ANO VI - EDIÇÃO No 358 FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Terça-feira, 7 de outubro de 2014
ETIQUETAGEM VEICULAR
Seu carro é mesmo Econômico? FOTO: DIVULGAÇÃO
As montadoras já aderiram ao selo verde, e você? É bom pensar nisso. Cada vez mais, a eficiência energética está sendo levada em consideração na hora de comprar um veículo. Págs. 6 e 7
COP 10 Conferência decide destino da biodiversidade Cimeira da ONU reúne, na Coreia, representantes de 180 países, para buscar um acordo sobre a conservação da diversidade Pág. 3 biológica do planeta.
DIA DO MAR
Preservação da nossa orla deve ser ressaltada
A c a p i t a l c e a re n s e t e m o privilégio de ser banhada por uma longa e bela costa marinha. Mais infelizmente, nem tudo é motivo de comemoração no nosso litoral. Págs. 9 e 10
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VERDE
Coluna Verde TARCILIA REGO
tarcilia_rego@terra.com.br
12 DE OUTUBRO: DIA DO MAR
O Dia Mundial dos Oceanos (12/10), segundo a ONU, é uma oportunidade para elevar a consciência global sobre os desafios atuais enfrentados pela comunidade internacional em conexão com os mares. Pegando carona na ONU, é um dia para também, refletirmos a questão no âmbito local. Afinal, nossa maior riqueza é esta costa marinha, maravilhosa que ganhamos da natureza e ao que parece, não estamos cuidando muito bem dela. MAR ARAL Com uma área de 68 mil km², o Mar Aral, localizado na Ásia Central, no meio do deserto de Kyzylkum, está prestes a secar por completo, conforme imagens divulgadas pela Nasa, no último dia 30 de setembro. O Aral já foi o quarto maior lago de água salgada do mundo, mas começou a secar rapidamente a partir da década de 1990. DIA MUNDIAL DAS CIDADES - 2014 No último dia deste mês (31), será comemorado o Dia Mundial das Cidades 2014. Com o tema “Liderando Transformações Urbanas”, a proposta é para chamar atenção à importância da urbanização e da cooperação internacional no desenvolvimento global. A principal celebração será realizada em Shangai, na China, e será acompanhada por outros eventos ao redor do mundo. BNDS Na palestra de encerramento da Conferência Ethos, maior evento sobre responsabilidade social do Brasil, acontecido em São Paulo, de 25 e 26 de setembro, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, defendeu para o Brasil “maior eficiência no uso da energia e mais tecnologia em negócios como agricultura e pecuária, setores intensivos em emissões de gases do efeito estufa” e declarou que o banco é compromissado com o avanço de uma agenda sustentável. Não é o que parece, a instituição é doutora em emprestar recursos para empreendimentos extremamente poluidores, impactantes e insustentáveis. Exemplo? O grupo EBX do empresário Eike Batista. QUEM DIRIA A crise hídrica que atinge o estado de São Paulo chegou ao tradicional e rico bairro dos Jardins em São Paulo. Con-
Verde
domínios, bares e restaurantes da região da zona sul de São Paulo, têm registrado corte no abastecimento de água durante toda a madrugada. Em ruas como a Haddock Lobo e a Alameda Tietê, zeladores e comerciantes relataram que a interrupção ocorre entre 22 e 6 horas. Segundo a Rede Nossa São Paulo, o problema só não é percebido pelos moradores, porque todos os imóveis têm reservatório próprio. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que tem praticado a redução na pressão da água na rede durante a noite como parte de um programa de sua gestão operacional, nega corte de água. DIÁRIO DA DILMA Obra recria agenda da presidente Dilma Rousseff. O fictício e hilário livro, O Diário da Dilma, que começou como uma seção da revista Piauí, será lançado hoje (7/10) no Rio e dia 15 em São Paulo. Todos os meses, a publicação trazia uma página de sátira sobre a rotina da chefe do Executivo. A ideia de fazer um livro partiu do então editor da revista, Mario Sergio Conti, mas coube ao jornalista Renato Terra dar forma à seção e assumir a função de “ghost writer” da presidente. DILMA ou AÉCIO? Que vença o melhor. Aliás, vença quem merece. E isso, só Deus sabe! Reflexão: “Os políticos nacionais não querem saber de proteger a natureza. Eles querem usar o subsolo”. Índio yanomami, Davi, apelidado de “Dalai Lama da Floresta Tropical”. Ele foi a chave principal para o reconhecimento oficial da área yanomami na Amazônia, território duas vezes maior que a Suíça.
AGENDA VERDE DE 7 A 09 DE OUTUBRO 20ª EDIÇÃO DO INTERGEO
• Considerado o maior evento do mundo sobre geoinformação, geodésia e gestão territorial, começa hoje, em Berlim, na Alemanha, a 20ª edição da Conferência Intergeo 2014. O encontro que termina dia 9 dedica o primeiro dia de atividades aos desafios do século 21.
