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Caderno Especial
Padroeira de Lençóis • www.jornaloeco.com.br • mail: oeco@jornaloeco.com.br • comercial@jornaloeco.com.br • telefone central (14) 3269.3311 • • LENÇÓIS PAULISTA, SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013 • ANO 76 • EDIÇÃO Nº 7.182 • FOTO: SAULO ADRIANO/O ECO
Fé tem dimensões coletiva e individual Quem tem fé entrega-se por inteiro ao amor de Deus, diz monsenhor Carlos Saulo Adriano
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poder da fé realiza feitos ou fenômenos inexplicáveis até mesmo aos olhos da ciência, sempre investigativa e cética. Para a Igreja Católica, a fé é a base da relação entre o homem e seu Criador e se alicerça na adesão à pessoa de Jesus Cristo, acreditando que Ele é Deus. “A fé é aderir a Jesus com todo o ser e em todas as dimensões da própria existência. Fé é acreditar sem ver, conforme lemos na carta aos Hebreus (capítulo 11). Quem tem fé acredita e, porque acredita, entrega-se por inteiro e com confiança ao amor de Deus”, explica monsenhor Carlos José de Oliveira, pároco do Santuário Nossa Senhora da Piedade. Através da fé, entende a Igreja, é possível pedir e obter graças divinas. “Jesus mesmo prometeu que tudo aquilo que a Ele pedíssemos em Seu nome, Ele nos
concederia, desde que isso fosse para o nosso verdadeiro bem. Neste sentido, a fé é um grande apoio para nossa caminhada no dia a dia deste mundo. É por isso que nós, a partir da fé, continuamente pedimos as graças que nos são necessárias”, complementa. De acordo com o religioso, Jesus Cristo ensinou na oração do Pai Nosso – após os louvores e proclamações a Deus – a pedirmos o pão de cada dia. “Quando a gente pede o pão, pede junto tudo aquilo que é necessário para nossa vida: o alimento, o trabalho, a saúde, o abrigo... Jesus nos ensinou a pedir com verdadeira fé”, argumenta. O religioso acredita que as graças suplicadas com fé por qualquer pessoa podem ser obtidas e não há limites para seu alcance. Ele observa que a fé tem um âmbito comunitário e externo e outro aspecto que é interior e pessoal. “A fé nasce no coração, no interior de cada pessoa, na consciência de cada ser humano. Neste sentido, a fé é um exercício contínuo de encontro com Deus, Nosso Senhor. A certeza de que recebi uma graça só é constatada na minha consciência diante de Deus”, acrescenta.
Disse
Jesus E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade. E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes. E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira, que tu amaldiçoaste, se secou. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus; Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas. Marcos 11:18-26
Com base nessas premissas do cristianismo, o pároco do Santuário Nossa Senhora da Piedade afirma que a pessoa que está em reta consciência diante de Deus não tem dúvida ou faz confusão do que é uma graça recebida. Segundo ele, a pessoa sente profundamente que obteve uma benção que veio diretamente de Deus. “Pode até haver uma dúvida ou outra no processo, mas ao final a pessoa saberá em seu coração e com toda a certeza que recebeu sua graça. A evidência nasce da própria fé e se concretiza no relacionamento individual com Deus”, ensina. Para quem tem dúvida sobre a dimensão das graças obtidas, o religioso orienta uma busca pessoal pelo fortalecimento da sua fé em Deus. Os dois sentidos – fé e graça - são partes complementares, segundo ele. “Quem pede com fé, recebe a graça da forma que for melhor para a pessoa e Deus mesmo irá mostrar e convencer esta pessoa de tal realidade. Quando agimos com fé no mais profundo do nosso interior (ou da nossa consciência), entenderemos que Deus nos ofereceu o melhor”, finaliza.
ACREDITAR SEM VER - A fé é um grande apoio para nossa caminhada no dia a dia deste mundo, afirma monsenhor Carlos José de Oliveira
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ECO • LENÇÓIS PAULISTA E REGIÃO, SÁBADO, 14 DE SETEMBRO DE 2013 •
Especial Padroeira SERVIÇO
FOTOS: SAULO ADRIANO/O ECO
Cuidar de Jesus é um grande privilégio Vanilda Gomes da Fonseca é funcionária do Santuário Nossa Senhora da Piedade e resume sua alegria: “é um privilégio muito grande”
Saulo Adriano á 14 anos, Vanilda Gomes da Fonseca deixou o antigo emprego por uma questão bem pessoal e íntima: tinha que cuidar da irmã, que estava doente e em tratamento contra um câncer. A doença evoluiu e a irmã veio a falecer. Vanilda se viu desempregada e precisando trabalhar de novo, mas tinha dificuldade para se recolocar no mercado. “Meu sobrinho me disse, à época: tia, você cuidou da tia com tanto carinho que Nossa Senhora vai providenciar alguma coisa boa”, relembra ela.
