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TAKE IT FREE Maio de 2014 - Ano XV - Edição 181
Abraão, Ilha Grande, Angra dos Reis - RJ
OUTONO EM UMA ILHA TROPICAL Sua natureza celestial
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FOTO: SORAIAH
quESTÃO AMBIENTAL
Ilha Grande ganha RDS PÁGINA
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CIÊNCIA
INTERESSANTE
GRAFENO: uma novidade revolucionária
Um pouco sobre o Portobello Resort & Safari
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EDITORIAL FIM DESTE MUNDO E COMEÇO DE UM MUNDO NOVO Não há dúvidas de que o mundo é outro nos tempos atuais. Estamos no adeus mundo velho e em plena transição para um mundo novo! Está em formação um mundo novo na plenitude da inconsequência humana, cuja transição ouso chamar de “o mundo louco que criamos”. Inconsequência humana, porque deixamos a ciência disparar, sem nos preocupar com as consequências de seu uso inadequado e indiscriminado. A ciência que manejamos é maquiavélica, “o fim justifica o meio”, desde que produza dólares. O petróleo é um exemplo e não temos como parar. Se pararmos, o planeta sucumbe economicamente, se continuarmos, as mudanças climáticas nos destruirão. E agora?!!! Segundo Albert Schweitzer*, “o mundo tornou-se perigoso porque a humanidade aprendeu a dominar a natureza, entes de dominar a si mesma”. É perigoso, porque a natureza é indomável. Mesmo linda, com cara de animalzinho de estimação, ela a qualquer momento pode se rebelar e destruir-nos com a maior facilidade... e acontecerá! Hoje, nós já temos capacidade de destruir o planeta com algumas explosões, se usarmos parte do arsenal nuclear existente. Por não interessar a ninguém, obviamente, isto não acontecerá. Por outro lado, o desastre ambiental que estamos provocando pela “fabricação de dólares” para o conforto dos consumistas, que se sentem felizes por terem tudo o que querem, já é moda e será a grande fatalidade. Somos estimulados pela mídia a consumir mais, para poder produzir mais ainda e assim engrossando a bola de neve destruidora do mundo velho. Por certo em um momento esta dupla, produção e consumo, morrerá, uma matará a outra. O pobre hoje se sente um burguês estimulado pelo prazer do consumo, portanto nada fará para poupar mais e poluir menos, pois o rico também não o faz e o estimula a consumir como se fosse a arte de viver (“jay gurudev”)! Mas até quando? Isto não é sustentável matematicamente! Por que o mundo chegou a este ponto? A grande massa não polida (não educada corretamente), produzida pelo próprio governo através do próprio educacional, e os interessados em tirar proveito desta massa, elege seus representantes, polidos, potencialmente imediatistas e desonestos. Esta mesma massa incapaz, por não entender o “enunciado do problema”, pois é incapaz, os manterá permanentemente no poder, em consequência nunca haverá mudança (geração Y talvez?) O restante da população é refém disso. E... ASSIM “MEU MUNDO CAIU”! A transição. Este mundo novo, nasce sobre este alicerce e como aparentemente é bom e estável, nos conduz a trocarmos todos os costumes que equilibravam a humanidade, por imediatismos prazerosos, mesmo que em detrimento da sociedade e da própria vida. - Bons costumes, família, princípios éticos, honestidade etc, foram substituídos pelo devaneio das drogas e o prazer do imediatismo a qualquer custo. Os que elegeram este padrão de comportamento acreditam que dará certo, mas o caos que estamos gerando, neste momento da transição, até solidificar o mundo novo, gerará uma catástrofe sem precedentes na história. Quantos anos levará? Não sei! Mas será rápido! Já iniciou, estamos dentro e não vejo retorno, pois os governos acham tudo maravilhoso como está, haja PIB para suportar a “gigantesca bola de neve”, para sustentar os “não polidos”! Para os governos que se “exploda”a geração Y ou Z, se esquecendo que irão juntos! Ficará tudo por conta do caos! Em minha forma de pensar, tudo veio do caos, reorganizado e consequentemente estabilizado por um tempo até chegar ao
próximo caos. O universo, eu considero que está em permanente caos e periódicos rearranjos, se ajusta a cada tempo. Em nosso planeta, a humanidade também deverá ser assim, aliás como sempre foi. Nos últimos milênios, na sociedade já houveram vário caos reorganizados e estabilizados por um tempo. A 2ª Guerra Mundial. A União Europeia é por enquanto a reorganização e estabilização do caos que existia recentemente. Embora já esteja entrando em um novo caos. Assim que “equilibrarmos” e dermos forma ao mundo novo, os poucos que sobrarem, poderão ter um mundo bom, pois detêm a ciência, sabem pelo término do mundo velho e origem mundo novo, que ela é altamente perigosa quando mal usada e saberão que foi o uso inconsequente dela, que destruiu o mundo velho! Coisas novas a ciência está descobrindo que poderiam estabilizar nosso planeta, mas como poderão não produzir dólares suficientes, para a volúpia do momento, não serão para o mundo velho. Procure se informar sobre o “GRAFENO”. Suponho que neste mundo novo tudo será diferente, a transformação já é notada, vai poder tudo, o tão badalado “proibido proibir” estará presente, mas paradoxalmente dentro de rigorosas regras. Será uma forma “ortodoxa de poder tudo”, não haverá a desordem atual do vale tudo. Até o maquiavelismo estará presente para proteger as regras do “pode tudo”. Humanos, não é? Enfim, coisas do incompreensível ser humano. Quando o mundo novo estiver solidamente implantado e tivermos tudo o que queremos ao alcance, poderá ser muito monótono, até intolerável, gerará uma forma muito estranha, considerada natural ao equilíbrio humano, o suicídio possivelmente. Nada nos dará prazer, tudo será monótono, como já acontece hoje em alguns países super desenvolvidos. A valorização da vida é mais forte onde temos que lutar para tê-la, por isso as pessoas mais simples vivem com mais intensidade a “emoção de viver”. O rico normalmente não sabe o que fazer da vida, pois tem tudo o que quer! Na Suíça, hoje temos o maior índice de suicídios do mundo, antes era na Suécia. É um país que não falta nada a ninguém, só lhes falta o calor humano para gostar e compreender a vida, amando a própria existência, valores destruídos por terem tudo sem esforço! Para gostar de viver, basta “simplesmente compreender a vida, conhecer o caminho e seguir em frente”! O boiadeiro, o homem interiorano conhece melhor isto que o urbanizado, produto da globalização, que acredita a galinha ser sintética e o ovo fabricado por um reator! Somos seres complexos, pois carregamos o ônus de sermos racionais, dotados de uma força interior que chamamos de espiritualidade ou energia, seja lá o que for, mas diferente em cada um de nós. Daí, a verdade e a emoção de viver, serem privativas e com característica própria a cada indivíduo, razão do conflito humano e do consequente desequilíbrio da humanidade em tempos atuais. O mundo que está findando, tornou-se um conflito permanente, generalizado e insuportável para muitos! Esperanças voltadas para o mundo novo, é o que nos resta!?? Caro leitor, acredito que já abusei de sua paciência! Já não sei se você vê este editorial como monótono, macabro, pessimista, filosófico, futurista, idiota ou profético, finalmente você é outro indivíduo, porquanto pensará diferente... mas, poderá ser uma grande realidade! Verão os poucos que sobrarem para escrever a história da transição!
O EDITOR
Este jornal é de uma comunidade. Nós optamos pelo nosso jeito de ser e nosso dia a dia, portanto, algumas coisas poderão fazer sentido somente para quem vivencia nosso cotidiano. Esta é a razão de nossas desculpas por não seguir certas formalidades acadêmicas do jornalismo. Sintetizando: “É de todos para todos e do jeito de cada um”!
Sumário 6
QUESTÃO AMBIENTAL
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TURISMO
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COISAS DA REGIÃO
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TEXTOS E OPINIÕES
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COLUNISTAS
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INTERESSANTE
Expediente DIRETOR EDITOR: Nelson Palma CHEFE DE REDAÇÃO: Núbia Reis CONSELHO EDITORIAL: Núbia Reis, Hilda Maria, Karen Garcia, Sabrina Matos. COLABORADORES: Alba Costa Maciel, Amanda Hadama, Andrea Varga, Angélica Liaño, Clara Wardi, Denise Feit, Érica Mota, Ernesto Saikin, Gerhard Sardo, Iordan Rosário, Heitor Scalabrini, Hilda Maria, Jason Lampe, José Zaganelli, Karen Garcia, Ligia Fonseca, Loly Bosovnkin, Luciana Nóbrega, Maria Clara, Maria Rachel, Neuseli Cardoso, Pedro Paulo Vieira, Pedro Veludo, Renato Buys, Roberto Pugliese , Sabrina Matos, Sandor Buys, Valdemir Loss. BLOG: Karen Garcia WEB MASTER: Rafael Cruz DIAGRAMAÇÃO: Karen Garcia IMPRESSÃO: Jornal do Commércio DADOS DA EMPRESA: Palma Editora LTDA. Rua Amâncio Felício de Souza, 110 Abraão, Ilha Grande-RJ CEP: 23968-000 CNPJ: 06.008.574/0001-92 INSC. MUN. 19.818 - INSC. EST. 77.647.546 Telefone: (24) 3361-5410 E-mail: oecojornal@gmail.com Site: www.oecoilhagrande.com.br Blog:www.oecoilhagrande.com.br/blog DISTRIBUIÇÃO GRATUITA TIRAGEM: 5 MIL EXEMPLARES As matérias escritas neste jornal, não necessariamente expressam a opinião do jornal. Sào de responsabilidade de seus autores.
QUESTÃO AMBIENTAL
O Informativo do Parque Estadual da Ilha Grande Número: 05. Ano: 04 - Maio | @peilhagrande
Ecos do bugio
SEMANA DO AMBIENTE INTEIRO 2014 Conscientização ambiental, incentivoàs boas práticas e envolvimento com a comunidade é o que espera mais uma vez o Parque Estadual da Ilha Grandedurante a Semana do Ambiente 2014. No ano de 2013 participaram da Semana do Ambiente, 380 pessoas em mais de 10 atividades, um sucesso! Contamos com a colaboração de todos para a realização de um evento ainda maior... Participe!
Semana do Ambiente Inteiro 2013, foto: Eduardo Gouvêa.
RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO AVENTUREIRO No dia 06 de maio 2014 deputados da Assembleia do Estado do Rio de Janeiro aprovaram a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Aventureiro. A criação da RDS abrangerá a Vila do Aventureiro(3% da Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul) e a recategorização do Parque Estadual Marinho do Aventureiro. Esta é uma demanda antiga da comunidade e uma atualização para a conservação da cultura do local assim como seus meios de sobrevivência. O projeto agora só depende da assinatura do Governador, e após, a criação de conselho e estruturas para a plena função da nova UC.
Praia do Aventureiro, foto Sandro Muniz
VISITA DO COLÉGIO SANTA CRUZ DE SÃO PAULO Neste último mês o PEIG recebeu a visita do Colégio Santa Cruz, uma das mais fortes e bem estruturadas escolas da cidade de São Paulo. No dia do trabalho, 1° de maio, o Coordenador de Uso Público, Eduardo Gouvêa, conduziu os alunos pelo Circuito Abraão (PEIG), onde contou um pouco da história da Ilha Grande, falou sobre as Unidades de Conservação, o trabalho do INEA/PEIG para conservação da Ilha e sobre os problemas que vem sendo enfrentados pela comunidade. As visitas ao PEIG fazem parte de uma das modalidades do curso intensivo de Projetos em Meio Ambiente, que tem como objetivo apresentar aos alunos
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O ECO, Maio de 2014
um ambiente natural, preservado ou alterado, soluções ambientais e a interação da população local com esse meio.Esta atividade específica teve a realização da UGGI Educação Ambiental. Pensando em estimular atitudes de conservação da biodiversidade criando um espaço de diálogo e ação conjunta o PEIG vem realizando visitas monitoradas no Circuito Abraão todas as terças e quintas, as 10:00 e as 15:00 horas. Venha desfrutar do ar puro, da tranquilidade e da beleza que o PEIG oferece. Agende sua visita na sede do PEIG ou pelos telefones: (24) 3361-5540/ 3361-5800.
QUESTÃO AMBIENTAL Ecos do bugio
AVES DO PEIG
QUESTÃO AMBIENTAL Enquanto o homem não aprender a preservar o que é bom e necessário para sua própria vida, será muito difícil haver, de uma forma eficaz, a efetuação em massa da conservação de bens coletivos. É válido lembrar que coletivo não deve ser encarado como sendo somente a natureza, mas também ao meio urbano, afinal, somos nós quem o construímos e modificamos. Talvez seu cachorro corra até a porta quando você está para chegar em casa. Perceba com antecedência a aproximação de uma tempestade e fique desesperado quando ocorre a queima de fogos de artifício. Este “entendimento”, que pode ser considerada por alguns como sexto sentido, precisa ser devidamente pesquisado e compreendido pela humanidade. Comemorações com fogos de artifício são traumáticas para os animais, cuja audição é mais acurada que a humana e segundo pesquisas são capazes de pressentir eventos sísmicos importantes. Devido à ocorrência dos fogos de artificio, muitos cães latem em desespero e, até, enforcam-se nas correntes. Os gatos têm taquicardia, salivação, tremores, medo de morrer, e escondem-se em locais
minúsculos, alguns fogem para nunca mais serem encontrados e muitos animais que, pelo trauma, mudam de temperamento. Há alguns anos atrás, na virada do ano, nos Estados Unidos, aconteceu à morte de milhares de animais, que detonou uma onda de especulações sobre as causas dos episódios. Primeiro três mil pássaros negros caíram do céu na pequena cidade de Bibi, no Arkansas, todos os pássaros apresentavam hemorragias, além disto, foi registrada a morte de 100 mil peixes no rio Arkansas. Mais ao sul, no Estado da Louisiana, outros 500 passarinhos caíram dos céus. Alguns apresentavam asas e espinhas quebradas. A análise dos profissionais competentes descartou sinais de infecções ou de doença contagiosa. A possibilidade de estas mortes estarem ligadas a fogos de artificio nunca foi descartada. Dispensar os fogos de artifício em comemorações é uma forma de preservar o meio ambiente, vamos dar nosso bom exemplo, enquanto é tempo! Fonte: (www.animalivre.org.br)
POUCAS MUITAS PALAVRAS Não crie aves, plante uma árvore que eles aparecem.
Foto: Pedro Caetano
Nome: Haematopuspalliatus Nomes Populares: Pirupiru, baiacu, baiagu, batuíra-do-mar-grosso, bejagui, bejaqui, cancã-da-praia, ostraceiro-pirupiru e ostreiro.
Esta é uma ave charadriiforme da família Haematopodidae. Alimenta-se de animais como cracas e gastrópodes, usando seu bico como um alicate. Chega a medir até 46 cm de comprimento, possui a cabeça e pescoço negros, o dorso pardo-escuro, partes inferiores brancas, íris amarela, bico e pálpebras vermelhos e longas pernas rosadas. É encontrada com frequência nos costões rochosos da Ilha Grande, principalmente em áreas voltadas ao mar aberto por isso ser chamada também de Batuíra-do-mar-grosso.