08 DE OUTUBRO DIA MUNDIAL DA PREVENÇÃO DE CATÁSTROFES NATURAIS
• Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o dia é sempre lembrado na segunda quarta-feira de outubro; este ano acontece amanhã (8/10). O objetivo é sensibilizar a sociedade global para a necessidade de desenvolver ações concretas que contribuam para reduzir as vulnerabilidades e para aumentar a nossa capacidade de respostas, face à ocorrência de catástrofes.
12 DE OUTUBRO DIA DAS CRIANÇAS
• O Dia da Criança foi oficializado no Brasil através do Decreto nº 4.867 de 5/11/1924, assinado pelo presidente Arthur Bernardes, a ideia foi do então deputado federal Galdino do Valle Filho. A maioria dos países faz a comemoração em 20 de novembro, data marcada pela aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças.
12 DE OUTUBRO DIA DO AGRÔNOMO
• O Decreto nº 23.196 de 12/12/1933 regula o exercício da profissão agronômica. É um campo de atuação vasto, abrangendo fitotecnia, zootecnia, solos, engenharia rural e meio ambiente. Para atuar no Brasil, o profissional deve ter registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
12 DE OUTUBRO DIA DO MAR
• Os oceanos são fundamentais para o equilíbrio de todos os ecossistemas naturais e econômicos do mundo. Além de regulador essencial do clima terrestre é uma das maiores reservas de fontes energéticas do planeta, é um estratégico canal de transporte, essencial para o desenvolvimento do comércio mundial. Muitos países passaram a celebrar o Dia Mundial dos Oceanos após a Eco 92, realizada no Rio de Janeiro em 1992.
O “Verde” é uma iniciativa para fomentar o desenvolvimento sustentável do Instituto Venelouis Xavier Pereira com o apoio do jornal O Estado. EDITORA: Tarcília Rego. CONTEÚDO: Equipe “Verde”. DIAGRAMAÇÃO E DESIGN: Rafael F. Gomes. MARKETING: Pedro Paulo Rego. JORNALISTA: Jessica Fortes. TELEFONE: 3033.7500 / 8844.6873
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VERDE
COPP 10
Conferência das Partes decide destino e uso sustentável da biodiversidade de cada meta, os diferentes elementos.”
POR TARCILIA REGO tarciliarego@oestadoce.com.br
C
omeçou ontem (6), em Pyeongchang, na Coréia do Sul, um dos mais importantes fóruns de discussão internacional relacionado ao meio ambiente. A 12ª Conferência das Partes sobre Convenção da Diversidade Biológica – COP12, com encerramento previsto para o dia 17 de outubro. A grande cimeira verde da Organização das Nações Unidas (ONU) reúne representantes de aproximadamente 180 países, entre representantes de governos, empresas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais, com o objetivo de acordar instrumentos normativos para a conservação da diversidade biológica e o uso sustentável da biodiversidade. “As COPs são os mais importantes eventos regulares da atualidade, em escala mundial na temática de conservação da biodiversidade e uso sustentável de seus componentes, que discute e negocia sobre novas normativas globais relacionadas à conservação e uso da biodiversidade e divisão dos benefícios associados, aspectos fortemente relacionados ao desenvolvimento socioeconômico sustentável.” É o órgão supremo da Convenção. A ratificação do Protocolo de Nagoya está no centro das discussões da COP 12 bem como o enfrentamento de dois grandes desafios globais: aumentar a consciência do mundo sobre o papel essencial
da biodiversidade e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável e enfatizar o tema nos debates da Agenda Pós-2015 e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O Protocolo de Nagoya entra legalmente em vigor no dia 12 de outubro, após uma carência de 90 dias, como é praxe em várias legislações internacionais. PROTOCOLO DE NAGOYA Depois de oito anos de discussões, o Protocolo de Nagoya sobre o Acesso a Recursos Genéticos e Repartição Justa e Equitativa de Benefícios Derivados de sua Utilização (ABS, na sigla em inglês), foi assinado na 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica ou COP 10, em Nagoya, no Japão, em 2010, por 92 países-membros da ONU, incluindo o Brasil. O documento estabelece bases internacionais para o acesso e a repartição dos benefícios provenientes do uso da biodiver-
sidade, bem como dos conhecimentos tradicionais a ela associados e adota um Plano Estratégico composto de 20 objetivos (Metas de Aichi) para deter o ritmo alarmante de perda da biodiversidade terrestre e marinha. O biólogo brasileiro, Bráulio Ferreira de Souza Dias, secretário executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), disse ontem, em entrevista ao portal “Planeta sustentável” (http:// planetasustentavel.abril.com.br/), que o encontro na Coreia é o primeiro grande esforço de avaliação das 20 Metas de Aichi e que será lançado um relatório – chamado GBO4 (Global Biodiversity Outlook 4) – em inglês, espanhol e francês. “Estou conversando com colegas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), interessados em iniciar uma tradução para o português, também. Esse relatório é o que a gente tem de melhor, hoje, para retratar o avanço (ou falta de avanço) em cada uma das 20 metas e, dentro
METAS DE AICHI O nome é uma referência à Prefeitura da cidade de Nagoya, no Japão, onde as 20 metas da COP 10 foram acordadas em 2010. Nenhuma meta foi alcançada até agora, segundo o secretário executivo Bráulio Ferreira. Dentre as metas destacam-se a de número 16 que afirma que até 2015, o Protocolo de Nagoya estará em vigor e operacional, consistente com as legislações nacionais e a meta 17, que afirma: “até 2015, cada país signatário terá desenvolvido e adotado seu plano estratégico e de ação para a biodiversidade, de modo participativo”. O Brasil aprovou ano passado, as novas metas nacionais de biodiversidade, seguindo em grande parte as Metas de Aichi. CONVENÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado da ONU e um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente. Foi estabelecida durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) ou ECO 92, realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 e hoje, é o principal fórum mundial para questões relacionadas ao tema. Mais de 160 países já assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993.
