Uma Jornada No Evangelho - Parte 5 de 8 - Paul Washer

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Traduzido do original em Inglês

Journey into the Gospel By Paul Washer © HeartCry Missionary Society | www.HeartCryMissionary.com

Publicaremos esta obra em oito partes, ou fascículos, e, posteriormente, em um volume único contendo toda a obra. A presente publicação é composta da parte V deste livro.

O conteúdo deste e-book não é reconhecido por HeartyCry Missionary Society como a publicação oficial desta obra em Língua Portuguesa. Para obter mais informações sobre HeartyCry Missionary Society visite o seu website: www.HeartCryMissionary.com

Tradução por Camila Almeida Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Agosto de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta transcrição são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado pelo website oEstandarteDeCristo.com, com contato prévio com HeartyCry

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Uma Jornada No Evangelho Por Paul David Washer [Publicaremos esta obra supracitada em oito partes, ou fascículos. A presente publicação é composta da parte V deste livro. Veja a Parte I clicando aqui]

O Amor De Deus Demonstrado David Clarkson escreve: “por isso o amor de Deus apareceu em sua maior exaltação, pelo fato de que quando estávamos tão longe de ser bons ou justos, quando éramos pecadores; quando inúteis e incapazes, quando repugnantes e odiosos, quando inimigos e odiadores de Deus; quando não havia nada em nós que pudesse mover, minimamente, a amar-nos, quando éramos cheios do que poderia compeli-lO a expressar o Seu ódio e indignação contra nós, mesmo assim Ele concedeu a mais alta expressão de amor; então, deu o Seu Filho, mesmo, em seguida, Cristo Se expôs à morte por nós. Aqui tanto a grandeza e a gratuidade do Seu amor apareceram, para a maravilha e assombro de todos os que devidamente o consideram” (Obras, Vol. 3, p. 64-65). Martyn Lloyd Jones escreve: “Vamos agora resumir toda a argumentação dos versos 6 a 8. O argumento do Apóstolo é que não há absolutamente nada em nós para nos recomendar, absolutamente nada. Por que Cristo veio ao mundo? Isso foi em resposta a algum fundamento proveniente da humanidade? De modo nenhum! Foi em resposta a algo de bom no homem? Foi por causa de alguma centelha Divina remanescente, e algumas manifestações dela? De modo nenhum! Não havia nada na humanidade para recomendá-la a Deus, nada na natureza humana, nada em qualquer um de nós para nos recomendar de forma alguma a Deus e ao Seu amor. De fato, a verdade sobre nós era, e é, que havia tudo em nós que era errado, vil e odioso, tudo calculado fazer com que Deus fosse o nosso antagonista — inimigos, odiosos, vis, ímpios, pecadores como nós. Temos de perceber que a nossa salvação é inteiramente gratuita, e provém apenas e completamente do amor de Deus em Sua infinita graça. Esse é o argumento do Apóstolo” (Romanos, Cap. 5, p. 124).

4. Em Efésios 2:4-5 é encontrada uma das mais belas passagens em toda a Escritura relativa à obra de salvação de Deus em favor do homem pecador. Leia o texto até que você esteja familiarizado com o seu conteúdo e, em seguida, escreva seus pensamentos sobre as seguintes frases. Como elas comunicam que foi o amor Divino e não o mérito ou dignidade humana que moveu Deus a salvar?

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a. Mas Deus... b. Que é riquíssimo em misericórdia... c. Pelo Seu muito amor com que nos amou... d. Pela graça sois salvos...

