O ECO
Da Redação uita diversão, artes e ciências é o que a população de Lençóis Paulista pode esperar para o mês do meio ambiente, comemorado em junho. Para celebrar a data, e, como parte das atividades dos 40 anos da empresa, o Grupo Lwart traz o espetáculo teatral “O que você sabe sobre H2O?”, uma atração do projeto Circo Científico encenada pelos cientistas malucos da Mad Science. A peça teatral, que une ciência e diversão, será apresentada, gratuitamente, para alunos de seis escolas do ensino público da cidade entre os dias 8 e 12 de junho. Já no dia 13 de junho, uma apresentação aberta a toda população está agendada para acontecer no Espaço Cultural Cidade do Livro, às 19h30. A peça “O que você sabe sobre
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Dia do Meio Ambiente
Grupo Lwart traz a Lençóis showcientífico da Mad Science H2O?” é desenvolvida por atores da Mad Science Global, empresa canadense que está presente em 29 países e leva entretenimento educativo às pessoas. No espetáculo, os cientistas malucos estimulam crianças e adolescentes a aprenderem um pouco mais sobre as características da água e sobre a importância da preservação deste recurso natural indispensável à vida. No total, estão marcadas onze apresentações para aproximadamente 1,7 mil alunos das escolas municipais do ensino fundamental II e escolas Prefeito Ézio Paccola e Profª Antonieta Grassi Malatrasi. A coordenadora de projetos da Diretoria de Educação de Lençóis, Sabrina Amoedo dos Santos, destaca que a parceria com o Grupo
A atração busca estimular atitudes responsáveis para a preservação da água por meio do fantástico mundo da Ciência Lwart é mais uma das ações inovadoras e de grande diferencial no currículo dos alunos da Rede Municipal de Ensino. “Trazer para as escolas o Circo Mad Science no mês do meio ambiente contextualizando a molécula água com temáticas das problemáticas ambientais, acrescenta muito no aprendizado dos nossos alunos; favorecendo um olhar mais atrativo aos encantos do conhecimento científico”. “O que você sabe sobre H2O?” traz uma série de experiências malucas, como por exemplo, a de demonstrar que, apesar do nosso
planeta ser composto por cerca de 70% de água, apenas uma pequena parte é potável. Todos os conceitos científicos, apresentados na peça, são passados de maneira divertida e interativa. Além deste experimento, o show também traz uma bolha de sabão gigante e o público se diverte com um banho científico. Para a coordenadora de Projetos Sociais do Grupo Lwart, Danieli Roza, a ação é uma oportunidade de estimular que atitudes cotidianas, como tomar banho ou escovar os dentes, sejam realizadas de forma mais consciente.
“Proporcionar às crianças e jovens oportunidade de reflexão sobre uma problemática atual que é a escassez da água possibilita compartilhar a responsabilidade pela preservação desse recurso tão precioso para o planeta”. O projeto Circo Científico utiliza recursos do ProAC e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista e a execução da 3S Projetos.
ÁGUA - Circo Científico e os cientistas malucos da Mad Science visitam escolas e no sábado no Centro Cultural
GRUPO LWART – 40 ANOS 2015 é especial para o Grupo Lwart. Ao longo do ano, o município de Lençóis Paulista, onde estão instaladas a Lwart Lubrificantes e Lwarcel Celulose, vai receber outras atrações preparadas especialmente pela companhia para comemorar a data com os aproximadamente 2 mil colaboradores próprios, suas famílias e a população da cidade. Estão previstos ainda um show, eventos culturais, a produção e lançamento de um livro sobre a sua história, entre outros.
SHOW “O QUE VOCÊ SABE SOBRE H2O?” Data: 13 de junho – de graça Horário: 19h30 Local: Espaço Cultural - Cidade do Livro Retirada dos ingressos: De 8 a 12 de junho, na Casa da Cultura, das 8h00 às 17h30. Mais informações: (14) 3263-6525 – Casa da Cultura
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Artigo
Meio Ambiente
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AREIÓPOLIS No dia 28 de maio, a Prefeitura de Areiópolis realizou um passeio com grupo de idosos do Projeto Vivendo a Melhor Idade na Fazenda Lageado, em Botucatu, com visita a Cevap e o Museu do Café.
