento que tem como principal objetivo aproximar o conhecimento cien-
tífico em saúde, produzido nas universidades, dos profissionais que atuam na assistência e gestão em saúde, aumentando a qualidade dos serviços prestados no Sistema Único de Saúde será realizado nos dias 7 e 8 de maio, no polo Cidade Universitária. A professora e coordenadora das atividades, Uliana Pontes ressalta que o evento irá congregar profissionais e estudantes das áreas de saúde, comunicação e educação para o debate das oportunidades e desafios de formar profissionais multiplicadores de conhecimento científico acessível a todos. “Serão aceitas submissões de relatos de experiências ou de artigos científicos sobre os temas correlatos, como: Formação Profissional e Divulgação Científica; Popularização da Ciência; Informação e Gestão em Saúde; Sistemas de Informação em Saúde; Jornalismo, Saúde e Ciência,
dentre outros”, destaca. De acordo com a docente, a programação do dia 07 de maio, terça-feira, prevê duas mesas redondas: “Informação e Conhecimento em Saúde nas práticas profissionais” e “Formando profissionais que compartilham conhecimentos científicos”. Já na quarta-feira, dia 08, serão realizadas as sessões de apresentação oral dos trabalhos selecionados, além da entrega da menção honrosa aos melhores, no encerramento do evento. Palestras, minicursos e oficinas culturais completam a programação. Outras informações referentes às atividades podem ser obtidas das 08 às 17 horas. Cidade Universitária UFRJ campus Macaé e pelo email construindopontes@ macae.ufrj.br . O evento tem apoio da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
WANDERLEY GIL
Evento vai acontecer nos dias 7 e 8 de maio, na Cidade Universitária
MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013
Geral 11
CHAPÉU
Na contramão da sustentabilidade pensamos apenas no nosso bem-estar e nos esquecemos do alcance que um pequeno ato de compra pode ter DIVULGAÇÃO
Martinho Santafé
O
bsolescência programada (ou planejada) significa reduzir a vida útil de um produto para aumentar o consumo de versões mais recentes. Planejar o envelhecimento de um produto é uma ação praticada deliberadamente por diversos setores da indústria. Um exemplo bastante óbvio é a “geladeira da vovó” que até hoje funciona, enquanto produtos similares atuais começam a apresentar problemas alguns anos após a compra. Neste caso, o produto é desenvolvido para durar apenas um período programado pelo seu fabricante. Com esta prática, o consumidor já compra um produto que tem validade mais curta do que deveria. O próximo passo é não funcionar adequadamente após o limite estabelecido pela fábrica ou parar de funcionar. Essa estratégia aplicada pelas empresas estimula o consumismo através do forte apelo do marketing que induz à compra de modelos modernos e atrativos, e não ao conserto do produto. Em alguns casos, o conserto se torna propositadamente mais caro para que o cliente não tenha alternativa. Os equipamentos eletrônicos são campeões da prática de obsolescência programada. Por exemplo, os computadores pessoais. Após determinado período começam a ficar extremamente lentos e já não funcionam como era esperado ou se tornam obsoletos. Com isso, a economia não para de crescer. Para as indústrias, é o progresso tecnológico que determina a renovação. Para falar deste tema tão polêmico e atual, a VI Feira de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de Campos, realização da Revista Visão Socioambiental, com o patrocínio
das prefeituras de Macaé, Rio das Ostras, UENF e apoio de O Debate, trará a Macaé a escritora, gestora ambiental e gerente de Educação Ambiental da Diretoria de Gestão das Águas e do Território do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Pólita Gonçalves. Sua palestra
abordará o tema de seu livro “O Consumo do Supérfluo” e será no dia 15 de maio, às 15 horas, no Auditório da Cidade Universitária de Macaé. A VI Feira de RSE será nos dias 14, 15 e 16 de maio, das 14 às 21 horas na Cidade Universitária de Macaé. Segundo Pólita, na maior parte
do tempo, quando consumimos pensamos apenas no nosso bem-estar e nos esquecemos do alcance que um pequeno ato de compra pode ter. “Sem dúvida é importante a nossa satisfaçãocom os objetos e serviços consumidos, mas quem fica atento aos impactos
sociais e ambientais também está praticando um ato de cidadania e fazendo a sua parte na construção de um mundo melhor e menos desigual”, afirma a autora. O objetivo de seu livro é mostrar um caminho para o consumidor começar já essa
mudança, na construção de novas rotinas, que começam dentro da própria casa. “A realidade é que com a obsolescência programada os produtos se tornam ultrapassados e quando não são reciclados começam a gerar um grave problema ambiental e social, com os lixões”.