Notas De Estudo Efésios 2:4-5. (a) Mas Deus. Os atributos Divinos de misericórdia, amor e graça agora são contrastados com a depravação e rebelião de uma humanidade caída descrita nos versos anteriores. Esta pequena frase “Mas Deus...”, muda o curso de uma humanidade decaída. Se Deus não tivesse sido movido pelo Seu próprio caráter para agir em nosso lugar, não haveria nada para nós, senão a condenação e destruição eterna. É somente quando Deus entra na equação que a salvação aparece. Isso prova que a salvação encontra a sua origem, não nos méritos do homem, mas nos atributos de Deus, particularmente o Seu amor, misericórdia e graça. Matthew Henry escreve: “o próprio Deus é o autor desta grande e feliz mudança” (MHC [Matthew Henry's Commentaries: Comentários de Matthew Henry, Vol. 6, p. 692). Martyn Lloyd Jones escreve: “Há somente uma esperança para o homem no pecado, diz Paulo: ‘mas Deus’” (Efésios, Cap. 2, p. 65). Novamente Martyn Lloyd Jones escreve: “Com estas duas palavras nós chegamos à introdução à mensagem Cristã, a mensagem peculiar e específica que a fé Cristã tem a oferecer para nós. Estas duas palavras, em si mesmas, num sentido, contêm a totalidade do Evangelho. O Evangelho fala do que Deus tem feito, a intervenção de Deus; isso é algo que vem inteiramente fora de nós e mostra-nos aquela obra maravilhosa, incrível e surpreendente de Deus...” (Efésios, Cap. 2, p. 59). (b) Que é riquíssimo em misericórdia. A palavra “misericórdia” vem da palavra grega éleos e aponta para a bondade, ternura e compaixão de Deus se estendendo a criaturas indignas e miseráveis. João Calvino escreve: “Toda a nossa salvação é aqui atribuída à misericórdia de Deus” (CC [Calvin's Commentaries: Comentários de Calvino], Vol. 21, p. 224). Albert Barnes escreve: “Deus é rico em misericórdia; transbordante, abundante. A misericórdia é a riqueza ou a prosperidade de Deus. Os homens são frequentemente ricos em ouro, prata e diamantes, e eles se orgulham nessas posses; mas Deus é rico em misericórdia. Nisso Ele abunda; e Ele é tão rico nisso que Ele está disposto a transmiti-la aos outros; tão rico que Ele pode fazer de todos pessoas abençoadas” (BN [Barne's Notes: Notas de Barnes], Efésios, p. 40-41). (c) Pelo Seu muito amor com que nos amou. A misericórdia de Deus flui do Seu amor e se estende até o mais vil dos pecadores. Matthew Henry escreve: “Seu grande amor é a fonte

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e causa primária da [Sua misericórdia]; por isso, Ele resolveu mostrar misericórdia... E este amor de Deus é um grande amor, e esta misericórdia Sua é uma rica misericórdia, indizivelmente grande e inesgotavelmente rica” (MHC, Vol. 6, p. 692). Albert Barnes escreve: “Foi amor aos filhos da ira; amor àqueles que não tinham amor para retornar a Ele; amor aos alienados e aos perdidos. Isso é amor verdadeiro — a mais sincera e mais pura benevolência — amor, não como o de homens, mas tal como o que apenas Deus concede. O homem ama seu amigo, seu benfeitor, a sua parentela; Deus ama Seus inimigos, e procura fazer bem a eles” (BN, Romanos, p. 41). Charles Spurgeon escreve: “De todos os santos no Céu, pode-se dizer que Deus os amou porque Ele quis amá-los; pois, por natureza, não havia nada mais neles, para que Deus os amasse, mais do que havia nos próprios demônios do inferno. E, quanto aos Seus santos na terra, se Deus os ama, e Ele os ama, isso é simplesmente porque Ele quis amá-los, pois não havia qualquer bondade neles por natureza; Deus os ama na infinita soberania de Sua grande natureza amorosa” (MTP [Metropolitan Tabernacle Pulpit: Púlpito do Tabernáculo Metropolitano], vol. 52, p. 9). (d) Porque pela graça sois salvos. A graça é agora adicionada à misericórdia e ao amor para mostrar que a salvação do homem nasceu do caráter e da vontade de Deus. O homem não fez nenhuma contribuição para a salvação, exceto ser o fundo escuro como breu no qual a luz da graça de Deus é exibida. João Calvino escreve: “Estas palavras nos mostram que Paulo sempre se sente como se ele não tivesse suficientemente proclamado as riquezas da graça Divina, e, consequentemente, expressa, por uma variedade de termos, a mesma verdade, que tudo relacionado à nossa salvação deve ser atribuído a Deus como seu autor” (CC, Vol. 21, p. 225). Matthew Henry escreve: “Deus ordenou tudo para que o todo revele-se ser a partir da graça” (MHC, Vol. 6, p. 692). 5. Em Tito 3:4-5, o apóstolo Paulo faz uma das declarações mais claras na Escritura a respeito do motivo por trás da Divina obra salvadora em Cristo. Leia o texto até que você esteja familiarizado com o seu conteúdo e, em seguida, explique como afirma-se que a Divina salvação dos homens por meio de Cristo foi motivada pelo amor Divino e não pela dignidade ou mérito do homem? 6. Em 1 João 4:10 encontramos uma magnífica prova final que o amor de Deus foi total e completamente imerecido. De acordo com o verso 10, qual foi o motivo Divino por trás de Deus enviar o Seu Filho ao mundo. Isso foi o mérito do homem ou o amor de Deus? Como este texto demonstra e até mesmo magnifica o amor de Deus?

