OJORNAL 03/04/2011

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O JORNA L Maceió, domingo, 3 de abril de 2011 | Ano XVII | Nº 166 |

ALAGOAS

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R$ 2,00 Marco Antônio

A morte de um guerreiro

Neafa, um lugar para cães e gatos

João Lyra * “A vida é combate,/ Que os fracos abate,/ Que os fortes, os bravos,/ Só pode exaltar” (Canção do Tamoio, Gonçalves Dias)

O povo brasileiro já se havia acostumado com as quase diárias demonstrações de heroísmo de José Alencar. Agora, levado por uma doença cruel, o bravo mineiro de Muriaé abandonou o palco e foi morar definitivamente nas páginas da história do Brasil.

Sua extraordinária personalidade deixanos um legado de guerreiro, que enterneceu o País por longos e dolorosos anos. O aparecimento de Alencar nos noticiários de tevê sempre apresentava lances de redobradas emoções, como se todos os dias ele disputasse uma partida de vida ou morte. Atônita, a Nação sofria e rezava por ele.

De minha parte, traduzo sua vida política e empresarial como um ato de rebeldia, quebrando tabus, refazendo conceitos. Aos 14 anos, deixou a casa paterna para trabalhar em uma loja de armarinhos e terminou construindo um império industrial. Elegeuse senador por Minas Gerais e, por dois mandatos consecutivos, exerceu a Vice-Presidência da República, onde deixou marcas de força, perseverança, serenidade, integridade e patriotismo.

O que chamamos de sonho, para um guerreiro é real. O que chamamos de vida, para um guerreiro é somente um sonho. Assim, foi a trajetória desse protagonista da liberdade. Sobre ele, disse Lula: “Nem todo companheiro é um irmão, mas todo irmão é

um companheiro; Alencar foi um presente que recebi de Deus. Ele é, para mim, irmão e companheiro”.

Tiradentes sem barba, José Alencar fez todas as travessias possíveis, mas é provável que a mais difícil tenha sido o seu apoio, em 2002, à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva a presidente da República. Difícil porque, como um símbolo do Capital, como poderia aliar-se a um sindicalista iletrado, além de tudo carregando a pecha de comunista perigoso e maior líder do PT? Pagou caro pela ousadia da coalizão com o Trabalho, mas, em sua condição de desenvolvimentista, criticava o que achava errado nas ações do próprio governo de que fazia parte.

Em uma de suas últimas aparições na tevê, José Alencar enfatizou que não tinha “medo de morrer”, mas de “perder a dignidade”.

Seu martírio ficará gravado em nossas mentes e corações, servindo de eterno exemplo de caráter e retidão a todos os brasileiros.

José Alencar sempre reconheceu sua dor, mas não se entregou a ela. Foi à luta e combateu tão destemidamente quanto o guerreiro tamoio do poema de Gonçalves Dias.

ma década de existência e mais de 30 mil animais atendidos. Esta é uma parte da históU ria do Neafa, cujos voluntários têm a missão de resgatar cães e gatos nas ruas. No Neafa, os animais recebem cuidados, recuperam a saúde e são colocados para adoções.

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* É deputado federal e membro da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania e também membro da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados

Página A16

TIM, Oi e Claro lideram ranking no Procon em AL Páginas A13 e A14

Alessandra Vieira

Larissa Fontes - Estagiária

DOIS Amor e Revolução, a nova novela do SBT

A arte de “passar o ramo” tem curado crianças de mau olhado, espinhela caída e ventre caído

A cura de problemas de saúde com reza Flavius Lessa, talento de Alagoas “em cena”

Defeito de fábrica

Página A27

MARÉS 03h30.............................................. 2.1 09h39.............................................. 0.3 15h43.............................................. 2.1 21h54.............................................. 0.3

As rezadeiras resistem porque há quem acredite que elas possuem o dom da cura com base em conhecimentos populares. Com rezas, plantas medicinais, lambedores e garrafadas, elas curam mau olhado, espinhela caída, vento virado, fogo selvagem, ventre caído, erisipela e outras. Sua origem é uma mistura das culturas indígena, afrodescendente e católica. Páginas A19 e A20

Mesmo longe, eleições 2012 já movimentam mundo político

Em Arapiraca, empresários criam encarte eletrônico

ASA é o time a ser batido na 2ª fase do Estadual

Dos 15 maiores colégios eleitorais de Alagoas, nove já sabem que terão novos prefeitos a partir de 2013. Eles não podem ser candidatos à reeleição. A grande dificuldade agora é o consenso nos grupos governistas.

Uma nova proposta de serviços através da Internet foi lançada há um mês por dois jovens empreendedores em Arapiraca.

Eles apostaram na criação e lançaram um site que disponibiliza ofertas em encartes eletrônicos.

A segunda fase do Alagoano começa quartafeira. O ASA é o time a ser batido nesta etapa da competição, já que pode conquistar o Estadual por antecipação. Murici, Corinthians e Coruripe seguem na briga pela taça.

Páginas A8 e A9

Página A21

Esportes

Projeto pretende valorizar corredor dos sebos no centro de Maceió Páginas B1, B2, B3, B4, B5 B7 e B8

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O JORNAL

Política A2

Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br

FAZ MEDO Em meio à saraivada de denúncias que chegam contra o atual comando do Corpo de Bombeiros, uma chamou a atenção de O JORNAL. É a cópia de uma ata de reunião onde os comandantes dos grupamentos reclamam da falta de estrutura da corporação, especialmente no interior e são informados de que a situação não vai melhorar e que o mais viável é improvisar. O jeitinho é apresentando, por exemplo, para os bombeiros que não têm carteira de habilitação e precisam dirigir.

COMPRA DE VOTOS É aguardada para os próximos dias a conclusão, por parte da Polícia Federal, do inquérito que apura suposta compra de votos em Ibateguara. O crime eleitoral teria sido praticado, na eleição do ano passado, por candidatos que exerciam mandato. Comentam por aí que tem um deputado estadual que está sem conseguir pregar o olho.

EM BRASÍLIA A Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência será reativada na terçafeira, em Brasília. A programação durará o dia todo, iniciando com a solenidade de reativação e depois com um seminário com o tema “A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência”. A deputada federal Rosinha da Adefal (PTdoB) tomará posse da presidência da Frente.

PSC A chegada do empresário Arnaldo Cansanção ao comando do PSC em Alagoas dá um novo vigor ao partido, que terá um foco maior nas jovens lideranças de olho em 2012. E nesse sentido a legenda já tem experiência, pois conta com Thayse Guedes na Assembleia Legislativa e Netinho Barros na Câmara de Maceió.

DOIS MESES O ex-deputado federal Francisco Tenório (PMN) completou dois meses de prisão. Delegado, ele está recolhido na Casa de Custódia da Polícia Civil acusado de ser o autor intelectual do assassinato do cabo Gonçalves, crime cometido em 1996, e do fazendeiro Cícero Belém, em 2005.

Vamos esperar que a Câmara possa agir nesse caso com a firmeza que a sociedade brasileira espera, porque nós não podemos mais admitir declarações tão explicitamente racistas como essas que foram dadas”

“

Luiza Barros, ministra da Secretaria de Igualdade Racial, sobre declarações racistas feitas, recentemente, pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PPRJ), que responde a processo por quebra de decoro na Câmara dos Deputados

NEGOCIANDO

O governo estadual prepara para amanhã a apresentação da proposta definitiva de reajuste salarial para os representantes do Movimento Unificado da Saúde. Na quinta-feira, o secretário de Estado da Gestão Pública, Alexandre Lages, esteve reunido com os sindicalistas para evitar a paralisação dos serviços.

UFAL

É cada vez mais certo o nome do vice-reitor Eurico Lobo como candidato do grupo da situação na sucessão da reitora Ana Dayse. Eleições no segundo semestre. Por outro lado, a oposição bate-cabeça com dificuldade em fechar um nome de consenso. O professor Paulo Wanderley já anunciou o interesse na disputa.

BEM E MAL Aos mais próximos, o governador Teotonio Vilela sempre elogia o trabalho do discreto secretário estadual de Agricultura, Jorge Dantas. No entanto, outros nomes são bem criticados, especialmente os que têm sede por poder e cargos.

HOMOSSEXUAIS O deputado Ronaldo Medeiros (PT) protocolou, na Assembleia Legislativa, projeto de lei que garante a extensão dos benefícios previdenciários da união estável às relações homoafetivas de servidores públicos do Estado de Alagoas. Pelo projeto, o dependente do segurado da Previdência em Alagoas, que integra com ele uma relação homoafetiva, passa a ter os mesmos direitos do dependente do segurado que com ele tem uma união estável heterossexual.

DIRETAS O promotor de Justiça Edelzito Andrade é o mais novo integrante da assessoria do procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, no Ministério Público Estadual.

O ex-secretário estadual de Planejamento, Sérgio Moreira, deixou o governo, mas segue sendo elogiado pela boa gestão que fez.

Já o ex-secretário de Defesa Social, general Edson Sá Rocha, sempre é lembrado como exemplo de erro político do atual governo.

O PT não assume, mas encontra dificuldades para compor chapa própria de olho nas eleições proporcionais de 2012 em Maceió. Faltam novos quadros.

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Criada há dois anos, Comissão de Ética segue sem um código Segundo integrante do grupo, texto está aguardando apenas redação final Gilson Monteiro Repórter

Em abril de 2009, a Assembleia Legislativa era uma das últimas casas legislativas do país a criar a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. Passados dois anos, o grupo ainda permanece sem um código de conduta, que rege as atividades da Comissão. Segundo o deputado Sérgio Toledo (PDT), integrante da antiga e da atual formação da Comissão, o projeto de lei já estaria pronto, aguardando apenas a redação final dos novos membros da equipe, que foram finalmente definidos na semana passada.

“Não vejo como morosidade não. Esse código é uma coisa complexa, que precisa de muito cuidado. Tudo foi visto e revisto nos detalhes, pois está se mexendo com questões muito melindrosas. Tivemos um ano eleitoral no ano passado, nos as coisas perdem muito o ritmo.

Depois foi feito uma avaliação dos códigos de ética de diversas outras casas legislativas, inclusi-

Sérgio Toledo analisa documento como muito complexo e detalhado

ve da Câmara dos Deputados.

Depois que o código foi elaborado, precisou retornar à comissão para que fosse feita a redação final, que o que está para ser feito ainda. E agora, com a nova formação tudo terá que ser revisto, mas agora tudo será mais rápido, para não se perder mais tempo”, afirma Toledo.

A Comissão de Ética é o órgão responsável pela aplicação de penalidades em casos

de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar no âmbito da Assembleia Legislativa. Entre outras cosias, cabe à Comissão zelar pela obediência aos preceitos éticos por parte dos membros da Casa. O presidente Fernando Toledo (PSDB), autor do projeto de lei que criou a comissão, diz que a demora “não foi algo voluntário”, e garante que o projeto que institui o

código “está no forno”.

“O projeto foi elaborado, e depois de fazer toda a tramitação por duas comissões, Fiscalização e Controle e pela Comissão de Constituição e Justiça, foi que se percebeu que a própria Comissão de Ética Parlamentar teria que apreciar o projeto também. Então o projeto foi encaminhado para a Comissão, e pelo que me foi informado esse projeto está ‘no forno’e deve ser votado em breve”, afirma o presidente da Assembleia.

“Essa demora não foi algo voluntário, não se trata disso.

Esse projeto é um tanto complexo, e tivemos muitas outras tarefas para apreciar. Vamos aguardar pois o projeto elaborado é muito bem feito”, concluiu Fernando Toledo, ao ser questionado sobre a demora de dois anos na apreciação da matéria.

A nova Comissão de Ética é formada além de Sérgio Toldo, pelos deputados Marquinhos Madeira (PT), Ricardo Nezinho (PTdoB), Gilvan Barros (PSDB) e Joãozinho Pereira (PSDB).

Toledo: “Comissão nunca deixou de funcionar” Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Toledo, a ausência de um código não impediu que a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa deixasse de funcionar. Toledo argumenta que a Comissão, caso seja acionada, atuaria com base no código de ética da Câmara dos Deputados, que rege a conduta dos deputados federais.

“O fato de não termos um Código de Ética não significa que a comissão não funcione.

Até hoje, essa comissão funcionou com base no código da Câmara dos Deputados. Então não tivemos nenhum prejuízo por esse código de conduta ainda não ter sido aprovado.

Mas, obviamente, é necessário e salutar que tenhamos nosso próprio código. Mas como tem

Para presidente, atuação do grupo não está condicionada ao código

sido dito, esse projeto que será aprovado também foi feito com base no código da Câmara dos Deputados, entre outros. São projetos semelhantes”, disse o

presidente da Casa.

CÍCERO FERRO - O código de ética da Câmara dos Deputados foi, inclusive, utilizado

Judson Cabral diz que projeto original era muito mais “rígido” Judson Cabral, que integrou a Comissão de Ética na formação passada, tem cobrado sistematicamente a aprovação do código. O parlamentar é o autor do projeto que cria o documento, o qual acabou sendo alterado pela Comissão.

Judson diz que a intenção foi “amenizar as regras”. Na primeira formatação das comissões permanentes deste biênio Cabral continuava na comissão, mas acabou cedendo sua vaga ao colega de partido, Marquinhos Madeira, que integrava um número menos de comissões do que ele.

“Enviei um projeto de lei que foi apreciado pela comissão, mas acabaram fazendo muitas modificações, e não posso dizer que o projeto atual é o que apresentei. Pelo o que tenho visto, esse código é menos rígido do que eu que eu propus. Acho que deram uma amenizada. Mesmo assim, é válido e importantíssimo que a Casa regulamente essa matéria, que a Comissão de Ética finalmente tenha um código em que possa se basear”, afirma Judson, criticando a morosidade.

“A Assembleia não tem interesse nessa Comissão. Esse projeto só está sobrevivendo por minha insistência. Extra-

como base da representação contra o deputado Cícero Ferro (PMN), que chegou a ser representado na comissão devido às ofensas do parlamentar contra o Poder Judiciário, consideradas graves pela Mesa Diretora da Casa. Mas a utilização do código aplicado aos deputados federais ficou só na teoria. Logo em seguida à representação, a Justiça determinou o afastamento de Ferro, que conseguiu retornar ao cargo. Posteriormente, o deputado pediu licença médica, abortando o processo.

“Tivemos essa representação contra o deputado Cícero Ferro, que, posteriormente, saiu de licença médica. Aí vieram as eleições e as coisas não tiveram prosseguimento”, disse o deputado Judson Cabral (PT), membro da formação anterior da Comissão.

O texto original do Código Seguem algumas regras do Código de Ética de acordo com o texto original do projeto de lei de autoria do deputado Judson Cabral. O novo modelo não pode ser fornecido por ainda estar em tramitação na Casa.

“Art. 5º. - São deveres do Deputado, além dos previstos em normas específicas: VI – preservar em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade do cargo, zelando pelo respeito ao seu caráter nas relações com as pessoas; VII – manter, sob qualquer circunstância, o decoro parlamentar e preservar a imagem do Parlamento

Petista reclama da forma como os processos éticos são discutidos

polaram-se todos os prazos. Já debatemos o tema exaustivamente, tudo com bastante tempo. Então não tem mais porque esse projeto não vir a plenário. Já disse isso em diversos pronunciamentos, mesmo assim esse projeto permanece engavetado, esperando-se sabe Deus o que. A esperança é que com renovação de parte dos membros possamos ter alguma novidade”, disse Judson.

Sérgio Toledo diz que o código atual, cujas regras ainda não podem ser divulgadas por estar em análise na Comissão, não “ameniza”, sendo apenas uma compilação de vários outros códigos. “O deputado

Judson Cabral apresentou um código, muito bem elaborado inclusive, mas a comissão é composta por vários membros.

O Código de Ética que será criado nesta Casa e uma compilação de códigos de outras casas legislativas de outros Estados, da Câmara dos Deputados e do Senado”, afirma o deputado do PDT. “Realmente a Comissão de Ética nunca foi assunto muito bem aceito na Casa. Esse código é um grande avanço, por isso que precisamos aproválo. Espero que não se empurre esse assunto mais uma vez com a barriga”, criticou Judson Cabral.

IX – atuar com destemor, independência, honestidade, veracidade, lealdade, dignidade e agir de boa-fé; XI – abster-se de: 1. Receber vantagens descabidas em razão do mandato e utilizar influência indevida em seu benefício ou de terceiro; XIII – recusar o patrocínio de proposição ou pleito que considere imoral ou ilícito; XIV – não portar armas no recinto da Assembléia Legislativa; XXIII – evitar a utilização de recursos e pessoal de qualquer repartição”.

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Política

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Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com

AÇÃO CONJUNTA Não é fácil comprar dinamite, mas nunca se viu tanta facilidade nessa nova modalidade de assalto bancário com a explosão dos caixas eletrônicos.

São dois tipos de quadrilhas: uma utiliza o sistema obsoleto do maçarico e a outra quadrilha, que não pode perder tempo, explode em segundos o caixa eletrônico com conhecimento de quem é do ramo de explosivos.

A polícia pernambucana descobriu que os assaltantes que agem em Pernambuco utilizam dinamite roubada de uma pedreira em Alagoas.

Considerando o número de caixas eletrônicos que foram explodidos até agora em Alagoas e Pernambuco, a conclusão é de que os ladrões levaram todo o estoque de dinamite da pedreira.

Ou então, eles conseguem a dinamite fácil no mercado regular.

Uma coisa é certa: as autoridades estão atônitas, e a saída é uma ação conjunta dos governos de Alagoas e de Pernambuco, com o apoio da Polícia Federal.

Porque a dinamite que explode aqui também tem explodido lá.

CONTA

GOTAS

Projetada para produzir 3.000 Megawatts (MW), a usina de Xingó não está conseguindo atingir essa produção por falta de água.

A denúncia foi feita pelo deputado Inácio Loiola (PSDB), que advertiu para o risco de um “apagão” no Nordeste.

Para produzir os 3.000 MW de energia – ensina o deputado Inácio Loiola – é necessário que a vazão do rio São Francisco esteja em 3 mil metros cúbicos por segundo, mas o máximo que a vazão tem atingido é 1 mil e 700 metros cúbicos/seg.

Eleições 2012 vão mudar o cenário nas maiores cidades de Alagoas Alexandre H Lino Repórter

os 15 maiores colégios eleitorais de Alagoas, nove terão definitivamente novos prefeitos a partir de 2013. Isso porque Maceió, Arapiraca, São Miguel dos Campos, União dos Palmares, Coruripe, Santana do Ipanema, Matriz do Camaragibe, Porto Calvo e Maragogi estão com prefeitos que não

D

MACEIÓ Na capital, o quadro é o mais tenso quanto ao número de candidatos. Cícero Almeida (PP) não tem até agora um nome para apoiar. A lista de pretendentes ao cargo ultrapassa os 10, o que indica a completa indefinição. O quadro quanto aos governistas e oposição está muito difícil de ser traçado. Estão na corrida João Lyra, Ronaldo Lessa, Mozart Amaral, Galba Novaes, Jéferson Morais, Rui Palmeira, Givaldo Carimbão, Judson Cabral, Renan Filho e Rosinha da Adefal. Fora o PSC, que está de presidente novo, com o empresário Arnaldo Cansanção, e já anunciou o interesse de ter candidato próprio.

SUBINDO LADEIRA O deputado Inácio Loiola também denunciou que as adutoras do Sertão, do Agreste e da Bacia Leiteira não podem aumentar a oferta de água porque não têm energia elétrica para bombeá-la.

DEVO O senador Benedito de Lira (PP) apresentou o valor exato da dívida de Alagoas: 5 bilhões 982 milhões 166 mil 178 reais e 45 centavos. O Estado paga 40 milhões de reais por mês à União para amortização, mas o senador diz que a União deve muito mais a Alagoas.

podem ser candidatos à reeleição, aumentando a disputa política e as articulações para sucessão. O JORNAL fez um panorama de como está o quadro político nessas cidades, que tem muita coisa ainda para mudar, especialmente até setembro, prazo final para filiações partidárias. Foi observado um quadro comum em alguns municípios, a dificuldade de se fechar consensos em candidaturas do grupo governista.

NEGO O vice-governador José Thomaz Nonô (DEM) negou ter dito que “bateria o martelo” na discussão sobre o valor do reajuste salarial dos policiais civis e militares. “Eu nunca disse isso porque quem bate o martelo é o governador. Eu, no máximo, seguro o prego”, afirmou.

ARAPIRACA

BANHO DE ARRUDA O ex-governador Ronaldo Lessa admite que enfrenta uma fase “muito difícil”. Mas nada de desesperar, e Lessa pensa positivo quando diz: “Esta fase vai passar”.

DA VEZ

RACHA

O ministro aposentado do Tribunal de Contas da União, Guilherme Palmeira, está com o PSD nas mãos, mas não deixou o filho, o deputado federal Rui Palmeira, se filiar ao partido porque tem o compromisso de que ele (Rui) é o candidato do PSDB a prefeito de Maceió.

O secretário estadual de Educação, Rogério Teófilo, trabalha na surdina para aguçar a dissidência do PMDB na Câmara Municipal de Arapiraca e tirar quatro vereadores do partido. São eles: Josias Albuquerque, Moises Machado, João Santos e Tarcizo Freire.

NA BAIXA DO SAPATEIRO

O prefeito Luciano Barbosa (PMDB) é hoje o mais bem avaliado em Alagoas. Reeleito com mais de 91% dos votos, ele agora enfrenta um sério problema: um nome dentro do seu grupo para ser seu sucessor. Despontam como possíveis candidatos Ricardo Nezinho, Rogério Teófilo, Ricardo Teófilo e Paulo Sérgio Barbosa. Como não existe consenso, até o nome da ex-prefeita e deputada federal Célia Rocha (PTB) começa a despontar no cenário.

Já a oposição em Arapiraca praticamente não existe e não se tem sequer uma movimentação para candidatura.

O secretário Rogério Teófilo, candidato a prefeito de Arapiraca pelo PPS, trabalha na surdina contra o PMDB escudado no ex-vereador Júlio Houly (PSB), que deve ser o seu vice-prefeito.

FIRME

ROTA

Candidata à Prefeitura de Palmeira dos Índios, Ângela Garrote mandou avisar aos amigos que a sua prisão não vai prejudicar o projeto de administrar a terra onde nasceu. Ângela será candidata a prefeita com o apoio do senador Benedito de Lira.

Depois da eleição no ano passado, o prefeito Luciano Barbosa (PMDB) mudou os hábitos. Antes, ele chegava ao gabinete pela passagem secreta; hoje, ele chega pela entrada principal e até já foi visto papeando na copa com os funcionários.

EXPRESSAS O governo do Estado promete apresentar a proposta de reajuste para os servidores da Saúde nesta segunda-feira, 4.

O ex-vereador Toroca é o entrevistado desta terça-feira, 5, do “Conversa de Botequim”, apresentado pelo jornalista Plínio Lins, no Rapa Nui. Na quarta-feira, 6, os policiais civis e militares se sentam com o governo para definir o reajuste de soldos e vencimentos da categoria.

Quinta-feira, 7, os médicos que atendem pelos planos de saúde prometem paralisar suas atividades. O protesto é nacional, em defesa de melhor remuneração.

Dos 474 mil alagoanos com direito à “tarifa social” de energia elétrica, apenas 114 mil já se recadastraram.

A Eletrobras Distribuidora colocou o telefone 08000820196 à disposição do público.

MARAGOGI O prefeito Marcos Madeira (PTB) conseguiu emplacar o filho como sucessor político.

No entanto, o deputado estadual Marquinhos Madeira ainda não poderá disputar a sucessão da Prefeitura pelo parentesco de primeiro grau.

Com isso, a situação abre um leque para os vários aliados que o prefeito tem no município, como o vice João Cassiano, os vereadores Elba Vasconcelos e Gordo, Jozemir Cavalcante e o ex-vereador Jaílson Carnaúba. Fora do grupo, até mesmo o hoje distante major Paulo Nunes poderia vir a ser candidato.

Pela oposição, o nome do médico Fernando Sérgio Lira volta a ser cada vez mais presente nas rodas de conversa sobre as eleições.

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Política

O JORNAL JORNA L A9

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UNIÃO DOS PALMARES O prefeito Areski Freitas, o “Kil” (PTB), não pode ser candidato a reeleição por ter completado o mandato do exprefeito José Pedrosa, falecido em 2008, pouco antes do início da campanha. Kil era o vice e, portanto, cumpre a segunda gestão no cargo. Assim como muitos prefeitos que não podem ser reeleitos, ele enfrenta dificuldade em escolher um candidato, pois falta um nome natural do grupo governista. Entre os secretários municipais o clima é de expectativa. Por outro lado, o vereador Bruno Praxedes aparece no quadro de interessados na construção da chapa. A oposição conta com Beto Baía e Dr. Paulo do PT.

CORURIPE O município vive uma situação bem particular. O prefeito Marx Beltrão (PMDB) é muito bem avaliado e está chegando ao final do quarto mandato seguido da família, que não encontra adversários políticos na região. No entanto, falta um nome para ser o candidato a sucessão, o que faz com que o ex-prefeito e deputado federal Joaquim Beltrão passe a circular como o possível candidato. Ele nega, mas não consegue convencer de que não estará na disputa. Existe a possibilidade de que a ex-prefeita de Feliz Deserto, Rosiane Beltrão, seja alçada a ser candidata. Já o adversário hoje só seria o Dr. Carlos do PT.

SANTANA DO IPANEMA A prefeita Renilde Bulhões (PTB) termina o mandato enfrentando nomes fortes na oposição. De um lado, o ex-deputado Marcos Ferreira e o ex-prefeito Marcos Davi. “Vira e mexe”, o nome do deputado Isnaldo Bulhões aparece como possível candidato, só que quem especula esquece que ele não pode ser candidato, pois é filho da prefeita. A família Bulhões procura um nome para entrar na disputa. Até agora só quem demonstrou interesse mesmo foi o radialista Fernando Valões.

Uma alternativa também pode ser a vereadora Eliana Bezerra, a Fofa, que agora preside a Câmara de Vereadores.

MATRIZ DO CAMARAGIBE É praticamente certo que o ex-prefeito Marcos Paulo, o Marquinhos será candidato na cidade. Ele é o nome do grupo liderado pelo também ex-prefeito Cícero Cavalcante para suceder a esposa Doda Cavalcante, que cumpre o final de um mandato e meio no comando da Prefeitura. Pela oposição, o médico Washington Moura vai tentar retomar o comando político do município – que chegou a ser o mais votado, mas teve seu nome barrado pela Justiça Eleitoral. E o engenheiro Mário Melo não pode ser descartado na corrida.

PORTO CALVO De um lado o atual prefeito já sinalizou que pretende votar em seu vice, Zé Maria. Do outro lado o vereador Juvenal Veiga e o empresário Ormindo Uchoa construindo candidaturas de olho na Prefeitura. O prefeito Carlos Eurico Leão (PMDB), o “Kaika” surpreendeu ao ser eleito em 2004, da mesma forma na vitória pela reeleição em 2008, só que dentro do seu grupo não existe um consenso quanto ao apoio. A disputa no município promete ser uma das mais tensas dos últimos anos.

SÃO MIGUEL DOS CAMPOS A prefeita Rosiane dos Santos (PMDB) cumpre o segundo mandato sem enfrentar dificuldades. O candidato à sucessão é o ex-prefeito Nivaldo Jatobá que comandou a cidade entre 1997 e 2004. Mesmo assim, o empresário pode abrir espaço para uma das filhas, Rosinha ou Roseane. Pela oposição, o ex-deputado George Sarmento volta a ser o nome natural, principalmente por ter obtido bons resultados de seus candidatos proporcionais na eleição de 2010.

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Opinião A10

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com. | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br

Povo armado Em apenas dois meses, a Polícia Militar de Alagoas apreendeu 150 armas de fogo no Estado. Foram 83 em janeiro e 67 em fevereiro. Dentro da instituição, os batalhões – principalmente o Bope e a RP – se revezam na liderança das apreensões. Isso pode ter a ver com a proposta de recompensa pela produção dos policiais militares na atuação nas ruas.

Mas o crescimento do número de apreensões de armas tem, no mínimo, duas interpretações. Na primeira, a briosa está agindo corretamente; abordando “suspeitos”, revistando e encontrando armas de fogo com eles. Na segunda avaliação, entende-se que as pessoas estão mais armadas.

Entre essas pessoas que foram flagradas com armadas, boa parte era formada por homens de bem: pais de famílias que, sem escamoteio, estava armado para se defender dos bandidos.

Nesse caso, o revólver ou a pistola significava apenas uma pseudogarantia de sobrevivência. Uma “garantia” de sair de casa e voltar vivo para reencontrar a família.

Mas a grande maioria era de pessoas envolvidas com algum tipo de crime. Essas estavam prontas para matar ou para morrer a qualquer momento. A arma, então, era uma extensão da “coragem” e da covardia. Nas mãos de um assaltante, um revólver – para ele – é o mesmo que um palito de dente. Tanto faz acionar a arma contra um pai de família que

vem do trabalho e se nega a entregar o telefone celular ou guardá-la na cintura.

Bem recentemente, a população alagoana se deparou com três casos que revelaram a frieza das pessoas envolvidas em assassinatos. No primeiro, um modelo matou um arquiteto e, poucas horas depois, estava numa mesa de bar tomando cerveja com um amigo. O criminoso, frio como uma montanha de gelo, foi preso e confessou o crime.

Em outro, um jovem matou o pai com dois tiros de revólver, dobrou o corpo, enrolou num lençol e enterrou num buraco que abriu na varanda da casa. Depois colocou uma placa de ferro sobre a cova rasa e concretou a região. A intenção era que o corpo não fosse encontrado. O caso foi esclarecido, mas o criminoso não está preso.

No caso do assassinato de um capitão PM – que foi morto em casa quando almoçava e saiu para atender à porta –, um dos matadores foi preso horas depois num motel, onde estava com a namorada.

Ter uma arma de fogo não é proibido. Há a necessidade de um rito legal até que o cidadão convença as autoridades que pode ter uma arma. Após a legalização, vem a orientação de que uma arma de fogo não deve ser encarada como fortaleza.

Muita gente morre com a arma na cintura.

Caminhos há “A população encontra-se em estágio inadequado para o desenvolvimento” Marcial Lima Professor

Em 1997, foi publicado o documento Planejamento Estratégico de Maceió – Estratégia de Desenvolvimento, onde se vaticinava que “a população se situa em um estágio cultural inadequado para o modelo de desenvolvimento, vítima de uma consciência política pouco direcionada às conquistas sociais, desconhecendo seus direitos e deveres”. Maceió, complementava,“dispõe de um rico acervo de manifestações culturais, mas não tem sabido apoiar e desenvolver esses recursos de forma a gerar trabalho e fortalecer em seu habitantes a noção de uma identidade cultural”. Em seguida, de modo vago e impreciso,definia como objetivo a valorização das manifestações artístico-culturais locais e, como linhas de ação, “criar bibliotecas públicas, museus, oficinas de criação e implementar atividades articuladas com escolas; criar leis de incentivo à cultura, promover cursos e concursos de cordel, folguedos, literatura, pintura”.

Em 2001, surge outro documento: Plano Cultural de Maceió, que, de igual modo, não alcançou qualquer efetividade, nenhum órgão público dele se deu conta; questão agravada pela metodologia escolhida, que deixou de considerar o fato de que a comunidade só se sente comprometida com as políticas públicas das quais participou, ativa e diretamente, de sua construção. Esse documento

fora elaborado pelo segmento que o gestor público considerou como uma plêiade seleta, douta e capaz, advinda de grupos reiterativos, plenamente convencidos de que tinham total conhecimento da realidade, necessidades e desejos da comunidade. Outro fato marcante é que o fórum para sua construção se realizou numa realidade onde a cultura não se encontrava inserida não políticas gerais de governo, como dizem os especialistas, divorciada da arquitetura governamental, sem a articulação com qualquer rede de comprometimento, totalmente desalinhada dos demais instrumentos de gestão.

Caminho inverso trilhou o processo de elaboração do Plano Diretor da Cidade, pois, diante apenas de um representante, sem poder de mando, do Município, a comunidade, através das associações de bairro, se fez presente, expondosuas prioridades, através dos eixos: descentralização, acompanhamento social, cultura como vetor de desenvolvimento etransculturalidade. Somando esse fato aos documentos formalizados, em 2005, nas Conferências Públicas, e levando em conta o que determina a Constituição Federal e a Lei Orgânica do Município, os que se mostram descontentes com a ausência de Políticas Públicas, podem contar com consistentes instrumentos legais, para, cumprindo seus deveres, exigirem seus direitos.

Palavra do leitor Sr. Editor,

Os desafios da economia brasileira “Promoções e liquidações estão conseguindo fazer face ao aperto no crédito” Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB

Estimulada por um crescimento de 7,5% do PIB em 2010, a economia brasileira está numa encruzilhada. A economia resiste em desacelerar mesmo após as medidas de cortes orçamentários, aumento na taxa dos juros e redução do crediário. Diversos segmentos estão contornando os freios anunciados e continuam em expansão. É o caso do varejo. Velhas armas, como promoções e liquidações, estão conseguindo fazer face ao aperto no crédito, que agora têm prazos menores e juros maiores.

O êxito desta estratégia pode ser sentido mais nitidamente no setor de supermercados. As vendas reais cresceram 2,77% em fevereiro de 2011, na comparação com o mesmo período de 2010, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado dos dois primeiros meses de 2011, as vendas aumentaram 3,24% em relação ao mesmo período do ano passado.

No setor automotivo as vendas em fevereiro somaram 259 mil unidades. Um recorde para o mês e acima do total verificado em janeiro deste ano e no mesmo período de 2010. O licenciamento de carros no período foi 12,5% maior do que o registrado em janeiro e 22,5% acima do verificado um ano antes. Ou seja, o setor ainda não sentiu as medidas de restrição ao crédito lançadas no final de 2010.

De acordo com dados do Banco Central, em dezembro a média de concessões de crédito para

pessoas físicas estava em 600 operações. Em janeiro, este volume caiu em média para 590 operações diárias, e segundo projeções da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), esse patamar deve voltar a crescer, atingindo 633 operações diárias em média em fevereiro.

O mercado de trabalho segue em expansão e a migração social, o fortalecimento da classe média, os reajustes salariais acima da inflação em 89% das categorias profissionais e o real valorizado são os principais fatores que contribuem para que o consumo continue aquecido no País.

O setor industrial é um dos únicos segmentos que vivem um cenário mais realista, com os efeitos do câmbio penalizando alguns setores, como o de máquinas e equipamentos e o setor têxtil, entre outros, que sofrem com a competição dos importados. Isso porque desde a crise financeira, o mercado interno tem sido o grande impulsionador do setor industrial.

Se o ritmo da economia não diminuir de acordo com a expectativa das autoridades monetárias, é inevitável que sejam adotadas novas medidas. É o tamanho dos ajustes que a presidente Dilma Rousseff e a equipe econômica precisam calibrar com precisão. Apertos em demasia podem frear excessivamente a economia.

De outro lado, o Brasil não deve ficar apenas observando. O risco é de trazermos de volta a inflação descontrolada. Isso não interessa a ninguém.

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Coordenador Editorial Voney Malta

No último dia 30 de março ficamos estarrecidos com a ação de uma equipe da Radiopatrulha contra delegado de polícia aposentado Hélio de Almeida, fato ocorrido em frente a sua residência no bairro da Serraria, na capital alagoana.

Estava em nossa residência, por volta das 13h, na companhia do colega Robervaldo Davino, delegado titular do 4º Distrito Policial, quando discutíamos sobre assuntos de interesses da categoria dos delegados de polícia, e dado momento recebi uma ligação telefônica da Juíza de Direito da Comarca de Santana do Ipanema, Francisca Almeida, aos prantos, dizendo que havia ligado para a sua residência e foi informada que seu esposo Helio de Almeida, delegado de polícia aposentado estava naquele momento sendo preso por integrantes da polícia militar de Alagoas. De imediato, na companhia do delegado Robervaldo Davino, nos deslocamos até a residência do delegado de polícia Hélio Almeida.

Ao chegar à residência nos deparamos com inúmeros policiais militares e várias viaturas da polícia militar em frente à residência do delegado Hélio Almeida.

Procuramos de imediato o comandante daquela mega operação e fomos informado pelo mesmo, já de posse de uma pistola e um revólver, que havia sido apreendido no interior do veículo Kyron, modelo DsangYong (KII-1472, Recife-PE), estacionado na entrada da garagem da residência, cujo veículo havia sido atingido por vários disparos de arma de fogo, lataria e pneus, por integrantes de sua equipe. Segundo o militar, o referido veículo era conduzido pelo delegado Hélio Almeida, e após não atender a orientação da guarnição nas proximidades do Sítio São Jorge, foi seguido e rendido na porta de sua residência, juntamente com seu funcionário José Cícero.

A equipe da Radiopatrulha pouco deu importância aos apelos do delegado Hélio Almeida, permanecendo algemado por cerca de 2 horas no interior de sua residência. Nada adiantou os apelos de suas filhas, uma advogada e uma bióloga, para que retirasse as algemas do delegado de polícia e na oportunidade diziam que ali era também de uma integrante da Magistratura Alagoana, esposa do delegado.

Viveram momentos de aflição e desespero.

Como presidente da Associação dos Delegados de Polícia jamais fomos ao local para ser corporativista e sim para ter a certeza que os direitos constitucionais do nosso associado fossem garantidos. Endentemos que o delegado aposentado Hélio Almeida deveria sim ter atendido a guarnição policial no momento em que foi solicitado e que parasse o veículo para ser averiguado, talvez tivesse evitado que todo esse fato tivesse acontecido.

A Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas vem a público manifestar a mais profunda indignação com a maneira abusiva e truculenta com que a guarnição da Polícia Militar de Alagoas tratou o Delegado Aposentado Hélio Almeida. A classe dos delegados em Alagoas encontra-se transtornada com a atitude dos policiais militares que participaram daquela operação policial que ensejou os fatos aqui discorridos, posto que trataram desarrazoadamente um servidor público que sempre teve sua vida profissional pautada nos caminhos da verdade, da ética e da transparência e uma dedicação exemplar para a segurança pública do Estado de Alagoas.

Se a Adepol de Alagoas não se insurgir diante desta truculência, amanhã poderemos ser vítimas de ações desordenas e arbitrárias praticadas por integrantes da Polícia Militar de Alagoas .

Sabemos que a Polícia Militar de Alagoas apresenta-se como uma entidade séria e preparada para cumprir as suas exigências legais, infelizmente, neste episódio, especificamente, os policiais militares que participaram da operação policial foram infelizes em seus comportamentos.

Diante dos fatos ocorridos com o delegado aposentado Hélio Almeida, a ADEPOL irá tomar todas as medidas legais cabíveis no que pertine ao caso em questão.

Defendo que o respeito entre as instituições policiais devam ser mantidas e pregadas pelos comandantes e temos a certeza que jamais um episódio triste e lamentável como este volte a se repetir.