Obsolescência é prática intencional por que os produtos eletrônicos quebram facilmente? Por que trocamos tanto de celular e existem várias versões deles? Se parar de funcionar o que compensa mais, consertar ou comprar outro? De um lado, a tecnologia vai se inovando e produzindo produtos melhores, do outro os produtos vão sendo ultrapassados rapidamente trazendo conse-
quências para o meio ambiente. Contrariando as ações sustentáveis, estratégias de marketing e de incentivo ao consumo são propagadas, cada vez mais. O conceito de obsolescência programada, que é a prática intencional da indústria de diminuir a durabilidade dos produtos, une-se a outras iniciativas que fomentam as compras. Em pa-
íses desenvolvidos, a vida útil dos eletroeletrônicos já caiu de seis para apenas dois anos, entre 1997 e 2005. A grande oferta de produtos e a concorrência fazem com que se torne mais fácil e barato adquirir algo atual, mas será que o barato sai caro? Todo o gasto, por exemplo, para a produção de um novo celular, inclui, entre outros fatores, a extra-
é fruto do individualismo, consumismo e do desperdício. Para ele “só mudaremos quando já estivermos muito próximo do fim de condições mínimas de uma vida digna em nosso planeta”. Autor do artigo <http://www. aedb.br/seget/artigos06/430_ Segetciclo.pdf> sobre o ciclo de vida de um produto e conservação do meio ambiente, o profes-
sor reflete sobre soluções para a obsolescência. “A solução seria uma forte mudança de hábitos e comportamentos na matriz de consumo, o que vai de encontro ao modelo consumista que está em prática no mundo atual. Não vejo outra alternativa que não seja esta mudança no consumo, embora reconheça ser praticamente” impossível, enfatiza.
com a recuperação de computadores usados, descobrindo no trabalho a extensão dos males causados pela obsolescência programada. Ele sugere dicas para minimizar as consequências negativas do consumo desenfreado: 1 - Reutilizar os equipamentos para estender sua vida útil.
2 - Descartar de maneira responsável. 3 - Pressionar a regulamentação aprovada pelo Brasil da Política Nacional de Resíduos Sólidos que prevê a logística reversa dos eletroeletrônicos e a devida responsabilização pela deposição final de
eletroeletrônicos.” 4 - Antes de comprar produtos, checar se o fabricante tem uma política de coleta de equipamentos ao fim da vida útil. 5 - Dar visibilidade a todas as etapas do processo de fabricação, consumo e deposição final dos eletroeletrônicos.
é do que uma manipulação das indústrias em prol do ato de consumir. “Em outras palavras, é andar na contramão das atitudes sustentáveis, enaltecendo assim um profundo desrespeito das indústrias para com os consumidores, com o planeta e com a natureza. Na prática, alguns segmentos produtivos que ainda adotam esse procedimento incorrem na ‘necessidade’ de forçar mais produção e, portanto, mais poluição, tanto no ato da produção quanto no descarte. É a economia que não quer parar de crescer, trazendo em seu rastro dilapidação ambiental”. Essa prática nada recomendável, afirma Oliveira, embute um desajuste sobre a atividade econômica que resvala sobremaneira na capacidade do planeta em suportar produções
em escalas cada vez mais alucinantes. “É importante lembrar que a humanidade já está consumindo 30% a mais do que o planeta é capaz de repor e é preciso que haja uma redução em até 40% nas emissões de gases de efeito estufa p a ra q u e a temperatura não suba mais do que 2º C. O forte apelo ao consumo se concentra basicamente nas mãos de 20% da humanidade que “engole”
80% de tudo o que é produzido no planeta, demandando recursos naturais que a natureza não é capaz de prover. Lamentavelmente, a obsolescência programada tem contribuído muito para isso”, concluiu.