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VERDE DIVULGAÇÃO
SEMIÁRIDO NORDESTINO
Está aberto o edital do Programa Semear de apoio a gestão do conhecimento
A
s inscrições para a segunda chamada do Edital de Apoio a Propostas de Gestão do Conhecimento em Zonas Semiáridas do Nordeste do Brasil estão abertas. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 1º de dezembro. Promovido pelo Programa Semear, o edital visa facilitar o acesso da população rural a um conjunto de conhecimentos e inovações que contribuam para melhorar suas condições de vida, coexistir com as condições semi-
áridas e tirar maior proveito das possibilidades de desenvolvimento do Semiárido nordestino brasileiro. O edital e os documentos complementares para inscrição devem ser acessados no Portal Semear, seção Oportunidades: www. portalsemear.org.br. Serão apoiadas propostas com valor até R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) que se enquadrem nas categorias Estudos Temáticos, Sistematizações de Experiências, Inovações e Boas Práticas e Visitas de In-
ÁREAS TEMÁTICAS DO EDITAL
• Inovações produtivas e tecnológicas: identificação e promoção de inovações produtivas e/ou tecnológicas apropriadas para a convivência com o Semiárido, respeitando a cultura e as características bioclimáticas da região. • Recursos naturais e adaptação às mudanças climáticas: experiências de manejo de recursos naturais, energias
alternativas, de recuperação de áreas degradadas e outras formas de adaptação às mudanças climáticas. • Negócios rurais: identificação e disseminação de experiências exitosas de negócios rurais, agrícolas e não agrícolas, que contribuam para a melhoria das condições socioeconômicas da população rural do Semiárido Nordestino.
tercâmbio, que contemplem, pelo menos, uma das seguintes áreas temáticas: Inovações produtivas e tecnológicas, Recursos naturais e adaptação às mudanças climáticas e, por fim, Negócios Rurais. Apenas na categoria Estudos Temáticos, poderão participar também pessoas físicas, como pesquisadores, professores, técnicos, especialistas, agricultores, dentre outros. Questionada sobre o porquê da iniciativa, a coordenadora do Programa Semear, Ângela Brasileiro, explica: “visamos contribuir para preencher a lacuna existente no apoio às organizações com atuação no Semiárido nordestino para implementação de propostas de gestão do conhecimento que possam contribuir para o desenvolvimento rural e aumentar a visibilidade de organizações com potencial para implementar ações que agreguem novos saberes, novas práticas e inovações no Semiárido.” As propostas selecionadas nesta chamada serão executadas a partir de março de 2015 e deverão ser implementadas em até
seis meses nos municípios que compõem as zonas semiáridas dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, conforme indicado em anexo do Edital. SERVIÇO: Para dúvidas, informações e esclarecimentos, o interessado deve fazer contato por meio do telefone (71) 2104-5492, de segunda à quinta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h, e às sextas-feiras, das 9h às 13h, ou do e-mail editais.semear@iica.int. Neste caso, o campo assunto deverá ser preenchido com a indicação a seguir: Edital 01/2014 – Esclarecimentos. O Edital de Apoio a Propostas de Gestão do Conhecimento em Zonas Semiáridas do Nordeste do Brasil é promovido pelo Programa Semear, iniciativa implementada em parceria pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) com apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional (Aecid).
