4 Para Alguma coisa
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INSPIRAÇÃO
De onde vem essa fagulha, essa centelha, que se transforma em arte, em tons, traços, cores e palavras? Não há apenas uma resposta. Não há uma fórmula (ou cada um tem a sua?). Ao olhar, ouvir, sentir do artista, há uma constante descoberta, como se cada olhar, ouvir e sentir fosse o primeiro. E com esse frescor, a musa se manifesta nas coisas mais corriqueiras. Pode ser uma conversa entre amigos, uma música tocando na mente, uma cena real ou de ficção... Pode estar num sorriso, num brinquedo esquecido, em cabelos de mola, na cor do crepúsculo, até nas formas das nuvens, numa palavra que fica ressoando na mente, num pedaço de pano, num sabor, num perfume, numa pessoa que passa num doce balanço... o sopro do vento, um arranha-céu, a montanha de informações de uma rua de cidade grande, a gente que festeja e a que implora um pedaço de pão, uma pomba em meio à multidão... a dor de um coração partido, de uma coluna quebrada, de um carinho negado, de uma criança acamada... a paisagem da janela, uma flor vencendo o asfalto, os diferentes verdes de um jardim... o que sobra e o que falta, um latido, um gemido, uma gargalhada... um corpo e seus contornos, um sonho bom ou ruim, um trem, tudo que vem e que vai... a vida, em seu incessante movimento, é fonte murmurante e transbordante.
JEANE BORDIGNON Acesse nossa página Ogopogo Criativo e concorra a um brinde especial respondendo a seguinte pergunta: De onde vem a sua inspiração? Participe! ogopogo criativo
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“Toda a obra de arte é uma personalidade. O artista vive nela, depois dela ter vivido longo tempo dentro dele. ” Vargas Vila
Revista Digital Ogopogo Criativo Direção Geral: Rochester Mesquita Artes e Diagramação: Rochester Mesquita Textos e Reportagens: Jeane Bordignon ( DRT - 13.205 ) Fotos e Imagens: Jeane Bordignon, Photl, Carol Branco, Valdeci C. de Souza, Rogério Porto Breier, Ester Polli, Hamilton Fialho (fotos de Fabrício Fortes), Tuane Eggers e arquivos pessoais dos entrevistados Capa e contra-capa: André Assis Divulgação: Juliana Galdino Contatos: Fones: 3490.7666 / 8589.7666 E-mail: rochester.rbm@gmail.com jeanebj@hotmail.com ogopogo.rbm@gmail.com Divulgação: Região Metropolitana de Porto Alegre - RS Gravataí - RS / JANEIRO / 2013
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Editorial
O OGOPOGO DE CADA UM Ogopogo é o nome dado para uma misteriosa criatura marinha que aparece no lago Okanagan, em British Columbia, no leste do Canadá. Sua existência não é comprovada científicamente, porém grande parte da população do local acredita que no fundo do lago realmente exista um misterioso animal. Não são poucos os registros feitos por diversos frequentadores do local, como fotografias e vídeos. Muitos acreditam que a aparência do Ogopogo seja a de uma enorme serpente marinha. Já alguns cientistas e estudiosos do caso acreditam que o Ogopogo possa ter a aparência de uma baleia primitiva do tempo dos ogopogo criativo
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dinossauros. A verdade mesmo é que nada foi comprovado até o momento. E você acredita no Ogopogo ? Não, não falo do Ogopogo monstro. Falo do seu próprio “ogopogo”. Falo daquilo que só você acredita. Falo dos seus sonhos. Falo da sua imaginação. Daquilo que você sente e acredita como sendo real, mesmo tanta gente duvidando. Falo das coisas que você projeta em sua mente. Falo da crença em sua inspiração para pintar uma tela, escrever um poema, compor uma canção, fazer uma ilustração. Falo de acreditar fielmente na sua arte criativa. A Revista Ogopogo Criativo é a transição entre o imaginário indi-
vidual e a realidade coletiva. Acreditar no invisível para tornálo visível, é obra para poucos. Talves daqueles que consideremos loucos ou sem noção. Fazer acontecer na mente, de olhos abertos ou fechados, mas de corpo, alma e coração repletos de intensidade artística é a prova concreta que o Ogopogo é real. Desejamos, a partir de hoje, contar com seu apoio neste projeto que procura levar um pouco do “ogopogo” de cada artísta aqui retratado. Queremos que você faça parte deste sonho e que também acredite na nossa e na sua imaginação. Boa leitura ! Rochester Mesquita
SUMÁRIO
VISITAR
LER
OUVIR
ATELIER AGIR
BORGES NETO
FABRÍCIO FORTES
UMA CASA PARA A ARTE
A Vai & Volta, Voltou
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NO ABISMO DE ROSAS
Piquenique da Leitura
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SONS E PALAVRAS
Seção Arroz & Feijão
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OUVIR E DANÇAR
VER E ADMIRAR
VER E CURTIR
ARLISE CARDOSO
ANDRÉ ASSIS
ALE MAGRINI
ARLISE ON THE BEAT
Para Ler e Refletir
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“ZOIUDAS” DO ANDRÉ
56
Para Clicar
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ESTRANHO MUNDO
Para Agendar
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12 Para Visitar
Atelier da Agir UMA CASA PARA A ARTE A ASSOCIAÇÃO DOS ARTISTAS VISUAIS DO VALE DO GRAVATAÍ ABRE AS PORTAS DO SEU NOVO ATELIER Gravataí - RS
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O espaço já nasceu destinado à arte. Foi construído, nos fundos da casa do poeta Edílio Fonseca, para ser a sede do Clube Literário de Gravataí. Após o falecimento de Edílio, o Clube também não permaneceu no local. As portas ficaram fechadas até que a Associação dos Artistas Visuais do Vale do Gravataí – Agir encontrou ali o lugar que buscava para a sede
da entidade. Em 27 de novembro deste ano, foi inaugurado o Atelier da Agir. De cara nova, com seus degraus-arquibancada decorados pelos artistas da Agir, o Auditório Edílio Fonseca permanece aberto a saraus literários como era sua função inicial, mas o palco também será utilizado para palestras sobre arte, projeções e demais
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atividades. Completam o espaço a loja para venda de obras de arte e artesanato, e salas para oficinas e cursos. Mas principalmente a sede funciona como atelier coletivo para os associados. “A inauguração da nossa sede representa o início de uma realização. Sempre precisamos de um ponto de referência, tínhamos muita vontade e ânimo, mas
faltava um espaço para ampliar o trabalho. Agora, tendo um local, podemos convidar outras pessoas a visitar e a se somarem com a gente neste trabalho”, comemora o presidente da Agir, Waldemar Max. Para celebrar a abertura do atelier, o palco recebeu apresentações musicais de Sheemeny Padilha, Neno Baz, JB Negão & Jonas,
A inauguração da nossa sede representa o início de uma realização. além da participação do Clube Literário de Gravataí. E obras dos associados estavam expostas em uma mostra coletiva.
