Traduzido do original em Inglês
Journey into the Gospel By Paul Washer © HeartCry Missionary Society | www.HeartCryMissionary.com
Publicaremos esta obra em oito partes, ou fascículos, e, posteriormente, em um volume único contendo toda a obra. A presente publicação é composta da parte VII deste livro.
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Tradução por Camila Almeida Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Agosto de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta transcrição são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
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Uma Jornada No Evangelho Por Paul David Washer
[Publicaremos esta obra supracitada em oito partes, ou fascículos. A presente publicação é composta da parte VII deste livro. Veja a Parte I clicando aqui]
Por Seu Grande Amor Por Nós No capítulo anterior, tivemos o cuidado de ressaltar que a vinda do Filho para salvar os pecadores estava em perfeito acordo com a vontade do Pai, e que foi o Pai que tanto amou o mundo que enviou o Seu Filho, para que através dEle o mundo fosse salvo (João 3:16-17). Neste capítulo, devemos ser igualmente cuidadosos ao ressaltar que o Filho não foi forçado a assumir esta obra salvadora, nem que Ele fez isto de má vontade. Ao contrário, Ele entregou a Si mesmo totalmente e de boa vontade para que os objetos do Seu amor — uma humanidade perdida, depravada, rebelde — conhecessem o perdão e a vida eterna. É um grande encorajamento e consolo saber que o Filho que realizou uma obra de salvação tão grandiosa, assim o fez não somente para a glória de Deus, mas pelo grande amor com que Ele amou o Seu povo. Em suma, o Filho que entregou a Si mesmo por causa de Sua paixão inabalável pela glória de Deus é o mesmo que morreu por amor de homens caídos e para alcançar a sua bem-aventurança. O Cristo que morreu para Deus é o mesmo que morreu por nós. Jonathan Edwards escreve: “A Escritura em cada lugar apresenta que as grandes coisas que Cristo fez e sofreu, foram no sentido mais direto e adequado por Seu grande amor por nós” (Obras, Vol. 1, p. 114). Louis Berkhof escreve: “A doutrina da expiação vicária, como é dito, não envolve injustiça da parte do Pai, à medida que Ele simplesmente sacrifica o Filho pelos pecados da humanidade... Não foi o Pai, mas o Deus Triuno que concebeu a plano da redenção. Houve um acordo solene entre as Três Pessoas na Divindade. E neste plano o Filho voluntariamente Se comprometeu a suportar a penalidade do pecado e a satisfazer as exigências da lei Divina” (Teologia Sistemática, p. 379). 2. A natureza, grau e extensão do amor do Filho por pecadores indignos é uma das verdades mais surpreendentes da Escritura. Foi esse amor que O levou a dar a Sua vida em lugar daqueles que Ele veio salvar. O que os seguintes textos nos ensinam sobre esta verdade?
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Gálatas 2:20 Efésios 5:2
Notas de Estudo Gálatas 2:20. “Filho de Deus, o qual me amou”. Pelo grande amor com que nos amou, Ele livremente entregou-Se à mais cruel das mortes, para sofrer a extensão da ira de Deus contra o pecado. João Calvino escreve: “Se algum mérito nosso O tivesse levado a redimirnos, isso teria sido declarado; mas agora Paulo atribui tudo ao amor; isso é, portanto, a partir da livre graça. Observemos a ordem: ‘Ele nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós’. Como se Ele tivesse dito: ‘Ele não tinha outra razão para morrer, senão porque Ele nos amou’, e isso ‘quando éramos inimigos’ (Romanos 5:10)” (CC [Calvin's Commentaries: Comentários de Calvino], vol. 21, Gálatas, p. 75). Charles Spurgeon escreve: “A linguagem do texto também me sugere que eu deveria lembrar a vocês que o amor de Jesus era um amor antigo. É verdade que Ele nos ama agora, mas Paulo também escreveu verdadeiramente: ‘Quem me amou’. O verbo está no passado. Jesus me amou na cruz; me amou na manjedoura de Belém; me amou quando a terra não existia. Nunca houve um momento em que Jesus não amou o Seu povo... Pense nisso. ‘Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí’. Que Ele ame a todos nós, é uma maravilha; que Ele sempre nos amou, é a maravilha das maravilhas; e este amor é uma parte de Seus propósitos eternos, e é tão antigo quanto Suas ações na história do universo” (MTP [Metropolitan Tabernacle Pulpit: Púlpito do Tabernáculo Metropolitano], Vol. 40, p. 339). “E Se entregou por mim”. O amor foi a motivação de Cristo para “Ele se entregar” por nós. Thomas Boston escreve: “Veja o incomparável amor do Filho de Deus pelos pobres pecadores. Foi