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VERDE FOTO: NAYANA MELO
É FOGO
Detectado incêndio no Parque Rio Branco
Este é o quinto incêndio ocorrido em pouco mais de um ano. Representante do Movimento Proparque denuncia o abandono do Parque pelo poder público
U
m incêndio de proporções médias afetou a parte Central do Parque Ecológico Rio Branco, localizado no bairro Joaquim Távora, na noite de sábado (4). Membros do Movimento Proparque denunciam a ação, que aconteceu pela quinta vez, de agosto de 2013, até agora. A Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) informou que só tomou conhecimento do fato, ontem (6), de forma informal, pois não foram registradas denúncias. Segundo o representante do Movi-
mento Proparque, Ademir Costa, o fogo começou por volta das 23h30 de sábado (4), e afetou a parte central do Parque, que abriga várias espécies de plantas nativas. Ele acredita que o incêndio tenha sido provocado por alguma ponta de cigarro jogada no local, que estava repleto de folhas e gravetos secos, amontoados. “Alguém pode ter colocado fogo, com o intuito de limpar, mas isso não poderia ter acontecido, pois o fogo acabou matando as plantas nativas que viviam no local. Outra coisa que pode ter ocasionado o
incêndio, é ponta de cigarro, pois muita gente vai ao parque fumar, durante a noite. Como as folhas estavam secas, tornaram- se combustíveis”, especula. Ademir também denuncia o abandono do parque pelo poder público. De acordo com ele, falta segurança no local, que fica aberto durante a noite. “É a quinta vez que o Parque é incendiado e sempre tem as mesmas características criminosas, mesmo assim, a Prefeitura e a Seuma, não dão a devida atenção para este espaço. O parque não fecha e isso propicia ações crimi-
nosas, como incêndios, desmatamentos, entre outras coisas”.
SERVIÇOS
A Seuma informa que a Lei 9.605/98, de Crimes Ambientais, prevê, em seu artigo 41, pena de 2 a 4 anos e multa para os envolvidos em crimes ambientais. As denúncias devem ser feitas pelo número (85) 3452.6923 ou site www.fortaleza. ce.gov.br/seuma.
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VERDE
ETIQUETAGEM VEICULAR
Seu automóvel é realmente econômico?
POR JESSICA FORTES jessicafortes@oestadoce.com.br
S
aiba como analisar este quesito na hora de comprar o seu carro. Entre outras coisas mostra se o veículo tem eficiência energética e contribui para um ambiente mais limpo.
Na hora de escolher um veículo é necessária uma análise que leva em consideração várias características. O preço certamente é uma das mais importantes. Além dele, a marca, o modelo, o espaço interno, a tecnologia agregada e a cor, também, são levadas em consideração e podem fazer você optar por um ou outro modelo. No entanto, nem todas as informações importantes dos veículos são facilmente identificáveis pelos consumidores. Dois bons exemplos são a eficiência energética e o consumo de combustível. Informações como estas, estão cada vez mais sendo levadas em consideração, na hora da compra, porque vão afetar seu bolso durante o tempo em que você usar o automóvel. E a diferença pode ser grande. Por isso, o Inmetro, em parceria com
o Programa Nacional de Racionalização do uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet), criou um programa de etiquetagem para veículos: O Programa Brasileiro de Eti-
quetagem Veicular (PBEV). ETIQUETA INFORMATIVA No PBE Veicular, a principal ferramenta de informação dos consumido-
res é a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia. Semelhante ao que já ocorre para refrigeradores, aparelhos de ar-condicionado, fogões e fornos a gás, televisores, lâmpadas e
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VERDE outros produtos, os veículos recebem a etiqueta com faixas coloridas de “A” (mais eficiente) até “E” (menos eficiente). Ela classifica os modelos quanto à eficiência energética na categoria e mostra outras informações, como a emissão de CO2, que é um dos gases responsáveis pelo efeito estufa e a autonomia em km por litro de combustível na cidade e na estrada. “Além das emissões de CO2 (gás de efeito estufa) de origem fóssil não renovável, estão disponíveis na tabela do PBEV os dados de emissão de gases poluentes (hidrocarbonetos, monóxido de carbono e óxido de nitrogênio) do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Procon-
ve) do Ibama, e as estrelas que classificam estas emissões, contemplando com até três estrelas os modelos que emitem menos e uma estrela para os que emitem mais. Agora, o consumidor poderá escolher o carro mais eficiente e o menos poluente ou mais limpo”, explica Alfredo Lobo, diretor de Avaliação da Conformidade. AVALIAÇÃO Lobo comenta que este ano, trinta e seis fabricantes participaram da 6ª edição do PBEV 2014, coordenado pelo Inmetro e de adesão voluntária. Ao total, são 574 modelos/versões que poderão exibir a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, a ENCE, afixada em seus vidros, 10% a mais do último ciclo. “Mais modelos aderiram ao Programa, e muitos deles com tecnologias novas embarcadas, como injeção direta e até o start stop, sistema que desliga o motor de forma