O Dia do Meio Ambiente Arnaldo Jardim é secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento de São Paulo
Rubens Rizek Jr. é secretário de Estado Adjunto de Agricultura e Abastecimento
m 5 de junho de 1972, em Estocolmo, foi aberta, pelas Nações Unidas, a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente. Neste dia histórico, que passou a ser considerado pela ONU o Dia do Meio Ambiente, foi dado um grande passo na direção de uma governança mundial para as questões ambientais. A Conferência de Estocolmo, que reuniu 113 países e mais de 400 organizações governamentais e não governamentais, mostrou o antagonismo de posições em extremos bem definidos. De um lado, havia aqueles que defendiam rígidas limitações ao desenvolvimento econômico. Era a teoria do “desenvolvimento zero”, com o objetivo de estancar o avanço acelerado das transformações impostas pela raça humana às paisagens e recursos da natureza. No outro extremo, havia os que defendiam justamente o contrário, os adeptos da chamada teoria do “desenvolvimento a todo custo”, com o objetivo de impedir a criação de qualquer tipo de constrangimento aos processos transformadores e ao livre fluir dos empreendimentos industriais, imobiliários, extrativistas, infraestruturantes, minerários, agropecuários e assim por diante. Havia ainda, no meio desta plêiade de organizações e opiniões, resquícios do neomalthusianismo, ou seja, aqueles que temiam as consequências supostamente nefastas de um crescimento descontrolado da população mundial, sobretudo pelo descompasso deste crescimento com o incremento potencial na produção agrícola, o que tornaria o mundo incapaz de produzir alimento para todos. Os anos se passaram e a evolução da governança na área ambiental mostrou que é perfeitamente possível (e sobretudo desejável) conciliar desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade. A mesma ONU, que deu o passo inicial na articulação mundial sobre preservação ambiental, constituiu, em 1983, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que publicou, em 1987, um documento intitulado “Nosso Futuro Comum”, mais conhecido como “Relatório Brundtland”. Este documento histórico consagrou o conceito de “desenvolvimento sustentável” como sendo aquele que “procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades”. O conceito de desenvolvimento sustentável surge, então, como a grande síntese de toda a dialética anterior e preconiza o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, justiça social e preservação ambiental. Em São Paulo, sob o comando do Governador Geraldo Alckmin, trabalhamos imbuídos da filosofia de procurar sempre harmonizar o econômico, o social e o ambiental. A busca por maior produtividade e competitividade, com justiça social e sustentabilidade na agricultura é, sem dúvida, um dos maiores e mais difíceis desafios de nosso século, não obstante, a agricultura paulista tem muito a mostrar. Nossa espetacular performance na geração de energia pela biomassa, responsável por São Paulo exibir uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, é motivo de orgulho. O volume de trabalho dos vários institutos ou fundações, universidades, órgãos públicos e entidades privadas de São Paulo na busca efetiva pelo constante desenvolvimento agrícola sustentável é impressionante e é amplamente reconhecido no Brasil e no mundo. Nosso trabalho na conservação dos solos, combatendo a erosão e ajudando prefeituras na manutenção de estradas rurais está bem traduzido pelo Programa Melhor Caminho, uma marca deste Governo. Recentemente, assinamos convênio inédito com a CETESB e organizações industriais para início do recolhimento de agrotóxicos obsoletos dos campos e já temos implantada a logística reversa de lubrificantes e embalagens de químicos, tudo isso para evitar a contaminação de solo e água. A assinatura de protocolos agroambientais com setores do agronegócio mostrou que o caminho do diálogo é o mais eficiente para a diminuição efetiva das queimadas nos canaviais. O exitoso programa Microbacias, em parceria com o Banco Mundial, vem viabilizando o acesso mais direto dos produtos dos pequenos agricultores ao mercado consumidor. As linhas de crédito do FEAP/BANAGRO levam sempre em conta o desenvolvimento rural sustentável e graças ao empenho de milhares de pessoas, São Paulo já cadastrou 70% de sua área no CAR – Cadastro Ambiental Rural, sendo exemplo no Brasil de fiel cumprimento às normas do Código Florestal. Ao comemorarmos este dia mundial do meio ambiente, é com muito ânimo que vamos dar início a um dos maiores programas de restauro ecológico que já existiu. A Lei 15.684/2015, sancionada recentemente pelo Governador Alckmin, permite começar o Programa de Regularização Ambiental das propriedades ou posses rurais no Estado, o chamado PRA. Nossas estimativas dão conta da possibilidade de restauração de incríveis 1 milhão de hectares de vegetação nativa em São Paulo, sobretudo nas áreas ciliares, algo sem paralelo no mundo. Com muito diálogo, parcerias, respeito aos produtores rurais, inteligência e dedicação, vamos dar conta de resolver os problemas da regularização ambiental das terras e, ao mesmo tempo, deixar um meio ambiente mais protegido e saudável para as próximas gerações.