o amor que O moveu a substituí-los, e comprometer-Se a pagar o resgate... Ele estava disposto a ser difamado, para que pudéssemos ser glorificados; a tornar-Se pobre, para que fôssemos feitos ricos; a ser acusado e condenado, para que fôssemos justificados; a entrar na prisão, para que fôssemos livres; e uma a maldita morte vergonhosa, para que pudéssemos viver, e reinar em honra para sempre. Oh, quão grande era o seu amor pelos pobres pecadores!” (Obras, Vol. 1, p. 387). Charles Spurgeon escreve: “Jesus não podia dar mais do que a Si mesmo. Ele não somente deu a Sua coroa, Seu trono, Sua humanidade, a Sua vida, Seus sofrimentos, Sua morte, Seus ofícios, Suas excelências, Seus méritos, mas Ele deu a Si mesmo... Se você medir o amor pelos seus dons, você é assegurado de um amor imensurável aqui, porque foi provado por um dom incomensurável” (MTP, Vol. 13, p. 340). Efésios 5:2 “...também Cristo vos amou”. Não há esperança para o pecador fora dessas quatro palavras. É a maior das tragédias quando a verdade que elas transmitem torna-se comum e já não nos surpreende. John Gill escreve que Cristo nos amou, “...com um amor
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excessivamente grande e forte, o que é maravilhoso, inconcebível e sem paralelo” (EONT [Exposition of the Old and New Testaments: Exposição do Antigo e Novo Testamentos], Vol. 8, p. 98). “E Se entregou a Si mesmo por nós”. Esta é de uma vez por todas a prova do amor de Cristo. Não há maior prova que possa ser dada, e nada depois deve ser exigido. João Calvino escreve: “Esta foi uma prova notável do amor mais elevado” (CC, vol. 21, Efésios, p. 304). Albert Barnes escreve: “A força do Seu amor era tão grande que Ele estava disposto a entregar-Se à morte em nossa consideração” (BN [Barne's Notes: Notas de Barnes], Efésios, p. 95). “Em oferta e sacrifício a Deus”. Para que o homem pecador fosse salvo da ira de Deus, era necessário que alguém intervisse. Em amor, Cristo aceitou o fardo de nossos pecados e sofreu a ira de Deus em nosso lugar. A palavra “sacrifício” vem da palavra grega thusía que é a palavra mais comum utilizada no Novo Testamento para designar um sacrifício oferecido a Deus pelo derramamento de sangue e expiração da vida. Albert Barnes escreve: “Cristo foi um sacrifício; e Seu amor foi mostrado em Seu estar disposto que Seu sangue fosse derramado para salvar os homens” (BN, Efésios, p. 95). “Em cheiro suave”. Como um aroma perfumado. O sacrifício perfeito de Cristo foi completamente agradável e aceitável a Deus. Matthew Henry escreve: “Assim como Ele ofereceu-Se com um propósito de ser aceito por Deus, assim também Deus aceitou, ficou satisfeito com e apaziguado por este sacrifício” (MHC [Matthew Henry's Commentaries: Comentários de Matthew Henry], Vol. 6, p. 709).
O Compensatório Amor do Filho Por Jonathan Edwards “Seu [ou seja, de Cristo] deleite na perspectiva da salvação eterna das almas mais do que compensou o terror que Ele teve de Seus sofrimentos extremos. As muitas águas não poderiam apagar o Seu amor, nem os rios poderiam afogá-lo, pois o Seu amor era mais forte do que a morte; sim, do que as dores poderosas e tormentos de uma morte” (Obras, Vol. 2, 962).
O Acordo do Pai Por John Flavel “Aqui você pode supor que o Pai diz, ao dirigir Sua oferta a Cristo por você — Pai: Meu Filho, aqui está uma companhia de pobres almas miseráveis, que arruinaram a si mesmas totalmente, e agora são passíveis de Minha justiça! A justiça exige satisfação por eles, ou irá satisfazer-se na ruína eterna deles: O que deve ser feito por essas almas? E assim Cristo responde. Filho: Ó, Meu Pai, tal é o Meu amor e compaixão por eles, que ao invés deles perecerem
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eternamente, Eu serei o responsável por eles como seu Fiador; traga todas as Tuas contas, para que Eu possa ver o que eles devem a Ti; Senhor, traga-as todas, para que mais nenhuma conta seja paga por eles; de Minha mão demande-as. Antes, Eu escolho sofrer a ira por eles, ao invés de que eles a sofram: sobre Mim, Meu Pai, sobre Mim seja toda a dívida deles. Pai: Mas, Meu filho, se Tu empreenderes por eles, Tu deves considerar pagar a última mínima parte, não espere abatimentos; se Eu poupá-los, Eu não pouparei a Ti. Filho: Satisfaça-Se, Pai, que assim seja; cobre tudo de Mim, Eu sou capaz de cumprir isso: e embora isso prove ser uma espécie de ruína para Mim, apesar de todas as Minhas riquezas empobrecerem, e de todos os Meus tesouros serem esvaziados, contudo Eu estou contente em fazer isso” (Obras, Vol. 1. p. 61).