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Nacional

A11

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: nacional@ojornal-al.com.br

Prefeitos vão aderir à PEC da Felicidade Propostas cobram a garantia de saúde e educação para todos os brasileiros e tramitam na Câmara e Senado Congresso em Foco O Movimento Mais Feliz, que apoia a PEC da Felicidade, ganhará na próxima terça-feira a importante adesão da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Proposta e emenda constitucional assinada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e pela deputada Manuela D’Ávila, a PEC da Felicidade estabelece que os direitos do cidadão, inclusos no artigo 6º da Constituição, são fundamentais para a conquista da felicidade. Na verdade, o que o movimento e a PEC propõem é uma mudança de filosofia e de parâmetros na forma de se discutir o grau de desenvolvimento do país. Em vez da frieza dos números do Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, que não levam em conta a desigualdade social, a ideia é a substituição por parâmetros capazes de medir o grau de felicidade, o grau de satisfação, de um povo, atendido nos seus anseios por educação, saúde, etc. Essa mudança de conceitos é cada vez mais apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e exercida na prática por países como o Butão.

O termo de compromisso entre a Frente Nacional dos Prefeitos e o Movimento Mais Feliz será assinado na 59ª Reunião Geral da frente, que acontecerá em Brasília, esta semana. Prefeitos de várias regiões do país estarão presentes na solenidade. A frente reúne principalmente prefeitos da capitais, grandes e médias cidades, e aquelas que fazem parte das regiões metropolitanas.

Para Mauro Motoryn, idealizador do Mais Feliz, é nos mu-

nicípios que a cidadania de fato é exercida e as políticas públicas são implementadas. Por isso, a maior mobilização no sentido de garantir a felicidade do cidadão e da comunidade virá da atuação dos prefeitos. “São eles que vivem a realidade do dia a dia e conhecem a importância dos direitos sociais e sua aplicabilidade na vida dos brasileiros. Educação, saúde e demais garantias previstas na Constituição são fundamentais para a busca da felicidade. e nossos prefeitos podem construir e criar condições para cidades e cidadãos mais felizes”, analisou Motoryn.

DUAS EMENDAS - A PEC da Felicidade corre paralela na Câmara e no Senado. Duas PECs, com o mesmo texto, tramitam. Aprimeira tem como autor Cristovam Buarque, e a segunda é de autoria de Manuela D’Ávila. No Senado, a proposta de Cristovam recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça e segue para Plenário. Na Câmara dos Deputados, o processo de tramitação também já foi iniciado e conta com 192 assinaturas de apoio.

A alteração constitucional proposta altera o artigo 6º da Constituição, acrescentando o termo “essenciais à busca da felicidade”, no texto. O artigo ficaria assim: “São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.

Mauro Motoryn, criador do Movimento Mais Feliz e defensor da PEC

Como funciona o índice de felicidade do Butão O governo do Butão, país asiático localizado ao Sul da China, tornou-se referência nas políticas públicas de bem-estar social que levam em conta a felicidade dos cidadãos. Criado pelo rei Jigme Singye Wangchuk, o Índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) é hoje a realidade mais concreta de indicadores que medem o desenvolvimento a partir da felicidade demonstrada pelas pessoas, a partir da garantia de seus direitos sociais.

O índice mede a satisfação

pessoal do cidadão, levando em consideração pilares como educação, saúde e cultura. Na verdade, ele torna menos subjetivo o acompanhamento da prestação desses serviços. Se a média dos cidadãos não está feliz com um deles, é sinal de que é preciso fazer mudanças.

O programa No Caminho, do canal a cabo Multishow, esteve no Butão. E a apresentadora Suzanna Queiroz foi ao Ministério da Informação e Comunicação do país para entender como funciona o Índice

de Felicidade Interna Bruta (FIB). Segundo ela, fica claro que o índice não mede demonstrações de alegria ou breves momentos de felicidade.

Mas afere a satisfação das pessoas calcada nas condições de vida oferecidas pelo Estado, dentro da mesma linha das emendas que tramitam agora no Congresso, de que a conquista dos direitos sociais básicos, como educação de qualidade ou atendimento pleno de saúde são condições fundamentais para que o cidadão possa

conquistar a felicidade.

O Butão foi pioneiro nessa área, ao criar, duas décadas atrás, o índice. Aexperiência logo recebeu o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e passou a ser replicada em diversas nações, mas com variações. A iniciativa disseminou em países a discussão, que se multiplica em conferências internacionais, seminários e congressos. Os encontros passaram a ter presença, quase que obrigatória, de representantes do governo do Butão.

DITADURA MILITAR

Brasil não cumpre sentença da OEA Um documento com mais de 600 assinaturas foi entregue a representantes dos três Poderes da República para cobrar o cumprimento de uma sentença em que a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Estado brasileiro por crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985).

A carta - enviada à presidente Dilma Rousseff, aos presidentes do Senado, José Sarney, da Câmara, Marco Maia, e do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, e ao procuradorgeral da República, Roberto Gurgel - foi divulgada sextafeira.

No fim do ano passado, em decisão inédita, a Corte Interamericana da OEA(Organização dos Estados Americanos), condenou o Brasil por não ter investigado crimes cometidos pela ditadura na repressão à Guerrilha do Araguaia, nos anos 70.

Além disso, determinou uma série de medidas que pre-

cisam ser adotadas, como a busca pelos desaparecidos. Para a diretora do programa para o Brasil do Cejil (Centro pela Justiça e o Direito Internacional), Beatriz Affonso, a sentença não está sendo cumprida.

Segundo ela, o país é “absolutamente contraditório” quando acena com uma nova política de direitos humanos no plano internacional, mas se recusa a cuidar de seus próprios problemas. “Não dá para dizer para os outros que a ditadura deles não é razoável, mas que a nossa pode”, disse.

O recolhimento de adesões para a carta foi articulado por pessoas e entidades que trabalharam no processo levado ao sistema interamericano, que resultou na condenação brasileira.

Na sentença, o tribunal da OEA diz que a Lei de Anistia, de 1979, não pode ser usada para impedir a investigação e punição de crimes contra direitos humanos.

Público poderá visitar até agosto, no Rio, a mostra sobre a ditadura

Comissão da Verdade depende do Congresso Agência Brasil O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acredita que o Congresso aprovará este ano a Comissão da Verdade, que vai buscar documentos e informações sobre crimes ocorridos durante a ditadura militar. Ele inaugurou na sexta-feira a exposição Registros de uma Guerra Surda, sobre o período militar (1964-1985), no Arquivo Nacional, no Rio. Cardozo elogiou o trabalho desenvolvido pelo ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo

Vannuchi em defesa da comissão. “O ministro Vannuchi teve um trabalho muito importante ao longo de sua gestão no ministério, no limite de suas possibilidades. Ele preparou o terreno para que agora possamos colher uma grande vitória para a sociedade brasileira. Sinceramente acho que existe clima para aprovarmos a Comissão da Verdade”.

O ministro ressaltou que há total sintonia entre ele e outros colegas ligados diretamente à questão. “Eu, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e a minis-

tra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, estamos juntos, buscando uma articulação com o Congresso Nacional que permita termos um resultado que satisfaça a história de nosso país. Temos totais condições de aprovar este ano. Vejo muita sensibilidade no Congresso para essa aprovação.”

O deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) acompanhou Cardozo durante a inauguração da exposição e também demonstrou otimismo, embora com cautela, em ver aprovada este ano a Comissão da Verdade.

“O Parlamento está maduro, mas não significa que será fácil a aprovação e muito menos que ela será consensual. Sabemos que ela será fruto de um intenso debate político. Precisamos ter acesso a tudo o que ocorreu em nosso país”, disse Molon, que faz parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Aexposição ficará aberta ao público entre os dias 4 de abril e 26 de agosto. A mostra apresenta imagens, documentos, filmes e textos sobre o período da ditadura. A entrada é franca.

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O JORNAL

Internacional A12

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: internacional@ojornal-al.com.br

Usina nuclear acidentada no Japão oferece salário de R$ 8.000 por dia Empresa busca candidatos a enfrentarem altos níveis de radioatividade Na tentativa de controlar a crise nuclear na usina de Fukushima, que foi gravemente danificada pelo terremoto seguido de tsunami de 11 de março no Japão, a Tepco (companhia de energia elétrica de Tóquio) está à procura de operários dispostos a chegar cada vez mais perto da radiação que continua a sair da usina.

Os trabalhadores estariam

recebendo ofertas de adicionais de insalubridade de até R$ 8.143 por dia (o equivalente a US$ 5.000 diários) para trabalhar nos reatores danificados. Esse valor é oferecido por uma fração de dia, já que os turnos de trabalho na usina estão sendo drasticamente restritos por causa da radioatividade no local.

Um funcionário da Tepco

disse que a empresa procura “saltadores” – operários dispostos a “saltar” para dentro de áreas altamente radioativas para cumprir tarefas no mínimo de tempo e sair correndo o mais rápido possível. Às vezes um saltador pode fazer corridas múltiplas, se a dosagem radiativa cumulativa se mantém dentro de limites aceitá-

veis, embora o “aceitável” possa ser aberto a interpretações em ocasiões de alto risco público.

Em casos de vazamentos extremos, a radiação pode ser tão intensa que o saltador só poderá fazer uma investida desse tipo em toda sua vida, sob o risco de sofrer consequencias graves pela exposição aos altos níveis de radioatividade.

Exército japonês escolta funcionários expostos a altos níveis de radiação

Mais de 20 funcionários sofreram superexposição Há três semanas, os reatores da usina nuclear Fukushima, situada 240 km ao norte de Tóquio, se tornaram caldeirões explosivos de hidrogênio, vapor radioativo e água contaminada que aparentemente vazou para o oceano, onde nos últimos dias foram encontrados níveis de iodo com índices de radioatividade milhares de vezes acima do limite normal.

A Tepco disse que 18 funcionários e três empregados autônomos foram expostos a 100 milisieverts de radiação na sexta-feira. A dose média para uma pessoa que trabalha em uma usina nuclear é de 50 milisieverts ao longo de cinco anos.

Na semana passada, dois operários que trabalharam no reator 3 foram hospitalizados com ferimentos depois de seus pés terem sido expostos a

quantidades entre 170 e 180 contaminada poderá ser bommilisieverts, segundo a AIEA beada para fora e quanto tem(Agência Internacional de po isso levará, um represenEnergia Atômica, da ONU). tante da Tepco resA empresa de energia de pondeu que seria Tóquio anunciou que necessário o trabavai fechar permalho de alguém disnentemente pelo posto a enfrentar simenos quatro dos tuações de extremo seis reatores da usiperigo, aproximanna. Mas primeiro ela do-se dos reatores Procuram-se precisa estabilizar e danificados. resfriar o combustí“A bomba podesaltadores vel das centrais nuria ser ligada a parpara cleares. tir de um gerador Fukushima A empresa vem independente. Tudo tentando desesperao que alguém teria damente encharcar que fazer seria levar os bastões de comuma ponta da bombustível com jatos de ba até a água, jogáágua e agora precisa la lá dentro e correr para limpar as piscinas fora”. de resfriamento conTraduzindo: procuram-se taminadas com radiação nos saltadores. pisos inferiores.

Em entrevista à revista japoIndagado na última segun- nesa Weekly Post, um funcioda-feira sobre como a água nário da Tepco da cidade de

Iwaki, a 40 km de Fukushima, disse ter sido oferecido um pagamento diário de R$ 4.000, o equivalente a US$ 2.500 ou 200 mil ienes. O operário, que não quis ter o nome revelado, disse que recusou a proposta por causa dos apelos da mulher.

A relutância dos operários em entrar na usina danificada destaca um dos dilemas básicos da Tepco: ela não consegue pessoas que cheguem suficientemente perto para verificar se os esforços para resfriar os bastões de combustível estão funcionando, nem mesmo para confirmar quais são os problemas exatos que estão ocorrendo.

A maioria dos esforços da empresa tem sido de jogar água sobre os bastões de combustível expostos, numa tentativa de reduzir sua temperatura e restringir as emissões tóxicas.

ESPANHA

Médicos usam cerâmica na reconstrução de rosto MADRI - Um hospital espanhol reconstruiu com sucesso, a partir de uma prótese de cerâmica, grande parte da estrutura óssea facial de um homem equatoriano de 26 anos, que na adolescência teve um tumor extirpado, que causou grandes cavidades no rosto.

Aintervenção, primeira deste tipo realizada na Espanha, foi feita no dia 17 de março no Hospital Universitário La Paz, em Madri, que até agora só tinha incorporado próteses de cerâmica em reconstruções cranianas.

O paciente teve reconstruída a estrutura óssea do maxilar com uma prótese que cobre a mandíbula, a maçã do rosto, o arco zigomático até a orelha e a parede lateral no nariz. O homem, que já pode movimentar normalmente a boca e os olhos, disse que está bem, apenas com uma pequena inflamação no olho e algumas cicatrizes, principalmente na área da boca, que serão “retocadas” com uma pequena cirurgia mais adiante.

O homem afirmou ainda que seu aspecto de agora é muito parecido ao que tinha anteriormente à doença. Antes da operação, foi feito um scanner em três dimensões para reproduzir a área danificada do rosto, no lado esquerdo, tomando como modelo seu lado normal; posteriormente os dados foram enviados à Suíça para o processamento e desenho da prótese.

Equatoriano foi operado no dia 17

Esta técnica é ideal para áreas do corpo que não suportam peso, como o rosto, e praticamente só possui vantagens, disseram dois dos responsáveis médicos de La Paz, os doutores José Luis Cebrián, médico especialista de área bucomaxilofacial, e Miguel Burgueño, chefe de Serviço de Cirurgia Oral e Bucomaxilofacial.

Uma das grandes vantagens deste tipo de prótese é que são biocompatíveis, por isso, em geral, são muito bem toleradas pelo paciente e raramente causam infecções. Além disso, o uso de cerâmica, cujo maior inconveniente é seu preço elevado, agiliza muito a intervenção, que durou apenas três horas, já que são desenhadas para encaixar perfeitamente na cavidade anatômica.

Desenhar a prótese, o grande desafio Segundo Cebrián, o aspecto mais complexo da técnica é o desenho da prótese, que deve se ajustar às cavidades ósseas irregulares, em formato tridimensional, para se encaixar perfeitamente na estrutura anatômica do paciente. Neste caso, suas dimensões são de aproximadamente 10 cm de largura por 5 cm de altura, com 4 cm de profundidade no ponto mais alto.

Anteriormente, outro hospital madrilenho, o Doce de Octubre, havia feito uma reconstrução com cerâmica, mas unicamente da maçã do rosto de uma pessoa.

Tradicionalmente, o material ósseo usado neste tipo de operação procede de outras áreas do corpo do paciente, como o quadril, preferencialmente, ou o crânio.

No entanto, a extração desse tipo de osso força uma intervenção cirúrgica e complica a adaptação exata à cavidade óssea que será reconstruída, já que obriga os médicos a trabalharem com

muitos ossos pequenos unidos.

Outros materiais utilizados nas intervenções faciais para preencher estruturas ósseas podem proceder de animais ou de cadáveres, com o risco de gerar rejeição no paciente.

Um dos problemas do uso da cerâmica nas reconstruções faciais é que a prótese infeccione, mas as probabilidades são baixas, e a área mais delicada é o nariz, pela presença de microorganismos. Durante a operação, os médicos colocaram na região nasal do paciente parte de um tecido muito vascularizado extraído com uma ligeira incisão no cérebro; com o tempo, este tecido terminará sendo substituído por uma mucosa que evitará infecções.

O tempo de recuperação do paciente será de, aproximadamente, um mês e meio, e inicialmente, não será necessário intervenções posteriores de manutenção da prótese.

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Cidades Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br

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Ligação interrompida Número de reclamações com a telefonia móvel cresce em ritmo semelhante ao das novas habilitações Carolina Sanches Editora-adjunta de Cidades

Os telefones celulares já fazem parte do cotidiano de cerca de milhões de brasileiros.

Dados mais recentes da Agencia Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável pelo setor apontam que o número de novas habilitações de celulares bateu recorde no primeiro bimestre deste ano: foram 4,6 milhões de novos números no período. Maior número em 11 anos.

Apesar do aumento de habilitações de celulares, os serviços prestados pelas operadoras continuam desagradando aos clientes. As principais reclamações são quanto aos reparos e defeitos dos aparelhos, cobrança de contas, atendimento ao usuário, desligamento, bloqueio e cancelamento de linhas, serviços adicionais e área de cobertura.

Em Alagoas, continua crescendo o número de reclamações no Procon contra as empresas de telefonia celular. Os números são tão expressivos que as três empresas com maior abrangência no Estado lideram o ranking das 10 mais reclamadas em 2010.

AClaro ficou em primeiro lugar entre as empresas de telefonia com 248 reclamações. A TIM ficou em segundo com 209 queixas, seguida da OI com 161.

Só este ano, a Claro acumula 144 reclamações. A TIM continua em segundo com 128 e a OI já possui 137. Esses dados do Procon se referem ao período de janeiro deste ano até o dia 15 de março. As maiores queixas são com relação a cobrança indevida e má qualidade no serviço.

Antenas de celulares nem sempre dão suporte ao serviço, o que resulta em pane

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Cidades

O JORNAL JORNA L

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Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br

Marco Antônio

Quatro dias com o sistema em pane Alguns problemas têm tirado a noite de sono de muitos usuários. O funcionário público Kléverson Levy, morador do município de Jequiá da Praia, está na lista das dezenas de pessoas que tentaram solucionar um problema junto a estas empresas.

Kléverson conta que no Carnaval deste ano, a TIM, única operadora de telefonia móvel instalada no município, ficou sem funcionar. Com cerca de 12 mil habitantes e uma área territorial de 338,60 km2, o município tem 30% de seus habitantes utilizando o serviço de telefonia móvel. “No período carnavalesco, o fluxo de pessoas na cidade aumentou causando pane no sistema. Os moradores, turistas e visitantes ficaram sem utilizar o celular ou internet com modem da operadora. Esse problema causou um grande descontentamento, além de transtornos aos moradores”, relata.

Segundo o morador, celulares funcionavam apenas por alguns minutos e já ficavam fora de área. “Basta chover ou faltar energia que a cidade fica sem comunicação alguma. Como podemos estar sem usar telefone até na hora de uma ocorrência

ou problemas de saúde?”, questiona.

A situação motivou um abaixo-assinado com mais de 250 assinaturas, reclamações no Procon e a Prefeitura Municipal chegou a enviar um ofício ao setor de engenharia da TIM, informando que o problema estava trazendo transtornos. “O sinal do telefone melhorou, mas até hoje (quarta-feira da semana passada) a TIM não respondeu ao oficio da prefeitura”, reclama Kléverson Levy, O sinal de telefonia móvel em Jequiá foi instalado no ano 2008. A população reivindicava o serviço junto às operadoras desde 2003, quando a Câmara Municipal de Vereadores tomou a frente da interlocução e conseguiu a torre que disponibiliza o sinal. “Atualmente, o número de usuários aumentou e milhares de visitantes e turistas passam pelo município se utilizando dos serviços, o que ocasiona uma pane no sistema de telefonia móvel da cidade. Agora percebemos que depois das reclamações do Carnaval o sinal melhorou, mas ainda estamos apreensivos com isso”, disse o morador. (C.S.)

Na hora da compra, consumidor deve estar atento às funções dos celulares

Celular com dificuldade para fazer e receber ligações

Comissão da OAB orienta consumidores

Também residente do interior de Alagoas, o radialista Ângelo Farias revela sua indignação para com os serviços prestados pela operadora de celular TIM, no município de

Além do Procon, que presta orientação ao consumidor e esclarece dúvidas, Alagoas conta com a Comissão do Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

De acordo com o advogado José Tenório Gameleira, membro da comissão, a OAB dá a orientação jurídica e acompanha os casos. “Nosso papel não é ingressar em juízo, mas acompanhar as reclamações e, se for uma situação grave que necessite de uma intervenção, o presidente da OAB pode propor junto ao Ministério Público uma ação coletiva”, explica.

Tenório informou que no caso da pessoa desejar ingressar em juízo pode recorrer as defensorias públicas e advogados particulares.

“Quando a pessoa chega com um problema, nós procuramos sempre que a situação seja resolvida de forma administrativa e só recomendamos a judicial quando não há outra alternativa, mas sem nomear advogados, apenas informamos o que pode ser feito. Muitas vezes a pessoa que nos procura consegue resolver o caso no campo administrativo através da intermediação da comissão”, afirma.

Para o advogado, muitas vezes a pessoa é lesada porque não tem orientação.

“Percebemos que as reclamações aumentaram e isso pode ser atribuído também ao trabalho de conscientização que é feito por diversos órgãos e entidades. O presidente da OAB é bastante pre-

Arapiraca. Segundo ele, por diversas vezes é difícil realizar e receber chamadas de celular desta operadora.

O problema mais frequente, de acordo com o ra-

dialista, é a impossibilidade de se completar uma ligação, mesmo com o celular de destino estando ligado. “As dificuldades são muitas: a mais comum é a de que não se con-

segue completar ligações.

Mesmo com o celular de destino ligado, recebemos a mensagem de que o celular está desligado ou fora de área”, reclama. (C.S.)

Operadoras estão sob a mira do Procon/AL O superintendente do Procon em Alagoas, Rodrigo Cunha, informou que o órgão recebe muitas reclamações no que diz respeito ao serviço prestado por operadoras de telefonia móvel. “Chegam ao órgão denúncias de cobrança indevida e interrupção da chamada. Mas, atualmente,

muitas pessoas procuram o Procon para reclamar da má qualidade do serviço prestado pela operadora”, ressalta.

Rodrigo Cunha conta que as principais operadoras que prestam serviço no Estado já foram notificadas a exemplo da OI, TIM e Claro. “As pessoas podem reclamar do serviço ou,

no caso de se sentirem lesadas, procurar a Justiça. Por exemplo, um taxista que precisou do telefone móvel para atender clientes e teve o serviço bloqueado de forma indevida pode tentar reaver o que perdeu”, orienta.

Para o superintendente, é importante que as pessoas de-

Carolina Sanches

nunciem para que as empresas se sintam na obrigação de resolver o problema. “O consumidor paga caro e deve exigir um serviço de qualidade. O que percebemos é que, muitas vezes, as empresas tentam ampliar o número de clientes, mas não se preocupam com a qualidade ofertada”, observa. (C.S.) Lula Castello Branco/Arquivo

ocupado com a questão do direito do consumidor”, expôs, ao acrescentar que a comissão promove diversas campanhas educativas e que pretende formalizar uma parceria com o Procon/AL. CONSUMO – As relações de consumo entre o “usuário” e o fornecedor estão sob a proteção do Código de Defesa do Consumidor. “Código de Defesa do Consumidor (CDC) pautou uma mudança de postura do cidadão, que passou a ser mais exigente.”, ressalta Teixeira lembra que, antes do CDC, a relação de consumo era mais pautada por entendimentos entre o comerciante e o consumidor; oferecer produtos de qualidade era decisão que cabia ao fornecedor para conquistar o cliente. “O código aponta que consumidor é a parte mais frágil. O reconhecimento disso veio da inversão do ônus da prova, ou seja, cabe ao fornecedor provar que entregou o produto ou serviço de acordo com o que foi combinado, caso o cliente reclame”, expôs.

“O código diz que o consumidor é a parte mais fraca do consumo e isso é levado em conta no caso de uma reclamação. Por isso, o consumidor deve ser bem informado sobre o produto que está adquirindo. Por exemplo, as clausulas que limitam devem vir em destaque no contrato de adesão. No caso de dúvida em um contrato, o beneficiado seja o consumidor”, diz. (C.S.)

Comprador deve ter atenção na escolha

José Tenório acredita que, por ser mais consciente, consumidor exige mais

Rodrigo Tenório diz que a Internet tem sido aliada do consumidor

Redes sociais usadas a serviço do consumidor A cada dia, o número de denúncias aumenta e a internet tem sido um canal muito importante para isso. Em Alagoas, os consumidores contam com o site do Procon e também podem fazer reclamações pelo twiter. “As redes sociais têm nos ajudado a descobrir muitas denúncias.

Temos uma página no twitter que, além de reclamações, os internautas recebem informações do órgão e dicas”, aponta.

O superintendente lem-

brou que existem alguns sites que também contribuem com a melhoria dos serviços prestados pela empresa. Este é o caso do “Reclame Aqui” que registra a insatisfação de consumidores e se compromete em obter uma solução por parte da prestadora ou comercializadora do serviço que gerou a reclamação. “O consumidor que sentir-se lesado por alguma empresa ou produto adquirido pode utilizar a internet para efetuar sua reclamação e garantir seus di-

reitos”, destaca Cunha.

Neste site, a reclamação é publicada gratuitamente e não é preciso pagar nem mesmo para obter a resposta da empresa reclamada. A equipe que mantém o “Reclame Aqui” encarrega-se de obter as informações com o serviço de atendimento ao consumidor da empresa reclamada para solucionar a questão.

Para efetuar uma reclamação, é necessário preencher um formulário on-line. Uma cópia do documento é envia-

da à empresa reclamada. A equipe do “Reclame Aqui” avisa o reclamante quando a resposta é obtida. Além de acessar, o internauta pode enviar dúvidas sobre o Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) ou consultá-lo on-line.

E com relação a telefonia móvel, a empresa TIM está em segundo lugar no ranking nacional das empresas mais reclamadas nos últimos 12 meses. A Claro ocupa a quarta colocação. (C.S.)

O advogado José Teixeira ressalta que o consumidor deve estar atento a algumas situações relacionadas a telefonia móvel. Ele conta que a comissão recebe algumas reclamações de operadoras de celular sobre cobrança indevida. Ele informou que, nesses casos, o consumidor deve receber o valor em dobro. “Já com relação a pessoas que reclamam de algum serviço que foi cobrado sem que tenha solicitado, o ônus da prova cabe ao fornecedor”, informa.

Outro caso relatado pelo advogado é de defeito no aparelho celular. “As orientações que damos, segundo o código, é que a pessoa não leve direto para a garantia, mas sim a empresa que comprou. Passado trinta dias, ela pode optar por receber o dinheiro de volta, receber outro

aparelho com valor semelhante ou pedir abatimento no valor que pagou”, orienta.

Outro caso comum, segundo o advogado, é de a operadora colocar uma coisa no contrato e depois chegar ao cliente outro serviço. “A Lei dá o direito de o reclamante pedir, no caso de um contato por call center, pedir a degravação da conversa para comprovar que não solicitou o serviço”, lembra.

Teixeira orienta que o consumidor sempre busque uma conciliação e tente resolver o problema administrativamente. Não estando satisfeito ou no caso de dúvida ele pode procurar a OAB para receber orientações e acompanhamento. “Se o caso for de uma ação na Justiça, o consumidor pode procurar as secretarias de juizados”, finaliza. (C.S.)

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Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br Fotos: Yvete Moura

Primeira unidade abriu há um ano

José Edmar passou a comprar os medicamentos com 90% de desconto

Júlia: preço do remédio era condição para tratamento de alguns doentes

Programa Federal Farmácia Popular ganha força em Alagoas Com venda de medicamentos, até 90% mais barato, população adere Carolina Sanches Editora-adjunta de Cidades

O promotor de vendas José Edimar de Araújo há 16 anos sofre de pressão alta e precisa de remédios para controlar a doença. Há meses, ele gastava cerca de R$ 40 mensais para comprar o remédio que foi recomendado pelo médico para o tratamen-

to. Mas desde o final do mês de fevereiro, ele descobriu que a Farmácia Popular do Brasil, um programa do Governo Federal, para distribuição gratuita de remédios utilizados no tratamento de diabetes e hipertensão.

“Soube que o remédio é distribuído gratuitamente na Farmácia Popular e achei que tivesse muita dificuldade para adqui-

rir, mas é muito simples e rápido. Agora vou poder economizar o dinheiro que gastava com o medicamento. Também dependo de outro remédio que não está na lista dos que são distribuídos gratuitamente, mas é vendido com 90% de desconto”, relata Edimar Araújo.

O programa Farmácia Popular foi criado em 2004 com uni-

dades próprias. Em 2006, a iniciativa cresceu e alcançou a rede privada sendo chamado de “Aqui Tem Farmácia Popular”.

Atualmente, mais de 2,5 mil municípios possuem estabelecimentos do programa e cerca de 1,3 milhão de brasileiros por mês são beneficiados. Sendo aproximadamente 660 mil hipertensos e 300 mil diabéticos.

Maceió teve sua primeira unidade implantada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em abril do ano passado. Instalada no Benedito Bentes II, a unidade tem atendido a uma média de 90 usuários por dia, facilitando a aquisição de medicamentos que atendem a cerca de 80% das doenças que atingem a população.

A farmacêutica Julia Cláudia Tenório explicou que o programa surgiu com a finalidade de facilitar a compra desses medicamentos com preços que chegam a ser até 90% mais baratos que os praticados no mercado.

Desde fevereiro, os remédios para hipertensão e diabetes estão sendo distribuídos de forma gratuita.

“A iniciativa é dirigida, principalmente, às pessoas que antes eram obrigadas a interromper o tratamento por não conseguirem arcar com o preço dos remédios considerados essenciais. E a única condição para a aqui-

sição de qualquer produto é a apresentação de receita médica ou odontológica, medida que busca evitar a automedicação”, ressaltou a farmacêutica.

RECEITA – Com relação ao receituário, foi determinado que o prazo de validade será de 120 dias a partir da data de sua emissão, podendo o paciente retirar o quantitativo suficiente para 30 dias de tratamento mensalmente, durante 4 meses consecutivos, reapresentando a mesma receita. No caso de receituários de dentistas, o prazo de validade é o mesmo, mas a receita só poderá ser utilizada uma única vez, para a retirada do quantitativo suficiente para 30 dias. “A única exigência é a apresentação de CPF, de um documento oficial com foto e do receituário médico, este item exigido, principalmente, para evitar a automedicação”, informou a farmacêutica. (C.S.)

Benefício para 33 milhões de pessoas no Brasil O programa tem o objetivo de ampliar o acesso da população aos medicamentos considerados essenciais. Este ano, com o programa “Saúde Não Tem Preço”, a população que sofre com hipertensão ou diabetes passa a ter acesso gratuito aos medicamentos para o tratamento destas doenças.

Esta oferta de medicamentos gratuitos na rede “Aqui Tem Farmácia Popular” é resultado de um acordo do Ministério da Saúde com sete entidades da indústria e do comércio. O acordo beneficia 33 milhões de brasileiros hipertensos e 7,5 milhões de diabéticos.

A distribuição gratuita aten-

de à determinação da presidenta Dilma Roussef. Ao todo, existem cinco unidades do programa em Alagoas: uma na capital do Estado e as outras em Palmeira dos Índios, Arapiraca, Teotônio Vilela e Penedo. Além desses locais, os estabelecimentos credenciados ao Programa “Aqui Tem Farmácia Popular”

disponibilizam os seguintes princípios ativos: Atenolol 25mg, Captopril 25mg, Enalapril 10mg e 20mg, Furosemida 40mg, Glibencamida 5mg, Hidroclorotiazida 25mg, Metformina 50mg e 850mg, Metildopa 250mg e 500mg, Nifedipino 20mg, Propanolol 40mg e Verapamil 80mg. (C.S.)

População recebe orientações sobre o benefício concedido pelo governo

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Edileiza levou o gatinho para tratamento: surpresa pela gratuidade

Ismar Malta Gatto: amor incondicional por todos os animais

Edleide tem cinco cães adotados em casa: “Dr. Ismar é um santo!”

O São Francisco de Assis das Alagoas Criador e mantenedor do Neafa, médico Ismar Malta Gatto transforma animais de ruas em criaturas felizes Valdete Calheiros Repórter

O médico Ismar Malta Gatto bem que podia atender pelo nome de São Francisco de Assis, santo protetor dos animais e que se referia aos bichos como irmãos. Aos 80 anos de ida-

de, 40 dos quais dedicados à medicina, o médico é o fundador e presidente do Conselho Curador e Mantenedor do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (Neafa).

Criado há cerca de 10 anos, o Neafa nasceu da vontade do médico em ajudar os

animais, em especial, cachorros e gatos, que eram achados, sem donos, pelas ruas ou que tinham donos cujas condições financeiras não permitiam ao animal cuidados com a alimentação, higiene e saúde. “Passada quase uma década, o Neafa já recebeu trin-

ta mil animais, muitos dos quais vindos do interior do Estado”, contou, com muito orgulho e uma enorme satisfação, Ismar Gatto.

“Eles gostam de estar aqui comigo. Os animais gostam do Neafa. Desenvolvemos aqui um verdadeiro trabalho de de-

dicação e amor aos animais.

Cachorros e gatos que, sem a nossa extrema dedicação, estariam condenados à morte e ao sofrimento”, afirmou, com a sabedoria peculiar apenas aos homens de bom coração.

O fundador do Neafa define o local como “hospital de

recuperação e adoção animal”. Todo e qualquer animal que chega ao local recebe alimentação, água, vacinas, medicamentos, tratamento clínico e cirúrgico, se for o caso. Mas é no lugar que eles ganham, principalmente, carinho e dedicação.

Fotos: Marco Antônio

Uma casa cheia de animais felizes Quem entra no Neafa tem a nítida sensação de que está entrando em um lar feliz. Uma casa de animais felizes, onde o abandono e a falta de cuidados específicos fazem parte de um passado bastante sofrido, mas bem distante.

Para entrevistar o doutor Ismar Gatto, a equipe de reportagens de O JORNAL teve que pedir “licença” às dezenas de cachorros e gatos que andavam livremente pelo local. Acada passo dado, podia-se ouvir os latidos e o ronronar que, o “cuidador dos animais” garantiu que eram de “extrema felicidade”.

Ismar Gatto não se deu por satisfeito em cuidar dos animais

abandonados e resolveu ajudar a encaminhá-los a uma nova casa, um novo local onde eles possam continuar sendo tratados com o mesmo carinho que recebem no Neafa.

Foi assim que surgiu a ideia das feiras de adoções. Esporadicamente, o fundador do Neafa organiza exposição ao público dos animais já devidamente cuidados e em bom estado de saúde para que possam ser adotados pelas pessoas.

“E funciona bem. As pessoas se encantam pelos animais e os levam para casa. A cada seis meses, enviamos equipes do Neafa a essas residências para

acompanharmos a saúde dos animais. Todos os eventuais atendimentos que as famílias possam ter com vacinas, vermífugos ou tratamentos de saúde são feitos pelo Neafa”, explicou.

A equipe do Neafa é formada por três médicos veterinários, um veterinário voluntário em treinamento e quatro ajudantes de cirurgia. “Todos têm amor excessivo pelos animais. Cada um desses funcionários tem em casa entre 10 e 20 animais. Todos recolhidos das ruas”, contou o médico que foi professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade de Ciências da Saúde (Uncisal). (V.C.)

Doentes e desprezados nas ruas, os animais são acolhidos e tratados com medicamento e afeto no Neafa

Histórias com gente de verdade Para a dona de casa Edleide da Silva Santos, que mora no Tabuleiro do Martins, Ismar Gatto é “um santo”. “Não fosse ele e o pessoal que ele comanda, minha Pérola estaria morta junto aos dois filhotes que morreram de forma prematura ainda dentro da mãe”, contou, emocionada, ao recordar que a cadela se recupera de uma cirurgia para retirar os dois filhotes que morreram em seu ventre depois de terem sido apedrejados por crianças da vizinhança.

Edleide da Silva tem cinco cachorros em casa, dos quais duas fêmeas. Ela já teve sete, mas dois já morreram. Enquanto a dona de casa mostrava-se extremamente agradecida ao atendi-

mento recebido no Neafa, alisava a cadela que recebia soro.

Edleuza Maria da Conceição Silva ainda estava incrédula com tamanha dedicação dos funcionários do Neafa, ainda sem “entender por que tudo era feito de graça”.

Depois de ver Tuquinho, o gato da família, sofrer cinco dias sem urinar, ela estava perdendo as esperanças e tentando consolar os filhos para o que acreditava ser a morte certa do felino. “Foi quando uma conhecida me avisou de que existia o Neafa. Nunca tinha falado nisso e achei que nada era de graça. Nossa, como eu estava errada. Desde que eu e meu gatinho passamos pela porta de entrada, só recebo gestos de ca-

rinho e de amor. Meu gatinho está se recuperando e já está com uma carinha bem melhor”.

Apresidente do Neafa, Cristiane Leite, fez questão de acrescentar que, por questões técnicas, o Neafa, desde o último dia 30, passou a atender, temporariamente, somente a casos de urgência, visando proceder a uma necessária reforma das instalações e cuidados internos.

Ismar Malta Gatto encerrou a entrevista dizendo que “o único bem que há na vida é a dádiva de fazer o bem sem esperar nada em troca. Esse é o caminho da alteridade. Lutarei até o fim para que os animais não sofram”, disse o São Francisco de Assis das Alagoas. (V.C.)

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Lugar de bicho é na rua?

Animais circulando sem o mínimo controle pelas ruas e avenidas da cidade têm causado transtorno e posto vidas em risco Láyra Santa Rosa Repórter

Um grande sítio, onde as porteiras das casas dos bichos estão abertas. É quase isso, que a capital alagoana tem se transformado nos últimos meses. Nunca esteve tão

comum, encontrar, em trechos movimentados da cidade, bois e vacas, cavalos e éguas e até galinhas participando do trânsito intenso. Sem nenhum controle - o que é natural para os nos animais - os bichos andam livres pelas vias, colocando em risco a vida de pedestres

e motoristas, que abrem espaço para eles passarem.

E o pior é que o problema tem se tornado cada vez maior e tornado frequente. Diariamente, quem passa pela Rua Prisciliano Sarmento, a principal do Sítio São Jorge, se depara com boiadas inteiras pela pista.

A rua que é cheia de curvas e muito mal sinalizada, acaba se transformando num ponto constate de acidentes. Para evitar atingir os bichos, motoristas se arriscam em manobras, freadas bruscas, deixando o trânsito naquela rua um verdadeiro caos.

“Imagina você estar dirigindo normalmente, passa uma curva e quando menos espera se depara com os carros reduzindo de uma vez só na sua frente. Você não pode ter um minuto de distração, se não acontece um acidente.

E quando vai observar o mo-

Lula Castello Branco

A cidade virou um grande sítio sem porteira O mais alarmante é que os bichos não estão soltos apenas no bairro que leva nome de Sítio, mas por toda Maceió. E parece mesmo que os animais escolhem os pontos mais arriscados para pastar: ladeiras e avenidas com grande movimento de veículos e ruas estreitas. Fatores que, sem dúvida, foram causas do registro em 2010 pelo Departamento Estadual de Trânsito de

Alagoas (Detran), de 50 atropelamentos de animais.

A reportagem de O JORNAL flagrou, na Rua Comendador Francisco Amorim Leão, no Farol, dois cavalos passeando tranquilamente na pista.

Como os verdadeiros donos da rua, eles iam parando nas lixeiras e caminhando entre os carros. Um adulto e um filhote, os animais eram magros e aparentavam estar famintos. A

dupla passou mais de vinte minutos causando um grande transtorno na pista. “É um verdadeiro risco esses animais. A gente que é motorista não espera encontrálos no trânsito, principalmente por eles terem atitudes inesperadas. Numa hora estão nas calçadas, em minutos decidem passar para o meio da pista. É mais um exercício de paciência no trânsito”, contou o fun-

cionário público, Luiz Henrique Cardoso. “Essa não é a primeira vez que me deparo com animais no trânsito. Já cruzei com cavalos no Barro Duro, no meio da pista; na Ladeira do Óleo e no Dique-Estrada. É um perigo. Infelizmente, esse é um problema que está se tornando comum e os responsáveis não fazem nada para mudar”, lamentou o servidor público. (L.S.R.)