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Meio Ambiente
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PARTICIPAÇÃO O diretor Benedito Luiz Martins fez questão de lembrar que a proteção ambiental não é uma simples obrigação do poder público. Mais do que isso, deve ser encarada como um direito e o dever de cada cidadão que, com seu comportamento ético, ajuda a criar boas condições para a própria vida, para a vida dos seus semelhantes e para as próximas gerações. “O poder público faz aquilo que é de sua competência; cada indivíduo tem de fazer a sua parte .
MUNICÍPIO VERDEAZUL
Lençóis é a primeira classificada na Bacia Tietê-Jacaré FOTO: MÁRCIO MOREIRA/O ECO
O conjunto das práticas ambientais colocam em cidade em posição de destaque; trabalhos foram premiados pela ONU e governo federal Jair Aceituno roteger o meio ambiente é uma tarefa desempenhada em Lençóis Paulista durante as 24 horas do dia. O trabalho repercute através das boas pontuações do município dentro do programa Município VerdeAzul, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado. No ano passado Lençóis obteve a melhor pontuação dentro dos 34 municípios que compõem o Comitê da Bacia Tietê-Jacaré, entre os quais São Carlos, Araraquara, Bauru e Jaú. Essa pontuação – destaca o diretor municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Benedito Luiz Martins, observa a regularidade no trabalho ambiental. “Se você tem, por exemplo, um trabalho de educação ambiental extraordinário, mas não trata o lixo ou o esgoto ou não cuida da arborização urbana, não pontua. É programa que considera um conjunto de ações que tornam a qualidade ambiental do município boa. Se você tem uma condição muito boa num determinado aspecto mas não tem em outro, não consegue a pontuação para a certificação” – diz. Martins diz da importância da continuidade dos serviços – se coleta o lixo num dia e não o
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PERMANENTE – Benedito Martins diz que Meio Ambiente é uma obra de todos e tem de ser diária, o ano todo
faz no outro, não resolve – e da boa solução para os diferentes segmentos ambientais. Revela que a boa pontuação no Município VerdeAzul vem da somatória dos bons resultados dos diferentes segmentos. A destinação do lixo é um destaque. “Estamos na frente da maioria das cidades na reciclagem do lixo em relação ao volume que é coletado. Além de termos o aterro certificado, em bom funcionamento e com planos de melhorias e ampliações, nós conseguimos separar até mais de 20% do total coletado. Isso é um trabalho que a grande maioria das cidades não consegue. É um projeto diferenciado. Tanto que ganhamos um prêmio da ONU e outro do Ministério do Meio Ambiente” – destaca. Além de colher e destinar bem o lixo, outro ponto que a equipe ambiental tem ação forte é na fiscalização para evitar mato em terrenos, queimadas urbanas e outras irregularidades. Nisso conta, além da fiscalização própria, com as denúncias de munícipe, normalmente os incomodados pelas práticas inadequadas de seus vizinhos. Para tudo isso busca-se sempre a melhor solução. A todos esses cuidados somam-se os serviços
de arborização e manutenção e o sistema de tratamento de esgoto que, embora seja executado pelo SAAE (Serviços Autônomo de Água e Esgoto), é um importante item ambiental do município e responsável direto pela sua boa pontuação. O trabalho ambiental é permanente, conforme destaca o diretor. Afora os serviços públicos – coleta de lixo, esgoto, arborização, fiscalização, etc – a diretoria também prioriza a educação. Mantém um educador ambiental durante todo o ano nas escolas, abordando uso racional da água, proteção de mananciais, reciclagem de lixo, separação de materiais, preservação de matas, etc. Também atua em parceria com empresas em promoções e eventos que mobilizam e conscientizam a comunidade. Desenvolve ações em conjunto com a Polícia Ambiental visando criar nas pessoas, especialmente nas crianças, o hábito preservacionista. “Embora haja o Dia do Meio Ambiente e outras datas ambientais que se comemora, temos em nossa equipe a consciência de que todos os 365 dias do ano são dias de cuidar da ecologia e do lugar onde vivemos” – afirma Martins, que faz questão de citar como fatores de
sucesso do seu trabalho o apoio que sempre recebeu da prefeita Bel Lorenzetti e do seu antecessor – hoje vice-prefeito e diretor do SAAE – José Antonio Marise, e o comprometimento de toda a equipe de trabalho. FUTURO Apesar da boa pontuação, o trabalho continua. A diretoria estuda novos processos de tratamento do lixo que venham a melhorar ainda mais o desempenho do setor e já investe no processamento do entulho de construção. Definiu um equipamento para a moagem do entulho coletado pelos caçambeiros, logo começará a implantar a base para a instalação do triturador e faz estudos para o aproveitamento do material resultante do processo. Uma das possibilidades é, com a moagem do material, obter um tipo de “bica corrida” para substituir as piçarras e pedras hoje utilizadas para a impermeabilização das estradas municipais sem pavimentação. O material hoje aplicado no leito das estradas é adquirido em Pederneiras (antes vinha de Macatuba) e, como todo produto da natureza, fica cada dia mais escasso. Ao aplicar o entulho moído nas estradas, estará se resolvendo pelo menos dois problemas: evitando a degradação da natureza e encontrando uma utilidade para um material hoje classificado como lixo.