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14 Para Visitar A AGIR A Associação dos Artistas Visuais do Vale do Gravataí, fundada em 02 de Junho de 2007, é uma entidade privada de cunho artístico-cultural que tem entre seus objetivos utilizar a Arte como instrumento de educação popular, ativando a criatividade e sua expressão, contribuindo na participação cidadã através da promoção de manifestações artísticas e culturais, de forma a garantir a participação de todos os membros e a valorização do indivíduo. Convidados assistem ao show de Sheemany Padilha
Escadaria e arquibancadas decoradas com arte
História A Associação dos Artistas Gravatahy, criada em 1986 e que concentrava todas as vertentes artísticas da cidade, mais tarde foi desmembrada e uma das ramificações originou a Associação dos Artistas Plásticos de Gravataí, a qual também não teve continuidade. Mais uma vez a vontade constante dos artistas de ter um espaço para as suas diversas
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manifestações mostrou a necessidade de união e eliminação de vaidades, e com isto em 2007 surgiu a Associação dos Artistas Visuais do Vale do Gravataí, que conta agora com associados de outras cidades e estende sua atuação não apenas na Aldeia, mas tem participação constante e grupal em diversos e importantes eventos.
A AGIR também conta com uma Biblioteca para enriquecer a mente
15 Ações
Amplo espaço para os frequentadores da Associação
Em seus cinco anos de existência, a Agir já promoveu oficinas de pintura em tela, papietagem, encadernação, papel machê, toy arte, escultura, cerâmica, cenografia, xilogravura, serigrafia, alegoria/adereço e textura. Também desenvolve projetos como o CorDeLinha (oficina de gravura para crianças), Negras Faces (confecção de máscaras africanas com papietagem), Traçando a Cidade e Barcos de Papel. Em 2012, executou o Movimento Arte Viva, projeto aprovado no I Fundo Municipal de Cultura de Gravataí, promovendo oficinas de arte gratuitas nas praças de Gravataí.
Mini ateliê infantil As crianças a partir de cinco anos também tem podem fazer arte na Agir. Aos sábados, acontece o Mini Ateliê Infantil, com oficinas de diferentes técnicas, como desenho, pintura, toy art e papietagem, direcionadas aos pequenos.
É das 10h às 12h. Agende-se com a Denise Pacheco Lopes: desenhistagravatai@ibest.com.br ou (51) 92157001
Faça parte A Agir convida os Artistas Visuais, que trabalham com desenho, pintura, fotografia, escultura, grafite, gravura, arte digital, toy art e outras, a associarem-se para mostrar sua arte. Atelier: Rua José Marques Viana, 358 – Bairro Parque Ely - Gravataí Blog: arteagir.blogspot.com E-mail: arteagir@hotmail.com Fones: (51) 92787691 / 92157001
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AVai &Volta, voltou ! LIVROS PARA COMPRAR E ALUGAR TRADICIONAL LIVRARIA DOS ANOS 90 REABRE SUAS PORTAS PARA OS AMANTES DA LEITURA Gravataí - RS
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Quem foi adolescente na década de 90 deve lembrar da Vai & Volta, uma livraria, no centro de Gravataí, onde se locava livros da mesma forma como se fazia com os filmes. Era destino certo para procurar as leituras solicitadas pelos professores quando não havia exemplares suficientes na biblioteca da escola. E também para os apreciadores de um bom livro.
A comerciante Cláudia Maia era frequentadora constante e fã da locadora de livros que ficava na rua Anápio Gomes. Considerava o aluguel uma ótima prática, pois percebia que as pessoas liam mais locando do que comprando livros, devido ao comprometimento de ter que entregar em uma semana. Depois que o estabelecimento fechou, Cláudia continuou sen-
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Onde fica: Rua Anápio Gomes, 1244 (em frente ao Sesc) Centro – Gravataí Telefone: 3484.3006 Horário de atendimento: 8h30min às 19h
do leitora assídua, e em algum tempo possuía uma biblioteca com cerca de 200 volumes em casa. Motivada pela vontade de dar oportunidade a outras pessoas para ler as obras da sua coleção, e também de resgatar a prática da locação de livros, ela reabriu a Vai & Volta em abril deste ano, agregando à livraria (que também tem livros para
venda) um café e espaço para eventos e exposição de artes. Tudo isso em uma casa onde foi mantido o máximo de características originais. Um local não apenas para buscar livros, mas encontrar com os amigos, sentar para conversar... Para locar livros, basta fazer um cadastro. A locação custa de R$ 3 a R$ 5 reais por semana (para obras maiores, duas semanas).