instantânea quando o carro encontra-se sem movimento. Houve uma melhora de 3% na média dos consumos dos veículos ‘A’ subcompactos em relação ao ciclo 2013. Hoje, 70% dos veículos declarados (ou participantes do PBEV) devem ter a etiqueta nos vidros. Até 2017, 100% dos veículos declarados terão a etiqueta afixada”, acrescenta o diretor. Os veículos são avaliados por categorias, são elas: subcompactos, compactos, médios, grandes, extra grandes, carga derivado, comercial, utilitário esportivo compacto, utilitário esportivo grande, fora-de-estrada, minivan e esportivos. Os automóveis mais eficientes, que obtiverem as melhores classificações no PBEV, tanto na comparação relativa dentro de suas categorias, quanto na comparação absoluta geral com todos os demais modelos participantes, serão contemplados adicionalmente com o Selo CONPET de Eficiência Energética concedido pela Petrobras. POPULARES:MAIS “SELOS VERDES” Um dos modelos mais vendidos no Brasil, o Volkswagen Gol, é também o veículo com mais “selos verdes” no Programa de Etiquetagem Veicular
do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). No ranking atualizado em setembro último, 11 configurações do Gol receberam a classificação “A” (verde), que atesta o menor consumo energético. “O Gol já faz parte da vida dos brasileiros que buscam, cada vez mais, um carro com recursos tecnológicos, seguro, confortável, durável e, principalmente confiável. É o veículo mais produzido, mais vendido e mais exportado do Brasil”, declara o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall. PIONEIRA EM TESTES DE EMISSÕES Pioneiro na indústria, o laboratório de emissões da Volkswagen do Brasil – inaugurado em 1976, dez anos.
SERVIÇO: A tabela do sexto ciclo do PBEV, contemplando todos os modelos e suas respectivas classificações, está disponível na página do CONPET, (www. conpet.gov.br/consultacarros).
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VERDE
FOME NO BRASIL
Programa Mundial de Alimentos lança projeto de pesquisa A iniciativa de pesquisa é apoiada pela Fundação Bill e Melinda Gates e inclui cinco estudos diferentes, conduzidos em parceria com a Fundação Getúlio Vargas
O
Centro de Excelência contra Fome do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas, lançou uma iniciativa de pesquisa apoiada pela Fundação Bill e Melinda Gates para analisar o sucesso do Brasil em relacionar a demanda de programas governamentais por alimentos com a produção da agricultura familiar. O lançamento aconteceu dia 29 de setembro, durante o Fórum Global de Nutrição Infantil, em Johanesburgo, África do Sul, que terminou na última sexta-feira, 3 de outubro. PESQUISA O objetivo da pesquisa é compartilhar evidências sobre a experiência brasileira para ajudar outros países a alcançar resultados similares. Na última década, o Brasil ganhou reconhecimento mundial por suas ações de combate à fome e à extrema pobreza, em parte devido a seus programas de compras locais de alimentos. “Este projeto vai analisar os custos e benefícios de compras governamentais de agricultores familiares e cooperativas e como essas iniciativas estão liga-
das aos avanços na segurança alimentar. Também vai apresentar a outros países um estudo de caso focado no investimento”, afirmou Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome do PMA. BRASIL O Brasil retirou milhões de pessoas da pobreza graças a uma estratégia que inclui a compra de alimentos produzidos por agricultores familiares para suprir a demanda de instituições públicas, como hospitais e escolas. Uma das maiores demandas por alimentos vem do Programa Nacional de Alimentação Escolar, que provê alimentação diária para 45 milhões de crianças em escolas públicas de todo o País. Para os estudantes, a alimentação escolar estimula a presença em sala de aula e melhora seu desempenho escolar. Para os agricultores, uma demanda previsível do governo reduz o risco de seu negócio e o encoraja a investir na qualidade de
seus produtos, além de ampliar a renda. A iniciativa de pesquisa inclui cinco estudos diferentes, conduzidos em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, reconhecida por seu trabalho de avaliação de programas públicos, e o Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (IPC-IG/PNUD), um fórum global para diálogo em políticas públicas e aprendizagem sul-sul em ações de desenvolvimento inovadoras. Os resultados as pesquisas serão divulgados em 2015. FÓRUM GLOBAL DE NUTRIÇÃO INFANTIL Em todo o mundo, 368 milhões de crianças recebem alimentos diariamente nas escolas. Mas no entanto, 66 milhões de crianças, em todo o mundo, vão assistir às aulas todos os dias com fome nos países em desenvolvimento. A nutrição escolar promove o desenvolvimento econômico e social e ajuda a reduzir a fome e a pobreza, especialmente, quando está ligado à compra de alimentos da agricultura familiar. Esta é a mensagem principal do Fórum Global de Nutrição Infantil, o mais importante evento do mundo em alimentação escolar. Cerca de 200 pessoas de 30 países
