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O JORNA L Maceió, domingo, 4 de abril de 2010 | Ano XVI | Nº 104 | www.ojornalweb.com
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ALAGOAS
R$ 2,00
Sem apoio, Banco do Cidadão agoniza Hoje, operação de crédito para empreendedores informais é quatro vezes menor que em 2004 Páginas A17 e A18
MACEIÓ EM DOIS CLIQUES
Lula Castello Branco
clima de saudosismo, O JORNAL deu um passeio por Maceió em busca do que resta da arquitetura e dos costumes do maceioense de antigamente. O tempo em que os homens tiravam o chapéu numa saudação ficou marcado nos prédios da época. Nestes cliques, a Praça dos Palmares de ontem (1951) e de hoje. Num Lula Castello Branco
se tratando de arquitetura, pouco se mudou da visão que se tinha em 1950 da Praça D. Pedro II e da que se tem hoje. Da Catedral Metropolitana, via-se – e hoje também – o imponente prédio da Biblioteca Pública. O muro da praça é mantido, mas a escada lateral foi destruída. Emontem
Páginas A9, A10 e A11
Dois A sociedade teatral de Nova Jerusalém Páginas B1, B2 e B3
TV Pelé vai apresentar programete no SBT
Desempregado ganha a vida Policiais militares querem “vendendo” sonhos em fotos a oportunidade para votar Página A14
Páginas A3 e A4
CRB e Murici disputam hoje jogo decisivo Esportes
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O JORNAL
Opinião A2
Domingo, 4 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br
Cidadania
A importância da preservação das águas “Quase todos os usos que o homem faz da água resultam na produção de resíduos” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental Entre os recursos que o homem dispõe, a água aparece como um dos mais importantes, sendo indispensável para a sua sobrevivência. Nas suas múltiplas atividades, o homem precisa da água. A utilização cada vez maior dos recursos hídricos tem resultado em problemas, não só de carência dos mesmos, como também de degradação de sua qualidade. Assim, nos programas de usos múltiplos de recursos hídricos, devem ser considerados os aspectos relacionados com a quantidade necessária e a qualidade desejada dos mesmos. A preocupação com a qualidade da água é relativamente recente. Os projetos mais antigos de aproveitamento de recursos hídricos abordavam com maior ênfase o aspecto quantitativo, procurando garantir as vazões necessárias aos diversos usos previstos para os mesmos. Com o crescimento populacional, acompanhado do desenvolvimento industrial e da intensificação de outras atividades humanas, resultando numa maior utilização dos recursos hídricos, o fator qualidade passou a ser importante. Quase todos os usos que o homem faz da água resultam na produção de resíduos, os quais são novamente incorporados aos recursos hídricos, causando a sua poluição. Por outro lado, certos usos são conflitantes, com algumas atividades causando problemas de modificações na qualidade da água, em prejuízo de outras. Assim, a manutenção da qualidade necessária a um ou mais usos de determinado recurso hídrico é meta a ser alcançada em qualquer projeto que vise ao seu aproveitamento. Os programas de aproveitamento de recursos hídricos devem, portanto, considerar a preservação da qualidade da água, de modo a possibilitar os usos determinados para mesma. A qualidade da água de um manancial, além dos seus usos, depende das atividades que se desenvolvem em suas margens. Pode-se dizer que a mesma está intimamente relacionada com o uso que se faz do solo em seu redor. Assim, em programas de preservação de recursos hídricos, deve-se considerar o todo – água e solo, de modo que os usos dos mesmos resultem no menor impacto possível sobre a qualidade do líquido. O disciplinamento do uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica é o meio mais eficiente de controle dos recursos hídricos que a integram. Assim, em um programa de preservação de recursos hídricos, várias medidas devem ser adotadas considerando a bacia hidrográfica como um todo. Outro aspecto importante diz respeito à outorga do direito de uso da água, sendo este o instrumento pelo qual o poder público atribui ao interessado, público ou privado, o direito de utilizar privativamente o recurso hídrico. A necessidade de controlar o uso da água está intrinsecamente relacionada com a escassez do recurso. Dados indicam que do volume de água existente no planeta, 97% é de água salgada, 3% de água doce, 2,37% estão nas geleiras, 0,6% são de águas subterrâneas e 3% são de águas disponíveis. Outro fator agravante para os problemas da água é que, o seu volume sempre foi constante e o número de usuários vem aumentando geometricamente ao longo dos anos, sendo o seu uso cada vez mais degradante e poluidor prejudicando assim, sua qualidade. De acordo com a ONU no ano de 2025 teremos dois bilhões de sedentos em 48 países, a exemplo da Índia, da Espanha, do México, que em média atingirá 27% da população. Os problemas ambientais atuais devem servir de lição. A natureza existe para ser utilizada. Porém, sua capacidade de ser alterada é limitada O homem disporá sempre dos recursos naturais se usá-los de forma adequada, agindo como parte integrante da natureza e não como seu dono absoluto.
No aconchego do mar “As respostas vinham com notável nitidez” Arlene Miranda Jornalista e escritora (membro da Academia Maceioense de Letras) / arlenemiranda2008@gmail.com Sempre senti um fascínio inexplicável pelo mar. E, em horas de nostalgia, eu costumava procurá-lo para com ele conversar. Contemplava-o de longe ou de perto e levava minha alma a socorrer-se desse poderoso interlocutor para tentar purgar meus poucos pecados. Meu corpo, no contato de suas águas mornas com a pele, ou ao sentir o cheiro forte e inconfundível de maresia, entrava em completa sintonia com esse aquoso e fiel amigo. Eram conversas infindáveis, em que as palavras pareciam mergulhar na imensidão de suas águas verde-esmeralda, douradas pelo sol ardente do verão nordestino. Sobre o que conversávamos? Sobre tudo o que pudesse aliviar-me as angústias adolescentes. Minhas dúvidas, meus amores frustrados, minhas esperanças, meus primeiros fracassos e frugais vitórias, meus medos infundados. Ele me escutava sem alterar o ritmo do vai-e-vem das ondas espumantes, à beira do seu abismo. As respostas vinham com notável nitidez; a comunicação se dava diretamente, entre o âmago de meu ser e sua própria alma, a alma azul-turquesa do oceano imenso que me enternecia o olhar. Meu liquefeito e amoroso amigo possuía uma extraordinária capacidade de ouvir e um especialíssimo jeito de falar. Era uma voz sonora, com ricas modulações; por vezes, um simples sussurro, outras vezes, um vozeirão forte e imperativo. Quando, em minhas queixas, eu me mostrava tensa, ele escutava em silêncio, para depois aconselhar-me com doçura. Porém, algumas vezes se enfurecia com as angústias de quem estava apenas começando a viver e me lançava palavras duras e brilhos intensos que denotavam um olhar fuzilante. Havia dias em que se apresentava com um verde-esmeralda dúbio, indagador; noutros, com uma tonalidade azul-turquesa, como se transmitisse a paz e a reconciliação. Em algumas vezes, eu percebia que suas águas exibiam uma cor escura e indefinida, entre um verde carregado e um azul profundo. Isso acontecia quando meus pensamentos eram densos e minhas confissões queixosas. Nesses dias, ele ia mudando também o tom com que me falava; passava das reprimendas severas às palavras de carinho. Parecia entender as incertezas e os temores de uma adolescente sonhadora, que pensava em reformar o mundo, tornando-o menos cruel; uma jovem que só queria viver sua liberdade e colocar-se em face do seu destino. Enfim, uma jovem que não aceitava recriminações e regras pré-estabelecidas que se forjavam para não dar apoio à rebeldia da juventude compartilhada que sofria a angústia da responsabilidade humana e não admitia que a guiassem no exercício dessa responsabilidade, com medo de ser um logro, cuja lucidez deveria predominar em todos os seus atos. Caminhando ao longo da praia, eu recebia os recados de otimismo enviados pelo mar amigo, quer seja pelo grasnar das gaivotas, com sua silhueta delicada, quer por um peixe prateado que saltitava sobre as ondas. Havia momentos em que o mar, numa ânsia comunicativa, chegava a acariciar-me. Gotas se espalhavam pelo ar e, num poético gotejar, caíam sobre meu corpo e me davam a certeza de felicidade. Os momentos mais intensos eram aqueles em que eu me rendia aos seus afagos e à total entrega, num mergulho que determinava um abraço, lançando-me às suas águas benfazejas. Era quando meu corpo e minha alma se fundiam com a sua alma, buscando seu aconchegante refúgio, sempre e inegavelmente consolador.
Observando-se ações sociais no Estado constatase que o povo alagoano anda muito carente de cidadania. Muita gente não tem documento ou tem algum tipo de pendência para resolver na esfera judicial. Quem não tinha nada para resolver, precisava ao menos cortar o cabelo. Nas duas ações, ambas em regime de mutirão promovido pelo poder público – Estado e Município – o povo foi beneficiado. Numa ação, ocorrida no Clube Fênix Alagoana, milhares de pessoas foram ao local – que funcionou com estrutura para emissão de documentos e orientações jurídicas – em busca de cidadania. Para finalizar o grande evento de atendimento especial e gratuito ao povo carente, foi realizado um casamento coletivo. Trezentos casais se apresentaram para a cerimônia do matrimônio. No outro dia, outra força-tarefa em benefício do povo mais precisado de apoio do poder público aconteceu em Maceió e, novamente, milhares de pessoas se avistaram no local, para resolver algum tipo de pendência na vida e tornarem-se mais cidadãos ou cidadãs.
Este é o momento
Trabalho semelhante aconteceu no presídio feminino, onde as detentas receberam assistência do poder público. Mas, nas unidades prisionais alagoanas, este tipo de ação é comum e, sempre que ocorre, muitos presidiários são atendidos e têm seus problemas, ao menos, ouvidos por autoridades. Alguns casos não podem ser resolvidos de forma célere, mas é dado o primeiro passo e, com ele, vem a esperança pela liberdade. Seja qual for a ação para oferecer mais cidadania às pessoas carentes, o atendimento sempre será maciço. Sempre haverá uma multidão em busca dos serviços. Isso implica em dizer que as autoridades ainda têm muito o que fazer para equacionar este problema chamado falta de cidadania em Alagoas. A bem da verdade, alguns gestores já dispuseram a dar a sua parcela de contribuição para este processo. Se cada cumprir o seu papel, tanto na condução normal do seu cargo como nessas atividades extra-expediente, o povo alagoano receberá fortes doses de cidadania na veia.
Ponto de vista
San
Celebração ao Cristo vivo “Nas ordenas da fé, a linha reta que nos leva ao céu” Petrônio Souza Gonçalves Jornalista e escritor Quando Maria recebeu o Cristo ensangüentado, de olhos fechados e braços abertos em seu colo, sentiu a dor do mundo em seu coração. Sofreu por todos, por ser a mãe que abraçava o Filho morto, por ser a escolhida que sabia ter em suas mãos o Filho de Deus martirizado. Quando fitou o infinito, trazia os olhos prenhes de luz, de quem via além e vislumbrava a eternidade, a divindade, aquilo que está muito acima de nós e, por isso, só sentida na entrega ao indecifrável mistério. Quando carregou o corpo do Filho, sabia não ser ele, mas um pedaço que ficou para lembrar a história, testemunhar a glória. Era a Maria de todo dia. Ali, naquele triste momento de vazio e dor, nascia o cristianismo, da morte, em uma sublimação celestial transfigurando toda a paisagem. Era a semente do sofrimento brotando no solo fértil da fé, dos que crêem, dos que bebem diariamente o indefinível mistério, o invisível elo. Acima da coroa de espinhos - nada mais simbólico que isso - a cruz apontando os vários caminhos, nós elevando o olhar para o além. Nas abscissas da dor, a longa e longitudinal caminhada, a via crucis de todos nós. Nas ordenas da fé, a linha reta que nos leva ao céu, o caminho dos sonhos, o religar ao que seu perdeu. Cristo é a vida e a morte, a alegria e a dor, o sonho e a realidade, o hoje e a eternidade. Está tanto e em tudo, que se refaz a cada dia, a cada hora, como uma força imanente que não encontra o caminho da volta. Por isso tão falado, tão lembrado, tão vivo e amado, numa tradução diária de tudo aquilo que foi
e plantou em cada palavra levada pelo vento da história, aquele que vai muito além das horas. Não foi a morte que sepulta, mas a fé que ressuscita. Obstinado, enfrentou a fúria dos leões, a incompreensão dos justos. Teve tudo, sem exigir nada. Apenas pediu, como um sopro de primavera varrendo a atmosfera da terra em busca de paz: “Amai-vós uns aos outros como eu vós amei”. Foi o seu último pedido, quando, alta, a noite caia pesada sobre o coração da humanidade, tingindo a aurora com um grito de dor. De sua morte fez-se vida. Do seu martírio, o perdão, pendão de vida para aqueles que buscam o além. Viveu o amor incondicional, devocional. Partilhou o pão que não tinha. Fez de peixes e pães alimentos imateriais da Humanidade, sanando a fome de muitos no deserto de homens e idéias. Muitos os viram, poucos o identificaram. Era Ele: trino e uno, homem e Deus, filho e pai, santo e etéreo. Depois da paixão, o renascimento, o Cristo vivo e eterno após tantos erros, equívocos e omissões. Hoje, celebramos suas palavras, comungamos suas certezas, partilhamos seu exemplo, sua conduta irretocável. Nos elevou a Deus e o trouxe até nós, como imagem e semelhança, a busca divina pela verdade, a entrega, a comunhão libertadora. Como poderemos dizer que um dia morreu aquele que está vivo entre nós até os dias de hoje? Sempre o senti, nunca o vi. No entanto, o seguirei e o buscarei até o último dia de minha pequena e efêmera vida!
