O TEMA DA PREGAÇÃO DE JOÃO .
Traduzido do original em Inglês
The Subject of John's Preaching By R. M. M'Cheyne
Extraído da obra original, em volume único: The Sermons of the Rev. Robert Murray M'Cheyne Minister of St. Peter's Church, Dundee.
Via: Books.Google.com.br
Tradução e Capa por William Teixeira Revisão por Camila Almeida
1ª Edição: Março de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
O Tema Da Pregação De João Por Robert Murray M'Cheyne
“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.” (1 João 1:1-4) I. O tema da pregação de João. Foi Jesus Cristo, e este crucificado. “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos”. Esta foi a pregação de João Batista: “E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus” [João 1:36]. Ele apontou para Jesus. Esta foi a pregação de Filipe em Atos 8:5: “E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo”. E quando ele veio ao eunuco etíope: “lhe anunciou a Jesus” [Atos 8:35]. Esta foi a pregação de Paulo. “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” [1 Coríntios 2:2]”, este foi o início e meio e fim da pregação de Paulo. Esta foi a pregação de João. Declarar tudo o que ele tinha visto com os olhos, e ouvido com seus ouvidos, tocado com as suas mãos, Emanuel; este era o objetivo de sua vida, este foi o Alfa e o Ômega de sua pregação. Ele sabia que Jesus era como o vaso de alabastro, cheio de nardo puro, mui precioso; e todo o seu trabalho era quebrar o vaso, e derramar o bom unguento diante dos olhos dos pecadores desfalecidos, para que pudessem ser atraídos pelo cheiro suave. Ele sabia que Jesus era um ramalhete de mirra, e toda a sua vida foi passada em expô-lO aos pecadores, para que pudessem ser conquistados pelos odores refrescantes. Ele levou sobre si o bom perfume de Cristo onde quer que fosse. Ele sabia que Jesus era o bálsamo de Gileade, e seu trabalho era expor este bálsamo moído diante dos olhos das almas doentes para que elas pudessem ser curadas. 1. Sua eternidade. “O que era desde o princípio”. João tinha ouvido muitas vezes Jesus falar da Sua eternidade. “No princípio era o Verbo”. “Antes que Abraão existisse, eu sou” [João 8:58]. Lembrou-se de como Jesus disse em oração no jardim: “Glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” [João 17:5]. “Tu me amaste antes da fundação do mundo” [João 17:24]. João, portanto, sabia que ele era o Eterno, que Ele era antes de todas as coisas visíveis, pois Ele fez tudo. Por meio dEle, Deus fez o mundo. Mesmo no momento em que João estava encostado em Seu peito,
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
sentiu que era o seio do Único Incriado. João sempre declarou isto; ele gostava de fazê-lO conhecido. Oh amado, se você veio a inclinar-se sobre o peito de Jesus, você veio ao Único Incriado, o Eterno. 2. Estava com o Pai. João sabia, a partir de Provérbios 8:30, que Jesus tinha estado com o Pai: “Então eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo”. Ele havia ouvido Jesus dizer muitos dos segredos do seio do Pai, pelo que sabia que tinha estado com o Pai. “Tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” [João 15:15]. Ele tinha ouvido Jesus claramente dizer: “Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai” [João 16:28]. João sentiu, mesmo quando Jesus estava lavando seus pés que aquele era o homem que foi companheiro de Deus. Mesmo quando ele viu Jesus na cruz, com os lábios pálidos, mãos e os pés sangrando, como um verme torturado, e “não homem” [Salmo 22], ele sabia que aquele era o homem que foi companheiro de Deus. Ele viveu para declarar isso. Você pode olhar assim para Jesus? Você já contemplou a Sua glória, como a do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade? Oh! Alma sacudida pela tempestade, este é aquele que veio para te salvar. 3. Vida Eterna. João sabia que Jesus era o autor de toda a vida natural; que nenhum homem respira, nem um animal na floresta ruge, nem um passarinho sustenta-se sobre a asa, a não ser que eles todos recebam o fluxo da vida, a partir da mão de Emanuel. Ele tinha visto Jesus levantar a filha de Jairo dentre os mortos, e chamar a Lázaro da tumba. Ele sabia que Jesus era o autor de toda a vida na alma. Ele tinha ouvido Jesus dizer: “Como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer” [João 5:21]. “Minhas ovelhas conhecem a minha voz, e eu lhes dou a vida eterna” [João 10:2728]. Ele O ouviu dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida” [João 14:6]. Acima de tudo, Ele sentiu em sua própria alma que Cristo era a Vida Eterna. Numa manhã, quando ele estava sentado com seu pai, Zebedeu, no barco, consertando as redes, Jesus disse: “Segueme!”