Notas De Estudo

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Tito 3:4-5. É importante primeiro ler o verso três, onde o apóstolo Paulo coloca diante de nós uma palavra dura sobre a depravação do homem, como John Gill escreve: “para estabelecer e magnificar a graça de Deus, como preto e branco ilustram um ao outro” (EONT [Exposition of the Old and New Testaments: Exposição do Antigo e Novo Testamentos], Vol. 6, p. 360). “Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador”. A primeira razão dada para a obra salvadora de Deus em favor de homens pecadores é a Sua benignidade. A palavra vem da palavra grega chrestótes que também pode ser traduzida como “bondade” ou “benignidade”. Matthew Poole define benignidade como “uma facilidade de fazer o bem para outro; aquela bondade nativa que há em Deus, tornando-O inclinado a amar, e propenso a fazer o bem aos filhos dos homens. Isso havia em Deus desde toda a eternidade, mas apareceu no ato dele haver enviar a Cristo, e, depois, o Seu Espírito, e na aplicação da redenção de Cristo às almas particulares” (COB, Vol. 3, p. 804). “Apareceu... amor de Deus... para com os homens”. A segunda razão dada para a salvação de homens pecadores de Deus é o Seu amor. A frase “amor para com os homens” vem de uma palavra grega philanthropía [philéo = amar + ántropos = homem] da qual deriva-se a palavra em Português “filantropo”. Deus é o grande Filantropo. Sua bondade e amor fizeram a sua maior demonstração no envio de Seu Filho. Matthew Henry escreve: “Este é o fundamento e o motivo. A piedade e misericórdia de Deus ao homem em miséria foram a primeira roda, ou melhor, o Espírito nas rodas, que estabelece e mantém tudo em movimento. Deus não é, não pode ser, movido por qualquer coisa fora de Si mesmo. A ocasião está no homem, ou seja, sua miséria e mediocridade. O pecado tendo operado esta miséria, a ira poderia ter sido comunicada, em vez de compaixão; mas Deus, sabendo como ajustar tudo com a Sua própria honra e perfeições, poderia apiedar-Se e salvar, ao invés de destruir” (MHC, Vol. 6, p. 872). “[Ele nos salvou] Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito”. Uma sã refutação feita contra qualquer pensamento que a Divina obra de salvação poderia ter sido motivada pelo ou com base no homem ou seus méritos. Matthew Henry escreve: “falsos fundamentos e motivos são removidos aqui: não por nossas obras previstas, mas por Sua própria livre graça e misericórdia somente. Tudo está sobre o princípio do favor imerecido e misericórdia, do princípio ao fim” (MHC, Vol. 6, p. 873). Thomas Boston escreve: “Não havia nada na criatura para movê-lO a tudo isso. Nenhuma beleza permaneceu na criatura caída, nada para ser visto ali, senão a perversidade e inimizade contra Deus... Deus não tinha necessidade do homem, nem Ele poderia ter proveito dele. Mas Ele amou o homem” (Obras, Vol. 10, p. 437-438). Joseph Alleine escreve: “Deus não encontra nada no homem para mover o Seu coração, mas o suficiente para mover o Seu estômago; Ele encontra o suficiente para provocar a Sua aversão, mas nada para excitar o Seu amor” (Guide to Heaven [Um Guia Seguro Para o Céu — publicado em Português pela editora PES], p. 27). Mas segundo a Sua misericórdia. A terceira razão dada para a Divina obra de