O JORNAL Diretor-Executivo Petronio Pereira petronio@ojornal-al.com.br
Professor Nesses últimos meses, três setores do segmento cultural, legitimamente, manifestaram-se reivindicando ações que venham fundamentar Políticas Públicas: artes cênicas, audiovisual e os foliões que defendem o carnaval de Maceió. Nesses últimos dias, a imprensa noticia que dois pré-candidatos ao Governo do Estado cuidam de seu Programa de Governo. Tais fatos me conduzem a um fórum de que participei ano passado, onde um dos módulos, conduzido com competência pelo professor Wanderley Novato, tratava do tema Gestão Estratégica e Organização da Cultura. Nos debates, verificamos que os objetivos (comerciais, educativos, sociais ou, simplesmente, cultura pela cultura) que envolvem esse universo, suas inúmeras atividades, bens e serviços, são fatores que contribuem para a dificuldade de compreendê-lo numa lógica formal de planejamento. Durante as discussões, constatamos que seus objetivos podem variar da elaboração de produtos de consumo de massa à preservação do patrimônio artístico; de ações de fortalecimento da identidade de grupos marginalizados, com a salvaguarda de minorias culturais, a eventos meramente pontuais. Tal fato torna mais difícil uma visão compartilhada e integrada de gestão dos processos que envolvem a administração dos órgãos públicos de Cultura. Donde concluímos, numa discussão que envolveu realizadores de todo Brasil, que, “apesar no amadurecimento e profissionalização do setor, nota-se, ainda, a ausência de uma cultura de planejamento coletivo, sistemático, em especial em organizações cujo trabalho aponta para uma militância cultural, onde ações de curto prazo se fazem necessárias”. Por outro lado, os governos de coligação, em esmagadora maioria, não se percebem um organismo harmônico e integrado; raciocinam em termos de “máquinas públicas”, onde peças são trocadas em intrigante rotatividade, sem qualquer critério, a não ser o de atender a acordos voláteis, passageiros, que se transformam conforme os ventos de ocasião; ignorando, solenemente, práticas bem-sucedidas e, não poucas vezes, ceifando, em pleno processo, projetos comprovadamente vitoriosos. Essa realidade e a diversidade das questões que nos são apresentadas, recomendam que nos antecipemos às suas conseqüências. Se cada segmento definir seus objetivos, apontando caminhos e formas de atingi-los, formalizando-os em documento hábil e consistente, levando-o a cada candidato, independente de cores partidárias e isentos de qualquer relação de favor, fundamentado, só e unicamente, no Estado de Direito, as probabilidades de êxito, decerto, aumentarão.
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O JORNAL
Política
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Domingo, 4 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Yvette Moura
Contexto politica@ojornal-al.com.br
SÓ LEMBRANDO Fica, para os próximos dias, a expectativa quanto ao Movimento Unificado da Saúde. Seu coordenador, Benedito Alexandre, já avisou que vai procurar o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal para denunciar abusos no uso dos recursos do Fundo Estadual de Saúde por parte do governo para contratos com agências de publicidade. As agências, receberam R$ 3,2 milhões do Fundo no ano passado.
CAROÇO... É verdade que um dos fatores que motivaram a exoneração do diretor do Instituto Médico Legal, Kláber Santana, foram suas declarações sobre delegados de polícia que estariam enviando pessoas para fazer exames de corpo de delito no IML sem documentação com o intuito de encobrir supostas torturas. As declarações provocaram reação por parte da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), que cobrou de Santana a prova para as acusações.
... DO ANGU O mais surpreendente é que Kléber Santana acabou sendo nomeado pelo governo para a direção-geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Estado. O governo ainda teve o cuidado de dizer que a ida de Santana para o Samu já estava prevista antes de sua exoneração do IML. Mas há quem diga que “tem mais caroço nesse angu”...
“COSTAS QUENTES” Outra mudança que também carece de maiores explicações é a do Comando do Corpo de Bombeiros. O coronel Jadir Ferreira informou ao governo que deixa a função para trabalhar na coordenação da Defesa Civil de Marechal Deodoro. Mas há quem diga que a insubordinação de um integrante da corporação, famoso por sua vaidade em excesso e com “costas quentes”, teria pesado de forma decisiva para que ele saísse do posto.
Fragoso, da Assomal, defende que militares em serviço devem votar
Policiais buscam no STF garantir o direito de votar nas eleições Associação do RN moveu Mandado de Injunção; em AL, entidades são favoráveis Alexandre H. Lino
SURPREENDENTE
Repórter
Há quem tenha ficado surpreso com a manifestação que os servidores da Assembleia Legislativa fizeram na última terça-feira, na sede do Legislativo, para a implantação do Plano de Cargos e Carreira (PCC). É que não se vê tanto funcionário assim trabalhando dentro da Casa Tavares Bastos, no dia a dia...
No mesmo ano em que surge a polêmica votação dos presos provisórios chega também no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que policiais militares tenham direito ao voto no dia da eleição. Através de um Mandado de Injunção (MI 2541), a Associação dos Praças da Polícia Militar e Bombeiros do Rio Grande do Norte (Aspra/RN) pediu que seja garantido o direito de voto em trânsito, mesmo que no dia da eleição estejam em serviço ou fora de seu domicílio eleitoral. O assunto também é de interesse dos policiais militares alagoanos, pois se o STF decidir favorável, a medida alcança os policias de Alagoas, pois trata-se de matéria constitucional. A tropa da PM é de aproximadamente 8 mil homens. Inclusive, o resultado pode ser decidido até o mês de maio - tendo validade imediata para eleição de outubro. Nesta semana, a Aspra/RN,
FICOU Diferente do que alguns pensavam, o secretário de Estado de Educação, Rogério Teófilo, não deixou o governo para ser candidato. Ex-deputado federal, Teófilo, que é filiado ao PPS, chegou a ser cogitado como possível vice do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) nas eleições deste ano.
ALTERAÇÃO Em breve, outros órgãos estaduais, ao que tudo indica, devem passar por mudanças. Um dos que estão nesta lista, como O JORNAL já adiantou e conforme outros meios de comunicação vem anunciando, é o Detran, onde a diretoria segue em clima tenso com os servidores. Não se sabe quando vai acontecer: é que o governo, ao que parece, prefere adotar cautela quando o assunto é a autarquia.
DESISTIRAM Quatro procuradores de Estado decidiram retirar os nomes da disputa por cadeiras no Conselho Superior da PGE. A eleição está marcada para a próxima terça-feira. Desistiram os procuradores de Estado Roberto Tavares Mendes Filho, Flávio Cavalcanti Gomes de Barros, Augusto Carlos Borges do Nascimento e Vanaldo de Araújo Ferreira. O edital comunicando a desistência foi publicado na edição da última quinta-feira do Diário Oficial do Estado. Onze candidatos continuam na disputa por nove vagas no Conselho, que é presidido pelo procurador-geral do Estado, Mário Jorge Uchôa.
Simas, da ACS: “Somos prejudicados no nosso direito cidadão”
ao lado do senador Valdir gem o presidente do Tribunal Raupp (PMDB-RO), esteve Regional Eleitoral, desembarreunida com o ministro José gador Estácio Luiz Gama de Dias Toffoli para analisar este Lima; o corregedor regional impasse. A proposta é que eleitoral, André Luiz Maia urnas eleitorais sejam instalaTobias Granja; e o judas nas unidades militares, ou rista Fábio Ferrário, que os policiais fardaque já integrou o dos possam votar pleno do TRE como em qualquer seção juiz eleitoral. eleitoral, com prioNo caso dos preridade, mediante o sidentes das associaO JORNAL uso da cédula eleições, vale ressaltar trouxe o toral. Essa medida que ambos tem aspiseria adotada na imrações eleitorais, esassunto possibilidade operapecialmente Simas para cional do voto em que disputou as últirepercussão trânsito eletrônico. mas três eleições Em paralelo com tendo votações exem Alagoas a decisão, O JORpressivas. Desta vez NAL trouxe o assunele planeja ser candito para repercussão dato a uma cadeira em Alagoas. A reporda Assembleia Legistagem conversou lativa. Já Fragoso prepara uma com o cabo Wagner campanha de olho em uma vaga Simas, presidente da As- na Câmara Federal. Os dois não sociacao de Cabos e Soldados estão filiados e usam isso como (ACS) e com o presidente da arma, já que têm a prerrogativa Associacao dos Oficiais de militares que apenas preciMilitares de Alagoas (Assomal), sam de filiação a partir do dia da major Fragoso: ambos foram convenção eleitoral. favoravéis a iniciativa. Também Segundo Simas, nas eleientrevistamos nesta reporta- ções, grande parte do contin-
gente policial militar é deslocado para o interior e outras cidades; por outro lado, mesmo os policiais que prestam serviço na sua própria cidade, onde residem, somente conseguem votar - com exceções - os policiais que tiveram a sorte de tirar o serviço na sua própria seção eleitoral. “Somos prejudicados no nosso direito cidadão. Boa parte dos policiais é deslocada para o interior no dia do pleito, estando fora de sua zona eleitoral e ficando impedida de votar”, alegou. Para Fragoso, a maior parte do efetivo policial encontra-se em serviço no dia das eleições e, por isso, não consegue exercer o direito ao voto - em razão da incompatibilidade de horários entre o início e fim do seu turno de trabalho e o horário da votação. “Se os presos provisórios podem votar, com muito mais razão os policiais militares em serviço também devem votar”, assegurou o militar. A impossibilidade de votar, segundo o oficial, se reflete na pouca representação da categoria nos poderes constituídos.
Advogado de entidade acusa omissão
COMISSÃO Ainda sobre esta eleição, o presidente do conselho publicou resolução, também no Diário Oficial, que compõe a comissão receptora e apuradora de votos. Integram o grupo os procuradores de Estado Regina Maria Correia Pinto, Sílvio Pimentel Gomes e Rita de Cássia Lima Andrade.