O Amor E A Compaixão O Moveram Por Charles Spurgeon “Jesus Cristo olhou para os homens não no seu melhor, quando Ele deu a Sua vida pela redenção deles, mas no seu pior. Isso é claro, sim, é auto-evidente: se eles tivessem todos sãos, eles não teriam necessidade de um médico; se eles não estivessem perdidos, eles não teriam necessidade de um Salvador; se a doença não houvesse sido má, eles não precisariam de tão incomparável remédio como o sangue de Cristo; se não estivessem impotentemente perdidos, não haveria necessidade da onipotência intervir para efetuar o resgate, e não fosse a ruína terrível até o último grau, não teria sido exigido que o próprio Deus viesse em carne humana, e expiasse a culpa por Sua própria morte na cruz. A glória do remédio prova o desespero da doença. A grandiosidade do Salvador é uma evidência segura do assombro de nossa condição perdida. Olhe para isso, então, e enquanto o homem é rebaixado, Cristo ergue-Se em sua estima, e enquanto você valoriza o Salvador, assim você será mais e mais acometido de terror por causa da grandeza do pecado que precisou de tal Salvador para nos redimir dele” (MTP, Vol. 20, p. 413). “Observe-se, então, que quando o Filho de Deus determinou morrer pelos homens, Ele os viu como ímpios, e alienados de Deus pelas más obras. Ao lançar o Seu olhar sobre a nossa raça Ele não disse, ‘Aqui e ali Eu vejo espíritos de caráter mais nobre, puros, sinceros, à procura de verdade, bravos, altruístas e justos; e, portanto, por causa desses queridos, morrerei por esta raça caída’. Não; mas olhando sobre todos eles, Ele, cujo julgamento é infalível, retornou com este veredito: ‘Eles estão todos indo para fora do caminho; eles estão juntamente tornando-se inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nenhum sequer’. Rebaixe-os nessa estimativa, e nada melhor, Cristo morreu por
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eles... Jesus nos viu como nós realmente éramos, e não como nossas fantasias orgulhosas são; Ele nos viu sem Deus, inimigos de nosso próprio Criador, mortos em delitos e pecados, corruptos e inclinados ao mal, e mesmo em nosso ocasional clamor pelo bem, procurando por isso com o julgamento cego e o coração preconceituoso, de modo que nós consideramos o amargo, doce e o doce, por amargo. Ele viu que em nós não havia nenhuma coisa boa, mas todo o mal possível, de modo que estávamos perdidos, totalmente, desesperadamente, irremediavelmente perdidos e alienados dEle; ainda assim, vendo-nos naquela situação e condição desgraçada e sem Deus, Ele morreu por nós” (MTP, Vol. 20, p. 495-496). “Reunindo todas essas coisas, o homem por natureza, onde Cristo o encontra, é totalmente desprovido de força de todo tipo, para tudo o que é bom — pelo menos, de qualquer coisa que é boa aos olhos de Deus, e é aceitável a Deus... Ele não tem absolutamente nenhuma força em de si próprio. Ele é fraco, e encontra-se sem esperança, impotente, arruinado e perdido, completamente destruído; um esplêndido palácio todo em ruína, por cujas paredes quebradas correm ventos desolados com gemidos terríveis, onde bestas de nome vil e aves imundas assombram, um palácio majestoso mesmo em ruínas, ainda permanece completamente arruinado e bastante incapaz de auto-restauração. ‘Sem força’. Ai! ai! pobre humanidade!” (MTP, Vol. 20, p. 412). “Então deixe isto ser notado — e este é o ponto que eu quero constantemente manter diante de sua vista — que Jesus morreu por pura compaixão. Ele deve ter morrido por causa da benevolência mais gratuita por quem não merece, porque o caráter daqueles por quem Ele morreu não poderia tê-lO atraído, mas eram repugnantes para a Sua santa alma. Poderia Cristo amar os ímpios e os perversos simplesmente por apresentarem tais características? Não, Ele os amou não obstante as suas ofensas, amou-os como criaturas caídas e miseráveis, amou-os conforme a abundância da Sua benignidade e compaixão, a partir de piedade, e não de admiração. Vendo-os como ímpios, ainda assim Ele os amava. Este é o amor extraordinário! Não me admira que algumas pessoas são amadas por outros, pois elas têm um poderoso encanto em seu semblante, seus modos são cativantes, e suas características os encantam em afeição; ‘Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores’. Ele olhou para nós, e não havia um único sinal de beleza em nós: nós estávamos cobertos com ‘feridas, inchaços e chagas podres’, contaminações e poluições; e ainda assim, apesar de tudo isso, Jesus nos amou. Ele nos amou, porque Ele nos ama, porque Seu coração estava cheio de compaixão, e Ele não quis deixar-nos perecer. Sua compaixão O levou a buscar os objetos mais necessitados para que o Seu amor pudesse mostrar a sua capacidade máxima ao erguer homens da degradação mais baixa, e colocá-los na posição mais alta de santidade e honra” (MTP, Vol. 20, p. 499- 500).