“Falta responsabilidade aos donos”, diz Jaqueline Para a comerciante Jaqueline dos Santos Almeida, a quantidade de bichos soltos na cidade chega a ser absurda. Ela é dona de um mercadinho no Sítio São Jorge e revela que apesar da presença constante do Centro de Zoonoses recolhendo os bichos, diariamente os animais aparecem pastando pelo acostamento e comendo lixo pelas calçadas. “Cavalos, bois, pequenos e grandes são comuns por aqui. Não é surpresa para ninguém essa situação, mas é absurdo o descuido dos donos desses bichos, que deixam eles soltos. Quando a gente menos espera, a boiada já está na pista, pastando em lixeiras, causando transtorno para todos”, contou.

Jaqueline dos Santos lembrou, ainda, que no local é constante os acidentes com animais,

em cima e até já colidiram com esses animais”, lembra a comerciante.

A reclamação sobre a presença dos animais também é da comerciante Maria José Pereira, dona de uma lanchonete na Avenida principal do São Jorge. Ela conta que os bichos também amedrontam pedestres que passam pela pista. “O pessoal que fica no ponto de ônibus ou está andando pela calçada, acaba sendo surpreendido pelos bichos. O povo toma bastante A comerciante Jaqueline lamenta o descuido dos donos de animais susto”, comentou. “Não tem quem suporte a presença dessonde os donos quase nunca pista. Os animais não sabem o es animais, que além de serem aparecem para acompanhar os que fazem, mais os donos, um risco para o trânsito, ainda bichos. “Os bichos vivem soltos. numa atitude inconsequente só trazem sujeira para a rua. Eles A gente quase nunca vê os aparecem quando o Controle saem defecando por toda parte, donos. Os animais sobem as de Zoonoses vem apreender. mexem no lixo e a gente fica grotas, vem da área próxima Enquanto isso, os acidentes são sem ter o que fazer. É um abao lixão e vão passeando pela constantes. Motoristas freiam surdo”. (L.S.R.)

Centro de Zoonoses tenta controlar criadouros Todos os dias, o Centro de Zoonoses faz rondas constantes na tentativa de apreender esses animais. Só este ano, foram realizadas mais de 30 apreensões de bichos de grande porte. “Temos áreas onde é necessário fazer vistoria constantemente, porém nem sempre conseguimos encontrar esses animais. O Sítio São Jorge, o Dique-Estrada, Tabuleiro do Martins, Pontal da Barra e Santa Amélia são áreas críticas, com casos constantes de bichos a solta”, afirmou Carlos Eduardo Silva, Animais raramente são criados em lugares com condições para tal coordenador-geral do Centro de Zoonose. recolher e o espaço para alo- mas ainda não fomos atendiDe acordo com Carlos jar os animais. “A gente tenta dos”, contou. “Sempre fazeEduardo, hoje o grande prob- fazer o que pode. São muitos mos rondas nas áreas onde a lema para esses animais animais soltos e não temos incidência é grande e chegaestarem a solta, vão desde a condições para recolher todos. mos a recolher uma boa quanpouca estrutura do órgão para Já solicitamos uma ampliação, tidade de bichos mensalmente,

mas a situação sempre acaba se repetindo. Temos apenas um carro para fazer ronda e um espaço que não comporta tantos animais. Seria necessário uma ampliação para suportar a necessidade atual da cidade”.

O coordenador Geral do Centro de Zoonose lembrou que no ano passado foi feita uma ação entre Ministério Público Estadual (MPE), Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e Centro de Zoonoses.

A intenção era alertar carroceiros sobre os cuidados com os bichos. “Conseguimos avançar em relação aos animais utilizados para veículos de tração, como projeto Carroceiro Legal”, disse.

(L.S.R.)

tivo, se depara com uma manada de cavalos no meio da pista. É terrível isso, um risco para todos. O pior é que passo constantemente pela pista do São Jorge e já estou me acostumando com essa situação”, afirmou a estudante de contabilidade, Nayane Mota.

Cavalos andando em meio aos automóveis têm sido cena corriqueira

Apreensões são feitas diariamente As apreensões ocorrem diariamente. Além dos animais de grande porte, o Centro de Zoonoses também é responsável pelo recolhimento de animais de pequeno porte, cães e gatos em sua maioria. No caso dos animais de grande porte, a cada apreensão o proprietário deve pagar uma taxa de R$19,50, mais R$14 por dia que ele fique albergado. “Quando o proprietário é reincidente a legislação determina que o valor da taxa de resgate seja duplicado.

Quando eles demoram a pegar os animais”, contou Carlos Eduardo, coordenador Geral do Centro de Zoonose.

Aúnica referência que poderia culminar na apreensão desses animais, está na legislação atual que fala sobre maus tratos, quer sejam eles domésticos ou selvagens. Conforme artigo32 da Lei 9.605, de 13.02.98, caracteriza-se como crime ambiental, com detenção de três meses a um ano, e multa, para quem praticar ato

de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.

“Maltratar animais é crime e essa é a única coisa que culmina com a tomada dos animais. Em alguns casos encontramos casos de maus tratos dos bichos estarem sem alimentação adequada e até mesmo soltos sem acompanhamento”, explicou Carlos Eduardo. “O problema que encontramos é como provar isso, já que nem sempre fica caracterizado. Eles geralmente alegam que o animal estava preso e acabaram se soltando ou que alguém soltou. Os proprietários não têm o mínimo cuidado”.

Ainda em relação aos animais apreendidos pelo Zoonose, o coordenador-geral da instituição explicou que a maioria tem dono.

“Eles só aparecem quando apreendemos. O problema é que não têm lugar adequado para criar. Deveria ser em sítios ou áreas próprias”, orienta. (L.S.R.)

Riscos de acidentes e de morte na estrada Animais na pista são sinônimo de acidentes de trânsito. É uma combinação que geralmente acaba em tragédias, onde o animal termina morto e o condutor gravemente ferido. “O risco de acidentes com animais é elevadíssimo. Muitas das vezes, por descuido dos donos desses bichos que deixam eles soltos. Eles invadem as pistas, a maioria aquelas onde os veículos circulam com a velocidade elevada e terminam servindo de anteparos para os veículos que circulam. Isso acaba em acidentes de alto impacto”, contou a tenente do Corpo de Bombeiros, Viviane Suzuki, integrante do Sub-grupamento de Salvamentos Especiais.

Amilitar explicou ainda, que

os motoristas muitas vezes são pegos de surpresa e quando menos esperam já se deparam com os animais. “Com a velocidade alta, eles tentam desviar saindo pelo acostamento, termina causando capotamentos e tombamentos. Quando não, se chocam com os bichos, gerando danos nos veículos de grandes proporções”, disse Suzuki. “Por isso, na maioria das vezes, quando saímos para uma ocorrência desse tipo, já sabemos que a situação pode ser grave. Tem muitos registros de óbito devido ao impacto sofrido. Geralmente o animal atinge logo o pára-brisa ou o teto, não dando chance para o motorista sobreviver. E o animal, esse quase nunca se salva”. (L.S.R.)

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Envolto por um misticismo que atravessou os tempos, um grupo de mulheres leva consigo o poder das palavras, da fé e das ervas

Larissa Fontes Estagiária

uita gente tem a lembrança – distante ou não – de ter sido levado a uma curandeira um dia. A imagem é quase sempre a mesma: uma senhora simpática, misteriosa e cheia de paz. Os métodos são variados, passeiam por banhos de ervas medicinais, lambedores, garrafadas e orações com ramos de folhas. As curandeiras (ou benzedeiras ou rezadeiras, como também podem ser chamadas) surgiram nas culturas africanas e indígenas e são personagens cada vez mais raras nos dias atuais.

Olhado, quebranto, espinhela caída, vento virado, fogo selvagem, ventre caído e erisipela são algumas das doenças quase folclóricas mais comuns no universo popular dessas senhoras.

A antropóloga Sílvia Martins - professora PhD em antropologia e pesquisadora do laboratório de Antropologia Visual em Alagoas (Aval) do Instituto de Ciências Sociais da Ufal – realizou uma pesquisa de campo sobre o xamanismo indígena entre os Kariri-Xocó durante nove meses. A pesquisa serviu de base para o doutorado pela Universidade de Manitoba, no Canadá. Xamãs são os índios curandeiros que, como nossas rezadeiras, praticam os rituais de reza com muita frequência - inclusive para retirar mau olhado, por exemplo – tanto em indígenas como em não indígenas. Conhecimento este, que não só se relaciona com, mas é, na verdade, uma das origens da prática das benzedeiras. Em sua tese, intitulada Gender and Reproduction: Embodiment among the Kariri-Shocó of Northeast Brazil (Gênero e Reprodução: Corporalização entre os Kariri-Xocó do Nordeste do Brasil), descreve rituais e práticas de cura que comprovam como o xamanismo que praticam é um conhecimento médico que tem eficácia.

Ela diz que é preciso destacar que a prática das curandeiras também se trata de um

M

conhecimento médico: “No nosso contexto cultural, há esse reconhecimento de que o mau olhado não é curado pela medicina. Eu conheço casos onde os próprios médicos indicam que se leve o paciente a uma benzedeira”. É como se as pessoas escolhidas pelo dom da cura se comunicassem com espíritos que seriam verdadeiros guias e que ditariam os ensinamentos, seja através de sonhos, de vozes ou visões. É um conhecimento empírico, onde o ensinamento prático não existe e não pode ser passado para ninguém. Sílvia diz ter percebido em suas pesquisas, que no xamanismo haveria uma certa expectativa de que numa mesma família, a incidência do dom se manifestar fosse maior pelo fato de elas trabalharem com espíritos específicos, como guardiões. Então, haveria uma continuidade do trabalho. O mesmo poderia acontecer com as curandeiras. A professora também aponta para a seriedade com que são feitos os rituais de rezas, onde se percebe um verdadeiro rito de saída, de realmente tirar aquele mal de dentro do doente: “Não se pode ficar na porta enquanto a benzedeira está rezando em alguém, pois se acredita que o mal vai passar por alí para ir embora, o doente abre a boca para que aquilo saia pelo ar”. Especificamente no xamanismo, acredita-se que o mal se instala nas pessoas que se encontram de “corpo aberto”, então, no ritual de reza, o corpo é fechado e protegido.

A prática das curandeiras é uma verdadeira mistura de elementos indígenas, afro-descendentes e católicos. Por exemplo, o que acontece entre os Kariri-Xocó no ritual, não é que os xamãs enviem o mal para alguém, e sim devolvem, o levam de volta para quem o emitiu. “A noção do bem e do mal é muito clara em todas essas matrizes. Foi isso que possibilitou toda essa troca, essa mistura”, conclui Silvia.

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Universidades Fotos: Larissa Fontes/Estagiária

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O JORNAL JORNA L Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br

A HISTÓRIA DAS MULHERES QUE TÊM O DOM DA CURA Leonila Francisca, 75 anos, é a apaixonante Dona Lila. Tem olhos que sorriem e um jeito carinhoso. Natural de Matriz do Camaragibe, veio pra Maceió aos 17 anos trabalhar como doméstica. Tem um centro espírita em casa, onde realiza reuniões semanais; frequenta a igreja católica e segue os fundamentos do Candomblé, dominando, inclusive, o jogo de búzios. Quando perguntada sobre que religião segue, afinal, diz sempre sorridente: “Eu também queria saber! O que eu gosto mesmo é de ajudar os outros”.

Começou a manifestar sua mediunidade muito cedo. Com 7 anos, já recebia entidades: “Minha mãe dizia que eu era doida, porque naquela época ninguém entendia o que era aquilo”. A levaram para ver um senhor espírita, que disse que “a menina tinha um mistério”. Ficou com tanto medo, que correu para a igreja e fez tudo quanto é promessa para tentar se livrar daquilo. Pagou inúmeros juramentos, todos em vão. “Eu não queria me assumir de jeito nenhum, tinha muito medo”, admite.

Teve que se entregar depois de um sonho que teve.

Sonhou com uma moça de cabelos compridos, vestida de calça jeans e camisa de manga comprida azul que chega-

va em sua casa para receber uma cura. No outro dia, a mulher apareceu exatamente como no sonho: “Aí não teve jeito, tive que aceitar”.

Frequentou a Federação Espírita por alguns anos e também passou um tempo no Candomblé, mas depois da morte da mãe e do pai-de-santo responsáveis pelo terreiro, não voltou mais. Prefere hoje, fazer tudo do seu jeito.

Com relação às curas, diz que as realiza há muito tempo.

Desde criança, quando a mãe ou os irmãos adoeciam, ela prontamente pegava qualquer galhinho e dizia que ia curálos. “A primeira pessoa que eu curei, foi o meu irmão. Ele comeu uma jaca mole e passou muito mal. No meio da noite, alguma coisa me tomou e fui atrás dos restos da jaca que ele tinha comido e fiz um chá. Ele tomou, vomitou todos os caroços e ficou bom. Fiz isso tudo fora de mim, eu não lembro de nada, quem contou foi minha mãe. Disse que meus lábios de repente cresceram. Era o caboclo me tomando”, conta.

Dona Lila não sabe ler, nem escrever, mas diz que o que sabe “ninguém aprende em escola, é um dom que Deus dá”. Também não cobra nada por suas bênçãos e não tem hora para receber quem precisa de ajuda: “As pessoas vem a qualquer hora, vem desesperadas e pedem pelo amor de Deus. Falou em Deus, minha filha, eu não tenho como negar”.

Zelina Sebastiana dos Santos, 71 anos, é uma índia migrada para a cidade grande. Jeito sereno, simples e dona de uma risada sincera e gostosa. Nasceu numa aldeia em Palmeira dos Índios, só lembra que “a mãe endoideceu” e que ficou sozinha no mundo muito cedo. Chegou a trabalhar num engenho cortando cana e aos 13 anos se casou com um homem muito mais velho, que faleceu com apenas três anos de casamento. Ainda trabalhou como parteira por volta dos 18 anos e com essa idade já mostrava ter uma certa habilidade para lidar com vidas. Já nessa época, tinha receitas especiais, como um caldo feito com pimenta do reino que estimulava as contrações do parto e um curativo com panos queimados de fumo para que o umbigo do bebê caísse em três dias (curativo esse, que, segundo ela, ainda hoje é imbatível).

“Não sei ler, não sei escrever, não sei nada. Mas sei todas as minhas orações e é o que importa”, é categórica. Por ser índia, diz que as pessoas começaram a procurá-la para curas, mas que não sabe dizer como começou a, de fato, realizá-las. Também não tem ideia de como aprendeu tudo o que sabe: “Nunca ninguém me ensinou nada, tudo chegou em mim como um dom”. Prepara garrafadas de todos os tipos e com uma quantidade enorme de ingredientes: vinho branco, raiz de caiubim, raiz de jurubeba, samba-caitá, pega-pinto, banana papagaio, rosa garrida, pra-tudo, babosa, pinhão roxo, atelã de Santa Bárbara, flor de colônia e mais ainda uma infinidade plantas de nomes populares.

Como uma boa devota do Padre Cícero, tem uma relação forte com Juazeiro do Norte, para onde viaja sempre que pode para ver seu santo padrinho e trazer o Bálsamo da Vida, um elixir que se acredita ter sido receita do próprio Padrinho Cícero e que cura tudo. Foi lá que ganhou o que, segundo ela, é a coisa mais poderosa de sua vida: uma miniatura de Santo Antônio Caminhante. O segredo é fazer um pedido e esconder a criança que ele carrega, só devolvendo-a quando obtiver o que se deseja.

Jacira Pereira, 75 anos, é a dona Lóla, como é conhecida. Exala sabedoria, segurança e respeito. Só veste azul e branco, as cores de Nossa Senhora. Nasceu no litoral norte de Maceió, onde vive até hoje. Desde criança, diz que gostava de aconselhar as pessoas e que sempre sentiu que era diferente. Católica fervorosa, já quis ser freira, mas acabou por se casar. É analfabeta, mas trabalhou muito tempo com artesanato, atividade com a qual conseguiu criar sozinha os sete filhos, frutos de dois casamentos: “Eu não leio, não estudei, não sei de nada. Eu só sei, é uma luz divina”.

Neta da também curandeira, Hortência Pereira, cresceu vendo as atividades da avó, a quem tinha uma ligação forte, mas nunca quis seguir seus passos. Um dia foi acometida por uma erisipela (uma infecção de pele que invade a gordura e se instala nos vazos linfáticos) que não sarava de jeito nenhum e assim, durou muito tempo. Nas crises enfrentadas por causa da doença - talvez em um estado onírico - ouvia vozes estranhas e em meio à agonia, fez um voto de que se ficasse boa, curaria quem precisasse, sem cobrar nada por isso. Promessa esta, que é cumprida seriamente até hoje.

Dona Lóla conta que ainda lembra da primeira cura que realizou, há mais ou menos 35 anos atrás: “Uma menina chegou aqui chorando, muito atordoada, com uma dor de cabeça muito forte. Eu coloquei minhas mãos nela e rezei.

Ela ficou boa e espalhou pras pessoas. Depois desse dia, muita gente começou a me procurar”. Apesar das condições humildes, faz muita caridade e para ela chega a ser uma ofensa querer pagar pelas suas bênçãos: “Eu não cobro um centavo porque não sou eu quem cura, é Deus”, esclarece. Orações, cantos, velas, plantas, garrafadas e lambedores são seus únicos instrumentos. “Eu acendo a vela e assim, consigo saber o estado da pessoa, é o meu contato com o anjo da guarda”, explica, frisando que coisa que aceita de bom grado é doação de velas, já que as usa em excesso.

Há dois anos, sua saúde começou a pedir atenção. O ritmo de trabalho era pesado demais, as pessoas desesperadas batiam em sua porta até pela madrugada. Desde então, aconselhada por seu médico, durante quatro dias na semana, no período da tarde, distribui senhas para o atendimento, embora confesse que é impossível recusar ajuda a qualquer pessoa que a procure: “Me sinto mal em negar”.

Pessoas de diferentes classes sociais procuram ajuda na religiosidade popular das benzedeiras. A dona de casa Adjane Lima, 18 anos, diz que percebeu que sua filha de 20 dias estava bocejando demais, muito quietinha e abatida. Recebeu conselhos para levá-la até a casa de Dona Lila, que é muito conhecida no bairro do Jacintinho, onde mora. “A cura dela é de 3 dias. No primeiro, ela rezou na neném e amarrou essa fitinha vermelha no braço dela. É a segunda vez que venho e já senti melhora”, conta. A professora aposentada, Maria das Graças Carvalho, 60 anos, conta que cresceu ouvindo que existem pessoas que tem energia negativa que até sem querer, podem lhe fazer mal: “Já aconteceu comigo de, em um ambiente de trabalho, eu começar a murchar mesmo, como uma planta. Passei mal e depois me levaram numa benzedeira. Ela me abraçou, me recebeu com muita alegria e rezou em mim. Melhorei muito e depois disso, cansei de levar meus filhos pra ela tirar mau olhado. É o poder da fé”.

Olhado, espinhela caída e os males que são curados pela fé, nunca nas farmácias Mau olhado (ou quebranto) é a doença causada pela energia negativa do olhar de pessoas invejosas ou maldosas. Muitas vezes não é intencional, mas sua força pode esmorecer o alvejado, causando sintomas de depressão, como angústia, pessimismo, nervosismo exagerado e até insônia. Sabe-se que foi atingido quando de repente começa a espirrar e bocejar sem parar.

Espinhela caída é o nome popular de uma doença chamada Lumbago. Causa dor na boca do estômago, costas e pernas e cansaço físico anormal. Espinhela é um osso pequeno que fica no meio do peito, entre o coração e o estomago que pode envergar para dentro. A benzedeira tira a medida do dedo mínimo ao cotovelo e depois, de um ombro a outro, se as medidas não coincidirem, é detectada a doença. Segundo a crença, médicos não conseguem identificar.

Vento (ou Ventre) Virado é mais acometido em crianças, geralmente quando se brinca de jogá-las para o alto.

Basicamente é a sujeição a uma força maior do que se está acostumado. Causa mal estar, vômito e diarréia. As benzedeiras viram a criança de cabeça para baixo e batem seus pés na folha de uma porta.

Fogo selvagem é uma doença de pele, cientificamente conhecida como Pênfigo. Nascem bolhas no couro cabeludo, peito e costas e podem se espalhar pelo corpo todo – até internamente, quando mais grave. Não se sabe o que causa, mas o remédio é uma benzeção.

Erisipela é uma infecção de pele causada por bactérias e pode ser acompanhada de febre. Invade a gordura e se espalha pelos vazos linfáticos. Geralmente ataca as pernas, principalmente de mulheres. A princípio, aparecem manchas vermelhas, depois incham e surgem bolhas. Também é conhecida por Vermelhão e Gota.

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Empresários criam encarte eletrônico Ideia surgiu pela necessidade de o mercado de Arapiraca ter mais opções de consumo e vendas pela Internet Carlos Alberto Jr. Repórter

ARAPIRACA – Uma nova proposta de serviços através da internet foi lançada há exatos trinta dias por dois jovens empreendedores da tecnologia, se assim pode-se chamar os empresários Delvânio Brito e Jadson Oliveira. Eles apostaram na criação do “ofertasarapiraca.com”, um site que disponibiliza encartes eletrônicos e já conseguiram despertar a atenção de empresários em Arapiraca e também de consumidores da Internet, ávidos por novos produtos.

O projeto foi idealizado pelo então webdesigner Delvânio Brito, a partir da nova febre da Internet nos últimos meses, os conhecidos sites de compras coletivas. Ele não queria ser mais um, queria ser e fazer a diferença, como explicou. “Hoje qualquer um pode fazer um site e vai pelo caminho mais fácil. Os sites de compras coletivas conseguem atrair muita gente para a frente do computador. A tendência é de que a maioria desses sites tenha pouco tempo de vida por motivos

Delvânio Brito e Jadson Oliveira criam primeiro site de encartes eletrônicos em Arapiraca; ideia é pioneira

diversos”, explicou.

Para ele o projeto deveria ter algum diferencial. “Nós não queríamos cair na mesmice e acabar perdendo tempo. Minha ideia inicial era montar um site de compras coletivas, mas vejo esse nicho de mercado sofrendo um desgaste muito rápido, apesar de ser uma ideia nova aqui no Brasil”, afirmou.

No final de 2010, ele traçou, num pedaço de papel, aquilo que se tornaria, em poucos meses, num site inovador que está atraindo uma clientela diversificada e chamando atenção de um público diversificado e consumista. A prova disso é o retorno que os primeiros empresários a acreditarem no “ofertasarapiraca.com” já têm desde o lançamento do site.

O primeiro a comprar a idéia foi o empresário Benedito Gomes dos Santos Júnior. Proprietário de um supermercado instalado no bairro Eldorado há alguns anos, ele começou a ter o retorno do investimento, através da visita de novos clientes. “Semana passada recebemos nosso primeiro cliente que veio confe-

rir se as promoções divulgaSegundo o sócio de Aldedas em nosso encarte eletrôni- vânio, Jadson Oliveira, responco eram verdadeiras. Ele fez sável pela parte comercial do questão de dizer como chegou Ofertas Arapiraca, o site tem até a gente. Ele não só compro- tudo para dar certo e crescer vou, como acabou fazendo a ainda mais. “À medida em que feira do mês e prometendo os empresários têm a certeza voltar”, destacou. do potencial do enEle afirma que já viu os carte eletrônico, a benefícios de congente avança na ditinuar investindo versificação dos no encarte eletrônossos serviços”, nico. Ele já colocou disse.

Visibilidade na ponta do lápis No princípio o das e optou por abansite disponibilizaempresas donar os tradiciova cinco categonais encartes imrias, hoje já são parceiras pressos. “Investia oito. Além delas, o aumenta cerca de R$ 3 mil site ainda tem um com a por mês com a imespaço destinado pressão. No caso a classificados, Internet do site, a gente terá com espaços graem pouco tempo, tuitos para concestenho certeza dissionárias, imóveis so, um retorno de e diversos. “Pensamos em clientes bem criar atrativos para os intermaior, sem esquecer que es- nautas que nos visitam e a tamos colaborando com a página de classificados tem preservação do meio ambien- alcançado bons números de te”, ponderou o empresário acessos, superando nossa dizendo, ainda, que a facilida- meta inicial”, afirma de de acessar a Internet de Adelvânio. qualquer lugar é outro ponto O projeto gráfico foi desena ser destacado, quando se volvido em parceria com o fala em comércio eletrônico. jovem analista de sistemas “Esse é o futuro”, frisou.

Valdênio de Paula Freitas, um

dos primeiros a conhecer a idéia e dar o seu aval. “Quando a equipe do Ofertas Arapiraca veio a minha procura para apresentar o projeto eu disse para guardarem a ideia como se estivessem guardando um pote de ouro. Gostei muito da ideia, era exatamente o que estava faltando para a cidade de Arapiraca”, ponderou.

Para o analista de sistemas, os empresários da cidade ainda não disponibilizam nenhum tipo de catálogo ou encarte virtual de seus produtos e serviços. Em sua opinião se existe algum com esse tipo de serviço deve estar bem escondido.

“Percebi a dimensão do projeto e como essa ideia poderia se tornar um negócio se bem administrada, como vem sendo. Foi ai que surgiu a parceria entre a nossa empresa e o Ofertas Arapiraca. Com a experiência que tenho na área de desenvolvimento de soluções para a Internet, apresentei os riscos e as vantagens de se ter uma empresa na internet mostrando, ainda, o quanto a ideia poderia crescer e em breve dominar o mercado regional”, salientou.

Vendas aumentam com divulgação O segmento de supermercados é um dos que mais tem atraído clientes para o Ofertas Arapiraca.

Uma das vantagens para os anunciantes é o fato de a exposição de cada promoção ficar ativa por 15 dias. Esse período pode ser reduzido, caso a audiência do site não suba com o passar dos meses. Mesmo com atualização quinzenal, o encarte eletrônico é mais vantajoso do que o impresso que, no caso dos empresários da cidade, tem uma periodicidade mensal.

O valor investido mensalmente com a atualização das promoções no site é menor do que o gasto com a impressão em gráfica, de acordo com os três empresários, clientes do site Ofertas Arapiraca, entrevistados pela reportagem. Todos afirmaram investir em material impresso como parte da divulgação de produtos, serviços e promoções.

Apenas o empresário Rogério Wellington, que tem uma loja de produtos agropecuários no Centro da cidade, faz um trabalho diferenciado. Pelo perfil da sua clientela, ele necessita agregar diversas formas de divulgação dos produtos comercializados. Ela trabalha com rádio, panfletos e ainda faz, ao menos três vezes por ano, palestras para seus clientes, como forma de divulgar novos produtos.

“Meus clientes não têm, em sua maioria, o perfil de usuários de internet, mas como me foram oferecidos outros tipos de divulgação, como em outdoor, eu aceitei fazer o investimento”, justificou o empresário, ao falar sobre outra vantagem do Ofertas Arapiraca.

Jadson Oliveira diz que, além do espaço na Internet, seus clientes ainda recebem outras opções para divulgação das respectivas logomarcas. Uma das formas é através de outdoor. “Nesse espaço nós divulgamos nossos parceiros e isso tem dado um retorno muito bom, principalmente nesse período inicial que precisamos nos mostrar fora da Internet para atrair audiência e mais parceiros”, explicou.

(C.A.J.)

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Fotos: Carlos Alberto Jr.

Internet diversifica negócios na cidade Há cerca de dois anos, o empresário do ramo atacadista, José Júlio Gomes da Silva, resolveu diversificar seus negócios e resolveu investir num dos segmentos que mais faturam em todo o Brasil, o de supermercados. O ponto escolhido não poderia ser melhor localizado, ao lado do mercado público municipal. E a decisão já deu resultados. Desde a aquisição da empresa, ele viu o faturamento subir cerca de 60% e teve que contratar mais funcionários que passaram de oito para 19 em poucos meses.

“Estamos trabalhando para chegar ao final do ano com um percentual duas vezes maior do que o atual. Temos preços competitivos e precisamos divulgar isso. Sempre trabalhamos com panfletagem, carros e motos de som, rádios. Agora entramos na Internet e já percebemos retorno. Colocamos no encarte produtos que tinham pouca saída, com preços promocionais. Em poucos dias boa parte deles foi vendida”, disse o empresário.

O crescimento também está nos planos do empresário Benedito Gomes. Seu supermercado será ampliado fisicamente nos próximos meses. Hoje com cerca de 50 funcionários, ele também aposta na diversificação de produtos e serviços para atrair novos e mais consumidores. Tudo o que a gente faz, passa pela divulgação.

“Acredito na Internet, como ferramenta principal deste processo de marketing, divulgação e avanço, num mercado cada vez mais competitivo”, ponderou.

“Temos uma visão de crescimento, de ampliação dos serviços e precisávamos de um serviço como este oferecido pelo Ofertas Arapiraca. Acreditamos muito na força da Internet e temos a certeza de que ainda teremos a conquistar com essa parceria”, afirmou Benedito Gomes. (C.A.J.)

Usuários cresceram no Brasil

Benedito Gomes, dono de supermercado, acredita no reforço das vendas pela divulgação na Internet

O número de usuários tinha 16% em junho e agora ativos de Internet no Brasil tem 15,7%. A lista segue com cresceu 13,2% e soma 41,7 Centro-Oeste (7,48%) e milhões de pessoas, confor- Norte (2,71%). Os dados são me pesquisa do instituto do serviço Hitwise Brasil, Ibope Nielsen Online. Os da empresa Serasa Experian. números referem-se a ouDe acordo com o levantubro de 2010. Em relação a tamento, alguns dos setembro, houve aumento Estados que mais ganharam de 2,8% no número de inter- importância no acesso à nautas ativos. web no período estão no Também de acordo com Nordeste. É o caso do Rio o levantamento, o total de Grande do Norte, que crespessoas que possuem aces- ceu 10,1% no período, so à Internet em suas resi- Paraíba, que viu sua partidências e no ambiente de cipação crescer trabalho alcançou 51,8 mi9,14%, e de Perlhões em outubro. nambuco, que salA pesquisa atou 8,39%. Todos pontou ainda que, os outros Estados Internautas em outubro, a cada região também tegoria de sites que apresentaram de Alagoas apresentou maior algum grau de cresceram crescimento no núcrescimento: 2,94% em mero de acessos Bahia (7,71%), 2010; avanço Ceará (7,19%), foi a do setor automotivo, com alta Sergipe (7,07%), continua de 9,8% sobre o Alagoas (2,94%), em 2011 mês anterior. Na Maranhão (1,81%) sequência ficaram e Piauí (0,40%). os sites de Viagens Juliano Marcíe Turismo, com aulio, presidente da unidamento mensal de de de serviços de marke7,5%, e Governo e Entidades ting da Serasa Experian sem Fins Lucrativos, com para América Latina, diz incremento de 6,5%. que os dados reforçam o A região Nordeste foi a crescimento da região. que mais ganhou espaço no “Embora à primeira vista acesso à Internet no Brasil. esses dados possam surAté o começo de dezembro preender parte do público, de 2010, a região foi respon- sabemos que diversos indisável por 13% dos acessos à cadores de mercado têm web no país, contra 12,09% mostrado que o Nordeste registrados até junho. Foi a está, realmente, puxando a única região a ganhar par- economia brasileira para ticipação nesse cenário. cima nos últimos anos.

Enquanto isso, o Sudes- Com a pesquisa do Hitwise te, que é líder absoluto, caiu Brasil, verificamos que essa de 61,56% para 61,11%. Em tendência existe também na segundo vem o Sul, que Internet”, disse.

José Júlio credita crescimento da sua empresa à divulgação em massa; encarte eletrônico ajuda vendas

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Consumidores aprovam novidade

Visual da página eletrônica facilita vizualização dos produtos anunciados

O comércio pode estar re- te, à venda em linha, mas enlacionado com a economia globa igualmente a realizaformal, que é firma registra- ção de orçamentos on-line, a da dentro da lei, ou à econo- disponibilização de um catámia informal, firmas sem re- logo eletrônico, gestão em gistros que não pagam im- tempo real da disponibilidapostos. O comércio informal de dos produtos, ou seja, os traz prejuízos ao País, pois estoques. clonam qualquer tipo de proO projeto que deu origem duto para a venda mais bara- ao site Ofertas Arapiraca conta e isso resulta em prejuízos templa e envolve essas congeralmente elevados. cepções, só que no mundo O mercado é o lugar pú- virtual. Com a facilidade de blico onde negociantes ex- acessar à internet, seja no trapõem e vendem seus produ- balho, em casa, na lan house, tos. O surgimento do merca- no ônibus. Os lugares já são do como um espaço físico os mais diversos possíveis, ocorreu na antiguidade antes graças à mobilidade de acesda invenção do dinheiro. so.

Independentemente da exisA partir dos próximos tência do dinheiro, é a oferta meses, o site continuará e a procura por mercadorias sendo aperfeiçoado e ou serviços que peradequado às necessimite a existência do dades do mercado. comércio.

“O projeto não é feHoje, essa defini- Consumidor chado. Vamos adeção continua, porém aprova ideia quá-lo à medida que atrelada a sua versão desenvolvida nossos clientes precion-line através da insem. E não podemos ternet, o que obrigou em Arapiraca esquecer os internauo comércio a oferecer e vê futuro tas que buscam as novas formas de rela- do encarte promoções, os procionamento com seu anunciados. eletrônico dutos público alvo. A onda Eles também particido momento são os pam desse crescimensites de compras coleto, com suas sugestões e crítivas que têm atraído ticas”, avaliou Jadson Olicada vez mais internautas em veira. todo o Brasil. É esse o pensamento do O comércio em sua forma estudante de Administração convencional pode ser reali- de Empresas, Ricardo zado entre países, o que cha- Andrade, de 24 anos. Ele mamos de comércio exterior. mora só em Arapiraca e é resNesse caso, o país se organi- ponsável por tudo em sua za para importar e exportar. casa, inclusive pelas compras.

Exportar é quando um pro- A reportagem do O JORNAL duto ou bem é vendido para apresentou na última semana fora do país e importar con- o site a ele, que se confessa visiste na entrada de um produ- ciado em sites de compras coto estrangeiro no país. letivas. O universitário se O comércio electrônico, ou mostrou impressionado com e-Comércio, é a utilização de a ideia e vê futuro no encarmeios eletrônicos para a rea- te eletrônico. lização de transações comer“É uma forma de facilitar ciais. Na maior parte do nosso acesso a promoções. tempo, trata-se da venda de Como cliente e consumidor produtos através da rede quase compulsivo, acho senInternet, mas o termo englo- sacional isso. Nem sempre ba também os mecanismos tenho tempo de ir a um sude compra por Internet. permercado aproveitar uma O cliente que faz compras promoção. Agora é só alna Internet é denominado ci- guns cliques no mouse para berconsumidor. O e-Comér- saber onde ir e comprar cio não se limita, unicamen- mais barato”, frisou. (C.A.J.)

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Marco Antônio

Muitos dos novos projetos no setor de turismo estão sendo implantados na capital alagoana

Polêmica: no local onde existia a chamada “casa rosada” ergue-se a mais nova unidade do Hotel Meridiano

BNB

Financiamento expande o turismo Maioria dos projetos de implantação de novos empreendimentos no Estado recebe recursos do Banco do Nordeste Elisana Tenório Repórter

Aexpansão da indústria turística em Alagoas começa a mudar o perfil econômico do Estado. É claro que o setor sucroalcoleiro continua em ritmo ascendente e consolidado. No entanto, as instituições bancárias confirmam que, cada vez mais, há linhas de crédito disponibilizadas para dois segmentos específicos: o setor petroquímico, sobretudo a área de plásticos, e o turismo, que se encontra em sua melhor fase.

Para se ter uma ideia, do início do ano até agora, o Banco do

Nordeste (BN), que, financia de 97% a 98% do total de empreendimentos que foram e/ou estão sendo tocados em Alagoas, já aprovou o financiamento para cinco novos projetos de grande porte. Na prática, o apoio financeiro representa o montante de R$ 25 milhões e vai ampliar a rede hoteleira do Estado.

Em Maceió, deverão estar concluídos, até o final do ano, o Holiday Inn, Meridiano (onde ficava a conhecida ‘Casa Rosada, na Pajuçara) e o antigo Beiriz, que, de acordo com a proposta, irá transformar-se no novo Beiriz.

Além destes, há também a

expansão da rede hoteleira nos litorais Sul e Norte de Alagoas.

No lado Norte, predomina-se o chamado “circuito do charme”, como são chamadas as pousadas localizadas em São Miguel dos Milagres, Porto da Rua, Japaratinga e Maragogi.

Já, no sentido oposto, o destaque fica por conta das grandes redes hoteleiras que têm se instalado na região. Na semana passada, por exemplo, o BNB aprovou o financiamento de três empreendimentos, na Barra de São Miguel, que estarão integrados em um grande complexo. Batizado de Iloa Vida em Família,

em um só lugar, haverá resort, clube e residencial.

O financiamento, no valor de R$ 5,2 milhões, está sendo disponibilizado através do Programa de Apoio ao Turismo Regional (Proatur). De acordo com o projeto, o empreendimento deverá beneficiar três vertentes: os hóspedes do resort, às famílias do residencial e o público em geral que deseje usufruir de um clube social.

No local, haverá uma estrutura com restaurante, piscina, parque aquático, playground, arvorismo, parede de escalada, espaço bebê com fraldário e berçário, lojas, guarita de segurança, campo

de futebol society, quadras de tênis, quadra poliesportiva, quadra de areia, kid’s club, praça de eventos e estacionamento.

O empreendimento inclui 300 unidades residenciais, 96 unidades hoteleiras e toda a estrutura do clube. Aperspectiva dos empresários responsáveis é de que, quando estiver funcionando, gere em torno de 200 a 250 empregos diretos.

O melhor de tudo é que, tanto os empresários do setor, quanto os representantes das instituições bancárias estão apostando na expansão, cada vez maior, do turismo em Alagoas.

O gerente de agência do Banco do Nordeste, Enildo Lemos, frisou que, além da expansão local, dois fatores vão contribuir para o boom do setor no País e também em Alagoas. A realização da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e das Olimpíadas, em 2016.

“Não só as cidades sedes e subsedes destes eventos serão beneficiadas. O País inteiro será, pois o turista não quer ver futebol o tempo inteiro. As pessoas também querem passear, viajar, enfim, conhecer as cidades, os costumes e a cultura”, ressaltou Enildo Lemos.

APLs querem identificar novos produtos

Empreendedores do Iloa Vida em Família e dirigentes do Banco do Nordeste após assinatura de contratos

Ele explicou que, em Alagoas, as belezas naturais continuam sendo o atrativo principal. No entanto, o turismo de aventura (roteiro do cangaço, Serra da Barriga e Rio São Francisco, por exemplo) e o cultural crescem a todo vapor.

A estruturação da indústria do turismo cresceu muito nos últimos anos. O Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur), gerenciado pelo BNB desde 2000, contribuiu muito para essa ascensão. O ponto alto foi a criação do Programa de Arranjos Produtivos Locais de Alagoas (APLs), em 2004, com coordenação compartilhada entre o governo do Estado e Sebrae e atuação em dois pólos litorâneos, que são o APL Turismo Lagoas e Mares do Sul, que atua no sul de Maceió e litoral sul do Estado, e o APL Turismo Costa dos Corais, que atua nos municípios do

Litoral Norte.

As cidades de Maceió e Maragogi, que têm atuação, respectivamente dos APLs Turismo Lagoas e Mares do Sul e Turismo Costa dos Corais, destacam-se em cenário nacional e, por conseguinte, foram selecionadas pelo Ministério do Turismo para participação no “Programa 65 Destinos Indutores do Turismo”.