ção das matérias primas, o contexto social do local e dos trabalhadores envolvidos no processo, além do impacto ambiental após a vida útil do celular. Uma hora ou outra os custos, seja dos recursos naturais, humanos ou materiais, vão pesar. Para o professor José Abrantes, pesquisador em Engenharia Mecânica do Centro Universitário Augusto Motta, a obsolescência
Os destinos do lixo eletrônico segundo levantamentos recentes, 80% do lixo eletrônico produzido nas nações ricas é destinado aos países em desenvolvimento. Anualmente 40 bilhões de toneladas de lixo eletrônico são produzidos, desses acredita-se que 70% vão parar na China e de lá são
exportados para outros países como Cambodja e Vietnã. O pesquisador e articulador de projetos de apropriação crítica de tecnologia, cofundador do blog Lixo Eletrônico e da rede MetaReciclagem Felipe Fonseca, afirma : “São os países mais pobres e com menos
infraestrutura que acabam recebendo o material descartado, e é a população menos protegida em termos de segurança do trabalho que trabalha de maneira precária com esse tipo de material”. Felipe Fonseca começou o interesse pelo tema trabalhando
Recurso contra a crise obsolescência programada é um termo é originário do processo de “descartalização” criado a partir da década de 1930 por algumas economias capitalistas europeias no intuito de movimentar a “máquina econômica” com mais produção, uma vez que o estoque de produtos que se encontrava totalmente parado nas fábricas e, principalmente, nos portos, devido à Grande Depressão Econômica de 1929, fez travar o giro da economia. O produto mais ilustrativo dessa prática (e dessa época) foi a lâmpada. Nos anos 1920, uma simples lâmpada durava mais de 2500 horas. Percebendo, nesse caso, que as vendas seriam bem menores dada a elevada durabilidade do produto, os fabricantes rapidamente trataram de dar uma vida útil
bem baixa a esse produto. Pouco tempo depois, o ciclo de vida desse produto caia para menos de 1000 horas. De acordo com o documentário The Lightbulb Conspiracy (A Conspiração da Lâmpada) dirigido por Cosima Dannoritzer, fabricantes de lâmpadas se reuniram para definir padrões de produção que aumentariam o consumo. Empresas de variados segmentos produtivos descartaram projetos cujo foco era a durabilidade; designers criaram (e ainda criam; vide os celulares e os notebooks, por exemplo) produtos que ficariam defasados em curto espaço de tempo e chips foram colocados em impressoras para contar o número de impressões, dimimuindo-as para pouco tempo. Aos poucos, além das lâmpa-
das e impressoras outros produtos foram ganhando essa mesma tendência; em especial, os eletroeletrônicos e suas múltiplas versões e a indústria de confecção que “força” uma nova moda e tendência (incluindo estilos e, principalmente, cores de roupas) a cada estação do ano. Marcus Eduardo de Oliveira, economista, professor e especialista em Política Internacional pela Universidad de La Habana - Cuba, diz que a prática da obsolescência programada se configura numa maquiavélica estratégia de mercado, tendo em vista que em alguns casos o conserto, propositadamente, é mais caro, o que inevitavelmente faz com que os consumidores não tenham alternativas, a não ser partir para uma nova compra. Segundo ele, isso nada mais
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PROPOSTA
WANDERLEY GIL
Projeto defende horário especial em bancos Igor Sardinha reapresentou proposta nesta semana na Câmara para atender demanda de usuários Márcio Siqueira marcio@odebateon.com.br
O
vereador Igor Sardinha (PT) reapresentou nesta semana, na Câmara Municipal, o projeto de lei que obriga aos bancos instalados na cidade abrirem as portas uma hora antes do horário convencional para atender exclusivamente aos idosos, gestantes e deficientes físicos. Os caixas prioritários, que são um direito constitucional, continuariam ativos durante todo o dia.
A proposta tem como objetivo dar mais qualidade ao atendimento preferencial no município. "Se o banco abre as suas portas para atendimento ao público em geral às 11h, ele teria que passar a abrir às 10h para nessa uma hora atender exclusivamente aos idosos, às gestantes e aos portadores de deficiência. Dessa forma conseguiríamos, definitivamente e verdadeiramente, oferecer um atendimento prioritário e diferenciado a essa parcela da população", explicou Igor. Em Macaé, milhares de
pessoas são atendidas pelas filas preferenciais. Constantemente elas se tornam mais morosas do que a própria fila normal, devido ao número de caixas em funcionamento voltado para esse público. Com o faturamento dos bancos batendo recordes a cada ano, o vereador acredita na possibilidade de investimentos no setor para a viabilidade do projeto. “Alguns números reforçam e relata o quanto tem de condições essas instituições para promover o atendimento de qualidade e humano à popula-
Parlamentar defende demandas apresentadas por aposentados ção. Vemos todos os dias a dificuldade dos idosos, gestantes e deficientes nos bancos, é necessário criarmos alternativas para garantirmos a qualidade do atendimento”, disse o vereador. Igor falou ainda do aspecto legal do projeto, ressaltando o amparo dado pelo Código de Defesa do Consumidor e pelo Estatuto do Idoso. “Nós utilizaremos toda a força do
nosso mandato nessa luta. O STF já decidiu que os bancos se submetem sim ao Código de Defesa do Consumidor e o mesmo, claro, no que tange ao direito ao atendimento prioritário e a legitimidade dos municípios atuarem de maneira complementar à legislação. Que os demais vereadores possam se unir ao nosso mandato nessa briga",
disse Igor Sardinha. Ainda em 2011, o petista conseguiu o apoio da ASAPEM (Associação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Macaé) e da APAE -Macaé - (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) para a aprovação do Projeto de Lei que deverá ser discutida nas próximas sessões da Câmara Municipal.