RECOMENDAÇÕES • Caminhar em ambientes como o do PEIG exige atenção para que seja evitado o impacto da poluição e da destruição destas áreas, segue cuidados básicos a serem observados e respeitados: • Recolha todo o seu lixo. Traga de volta também o de pessoas menos “cuidadosas”. Não abandone latas e plásticos. Garrafas de vidro são proibidas dentro do Parque Estadual da Ilha Grande. • Para se aquecer você deve estar bem agasalhado e alimentado. Não faça fogueiras em nenhuma hipótese. • Mantenham-se na trilha principal, atalhos aumentam a erosão e causam impactos ao meio ambiente. • Não use sabão ou sabonete nas fontes, riachos e cachoeiras. • Respeite o silêncio e os outros. Não grite. Aprenda a ouvir os sons da natureza. • Não retire nem corte nenhum tipo de vegetação. • Não alimente os animais silvestres, eles podem transmitir doenças. • Respeite os habitantes dos locais visitados.
Sugestões de pauta, curiosidades, eventos a divulgar, reclamações, críticas e sugestões: falecompeig@gmail.com | peig@inea.rj.gov.br
Fotos: Sandro Muniz
& Pedro Caetano
APOIO
Maio de 2014, O ECO
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QUESTÃO AMBIENTAL
Ilha Grande ganha reserva de desenvolvimento sustentável Alerj aprova criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Aventureiro Objetivo da lei do deputado Carlos Minc é garantir a pesca artesanal em área preservada da Ilha Grande. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou hoje (6/5) projeto de lei do deputado Carlos Minc que cria a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Aventureiro, na Ilha Grande, Região Sul fluminense. O objetivo da lei – que o governador Luiz Fernando Pezão tem 15 dias para sancionar – é garantir que 220 caiçaras que vivem na região há décadas – antes mesmo da criação da Reserva Biológica Estadual da
DO JORNAL - O tom politiqueiro desta matéria transcende a qualquer valor que possa ter esta RDS. - Que pesca? O sustento principal deles é o turismo desde há muito tempo! - A ampliação do Parque foi uma iniciativa das ONGs locais e este jornal, que pressionaram o governo a ampliá-lo; da mesma forma a RDS do Aventureiro, foi um trabalho que partiu da própria Ilha em defesa daquele povo que está lá a séculos, não há décadas como diz a matéria e sem o Estado resolver seus problemas que foram criados pelo próprio Estado. A cultura caiçara hoje, não pode ser mantida isolando áreas como se fossem guetos, ela se manterá através de conscientização, educação, sustentação de hábitos tradicionais, de manifestações artísticas expressas no artesanato, nas danças e nos costumes incentivados nas festas, como tradição, não mais apregoado como meio de vida. O caiçara gosta da vida urbana como qualquer cidadão, pois foi contaminado pelo consumismo como todos nós e ele não quer ser diferente, tampouco isolado. Ele quer ser inserido na sociedade comum, gosta do estilo de progresso pregado pela mídia do capitalismo. Ele tem suas razões em gostar, pois mesmo não sendo sustentável, esta vida do capitalismo, é gostosa e entendida como democrática de viver, especialmente para ele que sempre viveu as dificuldades do interiorano, onde não tinha médico, não tinha escola, não tinha como
Praia do Sul – possam manter suas atividades de pesca. A preocupação de Minc era garantir que esses caiçaras pudessem continuar com suas atividades mesmo estando dentro de uma reserva biológica. Com a sanção da lei, a pesca artesanal poderá ser praticada na região – sendo regulamentada por um conselho com participação de representantes dos caiçaras e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A nova reserva inclui uma porção terrestre e outra marinha, com o objetivo de conciliar a preservação dos ecossistemas e da cultura caiçara, valorizando assim os modos de vida tradicionais dessa comunidade de pescadores. A nova reserva foi criada
em área que pertencia à Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul. “Em 2007, duplicamos o Parque Estadual da Ilha Grande, de 6 mil para 12 mil hectares, incluindo 12 praias, como a de Lopes Mendes. E atualmente, estão sendo construídas seis estações de tratamento de esgoto biológico na ilha. Dessa forma, a Ilha Grande será mais protegida, com menos poluição e a garantia de preservação da cultura caiçara”, disse Minc. Alba Simon Superintendente de Biodiversidade e Florestas Secretaria de Estado do Ambiente - RJ
ganhar dinheiro, enfim condenado a ser um eterno caipira pobre e sem escolaridade. Isto é mito, não qualidade de vida para este povo que sempre almejou a urbanizar-se, inclusive a urbanização social, com clube, festas, cinema etc. Esta é a ecologia humana que pretende e com razão, pois todos os outros têm! Hoje 80% da população brasileira vive em cidades. Todo o êxodo rural se deve à ideia de que o estilo urbano é bom para viver! Temos certeza que lá são poucos os satisfeitos com mais este “ato heroico do deputado Carlos Minc”, muito mais quando colocado na forma política desta matéria. Esse jeito de dar notícias (show político), povo nenhum aguenta mais! Já é tempo de entenderem que aqui na Ilha quando se fala em Minc existe tom de não bem-vindo e vejo como impossível de ser revertido. O caiçara quando detesta alguém, com o tempo poderá até esboçar um sorrido, mas será de hiena! As políticas ambientais na Ilha foram tão malfeitas que este povo por gerações não esquecerá. Acredito até possa não ser o culpado, mas quem levou a culpa foi ele. Os urbanóides ambientalistas, e alguns biólogos recém formados, têm que sair deste mito de acreditar que o caiçara é só um ser do mar ou do mato. Não existe mais este jeito de viver. Isto é muito bom para passar o fim de semana ou as férias. O mundo mudou, outros conceitos interferiram e as culturas são engolidas pela famigerada globalização, pela indução ao consumismo. Eu vejo como um mal, mas temos que aceitar esta nova realidade
que foi imposta ao mundo com aval dos governos e contaminou a todos. Ninguém mais se aceita pobre, acabou o tempo onde o pobre era resignado e feliz simplesmente porque Deus quis assim, como dizia a Amélia: “eu era feliz de não ter o que comer”! Temos que entender esta gente e usarmos outros conceitos para implantar novas ideias! Temos que redesenhar a forma de lidar com o povo simples do interior, para isso, começar incluindo seus saberes e seu jeito de ser. Sempre se passou o “rodo” sem levá-lo em conta, razão que hoje todas as minorias se tornaram rebeldes, exigentes e agressivas; reação criada pela incompetência do poder público e de muitos acadêmicos, em lidar com elas. As minorias deixaram de ser idiotas, são sábias e tem seus líderes com boa escolaridade! O Estado é que parou no tempo! Ou até possivelmente regrediu. Como exemplo, a incapacidade do Estado em conter qualquer protesto. Os protestos podem não ter causa definida, mas são altamente agressivos, sempre com alguma minoria envolvida e o governo impotente, por não ter sabido lidar na origem do problema! Recentemente fizemos um trabalho para o IBAMA e PETROBRAS com 40 palestras para as comunidades da Ilha, o que nos respalda para dizer que os tempos são outros! Não adianta fazer biquinho, esta opinião do jornal tem respaldo nas comunidades. Procurem aprender para sorrir ao invés de fazer biquinho. N. Palma - Editor
Há três anos implantando políticas públicas de cultura na Casa de Cultura da Vila do Abraão, na execução da Liga Cultural AfroBrasileira em parceria com a Fundação Cultural de Angra dos Reis - CULTUAR.
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TURISMO
Informativo OSIG
36º FÓRUM DE TURISMO DA ILHA GRANDE FALAS E CONSIDERAÇÕES PAUTA (Mediador: - Presidente da OSIG) - Abertura e apresentações; - Considerações gerais, pelo presidente da OSIG; - Informações sobre o Grupo de Trabalho da Ilha Grande e PRODETUR – Frederico Britto Presidente da AMHIG) - Palestra sobre o SEBRAE na Ilha Grande – Consultor do SEBRAE - Interação com o palestrante; - Palavras de representantes de instituições ou entidades; - Data do próximo fórum; - Encerramento.
Em 17 de maio às 14.20h o Fórum foi aberto pelo presidente da OSIG, Nelson Palma, com as boas-vindas aos presentes, fazendo as apresentações dos representantes de instituições e entidades, com interlocução na pauta do fórum, - constantes dos seguintes: - Ivan Marcelo, Subprefeito da Ilha Grande; - Eluar Brandão, TurisAngra; - Andriele, SEBRAE Angra; - Ivana, Yes curso de inglês; - Frederico Britto, presidente da AMHIG; - Aglais, presidente da associação de Moradores da Vila do Abraão - AMVA. Em continuação falou dos objetivos do Fórum, em especial como potencialidade para revertermos o “ladeira abaixo” que nos encontramos atualmente nesta Ilha. Apontou lugares fantásticos em turismo que sucumbiram pelos mesmos problemas que nos atormentam atualmente na Ilha, mostrou que em forma até paradoxal, crescemos em turismo no mundo. Incitou a todos o fortalecimento do Fórum para reverter esta apatia que toma conta da humanidade e que é tão maléfica para melhorar em conjunto a sociedade.
LISTA DE PRESENÇA
Nelson Palma – OSIG e O Eco Jornal; Evanilda P. da Silva – AMVA; Aglais – AMVA; Eluar brandão da Silva – TURISANGRA; Alba Maciel – CODIG; Neuseli Cardoso – Igreja Católica; Jimena Courau – O Verde; Guilherme Pires – Morador e Guia; Wldeck Tenório – WTT; Frederico Britto – AMHIG; Gildo Diniz – AMVA Andriele Maia – SEBRAE, Angra; Nubia Reis – Arena Cultural e O Eco Jornal; Ivan Marcelo Neves – Subprefeito da Ilha Grande; Carolina Verissimo – Supervisora do Curso YES; Ivana Serra – Curso de Idiomas YES; Cezar A. dos Santos – AMHIG; Márcia Aparecida Dias – Subprefeitura; Miria Eiko – Cerca Viva; Lucimar O. Brandão – Moradora Adriano Fábio da Guia – Projeto Arena Cultural
Dando continuidade, o mediador passou a palavra para Frederico Britto, presidente da AMHIG, para falar sobre o Grupo de Trabalho da Ilha Grande há pouco instituído e alguns detalhes do PRODETUR, a fim de estimular o trade a participar pelo menos em ideias, com relação ao que brevemente estará acontecendo no Abraão, podendo o projeto ser altamente positivo ou quiçá negativo. Dependerá do nosso comportamento em relação ao acompanhamento sábio dos acontecimentos. FREDERICO BRITTO, presidente da AMIHG, cumprimentou a todos, falou da AMHIG de seu universo de associados, referiu-se a dificuldade de relacionamento com os governos anteriores como sociedade civil, do distanciamento mantido com a sociedade e das promessas de campanha da atual prefeita. Como continuava o distanciamento com o governo, continuávamos órfãos e precisávamos abrir um canal de comunicação com a Prefeitura, então um grupo de entidades (AMHIG, CODIG, OSIG, GEVIG, JORNAL O ECO) se reuniram e desenvolveram a ideia no grupo e quando apresentada à Sra. Prefeita, foi acatado e transformada em decreto. Com isso abriu-se o tão esperado canal de diálogo com a prefeitura. O fato de ser formado pelas entidades legalizadas, quebrava o envolvimento dos falsos líderes que sempre atrapalhavam ao invés de somar. Nesta criação do grupo foi proposto por nós que todas as associações da Ilha fizessem parte. Hoje é composto pelas entidades criadoras da ideia, mais Saco do Céu, Bananal, Araçatiba, Praia Vermelho, Provetá, Aventureiro e posteriormente a recém criada Associação de Moradores da Vila do Abraão e em fase ainda de ser escolhida uma representação dos pescadores. Já fizemos três reuniões com muito sucesso e acreditamos que será positivo o trabalho. Alem disso é nossa intenção em transformar o GT em um conselho deliberativo da Ilha Grande. Falou superficialmento do PRODETUR, pois ainda estamos em fase de discussões e acertos para que não seja mais um projeto que começa e depois para, por falta de planejamento sem prazo para recomeçar. ANDRIELE MAIA, SEBRAE Angra, falou da capacitação que o SEBRAE pode desenvolver aqui na Ilha. Terá um ponto permanente para tirar dúvidas e ajudar no desenvolvimento dos empreendedores, enfim, a ideia de estarmos juntos, aproveitando as benesses que o SEBRAE pode trazer. Interpelada pelo presidente da AMHIG, sobre a possibilidade de ações conjuntas com a Prefeitura e PEIG, respondeu que a intenção é esta mesma. O conjunto, SEBRAE, Prefeitura, INEA e Sociedade Civil, obrigatoriamente devem se estabelecer como um todo para que as re-
alizações se procedam em harmonia. Haverá permanentemente um funcionário do SEBRAE no Abraão. IVANA, Curso YES!, apresentou formas básicas para idiomas às pessoas envolvidas com o receptivo turístico a fim de melhorar este primeiro contato, tornando a vida do turista mais fácil e mais atraente já na chegada. Em contra partida foram apresentadas pela Andrea, professora de inglês no Abraão, as dificuldades da participação dos interessados, alegando que em seu curso, sendo pago, mesmo assim os alunos faltam muito. Alguém até manifestou-se dizendo que há uma reação em aprender quase generalizada, parecendo que o conceito é: está bem como está. Mas como só alcança quem tenta, vamos tentando crescer. O YES, se propõe tentar trabalhar neste sentido mais básico da comunicação e acredita em resultado. AGLAIS, presidente da Associação de Moradores da Vila do Abraão - AMVA, falou das pretensões da recém criada associação, intenções nas parcerias com a Subprefeitura, do bom relacionamento com o subprefeito, do relacionamento com as demais associações, portanto andando em frente e superando as dificuldades. O que motivou a criação da associação foi a razão de que qualquer reivindicação, como foi a vinda da Caixa para cá, só seria atendida com pedido da associação. WALDECK, guia turístico da WTT(sua empresa), falou do trabalho que está desenvolvendo para TURISRIO e FGV, visando desenvolver na Ilha um trabalho de pesquisa, que já está em andamento. Mostrou-se muito preocupado com o projeto do PRODETUR, quanto a possível descaracterização do local, que poderá tornar o Abraão com a cara de qualquer cidade e em seu entendimento não é o que o turista quer. Mostrou forte preocupação com a realização sustentável deste projeto. Foi duramente contestado pela Aglais, que já considera tudo completamente descaracterizado. Ela entende que mesmo descaracterizando é melhor do que como está. Do mediador: este contesto é exatamente o objetivo do Fórum - trazer opiniões diversas para que após discutidas se obtenha a melhor opção. Se não discutirmos, afinando pontos comuns como resultado de acordo, o Município e o Estado farão o que bem entendem. Destas discussões também nascerão subsídios para discussões no Grupo de Trabalho que será o elo final com a Prefeita. Com relação ao PRODETUR, é razoável nossa preocupação, pois é comum um projeto começar e parar por falta de planejamento. Existem no Brasil três mil obras públicas paradas por falta de planejamento, portanto faz sentido nosso receio, mas temos que acreditar e exigir que funcione.
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TURISMO GUILHERME PIRES – Guia e Morador, alegou que o maior número é de aproveitadores que só visam o lucro no Abraão, vindo em alta temporada ou administrando seu negócio sem ser morador, pensando somente no dinheiro. Nada de bem-estar comum. Considerando um fator desagregador e improdutivo para o local. O mediador louvou sua ideia, afirmando que o fato existe, mas contestou que seja o maior número. Entende que é uma minoria, mas suficiente para desagregar e desvirtuar o produto turístico. É realmente um grupo não bem-vindo à Ilha Grande. Nós podemos criar regras que impeçam esta discrepância para o andamento harmonioso do trade. Podemos criá-las neste fórum e forçar o Poder Público a dar amparo legal. A ideia da criação do GT inclui esta intenção. ALBA MACIEL – CODIG, falou como moradora, comentando cenas desagradáveis que assistiu com turistas desapontados pelo péssimo atendimento dos transferes para o Rio. Mostrou também sua insatisfação com um folheto distribuído pela Prefeitura, onde quer mostrar ao cidadão os esclarecimento para o cumprimento das leis. Considerou isto inócuo, visto a própria Prefeitura nunca ter cumprido a lei. Finalizando, mostrou-se muito desapontada quanto ao péssimo tratamento ao turista pela incapacidade de infraestrutura do trade e o descompasso da Prefeitura em relação ao que faz e ao quer exigir. A incoerência no procedimento, nunca trará satisfações ao cidadão.