MÃO DE OBRA - Esses grupos desenvolvem atividades de planejamento e avaliação de ações.

Nos últimos anos, as principais diretrizes desses arranjos foram para qualificação de mão-de-obra, através de cursos operacionais para garçom, camareira, auxiliar de cozinha, recepcionista, inglês e espanhol básico; presença dos territórios nos principais salões de turismo do País; oficinas com artesãos; e consultorias gerenciais

em empreendimentos turísticos.

A participação do BNB no Programa de Arranjos Produtivos Locais de Alagoas, sobretudo nos APLs de Turismo, está pautada na estratégia do Banco denominada Nordeste Territorial, que visa o fortalecimento de atividades econômicas como diretriz do desenvolvimento sustentável, proporcionando assim a atuação do Banco do Nordeste de forma mais estruturada como agente financiador.

Aação do Banco do Nordeste na área de influência dos citados APLs, com a representação dos Agentes de Desenvolvimento, no ano 2010, viabilizou a contratação de operações com 17 beneficiários, num volume de R$ 26.725.496,96, o que representa 33,58% do global contratado com turismo no litoral alagoano entre 2008 e 2010, que foi de cerca de R$ 80 milhões.

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Economia

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PREÇOS

Remédios ficam mais caros em 4,69% Reajuste anual foi autorizado pela Câmara de Regulação de Medicamentos, com validade até março de 2012 Vinte e quatro mil apresentações de remédios, incluindo pílulas ou pomadas de um mesmo medicamento, tiveram seus preços reajustados em até 4,69%, em média. O reajuste é anual, regulado pelo governo, e foi autorizado no último dia 9 pela Câmara de Regulação de Medicamentos (CMed). Os remédios que dependem de autorização para subir de preço incluem, por exemplo, antibióticos, antiinflamatórios e vasodilatadores – como o Viagra e o Cialis.

Um ponto destacado pela Câmara de Medicamentos é que o reajuste autorizado traz o percentual máximo e que a concorrência no setor pode segurar a aplicação integral do aumento.

A Câmara de Regulação de Medicamentos autoriza o reajuste dos remédios sempre no dia 31 de março. Durante os 12 meses seguintes, esses produtos não podem ter novos reajustes.

Estão de fora do conjunto de medicamentos regulados os fitoterápicos e os homeopáticos, por exemplo, porque o governo considera esses itens com um nível adequado de concorrência.

A CMed leva em conside-

ração quatro indicadores principais para chegar ao percentual de reajuste. O primeiro é a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março de um ano até fevereiro do ano seguinte. No reajuste de 2011, a inflação foi de 6,01%.

Os demais são fatores técnicos, com cálculos que podem influenciar para cima ou para baixo o resultado final: o aumento de produtividade da indústria farmacêutica, a variação dos custos da matéria-prima e um outro que mede a concorrência entre os genéricos e os éticos (o que reduz os preços praticados no mercado.

Os reajustes são divididos em três faixas de medicamentos, distribuídas conforme a concorrência com os genéricos. Os limites, por faixa, são 6,01%, 4,77% e 3,54%. A CMed divulgará em seu site (www.cmed.gov.br) uma lista com a discriminação desses remédios para o consumidor interessado em conferir os aumentos máximos.

A Câmara de Medicamentos informa ainda que, caso haja reajustes acima do autorizado, as multas podem variar de R$ 212 a R$ 3,2 milhões.

Vinte e quatro mil tipos diferentes de remédios, como antibióticos, vasodilatadores e anti-inflamatórios já estão com os preços elevados

AUTOMÓVEIS

Vendas crescem mais de 6% no primeiro trimestre As vendas de carros, motos e caminhões cresceram 6,28% nos primeiros três meses do ano em relação ao primeiro trimestre de 2010. Segundo balanço divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram vendidas 1,29 milhão de unidades no período. Em março, foram vendidos 478,5 mil veículos, 11,29% mais que em fevereiro.

O setor de automóveis e comerciais leves teve alta de 3,63%, com a venda de 777,7 mil unidades no trimestre. Somente no mês passado, foram emplacadas 288,7 mil unidades, 11,57% a

mais do que em fevereiro. A comercialização de caminhões aumentou 26,92%, totalizando 39,4 mil unidades. Em março, a evolução nas vendas foi de 14,1% em comparação com o mês anterior, com a negociação de 14,4 mil unidades.

A venda de motocicletas registrou aumento de 8,12% nos primeiros três meses, com o emplacamento de 438,6 mil unidades. Em março, foram vendidas 160,2 mil motos, 10,31% a mais que em fevereiro. Os distribuidores de veículos mantiveram a previsão de crescimento para este ano em 5,2%.

INTERNET

Estados assinam protocolo no Confaz para evitar perda de receita Dezoito estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste assinaram na seta-feira, no Rio de Janeiro, protocolo que altera o regime de tributação nas vendas pela internet e por meio de telemarketing. Com isso, esses estados e o Distrito Federal passam a dividir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que era recolhido exclusivamente nas unidades da Federação dos dois maiores centros de lojas virtuais,

Rio de Janeiro e São Paulo.

A decisão foi aprovada em reunião ordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) pelos estados do Acre, Amapá, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pará, Espírito Santo, de Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Roraima, Rondônia, Sergipe, da Paraíba, Bahia, além do Distrito Federal.

Segundo a Secretária de Fazenda da Bahia, com a mudan-

ça, “o imposto passará a ser repartido entre os estados de origem e do destino, assim como ocorre nas operações interestaduais realizadas através dos meios tradicionais de comercialização”.

Os estados que assinaram o protocolo alegam que a medida vai fortalecer o comércio local, gerar emprego e renda, além de incrementar a competitividade e diminuir o prejuízo na arrecadação.

Dados da Secretaria de Fazenda baiana revelam que os mais de R$ 15 bilhões arrecadados com o ICMS, em 2010, no comércio eletrônico, ficaram exclusivamente no estado de origem das mercadorias. Só a Bahia, no período, deixou de arrecadar, no mínimo, R$ 85 milhões com as vendas pela internet, informou o secretário de Fazenda do estado, Carlos Martins, que é coordenador do Confaz.

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Economia

O JORNAL JORNA L A27

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br

EspaçoConsumidor Thiago Gomes consumidor@ojornal-al.com.br 4009.1995 (no horário da tarde)

Produção industrial cresceu 1,9% em fevereiro, segundo o IBGE

RECLAME

Resultado é maior do que a expectativa dos analistas de mercado

Os consumidores estão, cada vez mais, utilizando espaços na mídia, principalmente na Internet e nas redes sociais, como uma alternativa para resolver problemas em relação ao consumo. Muitos não conseguem chegar a um acordo e optam por espalhar a notícia de que foram lesados em algum serviço prestado em blogs e sites na Internet. A coluna procurou saber, na lei, se o consumidor pode agir dessa maneira ou está se prejudicando. Na verdade, a manifestação de indignação está amparada na legislação. Quem quiser pode “colocar a boca no trombone”, como forma de denunciar e reivindicar melhorias nos serviços. Além disso, pode ficar tranquilo.

Se o caso já estiver na Justiça, não se configura em empecilho para você continuar reclamando na Internet. Isso não será um argumento a ser levado em consideração pelo juiz. Embora, o consumidor tenha mais essa ferramenta de mobilização, não pode deixar de negociar com a empresa, antes de recorrer à web.

A produção industrial brasileira cresceu 1,9% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima do intervalo das expectativas dos analistas, que esperavam taxa de 0,50% a 1,70%. Amediana das expectativas estava em 1%.

Na comparação com fevereiro de 2010, a produção subiu 6,9% em fevereiro deste ano. Neste caso, as estimativas dos analistas variavam de 2,00% a 7,00%, com mediana de 5,35%. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, a produção da indústria acumula alta de 8,6%. No acumulado de 2011, o crescimento é de 4,6%.

DEFEITO DE FÁBRICA Antes de retirar um bem da loja, verifique se há defeitos de fabricação. A atitude parece desnecessária, mas poderá evitar transtornos futuros. Por exemplo, a pessoa retira um carro zero da concessionária e vê que ele apresenta algum tipo de problema poucos dias depois. Nesse caso, ela terá que buscar solução com a montadora, e nem sempre o caso é resolvido rapidamente, mesmo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) forçando as empresas à reparação do dano em até 30 dias. Fique esperto que nem sempre a garantia contratual é respeitada pelos fornecedores, e quem fica prejudicado é sempre quem comprou. Portanto, não custa nada observar, testar, comprovar para não ficar nenhuma dúvida antes de comprar.

TAXA DE ESTACIONAMENTO Os consumidores que comprovarem despesa correspondente a, pelo menos, dez vezes o valor cobrado pelo estacionamento de shopping centers e hipermercados não precisarão pagar pelo serviço. O benefício está previsto no Projeto de Lei 114/11. Para ser isento do pagamento, o consumidor terá de apresentar as notas fiscais de compra no estabelecimento. Caso o tempo máximo de permanência seja superado, o usuário deverá pagar a taxa relativa ao período excedente.

ACADEMIAS Cuidado na hora de assinar contrato – caso assim seja feito – com uma academia de ginástica. Muitas delas se aproveitam da ingenuidade dos usuários e estabelecem diretrizes que vão de encontro ao que preconiza o CDC. Esses estabelecimentos apresentam contratos preestabelecidos, inviabilizando o cliente a discutir mudanças no pacote de serviços. Para o consumidor, a norma é pegar ou largar; nada de negociar. As academias deveriam oferecer também as aulas individualizadas, para que o consumidor tenha a oportunidade de contratar as que lhe convier. Tudo deve estar explícito no contrato de adesão.

TRANSGÊNICOS Pesquisa do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, atestou que empresas não estão informando a presença de Organismos Geneticamente Modificados, os transgênicos, nos rótulos.

Pode ser risco à saúde. Estão irregulares o biscoito recheado Tortinha de chocolate com cereja (Adria Alimentos do Brasil), farinha de milho Fubá Mimoso (Alimentos Zaeli), biscoito de morango Tortini (Bangley do Brasil Alimentos), bolinho Ana Maria Tradicional sabor chocolate (Bimbo do Brasil), mistura para bolo sabor coco Dona Benta (J. Macedo), biscoito recheado Trakinas (Kraft Foods), biscoito Bono de morango (Nestlé), barras de cereais Nutry (Nutrimental), mistura para panquecas Salgatta (Oetker) e Baconzitos Elma Chips (Pepsico do Brasil). Processos administrativos contra as empresas serão instaurados.

ANÚNCIO NO JORNAL Desconfie daqueles anúncios nos jornais nos quais não constam dados mais completos sobre o fornecedor e aqueles que contenham apenas como contato um telefone celular (em especial o pré-pago). Antes de fechar um contrato, procure conhecer o fornecedor. Os jornais dizem que não têm como conferir os dados cadastrais dos anunciantes; por isso, não acredite que uma empresa é idônea pelo simples fato de estar publicando um anúncio. Outra coisa, antes de contratar um serviço, procure conhecer todas as condições para pagamento e exija-as por escrito.

ACONTECEU A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai implantar o ProReg (Programa de Fortalecimento da Capacidade Institucional para Gestão e Regulação); Ele poderá diminuir o custo da energia no País por meio de análise de impacto regulador. Um estudo mostra que impostos representam 51,6% do valor da conta.

O preço da gasolina comum comercializada nos postos alagoanos ficou na casa de R$ 2,8240 o litro, segundo informou tabela publicada no Diário Oficial do Estado; O álcool, o diesel, o GLP e o querosene de aviação (QAV) ficam em torno de R$ 2,0790, R$ 2,0170; R$ 2,7477 e R$ 1,8321, respectivamente.

Está chegando a Páscoa, e o consumo de ovos já começou em todo o Estado. Vale pesquisar o melhor preço para fazer a alegria da criança e do seu bolso.

Procon Alagoas - Rua Dr. Cincinato Pinto, 503, no centro da capital. Atendimento gratuito pelo número 151.

Mande sua denúncia, dica ou dúvida para a coluna Espaço Consumidor. Todos os domingos, em O JORNAL.

MÁQUINAS- Aprodução de bens de capital (máquinas e equipamentos) da indústria registrou alta de 0,9% em fevereiro ante janeiro, segundo o IBGE. Na comparação com fevereiro de 2010, houve alta de 17,9% em fevereiro deste ano.

O instituto informou ainda que a produção de bens intermediários teve alta de 1,3% em fevereiro ante o mês anterior. Na comparação com fevereiro do ano passado, houve aumento de 4,1%. Já a produção de bens de consumo em fevereiro de 2011 cresceu 0 5% em relação a janeiro e teve alta 6,9% na comparação com fevereiro de 2010.

Ainda no segmento de bens de consumo, a produção de duráveis teve queda de 2,3% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. Em relação a fevereiro do ano passado, houve alta de 17,4%. Já a produção de semiduráveis e não duráveis recuou 0,2% em fevereiro deste ano ante janeiro, mas teve alta de 3,6% na comparação com fevereiro de 2010.

INFLAÇÃO

Serviços pressionam custo de vida Passado o período de chuvas mais intensas, principalmente na Região Sudeste, onde as condições climáticas prejudicaram a safra agrícola e empurram para cima os preços dos alimentos, a tendência, a partir de agora, é a regularização da oferta. Consequentemente, as cotações devem ficar mais equilibradas no mercado, pressionando menos a inflação. A análise foi feita pelo economista Paulo Picchetti, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ele estima que a inflação deve fechar o ano em torno de 5,5%, acima do centro da meta oficial prevista pelo governo, de 4,5%. Nesta semana, o Banco Central divulgou mais uma elevação da expectativa dos agentes do mercado financeiro sobre o comportamento da inflação. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5% para 5,6%.

VALORIZAÇÃO - A grande ameaça à inflação, segundo o economista, não é o preço dos alimentos, mas sim, a valorização dos serviços em todos os segmentos.

Ele cita que, entre eles, estão os reparos de veículos em oficinas mecânicas, contratação de trabalhadores para tarefas domésticas, cuidados com a beleza, reformas e construção de imóveis e serviços de hotelaria.

Na avaliação dele, no entanto, a elevação do IPC-S, em março, quando a taxa atingiu 0,71%, bem acima da variação registrada no início do mês (0,59%), foi provocada por fatores sazonais e, na maioria dos casos , associados às chuvas.

Nesse período, conforme justifica, houve diminuição na oferta de hortaliças e legumes na média das sete capitais onde é feita a coleta de preços para o cálculo do índice. A alta foi de 7,03% ante 6,65% da pessquisa anterior. Alguns desses itens, porém, ficaram bem mais caros. É o caso da cebola, com 25,33% de aumento ante 15,55% e do tomate 19,49% ante 16,37%.

“Mas esses aumentos não devem se sustentar por muito tempo”, prevê Picchetti.

CARNES BOVINAS Em sentido oposto, as carnes bovinas têm registrado queda de preço com o aumento da produção interna.

Entre o início da segunda quinzena de março e o fim do mês, os preços mantiveram a trajetória de queda, só que em ritmo mais lento, de -2,33% para -1,63%.

O IPC-S também sofreu o impacto da alta dos preços do etanol, que subiu de 7,51% para 9,32% entre a terceira prévia de março e o encerramento do mês. “O que explica essa elevação é o efeito das chuvas sobre o plantio da cana-de-açúcar”, apontou Picchetti. Com menos matéria-prima para o processamento, caiu a oferta do produto. O economista observou ainda que o etanol tem tido uma valorização crescente em razão da maior demanda nos postos de combustível de veículos bicombustíveis.

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ILOA FAMILY CLUB

Vivendi e Banco do Nordeste assinam contrato de financiamento Chico Brandão

Com o objetivo de manter ativas suas ações de Responsabilidade Social, o SINDUSCON-AL e a ADEMI-AL realizarão, dia 16 de abril, no horário das 7h às 11h o 2º Passeio Ciclístico da Construção Civil, com ponto de apoio no Corredor Vera Arruda, na praia da Jatiúca.O evento tem parceria com instituições como o Corpo de Bombeiros, SEMPMA (Secretaria do Meio Ambiente), SMTT (Superintendência de Transporte e Trânsito), Polícia Militar de Alagoas, SESI, LORÉAL. A ação envolve os gestores, colaboradores da construção civil e seus familiares.

ROTEIRO *Credenciamento - Entrega de camisetas às 07:00 h; *Café da Manhã às 07:30 h; *Apresentação Teatral abordando o tema Prevenção à Drogas; *Preparação física com alongamento para o percurso; *Passeio Ciclístico saindo do Corredor Vera Arruda até Hotel Enseada - Pajuçara e retorno ao Ponto de Apoio, das 08:30 h às 09:30h; *Apresentação com a temática - Promoção à Saúde às 10:00 h; *Sorteio de Brindes às 10h30min.

PULSEIRAS Haverá a entrega de pulseiras numeradas para o responsável da empresa associada três dias antes do evento. Esta entrega será feita na sede da Ademi (Av. Com. Gustavo Paiva, 2789 Edf. Norcon Empresarial - loja 41 Mangabeiras) e a distribuição de camisetas no dia do Passeio Ciclístico, apenas para quem apresentar a pulseira. O prazo para adesão das empresas foi até 31 de março.

INMETRO O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) apresentará no próximo mês de abril algumas alternativas para a implantação de procedimentos de controle para a entrada de produtos utilizados pelo setor da construção civil no país, como metais e materiais elétricos. A ideia é de que esses importados sofram as mesmas exigências de certificação dos produtos nacionais. Atualmente, segundo Fox, o Inmetro só faz essa fiscalização depois que os produtos já estão no mercado brasileiro. Com a mudança, a fiscalização será feita ainda na alfândega.

NORMATIZAÇÃO A Câmara Brasileira da Indústria da Construção promoveu em 28 de março, em Brasília, workshop de alinhamento para a participação do setor na Revisão da Norma de Desempenho (NBR 15575), que trata de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos (partes 1 a 6). Na pauta, destaque para os seguintes assuntos: histórico do processo de início da revisão da Norma; esclarecimentos sobre o procedimento de revisão de norma na ABNT; itens de revisão apoiados pela cadeia produtiva da construção; relato do andamento dos trabalhos de revisão das Partes: Pisos (3), Vedações (4), Cobertura (5) e Hidrossanitários (6); relato da 1ª Plenária, realizada em 16 de março de 2011; construção compartilhada das estratégias de defesa de interesses, e debate e alinhamento final.

SALÃO IMOBILIÁRIO O 4° Salão Imobiliário é promovido pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE) e conta com a presença de 32 grandes empresas do setor imobiliário e três bancos que darão todo apoio para quem quiser adquirir o seu imóvel.

Neste ano é estimada a presença de 17 mil visitantes nos cinco dias do evento. O 4° Salão Imobiliário de Pernambuco acontece desde o último dia 30 de março e termina hoje, no Centro de Convenções de Pernambuco, funcionando das 10h às 22h.

Da esq. para dir.: Luís Albuquerque (diretor de Negócios Log Consultoria), Carlos Virgílio Rodrigues Holanda (gerente de Negócios Corporate do BNB), José Expedito Neiva Santos (superintendente Estadual do BNB), Felipe Cavalcante (diretor da Vivendi), Angélica Cavalcante (diretora Adm. Financeiro Vivendi), Alberto Pino (diretor de Desenvolvimento Vivendi) e Necival Vieira de Melo (gerente de Negócios do BNB).

A Vivendi Empreendimentos assinou contrato com o Banco do Nordeste para financiar a construção do maior complexo de esporte e lazer de alagoas, o ILOA Family Club, integrante do ILOA Vida em Família, na Barra de São Miguel. O acordo foi assinado por Felipe Cavalcante, representando a Vivendi, pelo Superintendente Estadual José Expedito Neiva Santos e pelo Gerente de Negócios Necival Vieira de Melo.

"O conceito do empreendimento ILOA, integrando residencial, complexo de lazer e unidades hoteleiras, é único na região. Uma ação inovadora que demonstra a visão de futuro e o preparo dos sócios da empresa, promovendo o turismo e gerando renda para o Estado. Pelo ineditismo da proposta, o BNB inclusive destinou toda uma estrutura voltada para a análise desse projeto. Estamos bastante confiantes no sucesso do em-

preendimento", ressaltou o superintendente estadual do BNB em Alagoas, José Expedito Neiva Santos.

De acordo com Felipe Cavalcante, "a assinatura desse contrato viabilizará a antecipação das obras do ILOA Family Club, que inicialmente estava programado para ser entregue em dezembro de 2012, mas agora terá suas obras concluídas em março de 2012 e entrará em operação até julho de 2012.

É uma grande notícia para os clientes do ILOA".

O financiamento do BNB tem como objeto a construção da recepção, restaurante, piscina, parque aquático, playground, arvorismo, parede de escalada, espaço bebê com fraldário e berçário, lojas, guarita de segurança, campo de futebol society, quadras de tênis, quadra poliesportiva, quadra de areia, kid's club, praça de eventos e estacionamento.

2011

Otimismo continua entre empresários Os empresários da construção civil continuam otimistas em 2011, porém inibidos com a alta do processo inflacionário dos insumos para o setor.

A constatação faz parte da 46ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada em fevereiro pelo SindusConSP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas).

O indicador, que mede a percepção dos empresários sobre o desempenho atual das construtoras, marcou 58,8 pontos, o que representa alta de 5,1% em relação ao trimestre passado. É importante ressaltar que, em uma escala de 0 a 100 pontos, os resultados acima de 50 pontos denotam otimismo ou percepção favorável e abaixo de 50 pontos pessimismo ou perspectiva desfavorável.

A pesquisa afirma ainda que as perspectivas de desempenho aumentaram 3,4%, para 61,8 pontos. E a confiança na política econômica aumentou 2%, indo para 52,3 pontos.

RECEIOS - A preocupação com a evolução dos preços dos artigos para construção civil ficou evi-

dente no indicador de expectativa de uma inflação reduzida, que diminuiu 21,3%, baixando a 37,3 pontos. As dificuldades financeiras, por sua vez, se elevaram em 3,3%, atingindo 54 pontos. As perspectivas de evolução dos custos melhoraram 5,1%, mas ainda se situam como desfavoráveis (41,8 pontos). E a expectativa em relação ao crescimento econômico baixou 2,1%, embora ainda seja bastante otimista: 58,4 pontos.

A preocupação com a evolução dos preços dos artigos para construção civil ficou evidente no indicador de expectativa de uma inflação reduzida, que diminuiu 21,3%, baixando a 37,3 pontos. As dificuldades financeiras, por sua vez, se elevaram em 3,3%, atingindo 54 pontos.

Na avaliação do diretor de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, "evidentemente o otimismo do empresário da construção tornou-se mais comedido nestes últimos 30 dias. Entretanto, dificilmente passaremos para uma percepção pessimista, uma vez que em 2011 boa parte do crescimento da construção está assegurado, por ter sido contratado em 2010."

Fone: InfoMoney

MANSÃO

Sócio do Facebook tem casa mais cara dos EUA O bilionário russo Yuri Milner desembolsou inéditos US$ 100 milhões (o equivalente a R$ 163 milhões) por uma monumental residência em Los Altos Hills, no Vale do Silício, o epicentro da indústria da tecnologia na Califórnia. Segundo o Wall Street Journal, esse é o maior valor já desembolsado para a aquisição de uma residência nos Estados Unidos.

Milner, de 49 anos, é um entusiasta das empresas de tecnologia. Por meio de sua empresa de investimentos, a DST Global, injetou dinheiro na desenvolvedora de jogos Zynga, no site de descontos Groupon e no Facebook, a onipresente rede social criada pelo jovem bilionário Mark Zuckerkerg. O russo tem estimados 10% do Facebook, fatia que vale cerca de US$ 5 bilhões.

E agora tem também a mansão mais cara dos EUA. O imóvel tem 2,3 mil metros

quadrados de área útil (área que equivale à de dez quadras de tênis), fincada sobre uma colina de sete hectares. De lá, Milner terá uma vista invejável da Baía de São Francisco, em um imóvel com projeto inspirado na arquitetura francesa do século XVIII. A mansão do bilionário russo tem cinco quartos, nove banheiros, salão de festa, home theater, adega, sala de ginástica, quadra de tênis, lava-carro, piscina e amplos jardins. Ela foi construída por seu proprietário anterior, Fred Chan, fundador da ESS Technology, que se desfez do imóvel porque decidiu se mudar para o Havaí.

Mesmo com a opulência dos números da casa, essa será uma residência "reserva" de Milner. Ele mantém moradia fixa em Moscou, onde vive com a esposa e suas duas filhas.

Fonte: IG São Paulo

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O JORNA L JORNAL

Dois

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br

Confira as promoções na Revista da TV

B1

Alessandra Vieira

Os sebos, a rua e a gentileza urbana O comércio de revistas e livros usados da antiga Rua das Verduras, atual Pontes de Miranda, torna único aquele trecho do centro de Maceió. Em razão disso, um projeto idealizado por arquitetos pretende valorizar o local que conta o que a cidade lê. Na edição de hoje, o Caderno Dois e o Espaço se unem para contar essa história LEIA NAS PÁGINAS B2, B3, B4, B5, B7 e B8.

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O JORNAL JORNA L

Variedades B2

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br

Fotos: Alessandra Vieira

Chamada de Rua das Verduras no passado, a atual Pontes de Miranda possui 29 sebos - entre lojas e barracas - e será beneficiada com benfeitorias na estética, melhorias nas calçadas, além de conforto e segurança

Projeto deve ter início ainda este ano Alessandra Vieira Editora de Cultura

Elô Baêta Repórter

ua das Verduras. Talvez, a maioria da gente maceioense jamais tenha ouvido falar nela. Mas este era o seu nome ou, pelo menos, como se tornou conhecido aquele pequeno trecho entre as ruas Barão de Atalaia e Pedro Monteiro, bem na altura do popular paredão - por trás da Assembleia Legislativa de Alagoas -; isso só até os anos 70. Depois, talvez por ter recebido o nome do escritor alagoano Pontes de Miranda, a rua passaria por uma transformação que lhe daria uma identidade única no Centro de Maceió.

A peculiaridade está na concentração de venda de revistas e livros usados. Por lá existem 29 sebos, divididos entre 12 lojas e 17 bancas. E é por causa deles que os arquitetos Carmem Andréa Fonseca e Roberto Costa Farias pensaram em um projeto - e já começam a lançar as primeiras ideias - de valorização do espaço, dando início ao que eles chamam de gentileza urbana.

“Pretendemos valorizar a área, bem como o acervo dos sebos, de quase 280 mil volumes, com melhorias da estética do lugar e das calçadas, além de conforto e segurança. Também pensamos em um projeto de prevenção contra incêndios, pois há o risco de perda do acervo, devido a instalações elétricas mal-resolvidas.

Queremos ainda fazer um levantamento histórico das gerações que fazem parte desse universo no sentido de valorização do livro como objeto do saber”, explica a arquiteta.

Carmem e Roberto também pensam na capacitação dos profissionais através de cursos de recuperação e tratamento dos livros. “O que desejamos é que a população passe a ter um olhar diferente em relação ao percurso dos sebos”. Apesar de ainda não-concluído, o projeto não está apenas no campo das ideias. Já vêm sendo negociadas verbas para sua execução e, em uma reunião realizada na última quinta-feira entre os arquitetos idealizadores da iniciativa, o historiador Luiz Sávio de Almeida e o economista Cícero Péricles, o diretor da Associação Comercial de Maceió, Geminiano Jurema, assumiu o compromisso de investir no projeto, na área de empreendedorismo, e em um estudo sobre a cultura e a arquitetura do local, além de buscar parcerias com o microcrédito e o Sebrae. Por tudo isso, Carmem garante: “Começa ainda este ano”.

R

Acervo dos alfarrábios será contemplado com capacitação dos vendedores através de cursos de recuperação e tratamento de livros

CONTINUA NAS PÁGINAS B3, B4, B5, B7 E B8.

O JORNAL JORNA L

Variedades

B3

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br

Larissa Fontes

Cícero Péricles: “Se trabalhado, aquele espaço pode se transformar numa área culturalmente ainda mais importante para Maceió dado o número de livros” Alessandra Vieira

Área culturalmente importante para Maceió O economista Cícero Péricles é um dos entusiastas da iniciativa. Frequentador da antiga Rua das Verduras, passeia pelo “calçadão de alfarrábios”, pelo menos, uma vez por mês.

“Evidentemente que compro quando encontro alguma coisa interessante. Compro livros de todos os tipos: economia, romances, política, entre outros. Parte da minha biblioteca vem daqueles sebos”.

Mas nem sempre é fácil achar o que se quer.

“Comprar nos sebos é um exercício de paciência. Nem mesmo o dono sabe o que tem e nem sempre descobre o que interessa ao cliente. É uma aventura. Com calma, o cliente acha o que procura, dado o grande número de livros. Livros raros são mais difíceis porque também são pouco ofertados aos comerciantes. O preço é sempre convidativo, mais barato que qualquer livraria comercial”.

Ampliação do número de bancas, surgimento dos espaços das lojas e diversificação dos produtos são algumas mudanças percebidas por Cícero nos seus constantes garimpos. “Lá, você encontra discos em vinil, revistas, livros, gibis, CDs, DVDs, fitas e outros. Também há uma presença muito grande de pessoas que compram livros didáticos e paradidáticos. O público é misto, composto pelos passantes, pessoas que transitam pela área; e o especializado, que vai com o objetivo de conhecer aqueles pontos de comércio. Se trabalhado, aquele espaço poderia se transformar numa área culturalmente ainda mais importante para Maceió”, salienta o economista.

Para ele, o mercado de usados de forma geral - brechós, móveis, eletrodomésticos - é um fenômeno importante e antigo nas áreas urbanas. Um tipo de negócio que amplia a vida do produto de segunda mão. Uma atitude que, além de tudo, demonstra consciência ambiental. Quanto ao livro, acompanhado de outros produtos culturais, o fenômeno ganha outra característica: a de contar o que a cidade lê, bem como o que seus cidadãos consomem nesse campo.

“Numa cidade com pouquíssimas livrarias e com uma pequena oferta de livros, esse conjunto de sebos cumpre um papel exemplar: é um dos melhores espaços para quem quer adquirir alguma obra clássica, um texto que saiu do mercado, mas também livros novos, recém-lançados, que chegam sempre a esses pontos”, destaca.

(A.V. e E.B.)

Mercado de usados é considerado um antigo e importante fenômeno nas áreas urbanas

CONTINUA NAS PÁGINAS B7 E B8

TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h15 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h00

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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola Curta Criança Esquadrão Sobre Rodas Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino Muito Maluquinho Catalendas Dango Balango

TV ALAGOAS 06h00 - Aventura Selvagem (Reprise) 07h00 - Pesca Alternativa 08h00 - Vrum 08h30 - Ganhe Mais Dinheiro com Jequiti 09h00 - Igreja Mundial 11h00 - Domingo Legal 15h00 - Eliana 19h00 - Roda a Roda Jequiti

Canal 3 14h30 15h00 16h00 17h00 18h00 18h30 19h00 20h00 21h00 22h30 23h00 00h45 01h45 02h45

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TV Piá Stadium A'UWÊ Ver TV De Lá Pra Cá Cara e Coroa Papo de Mãe Conexão Roberto D'Ávila Esporte Visão Nova África Cine Ibermédia A Grande Música Dov TV Curta Brasil

Canal 5 19h45 - Programa Silvio Santos 00h00 - De Frente Com Gabi 01h00 - Série - Arquivo Morto // Cold Case 02h00 - Série - Desaparecidos // Without a Trace 03h00 - Série - Estética // Nip/Tuck 04h00 - Encerramento

TV GAZETA 05h45 06h47 07h00 07h30 08h00 08h55 09h30 12h40 13h15 14h00

15h40 -

Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular Aventuras do Didi Os Caras de Pau Temperatura Máxima Shrek Futebol 2011 Campeonato Carioca: Vasco x Bangu

Canal 7 18h00 20h45 23h05 23h40

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Domingão do Faustão Fantástico Batendo Ponto Domingo Maior A Outra Face (Exibição em HD) 02h05 - Sessão de Gala - Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América (Exibição em HD) 03h30 - Corujão

TV PAJUÇARA 01h15 05h25 05h55 06h45 07h15 08h00 09h00 10h00

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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos IURD - Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kids Ponto de Luz Alagoas da Sorte

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O JORNAL

Espaço B4

B5

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br

UMAS POUCAS PALAVRAS

Maceió lê muito mais do que pensa

Sávio de Almeida

A rua nasce e vai tendo o que contar, com algumas sofrendo mudanças radicais no seu perfil, como acontece com uma das principais artérias de nossa cidade e que, nos começos, andava pela periferia, montada logo após a Ladeira do Algarve e nas alturas da Boca do Maçayó. Estava na mesma prumada que vinha da estrada do Norte, passando pelos encharcados de pequenos riachos no rendilhado d'água que se mantinha pelos caminhos. Era tratada como Rua das Verduras, quem sabe a razão? Poderia ser uma rua especializada em verduras ou cheia de verdes? Repetiria algo português como fazia o Algarves? Prefiro pensá-la um pequeno pedaço rural que passava pela banda arrastada da encosta que o paredão da Assembleia ainda simboliza. Seria uma artéria de cunho urbano ruralizada? Talvez. Não tenho dúvida de que foi construída ao sopé de uma colina, mas de formação humilde, sem o brasão da ladeira que lhe era avizinhada.

E vai que assume essencialmente uma condição de passagem e, ao longo do tempo, vai formando um conjunto mais nobre no seu último quarteirão à direita, enquanto, em seu lado esquerdo, vão se juntando inúmeros pequenos pontos comerciais; alguns abrigando pequenas oficinas. Ela jamais foi uma rua de comércio de peso, jamais rivalizou com as que estavam no lado de cima do planalto e nem parece ter estado em sua extensão, à disposição do complexo ferroviário que se encrava bem perto, apesar de restar um hotel e restaurantes como testemunhas da estação. Ainda existe, em plena rua, uma associação de auxílio mútuo que data de 1904.

No fundo, aquele pedaço teve duas ruas, com uma delas indo da esquerda da Assembleia (vista pelos fundos) até a ladeira que subia para o comércio e a confrontava com a estrada de ferro. Era mais nobre; eram belas as casas que ficavam no correr do Palecete, com uma delas assentando-se em plataforma que ainda serve como testemunho para que se note os cortes dados.

O que deveria existir era uma imensa colina, cujo ponto mais alto estava logo após o Farol, abruptamente descendo, como se nota pela Ladeira da Catedral, suavizando em direção sul e a morrer como encosta na altura da Santa Casa, por onde se dá o que vamos chamar de baixio da Pedro Monteiro e de onde

partem pequenas ladeiras em demanda ao assentamento de Maceió. Após a Rua das Verduras há um alargamento nos rumos da Lama, onde, nos fins do século XIX, havia solene hotel encimando a paisagem.

A outra porção estava limitada pelo paredão da Assembleia. Na verdade era o espaço equivalente aos fundos da Assembleia, mostrando a diferenciação naquele pedacinho do mundo urbano e gerando o acanhado dos pequenos pontos, vez em quando aparecendo um bar, vez em quando um nãose-o-quê e tudo com vida efêmera. Por outro lado, não haveria como deixar de ter a rua como passagem pela função de integração que ela desempenha no sentido norte-sul. Por um desses acasos do processo, terminou que, em uma porção central e com intenso movimento, apareceu uma reserva de imóveis de baixo aluguel e sem aquela parafernália jurídica do ponto comercial, sempre pronta a ser argumentada quando o imóvel estava em posição valorizada.

Vai que pequenas barracas começam a aparecer. Uma chama a outra.

Sempre existiu quem negociasse com livro, revista e disco velho. Eu mesmo me lembro do Arthur, lá no mercado, onde comprei muita coisa, mas não tinha disco. Mas, no caminho do Arthur, eu encontrava discos e revistas nos lados da Feira do Passarinho, cujo nome deriva, salvo engano, de um pequeno riacho que passava naquelas bandas. Mas vai que nasce um espaço a ser conhecido como “atrás da Assembleia”. E é coisa que ruma para os anos 70.

Eu não me lembro de andar por ali à cata de material nos anos 60; vai me chamar atenção por volta dos 70. É claro que não sou a medida de todas as coisas: falo de quando percebi a existência e penso que a nucleação começa a partir das barracas. Tinha uma que vendia mais Placar, outra revista de mulher nua, outra disco e por aí segue o velho ressurgindo na Rua das Verduras.

Depois é que toma corpo o conjunto de sebos, que fica no outro lado da rua.

Um dos mais antigos - ainda hoje trabalhando - é o Dorival Silva: cerca de 30 anos de atividade, trabalhando diariamente das nove da manhã às cinco da tarde: oito horas de trabalho, tendo começado vendendo confeito, decidido a mudar de vida. Deu na cabeça, começou a colocar livro para vender

e largou o confeito. Continua firme, saindo e voltando do Reginaldo, onde mora. Pelo depoimento do Dorival, prestado a Rosemary Lopes, uma colaboradora nossa nesta edição, parece existir uma diferença entre a barraca e a loja. É como se as lojas tivessem maior poder econômico, fossem bem mais fortes. Seria para elas que as pessoas se destinariam primeiro para vender e comprar livro, embora tenha gente dona de barraca e de loja, gente que saiu da calçada e foi botar loja.

Ele fala sobre a diferença, trabalhando com as categorias do dinheiro e do espaço: "Elas procuram ambientes mais espaçosos, né? Porque acham que lá... Pagam mais dinheiro... Ai vai pra lá...". O universo do sebo é, então, dividido entre as barracas e as lojas. Dorival tem gosto de estar ali, qualificando como divertimento, embora considere que é um lugar de forte concorrência, existe cooperação. Ele acrescenta: "A propaganda é assim: quem tem vai dizer ao outro que tem... Porque ele vai e leva o cliente lá... Se eu não tenho, o menino ali tem... Se ele não tem lá e eu tenho, aí ele vem buscar aqui...

Aqui é um ajudando o outro".

E o conjunto de sebos já passou para o outro lado da Atalaia, nas bandas da Catedral, sinal de que houve uma consolidação e uma expansão que demonstram, dentre outros pontos, a existência de um mercado. E alguns sebos já começam a mudar fisicamente e até no próprio atendimento. Parece que tudo isso indica uma vitalidade difícil de ser dimensionada, mas existente.

Há uma coisa chamada mercado. Quem compra? O que compra? Quem vende? O que vende? Para aquilo se sustentar, não acredito que seja às custas dos chamados intelectuais, e sou levado a armar uma hipótese que creio ter todas as condições de prosperar: Maceió lê muito mais do que se pensa.

Espaço articula-se a todo o caderno e trabalha, também, a rua dos livros, ajudado por duas estudantes: uma de História, que é a Sandra Sena, e a outra de Design, ambas pertencentes ao Grupo Agenda, começando a se interessar pelas coisas simples, que vêm de baixo e fazem o cotidiano da cidade. Duas grandes jornalistas de Alagoas estão por trás de todo este caderno: Alessandra Vieira e Elô Baêta. Às quatro Espaço rende homenagem.

O que fazem Sandra e Rosemary Sandra é do bacharelado em História da Ufal e Rose é do Ifal, Design

A FALA DE DORIVAL DA SILVA

A FALA DE SUÉLIO DE BARROS

A FALA DE HENRIQUE BEZERRA

O que poderia melhorar aqui era banca nova. A Prefeitura prometeu e não cumpriu. Sem ajuda, a gente não consegue nada.

O lucro é o seguinte: de tudo a gente vende um pouquinho aqui... Só vivo disso. Aqui é diversidade, todo o público. É jovem, é de idade. Todos compram.

