Sistema FIEP - Transformação Digital

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NA FORMA DE PENSAR

Luiz Carlos Ferracin, gerente de Inovação do Sistema Fiep, discorre sobre a importância de pensar diferente as antigas demandas da indústria

INO NA FORMA DE FAZER

Os Institutos de Inovação em Eletroquímica e em Engenharia de Estruturas estão à disposição do setor para alcançar resultados surpreendentes

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NA FORMA DE PRODUZIR

Carlos Gallani, diretor técnico da planta de Curitiba da Robert Bosch, explica como a Indústria 4.0 traz ganhos para todos os setores da sociedade p.08

EXPEDIENTE: SISTEMA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARANÁ | PRESIDENTE: Cláudio Petrycoski | SUPERINTENDÊNCIA DO SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA (SESI) E DO INSTITUTO EUVALDO LODI (IEL); CONSELHO DO SESI: Hélio Bampi | CONSELHO DO SENAI: Carlos Walter Martins Pedro | GERÊNCIA EXECUTIVA DE MARKETING: Marcia Souza | GERÊNCIA DE MARKETING: Everton Diogenes | COORDENAÇÃO DE


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NA FORMA DE GERIR

A transformação digital precisa partir da atuação das lideranças

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NA FORMA DE REALIZAR

Parcerias em prol da indústria, como com a Embrapii e o Sebrae, possibilitam colocar os projetos inovadores em prática

VAÇÃO PARA UM MUNDO MELHOR

Paraná sai na frente e inaugura o primeiro Centro de Veículos Híbridos e Elétricos e pós-graduação sobre o tema no Brasil p.14

DIRETOR REGIONAL DO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL (SENAI): José Antonio Fares | SUPERINTENDENTE DE ÁREA CORPORATIVA DO SISTEMA FIEP: Irineu Roveda Junior COMUNICAÇÃO: Denise Morini | JORNALISTAS RESPONSÁVEIS: Tina Demarche e Rafaella Sabatowitch | PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Fernanda Nascimento | REVISÃO: Franciele Bueno


Artigo

OS CAMINHOS DA INOVAÇÃO POR LUIZ CARLOS FERRACIN, GERENTE EXECUTIVO DE INOVAÇÃO DO SISTEMA FIEP

Faz parte desse novo “momento se posicionar,

questionar e romper com pensamentos ortodoxos e convenções ” Para inovar é necessário revisitar modelos mentais a todo o momento e se desprender da mesmice. Devemos nos lançar de forma despojada, insuperável, pujante, acelerada, sendo autênticos, com um tempero de simplicidade e pragmatismo, com boas práticas de governança corporativa. Faz parte desse novo momento se posicionar, questionar e romper com pensamentos ortodoxos e convenções, a partir de um diálogo franco e aberto. A inovação no Sistema Fiep está presente desde seu início, com a construção de toda a base

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educacional sólida das instituições Senai, Sesi e IEL. Internamente, estamos trazendo controles de processos digitalizados, de tal forma a termos informações rápidas, fidedignas e rastreáveis para realizar ações eficientes, monitorando a qualidade de entrega aos nossos clientes, com baixo custo. Outro ponto é a implementação do Lean Office no dia a dia dos Institutos Senai de Tecnologia e de Inovação, otimizando processos e equipes. Os Observatórios do Sistema Fiep também fazem parte desse novo contexto, apoiando os institutos com o uso de inteligência artificial para avaliar tendências de mercado a partir de números fidedignos. Com isso, Sesi e Senai estão usufruindo cada vez mais intensamente dessas informações para traçar estratégias e se lançar no mercado com serviços mais atrativos para cada segmento industrial. A forma de operação da Aceleradora do Sistema Fiep é mais um ponto forte. As startups são parceiras em projetos e desafios lançados pelos institutos, tanto em PD&I quanto em consultorias. Quando pensamos em aceleradora, estamos impulsionando a indústria com novos projetos, disponíveis e acessíveis. Junto a tudo isso, a educação técnica tem o papel fundamental de preparar talentos com capacidade para operacionalizar o que se faz de moderno nas indústrias e na disseminação de conhecimento e inovação para o parque fabril, por meio de cursos, palestras e imersões com nossos técnicos e empresários. Esse círculo virtuoso da inovação tem tido atenção especial com a formação de líderes prontos a conduzir equipes e processos rumo à indústria 4.0, por meio do inédito MBA com diplomação internacional em Liderança para Transformação Digital, apoiando integralmente o setor industrial em sua jornada para cenários mais produtivos e competitivos.