IVAN MARCELO, subprefeito da Ilha Grande, falou de sua origem, das suas experiências nas questões ambientais e sociais, do seu conhecimento sobre a Ilha Grande, das exigências que fez à Sra. Prefeita para dar outra dimensão à Subprefeitura e que garante reverter o quadro de desordem existente. Mas tudo terá seu tempo e dentro do cumprimento da lei. Ninguém será surpreendido sem conhecimento do que será executado. Falou sobre um folder distribuído para que o morador saiba o que pode e o que não pode. Este folder deverá ser publicado no próximo jornal para o conhecimento de todos. Mostrou que a solução dos problemas não será uma tarefa fácil, mas obviamente não impossível. - A fala do Subprefeito foi extensa, mas seu escopo se resume ao aqui reproduzido. Na opinião do mediador mostrou firmeza e conhecimento de coisa que nem nós sabíamos, o que fortifica a possibilidade de uma boa gestão. O Fórum foi encerrado às 16.00h pelo mediador, com agradecimentos a todos e sugerindo que cada presente traga pelo menos três vizinhos para aumentar o quorum do próximo que será no dia 19 de julho à 14.00h no Centro Cultural Constantino Cokotós. Obrigado Consideração final: Foi produtivo e você que mais uma vez faltou, vai acabar sem argumento para discutir nos próximos fóruns e terá que se conformar com o famigerado jargão: “aqui ninguém faz nada”!
Este jargão representa a incapacidade de viver em grupo. Saia dessa e venha ao fórum para discutirmos, onde você verá o quanto se faz para evitarmos o “desmoronamento” do nosso Destino Turístico. O fórum é democrático, participativo, construtivo e interativo, onde você além de fazer falta, poderá ser alertado de que seu patrimônio poderá estar sendo corroído pelo tempo de má gestão. No Fórum poderá ser encontrado soluções para os problemas crônicos de seu negócio e faremos o possível para termos consultores para orientação. O próprio SEBRAE será como parceiro, parte integrante do Fórum. Melhor que isso não será fácil. Até o próximo – coloque a data em sua agenda: 19/07/2014 – às 14.00h.
37º FÓRUM DE TURISMO DA ILHA GRANDE 19 DE JULHO DE 2014 | 14 HORAS CENTRO CULTURAL CONSTANTINO COKOTÓS
FAÇA SUA PARTE! PARTICIPE!
CANTINHO DOS ANIVERSÁRIOS O ECO JORNAL COMPLETA 14 ANOS!
CANTINHO DOS AVISOS ESTERELIZAÇÃO DE ANIMAIS
O ECO JORNAL completou neste mês de maio 14 anos de circulação. Está entrando no décimo quinto ano com muita força e com a preocupação de cada vez mais, melhorar relacionamentos, expor ideias, dar espaço a quem tenha o que dizer e informar os menos informados.
Dias 28 e 29 de junho a equipe de veterinários estará na OSIG, para castração de cães e gatos. A pretensão é de 50 castrações. Inscrições com a Maria na loja Amazônia. Até agora já esterilizamos na ordem de 400 animais, não resolveu obviamente o problema, mas não tem mais ninhadas de filhotes jogadas nas esquinas. Necessitamos ter consciência da gravidade desse comportamento. Vamos nos educar quanto a se ter um animal doméstico. O animal nunca tem culpa, a culpa é sempre nossa. Por mais que se diga que é cultural um animal na rua, não faz mais sentido numa área turística e de proteção ambiental um animal solto. Isto é grave para a saúde, para os visitantes e para proteção ambiental. Na Ilha já existem cães e gatos ferais, isto é um absurdo para o século 21. VAMOS PENSAR NISSO. O ECO
Parabéns ao “O ECO”!
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TURISMO
OUTONO EM UMA ILHA TROPICAL NATUREZA EXUBERANTE
Saco do Céu - Foto: Neuseli Cardoso Quem vem conhecer a Ilha Grande, entra em clima de metamorfose nesta época! Quando a borboleta sai do casulo e parte para a vida, deve sentir emoções além de qualquer imaginação. Quando o nosso turista depara com um céu azul, sol quente, noite amena e uma linda floresta com todos os matizes, na predominância de seu verde, chega a pensar que é uma primavera fechando o verão. Por ter vindo do tumulto dos grandes centros, cujo confinamento dá para chamar de casulo, é lógico que ele se sente metamórfico. Saiu do inferno urbano para a celestial natureza abundante. Vereda por todos os lados, um mar translúcido e colorido pela cor esmeralda provocado pelo reflexo do nosso verde, onde seus cardumes o provocam a tirar uma foto com um pequeno mergulho, ou aos mais afoitos um mergulho mais profundo para conversar com quem vive lá. Conversar com um polvo que é um grande anfitrião, explicar para a moreia que está a fim de morder alguém, que você quer ser seu amigo! Então, isto não é metamorfose? A análise é sua! Vem para cá conhecer nosso outono tropical! Conhecer nossas flores! Conhecer a Praia de Lopes Mendes, entre as mais bonitas do mundo! Uma caminhada até a Parnaioca, dormir por lá e ter uma proza de nativo com o seu Silvio e contar milhões de estrelas, ou curtir uma noite enluarada que se confunde com o dia! Você vai passar pela Praia de dois Rios, onde era o presídio e vai conhecer o museu do Cárcere. Uma história diferente que retrata erros e acertos da humanidade! Na Parnaioca, com dez minutinhos de barco você chaga no Aventureiro, muitas paisagens que marcarão sua história. Lá ainda se encontra um povo simples bem caiçara que gosta do povo da cidade onde muitos deles gostariam de viver e você está fugindo dela! Contrastes naturais da vida! O visitante gosta muito do jeito simples de viver deste povo. Provetá é uma vila no estremo oeste da Ilha. Nossa segunda maior população. Uma comunidade evangélica, muito caiçara e hospitaleira é domi-
nante. O desenho arquitetônico com que Deus criou Provetá é de impressionar qualquer admirador da natureza. Depois você cai no “trilhão” por uma hora e meia, já estará chegando na Praia Vermelha, onde você deve conhecer o artesanato das Vermelhas, uma ONG local. Logo à frente desponta a praia de Araçatibinha e praia Grande de Araçatiba. Seguindo, Praia da Longa, Sítio Forte, Maguariqueçaba, Matariz e Bananal. Bananal é uma praia de japoneses, vindos de Okinawa na década de vinte. Hospitaleiros e caprichosos. Em todas elas você encontra hospedagem, alimentação e exuberante natureza para grandes fotos. Japariz é ponto gastronômico dos passeios de barcos, acredito que possam atender até 2.000 pessoas no mesmo dia. No saco do Céu você encontra bons restaurantes e boa hospedagem, alem de um mar fechado e muito lindo. Indo pelo lado leste, você encontrará Praia Brava, Palma, Pouso e Mangues todas com hospedagem e alimentação. Caixadaço e Feiticeira, são praias salvagens. A Feiticeira é famosa por sua cachoeira com rapel. Abraão é como se fosse a capital da Ilha, mais de cem pousadas para todos os preços e gostos, muitos restaurantes a luz da lua (na praia), com respeitável
culinária, italiana, mediterrânea, alemã e nossa tradicional cozinha brasileira. Pode-se encontrar desde o PF até sofisticados pratos ao sabor de coquilles de Saint Jacques. Bons vinhos de todas as partes também são oferecidos aqui. Temperatura de 30º clima seco, céu e mar translúcidos. Enfim, é o jeito simples de nossa ilha tropical, além de natureza o turista tem de tudo para seu encanto e uma babel idiomática testa sua capacidade comunicativa. O mundão está aqui. Venha conferir! Enepê
Praia da Parnaioca - Ilha Grande | Foto: Soraiah
Aventureiro - Ilha Grande | Foto: Neuseli Cardoso
Vila de Dois Rios - Ilha Grande | Foto: João Pontes
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COISAS DA REGIÃO - ECOMUSEU
As Festas Juninas na Ilha Grande Gelsom Rozentino Professor Associado da UERJ Chefe do Museu do Cárcere As Festas Juninas – que ocorrem em comemoração a Santo Antônio, São João Batista, São Pedro e São Paulo – são muito populares em todo o Brasil. Não poderia ser diferente na Ilha Grande. Sua origem remonta às festas pagãs relacionadas ao solstício do verão no hemisfério norte (24 de junho), em especial por diferentes formações culturais europeias e datam de tempos muito antigos. Foi na Idade Média que elas passaram a ser vinculadas aos santos católicos, tornando-se muito populares em vários países, principalmente em Portugal, de onde, a partir do processo de colonização, chegaram ao Brasil. Vários costumes foram se consolidando ao longo do tempo, como as barraquinhas com quitutes saborosos, quentão, bandeirinhas e outros enfeites, quadrilha, jogos, fogueira, balões e fogos de artifício – morteiros, rojão, bombinhas, estalinhos, cabeção-de-nego. Os fogos eram utilizados com o pretexto de “acordar” São João. Os balões, que serviam para avisar que a festa ia começar, hoje estão proibidos, em decorrência de sua associação com incêndios. A dança da quadrilha teve origem nos salões da nobreza francesa do século XVIII, denominando-se quadrille. Esta, por sua vez, parece ter tido origem na contredanse, surgidas de danças camponesas inglesas do século XIII, ou mesmo celtas. No Brasil, popularizou-se no século XIX, adotando variações regionais. Os passos da dança são anunciados por um “marcador” e o ritmo envolvente é tocado por um grupo que usa instrumentos musicais como acordeão, zabumba, pandeiro, violão e triângulo. Embora as quermesses, ou arraiás, sejam organizadas em função dos santos católicos, as festas são manifestações multiculturais profanas. Vários mitos, simpatias e lendas são associados aos santos. E
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suas fiadoras são principalmente as mulheres. Santo Antonio é o santo casamenteiro e sua imagem deve ser posta de ponta-cabeça até que o casamento seja marcado. Ou, na noite de 12 para 13 de junho, costuma-se colocar papeizinhos com nomes numa bacia com água. O papel que primeiro se abrir releva o nome do futuro marido. No dia do santo, deve-se assistir à missa e receber o “pãozinho de Santo Antônio” que, símbolo de fartura, deve ser mantido em casa durante todo o ano para não faltar alimento. Na noite de São João, de 23 para 24, ao cortar uma bananeira, vê-se a seiva escorrer, formando a letra que é a inicial do nome daquele com quem a pessoa se casará. Não é possível precisar quando as festas juninas passaram a ser realizadas na Ilha Grande, mas é certo que elas não diferem do processo ocorrido em todo o Brasil. Há relatos de sua realização em todos os povoados, mesmo aqueles pequenos, remotos ou que já não mais existem, como Lopes Mendes ou Simão Dias, por exemplo. As comunidades organizavam, principalmente na noite de São João, uma quermesse, um baile, com viola, pandeiro e sanfona/ acordeão, e fogueira, onde se assava batata doce e aipim, bebia-se quentão ou aguardente, comia-se tapioca com melado e muitos doces de laranja da terra, mamão verde, cuscuz e paçoca. Fé e cultura popular juntavam-se, reforçando os laços de toda a comunidade. Nos dias atuais, essa tradição ainda se mantém, embora sem a força de antes. O dia de São Pedro e São Paulo é comemorado com a tradicional procissão marítima a partir da Vila do Abraão, onde a quermesse virou uma importante atração turística com apresentações de bandas e músicos locais.
A primeira quadrilha no clube londrino Almack – Impressão do séc. XIX
Francisco José de Goya y Lucientes - Dança às margens do Manzanares, 1777
ECOMUSEU - COISAS DA REGIÃO TESOURO HUMANO: Sinésia Cardoso Ribeiro
Semana Nacional de Museus 2014 na Enseada do Bananal
Dona Sinésia, filha do padeiro José Neves Cardoso e de Julia Carolina da Conceição, nasceu no dia 17 de Março de 1921, na praia que hoje leva o nome de sua mãe: Praia da Julia, na Vila do Abraão. Casou-se com Silvino Raimundo, carpinteiro da Colônia. Quando ficou viúva, ainda bem jovem, precisou trabalhar pra sustentar seus dois filhos e empregou-se na Fábrica de Sardinhas Rubi. Conta que gostava muito do trabalho, onde tinha muitos colegas. Lá trabalhavam mulheres, homens e até crianças. O único inconveniente era o cheiro de sardinha, que demorava a sair das mãos. De seu segundo casamento com o guarda de presídio Humberto Ribeiro, nasceram mais quatro filhos. Dos seis filhos, cinco nasceram em casa, com a ajuda da parteira Tia Chiquinha, que costumava ficar cerca de duas semanas na casa da parturiente, auxiliando nos cuidados com o bebê e na recuperação da mãe. Sinésia lembra com carinho da deliciosa galinha ensopada que Tia Chiquinha preparava só pra ela. Assim como sua mãe, gostava muito de festas. Conta que Dona Julia sempre abria as portas de sua casa para bailes ao som de muito forró e que costumava preparar uma mesa para os convivas com café, farofa com linguiça, cachaça, quentão e outros acepipes. No mês de maio, quando se comemora o dia das mães, escolhemos falar dessas duas mães da ilha: Sinésia e Julia (in memoriam). Ao fazê-lo, prestamos nossa homenagem a todas as mães da Ilha Grande, nossos grandes tesouros!
FLORES DA ILHA Espécie: Sophora tomentosa L. Família botânica: Leguminosae Papilionoideae Conhecida como feijão-de-praia ou feijãozinho-da-praia, esta planta se apresenta como um arbusto, de caule lenhoso. Ocorre em terrenos arenosos como restingas, praias e dunas. A espécie já foi usada com finalidade medicinal. Esta flor integra o jogo da memória, lançado pelo Ecomuseu, através de suas unidades Parque Botânico e Museu do Meio Ambiente.
No período de 15 a 18 de maio, o Ecomuseu Ilha Grande realizou mais uma edição do projeto Museólogas de Família. O evento ocorreu na Enseada do Bananal, em comemoração à Semana Nacional de Museus 2014 e ao Dia Internacional de Museus, celebrado no dia 18 de maio. A arte-educadora Angélica Liaño e as museólogas Ana Amaral e Thaís Mayumi realizaram oficinas de contação de história e de confecção de dedoches e desenhos na Escola Municipal Joaquim Alves de Brito. Também foram feitas visitas às casas da redondeza, quando a equipe falou sobre o Ecomuseu e colheu depoimentos da história local. Os moradores foram muito receptivos ao abrir suas portas e suas memórias, contando histórias sobre a infância, a culinária, o trabalho, as fábricas de salga de sardinha que existiram no local, entre muitos "causos" curiosos e engraçados sobre a vida na Enseada do Bananal e na Praia de Matariz. Todos os registros, agora, fazem parte da coleção do Ecomuseu Ilha Grande, ajudando na preservação dos maiores patrimônios da Ilha: seus habitantes e sua história. Agradecemos a todos os moradores da Enseada, pelo acolhimento e participação.