Os mais procurados tem sido os romances e os livros espíritas. “Os romances atraem pelo lúdico, pela fantasia, levam a sair um pouco da realidade e esquecer os problemas do dia-a-dia. Já os espíritas trazem conhecimento, informação e crescimento”, explica a proprietária. O sucesso mundial 50 Tons de Cinza também tem sido bastante buscado na livraria.
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Piquenique da leitura PARA QUEM TEM FOME DE LER UMA AÇÃO SIMPLES E CRIATIVA LEVA A MAGIA DOS LIVROS PARA JUNTO DA NATUREZA. QUE TAL UM PIQUENIQUE PARA UMA BOA LEITURA ? Cachoeirinha - RS
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Uma toalha colorida coberta de livros se destaca em todo domingo de sol no Parcão de Cachoeirinha. Obras para todas as idades à disposição de quem quiser chegar e ler, ou trocar por outras. É o Piquenique da Leitura, que começou no dia 11 de março por iniciativa da contadora de histórias Rosane Castro e da coordenadora da área infanto-juvenil da Feira do Livro de Porto Alegre, Sônia Zanchetta. Já no primeiro
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A placa indica que o piquenique já começou e que pode ser aproveitado por todos
Crianças e adultos disputam espaço na procura dos melhores títulos
dia, Lígia Araújo e Rogério Porto Breier se juntaram ao time. Desde então, crianças e adultos desfrutam deste piquenique. Podem ler ali mesmo na praça ou então levar outros livros que já leram e trocar por novos volumes. Gente começando a descobrir a leitura, ou redescobrindo. Outros voluntários se juntaram ao grupo inicial, se revezando para recepcionar quem se aproxima da toalha onde os livros se multipli-
cam. A iniciativa já se espalhou por outras cidades e estados, que também estão fazendo seus piqueniques da leitura, como Porto Alegre, São Leopoldo, Camaquã, Glorinha, Caxias do Sul, Curvelo e Belo Horizonte (essas duas em Minas Gerais). E as tardes de domingo em Cachoeirinha continuam tendo destino certo para quem deseja se alimentar de leitura.
Conheça o blog do Piquenique da Leitura: http://www.piqueniquedaleitura.wordpress.com/
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22 Para Ler Diversidade de títulos é um dos fatores que fazem a diferença nesta ação cultural
...era preciso fazer mais. Sentíamos a necessidade de tirar os livros de casa, de levá-los a passear nos espaços verdes da cidade...
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O livro no meio do caminho Sônia Zanchetta
O Piquenique da Leitura de Cachoeirinha nasceu da convicção que a contadora de histórias Rosane Castro e eu temos de que, se cada um de nós se desapegar daqueles livros que ninguém pretende voltar a ler em nossas casas, poderemos contribuir de fato para a construção de uma sociedade mais leitora.Eu já mantinha o projeto Quitanda da Leitura, que surgiu como desdobramento de outras experiências, nem todas bem sucedidas, que desenvolvi, na área, desde que me mudei para a cidade no ano 2000. A ideia era fazer o livro circular e, logo, eu havia reunido, na
minha casa, não só uma grande quantidade de livros, mas também revistas, jornais e textos, que dispus em caixas rústicas e cestos, como em uma quitanda, e começaram a passar de mão em mão através de troca-trocas. Mas era preciso fazer mais. Sentíamos a necessidade de tirar os livros de casa, de levá-los a passear nos espaços verdes da cidade, de colocá-los no meio do caminho de outras pessoas. Então, num determinado domingo, estendemos uma toalha xadrez no Parcão e colocamos várias cestas sobre ela com leituras crocantes para oferecer a quem
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A pracinha ao fundo serve de cenário para o piquenique
Jeane (esq.) com o livro onde contém o seu poema
Chegando “De Mansinho”
por ali passasse. Quatro meses depois, seguimos lá, religiosamente, todo domingo, cada vez com mais livros, revistas e gibis, com mais amigos dispostos a colaborar e com mais leitores a nossa volta. Alguns aparecem para fazer trocas, outros nos levam doações e há, também, quem, não tendo nada para trocar, escolha um livro ou revista do seu gosto e leve para casa com a sugestão de que seja passado a outra pessoa depois de lido. ( Publicado em agosto de 2012 no blog do Piquenique da Leitura)
O tradicional concurso Poemas no Ônibus e no Trem, promovido anualmente pela Prefeitura de Porto Alegre teve a jornalista e escritora Jeane Bordignon, de Gravataí, entre os 57 selecionados de 2012. O lançamento da coletânea que reúne os poemas vencedoras aconteceu no dia 28 de novembro, dentro da programação da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre. “Autografar na Feira do Livro era um grande sonho. Essa sessão foi como um batismo de escritora. Como se a partir de agora eu realmente possa me considerar como tal”, conta Jeane. Além de compor o livro, as poesias selecionadas vão circular nos ônibus e trens da capital a partir de 2013. De mansinho Palavra menina Que espia por detrás da cortina Querendo sair e gritar... Mas não, Ela sorri, lembrando Que já aprendeu: é tão mais bonito sussurrar... Jeane Bordignon
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24 Para Ler
No Abismo de Rosas A VIDA DE PEDRO PAULINO LIVRO DO ESCRITOR BORGES NETO NARRA A HISTÓRIA DO SERESTEIRO PEDRÃO Gravataí - RS
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As histórias dos quase 80 anos de vida de Pedro Paulino, o Pedrão, músico seresteiro de Gravataí inspiraram o mais recente de Borges Netto. “Eu sempre o ouvia contar seu passado e sempre considerei tudo muito pitoresco, material bom, de primeira linha. Bastavam apenas os alinhavos. E a necessidade dele narrar aquelas aventuras foram vistas como o grito desesperado de quem preci-
sa deixar um legado à sociedade. E depois, eu adoro contar histórias”, justifica o escritor. O romance No Abismo de Rosas foi construído a partir dos relatos de Pedrão, que foram gravados e decodificados até formarem blocos. Passado e presente por vezes se misturavam nas narrações do músico, e Borges precisou organizar os relatos, buscando a ordem cronológica dos fatos. Novo desa-
25 Pedro Paulino, por Borges Netto Ele é mais conhecido pelo apelido, Pedrão. Aos setenta e nove anos ainda trabalha numa pequena oficina, como mecânico, para manter-se. Nas horas de folga se transforma no músico que acompanha o Clube Literário, seresteiro conhecido e muito aplaudido. Também é palestrante no Curso de Noivos da Igreja Católica, conforme consta no livro. Pessoa respeitada na sociedade pela importância de sua vivência.