TRANSFORMAÇÃO DIGITAL EXIGE MUDANÇA ESTRUTURAL Indústria terá de ser ágil para se adaptar ao novo cenário Quando uma indústria usa tecnologias digitais para melhorar a performance, aumentar a produtividade, dar agilidade às suas respostas, aumentar o alcance de sua marca, atender melhor ou ganhar novos clientes, é possível dizer que ela passou ou está passando por uma transformação digital. O conceito está diretamente relacionado à forma como a tecnologia é entendida em uma organização.

É o que afirma a coordenadora do Instituto Senai de Tecnologia da Informação e Comunicação, Silvana Mali Kumura. “Não se trata apenas da transformação em uma área, mas de uma mudança estrutural no papel da tecnologia da organização. A conectividade mudou nos últimos anos o perfil e a demanda dos clientes. Essa mudança acaba acelerando ainda mais o processo de transformação digital, pois as empresas precisam ser ágeis para se adaptar nesse novo cenário”, diz.

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“A transformação atinge também produtos e serviços das empresas, para torná-los mais inteligentes, produtivos, competitivos e mais valiosos em termos de experiência do consumidor”, assegura Priscila Assahida, da área de Aceleração de Startups do Senai no Campus da Indústria, em Curitiba. Para ela, “essa transformação incorpora novas competências para aprender, criar e gerar valor a partir de interações de cooperação, colaboração, conectividade e cocriação com clientes, parceiros e fornecedores em um ambiente de extrema incerteza”. Silvana Kumura acrescenta que, com a previsão de alguns autores de que até 2020 mais de 30 bilhões de dispositivos estarão conectados à internet, a complexidade tende a aumentar. “Com isso, nem toda organização deve assumir um papel de liderança em um ecossistema de negócios digital, porém, todas precisarão de uma estratégia de plataforma digital”. A estratégia muda de acordo com a empresa, dependendo do que faz sentido para sua realidade e de acordo com os objetivos de negócio que tem em longo prazo. “Independentemente da configuração, a estratégia deve integrar os negócios e as necessidades de TI, além de estabelecer uma visão de liderança coletiva”, explica a coordenadora.

O instituto de TIC de Londrina atua com tecnologias habilitadoras para a Indústria 4.0. De acordo com Silvana, “isso gerou em 2018 o projeto de implementação de um hub (em uma rede, o hub funciona como a peça central, que recebe os sinais transmitidos pelas estações e os retransmite para todas as demais) de inteligência artificial para a transformação digital da indústria”.

“Contar com parceiros

para acompanhar tendências do Business 4.0 é algo essencial ”

Bruno Rocha, diretor financeiro de operações da TCS no Brasil e no México

Como uma entidade que prospecta, agrupa, distribui e gerencia demandas de inteligência artificial em uma rede de parceiros da Rede Senai e parceiros nacionais e internacionais, o hub tem previsão de início de funcionamento em 2019. “O fato de ser instalado em Londrina fomentará na região e no Paraná o trânsito de conhecimentos, oportunidades e parcerias nacionais e internacionais. Isso deve consolidar Londrina em um centro de referência para o assunto”, analisa Silvana.