Exposição “Certos Modos de Ser Caiçara” É com muita satisfação que a equipe do Ecomuseu anuncia mais uma importante vitória, especialmente para os moradores da Ilha Grande. Em breve, iremos inaugurar a exposição Certos Modos de Ser Caiçara, cujo objetivo é mostrar ao público o cotidiano, as crenças e os costumes praticados ao longo dos anos pelos habitantes da ilha, de forma que expressões da denominada “cultura caiçara” não se percam no tempo e, consequentemente, caiam no esquecimento. Cientes da responsabilidade do Ecomuseu de expor os pequeninos detalhes da vida que dão forma à realidade em seu sentido mais amplo, convidamos a todos os moradores da Ilha, em especial os caiçaras, a ajudar a enriquecer o acervo da exposição, doando objetos e também fotografias, receitas de uma boa comida, bebida ou remédio, e até mesmo uma cantiga de roda ou um brinquedo artesanal daqueles que eram usados pelas crianças de antigamente. À primeira vista, são elementos que podem parecer muito simples. Reunidos, no entanto, representam a força e a grandeza de um povo rico e fascinante em suas expressões múltiplas de cultura.
CRÉDITOS: Textos de Angélica Liaño, Cynthia Cavalcante, Gelsom Rozentino, Ricardo Lima e Thaís Mayumi Pinheiro. Equipe do Projeto Flora da Ilha Grande do Departamento de Biologia Vegetal da UERJ, sob coordenação de Cátia Callado (chefe do Parque Botânico do Ecomuseu Ilha Grande). Fotografias: acervo Ecomuseu Ilha Grande, Carla Y’ Gubáu Manão, Angélica Liaño.
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COISAS DA REGIÃO - PREFEITURA
Angra na Conferencia Internacional de Turismo Evento discutiu políticas de sustentabilidade O município de Angra dos Reis, através da Fundação de Turismo (TurisAngra) participou entre os dias 25 e 30 de abril, da Conferência Internacional de Ecoturismo e Turismo Sustentável 2014 (ESTC14), que aconteceu na cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul. O evento, considerado o mais importante do segmento de ecoturismo do mundo, teve foco no avanço das metas de sustentabilidade para o turismo e na promoção das políticas e práticas que beneficiem as empresas e as comunidades. Cerca de mil pessoas, de 45 países, além de representantes do Ministério do Turismo e Embratur participaram da EST14.
VISITAS TÉCNICAS E VOUCHER ÚNICO EM PAUTA Além da conferência, a TurisAngra realizou uma série de visitas técnicas e conferiu de perto o modelo de ordenamento turístico de Bonito - um dos cases de maior sucesso no Brasil - focado principalmente na implantação do voucher único, que controla a capacidade de carga nos atrativos, visando uma experiência melhor para o turista, empresários e a preservação das belezas naturais da cidade, que são a base do turismo do local. O impacto do voucher único é visto também no aumento de arrecadação no município já que o poder público controla o sistema de emissão dos vouchers, que só pode ser operado pelas agências e pela rede hoteleira legalizada, impossibilitando a “pirataria” e sonegação de impostos. — Tivemos a oportunidade de conhecer e conversar com representantes do poder público,
Convention Bureau, Conselho de Turismo, agências e donos dos atrativos e ver como executam um trabalho participativo, como gostaríamos de implantar. Conhecemos todos os lados do ordenamento turístico de Bonito e da legislação em vigor e vimos que boa parte do modelo utilizado por eles pode ser utilizado em Angra, já que apesar das diferenças nas características do turismo das duas cidades, temos a missão de preservar nossas belezas naturais e isso só será possível respeitando a capacidade de suporte de cada local como é feito em Bonito — reforçou Silvia Rubio, Presidente da TurisANGRA. O primeiro resultado da ida a esta conferência acontecerá em breve, já que uma comitiva formada pelos responsáveis pela implantação do voucher único de Bonito, virá a Angra para conhecer nossos atrativos e realidade local, dando continuidade à troca experiência entre os municípios.
Juliane Salvadori, secretária de turismo de BonitoMS e Silvia Rubio, presidente da TurisANGRA
Caixa inaugura primeiro Correspondente Caixa Aqui Total na Ilha Grande, em Angra dos Reis Caixa é a primeira instituição financeira a instalar-se em um dos maiores pontos turísticos do Brasil e do mundo. A Caixa Econômica Federal inaugurou nesta terça-feira (20) o Correspondente Caixa Aqui Total (CCA) Abraão, localizado na Rua Amâncio Felício de Souza, 35 Loja 02 – Vila do Abraão – Ilha Grande – Angra dos Reis/RJ. A Ilha Grande é um lugar mágico, repleto de belezas naturais, situado no Município de Angra dos Reis. Em 2007 foi eleita uma das Maravilhas do Rio de Janeiro, considerada um dos maiores pontos turísticos do Brasil e do mundo. O CCA Total está localizado na Vila do Abraão, até então desassistida de instituição financeira, com aproximadamente 3000 habitantes e que concentra a maior parte da infraestrutura da Ilha Grande. Considerada a capital da Ilha Grande, é na Vila do Abraão que se encontra a maioria das pousadas, campings, bares e restaurantes, agencias de passeio e mergullho. A Vila ainda conta com posto de saúde, escola primária, posto dos correios e destacamentos do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Um serviço de barcas liga diariamente a Vila do Abraão com Angra dos Reis e Mangaratiba, no continente.
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O novo Correspondente fará pagamentos, saques, depósitos, emissão de saldo e extrato, recebimentos, empréstimos, abertura de conta e venda de produtos, como seguros e consórcios, com o mesmo compromisso que a Caixa tem em relação ao bom atendimento aos seus clientes. A representante do CCA Total, Carlos Henrique Lima agradeceu o apoio e o empenho dos empregados da Agência Angra dos Reis. O Gerente Regional de Canais, Ediberto Rezende, parabenizou o representante do CCA pela visão empreendedora e pela superação das adversidades. “Há algum tempo procurávamos por um parceiro, mas a distancia entre a ilha e o continente era um dificultador, mas este problema de logística foi brilhantemente superado pelo Carlos Henrique.” Para a prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, A Caixa vem inovar mais uma vez, chegando cada vez mais próxima da população. Com esta inauguração os habitantes da Ilha irão economizar tempo e dinheiro para resolver seus problemas, e terminou o discurso agradecendo a constante parceria da Caixa com a Prefeitura.
A inauguração ainda contou com a presença da Prefeita Municipal de Angra dos Reis, Conceição Rabha, do Gerente Regional de Governo e Judiciário em exercício, Glaydson Moreira, o Gerente Geral em exercício da Agencia Angra dos Reis, Alessandro Oliveira, a Supervisora de Canais da Agencia Angra dos Reis, Bianca Morais, o Subprefeito da Ilha Gnde, Ivan Marcelo e Maria Aparecida Dias, a Secretária de Fazenda, Antoniela, a representante da TurisAngra, Silvia Rubio, demais secretários, clientes e parceiros.
CONVENTION - COISAS DA REGIÃO
CONVENTION BUREAU ANGRA DOS REIS Amigos Associados; Desde de janeiro que estamos intensificando na ação de divulgação de Angra dos Reis e todos associados, tanto no mercado Nacional como Internacional, tentando suprir, a impossibilidade do município, desde janeiro 2012. Sabemos que somos pequenos, mas juntos estamos fazendo a diferença. A propaganda é alma do negócio ! A iniciativa privada não pode parar! Em março, estivemos divulgando na BTL- Lisboa e ITB-Berlim, agosto AVIRRP- Ribeirão Preto - SP, setembro ABAV - São Paulo e Fit em Buenos Aires- Argentina. Informamos que já está confirmada a nossa participação no Salão Estadual de Turismo e Brite em Niterói e no Festival de Turismo de Gramado ambos no mês de novembro. Estamos digitando os contatos feitos durante os eventos já participados, publico final, imprensa, agências, e operadoras e posteriormente enviaremos. No dia 2 de outubro, estive também em reunião convocada pelo Presidente da Federação de Convention & Visitors Bureaux do RJ , Marco Navega, no centro do Rio de Janeiro, com dez CVbs todos interessadas em compartilhar ideias de ações e pautar formas de construção coletiva! A reunião foi muito estimulante! Em breve enviarei algumas novidades. Em abril , recebemos a equipe da TV - Argentina do programa Travesia, Francisco en Brasil- Gourmet que atingiu um número de 2 milhões de telespectadores que foi ao ar no mês de agosto 2013. Após participação na ITB - Berlim um dos resultado é que recebemo em junho, a jornalista alemã Karin Hanta e famoso fotógrafo Christian Heeb (www.heebphoto.com) .
Com vários encargos : 1) uma matéria de 14 paginas para a revista alemã Connoisseur Circle sobre o Rio, Buzios e Paraty, testando os hotéis de alto nivel; 2) um livro de 500 paginas sobre o Brasil para a editora alemã Stürtz; 3) um livro de 160 paginas sobre o Rio para a editora alemã Stürtz ; 4) um livro de 160 paginas sobre o Brasil para a editora alemã Bruckmann Nosso destino foi inserido, nos livros que serão lançados em outubro 2013, durante o festival internacional de livros em Frankfurt . Após participação na FIT - Buenos Aires um dos resultado é que : O Setor de Promoção Comercial e Turismo (SECOM) da Embaixada edita um boletim trimestral com tiragem de 4.000 exemplares, denominado “NEGOCIOS CON BRASIL”, que está dirigido aos empresários em geral, entidades empresariais e instituições governamentais do setor de comércio exterior, investimento e turismo, principalmente àqueles envolvidos no comércio Brasil-Argentina. Enviamos release e imagem e sera incorporada matéria vinculada às potencialidades turísticas da região de Angra dos Reis na edição da publicação “NEGOCIOS CON BRASIL”. Após participação na FIT - Buenos Aires, também estaremos recebendo com apoio, agora em outubro, jornalistas da revista Lonely Planet Argentina, que conta com o apoio do Setor de Turismo da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, o Comitê Visite Brasil e da EMBRATUR. Com a participação de todos, o AngraCVB acontece e se fortalece cada vez mais! Gino Zamponi Presidente do Angra dos Reis Convention & Vistors Bureau Tel.:(24) 9901-4555/9973-3640
COISAS DA REGIÃO - Eventos
É TEMPO DE MARIA Jardim Botânico e as orquídeas Há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo; mas, a Virgem Maria, dócil ao chamado do Pai, integrou-se, de maneira especial, ao seu plano de amor, desde o momento em que diz: “Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1,38). Maria, a escolhida com dons do Espírito, a cheia de graça, traz em seu seio o Filho bendito de Deus e Isabel reconhece este milagre, quando exclama: “Ave Maria, cheia de graça, o senhor é convosco!”... pois em Jesus vai se cumprir tudo o que Deus havia prometido! Nossa Senhora recebeu de Deus o Dom da Vida e o amor materno é o que mais aproxima as mães do Divino. Mais que rezar a Ela, devemos rezar com Ela; pedir-lhe que nos ensine a Amar a Jesus Cristo, através da prática da caridade e, humildemente, oferecermo-nos ao serviço do próximo. “Amar ao próximo como a si mesmo”, Ele nos disse... Que possamos experimentar a Paz quando partilhamos essas vivências sagradas e que possamos usufruir da alegria de se doar. Nossa Senhora Mãe dos Homens, rogai por todos nós!
No dia 03 e Maio, alguns moradores do Abraão e Saco do Céu, apreciadores da natureza, participaram de mais uma excursão ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro para visitar, e comprar, claro, orquídeas das mais belas espécies expostas numa feira que acontece duas vezes ao ano. O tempo foi um dos colaboradores nesse passeio que encantou os visitantes pela beleza e organização do evento. Desta vez, a surpresa maravilhosa foi ter o espaço do orquidário reformado aberto ao público com as delicadas e exuberantes plantas premiadas de diferentes orquidários do Estado. De deixar qualquer um de queixo caído! A próxima exposição deverá acontecer no mês de setembro, informe-se e visite! Vale a pena ver de perto a perfeição da mãe natureza e quem sabe, como esse grupo de apreciadores, você não volte com sacolas cheias de preciosidades que com certeza, deixará não só a sua casa como a sua vida cheia de beleza e alegria! Tatiana Mariano Pereira Brito
Texto de Neuseli Cardoso Pastoral da comunicação
CAIXA ECONÔMICA INAUGURA AGÊNCIA NO ABRAÃO
70 anos de matrimônio do Sr. Orlando e Srª Nair – exemplo de vida.
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Com a presença da Exma. Sra. Prefeita Municipal, Conceição Rabha, da Presidente da TURISANGRA, Silvia Rubio, Sr. Ivam Marcelo, subprefeito da Ilha Grande, dos diversos representantes da Prefeitura, representantes do PEIG, da Polícia Militar, de associações locais e comunidade, realizou-se a cerimônia de inauguração da agência da Caixa Econômica Federal aqui na Vila do Abraão. O Gerente Regional de Canais, Ediberto Rezende, parabenizou o representante do CCA pela visão empreendedora e pela superação das adversidades. “Há algum tempo procurávamos por um parceiro, mas a distancia entre a ilha e o continente era um dificultador, mas este problema de logística foi brilhantemente superado pelo Carlos Henrique”, dise. Para a prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, A Caixa vem inovar mais uma vez, chegando cada vez mais próxima da população. Com esta inauguração os habitantes da Ilha irão economizar tempo e dinheiro para resolver seus problemas, e terminou o discurso agradecendo a constante parceria da Caixa com a Prefeitura, disse. Uma agência bancária sempre foi reivindicação da comunidade. Ela representa um grande ganho de tempo e solução de problemas inadiáveis. Pelas vias comuns, uma ida e volta a Angra representa três horas de viagem.
A comunidade agradece o empenho da Sra. Prefeita, do Gerente Regional de Canais, Sr. Ediberto Rezende, da equipe da Caixa, enfim a todos os envolvidos nesta árdua tarefa de implantar uma agencia aqui. Pela imediata fila que se formou para abertura de contas, deu para analisar o desejo da comunidade em ter um banco e economizar tempo. N. Palma
TEXTOS, NOTÍCIAS E OPINIÕES REUNIÃO DO DIA 6 DE MAIO DO GRUPO DE TRABALHO DA ILHA GRANDE Nesta reunião o grupo comprovou sua determinação, ética, e o consequente resultado positivo do trabalho. A reunião foi aberta por AMANDA HADAMA, da TURISANGRA, comentando a pauta e apresentando o recém-nomeado subprefeito da Ilha Grande o ambientalista Sr. Ivan Marcelo. Ele falou demonstrando seu conhecimento de Ilha Grande e sua meta de trabalho. Logo após o secretário Mário Matos do SAAE, falou superficialmente da parte que lhe toca do PRODETUR e do projeto em andamento nas vilas de Araçatiba, Provetá e Saco do Céu que anda com dificuldades ainda não identificadas, mas ficou evidenciado que é por falta de pagamento. Na próxima reunião com o INEA, que deverá ser no dia 21 de maio, teremos informação com maior realidade. Em continuação tratou-se da aprovação do
Regimento Interno que sofreu algumas alterações propostas pelo grupos e por consenso aprovadas. Enfim, obtivemos resultados muito satisfatórios e acreditamos que neste tom, poderemos “marcar alguns gols que antes batiam na trave”, na solução de muitos problemas até hoje insolúveis por aqui. Também ficou claro que este sistema de inserção da sociedade civil organizada na solução dos problemas, abre-se um grande caminho no exercício da cidadania, cresce a autoestima das pessoas e tira-se parte da responsabilidade do governo em caso de malogro nos projetos. O governo recebe prontos subsídios para a gestão. Se todos os distritos do mu-
nicípio agissem desta forma o governo dormiria um sono mais tranquilo. Hoje administrar um município com os conflitos de Angra dos Reis, eu ouso afirmar que seria trocar anos de vida por uma gestão, tal sua complexidade administrativa e emperrada. Nós (cidadãos) podemos e devemos mudar isto! Já estamos andando na longa estrada, mas o êxito de nossa caminhada, dependerá da Sra. Prefeita nos estender a mão de forma permanente! Infelizmente nosso município apresente fragilidades em todos os setores e o que mais nos afeta na Ilha é o ordenamento! A falta de ordenamento é o grande êxito da desordem! N. Palma.
