EXPORTAÇÃO, TURISMO, COMUNIDADES LUSAS UNINDO OS PORTUGUESES Distribuição gratuita Venda não autorizada
N.º 48 | Fevereiro 2010 | Ano 5 | Director: Lídia Sales
ALLGARVE 2010 arranca já em Fevereiro Pág. 4
EDITORIAL
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Gente Singular ao Sul de Portugal
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António Cunha revela projectos comunitários para 2010 no Reino Unido Pág. 24
veja pág. 10
Cristina Vieira
nomeada membro do Instituto Universitário de França
“Apontamentos” novo livro de Francisco Seixas da Costa Pág. 12
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José Monteiro condecorado
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Sismo devasta Haiti
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Imobiliário
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Crianças cantaram as janeiras na Embaixada
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Passatempos
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Horóscopo
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Fiche Technique
editorial
Une publication de
Lídia Sales lidiasales@gmail.com
SIÈGE SOCIAL RÉDACTION ET DÉPARTEMENT COMMERCIALE 1. av. Vasco de Gama 94460 VALENTON Tél: 01.56.32.92.78 DIRECTION Directrice de la publication: Lídia Sales DIRECTEUR-ADJOINT Guilherme José EDITION Editeur: Nuno Batista
Atitude A desvalorização da libra inglesa face ao euro afecta o turismo do Algarve onde eram os ingleses os turistas que durante todo o ano mais visitavam o sul de Portugal, alguns mesmo acabavam por aí se radicar, actualmente com o aumento de preços no Algarve e a libra a equiparar-se ao euro deixou de ser interessante e escolhem agora outros destinos; para contrariar a situação foi com uma atitude positiva que o Turismo do Algarve se prepara para este ano de 2010. O programa
REDACTION André Thomazzi Catarina Delduque Cristina Gomes Marco Martins Nina da Silva
ALLGARVE que desde a 1ª edição levantou polémica, começando pelo nome, inicia o programa nesta ano de 2010 já em
REPORTAGE Reporter/Journaliste Gomes de Sá
Levamos ao conhecimento dos leitores o gosto pela escrita do Embaixador Francisco Seixas da Costa que editou o seu pri-
Ont collaboré à ce numéro Carina Blanco Juridique: António Grácio Gastronomie: Chef Ilidio 3ème Génération: Philippe de Sousa, João Tiago Correspondants: Carlos Gaspar (France) Carlos Dias (Royaume Uni) Costa Alves (Suisse) REALISATION Maquette: João Cazenave COMMERCIAL Direction du marketing: José Gomes CONTACT COMMERCIAL 06 18 44 74 55
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Fevereiro e terminará só em Novembro para aliciar o turismo nacional e internacional durante praticamente todo o ano com eventos de várias vertentes, desde o musical passando pela gastronomia e desporto.
meiro livro em 1975 e que com o lançamento do 6º livro, Apontamentos, uma colectânea de textos, motivou a entrevista que gentilmente o Embaixador nos concedeu. Cristina Vieira vive em Lyon e é reconhecida pelo desempenho na área da investigação, mais uma notável que nesta edição de Fevereiro tem um merecido destaque por representar uma área em que são poucos os portugueses que conseguem equiparar-se aos cientistas de outros países . Em Londres os portugueses contam com António Cunha que sempre se interessou pela integração plena dos portugueses e que muito tem lutado para que a comunidade portuguesa tenha um centro comunitário, projecto que vai ser concretizado neste ano de 2010. São estes exemplos e muitos mais que me levam a afirmar que é a atitude positiva, não ficar acomodado ao cargo, procurar evoluir, mudar o que não está bem que faz com que mereçamos ser respeitados e reconhecidos; vivermos da glória do passado, dos feitos dos descobridores que nos abriram as portas ao mundo, é verdade, já não faz sentido, a marca deve ser deixada agora com iniciativas como mencionei atrás , com atitude.
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reportagem Fotos: Turismo de Portugal
ALLGARVE 2010 arranca já em Fevereiro
O programa de animação do Algarve, Allgarve, este ano começa mais cedo, já no dia 20 de Fevereiro, com um concerto do projecto musical “Amália Hoje”, que toca versões modernas de alguns dos temas mais famosos da fadista Amália Rodrigues, no Centro de Congressos do Arade, em Portimão.
Esta é uma das novidades que acompanha o Programa de Animação, que este ano aposta numa versão mais longa, decorrendo até Novembro próximo, quando nas edições passadas se realizava durante os meses de Verão. Na sua quarta edição, o programa do Allgarve vai ser dado a conhecer, precisamente no dia 20 de Fevereiro, mas a cortina sobre alguns dos eventos já foi descerrada durante o decorrer da Feira Internacional de Turismo de Madrid (Fitur), quando a Região de Turismo distribuiu entre os participantes uma brochura sobre o evento, que já apresentava alguns eventos agendados. O desporto e a gastronomia vão continuar a marcar presença nesta edição do Allgarve, e para já estão já confirmados o Superbike World Championish, no dia
Francisco Seixas da Costa Embaixador de Portugal em França
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António Braga Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
18 de Março, o Rally de Portugal, entre 28 e 30 de Maio, o WTCC (World Touring Car Championish), no dia 4 de Julho, e o Portugal Masters entre 14 e 18 de Agosto. Em Agosto, o destaque vai para a gastronomia, com os festivais da Sardinha, em Portimão, o Festival de Marisco, em Olhão e o Cataplan Experience, que teve a sua primeira edição em 2009, quando dez conhecidos chefs de cozinha fizeram diversos showcookings, cursos de culinária, e confeccionaram diferentes receitas de cataplana. Mais do que apenas festivais gastronómicos, estes eventos são também verdadeiras festas. Por exemplo, a edição de 2009 do Festival de Marisco de Olhão, contou com nomes conhecidos da música moderna, portugue-
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sa e internacional, como Xutos & Pontapés, Rui Veloso, Martinho da Vila, Daniela Mercury ou Brandi Carlile, que encerrou o evento. Outro exemplo é o festival da Sardinha de Portimão, que juntou nomes como os portugueses “Deolinda”, “Amália Hoje”, “Xutos e Pontapés”, Carlos do Carmo, o cabo-verdiano Tito Paris, e o brasileiro Zeca Baleiro. Ao longo de três edições, pelos palcos do Allgarve já passaram nomes famosos do fado, do jazz, ou da música moderna. Katia Guerreiro, Camané, Carlos do Carmo, Mariza, Teresa Salgueiro e Lusitânia Ensemblle, bem como Nelly Furtado, Lila Dows, Byran Ferry, Elvis Costello, Vaya con Dios, Vicente Amigo, Lionel Riechie, Mayra Andrade, Path Metheny e Brad Mehldau, são apenas alguns dos nomes que animaram as noites algarvias nos últimos três anos.