TECNOLOGIAS HABILITADORAS O Instituto Senai de Tecnologia da Informação e Comunicação, localizado em Londrina, compõe uma rede de outros oito institutos de tecnologia e inovação do Sistema Fiep. Por meio dessas instituições, a indústria paranaense pode contar com um portfólio de produtos e serviços que contribuem para a transformação digital e, com isso, para o desenvolvimento industrial do estado.

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Tecnologia Em consonância com a vocação que possui, o município acompanhou a instalação, em janeiro deste ano, da Tata Consultancy Services (TCS), uma empresa de serviços de Tecnologia da Informação, consultoria e soluções de negócios, que nos últimos 50 anos tem se associado a muitas das maiores empresas do mundo para acompanhá-las em suas jornadas de transformação rumo ao modelo de Indústria 4.0. “É impossível imaginar hoje o mundo sem tecnologia. E contar com parceiros para acompanhar as tendências do Business 4.0 é algo essencial para as companhias serem bem-sucedidas”, afirma Bruno Rocha, diretor financeiro de operações da TCS no Brasil e no México. “Teremos o apoio do Senai, uma instituição importante na cidade. É um Senai maduro e calcado no empreendedorismo. A estrutura que oferece e que promete incrementar foi um fator decisivo em nossa escolha por essa cidade do Paraná.” O diretor acrescenta que “a TCS expandiu suas operações no Brasil com a construção de um novo delivery center em Londrina com o intuito de ser a maior da empresa no Brasil e em língua portuguesa no mundo”.

INOVAÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO Segundo Priscila Assahida, o Sistema Fiep promove também a transformação digital nas indústrias por meio de ações educativas, consultorias em gestão de inovação e de empreendedorismo e aceleração de startups. “Promovemos ações de sensibilização e prospecção por meio de realização de palestras, apoio a hackathons (maratonas de

prototipação), pitchdays e demodays (encontro de negócio com startups), e organização de programas de intraempreendedorismo com foco em transformação digital, a partir da demanda da indústria. Temos como propósito o engajamento de talentos, conexão com o ecossistema de inovação e aceleração de empreendimentos de alto impacto”, diz. Priscila garante que a inovação na transformação digital também é estar presente em discussões estratégicas das organizações. “Nosso papel é apoiar e traçar planos para a conversão do analógico para o digital e desenhar cenários de evolução de novos modelos de negócios que explorem as vantagens de ter ‘tudo conectado’, a qualquer momento e em qualquer lugar”, conclui Priscila.

A INOVAÇÃO PARA LIDERANÇAS “O movimento da Indústria 4.0 não é algo que o setor consegue fazer sozinho. É preciso conhecer as necessidades e estabelecer parcerias com startups, por exemplo.” A frase é do gerente de operações do Sistema Fiep, Fabricio Luz Lopes, sobre a necessidade de formação de lideranças aptas a trabalhar na transformação da Indústria 4.0, com estratégia e foco. Com essa preocupação, o Sistema Fiep oferece neste segundo semestre o MBA Liderança para Transformação Digital e Indústria 4.0. O MBA vai preparar as pessoas para liderarem o movimento de transformação digital dentro de seus ambientes de trabalho, criando a capacidade de tomar decisões e até mesmo reconhecer quem são as pessoas que elas precisam contratar para sair do mundo off-line e ir para o mundo digital”, detalha.

Para saber mais, acesse: transformacaodigital.com.br

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QUEM GANHA COM A INDÚSTRIA 4.0?

Foto: divulgação

Indústria e sociedade são beneficiadas com produtos e negócios gerados por novas tecnologias, conectividade e digitalização

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Carlos Gallani é formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp, com pós-graduação em Administração pela ISAE-FGV-Mercosul Curitiba. Desenvolveu sua carreira em manufatura, tendo trabalhado em diversas plantas da Bosch, incluindo Alemanha, Índia e Campinas. Atualmente é o diretor técnico da planta de Curitiba da Robert Bosch.