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salvação é a Sua misericórdia, que é aqui contrastada com os nossos atos. As mais grandiosas ações dos homens são como trapo da imundícia e levam à condenação, mas a misericórdia Divina salva. “Pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”. Tanto o fundamento da nossa salvação (a Cruz) e sua aplicação (a obra do Espírito Santo) são atribuídos à misericórdia de Deus. 1 João 4:10. “Nisto está o amor”. Albert Barnes escreve: “Neste grande dom está a mais alta expressão do amor, como se tivesse feito tudo o que ele pudesse fazer” (BN, 1 João, p. 332). “Não em que nós tenhamos amado a Deus”. Para colocá-lo claramente, o amor de Deus por nós não teve relação com o nosso amor por Ele. A Escritura se refere a nós como tendo sido “inimigos de Deus” (Romanos 1:30). Esta é mais uma refutação clara de qualquer pretensão de mérito, virtude ou valor em nós que poderia ter sido a causa da obra salvadora de Deus. John Gill escreve: “O amor de Deus é anterior ao amor de Seu povo; existia quando o deles não existia; quando eles estavam sem amor por Ele, sim, inimigos em suas mentes, pelas más obras, e até mesmo inimigos, portanto, não foi adquirido pelo [amor] deles” (EONT, Vol. 9, p. 647). Albert Barnes escreve: “Se tivéssemos O amado e O obedecido, poderíamos ter tido razão para crer que Ele estaria disposto a mostrar Seu amor por nós de uma forma correspondente. Mas nós éramos alienados dEle, não tínhamos mesmo nenhum desejo de Sua amizade e favor. Neste estado Ele mostrou a grandeza do Seu amor por nós, dando Seu Filho para morrer por Seus inimigos” (BN, 1 João, p. 332). “Mas em que ele nos amou a nós”. A única razão para a nossa salvação: o amor de Deus que flui de Sua natureza e é totalmente independente do mérito ou valor do homem. Thomas Manton escreve: “O amor de Deus existia no princípio, não o nosso” (Obras, Vol. 2, p. 342). João Calvino escreve: “Deus, induzido por nenhum amor dos homens, amou-os livremente... Foi, então, a partir da benignidade de Deus somente, como de uma fonte, que Cristo com todas as Suas bênçãos chegou até nós” (CC, vol. 22, p. 240). Matthew Henry escreve: “Estranho que Deus ame o impuro, vão, vil, pó e cinzas!... Ele nos amou, quando não tínhamos amor por Ele, quando nós nos deleitávamos na nossa culpa, miséria e sangue, quando éramos indignos, merecedores do mal, contaminados e imundos, e carecíamos de ser lavados de nossos pecados no sangue sagrado” (MHC, Vol. 6, p. 1084). “E enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados”. A palavra “propiciação” vem da palavra grega hilasmós que denota satisfação ou apaziguamento. Nas Escrituras, ela aponta para um sacrifício que satisfaz as exigências da ofendida justiça de Deus e apazigua a Sua ira feroz contra o homem rebelde. O grande e duradouro selo do amor de Deus foi, é e sempre será a morte propiciadora do Seu Filho por nós. João Calvino escreve: “Pois não foi somente um incomensurável amor que Deus não poupou o Seu próprio Filho, que por Sua morte Ele nos restaurasse à vida; mas foi benignidade da mais maravilhosa, que deveria encher nossas mentes com a maior admiração e assombro. Cristo, então, é tão a ilustre e singular prova de amor Divino por nós, de modo que sempre que olharmos para Ele, Ele nos confirma plenamente a verdade de que Deus é amor” (CC, vol. 22, p. 239).