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Meio Ambiente
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PEDAL No dia 30 de maio, a Prefeitura de Agudos em parceria com a Ambev realizou o passeio ciclístico “Pedalada pela Água”. O evento contou com a participação de crianças, jovens, adultos, setores públicos, funcionários da Ambev e pessoas da região. O participantes plantaram mudas de espécies nativas do cerrado e encerraram as atividades em uma confraternização na Lagoa dos Patos.
AGUDOS
Extensa programação marca mês do Meio Ambiente
“Conhecendo a Natureza” é tema de palestra
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Com o tema “Preservar é Preciso” o evento conta com trilhas, palestras e show de mágica; todas as atividades são gratuitas Da Redação ara celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho, a Prefeitura de Agudos, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, vai dedicar o mês de junho em comemoração a data. Na programação estão atividades como palestras, trilhas ecológicas, shows de mágica, entrega de material didático, apresentações teatrais e conscientização. Para abrir a programação no dia 2 de junho, os alunos do 5º ano da Escola Luiz Odassi Neto participaram da “Trilha do Tatu”, a trilha ecológica da empresa Ambev com o objetivo de orientá-los sobre a importância da preservação da fauna e da flora, consumo responsável de água e destinação correta de resíduos. No dia 10, a partir das 14h acontece a Palestra sobre Constituição Ambiental, com a participação da Polícia Ambiental de Bauru no salão da
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Acira (Associação Comercial, Industrial e Rural de Agudos), as inscrições devem ser feitas na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente com a doação de 1 litro de leite. Também está incluída na programação a visita de alunos da rede municipal de ensino às dependências da empresa recicladora de óleo vegetal – ADN Biodiesel no dia 12 de junho e no dia 16 a “Trilha do Tatu” com os alunos da Escola Fausto de Marco. O grande destaque da programação acontece no dia 19, sexta-feira, na Praça Tiradentes, das 8h até às 17 horas, com apresentações de escolas municipais, estandes com orientação sobre o uso consciente da água, sustentabilidade e preservação. O público que for até a Praça vai receber orientação sobre a posse responsável de animais, micro chipagem e castração de animais, além de participar de oficinas, troca de livros, entrega de material educativo e uma Palestra de Mágica com o mágico Mauro Dias.
CURIOSOS - Alunos do primeiro ano da rede municipal conhecem o insetário
CONSCIENTIZAÇÃO - Alunos participam da Trilha do Tatu, uma parceria com a Ambev
Os alunos do 1º ano do ensino fundamental da rede municipal de ensino conheceram a natureza por uma nova óptica. Parte integrante do programa municipal de educação ambiental intitulado “Movimento Sustentável”, as palestras nas unidades de ensino envolvem temas que fazem parte do conteúdo programático de cada série. O habitat animal, preservação da fauna, regiões rural, urbana e floresta foram abordadas de forma dinâmica e colaborativa com os alunos do primeiro ano de
todas as escolas municipais. A interlocutora do município verde e azul, Francine Mattos, explicou aos alunos as características de cada meio natural e a importância da preservação ambiental. Durante a atividade, as crianças conheceram dois insetários, um de mariposa e outro de borboletas, podendo notar e perceber as diferenças e semelhanças entre as duas espécies. Essas peças foram cedidas pela Universidade do Sagrado Coração através de parceria com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente.