. E a vida entrou em sua alma, e ele encontrou uma fonte inesgotável de vida. Cristo era a sua vida; portanto, ele O fez conhecido como a vida eterna. Mesmo quando O viu entregar o espírito, quando viu Seu corpo pálido e sem vida, as mãos e os pés enrijecidos, o olho imóvel e o corpo frio como o sepulcro rochoso onde o puseram, ainda sentia que Ele era a vida eterna. Oh! amado, você crê que Ele é a vida do mundo? Alguns de vocês sentem que as suas almas estão morrendo, sem vida na oração, sem vida no louvor. Oh! Olhem para Aquele a quem João anuncia a vocês. Tudo é morte sem Ele. Traga a sua alma morta para entrar em união com Ele, e Ele lhe dará a vida eterna. 4. Manifestado. Oh amado, se Jesus não tivesse Se manifestado, você nunca teria sido salvo. Teria sido muito justo a Deus ter mantido o Seu Filho em Seu próprio seio, ter mantido aquela joia em Seu próprio lugar no trono do céu. Deus continuaria sendo o Deus amável;
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
mas nós teríamos sido lançados no inferno ardente. Se essa vida eterna que estava com o Pai, tivesse permanecido em Sua glória vivendo unicamente ali, então você e eu teríamos sofrido a nossa própria maldição. Mas Ele se manifestou: “Deus foi manifestado na carne, justificado no Espírito, visto dos anjos, crido no mundo, recebido na glória” [1 Timóteo 3:16]. João viu, ele viu Sua amável face, ele contemplou a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. Ele viu que o Sol envolto com carne não poderia impedir de brilhar os raios de sua Divindade. Ele O viu no monte, quando o Seu rosto resplandeceu como o sol. Ele O viu no jardim, onde Ele estava deitado no chão. Viu-O na cruz, quando Ele esteve pendurado entre o céu e a terra. Ele O olhou, muitas vezes ele olhou para a Sua aparência celestial, seus olhos encontraram os olhos dEle. Ele O ouviu, ouviu a voz que disse: “Haja luz!”. Ele ouviu a voz que é como o som de muitas águas. Ele ouviu todas as Suas palavras de graça, Suas palavras concernentes a Deus e ao caminho da paz. Ele O ouviu dizer a um pecador: “Tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados” [Mateus 9:2]. Ele convivia com Ele, ele colocou as mãos em Suas mãos, seus braços em torno de Seus braços, e a cabeça sobre o Seu peito. Talvez ele tocou o Seu corpo quando foi retirado da cruz, tocou o barro frio de Emanuel. Oh amado, é este Cristo manifestado que nós vos anunciamos. Não é o Filho no seio do Pai, pois ali Ele nunca iria salvar-nos. É Jesus manifestado em carne. O Filho de Deus vivendo e morrendo como homem, como substituto dos pecadores; a este é quem nós vos anunciamos. Conheça o verdadeiro caminho para a paz. Isto é, olhando para um Jesus manifestado. Alguns de vocês pensam que podem ter paz, olhando para o seu próprio coração. Vocês observam cada mudança ali. Se vocês pudessem ver o vislumbre da luz que há ali, oh quanta alegria isto lhe daria! Se vocês somente pudessem ver o derretimento do seu coração de pedra, se vocês pudessem ver seu coração se voltar para Deus, se vocês apenas pudessem ter um vislumbre da imagem de Jesus em seu coração vocês estariam em paz; mas vocês não podem, tudo está escuro ali dentro. Oh, queridas almas, não é ali que vocês encontrarão a paz. Vocês devem evitar completamente olhar para o seu próprio peito. Vocês devem olhar para Cristo manifestado. Espalhem o registro de Deus acerca de Seu Filho. Os Evangelhos são a narrativa do coração de Jesus, da obra de Jesus, da graça de Jesus; espalhe-os diante dos olhos de sua mente, até que eles encham seus olhos. Clame ao Espírito que sopre sobre as páginas, para fazer um Cristo manifestado claramente evidenciado diante de você; e no momento em que você estiver disposto a acreditar em tudo que está lá dito a respeito de Jesus, naquele momento você enxugará as suas lágrimas, e transformará os seus gemidos em um novo cântico de louvor.