REUNIÃO DO GRUPO DE TRABALHO DO DIA 21 DE MAIO DE 2014 Foi aberta por Ivan Marcelo,Subprefeito da Ilha, na sete da TURISANGRA, começando pelos informes da Presidente da TURISANGRA, cuja matéria se encontra no item Prefeitura deste jornal. O foco desta reunião era discutir os projetos em andamento e a iniciarem. Começou-se pelo projeto saneamento de Araçatiba, Provetá e Saco do Céu. Com a palavra o Bené, que é presidente Associação de Moradores de Araçatiba, esclarecendo porque a comunidade faz oposição ao que está sendo implantado. A grande discórdia está em torno dos extravasores, caso falte energia nas elevatórias. A discussão girou forte pois a comunidade não acredita no projeto e tampouco foi ouvida para iniciá-lo. Saco Do Céu sofreu muito e ficou desapontada a presidente da Associação de Moradores, nós também, ao saber que a verba não dá para todo o projeto e o Saco do Céu ficará para depois. Isto gerou perguntas desabafos e insatisfação. O problema do Saco do Céu, alem de tudo é
fundiário. Mas temos que resolver, pois é um ponto dos mais frágeis da Ilha. Ficou muito clara a necessidade de urgência, é uma área de carga antrópica considerável, envolvendo um ecossitema frágil. O restante da pauta foi ocupada com o PRODETUR no Abraão que rendeu muitas dúvidas e muita discussão, obviamente em sentido construtivo, mas muito preocupante pela falta de clareza do projeto. Gerou das associações do Abraão um documento e foi encaminhado. Esta grande discussão visa minimizar o impacto da obra, visto às dificuldades que o Abraão oferece pela sua densidade demográfica, geográfica e economia baseada no turismo que não se encaixa com obras. Todos estão favoráveis a realização do projeto, mas não pode ser em estilo ”oba oba”. Deve ter começo, meio e fim predeterminados e garantidos. Não só a nível Estado, mas a nível nacional o cidadão está coberto de razões em não acreditar
nos governos, pois os exemplos das coisas mal feitas e/ou inacabadas se tornaram uma constante. Não há cidadão normal, que possa dormir em paz com o cenário que vivemos! Nos resta a acreditar! O diálogo com o SAAE, desta vez foi bom. Mesmo que não tenha sido satisfatório para muitos, a presença dos técnicos esclareceu e amenizou muita coisa. Em termos gerais foi muito bom, ético e andamos nesta estrada, como não poderia deixar de ser com poeira, mas andamos. Ficou para a próxima pauta, “os finalmentes” do Regimento Interno e a própria leitura da ata anterior, pois o tempo “esgotou-se face ao polêmico esgotamento” sanitário. Pretendemos fazer a próxima reunião com a presença dos técnicos do PRODETUR. N. Palma
FOLIA DE REIS Artesanatos, roupas e acessórios Rua de Santana, s/n | Vila do Abraão Horário de Funcionamento: 09h às 22h Maio de 2014, O ECO
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TEXTOS, NOTÍCIAS E OPINIÕES
A velhice dos tempos modernos IVES GANDRA DA SILVA MARTINS FOLHA DE SP - 28/07/11 * Faz tempo mas é bom ler para se ter base na opinião A expressão "conservadores" seria mais aplicável aos que repetem "costumes flexíveis", e não os valores abraçados pelos construtores das civilizações O desconhecimento da história e a pouca atenção que, nas grades escolares, principalmente universitárias, se dá à importância do estudo de toda espécie de acontecimentos passados, principalmente na política e nos costumes, faz com que aquele que vive o momento presente termine por repetir os mesmos erros, vícios e "novidades" pretéritas. Na política, como procurei demonstrar em meu livro "Uma Breve Teoria do Poder", o homem pouco evoluiu. Se uma democracia formal foi conquistada a duras penas, a verdade é que nem por isso a sociedade consegue controlar a figura do detentor do poder, que quer o poder pelo poder, sendo a prestação de serviços públicos apenas efeito colateral de seu exercício. A corrupção endêmica nas entidades estatais, nos tempos modernos, é tão velha quanto a dos primeiros tempos. Apenas mais sofisticada. Carl Schmitt ("O Conceito do Político") e Maquiavel ("O Príncipe") continuam atualíssimos. Nos costumes, a denominada liberdade sexual, em que dar vazão aos instintos é modelo da modernidade, remonta, pelo menos, ao tempo da decadência babilônica, quando as mulheres conseguiam seus dotes para o casamento entregando-se livremente no templo, ou à decadência do Império Romano. Políbio ("História"), este historiador grego que viveu em Roma, demonstrou que tal liberdade estava desfazendo as famílias romanas, prevendo o fim do Império pela deterioração dos costumes. É de se lembrar que, no período anterior, quando da República, as famílias respeitavam valores e a sociedade se representava perante o Senado e os cônsules por meio do Tribunato da Plebe (Fustel de Coulanges, "A Cidade Antiga"). A cidadania romana tornou-se um bem que protegia não só os romanos, mas aqueles que a conquistavam dentro de suas fronteiras. É de se lembrar que, antes da queda de Esparta, a liberdade sexual das mulheres espartanas faria inveja às mais desinibidas senhoras da atualidade. O próprio homossexualismo, praticado em Atenas, tornou-se bem evidente quando do início de sua decadência, que termina, de rigor, com a derrota na Guerra do Peloponeso, tão bem narrada por Tucídides. Tais breves e perfunctórias reminiscências históricas sobre costumes e política objetivaram apenas mostrar que as denominadas conquistas dos tempos modernos são muito velhas e, quase sempre, coincidem com a decadência de civilizações formadas, como o Império Romano, à luz de valores diferentes. Parece-me, portanto, que a denominação "conservadores" seria mais aplicável àqueles que repetem, através da história, "costumes flexíveis" - para adotar uma terminologia politicamente correta, - e não os valores abraçados pelos verdadeiros construtores das civilizações, que, como Toynbee afirma ("Um Estudo da História"), nasceram, fundamentalmente, dos preservados pelas grandes religiões. Uma última observação, de caráter apenas explicativo. Nos tempos de costumes condenáveis, em que as mulheres, em algumas nações, tinham um estatuto inferior, foi Cristo que abriu a perspectiva da igualdade entre o homem e a mulher, ao dar ao matrimônio a dignidade de Estado, com obrigações e direitos mútuos rigorosamente idênticos, com deveres de lealdade e fidelidade necessários para criar os valores próprios para a correta educação da prole que geravam. E elevou uma mulher à condição de mais importante figura da humanidade, para os católicos, acima de todos os homens, ou seja, santa Maria. Política e costumes merecem sempre uma reflexão histórica. Pouco comum, mas necessária.
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TEXTOS, NOTÍCIAS E OPINIÕES O MUNDO EM MUDANÇAS Esta discussão já tem algum tempo, mas é importante saber sobre este assunto, pois o grande público não teve acesso a este conhecimento. Mudanças impulsivas ou de interesses extremos poderão trazer consequências inadequadas para o futuro. Este jornal não emite opinião sobre o tema (juízo de valor), apenas uma provocação ao leitor. O julgamento de valor é seu! “Este assunto vem sendo repudiado por intelectuais e religiosos desde 2009. Para informação aos que não tiveram acesso, estamos publicando a entrevista abaixo”.
Programa de Direitos Humanos é “desumano”, afirma jurista O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) contém uma série de diretrizes inconstitucionais que pode desestabilizar o equilíbrio de Poderes no Brasil. O alerta é lançado pelo jurista Ives Gandra Martins, doutor em Direito com reconhecimento internacional e mais de 40 livros publicados e traduzidos em mais de dez línguas em 17 países. "É um programa de direitos desumanos, o que menos tem é dignidade humana", salienta. Entre as propostas polêmicas contidas no Programa, ações que pretendem descriminalizar o aborto, reconhecer a união civil entre pessoas do mesmo sexo, garantir o direito de adoção por casais homoafetivos, impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União, desestabilizar o direito à propriedade privada (com a criação de câmaras de conciliação dos conflitos, sejama grários ou urbanos), bem como a regulamentação profissional da prostituição. Ives é taxativo: "Eu lembraria o que disse Agripino Grieco [crítico literário] quando lhe deram um livro de um mau poeta. Ele leu e disse: 'Eu aconselho a queimar a edição e, em caso de reincidência, a queimar o autor'. Eu não sou tão cáustico à reincidência de queimar o autor, mas que vale a pena queimar a edição desse programa, vale". Nesta entrevista exclusiva ao noticias.cancaonova.com, o jurista explica os pontos cruciais do PNDH-3 e aponta a inconstitucionalidade das propostas. noticias.cancaonova.com: Como o senhor avalia o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3)? Ives Gandra Martins: Na minha opinião, o decreto que institui o PNDH-3 é inteiramente inconstitucional. Ele é editado pelo Poder Executivo, mas atinge aspetos que dizem respeito às prerrogativas próprias do Poder Legislativo, contra o artigo 49 da Constituição Federal (CF): "É da competência exclusiva do Congresso Nacional: [...] V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa". O pior é que tudo isso é uma escarrada repetição da Constituição Venezuelana. Em outras palavras, é o regime marxista que temos na Venezuela que nossos aprendizes de ditadores, aprendizes de revolução chavóide [Hugo Chávez, presidente da Venezuela] estão pretendendo colocar no Brasil. O que se pretende é dar um novo status jurídico ao Brasil, a caminho da ditadura, em que o Poder Executivo é tudo e os outros poderes são nada. É um programa de direitos desumanos, o que menos tem é dignidade humana, através do qual só pode falar nesse país quem for materialista, ateu, não acredi-
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tar em Deus e se pautar pela cartilha desses cidadãos. noticias.cancaonova.com: Mas um dos principais argumentos do governo é exatamente o pluralismo do plano, que incorpora resoluções da 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos (realizada em Brasília entre 15 e 18 de dezembro de 2008), bem como propostas aprovadas em mais de 50 conferências nacionais temáticas promovidas desde 2003. Em sua nota de esclarecimento, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (Sedh) explica que mais de 14 mil pessoas estiveram envolvidas diretamente na elaboração do programa, além de consulta pública. Ives Gandra: Uma sociedade de 190 milhões de habitantes não é representada por 14 mil amigos do rei. Por outro lado, quando eles colocam esses números, evidentemente nós sabemos que essas ONG's e outras organizações são quase todas montadas, monitoradas, organizadas por eles mesmos. E eu não acredito que haja um número em que todos tenham opinado com consciência. Eu posso formar um grupo maior e apenas uns poucos decidirem por todos, como em uma reunião de uma sociedade em que ninguém vai mas a diretoria publica as decisões em nome de todos. Tenho minhas sérias dúvidas se essas 14 mil pessoas estiveram presentes para dizer que eram favoráveis a essa tomada de posição. Na verdade, eu lembraria o que disse Agripino Grieco [crítico literário] quando lhe deram um livro de um mau poeta. Ele leu e disse: "Eu aconselho a queimar a edição e, em caso de reincidência, a queimar o autor". Eu não sou tão cáustico à reincidência de queimar o autor, mas que vale a pena queimar a edição desse programa, vale. noticias.cancaonova.com: Esse Programa deveria ser elaborado com base no modelo da democracia deliberativa, em que o peso dos argumentos de grupos distintos é o que importa, e não sua representatividade? Ives Gandra: Um plano de Direitos Humanos tem que ser elaborado pelos representantes do povo. Não existe, a meu ver, uma democracia deliberativa que possa decidir independentemente dos verdadeiros representantes do povo. Eu só acredito em democracia em que haja equilíbrio de poderes. Toda democracia que elimina o Legislativo, elimina o Judiciário, mesmo com consultas populares, é uma ditadura, é permitir que o povo seja manipulado permanentemente por plebiscitos e referendos em que, na verdade, não se discute nada com profundidade. Eu pergunto sim e não para o povo, mas não discuto todos os meandros que só podem ser discu-
tidos efetivamente pelo Poder Legislativo. Então, isso significa dizer que faço um plano sobre determinados direitos e excluo aqueles que estão vinculados a esses direitos. noticias.cancaonova.com: O senhor poderia citar exemplos da inconstitucionalidade do decreto? Ives Gandra: O decreto em si também fere por inteiro a Constituição. Direitos que eles consideram humanos são tratados de modo distinto na CF. Por exemplo, a CF garante que é inviolável o direito à vida do ser humano. Logo, o aborto, o homicídio uternino, a morte de nascituros entra em choque com o que garante o Artigo 2º do Código Civil: "A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro". Com o PNDH-3, o homicidio uterino como "direito humano" fica consagrado. A prostituição é uma chaga para a sociedade. Não se pode dizer que, como direito humano, o governo federal valorizará a prostituição, o lenocícino, o meretrício. Deve-se trabalhar para que essas mulheres encontrem uma profissão digna. Um decreto que valorize isso é evidentemente algo que afeta a dignidade humana, que está na essência dos direitos humanos. O cidadão tem uma casa, é invadida por alguém, a partir desse momento, o invasor tem mais direito que o proprietário, pois se ele pretender uma reintegração de posse, o Poder Judiciário deixa de estar habilitado para fazê-lo. Uma comissão, formada pelo invasor, decide se o Poder Judiciário poderá, ou não, executar a reintegração. Ora, a CF declara, no artigo 5º: "XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". No PNDH-3, por exemplo, defende-se que sindicatos e centrais de trabalhadores terão mais força que os parlamentares na definição de programas, fazendo com que plebiscitos e referendos, como acontece na Constituição Venezuelana, tenham muito mais importância que a própria representação do Parlamento ou Poder Judiciário, que é aquele que faz respeitar a lei. Isso faz com que se adote aquele modelo que prevalece hoje na Venezuela, isto é, Poder Executivo e povo consultado e manipulado por esse Poder, sendo os outros Poderes secundários, sem nenhum valor. Com relação à família, a CF, no artigo 226, diz: "A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 3º – Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento". Fica claro que ela deve ser constituída por um homem e uma mulher, bem como o homem e a mulher e seus decendentes em caso de separação e
TEXTOS, NOTÍCIAS E OPINIÕES viuvez. Mesmo assim, a família sempre tem origem na união entre o homem e a mulher. Quando se busca dar o mesmo status de família para casais homoafetivos, pode-se dizer que a CF nada vale, pois se quer mudar uma cláusula pétrea, dizendo que é família a união entre dois homens ou duas mulheres que não podem gerar filhos. Se a família tem o sentido de garantir perpetuação da espécie, criação da prole, educação, formação da sociedade, casais de homens e mulheres não tem, até por questões biológicas, condições de gerar filhos. Isso fere, portanto, a meu ver, uma cláusula pétrea. noticias.cancaonova.com: O que caracteriza uma cláusula pétrea? Ives Gandra: Na cláusula pétrea, os direitos individuais não podem ser modificados. Se o artigo 226 coloca a família como base da sociedade, vale dizer que toda a CF é formada para a sociedade, que só existe com base na família. Se eu não posso modificar dispositivos como o direito à privacidade, com muito mais razão aquilo que é a própria essência da sociedade também não pode ser modificado. Qualquer mudança nesse sentido é inconstitucional, pois cláusula pétrea nem uma emenda constitucional pode alterar. noticias.cancaonova.com: Em nota emitida pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, afirma-se que: "Ao apoiar projeto de lei que dispõe sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo e ao prever ações voltadas à garantia do direito de adoção por casais homoafetivos, o PNDH-3 tem como premissa o artigo 5º da Constituição (Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade…). Considera ainda as resoluções da 1ª Conferência Nacional LGBT, realizada em junho de 2008, marco histórico no tema. O programa também está em consonância com tendência recente da própria jurisprudência, que vem reconhecendo o direito de adoção por casais homoparentais". Ives Gandra: Eles mesmos dizem que a união entre duas pessoas do mesmo sexo é uma opção sexual. A opção sexual só pode acontecer depois de se ter, enfim, crescido e adotado essa opção. A opção natural é de um homem gostar de uma mulher. Essa opção natural, biológica, aquela que permite a geração de filhos, é da união entre um homem e uma mulher, como a CF previu. Ora, se é uma opção, como se permitir a adoção de uma criança, que primeiro teria que ter sua opção biológica, se ela já começar a ser trabalhada por uma casal que já fez sua opção sexual e preparará a criança no sentido de ter a mesma opção, contra a natural? É evidente que para o cidadão que queira viver com outro cidadão, existem mecanismos na lei, de contratos, de direitos obrigacionais, mas não como uma família. O que se está pretendendo é transformar a família, contra a natureza biológica e contra aquilo que a própria CF diz e não pode ser mudado. Logo, isso de dizer que todos são iguais, não podem ser iguais contra a CF, que elenca as hipóteses em que ela, através de cláusulas pétreas, diferencia aquelas desigualdades que fazem com que o princípio da igualdade seja observado. Uma das formas, efetivamente, de preservar o princípio da igualdade é permitir que ele se realize no limite das desigualdades das pessoas.