participaram do Fórum, inclusive ministros, oficiais de governos e representantes de agências de cooperação internacional e organizações não governamentais. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma mensagem ao encontro, relatando como as políticas de alimentação escolar e a produção agrícola local foram essenciais para combater a desigualdade social no Brasil. O evento é organizado pela Fundação Global Child Nutrition e pelo Centro de Excelência contra a Fome do PMA, pelo governo brasileiro – por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) –, pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), pelo governo da África do Sul e pelo Ministério do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional (DFID, sigla em inglês). SOBRE O PMA O PMA é a maior agência humanitária do mundo no combate à fome. Provê alimentos em situações de emergência e trabalha com comunidades para construir resiliência. Em 2013, o PMA auxiliou mais de 80 milhões de pessoas em 75 países. FONTE: Assessoria de Imprensa-Programa Mundial de Alimentos/Brasil
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VERDE FOTO: NAYANA MELO
DIA DO MAR
Importância da preservação da nossa orla deve ser ressaltada
Em Fortaleza, algumas praias sofrem há anos com a poluição ambiental. Dos 31 pontos da orla da Capital, onze não estão próprios para banho
POR JESSICA FORTES jessicafortes@oestadoce.com.br
O
s oceanos são fonte de renda e de alimento para o homem e já foram a principal forma de viajar nos séculos passados. Atualmente, poder ir à praia e usufruir do banho de mar, é um desejo de frequentadores que, devido às ligações irregulares na rede de esgoto, não é atendido. A capital cearense tem o privilégio de ser banhada por um longo litoral, mas infelizmente nem tudo é motivo de comemoração. Boa parte de suas praias está poluída, consequência do crescimento acelerado, sem infraestrutura e da falta de saneamento. Apesar de contar com várias praias em sua lista, a situação da balneabilidade tira muitos pontos do município. Dos 31 pontos da orla da Capital,
onze não estão próprios para banho, conforme o boletim semanal da equipe técnica da Gerência de Análise e Monitoramento (Geamo) da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). No Programa de Despoluição da Orla Marítima de Fortaleza, executado há quase oito anos, após decisão judicial, órgãos do Governo e da Prefeitura vistoriaram 19.076 imóveis a fim de verificar estas possíveis ligações clandestinas e coibir a prática que resulta no cenário negativo. As ações de despoluição, em Fortaleza, são fruto de uma determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em fevereiro de 2007, obrigou o Município e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) a regularizar o sistema de esgoto para evitar a poluição das praias da Capital. Com a medida, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seu-
ma) e o Governo, por meio da Cagece e da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) desenvolveram um plano que visa, desde então, detectar ligações clandestinas de esgoto, monitorar a balneabilidade e conscientizar a população sobre as ações de despoluição. Conforme a Seuma, em sete anos de fiscalização, mais de 19 mil imóveis contemplados pela rede de esgoto foram vistoriados, e 204 autuados. VISTORIAS E AUTUAÇÕES Jacarecanga, Praia de Iracema, Mucuripe, Cais do Porto, Vicente Pinzon, Praia do Futuro, Riacho Maceió, Riacho Pajeú e Barra do Ceará, são bairros que ao longo dos anos, passaram pela vistoria. De acordo com a Cagece, o procedimento de fiscalização é simples e rápido. A equipe do órgão entra no imóvel, coloca cal no aparelho sanitário e dá descarga, enquanto, do lado de fora, a
caixa de inspeção do sistema de esgoto é verificada. Se a água que sai, nesse momento, estiver branca, o imóvel está interligado à rede coletora. Caso contrário, tem de se regularizado. As autuações ficam a cargo da Seuma, que, inicialmente, pede ao proprietário para ajustar a situação dentro de um prazo estimado pelo mesmo. Em seguida, agentes da Secretaria realizam uma segunda inspeção, onde, caso seja constatado que não foi realizada a interligação, um auto de infração é lavrado, gerando multa, cujo valor é variável. Segundo o órgão, tudo depende de caso a caso. Em 2007, o número de vistorias chegou a 1.320, com 13 autuações. Em sete anos, houve variação na quantidade de imóveis inspecionados, sendo 2010 o ano com o maior número de autuações, 61. Nesse intervalo de tempo, a quantidade de imóveis vistoriados diminuiu
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VERDE
FOTO: NAYANA MELO
(vide box). De acordo com o Gerente da Célula de Efluentes da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Jorge André Verçosa, a queda é consequência da quantidade de vistorias já realizadas e das irregularidades já solucionadas. PONTOS CRÍTICOS Segundo a gestora ambiental da Gerência de Análise e Monitoramento (Geamo) da Semace, Janelane Coelho, explica que em Fortaleza, as coletas para demonstrar a balneabilidade da orla são realizadas, semanalmente, em 31 pontos, distribuídos em três setores. O setor Leste, compreendido entre a Praia do Caça e Pesca e a Praia do Farol (com 11 pontos de amostragem), setor Centro, entre a Praia do Iate e a praia em frente à Indústria Naval do Ceará (com 10 pontos) e o setor Oeste, entre a praia do Marina Park Hotel até a foz do Rio Ceará (com 10 pontos). Ela ressalta que, historicamente, o setor Oeste tem demonstrado situações impróprias a balneabilidade. “Nessa região há maior concentração de galerias fluviais com presença de esgoto e resíduos sólidos, além de ser o setor mais carente da Cidade”, comenta. Sempre às segundas -feiras, os técnicos