...procurei não dar muita asa à imaginação, sob risco de perder o controle...
Pedro Paulino e seu inseparável violão são retratados por Borges Neto
fio surgiu na elaboração do texto, em que alguns acontecimentos foram alternados para melhor desenvolvimento da história, mas sem perder o foco da narrativa. E personagens fictícios foram criados para completar os vazios. “Utilizei os relatos para compor a espinha dorsal do romance, e procurei não dar muita asa à imaginação, sob risco de perder o controle, o que geralmente acontece num livro de ficção. Neste, em especial, eu precisava ser o mais fidedigno à realidade,
Borges Neto autografa no lançamento do seu livro na Vai&Volta
sem por em risco a índole atual da personagem”, explica Borges. Até chegar ao resultado final, foram 32 cópias impressas do texto, cada uma trazendo modificações. Não é a primeira vez que o escritor trabalha com um personagem real. Em 2007, publicou Max, O Príncipe Guerreiro, história do menino Maximilian, nascido com mielomeningocele (espinha bífida). Nesse caso, o livro partiu de diários escritos pela mãe do garoto, e o mais
importante era contar a história a partir do olhar dela. “Quanto ao Pedrão foi diferente. As motivações eram diferentes. Tive liberdade para criar à vontade, apesar de me manter naquela coluna dorsal sugerida nas gravações”, completa. O livro Abismo de Rosas, de Borges Netto, está à venda na livraria Vai & Volta, no centro de Gravataí.
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28 Para Ouvir
Fabrício Fortes SONS E PALAVRAS FABRÍCIO FORTES É O NOVO TALENTO QUE VEM CONQUISTANDO O SEU ESPAÇO NA MPB Gravataí - RS
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A palavra, ora agregada à música em forma de canção, ora separada e logo religada pelo violão, é a substância mais ativa do trabalho do músico, cantor e compositor Fabrício Fortes. Há 15 anos dedicando-se ao estudo do violão popular brasileiro, há 10 anos trabalhando como professor de música, Fabrício começou em 2012 uma nova etapa: a produção do primeiro disco e do primeiro show totalmente autoral.
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Sentido Essencial Sentido Essencial, um cd com 11 faixas em formato voz e violão, virá encartado na contracapa interna do livro Aforismos Desaforados, uma coletânea de frases curtas e reflexões, escritas também por Fabrício, que mesclam humor, poesia e crítica social. Temáticas que igualmente aparecem nas canções, onde o músico transita pelas sonoridades mais genuínas da nossa música, num trabalho que anda entre a MPB, a Bossa Nova e o samba.
# A cura A arte nos bota nos eixos, mesmo quando o mundo nos tira do sério. A mesma combinação entre música e literatura é levada ao palco no show Todos Os Sentidos, onde os aforismos são intercalados às canções e entremeados por frases musicais, levando a um efeito quase simbiótico entre as duas formas de arte. O espetáculo já teve uma pré-estreia em setembro, na Fundação Ecarta, em Porto Alegre, dentro do projeto Ecarta Musical.
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30 Para Ouvir # Do violão É pelo violão que passa o poder da criação. # Da ignorância É como um mau hálito, quem tem não se percebe. # De você Ah, essa tua ausência que faz sempre presente...
Artista do som e da palavra, Fabrício Fortes tem como principais inspirações e referências grandes nomes da música brasileira como João Gilberto, Caetano Veloso, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Raphael Rabello, Baden Powell, Guinga, Chico Buarque, Noel Rosa, além do jazz e do violão erudito. Tudo isso se combina num estilo muito próprio de tocar, cantar e compor, em um trabalho que ao mesmo tempo em que busca ressaltar a sonoridade da música brasileira, também retrata a mistura de raças, culturas e linguagens que formaram nosso povo.