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Para quem tem fé, aquela frase soou como um aviso especial. Vanilda vem de uma família católica e alimenta sua fé na Padroeira de Lençóis Paulista. Pouco tempo depois de ouvir o sobrinho, ela estava trabalhando no Santuário Nossa Senhora da Piedade, contratada para cuidar da limpeza do templo. “Foi providência mesmo, porque comecei a trabalhar no Santuário no dia dela, dia 15 de setembro, há 14 anos. Isso já foi uma graça muito grande. Às vezes, contemplando Nossa Senhora, sinto no olhar dela que ela está dando uma resposta para o momento que estou vi-
vendo. Fico no Santuário e converso muito com Jesus e Nossa Senhora quando estou no meu trabalho”, conta. Ela foi convidada ao novo trabalho pelo monsenhor Carlos José de Oliveira, pároco do Santuário, por indicação do diácono Germano Zimmermann. “O convite para trabalhar na Igreja foi um sonho que eu jamais esperava acontecer. Venho de uma família católica, mas nunca me imaginei cuidando das coisas de Jesus Cristo”, conta emocionada. Para Vanilda, Nossa Senhora da Piedade olha com ternura para ela, que é responsável por
FRASE “Não vejo a hora de vir para meu serviço; eu me sinto muito feliz e é um trabalho muito gratificante” diz Vanilda Gomes da Fonseca, funcionária do Santuário Nossa Senhora da Piedade
lavar, passar e preparar parte dos objetos sagrados usados na celebração das missas. Seu amor e sua fé são colocados plenamente no seu trabalho. “Trabalho para Jesus. Quando vou embora, no fim do expediente, digo: ‘deixa eu me despedir do meu Patrão’”, brinca. Seu trabalho exige dedicação, fé e amor a Jesus Cristo. Vanilda cuida com carinho e amor das peças sagradas que são usadas durante as celebrações eucarísticas. Fazem parte das alfaias do altar o sanguíneo (que o padre usa para enxugar o cálice após a consagração da hóstia), o manustérgio (com o
qual o sacerdote seca as mãos), o corporal (peça colocada sobre o altar e sob o cálice), as âmbulas e a pala que cobrem o cálice antes da consagração. “Todas essas peças são sagradas e precisam estar lavadas e passadas do jeito que Jesus merece. A gente se empenha para fazer o melhor possível”, diz. A “funcionária de Jesus” sente-se realizada na profissão e na missão que recebeu como uma graça. “Até me sinto bem orgulhosa, porque cuidar de Jesus é um privilégio muito grande, que me deixa plenamente realizada. Sou feliz numa intensidade que nem sei explicar”, finaliza.
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Especial Padroeira VIDA NOVA
Mecânico conta como a fé salvou sua vida FOTO: SAULO ADRIANO/O ECO
‘Senti um calor entrar em mim’, narra Adão Leandro Pereira da Silva Saulo Adriano
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macatubense Adão Leandro Pereira da Silva é casado com Tânia Romani da Silva, pai de Camila e Clara. É mecânico de automóveis. Em setembro de 2011, enfrentou um problema de saúde e pensou que morreria naquele mês. Era dia 6 de setembro quando ele sentiu-se mal, com dores nas costas e dificuldades para respirar. Avaliou que era pelo esforço físico no exercício da sua profissão. “Fui medicado e voltei para casa, mas a dor só aumentava. Fiquei ruim mesmo, não conseguia respirar”, emenda. O mecânico tinha uma cunhada que trabalhava no hospital de Macatuba, onde acabou internado sob ordem médica. “Ali descobri que estava com uma pneumonia. Era setembro, final de inverno, tempo seco e frio. Começamos a tratar a pneumonia com antibióticos”, relembra. O paciente já se sentia melhor e, antes de receber alta, passou por mais uma bateria de exames. Junto com o resultado do raio-x veio o susto para a família. A pneumonia tinha se agravado, apesar da me-