noticias.cancaonova.com: Uma das ações do PNDH3 prevê mecanismos que impeçam a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União. A Sedh explica: "O PNDH-3 tem como diretriz a garantia da igualdade na diversidade, com respeito às diferentes crenças, liberdade de culto e garantia da laicidade do Estado brasileiro, prevista na Constituição Federal". Ives Gandra: No momento em que o próprio decreto prevê que símbolos religiosos devem ser afastados, em um país que 97% das pessoas acreditam em Deus [citando dados de uma pesquisa do DataFolha], é como se dissessem: "Há uma ditadura de 3% da sociedade e vamos impor aos outros a obrigação de não ter nas repartições públicas símbolos religiosos". É como quem dissesse: "Estado laico é Estado ateu, e somente quem não acredita em Deus e não tem religião pode opinar. Vocês podem, escondidos, sem mostrar para os outros, acreditar em Deus, mas não queremos ter símbolos que representam valores". Afinal, é evidente: quem quer valorizar a prostituição não pode aceitar valores e símbolos religiosos que objetivam a união e a fraternidade entre os povos. noticias.cancaonova.com: Existe algum dispositivo legal que garanta os crucifixos nestes locais? Ives Gandra: Não existe nenhum dispositivo legal que determine, mas também a criação de um dispositivo que elimine seria, a meu ver, contra aquilo que caracteriza a tradição do país. Considero que a CF percebe a religião como depositária de valores, de valores superiores do ser humano, de valores que elevam a dignidade da pessoa humana, e não a desvalorização da pessoa humana. noticias.cancaonova.com: Outros segmentos religiosos também poderiam evocar a tradição como justificativa para expor seus símbolos em locais públicos? Ives Gandra: Acredito que não, pois são valores que entraram posteriormente. Nos tribunais, sempre foi tradição ter o crucifixo, que tem um aspecto inclusive emblemático, pois representa o símbolo da justiça e, ao mesmo tempo, leva todo o magistrado a pensar permanentemente naquele que foi o julgamento mais injusto da história. O símbolo serve como ponto de reflexão e transcende a própria religião. Isso me parece que, independentemente das religiões, deveria ser sempre mantido. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que cabe a cada tribunal decidir se deseja ou não manter o crucifixo. Neste particular, se o magistrado for um ateu e não quiser o crucifixo, ele tem o direito de não colocar. Isso vale para toda a magistratura do Brasil e me parece adequado. Agora, impor que mesmo os que queiram ter não possam ter é, evidentemente, fazer a ditadura do agnosticismo, ateia, daqueles que não acreditam. noticias.cancaonova.com: Então, o que se tem é um entendimento errado do que seja Estado Laico? Como viver, de forma sadia, a dimensão pública da religião? Ives Gandra: A Introdução da CF expressa: "Nós, representantes do povo brasileiro, [...] promulgamos, sob a proteção de Deus". Que Deus é esse? Toda a CF foi promulgada sob a proteção de Deus. Na verdade, o que eu vejo é que todos tem o direito de não acreditar em Deus. Se todos tem essa li-
berdade, por que tentar impor, dizendo que Estado laico é aquele em que não se pode ter nenhuma demonstração religiosa? Eles confundem Estado laico com Estado ateu. No laico, as deliberações não são tomadas à luz da religião, todos tem liberdade e os valores e tradições são conservados. Já no ateu, o que se busca é substituir símbolos religiosos pela visão que não quer símbolo nenhum. noticias.cancaonova.com: Qual a sua opinião sobre a criação da Comissão Nacional da Verdade, que investigaria a responsabilidade de atos criminosos praticados durante o período da ditadura militar? Ives Gandra: Nós estamos vivendo um momento em que o Brasil pode se projetar com paz para o futuro, encontrar caminhos novos, discutir em uma eleição programas futuros de crescimento. Não é preciso voltar à década de 60, à realimentação do ódio. Nós temos tortura hoje, nos diversos estados, na polícia, e é isso que tem que ser procurado. Temos que por uma pedra no passado e tentar equacionar o Brasil de hoje. noticias.cancaonova.com: O Governo Federal poderia ter apresentado o Plano dessa forma? Ives Gandra: Tudo isso, de rigor, já ganhou um formato jurídico que não deveria ter; deveria ser, no máximo, uma proposição, que passaria ou não no congresso. Da forma como foi feito, eu acredito que vai haver discussões preliminares no Congresso, quando projetos forem enviados. O Decreto, embora tenha o contorno de carta de intenções, já tem o formato de comando jurídico. Enfim, é um plano com viés ideológico bem claro, de pessoas que se realimentam do ódio passado, mas que, felizmente, por todas as suas deficiências, não tem chance de passar no Congresso. É nisso que eu acredito. O que é o PNDH-3? O Programa foi apresentado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (Sedh) da Presidência da República em 21 de dezembro de 2009; é visto como uma ação integrada de governo e política de Estado, que não deve ter sobressaltos com a alternância de poder. Estão previstas mais de 500 ações programáticas em diversas áreas, elencadas em um texto com mais de 200 páginas. O documento é estruturado em seis eixos orientadores, subdivididos em 25 diretrizes, 82 objetivos estratégicos e 521 ações programáticas. A primeira versão do Programa (PNDH-1) foi lançada em 1996, com especial ênfase em direitos civis e políticos. Em 2002, o texto foi revisto e publicado o PNDH-2, que destacou direitos econômicos, sociais e culturais. A revisão agora proposta buscaria tratar de forma integrada múltiplas dimensões dos Direitos Humanos.
VEJA MAIS DAS OPINIÕES DO JURISTA IVES GANDRA EM ENTREVISTA NO PROGRAMA DO JÔ SOARES http://goo.gl/7fm7nL
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LAMENTAÇÕES NO MURO
FALA LEITOR
MUNICÍPIO:
PARA NÃO APOSTAR NO ESQUECIMENTO
A prefeitura é uma esfera de administração pública ligada direta e intimamente as comunidades. Aqueles espaços de poder administrativos invisíveis, praticamente, aos âmbitos estaduais e federais, são cobertos pela ação solidária do município. Para nós da Ilha, a omissão municipal é muito visível em nossas vidas, tem um diagnóstico simples, direto e arrasador: todos sabemos quando a prefeitura não recolhe bem o lixo, não remunera dignamente seus funcionários, não oferece condições às escolas para melhor cumprir seus importantes papéis, não proporciona diversão e entretenimento público às crianças, ignora claramente os idosos, não impede a desobediência de certas regras mínimas de boa convivência humana, não coloca bancos, nem jardins, nem banheiros em quantidades suficiente nem para população local, nem para população flutuante presumível, que é imensa, e, resumindo, chuta o futuro da comunidade e despreza o passado dela. Há momentos em que chegamos a pensar que o poder público municipal, além de não nos apreciar enquanto comunidade, ainda tem algo contra nós, algo muito mais poderosos que as obrigações constitucionais impostas pelo exercício voluntário de um cargo eletivo. A hora de considerar o quanto é penosa e absorvente, a atividade pública não é depois da eleição, é antes, bem como é antes que o político deve conscientizar-se da exata complexidade de seu futuro cargo. Prof. Renato Buys
“PROJETOS PRONTOS NÃO REALIZADOS PELOS DESINTERESSES DOS GOVERNOS” – página 18 do O ECO nº 180, de abril de 2014 De forma a melhor esclarecer o leitor, fazer justiça à memória e nos poupar de desenterrar equívocos, cabem os seguintes registros factuais: 1. O TAC da Ilha Grande não foi um projeto, mas um título executivo extrajudicial de forma que o agente causador – os órgãos públicos signatários do dano admitiu ter consciência da ofensa que está praticando contra o meio ambiente, e se comprometendo a, num espaço de tempo pré-estabelecido no próprio termo – 1 ano, no nosso caso - deixar de causar dano ou recuperar o meio ambiente à sua forma original; 2. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) não ofereceu R$ 1,7 milhão para comprar uma barcaça, mas sim comprometeu-se a “viabilizar a disponibilização, para o Município de Angra dos Reis, de uma barcaça, ou equipamento similar, ..... destinada ao transporte dos resíduos sólidos da Ilha Grande para o continente.......”; 3. O MMA assumiu o compromisso de “financiar as solicitações do Município de Angra dos Reis, com referência à implantação do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos ......... assim como quanto à execução do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ....... no limite máximo de R$ 1,5 milhão ..................”; 4. O único recurso de fato aportado pelo TAC da Ilha Grande foi o de R$ 112 mil do Programa Estadual de Controle de Lixo Urbano - Pró-Lixo, torrados nas ineficientes carretas que desfilam com o nosso lixo pelas ruas do Abraão; 5. Além da prefeitura de Angra e da então Feema, também nos esculacharam, e ao TAC da Ilha Grande, a então Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o então IEF e o Ibama; 6. As multas nunca cobradas chegam a R$ 86 milhões; 7. Como todos os outros, o projeto da Vale limitou-se a apresentar uma estimativa de custos, sem contudo apontar de onde viria a grana; 8. Até ontem, o único projeto que abriu as burras para a Ilha Grande foi o de Promoção do Turismo Inclusivo, do BNDES, há quase dez anos atrás, e não foi uma apresentação mal feita que o abateu, mas sim gente da prefeitura e do estado, a mídia golpista, ricaços, lobistas e reaças posudos, todos horrorizados com a iminente invasão dos hunos e alguns, na certeza de não poder meter a mão no ervanário oferecido. Sinal de que o túnel continua sem luz no seu final.
Tão perto e tão longe
Bicicleta ou arma? Está acontecendo no Abraão, principalmente à noite, mas de dia também, a transformação da bicicleta, de meio de transporte em arma. Pessoas dirigindo em alta velocidade aterrorizam os transeuntes. A quem devemos recorrer? À polícia? À Prefeitura? Às famílias? Ou só se vai fazer alguma coisa quando alguém se machucar seriamente? Prof. Renato Buys
Alexandre Guilherme de Oliveira e Silva Morador da Ilha Grande
COLUNISTAS
REFORMA TERRITORIAL
FESTA DE JORGE
Dividir, redividir e desmembrar o país é cada vez mais necessário. Somos duzentos milhões para habitar quase nove milhões de quilômetros quadrados espremidos no litoral, com grandes aglomerações no sul e sudeste, deixando o interior vazio. O desenvolvimento brasileiro está onde o Poder Público está mais próximo: Concentrado e mal, muito mal distribuído. Longe do mar, o Brasil não se faz presente. O ser humano deve ser a principal preocupação do Estado. E assim dita a Magana Lei. E para que haja distribuição melhor dos índices de desenvolvimento humano é necessário que o Estado, seus Poderes e desmembramentos orgânicos estejam presentes em todas as regiões. Grandes extensões geram distâncias, que provocam a ausência de condições indispensáveis para que os agentes públicos atuem. A vida se torna cara para o homem comum do povo. A falta de Poder Público próximo às necessidades é nociva, pois a criminalidade ocupa esse vazio institucional. Ademais incentiva a migração aos centros maiores provocando inchaço sem planejamento de aglomerados urbanos descomunais. Tempos atrás a Província do Grão Pará abrangia quase toda a Amazônia e foi sendo desmembrada. Primeiro o Amazonas, depois o Amapá e o progresso se espalhando. Curitiba era a quinta Comarca da Província de São Paulo, que desmembrada, se tornou o Estado do Paraná, hoje entre os mais prósperos. No mesmo passo, Tocantins e o Mato Grosso do Sul que em pouco tempo de existência já se revelam tão prósperos ou mais dos quais foram desmembrados. A redivisão política permite que a atuação estatal se faça presente. Os Poderes Públicos distantes milhares de quilômetros estarão mais juntos das necessidades e reclamos do povo do lugar. Autoridades estarão mais próximas para atuarem. Serviços públicos inexistentes serão paulatinamente implantados e melhor adequados às necessidades locais. Haverá despesas. Investimentos indispensáveis à melhor promoção da qualidade de vida primeira razão e o objeto principal do Poder Público. A União, os Estados e os Municípios não
Está em festa minha vila...é dia de alegria, tem foguetório iluminando o céu, chora sanfona para animar o terreiro. É dia vinte e três de abril, é dia de São Jorge Guerreiro. Do céu vem a luz para me guiar e do coração a inspiração no cantinho desse recanto, na pureza desse chão brota a força e emoção, e de um suspiro de fé surge um sentimento de amor e devoção de um jovem sanfoneiro por um santo protetor. Nasce lá no canto, a capela de São Jorge, o soldado padroeiro, abraçado por muitos como um fiel escudeiro. Aconteceu no dia 23 de abril na vila do Abraão uma bela festa em homenagem a São Jorge. Esse evento é proporcionado por um grupo de devotos da vila e na ocasião foi oferecido aos convidados e participantes do grupo uma maravilhosa feijoada, queima de fogos, (e que queima de fogos!) forró e um ótimo dia de integração. Esse evento foi muito criticado por um pequeno grupo em seu primeiro ano por promover uma queima de fogos ao alvorecer, mas essa critica só fez fortalecer ainda mais o grupo, e o evento ganhou força e vem crescendo cada vez mais, e a cada ano mostra
são baús para guarnecerem pedras preciosas. São os responsáveis pela manipulação dos recursos cuja destinação é o bem comum para que de modo equânime o bem-estar e a felicidade da população se concretizem. É preciso repensar o país como pensaram os idealizadores da I República, que propuseram a queda do Imperador, mais para criar uma federação forte, do que realmente impor o novo sistema de governo. A concentração política gera a concentração de renda e provoca a facilidade para corrupção e regimes fortes e autoritários. Chegou o instante político que não pode ser adiado que é da criação de territórios federais nas zonas de fronteiras. Criar o Estado do Ribeira, no litoral sul de São Paulo, o Gurguéia, no sul do Piauí, o Triangulo, o Maranhão do Sul, o São Francisco no oeste baiano, promover os desmembramentos e descentralizações políticas e administrativas indispensáveis para o verdadeiro desenvolvimento socioeconômico brasileiro. Transformar o Pará, em quatro ou cinco outras unidades, indo ao encontro de um clamor antigo de sua população. É preciso ter coragem e reconhecer que o atual Estado do Rio de Janeiro, na verdade tem três características distintas e que historicamente seriam acomodados em Estado da Guanabara, como outrora foi; o norte fluminense, com suas peculiares aparências e o sul, cuja distinção do restante é notória. A redivisão territorial brasileira é indispensável e trata-se de vontade política de parcela considerável da população que clama por mais atenção, poder e representatividade.