Para já resta esperar até Fevereiro para ficar a saber que outras surpresas estão guardadas na programação do Allgarve, que em 2009 recebeu 65 eventos. O “Allgarve” é uma iniciativa do Turismo de Portugal e do Turismo do Algarve e conta com o envolvimento dos municípios e agentes locais. Este ano, o orçamento para o evento ronda os quatro milhões de euros, segundo uma informação da Região de Turismo.
Algarve. O segredo mais famoso da Europa O Algarve mantém a sua estratégia de se promover tanto em Portugal, como no estrangeiro, e estar bem presente na memória de todos, com outras acções, além do seu programa de animação. Neste mês de Janeiro, o Turis-
mo do Algarve apresentou uma campanha baseada num novo tipo de comunicação, em que, essencialmente, aposta nos seus residentes, nas pessoas que conhecem e gostam do Algarve para o promover. Chamada “Algarve. O segredo mais famoso da Europa»”, a nova campanha quer apresentar um Algarve mais pessoal e que permita maiores descobertas, convidando para isso, todos os residentes e todos os algarvios, a contarem os seus “segredos”: a sua praia de eleição, o seu restaurante preferido, os petiscos que preferem, os espaços onde gostam de ir. Estes “segredos” vão ser transmitidos de diversas formas. A concepção desta campanha baseia-se nos “spreaders”, pessoas que passem a palavra, contando as suas experiências, e que o farão através de diversos meios, nomeadamente a Internet. No decorrer da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), entre 14 e 17 de Janeiro passado, onde a campanha foi apresentada, a região divulgou ainda o esboço do tema musical que vai
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acompanhar o vídeo da campanha, e que foi especificamente criado e cantado pela cantora Viviane. O vídeo vai apresentar diversas imagens de diferentes zonas do
Algarve e em fundo, a cantora refere que sabe um segredo. O investimento do Turismo do Algarve e da Associação Turismo do Algarve para campanha é de cerca de 300 mil euros.
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Gente Singular ao Sul de Portugal Ó Algarve outrora cantado, outrora escrito, outrora esquecido. Não será o começo de uma poesia, mas o grito de uma paixão, por esta região tão bela de Portugal. O amor à terra viu nascer a Gente Singular. Não é mais nem menos que uma editora de livros com selo algarvio. É o esforço de cinco advogados, e tem surpreendido críticos, amantes de poesia e o público em geral. Uma das suas mais recentes publicações “O livro da Casa” de Fernando Cabrita, também ele
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advogado e um dos fundadores da “Gente Singular”, foi premiado com o prémio nacional de poesia Mário Viegas 2008.
Moita Flores, o qual descreveu o livro da casa como : “Um livro de um poeta com uma alma tão inteira que só a distracção de quem não teve o privilégio de o ler, pode tê-lo feito o bom advogado que também é.”
Fernando Cabrita: “Começámos com um livro de Manuel Teixeira Gomes, um algarvio de referência, ex-Presidente da República e escritor, que tem um conto chamado “Gente Singular”.
“O livro da casa” foi seleccionado entre 50 livros de poesia.
Tomámos o título ao autor e hoje é o nome da Editora.”, disse-nos. Fernando Cabrita recebeu o prémio pelas mãos de Francisco
Paris, Sorbonne e “O sul dos meus sonhos” A Gente Singular editou há pouco tempo o seu primeiro livro em França. O lançamento
deu-se na Sorbonne Nouvelle, onde a poetisa Teresa Rita Lopes foi professora.
te poeta e dedicando-se especialmente à divulgação da parte inédita da sua obra.
A poetisa é uma apaixonada pela cidade de Faro, cidade onde nasceu em 1937. Viveu 13 anos em Paris onde foi professora na Sorbonne e defendeu a tese de doutoramento “Fernando Pessoa et le drame symboliste – héritage et création”. Teresa Rita Lopes é um dos maiores especialistas contemporâneos em Fernando Pessoa, tendo centrado o seu trabalho académico na obra des-
Organizou várias exposições sobre Fernando Pessoa, em Espanha (inauguração em Madrid, itinerante por toda a Espanha), no Brasil (inaugurada em S. Paulo, depois itinerante) e em França (Paris, Centre Pompidou – Beaubourg). Fernando Cabrita: “É um orgulho
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para nós ver um livro que editámos há dois meses atrás em Portugal da Teresa Rita Lopes, possa hoje estar e ser lançado em Paris. É uma das maiores vozes da poesia em Portugal, tem um vasto curriculo e destaque a nível europeu, e portanto ela permitir que um livro seu fosse editado pela nossa editora; sendo ela também uma algarvia, que está ainda por cima a ter sucesso e que tal como referi passados dois meses estivesse a ser lançado aqui em Paris, na Sorbonne Nouvelle é para nós um imenso orgulho.”
Teresa Rita Lopes: “Quando apareceu esta gente singular; digamos assim; que é uma editora que muito prezo e que amadrinho, sou madrinha deles. Então pediram-me um livro, fui cartar poemas que escrevo como quem escreve um diário e escolhi aqueles que são o sul dos meus sonhos.” E aonde se inspira, o Algarve é de certeza a sua musa, mas onde vai buscar as histórias?
De facto os poemas de Teresa Rita Lopes têm passado de mãos em mãos.
Teresa Rita Lopes: “Olhe eu todos os dias escrevo. Sabe escrever poesia é muito fácil, pode estar num café e observar a rua e escrever. Acabei por escrever aqueles que tinham a ver com o sul.”
“O sul dos meus sonhos” são poemas inéditos. Um preito que a autora rende a sítios algarvios, a Faro, a Cacela, a Alcoutim, lugares e histórias que observou.
A editora Gente Singular tem já agendado para o próximo mês de Abril, o lançamento em França, do livro premiado “O livro da casa”.
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“Apontamentos”
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novo livro de Francisco Seixas da Costa Senhor Embaixador, o seu no vo livro chama-se “Aponta mentos”. São textos referentes à sua vida profissional? Este livro é um conjunto de estudos de natureza diplomática e de política externa. São estudos elaborados nestes últimos 5 anos e que focam diversas matérias, desde segurança e cooperação na Europa, como as questões da cultura europeia, os problemas das relações do Brasil com a Europa, a relação de Portugal com o Brasil, a política externa brasileira. Isto tendo a questão europeia como pano de fundo.
Licenciado em Ciências Sociais e Políticas, Francisco Seixas da Costa, actualmente o Embaixador de Portugal em França, foi membro de dois Governos em Portugal. Ingressou no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal em 1975, tendo começado por desempenhar funções nas Embaixadas portuguesas em Oslo, Luanda e Londres. Teve diversos cargos dirigentes do âmbito do Ministério dos Negócios Estrangeiros, passou pela ONU, onde foi Representante Permanente de Portugal, foi Embaixador de Portugal no Brasil. Tem um vasto currículo politico e isso tem lhe permitido escrever diversos livros. O seu maior desafio tem a ver com a questão de Portugal no mundo, a politica externa portuguesa e o papel de cooperação com outros países europeus, e a identidade nacional.