dicação no Hospital. O médico chamou a família em separado e avisou que o caso era grave. “Eu estava com derrame pleural (doença no sistema respiratório, com acúmulo de líquidos no pulmão) e tinha que ser transferido para um centro especializado. Não era uma coisa simples”, diz. A notícia assustou a família e o clima no hospital foi de tensão. Naquele momento, outra cunhada de Leandro ligou para Tânia informando que havia colocado seu nome no altar do Santuário Nossa Senhora da Piedade, onde acontecia a Novena da Padroeira. “Eles estavam rezando por mim no momento em que eu passava pelo sufoco, achando que ia morrer. A enfermeira entrou no quarto e injetou medicamento na minha veia, como havia feito muitas outras vezes. Daquela vez senti um calor entrar em mim, uma coisa diferente. Nunca senti algo daquele jeito na vida”, narra. Leandro e a esposa Tânia se emocionaram na hora e começaram a chorar. O paciente passou a expelir liquidos do pulmão, recolhido por ordem do médico. “Aquilo saiu de mim na hora”, testemunha. A família soube que havia liberado vaga para a transferência do paciente. Junto veio o pedido para o ultrassom, para diagnosticar a gravidade do seu estado. Feito o exame em Lençóis Paulista e o médico constatou que seria desnecessário
drenar seus pulmões. Bastavam os medicamentos. “Ali eu senti, de verdade, que tinha acontecido o milagre, uma graça em minha vida. Fui transferido para Bauru por causa da vaga aberta e a ambulância passou perto do Santuário. Fiz o caminho chorando, sentia que aquilo era comigo”, relata. Leandro é um homem religioso, frequenta missas na Paróquia Santo Antonio, em Macatuba, e participa do coral Doce Presença. Mas o mecânico não esperava que sua história pessoal seria mudada desta forma. “A gente crê, mas a fé é curta. Depois desse momento, alguma coisa se transformou dentro de mim. Passei a crer mais que os milagres existem”, revela.
FÉ EM FAMÍLIA – O mecânico Leandro e sua família, no Santuário Nossa Senhora da Piedade
Esposa garante que é uma graça Tânia Romani da Silva, esposa de Adão Leandro Pereira da Silva, também testemunha aquele momento de 2011 como especial e divino na vida da família. Poupando o marido doente dos detalhes, ela soube antes da gravidade do problema. Ela confessa que temia dar detalhes a Leandro, que é nervoso e tem pressão alta. “Não podia contar para ele tudo que estava acontecendo.
Mas o médico havia me explicado que o caso era muito grave, que meu marido poderia morrer. Foi terrível: duas crianças em casa, vai-e-vem com o marido no hospital, tinha que trabalhar... Foi um sufoco, mas, graças a Deus, a gente venceu”, agradece. A esposa concorda com o marido e sente que uma graça de Deus aconteceu na família, no momento de
grande dificuldade. “Tive essa certeza na hora em que falava com minha irmã pelo telefone. Ela me dizia que colocara o nome dele com um pedido a Nossa Senhora, no altar do Santuário”, garante e completa: “ele não expelia nada até o momento em que ficamos sabendo que o nome do Leandro estava nos pés da Nossa Senhora, na Novena da Padroeira. Ele pôs para fora
aquilo que estava fazendo tanto mal a todos nós. O pulmão do meu marido foi limpo por uma graça da Mãe de Jesus.” Leandro começou a melhorar do derrame pleural no dia 12 de setembro. No dia 15 de setembro de 2011, Dia da Padroeira, ele estava em casa com sua família e de alta do hospital, após ter tido a sensação de que iria morrer naqueles dias.