Leio muito. Adoro ler. Todos os livros me interessam. Por exemplo, se eu gosto de uma história, leio todinha, até o fim. Tem livros bons aqui.

Livros antigos, muito bons. Muita gente me conhece e vem procurar aqui.

Vendo DVDs, revistas. As pessoas trazem DVDs usados. Vendo, troco.

Os livros de escola saem mais, mas, no momento, não são atuais; os nãoatuais demoram a sair. O problema é a atualização. Tem de Química, Física, História... Tem romances...

Segurança não tem. A segurança é Deus. Já aconteceram assaltos. Já arrombaram aqui, levaram as telhas, meu material molhou, molhou uns livros. Não tem a mínima condição. É difícil. O que eu queria é que alguém se sensibilizasse. Pudesse nos ajudar com bancas novas. Seria muito bom, porque aí a gente ganhava mais cliente e ficava bom para todo mundo.

Eu já passei por muitas crises aqui. Muitas e muitas crises. E mais uma e outra que tiver. A gente já está acostumado a sofrer, aí a gente vai lutando mesmo. Tenho saudade dos tempos bons, das coisas boas no tempo em que não existia recessão, mas agora todo mundo está em crise.

Ninguém tem dinheiro. Uns tem; outros, não.

Antes liam mais. Eu mesmo acho ótimo, adoro ler. Agora tem muita gente que não gosta. Por dia vendo uns três a quatro livros. Meu lucro por mês é de mais de um salário. Livro não tem preço certo, se vale 20 reais, a pessoa chora, fica por 15; se vale 15, chora e fica por 12, por 10. Às vezes, uma pessoa compra um pouco mais, e a gente dá um livro a mais por isso. E assim vai...

O povo pechincha muito aqui. Ah, isso é sagrado. É engraçado porque todo mundo pechincha. Esse aqui mesmo [mostra um livro], esse aqui é 15 reais, mas por 12 reais você leva. O valor que a gente bota é já pra chegar mais perto, depende da pessoa, depende da cantada. Tá todo mundo precisando de dinheiro, né?

Vontade eu tenho muita de montar uma loja. O que falta é dinheiro porque lá eu teria mais espaço. Pelo conhecimento que eu tenho, venderia muito mais porque sou muito conhecido. As pessoas ficam dizendo aqui que as bancas são todas minhas, aí eu digo: "Não, minha banca é só essa aqui mesmo". Mas, se tivesse mais espaço, eu venderia mais.

Gosto muito de ler Graciliano Ramos. Eu gosto de livros antigos que nem eu. Quanto mais antigo, mais eu gosto porque a gente aprende mais.

Não existe o pior livro, todos são bons. Gosto muito também de meditar.

Esse livro aqui me acalma [mostra o livro "Meditações"], me deixa bem relaxado.

A saída de material é diferente. As "Playboys" demoram muito aqui, mas saem. Às vezes passam até dois. Quem mais procura são homens de mais idade, coroas.

Cresci sem mãe e sem pai. Minha mãe faleceu, eu tinha dois anos.

Comecei a trabalhar com uns sete anos de idade. Não aqui, trabalhava na roça para os meus avós, depois trabalhei em casa de família e no Bompreço. De lá vim para cá. Vendia os confeitos na calçada. Não existiam essas bancas todas aqui. Era aqui mesmo, na calçada; no lugar das revistas eram os doces.

As banquinhas não eram assim, eram sorteadas; uma aqui, outra lá. Eu comecei vendendo confeito, depois espalhando os livros no chão, daí veio a banca, as de agora vieram depois; aliás, antes de mim, já morreram.

Atualmente, vivo, só tem eu, da minha idade...

Lembro do seu Auguste, que é o pai desse menino aí [aponta para a loja do outro lado da rua]. O China também. Só que, dessa época, só existe eu mesmo.

Aqui é o seguinte: em toda cidade, em todo Estado, existe a "rua dos alfarrábios".

Foi começado aqui e passando pro outro lado, então ficou sendo aqui mesmo. Aqui, em Maceió, é no Centro; em outros estados, é no centro também. Recife tem, Aracaju tem.

Todos os estados têm, mas sempre no centro da cidade.

Tenho 29 anos e trabalho aqui há 18.

O público de hoje é bem maior, parece que as pessoas estão lendo mais. Em termos de venda, para mim, graças a Deus, não tenho do que reclamar. Dá pra tirar em torno de uns 700 reais. Muito melhor do que trabalhar no comércio ou no shopping. Sou casado e tenho filhos. Moro no Jacintinho.

Vendo bastante, não só livros didáticos, mas também romances, livros de Direito. Hoje em dia, as pessoas procuram mais. Antigamente, eu vendia poucos livros didáticos, vendia mais livro de Filosofia, de Direito, nas áreas de Saúde, Medicina... Hoje tendo a vender mais livros escolares porque os pais estão procurando aqui, sai mais em conta para eles. A situação está bem melhor, pelo menos comigo, está bem melhor mesmo.

Tem pessoas que, na verdade, não dão prioridade às bancas. A gente é até visto como periferia. Tem pessoas que só quer as lojas, quando não encontram lá, correm para cá. Preferem comprar nas lojas, mesmo que paguem um pouco mais caro. Não sei de onde foram tirar esse preconceito com essas banquinhas daqui porque aqui tem muita coisa boa, de qualidade legal.

O governo, até hoje, não tomou nenhuma medida para nos ajudar.

Até hoje, ninguém nunca nos procurou. Então, a gente vai com a cara e a coragem. Já teve uma promessa de uns três anos, mas nada, ninguém vai atrás.

Aqui tem de tudo. Tem coisa gozada. Mais engraçado que aconteceu foi quando uma cliente me falou que o esposo tocou fogo nos livros dela porque ela ficava acordada até tarde lendo, ele queria deitar e ela tava de lado na cama e não dormia. Provavelmente, ele queria namorar, né? [risos] Ele simplesmente rasgou os livros dela e tocou fogo. Posso lhe garantir que, há 18 anos trabalhando aqui, não tem nenhuma história triste. Sou muito feliz de trabalhar aqui, demais até. Costumo ler alguns livros, não todos. Gosto bastante de gibis, revistas. É bem intensa a procura por gibis.

A gente coloca o preço e, dependendo, se o livro é bem procurado, a venda é mais fácil, aí a gente cobra um pouquinho mais. Se não for, com certeza, tem que cobrar um pouco menos porque senão fica aí na estante e pra vender fica meio difícil.

O que falta é que alguma autoridade pudesse padronizar essas barracas da gente, só se for isso, porque o resto, com certeza, não. Nós pagamos vigia à noite e depois disso não aconteceu mais assalto. Antes, realmente, aconteceu muitas vezes, arrombaram as bancas e tudo mais.

Agora, graças a Deus, não temos problema com isso.

Aqui é o nosso lugar. Lá em cima, na reforma da Assembléia, foi horrível, só ficaram aqueles que realmente queriam trabalhar com isso.

Muitos saíram, com certeza, aqui está bem melhor. Passamos lá em cima um ano e seis meses parece. Um sufoco! Porque não tinha movimento, o pessoal não ia. Só ia aquele cliente já certo mesmo, realmente cadastrado. A volta da gente pra cá foi bem melhor.

Eu nunca exploro cliente, falo sempre a verdade com relação aos livros. Às vezes, o cliente está em dúvida e eu acho mais correto falar a verdade, se o livro é aquele realmente ou não porque a pessoa que trabalha de má-fé quer vender qualquer livro para o cliente. Não pode ser assim, né? Porque, se o cliente voltar, prejudica a pessoa que está vendendo errado.

Gosto muito de ler, principalmente livros policiais. Leio aqui e levo pra casa. Um livro na cabeceira da cama é muito bom. Trabalho das nove da manhã às quatro da tarde. A época mais forte de venda de livro escolar é janeiro e fevereiro. Não existe época mais fraca porque aqui a gente vende de tudo um pouco, o livro que você imaginar que não vende, é o que vende... [risos] As pessoas procuram bastante. Quando nós pegamos uma relíquia, vai logo deixando num lugar reservado porque sabe que a procura é muito grande. Tipo os livros de Graciliano Ramos, "Vidas Secas", "São Bernardo"; as obras de Jorge Amado, a gente sabe que são muitos procurados, deixamos logo reservados porque chega alguém e a gente vende.

Estou aqui há menos de uma semana, desde sexta-feira passada. Sou o mais novato aqui. Entrei no ramo por curiosidade e por ser algo que gosto muito. Tava querendo trabalhar com algo que também fosse me satisfazer. Sou professor, estou terminando a graduação, só que resolvi este ano não trabalhar em sala de aula e me dedicar à parte acadêmica e ao sebo. Me divido entre essas duas coisas: a academia e o sebo.

Como eu sou novato aqui, algumas coisas ainda são novas pra mim. Tem o Jailson, que eu já conhecia. Enfim, é amigo, dá uns toques. Só que eu ando por aqui faz algum tempo. Sempre tive prazer de frequentar sebo, esses daqui, outros aqui na cidade e também por onde eu viajo, sempre procuro conhecer os sebos. O primeiro livro que vendi foi do Eduardo Galiano, "Futebol ao sol a sombra".

Sou solteiro, moro com minha mãe e meu irmão mais novo. Só que agora estou meio dividido entre duas casas: a da minha mãe e meu irmão e também estou morando com um amigo. A casa onde moro com minha mãe e meu irmão é no Vergel, onde eu nasci; quer dizer, onde eu nasci não, onde eu me criei. E a casa do meu amigo é lá perto da Ufal, perto do Eustáquio, por ali.

Assim que eu tive a ideia de começar a vender livros, a primeira pessoa que eu falei foi com uma tia, que é graduada em Filosofia e tem uma microbiblioteca. Falei com ela sobre a idéia porque costumo dizer que ela é meu porto seguro, sempre apoia as minhas decisões. Quando falei que ia fazer Ciências Sociais pra minha mãe, ela achou estranho, talvez ela quisesse que eu fosse advogado, médico, arquiteto ou alguma coisa assim. Aí, quando falei pra ela, deu a maior força.

Quando falei sobre os sebos, perguntei se ela tinha uns livros, e ela me deu uma caixa. Acho que foram os primeiros livros. Eu catei lá nos meus uns dois porque não quis me desfazer de mais nenhum. Alguns, eu aproveitei logo de cara, outros eu tirei e fiz negociação, troca, com outros sebos aqui. Foram os primeiros.

Também tive doações de gente da família: um primo meu e uma outra tia; alguns foram aquisições de sebos de outros estados.

Sempre busco conhecer outros sebos. Recentemente passei uns dias em Natal, que é uma cidade bem favorecida em sebos, fiz alguns contatos lá e comprei alguns livros. Ai tive uma ideia que cheguei até a comentar com um cara lá, de tentar alguma forma, não sei como ainda, de talvez por meio de um site ou alguma coisa assim, a gente tentasse uma espécie de articulação entre os sebos do Nordeste até pra tentar uma forma de solidariedade mesmo, os sebos mais velhos, as pessoas mais experientes, tentar de alguma forma ajudar os que estão começando agora.

Enfim, manter viva essa cultura.

Na verdade, eu me identificava com esse lugar. Não posso dizer que desde a minha primeira visita a um sebo sempre pensei em ter um, mas sempre pensei em participar de algum, já tem bastante tempo que eu tenho essa curiosidade, esse interesse. Aqui há uma concentração de sebos. Até pessoas de outros estados passam por aqui. Se uma pessoa que vem de outro Estado, algum amigo teu lhe perguntar: "Olha, eu quero conhecer um sebo, muito provavelmente você vai indicar essa rua porque tem sebos em outros lugares, mas aqui tem uma concentração bastante significativa. Eu acho que essa foi uma primeira impressão".

Aqui tem um diferencial: faço parte de uma cooperativa de livros, então, aqui também tem livros novos. Essa cooperativa distribui livros de duas pequenas editoras: Faísca e Imaginário. Essas duas editoras têm muito livros específicos sobre Anarquia.

Não apenas sobre isso, mas muitos livros sobre Anarquismo. Tem esse diferencial.

Posso dizer, com toda certeza, que, mesmo nas maiores lojas aqui, você não vai encontrar tantos livro sobre Anarquismo como aqui.

Tudo bem que às vezes tem até mais livros do que leitores, mas é um diferencial, e, como o espaço é pequeno, não faço diretamente a ele, mas uma critica ao espaço da banca, que é muito pequeno, e eu acho ruim.

Tem algumas bancas aqui que são muito poluídas, tem muita coisa amontoada, muita coisa tomando espaço, fica ruim até fazer uma garimpagem. Muita coisa, uma na frente da outra, muito empoeirada, enfim. Uma coisa que eu penso é, como a banca é um espaço pequeno, pretendo ser mais seletivo nos livros, principalmente sobre política, movimentos sociais, História, Ciências Sociais e Literatura. Essas sessões são as que eu priorizo. Aqui, agora, você encontra muitas outras coisas, livros religiosos, sobre administração e tal. Mas essas que eu falei são as que eu pretendo me especializar por ter em maior quantidade.

Tenho vontade de comercializar disco vinil, mas acho que o prazer maior, por enquanto, são os livros mesmo. Então, nem vinil nem revista. Tem algumas revistas aqui, mas são mais especializadas, sobre Meio Ambiente, Ciências..., mas a prioridade são os livros.

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Maceió lê muito mais do que pensa

Sávio de Almeida

A rua nasce e vai tendo o que contar, com algumas sofrendo mudanças radicais no seu perfil, como acontece com uma das principais artérias de nossa cidade e que, nos começos, andava pela periferia, montada logo após a Ladeira do Algarve e nas alturas da Boca do Maçayó. Estava na mesma prumada que vinha da estrada do Norte, passando pelos encharcados de pequenos riachos no rendilhado d'água que se mantinha pelos caminhos. Era tratada como Rua das Verduras, quem sabe a razão? Poderia ser uma rua especializada em verduras ou cheia de verdes? Repetiria algo português como fazia o Algarves? Prefiro pensá-la um pequeno pedaço rural que passava pela banda arrastada da encosta que o paredão da Assembleia ainda simboliza. Seria uma artéria de cunho urbano ruralizada? Talvez. Não tenho dúvida de que foi construída ao sopé de uma colina, mas de formação humilde, sem o brasão da ladeira que lhe era avizinhada.

E vai que assume essencialmente uma condição de passagem e, ao longo do tempo, vai formando um conjunto mais nobre no seu último quarteirão à direita, enquanto, em seu lado esquerdo, vão se juntando inúmeros pequenos pontos comerciais; alguns abrigando pequenas oficinas. Ela jamais foi uma rua de comércio de peso, jamais rivalizou com as que estavam no lado de cima do planalto e nem parece ter estado em sua extensão, à disposição do complexo ferroviário que se encrava bem perto, apesar de restar um hotel e restaurantes como testemunhas da estação. Ainda existe, em plena rua, uma associação de auxílio mútuo que data de 1904.

No fundo, aquele pedaço teve duas ruas, com uma delas indo da esquerda da Assembleia (vista pelos fundos) até a ladeira que subia para o comércio e a confrontava com a estrada de ferro. Era mais nobre; eram belas as casas que ficavam no correr do Palecete, com uma delas assentando-se em plataforma que ainda serve como testemunho para que se note os cortes dados.

O que deveria existir era uma imensa colina, cujo ponto mais alto estava logo após o Farol, abruptamente descendo, como se nota pela Ladeira da Catedral, suavizando em direção sul e a morrer como encosta na altura da Santa Casa, por onde se dá o que vamos chamar de baixio da Pedro Monteiro e de onde

partem pequenas ladeiras em demanda ao assentamento de Maceió. Após a Rua das Verduras há um alargamento nos rumos da Lama, onde, nos fins do século XIX, havia solene hotel encimando a paisagem.

A outra porção estava limitada pelo paredão da Assembleia. Na verdade era o espaço equivalente aos fundos da Assembleia, mostrando a diferenciação naquele pedacinho do mundo urbano e gerando o acanhado dos pequenos pontos, vez em quando aparecendo um bar, vez em quando um nãose-o-quê e tudo com vida efêmera. Por outro lado, não haveria como deixar de ter a rua como passagem pela função de integração que ela desempenha no sentido norte-sul. Por um desses acasos do processo, terminou que, em uma porção central e com intenso movimento, apareceu uma reserva de imóveis de baixo aluguel e sem aquela parafernália jurídica do ponto comercial, sempre pronta a ser argumentada quando o imóvel estava em posição valorizada.

Vai que pequenas barracas começam a aparecer. Uma chama a outra.

Sempre existiu quem negociasse com livro, revista e disco velho. Eu mesmo me lembro do Arthur, lá no mercado, onde comprei muita coisa, mas não tinha disco. Mas, no caminho do Arthur, eu encontrava discos e revistas nos lados da Feira do Passarinho, cujo nome deriva, salvo engano, de um pequeno riacho que passava naquelas bandas. Mas vai que nasce um espaço a ser conhecido como “atrás da Assembleia”. E é coisa que ruma para os anos 70.

Eu não me lembro de andar por ali à cata de material nos anos 60; vai me chamar atenção por volta dos 70. É claro que não sou a medida de todas as coisas: falo de quando percebi a existência e penso que a nucleação começa a partir das barracas. Tinha uma que vendia mais Placar, outra revista de mulher nua, outra disco e por aí segue o velho ressurgindo na Rua das Verduras.

Depois é que toma corpo o conjunto de sebos, que fica no outro lado da rua.

Um dos mais antigos - ainda hoje trabalhando - é o Dorival Silva: cerca de 30 anos de atividade, trabalhando diariamente das nove da manhã às cinco da tarde: oito horas de trabalho, tendo começado vendendo confeito, decidido a mudar de vida. Deu na cabeça, começou a colocar livro para vender

e largou o confeito. Continua firme, saindo e voltando do Reginaldo, onde mora. Pelo depoimento do Dorival, prestado a Rosemary Lopes, uma colaboradora nossa nesta edição, parece existir uma diferença entre a barraca e a loja. É como se as lojas tivessem maior poder econômico, fossem bem mais fortes. Seria para elas que as pessoas se destinariam primeiro para vender e comprar livro, embora tenha gente dona de barraca e de loja, gente que saiu da calçada e foi botar loja.

Ele fala sobre a diferença, trabalhando com as categorias do dinheiro e do espaço: "Elas procuram ambientes mais espaçosos, né? Porque acham que lá... Pagam mais dinheiro... Ai vai pra lá...". O universo do sebo é, então, dividido entre as barracas e as lojas. Dorival tem gosto de estar ali, qualificando como divertimento, embora considere que é um lugar de forte concorrência, existe cooperação. Ele acrescenta: "A propaganda é assim: quem tem vai dizer ao outro que tem... Porque ele vai e leva o cliente lá... Se eu não tenho, o menino ali tem... Se ele não tem lá e eu tenho, aí ele vem buscar aqui...

Aqui é um ajudando o outro".

E o conjunto de sebos já passou para o outro lado da Atalaia, nas bandas da Catedral, sinal de que houve uma consolidação e uma expansão que demonstram, dentre outros pontos, a existência de um mercado. E alguns sebos já começam a mudar fisicamente e até no próprio atendimento. Parece que tudo isso indica uma vitalidade difícil de ser dimensionada, mas existente.

Há uma coisa chamada mercado. Quem compra? O que compra? Quem vende? O que vende? Para aquilo se sustentar, não acredito que seja às custas dos chamados intelectuais, e sou levado a armar uma hipótese que creio ter todas as condições de prosperar: Maceió lê muito mais do que se pensa.

Espaço articula-se a todo o caderno e trabalha, também, a rua dos livros, ajudado por duas estudantes: uma de História, que é a Sandra Sena, e a outra de Design, ambas pertencentes ao Grupo Agenda, começando a se interessar pelas coisas simples, que vêm de baixo e fazem o cotidiano da cidade. Duas grandes jornalistas de Alagoas estão por trás de todo este caderno: Alessandra Vieira e Elô Baêta. Às quatro Espaço rende homenagem.

O que fazem Sandra e Rosemary Sandra é do bacharelado em História da Ufal e Rose é do Ifal, Design

A FALA DE DORIVAL DA SILVA

A FALA DE SUÉLIO DE BARROS

A FALA DE HENRIQUE BEZERRA

O que poderia melhorar aqui era banca nova. A Prefeitura prometeu e não cumpriu. Sem ajuda, a gente não consegue nada.

O lucro é o seguinte: de tudo a gente vende um pouquinho aqui... Só vivo disso. Aqui é diversidade, todo o público. É jovem, é de idade. Todos compram.

Leio muito. Adoro ler. Todos os livros me interessam. Por exemplo, se eu gosto de uma história, leio todinha, até o fim. Tem livros bons aqui.

Livros antigos, muito bons. Muita gente me conhece e vem procurar aqui.

Vendo DVDs, revistas. As pessoas trazem DVDs usados. Vendo, troco.

Os livros de escola saem mais, mas, no momento, não são atuais; os nãoatuais demoram a sair. O problema é a atualização. Tem de Química, Física, História... Tem romances...

Segurança não tem. A segurança é Deus. Já aconteceram assaltos. Já arrombaram aqui, levaram as telhas, meu material molhou, molhou uns livros. Não tem a mínima condição. É difícil. O que eu queria é que alguém se sensibilizasse. Pudesse nos ajudar com bancas novas. Seria muito bom, porque aí a gente ganhava mais cliente e ficava bom para todo mundo.

Eu já passei por muitas crises aqui. Muitas e muitas crises. E mais uma e outra que tiver. A gente já está acostumado a sofrer, aí a gente vai lutando mesmo. Tenho saudade dos tempos bons, das coisas boas no tempo em que não existia recessão, mas agora todo mundo está em crise.

Ninguém tem dinheiro. Uns tem; outros, não.

Antes liam mais. Eu mesmo acho ótimo, adoro ler. Agora tem muita gente que não gosta. Por dia vendo uns três a quatro livros. Meu lucro por mês é de mais de um salário. Livro não tem preço certo, se vale 20 reais, a pessoa chora, fica por 15; se vale 15, chora e fica por 12, por 10. Às vezes, uma pessoa compra um pouco mais, e a gente dá um livro a mais por isso. E assim vai...

O povo pechincha muito aqui. Ah, isso é sagrado. É engraçado porque todo mundo pechincha. Esse aqui mesmo [mostra um livro], esse aqui é 15 reais, mas por 12 reais você leva. O valor que a gente bota é já pra chegar mais perto, depende da pessoa, depende da cantada. Tá todo mundo precisando de dinheiro, né?

Vontade eu tenho muita de montar uma loja. O que falta é dinheiro porque lá eu teria mais espaço. Pelo conhecimento que eu tenho, venderia muito mais porque sou muito conhecido. As pessoas ficam dizendo aqui que as bancas são todas minhas, aí eu digo: "Não, minha banca é só essa aqui mesmo". Mas, se tivesse mais espaço, eu venderia mais.

Gosto muito de ler Graciliano Ramos. Eu gosto de livros antigos que nem eu. Quanto mais antigo, mais eu gosto porque a gente aprende mais.

Não existe o pior livro, todos são bons. Gosto muito também de meditar.

Esse livro aqui me acalma [mostra o livro "Meditações"], me deixa bem relaxado.

A saída de material é diferente. As "Playboys" demoram muito aqui, mas saem. Às vezes passam até dois. Quem mais procura são homens de mais idade, coroas.

Cresci sem mãe e sem pai. Minha mãe faleceu, eu tinha dois anos.

Comecei a trabalhar com uns sete anos de idade. Não aqui, trabalhava na roça para os meus avós, depois trabalhei em casa de família e no Bompreço. De lá vim para cá. Vendia os confeitos na calçada. Não existiam essas bancas todas aqui. Era aqui mesmo, na calçada; no lugar das revistas eram os doces.

As banquinhas não eram assim, eram sorteadas; uma aqui, outra lá. Eu comecei vendendo confeito, depois espalhando os livros no chão, daí veio a banca, as de agora vieram depois; aliás, antes de mim, já morreram.

Atualmente, vivo, só tem eu, da minha idade...

Lembro do seu Auguste, que é o pai desse menino aí [aponta para a loja do outro lado da rua]. O China também. Só que, dessa época, só existe eu mesmo.

Aqui é o seguinte: em toda cidade, em todo Estado, existe a "rua dos alfarrábios".

Foi começado aqui e passando pro outro lado, então ficou sendo aqui mesmo. Aqui, em Maceió, é no Centro; em outros estados, é no centro também. Recife tem, Aracaju tem.

Todos os estados têm, mas sempre no centro da cidade.

Tenho 29 anos e trabalho aqui há 18.

O público de hoje é bem maior, parece que as pessoas estão lendo mais. Em termos de venda, para mim, graças a Deus, não tenho do que reclamar. Dá pra tirar em torno de uns 700 reais. Muito melhor do que trabalhar no comércio ou no shopping. Sou casado e tenho filhos. Moro no Jacintinho.

Vendo bastante, não só livros didáticos, mas também romances, livros de Direito. Hoje em dia, as pessoas procuram mais. Antigamente, eu vendia poucos livros didáticos, vendia mais livro de Filosofia, de Direito, nas áreas de Saúde, Medicina... Hoje tendo a vender mais livros escolares porque os pais estão procurando aqui, sai mais em conta para eles. A situação está bem melhor, pelo menos comigo, está bem melhor mesmo.

Tem pessoas que, na verdade, não dão prioridade às bancas. A gente é até visto como periferia. Tem pessoas que só quer as lojas, quando não encontram lá, correm para cá. Preferem comprar nas lojas, mesmo que paguem um pouco mais caro. Não sei de onde foram tirar esse preconceito com essas banquinhas daqui porque aqui tem muita coisa boa, de qualidade legal.

O governo, até hoje, não tomou nenhuma medida para nos ajudar.

Até hoje, ninguém nunca nos procurou. Então, a gente vai com a cara e a coragem. Já teve uma promessa de uns três anos, mas nada, ninguém vai atrás.

Aqui tem de tudo. Tem coisa gozada. Mais engraçado que aconteceu foi quando uma cliente me falou que o esposo tocou fogo nos livros dela porque ela ficava acordada até tarde lendo, ele queria deitar e ela tava de lado na cama e não dormia. Provavelmente, ele queria namorar, né? [risos] Ele simplesmente rasgou os livros dela e tocou fogo. Posso lhe garantir que, há 18 anos trabalhando aqui, não tem nenhuma história triste. Sou muito feliz de trabalhar aqui, demais até. Costumo ler alguns livros, não todos. Gosto bastante de gibis, revistas. É bem intensa a procura por gibis.

A gente coloca o preço e, dependendo, se o livro é bem procurado, a venda é mais fácil, aí a gente cobra um pouquinho mais. Se não for, com certeza, tem que cobrar um pouco menos porque senão fica aí na estante e pra vender fica meio difícil.

O que falta é que alguma autoridade pudesse padronizar essas barracas da gente, só se for isso, porque o resto, com certeza, não. Nós pagamos vigia à noite e depois disso não aconteceu mais assalto. Antes, realmente, aconteceu muitas vezes, arrombaram as bancas e tudo mais.

Agora, graças a Deus, não temos problema com isso.

Aqui é o nosso lugar. Lá em cima, na reforma da Assembléia, foi horrível, só ficaram aqueles que realmente queriam trabalhar com isso.

Muitos saíram, com certeza, aqui está bem melhor. Passamos lá em cima um ano e seis meses parece. Um sufoco! Porque não tinha movimento, o pessoal não ia. Só ia aquele cliente já certo mesmo, realmente cadastrado. A volta da gente pra cá foi bem melhor.

Eu nunca exploro cliente, falo sempre a verdade com relação aos livros. Às vezes, o cliente está em dúvida e eu acho mais correto falar a verdade, se o livro é aquele realmente ou não porque a pessoa que trabalha de má-fé quer vender qualquer livro para o cliente. Não pode ser assim, né? Porque, se o cliente voltar, prejudica a pessoa que está vendendo errado.

Gosto muito de ler, principalmente livros policiais. Leio aqui e levo pra casa. Um livro na cabeceira da cama é muito bom. Trabalho das nove da manhã às quatro da tarde. A época mais forte de venda de livro escolar é janeiro e fevereiro. Não existe época mais fraca porque aqui a gente vende de tudo um pouco, o livro que você imaginar que não vende, é o que vende... [risos] As pessoas procuram bastante. Quando nós pegamos uma relíquia, vai logo deixando num lugar reservado porque sabe que a procura é muito grande. Tipo os livros de Graciliano Ramos, "Vidas Secas", "São Bernardo"; as obras de Jorge Amado, a gente sabe que são muitos procurados, deixamos logo reservados porque chega alguém e a gente vende.

Estou aqui há menos de uma semana, desde sexta-feira passada. Sou o mais novato aqui. Entrei no ramo por curiosidade e por ser algo que gosto muito. Tava querendo trabalhar com algo que também fosse me satisfazer. Sou professor, estou terminando a graduação, só que resolvi este ano não trabalhar em sala de aula e me dedicar à parte acadêmica e ao sebo. Me divido entre essas duas coisas: a academia e o sebo.

Como eu sou novato aqui, algumas coisas ainda são novas pra mim. Tem o Jailson, que eu já conhecia. Enfim, é amigo, dá uns toques. Só que eu ando por aqui faz algum tempo. Sempre tive prazer de frequentar sebo, esses daqui, outros aqui na cidade e também por onde eu viajo, sempre procuro conhecer os sebos. O primeiro livro que vendi foi do Eduardo Galiano, "Futebol ao sol a sombra".

Sou solteiro, moro com minha mãe e meu irmão mais novo. Só que agora estou meio dividido entre duas casas: a da minha mãe e meu irmão e também estou morando com um amigo. A casa onde moro com minha mãe e meu irmão é no Vergel, onde eu nasci; quer dizer, onde eu nasci não, onde eu me criei. E a casa do meu amigo é lá perto da Ufal, perto do Eustáquio, por ali.

Assim que eu tive a ideia de começar a vender livros, a primeira pessoa que eu falei foi com uma tia, que é graduada em Filosofia e tem uma microbiblioteca. Falei com ela sobre a idéia porque costumo dizer que ela é meu porto seguro, sempre apoia as minhas decisões. Quando falei que ia fazer Ciências Sociais pra minha mãe, ela achou estranho, talvez ela quisesse que eu fosse advogado, médico, arquiteto ou alguma coisa assim. Aí, quando falei pra ela, deu a maior força.

Quando falei sobre os sebos, perguntei se ela tinha uns livros, e ela me deu uma caixa. Acho que foram os primeiros livros. Eu catei lá nos meus uns dois porque não quis me desfazer de mais nenhum. Alguns, eu aproveitei logo de cara, outros eu tirei e fiz negociação, troca, com outros sebos aqui. Foram os primeiros.

Também tive doações de gente da família: um primo meu e uma outra tia; alguns foram aquisições de sebos de outros estados.

Sempre busco conhecer outros sebos. Recentemente passei uns dias em Natal, que é uma cidade bem favorecida em sebos, fiz alguns contatos lá e comprei alguns livros. Ai tive uma ideia que cheguei até a comentar com um cara lá, de tentar alguma forma, não sei como ainda, de talvez por meio de um site ou alguma coisa assim, a gente tentasse uma espécie de articulação entre os sebos do Nordeste até pra tentar uma forma de solidariedade mesmo, os sebos mais velhos, as pessoas mais experientes, tentar de alguma forma ajudar os que estão começando agora.

Enfim, manter viva essa cultura.

Na verdade, eu me identificava com esse lugar. Não posso dizer que desde a minha primeira visita a um sebo sempre pensei em ter um, mas sempre pensei em participar de algum, já tem bastante tempo que eu tenho essa curiosidade, esse interesse. Aqui há uma concentração de sebos. Até pessoas de outros estados passam por aqui. Se uma pessoa que vem de outro Estado, algum amigo teu lhe perguntar: "Olha, eu quero conhecer um sebo, muito provavelmente você vai indicar essa rua porque tem sebos em outros lugares, mas aqui tem uma concentração bastante significativa. Eu acho que essa foi uma primeira impressão".

Aqui tem um diferencial: faço parte de uma cooperativa de livros, então, aqui também tem livros novos. Essa cooperativa distribui livros de duas pequenas editoras: Faísca e Imaginário. Essas duas editoras têm muito livros específicos sobre Anarquia.

Não apenas sobre isso, mas muitos livros sobre Anarquismo. Tem esse diferencial.

Posso dizer, com toda certeza, que, mesmo nas maiores lojas aqui, você não vai encontrar tantos livro sobre Anarquismo como aqui.

Tudo bem que às vezes tem até mais livros do que leitores, mas é um diferencial, e, como o espaço é pequeno, não faço diretamente a ele, mas uma critica ao espaço da banca, que é muito pequeno, e eu acho ruim.

Tem algumas bancas aqui que são muito poluídas, tem muita coisa amontoada, muita coisa tomando espaço, fica ruim até fazer uma garimpagem. Muita coisa, uma na frente da outra, muito empoeirada, enfim. Uma coisa que eu penso é, como a banca é um espaço pequeno, pretendo ser mais seletivo nos livros, principalmente sobre política, movimentos sociais, História, Ciências Sociais e Literatura. Essas sessões são as que eu priorizo. Aqui, agora, você encontra muitas outras coisas, livros religiosos, sobre administração e tal. Mas essas que eu falei são as que eu pretendo me especializar por ter em maior quantidade.

Tenho vontade de comercializar disco vinil, mas acho que o prazer maior, por enquanto, são os livros mesmo. Então, nem vinil nem revista. Tem algumas revistas aqui, mas são mais especializadas, sobre Meio Ambiente, Ciências..., mas a prioridade são os livros.

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Variedades B6

Roteiro

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Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Horóscopo Artesanato

alessandra@ojornal-al.com.br

Quarta-feira

Sábado

A Cia dos Pés vai estrear seu novo espetáculo, Encontros, no dia 6 de abril, às 16h, no Calçadão da Rua do Comércio (em frente à Loja Insinuante). Aberto ao público.

Quinta-feira A relação entre identidade e memória e o seu espaço na vida humana será retratada em imagens na mostra fotográfica “Relevo [o que é relevante?], do fotógrafo alagoano Ricardo Ledo. Com curadoria de Delson Uchôa, a exposição será aberta no dia 7 de abril, às 20h, na Pinacoteca Universitária. Visitação: até 18 de maio, às segundas, quartas e sextas, das 08h30 às 12h30 e das 14h às 18h; às terças e quintas, das 08h30 às 12h30 e das 14h às 20h. Mais informações: (82) 3221-7230.

A comédia anti-romântica Mirandolina faz curta temporada nos dias 9 (21h) e 10 (20h) de abril, no Teatro Marista de Maceió (Farol.). A montagem do Grupo Cena Livre (AL) foi contemplada com o Prêmio “Incentivo às Artes Cênicas” promovido pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult) em parceria com a Caixa Econômica Federal. Mais informações: teatrocenalivre@hotmail.com.

Edson Gomes chega para um dia de reggae na Adepol, no dia 9 de abril. O cantor e compositor fará a festa junto ao som de Isaac Gomes, Marcelo Pedre e Alex Melo, além da banda Adama Rots. Ingressos à venda nas lojas Tchuk Jhones, Point Radical e Jameika e no estande Viva Alagoas. Mais informações: (82) 3226-7617.

Em Breve

Sexta-feira No próximo dia 8 de abril vai ter início o Projeto Café & Cultura que vai divulgar artistas locais. Quem vai fazer a abertura do projeto é a cantora Pauline Alencar com o seu repertório repleto do que há de melhor na MPB. O show começa às 20h, no Café & Cultura (R. Helio Pradines, 1174, Ponta Verde - ao lado do Colégio INEI/COC). Aberto ao público.

Mais informações: (82) 33275514 / 9944-9334.

Horóscopo ÁRIES (20 mar. a 20 abr.)

Gastos excessivos de dinheiro o perturbarão nos próximos dias. Saiba, pois, que devido à influência de Vênus você estará predisposto para isso. Ótimo para tratar de seu casamento e do trabalho.

LEÃO (22 jul. a 22 ago.)

O projeto MPB Petrobras 2011 estreia em Maceió com apresentação de Roberta Sá & Trio Madeira Brasil, trazendo o show do novo CD Quando o canto é reza, com composições do sambista baiano Roque Ferreira. O show de abertura fica por conta do cantor Igbonan Rocha (foto) que, acompanhado de Miran Abs e Joacaz Paz, apresentam um repertório com destaque para composições de Júnior Almeida, Eliezer Setton, Ibys Maceioh e outros grandes nomes da MPB. O evento acontece no Teatro Gustavo Leite, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá, no dia 15 de abril, às 20h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (estudantes e idosos) em breve à venda na bilheteria do teatro.

www.omarcardoso.com.br

TOURO (21 abr. a 20 mai.)

Não é conveniente aventurar-se em novos negócios. Cuidado com o excesso de gastos. Tudo isso se deve a magnífica influência da lua.

Portanto, haverá paz em todos os setores de sua vida.

VIRGEM (23 ago. a 22 set.)

Neste período, altamente positivo astrologicamente, você encontrará em uma pessoa da sua família todo o apoio necessário para concluir seus mais audaciosos planos de vida. Prepare-se, tudo leva a crer que será seduzido inesperadamente por uma pessoa do seu círculo de amizades.

Hoje, você corre perigo de romper com alguma pessoa de sua amizade. Evite a pressa, ao realizar negócios, e não se precipite, em seu campo profissional. Êxito amoroso e sentimental.

SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.)

CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.)

O dia é indicador de êxito em questão financeira e em tudo que está relacionado com o seu progresso de um modo geral. Pode solicitar a colaboração alheia, que será prontamente atendido. Êxito amoroso e boa saúde.

Pessoas benquistas socialmente, muito deverão contribuir para a sua elevação geral neste dia.

Contudo, não se mostre demasiadamente orgulhoso e dê mais atenção às pessoas queridas.

GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.)

O lado financeiro ainda estará indo muito bem, o que o deixará com uma incrível segurança neste sentido. Mas, será na família e nos amigos que você estará mais ligado. Você poderá receber ajuda de uma pessoa mais velha.

LIBRA (23 set. a 22 out.)

Muito bom fluxo astral as transações relacionadas com terras, propriedades, mudanças e a compra e venda de metais, joias e pedras preciosas.

Contudo não descuide de seus familiares e seja mais arrojado.

AQUÁRIO (21 jan. a 20 fev.)

Hoje é um dia que terá, certamente, algumas perturbações, inclusive o cônjuge estará descontente com você. Tome cuidado se realizar negócios e se lidar com fogo e eletricidade. Amanhã será um dia melhor.

CÂNCER (21 jun. a 21 jul.)

Pessoas amigas estão propensas a colaborar com seus projetos e aprimorar suas ideias.

Receberá informações úteis e promissoras. Dia feliz para a vida amorosa. O momento é bom para expor seus projetos.

ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.)

Momento em que haverá disputas, dificuldades, que só serão abatidas com muito otimismo e força de vontade. Evite os perigos de acidentes de trânsito, a precipitação nos negócios e discussões, no campo profissional.

PEIXES (21 fev. a 20 mar.)

Se ainda não têm a sua casa própria, saiba que esta é a fase mais favorável para consegui-la. Aproveite. Por outro lado, terá sucesso no comércio, na indústria e nos negócios relacionados com terras.

Dificuldades familiares.