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Brasil, país onde o Embaixa dor continua ainda muito liga do, tem inclusive um livro pu blicado Tanto Mar? - Portugal, o Brasil e a Europa . Era um livro feito com base no que produzi no Brasil, nos 4 anos que lá estive. O Brasil é uma relação bilateral com Portugal, e faz parte da estrutura da política externa portuguesa. Eu dei-me conta ao fim de 4 anos que havia
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um conjunto de trabalhos feitos no Brasil e acções de diplomacia pública que talvez ganhassem mais destaque em ser compiladas, para se ver até que ponto tinham a sua ocorrência global e foi a esse livro que chamei Tanto Mar? - Portugal, o Brasil e a Europa, que fala sobre a relação com Portugal, com a relação do Brasil com a Europa, onde diga-se, Portugal teve um papel importante. Esse livro fechou o meu período no Brasil. No entanto no livro que aca ba de editar Apontamentos há um capítulo onde fala ainda sobre o Brasil. Tal como disse e bem, sim há um
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pequeno apontamento ao Brasil. Este novo livro tem mais a ver com questões internas, é mais sobre o papel de Portugal na Europa e no Mundo, a questão europeia. Há ainda outras questões que me preocupam, como a questão da independência de Portugal, a questão do sentido de ser português e afirmação diplomática do nosso país no mundo. E como nasceu este gosto pela escrita? Eu escrevo há já muito tempo, aliás esta profissão leva a isso. Escrevi em 1975 o meu primeiro livro, depois acelerei um pouco essa linha tendência quando tive
funções políticas e achei que tinha uma certa obrigação de expressar, publicar e de decifrar em público a nossa acção de política externa e na área europeia. Durante o período que fiz parte do Governo, publiquei um livro sobre a minha experiência no Governo, depois publiquei um livro que era o depois da experiência no Governo. Um conjunto de experiências políticas como nas Nações Unidas (ONU), durante a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, a reflexão sobre o tempo europeu em que já não estive ligado enquanto executor, mas em que pude observar o problema do
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Tratado Constitucional falhado, a questões como o Tratado de Lisboa, e também questões mais recentes como o do terrorismo e da segurança. Como lhe digo são colectâneas de textos que traduzem no fundo o percurso de uma vida diplomática, este livro é puramente diplomático. Ainda há pouco focou a ques tão europeia e o papel de Por tugal no mundo e na Europa. Realizou-se recentemente o se gundo colóquio “Novos Mun dos, Novo Capitalismo”, em Paris, onde Portugal e o nosso Primeiro-Ministro, José Sócra tes foi o orador convidado de honra. Tal como foi debatida nessa conferência, o senhor Embaixador também defende uma política económica co mum? Eu defendo que cada vez mais os países da União Europeia (UE), para terem uma capacidade de afirmação externa, global e com peso no Mundo, têm que se unir e aprofundar essa sua união. A UE chegou a um estado de apro-
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fundamento relativamente elevado, com o novo alargamento para 27 países e provavelmente vamos ter mais alguns nos próximos tempos. Isto pode criar uma tensão: por um lado o aprofundamento da união isto é, as políticas comuns que os vários países têm entre eles pode levar a uma dispersão, até porque a diversidade dentro da UE aumentou. Eu acho que o grande desafio da União Europeia nos próximos anos é conseguir garantir que o esforço de acolher novos países, não se faz em detrimento e prejuízo de um aprofundamento das políticas da UE. Essa conferência que fala, onde o nosso Primeiro-Ministro teve a honra de abrir com o Presidente francês Nicolas Sarkozy visava reflectir sobre a questão da crise económica, as questões de responder rapidamente a essa crise, encontrar soluções e até procurar a tão desejada política económica europeia comum, aliás o já se deu um grande passo para isso, com a moeda comum que é o Euro,
com cooperações entre vários países no ramo das indústrias. No entanto falta ainda fazer muito, por exemplo ainda não se encontrou uma forma de criar uma política fiscal e tributária comum a todos os países da UE. Uma questão que aborda muito neste seu novo livro é a afirmação de Portugal no mundo. Acha que se está a caminhar no bom sentido? Sem dúvida. Portugal tem demonstrado nestes últimos anos que é um aliado forte e coerente aos países e políticas europeias. Tanto este actual Governo, como os anteriores têm sabido criar uma política externa válida e confiável. Há pouco referiu que o PrimeiroMinistro português foi o convidado de honra num colóquio importante, temos um Presidente na Comissão Europeia português como sabe, as próprias presidências de Portugal na UE, o Tratado de Lisboa. Tudo isto tem ajudado para uma imagem muito positiva de Portugal na Europa e no Mundo.
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reportagem Cristina Vieira é professora catedrática na Universidade de Lyon e directora do Laboratório de Biometria e de Biologia Evolutiva. O seu trabalho acaba de ser reconhecido pelo Ministério francês do Ensino Superior, que a nomeou membro do prestigioso Instituto Universitário de França.
Investigadora portuguesa nomeada membro do Instituto Universitário de França A investigadora abriu-nos as portas de sua casa para revelar alguns dos segredos da área do genoma humano. A explicação começa por ser simples e ilustrada por imagens da revista “Science”. “As diferentes formas e cores dos tomates ou as cores dos olhos da mosquinha do vinagre — a drosófila — são explicados pela influência dos chamados elementos de transposição”, comenta. No fundo, trata-se de “uma quantidade de informação que nos não sabemos para que serve”, remata
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com um discurso simples e apurado. “Mas o que também se concluiu é que estes elementos têm a capacidade de se repetir no interior do genoma e o que faço é tentar compreender como são reguladas estas sequências.” A investigação é uma paixão de longa data. O reconhecimento no mundo académico tem um sabor ainda mais especial por ser mulher. “É importante que as mulheres tenham acesso a lugares de responsabilidade e eu estou muito orgulhosa de
ter sido nomeada para o Instituto Universitário de França porque significa que se pode ser mulher, e conciliar família e carreira”. Efectivamente, a contrastar com o espesso manto de neve que se acumula no jardim, o calor humano aquece o lar de Cristina Vieira. Respira-se ternura nos três pisos, enquanto os filhos sobem e descem as escadas para espreitarem a mãe. Um cenário que a investigadora estaria longe de imaginar em 1992, quando veio para França. “Vim com quatro anos
de bolsa para fazer a tese de doutoramento. Não tinha previsto ficar. “, confessa. “Mas fui para os Estados Unidos fazer o pós-doutoramento e voltei para o laboratório de Lyon”. Poucos anos depois, passou a enfrentar os alunos nos anfiteatros e no laboratório da universidade. Hoje é um nome reputado na área.