EXPRESSAS Alguém realmente acreditou que o resultado da eleição para o comando da Adepol, realizada dias atrás, seria diferente? O atual presidente da entidade, Antonio Carlos Lessa, venceu com uma diferença de 66 votos em relação ao segundo colocado, Jobson Cabral. A campanha pela Presidência da República, pelo visto, já começou, mesmo que informalmente: os candidatos devem intensificar as visitas a Estados. Alagoas é um dos que devem receber, em breve, novas visitas de presidenciáveis: por aqui, deve haver, sim, polarização entre PT e PSDB. Córdova diz que “silêncio e omissão” do TSE invibilizam voto de policiais
Para o advogado Milton Córdova Junior, que representa a Aspra/RN, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estaria sendo omisso quanto a essa questão. Ao determinar, por meio de resolução, que o chamado voto em trânsito se restrinja às capitais, o TSE não atende à Constituição Federal, prossegue o advogado. Isso porque a Carta não impõe qualquer restrição ao exercício do voto, com as exceções da não obrigatoriedade do voto dos maiores de 70 anos, dos menores de 18 e para aqueles que estão com os direitos políticos suspensos - estes, na verdade, ficam impedidos de votar, salienta a associação. Lembrando que o TSE editou resolução garantindo o direito aos presos provisórios, a Aspra/RN afirma que os policiais não contam com essa mesma atenção por parte da corte eleitoral. “Enquanto o policial militar tem o seu voto sacrificado por se encontrar defendendo o interesse coletivo dos cidadãos, nas eleições, sem que nenhu-
ma instituição denuncie o fato, por outro lado os presos provisórios acabam de ter Resolução aprovada pelo TSE, para que possam votar no dia das eleições”. De acordo com Córdova, não se trata que questionar a validade do voto dos presos provisórios, mas apenas mostrar que se presos provisórios têm direito a voto, “com muito mais razão, sob o enfoque lógico, ético e moral deverão votar os cidadãos policiais militares”. “O silêncio e a omissão do TSE, em razão da falta de providências e regulamentações que viabilizem o voto dos policiais militares em serviço, inviabilizam o exercício de um dos mais importantes direitos de primeira geração, liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à cidadania: o voto”, disse lembrando que antes da adoção do sistema de votação eletrônico, os policiais podiam votar em zonas distintas das suas. (A.H.L.) (Continua na página A4)
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Política
O JORNAL JORNA L
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Lula Castello Branco
Estácio Gama avalia que voto dos policiais militares só será possível se o setor de informática “avançar mais”
Yvette Moura
André Granja explica que, no futuro, será possível votar para qualquer cargo em qualquer cidade brasileira
Tecnologia ainda não permite voto de militares, dizem integrantes do TRE Lula Castello Branco
Odilon Rios Repórter
Os militares querem votar no dia da eleição. Parece algo simples, mas não é. Alagoas tem 7,5 mil PMs. É um efetivo subdimensionado porque o ideal era o dobro dos policiais nas ruas. Mesmo que fosse o dobro, os PMs têm uma função básica: guardar o dia da eleição, ajudar em operações contra a compra de votos, apoiar o trabalho de fiscalização. No dia votação, todos os policiais estão em regime de plantão. Esse é o entendimento de dois integrantes do Tribunal Regional Eleitoral e de um jurista, ouvidos por O JORNAL. Leva-se em conta até a estrutura do Judiciário para que os presos provisórios votem, no dia da eleição - argumento dos militares para votarem. Se os presos provisórios têm o direito de votar, porque os policiais não podem? Juiz federal e corregedor regional eleitoral, André Granja diz que ainda não é possível o voto de militares no Brasil. Mas há estudos no setor de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para incrementar o uso das urnas eletrônicas. “Até 2016, o TSE quer que todas as urnas eletrônicas no Brasil sejam biométricas [por identificação digital]. Isso fará com que a segurança das urnas aumente”, explicou. “Há estudos avançados no setor de tecnologia do TSE. Será possível, no futuro, se votar
para qualquer cargo em qualquer cidade brasileira. Isso será para os eleitores que estão em viagem ou para aqueles que acabam não votando no dia da eleição”, explica. Presidente do TRE, o desembargador Estácio Gama aponta para um futuro onde o eleitor poderá votar de casa, pelo computador, como se faz compras através da internet, usando um cartão de crédito. “O voto de militar é difícil porque o setor de informática precisa avançar mais, permitindo que ele vote sem atrapalhar seu trabalho no dia da eleição”, disse. “O voto em trânsito será possível na eleição, mas será para presidente da República e só nas capitais”, afirmou Estácio Gama. Os policiais comparam o voto dos presos provisórios a condição que deveriam ter para escolherem seus representantes. “Só que os dados dos presos provisórios estão nas urnas eletrônicas. O sistema precisa avançar mais, em tecnologia, para dar essa condição aos policiais”, responde. Para aumentar a fiscalização, o TRE fez acordo com as universidades e faculdades. Isso para que os estudantes possam ser mesários voluntários no dia da eleição. Quem topar, ganha nota nas disciplinas universitárias. “Será um pessoal que vai, inclusive, criticar o sistema eletrônico, averiguar como funciona, acompanhar o trabalho das urnas durante a apuração”, explicou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral. PMs se preparam para embarcar rumo ao interior do Estado nas eleições de 2008, para reforçar segurança: categoria quer garantir direito a voto
IMPROBIDADE
Cadastro pode ser consultado pelo site do CNJ na internet desde 4ª Ferrário diz que militar deve fazer a segurança do processo eleitoral
Jurista não é favorável a voto de PM O advogado Fábio Ferrário é um dos profissionais mais requisitados por candidatos a cargos eletivos no Estado. Ex-juiz integrante do pleno do TRE, Ferrário diz que é contra tanto o voto do policial militar quanto do preso provisório. As razões são diferentes das colocadas pelos dois integrantes do Tribunal ouvidos na reportagem. “Eu sou contra o voto dos policiais por causa do clima eleitoral. E se um policial fizer campanha, distribuindo santinho e outro vai lá para prender? Há risco de tumulto, que pode acontecer na fila, em outra situação diferente. Para mim, o militar é encarregado de fazer a segurança
na eleição e deve estar longe de tudo isso”, analisou. A respeito dos presos provisórios, voto usado como argumento pelos policiais para justificar o voto no dia da eleição, Ferrário explica que, primeiro, teriam que ser deslocados mais policiais para atender a segurança dos presídios, já que o dia da eleição tem características bastante específicas, como movimentação de mais gente em determinadas alas de um presídio; argumenta também que os presos nas delegacias podem ficar em situação mais difícil de votar, o que geraria mais efetivo policial no deslocamento das urnas ou dos presos. (O.R.)
Em cumprimento à decisão do plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está disponível ao público no portal do CNJ (www.cnj.jus.br), desde a última quarta-feira, os dados incluídos no Cadastro Nacional de Condenados por Ato de Improbidade Administrativa. A possibilidade de consulta ao cadastro, pelo público externo, foi aprovada durante sessão plenária do dia 10 de fevereiro deste ano quando os conselheiros votaram pela alteração da Resolução 44 do CNJ, de novembro de 2007, que instituiu o cadastro. Qualquer cidadão pode acessar os dados por meio da página eletrônica do Conselho. Para isso, basta clicar o link “Improbidade Administrativa Acesse a Consulta Pública”. A seguir, na aba “Consulta pública”, o interessado poderá verificar os processos já julgados que não cabem mais recurso (transitados em julgados). São dadas duas opções de consulta: pelo número do processo ou pelos nomes das partes. Clican-
do sobre o número do processo, os cidadãos poderão visualizar detalhes sobre as condenações como qual tribunal, subseção ou vara condenou os envolvidos, quais foram os motivos das condenações e quais as penas aplicadas. Até agora, o acesso ao cadastro era permitido apenas a usuários com senha. As penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92) são ressarcimento do dano, pagamento de multa, perda do que foi adquirido ilicitamente, perda da função pública e dos direitos políticos, além de proibição de firmar contratos com o poder público. O cadastro contém informações quanto às penas aplicadas e a qualificação do condenado por cometer ato de lesão ao patrimônio público, de enriquecimento ilícito ou que atente contra os princípios da administração pública. CADASTRO - A gestão do banco de dados é responsabilidade da Corregedoria Nacional
de Justiça, que coordena o cadastro com o auxílio das corregedorias dos Tribunais. Os dados sobre as condenações de pessoas físicas e jurídicas nos processos em que não cabem mais recursos são inseridos no cadastro por juízes das esferas estadual e federal de todo o país. Ao todo, até 30 de março, haviam 2.002 condenados por improbidade administrativa registrados no sistema. Somente quanto a condenação em multas o valor a ser ressarcido era de R$ 176,2 milhões. Os condenados atualmente registrados no sistema perderam R$ 26,9 milhões em bens ou valores acrescidos aos patrimônios pessoais de forma ilícita. O banco de dados permite o controle social dos atos da administração pública e garante a maior efetividade da Lei de Improbidade Administrativa. “É um instrumento a mais para o gestor público na hora de contratar um serviço ou conceder um incentivo”, destacou o conselheiro Felipe Locke Cavalcanti,
relator do processo que permitiu a abertura dos dados ao público e também autor da proposta de criação do cadastro. DETALHAMENTO - Além das informações dos condenados em processos transitados em julgados, nos quais não cabe mais recurso, o banco de dados inclui informações sobre os artigos da lei em que foi condenada a pessoa (física ou jurídica) e o período em que a pessoa ou empresa ficará impedida de contratar com a administração ou de receber benefícios ou incentivos fiscais. Também contém campo específico no qual deve ser informada a data da comunicação à Justiça Eleitoral quanto à suspensão dos direitos políticos, o que impede o condenado de concorrer a eleições, afastando a possibilidade de pessoas já condenadas por improbidade administrativa de participar de processos eleitorais em todo o país, pelo prazo que foi estipulado na decisão judicial.
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Política
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Seminário discute importância da descoberta do Pré-Sal para o NE Evento é promovido pelo Instituto Arnon de Mello em parceria com a Petrobras Um marco histórico na indústria petrolífera mundial. Esta é a opinião de especialistas do setor sobre a descoberta das jazidas de petróleo na camada do pré-sal da costa brasileira. Para debater o início desse novo e promissor horizonte exploratório e as contribuições dessas descobertas para o desenvolvimento do Nordeste, o Instituto Arnon de Mello (IAM), em parceria com a Petrobras, realizará o primeiro seminário do Nordeste sobre o pré-sal. O evento acontecerá dia 14 de abril, no Hotel Ritz Lagoa da Anta, Cruz das Almas, e terá as presenças de autoridades nacionais e os principais dirigentes e técnicos da Petrobras, a exemplo do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. Os painéis terão como temas “O marco regulatório e a nova empresa estatal”, “Fundo social e capitalização da Petrobras” e “Os reflexos da descoberta do pré-sal no desenvolvimento do Nordeste”. O objetivo é promover um amplo debate envolvendo líderes empresariais, acadêmicos, políticos, técnicos e demais interessados, permitindo à sociedade conhecer os diferentes aspectos desse projeto decisivo para o crescimento do País. De acordo com a programação, para a abertura do evento estão previstas as presenças dos ex-ministros Edison Lobão e/ou Dilma Roussef, de Minas e Energia e da Casa Civil, respectivamente, e dos senadores Fernando Collor (PTB), presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado; e Renan Calheiros (PMDB), entre outros. Desde que as descoberta das jazidas de petróleo na camada do pré-sal foram anunciadas, algumas discussões foram realizadas no sentido de esclarecer o assunto. Segundo o vice-presidente executivo do Instituto Arnon de Mello, Carlos Mendonça, esta será uma oportunidade única para os alagoanos discutirem a participação do Estado nesta nova fonte de recursos do País. “A realização deste evento representa, sem dúvida alguma, uma vitória imensurável para Alagoas porque vai reunir aqui autoridades nacionais e os principais dirigentes da Petrobras”, destacou Mendonça.
Entidades podem assistir a trabalhos A partir desta semana, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), partidos políticos e Ministério Público já podem acompanhar o desenvolvimento dos programas que serão usados nas eleições de 2010. A iniciativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atende ao disposto na legislação eleitoral e tem como principal objetivo de manter a transparência do Sistema Eletrônico de Votação em uso no Brasil. A disposição está prevista no artigo 3º da Resolução 23.205/10: “Os partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público, a partir de 6 meses antes do primeiro turno das eleições, poderão acompanhar as fases de especificação e de desenvolvimento dos sistemas, por representantes formalmente indicados e qualificados perante a Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral”. Nesse sentido, a Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) abriu uma sala, no anexo I do TSE, em Brasília, onde três máquinas
estão à disposição para que os técnicos indicados pela OAB, MP e partidos interessados possam ter acesso aos códigos-fontes dos programas a serem utilizados nas eleições. As informações estão no site oficial da OAB na Internet. CPC - Os advogados de todo o Brasil têm mais uma semana para fazer comentários e enviar à Ordem dos Advogados do Brasil sugestões à proposta de reforma do Código de Processo Civil (CPC), em tramitação no Congresso Nacional. O presidente nacional da entidade, Ophir Cavalcante, abriu espaço no site do Conselho Federal da OAB para que os advogados enviem suas considerações à Comissão especial designada no âmbito da entidade para estudar o tema. Com o intuito de auxiliar as sugestões, a OAB disponibilizou uma cartilha contendo uma breve explanação sobre os trabalhos da Comissão de Juristas encarregada da elaborar a proposta preliminar de reforma do Código de Processo Civil.