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B7 Fotos: Alessandra Vieira

“Hoje fica difícil definir o perfil dos clientes” Com uma espécie de convite à vinda de clientes estampado na entrada, no alfarrábio Entre e Visite, os interessados por usados são recebidos por José Augusto da Silva Lima com um entusiasmo que demonstra ultrapassar qualquer dificuldade. O que não significa que o comerciante não tenha consciência das mudanças que chegaram não só até ele, mas a todos, a partir do momento que decidiram viver de compra e venda de livros usados. E isso já faz muito tempo.

“Aqui sempre existiram barracas, não de livros, mas de verduras e frutas. Havia até sítio por aqui. Mas, quando tudo isso acabou, comecei a vender livros em uma barraquinha no paredão da Assembleia, junto com meu pai. Ele faleceu tem muitos anos e sonhava em ter uma loja.

Consegui realizar esse sonho por ele. Mas era um tempo bem diferente. Conhecia os fregueses, que eram muitos: promotores, juízes, sargentos, muita gente nova, a maioria em busca de livros raros de autores alagoanos. O interessante era que, muitas vezes, eram os próprios escritores que traziam suas obras. A procura maior era por livros jurídicos, sobretudo pelos jovens estudantes de Direito, e de Literatura; já as moças compravam romances aos montes”, conta.

E compara aquela época aos tempos de hoje. “Muita coisa ainda permanece. Continuo vendendo livros de Direito, de autores alagoanos, gibis, livros religiosos e de autoajuda. O que mudou é o número de pessoas trabalhando com isso, e o movimento começou a cair. Juristas, professores, promotores aposentados continuam vindo e até trazem os filhos. As coisas estão evoluindo e nós temos que evoluir também. A gente tem que tentar crescer”, revela o comerciante.

IDEOLOGIA - Entre as 12 lojas da Pontes de Miranda, existe a do Edvaldo José Pereira. Graduando em Ciências Sociais, ele se instalou na rua em 1993; a princípio, em uma barraca. Hoje, dono do Escritos e Discos Sebo, percebe mudanças em relação à procura por esse tipo de comércio. “De lá para cá, o movimento tem diminuído, vem declinando a cada dia. Acredito, e posso até apostar, que é devido à informatização dos sebos. Não recebemos mais livros como antigamente, hoje existe o sebo virtual, que está subtraindo a nossa fatia no mercado”, reclama.

Puxando na memória lembranças de quando chegou à rua, relembra os bons tempos de procura por leituras informais, sobretudo por parte das senhoritas, como as revistas femininas; e a expressiva busca dos moços pelos chamados bolsilivros de bang-bang e por revistas eróticas masculinas. Coisa do passado. Hoje, com considerável acervo de vinis de rock progressivo anos 70, CDs de clássicos e MPB e livros de curso superior da área de Humanas à disposição de um minguado número de clientes - entre universitários, estudantes, professores, aposentados e donas de casa -, cita o comércio de livros didáticos como um dos poucos - senão o único - aquecedor das vendas.

“Hoje fica difícil definir o perfil dos clientes. É imprevisível. Certo mesmo é o movimento entre novembro e fevereiro, por ser o período de mais procura por livros didáticos. Acredito que essa baixa frequência aos sebos se deva às estantes virtuais, onde se tem acesso a praticamente todos os alfarrábios do País. Não é preciso mais ser uma empresa para comprar ou vender livros usados. As pessoas já não vêm mais aqui como antes, preferem oferecer ou buscar títulos pela Internet porque conseguem melhor oferta de compra e venda. Ainda recebemos bom material, mas sem a mesma assiduidade. Acredito que só irão sobreviver os sebos tradicionais, os demais vão acabar fechando. Mas essa é uma realidade de Alagoas, não de outros estados”, comenta Edvaldo.

Mas é o enfraquecimento da tradicional ideologia nascida nos frequentadores dos sebos não só como uma opção de garimpo, mas, sobretudo, de aquisição barata de raridades literárias, que mais preocupa o comerciante. Para ele, o problema passa não só pela ausência quase que total de livrarias na cidade, dificultando as opções de compra por pessoas de maior poder aquisitivo, como pelos preços cobrados nos alfarrábios, que acabam sendo equiparados aos das livrarias. (A.V. e E.B.)

CONTINUA NA PÁGINA B8 Edvaldo José Pereira, graduando em Ciências Sociais, se instalou na rua em 1993 em uma barraca; hoje é dono do Escritos e Discos Sebo

Grande parte da loja de Edvaldo é reservada a vinis

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B8

Alessandra Vieira

José Augusto, do Entre e Visite, é filho de Benedito Ferreira Lima - o responsável pelo início da comercialização de livros na Rua Pontes de Miranda. Seu Biu não sabia ler, mas seu maior sonho era montar uma loja

A resposta está na história do seu Biu Com todas essas questões, surge a pergunta: os alfarrábios irão resistir a tudo isso? Para os arquitetos Andréa e Roberto, não só devem como urgem que seu espaço tenha a devida valorização. “É muito importante a presença dos sebos na cidade porque ofertam muita coisa rara; às vezes, nem mesmo os vendedores sabem a preciosidade que estão vendendo, além de colocarem à disposição dos estudantes livros bons, verdadeiras raridades, a preços razoáveis”, diz o historiador Jayme de Altavila.

Afinal, segundo o economista Cícero Péricles, são mais de cem mil livros disponíveis, mas que ainda carecem de boa apresentação “porque ainda há muita desorganização e isso causa dificuldades ao leitor e desgaste dos livros. Aquele conjunto melhoraria muito se atraísse outros sebos de Maceió, como o Dialética, que está em Jaraguá, e que tem um padrão sofisticado de acervo e atendimento. Alguns já possuem boa estrutura de apresentação e organização, inclusive com a catalogação eletrônica, mas faltam conforto, informação, melhor atendimento. Esse é o lado que limita”.

De acordo com ele, política cultural é tudo o que a área necessita para crescer e se manter, uma vez que são muitos os

pontos-de-venda localizados em uma área central, de grande movimentação de pessoas e veículos, mas carentes de infra-estrutura, sobrevivendo apenas pelo esforço dos seus pequenos empresários.

Portanto, diz Péricles, “poderia ser trabalhada para ter uma frequência maior, tanto das pessoas que vivem em Maceió como dos turistas, que poderiam ter uma alternativa sui generis. Aquele conjunto necessita de tudo: padronização das calçadas, iluminação, sinalização e de crédito, mesmo o microcrédito, para suas atividades rotineiras e ampliação ou recuperação física dos negócios, assim como de assistência técnica em seus próprios alfarrábios, como a presença de bibliotecárias que ajudem a organizar a oferta dos livros mais a presença de especialistas em design interior e atendimento ao consumidor. Seria um presente para Maceió”.

O COMEÇO - Mas por que será que os sebos foram parar ali, na rua reservada à venda de frutas e verduras no passado? “Quem sabe pela presença do Palacete do Barão de Jaraguá na ladeira da Assembleia, onde hoje funcionam a Biblioteca e o Arquivo Públicos”, imagina Jayme de Altavila. Já para o escritor Moacir Santana, autor de mais de 70 li-

vros publicados sobre Alagoas e um dos mais assíduos frequentadores dos sebos da cidade, a existência de bancas e lojas de alfarrábios no lugar não está ligada a fatores históricos. “Não acho que tenha nada a ver com a história da cidade. Ali é o local mais indicado por ser no Centro.

Não só aqui, como em outras cidades, é comum a concentração de sebos em uma mesma área”.

A resposta pode estar na história do seu Biu (pai do José Augusto, do Entre e Visite). O primeiro a vender livros na rua.

Benedito Ferreira Lima não sabia ler, mas, certo dia da década de 70, decidiu sair com sua carroça, de porta em porta, pedindo livros. Assim, foi enchendo o seu rústico transporte com um monte deles.

E decidiu parar para um breve descanso, na Praça D. Pedro II - a da Catedral, bem na calçada da Assembleia Legislativa.

E foi tirando os livros um a um, amontoando-os no chão, chamando a atenção dos que por ali passavam.

Vendeu o primeiro, depois o segundo, o terceiro.... Tantos, que acabou adotando a prática como seu ofício, sempre ao lado do filho José Augusto, de apenas seis anos. O tempo passou, e eles mudaram de local. Desceram a ladeira de pedras do casarão da Biblioteca Pública

Municipal e foram se instalar na Rua das Verduras - por trás da Assembleia -, que ainda assistia à passagem do bonde.

Conquistou fregueses com a sua simpatia. Passou não só a negociar, como a conhecer grandes nomes da literatura alagoana, das artes, da área jurídica; jovens estudantes de Direito, homens de farda... Aumentou a freguesia e suas posses o suficiente para comprar o material e construir sua própria barraca, dia após dia.

Convidou outros para a ele se juntar.

Mais e mais barracas surgiram. Não mais na Rua das Verduras, mas de livros, usados, a Pontes de Miranda, como passou a ser chamada, em homenagem ao escritor alagoano. E se tornaram famosas no paredão da Assembleia. Seu Biu aprendeu a ler, mas não pôde realizar seu sonho de ser dono de uma loja de livros usados.

Morreu antes, ainda moço. Mas seu filho conseguiu. Está lá, até hoje, para contar história.

Além dos alfarrábios, a Rua Pontes de Miranda tem outras particularidades.

Em direção a ela - vindo do bairro do Poço -, passando pela Barão de Atalaia, nos deparamos com uma riqueza histórica só percebida por olhares bem atentos. Mas isso é outra história! (A.V. e E.B.)

O JORNAL

Classificados

D1

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REF: 0127 - JATIÚCA Apartamento com varanda, 01 sala de estar/jantar, circulação interna, 03 quartos sendo 01 suíte, 01 wc social, cozinha, despensa, área de serviço e quarto e banheiro de empregada: 91,85m², 02 vagas de garagem. R$ 270.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343.

REF: 0128 - JATIÚCA Sala de estar/jantar, varanda, circulação interna, 04 suítes sendo 01 master, lavabo, cozinha com área de serviço e quarto de empregada com banheiro.

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REF: 055 – JATIÚCA– ÁREA: 43,14 M² - Sala, 01 quarto, varanda, wc social, cozinha. 01 vaga de garagem. R$ 170.000,00. TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

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REF: 069 - STELLA MARIS - ÁREA: 88,66M² - varanda, uma suíte, 02 quartos, sala, cozinha, wc social, dependência de empregada e área de serviço. R$ 260.000,00 - TR. 9351-4440 /8811-8410 CRECI 343

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Esportes

O JORNAL JORNA L Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

O time a ser batido Com maior orçamento e a taça do Primeiro Turno, ASA é o alvo de Murici, Corinthians-AL e Coruripe nas semifinais PÁGINAS 4 E 5 Marco Antônio

O JORNA L JORNAL

Esportes 2

Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com

TIAGO NO CHALLENGER O tenista alagoano Tiago Fernandes recebeu um convite para participar da chave principal do Pernambuco Brasil World Series, que começou a ser disputado neste fim de semana na cidade do Cabo. A competição é um ATP Challenger, e Tiago será um dos 11 brasileiros no grupo de elite da competição, o que demonstra a sua evolução no meio profissional. Com a boa posição conquistada nos torneios da Ásia disputados nos primeiros meses do ano, ele chegou ao posto número 512 no Ranking Mundial. Desde que conquistou em 2010 o título juvenil do Astralian Open, Tiago vem sendo considerado uma das maiores esperanças do tênis nacional. Aos 18 anos, ele é treinado pelo técnico Larry Passos, grande mentor de Gustavo Kuerten.

BOA PREMIAÇÃO O Pernambuco Brasil World Series tem a premiação de US$ 35 mil e conta com tenistas de renome no Brasil e no mundo. "É gratificante receber um "wild card" para a chave de Pernambuco. Quero agradecer a oportunidade que a organização está me dando e espero que a minha atuação seja a melhor possível", declarou Tiago Fernandes.

SEM EMPREGO O fim da primeira fase do Campeonato Alagoano é o início de um tormento para muitos profissionais do futebol local.

Dos seis times que estão fora da competição, cinco vão fechar as portas de seus departamentos de futebol e não têm previsão de retorno. Por causa da Série C, o CRB é o único dessa turma que vai continuar em atividade. Alguns atletas vão arrumar emprego nas diversas divisões do Campeonato Brasileiro, mas a maioria vai tentar segurar as pontas em casa para voltar a atuar profissionalmente apenas no segundo semestre, quando começa o Alagoano da Segunda Divisão.

CSA VAI PARAR O CSA, por exemplo, foi jogado no vácuo desde ontem. O clube agora vive de incertezas. Não sabe se vai disputar o Campeonato do Nordeste porque existe a promessa de a competição sair no segundo semestre, mas não há a certeza. Sem um calendário definido para um clube se organizar ao longo da temporada, ele não pode se planejar e, desta forma, será impossível gerar receita. O resultado é o desperdício das potencialidades de uma grande torcida. Um clube da grandeza do CSA não pode ficar seis meses no ostracismo. Não há paixão que se sustente com tamanho afastamento.

CURTO-CIRCUITO Ex-jogador do Santa Rita, o atacante Dinda fechou na semana passada com o Itabaiana-SE. Suspenso, ele nem enfrentou ontem o CSE, em Palmeira. Ex-jogador de CSA e CRB, o meia Da Silva também acertou com o time sergipano.

Com a saída prematura do Campeonato Alagoano, Dinda não deve terminar a competição como artilheiro. Ele já marcou 11 gols no Estadual e foi o destaque do Santa Rita. Paulinho Marília, do Coruripe, é favorito para ficar com a honraria.

Primeira etapa da Copa de Stock Car foi disputada há duas semanas, em Curitiba-PR

Na garoa de Sampa Capital paulista será palco da segunda etapa da Copa Caixa Stock Car 2011 SÃO PAULO - O tradicional circuito de Interlagos vai receber hoje a Família Stock Car. O Autódromo José Carlos Pace sediará a segunda etapa da Copa Caixa Stock Car, a abertura da Copa Chevrolet Montana e ainda a segunda disputa do Mini Challenge. Será a primeira vez no ano que as três divisões estarão reunidas, o que indica um fim de semana de muitas emoções na principal e mais tradicional pista do automobilismo brasileiro.

Em Curitiba, há duas semanas, as máquinas da principal categoria do automobilismo nacional fizeram a abertura da temporada 2011 em grande estilo. Thiago Camilo, agora na Ipiranga RCM, voltou a ganhar depois do jejum de um ano inteiro sem vitórias – venceu a 12ª etapa de 2009. No Mini Challenge, que tem os carros mais charmosos do Brasil, Claudio Dahruj faturou a bateria do sábado, enquanto o estreante Felipe Tozzo garantiu o topo do pódio no domingo.

Agora em São Paulo, as feras da Copa Caixa prometem muito equilíbrio, desde os treinos li-

vres. E fica difícil apontar um favorito, isso porque o traçado paulistano no sentido anti-horário é muito conhecido pela maioria dos pilotos e todas as possibilidades e variáveis devem ser consideradas.

Já os representantes da divisão de acesso vivem a expectativa da estreia. Vale destacar que a Copa Chevrolet Montana vem com novidades que devem agitar ainda mais a disputa pelo título da temporada 2011. No Mini Challege, os novatos já mostraram que vão dar trabalho e mais uma vez, a etapa em rodada dupla promete brigas acirradas.

A Copa Caixa de Stock Car tem organização e realização da Vicar Promoções Desportivas, com supervisão da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). ACaixa é um dos patrocinadores oficiais da principal categoria do automobilismo, dando nome à divisão, que ainda tem o patrocínio da Goodyear, além do co-patrocínio de Esso, Bosch, Mobil Super, Pioneer e o apoio da Itaipava. As montadoras são Chevrolet e Peugeot.

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Tropa de elite

CRB

CBF pode criar Liga Nacional paralela ao Brasileiro e preocupa os dirigentes alagoanos Victor Mélo Editor de Esportes

A melhor opção do domingão esportivo é o clássico Santos x Palmeiras, às 16h, na Vila Belmiro. Do ponto de vista da tabela, o duelo não representa tanto, já que ambos estão classificados para a fase final do campeonato. A rivalidade é a responsável por colocar molho na disputa.

Ainda com Marcelo Martelotte defendendo o cargo de técnico interino, o Peixe tenta buscar no Estadual a motivação que precisa para se recuperar na Libertadores. Considerado um dos grandes favoritos ao título antes de a competição internacional começar, o Santos perdeu pontos importantes e, com dois empates em três jogos, preocupa sua torcida. O time, mesmo com o aguardado retorno de Paulo Henrique Ganso, osci-

la demais, e tem que buscar o equilíbrio antes de encarar as decisões que tem pela frente, tanto no Paulistão quanto na Libertadores. Neymar, que sofreu uma forte pancada no joelho durante o treino de quinta-feira, está recuperado e vai atuar.

“Foi só um susto, uma pancada no fim do treino; saiu e não teve nenhum problema em sua participação. Ele está liberado para o jogo, motivadíssimo por voltar da seleção e já encarar um clássico”, declarou o técnico do Peixe.

Mas há ainda desfalques para preocupar Martellotte: o lateral-direito Jonathan, o zagueiro Bruno Rodrigo, o volante Arouca, o atacante Diogo e o lateral-esquerdo Alex Sandro, lesionados, estão fora de combate. O time do Peixe deve entrar em campo com: Rafael, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Dani-

PALESTRA - O Palmeiras tem ambições menores nesse primeiro semestre e isso dá ao técnico Felipão um pouco de tranqüilidade para fazer ajustes no elenco. A diretoria fechou o cofre, não contratou “medalhões” neste ano e o treinador se vira como pode para transformar as promessas em realidade. Bem, mas não brilhante, no Paulistão e na Copa do Brasil, o Verdão vai tentar desestabilizar o tubarão de Neymar e Ganso para animar sua torcida e pensar em voos mais ousados nas duas competições que disputa. Para hoje, O treinador deve confirmar o time com: Marcos, Cicinho, Danilo, Thiago Heleno e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Lincoln e Patrik; Adriano e Kleber.

Repórter

Clubes de médio e pequeno portes do futebol brasileiro correm risco de sumir do mapa. Em curso, uma operação liderada por presidentes de clubes como Corinthians (Andrés Sanchez), Cruzeiro (José Perrela) e Botafogo (Maurício Assumpção) para que seja criada uma Liga Nacional. Os detalhes do projeto estão sendo ultimados e devem ser entregues ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para que a entidade avalie a possibilidade de criação da Liga.

Aideia dos clubes é que apenas 16 clubes - além dos três outros como Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Grêmio - disputam a competição que seria gerida por profissionais, deixando a CBF cuidando somente dos interesses da seleção brasileira. O que mais preocupa na iniciativa é que a Liga não teria rebaixamento e, naturalmente, nenhum outro clube fora do 'grupinho' poderia participar da

Dívida paga: Pai Carlos cobre o boi com a bandeira do Sport Recife

CRB pode ser um dos atingidos caso o Brasileiro seja trocado por uma Liga

'elite' do futebol nacional.

Alagoas tem o ASA na Série B do futebol nacional, enquanto que o CRB representa o Estado na Série C. Na D, a vaga é definida do Estadual de cada temporada.

O JORNALouviu o presidente da

FAF, Gustavo Feijó, que, embora tenha dito que não queria discutir o assunto naquele momento, reconheceu que, se passar, a criação praticamente aniquilaria alguns clubes importantes do País. Feijó disse que os presidentes de federação do Brasil estarão na sede

da CBF, na próxima quarta-feira à tarde, onde irão participar da prestação de contas com a entidade que dirige - ainda - o futebol brasileiro.

Na ocasião, o assunto de criação da Liga será discutido com Ricardo Teixeira e o diretor técnico, Virgílio Elísio.

"Não posso comentar algo que não existe. Vamos discutir o assunto na prestação de conta da próxima quarta-feira, no Rio. Mas, de fato, uma coisa dessas sendo aprovadas, seria um péssimo negócio para os clubes de médio e pequeno portes do Brasil.

Mas tenho quase certeza de que Ricardo Teixeira e Virgílio Elísio são contra", declarou Feijó.

O JORNALtambém ouviu o atual diretor de futebol do CRB, Ednilton Lins. O dirigente limitou-se a dizer que, por agora, as atenções do clube estavam voltadas para a despedida do Alagoano. "Adiretoria do CRB vai se informar mais sobre esse assunto da Liga. Por enquanto, não posso opinar sobre assunto”, disse Lins.

Neymar e Kleber vão se reencontrar no clássico de hoje na Vila

Poder do boi vai ser testado no Recife O torcedor de Pernambuco é criativo pela própria natureza. A disputa entre os grandes de Recife se renova a partir de brincadeiras saudáveis, que mexem com a massa e ganha projeção nos estádios. O Sport estava vivendo seu inferno astral, longe do G4, até que o presidente Gustavo Dubeux resolveu pagar uma antiga dívida com um pai de santo do Recife. O clube devia um boi ao Pai Carlos e, segundo ele, a crise depois da conquista da Copa do Brasil, em 2008, foi gerada pelo descumprimento da promessa. Depois de quitado o débito, o Leão se recuperou a olhos vistos no

Lula Castello Branco/ Arquivo

Luciano Milano

lo, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Keirrison (Zé Eduardo).

Estadual e já entrou no G-4 do Pernambucano. Os jogadores do Rubro-Negro não querem saber da história do boi e avisam que as vitórias contra Central e Cabense foram conquistadas com o suor do trabalho.

“Trabalhamos demais por aqui, com muito sol quente na cabeça. É dessa forma que a gente vai conseguir o nosso objetivo. Vamos deixar esse negócio de boi de lado e pensar em fazer nossa parte dentro de campo. Quem sabe a gente possa conseguir nosso objetivo maior, que é se classificar e conseguir o título”, disse o lateral Wellington Saci, que, apesar do apelido, não é

chegado a assuntos do além.

Hoje, o Sport vai testar esse vigor no clássico contra o Santa Cruz, às 16h, na Ilha do Retiro. O Tricolor vem embalado pela vitória na Copa do Brasil sobre o São Paulo, quarta-feira, por 1 x 0, e a massa garante que a Cobra Coral vai picar o boi e o Leão.

Com 34 pontos, o Sport trava um duelo particular com o Central por uma vaga nas semifinais, já que, de acordo com o regulamento, apenas os quatro primeiros passam de fase. Por isso, faltando três rodadas para o fim da fase de classificação, o Rubro-Negro não pode mais tropeçar. (V.M.)

CRB inicia agora o projeto do Brasileiro da Série C Depois de mais uma participação ruim em campeonatos alagoanos, o CRB encerra suas atividades até que a diretoria alvirrubra ponha no papel o planejamento para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C, que deve ter início entre junho e julho. Segundo o diretor de futebol alvirrubro, Ednilton Lins, na próxima terça-feira, a diretoria irá pagar os salários e acertar o que houver de pendências com os jogadores. Em seguida, o clube dará férias coletivas a atletas e funcionários do CRB. Data para retorno às atividades ainda não foi definida, como explica o dirigente.

"Na terça-feira, iremos reunir todo o pessoal, pagar o que todos têm direito e, em seguida, dar férias coletivas para jogadores que têm contrato conosco e os funcionários.

Depois disso, a diretoria se reúne e

O goleiro Juliano terminou a participação do CRB no Alagoano como titular

inicia o planejamento para a disputa da Série C. Em 2012, será o ano do nosso centenário, e queremos dar o

presente de retornar à Série B ao nosso torcedor", disse Ednilton Lins.

AO JORNAL, o dirigente negou

que esteja em curso entendimento com a cúpula do Corinthians para que o Galo da Pajuçara utilize a base do time da Via Expressa na Terceira Divisão, assim como o técnico Roberval Davino. A notícia circula com força nos bastidores do futebol alagoano. "Não há nada disso. Não passa de fofoca e não trabalhamos com especulação", disse Lins. Porém, o zagueiro Everton e o atacante Ronaldo, do próprio Corinthians, interessam ao CRB, segundo o próprio dirigente.

Ainda, como O JORNAL antecipou com exclusividade, nomes como o zagueiro Sinval e o atacante Alexsandro, do Murici, interessam ao clube. Ainformação também foi confirmada por Ednilton Lins em ocasião anterior. Outro que pode pintar para a Terceira Divisão é o meia Rosivaldo, da Cabense-PE. (L.M.)

Clube de Regatas Brasil

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O JORNAL traz hoje especial sobre os melhores jogos do domingão esportivo

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Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

Marco Antônio

Um deles será o campeão Victor Mélo Editor de Esportes

O Segundo Turno do Campeonato Alagoano começa na próxima quarta-feira com dois confrontos. Melhores times do Estadual, ASA, Murici, Corinthians-AL e Coruripe se classificaram com facilidade para a reta final da competição. O Alvinegro é o favorito na disputa por ter garantido uma vaga na grande decisão ao conquistar o Primeiro Turno. Se levantar a taça desta fase, será campeão alagoano por antecipação.

O ASA gasta em torno de R$ 220 mil com o seu Departamento de Futebol nesse Estadual. O time sofreu algumas modificações ao longo da disputa, mas, após engrenar uma seqüência de sete vitórias na

reta final do Turnão, ficou com a taça, que, inclusive, ainda não foi entregue. Antes da partida de ontem à tarde contra o Murici, o ASA havia disputado 19 jogos nesta temporada, vencendo 13, empatando uma e perdendo cinco. O Alvinegro havia marcado 39 gols e sofrido 20. Com esse bom retrospecto, o técnico Vica falou sobre a prioridade de vencer o Estadual.

"Pensamos no ASAem uma competição de cada vez. Ninguém fala em Série B enquanto estivermos disputando o Campeonato Alagoano. Conquistamos o Primeiro Turno, mas sabemos da força dos nossos adversários e vamos lutar para manter a boa performance no Segundo Turno para buscar este título. Agora o alvo é o ASA: todos vão querer nos vencer", comentou o treinador, que está no Alvinegro

há três anos.

Vica é conhecido por ser exigente e disciplinador. "Cobramos para evitar que o grupo relaxe. Trabalhar no limite é uma das fórmulas do sucesso do ASA, que sempre esteve perto de conquistar alguma coisa nos últimos anos. O sucesso desse trabalho depende muito da aplicação dos atletas e, felizmente, eles entendem isso", declarou.

O treinador do ASA dificilmente dispensa jogadores. Ele diz que o trabalho da escolha de atletas é minucioso, justamente para evitar o desgaste de mudanças repentinas no elenco. Quem não se destaca ou apresenta problemas de indisciplina, deixa o clube no fim dos ciclos, ou seja, após as competições.

ASA, Murici, Corinthians-AL e Coruripe começam a decidir o Estadual quarta-feira

DESTAQUES - O meia Raul mudou a Marco Antônio

forma de o ASAatuar no Estadual. Armador habilidoso, ele deu mais qualidade ao passe e também costuma chegar à frente para concluir as jogadas. Ele nasceu em Fortaleza, jogou pelo Ferroviário e tem os direitos federativos presos ao Goiás. No ano passado, o jogador, de 29 anos, defendeu o Icasa na Série B. Nascido em Arapiraca, o meia Didira é outra referência do ASA. Revelado pelo clube, ele trabalha com Vica desde a chegada do treinador ao clube e é um de seus homens de confiança. Versátil, o jogador, de 23 anos, pode atuar na lateral e no meiocampo e também sabe fazer gols.

BASE DO ASA -Daniel; Sérgio, Toninho, Ferreira e Chiquinho; Marcelo Costa, Cal, Marielson e Raul; Didira e Kaká.

Divulgação

O ASA já está garantido na final do Estadual por ter conquistado o Primeiro Turno

O atacante Zé Carlos rejeitou uma proposta do Ipatinga e segue no Corinthians-AL

Corinthians busca recuperação na segunda fase O Corinthians-AL entra na segunda fase enfraquecido. O Tricolor perdeu jogadores importantes e força ao longo do Turnão. A derrocada começou com as saídas do técnico Lorival Santos, que pediu demissão, do atacante Afonso, negociado com o Gamba Ozaka, do Japão, e do meiocampista Marco Antônio. O treinador Roberval Davino foi escolhido para ser o substituto, mas não conseguiu manter o Timão na ponta da tabela.

O Corinthians perdeu jogos-chave, contra o ASA e o Murici, e despencou na classificação, saindo da briga pelo título do Turnão. Nos próximos dias, a comissão técnica vai reunir a tropa para detectar os problemas.

As referências do Tricolor para esse Segundo Turno são o meia Nélio (exFlamengo) e o atacante Zé Carlos, que teve proposta do Ipatinga-MG, mas preferiu

continuar no Corinthians. Experientes, esses jogadores prometem comandar os mais jovens na tentativa de conquistar a fase. Na semana passada, a diretoria dispensou os atacantes Giovanni, Leonardo e William Menezes, por deficiência técnica, e vai promover jogadores da categoria sub-20.

O presidente do Corinthians-AL, Eurico Beltrão, disse que o título é importante, mas o clube não pode desperdiçar negócios vantajosos. "O Corinthians é conhecido no mercado por ser um clube que é administrado de forma séria, que cumpre suas obrigações.

Por isso, temos que negociar alguns jogadores no meio da competição, como foi o caso do Afonso", explicou o dirigente.

CORINTHIANS-AL - Tiago; Luciano Baiano, Selmo Lima, Ewerton e Cléber; Luan, Igor, Pio e Nélio; F. Henrique e Zé Carlos. (V.M.)

Com a mesma base, Murici quer reeditar 2010 Atual campeão alagoano, o Murici entrou na disputa de 2011 com a mesma base do ano passado. A diretoria apostou no projeto vencedor e foi buscar reforços pontuais para dar mais qualidade à equipe. Voltaram, por exemplo, o meia Gustavo e os atacantes Alexsandro e Peixinho, que formaram em 2010 a base ofensiva do Alviverde.

Com eles em campo, o ataque ganhou força ao longo do Primeiro Turno, mas dois tropeços inesperados na reta final tiraram o Murici da briga pelo título da fase. O empate em casa com o CSA, por 0 x 0, e a derrota em Boca da Mata para o Santa Rita, por 3 x 1, aumentaram a pressão sobre os jogadores, que precisam conquistar o Segundo Turno para forçar uma decisão contra o ASA. A diretoria insiste em dizer que os custos com o Departamento de Futebol não passam de R$ 50 mil, mas O JORNAL apurou que esse investimento deve chegar perto de R$ 150 mil.

O Murici ganhou destaque nacional nesse semestre durante a disputa da partida contra o Flamengo, pela Copa do Brasil. O Alviverde fez até um bom primeiro tempo, mas perdeu por 3 x 0 no Rei Pelé e foi eliminado da competição. O bom desempenho do meiocampista Serginho, de 24 anos, chamou a atenção do São Caetano, que o contratou ainda no mês de fevereiro. Nas demais posições, o clube apenas fortaleceu seu elenco, trazendo jogadores conhecidos como Bilu (ex-Figueirense) e o próprio Peixinho, que defendeu o CSA na Segunda Divisão do Alagoano de 2010.

DESTAQUES - O meia Gustavo, de 24 anos, é o cérebro da equipe. Ele divide com Everlan a missão de organizar as jogadas do Murici no Estadual.

Filho do ex-jogador de CSA e CRB Romel, o meia já tem experiência internacional, já que defendeu o Jeonk Buk, da Coréia, e foi fundamental no título alagoano conquistado no ano passado.

O experiente Alexsandro foi a referência ofensiva do Murici em 2010 e voltou ao clube com status de grande contratação. Depois de passagens pelo CSA e o futebol chinês, ele continua sendo a esperança da torcida alviverde, mas, aos 30 anos, sofreu neste Estadual com uma série de lesões. A comissão técnica espera que ele entre em forma nessa reta final para fazer a diferença no ataque.

MURICI - Dias; Alex, Sinval, Nado e Paulinho; Gueba, Branco, Gustavo e Everlan; Peixinho e Alexandro. (V.M.)

O atacante Alexsandro é a referência ofensiva do Murici, atual campeão alagoano

Coruripe cresceu na reta final do Primeiro Turno O Coruripe apostou no experiente técnico Celso Teixeira e, apesar de ter enfrentado algumas dificuldades ao longo do Turnão, fez uma boa campanha. O Hulk conquistou vitórias convincentes na reta final e garantiu sua classificação com duas rodadas de antecedência.

Apostas do Hulk para o Estadual, os veteranos atacantes Junior Amorim e Edson Di deixaram o clube ao longo da competição e abriram espaço para Paulinho Marília. Depois de uma passagem frustrada pelo CRB, o jogador, de 30 anos, conquistou seu espaço em Coruripe e hoje é o destaque da equipe. Até o jogo de ontem contra o Ipanema, ele havia marcado dez gols na competição e é um sério candidato à artilharia.

Com respaldo da diretoria, Celso comanda o time alviverde desde o início da pré-temporada e tem boas chances de

fechar o Estadual na mesma equipe, fato pouco comum na carreira do treinador.

CAÇULA - Fundado no dia 1º de março de 2003, o Coruripe é o caçula entre os finalistas, mas conhece bem o caminho para o título. Campeão em 2006 e 2007, o Hulk chegou a dominar o cenário do futebol alagoano e agora espera recuperar seu posto.

DESTAQUE - Além de Paulinho Marília, o destaque do Coruripe é o meiaatacante Lindoval, que conta com a confiança do técnico Celso Teixeira para abastecer o centroavante.

CORURIPE - Hewerton; Antônio Marcos, Leandro, Márcio Abraão e Ivan Cristo; Jaelson, Fabinho, Anderson e Ailton; Paulinho Marília e Lindoval. (V.M.) Yvette Moura

O técnico Celso Teixeira está trabalhando no Coruripe desde o início da pré-temporada

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Um deles será o campeão Victor Mélo Editor de Esportes

O Segundo Turno do Campeonato Alagoano começa na próxima quarta-feira com dois confrontos. Melhores times do Estadual, ASA, Murici, Corinthians-AL e Coruripe se classificaram com facilidade para a reta final da competição. O Alvinegro é o favorito na disputa por ter garantido uma vaga na grande decisão ao conquistar o Primeiro Turno. Se levantar a taça desta fase, será campeão alagoano por antecipação.

O ASA gasta em torno de R$ 220 mil com o seu Departamento de Futebol nesse Estadual. O time sofreu algumas modificações ao longo da disputa, mas, após engrenar uma seqüência de sete vitórias na

reta final do Turnão, ficou com a taça, que, inclusive, ainda não foi entregue. Antes da partida de ontem à tarde contra o Murici, o ASA havia disputado 19 jogos nesta temporada, vencendo 13, empatando uma e perdendo cinco. O Alvinegro havia marcado 39 gols e sofrido 20. Com esse bom retrospecto, o técnico Vica falou sobre a prioridade de vencer o Estadual.

"Pensamos no ASAem uma competição de cada vez. Ninguém fala em Série B enquanto estivermos disputando o Campeonato Alagoano. Conquistamos o Primeiro Turno, mas sabemos da força dos nossos adversários e vamos lutar para manter a boa performance no Segundo Turno para buscar este título. Agora o alvo é o ASA: todos vão querer nos vencer", comentou o treinador, que está no Alvinegro

há três anos.

Vica é conhecido por ser exigente e disciplinador. "Cobramos para evitar que o grupo relaxe. Trabalhar no limite é uma das fórmulas do sucesso do ASA, que sempre esteve perto de conquistar alguma coisa nos últimos anos. O sucesso desse trabalho depende muito da aplicação dos atletas e, felizmente, eles entendem isso", declarou.

O treinador do ASA dificilmente dispensa jogadores. Ele diz que o trabalho da escolha de atletas é minucioso, justamente para evitar o desgaste de mudanças repentinas no elenco. Quem não se destaca ou apresenta problemas de indisciplina, deixa o clube no fim dos ciclos, ou seja, após as competições.

ASA, Murici, Corinthians-AL e Coruripe começam a decidir o Estadual quarta-feira

DESTAQUES - O meia Raul mudou a Marco Antônio

forma de o ASAatuar no Estadual. Armador habilidoso, ele deu mais qualidade ao passe e também costuma chegar à frente para concluir as jogadas. Ele nasceu em Fortaleza, jogou pelo Ferroviário e tem os direitos federativos presos ao Goiás. No ano passado, o jogador, de 29 anos, defendeu o Icasa na Série B. Nascido em Arapiraca, o meia Didira é outra referência do ASA. Revelado pelo clube, ele trabalha com Vica desde a chegada do treinador ao clube e é um de seus homens de confiança. Versátil, o jogador, de 23 anos, pode atuar na lateral e no meiocampo e também sabe fazer gols.

BASE DO ASA -Daniel; Sérgio, Toninho, Ferreira e Chiquinho; Marcelo Costa, Cal, Marielson e Raul; Didira e Kaká.

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O ASA já está garantido na final do Estadual por ter conquistado o Primeiro Turno

O atacante Zé Carlos rejeitou uma proposta do Ipatinga e segue no Corinthians-AL

Corinthians busca recuperação na segunda fase O Corinthians-AL entra na segunda fase enfraquecido. O Tricolor perdeu jogadores importantes e força ao longo do Turnão. A derrocada começou com as saídas do técnico Lorival Santos, que pediu demissão, do atacante Afonso, negociado com o Gamba Ozaka, do Japão, e do meiocampista Marco Antônio. O treinador Roberval Davino foi escolhido para ser o substituto, mas não conseguiu manter o Timão na ponta da tabela.

O Corinthians perdeu jogos-chave, contra o ASA e o Murici, e despencou na classificação, saindo da briga pelo título do Turnão. Nos próximos dias, a comissão técnica vai reunir a tropa para detectar os problemas.

As referências do Tricolor para esse Segundo Turno são o meia Nélio (exFlamengo) e o atacante Zé Carlos, que teve proposta do Ipatinga-MG, mas preferiu

continuar no Corinthians. Experientes, esses jogadores prometem comandar os mais jovens na tentativa de conquistar a fase. Na semana passada, a diretoria dispensou os atacantes Giovanni, Leonardo e William Menezes, por deficiência técnica, e vai promover jogadores da categoria sub-20.

O presidente do Corinthians-AL, Eurico Beltrão, disse que o título é importante, mas o clube não pode desperdiçar negócios vantajosos. "O Corinthians é conhecido no mercado por ser um clube que é administrado de forma séria, que cumpre suas obrigações.

Por isso, temos que negociar alguns jogadores no meio da competição, como foi o caso do Afonso", explicou o dirigente.

CORINTHIANS-AL - Tiago; Luciano Baiano, Selmo Lima, Ewerton e Cléber; Luan, Igor, Pio e Nélio; F. Henrique e Zé Carlos. (V.M.)

Com a mesma base, Murici quer reeditar 2010 Atual campeão alagoano, o Murici entrou na disputa de 2011 com a mesma base do ano passado. A diretoria apostou no projeto vencedor e foi buscar reforços pontuais para dar mais qualidade à equipe. Voltaram, por exemplo, o meia Gustavo e os atacantes Alexsandro e Peixinho, que formaram em 2010 a base ofensiva do Alviverde.

Com eles em campo, o ataque ganhou força ao longo do Primeiro Turno, mas dois tropeços inesperados na reta final tiraram o Murici da briga pelo título da fase. O empate em casa com o CSA, por 0 x 0, e a derrota em Boca da Mata para o Santa Rita, por 3 x 1, aumentaram a pressão sobre os jogadores, que precisam conquistar o Segundo Turno para forçar uma decisão contra o ASA. A diretoria insiste em dizer que os custos com o Departamento de Futebol não passam de R$ 50 mil, mas O JORNAL apurou que esse investimento deve chegar perto de R$ 150 mil.