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Especial Padroeira PEREGRINAÇÃO
Fazer o Caminho da Fé é um sonho realizado FOTO: ARQUIVO PESSOAL
Silvia pedalou 430 quilômetros pela Serra da Mantiqueira em oração Saulo Adriano ilvia Ferreira Candido é outra pessoa com uma bela história de fé e superação. Ao lado do marido Cesar Candido, é ministra da palavra no Santuário Nossa Senhora da Piedade. Não é atleta, é ciclista de final de semana. Ela topou um desafio pessoal: pedalar os 430 quilômetros do Caminho da Fé entre Tambaú e Aparecida do Norte, pela Serra da Mantiqueira. É muita subida e muita descida, por trilhas e estradas de terra. O grupo local que foi para o desafio tinha 19 pessoas. Silvia era a única mulher entre os peregrinos locais. “Pensa numa experiência maravilhosa. Cada vez que lembro, fico emocionada”, revela. Ela integra um grupo menor de ciclistas, os Amigos de Fé. Eles são: ela e o marido Cesar, Marcos Poloni, Anderson Príncipe e Marco André Mantovan, o Biro. O quinteto pedala junto há algum tempo e já fez o Caminho do Sol, de 241 quilômetros, em novembro passado. “Esse foi por lazer, não tinha a
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espiritualidade do Caminho da Fé. Mas ali começou o grupo, que fez um caminho de oração, do rosário”, explica. Foi ali também que nasceu a ideia do Caminho da Fé. Foi Silvia quem incentivou o grupo a enfrentar a Serra da Mantiqueira para pedalar e rezar. Quatro dos cinco Amigos da Fé conseguiram ir desta vez. Entre as muitas histórias do diário de viagem, Silvia anota que o povo – peregrino ou morador – toca o coração de quem faz o percurso. “Na medida em que se passa pelas cidades, experimenta-se a humildade. Tem uma caminhada de fé muito grande naquelas pessoas”, observa. A ciclista lençoense experimentou sua própria devoção. “Todos com muito cuidado com a única mulher o grupo, respeitando os meus limites e incentivando minha caminhada. Como a gente sempre trabalhou na oração e no cuidado um do outro, fiz o percurso inteiro”, diz. Os primeiros 70 quilômetros foram desafiadores para ela. Ao final do primeiro dia, distância percorrida e momento de oração no alto do morro, a ciclista se perguntava: “meu Deus, como cheguei até aqui?” E nem era o trecho mais difícil que ela tinha pela frente. O
VENCENDO DESAFIOS - Silvia e Cesar, esposa e esposo que pedalaram os 430 quilômetros do Caminho da Fé, entre Tambaú e Aparecida do Norte
grupo dormia cedo, levantava também cedo no dia seguinte. A rotina nos sete dias do Caminho da Fé era café da manhã, oração e estrada longa pela frente. “Era muita subida, muita desci-
da, com terra, com pedras, com abismos. Eu tinha a desvantagem de me preocupar muito com tudo, porque não tenho a habilidade de soltar a bicicleta e seguir tranquila”, admite.
Enquanto o grupo pedalava a 40 ou 50 quilômetros por hora, Silvia seguia a 9 ou 10 por hora. “É muito íngreme. Eu ficava rezando o tempo todo. Rezei para o meu anjo da guarda e para Nossa Senhora em todas as subidas e descidas, em todas elas”, reforça. Enfrentando os medos e seus limites físicos, Silvia fez um Caminho da Fé de muita interiorização. “Posso dizer que fiz um exame de consciência profundo e saí transformada”, revela. Outra particularidade na jornada de Silvia foi uma intenção especial pela saúde de um garoto lençoense que ela nem conhece. Antes da saída, comprou um terço para viajar com ele e que seria, após a viagem, dado como presente especial para alguém. “Soube que o adolescente estava doente na noite em que ia para Tambaú e coloquei o nome dele nas minhas intenções”, diz. Chegando em Tambaú, o grupo participou da missa. Dia seguinte, início da viagem e o grupo fez uma oração. Outra pessoa colocara o nome do mesmo garoto nas intenções. “Na hora, chorei. Aquilo me tocou de um jeito... Coloquei de novo a minha intenção, que minha dificuldade fosse pela recuperação deste menino”, revela emocionada. Nos momentos difíceis do percurso, Silvia se
lembrava do adolescente e de sua intenção pessoal. “Eu dizia: meu Deus, vem comigo e me ajuda a dar um passo de cada vez. Empurrei minha bicicleta 70% do caminho, mas seguia em frente, no meu tempo.” O terço foi dado ao garoto ao final da pedalada. Outra história marcante na jornada de Silvia Candido foi a escolha do Salmo para meditação junto com o esposo Cesar a cada manhã do Caminho da Fé. “Emociona, porque foi exatamente o Salmo que meditamos na missa das 16h, em Aparecida do Norte, quando terminamos a viagem. A gente meditou todos os dias ‘buscai as coisas do Alto’ e, chegando em Aparecida do Norte, ouvimos: ‘se você morre com Cristo, ressuscita com ele. Buscai as coisas do Alto.’ O que eu sinto quando lembro disso não dá para explicar”, observa. Silvia diz que tem muita intimidade com Deus. Conversa com Ele e se sente ouvida em suas orações. “Não é preciso ir à Igreja para encontrar Deus. Ele vem ao seu encontro em qualquer lugar que você se abra para um encontro com Ele. Fazer a experiência do Caminho da Fé é um sonho realizado. Eu me senti conduzida o tempo todo por Deus, pelos seus anjos e por Nossa Senhora”, conclui.