AÇÕES
Movimento solicita ao governo medidas contra o sombreamento DIVULGAÇÃO
“Deixa o Sol Entrar” quer discutir a aplicação de um novo gabarito na Praia do Pecado o movimento “deixa o Sol Entrar” continua sua luta pela conscientização da população sobre o impacto dos altos prédios na região da Praia do Pecado e cobrar das autoridades políticas, medidas para solução do problema. Completando um ano, o movimento prepara novas ações para que o governo municipal tome as providências necessárias para a Praia do Pecado não ficar literalmente nas sombras. O caso é que a legislação em vigor através do Código de Urbanismo de Macaé permite a construção de prédios altos e próximos à praia que projetam sombras na orla. Em certas épocas do ano, às 13h30min a sombra já alcança as pessoas que utilizam o espaço de lazer mais democrático da cidade. Desde sua criação, o movimento já realizou diversas ações: Abaixo-assinados, mobilizações, passeatas, passeio ciclístico na
orla e apitaço, organizados com o objetivo de chamar atenção do poder público para o problema de sombreamento da praia. “Realizamos caminhada, grupo de corrida de rua e show com uma banda local, na Praia do Pecado. Neste dia em questão, atingimos a marca de 1200 assinaturas em nosso abaixoassinado. O evento contou com ampla divulgação da mídia e
apoio de diversas empresas macaenses. Montamos também um site e recentemente uma página no facebook, esta última teve 11000 pessoas alcançadas em apenas uma semana de criação”, relatou André Coelho, representante do movimento. Contando com o apoio declarado da população de todos os locais da cidade, o movimento também se reuniu com diver-
sas autoridades políticas que declararam apoio à redução do gabarito da região. O prefeito, Dr. Aluízio (PV), declarou o seu apoio durante a campanha eleitoral, e ratificou sua defesa à causa após a sua eleição. Em março deste ano, o movimento “Deixa o Sol Entrar” inaugurou o espaço da Tribuna Cidadã, na Câmara de Vereadores, onde toda bancada presente
Membros do movimento entregaram documento ao prefeito Dr. Aluízio
também declarou apoio ao pleito. Também no mês passado, foi entregue a Dr. Aluízio um documento que objetiva subsidiar um novo projeto de lei e dar agilidade ao trâmite. O prefeito se comprometeu em avaliar tecnicamente este documento que lhe foi entregue e, em caráter de urgência, encaminhar um novo projeto de lei para apreciação dos vereadores. Contudo, o problema continua
preocupando e colocando em risco os banhistas e amantes da região. “As ações têm que ser emergenciais, pois se o projeto não for encaminhado e votado rapidamente, daqui a pouco não teremos mais regiões preservadas de sombra na Praia do Pecado. Aliás, pecado é deixar uma das mais belas praias da região ficar nas sombras”, declarou. Na próxima quarta-feira (10) o movimento terá uma reunião decisiva com o prefeito. Mais uma vez será solicitado envio de uma emenda em caráter de urgência que trate da questão do gabarito da Praia do Pecado, já que se trata de um ponto pacífico entre população e poder público. A ideia é que o prefeito oriente sua base aliada pela votação favorável ao projeto. “Esperamos brevemente comemorar esta vitória para a população macaense. A atual administração do município precisa dar um basta a este grave problema que fere o local de lazer mais democrático dos macaenses, a Praia e dar fim a este grave problema que enfrentaremos até a sua resolução”, encerrou André.