José Lima, da Petrobrás Distribuidora, apresentará painel “Marco Regulatório e a Nova Empresa Estatal”
Evento contará com três paineis O primeiro painel do evento terá como tema o “Marco Regulatório e a Nova Empresa Estatal”. A palestra será proferida pelo presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, que também exerce o cargo de presidente do Conselho de Administração da Liquigás. Ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, José Lima de Andrade Neto vai abordar, entre outros assuntos, os cenários possíveis na área de distribuição com a entrada em operação do Pré-sal. “O setor de distribuição no Brasil já vem em processo de transformação, com
a consolidação dos grupos que nele atuam e com o incremento da participação do etanol na matriz energética brasileira, exigindo investimentos na área de logística”, afirmou. O segundo painel do evento - “Fundo Social e Capitalização da Petrobras” - terá como palestrante o ex-presidente da empresa e diretor da Creta Planejamento, Eduardo Teixeira. O terceiro e último painel do seminário será comandado pelo Diretor de Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, que abordará “Os Reflexos da Descoberta do Pré-Sal no Desenvolvimento do Nordeste”. Considerado uma das maio-
res autoridades do setor, Estrella fez parte das principais descobertas da Petrobras. Quando a estatal explorou o campo gigante de Majnoon, no Iraque, em 1976, ele era o gerente de Exploração da Braspetro. Na década de 80 teve papel importante no desenvolvimento de tecnologias de exploração de óleo em águas profundas. O encerramento do seminário contará com as presenças do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli de Azevedo, e o presidente da Braskem, Bernardo Gradin. Mais informações sobre o evento através do site www.seminariopresalalagoas.com.br.
PAC 2
Ministro vai reunir governantes para atender demandas regionais O Ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, afirmou na última terça-feira que o governo trabalha para que o próximo governante tenha condições de dar continuidade à segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado no último dia 29. Durante o ano, o governo federal espera ter tempo necessário para que os projetos sejam avaliados e aprovados e, assim, definir os recursos destinados à cada uma das vertentes do programa, inseridos no Orçamento da União em 2011. A previsão de Padilha é que entre abril e junho, os governadores e prefeitos sejam convidados para apresentar os referidos projetos e avaliar se os mesmos atendem às exigências propostas pelo PAC.
PROGRAMAS DAS URNAS
IMPORTÂNCIA - O ministro Alexandre Padilha lembrou que um programa público de médio e longo prazo exige planejamento, assim como a previsão de alocação de recursos. Ele acredita que com tudo feito a tempo, não haverá descontinuidade de um plano público de investimentos cuja importância “já é reconhecida pela sociedade”. Nesta segunda etapa do programa o governo federal, atendendo a uma demanda da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), destinou recursos para pavimentação. Em janeiro o presidente da entidade, João Coser, entregou à ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, ofício solicitando recursos para áreas de saneamento, prevenção em áreas de risco e mobilidade urbana e pavimentação.
Padilha lembra que programa de médio e longo prazo exige planejamento
EM JUNHO
EMERGÊNCIA
Brasília sedia segunda edição da Conaes
Cem municípios tiveram decreto reconhecido
A capital federal recebe, entre os dias 16 e 18 de junho, a 2ª Conferência Nacional de Economia Solidária (Conaes), entre os dias 16 e 18 de junho de 2010. O objetivo do evento que acontecerá em Brasília é envolver os empreendimentos econômicos solidários e suas organizações, entidades de apoio, movimentos sociais e outras organizações da sociedade civil e o poder público federal, estadual e municipal; para debater e definir propostas para o fortalecimento da economia solidária no país. Além de contribuir para a forConferência mação política dos deve definir participanpropostas tes, pelo de políticas aprofundamento do públicas de debate das Economia g r a n d e s Solidária q u e s t õ e s nacionais e locais da economia solidária, a 2ª Conaes deverá definir propostas no âmbito das políticas públicas voltadas para a economia solidária. E tem como meta fazer um balanço sobre os avanços, limites e desafios da Economia Solidária no atual contexto nacional e internacional. Após a 1ª Conferência, realizada há quatro anos, a 2ª Conaes trará o tema “Direito às formas de organização econômica baseadas no trabalho associado, na propriedade coletiva, na cooperação e na autogestão, reafirmando a Economia Solidária como estratégia e política de desenvolvimento”. A Conferência Nacional é precedida por conferências estaduais e territoriais, onde são definidos os participantes e os 1600 delegados da 2ª Conaes.
Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta 100 Municípios em Situação de Emergência e Estado de Calamidade Pública com decreto reconhecido pelo governo federal entre os dias 24 e 29 de março. Fenômenos como vendavais, enchentes, enxurradas, tempestades e estiagem foram registrados no período entre os meses março e dezembro de 2009. A maior parte dos casos ocorreu em Santa Catarina. Apenas dois Municípios, ambos de São Paulo, precisaram decretar Estado de Calamidade Pública causado por enchentes: Juquiá e Sete Barras. Os Estados Pará, Paraná, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Amazonas, Bahia e Pernambuco também foram atingidos por este e outros fenômenos. Em Minas Gerais, apenas o Município de Natércia decretou a Situação de Emergência, que foi motivada por enxurrada. Estados do Nordeste, como Bahia e Pernambuco, decretaram a Situação de Emergência devido ao período de estiagem que passavam no período. ENTENDA - A Situação de Emergência é reconhecida pelo governo federal após a decretação feita pelo prefeito e a homologação pelo governador do Estado. Estas condições são consideradas válidas quando os danos podem ser superados pela comunidade afetada. O Estado de Calamidade Pública é determinado quando desastres causam sérios danos à comunidade afetada, inclusive à incolumidade ou à vida de seus integrantes. As informações são do site oficial da CNM na Internet.
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INTERNET
Banda larga móvel cresce 82% no Brasil Segundo o estudo Brazil Quarterly Fixed & Mobile Broadband Database, da IDC, mais de 3 milhões de novas conexões em banda larga foram comercializadas no País. Desse total foram vendidos 15,06 milhões de acessos, número que aponta um crescimento de 26,4% ante a base instalada no primeiro trimestre do mesmo ano. O segmento de maior crescimento foi o residencial, com um incremento de 46% ante a sua base no fim de 2008, juntamente com o segmento das grandes empresas, que atingiu marca superior a 250% de crescimento devido à inserção do acesso móvel. O estudo realizado trimestralmente quantifica os mercados de banda larga fixa e móvel no Brasil, incluindo tecnologias como DSL, Cable Modem, BWA/FWA, WiMax, HSDPA, EDGE, EV-DO,
entre outras. “A tecnologia de maior destaque foi, sem dúvida, a banda larga móvel, somando mais de 1,6 milhões de acessos e superando as expectativas durante o ano, já que o crescimento foi de 82% em relação a 2008”, declara Samuel Rodrigues, analista do mercado de Telecom da IDC Brasil. O acesso via DSL, predominante no mercado, está perdendo a posição de hegemonia. De acordo com o analista, esse mercado equivale a cerca de 67,9% do total de conexões de banda larga, excluindo o acesso móvel. “Quando incluímos a banda larga móvel, esse número cai para 51,6%”. Soluções wireless e satélite ainda se apresentam muito mais como alternativas para localidades não atendidas pelas tecnologias convencionais.
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Câmara Federal sugere maiores investimentos em metrô e VTL Veículos já em operação são insuficientes para necessidade da população A subcomissão especial que trata do transporte de passageiros sobre trilhos nas regiões metropolitanas aprovou, na semana passada, o relatório final dos seus trabalhos. O texto, do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), alerta que o sistema metroferroviário brasileiro está muito aquém da demanda da população e propõe medidas como o reforço orçamentário e a incidência de menos tributos sobre o setor, para estimular investimentos. O estudo cita como emblemático o caso de Belo Horizonte, onde há uma única linha de metrô (Eldorado/Vilarinho), que transporta, em média, apenas 144 mil usuários diariamente. Esse número representa pouco mais de 5% da população local. As propostas de construção de novas linhas na capital mineira, conforme o documento, ainda depende de dotação orçamentária. Outro exemplo mencionado pelo relatório é o da cidade de São Paulo. Apesar de ela ser a maior metrópole do hemisfério sul, a extensão do metrô paulistano corresponde a menos de 1/4 do existente em Seul, capital da Coreia do Sul. POLÍTICAS PÚBLICAS - Leonardo Quintão espera que o estudo sirva de subsídio para a elaboração de políticas públicas capazes de melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades. O relatório foi elaborado a partir de visitas técnicas dos integrantes da subcomissão a São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, além de cidades da China e da Coreia do Sul. O estudo defende o transporte por meio de trens e metrôs como a opção que garante maior qualidade de vida aos cidadãos. “Além de ser uma alternativa para fugir dos engarrafamentos, é menos poluente”, reforça o relator. Conforme o texto, a proximidade de eventos esportivos com grande potencial turístico, como a Copa do Mundo (2014) e os Jogos Olímpicos (2016), reforça a necessidade de maiores investimentos nos metrôs brasileiros. “O panorama atual é re-
Metrôs de São Paulo são conhecidos pelo grande fluxo de passageiros e linhas ainda tem pequena cobertura
Metrô de Belo Horizonte transporta apenas 144 mil usuários por dia, o equivalente a 5% da população
flexo da pouca prioridade que esse meio de transporte recebeu dos nossos gestores públicos nas últimas décadas”, diz Quintão. MOBILIDADE - Uma das sugestões apresentadas pelo relatório é a implantação de um programa de desenvolvimento voltado para o transporte urbano sobre trilhos, que seria o “PAC” da
mobilidade urbana. Pela proposta, o programa deverá ter recursos orçamentários garantidos no Plano Plurianual da União e, quando for o caso, dispor de dinheiro dos demais entes federados. As leis de diretrizes orçamentárias também terão de garantir que os recursos não sejam contingenciadosBloqueio de despesas previstas no Orçamento Ge-
ral da União. Procedimento empregado pela administração federal para assegurar o equilíbrio entre a execução das despesas e a disponibilidade efetiva de recursos. As despesas são bloqueada As a critério do governo, que as libera ou não dependendo da sua conveniência., possibilitando um planejamento sério e de médio prazo.
Caos no trânsito cresce nas grandes cidades A vida urbana do brasileiro é atormentada por um problema de ordem prática: o assustador tempo perdido nos trânsitos de nossas médias e grandes cidades a cada ano que passa, pelo excesso de veículos nas ruas. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o tamanho da frota brasileira de automóveis é de cerca de 33 milhões de unidades, com tendência de crescimento, face ao aumento da renda média dos brasileiros e dos baixos investimentos em transporte público, cujos resultados são os caóticos trânsitos das cidades de São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, entre outras. De acordo com especialistas em transporte, o metrô tem sido a melhor solução para o transporte de massa, visto que não disputa espaço com os automóveis e tem grande capacidade de transporte, apesar de ser caríssimo, tanto na implantação, quanto na operação, razão pela qual somente o mundo desenvolvido possui enormes redes de metrô e os países em desenvolvimento contabilizam poucas linhas. Mesmo assim, o metrô se tornou uma onda quase incontrolável no Brasil, no meio político, já que foi prometido como solução para as cidades, nas eleições municipais de 2008. Hoje, existem cerca de 140 redes de metrô em todo o mundo, sendo que as duas maiores redes são a de Londres e de Nova Iorque, com cerca de 408 km de extensão, cada uma. Em seguida, podem ser citadas as grandes redes de Moscou (292 km), Tóquio (292 km), Seul (286
km), Madri (226 km) e Paris (212 km). No Brasil, a cidade de São Paulo possui um metrô com apenas 61 km de extensão, mas considerado um dos mais eficientes, modernos e limpos do mundo. Entretanto, o governo paulista está implantando o mais ousado plano de expansão e melhoria de transporte público do país, com aplicação de grandes recursos para o aumento e modernização do metrô, que, em breve, passará a transportar muito além dos atuais 3,3 milhões de passageiros, diariamente. Nas demais grandes cidades brasileiras, somente Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte possuem sistemas metroviários em operação. Salvador e Fortaleza estão com metrôs em implantação e Maceió terá o sistema de Veículo Leve Sobre Trilhos (VTL).. O metrô do Rio de Janeiro, cuja operação encontra-se sob concessão privada, transporta, atualmente, cerca de 550 mil passageiros por dia e, com a indica-
ção da cidade como sede olímpica, espera receber grandes investimentos para sua expansão. Na capital do país, o metrô, que é operado pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, possui 42,4 km de extensão e transporta cerca de 150 mil passageiros por dia. Existem planos para a expansão do sistema, mas há previsão de entrega de apenas uma estação em 2010. Em Porto Alegre, existe somente uma linha de metrô, com 33,8 km de extensão, que é operada pela Trensurb, empresa do governo federal. Atualmente, com investimentos do PAC, essa linha está sendo expandida em mais 9,3 km, cuja previsão de conclusão é dezembro de 2011. Atualmente, o sistema transporta 170 mil passageiros por dia. Os metrôs de Recife e Belo Horizonte, com 37,8 km e 28,2 km de extensão, respectivamente, são operados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa do governo federal. Atualmente, Recife transporta 184 mil passageiros por dia e Belo Horizonte, 148 mil.