Entrevista Na sua opinião, qual o principal uso da tecnologia mobilizada pela Indústria 4.0? As diversas tecnologias presentes na Indústria 4.0 possibilitam a conectividade e a digitalização de todo o sistema produtivo. Para a indústria de manufatura, por exemplo, a conectividade torna os processos e fluxos mais transparentes, flexíveis e inteligentes. A transparência permite a identificação de desvios e/ou perdas de forma mais rápida, o que contribui significativamente para a redução de custos, a melhoria da qualidade e o aumento da produtividade e da eficiência. Outro fator importante é que a tecnologia, aliada à conectividade, permite a customização da manufatura, outra grande característica dessa nova revolução industrial.

Como a Indústria 4.0 pode tornar o processo de produção mais inteligente? Por meio do uso da tecnologia de sensores, de softwares, da conectividade e da análise de dados poderemos prever, criar situações ou cenários que antes não eram possíveis. A digitalização e a conectividade, aliadas à inteligência artificial e à “machine learning”, tornam inteligentes os processos e as máquinas, que possibilitam a tomada de decisão de forma descentralizada e permitem que o sistema produtivo tenha um autoajuste dinâmico. Por exemplo: sensores que monitoram a quantidade de componentes em linhas de montagem poderão criar ordens e rotas de abastecimento automáticas e ainda ajustar os níveis de estoques conforme demanda. Sensores em máquinas poderão informar o estado de componentes que, baseados em algoritmos, irão prever quando e onde a máquina irá falhar, assim como poderão determinar qual a melhor ação de prevenção. O monitoramento de componentes e produtos on-line torna o fluxo mais transparente e isso possibilita uma melhor gestão do fluxo logístico.

Quando a implantação da Indústria 4.0 passa a ser uma necessidade? Por quê? Se a indústria não se adaptar para essa nova revolução, corre o risco de se tornar obsoleta e não competitiva. Os países desenvolvidos já perceberam o potencial da Indústria 4.0 e tomaram a dianteira nesse processo, pois sabem que a tendência é ser mais ágil, ter produtos customizados e com baixo lead time, além de diferentes canais de distribuição e de alta eficiência energética. A indústria no Brasil se encontra em diferentes níveis de desenvolvimento tecnológico e cada uma delas deve achar o seu momento ideal para implementar a Indústria 4.0. O primeiro passo daquelas que ainda não iniciaram essa jornada é entender a abrangência, os benefícios e os impactos dessa nova revolução. Devem também considerar a velocidade necessária e o tempo de aprendizado dessa implantação.

Nós, gestores, “devemos estar

preparados para absorver essa nova forma de trabalho ”

Como o Paraná se coloca diante dessa tecnologia? Aqui no Paraná temos um ambiente que favorece a Indústria 4.0, como fornecedores de tecnologias e soluções, um ótimo ambiente de inovação, temos diversos fomentos, startups e acesso a instituições que promovem o desenvolvimento da Indústria 4.0, como o Senai, que está presente com apoio e qualificação, assim como as universidades, que também oferecem formação profissional e diferenciada por meio de cursos de extensão e MBAs.

Qual o papel do gestor na implementação da Indústria 4.0? Neste mundo conectado, o trabalho será mais participativo, menos hierarquizado e as pessoas deverão ser “empoderadas” a tomar decisões o tempo todo. Devemos estar preparados para absorver essa nova forma de trabalho. A Indústria 4.0 não diz respeito somente à tecnologia, mas também é uma organização do trabalho e, dessa forma, o gestor tem um papel fundamental nessa nova ordem. Além das competências técnicas, é preciso ter curiosidade e desejo de assumir um papel de protagonismo no negócio no qual está inserido, ter confiança em sua capacidade, saber comunicar propósitos, tomar decisões autônomas, liderar e encorajar a equipe para essa nova forma de trabalho, além de desenvolver competências necessárias da equipe e promover seu autodesenvolvimento buscando acompanhar ou mesmo se antecipar às inovações tecnológicas que serão cada vez mais frequentes.