da Gerência de Análise e Monitoramento (Geamo) percorrem a orla de Fortaleza para coletar as amostras dos 31 postos de banho. Quando eles chegam à praia, um deles entra no mar e faz a coleta de uma amostra de água para análise. As amostras são identificadas com o número referente ao posto de banho e são levadas ao laboratório de Microbiologia da Semace, onde é realizada a análise. A partir do resultado, faz-se um comparativo com as quatro semanas anteriores e então conclui-se a balneabilidade de Fortaleza. O índice de balneabilidade é medido com base na quantidade de coliformes fecais encontrados na água das áreas monitoradas. O local será considerado impróprio para banho quando 80% dos últimos cinco resultados estiverem acima de 1.000 coliformes fecais (termotolerantes) por 100 mililitros. EDUCAÇÃO AMBIENTAL O saneamento básico é sem dúvidas um fator essencial para mudar essa realidade. Porém nem tudo está ligado à questão de infraestrutura. A população também tem uma parcela de culpa no que diz respeito à poluição marinha. Os oceanos vem há muito tempo servindo de depósito para todo tipo de resíduos produzidos pelo homem.
Durante todo o ano, é grande o número de pessoas nas praias cearenses, isso contribui com a economia, mas consequentemente também aumenta o número de lixo nas areias das praias. Para isso, diversas campanhas são constantemente realizadas com o objetivo de alertar e conscientizar os banhistas. INTERCEPTOR OCEÂNICO Em Fortaleza, a maior parte do esgoto vai para a Estação de Pré-Condicionamento de Esgoto (EPC), situada na Avenida Leste Oeste. A Estação tem capacidade para 4,5 metros cúbicos por segundo em sua vazão total. Atualmente, o interceptor trabalha com uma vazão de 2,6 m3/segundo. O esgoto pré-condicionado é lançado ao mar através do emissário submarino, a cerca de 3.500 metros da praia, a uma profundidade de 16 metros, numa área onde as correntes marítimas fazem a autodepuração, ou seja, a completa dispersão do esgoto pré-condicionado, não permitindo o retorno para a praia. O emissário contém orifícios que fazem a dispersão do fluxo. Esse procedimento segue todas as normas do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que determina parâmetros e condições de tratamento do esgoto doméstico.
Todo dia há retirada de lixo na EPC. O processo desse material na EPC, acontece por um gradeamento - um rastelo (equipamento que recebe o material poluente e faz o gradeamento, retirando material mais grosseiro) e sete peneiras rotativas de grande porte, que tem a função de peneirar os resíduos sólidos menores do esgoto e superiores a 6 milímetros. Além dos poluentes (plásticos, metais, madeira, graxa e óleo de petróleo) é retirada também toda a areia do esgoto pelos desarenadores. O processo de pré-condicionamento é feito de forma automatizada. Através dos computadores conectados a sensores inteligentes, a Cagece comanda e monitora a distância, as estações elevatórias que integram o sistema de esgoto convencional de Fortaleza. O material insalubre (poluentes e areia), cerca de uma tonelada e meia/dia é levado para o aterro sanitário de Caucaia.
SERVIÇOS Os boletins semanais de balneabilidade das praias de Fortaleza podem ser acessados em: www.semace.ce.gov.br
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FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Terça-feira, 7 de outubro de 2014
VERDE
PET 100% RECICLADA
Empresa economiza mais de 13 mil toneladas de material Inovação já transformou, aproximadamente, 400 milhões de garrafas em novas embalagens e comemora a economia de mais de 13 mil toneladas de material virgem
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stá ficando casa vez mais longe o dia em que as embalagens de refrigerantes eram jogadas no lixo. A primeira PET produzida com material 100% reciclado, uma inovação desenvolvida pela empresa Ambev que chegou ao mercado, inicialmente, por meio do Guaraná Antarctica de 2 litros e prestes à completar dois anos, comemora a economia de mais de 13 mil toneladas de material virgem e a transformação de 400 milhões de garrafas em novas embalagens. Atualmente, a tecnologia já é utilizada em 33% das garrafas PET do produto e também nas embalagens de Soda Antarctica de 1,5 , 2 e 2,5 litros, além de H2OH! com PET verde de 500 ml. Desde a criação da tecnologia, a Ambev já colocou cerca de 300 milhões de garrafas PET 100% recicladas, no mercado. Hoje, ela está no portfolio das fábricas da Ambev no Rio Grande do Sul, Ceará, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. AMBEV RECICLA A PET 100% reciclada faz parte do Ambev Recicla, plataforma que reúne as iniciativas da companhia voltadas ao descarte correto e à reciclagem de embalagens pós-consumo. Sua produção traz diversos benefícios ao meio ambiente. A reciclagem do produto, por exemplo, libera espaço de 30m³ em aterro sanitário para cada cinco toneladas de PET que deixam de ser des-
cartad a s no lixo. A l é m disso, sua fabricação consome 70% menos energia em relação à resina virgem, 20% menos água e gera uma economia considerável de petróleo. Qualquer embalagem PET, independentemente de tamanho, formato ou fabricante, pode virar uma garrafa totalmente reciclada.