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Sem o devido controle, uma gata e seus descendentes podem ter 28 novos gatinhos e uma cadela pode gerar cerca de 24 filhotes no mesmo período
SENADO
Aprovada esterilização para cães e gatos Política nacional pretende conter superpopulação de animais e define regras para castração de animais domésticos A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou, na última quarta-feira, projeto do deputado Affonso Camargo (PSDB-PR), que estabelece uma política nacional de controle de natalidade para cães e gatos domésticos. A execução de programa de esterilização, determina a proposta (PLC 4/05), levará em conta as localidades que demandam atendimento prioritário ou emer-
gencial, em razão da superpopulação de animais ou de quadro epidemiológico, bem como o número de animais a serem esterilizados por localidade, considerando-se a necessidade de redução da taxa populacional a níveis satisfatórios. Pela proposta, a reprodução desses animais será controlada por meio de esterilização cirúrgica, ficando proibida a prática de outros procedi-
mentos veterinários. O projeto também recomenda atendimento prioritário aos animais provenientes de comunidades de baixa renda. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), observou o relator da matéria na CAS, senador Flávio Arns (PSDB-PR), na maioria dos países industrializados a raiva humana está sob controle. Isso se deve especialmente à vacinação
obrigatória de animais domésticos, bem como ao acesso a vacinas modernas e à imunoglobulina para tratamento dos casos humanos. Flávio Arns enfatiza em seu relatório que 98% dos casos de raiva humana ocorrem em regiões onde há muitos animais errantes e não vacinados. Essa situação, observa o relator, é verificada principalmente em regiões mais pobres.
O projeto prevê também a realização de campanhas educativas pelos meios de comunicação para conscientizar a população sobre a posse responsável de animais domésticos. Em relação ao poder público, a proposta prevê determinação de prazo para os municípios sem unidades de controle de zoonoses cumprirem a nova exigência. Para viabilizar a execução
do programa, o projeto permite atuação das unidades de controle de zoonoses já existentes em parceria com entidades de proteção aos animais e clínicas veterinárias. As despesas de implementação da iniciativa serão cobertas por recursos provenientes da Seguridade Social da União, mediante contrapartida mínima dos municípios de 10%, estabelece ainda o projeto de lei.
Castração é recomendada pela OMS A cirurgia de esterilização de animais, ou conhecida como ‘castração’, é o método recomendado pela Organização Mundial de Saúde e por Sociedades de Proteção Animal de todo mundo, como uma maneira eficaz de combater a superpopulação de cães e gatos, e conseqüentemente o abandono. A cirurgia deve ser feita por um médico veterinário estando o animal sob efeito de anestesia geral. A recuperação tende a ser rápida, devendo se atentar um pouco mais aos cuidados com as fêmeas. A castração evita muitas doenças entre elas o câncer de mama das cadelas e gatas - doenças comum em fêmeas idosas - e o câncer de próstata em cães. IMPORTÂNCIA - De acordo com a entidade Prote-
tores do Amigo Bicho, o crescimento desordenado das populações de cães e gatos, além de gerar problemas para a saúde pública, leva milhares de animais sadios e abandonados para o sacrifício. Para demonstrar a dimensão do problema: uma gata e seus descendentes podem gerar 28 novos gatinhos em menos de 1 ano. Já a cadela, ao redor de 24 filhotes no mesmo período. Somente um a cada seis cachorrinhos consegue ser adotado e, para os gatos, apenas um a cada 12 consegue um lar. Para os outros, sem lar, a única saída é o sacrifício nos Centros de Controle de Zoonoses. O controle de natalidade desses animais é uma das soluções para esse problema, sendo a castração o melhor e mais seguro mecanismo de controle até o momento.
A castração deve ser cirurgica, realizada em clínicas veterinários, centros de proteção aos animais ou unidades de controle de zoonoses
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Mudanças climáticas voltam ao debate Inverno rigoroso nos EUA divide opiniões: inexistência do aquecimento global ou previsão de eventos mais intensos?
Na semana passada, 75 países assinaram um compromisso para buscarem alternativas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa
WASHINGTON - Conforme milhões de pessoas ao longo da Costa Leste se recolhem em suas casas envoltas em neve, os dois lados do debate da mudança climática aproveitam o rígido inverno para reforçar seus argumentos. Os céticos do aquecimento global usam as nevascas recordes para zombar daqueles que alertam sobre uma perigosa mudança do clima gerada pelos humanos - isso mais parece um esfriamento global, eles dizem. A maioria dos cientistas de clima responde que as tempestades de neve são consistentes com previsões de que um planeta em aquecimento irá gerar eventos climáticos mais frequentes e mais intensos. Mas alguns especialistas independentes dizem que os temporais não provam que o planeta está esfriando assim como a falta de neve em Vancouver ou as chuvas no sul da Califórnia não provam que ele está esquentando. Talvez não seja coincidência que o debate aconteça diante de recentes controvérsias sobre o clima: nos últimos meses, críticos do aquecimento global atacaram um relatório do Painel Intergovernamental para Mudança do Clima da ONU, de 2007, e afirmaram que e-mails e documentos apreendidos no servidor de um centro de pesquisas sobre o clima na Inglaterra aumentavam as
dúvidas sobre a integridade de alguns cientistas da área. Na semana passada, Rush Limbaugh e outros comentaristas conservadores deram pouca importância ao fato do anúncio da criação de um novo serviço de clima federal feita na segunda-feira ter que ser realizado através de chamada em conferência, ao invés de uma coletiva de imprensa, porque o prédio do governo federal foi fechado pela nevasca. Mas cientistas do clima dizem que nenhum episódio único de clima severo pode ser culpado por tendências globais, ressaltando a evidência de que tais eventos se tornarão mais frequentes provavelmente por causa da elevação da temperatura global. Um relatório federal divulgado no ano passado, que pretendia ser uma declaração autoritária sobre as tendências do clima nos Estados Unidos, apontou à probabilidade de nevascas mais frequentes no norte e menos frequente no Sul e Sudeste como resultado de uma mudança nos padrões de temperatura e precipitação a longo prazo. O relatório também projetou seca mais intensa no Sudoeste e furacões mais potentes na Costa do Golfo. Em outras palavras, se os cientistas do governo estiverem corretos, aguarde mais neve.
Yvo de Baer, secretário da ONU
Países tentam reduzir as emissões de gases O Secretariado de Mudança Climática da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou na última terça-feira que 75 países firmaram o compromisso de que tentarão reduzir ou limitar a emissão de gases de efeito estufa no planeta. Apenas esses países são responsáveis por 80% das emissões globais de uso de energia. Detalhes do acordo foram revelados na quarta-feira, no documento divulgado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC). No acordo, 41 países industrializados informaram oficialmente que pretendem reduzir a emissão de gases. Outros 35 comunicaram as ações que estão em execução, mas informaram necessitar de apoio financeiro e tecnológico. “As promessas que estão sobre a mesa são um passo importante para o objetivo de limitar o crescimento das emissões”, disse o secretário executivo da UNFCCC, Yvo de Boer, segundo o documento. Ele lembrou que de 29 de novembro a 10 de dezembro será realizada a Conferência do Clima, no México, quando o assunto vai ser retomado. Antes, de 9 a 11 de abril, haverá uma rodada de negociações da UNFCCC que está programada para ser realizada em Bonn, na Alemanha. O objetivo é discutir o acordo sobre a organização e os métodos de trabalho que serão implementados ao longo deste ano. O documento reúne os relatórios oficiais sobre os resultados da conferência promovida em dezembro do ano passado pelas ONU sobre as alterações climáticas, em Copenhague, na Dinamarca.
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O bonde e a Rua do Comércio de antigamente se misturam com o burburinho da cidade grande de hoje
A antiga praça onde hoje existe o Clube Fênix: lugar para passeio de “famílias distintas”
Em dois cliques, Maceió ontem e hoje Em dois momentos, a cidade de antigamente e a atual se misturam em imagens históricas Gabriela Lapa Estagiária*
Passando pelo Centro da cidade, pouca gente imagina que ruas de terra e carroças de burro já dominaram o cenário que, hoje, é composto por apinhados de lojas e trânsito caótico. Os anos em que o tempo de viagem era medido no lombo do cavalo, e o homens tiravam o chapéu para saudar uma Maceió ainda menina, ficaram marcados apenas no que restou da arquitetura da época. Mas em registros raros é possível viajar no passado e ver, através do trabalho de fotógrafos que viveram em outras épocas, o glamour que eterniza a história da capital. ACatedral Metropolitana de Maceió, com suas escadarias lat-
erais, espremida entre as lojas e o asfalto, já foi o grande centro das atenções daquela área, quando a atual Praça D. Pedro II se estendia aos seus pés, em harmonia com lances de degraus verticais. Do lado oposto, quando estacionamentos e carros de servidores da Justiça eram apenas planos futuros, ela dividia as atenções dos passantes com o prédio da biblioteca pública, um dos poucos que sobreviveu à chegada da modernidade. Nessa época, a praça mais larga permitia bons passeios de domingo às famílias, e o número maior de árvores também funcionava como atrativo para quem buscava, de chapéu e paletó, um pouco mais de sombra e ar fresco. (Continua nas páginas A10 e A11) Fotos: Lula Castello Branco
O Beco da Lama em dois tempos, com suas histórias e tradições
A cidade de hoje e de ontem: contraste de história e modernidade
A Catedral e a ladeira: o ar de cidade pequena foi substituído pelo asfalto
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Fotos: Lula Castello Branco
No Centro, por trás de muitas lojas, um traço da arquitetura antiga ainda sobrevive, guardando consigo a história de Maceió
O Hotel Atlântico era o lugar onde se discutia política à beira-mar Não muito distante, caminhando até a praia da Avenida, onde a juventude dourada se banhava, era possível ver um símbolo da política de esquerda que se erguia de frente para o mar. Era lá, no extinto Hotel Atlântico, que os figurões amigados da família Miranda se encontravam. Como ainda não havia fluxo de carros e veículos pesados naquela área, e a avenida principal tinha metade da extensão atual, a faixa de areia da praia quase alcançava a calçada do Hotel. E quando as
ondas se atreviam a ir mais longe, faziam do Atlântico uma legítima construção à beira-mar. Quando a modernidade começou a pedir espaço na praia da Avenida, boa parte dela foi aterrada. O riacho Salgadinho, límpido e extenso, que passava bem distante dali, foi drenado e teve seu curso desviado para desaguar exatamente onde ficava o hotel. Outros figurões, que não eram os que se encontravam lá, cimentaram o riacho e, para que ele pudesse percorrer aquela
área, derrubaram parte do prédio do Atlântico. Hoje apenas uma pequena parcela dele é reconhecível, mas é preciso muita ginástica para perceber os traços que resistiram ao tempo, como o relevo das colunas que ladeavam janelas recuadas. Do antigo casarão símbolo da política, quase nada restou. Desviado para o Hotel Atlântico, o Salgadinho também sentiu a chegada da modernidade. Para tomar o lugar do ponto de encontro da política maceioense, ele deixou de
passar no que hoje é a Rua do Imperador, na altura da Praça Sinimbu, e a ponte que permitia o tráfego de pedestres e automóveis perdeu o sentido entre tanto asfalto. Hoje, a curva que dá acesso à rua mantém as mesmas linhas da antiga passagem sobre o riacho, e alguns dos traços da ponte permaneceram intactos colados ao calçamento. Olhares desavisados talvez achem graça naquele amontoado de formas de cimento, aparentemente inútil. Mas quem
já ouviu falar da infância da capital, pode reconhecer o pedaço de natureza que morreu para deixar a cidade crescer. Outro trecho bastante modificado foi o que hoje corresponde ao Clube Fênix. Antes de sediar grandes bailes para famílias de respeito e casais da terceira idade, aquele ponto da Avenida da Paz era uma praça, ajardinada e iluminada, que mesmo não abrigando bandas de música e bebidas, reunia pessoas de todas as faixas etárias. Elas podiam caminhar sem
pressa pelas ruas largas, e talvez dividir o passo com uma ou duas carroças de burro, que insistiam em ignorar a chegada de novos tempos. Nessa altura, os carros já trafegavam por Maceió, mas transportavam motoristas mais tranquilos que desconheciam os poderes potenciais da buzina dos próprios automóveis. Eles iam se encontrar na antiga garagem, que ficava entre mata e riacho, próxima à ponte por onde passava o Salgadinho. (G.L.)