PARA MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE: transformacaodigital40.org.br senaipr.com.br/para-empresas

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ACESSO FÁCIL À INOVAÇÃO INDUSTRIAL Com os institutos do Sistema Fiep, indústrias ganham agilidade, produtividade e conquista de novos mercados Empresas que possuem a mesma necessidade de solução tecnológica para atender às novas exigências do mercado têm encontrado na modalidade consórcio uma alternativa importante para o aumento da competitividade. Um exemplo que demonstra a eficiência do consórcio é o da indústria automobilística, que é a maior consumidora de baterias de chumboácido. Devido às novas tecnologias utilizadas nos veículos modernos, há uma maior exigência tanto por qualidade quanto por requisitos elétricos que garantam maior vida útil ao produto. O projeto do consórcio permite que essas indústrias superem um desafio tecnológico relevante

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que resultará no aumento de competitividade da indústria brasileira de baterias de chumbo-ácido para atender o mercado de reposição do setor automotivo. Viabilizado pelo Instituto Senai de Inovação (ISI) em Eletroquímica de Curitiba, o projeto buscou fornecer uma solução tecnológica para a produção de baterias de chumbo-ácido melhoradas com nanotecnologia embarcada. De acordo com o pesquisador do ISI em Eletroquímica, Leandro da Conceição, a alternativa foi apresentada a diversos fabricantes brasileiros, sendo que 12 – dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia – aderiram ao projeto.


Institutos O pesquisador-chefe do ISI em Eletroquímica, Marcos Berton, explica que as empresas participantes compartilham os custos e os riscos do projeto de inovação; beneficiam-se de uma ampla capacitação das equipes técnicas, por meio de workshops e minicursos; e dividem experiências e conhecimento entre as próprias empresas e o instituto.

INSTITUTOS DE INOVAÇÃO O ISI em Eletroquímica é um dos dois institutos de inovação do Paraná, implantados pelo Sistema Fiep. Por meio dos institutos de inovação, o Sistema reforça o propósito de prestar todo o apoio necessário para que a indústria paranaense se torne cada vez mais competitiva e contribua de fato para o desenvolvimento do estado e do Brasil. Segundo Berton, um dos objetivos do ISI é a proposição de soluções inovadoras nas áreas de corrosão, baterias, sensores, galvanoplastia e revestimentos industriais por meio da elaboração de planos de trabalho para a criação de novos projetos que conectem o conhecimento da universidade e a demanda da indústria. “Há uma lacuna entre o conhecimento acadêmico e o setor produtivo que nós trabalhamos para preencher”, afirma. Para isso, ele conta com parcerias com diversas universidades, como a UFPR e a UTFPR, além de institutos internacionais de pesquisa, como o sueco Acreo, o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, e a Universidade de Aveiro, em Portugal.

lacuna “entreHáouma conhecimento acadêmico e o setor produtivo que nós trabalhamos para preencher ”

Marcos Berton, pesquisador-chefe do ISI em Eletroquímica Para Leandro da Conceição, é importante destacar a inovação como investimento, já que muitas empresas procuram o instituto para resolver problemas. “No entanto, é desse contato que algumas parcerias surgem”, afirma.

ENGENHARIA DE ESTRUTURAS A Engenharia de Estruturas trabalha com análises e desenho de estruturas que suportem ou resistam a grandes cargas. Entre elas estão as edificações, máquinas e equipamentos, automóveis, aviões, navios, plataformas de petróleo, torres de transmissão e muito mais. Em Maringá, no Noroeste do estado, está localizado o Instituto Senai de Inovação (ISI) em Engenharia de Estruturas, que oferece soluções tecnológicas ajustadas à demanda de diversos segmentos da indústria.