# Música ruim É como carne processada, faz mal ao coração.
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Prêmio de Melhor Intérprete
Ouça Fabrício Fortes em: fabricio-fortes.wix.com/fabriciofortes
Fabrício Fortes foi escolhido o Melhor Intérprete do I Festival de Música da Univates, em Lajeado, no começo de novembro. A primeira etapa aconteceu no dia 9, durante a programação da Expovale. No dia 11, foi realizada a final, onde Fabrício conquistou também o terceiro lugar na Categoria Individual. Ele concorreu com a canção Baião pra Dois, que será a música de trabalho do cd Sentido Essencial. Os prêmios vêm consolidar todo o trabalho realizado até chegar a esse momento da carreira. “Além da vitória pessoal, participar desse festival também foi um aprendizado. O entrosamento entre os músicos foi ótimo, e a equipe muito atenciosa”, comenta o músico.
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3434 Para Ouvir e Dançar
Arlise on the beat PORQUE DANÇAR É PRECISO MEDOS E ALEGRIAS FAZEM PARTE DE UMA ROTINA CHEIA DE DESAFIOS NA VIDA DE UMA DJ Cachoeirinha - RS
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Fã incondicional de rádio e estudante de Publicidade, a porto-alegrense Arlise Cardoso teve a sua carreira de DJ iniciada por acaso. Amante da música, sempre estava informada sobre o que acontecia no mercado musical e isso a levava a “brincar” de DJ nas festas de amigos e parentes, sem a menor pretensão comercial. Em 2011, convidada pelo amigo e produtor Juliano Nunes, o Zu, Arlise se viu no desafio de tocar por uma hora em uma
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das festas mais concorridas da capital gaúcha, a Footlosers. A “brincadeira” deu tão certo que, além de ser convidada seguidamente por três vezes, caso raro na época, também recebeu convite para assumir o posto de DJ Residente da Casa. Um ano depois, sentindo a necessidade de se aprofundar mais no assunto, como técnicas de discotecagem e equipamentos, fez um curso para DJ. Uma das maiores curiosidades, na atuação desta talentosa Disk Jockey, é o fato de Arlise ter pânico de estar em público, o que se torna um desafio constante em sua carreira. “Não sou tímida, me comunico bem, sou falante; o problema é quando tem este certo destaque. Tremo sempre antes de começar o set”, confessa. Mesmo assim, enfrentando esta situação, a DJ se diz realizada ao ver uma pista de dança cheia e repleta de energia. Inclusive sente arrepios de emoção quando vê os vídeos que costuma gravar das festas onde toca. “É uma sensação muito boa saber que aquelas pessoas estão sendo felizes e que tu tens uma parcela de ‘culpa’ nisso”, sentencia. ogopogo criativo
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36 Para Ouvir e Dançar
O desafio das pistas Para Arlise a “vibe” de uma festa conta muito na hora de tocar. Cada pista, festa, cidade tem um estilo próprio e ele precisa ser descoberto no momento mais crucial da discotecagem. “Certa vez fui contratada pra tocar logo após um show de rock, numa casa rock do interior do estado. Abri a pista com clássicos super dançantes que nunca, mas nunca falham. Tentei Beatles, Stones, AC/DC e nada. Quando vi que começaram a ir embora chutei o balde e toquei o que tinha de mais Pop tocando nas rádios na época. E assim a pista ficou lotada até às 7h da manhã”, relata. No conceito de Arlise, a mesma música pode não “funcionar” na mesma casa em dias diferentes. Por isso é preciso que o DJ sinta a pista. Além disso, é preciso que a festa esteja repleta de pessoas felizes, dispostas a se divertirem. “Não gosto de gente que vai pra festa e não dança, não interage, que vai só pela pegação e esquece do resto. Esquece de ser legal, de sorrir para o segurança, de dizer obrigada para o barman”, declara. Na carreira de DJ, Arlise possui ogopogo criativo
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algumas referências que para ela fizeram e ainda fazem toda a diferença no seu trajeto profissional. Seus colegas de Footlosers, por exemplo, são sempre consultados antes que ela tome alguma decisão. Nomes como de Fabrício Peçanha e Doble S são lembrados pela forma de trabalho e caráter que ambos possuem. “Os caras bons são aqueles que souberam trabalhar, que respeitaram os colegas e não mudaram sua personalidade”, afirma, lembrando que estes DJs, de quem é fã, continuam com a mesma postura e carisma mesmo depois de terem alcançado fama internacional. Para aqueles que querem seguir o mesmo caminho desta “domadora de pistas” o conselho dela é: “Estude! Pesquise música. Conheça equipamentos. Se especialize. Daí você terá a técnica. Procure respeitar o staff da casa onde está trabalhando. Acho isso fundamental, eles que salvam a tua pele. Se você tem festa fixa, com público fiel, procure saber quem são, nomes. Cumprimente essas pessoas que vão na tua festa pra escutar a tua música. Elas estão ali pra você fazê-las felizes. Essa é a obrigação do DJ!”
NA PISTA COM ARLISE Phoenix – lisztomania,
Two Door Cinema Club - Wha
Foster The People – Pumped U Mika – Elle Me Dit The Strokes - Under Cover of
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Tremo sempre antes de começar o set.
EM CASA COM ARLISE It ain’t me, babe - Dylan
at You Know ,
Love is Like Oxygen – The Sweet
Up Kicks,
Whatever – Oasis Al lado del Camino – Fito Paez FOTOS : CAROL BRANCO
Darkness
Anunciação – Alceu Valença
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40 Para Ver e Curtir
“Zoiudas” do André
ARTE PARA ENCHER OS OLHOS ILUSTRADOR GAÚCHO EXPLORA A ESSÊNCIA DA SIMPLICIDADE PARA PRODUZIR SUA ARTE Montes Claros - MG
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André Assis é um daqueles artistas que passaram parte da sua infância assistindo a desenhos animados como Pantera Cor de Rosa e lendo revistas em quadrinhos como Turma da Mônica e Recruta Zero. A consequência disso foi a criação de suas próprias revistas em quadrinhos na distante Belém do Pará, onde brincava com seu imaginário e sua criatividade.