Café Colombo: para boêmios e intelectuais Descendo do bonde, na altura da atual Rua do Comércio, erguia-se um dos pontos preferidos pela boemia intelectual de Maceió: o café Colombo. Foi lá que renomados escritores como Graciliano Ramos, Jorge de Lima e Rachel de Queiroz, entre outros frequentadores não tão ilustres nem menos consumistas, conheceram quitutes e ideais pelos quais brigar, e que teriam levado o alagoano de Quebrangulo, o Velho Graça, à prisão, na década de 1930. Conta-se que foram os comentários de Graciliano, ouvidos pelos muitos frequentadores do Café, que levantaram as suspeitas das autoridades para os seus desejos políticos. Com o tempo, o comércio foi crescendo e tomando o espaço dos quitutes da boemia, que deu lugar, hoje, a uma renomada rede de óticas – preferência da juventude maceioense, mesmo sem cafés e bolinhos. As lojas que faziam companhia ao Colombo também foram substituídas aos poucos, fazendo da Rua do Comércio uma das mais descaracterizadas de Maceió. Nela, antes da modernidade mostrar a que veio, outros prédios compunham o roteiro de quem passava pelo Centro. Em frente à chapelaria Lisboa, um grande relógio marcava as horas no ponto exato em que duas linhas de bonde se cruzavam. Talvez, ao sair da loja, de chapéu novo, os trabalhadores
da época contassem minutos mais longos esperando a sua vez de tomar condução. Um dos poucos prédios que ainda guarda vestígios dessa época nostálgica, na Rua do Comércio, é o que abriga a famosa Casa do Imperador. Desprovido de sua cor original, ele foi quase todo preservado, e pode não ter sido incumbido, de início, de receber utensílios domésticos para comercialização, mas foi muito procurado por compradores assíduos dos mais diversos artigos, à sua maneira. Nessa época, aquela região do Comércio agrupava, com harmonia, interesse comercial com identidade cultural. Mesmo ignorando-se a passagem dos bondes e das carroças de burro, símbolos de intervalos de tempo distintos, era possível perceber traços arquitetônicos que traduziam peculiaridades da capital. A população, em número bem menor que o atual, podia circular livremente pelas ruas, sentar sob a sombra das árvores, e fumar cigarros – para os homens – ou conversar parados nas lojas, como as mulheres respeitadas podiam se permitir fazer. Por ali, o bonde ainda transportava seus passageiros por ruas como a Senador Mendonça, onde quem quisesse fumar ou conversar tinha a oportunidade de sentar no banco da praça, e não no bar construído depois em seu lugar. (G.L.)
O histórico Café Colombo saiu de cena para dar lugar a uma ótica: ônus da vida moderna
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O “Beco da Lama” e as histórias de um tempo com charme dourado Quem desce do carro, próximo à Rua do Livramento provavelmente não entende por que os passageiros do bonde, quando saltavam há décadas atrás, chamavam aquele lugar de beco da lama.
Mas naquela época, a sujeira que grudava no sapato dos comerciantes era uma fonte bastante rica de inspirações. O beco da lama fazia jus ao seu nome principalmente do lado direto da via, onde um decli-
ve na calçada convidava água e terra a se encontrar para festejar com os pés alheios. Seus frequentadores provavelmente também viveram para ver o antigo prédio da Alfândega, por onde tinham
que passar todos os que precisassem tomar embarcações e ganhar o mar, em Jaraguá. Mas não ficaram neste mundo tempo suficiente para acompanhar a derrubada do prédio.
Eles também viram erguer-se, no Centro, os prédios da penitenciária e do quartel de polícia. A penitenciária ruiu, tempos depois, e deu lugar a muitas lojas. Mas o quartel resistiu, e continua,
até hoje, com os mesmos traços e o mesmo velho símbolo da República, no alto, servindo aos que zelam pela segurança. É lá que funciona o Quartel da Polícia Militar. (G.L.) Fotos: Lula Castello Branco
A Rua do Comércio e suas duas faces: a cena pacata, quase interiorana, e o caos de hoje
As mudanças trazidas pelo tempo Modelado inúmeras vezes, acompanhando o curso do tempo, das carroças, dos bondes e dos automóveis, o Centro de Maceió foi ganhando o ar caótico de hoje a partir da década de 1950, quando as lojas comerciais começaram a disputar cada centímetro quadrado de asfalto. No lugar do relógio que marcava os minutos para a chegada do bonde, um poste de luz passou a orientar motoristas que quisessem trafegar pelo Centro da cidade, aperfeiçoando a arte de brigar com o ponteiro dos segundos e com os companheiros de tráfego, que já se traduziam em várias linhas de bonde e um sem-número de automóveis. Outro dos poucos prédios que mantiveram a arquitetura original e que, como o antigo quartel de polícia, também serve aos mesmos propósitos, é o que atualmente abriga o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), na Praça Zumbi dos Palmares. Sede do Instituto de Previdência e Assistência Social de
Alagoas (Ipaseal), o protótipo do INSS, só ele indica a existência de uma Maceió diferente naquela área. O prédio que havia ao lado era uma das mais belas construções do Estado: o Bela Vista Palace Hotel. Majestosos, seus jardins chamavam a atenção dos hóspedes e dos passantes, na década de 1950, principalmente por complementar a beleza de um prédio que lembrava palacetes marroquinos, estilo bem distinto de tudo o que já tinha sido construído até então. Mas eles não tiveram oportunidade de impressionar gerações futuras; pouco tempo depois, na década de 1960, o hotel foi derrubado para dar lugar a um edifício bem menos atrativo, mas que ganhou o direito de dividir a praça com outros símbolos da modernidade, como o monumento a Zumbi dos Palmares, que tomou o lugar de um antigo posto de gasolina. Arte e cultura também perderam muito de sua tradição com a chegada da modernida-
de. Depois do Café Colombo, na rua do Comércio, o Cine Floriano deu lugar ao Cine Arte, que entreteria os maceioenses até a chegada do Cine São Luiz, no mesmo ponto de esquina. Esse ainda resistiu por mais tempo guardando a mágica dos cinemas de rua, mas também teve seu fim decretado com a chegada de lojas comerciais. E antes que isso acontecesse, mesmo ainda na época do bom e velho Cine Arte, as linhas de bonde já haviam sido ampliadas para trazer à sétima arte, moradores de todas as partes da cidade. Expansão precursora do crescimento que existe hoje, essa já fez de Maceió uma capital desenvolvida, abrindo caminho pelas áreas que, mais tarde, ganhariam alcunha de mais nobres, e que um dia haviam abrigado apenas riachos e mangues – vestígios da história que só existe hoje nas fotografias. (G.L.) * Sob a supervisão da Editoria de Cidades
O charme do antigo prédio, em frente à Praça Montepio: lembranças de uma cidade que quase não existe
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Os 100 anos do homem chamado Amor Chico Xavier, um dos mais influentes do século XX foi, também, uma pessoa simples e de gargalhada farta Yvette Moura Repórter
Se estivesse vivo, ou encarnado, como dizem os espíritas, Chico Xavier estaria completando cem anos este mês. Para comemorar a data festiva, vários eventos serão realizados em homenagem ao médium mineiro ao longo do ano, no
Brasil e no mundo. Aqui, além do lançamento do filme que conta a sua história – dirigido por Daniel Filho e produzido pela Globo Filmes, com Nelson Xavier no papel-título – que entrou em cartaz no dia do centenário do médium, 2 de abril, em todos os estados brasileiros, “Chico Xavier: Mediunidade e Caridade com Jesus e Kardec”
será o tema do 3º Congresso Espírita Brasileiro, que será realizado pela Federação Espírita Brasileira - Feb, no período de 16 a 18 deste mês, em Brasília. Na abertura do congresso, a Casa da Moeda do Brasil irá lançar a Medalha Comemorativa do Centenário de Chico Xavier, com o retrato do médium psicografando de um lado e
o desenho de vários livros abertos no verso, representando a extensa obra literária psicografada por ele. Sobre os livros, a seguinte frase será grafada, em destaque, seguida da sua assinatura: “A árvore nascente aguarda-te a bondade e a tolerância para que te possa ofertar os próprios frutos no tempo certo”. A Empresa Brasileira de
O humano que exalava cheiro de caridade Para quem não o conheceu de perto e imagina que o espírita Francisco Cândido Xavier fosse uma pessoa sisuda, distante ou ensimesmada em suas práticas mediúnicas, aqueles que conviveram com ele falam de um homem completamente diferente. Doce, meigo e extremamente amoroso, Chico era como um grande pai, que fazia questão de abraçar e beijar a todos que o procuravam. Sempre que podia, ia de casa em casa, na periferia de Uberaba, atendendo aos doentes e necessitados com carinho paternal. Também era detentor de excelente humor, apesar das dores físicas que desde cedo o afligiam e das dificuldades de toda ordem que enfrentava. O presidente da União Espírita Mineira e membro da comissão organizadora do centenário de Chico Xavier, Marival Veloso fala – na biografia elaborada por ele – da risada “gotosa” e bem audível do médium. Fato que o jornalista Marcel Souto Maior, autor de “As Vidas de Chico Xavier” e “Por Trás do Véu de Ísis”, reitera ao relatar as animadas conversas e gargalhadas, que seguiam madrugada adentro, entre Chico e os frequentadores de sua casa, após a extensa jornada de psicografias na casa espírita. Sempre acompanhadas de um bolinho caseiro e uma xícara de café. Seguidor incansável de Jesus de Nazaré, e fiel cumpridor dos postulados espíritas, no entanto, jamais se escusou do trabalho desinteressado e dos sacrifícios pessoais, julgando-se não merecedor de qualquer privilégio ou tratamentos especiais. Ao contrário, era humilde, modesto, desapegado de bens e valores materiais e repetia com frequência que de tão pequeno trazia “cisco” até no nome, referindo-se às duas últimas sílabas de Francisco. Atendia a todos com paciência e, muitas vezes, chegava a “baixar o nível” da conversa para não deixar embaraçado um interlocutor mais mediano em matéria de conhecimento, condição
Apesar de todos os títulos, Chico era simples e gostava de “noitadas” regadas a conversas, bolinho e café
moral e erudição – alcançados por ele com grande esforço próprio, exercício constante no bem (apesar das dificuldades enfrentadas desde menino) e autodidatismo. Marival Veloso conta que ficava sempre muito inibido perto do Chico nos primeiros anos de amizade, pois ansiava conversar com ele sobre a Doutrina Espírita, mas tinha pouco conhecimento. Então o médium, sabendo que o amigo gostava das músicas da Jovem Guarda – em plena efervescência naqueles verdes anos –, quebrava o silêncio constrangedor fazendo a singela pergunta: - “Marival, e a Wandeca?”. E a conversa transcorria sobre o movimento liderado por Wanderléia, Roberto e Erasmo Carlos, na segunda metade da década de 60.
Como nada aconteceu por acaso na vida do maior ícone do Espiritismo no Brasil, também não foi à toa que Francisco Cândido Xavier recebeu o codinome de “o homem chamado amor”. A sua candura natural, a disponibilidade para atender a todos que o procuravam, sua solicitude ao servir, o amor pelos irmãos brasileiros, tudo isso o credenciava à categoria dos espíritos evoluídos. Espíritos esses que, de acordo com o Evangelho Segundo o Espiritismo, são reconhecidos pelo cheiro de caridade que exalam. Ante os festejos organizados no Uberaba Tênis Clube, para outorgar ao filho de Pedro Leopoldo o título de cidadão uberabense –, Marival conta que estava próximo do amigo quando
acompanhou uma inusitada cena: Chico se encontrava no meio de uma roda de gente, assediado por perguntas e curiosos, quando dele se aproxima uma pessoa, que o observa por todos os ângulos, atentamente, e sai rapidinho, entre decepcionada e incrédula. No percurso, porém, o visitante solta em voz alta um pequeno desabafo: “Dizem que esse homem é humilde, mas ele está num perfume só. E a humildade onde fica?”. Tendo ouvido tudo, o amigo do médium teve ímpetos de explicar àquela criatura sobre a real origem da fragrância do Chico, mas ponderou, compreendendo que qualquer comentário seu naquele momento seria extemporâneo. (Y.M.)