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António Cunha revela projectos comunitários para 2010 no Reino Unido António Cunha é Conselheiro das comunidades portuguesas no Reino Unido há já 8 anos. Tem como funções a união dos portugueses, fazer com que estes se sintam bem e intregrados na sociedade inglesa e o ensino do português. Há poucos dias, nas instalações do Consulado Geral de Portugal, o Conselheiro António Cunha reuniu com Valerie Shawcross, representante de Lambeth e Southwark na Assembleia de Londres. Uma reunião essencial para o entendimento da Comunidade Portuguesa com as entidades oficiais inglesas. A comunidade quer ter voz activa na Câmara de Londres. Em cima da mesa estiveram assuntos relacionados com o desenvolvimento de projectos de colaboração nas áreas dos transportes públicos, forças policiais e bombeiros. Ainda falta fazer muita coi sa para a reintegração dos portugueses na sociedade inglesa? Temos que pensar na realidade vivemos em Londres e não em Portugal. Vivemos aqui com o coração em Portugal. Devemos pensar e viver mais cá, ou seja, numa situação de se poder investir aqui no Reino Unido, poder acreditar que se vive confortavelmente neste país, raramente e digo isso em conhecimento de causa os portugueses que estão aqui há mais de 10 anos regressam a Portugal definitivamente, porque nascem os filhos, os netos e querem ficar cá junto da família.
No entanto, a comunidade está muito dispersa, não tem uma voz muito activa jun to às identidades locais por exemplo. Sim, tal como o senhor jornalista o disse, ainda falta caminhar muito nesse sentido. Posso dizer que estamos a fazer tudo nesse sentido. Temos reuniões agendadas com as autoridades locais. Sabe a emigração para Inglaterra é mais recente que por exemplo em França. Era muito mais reduzida. Havia uma grande comunidade Madeirense. Entretanto, mais recentemente, o fluxo migratório aumentou, hoje somos perto de 400 mil, segundo números oficiais.
“ (...) A comunidade portuguesa em Londres é recente e tem vindo aos poucos a procurar o seu lugar junto às entidades políticas e sociais locais. Falta mudar muita coisa...”
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E em que tipo de sectores é que trabalham esses portu gueses? Quando cheguei a grande maioria dos portugueses trabalhava na hotelaria, como ainda hoje uma grande parte o faz. Mas há um pouco de tudo, temos grandes empresários, pessoas com maiores qualificações na área das finanças. E ser Conselheiro é um cargo político? O António Cunha tem ambições nesse sentido? Um Conselheiro não é um político. E é errado que se pense assim, é claro que haverá quem se aproveite do cargo para forçar uma entrada na política. Vocês têm o exemplo disso aí em França. Eu não, deixem-me cá estar tranquilo a ajudar os portugueses.
Então qual é o papel de um Conselheiro das Comunida des portuguesas? Ser Conselheiro para mim é estabelecer o contacto e fazer a ponte entre os órgãos oficiais portugueses e a comunidade. Em relação ao que me motivou para avançar. Para ser sincero, um grupo de amigos sugeriu e insistiu para que eu me candidatasse pelo papel de destaque que tinha na comunidade portuguesa. Organizava espectáculos e isso deu-me alguma notoriedade dentro da comunidade. Com o apoio do Mayor de Lambeth vai nascer em breve um centro comunitário. Este é um dos projectos da comunidade portuguesa para 2010. Um passo importante rumo ao futuro. “Ainda hoje vamos ter um briefing com um grupo de
Com o apoio do Mayor de Lambeth vai nascer em breve um centro comunitário. Este é um dos projectos da comunidade portuguesa para 2010. Um passo importante rumo ao futuro.
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portugueses para decidirmos o que irá ser feito. O centro comunitário vai ser feito com o apoio da Câmara de Lambeth. Este sonho só será realizado porque eles disponibilizaram meio milhão de libras para a construção do mesmo.” , disse--nos. E o que vai consistir esse centro? A ideia é o centro comunitário ser uma imagem de todos os portugueses. Tem que ser uma imagem séria, credível, e de união, e não é só de um sector, mas sim de todos os sectores. Nós temos estado a lutar para que ele seja realidade. Queremos dar um grande destaque há educação, ao ensino da língua portuguesa. Nós já temos criadas 8 comissões.
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A comunidade portuguesa em Londres é recente e tem vindo aos poucos a procurar o seu lugar junto às entidades políticas e sociais locais. Falta mudar muita coisa, segundo António Cunha, que tem lutado para que o ConsuladoGeral em Londres funcione em pleno e que os portugueses não estejam longas horas ou dias à espera de renovar um documento. O Conselheiro quer que os portugueses que vivem em Inglaterra tenham os mesmos previlégios que os portugueses que vivem em França. 2010 vai ser para António Cunha o ano da comunidade portuguesa em terras de sua majestade, e promete as celebrações do 10 de Junho diferentes e com mais animação.
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José Monteiro condecorado O embaixador de Portugal em França, Francisco Seixas da Costa, entregou no dia 22 de Janeiro, as insignias da Comenda da Ordem do Infante D. Henrique ao Professor José Monteiro. Insignias que lhe foram atribuídas pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. O professor José Monteiro é Director de Departamento de Marcas do grupo L’Oréal, e Professor associado do Centro de Estudos Internacionais da Faculdade de Direito de Estrasburgo.
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Durante a cerimónia, várias personalidades estiveram presentes, entre elas José Luís Arnaut, antigo ministro adjunto do Primeiro Ministro em 2002, José Manuel Durão Barroso. José Luís Arnaut é o Presidente da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional. De notar que José Luís Arnaut foi aluno do Professor José Monteiro. “Foi com uma certa emoção que vi o meu antigo professor a receber as insígnias. É um momento sempre especial porque nos vem sempre à mente, tudo o que se passou há 20 anos. Acho também que é um momento importante porque é o reconhecimento do valor português fora de Portugal”, acrescentou José Luís Arnaut. Enquanto o Embaixador, Francisco Seixas da Costa lembrou que “é uma condecoração vocacionada para a sociedade
civil, embora também atribuída, por vezes, a membros dos corpos de Estado”. José Monteiro recebeu assim a sua segunda condecoração deveras importante, após a Légion d’Honneur da República Francesa. Ele que nem estava à espera desta distinção. “Fiquei surpreendido. Não pensei que podia receber estas insígnias. Fico muito feliz e admito que estou contente por estar no mesmo patamar que outras personalidades que receberam esta distinção como o Vítor Baía, o José Mourinho ou o Luiz Felipe Scolari”, adiantou José Monteiro. Eis a segunda condecoração atribuída pelo Embaixador, Francisco Seixas da Costa, após aquela de Isabel Meyrelles. A comunidade portuguesa continua em alto nas distinções atribuídas pelo governo português.
Sismo devasta Haiti Doze dias apenas haviam passado desde o início desta nova década. Seguíamos ainda imbuídos do espírito das festas, distribuindo votos de um bom ano, longe de imaginar que uma tragédia tão violenta e de tão grande dimensão viesse alterar a paz desses nossos dias. Quando as imagens começaram a entrar em nossas casas, não era fácil digerir o que os nossos olhos viam. Mais pareciam cenas de um filme de série B, com muitos cataclismos e efeitos especiais. Mas as imagens eram reais, e o sismo de magnitude 7,0 que abalou o Haiti, sobretudo a capital, Port-au-Prince, no dia 12 de Janeiro levou a que mais de 150 mil morressem, e mais de um milhão ficasse desalojado.