que quando existe interesse, força de vontade, respeito e principalmente transparência o sucesso é garantido, mesmo que algumas pessoas se levantem tentando desestimular e desestruturar o desenvolvimento do evento. Movimentos como esse são muito importantes para a sociedade, pois além de estar integrados em nossas cultura, o ato de manifesto de fé e liberdade é um direito de qualquer cidadão e deve ser respeitado por todos, não podemos nunca achar que só a nossa direção religiosa é a que esta certa ou acima de todas. Parabéns a todos os organizadores e colaboradores que fizeram desse evento belos momentos, e desse dia um dia só de alegrias, mostrando que a união ainda é o caminho mais certo para a vitória de guerreiros. Viva Jorge! Salve Jorge da Capadócia na vila do Abraão. Atendendo pedidos. Iordan Oliveira do Rosário 12/05/14
MOMENTOS Por que viver mal com a vida? Se a vida lhe sorrir todas as manhãs? Pense! A vida é feita de momentos..., então viva a vida sem ressentimentos, curta cada momento abra o seu coração para novos e bons sentimentos. Receba o dia com muita alegria, ofereça um bom dia com afeto e boa energia aceite um bom dia com o sorriso no rosto e uma dose de simpatia e veras que a vida é bela como uma poesia. Iordan oliveira do Rosário 08/05/14
Roberto J. Pugliese www.pugliesegomes.com.br
CANTINHO DA SABEDORIA
COLABORAÇÃO SEU TULLER
“O ciúme é cruel como um túmulo; mas o amor é tão poderoso quanto a morte." - Salomão "Palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar,mas os seus ecos são poderosos e infinitos." - Madre Tereza de Calcutá "Na prosperidade nossos amigos nos conhecem; na adversidade nós conhecemos nossos amigos." -John Churton
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COLUNISTAS
A FAMÍLIA ATUAL
VIOLA ANGRENSE:
Reflexão sobre Sociedade e Família atual: O que acho, que é o FIM?
Um instrumento musical extinto em Angra dos Reis
É o fim, pessoas sem escrúpulos. Pessoas que pensam que "vale tudo". Que destroem uma família que está construída, ou que se está por construir. Que pensam que no amor, tudo se faz para conseguir quem você quer, ou o que você quer, mesmo passando por cima dos outros. É o fim, vender drogas, comprar drogas. É o fim matar, roubar! É o fim – principalmente - uma sociedade onde se precisa marcar assento nos ônibus, porque ninguém tem consciência por si só, de ceder seu lugar a um idoso, a uma senhora grávida, a uma mulher com bebê no colo. É o fim nossa cidade não estar adequada aos cadeirantes! O fim, nossos políticos que fazem uma roubalheira danada e são reeleitos. E que aliás, podem ser reeleger “porque a memória do povo é curta* ”. É o fim, a memória de o povo ser curta! É o fim a hipocrisia, é o fim quem não encara a verdade de frente e com sinceridade de atos e de coração. É o fim as leis se moldarem aos costumes, independente da VERDADE do Certo e Errado. É o fim, interpretações tendenciosas, é o fim operadores da justiça que confundem o estudado poder de persuasão, com o direito de dizer mentiras, em nome do mesmo. É o fim o sistema! É o fim, o Defensor Geral, o Promotor Geral e o Procurador-Geral ser escolhido e nomeado pelo Presidente da República, ainda que seja escolhido entre Defensores, Promotores e Procuradores concursados. Porque tais cargos são os que comandam todo o sistema e determinam onde cada Defensor, Promotor e Procurador irá atuar. E em precisamos dizer que o presidente, seja ele qual for, escolhendo e nomeado tais cargos que detém tanto poder na esfera judicial, estará também no controle desta. O que é – sem dúvidas - o FIM! É o fim, pessoas violentas - de todos os tipos -, porque usar de artifícios e artimanhas, em cima de pessoas ingênuas também é um tipo de violência. É uma violência burra crua, e que volta para si.
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Aliás todas voltam! Ai sim "vale tudo", tudo para receber de DEUS na mesma moeda. É o fim destruírem a família, em nome de liberdades e/ou de desigualdades sociais. Em nome da corrupção, em nome da má destinação das verbas aplicadas na educação! É o fim, desvios públicos, que deveriam destinar-se a Educação e a Saúde, nos bolsos de pessoas que pensam que vale tudo em nome de sua ganância e de seu exagero pessoal. Lembrando que emprego, estabilidade, e viver bem, e com conforto é bom mesmo, só que deveria ser um direito de todos. Mas nada disso - dito no parágrafo anterior, em nada tem a ver com, casas no exterior, mansões, navios, lanchas “de milhões de pés”, helicópteros e aviões particulares de luxo etc., ninguém e quando digo ninguém, digo ninguém mesmo PRECISA DISSO para viver bem e com o almejado – por todos - conforto! Ainda mais sem esforço pessoal e sem mérito algum, e com dinheiro meu, seu e nosso, do “pão nosso de cada dia” que deveria estar nas mesas de todas as famílias brasileiras! De fato “Vale tudo” tanto e tanto que nem precisamos mexer a palha, porque como no velho ditado: "aqui se faz aqui se paga " e que assim seja! Seja lá qual força divina nos proteja, ela vem no auxílio de todos, e é infalível na lei do retorno! Que sejam protegidas as famílias brasileiras (assim como de todos os diversos continentes deste vasto e rico, mundão que vivemos)... para todo e sempre “AMÉM”!!
Luciana Brígido M. Martins Nóbrega Advogada, Conciliadora do JECRIM e Cantora (Integrante do Coral da OAB). http://lucianamnobrega.blogspot. com.br/ Ilustração By Bruno dos Reis
A viola tem suas raízes mais próximas na península ibérica, tendo se fixado em Portugal ainda no século XV como instrumento das camadas mais populares. Neste país, a viola sofreu grande diversificação estrutural. Segundo Ernesto Veiga de Oliveira, em seu livro Instrumentos Populares Portugueses (1966), são distintos cinco tipos de violas nas terras portuguesas continentais: amarantina, toeira, campaniça, braguesa e beiroa, além de dois tipos nas ilhas dos Açores: micaelense e terceirense. Violas portuguesas foram trazidas ao Brasil desde os primórdios da colonização, com relatos deste instrumento na então colônia ainda no século XVI. Sendo um instrumento popular e muito difundido em Portugal, naturalmente ao longo do período de colonização, houve certo fluxo de violas para o Brasil, provenientes de distintas regiões da metrópole. Hoje a viola é um dos instrumentos musicais tradicionais mais amplamente distribuídos pelo Brasil, especialmente longe dos centros urbanos. Aliada a sua ampla distribuição, está uma grande diversidade estrutural e técnica, que, pelo menos parcialmente, é derivada da diversidade das violas portuguesas que vieram para o Brasil. Alceu Maynard Araújo foi um grande estudioso da cultura popular brasileira e muito se aprofundou na cultura relacionada à viola no Estado de São Paulo e arredores. Seus estudos foram em grande parte compilados no livro Folclore Nacional, com primeira edição em 1964. Este autor diz que conhecia quatro tipos de violas no Brasil: a paulista, a cuiabana, a do nordeste e a angrense. Este último
tipo ocorria em áreas litorâneas do sul do Estado do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. As violas angrenses são muito distintas de outros tipos de violas brasileiras por possuir um pequeno suporte junto à caixa de ressonância, chamado de ‘periquita’ ou ‘benjamim’, que sustenta uma tarraxa usada para colocar uma corda mais curta. Esta corda curta adicional, a que no Brasil muitas vezes dá-se o nome de ‘cantadeira’, existe nas violas beiroas de Portugal, sendo muito provável que as violas angrenses tenham se derivado de violas portuguesas deste tipo. Desafortunadamente, a viola angrense pode ser considerada como um instrumento extinto em Angra dos Reis ou mesmo no Estado do Rio de Janeiro, como previu aquele eminente folclorista que a descreveu, quando relatou o seguinte: “em novembro de 1947, quando estivemos em Angra dos Reis, constatamos que, com o falecimento do antigo fabricante das afamadas violas angrenses, não há mais quem as fabrique naquela cidade sul-fluminense”. Hoje em dia, verdadeiramente, o nome ‘viola angrense’ caiu em desuso, contudo, este tipo de viola é ainda hoje muito encontrado no litoral de São Paulo e Paraná, ligado à tradição do fandango, sendo chamada simplesmente de viola ou viola de fandango. Cabe aqui lembrar que o fandango paulista e paranaense faz parte da mesma tradição que no sul do Estado do Rio de Janeiro é conhecida como ciranda. Assim, perdeu Angra dos Reis este instrumento musical, tão peculiar, que poderia ser mais um símbolo cultural do município. Mas, contudo, ainda é possível resgatar a viola angrense, assim como a tradição musical relacionada a ela, especialmente a ciranda, que também está em processo de desaparecimento na região. Isto poderia ser alcançado, por exemplo, com a criação de grupos de músicas e danças folclóricas caiçaras, dirigidos tanto a adultos como a crianças. Além de uma visão de que o imenso potencial turístico da região pode ser ainda aumentado e aperfeiçoado se forem incluídos roteiros culturais de turismo enfatizando a riquíssima cultura caiçara do sul fluminense. Sandor Buys
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BELEZA EXTRAORDINÁRIA ENTRE O MAR E A MONTANHA Um pouco sobre o Portobello Resort & Safari Fotos : http://goo.gl/Tw5R58 Entrevisto de O Eco. Nossa entrevista com Regina Rocha, gerente Comercial e de Marketing, do Portobello Resort & Safári, destaca uma situação bastante especial, primeiramente pela amizade que formamos com o Roberto Bomfim do Hotel Portogallo, grande parceiro em nossa luta ambiental e pela forma simpática com que o Portobello Resort sempre nos recebeu. Por outra razão, aqui no Abraão, está radicada uma razoável colônia Italiana, fanática por futebol, como também receberemos uma quantidade muito significativa de turistas, que já têm conhecimento de que a Delegação Italiana se hospedará por ocasião da Copa no Portobello Resort. Obviamente desejam saber muito sobre o Resort, o porquê desta escolha da seleção, enfim detalhes naturais da curiosidade do leitor.
área verde temos cachoeiras, piscinas naturais, floresta de bromélias e um palmital que se escondem entre os extensos campos para cavalgadas e pistas para caminhadas e passeios de bicicleta. O nome ‘safári’ é por conta do nosso safári, que é o único do Brasil dentro de um resort. Em uma área de 300 mil metros quadrados vivem em harmonia e liberdade aproximadamente 350 animais das faunas brasileira, europeia e africana. Na primeira área, aves tipicamente brasileiras como tucanos, araras e papagaios, além de macacos e quatis, podem ser vistos e fotografados sem a presença de grades. Emas, marrecos, patos, pavões, antas e pequenos veados também são atrações. Em uma segunda área, com características próximas à savana, é
ENTREVISTA O Eco – Nos fale um pouco sobre o Resort, por que Safári, sobre as belezas deste lugar, sua proteção ecológica, enfim nos coloque em tela o local maravilhoso desse Resort? R.R – Palma, o Portobello Resort & Safári é o único resort no Brasil que oferece estrutura de lazer de praia e montanha em um mesmo complexo. Vista Nossa diferença começa aí. A propriedade possui uma extensão de 25 milhões de metros quadrados e reúne uma vasta área verde, praia, piscinas, restaurantes, bares, creperia, sushibar, pizzaria e 152 apartamentos voltados para o mar. Estamos abertos o ano inteiro e oferecemos aos hóspedes o contato direto com a natureza. Na
Varanda Beach Room| Foto Arquivo Portobello
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O Eco – Você pode nos dizer como ou o porquê da escolha da Delegação Italiana ter preferido hospedagem na Costa Verde? R. R. - A localização estratégica e a estrutura que o Portobello Resort dispõe foram diferenciais decisivos para acomodarmos a delegação. Possuímos, por exemplo, dois campos de futebol oficiais que são frequentemente utilizados para treinamento (pré-temporada) de importantes times de futebol. Os campos estão dentro do padrão FIFA, construídos e mantidos pela Greenleaf Gramados, que é responsável por sete dos 12 gramados dos estádios que sediarão a Copa do Mundo de 2014 – Maracanã, Mineirão, Fonte Nova, Arena Pernambuco, Castelão, Arena Amazônia e Mané Garrincha. O resort também conta com um heliponto, pista de avião própria e uma marina completamente equipada para barcos de até 60 pés, o Portobello ganha pontos pela proximidade com o Rio e facilidade de acesso ao Santos Dumont, Aeroporto Internacional do Galeão e Base Aérea de Santa Cruz – BASC. O Eco – Este estilo de delegações, tope do mundo, em especial pela evidência da Italiana, nós supomos que deverão ser de extrema exigência, o quê você nos diz sobre isso?
R.R. – Acreditamos que este tenha sido o motivo pelo qual escolheram aerea Porto Bello Resort & Safari | Foto Arquivo Portobello o Portobello Resort & Safári. A delegação realizou uma vistoria técnica em toda propriedade e considerou nossas condições possível avistar zebras, cervos, antílopes e lhamas. O resort ainda dispõe de serviços e amplos es- perfeitas para hospedá-los. Nossa estrutura básica, paços para o entretenimento e conforto de adultos e por exemplo, não será modificada. crianças. As opções de lazer são as mais diversas e aten- O Eco – O quê mais você gostaria de nos dizer sobre o dem desde as crianças até o público da terceira idade. tema em questão ou qualquer outro de seu interesse?
Campo de Futebol| Foto Arquivo Portobello
Beach Room | Foto Arquivo Portobello
INTERESSANTE R. R. - Todo o resort está reservado para a delegação. Nosso maior investimento está na capacitação do nosso staff e em melhorias nos serviços. Vamos continuar desenvolvendo treinamentos para atender cada vez melhor nossos hóspedes. Como o acordo com a delegação foi fechado em menos de seis meses, nossa intenção é contratar funcionários que falem italiano também. Também contratamos curso de italiano para os funcionários da Recepção, do Lazer e para os Barmen e Garçons. za ra da do so te
Obrigado Regina Rocha, pela gentilecom que nos recebeu, pela esclarecedoentrevista e nós desejamos que a estada Delegação Italiana, seja sucesso absoluto, que não temos dúvidas que será. Sucesa vocês, ao resort e a Copa e obviamenna expectativa de que o Brasil brilhe.
Piscina| Foto Arquivo Portobello
N. Palma
Lobby à noite| Foto Arquivo Portobello
Marina| Foto Arquivo Portobello
Praia e varandas| Foto Arquivo Portobello
Suíte Master | Foto Arquivo Portobello
Sauna e piscina natutal | Foto Arquivo Portobello
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INTERESSANTE CIÊNCIA
GRAFENO: Uma novidade revolucionária O material mais resistente conhecido até hoje!
Recordes de desempenho.