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Especial Padroeira AMIZADE
Evangélica testemunha sua fé em Nossa Senhora Perturbada pela depressão após um trauma emocional, a evangélica Maria Helena encontrou a cura na oração das vizinhas católicas FOTO: SAULO ADRIANO/O ECO
Saulo Adriano experiência de fé e graça vivida pela zeladora Helena Maria de Mello Landi emociona a família e os amigos que testemunharam sua história. Pessoa simples e rica em fé, ela sentiu na alma e na pele os males de uma depressão que durou dois anos. O trauma emocional começou com a condenação do filho à prisão. Aquilo foi demais para esta mãe que ficou emocionalmente doente e teve que se afastar do trabalho. A ajuda veio através de amigos. Mais precisamente, da oração de seus amigos e vizinhos. Helena Maria é evangélica e mora na área do Setor 5 da Paróquia Nossa Senhora da Piedade. O estado depressivo desta mãe tocou o coração dos vizinhos, especialmente de Wilma Quadrado Giglioli, mensageira da paróquia. O drama da zeladora começou em 2011 e mobilizou a comunidade, que se pôs em ação e oração pela sua recuperação. A condenação e prisão do filho de Helena foi o primeiro choque. Ela foi se deprimindo até que um dia de 2011, voltando do trabalho, ficou pior. Deixou o trabalho no Clube Es-
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portivo Marimbondo sem saber onde estava. Só conseguiu chegar à própria casa com a ajuda do marido, que a encontrou desorientada na esquina da rua Piedade, no Centro de Lençóis Paulista. Helena perdeu o gosto pela vida e parou até de cuidar da casa. “Fui ficando cada vez mais doente, não conseguia reagir”, conta. O grupo de oração do qual faz parte a mensageira Wilma visita todas as casas do bairro e chegou à residência de Helena. Pessoa de fé, ela aceitou a visita e a oração. “Elas vieram à minha casa da primeira vez e rezamos juntas. Depois, elas retornaram outras vezes, dizendo sempre que Nossa Senhora viria curar a minha vida. Eu creio, tenho fé Nela e no Espírito Santo”, relata Helena. Um dia, a visita foi acompanhada das Irmãzinhas do Sagrado Coração, que levavam oração, palavras de conforto e água benta para aspergir nas casas e nas pessoas. “A madre (irmãzinha) jogou água benta em mim. Quando elas foram embora, eu estava em pé na porta, perto da pia da cozinha. A televisão estava ligada na Canção Nova. Veio para mim um anjo de olhos bem azuis e
FÉ LIBERTADORA - As vizinhas Helena Maria e Wilma dão juntas o mesmo testemunho de fé
cabelos bem dourados. Eu vi bem, ele tinha uma bandeja de ouro na mão e estendeu a outra mão para mim. Ele me falou: vim para lhe curar, você crê em Deus, filha. Disse: eu creio. O anjo desapareceu. Quando meu marido chegou, eu já estava lavando minhas coisas, preparando a janta”, conta.
Wilma lembra que a amiga Helena tem o corpo marcado por cicatrizes de feridas que ela mesma provocava com as unhas. Segundo a mensageira, a vizinha era uma pessoa perturbada e que sofria muito com isso. “Eu tinha uma alergia, parecia que tinha bichos me mordendo o corpo”, diz
Helena, que emenda: “eu via cobras e aranhas perto de mim, na cama, no banheiro, na parede. Era uma coisa ruim, que me assustava. Aquele anjo que a Nossa Senhora mandou me curou. Eu sei que foi ela quem mandou, porque foi para ela que pedi”, afirma. A mensageira Wilma acom-
panhou toda a história de Helena e confirma que a vizinha e amiga sempre demonstrou ter muita fé. “Tudo que a gente falava para a Helena, ela acolhia aquela mensagem com uma resposta de fé. Sendo evangélica, ela rezava diante da imagem de Nossa Senhora no pátio do Lar dos Desamparados (Asilo). Ali ela fazia suas orações todos os dias”, comenta. Helena confirma e acrescenta: “eu falava com ela. Dizia: Nossa Senhora, você está tão linda em sua capelinha cuidando dos velhinhos e de todo o povo de Lençóis, do Brasil. Cuida de mim também, cura-me porque não quero ficar como estou. Levava uma florzinha todo dia para ela, sentia que ela estava me chamando”, relata. Superada sua provação pela fé, Helena recuperou a saúde e retornou ao trabalho. Passou por testes de sanidade e foi aprovada. Agora guarda várias imagens de Nossa Senhora (de Fátima, de Aparecida, do Sagrado Coração), presentes que recebeu de amigos e familiares que vivenciaram com ela a sua experiência pessoal. Enquanto agradece a graça recebida, Helena espera uma nova graça em sua vida: ver o filho ser libertado da prisão.