Natural de São Leopoldo, André, 45 anos, é casado e atualmente mora em Montes Claros, Minas Gerais. Sua arte com as belas pin-ups “zoiudas”, como costuma chamá-las carinhosamente, já percorreu o mundo em diversas exposições. A inspiração para criálas pode vir de musas do cinema da década de 20 como Loiuse Brooks, de músicas cantadas por vozes femininas e pela literatura
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de autoras como Clarice Lispector e Sylvia Plath. Além disso, complementos de inspiração podem vir de artes como as de Sas Christian, Ray Caesar e Mark Ryden. “Delicadezas e perversidades fazem uma bela combinação”, afirma André. Um dos grandes diferenciais na obra deste artista está na simplicidade dos seus traços. Mas mesmo na forma quase infantil como
retrata suas pin-ups, demonstra extrema sensibilidade no manuseio dos materiais que utiliza: lápis de cor aquarelável, nanquim, papel canson e caneta Posca. Outro detalhe importante é o modo como André desenvolve seu trabalho. Particularmente, não gosta de acordar cedo e se debruçar em uma mesa super organizada para desenhar. “Algumas vezes desenho sobre mesas de
café ou em cima da cama mesmo, mas não gosto que fiquem me espionando, isso tira toda a minha concentração”, relata. Também prefere não mostrar seu trabalho antes de terminá-lo. Preferências à parte, o artista André Assis consegue mesclar a delicadeza da sua arte visual com a essência de outras formas de expressão, resultando em um trabalho digno de um mestre.
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42 Para Ver e Curtir
As artes de André estampam diversos produtos artesanais, que vão desde cadernos artesanais personalizados a botons, e até mesmo guarda-chuvas
Fazendo Milagres André não pode ser considerado santo, porém afirma que vive de milagres quando o assunto é viver de sua arte. Sempre procura diversificar seu trabalho para uma forma vendável, mas algo que não desvie o heróico ideal da arte. Para isso, seus desenhos são produzidos individualmente ou em parcerias em bottons, pop cards, telas, tênis de lona (All Star), entre outros produtos. Além disso, procura manter contato com ogopogo criativo
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outros artistas, não só visuais, editoras, produtoras, pois desta forma consegue ampliar o leque de serviços que consegue prestar. Entre eles estão ilustrações para capas de disco, storyboards e cenários para espetáculos teatrais. “Acredito que existe campo para todo mundo, mas é preciso que o artista saiba valorizar seu traba-
lho” afirma. Para 2013, André planeja levar sua arte para mais longe com exposições e ampliar os espaços onde possa comercializar seus produtos. Além disso, quer manter as parcerias de 2012 como a do Canteiro de Alfaces, da Luisa Cardoso, que produz cadernos artesanais, com espaço para a arte nas suas capas.
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Onde encontrar os produtos do André
Contato
Arte Loja - Casa de Cultura Mário Quintana Beatnik Casa da Traça
e-mail: astor_jetson@yahoo.com.br Blog: fabricadecataventos.blogspot. com Flickr: www.flickr.com/photos/beebox ogopogo criativo
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Ale Magrini
ESTRANHO MUNDO INFLUENCIADA PELOS ESTILOS STREET ART E POP, ALE MAGRINI SE DESTACA NAS ARTES VISUAIS COM SEUS BELOS TRABALHOS São Paulo - SP
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As habilidades artísticas de um pai marceneiro inspiraram os primeiros passos nas artes desta paulista da cidade de Poá . Fã ardorosa de Tim Burton, Ale, como gosta de ser chamada, desenvolveu um estilo próprio em seus trabalhos, que mesclam a ousadia de seus traços com a harmonia de suas cores. Admiradora incontestável de artistas como Nina Pandolfo,
Junko Mizuno e Mari Yamagiwa, Ale também as têm como fontes inspiradoras de suas ilustrações e criações. “Essas pessoas embora não saibam que eu exista são parte deste meu estranho mundo”, confessa e logo se corrige dizendo que Nina Pandolfo sabe de sua existência, pois esteve com ela nos trabalhos de conclusão da faculdade e pós-graduação. Formada em Artes Visuais e pós-
47 Em sua nova fase nasceu a obra Sol de Verão
Arte de Ale Magrini Minha Borboleta
graduada em Artes e Educação, esta artista de 40 anos não gosta de rotular seu trabalho, mas acredita que ele possui características de Street Art e de Pop Art, pois reconhece que sua arte demonstra exatamente o que ela gosta de fazer: pintar e se expressar. Além disso, Ale Magrinni gosta de explorar diversos suportes como materiais para compor as suas obras. Papel, tecidos, telas e ma-
deiras servem de base para quase todo o seu trabalho. “Trabalhei com papel durante muitos anos, e ainda trabalho. As colagens, pinturas e costuras em papéis, pinturas em tecidos... são minhas grandes paixões” confessa. Para a artista, a vida pessoal e profissional se confundem, quando o assunto é a influência do seu trabalho em sua vida. “Meu trabalho é parte de mim.