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FUTURO NÃO JOGUE NA REDE DE ESGOTO: o 1ª %& $"' o ª-&0 & 3&4504 %& '3*563" o ª-&0 -6#3*'*$"/5& 06 $0.#645¤7&- 64"%0 o 13&4&37"5*704 "#4037&/5&4 )*(*¡/*$04 '3"-%"4 o 26"-26&3 ."5&3*"- 4ª-*%0
Dúvidas em sua conta? 14 3269.7700 Entupimento, falta d’água ou vazamento? 0800 772 3115 Atendimento ao público das 8h às 17h30 contato@saaelp.sp.gov.br Rua XV de Novembro, 1.111 Centro - Lençóis Paulista-SP
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Meio Ambiente
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AGROTÓXICOS A campanha de coleta de embalagens de agrotóxicos coletou 4.735 embalagens vazias e tem por finalidade auxiliar os pequenos produtores do município a darem o destino adequado para essas embalagens. A coleta se realizou no dia 2 de junho, no período da manhã , onde os produtores se deslocaram até o Pátio da Casa da Agricultura para a entrega. Outra ação está marcada para novembro.
MACATUBA
Meio Ambiente tem programação especial para junho FOTO: DIVULGAÇÃO
Semana passada houve recolhimento de materiais descartados irregularmente nos arredores do perímetro urbano Da Redação Divisão de Meio Ambiente da Prefeitura de Macatuba preparou e executa neste mês uma programação especial para celebrar o dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. “Junho é também o mês de aniversário de Macatuba, com atividades culturais e cívicas que engajam estudantes e a comunidade como um todo. Por conta disso, resolvemos distribuir nossa programação pelo Dia Mundial do Meio Ambiente por todo o mês”, comentou o biólogo Antonio Carlos Perucci Júnior, responsável pelo setor. A programação já teve início no último final de semana, quando a Divisão de Meio Ambiente e a Secretaria de Obras da Prefeitura de Macatuba disponibilizaram equipes para limpeza e coleta de lixo descartado de maneira irregular nos arredores do perímetro urbano. “É uma ação de limpeza pública,
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ESPECIAL - O biólogo Antonio Carlos Perucci Júnior, responsável pelo setor de Meio Ambiente, durante atividades com as crianças
mas também de conscientização e de educação para que as pessoas não joguem lixo nesses locais. Não faz sentido descartar lixo irregularmente em um município que tem coleta diária de lixo doméstico, coleta sistematizada de materiais recicláveis e coleta programada de entulhos. É sempre bom lembrar: o meio ambiente é um patrimônio coletivo, todos temos que colaborar para sua preservação”, alertou Carlos. De acordo com o biólogo, a programação no mês do ambiente em Macatuba conta com palestras dirigidas aos públicos de todas as idades, dos estudantes nos anos iniciais da vida escolar até os idosos e aposentados. Em cada encontro com o público para falar de meio ambiente, o ciclo de palestras reforça ações sobre sustentabilidade, economia verde, uso racional da água e atitude consciente. Desde o dia 2 de junho, as palestras sobre meio ambiente
percorrem escolas, órgãos e entidades de Macatuba, como o encontro com os adolescentes participantes dos projetos sociais do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), com os estudantes do curso Jovem Agricultor do Futuro, com os adolescentes dos projetos da Legião Mirim, com os grupos da terceira idade e com os integrantes do projeto Renda Cidadã. “Nas palestras, a gente sempre procura realizar ativi-
dade simbólica para que este momento fique gravado na memória dos participantes. Realizamos atividades como plantio de árvores, dinâmicas de grupo ou outra ação que cause uma mudança no olhar sobre o meio ambiente. É importante transformar o cidadão, transformando seu olhar predatório para o sentimento de pertença ao meio ambiente e ,portanto, necessário um olhar de conservação e de respeito ao ambiente em que
vivemos”, completou Carlos. Ainda dentro desta programação especial, a ação coordenada entre a Divisão de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal e a CATI (Coordenadoria de Atenção Técnica Integral) de Macatuba recolheu embalagens usadas no trato das lavouras. A ação auxilia os pequenos proprietários rurais a darem destinação correta às embalagens vazias de produtos agrotóxicos. A legislação prevê que os
fabricantes devem oferecer pontos de coleta das embalagens vazias, mas nem sempre esses postos estão próximos do pequeno produtor, que usa produtos em menor quantidade. Por isso a ação conjunta da Divisão de Meio Ambiente e da CATI (Casa da Agricultura) de Macatuba para auxiliar o produtor rural no descarte das embalagens, evitando contaminações do meio ambiente ou intoxicações de seres humanos ou animais.