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Especial Padroeira FAMÍLIA UNIDA
Na fé, dona de casa enfrenta o câncer de mama FOTO: SAULO ADRIANO/O ECO
Este mês, faz dois anos que Marli Scudeletti viu-se curada do câncer Saulo Adriano á males que vêm para bem, ensina o ditado popular. Foi justamente um câncer de mama, diagnosticado em 2011, que fez a dona de casa Marli Scudeletti Teixeira e sua família sentirem-se acolhidos e protegidos por Nossa Senhora da Piedade. Naquele ano, Marli fazia o autoexame quando sentiu algo diferente nos seios. Procurou um ginecologista para realizar os exames clínicos e não tardou a confirmar que não se tratava de um cisto, mas de um tumor. A dona de casa seguiu todos os procedimentos recomendados pela medicina: encaminhamento para hospital especializado, biopsia, quimioterapia até chegar à mesa de cirurgia e à radioterapia. “Em setembro agora faz dois anos desde que fiquei curada do câncer”, anuncia. A presença da fé no coração religioso de Marli foi seu principal remédio, segundo a dona de casa. As orações e pedidos de cura divina começaram ainda no ambulatório médico,
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NO COLO DA MÃE Marli Scudeletti Teixeira enfrentou o câncer sentido-se protegida pela Senhora da Piedade
assim que teve confirmada a existência do câncer. Primeiro, Marli pediu forças para enfrentar com sua fé fortalecida a provação que tinha pela frente. Naquele mesmo dia, a caminho de casa, ela pediu de novo para que Nossa Senhora desse a coragem necessária para contar todo o problema à família e que a ajudasse a expressar o que sentia no fundo do seu coração. “Na esquina de casa, parei e pedi que Nossa Senhora e Deus me ajudassem a contar para minha família. Em
casa, no quarto, rezei pedindo isso de novo. Acredite, tive a força de falar e nem sei como falei, mas foi da maneira certa. A partir daí, todos me acompanharam e fazíamos a novena em casa, juntos”, conta agradecida. Para alguém que possa duvidar que na vida daquela família aconteceu uma graça, um argumento seria o de que a benção divina seria Marli não ter desenvolvido a doença. Ela mesma pensa diferente. Para a dona de casa, a graça foi ter todos seus pedidos atendidos. Ela
pediu a cura assim que descobriu sua doença e obteve muitas respostas. Ao ser perguntada sobre como sabe que foi verdadeiramente a intercessão de Nossa Senhora em sua vida, Marli responde confiante: “porque eu senti isso todo o tempo. Mesmo sem conseguir explicar como, senti que foi por ela. Fazendo a novena e pedindo cura, eu sentia Nossa Senhora dizendo para mim: você está no meu colo. É assim que me senti: acolhida, protegida por uma mãe amoro-
sa”, relata. A família Scudeletti Teixeira se colocou unida em oração, rezando pela pronta recuperação da matriarca. Durante o tratamento, Marli diz que estava sempre acompanhada do terço que trazia à mão. “Eu sentia que Nossa Senhora já estava me atendendo. Pedia sua ajuda na quimioterapia, que é uma parte do tratamento quando a gente vê as pessoas sofrendo muito, passando mal. Eu entrava na sala com meu tercinho na mão. Às vezes nem conseguia rezar
direito, por causa da sonolência e do tratamento que durava até mais de quatro horas. Mais eu seguia rezando, rezando e rezando. Ao mesmo tempo, sentia que Nossa Senhora estava presente, uma presença muito forte”, testemunha. Foi segurando firme na sua fé em Jesus Cristo e confiando na intercessão de Nossa Senhora que Marli viu os caminhos mais difíceis ficarem amenos em sua jornada. “Graças a Deus, passei pela quimioterapia e por todo o processo. Tive enjoos? Sim, mas um enjoo de gravidez, uma sensação suportável, com a família do meu lado. Foi uma força para atravessar que não sei de onde vinha. Aliás, sei sim: veio Dela e de Jesus, que caminharam comigo todo tempo como uma benção.” Ao final de todo o processo, Marli resume seu sentimento diante da doença. “Recebi uma graça muito grande, confiando na Nossa Senhora, que é a grande intercessora”, afirma com fé. Mais que isso, Marli viu sua família mais unida em torno de Deus. “Eu, doente, ficava preocupada com a família. Hoje, todos são só testemunho do que aconteceu comigo. Todos concordam que pedimos e alcançamos uma graça em nossas vidas”, completa.