Preciso da arte para viver. É como o ar que respiro... Amo! É simples assim”, declara. Com todo este amor pela arte, Ale mantém sua rotina diária: acordar cedo, organizar a casa, correr para o atelier, responder e-mails, passar pelo Facebook, cuidar do site e depois trabalhar, ou seja, pintar, cortar, montar, enfim, fazer do seu dia uma completa obra de arte em todos os sentidos. ogopogo criativo
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O Estranho Mundo de Ale Se sua vida artística pudesse ser retratada em um livro ou filme, este seria o nome escolhido: Estranho Mundo. Baseado em fatos não mais que reais, o “estranho mundo” de Ale Magrini se expressa na utopia de todo artista em ver a arte mais reconhecida como sendo algo indispensável para a humanidade. Quem sabe um maior reconhecimento para aqueles que fazem de tudo um pouco com muita criatividade para tornar o mundo mais belo, com pessoas mais sensíveis. Neste “estranho mundo” também reside o desejo de haver mudanças em nossa educação, valorizando-a de uma forma que faça Ale um dia trabalhar na área para se dedicar
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Inspiração e técnica apurada fazem parte do trabalho de Ale, como em suas caixas de presentes
a ensinar as crianças a amarem a arte. Enquanto isso não acontece, a artista se dedica exclusivamente a seus trabalhos , divulgando-os na internet e prospectando novos adeptos e simpatizantes com seu blog magriniartes.wordpress.com. Em seu estranho mundo também estão suas exposições e participações em ações culturais como a Rino Mania patrocinada pela Duratex. “Nossa, foi o máximo... Mandei dois projetos e fiquei só na oração para aceitarem um. E qual foi minha surpresa, fui selecionada com os dois projetos... .Amei!”, conta. E assim o mundo de Ale Magrini vai ganhando forma neste nosso universo artístico tão “normal”.
Contato site:magriniartes.word flickr: magrini twitter: @Magrininune
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Felicidade plena ao participar da ação cultural Rino Mania patrocinada pela Duratex
dpress.com
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56 Para Ler, Refletir e Opinar LIVROS QUE ME FAZEM LIVRE JEANE BORDIGNON Sabe aquele livro que ao virar a última página você se sente órfão? Foi essa a sensação ao terminar Mormaço na Floresta, do poeta amazonense Thiago de Mello. Uma poesia visceral, que nos transporta para a umidade da floresta amazônica... umidade essa que não é só do clima, mas da vida sofrida dos ribeirinhos, os conterrâneos de Thiago. Gente que não esmorece jamais. O poeta também nos faz sentir sua dor em ver a floresta sendo destruída pela ganância humana. Nos faz sentir a dor da própria floresta, da natureza mutilada. Nas palavras de Thiago, a luta por justiça e o amor pela humanidade andam de mãos dadas. Outro livro que me fisgou, de uma forma bem diferente, foi Ai meu Deus, Ai meu Jesus, de Fabrício Carpinejar. Uma coletânea de crônicas que vão muito além do tema “amor e sexo” que avisa o subtítulo. Carpinejar esmiúça a natureza de homens e mulheres, nos atentando às diferenças entre eles e elas, coisas que muitas vezes passam despercebidas e causam conflitos que não precisavam acontecer. São apenas as particularidades de cada sexo, modos de pensar e reagir diferentes, e muitas vezes mal interpretados por aqueles que, apaixonados, esperam por uma compreensão daquela pessoa que acaba nos decepcionando (mas quem criou expectativas foi você mesmo). Thiago de Mello e Carpinejar passaram na frente de outra leitura que estava me encantando: Rua Descalça, de José Mauro de Vasconcelos. Em uma prosa que transpira lirismo poético, o autor de Meu Pé de Laranja-lima conta uma história onde os tipos mais humanos, no sentido dos sentimentos e ações menos nobres, se encontram com o que pode haver de mais puro. E não temos todos os dois dentro de nós? O mais mesquinho e o mais generoso, o mais egoísta e o mais amoroso? Andar pela Rua Descalça é encontrar gente e anjos. Nós, os imperfeitos, e os sublimes, capazes de acalmar um coração com poucas palavras.
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57 CRIE SUA CHUVA ROCHESTER MESQUITA Mais um ano se inicia e com ele renovam-se nossas esperanças em algo melhor. Melhor emprego, melhores salários, melhores amizades, amores, enfim, uma infinidade de desejos que acabaram não se concretizando no ano que se encerrou. O interessante disso tudo é que muito poucos foram aqueles que realmente fizeram por merecer aquilo que desejaram. Foram poucos que não esperaram melhorar a situação vivida para irem atrás de seus sonhos e de suas metas. Mesmo em condições adversas, conseguiram se sobressair com empenho e determinação. Determinação essa, que os levou para um degrau mais alto. Mais um passo dado. Mais uma batalha vencida. Em contrapartida os outros, os frustrados, formaram fila para contar suas desgraças, seus azares, suas mazelas, criadas por demônios fictícios, perseguidores implacáveis, sugadores da felicidade alheia e por gatos pretos. Ali ficaram. Os dias passaram, a lágrima correu, o sol nasceu, a semente brotou e o oportunista a colheu. Que azar! Dizem por aí que a vida é tudo aquilo que você faz quando não está dormindo. Mas você precisa descansar. Caso contrário, você não vive. Então porque perder tempo? Durma bem e viva a vida em toda sua plenitude enquanto estiver com os olhos bem abertos. Sonhe caminhando na calçada! Anime-se pelas vitórias daqueles que o cercam. Não os inveje. Copie-os. Crie na sua mente a oportunidade que está logo ali esperando para te abraçar. Mire o alto. Caminhe com passo firmes e confiantes e não se abale por qualquer “não” ouvido. Seja persistente e ao mesmo tempo coerente. Refaça planos. Arme estratégias. Erre e se corrija. Acerte e comemore. Verás que o azar é só uma mentira inventada pela falta de capacidade. Mas calma lá. Você não sabe tudo.Nem eu! Ouça muito. Leia mais ainda. Fale pouco. Ria infinitamente. Chore de vez em quando. Não reclame. Apenas crie a chuva que regará a semente que plantou e que um dia colherá.