Correios e Telégrafos também fez a sua homenagem ao maior ícone do Espiritismo brasileiro, lançando um selo comemorativo, no dia dos 100 anos do seu nascimento, em São Bernardo do Campo. Na terra dos marechais, um extenso calendário foi elaborado para contemplar esta data, pela Federação Espírita do
Estado de Alagoas (Feeal), através das suas federadas, com eventos variados, que vão desde palestras públicas, seminários e programas de rádio e TV até a abertura do IV Encontro Norte-Nordeste das Associações Médico-Espíritas, que vai acontecer no período de 14 a 16 de maio, no Centro de Convenções de Maceió.
Direitos autorais sustenta instituições “Seja a tua mediunidade cês, inglês, espanhol, alemão, como harpa melodiosa”, disse russo, tcheco e grego. O primeiro livro publicado dona Maria João de Deus na primeira comunicação mediúnica pelo médium causou furor nos ditada ao filho Francisco Cân- meios literários e intelectuais dido Xavier no primeiro Centro da década de 30. O motivo não Espírita da pequena cidade de era outro: a obra, que reunia 60 Pedro Leopoldo (a 35 km de Belo poemas, foi apresentada pela Horizonte) – fundado por ele Federação Espírita Brasileira mesmo em 1927, juntamente como uma coletânea de producom o seu irmão José Xavier e o ções póstumas de catorze esseu padrinho José Felizardo. critores, entre os quais, reno“Porém, no dia que receberes os mados poetas brasileiros e porfavores do mundo como se es- tugueses, como Augusto dos tivesses vendendo os seus acor- Anjos, Casimiro de Abreu, des, ela se enferrujará para sem- Castro Alves, Antero de Quental e Júlio Dinis. pre”, alertou maternal. Considerado pelos espíritas Nos 75 anos de mandato mediúnico, o homem que re- como “médium completo” ou cebeu inúmeros títulos hono- “homem-psi”, para o teórico ríficos – entre dezenas de cida- Herculano Pires, Chico Xavier danias, os títulos O Mineiro do dedicou a vida inteira à prática Século XX e O Maior Brasileiro mediúnica, produzindo uma da História (numa promoção obra bastante diversificada, que feita pela parceria Tele- acabou tendo ressonância em mar/Rede Globo Minas e a vários campos da cultura e do Revista Época, respectivamen- conhecimento brasileiros. Na te), e foi considerado pelos au- Literatura, os livros psicografados pelo médium vão ditores independentes da desde mensagens conReceita Federal como soladoras a estudos filouma das oito figuras mais importantes do Mesmo com sóficos e científicos, pasmundo, ao lado de Ma- a publicação sando por contos, poemas, literatura infantil e dre Tereza de Calcutá, de 412 jornalísticas. Nelson Mandela, Santos obras, Chico reportagens No cinema, o livro Dumont e Ghandi – não se esqueceu um só se- sobrevivia “Somos Seis” resultou no filme “Joelma 23º gundo do conselho que com (1979) e “Nosso recebeu da mãe. salário de Andar” Lar”, baseado na obra Tendo publicado 412 obras, Chico Xavier sem- escriturário homônima de André pre se sustentou com o Luiz, que será lançado em setembro desse ano. Na múmodesto salário de escrisica, vários artistas, como turário da Escola Modelo do Ministério da Agricultura, Roberto Carlos, Fábio Júnior e com o qual também se aposen- Moacir Franco já declararam a tou. Os direitos autorais dos li- influência das obras de Chico vros que psicografou foram nas suas composições. O métodos doados a federativas espí- dium também esteve presente ritas e instituições de caridade. na televisão brasileira – como Segundo ele, a autoria das obras inspiração para novelas e no connão lhe pertencia, consideran- ceituado programa Pinga-Fogo, do-se apenas “o burrinho” que que em 1978 alcançou os maioconduzia a carga que lhe fora res índices de audiência quando confiada ao seu verdadeiro des- levou jornalistas e intelectuais a debaterem com o espírita. tino. Até os últimos dias do seu Pelo fato de ter registrado, em cartório, essas doações, os mandato mediúnico, Chico direitos autorais das obras de trabalhou junto aos mensageiChico constituem ainda hoje ros espirituais. Chico também grande fonte de recursos para ficou conhecido por conta das essas instituições, uma vez que inúmeras cartas de consolajá são mais de 30 milhões de ção que recebia, endereçadas exemplares editados. Até o iní- às mães chorosas que lotavam cio deste ano, por exemplo, o tí- o auditório do Grupo Espírita tulo mais conhecido dessas da Prece, em Uberaba. obras, “Nosso Lar” – que já está Algumas chegaram a afirmar, na 48ª edição –, vendeu mais inclusive, que muitas vezes o de um milhão de cópias e já foi “Carteiro do Além” as teria traduzido para diversas lín- abraçado e chorado com elas. guas, entre elas, esperanto, fran- (Y.M.)
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A história do homem que realiza sonhos Com criatividade e força de vontade, artista leva clientes à “realidade virtual” com montagens fotográficas Fotos: Yvette Moura
Láyra Santa Rosa Repórter
Todos os dias, o autônomo José Sebastião dos Santos, de 33 anos, sai de casa pela manhã para tentar realizar os sonhos dos moradores do Benedito Bentes. Sem nenhum apetrecho tecnológico, como câmera fotográfica ou computador, ele consegue fazer montagens fotográficas e restaurar retratos antigos, e transforma uma simples imagem, num registro de uma vontade difícil de ser realizada. Com criatividade, ele leva o dono da foto para lugares que talvez nunca fosse possível de se chegar um dia. As montagens são as mais cariadas. Basta a pessoa contar um pouco de sua história, dizer mais ou menos o que deseja e deixar o restante de acordo com o entendimento de José Sebastião, que garante nunca ter decepcionado um cliente. Quartos de luxo, casas de praia, faculdades no exterior, fazendas, paisagens e desenhos animados fazem parte dos planos de fundo das fotos que realizam os sonhos das pessoas. O mais incrível nisso tudo, é que José Sebastião não tem máquina fotográfica, não tem computador e não entende dos programas de montagem. Para conseguir realizar seu trabalho, ele conta com apoio de alguns conhecidos que sabem mexer no programa Photoshop e precisa pagar por isso. “Sou um curioso, mas infelizmente minhas condições financeiras não me permitem ter uma máquina fotográfica e nem um computador. Para conseguir realizar meu trabalho, preciso contratar uma segunda pessoa. Ele só mexe no computador, as montagens e criações são todas mi-
José Sebastião mostra sua arte: na garra e força de vontade
nhas”, explicou o autônomo. Foi a dificuldade para encontrar um emprego que fez com que José Sebastião ingressasse nesse mercado. “Comecei há mais ou menos um ano e meio. Tinha uma indenização do meu último trabalho e apliquei na
compra de mercadorias. Saia de porta em porta, exatamente como faço agora. Uma vez uma senhora me perguntou se eu não sabia restaurar foto, então resolvi tentar ajuda-la e gostei desse serviço”, contou. “Arrumei toda a foto, além de aproveitar para
fazer uma montagem. A cliente gostou tanto que encomendou uma moldura. Foi então que descobri o que gostava de fazer. Tenho prazer em trabalhar nisso”, afirmou. Segundo o artista, uma das melhores coisas nesse trabalho é
poder realizar os sonhos dos outros. “O cliente nem imagina como a foto vai chegar. Confia no meu trabalho e não costumo decepcionar. É muito bom realizar os sonhos das pessoas”, disse. “Com as montagens, as pessoas sentem como se tivessem ido na-
quele lugar bonito. Tinha um cliente que tinha um cavalo que morreu, a foto estava feia e velha. Arrumei tudo e coloquei ele e seu cavalo numa fazenda. O cliente ficou tão feliz que se emocionou quando viu a imagem”, relembra, emocionado.
O capricho que faz a diferença Apesar de não saber mexer nos softwares específicos para o trabalho de montagem das fotos, são a criatividade, a minúcia e o zelo com os detalhes que fazem toda a diferença no trabalho de José Sebastião. As fotos têm de tudo: o corte certo da imagem, a sombra das pessoas, os detalhes das cores parecidos com a do fundo escolhido. Tudo detalhadamente pensado para parecer que aquela cena realmente aconteceu. “As idéias são minhas. Fico do lado da pessoa que está montando, coordenando e indicando como quero que saia. Tenho muito cuidado para deixar o trabalho perfeito. Meus clientes ficam na maior expectativa para o que vou fazer. Pedem que eu melhore a foto e é isso que tendo fazer”, explicou. Não importa o tamanho da imagem, José Sebastião consegue deixala do jeito que o cliente deseja. Veste roupas diferentes da fotografia original, coloca uma pessoa como se fosse capa de revista e concerta um fundo mal feito, deixando a imagem mais bonita. “Olha essa foto aqui. São todas três por quatro que arrumei. Nessa eu não estava de terno, e nem a minha mulher bem vestida desse jeito. Consegui arrumar tudo. Foi uma montagem que fiz para os meus sogros e uma das mais bem feitas que tenho”, falou o autônomo, mostrando a imagem. “Tem uma outra que gosto muito que é de uma criança no quarto de bebê. O quarto é de luxo e não tem nada haver com a realidade do pessoal. Com essas montagens a gente acaba realizando um desejo quase impossível na vida da maioria das pessoas”, contou.
Numa das montagens, o lugar simples da realidade virou o quarto dos sonhos
A viagem para o curso dos sonhos se “transformou” numa lembrança emoldurada
Satisfeitos, clientes referendam o trabalho “de qualidade” Para a técnica de enfermagem Ana Paula Araújo, o trabalho feito pelo autônomo é de muito bom gosto e cuidado. “Ele tinha feito uma montagem com a foto da minha irmã criança, quando vi gostei bastante do trabalho dele e mandei uma outra foto minha durante o trabalho. Quando recebi a imagem, adorei o resultado. Ele arrumou tudo e não parece que é montagem. É um trabalho feito com muito cuidado e que fica muito bonito”, afirmou. “Sempre que tenho alguma fotografia que está se
acabando com o tempo, minha filha, mas poder olhamando chama-lo para arrula nessa foto, nos dar mar. Todas as que ele esperança para contijá arrumou aqui na nuar lutando. É muito minha casa ficaram bonito o que ele faz”, perfeitas”, afirmou. falou. “Ele A dona de casa Simples, o artista arrumou diz que é feliz por Maria Adriana, também tem fotografias tudo e nem poder trabalhar realique foram mexidas zando os sonhos das parece por José Sebastião. As pessoas. “Faço o que é imagens dos filhos sonho do povo virar com fundos luxuosos montagem” realidade e gosto ficam expostas na pamuito desse trabalho. rede da casa simples. Mas, também tenho “Sei que nunca vou ter meus sonhos que hoje é concondições de dar um seguir uma máquina fotográquarto lindo como esse para fica e um computador. Se ti-
vesse o equipamento, conseguiria uma estruturar melhor. Infelizmente, o dinheiro que ganho é muito pouco e mal consigo sustentar minha família. Se tivesse um computador e uma máquina faria de imediato um curso para mudar minha situação”, planejou. Como estudou apenas até o 3º ano do ensino fundamental, José Sebastião busca, na força de vontade, a coragem para lutar por seus objetivos. “Quero muito poder melhorar de condições e trazer minha família que está
no Pilar para morar aqui comigo. Vivemos uma luta diária para conseguir sobreviver de forma digna. Nunca me envolvi com drogas ou qualquer coisa ilícita. Busco no trabalho a força e coragem para continuar vivendo”, disse. “Hoje, a saudade da família que só vejo aos fins-de-semana e a falta de estrutura para conseguir trabalhar são meus maiores inimigos, mas quando me desespero, penso em Deus e peço para que tudo seja diferente um dia. E acredito nisso”, confessou.
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Fotos: Eduardo Almeida
Beneficiamento de maracujá é “carro-chefe” da produção da cooperativa.