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Especial Padroeira FÉ
Neila fez aliança de vida com a Mãe do Amor FOTO: SAULO ADRIANO/O ECO
Mulher relata a experiência de ter Nossa Senhora presente na vida Saulo Adriano
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forte a presença de Nossa Senhora na vida da professora de inglês Neila Maria Pereira Lima Sveidic desde antes de seu nascimento. Filha de pais católicos, Neila é fruto de uma gravidez de risco, cujo sucesso ela atribui à promessa feita pelo pai (Manoel Pereira Lima) à Nossa Senhora Aparecida. “A devoção à Nossa Senhora vem de família. Minha mãe (Emira Princivalli Lima) foi minha catequista, meus pais eram muito devotos”, reconhece. Aos 10 anos, a menina Neila deixou a vida na fazenda para morar na cidade, em Jardinópolis, na região de Ribeirão Preto. “A cidade parecia um bicho para mim, não estava acostumada àquela vida. Sentia falta dos pais, das amizades e até dos meus bichos”, admite. A menina se apegou à estampa de Nossa Senhora Aparecida, colada na parede de seu quarto. Naquele momento nasceu uma aliança particular para Neila. “Grudada àquela estampa, falei: aprendi no catecismo, com minha mãe, que a Senhora é a mais mãe que ela
e, então, por favor, cuide de mim. Daquele dia em diante, minha vida mudou”, diz. A menina Neila adotou “aquela Mãe” e seguiu com ela por toda sua vida. Levava consigo a estampa, sabendo que Nossa Senhora não estava no pedaço de papel, mas em seu coração e em sua fé. “Muita gente fala que o católico adora Nossa Senhora, mas não é isso. Nós veneramos Nossa Senhora porque Jesus, do alto da cruz, olhou para João e disse: esta é tua mãe. E falou para Maria: este é teu filho. Jesus entregou a Mãe Dele como mãe de toda a humanidade”, explica. E é na figura materna de Maria que Neila enxerga carinho, conselho, orientação e modelo de vida. Para Neila, Jesus é Amor e a Mãe de Jesus é a Mãe do Amor. “É por isso que a invoco como Mãe do Puro Amor e também como minha Doce e Terna Mãe, porque sinto que ela cuida de mim por toda a minha vida. Onde estou, sei que minha Doce Mãe está comigo”, afirma. Ao contar sua história, a professora narra muitos momentos da vida em que sentiu a forte presença de Maria a protegê-la e a interceder por ela e sua família. Em especial, Neila emociona-se ao falar da graça que recebeu quando do nascimento do segundo filho, Felipe, hoje com 29 anos. “A família já recebeu inúmeras graças
EXPERIÊNCIA PESSOAL – Depois de Jesus, que é Deus, Nossa Senhora é tudo para minha família, diz a Neila
pela intercessão de Nossa Senhora. A gente sabe que ela não faz milagres, mas a gente pede que ela interceda junto Àquele que faz (os milagres)”, complementa. Grávida do segundo filho, Neila contraiu uma infecção. Ainda sem saber da gravidez, ela usava um medicamento incompatível com a gestação. Combinados os fatores, os riscos para o bebê e para a mãe eram grandes. Riscos de vida, inclusive. “O médico chegou a falar em aborto, mas o Norberto (Sveidic, o marido) e eu optamos por confiar na Nossa Senhora. Preparamos-nos
para ter um filho com algum problema, mas a minha Doce e Terna Mãe estava à frente”, garante. A gravidez avançou e a infecção também, já que a mãe não podia tomar a medicação que comprometeria o desenvolvimento do bebê. A professora rezava e pedia a proteção e os cuidados da Mãe do Puro Amor. “No oitavo mês, o bebê parou de se mexer. O médico recomendou que fizéssemos a cesariana e que rezássemos. E a gente rezava, pedindo que Deus fizesse o melhor dentro do Seu plano para a família”, conta. A caminho da sala de
cirurgia, Neila viu um quadro do Sagrado Coração Imaculado de Maria. “Mais uma vez pedi à minha Doce e Terna Mãe, sem querer atrapalhar o plano de Deus, que ela fosse ao trono de Deus pedir pela minha criança. Senti uma alegria imensa, porque naquela hora o Felipe se posicionou para nascer”, relembra, afirmando que seu estado físico era grave por causa da infecção. O menino nasceu com 4,1 quilos e saudável. “Trouxeram-me aquele bebê lindo, enorme, olhos azuis claros. Lembro que abençoei meu filho, consagrei
aquela criança à Nossa Senhora e apaguei. Acordei no dia seguinte ainda passando mal por causa da infecção, com médicos e enfermeiros ao meu redor e eu perguntando pelo meu filho. De novo, trouxeram-me o Felipe com uma chupeta na boca e era uma criança linda. Ali, falei de novo com minha Doce e Terna Mãe. Agradeci Nossa Senhora pela graça recebida, achando que poderia morrer por causa do meu estado de saúde. Quase fui mesmo, estava em um quadro de infecção generalizada. Deus, que é infinitamente misericordioso, me curou através dos medicamentos que, enfim, poderia tomar e me permitiu cuidar do filho que havia nascido por Sua graça”, testemunha. Quase três décadas depois, Neila fala daqueles momentos com lucidez e confiança de que Nossa Senhora – como em tantas outras ocasiões – atendeu sua oração e intercedeu por uma graça para a família Sveidic. “Norberto e eu somos da Pastoral Familiar (da Paróquia São José), do setor Casos Especiais (que atua junto às famílias com variados tidos de problemas). Como agentes, rezamos muito com as famílias e temos visto casos extraordinários pela intercessão de Nossa Senhora. A oração do terço é muito poderosa”, ensina a professora de inglês, que venera a Mãe do Amor com ardor.