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Meio Ambiente
ECOLÓGICO Fábrica de tijolos ecológicos tem capacidade para produzir 5 mil tijolos por dia, consumindo 12 metros cúbicos de entulho, o equivalente a duas caçambas grandes. Começou a funcionar há 15 dias, quando recebeu a documentação que autoriza a comercialização do produto. A instalação dos equipamentos deu-se ao longo dos últimos 90 dias.
SUSTENTÁVEL
Tijolos ecológicos de Lençóis vão atender às causas ambiental e indígena Duas caçambas de entulho são suficientes para fazer 5 mil tijolos; fábrica local vai se multiplicar nas aldeias indígenas FOTOS: MÁRCIO MOREIRA/O ECO
Jair Aceituno m projeto lençoense, executado sem o aporte de recursos governamentais, começa a funcionar em diversas direções da proteção ambiental. Daniel Toniolo, 50 anos, casado com Eliane Paulus, coloca em funcionamento sua fábrica de tijolos ecológicos, produzidos a partir do entulho de construção recolhido na cidade. A empresa, no entanto, não é um mero negócio destinado a dar lucro ao seu realizador. É resultado de uma convivência começada há quase três décadas com diferentes comunidades indígenas. De tanto ver a problemática dos nativos e buscar saídas, o empreendedor conseguiu patrocínio para o negócio e seu principal objetivo é produzir os tijolos feitos de entulho e destinar parte (estimada 70%) dos lucros para a instalação de fábricas do gênero nas aldeias onde isso for possível e incentivar a formação de cooperativas para os índios plantarem cupuaçu, assai e outras culturas em áreas devastadas e, com isso, obterem renda para sua subsistência. A fábrica de Daniel localiza-se na rua Humberto Alves Tocci nº 762 e tem capacidade para
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LIMPEZA – Daniel quer absorver todo o entulho, transformá-lo em tijolo e, com o dinheiro da venda, ajudar os índios
produzir 5 mil tijolos por dia, consumindo 12 metros cúbicos de entulho, o equivalente a duas caçambas grandes. Começou a funcionar há 15 dias, quando recebeu a documentação que autoriza a comercialização do produto. A instalação dos equipamentos deu-se ao longo dos últimos 90 dias.
Foram adquiridos prensa, misturador, esteira transportadora, tanque de imersão e cavaletes. O triturador do entulho foi desenvolvido pelo próprio empreendedor que, para tudo isso – um investimento da ordem de R$ 120 mil - recebeu o custeio do casal paulistano Nelson e Heloisa Zarzur Cury, que conheceu numa
PROCESSO - Fábrica que utiliza resto de material de construção para fazer tijolo é equipada com prensa, misturador, esteira transportadora, tanque de imersão e cavaletes
reunião que se tratava de ecologia e sustentabilidade, em São Paulo. Esse mesmo casal também custeou uma viagem que Daniel e Eliane fizeram em novembro do ano passado a aldeias indígenas do Pará, Amazonas e Roraima, onde produziram 60 horas de filmagem sobre os problemas e a vida dos índios, material que ain-
da se encontra sem edição. “Com esse produto, vamos resolver um problema ambiental da cidade, que é destinação do entulho de construção e, na outra ponta, vamos investir na causa indígena” – diz Daniel, que hoje tem cinco colaboradores para a produção e poderá aumentar o quadro assim que o negócio ga-
nalista Alcimir do Carmo, que o levou a encontrar-se com Olivier Genevieve, presidente da ONG Açúcar Ético, numa sua passagem pelo Brasil. Dele obteve ajuda para montar a ONG e a OSCIP Instituto Nova Aliança. Também conheceu Antonio Vieira, ex-assessor do Ministério da Justiça no governo FHC, elemento com larga experiência no terceiro setor, que o apoiou formalizar seu desejo de ajudar aos índios e o acabou levando à reunião em São Paulo, onde conheceu os patrocinadores.