O conhecimento “do comportamento

de estruturas é imprescindível para fundamentar projetos de inovação”

Nério Vicente Júnior, gerente do ISI em Engenharia de Estruturas Nério Vicente Júnior, gerente do ISI em Engenharia de Estruturas, esclarece que “o conhecimento do comportamento de estruturas é imprescindível para entender as condições de trabalho, garantir a segurança e fundamentar projetos de inovação”. Segundo ele, o ISI em Engenharia de Estruturas propicia o desenvolvimento de soluções para a manutenção e a gestão do ciclo de vida de ativos; o monitoramento de falhas em estruturas por meio de sistemas de detecção; avaliação de vida e controle de dano para a manutenção e a integridade estrutural; e a aplicação e a integração de sensores para monitoramento de estruturas mecânicas off-line e em tempo real.

Para saber mais, acesse: senaipr.com.br/para-empresas clique em Institutos Senai

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PARCERIAS EM PROL DA INDÚSTRIA Parceria do Sistema Fiep com a Embrapii facilita o acesso das indústrias locais a aporte federal de recursos Inovar é vital para empresas de todos os portes. É o que faz cada uma se diferenciar, gerar resultados de alto valor agregado e atingir mais lucratividade, seja por meio de novos produtos e serviços ou da melhoria constante de processos. “A inovação sempre foi decisiva, mas, com os rumos da economia mundial, a evolução dos modelos de negócios e a e velocidade das mudanças tecnológicas, é indispensável”, afirma o gerente de Inovação do Sistema Fiep, Filipe Cassapo. No entanto, para isso, é necessário ter recursos. O Sistema Fiep facilita o acesso ao fomento de várias formas para as indústrias. Uma delas é por meio da parceria firmada no ano passado entre o Instituto Senai de Inovação

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em Eletroquímica (ISI-EQ) e a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), uma instituição do governo federal que contribui para o desenvolvimento da inovação industrial brasileira. O ISI-EQ tornou-se uma unidade homologada. Isso quer dizer que tem um aporte de R$ 10 milhões para projetos em fluxo contínuo – em qualquer momento, empresas podem propor projetos, sem esperar um edital. O financiamento é dividido em três: Embrapii, empresa e unidade Embrapii, que, no Paraná, é o ISI-EQ. O objetivo é desenvolver pesquisas tecnológicas para inovação em cooperação com empresas do setor industrial.


Fomento

Desde o ano passado, quando a parceria com a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial foi firmada, o Sistema Fiep tem feito rodadas presenciais pelo Paraná para divulgar para as empresas como funciona o aporte e disseminar cases de sucesso. “A inovação está ao alcance de todos e não custa caro”, garante Cassapo.

EMPRESAS

R$ 10 MILHÕES

PARA PROJETOS EM FLUXO CONTÍNUO

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Voltado às micro e pequenas empresas (MPEs), o Voucher Tecnológico, aporte que permite o acesso simples e com custos reduzidos a soluções personalizadas, teve sua segunda edição lançada pelo Sistema Fiep e o Sebrae, o que deve permitir que indústrias desses portes dêem o primeiro passo na jornada da inovação e Indústria 4.0. As MPEs poderão contar com o suporte dos Institutos Senai de Tecnologia e Inovação em três diferentes tipos de serviços: Manufatura Digital, que consiste no sensoriamento do processo gargalo e medição em tempo real de sua produtividade; Ensaio Investigativo, que é a aplicação de ensaios para identificação de oportunidades de melhoria no produto ou processo; e a Prototipagem, que é a fabricação de um Produto Mínimo Viável (MVP) com a finalidade de validar o

O aporte é dividido em três:

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PARA MICRO E PEQUENAS

FINANCIAMENTO VIA EMBRAPII

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Filipe Cassapo, gerente de Inovação do Sistema Fiep

I-E

os rumos da economia mundial, a evolução dos modelos de negócios e a velocidade das mudanças tecnológicas, é indispensável ”

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A inovação sempre “foi decisiva, mas, com

atendimento de requisitos funcionais mínimos em ambiente laboratorial. O subsídio pode ser de 70 ou 80%, dependendo da associação da empresa a sindicatos patronais da indústria ou não. É importante enfatizar que o fomento por meio da Emprabii e o Voucher Tecnológico do Sebrae não são os únicos caminhos para inovar. Há ainda o Edital de Inovação para a Indústria e linhas da Finep e BNDES. O Sistema Fiep auxilia gratuitamente as indústrias na busca pelo melhor fomento do início ao fim, ajudando na escolha, na redação do projeto de acordo com as normas de cada edital e até mesmo em sua gestão. Tudo para que as indústrias do estado sejam cada vez mais produtivas e competitivas.

