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Cristo N達o Me
Enviou Para Batizar John Piper
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Traduzido do original em Inglês
Christ Did Not Send Me to Baptize By John Piper
Via: DesiringGod.org • Copyright © 2015 Desiring God Foundation
Tradução por Camila Almeida Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Dezembro de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão do Ministério Desiring God Foundation (DesiringGod.org), sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
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Cristo Não Me Enviou Para Batizar Por John Piper
[16 de novembro de 1980]
É surpreendente para mim que Paulo tenha dito: “Porque Cristo enviou-me, não para batizar” [1 Coríntios 1:17], quando, na verdade, uma das últimas coisas que Jesus disse aos Seus discípulos foi: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” [Mateus 28:19]. A fim de entender o que Paulo quis dizer ao negar que ele foi enviado para batizar, é preciso responder a quatro perguntas: 1. Paulo se opôs ao Batismo ou tentou dissuadir os convertidos de serem batizados? 2. Por que Paulo não tornou uma prática batizar todos os seus novos convertidos? 3. Qual era o objetivo da missão de Paulo? 4. O que tudo isto implica sobre a nossa visão sobre o Batismo? Paulo Se Opôs ou Desencorajou o Batismo? 1) Em primeiro lugar, então, Paulo se opôs ao Batismo ou tentou dissuadir os convertidos de serem batizados? A partir de outras Cartas de Paulo, bem como a partir do que podemos ver no livro de Atos, a resposta é: Não. Ao contrário, Paulo assumiu que todos os crentes para quem ele escreveu eram batizados, e ele baseou partes importantes de seu ensinamento nesta experiência comum de todos os crentes. Por exemplo, em Romanos 6:3-4 Paulo diz: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida”. Aqui, Paulo assume que todos os crentes experimentaram o Batismo e que eles foram instruídos sobre o seu significado. Outro exemplo é a carta de Paulo aos Colossenses, Capítulo 2, verso 12, quando ele diz a todos os Cristãos: “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos”. Aqui, novamente, Paulo não trata o Batismo como uma opção que alguns crentes escolhem e outros não. Ele assume que este foi o ato pelo qual as pessoas expressaram a sua fé e entraram em salvação. (Devo mencionar nesta passagem que o termo “pela fé” em Colossenses 2:12 é uma das principais razões pelas quais eu pratico o Batismo de crentes e não
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o batismo infantil). Parece, portanto, a partir das Cartas de Paulo que ele não se opunha, mas aprovava o Batismo e baseou nisso alguns dos seus ensinamentos. A mesma coisa evidencia-se no livro de Atos, que registra a obra missionária de Paulo. Primeiramente, o próprio Paulo foi batizado depois de sua conversão. Atos 9:18 diz: “E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado”. Os vários incidentes das viagens missionárias de Paulo mostram que Paulo não desanimou seus convertidos quanto a serem batizados, mas, pelo contrário os encorajou. Em Atos 16 Paulo prega em Filipos, e os versos 14 e 15 descrevem o que aconteceu com uma mulher chamada Lídia: “...o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia. E, depois que foi batizada...”. O mesmo Capítulo registra como Paulo logo foi lançado na prisão em Filipos e como houve um terremoto que abriu as portas e deu a Paulo e Silas a ocasião de conduzir o carcereiro a Cristo, ali mesmo no meio da noite. Escute como isso aconteceu (versos 30-33): “...Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? (Disse o carcereiro). E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa. E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus”. Este evento demonstra que Paulo cria mui fortemente na consideração de que os seus convertidos deveriam ser batizados, e isso rapidamente, também. Mas, pode ser que a igreja que Paulo começou em Corinto fosse diferente, e é por isso que Paulo escreveu-lhes e disse: “porque a nenhum de vós batizei”? Em Atos 18:11, aprendemos que Paulo trabalhou em Corinto cerca de um ano e meio, e no verso 8 diz: “...e muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados”. Então Corinto não era diferente de todos os outros lugares por onde Paulo passou: seus convertidos sempre foram batizados. Mas o que é interessante em Atos é que nunca lemos que o próprio Paulo batizou. Isso se encaixa com o que ele nos diz em 1 Coríntios 1:14, ou seja, que ele batizou apenas poucos de seus muitos convertidos. Ele é grato que ele não teve uma prática de batizar seus convertidos. Por Que Paulo Não Batizou os Seus Novos Convertidos? 2) Isso nos leva à segunda questão: Porque Paulo não tornou uma prática batizar todos os seus novos convertidos? Por que ele, evidentemente, deixou Timóteo, ou Silas, ou Lucas realizarem a real imersão em água? A resposta que Paulo dá em 1 Coríntios 1:15 é esta:
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eu mesmo evito batizar, para que nenhum dos meus convertidos diga que foi batizado em meu nome. O que está por trás dessa preocupação? Paulo tinha uma tremenda autoridade na igreja primitiva. Ele tinha visto o Cristo ressuscitado e tinha sido comissionado por Ele para ensinar as igrejas. Havia um risco, portanto, que ele fosse idolatrado e que as pessoas se tornassem orgulhosas de serem convertidos de Paulo. E, aparentemente, esse orgulho desmedido tinha começado a se espalhar na igreja de Corinto, e facções haviam se formado: “Eu sou de Paulo”, ou “Eu sou de Apolo”, ou “Eu sou de Cefas”. O corpo de Cristo em Corinto estava sendo dilacerado pela glória de diferentes facções e seus mestres favoritos. Paulo deseja parar esta jactância e as divisões que isso estava causando. Assim, ele diz em 3:5-7: “Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”. Então, em 3:21-23 ele extrai a inferência. “Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso; seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus”. Em outras palavras, como ele diz em 1:31: “Aquele que se gloria glorie-se no Senhor”. Paulo se esforçou para não fazer nada que pudesse desviar a atenção do Senhor Jesus Cristo e do poder da Sua cruz (1:17). E pode ser que ele tenha descoberto no início de seu ministério que, quando ele batizou seus próprios convertidos, eles foram tentados a se vangloriar nisso. Então, ele deixou quase todo o Batismo para que os seus cooperadores realizassem, a fim de desviar a atenção dele mesmo para Cristo. Qual Era o Objetivo da Missão de Paulo? 3) E isso nos leva à nossa terceira questão: Qual era o objetivo da missão de Paulo? Ele disse: “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã” [1 Coríntios 1:17]. O Batismo, Paulo poderia entregar a um cooperador, mas não a pregação do Evangelho. O Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; o Batismo é uma expressão simbólica dessa crença. O Evangelho é a boa notícia de que qualquer um que recebe a Cristo como Salvador e Senhor será salvo. O Batismo é um apelo a Deus em relação a esta salvação. Portanto, a pregação do Evangelho é primária, e a obra de Cristo na cruz é muito mais importante do que a obra de qualquer homem no Batismo. O que importa não é quem batiza você, mas em Quem você é batizado. OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo
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A missão de Paulo era magnificar a Cristo e salvar os homens pela pregação do Evangelho. E ele estava disposto a desistir de qualquer coisa que impedisse esta missão. Qual Deve Ser a Nossa Visão Sobre o Batismo? 4) Portanto, em conclusão, o que tudo isso implica sobre a nossa visão do Batismo? O Batismo é um ato de obediência à ordem de Jesus (Mateus 28:19-20). E por isso mesmo ele nunca deve desviar nossa atenção de Cristo para um homem. O Batismo deve expressar o nosso desejo de depender somente Cristo para a salvação e nos gloriarmos somente nEle. O centro da nossa atenção neste ato não deve ser o método, ou o lugar, ou a pessoa que batiza, mas, sim, Jesus Cristo, a Sua morte por nossos pecados e a Sua ressurreição gloriosa. Que esse seja o foco hoje para o Seu louvor e glória. “Aquele que se gloria gloriese no Senhor”.
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2 Coríntios 4 1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 3 na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está 4 encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 5 de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo 6 Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 7 para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 10 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus 11 se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 12 13 nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, 14 por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará 15 também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de 16 Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o 17 interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação 18 produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se 9 OEstandarteDeCristo.com Issuu.com/oEstandarteDeCristo não veem são eternas. 2