O Murici ganhou destaque nacional nesse semestre durante a disputa da partida contra o Flamengo, pela Copa do Brasil. O Alviverde fez até um bom primeiro tempo, mas perdeu por 3 x 0 no Rei Pelé e foi eliminado da competição. O bom desempenho do meiocampista Serginho, de 24 anos, chamou a atenção do São Caetano, que o contratou ainda no mês de fevereiro. Nas demais posições, o clube apenas fortaleceu seu elenco, trazendo jogadores conhecidos como Bilu (ex-Figueirense) e o próprio Peixinho, que defendeu o CSA na Segunda Divisão do Alagoano de 2010.

DESTAQUES - O meia Gustavo, de 24 anos, é o cérebro da equipe. Ele divide com Everlan a missão de organizar as jogadas do Murici no Estadual.

Filho do ex-jogador de CSA e CRB Romel, o meia já tem experiência internacional, já que defendeu o Jeonk Buk, da Coréia, e foi fundamental no título alagoano conquistado no ano passado.

O experiente Alexsandro foi a referência ofensiva do Murici em 2010 e voltou ao clube com status de grande contratação. Depois de passagens pelo CSA e o futebol chinês, ele continua sendo a esperança da torcida alviverde, mas, aos 30 anos, sofreu neste Estadual com uma série de lesões. A comissão técnica espera que ele entre em forma nessa reta final para fazer a diferença no ataque.

MURICI - Dias; Alex, Sinval, Nado e Paulinho; Gueba, Branco, Gustavo e Everlan; Peixinho e Alexandro. (V.M.)

O atacante Alexsandro é a referência ofensiva do Murici, atual campeão alagoano

Coruripe cresceu na reta final do Primeiro Turno O Coruripe apostou no experiente técnico Celso Teixeira e, apesar de ter enfrentado algumas dificuldades ao longo do Turnão, fez uma boa campanha. O Hulk conquistou vitórias convincentes na reta final e garantiu sua classificação com duas rodadas de antecedência.

Apostas do Hulk para o Estadual, os veteranos atacantes Junior Amorim e Edson Di deixaram o clube ao longo da competição e abriram espaço para Paulinho Marília. Depois de uma passagem frustrada pelo CRB, o jogador, de 30 anos, conquistou seu espaço em Coruripe e hoje é o destaque da equipe. Até o jogo de ontem contra o Ipanema, ele havia marcado dez gols na competição e é um sério candidato à artilharia.

Com respaldo da diretoria, Celso comanda o time alviverde desde o início da pré-temporada e tem boas chances de

fechar o Estadual na mesma equipe, fato pouco comum na carreira do treinador.

CAÇULA - Fundado no dia 1º de março de 2003, o Coruripe é o caçula entre os finalistas, mas conhece bem o caminho para o título. Campeão em 2006 e 2007, o Hulk chegou a dominar o cenário do futebol alagoano e agora espera recuperar seu posto.

DESTAQUE - Além de Paulinho Marília, o destaque do Coruripe é o meiaatacante Lindoval, que conta com a confiança do técnico Celso Teixeira para abastecer o centroavante.

CORURIPE - Hewerton; Antônio Marcos, Leandro, Márcio Abraão e Ivan Cristo; Jaelson, Fabinho, Anderson e Ailton; Paulinho Marília e Lindoval. (V.M.) Yvette Moura

O técnico Celso Teixeira está trabalhando no Coruripe desde o início da pré-temporada

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Tropa de elite

CRB

CBF pode criar Liga Nacional paralela ao Brasileiro e preocupa os dirigentes alagoanos Victor Mélo Editor de Esportes

A melhor opção do domingão esportivo é o clássico Santos x Palmeiras, às 16h, na Vila Belmiro. Do ponto de vista da tabela, o duelo não representa tanto, já que ambos estão classificados para a fase final do campeonato. A rivalidade é a responsável por colocar molho na disputa.

Ainda com Marcelo Martelotte defendendo o cargo de técnico interino, o Peixe tenta buscar no Estadual a motivação que precisa para se recuperar na Libertadores. Considerado um dos grandes favoritos ao título antes de a competição internacional começar, o Santos perdeu pontos importantes e, com dois empates em três jogos, preocupa sua torcida. O time, mesmo com o aguardado retorno de Paulo Henrique Ganso, osci-

la demais, e tem que buscar o equilíbrio antes de encarar as decisões que tem pela frente, tanto no Paulistão quanto na Libertadores. Neymar, que sofreu uma forte pancada no joelho durante o treino de quinta-feira, está recuperado e vai atuar.

“Foi só um susto, uma pancada no fim do treino; saiu e não teve nenhum problema em sua participação. Ele está liberado para o jogo, motivadíssimo por voltar da seleção e já encarar um clássico”, declarou o técnico do Peixe.

Mas há ainda desfalques para preocupar Martellotte: o lateral-direito Jonathan, o zagueiro Bruno Rodrigo, o volante Arouca, o atacante Diogo e o lateral-esquerdo Alex Sandro, lesionados, estão fora de combate. O time do Peixe deve entrar em campo com: Rafael, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Dani-

PALESTRA - O Palmeiras tem ambições menores nesse primeiro semestre e isso dá ao técnico Felipão um pouco de tranqüilidade para fazer ajustes no elenco. A diretoria fechou o cofre, não contratou “medalhões” neste ano e o treinador se vira como pode para transformar as promessas em realidade. Bem, mas não brilhante, no Paulistão e na Copa do Brasil, o Verdão vai tentar desestabilizar o tubarão de Neymar e Ganso para animar sua torcida e pensar em voos mais ousados nas duas competições que disputa. Para hoje, O treinador deve confirmar o time com: Marcos, Cicinho, Danilo, Thiago Heleno e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Lincoln e Patrik; Adriano e Kleber.

Repórter

Clubes de médio e pequeno portes do futebol brasileiro correm risco de sumir do mapa. Em curso, uma operação liderada por presidentes de clubes como Corinthians (Andrés Sanchez), Cruzeiro (José Perrela) e Botafogo (Maurício Assumpção) para que seja criada uma Liga Nacional. Os detalhes do projeto estão sendo ultimados e devem ser entregues ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para que a entidade avalie a possibilidade de criação da Liga.

Aideia dos clubes é que apenas 16 clubes - além dos três outros como Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Grêmio - disputam a competição que seria gerida por profissionais, deixando a CBF cuidando somente dos interesses da seleção brasileira. O que mais preocupa na iniciativa é que a Liga não teria rebaixamento e, naturalmente, nenhum outro clube fora do 'grupinho' poderia participar da

Dívida paga: Pai Carlos cobre o boi com a bandeira do Sport Recife

CRB pode ser um dos atingidos caso o Brasileiro seja trocado por uma Liga

'elite' do futebol nacional.

Alagoas tem o ASA na Série B do futebol nacional, enquanto que o CRB representa o Estado na Série C. Na D, a vaga é definida do Estadual de cada temporada.

O JORNALouviu o presidente da

FAF, Gustavo Feijó, que, embora tenha dito que não queria discutir o assunto naquele momento, reconheceu que, se passar, a criação praticamente aniquilaria alguns clubes importantes do País. Feijó disse que os presidentes de federação do Brasil estarão na sede

da CBF, na próxima quarta-feira à tarde, onde irão participar da prestação de contas com a entidade que dirige - ainda - o futebol brasileiro.

Na ocasião, o assunto de criação da Liga será discutido com Ricardo Teixeira e o diretor técnico, Virgílio Elísio.

"Não posso comentar algo que não existe. Vamos discutir o assunto na prestação de conta da próxima quarta-feira, no Rio. Mas, de fato, uma coisa dessas sendo aprovadas, seria um péssimo negócio para os clubes de médio e pequeno portes do Brasil.

Mas tenho quase certeza de que Ricardo Teixeira e Virgílio Elísio são contra", declarou Feijó.

O JORNALtambém ouviu o atual diretor de futebol do CRB, Ednilton Lins. O dirigente limitou-se a dizer que, por agora, as atenções do clube estavam voltadas para a despedida do Alagoano. "Adiretoria do CRB vai se informar mais sobre esse assunto da Liga. Por enquanto, não posso opinar sobre assunto”, disse Lins.

Neymar e Kleber vão se reencontrar no clássico de hoje na Vila

Poder do boi vai ser testado no Recife O torcedor de Pernambuco é criativo pela própria natureza. A disputa entre os grandes de Recife se renova a partir de brincadeiras saudáveis, que mexem com a massa e ganha projeção nos estádios. O Sport estava vivendo seu inferno astral, longe do G4, até que o presidente Gustavo Dubeux resolveu pagar uma antiga dívida com um pai de santo do Recife. O clube devia um boi ao Pai Carlos e, segundo ele, a crise depois da conquista da Copa do Brasil, em 2008, foi gerada pelo descumprimento da promessa. Depois de quitado o débito, o Leão se recuperou a olhos vistos no

Lula Castello Branco/ Arquivo

Luciano Milano

lo, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Keirrison (Zé Eduardo).

Estadual e já entrou no G-4 do Pernambucano. Os jogadores do Rubro-Negro não querem saber da história do boi e avisam que as vitórias contra Central e Cabense foram conquistadas com o suor do trabalho.

“Trabalhamos demais por aqui, com muito sol quente na cabeça. É dessa forma que a gente vai conseguir o nosso objetivo. Vamos deixar esse negócio de boi de lado e pensar em fazer nossa parte dentro de campo. Quem sabe a gente possa conseguir nosso objetivo maior, que é se classificar e conseguir o título”, disse o lateral Wellington Saci, que, apesar do apelido, não é

chegado a assuntos do além.

Hoje, o Sport vai testar esse vigor no clássico contra o Santa Cruz, às 16h, na Ilha do Retiro. O Tricolor vem embalado pela vitória na Copa do Brasil sobre o São Paulo, quarta-feira, por 1 x 0, e a massa garante que a Cobra Coral vai picar o boi e o Leão.

Com 34 pontos, o Sport trava um duelo particular com o Central por uma vaga nas semifinais, já que, de acordo com o regulamento, apenas os quatro primeiros passam de fase. Por isso, faltando três rodadas para o fim da fase de classificação, o Rubro-Negro não pode mais tropeçar. (V.M.)

CRB inicia agora o projeto do Brasileiro da Série C Depois de mais uma participação ruim em campeonatos alagoanos, o CRB encerra suas atividades até que a diretoria alvirrubra ponha no papel o planejamento para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C, que deve ter início entre junho e julho. Segundo o diretor de futebol alvirrubro, Ednilton Lins, na próxima terça-feira, a diretoria irá pagar os salários e acertar o que houver de pendências com os jogadores. Em seguida, o clube dará férias coletivas a atletas e funcionários do CRB. Data para retorno às atividades ainda não foi definida, como explica o dirigente.

"Na terça-feira, iremos reunir todo o pessoal, pagar o que todos têm direito e, em seguida, dar férias coletivas para jogadores que têm contrato conosco e os funcionários.

Depois disso, a diretoria se reúne e

O goleiro Juliano terminou a participação do CRB no Alagoano como titular

inicia o planejamento para a disputa da Série C. Em 2012, será o ano do nosso centenário, e queremos dar o

presente de retornar à Série B ao nosso torcedor", disse Ednilton Lins.

AO JORNAL, o dirigente negou

que esteja em curso entendimento com a cúpula do Corinthians para que o Galo da Pajuçara utilize a base do time da Via Expressa na Terceira Divisão, assim como o técnico Roberval Davino. A notícia circula com força nos bastidores do futebol alagoano. "Não há nada disso. Não passa de fofoca e não trabalhamos com especulação", disse Lins. Porém, o zagueiro Everton e o atacante Ronaldo, do próprio Corinthians, interessam ao CRB, segundo o próprio dirigente.

Ainda, como O JORNAL antecipou com exclusividade, nomes como o zagueiro Sinval e o atacante Alexsandro, do Murici, interessam ao clube. Ainformação também foi confirmada por Ednilton Lins em ocasião anterior. Outro que pode pintar para a Terceira Divisão é o meia Rosivaldo, da Cabense-PE. (L.M.)

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Futebol em preto e branco Destaques de hoje do Carioca vão ser os jogos de Vasco e Botafogo Victor Mélo Editor de Esportes

O Campeonato Carioca não marcou nenhum clássico para esta rodada. Os destaques do dia são os desafios de Vasco e Botafogo.

Em São Januário, o time cruzmaltino pega o Bangu, às 16h (com TV Globo para Alagoas), que soma seis pontos no Grupo B e ainda está longe da zona de classificação. O objetivo dos vascaínos é recuperar os pontos perdidos no clássico contra o Fluminense e saírem da rodada como entraram: na liderança do Grupo A. As dúvidas do técnico do Vasco, Ricardo Gomes, são o la-

teral-direito Fagner, que se recupera de um estiramento no ligamento no joelho direito, o lateralesquerdo Ramon, com um edema na coxa direita, e o meia Felipe, com incômodo na panturrilha direita. Todos eles vão ser reavaliados.

O Botafogo enfrenta dificuldades na fase de classificação do Segundo Turno e não pode bobear contra o Resende, que faz campanha apenas mediana na competição e soma seis pontos na tabela. O jogo das 18h30, no Engenhão, é teoricamente o mais fraco dos que o Glorioso ainda tem pela frente e a vitória é fundamental. Antes das partidas, os

alvinegros podem aproveitar para darem uma “secadinha” no surpreendente Olaria, que lidera a Chave B com imponência e 12 pontos e enfrenta o embalado Americano (10 pontos), às 15h30, em Campos. Com 10, o Botafogo ainda tenta retomar a ponta, mas também precisa ter cuidado com a turma que vem no encalço.

O técnico Caio Junior vai ganhar os reforços do volante Arévalo e do atacante Loco Abreu, que não enfrentaram o Paraná, pela Copa do Brasil, por estarem servindo à seleção uruguaia. Os desfalques são o lateral-direito Lucas, o meia Bruno Tiago, o volante Araruama e o atacante Alex.

Guia do torcedor

O atacante Eder Luiz é um dos destaques do Vasco da Gama

AGENDA DE HOJE Tabelas atualizadas antes dos jogos de ontem Alemão 10h30 Colônia x Nuremberg 12h30 Wolfsburg x Eintracht Frankfurt

Italiano 07h30 Napoli x Lazio 10h Catania x Palermo 10h Cesena x Fiorentina 10h Chievo Verona x Sampdoria 10h Genoa x Cagliari 10h Lecce x Udinese 10h Parma x Bari 15h45 Roma x Juventus

Baiano 16h00 Bahia de Feira x Bahia 16h00 Atlético-BA x Vitória da Conquista 16h00 Camaçari x Serrano 16h00 Vitória x Feirense 16h00 Colo-Colo-BA x Fluminense-BA 16h00 Ipitanga x Juazeiro

Mineiro 16h Cruzeiro x Guarani-MG 16h Villa Nova-MG x Caldense-MG 18h30 EC Democrata x Atlético-MG

Cearense 16h Horizonte-CE x Quixadá 16h Guarani-CE x Fortaleza 16h30 Guarany-CE x Tiradentes-CE

Paranaense 15h30 Cascavel x Arapongas 15h30 Cianorte x Roma-PR 15h50 Paranavaí x Operário 16h Paraná Clube x Atlético-PR

Espanhol 12h Real Sociedad x Hércules 12h Espanyol x Racing Santander 12h Levante x Málaga 12h La Coruña x Mallorca 14h Sevilla x Zaragoza 16h Almería x Athletic Bilbao 16h Osasuna x Atlético de Madri

Paulista 16h Santos x Palmeiras 16h São Paulo x Mirassol 18h30 Botafogo-SP x Corinthians 18h30 Bragantino x Ponte Preta 18h30 Santo André x Grêmio Prudente Pernambucano 16h Sport x Santa Cruz-PE 16h Porto-PE x Cabense 16h Petrolina x Salgueiro 16h Araripina x Vitória-PE 16h América-PE x Ypiranga-PE

Carioca 15h30 Americano-RJ x Olaria 16h00 Vasco x Bangu 18h30 Botafogo x Resende Gaúcho 16h Ypiranga-RS x Caxias 16h Grêmio x Veranópolis 16h Cruzeiro-RS x Santa Cruz-RS 18h30 Juventude x Porto Alegre 19h00 São Luiz x Novo Hamburgo

Inglês 09h30 Fulham x Blackpool 12h00 Manchester City x Sunderland

Português 12h Rio Ave x Vitória de Setúbal 12h Olhanense x Naval 14h15 Vitória de Guimarães x Sporting 16h30 Benfica x Porto

O JORN

Esportes 8

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O brasileiro Hulk aumentou o poder de fogo do ataque do Porto

Atualizada antes dos jogos de ontem

Aparando os bigode Na Europa, atração do dia é o clássico entre Benfica e Porto, às 16h, em Lisboa Victor Mélo Editor de Esportes

A grande atração de hoje no futebol europeu é o clássico Porto x Benfica, que vai ser disputado às 16h (de Braília), no Estádio da Luz, em Lisboa. O maior confronto português deve definir os rumos do campeonato. Se vencer na casa do maior

rival, o Porto já pode preparar a fado em comemoração a mais um título. Com 24 rodadas, o time azul e branco soma 68 pontos, 13 a mais do que os encarnados e entra em campo carregando todo o favoritismo. Com pompa e circunstância, o Sportv transmite a peleja para todo o Brasil. Dentre as atrações brasileiras do encontro, se destacam

o atacante Hulk, pelos lados do Porto, e o zagueiro Luizão, defensor do Benfica, ITÁLIA – O Campeonato Italiano promete uma disputa acirrada até a última rodada em 2011. Milan, Inter e Nápoli disputam a liderança cabeça a cabeça e, nesta manhã, os napolitanos vão colocar a boa fase

à prova contra a Lazio, a partir das 7h30 (de Brasília). Vale a pena acordar cedo para observar a força do intruso na festa dos gigantes de Milão.

Mesmo longe da luta pelo título, Roma e Juventus também prometem fazer um jogo movimentado nesta tarde, às 15h45. Já livre de Adriano, o time da capital italiana tenta

encostar nos quatro Sem o Imperador ainda conta com u brasileira no seu ele leiros Julio Sérgio e gueiro Juan, além campistas Tadei e Fá cio. A Juve conta em dros com o famos Felipe Melo, um d guarda da segunda E

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SBT estreia Amor e Revolução, novela reprovada pela Rede Globo Página 5

Graziela Schmitt, a protagonista, e o autor Tiago Santiago

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ASPAS

Luiza Dantas/CZN

“Tenho até dor de barriga”.

Paola Oliveira (foto), a Marina de “Insensato Coração”, ao dizer que ainda não se acostumou com a fama e sempre fica nervosa quando é chamada para participar do “Domingão do Faustão” (Revista “Máxima”).

“Seria como um estupro”.

“Depois, tenho de usar sempre uma pomadinha”.

“Uso maquiagem, mas quando acordo e me vejo no espelho, elas estão ali”.

“Cheguei no resultado que queria”.

Thaila Ayala, que viveu a Amanda de “Ti-Ti-Ti”, sobre posar nua (“ego.com.br”).

Barbara Paz, a Virgínia de “Morde & Assopra”, falando das cicatrizes que tem no rosto devido a um acidente de carro que sofreu aos 17 anos (Revista “Criativa”).

“Aí todo mundo diz que estou ótima”.

A apresentadora Xuxa, explicando o motivo que a faz dizer que tem 50 anos, quando na verdade completou 48. (Jornal “Diário de S. Paulo”).

“Quem inventa essas coisas não tem noção do que é novela”.

O autor Aguinaldo Silva, negando os boatos de que estaria reescrevendo a personagem que seria de Juliana Paes em “Fina Estampa”, próxima novela das oito da Globo, para Carolina Dieckamnn (Jornal “O Dia”).

“Rezei muito para não ficar ainda mais assustada”

Lucy Ramos, falando sobre a responsabilidade de substituir Taís Araújo em “Cordel Encantado”, próxima novela das seis da Globo, na pele da cozinheira Maria Cesária (“ego.com.br”).

Cauã Reymond, que volta ao ar em “Cordel Encantado”, revelando que aprendeu a andar a cavalo sem a sela para o novo personagem, mas que a prática requer cuidados especiais (“ego.com.br”).

Bruno Gagliasso, demonstrando estar satisfeito com o corpo após perder 17 quilos para dar vida a Timóteo, em “Cordel Encantado” (“ego.com.br”).

“Estou mais feliz do que nunca”.

Jonatas Faro, o Rafa de “Insensato Coração”, mostrando estar bem após a separação do casamento com Danielle Winits, que durou apenas três meses (“ego.com.br”).

“Estou malhando. Estou bem para caramba, transando”.

Jorge Fernando, que volta ao ar como o protagonista de “Macho Man”, revelando o que fez para perder seis quilos (Jornal “O Dia”).

“No nosso tempo, a gente ia direto para o motel”.

O apresentador Silvio Santos, lembrando que não levava suas conquistas para sair ou jantar antes de “chegar nos finalmente” (Programa “Silvio Santos”).

“Às vezes, isso me trai”.

Luana Piovanni, sobre o fato de só se atrair por homens bonitos (Revista “GQ”).

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Luiza Dantas/Carta Z Notícias

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PERSONAGEM DA SEMANA

Raphael Viana acompanha no twitter a repercussão de seu personagem Por Luana Borges PopTevê

Simpático e com um sorriso constante no rosto, Raphael Viana se perde no tempo ao falar de Fred, seu personagem em "Araguaia". A empolgação não é para menos.

Afinal, esta é sua primeira novela na Globo. Depois de fazer uma pequena participação em "Passione" e atuar em "Bicho do Mato", da Record, agora Raphael se surpreende com o reconhecimento do público. "O assédio é outro. Milhares de pessoas acompanham a novela diariamente, o 'feedback' é bem maior", constata. Para saber o que tem sido comentado a respeito de seu trabalho, Raphael aderiu ao Twitter. Antes de dar vida ao Fred, ele até tinha uma página no microblog, mas não gostava de usar.

"Depois, conversando com colegas, pude perceber que funcionava como um termômetro para você sentir como foi determinado capítulo", explica o ator, que faz questão de responder àquelas pessoas que sempre acompanham a história.

Na trama, Raphael dá vida a um rapaz romântico, o típico homem para casar, que fez de tudo para ficar com quem ama, Janaína, de Suzana Pires. Como ela é uma mulher mais velha e não tem um família rica como Fred, o casal passou por muitos altos e baixos ao longo do folhetim. Mas, finalmente, se casou. "As pessoas torcem muito pelo casal. Suzana e eu recebemos uma série de mensagens falando sobre isso", revela ele, que conseguiu o papel depois de fazer um teste. Raphael já havia participado da Oficina de Atores da Globo, mas não conseguiu engatar um personagem na emissora imediatamente. O diretor Marcos Schechtman foi se interessar por seu material só depois que ele estreou em "Bicho do Mato" e atuou em "Dilemas de Irene", do GNT. "Fui bater um papo com o Marquinhos e comecei a fazer os testes já com a Suzana, o que foi ótimo", recorda.

P – Você participou de "workshops" antes da estreia de Araguaia, contou com o auxílio da preparadora de elenco Paloma Riani e teve acesso a vários vídeos sobre a região em que se passa a novela. Tem alguma parte da preparação que ficou presente no seu trabalho até hoje?

R – Tive a possibilidade de ir, antes de toda a equipe, para São Félix do Araguaia, com a Cleo Pires, o Murilo Rosa, a Milena Toscano, a Suzana Pires e a Paloma Riani. Ficamos quatro dias fazendo exercícios, discutindo as relações entre os personagens e criando,

verdadeiramente, essas relações. A Paloma fez uma série de exercícios que me alimentam até hoje. Vira e mexe, a gente pega uma cena que tem referência de um improviso que fizemos na nossa primeira semana de trabalho, no Araguaia.

P – Você está começando sua carreira na tevê e, em "Araguaia", teve a chance de contracenar com ícones da teledramaturgia, como o Lima Duarte e a Júlia Lemmertz. Como fez para desmistificar essa imagem deles?

R – Cresci vendo o Lima Duarte na tevê. Quando soube que ele faria meu pai na novela, em algum lugar senti uma ansiedade. Mas tive de trabalhar isso porque tinha uma história a ser contada. Com o tempo de gravação, você vai se acostumando. A Júlia me deixou à vontade desde o início.

Falamos muito sobre essa relação mãe e filho dos nossos personagens.

Quando estávamos em Pirenópolis, gravando uma das primeiras cenas, ela me deu de presente uma pasta de couro, que havia trazido do Rio de Janeiro, para eu guardar meus textos.

P – Você começou sua carreira no teatro. Como aconteceu seu entrada na tevê?

R – Era uma coisa que sabia que uma hora ia fazer. Quando fiz a Oficina de Atores da Globo, fiquei bem ansioso por um trabalho, que não veio de cara. Mas foi ótimo porque pude fazer teatro, trabalhar com produção, fazer "workshops" e cursos. Acho que ganhei mais "caldo".

Na Record, me chamaram para fazer um vídeo para ficar no arquivo deles. Na época, o Edson Spinello estava formando o elenco de "Bicho do Mato", viu meu vídeo e me chamou para fazer a novela.

ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 3 A 9 DE ABRIL 03/04 – Clarisse Abujamra, 64 anos.

05/04 – Lizandra Souto, 36 anos.

06/04 – Nívea Stelmann, 37 anos.

07/04 – Renata Ceribelli, 46 anos, e Roger Gobeth, 38 anos.

08/04 – Zeca Camargo, 48 anos, e Pedro Malta, 17 anos. Neste dia, há 17 anos, foi ao ar o último capítulo de "Olho no Olho". Escrita por Antonio Calmon, a novela tem como tema central a paranormalidade. Em Roma,

Armando (Stênio Garcia) diz, em confissão, para o padre Guido (Tony Ramos) que é o criminoso procurado por uma organização chefiada por um jovem com poderes paranormais. Logo depois, o padre descobre que Armando morrera e se sente culpado por não ter feito nada para impedir o assassinato. Guido, então, resolve largar a batina e volta para São Paulo, onde se dedica ao estudo da paranormalidade. Ele tenta combater a organização chefiada por César Zapata

(Reginaldo Faria) e por Fred (Nico Puig). O ex-padre conta com a ajuda de Alef (Felipe Folgosi), que também é paranormal, mas ainda não tem pleno domínio de seus poderes. Guido vive uma história de amor com Débora (Natália do Vale), mãe de Alef. O problema é que César também gosta dela e arma uma guerra contra Guido, usando os poderes malígnos de Fred. Ainda no elenco, Danielle Winits, Patrícia de Sabrit, Rodrigo Santoro e Alessandra Negrini, entre outros.

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MAPA DA MINA Por Natalia Palmeira

PROFISSIONAL DO RISO

NOVAS CONQUISTAS

O RETORNO

(Globo, dom, 23 h)

(Globo, ter, 23 h)

(Globo, qui, 23:15 h)

O cotidiano caótico de um escritório e as relações entre os funcionários serão temas abordados com muito humor em "Batendo Ponto".

A série, escrita por Paulo Cursino e com direção de José Lavigne – mesmo diretor do extinto "Casseta e Planeta" –, estreia após o "Fantástico". Aprodução é protagonizada por Ingrid Guimarães e Pedro Paulo Rangel.

"Divã" foi primeiro uma peça de teatro, depois veio o filme. A partir desta terça, estreia a minissérie homônima com Lília Cabral, que volta a dar vida a Mercedes. Nessa nova fase, ela vive um romance com um homem casado em Nova Iorque, lida com o namoro do filho com uma pessoa mais velha e reencontra o primeiro amor da escola.

Lara Romero está de volta. A personagem interpretada por Susana Vieira em "Cinquentinha" volta ao ar protagonizando o seriado "Lara Com Z". No primeiro capítulo, Lara compra um teatro e se autopresenteia com a montagem de "Macbeth", de Shakespeare.

PRIMEIRA MÃO

TEMPOS DIFÍCEIS

(SBT, dom, 15 h)

(SBT, ter, 22:15 h)

Eliana recebe o elenco de "Amor e Revolução", próxima novela do SBT. A apresentadora também mostra os bastidores da nova trama da emissora. No quadro "Dicas Incríveis", Sueli Rutkowski ensina a preparar um X-Banana, Chips de Legumes e Talharim de Abobrinha.

Passada no período da ditadura militar, "Amor e Revolução" estreia nesta terça. Escrita por Tiago Santiago, a novela conta a história de amor entre o militar José Guerra, de Claudio Lins, e a guerrilheira Maria Paixão, de Graziela Schmitt. Ao longo dos capítulos, depoimentos de personagens reais serão exibidos. José Dirceu, Luiz Carlos Prestes Filho e Waldir Pires gravaram relatos sobre a época.

MUDANÇA DE HÁBITO

ANOS DE CHUMBO

(Globo, sex, 23:25 h) Existe ex-"gay"? Em "Macho Man", nova série cômica da Globo, existe. Nelson, interpretado por Jorge Fernando, é um cabeleireiro que, depois de sofrer um pequeno acidente, passa a se interessar por mulheres. Para ajudar nessa nova realidade, ele conta com Valéria, vivida por Marisa Orth, uma ex-gorda. A série é escrita por Fernanda Young e Alexandre Machado.

(TV Brasil, seg, 22 h)

RESPEITÁVEL PÚBLICO...

O dia 31 de março de 1964 mudou a história do Brasil. Os bastidores do golpe militar, que resultou em 21 anos de ditadura, serão contados em três episódios no documentário "O Dia que Durou 21 Anos". A série mostra como os Estados Unidos agiram para planejar e criar as condições para o regime militar que se instaurou no Brasil até 1985.

(TV Brasil, qua, 19:30 h)

PÉ NA ESTRADA (TV Brasil, sab, 20:30 h)

O mundo dos malabares e palhaçadas vai ser abordado no "Comentário Geral". O programa é uma homenagem aos cinco anos sem o palhaço Carequinha. Marcos Frota conta como é a vida de um dono de circo e o ator Paulo José fala sobre o filme "Palhaço", de Selton Mello, que será lançado em breve nos cinemas.

Angélica abre a quinta temporada do "Estrelas". O programa vai contar com novos quadros e viagens. A apresentadora vai para destinos inusitados para entrevistar celebridades nacionais e internacionais.

Rapidinhas # "Aventuras do Didi" estreia nova temporada. O programa conta com novo cenário, que será uma casa cujo quarto foi construido pelo arquiteto Didi. (Globo, dom, 12:40 h) # Rodrigo Santoro fala de seus futuros personagens no cinema nacional e internacional no "Conexão Roberto D'ávila". (TV Brasil, dom, 20 h) # Pedrão e Jorginho, de "Os Caras de Pau", vão ganhar uma nova vizinha, Babi, interpretada por Alexandra Richter. Na nova temporada, o programa conta com uma cidade cenográfica de 400 metros quadrados. (Globo, seg, 13:15 h) # O internauta pode escolher seu clipe preferido no "Batalha de Clips" desta segunda. (MTV, seg, 14 h)

# Deborah Secco e o cineasta Marcus Baldini são os convidados do "Estúdio Móvel". (TV Brasil, seg, 18 h) # Caco Barcellos volta à programação, nesta terça, mostrando os bastidores da notícia no "Profissão Repórter". (Globo, ter, 23:40 h) # O Fluminense segue precisando da vitória para ter chance de classificação na "Taça Libertadores". A partida é contra o Nacional, na cidade de Montevidéu. (Globo, ter, 21:35 h) # Glenda Kozlowiski e Ernesto Paglia mostram o litoral brasileiro no "Globo Mar", que estreia nova temporada nesta sexta.

(Globo, sex, 23:15 h)

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PRIMEIRA MÃO

Amor e Revolução, do SBT, conta período duro da vida brasileira Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Cláudio Lins e Graziela Schmitt

Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Patrícia de Sabrit e Nico Puig

Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Gustavo Haddad, Joana Limaverde e Paulo Leal

Divulgação

Cláudio Lins e Graziela Schmitt

Por Gabriel Sobreira PopTevê

m 1995, Tiago Santiago entregou à Globo uma sinopse de novela sobre a ditadura. O projeto não foi aprovado. "Eu não tinha me esforçado e nem pesquisado tanto quanto agora. E na época eu competia com quem tinha 30 novelas na carreira", avalia o autor de "Amor e Revolução", próxima novela do SBT, que estreia dia 5 de abril. Recheada de cenas de tortura e romances, o folhetim aposta nessa mistura para impulsionar a audiência do horário das 22:15 h. "Estou certo de que chegaremos a dois dígitos", diz, otimista, o diretor comercial do SBT Henrique Casciato.

A trama de Tiago é também temperada com cenas de tiros, explosões e amores proibidos. Maria Paixão é a protagonista interpretada por Graziela Schmitt. "Ela é forte, filha de um repór-

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Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Luciana Vendramini e Giselle Tigre

Lúcia Veríssimo e Licurgo Spínola

Divulgação

Jayme Periard e Paulo Leal

ter comunista e luta pelos ideais de justiça e igualdade", resume a atriz. A personagem Maria Paixão é militante de esquerda e se enamora pelo agente da inteligência militar José Guerra, vivido por Claudio Lins. São sobrenomes que explicitam o óbvio. "Qualquer semelhança é uma mera coincidência", desconversa o autor. As diferenças ideológicas do começo acabam cedendo com o tempo.

E como nada é fácil em novela, Mário, companheiro de luta de Maria, vai lutar contra o relacionamento dela com José. "Mas ela tem mesmo de ficar com o personagem José", torce Gustavo Haddad, que interpreta Mário, o terceiro vértice do triângulo amoroso. Já os guerrilheiros que enfrentam o regime militar serão representados por Lúcia Veríssimo e Licurgo Spínola, respectivamente na pele de Jandira e Batistelli.

Eles planejam assaltos, sequestros e serão responsáveis pelo assassinato de

Divulgação

Fábio Villa Verde e Cláudio Cavalcanti

um militar americano.

"Amor e Revolução" marca o retorno à tevê de Patrícia de Sabrit, Claudio Cavalcanti, Jayme Periard e Marcos Breda. "É muito importante dar espaço para tantos profissionais aqui em São Paulo", defende o autor. Os personagens bissexuais e homossexuais têm destaque na trama. Luciana Vendramini será Marcela, uma advogada que nutre uma paixão não correspondida por sua amiga de infância Marina, vivida por Giselle Tigre. Carlos Artur Thiré interpreta Chico, um diretor de teatro que seduz rapazes sempre que bebe. Já o militar Fritz, vivido por Ernando Tiago, violenta suas vítimas e sodomiza seus prisioneiros masculinos. "A novela não tem só violência. Tem muito beijo na boca e muito romance. A violência real aconteceu de maneira muito mais intensa que mostramos. O horário permite este tipo de cenas. De toda forma é muito bom aferir o que o público acha delas", titubeia

o autor, que tem a novela classificada para maiores de 14 anos.

Outra preocupação de Tiago é não ter compromisso de dar "aula de história" com o folhetim. "Ele tem histórias de amor que seguem as fórmulas de novelas. A diferença desta é que se trata da história brasileira há mais de 40 anos", justifica. Ele acrescenta que, apesar de se considerar sem partidos, a produção não será tendenciosa. "Como novelista vou mostrar o que aconteceu. Ambos lados serão representados. Como democrata não posso defender uma ditadura. No núcleo militar temos personagens do bem e do mal. Na guerrilha também terão ações que geram polêmica", destaca. Tiago não tem dúvidas de que essa é uma novela em que, apesar do nome, o protagonista é o "coração".

"A revolução é a luta contra a ditudura. A luta de um povo contra a opressão. Minha ambição e sonho é de que ela seja exibida no mundo todo", sonha.

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FORA DO AR

Lara com Z dá continuidade à saga de uma das protagonistas de Cinquentinha Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Pedro Paulo Figueiredo/CZN

Por Natalia Palmeira PopTevê

s diferenças entre três gerações de mulheres e os laços familiares que as unem. Esse é o fio condutor de "Lara com Z", seriado da Globo que estreia dia 7. A produção, escrita por Aguinaldo Silva, é derivada da minissérie "Cinquentinha", produzida e exibida em 2009. No "spinoff", as dificuldades e confusões da vida da atriz Lara Romero, interpretada por Suzana Vieira, volta com ainda mais enfoque. "Essa é a personagem que me parecia ter mais condições de sustentar uma história. Escrevi pensando em outras duas temporadas", conta o autor, que já escreve os primeiros capítulos da novela que substituirá "Insensato Coração", a partir de agosto. "Há muito tempo eu queria escrever umas história em que a Suzana fosse a protagonista absoluta", revela.

A história começa a partir da batalha pela herança do ex-marido. Com o dinheiro em mãos, Lara decide comprar o Teatro João do Rio e se autopresentear com uma montagem do espetáculo "Macbeth", de Shakespeare. O problema é que na noite de estreia, Leandro, um fiscal do governo vivido por Humberto Martins, manda fechar o teatro com uma intimação, na qual ela teria de devolver o dinheiro que gastou de maneira irregular ou vai presa. "Daí para frente é que a história começa a se desenrolar. Estou amando essa história de trazer o teatro para a televisão", conta Suzana.

Como já é de praxe, nada é simples na vida de Lara. E, para piorar, ela se vê envolvida com Leandro que, apesar de ter de investigá-la, se apaixona pela atriz e vai tentar, a todo custo, conquistar a atriz. "Durante todo o seriado, a atriz tentará resolver seus problemas das maneiras mais estapafúrdias", adianta Aguinaldo. Além de ter de salvar seu teatro, Lara ainda tem de lidar com o drama de sua neta Bárbara, interpretada por Monique Alfradique. Depois de descobrir sua verdadeira paternidade, a patricinha ressurge totalmente diferente e em busca de uma mudança de vida.

Ela é noiva de Oliver, de Augusto Zacchi, herdeiro de um dos maiores bancos do país, e terá grandes dificuldades para ser aceita na família dele. "Ela quer o que não tem na própria família. Quer encon-

A

Roberto Maia, Thaís de Campos, Beatriz Segall, Monique Alfradique, Susana Vieira e Humberto Martins Pedro Paulo Figueiredo/CZN

Pedro Paulo Figueiredo/CZN

Humberto Martins e Susana Vieira Pedro Paulo Figueiredo/CZN

Aguinaldo Silva e Wolf Maia

Thaís de Campos, Susana Vieira e Monique Alfradique

Eliane Giardini e Paulo Betti

trar uma pessoa, casar, ter filhos e levar uma vida 'normal'", explica Monique.

A grande "dor de cabeça" de Lara é Maria Beatriz, avó de Oliver, que considera a protagonista uma desclassificada e decide lutar para evitar o casamento do neto com Bárbara. Interpretada por

Beatriz Segall, a atriz é uma das grandes novidades da série. "É um trabalho excelente, que gostei muito de fazer. Receber esse convite foi o momento mais feliz que já tive", derrete-se a atriz que ficou marcada como a vilã Odete Roitman, de "Vale Tudo", exibida em 1988 e que atual-

mente está sendo reprisada no canal pago Viva. Wolf Maya também volta a atuar na tevê na minissérie que também dirige. "O Wolf entra na história interpretando o diretor. Foi uma experiência maravilhosa trabalhar com ele como ator", empolga-se Suzana.

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Jorge Rodrigues Jorge/CZN

NOME PRÓPRIO

Em sua estreia na TV, Mel Fronckowiak vive uma das protagonistas de Rebelde Por Luana Borges PopTevê

Muitos atores passam por uma série de papéis na tevê até conseguir um de destaque. Com Mel Fronckowiak foi diferente. Depois de fazer teatro amador e trabalhar como modelo, ela entrou para o elenco de "Rebelde", a primeira novela de sua carreira, interpretando Carla, uma das protagonistas da trama. "Tenho formação de teatro, é tudo novo para mim. É preciso deixar a interpretação sutil.