VOUCHER TECNOLÓGICO O aporte é de 70 ou 80% do valor do projeto, dependendo da associação da empresa a sindicatos patronais da indústria para os serviços de:

MANUFATURA DIGITAL ENSAIO INVESTIGATIVO PROTOTIPAGEM

Para saber mais, acesse: ielpr.com.br/inovacao

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Inovação

OS VEÍCULOS VERDES VÊM AÍ Paraná sai na frente com centro tecnológico e pós-graduação inéditos no Brasil Economia e baixa emissão de poluentes. Essas são as principais vantagens dos veículos híbridos, que combinam um clássico motor a combustão a um motor elétrico, o que garante a redução de emissões de gases poluentes em até 80%. Ainda mais eficientes são os veículos puramente elétricos, por serem mais silenciosos e terem emissão zero. Já bastante comuns nos Estados Unidos, Ásia e Europa, eles conquistam pouco a pouco o mercado brasileiro – atualmente há oito marcas comercializando modelos híbridos no país e somente um modelo puramente elétrico. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, em 2017 foram vendidos três vezes mais veículos híbridos do que em 2016, e, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que é vinculada ao Ministério de Minas e Energia, até 2026 haverá cerca de 500 mil veículos elétricos circulando no país. A fim de alinhar as indústrias paranaenses às demandas mundiais de mercado, o Sistema Fiep, com apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está investindo mais de R$ 13 milhões na construção do primeiro Centro Tecnológico de Veículos Híbridos e Elétricos do Brasil. A unidade vai promover cursos tanto para estudantes em formação fundamental e nível médio quanto para profissionais interessados em se aperfeiçoar em temas específicos, e vai apoiar o desenvolvimento de projetos de tecnologia e inovação. Serão oito laboratórios modernos, equipamentos de última geração e mais 13 salas que receberão as aulas. O Centro formará profissionais para atuar nos processos de fabricação, montagem e manutenção dos veículos, e estará no centro do ecossistema

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de inovação do Sistema Fiep, no Campus da Indústria, em Curitiba, próximo ao Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, aos Observatórios Sistema Fiep e à Aceleradora de Startups.

PÓS-GRADUAÇÃO Com o mesmo tema, e inovando mais uma vez, o Sistema Fiep lançou a primeira especialização em veículos híbridos e elétricos do Brasil. Com o objetivo de contribuir para a preparação dos profissionais desse mercado, as Faculdades da Indústria do Sistema Fiep lançaram a PósGraduação em Engenharia de Veículos Híbridos e Elétricos, com turmas que já iniciaram em março e nova turma já programada para agosto. Inédita, a especialização tem como objetivo formar profissionais com visão estratégica nas tecnologias de eletrificação e hibridização veicular para que possam colaborar com projetos e adequações voltados à mobilidade, considerando aspectos de mercado, éticos e ambientais, legislação e políticas públicas. O desenvolvimento da matriz curricular contou com a participação de especialistas do Senai no Paraná, da Universidade de São Paulo (USP), Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Bosch e outras empresas do setor. Para saber mais, acesse: faculdadesdaindustria.com.br



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Reconhecidos em todo o Brasil, em razão do forte investimento em pesquisas e soluções integradas, os Institutos Senai de Tecnologia e Inovação promovem mais competitividade e melhores resultados para diversos segmentos industriais. São opções que cabem no seu orçamento: • Produtividade Industrial • Controle da Qualidade • Gestão Ambiental • E muito mais

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senaipr.com.br/empresas


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