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Demo-nos conta de um Pais completamente devastado, bairros inteiros totalmente destruídos, pessoas aos gritos correndo desesperadas pelas ruas em busca de algum familiar que poderia estar debaixo daqueles enormes escombros. Um cenário que a história irá sempre recordar como uma das maiores catástrofes da humanidade, como mais tarde viria o Secretario Geral da ONU, Ban Ki-Moon, a declarar numa visita aquele País. Durante as primeiras horas, o caos esteve instalado em Portau-Prince, prolongando-se o pesadelo nos dias que se seguiram. Uma cidade praticamente intei-
ra tinha desaparecido em alguns instantes. As casas, que poucas horas atrás eram o abrigo de muitas famílias, transformaramse rapidamente em escombros, enormes sepulcros de cadáveres das pessoas que não tiveram a sorte de fugir a tempo, entre as quais se debatiam os poucos
que, numa luta desenfreada, procuravam ainda sobreviver nos seus sarcófagos de betão. Pelas ruas os mortos amontoavam-se, começando a pairar no ar um cheiro adocicado, enjoativo, dos corpos que iniciavam o processo de decomposição. Os sobreviventes corriam de
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um lado para o outro como loucos, sem destino, sem saber para onde ir, a questionarem-se que rumo dariam a partir desse momento às suas vidas. Em segundos perderam tudo o que tinham. O cenário piorava com o cair da noite. Sem sítio para dormirem, os que sobreviveram improvisavam tendas com uns panos e uns paus ao alto, onde procuravam proteger os poucos haveres que conseguiram salvar de toda uma vida. A maioria instalou-se nos parques da cidade, mas, apesar do cansaço e da penumbra, o sono não parecia querer chegar, e era normal ouvirem-se cânticos religiosos e rezas durante a noite para afastar as imagens da tragédia. A religião é uma âncora para o povo haitiano, oferecendo-lhe a esperança de que no dia seguinte um familiar, por milagre, conseguiria sair daqueles entulhos com vida. As imagens das centenas dos corpos estendidos nas beiras das estradas, em toda a cidade, eram aterradoras. As autoridades não tinham capacidade para os retirar, pelo que o cenário se foi agravando até ao terceiro e quarto dias. Não havendo possibilidade de proceder à sua identificação, a solução encontrada foi horrivelmente chocante: na falta de espaço e de tempo para
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fazer uma despedida digna de um ser humano, os corpos eram transportados em camiões do lixo e enterrados em valas comuns. Aos milhares. Muitas famílias nunca vão saber onde encontrar o ente querido perdido nesta desgraça da natureza. Mas, mais importantes que os mortos, havia que cuidar dos vivos e resolver rapidamente um problema que se poderia transformar num delicado assunto de saúde pública, evitando que os corpos putrefactos contaminassem as fontes de água.
Os hospitais improvisados não tinham mãos a medir. Os medicamentos não eram suficientes, os médicos não eram suficientes, as instalações eram deficitárias, e muitas cirurgias eram feitas, muitas vezes sem anestesia e em péssimas condições sanitárias, em locais improvisados no meio
da rua ou nos jardins. As tentativas de retirar os sobreviventes eram feitas com meios muito rudímentares. Simples picaretas, pás, ou simplesmente com as mãos, numa luta contra o tempo, tentavam a todo custo levantar as pedras pesadas de forma a conseguirem salvar mais uma vida.
No meio disto tudo, perguntavase onde estavam os responsáveis do País, já que eram os próprios cidadãos que num esforço gigantesco tentavam arranjar coragem e meios de salvamento entreajudando-se uns aos outros. Umas palavras de alento começavam a ser necessárias no meio desta população sofredora. Começavam a ficar num estado de profunda agonia, a comida não chegava, a água não aparecia e muitos daqueles que tinham sobrevivido ao terramoto acabariam por perecer nos hospitais por falta de cuidados médicos, já que os medicamentos eram escassos e os próprios médicos
não conseguiam responder com tanta rapidez. Os momentos de felicidade de encontrarem alguém com vida transformavamse, muitas vezes, em momentos de decepção e de angústia, em que o esforço de salvamento se revelava, enfim, em vão. E muitos dos que lograram sobreviver verão nos seus membros amputados uma recordação permanente e um atestado de invalidez que, num país como o Haiti, dificilmente lhes permitirá levarem uma vida normal. Apesar disso, mais de 90 pessoas resistiram nos escombros. E mesmo quando já se pensava que as capacidades humanas não per-
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mitiriam resistir tantos dias, continuaram a encontrar pessoas, como um homem que resistiu e sobreviveu graças aos biscoitos e cerveja que ia encontrando no local onde estava soterrado ou ainda uma adolescente que, passados quinze dias, foi resgatada com vida nas ruínas do Colégio São Bernardo em Port-Au-Prince. Estas foram algumas das histórias que nos mostram a capacidade de luta e de sobrevivência do ser humano nas situações mais complicadas e difíceis. Sempre que era encontrado um sobrevivente mais esperança se via nos olhos daqueles que não desistiam e persistiam nas buscas da família perdida, suplicando para que as buscas continuassem. As constantes réplicas sentidas no País, e sobretudo a de magnitude 6 na escala de Ritcher, no dia 18, levavam a que o pânico continuasse a estar presente nas mentes dos haitianos. Os pesadelos constantes, o medo que a terra voltasse a tremer levou a uma constante inquietude, as poucas casas que não ruíram permaneceram vazias, preferindo os seus ocupantes continuar a viver em acampamentos improvisados. A maioria dos haitianos vê o seu País como um local que nada tem para lhes oferecer, a não ser o medo, a fome, a desolação e a falta de condições mínimas para terem uma vida normal. Um País transformado em nada, sem recursos e sem capacidade para enfrentar uma tragédia desta dimensão. Não foi preciso muito tempo para se verem milhares e milhares de haitianos a sair de barco, de carro ou de avião – porque também há pessoas multi-milionárias no País mais
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pobre do Hemisfério Ocidental - à procura de uma nova vida deixando para trás a sua cidade, entregue ao saque. As constantes crises políticas e humanitárias do Haiti levaram a sua população a depender, quase em exclusivo, da cooperação internacional. Mas, no meio da perda de alguém próximo, da fome, sede e falta de higiene, as esperanças que depositavam na ajuda internacional desmoronavam-se à medida que o tempo passava. Chegada ao aeroporto, controlado pelas forças armadas americanas, tornava-se complicado fazer sair a ajuda para as áreas necessitadas. A falta de transportes, a falta de organização e coordenação e as estradas obstruídas por escombros não