II. Os objetivos que João almejava com a pregação de Cristo.
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
1. Que tenhais comunhão conosco. Ter comunhão com o outro é ter coisas em comum com ele. Assim, em Atos 4:32 é dito dos primeiros Cristãos: “era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns”. Eles tinham todos os seus bens em comum, eles compartilhavam o que tinham uns com os outros. Isto é o que João almejava nas coisas espirituais, que compartilhássemos com ele em suas coisas espirituais, partilhando, e compartilhando partes iguais. (1) Perdão. Algumas pessoas pensam que é impossível ter o mesmo perdão que os apóstolos tiveram, que seria muito ousado pensar em receber o mesmo. Mas não é muito mais ousado do que dizer que João é um mentiroso, e que o Espírito Santo é um mentiroso! pois Ele aqui diz claramente, que toda a sua pregação, e todo o seu desejo era que você tivesse comunhão com ele. Sim, pecador, o perdão é tão disponível para você como foi para João. O sangue que o lavou está pronto para lavá-lo e torná-lo tão branco como a neve. João tinha a mesma necessidade de Cristo, que o mais vil dentre vocês tem. Somente olhe para Emanuel manifestado; limpe o olho da incredulidade, e olhe para um Jesus revelado livremente, e você encontrará que o mesmo perdão é tão livre para você como o foi para João. (2) O mesmo amor de Jesus. João era o discípulo que Jesus amava. Assim como Daniel foi o profeta a quem Ele amava muito: “homem muito amado” [Daniel 10:11]. Assim, João foi o discípulo a quem Jesus amava. Na última ceia que Jesus participou neste mundo, João se inclinou sobre Seu seio. Ele possuía um lugar mais próximo do coração de Cristo do qualquer outro em todo o mundo. Talvez você pense que é impossível que você possa alguma vez chegar a esse ponto. Alguns de vocês estão tremendo de longe, mas também, se você somente olhar para onde João lhe direciona, se você somente acreditar no relato completo de Deus sobre Jesus, você compartilhará o amor de Jesus com João, você será um dos seus peculiarmente amados. Aqueles que mais creem mais serão amados, eles se achegam mais próximos de Jesus, eles, por assim dizer, reclinam a cabeça sobre o Seu peito; e, sem dúvida, um dia você vai realmente compartilhar esse seio com João. Se você crê pouco, você vai manter-se longe de Jesus. (3) As mesmas relações paternais que João. João experimentou muitas relações maravilhosas de Deus. Ele experimentou muitas das podas do Pai. Ele era um ramo frutífero, e o Pai o podou para que ele pudesse dar mais fruto. Quando ele era muito velho, ele foi banido para Patmos, uma ilha no Mar Egeu, e, supõe-se, que foi feito um escravo nas minas de lá. Ele era um companheiro na tribulação; mas ele tinha muitos doces vislumbres de amor do Pai para com a sua alma. Ele teve doces revelações de Cristo nos tempos da sua aflição; e ele foi alegremente liberto de todas as suas angústias. Ele experimentou peculiarmente
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