É chamado o material de Deus. Tudo o que temos hoje serão carroças velhas, em relação ao que virá do grafeno, vejam: 1 metro quadrado de rede de grafeno poderia suportar 4 quilos; a rede pesaria 0,77 miligrama e seria praticamente invisível; 200 vezes maior que a do aço é a sua resistência; 6 mil átomos ou seja, uma área inferior a 20 nanômetros – tornam o grafeno o material termodinamicamente mais instável conhecido. Mas com 24 mil átomos ele se torna o material mais estável conhecido; 100 milhões de dólares por cm quadrado era o preço do grafeno em 2008; em 2009, o início da produção em escala derrubou o valor para U$100/ cm quadrado; 150 giga hertz é a velocidade do transistor criado pela IBM usando grafeno; o mais rápido de silício alcança cerca de 40 GHz; 3 milhões de camadas de grafeno empilhadas têm altura de 1 milímetro; 1 átomo é a espessura do material;
Teia de aplicações - Aparelhos com telas sensíveis ao toque Quase todos os aparelhos eletrônicos disponíveis possuem telas com óxido de índio-estanho, uma substância transparente e ótima condutora. O índio, porém está cada vez mais raro. Já o grafeno vem do abundante carbono. Com ele, as telas touchscreen ganhariam uma qualidade adicional: flexibilidade. Pesquisadores sul-coreanos trabalhando em parceria com a Samsung abriram o caminho, ao produzir uma camada contínua de grafeno com 63 centímetros de largura de uma forma que facilita a fabricação em massa. As telas flexíveis podem ser o ponto de partida para aparelhos como celulares e tablets capazes de ser enrolados como uma folha de papel. Para tanto, o restante desses artefatos também teria de ser flexível, mas esse é um obstáculo menor do que se imagina. A IBM já montou um transistor de grafeno em escala de placa semi condutora, e no ano passado apresentou um modelo conceitual de circuito de grafeno. A Nokia estuda o uso do grafeno em aparelhos móveis, trabalhando com a ideia de artefatos transparentes e munidos de células solares. Os primeiros aparelhos entortáveis deverão chegar em qualquer momento. - Internet O grafeno pode ajudar a tornar a internet muito mais rápida. Cientistas das universidades de Manchester e de Cambridge aperfeiçoaram disposi-
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tivos baseados no grafeno para uso de fotodetectores em sistemas ópticos de comunicação em alta velocidade. Ao combinar grafeno com nano-struturas metálicas, os pesquisadores conseguiram transmitir a luz numa velocidade 20 vezes maior. Notaram ainda que, ao colocar as estruturas sobre o grafeno e iluminá-las, obtinham energia: o conjunto resultante comporta-se como uma célula solar. A eficiência na transmissão de luz deverá aumentar com novas pesquisas. - Próteses Com o grafeno será possível produzir membros mais resistentes, flexíveis e leves. Além disso, sua boa condutividade lhe permitiria integrar eletrodos usados para converter sinais cerebrais em movimento. - Células de hidrogênio Folhas de grafeno oxidadas e sobrepostas armazenam hidrogênio com alto grau de impermeabilidade. Isso as torna ótima opção para o rendimento do combustível de veículos “verdes”. Indústrias civil, automotiva, aeronáutica e naval Materiais compostos que contêm grafeno teriam enorme resistência (o que aumenta a segurança em caso de acidentes) e seriam leves, portanto mais econômicos em relação aos usados hoje. - Painéis solares Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts afirmam que o grafeno tornaria os eletrodos das células solares orgânicas (constituídas de moléculas à base de carbono) mais leves, flexíveis e baratos do que os disponíveis hoje. - Iluminação Por ser eletroquimicamente estável, o grafeno é ideal para ser usado em células eletroquímicas emissoras de luz (LEC). Uma combinação de uma camada orgânica transparente com dois eletrodos de grafeno dá origem a janelas e portas quase transparentes quando desligadas, que se tornam fontes de luz quando ligadas. Mais detalhes O grafeno, um material que vai mudar o nosso mundo Reúne uma série de propriedades que não tinham sido encontradas antes em nenhum outro material. Ecrãs de computadores transparentes e flexíveis, enroláveis e dobráveis, que se transformam em telefones e se diversificam em várias, serão uma realidade A aeronáutica, a medicina, as telecomunicações, a produção de energia… O grafeno estará presente em todos os campos de nossa vida, a melhorá-la.
Chip de grafeno. A comunidade científica e a indústria de todo o mundo está fascinada por um novo material que, pelas suas extraordinárias propriedades e suas múltiplas aplicações práticas, vai trazer mudanças, sem dúvida, em muitos aspetos de nossa vida: o grafeno. O que faz o grafeno ser tão extraordinário? Trata-se de um material transparente, extremamente fino (o mais estreito possível), muito leve (0,77 miligramas por metro quadrado) impermeável, elástico, flexível e, ao mesmo tempo, assombrosamente resistente. O grafeno é o melhor condutor de eletricidade conhecido e, além disso, existe em abundância na natureza. O que é o grafeno? Recentemente alguns pesquisadores da Universidade de Manchester comprovaram ainda a sua capacidade de reparação automática. Isto é, se a estrutura de uma lâmina deste material se quebra, o grafeno atrai de seu contorno os átomos de carbono que necessita e repara os vãos, a preenchê-los adequadamente. Composição química
INTERESSANTE O grafeno é uma folha plana de átomos de carbono (somente tem um átomo de espessura) dispostos em estrutura cristalina hexagonal. É obtido a partir do grafite natural que é extraído das minas de carvão e com o que se fazem, por exemplo, os lápis ou freios de automóveis; apesar de que também podem sintetizar-se. Q u i m i c a mente, é um alótropo do carbono, uma estrutura cristalina hexagonal plana (como o favo de mel de abelhas) formado por átomos de carbono e enlaces covalentes que se formam a partir da sobreposição dos híbridos sp(2) dos carbonos enlaçados. O grafeno foi descoberto em 2004 pelos pesquisadores cientistas de origem russa Andre Geim e Konstantin Novoselov, mas somente em 2010, ano em que os pesquisadores receberam o Prêmio Nobel de Física, começou a “febre do grafeno”. Aplicações A assombrosa versatilidade do grafeno possibilita várias aplicações comerciais. De facto, estas são praticamente ilimitadas. A lista continua a aumentar. Vejamos algumas:
(celulares), computadores e automóveis elétricos (com elétrodos de grafeno as baterias podem durar dez vezes mais do que as que utilizamos agora para carregar nossos celulares). • Novas redes de telecomunicações ultrarrápidas. • Ultracondensadores (para automóveis e comboios (trens) elétricos, e para melhorar o rendimento das redes de distribuição elétrica). • Aplicações aeronáuticas: aviões que voarão muito mais rápido, a emitir menos gases nocivos para a atmosfera. • Potentes painéis solares, com 42% de eficácia (atualmente, as células convertem apenas 16% da energia que recebem em eletricidade). • Televisões OLED (Organic LED) que serão fabricadas com materiais orgânicos e mais sustentáveis para o meio ambiente. • Membranas energeticamente eficazes para produzir gas natural e ao mesmo tempo reduzir as emissões de dióxido de carbono das chaminés térmicas e dos tubos de escape dos veículos. • Poupança no processo de separação do gas na produção de plásticos e combustíveis. • Aplicações médicas, como o desenvolvimento de novas vacinas contra o cancer e sensores que se tatuam nos dentes para detetar patologias. E se tudo isso fosse pouco, o grafeno atua como uma excelente base para criar novos materiais “a medida”, em função de necessidades específicas. Elsa Prada, pesquisadora do Instituto de Ciência de Materiais de Madrid do CSIC que trabalhou com No-
ASTRONOMIA:
voselov, destaca o fluorografeno (análogo bidimensional do teflon, com propriedades lubrificantes e isolantes extraordinárias), o nitreto de boro hexagonal (isolante cristalino e transparente, muito rígido, que combinado com o grafeno potencializa suas propriedades eletromecânicas), o dissulfeto de molibdeno (outro cristal bidimensional com prometedoras propriedades para a construção de uma nova classe de transístores) ou o siliceno (versão do grafeno feito de silício, com algumas propriedades em comum com o grafeno, e a poder ser integrado facilmente com a eletrônica atual baseada no silício). O grafeno na Espanha e o projeto Flagship da União Europeia Espanha conta com pesquisadores de alto nível que estão a trabalhar na pesquisa do grafeno. Aparte espanhola do projeto Flagship da União Europeia é, atualmente, uma das mais ativas. A empresa Graphenea de San Sebastián (Espanha) é a maior produtora de grafeno da UE e um dospartners do projeto junto com empresas como Philips, Varta, Nokia, ST Microelectronics, Repsol, Alcatel-Lucent ou Airbus. Além disso, em breve está prevista a construção de uma das maiores plantas de produção de grafeno do mundo no município de Yecla (Múrcia, Espanha). Pesquisa: HP Fontes: Grafeno.com CSIC (Consejo Superior de Investigaciones Científicas) Graphene Flagship | Neoteo.com | Nature Science MIT(Massachusetts Institute of Technology)
Nascimento das Estrelas Prof. Renato Las Casas e Divina Mourão
COLISÕES AUMENTAM NASCIMENTOS Transístor baseado nas heteroestrutruturas verticais do grafeno (Universidade de Manchester). • Discos rígidos capazes de armazenar 1.000 vezes mais informação. • Os semicondutores nos que se baseiam os processadores ultrarrápidos do futuro (substituto do silício). • Ecrãs flexíveis (enroláveis e dobráveis que servirão como base de vários dispositivos) e extremamente finos que poderão integrar sistemas como o de pagamento “contactless”. • Câmaras de visão noturna para fazer fotografias e filmar vídeos sem luz. • Baterias mais duradouras para telemóveis
Colisão entre galáxias é um fenômeno relativa mente comum no universo. Em outubro de 94, o Hubble fotografou a Roda de Carruagem (500 milhões de anos-luz da Terra). Ela nada mais é que uma galáxia deformada por uma colisão que acabou de acontecer. Uma das duas galáxias menores, vistas à direita na foto, atravessou a galáxia maior, vista à esquerda. Como uma pedra atirada em um lago que cria uma onda em sua superfície, essa colisão provocou uma onda na galáxia maior que segue empurrando gases e poeira a uma velocidade superior a 600 mil quilômetros por hora. Na frente dessa onda, em uma região de largura suficiente para conter toda a nossa galáxia, enquanto
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milhões de estrelas morrem em explosões que emitem grande luminosidade por curtos intervalos de tempo, outras estrelas vão nascendo e emitindo a luz azulada característica de suas altas temperaturas iniciais. É essa a origem da forte radiação emitida pelo "anel" da Roda de Carruagem. Essa galáxia, possivelmente, era uma gigantesca galáxia espiral antes da colisão. Os detalhes da imagem têm ajudado muito no entendimento da formação de estrelas de grandes massas, em grandes nuvens fragmentadas. Em outubro de 97, o Hubble fotografou a Galáxia da Antena (63 milhões de anos-luz de nós). São duas galáxias em pleno processo de colisão - a duração de uma colisão de galáxias é de alguns milhões de anos; intervalo de tempo curto se tratarmos da vida de uma galáxia. Na região central (foto do Hubble), próximo ao núcleo das galáxias, são vistos detalhes de até 15 anos-luz de extensão. Os pontos mais brilhantes são aglomerados de estrelas recém-nascidas, emitindo radiação azulada. O Hubble descobriu mais de mil desses aglomerados originados pela colisão entre essas duas galáxias, vários deles contendo mais de um milhão de estrelas cada. FORMAÇÃO DO SISTEMA SOLAR A formação do sistema solar e a formação do universo são eventos separados no tempo e no espaço. O universo se formou a 16 bilhões de anos, a nossa galáxia a 13 bilhões e o sistema solar a apenas 4,5 bilhões. A quase totalidade da massa do sistema solar (mais de 99%) está no Sol. Só na nossa galáxia existem centenas de milhões de outras estrelas como o sol. Uma unidade de distância muito usada na astronomia é o ano-luz, que equivale à distância que a luz percorre em um ano, correspondente a 9,5 trilhões de quilômetros. A distância entre a Terra e o Sol é de 150 milhões de Km, ou aproximadamente vinte milésimos de milésimos de ano-luz. A distância de Plutão (o planeta mais distante) ao Sol é de aproximadamente 60 centésimos de milésimo de ano-luz. As distâncias entre as estrelas são muito maiores. Próxima Centauro, a mais próxima do Sol, está a 4,2 anos-luz. O diâmetro de nossa galáxia é de 100.000 anos-luz e o diâmetro do universo conhecido, aproximadamente 30 bilhões de anos-luz.
ROTAÇÃO E ACHATAMENTO Quanto mais uma nuvem interestelar se contrai, mais rápido se põe a girar. À medida que gira, vai se "achatando" em um plano. Esse fenômeno é análogo ao que acontece quando giramos uma massa pastosa em torno de um eixo. É assim que muitos pizzaiolos abrem as massas de suas pizzas. Passamos a ter, então, depois de um período de milhões de anos, uma estrela com a massa de quase toda a nuvem primordial se formando no centro de um disco (protoplanetário) de gás e poeira. Mais de 150 estrelas nesse estágio de formação foram fotografadas pelo telescópio espacial Hubble na Nebulosa de Orion. COLISÃO E AGLUTINAÇÃO Em mais alguns milhões de anos se formarão os planetas, cometas e asteróides a partir do material do disco protoplanetário. O processo fundamental nessa etapa é o de aglutinação das partículas que colidem umas com as outras, de certa forma semelhante ao processo de crescimento de uma bola de neve. FOI ASSIM CONOSCO? Em Física, uma teoria é tão mais aceita quanto maior for o número de situações que puder prever e explicar. A teoria de contração nebular explica quase todas as características mais importantes do sistema solar observadas, como por exemplo, o fato das órbitas de todos os planetas estarem aproximadamente em um mesmo plano e terem o mesmo sentido de giro. Estudos atuais têm procurado explicar a baixa velocidade de rotação do Sol em torno de seu eixo. Cálculos preliminares, com base na teoria apresentada, indicam uma velocidade de rotação para o Sol muito maior que a observada.
CANTINHO DOS AMIGOS Colaboração do Mario Ricardo
UMA HOMENAGEM AO CONSTANTINO
Comparação entre os tamanhos do Sol e de seus planetas CONTRAÇÃO NEBULAR As estrelas nascem, vivem e morrem. Elas se formam devido à contração de imensas nuvens de gás e poeira que existem nas galáxias. Atualmente, há fortes evidências a favor da teoria de que nesse processo, concomitantemente à formação da estrela, forma-se todo um sistema planetário em torno. Teria sido assim com o sistema solar, a 4,5 bilhões de anos. CONTRAÇÃO E ROTAÇÃO Alguns fatores já são conhecidos como os responsáveis pelo início do processo de contração das nuvens interestelares; entre eles, uma onda de pressão provocada pela morte de uma estrela vizinha em uma grande explosão. À medida que uma nuvem interestelar se contrai, ela se põe a girar, de maneira semelhante à água de uma pia quando escorre pelo ralo.
O Constantino foi um baluarte nesta Ilha e fazendo um grande espaço histórico. Deixou uma herança cultural vasta, através da própria BANDA “Prata da Casa e a Tenente Loretti. Por quase cem anos esta embarcação navegou pela nossa baía e por muitos anos de sua existência o Constantino foi seu mestre. O Constantino e a Loretti faziam um visual inseparável. Foi entrevistado por inúmeros veículos de comunicação e era detentor de grande parte da história viva da Ilha. Partiu em 04 de maio 2013 deixando uma lacuna muito grande no espaço desta comunidade. Reproduzimos abaixo fotos de uma reportagem com sua participação