PROTEÇÃO Daniel Toniolo diz que agora está no caminho. Com o negócio em fase inicial de produção, vai pleitear a cessão de uma área no distrito empresarial para ali ampliar a fábrica de tijolos e, se possível, absorver todo o entulho de construção que a cidade produz. A ajuda que projeta dar aos índios é totalmente gratuita. Não faz parte de seu projeto ser sócio ou deter qualquer participação no resultado das unidades e projetos que vier a implantar nas aldeias. Estará à disposição para orientá-los,
Primeiro contato com os índios foi em 87 Daniel Toniolo faz questão de se dizer um homem de pouca escolaridade. Não tem a oitava série completa. Seu trabalho sempre foi a montagem de estruturas metálicas. Em 1987 estava trabalhando em Londrina (PR), onde teve o seu primeiro contato com os índios. No hotel em que se hospedava, conheceu o indígena Jorge Caingang que, numa conversa, praticamente “leu” os seus problemas da época e o convidou para visitar sua aldeia, perto de Rolândia, distante 20 quilômetros dali. Foi lá “por
educação” para ficar algumas horas e acabou permanecendo 27 dias, convivendo com os índios e impregnando-se pela causa dos nativos. “Naqueles dias eu me transformei em filho da aldeia e irmão dos indígenas” – diz. A causa dos índios chamou sua atenção e na medida do possível, sem qualquer intenção, segundo garante, foi visitando outras aldeias e conhecendo a fundo o problema. Tornou-se amigo dos integrantes de aldeias do Paraná, Mato Grosso do Sul e dos paulistas
de Avaí, Itanhaém, Peruíbe e Bertioga. Envolveu-se tanto na causa que chegou a pleitear e obter qualificação para captar R$ 500 mil pela Lei Rouanet, para produzir um documentário denominado “Chamando Brasil”. Foi classificado mas não conseguiu captar os recursos e ouviu de pessoas experientes na área que só não teve adesão ao seu projeto porque nele pretendia falar coisas que as empresas – potenciais patrocinadoras – querem esconder. Mas foi essa militância que chamou a atenção do jor-
nhar impulso. Ele cita que além da fabricação do tijolo, ainda gerará emprego e renda para o treinamento daqueles que vão utilizar o material. O bloco ecológico de sua produção foi projetado para não exigir reboco nas juntas e nem revestimento, podendo tornar-se um sistema mais econômico no custo de uma construção.
mas não será participante dos lucros. “Meu sonho é tornar essas comunidades autônomas, sem terem a necessidade de recorrer à Funai, prefeituras e outras entidades públicas para garantir sua subsistência. Se conseguir isso, teria atingido meu objetivo”, destaca. Durante a entrevista ao O ECO, Toniolo disse algo muito interessante: “nas regiões onde ainda existem índios, em vez de gastar com a preservação do meio ambiente, basta investir no índio; o resto ele próprio faz”.
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Meio Ambiente LENÇÓIS
MINI ZOO - Crianças visitam o Mini Zoo e Jardim Sensorial no Parque do Povo
Mês do Meio Ambiente tem agenda especial Atividades contemplaram visitas ao museu, ao Jardim Sensorial e Mini Zoo Da Redação Prefeitura de Lençóis Paulista, por meio da Diretoria de Agricultura e Meio Ambiente e da Diretoria de Educação, realiza em junho ações para marcar o mês do Meio Ambiente. A programação iniciou ainda em maio e acontece durante
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todo o mês de junho. Para a segunda quinzena deste mês, as atividades ainda estão sendo definidas. Em maio, o ciclo de palestras “Museus para uma sociedade sustentável”, realizado no Museu Alexandre Chitto, marcou o início da agenda, que contou com apresentações para os alunos do Ensino Fundamental II das escolas Idalina Canova de Barros e Lina Bosi Canova. Foi realizada também uma ação de Educação Ambiental com trabalhadores rurais em Alfredo Guedes, com palestra
e plantio de mudas, em uma parceria da Diretoria de Agricultura e Meio Ambiente com a empresa Agrocanacaiana. Neste mês também haverá um cronograma para plantio de árvores. Confira as atividades: Ciclo de Palestras - “Museus para uma sociedade sustentável”, ação de Educação Ambiental para alunos do 8º ano da EE “Profª Vera Braga Franco Giacomini” - Rede Estadual, palestra: Desafios da Gestão Ambiental Urbana e após plantio de árvores, visitas ao Jardim Sensorial e Mini Zoo no Parque do Povo.
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PLANTIO Em comemoração a Semana do Meio Ambiente, alunos do 4º e 5º ano fundamental do Colégio Garrido, monitorados pelos alunos do curso de Gestão Ambiental FACOL , plantaram 30 mudas de espécies florestais nativas no Parque do Povo (Lago da Prata), doadas pelo Viveiro Imperium.