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3. A medida do amor de Cristo é que Ele entregou a Si mesmo por nós. Pode haver maior expressão ou ilustração de amor do que este? O que as seguintes Escrituras nos ensinam a respeito dessa verdade? Como isso prova mais uma vez que o motivo para a vinda do Filho não era o mérito ou valor dos homens, mas o amor do Filho? João 15:13 1 João 3:16
Notas De Estudo João 15:13. “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”. A encarnação e morte de Jesus Cristo é a maior expressão, obra e prova de amor. Matthew Henry escreve: “E este é o amor com que Cristo nos amou, Ele é a nossa Fiança por nós, corpo por corpo, vida por vida, embora Ele conhecesse a nossa insolvência, e préconhecia o quanto engajar-Se nisto custaria a Ele” (MHC, Vol. 6, p. 1125). John Gill escreve: “Ele não somente desceu do Céu, e pôs de lado a Sua glória e majestade real, mas Ele deu a Sua vida; não Seu ouro e prata, e as riquezas deste mundo, que eram todos Seus, mas a Sua vida; é notório que nada é mais precioso para um homem do que ele mesmo, seu tudo. E, além disso, a vida de Cristo não era comum, não era a vida de apenas uma pessoa inocente, ou a vida de um homem simples, mas de um homem em união com o Filho de Deus; que era o Senhor da glória e Príncipe da vida, que foi crucificado e morto; uma vida que esteve inteiramente à Sua disposição; ela nunca tinha sido penalizada pelo pecado, nem poderia ter sido removida dEle por homens ou demônios; foi entregue de e por Si mesmo, livre e voluntariamente; e este ‘por’, no lugar, e, em vez de Seu povo, como um resgate por eles; Ele sendo o seu Fiador e Substituto, e permanecendo no lugar e posição legal deles, Ele levou os seus pecados sobre Si, suportou a maldição da lei, suportou a ira de Seu Pai, e toda a punição devida pelo pecado; e assim sofreu a morte, a morte na cruz; o justo, no lugar e posição dos injustos” (EONT, Vol. 8, p. 68). Charles Spurgeon escreve: “Nosso Senhor Jesus Cristo não tinha qualquer tipo de necessidade de morrer. Quando um homem dá a sua vida por seu amigo — e quão raramente isso tem ocorrido! —, ele apenas antecipa a dívida da natureza que, em qualquer caso, ele tem que pagar antes do tempo. Se você fosse morrer por mim, ou eu fosse morrer por você, amanhã, o faríamos, um de nós, somente um pouco mais cedo do que faremos por fim. A morte, em breve, pleiteia cada um de nós, e ao sepulcro todos nós devemos descer a menos que nosso Senhor venha rapidamente. Mas, Ele possuía a imortalidade inerente. Nenhuma sentença de morte estava escrita na testa, Ele poderia viver para sempre... Então, Jesus Cristo ao dar a Sua vida pelos Seus amigos foi além de qualquer coisa que poderia mesmo acontecer na vida de qualquer outro homem, um ato voluntário, e, consequentemente, uma exibição mais
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maravilhosa de amor do que jamais poderia ser dado em qualquer outro caso” (MTP, vol. 52, p. 222). Thomas Boston escreve: “Ele nasceu santo por eles, viveu santo para eles e morreu por eles na cruz. Nunca houve tal ato de amizade como essa entre os homens, alguém que suporte a ira de Deus no lugar e posição de outro. Oh, como Ele os amou!” (Obras, Vol. 5, p. 246). “Vós sereis Meus amigos”. John Gill escreve: “As pessoas pelas quais Ele deu a Sua vida, são descritos como ‘Seus amigos’; não que eles fossem originalmente assim; sendo inimigos e a própria inimizade contra Deus, quando Ele deu a Sua vida por eles, e os reconciliou; eles não portavam-se amigavelmente, ou como tivessem mostrado qualquer amor e afeição por Ele, mas pelo contrário; contudo eles são assim chamados, porque Ele os havia escolhido para Seus amigos; Ele tinha direcionado sobre eles, e resolveu torná-los assim; e morrendo por eles, reconciliou aqueles que eram inimigos; e em consequência disto, pelo Seu Espírito e graça, de inimigos tornou-os amigos; de forma que Seu amor em morrer por Seu povo é maior do que qualquer instância de amor entre os homens: Ele deu a Sua vida por Seus inimigos, sem quaisquer perspectiva vil e egoísta, e isso livre e voluntariamente; enquanto que entre os homens, quando um homem deu a sua vida por outros, ou eles têm tido muito merecimento, ou ele foi forçado a isso, ou isso foi feito visando o aplauso popular e vanglória” (EONT, Vol. 8, p. 68). 