permitiam que a ajuda vinda de todos os lados do mundo chegasse rapidamente junto daquelas pessoas necessitadas. A violência nas ruas aumentava conforme iam passando os dias, crescendo o sentimento de que as pessoas já não tinham nada a perder, dispondo-se a tudo para conseguirem qualquer coisa que lhes garantisse o dia de amanhã. As pilhagens foram-se tornando mais frequentes, com os poucos polícias a verem-se impotentes para controlar a situação e os militares das Nações Unidas, assim como os recém chegados norte-americanos, a não pretenderem interferir na situação. O mundo, exigia aos responsáveis uma maior coordenação na ajuda mas só após vários dias de jejum e muito sofrimento, foi possível ver os haitianos a receberem comida e agua, bens sem os quais dificilmente iriam resistir muito mais tempo. Mesmo assim, passado duas semanas ainda havia locais por onde esta ajuda não tinha passado, pessoas que de uma maneira ou outra iam aguentando, sempre na esperança que um dia iria chegar quem os salvasse da fome e da miséria a que estavam condenados. No meio deste cenário apocalíptico, Portugal organizou uma missão conjunta de forças da Protecção Cívil, do Instituto de Emergência Médica, de Medicina Legal e do Corpo Especial de Bombeiros, acompanhados por uma equipa da AMI – Assistência Médica Internacional, que se deslocou para Port-au-Prince para aí instalar um campo para pessoas desalojadas. No terreno encontrava-se já o diplomata Mário Gomes, antigo Cônsul de Portugal em Nogent-sur-Marne e depois Cônsul Adjunto em Paris, que partiu de imediato para o Haiti para verificar a condição dos portugueses aí residentes. Apesar da ajuda se encontrar muito aquém das necessidades, é importante assinalar que a força portuguesa conseguiu instalar o primeiro campo de apoio a desalojados na capital haitiana, antes de qualquer outro país ou organização, albergando mais de 700 pessoas e garantindo o apoio, ao nível do fornecimento de alimentos e água potável, a cerca de 1000 pessoas mais. O campo de tendas conta com depósitos de água para consumo da comunidade, mas também para
utilização sanitária, tendo sido instaladas 35 latrinas e 12 duches de campanha. Das imagens da missão portuguesa, há uma que chama a atenção: o número importante de crianças que se encontram no campo e nos refúgios dos campos limítrofes e que também mereceram o apoio da cooperação portuguesa. Muitas delas estão órfãs, muitas outras perderam o contacto com as suas famílias. O problema que se coloca neste momento é a sua protecção, havendo já um grande esforço por parte da UNICEF em dar uma maior protecção e manter uma segurança mais apertada para que não corram o risco de ser utilizadas para trafico. Isso mesmo mereceu um alerta da UNICEF e do Governo haitiano, que denunciaram a existência de redes de traficantes que se aproveitam do caos reinante nos hospitais para raptar crianças e colocá-las noutros países, onde a adopção, mais do que um acto de caridade, se tem transformado num negócio. Também nesse campo a missão portuguesa se destacou, pois ao identificar uma situação de possível tráfico de crianças, de imediato alertou as forças de segurança das Nações Unidas e a própria UNICEF, evitando que cerca de 60 crianças haitianas fossem camufladamente retiradas do País com destino aos Estados Unidos. No meio da destruição, há que plantar as sementes da esperança. Mário Gomes, que partilhou connosco a sua experiência no Haiti, perguntava, no outro dia a uma menina de 11 anos o que fazia ela para passar o dia: “- Gostas de ir à escola?” – perguntoulhe o Cônsul – ao que ela respondeu com um levantar dos ombros e a explicação de que a sua escola ruíra e não passava já de um monte de escombros – “ – Então agora deves passar os dias a brincar?” replicou o diplomata procurando animar a criança. A resposta, essa, deixou-o profundamente emocionado, pois a menina respondeu-lhe que já não brincava, desde que ambos os seus pais morreram soterrados no terramoto de dia 12. Uma resposta curta, fria, angustiante. Mas não podemos ceder às adversidades, pelo que o diplomata lhe transmitiu palavras de encorajamento, de carinho, de esperança num futuro melhor. No final, e já com um sorriso contido no rosto, Darleene despediu-se com uma promessa sentida – “- Um dia serei eu a Presidente do Haiti!”
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Quim Barreiros esteve na Costa do Sol Para os 20 anos da discoteca Costa do Sol, no departamento do 94, em VilleneuveSaint-Georges, esteve presente o Rei da música popular portuguesa, o Quim Barreiros. Cada concerto traz muitas pessoas, tanto pequenos como graúdos. Durante o espectáculo, todos os jovens presentes na sala de concertos, cantaram todas as músicas com o Quim Barreiros, do “mestre da culinária”, passando pela “garagem da vizinha”, até aos “ peitos da cabritinha”. A discoteca estava cheia e quase não se podia mexer, e enquanto o Quim Barreiros esteve no palco, a sala de concertos era sobretudo uma sala para ouvir música e não para dançar visto o número de pessoas que estavam presentes. Quanto ao Quim Barreiros, sente-se sempre amado pelos emigrantes. “Estar em Paris e em França é como estar em casa. É um dos lugares em que gosto de actuar. Há sempre muita gente que vem ao meu espectáculo, e é incrível o que se passa entre mim e eles, porque hoje são capazes de estarem na Costa do Sol para me aplaudir, e estarem no dia seguinte, noutra cidade, para me aplaudirem novamente. Acho isso incrível e quero agradecer-lhes. Quanto a mim, sou sempre o mesmo e espero
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continuar a agradar às pessoas. Quero continuar a actuar em todos os palcos até não poder mais. Quando não puder, paro, porque não quero arrastar-me nos palcos”, admitiu Quim Barreiros. Por outro lado, o cantor relembrou-nos que o seu próximo disco está quase a sair. “Deverá sair em Abril. E não vai ter mais de 10 músicas porque eu não quero ser chato
Manuel Faria e Quim Barreiros
Quim Barreiros e José Silva
(risos). Antes eu punha mais, mas agora não. Dez chegam”, acrescentou o artista. Para todos os amantes do Quim Barreiros, poderão vê-lo em breve em outros palcos, visto que o artista tem uma presença assídua em França, sobretudo nos vários bailes de Verão, o próximo vai ser já no dia 6 de Março em Goussainville.
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imobiliário
• Apesar de as taxas de juros estarem relativamente baixas, o desemprego retêm a retoma da compra de habitação..