O pequeno vira grande", filosofa.

Nascida em Pelotas, no Rio Grande do Sul, a atriz teve de se submeter a testes para a personagem. Na época, Mel fazia muita publicidade em São Paulo, mas tinha um agente no Rio de Janeiro, que a indicou para alguns. "Fiz testes na Globo, fiz esse na Record e não saí mais", explica, empolgada. O processo foi longo. Cada etapa passava pela avaliação de jurados do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Televisa, emissora de tevê mexicana com a qual a Record produz, em parceria, a trama de Margareth Boury. "É uma grande responsabilidade fazer meu primeiro trabalho nesse projeto, onde tantas pessoas gostariam de estar. Mas me sinto preparada para isso", avalia.

Na história, Carla é a mais tímida do sexteto. Assim como cada um dos protagonistas possui uma temática central, o drama da personagem de Mel é sofrer de bulimia e anorexia. A menina, de 17 anos, é bolsista da fictícia escola Elite Way e é apaixonada por Tomás, de Chay Suede, um dos rebeldes. "É um outro tipo de mocinha, que tem problemas de aceitação com o corpo, com o meio social", analisa. Para entender melhor o universo do papel, Mel fez questão de se aprofundar na pesquisa sobre as doenças. Começou procurando informações na internet e descobriu todos os tipos de site, desde os que oferecem ajuda às pessoas que estão na mesma situação até os que incentivam a práti-

ca desses distúrbios. "Queria saber ao que os jovens têm acesso hoje em dia porque o mundo é virtual.

Foi interessante entrar nos sites para eu perceber o pensamento dessas pessoas", avalia ela, que também foi em hospitais para ver de perto a situação de gente internada com bulimia ou anorexia.

O assunto é sério. Por isso mesmo, Mel não se preocupa em suavizar o drama de sua personagem. "As pessoas me perguntam: 'Por que você não deixa a Carla mais cômica para não pesar?'.

Porque não é engraçado", justifica.

Apesar disso, a atriz protagoniza momentos divertidos na pele da estudante. Ainda mais porque a personagem é uma adolescente e também vive coisas boas. E, os 23 anos de Mel não foram um empecilho para que ela desse vida a uma jovem de 17. "Já fui adolescente, é bom poder voltar a esse universo.

Meu trabalho como atriz é esse: pegar uma realidade que não é minha e transformar", ressalta.

Além da interpretação, Mel precisou desenvolver outras habilidades: cantar e dançar. Ela já havia feito parte de um coral e sempre teve a música presente em sua vida por conta dos pais, que tocam violão. Mas essa é a primeira vez que tem de desenvolver o canto no âmbito profissional. "Estamos tendo muitas aulas e agora estou entendendo e descobrindo minha voz", destaca. No outro quesito, a atriz não teve a menor dificuldade. Principalmente porque dança desde pequena. Ainda assim, ela e os outros cinco protagonistas – Micael Borges, Arthur Aguiar, Sophia Abrahão, Chay Suede e Lua Blanco – tiveram uma intensa preparação durante três meses. "O mais bacana foi que uniu o grupo.

Um cantava mais, o outro interpretava mais. Agente se igualou um pouco para conseguir se ajudar", conta. Mas tantas aulas não são à toa. A ideia é que o sexteto forme uma banda fora da ficção também.

"Não estou conseguindo pensar nisso agora porque nossa ênfase é fazer a novela", desconversa.

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EM FOCO

Mateus Solano se fascina com a robótica ao interpretar Ícaro de Morde & Assopra Por Natalia Palmeira PopTevê

ão faz muito tempo que se ouve falar no nome de Mateus Solano.

Dono de uma trajetória sólida no teatro e já com algumas participações na tevê, o ator só ficou nacionalmente conhecido depois de interpretar o compositor e jornalista Ronaldo Bôscoli em "Maysa Quando Fala o Coração", minissérie escrita por Manoel Carlos e exibida em 2009.

Antes disso, o Ligador, hilário personagem de uma propaganda de uma companhia telefônica, havia sido seu maior destaque na televisão. O posto de galã ganhou ainda mais força quando deu vida aos gêmeos Jorge e Miguel, em "Viver a Vida", no ano passado. Agora, em "Morde & Assopra", ele interpreta um "nerd" apaixonado por robótica. Com Ícaro, ele experimenta a comédia na televisão, o que deixa Mateus entusiasmado com o novo trabalho. "Acho que a comédia abre mais possibilidades.

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Fiz alguns bons moços, mas o Ícaro é mais um cara querido do que com apelo sexual", ressalta.

Mateus é daqueles que defende seus personagens com "unhas e dentes". Na trama de Walcyr Carrasco, ele vive um médico que resolve construir uma máquina com as feições e gostos iguais as de sua esposa, morta em um acidente de barco alguns anos antes. Por mais obsessiva que a história possa parecer, o ator garante que compreende as atitudes do personagem. "Essa obsessão fica diluída no foco que ele tem no trabalho. O Ícaro realmente acredita que possam existir máquinas que tirem suas próprias conclusões e, porque não, sentirem, amarem e serem amadas", explica. E é com esse mesmo olhar compreensivo que esse brasiliense de 29 anos fala de trabalhos anteriores. "Na época que fazia os gêmeos, as pessoas falavam mal do Jorge. Eu entendia perfeitamente o Jorge e todos os meus personagens", conta, entre risos.

Compreender a relação de Ícaro com a tecnologia não foi tarefa fácil. Mateus procurou ler muito a respeito desse assunto tão complexo. A maior referência foi o livro "AEra das Máquinas Espirituais", do futurista novaiorquino Ray Kurzweil. "O autor diz que daqui algumas décadas, o robô vai falar: 'estou triste, me consola'. E você pensa: 'mas é um robô. Será que tem sentimentos? Será que faz conexões por conta própria?", questiona ele, admitindo ter ficado impressionado com os avanços tecnológicos. Principalmente quando descobriu que essas máquinas são dotadas de um "software" de aprendizagem e não como um computador que já possui todas as informações. "Agora, o robô aprende por conta própria com as experiências que vai tendo. Ele aprende uma coisa, depois outra, junta tudo e, daqui a pouco, tira uma conclusão disso", explica.

Outro ponto que chama atenção de Mateus é poder de contracenar com uma das máquinas mais avançadas do mer-

cado, pelo menos no mercado de entretenimento. Apesar de a "roboa" construída por Ícaro ser interpretada por Flávia Alessandra, o melhor amigo do personagem é Zariguim, um robô de 55 centímetros de altura, capaz de expressar sentimentos e interpretar emoções através de análise da linguagem corporal. "Esse personagem é muito desafiador por propor todas essas questões. Também acho gostosa essa mistura de uma mulher que pesquisa o passado e um cara que está à frente do seu tempo", analisa, se referindo à antropóloga Júlia, vivida por Adriana Esteves. Apesar da aparência e movimentos humanos, é a voz do dublador que ajuda Mateus a contracenar com uma máquina dotada de inteligência artificial.

"O robô sozinho não me dá emoções, mas o cara que dubla a voz dele. É da mesma forma que fazia os gêmeos. Não contracenava comigo mesmo, mas com um dublê que me passava emoções para eu responder", exemplifica.

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A SEMANA DAS NOVELAS MALHAÇÃO - Rede Globo - 17h15 Segunda (04/04) - Railda teme ser rejeitada por Theo. Babi não deixa Maicon saber o sexo do bebê. Duda e Josiane fazem o ensaio fotográfico juntas. Maicon reclama com a mãe da hostilidade de Babi. Catarina teme a reação de Raquel ao vê-la em sua festa surpresa.

Raquel entra na casa de Pedro falando mal de Catarina, deixando todos constrangidos. Raquel cumprimenta Duda e Fred e ignora Catarina.

Lorelai pergunta a Theo qual seria sua reação se a mãe biológica lhe procurasse. Escondida no quarto de Pedro, Catarina ouve Raquel falar que parou de tomar seus remédios.

Terça (05/04) - Theo não quer conhecer sua mãe biológica. Raquel implora que Catarina não conte a Pedro o que ouviu. Josiane incentiva Duda a investir em Eric. Pedro observa Lúcio conversando com Catarina. Fred reclama com Antônio por ter ficado no grupo de trabalho com Artur. Josiane tenta fazer Milena aceitar Tereza como namorada de seu pai. Tereza fica curiosa para saber sobre a propaganda que João fez sobre o Primeira Opção. Lorelai apoia Railda, mas pede que ela não magoe Theo.

Maicon desafia Milton. Catarina conta para Pedro que Raquel suspendeu sua medicação.

Quarta (06/04) - Lorelai apresenta Theo a Railda. Pedro ameaça terminar o namoro se Raquel não tomar sua medicação. Railda pega um copo que Theo usou para fazer um exame de DNA. Catarina teme que Duda use medicamentos para emagrecer. Duda defende Josiane da implicância de Lúcio e Marcos. Depois de mais uma expulsão de jogo, Maicon aceita fazer aulas de ioga para se acalmar. A produtora da agência de modelos humilha Josiane ao ver as fotos que ela tirou com Duda. Rogério convida Pedro para fazer um teste para uma campanha, mas ele se nega a seguir a carreira de modelo.

Quinta (07/04) - Josiane mostra Eric conversando com uma menina para Duda. Raquel fica excessivamente animada por ter sido escolhida para uma campanha. Lurdes fala com Geraldo que eles precisam afastar Railda de Theo.

Duda tenta, mas não consegue revelar a Eric o que sente por ele. Lúcio e Marcos implicam com o jeito como Josiane dança e Eric a defende.

Pedro obriga Raquel a tomar o remédio. Duda confessa para Catarina que está interessada em Eric. Eric elogia Josiane e a beija. Sara tenta seduzir Maicon. Lúcio flagra Raquel jogando sua medicação fora depois que Pedro se afasta.

Sexta (08/04) - Lúcio mostra para Pedro a cápsula do remédio que Raquel jogou fora.

Pedro tenta terminar o namoro. Babi estranha o novo comportamento zen de Maicon. Lurdes decide falar com Theo que Railda quer encontrá-lo. Theo critica Pedro por não ter terminado com Raquel. Duda tira satisfações com Josiane ao saber que ela beijou Eric. Theo se surpreende quando Lurdes pergunta se ele vai se encontrar com a mãe biológica. Eric critica Josiane por ter ficado com ele sabendo dos sentimentos de Duda. Raquel não aparece para fazer as fotos para a campanha.

ARAGUAIA - Rede Globo - 18h Segunda (04/04) - Esmeralda e Safira implicam com Ametista. Mariquita pede que Gabriel tome cuidado com Max. Gabriel avisa a Solano que Max está rondando a estância. Max observa Amélia ir para o armazém. Rudy convida Manuela para lanchar com ele. Beatriz estranha a visita de Max. Bruno e Nancy reclamam de Neca. Pimpinela fala com Vilhena sobre a venda da estalagem. Mariquita agradece o carinho que todos estão tendo com ela depois que ficou doente. Beatriz liga para Solano e conta sobre sua conversa com Max. Vitor e Amélia se assustam ao ver Max em frente à porta de seu quarto.

Terça (05/04) - Vitor e Amélia ficam apreensivos com a calma de Max, que se faz de vítima e ameaça Vitor e Amélia. Solano pede para o casal voltar para a estância. Padre Emílio fica impressionado ao ver Madalena falando com o espírito de Apoena, que revela mais uma palavra para ela. Rudy tenta convencer Manuela a perdoar Max, mas acaba compreendendo sua posição.

Estela e Solano ficam juntos. Rudy e Manuela se beijam. Dora cuida das crianças enquanto Padre Emílio vai a Juruanã.

Lurdinha se assusta ao encontrar Rudy no quarto de Manuela pela manhã.

Quarta (06/04) - Mamed sofre por não encontrar uma esposa e decide deixar Girassol. Solano fica arrasado ao ver Manuela e Rudy se beijando. Max aparece com Ruriá no local da escavação e avisa que se trata de um cemitério indígena. Mamed se despede de todos em Girassol. Jamila chega à cidade com roupas típicas árabes e Neca e Pimpinela correm atrás de Mamed. A cidade de Girassol vai ao show da dupla Zezé di Camargo & Luciano. Max vai à casa de espetáculos e faz ameaças para toda a cidade. Estela lê a mensagem que Apoena ditou para Madalena.

Quinta (07/04) - A emissora não divulgou o resumo do penúltimo capítulo.

Sexta (08/04) - A emissora não divulgou o resumo do último capítulo.

Sábado (09/04) - Reprise do último capítulo.

REBELDE - Rede Record - 19h00 Segunda (04/04) - Pilar chega e fotografa os rebeldes. Becky acha que Vicente não vai beijá-la, por causa de sua aparência. Dadá briga com João. Alceu chega bêbado em casa.

Pedro descobre que foi Raul quem contou para Pilar onde ele estava. Rola um clima entre Pedro e Alice. Diego oferece uma carona para Roberta, que não aceita, mas rola um clima entre os dois. Pedro não para de pensar em Alice. Leonardo briga com Diego. Pilar escuta uma conversa entre Téo e Pedro atrás da estante. Alice e Pedro se encontram e se beijam.

Terça (05/04) - Após beijar Alice, Pedro sai correndo. Diego tenta pular de uma pedra para o mar. Roberta tenta impedir e cai. Diego pula atrás. Pedro fica confuso com o beijo que deu em Alice. Vitória alfineta Alice. Roberta e Diego também trocam alfinetadas. Rola um clima entre Genaro e Beth e Cilene fica com ciúmes. Pedro revela a Vicente que beijou Alice.

Diego e Roberta se encontram. Alice conta a Carla sobre o beijo de Pedro e admite estar apaixonada por ele. Carla conta sobre seu distúrbio alimentar. Pedro e Alice se beijam novamente. Pilar assiste a tudo e tira uma foto.

Quarta (06/04) - Roberta tenta impedir que Pilar entregue a foto do beijo para seu pai. Pedro, Diego, Tomás, Alice, Carla e Roberta se unem para impedir Pilar. Pilar espera seu pai na porta da escola. Vicente chega e manda Pilar para a sala de aula. Vitória pede a Pilar para ser amiga dela. Pedro e Alice discutem na frente de Vicente. Diego e Téo passam por Carla e Tomás fazendo um sinal. Pedro, Alice, Diego e Roberta querem que Pilar os fotografe se beijando. Jonas manda Pedro e Carla arrumarem suas coisas para saírem do colégio.

Quinta (07/04) - Alice diz que tudo foi ideia dela. Eva convida Franco para viajar.

Pedro é expulso. Alice diz a Roberta que ela só não beijou Diego porque sente algo por ele.

Pedro e Diego ameaçam brigar e acabam se abraçando. Roberta faz carinho em Alice.

Roberta puxa Diego e dá um beijo nele. Tomás e Carla, Márcia e Téo e vários outros casais também se beijam. Pedro e Alice são os únicos que não se beijam e ficam só observando.

Pilar briga com João pelo beijo. João diz que não ia perder a chance de beijá-la. Jonas decide não expulsar ninguém.

Sexta (08/04) - Jonas tenta seduzir Beth.

Débora se arruma para encontrar seu pretendente. Silvia diz a Débora que sairá para jantar com Leonardo. Beth pergunta se Teresa gosta de Genaro e ela diz que não. Pedro pede desculpas a Alice por ficar dizendo que o beijo foi ruim. Jonas reúne os rebeldes para avisar que eles são os únicos que ficarão de castigo e com supervisão de Teresa. Roberta nega e diz que teria beijado qualquer um para salvar Pedro. Lupi e Dadá encontram Alceu bêbado, caído no chão. Os rebeldes se reúnem no porão.

MORDE & ASSOPRA - Rede Globo - 19h50 Segunda (04/04) - Abner convida Júlia para jantar em sua casa. Márcia desmascara Guilherme. Fernando ameaça contar para seu pai que teve um caso com Lavínia. Augusta propõe que Élcio se vista de mulher e vá trabalhar na casa de Lara. Leandro tenta descobrir quem é a mulher que viu na casa de Ícaro. Abner confirma que está pensando em se casar e Hortência conclui que Tonica estava certa. Celeste diz à mãe que Abner a pedirá em casamento. Júlia revela que se apaixonou por Abner e pede a Ícaro que invente uma máquina para escavar sem destruir a plantação do amado.

Terça (05/04) - Naomi toca piano enquanto Leandro a observa. Augusta e Carolina começam a transformação de Élcio em mulher. Júlia conta para Abner que Ícaro tentará criar uma máquina que facilite a escavação do titanossauro e preserve sua plantação. Fernando procura o pai e diz que aceita seu casamento com Lavínia.

Tonica flagra Abner com Júlia. Júlia tenta se aproximar de Tonica. Minerva chega à praça, acompanhada de Alice e Pimentel, e exige que Dulce pare de vender suas cocadas. Tonica conversa com Júlia e diz que Celeste se casará com seu pai.

Quarta (06/04) - A transformação de Élcio termina e Augusta o batiza de Elaine. Júlia briga com Abner e provoca uma confusão no jantar.

Minerva humilha Dulce e a expulsa da praça. Júlia esquece o laptop na casa de Abner e Tonica o encontra. Naomi revela que gostaria de ser tratada como gente e Ícaro ouve. Leandro vai à casa de Ícaro oferecer seu serviço de jardineiro. Lara apresenta Elaine para o pai e Eliseu fica fascinado pela empregada. Alice procura Guilherme no consultório. Abner leva Aquiles para falar com Dulce no hotel e encontra Júlia.

Quinta (07/04) - Abner devolve o laptop de Júlia e discute com ela.

Aquiles ameaça processar Minerva. Ícaro contrata Leandro. Duda se revolta com o tratamento no SPA e ataca Efraim. Lavínia pede que Fernando aceite o pedido do pai de levá-la ao altar. Josué mostra a Virgínia os fósseis que encontrou. Dulce consegue a licença para vender suas cocadas. Alice conta para a mãe que vai sair com Guilherme.

Minerva ensina sua cadelinha a atacar Isaías. Celeste oferece um presente a Tonica em troca do seu apoio e ela pede um laptop. Abner pressiona Júlia a dizer por que está brigando com ele.

Sexta (08/04) - Júlia acusa Abner de mentiroso e vai embora. Leandro cumprimenta Naomi e leva uma rosa para ela. Efraim leva comida escondido para Pink. Júlia conta que se envolveu com Abner e Cristiano a beija.

Abner descobre que Tonica espalhou que ele vai se casar com Celeste. Pink e Dorival assam o frango no quarto e o cheiro da comida se espalha pelo SPA. Elaine serve o jantar para Lara e Eliseu. Isaías agarra Minerva e é atacado pela cachorrinha Madona. Ícaro vê a rosa que Leandro deu para Naomi. Abner leva Tonica ao hotel para falar com Júlia.

Sábado (09/04) - Naomi conta para Ícaro que ganhou uma rosa de Leandro e afirma que gostou de ser tratada como gente. Alice apresenta Guilherme aos pais como seu namorado. Virgínia se oferece para tomar conta dos fósseis e Júlia se espanta.

Celeste compra o computador para Tonica. Minerva procura Oséas e pressiona o banqueiro a executar a dívida de Abner. Janice agradece a Ícaro pelo emprego de Leandro e demonstra curiosidade sobre Naomi. Naomi se aproxima de Leandro. Abner fica sabendo que Celeste deu um laptop para Tonica e questiona a cunhada.

INSENSATO CORAÇÃO - Rede Globo - 21h Segunda (04/04) - Léo seduz Carmem. Natalie reclama de Cortez para Roni. Olívia incentiva Kléber a entrar em um grupo de apoio para viciados em jogo. Alice convida Vinícius para ir à festa de Paula. Bibi dispensa Douglas. Fabíola escolhe seu repertório para o show na casa de Milton. Neném conta para Wanda que Léo está morando no Rio de Janeiro.

André se interessa por detalhes da gravidez de Carol. Kléber vai a uma reunião do grupo de apoio. Cortez dispensa Natalie e Roni convence a amiga a ir à boate com ele. Natalie chega à casa de shows com Nelson e Roni.

Terça (05/04) - Olívia ajuda Cecília a se arrumar para a festa de Paula.

André alerta Carol sobre alguns cuidados que ela precisa tomar. Rafa apresenta Cecília aos pais. Roni vê o banqueiro com a esposa e comenta com Natalie, que flagra os dois. Alice, Vinícius e Eduardo chegam à boate. Quim convence Laurinha a provocar Cecília.

Milton diz a Daisy que vai escolher o repertório para o show de Fabíola.

Marcos se aproxima de Alice e Vinícius a repreende. Cortez telefona para Natalie. Zoraide esconde uma faca que Norma lhe deu embaixo do colchão de Araci. Léo consegue enganar Carmem.

Quarta (06/04) - Natalie estipula um prazo para Cortez se separar de Clarice. Raul incentiva Pedro a procurar Marina. Pedro decide ligar para Marina, mas ela está fora do país.

Zoraide conta para Norma que Araci tem um tesouro esperando por ela fora da penitenciária. Léo mente para Wanda ao falar sobre seu novo emprego. Carmem conversa com Sueli sobre Léo. Alice convence Carol a convidar André para jantar. Norma pensa em sua vingança. Carmem avisa que vai tirar seu dinheiro da indenização e Léo se anima.

Quinta (07/04) - Carol, André e Alice escolhem o nome para o bebê.

Léo decide ligar para Carmem ao ver que está sem água em casa. Carmem se oferece para ajudar Léo e insiste para que ele durma em sua casa.

Norma pensa em roubar o suposto tesouro de Araci. Carmem dá um relógio para Léo. André comenta com Beto que desenhará um berço para seu filho.

Seis meses se passam. Léo reclama da camisa que a diarista lavou e Carmem diz que lhe dará uma nova. Pedro liga novamente para o escritório de Marina, mas não a encontra. Marina volta de viagem decidida a reconquistar Pedro.

Sexta (08/04) - Carmem dá uma moto de presente para Léo. Léo tenta convencer Carmem a investir seu dinheiro em uma suposta loja de sucos. Natalie convence Sidnei a colocá-la na capa de sua revista. Xicão se apresenta a Sueli e é contratado para trabalhar no quiosque. Léo planeja com Tonico uma forma de enganar Carmem. Norma tem um pesadelo com Léo. Gisela passa um fim de semana com Teodoro. Léo se apresenta a Matilde como Wilson e rouba a chave da loja que ela lhe mostra.

Carmem decide investir seu dinheiro para montar a loja de sucos.

Sábado (09/04) - Tonico e Léo armam para dar um golpe em Carmem.

Cecília diz a Rafa que vai contar sobre o namoro para sua mãe. Daisy descobre que Kléber foi demitido e decide segui-lo para saber onde ele está conseguindo dinheiro. Alice muda de ideia e vai encontrar Vinícius em uma festa.

Kléber decide dar um depoimento ao ver Daisy na reunião. Irene consegue seduzir Pedro. Alice flagra Vinícius com uma garota na praia. Léo tenta disfarçar a tensão quando Carmem sugere levar o suposto contrato para um advogado avaliar. Pedro e Marina se encontram casualmente em Porto Alegre.

AMOR E REVOLUÇÃO - SBT - 22h00 Até o fechamento desta edição, a emissora não divulgou o resumo dos capítulos.

RIBEIRÃO DO TEMPO - Rede Record - 22h15 Segunda (04/04) - André decide prestar depoimento. Arminda conta para Filomena que Joca está em seu quarto. Sônia passa mal.

O filho de Lincon afirma desconhecer o líder e se nega a entregar os outros seguidores do movimento. O agente decide prender Jairo.

Jairo permite que Lincon converse com seu filho. A executiva diz a Joca que Filomena aceitou participar do plano. Virgílio se faz de vítima para Clorís e diz não estar envolvido em nenhum crime. Monsieur Claudel chega em Ribeirão do Tempo.

Terça (05/04) - Lincon quer André solto.

Marta vai conversar com Jairo, na tentativa de libertar o filho do jornalista. A investigadora apela para o agente federal e se responsabiliza pelo rapaz. André é solto e vai até seu pai.

Nicolau entra no quarto e pega um revólver.

Virgílio conversa com Nasinho e diz que deixará Ribeirão do Tempo. Filomena fala para Querêncio que vai se separar de Tito. O prefeito pergunta se ela ainda o ama e a moça fica insegura. Karina se dirige com o escrivão até o local onde foi marcado o encontro com Virgílio.

Quarta (06/04) - Virgílio chega e Nasinho, que já o aguardava, o convence a ir até a mata para entregar o dinheiro. O escrivão saca a arma. Nasinho liga para Karina e diz que Virgílio já está morto. Ele ainda tenta sacar sua arma, mas Karina é mais rápida e o acerta no peito. Karina prepara a cena do crime para simular que um atirou no outro. Cardoso recebe uma ligação com a denúncia de dois homens mortos no meio da mata e se dirige ao local com Marta. Arminda se arruma para o jantar com Claudel, deixando Joca com ciúmes.

Quinta (07/04) - Marta e Cardoso partem para a cena do crime. Tito vê Filomena e Mateus jantando e aparentemente envolvidos. Da forma como a cena foi montada, deduzem que Nasinho e Virgílio atiraram um no outro. Nicolau, Flores e Karina comemoram. Querêncio bebe além da conta e começa a falar sobre sua suposta missão. Tito e Filomena discutem. Newton avisa o casal que o administrador da pousada foi encontrado morto. O senador diz que foi Joca quem matou os dois. Flores vai até Ajuricaba e reforça a denúncia contra o detetive.

Sexta (08/04) - Claudel conta para os herdeiros de Durrel que Teixeira usa uma identidade falsa. Marisa avisa a Elza que está indo embora do Solar. Claudel dá duas opções para os herdeiros de Durrel. Ajuricaba convence Jairo a fazer uma busca por Joca pela cidade. Lincon conta para Patrícia e André que o vice-presidente logo renunciará. Marisa retorna para a boate. Sônia deixa o hospital. Jairo e seus agentes invadem o Solar. Joca ouve a confusão e fica sem saber o que fazer. Arminda chega ao local e presencia a tudo. Nicolau inicia um discurso na tribuna.

Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.

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FILMES DA SEMANA DOMINGO, 03/04 Shrek (Globo, 14 h) Shrek, de Andrew Adamson e Vicky Jenson. Elenco não informado.

EUA, 2001, cor, 90 min. A emissora não informou classificação etária.

Animação – Um ogro tem sua vida invadida por uma série de personagens de contos de fadas que acabam com a tranquilidade de seu lar.

Determinado a resolver o problema, ele faz um acordo com o Lord Farquaad e aceita resgatar uma bela e misteriosa princesa.

A Estratégia do Caracol (TV Brasil, 23 h) La Estrategia Del Caracol, de Sergio Cabrera. Com Frank Ramírez, Fausto Cabrera e Florina Lemaitre.

Colombia, 1993, cor, 116 min.

Classificação Etária: 18 anos.

Drama – Moradores de um dos bairros mais pobres de Bogotá lutam para evitar a demolição da casa onde moram, de propriedade de um milionário sem escrúpulos. Defendendo o edifício de juízes e policiais, planejam uma original estratégia, dirigida por D. Jacinto, um velho anarquista espanhol. A luta contra os especuladores e corruptos parece ser perdida antes de começar, mas os vizinhos estão dispostos a fazer todo o possível para defender a sua dignidade.

16 Quadras (Record, 23 h) 16 Blocks, de Richard Donner. Com Bruce Willis, Mos Def, David Morse e Jenna Stern. EUA, 2006, cor, 105 min.

Classificação Etária: 14 anos.

Suspense – Jack Mosley corre contra o tempo para transportar o presidiário Eddie Bunker, que deve testemunhar no tribunal. Um trajeto de 16 quadras, que deveria levar no máximo 15 minutos de carro, acaba se esticando para quase duas horas de muita adrenalina, onde Mosley passa a ser perseguido por policiais pelas ruas de Nova Iorque. Mosley descobre, então, que o homem escoltado deve ser morto a qualquer custo, por saber demais da corrupção policial.

A Outra Face (Globo, 23:40 h) Face Off, de John Woo. Com John Travolta, Nicolas Cage e Alessandro Nivola. EUA, 2008, cor, 138 min. A emissora não informou classificação etária.

Ação – Para vingar o cruel assassinato de seu filho, o agente do FBI, Sean Archer, se submete a uma cirurgia radical, trocando seu rosto com o do terrorista Castor Troy. Mas quan-

do Castor acorda, percebe que pode assumir a identidade de Sean. Nesse momento, um inimaginável pesadelo atormenta o verdadeiro Sean, que precisa lutar não só pela sua vida, mas também por sua esposa e sua filha.

O Retorno de Sweetback (Band, 1:45 h) Baadasssss!, de Mario Van Peebles.

Com Mario Van Peebles, Joy Bryant e T.K Carter. EUA, 2003, cor, 108 min.

Classificação Etária: 16 anos.

Drama – Decidido a realizar um filme em tom épico, protestando contra a exploração da raça negra, mas que realmente fizesse a diferença, Melvin é obrigado a lidar com falsos promotores, uma antiga equipe de realizadores, credores aterrorizante e várias personalidades hipócritas do mundo de Hollywood. Obcecado e arriscando tudo, inclusive sua vida e a sua família, a única chance de Melvin se sair bem e honrar sua cor é fazer o que for possível para realizar o filme.

Borat - O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América (Globo, 2 h) Borat: Cultural Learnings Of America For Make Benefit Glorious Nation Of Kazakhstan, de Larry Charles. Com Sacha Baron Cohen, Ken Davitian e Pamela Anderson. EUA, 2006, cor, 84 min. A emissora não informou classificação etária.

Comédia – Um jornalista do Cazaquistão parte para os Estados Unidos para rodar um documentário. Ele conhece pessoas que reagem de modo inesperado ao seu comportamento, expondo o lado mais condenável da cultura americana e provocando muitas risadas.

SEGUNDA, 04/04 Toy Story 2 (Globo, 16 h) Toy Story 2, de John Lasseter. Elenco não informado. EUA, 1999, cor, 92 min. A emissora não informou classificação etária.

Comédia – Continuação de "Toy Story". Desta vez, Woody tenta salvar um brinquedo que acaba indo parar em um bazar de usados e termina por ser sequestrado por um colecionador de brinquedos, que pretende vendê-lo a um museu japonês. Na casa do sequestrador, descobre que foi o protagonista de um famoso seriado da tevê de décadas atrás e conhece os demais integrantes de sua coleção. Enquanto isso, os demais brinquedos partem em uma atrapalhada operação de resgate.

Homem de Ferro (Globo, 22:25 h) Iron Man, de John Favreau. Com Robert Downey Jr, Terrence Howard e Jeff Bridges. EUA, 2008, cor, 126 min.

A emissora não informou classificação etária.

Ação – Após sofrer um acidente, o bilionário inventor Tony Stark cria uma armadura de ferro para mantêlo vivo. Com o sucesso de seu invento, ele decide usar a alta tecnologia de sua armadura para combater o crime.

Podecrer! (Globo, 2:45 h) Podecrer!, de Arthur Fontes. Com Dudu Azevedo, Maria Flor e Gregório Duvivier. Brasil, 2007, cor, 96 min. A emissora não informou classificação etária.

Comédia – Rio de janeiro, 1981.

Um grupo de amigos está no ano de sua formatura no colégio São Jorge.

Entre eles está Carol, filha de exilados políticos que retornou recentemente ao Brasil. Ela se apaixona por um integrante da banda de "rock" mais conhecida e tem de enfrentar a garota mais bonita do colégio que está decidida a conquistá-lo. Em meio às festas e namoros, eles ainda precisam se preocupar com o vestibular e com o futuro.

TERÇA, 05/04 Dirty Dancing - Ritmo Quente (Globo, 16 h) Dirty Dancing, de Emilie Ardolino.

Com Patrick Swayze, Jennifer Grey e Jerry Orbach. EUA, 1987, cor, 100 min.

A emissora não informou classificação etária.

Musical – Garota em férias com a família conhece e se apaixona pelo instrutor de dança do hotel onde estão hospedados. Mas o ritmo quente da dança faz com que os pais dela censurem o romance.

QUARTA, 06/04 Gol! (Globo, 16 h) Goal! The Dream Begins, de Danny Cannon. Com Kuno Becker, Stephen Dillane e Anna Firel. Inglaterra/ EUA, 2005, cor, 118 min. A emissora não informou classificação etária.

Drama – Jovem mexicano, que mora ilegalmente desde criança em Los Angeles, quer se tornar jogador de futebol profissional. A chance do rapaz aparece quando um olheiro o convida para um teste em um time na cidade de Newscatle, na Inglaterra.

Mas, para vencer, Santiago terá de superar muitas barreiras. Participação especial de David Beckham e Zinedine.

QUINTA, 07/04 Uma Cavaleira em Camelot (Globo, 15:55 h) A Knight In Camelot, de Roger Young. Com Whoopi Goldberg, Michael York e Simon Fenton. EUA, 1998, cor, 90 min. A emissora não informou classificação etária.

Comédia – Uma cientista bem-humorada obtém sucesso com uma de suas invenções mais ousadas. O resultado: ela consegue viajar através do tempo e vai parar na Inglaterra da Idade Média. Lá, se mete em muitas confusões e ainda conhece Merlin e o Rei Artur.

Baseado na obra de Mark Twain.

O Desenho do Corpo (TV Brasil, 23 h) O Desenho do Corpo, de Cristiane Arenas. Elenco não informado. Brasil, 2009, cor, 52 min. Classificação Etária: 18 anos.

Documentário – O padrão de beleza feminina vigente na sociedade é de um corpo jovem, magro e esbelto. Vera França, de 67 anos, modelo vivo há 40 anos, conduz um interessante diálogo entre diversos especialistas de arte, estética e sociedade, mostrando aspectos da construção do possível e ideal para beleza. O documentário apresenta o olhar de teóricos e não teóricos sobre a imagem do corpo feminino.

SEXTA, 08/04 Zathura: Uma Aventura Espacial (Globo, 15:45 h) Zathura: A Space Adventure, de John Favreau. Com Jonah Bobo, Josh Hutcherson e Kristen Stewart. EUA, 2005, cor, 113 min. A emissora não informou classificação etária.

Aventura – Após encontrarem um jogo no porão, os irmãos Walter e Danny decidem jogá-lo. Só que não esperavam que o jogo fizesse com que sua casa fosse magicamente arrancada da Terra, passando a vagar pelo espaço.

Um Passaporte Húngaro (TV Brasil, 22 h) Um Passaporte Húngaro, de Sandra Kogut. Elenco não informado. Brasil, 2001, cor, 71 min. Classificação Etária: Livre.

Documentário – Relata a busca da diretora Sandra Kogut por um passaporte húngaro e a sua luta para conquistar essa cidadania, já que seus avós são imigrantes da Hungria. Revela aspectos de uma família que, como muitas, foi dividida entre dois mundos e dois exílios: aquele dos que se foram e aquele dos que ficaram, guiando o telespectador a uma viagem às origens húngaras.

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TV POP

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TENTAÇÃO - Grávida de sete meses, Daniele Valente volta ao ar em "Batendo Ponto", série que estreia depois do "Fantástico", neste domingo. Prevista para dar à luz no dia 13 de maio, a atriz já gravou o episódio de despedida, mas vai continuar trabalhando até quando puder. O grande problema de Daniele está sendo lidar com a vontade de comer doces. "Acho uma sacanagem ser justo no mês que todos os supermercados estão abarrotados de chocolates", conta a bem-humorada atriz. "Dá vontade de abrir todos e comer tudo ali mesmo", exagera, entre risos.

DA CABEÇA AOS PÉS - O novo visual de Bruna Linzmeyer poderá ser conferido em breve. A atriz cortou os cabelos curtinhos para a nova fase de Leila, em "Insensato Coração". Ela está afastada da trama desde que sua personagem viajou para estudar em Londres, mas volta a partir do dia 18. No retorno, Leila vai se envolver com um homem mais velho.

DESFALQUE - O "Saia Justa" sofrerá novas mudanças em breve. Christine Fernandes vai deixar o programa. Para substituí-la, Camila Morgado foi a escolhida. A partir da próxima edição, a atriz já participa ao lado de Mônica Waldvogel e Teté Ribeiro. O motivo da saída de Christine foi por problemas de saúde na família. A loura teve dificuldades para conciliar as gravações em São Paulo com a sua residência no Rio de Janeiro.

TODA TODA - Astrid Fontenelle se prepara para estrear nos cinemas. A atriz vai viver uma lésbica em "Assalto ao Banco Central", filme dirigido por Marcos Paulo que, aliás, é seu marido. A pré-estreia está prevista para julho.

Enquanto isso, Marcos Paulo já trabalha em outra produção: "Sequestrados". A história é sobre um esquadrão antisequestro e retrata os maiores sequestros que já aconteceram, como o da menina Eloá, o de Abílio Diniz, entre outros.

OUTRA ARTE - Depois de viver o falso "gay" Adriano de "Ti-Ti-Ti", Rafael Zulu volta a focar no teatro. O ator vai até Salvador para encenar "Aonde Está Você Agora" ao lado de Thiago Gagliasso. O papel já foi de Bruno Gagliasso, que está em "Cordel Encantado". O espetáculo tem texto de Regiana Antonini e direção de Raoni Carneiro.

NOVA EM FOLHA - O tombo foi feio, mas Ana Hickman já está 100%. Depois de ganhar uma lesão no tendão por causa da queda que levou durante o desfile na Sapucaí, a apresentadora do "Tudo é Possível" está "nova em folha". Ainda restam duas semanas de fisioterapia, mas a loura garante que segue as recomendações médicas com muita disciplina.

DESDE NOVOS - Com apenas dois meses, os gêmeos de Rosana Jatobá já surpreendem a mãe. A jornalista consegue definir bem as diferenças de personalidades entre Lara e Benjamin. Para ela, a menina é mais independente e bem resolvida. Enquanto que Benjamin se mostra bem mais manhoso e dengoso. Rosana, inclusive, já perdeu 14 dos 17 quilos que ganhou na gravidez.

SEMPRE AMIGAS - Amigas de longa data, Andrea Beltrão e Fernanda Torres (foto) vão mostrar a relação de amizade também na ficção. As atrizes são as protagonistas de "Tapas e Beijos", série cômica da Globo que passa a ocupar as noites de terça. "Elas são aquelas mulheres que optaram por ser independentes, mas não se resolveram no campo amoroso", adianta Fernanda, que vive Fátima, uma mulher que mantém um romance com um homem casado. "É um programa que fala sobre amor, liberdade, ser quem você é, tolerância...", conta Andrea, que interpreta Suely, uma mulher que foi abandonada pelo marido logo depois de se casar.

NOVAS POSSIBILIDADES - A comédia sempre esteve muito presente na carreira de Paula Pereira. A atriz interpretou as engraçadas Durga de "Caminho das Índias", Déia de "América" e Creuza de "O Clone", entre outras.

Talvez por isso, Paula quisesse variar um pouco no perfil de suas personagens. A Dora de "Araguaia" veio na hora certa. "Estava tentando fazer drama. Como eu vinha fazendo comédia, coloquei um 'pesinho' na Durga para mostrar para os autores que eu consigo fazer outra coisa", explica.

Jornal da TV 12

O JORNA L JORNAL Domingo, 3 de abril de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: jornaltv@ojornal-al.com.br