1 João 3:16. “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós”... Incontáveis homens da literatura, poetas e estudiosos têm igualmente muito tentado definir e ilustrar a natureza do amor. Na cruz, Cristo fez com as obras deles se tornassem obsoletas. Com Sua morte, Ele definiu, ilustrou e proclamou um amor cuja pureza só é igualada por Seu zelo. Por Ele, chegamos a conhecer a essência e o significado do amor. Sua morte por Seu povo é o padrão de ouro do amor. Albert Barnes escreve: “Por isso... nós sabemos o que é o verdadeiro amor; vemos uma ilustração mui comovente e marcante de sua natureza” (BN, 1 João, p. 322). Charles Spurgeon escreve: “Todos os tipos de sacrifícios podem ser tomados como provas de afeição, mas o abandono da vida é a prova suprema do amor, do que ninguém duvida” (MTP, vol. 51, p. 520). Thomas Manton escreve: “Houve poder desvelado na criação, quando Deus nos fez semelhantes a Ele mesmo a partir do pó da terra; mas o amor [foi desvelado] em nossa redenção, quando Ele Se fez como nós. A Pessoa que estava operando a nossa libertação era o eterno Filho de Deus. Aquele Deus que não deve nada ao homem, e estava muito ofendido pelo homem, e que não estava em nenhuma necessidade do homem, tendo a infinita felicidade e contentamento em Si mesmo, Quem viria e morreria por nós! Nisto conhecemos o amor de Deus” (Obras, Vol. 1, p. 432). Existem alguns fundamentos que devem ser adequadamente compreendidos, se quisermos alguma vez perceber a magnitude do amor de Cristo: (1) A infinita grandeza de Quem morreu. Na cruz, não foi homem por homem, mas Deus pelo homem. O Criador condescende a morrer pela criatura. (2) A depravação, indignidade e a miséria daqueles por quem Cristo morreu. Teria sido amor indescritível se Cristo morresse pelos anjos ou pelos homens bons, ou
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mesmo pecadores penitentes. Mas Ele morreu por inimigos endurecidos. (3) A gravidade da morte que sofreu. A cruz em si era conhecida por ser a maior de todas as torturas. Mas a cruz de Cristo não foi comum. Todas as outras cruzes combinadas são uma coisa pequena em comparação com a Sua, pois Ele morreu sob a ira de Deus. É somente quando estas três verdades são devidamente entendidas que a morte de Cristo é devidamente avaliada. Desde que a morte de Cristo é a maior e mais verdadeira demonstração de amor, deve ser que o amor é o seu autor e a força por trás disso. Não foi o mérito ou virtude humana que moveu Cristo a entregar-Se tão livremente, mas foi o Seu amor imerecido e incondicional.
ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use estas palavras para trazer muitos Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.
Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria!
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2 Coríntios 4 1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 2
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na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está 4 encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo 6 Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 7 para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 10 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus 11 se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 12 13 nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, 14 por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará 15 também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de 16 Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o 17 interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação 18 produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se Issuu.com/oEstandarteDeCristo não veem são eternas.