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Dia do Meio Ambiente
CATERETÈ É na “vibe” da sustentabilidade que o Cateretè Chou Bar recebe os preparativos finais para receber o público na próxima semana. Aos que aguardam, fica a frase da música “Vide Vida Marvada” de Rolando Boldrin, que, inclusive estampa a fachada do local. “No verso ou no reverso da vida inteirinha, há de encontrar-me num cateretê”. FOTOS: MÁRCIO MOREIRA/O ECO
CONCEITO
Sustentabilidade como música para os ouvidos Prestes a ser inaugurada, casa de shows Cateretè tem decoração toda feita com materiais reaproveitados Elton Laud esde 1972, o dia 5 de junho foi instituído como o Dia Mundial do Meio Ambiente, data simbólica que tem como objetivo reforçar a conscientização mundial, principalmente
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de governos e empresas, quanto aos perigos de se negligenciar os cuidados com o meio ambiente, assunto ignorado durante muito tempo e, diga-se, ainda pouco levado em conta por grande parcela das pessoas. Falar em conservação ambiental é algo quase que impossível se a questão do desenvolvimento sustentável não estiver no foco das atenções. Em um mundo onde as pessoas têm o talento nato para destruir, enquanto o caminho é preservar, a palavra da moda é sustentabilidade, conceito cada vez mais incorporado a projetos de todo tipo.
Como o da nova opção de entretenimento de Lençóis Paulista, que será inaugurada na próxima semana, o Cateretè Chou Bar, que mescla em sua decoração materiais descartados em caçambas e restos de demolição, aproveitando, nas palavras de Nivaldo Bispo, um dos sócios, o "lixo rico" para fazer arte. O Cateretè nasceu da vontade que Bispo tinha de abrir, ou, melhor dizendo, reabrir um local onde os lençoenses pudessem se reunir com os amigos para ouvir boa música. Isso, porque entre 1986 e 1990 ele já havia estado à frente do Habeas Copos, re-
GERAL - Novo barzinho inaugura semana que vem
SÓCIOS - Júnior e Nivaldo investem em espaço musical decorado com ‘lixo rico’
lembrado com saudosismo pelos contemporâneos da casa. Da mesma forma, seu sócio, Paulo Campos Júnior, entre 1990 e 1992, e 1995 e 1996, também foi um dos responsáveis pelo Querequexé Bar, outro ícone da cena underground lençoense. O projeto começou a ser desenvolvido há cerca de quatro meses em um barracão onde antes funcionava uma oficina. A ideia de reaproveitar materiais seguiu a mesma linha já usada antes no Habeas Copos e deu um destino a uma infinidade de objetos resgatados nos últimos dois anos. "Aqui usamos o que normalmente as pessoas jogam fora. Esse é nosso conceito de sustentabilidade. Usamos coisas que encontramos em caçamba e restos de demolição para fazer algo diferente, mas com arte", explica Bispo, que revela que começou a juntar os objetos por-
que sentia que poderiam ter um destino melhor. "Eu via as casas antigas sendo demolidas, com aquelas janelas e portas incríveis e bonitas e pensava comigo: isso não pode ser jogado fora. Foi quando comecei a levar embora e transformar", completa. Por todo ambiente do Cateretè é justamente isso que se vê. Desde o palco montado com madeiras de casas demolidas, sustentado por pés feitos com o tronco de uma velha sibipiruna derrubada na Rua 28 de Abril, até bancos e cadeiras confeccionados a partir de carretéis de cabos de energia e outros materiais. A matéria prima inclui ainda caibros, paletes, portas, janelas, assoalhos e tudo o que é possível ser imaginado e reaproveitado. As estilosas luminárias foram feitas a partir de vidros de palmito. A antiga guarda de um caminhão contorna uma espé-
cie de mezanino construído em frente ao palco, que tem como base tijolos de uma das casas do início do século passado que foi demolida recentemente. E o reaproveitamento segue pelos pisos do banheiro, encontrados em caçambas; pela divisória da bilheteria, decorada com velhos encartes de CDs; ou ainda pelo bar que tem desde vigas e janelas de casas demolidas a gavetas de um antigo móvel. É nessa linha que o ambiente foi se construindo, aproveitando o que podia ser aproveitado. Os sócios revelam que as poucas coisas que foram compradas se resumem quase que a pregos e cola para transformação de tudo. "Com criatividade tudo pode ser reaproveitado. O que não tem um destino funcional pode ser usado como parte da decoração. É o que fizemos aqui. Desde a entrada até a área externa", diz.