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Deus Condescendendo Graça George Swinnock escreve: “Leitor, não é condescendente graça no mais alto grau, ou melhor, além de todos os graus, deste autossuficiente, absolutamente perfeito, incomparável Deus — quando a alma do homem estava deixada nua, faminta, inquieta, cercada de inimigos, sem piedade de todas as criaturas, banhada em seu sangue, ofegante, prestes a cada momento para alcançar o seu fim, e para ser presa por demônios, arrastada para o seu calabouço de escuridão, para ali fritar em chamas intoleráveis para sempre — que Ele olhe para o homem nesta condição repugnante com um olhar de favor e amor?... Amigo, amigo, o que é condescendente graça, se não isto? Ai, o incomparável Deus não tinha obrigação para com o homem, Ele não necessitava de forma alguma do homem, Ele não pode esperar o mínimo bem da parte do homem; Ele teria sido tão feliz quanto Ele é, agora, se raça humana fosse arruinada e tivesse perecido. Além disso, Ele estava infinitamente desobrigado pelo homem, e tinha toda a razão no mundo para destruí-lo; e ainda assim, Ele tem o prazer de ser tão diligente do bem-estar do homem, e tão solícito sobre ele como se fosse pelo Seu próprio” (Obras, Vol. 4, p. 478-479).

“Nisto Está O Amor” Por Charles Spurgeon “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:10). “João, com amor em seu coração, sobe no alto, e usando seu olho de águia, olha para toda a história, e todo o espaço, e, finalmente, ele posiciona-se sobre um local, pois ele descobriu aquilo pelo qual ele estava buscando, e ele diz: ‘Nisto está o amor’. Há amor em mil lugares, como as gotas dispersas, borrifadas sobre as folhas da floresta; mas quanto ao oceano, que está em um lugar, e quando chegamos a ele, dizemos: ‘Aqui está a água’. Há amor em muitos lugares, como os feixes de luz vagueantes; mas quanto ao sol, ele está em uma parte do céu, e à medida que olhamos para ele, dizemos: ‘Aqui está a luz’. Assim, ‘Aqui’, disse o apóstolo, à medida que ele olhou para o Senhor Jeová, ‘Nisto está o amor’. Ele não apontou para seu próprio coração, e disse: ‘Nisto consiste o amor’, pois este era, antes uma pequena poça cheia do grande mar de amor, ele não olhou para a Igreja de Deus, e disse de todas as miríades que não consideram as suas vidas como preciosa para si mesmos: ‘Nisto consiste o amor’, pois o amor deles era somente o brilho refletido do grande sol do amor; mas ele olhou para Deus, o Pai, no esplendor da Sua condescendência em dar o Seu único Filho para morrer por nós, e ele disse: ‘Nisto consiste o amor’, como se todo o amor estivesse aqui, amor à sua altura máxima, o amor em seu clímax, amor superando a si mesmo: “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (MTP, vol. 41, p. 1).