as relações paternas de Deus. E assim pode ser com você, crente. Olhe para onde João olhou, acredite no que João cria, e, como ele você descobrirá que você tem um Pai no céu, que cuidará de você, que vai corrigi-lo na medida, que suspenderá o seu vento tempestuoso no dia de seu vento oriental, que preservará você para o Seu reino celestial. 2. Comunhão com o Pai. Oh amado, isso é tão maravilhoso, que eu não poderia ter acreditado, se eu não tivesse visto. Um verme merecedor do inferno terá comunhão com o Deus santo? Oh! a profundidade e o comprimento do amor de Deus que excede todo o entendimento! (1) Em Sua santidade. Um homem natural não tem uma centelha da santidade de Deus nele. Há uma espécie de bondade sobre você. Você pode ser amável, agradável, simpático, bem-humorado, gentil, pode haver uma espécie de integridade em você, para que você esteja acima de roubar ou mentir; mas enquanto você está em um estado natural, não há um grão da santidade de Deus em você. Você não tem um grão do ódio absoluto contra todos os pecados — o que Deus tem; você não tem nada daquele amor ardente para o que é belo, puro e santo — o que habita no coração de Deus. Mas no momento em que você crê em um Cristo isto se manifesta, nesse momento você recebe o Espírito, o mesmo Espírito que habita no seio infinito do Pai, habitará em você, assim você se torna participante da santidade de Deus, você se torna participante da natureza Divina. Você não será tão santo como Deus, mas a mesma corrente que flui através do coração de Deus lhe será dada. Ah! O seu coração não se quebranta para ser mais santo?! Olhe então para Jesus e permaneça nEle, e você comungará no mesmo Espírito com o próprio Deus. (2) Em Sua alegria. Nenhuma alegria é como a alegria Divina. É infinita, completa, eterna, pura, sem mistura. É luz sem nenhuma sombra para escurecê-la; é calma sem vento para irrita-la. Nuvens e escuridão estão ao redor dela, tempestades e fogo passam adiante dela; mas dentro, tudo é paz inefável, imutável. Os crentes em alguma medida compartilham desta alegria. Podemos citar alguns dos elementos da alegria de Deus. Em primeiro lugar: Todas as coisas acontecem de acordo com o beneplácito de Sua vontade. Ele preordenou tudo quanto acontece. Nada vem de surpresa para Deus. Muitas coisas são odiosas aos Seus olhos, mas, olhando de formal geral, Ele pode deleitar-se com o todo. Se você veio a Cristo, você terá algumas gotas de Sua alegria. Você pode olhar para todos os eventos com calma, santa alegria, sabendo que somente a vontade e os propósitos de Seu Pai subsistirão. Em segundo lugar, a conversão das almas. Há mais alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove que não necessitam de arrependimento. Eu não tenho nenhuma dúvida de que este é um dos grandes elementos de Sua alegria, ver almas trazidas para o Seu favor. Deus ama salvar; Ele se deleita na misericórdia; Ele se deleita em ser um Deus justo e Salvador. Se você vier a Cristo, você terá a mesma alegria.