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VÍDEO
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366 dias em 366 segundo Vídeo criativo com belas
Críticas à sociedade contemporânea, é o que se encontra nos trabalhos do artista Dran
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Daniel Danger e suas art que ilustram os medos e
Circo, teatro, poesia , literatura e muita Música. Conheça o belo trabalho deste grupo.
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300 capas free super cria
GERAL
GALERIA
On ou Off ? De que lado você está ? Reflexão para 2013
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os. s imagens.
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Keaton Henson - Small Hands Triste e lindo ao mesmo tempo !
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tes angustias.
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Pinturas realistas de Robin Eley Vale a apena conferir !
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ativas para o seu facebook
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Fotos belíssimas da vida dos índios americanos no início do século passado
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64 Para Agendar Até 24/2 Giorgio Morandi no Brasil Fundação Iberê Camargo Porto Alegre (Av. Padre Cacique, 2000) Cerca de 40 pinturas e 15 gravuras do artista italiano, organizadas cronologicamente, compõe a exposição, incluindo quatro obras nunca antes apresentadas em solo brasileiro, além do documentário "La polvere di Morandi", de Mario Chemello, sobre a vida do artista. Terça a domingo, das 12h às 19h e quinta, das 12h às 21h. Último acesso: Terça a domingo, às 18h30min, e quinta-feira, às 20h30min Confira AQUI
Até 1º/3 “Pintura Impura” Pinacotecas Aldo Locatelli e Ruben Berta Porto Alegre (Praça Montevidéu, 10) A exposição reúne obras de diversos artistas tendo como tema as diversas influências na pintura. De segunda à sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h Confira AQUI
Até 31/3 Cromomuseu Margs – Porto Alegre (Praça da Alfândega, s/n) A exposição mostra a produção artística brasileira e estrangeira do acervo do MARGS, localizada entre meados do século 19 até a contemporaneidade, com 223 obras de 147 artistas brasileiros e estrangeiros. Mas no lugar do tradicional cubo branco, as paredes do museu ganharam múltiplas cores, sobre as quais estarão sendo expostas as obras. De terças a domingos, das 10h às 19h. Confira AQUI ogopogo criativo
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Exposições / Oficinas
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8/1 a 25/4
Atelier Portas Abertas
Oficina de Teatro e Consciência Corporal
Oficina de Arte Sapato Florido – 5º andar da CCMQ – Porto Alegre (Andradas, 736) Atividades lúdicas que podem envolver desenho, pintura, reciclagem e fotografia. Não se trata de um curso, e sim de um momento de lazer e expressão relaxante. Sábados, das 14h30min às 17h. Inscrições: no local,pelo email: oficinadeartesapatoflorido@gmail.com ou telefone 3226-4825.
26/1 2ª Exposição Internacional de Artes Visuais Usina do Gasômetro (Av. Presidente João Goulart, 551) Abertura da exposição organizada pela AAVRS- Associação dos Artistas Visuais do RS. Em paralelo será realizada a 2ª Brasil Sul Comiccon, uma Mostra e Convenção de Histórias em Quadrinhos, no Mezanino da Usina. A 2ª EXPO será inaugurada às 18h, com uma vernissage para os artistas e seus convidados, na Galeria dos Arcos, apresentação de um desfile/ performance de Esculturas Vestíveis e um Show musical com DJs e Música Instrumental ao vivo. As obras estarão expostas até o dia 30 de janeiro, das 10h às 21h.
Oficina de Arte Sapato Florido 5º andar da CCMQ Porto Alegre (Andradas, 736) Direcionada à faixa etária entre 8 e 14 anos, esta atividade é um híbrido de artes visuais e teatro, pois a partir da construção dos acessórios cênicos surgem as propostas de expressão cênica e exercícios teatrais. Das 14h às 16h Inscrições: no local, pelo email : oficinadeartesapatfolorido@gmail.com ou telefone 3226-4825.
8/1 a 4/2 Oficina de Teatro-Fórum 2º andar da CCMQ Porto Alegre (Rua dos Andradas, 736) Por meio de jogos e exercícios teatrais do método do Teatro do Oprimido, criado pelo dramaturgo Augusto Boal, os participantes montarão um teatro-fórum baseado em algumas experiências que viveram de opressão. Terças e quintas-feiras, das 19h às 21h Informações e inscrições: celso.veluza@gmail.com ou telefone (51) 9161.5014 Atividade gratuita Confira AQUI
Entrada franca Confira AQUI
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ESTAMOS AQUI : JANEIRO
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ESTAREMOS AQUI : ABRIL
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VO I T A I R C O G O P O G O A A REVIST NTE E D N E P E D N I O Ã Ç U D É UMA PRO TADE N O V E D A Ç R O F A D O FRUT LUCOS A M S E R O D A H N O S S DE DOI ISTAR U Q N O C M E R E U Q E U Q O T E L P E R O D N U M M U ESPAÇO N S. DE OUTROS MALUCO E S O J E S E D O S S O N PARA QUE O MAIS S O M A S I C E R P , E Z I T CONCRE EU DO QUE NUNCA DO S FEEDBACK. TAS, U A P E D S E Õ T S E G U S ENVIE IO G O L E U O A C I T Í R C A FAÇA SU INA NO G Á P A S S O N A T R U C E FACEBOOK. A CONTAMOS COM A SU PARTICIPAÇÃO ! Rochester Mesquita Jeane Bordignon
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