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“Como Suas criaturas, devemos amar o nosso Criador; como preservados pelo Seu cuidado, estamos sob a obrigação de amá-lO por Sua bondade: nós devemos a Ele tanto que o nosso melhor amor é um mero reconhecimento de nossa dívida. Mas Deus nos amou, a quem Ele não devia absolutamente nada; pois, aquelas que poderiam ter sido as reivindicações de uma criatura sobre Seu Criador, nós perdemos todas elas por nossa rebelião. Homens pecadores não tinham direitos em relação a Deus, exceto o direito de serem punidos. No entanto, o Senhor manifestou amor sem limites por nossa raça, que somente era digna de ser destruída. Ó palavras! Como vocês me falham! Eu não posso expressar o meu coração por esses pobres lábios de barro. Ó Deus, quão infinito era o Teu amor que foi dado sem qualquer obrigação de Tua parte, livremente e não buscado, e tudo porque Tu quiseste amar, sim. Tu amas porque Tu és amor. Não havia nenhum motivo, nenhum constrangimento, nenhuma reivindicação pelo que Tu amasses a humanidade, a não ser que Teu coração Te guiou a assim agir. Que é o homem para que Te lembres dele? ‘Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós’” (MTP, Vol. 29, p. 113). “Quando Deus ama aqueles que O amam, isto parece estar de acordo com a lei da natureza; mas quando Ele ama aqueles que não O amam, isso deve estar acima mesmo de todas as leis; isso está, certamente, de acordo, com a extraordinária regra da graça, e graça somente. Não havia um homem na terra que amasse a Deus. Não havia ninguém que fizesse o bem, nem um sequer; e ainda assim, o Senhor fixou o olhar do Seu amor eletivo sobre os pecadores, em quem não havia nenhum pensamento de amá-lO. Não há mais amor a Deus ali em um coração não renovado do que há de vida dentro de um pedaço de granito. Não há mais do amor a Deus ali dentro da alma que não é salva do que há de fogo nas profundezas das ondas do oceano; e aqui em verdade está a maravilha, que, quando não tínhamos amor a Deus, Ele nos amou. Esta é uma forma suave de expressá-lo, pois em vez de amar a Deus, meus irmãos, você e eu retínhamos dEle o mais pobre tributo de honra. Éramos descuidados, indiferentes. Dias e semanas passaram sobre as nossas cabeças em que dificilmente pensávamos sobre Deus. Se não houvesse qualquer Deus, não faria muita diferença para nós quanto aos nossos pensamentos, hábitos e conversação. Deus não estava em todos os nossos pensamentos; e, talvez, se alguém tivesse nos informado que Deus estava morto, deveríamos ter pensado disso como um belo recorte de notícia, pois, então, poderíamos viver como nós queríamos, e não precisaríamos estar em qualquer medo de sermos julgado por Ele. Em vez de amar a Deus, ainda que agora nos alegramos que Ele nos ame, nós nos rebelávamos contra Ele. Qual das Suas leis nós não temos quebrado? Não podemos colocar o dedo sobre um mandamento sem sermos obrigados a reconhecer que nós violamos as Suas ordens, ou vivemos aquém de Suas demandas” (MTP, Vol. 42, p. 2728).

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 Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a — John Flavel  Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston  Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H. Spurgeon  Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W. Pink  Oração — Thomas Watson  Pacto da Graça, O — Mike Renihan  Paixão de Cristo, A — Thomas Adams  Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards  Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural — Thomas Boston  Plenitude do Mediador, A — John Gill  Porção do Ímpios, A — J. Edwards  Pregação Chocante — Paul Washer  Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon  Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200  Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon  Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon  Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M. M'Cheyne  Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer  Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon  Sangue, O — C. H. Spurgeon  Semper Idem — Thomas Adams  Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill, Owen e Charnock  Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) — C. H. Spurgeon  Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J. Edwards  Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen  Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. Owen  Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink  Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R. Downing  Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan  Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de Claraval  Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no Batismo de Crentes — Fred Malone

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Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria


2 Coríntios 4 1

Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 2

3

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está 4 encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 5

de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo 6 Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 7 para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 10 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus 11 se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 12 13 nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, 14 por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará 15 também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de 16 Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o 17 interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação 18 produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se Issuu.com/oEstandarteDeCristo não veem são eternas.


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