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
3. Comunhão com o Filho. (1) Comungamos com o Filho em Sua justificação. Uma vez Jesus estava não justificado, uma vez houve pecados em sua conta, os pecados de muitos. Foi isso que ocasionou Sua agonia no jardim, na cruz. Seu único consolo era: “Perto está o que me justifica” [Isaías 50:8]. Ele sabia que o tempo seria curto. Mas agora a ira de Deus tem inteiramente caído sobre Ele. A nuvem de trovões da ira de Deus disparou todos os seus raios sobre a Sua cabeça. As taças da ira de Deus derramaram as suas últimas gotas sobre Ele. Ele agora está justificado de todos os pecados que foram colocados sobre Ele. Ele os deixou com as mortalhas da sepultura. Seus companheiros [...] colocaram todos os pecados a Seu cargo; Ele ficou em silêncio. Você acredita neste registro concernente ao Filho? Você se apega a Jesus como sua porção? Então você tem comunhão com Ele em Sua justificação. Você está tão justificado como o próprio Cristo está. Há tanta culpa sobre você quanto havia sobre Cristo. As taças da ira não têm mais nenhuma gota para Cristo, nem alguma outra gota para você. Você está justificado de todas as coisas. (2) Sua adoção. Quando Jesus subiu ao céu, Ele disse: “Eu vou para o meu Pai”. Quando Ele entrou no Céu, a palavra de Deus foi: “Tu és o meu Filho: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés” [Hebreus 1:5; Salmos 110:1]. Oh! foi uma troca abençoada, quando deixou as carrancas e maldições deste mundo para o abraço dos braços de Seu Pai, quando Ele deixou a coroa de espinhos por uma coroa de glória, quando Ele veio de debaixo da ira Divina para o amor paterno de Deus. Essa é a sua mudança, para você que crê em Jesus. Você tem comunhão com o Filho, você comunga em Sua adoção. Ele diz: “eu subo para meu Pai e vosso Pai” [João 20:17]. Deus é seu Pai tanto quanto Ele é Pai de Cristo, é seu Deus tanto quanto de Cristo. Oh que mudança! um herdeiro do inferno tornar-se um herdeiro de Deus e coerdeiro com Cristo, herdeiro de Deus, tendo participação filial em Deus! Somente a eternidade te ensinará o que significa a expressão: “herdeiro de Deus”. 4. Alegria completa. Outras alegrias não são completas. As alegrias das criaturas somente preenchem uma pequena parte da alma; dinheiro, casas, terrenos, música, entretenimento, amigos, estes não completam as alegrias; estes são apenas gotas de alegrias. Mas Cristo revelado faz o cálice transbordar. “Unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda” [Salmos 23:5]. Crer no Cristo manifestado enche plenamente o coração de alegria. “Na tua presença há plenitude de alegria”. Cristo traz a alma para a presença de Deus. Um sorriso de Deus enche o coração mais do que dez mil sorrisos do mundo. Você que não tem nada, mas é uma criatura alegre, caçando borboletas e se alimentando de carniça; por que gastar dinheiro naquilo que não é pão? Vocês que estão tristes, e des-
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
consolados, sacudidos pela tempestade, olhem para Jesus manifestado. De acordo com a sua fé, será para vocês. Não creiam, e vocês não terão nenhuma alegria. Creiam pouco, e vocês terão pouca alegria. Creiam muito, e vocês terão muita alegria. Creiam plenamente, e vocês terão toda a alegria e a vossa alegria será completa. Ela será como uma vasilha transbordando, boa medida, recalcada e sacudida. Amém!
São Pedro, 1839.
ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.
Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria!
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.
10 Sermões — R. M. M’Cheyne Adoração — A. W. Pink Agonia de Cristo — J. Edwards Batismo, O — John Gill Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Neotestamentário e Batista — William R. Downing Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina da Eleição Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos Cessaram — Peter Masters Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da Eleição — A. W. Pink Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida pelos Arminianos — J. Owen Confissão de Fé Batista de 1689 Conversão — John Gill Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne Eleição Particular — C. H. Spurgeon Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A — J. Owen Evangelismo Moderno — A. W. Pink Excelência de Cristo, A — J. Edwards Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah Spurgeon Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Jeremiah Burroughs Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação dos Pecadores, A — A. W. Pink Jesus! – C. H. Spurgeon Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon Livre Graça, A — C. H. Spurgeon Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a — John Flavel Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H. Spurgeon Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W. Pink Oração — Thomas Watson Pacto da Graça, O — Mike Renihan Paixão de Cristo, A — Thomas Adams Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural — Thomas Boston Plenitude do Mediador, A — John Gill Porção do Ímpios, A — J. Edwards Pregação Chocante — Paul Washer Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200 Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M. M'Cheyne Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon Sangue, O — C. H. Spurgeon Semper Idem — Thomas Adams Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill, Owen e Charnock Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) — C. H. Spurgeon Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J. Edwards Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. Owen Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R. Downing Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de Claraval Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no Batismo de Crentes — Fred Malone
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
—
Sola Scriptura • Sola Fide • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria
—
2 Coríntios 4 1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 3 na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está 4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo 6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 7 para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 10 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus 11 se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 12 13 nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, 14 por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará 15 também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de 16 Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o 17 interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação 18 produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo 9