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Especial Padroeira TESTEMUNHO
FOTO: SAULO ADRIANO/O ECO
Paciente via a imagem na parede do CTI Para servidora pública que viu a irmã recuperar a saúde após quase morrer, Jesus atendeu às orações da família e a graça aconteceu pela mediação de Nossa Senhora Saulo Adriano testemunho da graça obtida pela família Giorgeto é dado pela servidora pública Maria Inêz Giorgeto Ramos, irmã de Izabel de Fátima Giorgeto Araújo. Inêz começa a contar a experiência da sua irmã dizendo que a família é católica e confiante no poder de intercessão de Nossa Senhora. “Minha avó, desde a gente pequena, ensinava a rezar o terço, hábito que conservo ainda hoje. Quando completei 7 anos, ganhei de presente dos meus
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padrinhos um terço. Hoje, com a graça de Deus, rezo o terço diariamente”, revela. Inêz conta que também ela obteve muitas graças divinas após pedir com fé pela intercessão de Nossa Senhora, mas prefere relatar a experiência da irmã. Tudo começou há 17 anos, quando Izabel passou por uma cirurgia para retirada de pedras da vesícula. “Era para ser simples, mas se complicou muito após quatro dias da alta hospitalar”, afirma. Izabel passou a vomitar partes desintegradas do próprio fígado, segundo
FÉ NO CORAÇÃO – Maria Inêz Giorgeto Ramos afirma que a irmã Izabel de Fátima Giorgeto Araújo voltou à vida, após um grave problema no fígado, por graça de Deus
a irmã Inêz. “Os médicos não sabiam dizer o que era, o que estava acontecendo. Eles nos preparavam para a pior notícia, como a possibilidade de precisar de um transplante de fígado ou até de morte da Izabel. Só muito depois foram descobrir que havia um componente na anestesia aplicada à minha irmã e que ela não poderia ter recebido”, relata. De acordo com Inêz, os médicos admitiram à família Giorgeto que já não sabiam mais o que fazer com a paciente, que estava sendo mantida viva no
CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital da Unesp de Botucatu. Atuando como agente de pastoral da Paróquia São José, Inêz pediu para amigos e parentes que rezassem pela recuperação de sua irmã. “Conseguimos formar uma corrente de oração. A família seguia pedindo a Deus e fazendo penitências, enquanto Izabel permanecia no CTI. Ela acordou no dia 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida. Minha irmã achava que tinha dormido algumas horas, mas fazia uma semana que ela estava lutando pela vida”, diz.
Apesar de desacordada, Izabel contou aos familiares mais tarde que via a imagem de Nossa Senhora Aparecida no quarto. “Quando ela acordou no CTI do hospital, perguntou ao enfermeiro sobre a imagem na parede. Foi informada que não havia imagem alguma naquele quarto, mas ela vira a imagem da Nossa Senhora Aparecida na parede durante todo o tempo”, afirma a irmã. Para Inêz, a corrente de oração foi atendida por Deus e a própria Mãe de Jesus acompanhava Izabel no quarto do hospital. “Jesus nos
atendeu, a graça aconteceu pela mediação de Nossa Senhora”, assegura confiante. “Eu acredito nisso com todo meu coração”, completa. Recuperada do estado crítico, Izabel foi recebida de volta à vida pelos médicos e enfermeiros cantando “Parabéns Pra Você”. “Eles diziam que ela tinha que comemorar aquela data, 12 de outubro, como o dia de seu nascimento”, reforça Inêz. O fígado é um órgão do corpo humano que se regenera. Saudável e agraciada, Izabel vive com a família em São Manuel.
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