Boas notícias para aqueles que pretendem adquirir habitação, as taxas de crédito ficaram nos últimos meses em níveis relativamente baixos. No quarto trimestre, a taxa média dos empréstimos foi estabelecida em 3,79% em média (excluindo os seguros), de acordo com o último estudo do Observatório. Essa tendência continuou durante as três primeiras semanas de Janeiro (3,78%). As taxas têmse mantido estáveis desde há cinco meses e devem permanecer nestes níveis por um bom tempo. Num ano, as taxas de crédito habitação, que, no auge da crise financeira em Novembro de 2008 superou 5%, caiu 1,36%, em média! Um declínio importante mas que não tem sido suficiente para recuperar totalmente o mercado imobiliário: a produção de crédito à habitação caiu 20% em 2009. O empréstimo de longo prazo foi reduzido de 212 meses, em média, cinco meses mais curtos do que em 2008. Após iniciar o ano 2009 com uma certa acalmia, a contínua
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b a i xa das t a x a s de empréstimos e as medidas de apoio ao sector imobiliário, tais como a duplicação da taxa de zero para uma aquisição num programa imobiliário novo, permitiram a que muitos compradores realizar os seus projectos. Isso é
particularmente verdadeiro para as famílias mais jovens e com os rendimentos mais modestos. O mercado imobiliário tem sido activo, principalmente pelas famílias que realizam a sua primeira compra, uma clientela bastante jovem. Segundo um estudo, 53% dos compradores das casas novas no ano passado têm menos de 35 anos , contra apenas 43% em 2000. Outro ponto importante sao as compras concretizadas pelas familias com rendimento inferior a três salários mínimos (44% em 2009), estes números foram possiveis graças às várias medidas tomadas pelo governo. (prêt taux zero, crédit d’impôt des intêrets...) A recuperação da saúde imobiliária, que começou no ano passado, vai continuar timida em 2010, isto porque “será condicionada pelo desemprego”, dizem os estudos recentes. Os compradores de casa mais modestos, a maior fatia do mercado actual, são certamente os mais sensíveis ao aumento do desemprego, que deve continuar pelo menos até o primeiro semestre.
Crianças cantaram as janeiras na Embaixada Um grupo de alunos da escola primária da secção internacional portuguesa de Chaville (do departamento 92, Hautsde-Seine) visitou no dia 27 de Janeiro a Embaixada de Portugal em Paris, onde as crianças cantaram as janeiras e pude-
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ram ver um pequeno filme sobre Portugal, além de uma peça de teatro, quase improvisada, feita pelos professores das crianças. As crianças estavam felizes por estarem com a Embaixatriz, Virgínia Seixas da Costa, que se improvisou profes-
sora para contar às crianças as origens da Embaixada e o que representa uma Embaixada, além de apresentar os nomes de destaque em Portugal, como o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e o Primeiro Ministro, José Sócrates. Durante a
actuação, as crianças cantaram as janeiras, e eram acompanhados por uma criança, o Henrique, que toca concertina, ele que ainda está na primária. A visita terminou com um almoço na sala de jantar da Embaixada, o que impressionou os alunos. Ficou o convite da parte da coordenação do ensino do português em França em levar outras turmas à Embaixada para cada um ver o que possui Portugal e para ver que é um lugar que “é deles” como disse a Embaixatriz, Virgínia Seixas da Costa.
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notícias
Carnaval no ILHA DOCE
BILATERAL Magazine da CCIFP A Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa lançou a Bilateral, uma revista de periocidade trimestral.
As noites temáticas no Ilha Doce proporcionam momentos de alegria e descontracção aliadas a uma refeição de excelência. A última a que assistimos tinha como tema o Carnaval onde nem as bailarinas brasileiras faltaram com os exuberantes trajes.
Desejamos ao seu editor e ao diector o maior sucesso.
Verdadeiro ambiente tropical, com música, dança, feijoada à brasileira e claro a tradicional caipirinha transportaram-nos ao Brasil.
Eleições na Academia do Bacalhau de Paris Dia 14 de Janeiro houve a eleição da nova equipa para a Academia do Bacalhau. Como havia uma só lista, os elementos da Academia depois de terem aprovado por unanimidade as contas da equipa que terminava o seu mandato, procederam ao voto para a eleição da nova equipa a qual foi eleita por todos. Esta nova equipa presidida por David Monteiro vai contar com um número mais elevado de colaboradores que a precedente lista. O David expôs o seu programa ambicioso, sobretudo porque este ano temos o congresso mundial. Para todas estas linhas de condições expostas pelo David terão que tomar contacto com ele para os informar pois só ele tem os apontamentos. Alfredo de Lima
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passatempos
CHARADAS Laranja Um homem foi a uma laranjeira que tinha laranjas, mas não comeu laranjas. Quando regressou não trouxe laranjas, e a laranjeira ficou sem laranjas. Quantas laranjas tinha a laranjeira inicialmente? Maçã Estão 10 maçãs numa árvore. Passaram 10 homens e Cada Um levou uma. Ficaram 9 maçãs na árvore. Como é isto possivel? Sequência numérica 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, … Qual é o número que se segue? Respostas na página 52
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( Provérbio Árabe)
Sudoku nivel 1
8 9 4 3 6 7 2 5 1 7 1 3 8 2 5 9 6 4
Sudoku nivel 2
6 9 8 2 4 3 7 1 5 2 3 5 1 6 7 9 8 4 5 1 3 4 7 9 2 6 8
6 2 7 4 5 3 1 9 8
9 4 7 8 2 6 5 3 1
3 5 8 7 1 9 4 2 6
8 2 6 5 3 1 4 9 7
1 4 9 6 8 2 3 7 5
3 5 2 6 1 4 8 7 9
9 8 6 1 7 4 5 3 2
1 8 4 7 9 2 3 5 6
2 3 1 5 9 8 6 4 7
7 6 9 3 8 5 1 4 2
4 7 5 2 3 6 8 1 9
7 6 5 8 3 4 9 1 2 3 9 1 2 5 6 4 8 7 4 8 2 1 9 7 3 6 5 2 3 6 9 8 1 7 5 4 1 7 8 4 2 5 6 9 3 9 5 4 6 7 3 8 2 1 6 4 7 5 1 8 2 3 9 8 1 9 3 4 2 5 7 6 5 2 3 7 6 9 1 4 8
7 1 5 6 8 2 3 9 4 8 6 9 3 4 5 2 7 1 4 2 3 9 1 7 8 5 6 2 8 7 1 5 9 4 6 3 5 3 4 2 7 6 1 8 9 1 9 6 8 3 4 7 2 5 6 5 1 4 2 8 9 3 7 9 4 2 7 6 3 5 1 8 3 7 8 5 9 1 6 4 2
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Sudoku nivel 3
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Sudoku nivel 4
Um polícia vai a perseguir um senhor que conduzia muito bêbado. Quando finalmente o consegue fazer encostar à berma, pergunta: - Então o senhor não viu as setas? O homem que estava tão bêbado responde: - Setas, ...que setas?! Eu nem sequer vi os índios!
4 7 1 9 5 8 6 2 3
Resposta do pastor: - Ó patrão: e tivemos muita sorte!! porque se o comboio viesse atravessado matava-as todas.