REUNIÃO
Governo atenderá demandas de lojistas Membros da Acim apresentaram solicitações ao Prefeito o prefeito dr. Aluízio Júnior (PV) se reuniu, na noite de quinta-feira (5), com lojistas e membros da Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim) na sede da própria instituição. Além do prefeito, estiveram também presentes o viceprefeito Danilo Funke e os responsáveis e representantes das secretarias de Mobilidade Urbana, Limpeza Pública, Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Trabalho e Renda, Fundação de Esporte e Turismo (Fesportur) e Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Fumdec). Durante a reunião foram discutidos alguns pontos tidos como prioridades por parte dos profissionais do comércio e do governo municipal, como a questão dos estacionamentos na região central da cidade, horários e locais adequados para carga e descarga de produtos e a limpeza do calçadão em horários
diferenciados. Com relação à limpeza, Dr. Aluízio garantiu aos lojistas a ação de uma equipe para a retirada da grande quantidade de lixo acumulado no final de cada expediente do Calçadão, a partir das 18h, já nesta segunda-feira (8). Campanhas educativas sobre a destinação correta do lixo por parte dos comerciantes e população, também serão realizadas pela Prefeitura em parceria com a Acim. “Todos somos responsáveis por nossa cidade e se cada um fizer a sua parte, o trabalho será mais fácil, rápido e eficiente. Será bom tanto para o comerciante quanto para o cliente”, ressaltou. Já na área de Mobilidade Urbana a principal questão é reorganizar os estacionamentos no centro da cidade, com a construção de um possível estacionamento público vertical e priorizar o transporte público com a criação de corredores exclusivos de ônibus. A intenção é desafogar o trânsito no horário comercial diminuindo o número de carros circulando no Centro. Os lojistas do shopping localizado na Linha Verde também serão
beneficiados com mudanças na sinalização no trecho que dá acesso ao local, o que dará maior fluidez e segurança ao trânsito. Para avaliar o andamento das ações, será realizada uma reunião com os lojistas pelo menos uma vez por mês. O presidente da Acim, Evandro Cunha, falou da importância da associação, lojistas e prefeitura trabalharem em parceria. “Este foi um momento histórico para a Acim, pois nunca aconteceu uma reunião nossa diretamente com o prefeito e seus secretários. O prefeito também nos deu a oportunidade de nos reunirmos com o governo pelo menos uma vez por mês para verificar qual a melhor maneira possível de atender às solicitações do comércio local. Queremos deixar claro que vamos dar todo o apoio possível às ações realizadas no nosso comércio, dando sugestões, opinando, fiscalizando e fazendo o possível para auxiliar a Prefeitura. Nossa intenção é procurar o melhor caminho para todos”, destacou.
FLÁVIO SARDOU/SECOM
Dr. Aluízio garantiu a realização de ações para beneficiar comércio
MACAÉ, SÁBADO, 28 DE JULHO DE 2012
LEGISLATIVO
PCCV dos professores será revisado por comissão ~DIVULGAÇÃO
Guto Garcia analisou pontos do Plano junto ao secretário de Administração o vereador Guto Garcia (PT) esteve essa semana com o secretário municipal de Administração, Aderson Ferreira, conversando sobre a necessidade de revisar o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos profissionais da Educação. Entre os pontos apresentados pelo parlamentar estão o reajuste do valor da tabela dos auxiliares de serviços escolares no PCCV; a redução de carga horária de trabalho dos Auxiliares de Serviços Gerais de 40 para 30 horas semanais. Outro assunto tratado foi o ganho de 20% para porteiros, merendeiras e auxiliares de serviços gerais que trabalham nas escolas com baixo IDH e difícil acesso, a alteração da tabela de referência da portaria da Secretaria de Educação 0032003 prevista na Lei 2175-2001 que institui o Programa Municipal Dinheiro na Escola, o ganho de 2% de aumento para os professores a cada 120 horas de curso feito no ano, e o plano de saúde para os servidores. Todas as questões já são indicações de Guto Garcia aprovadas e outras em trâmite no Legislativo. O secretário Aderson explicou que neste momento todos os esforços estão voltados para a regularização do servidor, mas que no próximo mês será possível a implantação da comissão de revisão do PCCV. Guto Garcia destacou o resultado do encontro durante a sessão plenária realizada quartafeira, 3, e parabenizou as ações do secretário que estabeleceu metas dentro de um processo, como a retomada do recadas-
Guto apontou pontos do PCCV para Aderson Ferreira tramento, o recenseamento, análise da demanda técnica das secretarias, a unificação dos recursos humanos das secretarias até culminar na implantação do
ponto eletrônico. “Tenho certeza de que o servidor será valorizado e adequado dentro da administração”, destacou Guto.
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