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VERDE
Pacoti comemora 24 anos da Apa de Baturité DIVULGAÇÃO
POR TARCILIA REGO tarciliarego@oestadoce.com.br
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Área de Proteção Ambiental (Apa) da Serra de Baturité completa 24 anos. Para comemorar, o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) reuniu gestores das unidades de conservação do Estado do Ceará, dia 26 de setembro, em Pacoti. O evento foi aberto pela presidente do Conpam, Virgínia Carvalho e contou com a palestra da professora Nájila Cabral, da Universidade Federal do Ceará. A mais extensa e antiga Unidade de Conservação (UC), criada pelo Governo [Decreto Estadual nº 20.956, de 18/09/1990], localiza-se na região serrana do Maciço de Baturité, abrange área de 32.690 hectares contida nos municípios de Aratuba, Baturité, Capistrano, Guaramiranga, Mulungu, Pacoti, Palmácia e Redenção. Segundo informação disponível no site da Semace - Superintendência Estadual do Meio Ambiente (http://www.semace. ce.gov.br/), a Apa “serve de refúgio ecológico para uma fauna e flora diversificada, e projeta-se como condição indispensável na formação e manutenção da bacia hidrográfica, cuja importância é indiscutível tanto para região como para o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza”. Mesmo com características climáticas únicas e uma cobertura vegetal e biodiversidade complexas e estratégicas, a UC da Serra de Baturité, ainda não tem um Plano de Manejo, como esclarece a assessoria do orientador de célula da APA, Adriano Sales. “O plano está em processo de revisão pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), inclusive,
com o acompanhamento do conselho consultivo da área de proteção”. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o “Plano de Manejo deve ser elaborado em um prazo máximo de cinco anos e toda UC deve ter um plano consistente e elaborado a partir de diversos estudos, incluindo diagnósticos do meio físico, biológico e social, em função dos objetivos gerais pelos quais a unidade foi criada. O plano que deve ser consistente elaborado a partir de diversos estudos, incluindo diagnósticos do meio físico, biológico e social” (http://www.mma. gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao/plano-de-manejo). A fauna, a flora e a biodiversidade como um todo, estão bem guardadas “por lei”, na Apa, como informa a assessoria de Sales. “É uma unidade de uso sustentável, compatibiliza o uso racional dos recursos naturais com
a conservação da natureza, por isso admite-se a presença de moradores nos locais”. As pessoas que moram dentro do território convivem com as diretrizes de ordenamento feitas pela equipe de gestores da Apa que “vem procurando fazer projetos que mantenham o estoque ecossistêmico, através das melhores alternativas em busca da sustentabilidade para a região”. POTENCIALIDADES Além de uma flora diversificada e uma grande quantidade de pássaros, bem como córregos e cachoeiras com águas cristalinas e uma bela paisagem, a área é dona de um clima ameno que potencializa, ainda
mais, o turismo. E essas potencialidades são utilizadas como ferramentas e diferencia para o fortalecimento do desenvolvimento local. “Procuramos deixar todos os municípios da Apa cientes da importância dessa Unidade de Conservação, não somente a de Pacoti, mas de toda a área. Eles são nossos aliados nesse processo”, destaca o orientador de célula da Apa. “O clima e a paisagem atraem muitos turistas aos municípios serranos que já possuem boa estrutura hoteleira, com destaque para os municípios de Guaramiranga e Pacoti, que já contam com um calendário de eventos turísticos diversificados onde figuram os festivais de Teatro, de Jazz & Blues e o Viva Guará.” O turismo de aventura, também, encontra na região um reduto perfeito para as práticas ao ar livre, como o rapel, caminhadas e voo livre. MAIS A acolhida do pessoal do Conpam em Pacoti ocorreu no Campus Experimental da Universidade Estadual do Ceará-Uece. À tarde, houve uma visita na sede da Apa e ao Sítio Batalha. A UC dista 90 km de Fortaleza e tem como principais acessos, partindo de Capital, a Rodovia CE-060 – sentido Pacatuba-Baturité e a Rodovia CE065 – sentido Maranguape-Palmácia.