3 9 2 4 3 5 1 4 3 9 4 7 5 7 8 7 1 3 2 7 6 9 4 2 7 6 9
Respostas Charadas Laranja: 3 laranjas (o truque está no plural, visto que o homem comeu 1 laranja, trouxe uma laranja, deixou lá 1 laranja) Maçã: “Cada Um” era o nome do senhor que levou a maçã. Sequência numérica: 200, sequência de número começados pela letra “D”
No Alentejo andava um rebanho junto à linha férrea. Aparece um comboio e mata quatro ovelhas. O patrão manda chamar o pastor e pergunta-lhe como tinha sido.
Sudoku nivel 3:
Para rir....
5 7 9 1 1 9 4 6 7 5 2 3 9 4 7 2 7 4 5 3 2 8 5 4 8 7 3 5 9 2 6 8 7 5 3 9
muitas vezes diz o que não convém faz o que não deve julga o que não vê gasta o que não pode”
7 5 2 8 7 3 2 1 7 2 1 4 7 2 1 5 4 6 5 6 9 9 2 1 4 8 3
5 6 2 9 4 1 7 8 3
porque quem diz tudo quanto sabe quem faz tudo quanto pode quem crê em tudo quanto ouve quem gasta tudo quanto tem
Sudoku nivel 1:
“Não diga tudo quanto sabes não faças tudo quanto podes não creias em tudo quanto ouves não gastes tudo quanto tens
7 5 3 8 2 5 8 4 6 7 5 2 4 6 2 7 3 8 9 6 6 5 1 9 1 3 5 4 8 3 2 5 6 9 4 3
Sudoku nivel 2:
Provérbio popular
Sudoku nivel 4:
passatempos
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horóscopo
Frase do mês
“A felicidade em pessoas inteligentes, é das coisas mais raras que conheço”
Fevereiro 2010
– Ernest Hemingway
CARNEIRO (21/3 a 20/4)
CARANGUEJO (21/6 a 20/7)
BALANÇA (23/9 a 22/10)
CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/1)
Mês em que o trabalho irá requisitar atenção aos detalhes, especialmente com coisas que não vinha observando. Alguns sacrifícios e um pouco mais de tolerância nas relações será necessária visando melhores condições para se sentir bem no trabalho e mesmo para atingir objetivos. HORÓSCOPO DO AMOR Retomar alguns hábitos especiais e simples fará diferença na convivência com o cônjuge. Contenha o excesso de críticas na relação.
O interesse por assuntos que envolvam estudos serão mais frequentes e com oportunidade de se interar mais com atividades culturais que goste. Valorize mais a leitura e tudo o que for benéfico para preencher sua mente de maneira saudável na rotina e amenizar o stress. HORÓSCOPO DO AMOR Conversas especiais serão mais frequentes no convívio com a pessoa amada. O diálogo será útil para evitar mal entendidos.
Mesmo com o prazer que tem em momentos ao lado das pessoas que gosta e de situações sociais, há uma tendência maior para a reclusão e para ficar um pouco mais quieto(a), recarregando suas energias de acontecimentos recentes e renovando-as para outros futuros. -HORÓSCOPO DO AMOR Atente-se para não se exceder em sacrifícios com a vida amorosa e que estes impeçam de aproveitar coisas sozinho(a) ou com amigos.
O envolvimento com burocracias materiais tende a ser mais propenso(a) para esclarecer alguma situação ou pendência. Período apropriado para quem lida com publicações ou atividades que envolvam o estrangeiro. Contatos e amizades à distância tendem a ser mais frequentes. HORÓSCOPO DO AMOR É essencial que demonstre mais fé e positivismo na relação, tanto se estiver em alguma conquista amorosa ou já for comprometido(a).
TOURO (21/4 a 20/5)
LEÃO (21/7 a 22/8)
ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)
AQUÁRIO (21/1 a 19/2)
O interesse por novas prioridades materiais tende a ser mais intenso, com oportunidades para definir objetivos direcionados a algum bem de consumo. Período de organizar despesas em sua rotina para não se repetir imprevistos que causaram prejuízos no passado. HORÓSCOPO DO AMOR Diante de alguma nova conquista ou paquera que estiver, será importante conversar sobre valores e interesses em comum.
O envolvimento com amigos será positivo para seu mês, especialmente para evitar se esconder de algumas situações sociais. Mês em que propostas ou negócios em parceria, relacionadas ao sector profissional, deverão tomar atenção especial. HORÓSCOPO DO AMOR Conversas sobre costumes individuais serão mais propensas na relação conjugal. É a chance de compreender mais as posturas um do outro.
Momento pouco indicado para grandes investimentos ou para lidar com sociedades. Procure ser mais observador e desconfiado com questões ligadas a finanças. Nas relações pessoais, confidências são mais propensas de serem compartilhadas. -HORÓSCOPO DO AMOR A sexualidade tende a ser vivenciada de maneira mais intensa. Cuide para não causar intimidação com demonstrações de afecto.
VIRGEM ( 23/8 a 22/9 )
SAGITÁRIO (22/11 a 21/12 )
PEIXES (20/2 a 20/3)
Cuide para que certas empolgações e seu envolvimento emocional com assuntos do trabalho não provoquem impulsos e mesmo faça se expressar de forma radical diante de certas convivências. A troca de conhecimento com algumas pessoas ajudará em ponderações e iniciativas. HORÓSCOPO DO AMOR Com a Lua em aspecto tenso com seu regente Júpiter, há tendências para ser mais exagerado(a) em demonstrações de afecto.
Com a Lua em seus signo oposto Virgem, a paciência com diferenças pessoais diante de pessoas que mais convive será essencial para evitar atritos por causa de pequenas questões. Também é uma época benéfica para entender melhor as atitudes de certas pessoas. HORÓSCOPO DO AMOR Planos importantes deverão ser vivenciados de maneira especial e mesmo serem concretizados junto ao cônjuge. Evite a ansiedade com tais.
Período em que divulgações serão favorecidas seja de algo que queira vender ou mesmo de algo relacionado à sua atividade profissional. O retorno de divulgações que tenha feito também é propenso. Procure ser mais atento(a) com excessos em despesas de lazer. HORÓSCOPO DO AMOR Demonstrações amorosas farão bem diante de alguma nova conquista que estiver ou paqueras. Os comprometidos devem valorizar o romantismo. GÊMEOS (21/5 a 20/6)
Momento importante para direcionar sua habilidade de dialogar com assuntos voltados aos familiares e desafios que envolvam o lar. Cuide para não se exceder com as palavras e mesmo com a ansiedade em tais convivências. Poderá intermediar relações. HORÓSCOPO DO AMOR Vivências domésticas e antigos hábitos serão retomados ao lado da pessoa amada. Evite implicâncias com assuntos já resolvidos a dois.
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Ainda pela manhã a Lua entra em seu signo, o que deve torná-lo(a) mais aplicado com assuntos profissionais. A atenção será para não criar paranóias ou se exceder, evitando o stress e direcionando energias para algumas horas onde a equilibre com um pouco de diversão. HORÓSCOPO DO AMOR Seja mais atento aos assuntos da pessoa amada e ao que ela possa precisar. Seu senso de observação surpreenderá o cônjuge.
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