Cooperativa eleva produção de frutas Cultivo triplicou desde setembro de 2003 e movimentou aproximadamente R$ 400 mil no ano passado Eduardo Almeida Repórter
MARAGOGI – Nem mesmo o mais otimista dos produtores rurais que participaram da fundação da Cooperativa dos Pequenos Agricultores Organizados de Maragogi (Coopeagro) podia imaginar os resultados que colheria em apenas seis anos. A cooperativa impulsionou o cultivo de frutas na região norte e fez a produção saltar de 100 toneladas em 2003 – ano da fundação - para pouco mais de 350 toneladas no ano passado, movimentando cerca
de R$ 400 mil e beneficiando diretamente mais de 100 famílias. Quando começou, em setembro de 2003, com recursos da Província Autônoma de Trento (PAT), a cooperativa idealizada pela freira italiana Mirian Zendron contava apenas com 42 sócios, que buscavam uma alternativa para continuar tirando o seu sustento do campo. Hoje, seis anos depois, os associados que apostaram no projeto ganharam reforço e comemoram os bons resultados fazendo planos de expandir os negócios com a implantação de uma moderna fábrica para aumentar os
lucros e diversificar os serviços. Embora o “carro-chefe” da cooperativa seja a produção de pasta base e polpa industrializada de frutas, a Coopeagro também negocia outros produtos, como mel e castanha. As principais frutas comercializadas são o maracujá e a graviola, segundo Rivaldo Vasconcelos, presidente da entidade, mas a nova aposta dos produtores é a comercialização do açaí – fruta típica do Norte do País. A proposta da cooperativa, explica, é introduzir no mercado novos produtos, gerando um diferencial em relação aos concorrentes.
“Os sócios da Coopeagro produzem, atualmente, todo tipo de fruta: maracujá, graviola, cajá, acerola e até açaí. Hoje, nós compramos não só a produção dos agricultores de Maragogi, como também de municípios vizinhos, a exemplo de Porto Calvo, para suprir a demanda. No ano passado, produzimos 160 toneladas de graviola e 160 toneladas de maracujá. A produção aumentou, acompanhando a demanda. Apesar do crescimento, esse ainda não é o máximo que podemos render’, observa Rivaldo Vasconcelos.
O presidente explica a produção de nove assentamentos é comercializada pela Coopeagro. São beneficiados os agricultores dos assentamentos Bom Jesus, Itabaiana, Massangana, Água Fria, Javari, Mangibura, Costa Dourada, Mellos e Lemos. À Coopeagro cabe o transporte, a organização e a comercialização dos produtos. Para isso, a cooperativa conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas (Sebrae), Petrobras, Banco do Nordeste, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Pro-
víncia Autônoma de Trento e Companhia Nacional de Abastecimento. “O nosso principal fornecedor é o assentamento Bom Jesus, que tem 38 agricultores associados. No entanto, todos os outros contribuem para o crescimento da cooperativa. Nossa produção é exposta dentro e fora do Estado. Já participamos de feiras em São Paulo, Salvador, Rio Grande do Sul e até Itália. Aprodução que antes não era absorvida em Maragogi, virava lixo. Hoje, não há desperdício”, completa Rivaldo Vasconcelos.
PENEDO
Cooperativa Marituba discute plano de ação
Duas câmaras frias foram construídas para armazenar as polpas produzidas pela cooperativa
Conab absorve parte da produção Os agricultores que até pouco tempo eram obrigados a vender seus produtos na feria livre de Maragogi, agora têm como principal cliente a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Depois que as frutas passaram a ser beneficiadas, com a implantação de uma fábrica para a produção de pasta e polpa industrializada de frutas, as vendas aumentaram exponencialmente. Além da Conab, a rede hoteleira do segundo maior pólo de turismo do Estado também absorve uma parcela significativa da produção. “Nossos principais clientes são a Conab e as pousadas e hotéis de Maragogi, mas não podemos nos esquecer das lanchonetes e dos restaurantes que também compram os produ-
tos. Vendemos de Maceió até Porto de Galinhas, em Pernambuco, onde a fama das polpas já chegou. A cooperativa deu um direcionamento à produção, que antes era desorganizada, o que alavancou as vendas. Movimentamos cerca de R$ 35 mil por mês e R$ 400 mil por ano”, comenta o gerente da Coopeagro, Flávio Silva. Para o gerente da cooperativa, o aumento nos lucros dos produtores rurais está diretamente relacionado ao beneficiamento do produto. “A fruta que antes era comercializada in natura rendia pouco aos agricultores, que já perdiam durante o transporte”, observa. Flávio Silva explica que a industrialização gera um valor agregado ao produto, que é repassado
aos produtores. Outro fator que influencia no aumento dos lucros, segundo ele, é a venda em larga escala das polpas e da pasta da fruta. “Com a implantação da fábrica, as frutas tiveram um aproveitamento maior. Se antes estragavam ao longo de uma semana, porque não eram bem armazenadas ou sofriam danos durante o transporte do campo até a cidade, agora podem passar até um ano. Essa é a validade das polpas que ficam armazenadas em câmaras frias. Além disso, as máquinas conseguem retirar todo o miolo da fruta, separando das sementes e das cascas, o que os agricultores não conseguiriam fazer. O produto é bem aproveitado”, ressalta Flávio Silva.
PENEDO - Agricultores do projeto Marituba pertendo projeto Marituba, em cente à Codevasf e que está Penedo, reuniram-se com re- atuando na estruturação da presentantes da Companhia Cooperativa Marituba por de Desenvolvimento dos três anos para, ao final deste Vales do São Francisco e do período, repassar a gestão inParnaíba (Codevasf), da Coo- tegral da área aos agricultoperativa Pindorama e com a res. Nesta fase, a Coomaconsultoria Markestrat para rituba contará com o apoio avaliação da proposta de ela- da Codevasf, Sebrae/AL, boração do plano de ação Cooperativa Pindorapara a cooperativa. O plano ma, Serviço Nacional definirá as metas para de Aprendizagem do estruturação da cooCooperativismo perativa e o início da (Sescoop) e as diverPlano de sas organizações de produção dentro dos lotes irrigados com as produtores rurais que ação águas do Rio São na área do pedefinirá atuam Francisco. rímetro irrigado. A proposta para metas para Para Klécio dos elaboração do plano estruturar a Santos, presidente da de ação pelos agricul- cooperativa Cooperativa Pindotores da Cooperativa rama, que também esMarituba contempla teve presente à reutrês dimensões: intenião com os cooperagração, produção e dos da Coomarituba, a nova organização. Entre as metas cooperativa terá como difeque deverão ser formuladas rencial para o sucesso a parno plano de ação estão a que ceria com a Pindorama, um define prazo para a instala- dos maiores exemplos brasição da sede e a que estrutu- leiros em cooperativismo. ra a cooperativa em setores “Decidimos participar da licom funções específicas. citação para uso do projeto A proposta foi elaborada Marituba por acreditar que pela consultoria Markestrat poderemos transferir tecnopara a Cooperativa Pindo- logia de gestão em cooperarama, vencedora da licitação tivismo para os agricultores para Concessão de Direito da Marituba. Vocês já entram Real de Uso (CDRU) da área no mercado com a assistên-
cia e a experiência da Pindorama”, afirmou. O superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo, comemorou a entrada de mais um parceiro no processo de implantação do projeto Marituba. “A chegada do Sebrae/AL será uma grande vitória para o projeto, pois os cooperados poderão contar com conhecimento técnicoadministrativo que fortalecerá a gestão da Coomarituba. Isso também sinaliza mais uma vez que o Sebrae é um grande parceiro da Codevasf na estratégia de desenvolvimento regional executada pela Codevasf para os municípios alagoanos do Vale do São Francisco”, reforçou. Na mesma reunião, Antônio Nélson de Azevedo ainda informou que a Codevasf está disponibilizando à Coomarituba o prédio no qual funcionava o canteiro das obras de melhoria da infraestrutura de irrigação do projeto Marituba, situado no povoado Ponta Mofina em Penedo (AL), para que seja transformado em sede da cooperativa. Com isso, as próximas reuniões já poderão ser realizadas na sede do projeto.
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SMTT reorganiza trânsito em Arapiraca Reordenamento busca dar maior fluidez ao tráfego de veículos pelas principais ruas do centro da cidade Carolina Sanches Repórter
ARAPIRACA – Os técnicos da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Arapiraca colocaram em prática algumas mudanças no tráfego de veículos no centro da cidade. Amedida faz parte do projeto para reordenamento da área central, que começou a ser executado no mês passado. A proposta é que o tráfego de veículos seja totalmente revitalizado no centro de Arapiraca, melhorando o trânsito. Para isso, foi contratada uma consultoria técnica, que está elaborando es-
tudos e projetos voltados à modernização do trânsito. O superintendente de Transportes e Trânsito, Severino Lúcio, explicou que a proposta do projeto é diminuir os transtornos nas ruas da cidade. “ASMTT recebe muitas reclamações de motoristas a respeito da dificuldade de trafegar no Centro. Outra queixa diz respeito aos veículos estacionados em locais proibidos”, afirmou. No mês passado, a superintendência, com base na Lei nº 9.503, de setembro de 1997, e artigo 24 do Código de Trânsito Brasileiro, normatizou, através da Portaria Nº 001/2010, os novos
locais para carga e descarga de mercadorias no centro da cidade, no período de 15h às 6 horas. Segundo Severino Lúcio, o principal objetivo da medida foi dar maior fluidez ao trânsito local no perímetro central da área do comércio. Severino também acrescentou que sua equipe está voltada a desenvolver uma política de “Humanização e Qualidade de Vida no Trânsito”; por isso foi feita uma pesquisa para dar maior fluidez nas vias centrais. As novas áreas do perímetro central comercial proibitiva para o tráfego de veículos pesados abrangem as ruas Nossa Senho-
ra de Fátima, 15 de Novembro, Marechal Deodoro da Fonseca, Paula Magalhães, Estudante José de Oliveira Leite, Domingos Correia, Fernandes Lima, São Francisco, Boa Vista, Dom Vital, Manoel Leão, Monsenhor Macedo, 30 de Outubro, Expedicionários Brasileiros, Rui Barbosa, Pedro Correia, Domingos Rodrigues, Sete de Setembro, Rua do Sol, Parque Ceci Cunha e Avenida Rio Branco. Para os proprietários de estabelecimentos comerciais, a medida tem sido bastante positiva. O comerciante Pedro Marques é proprietário de uma loja na Rua do Sol. Ele conta que, antes da de-
terminação de horário, os caminhões chegavam para descarregar as mercadorias a qualquer hora do dia e atrapalhavam o fluxo de carros na rua, principalmente pela manhã, quando o movimento é maior. Desde que a determinação entrou em vigor, os agentes lotados na autarquia estão dispostos nos locais que sofreram alterações para informar os condutores e pedestres. O superintendente Severino Lúcio disse que foram espalhadas faixas educativas para alertar os motoristas. MUDANÇAS – O projeto prevê, ainda, que a Marginal do
Piauí - avenida que está sendo construída partindo da Rua Manoel Abreu, nas imediações do Parque Ceci Cunha, até a Rodovia AL-110, no acesso a Penedo, seja transformada no novo binário, com trecho rotatório para garantir ainda mais fluidez ao tráfego. Além disso, a prefeitura vai criar a Zona Azul, que são locais definidos para promover a rotatividade dos veículos, racionalizando o uso do solo em áreas muito movimentadas, disciplinando o espaço urbano e permitindo maior oferta de estacionamento na área urbana de Arapiraca. Carolina Sanches
Pontos de mototaxistas terão mudanças Na semana passada foi anunciado que o projeto de reorganização do centro vai definir algumas mudanças para os mototaxistas que trabalham na região. Uma delas é deslocar os pontos de mototaxi de ruas com o maior fluxo de veículos, a exemplo da Avenida Rio Branco e da Rua Estudante José de Oliveira. Desde que tomaram conhecimento da medida, mototaxistas cadastrados que têm ponto em ruas do Centro estão apreensivos com o futuro da categoria. Eles acreditam que, se saírem dos pontos que trabalham, perderão a clientela e não terão como exercer a atividade. A informação repassada aos trabalhadores foi de que eles terão que ficar circulando e não mais esperar passageiros nos pontos. O superintendente Severino Lúcio desmente esta informação e diz que serão organizados outros pontos para os mototaxistas que tiverem que sair das ruas determinadas. “O movimento não vai diminuir porque as pessoas vão
ser informadas dos locais da mudança e vão continuar usando o transporte de moto”, observou Lúcio, ao explicar que a medida deve acontecer no mês de junho ou julho. Mesmo com a informação de que os pontos serão transferidos para outros locais, a categoria organiza um abaixo-assinado contra o projeto. O mototaxista Welington Ferreira disse que os proprietários de lojas também estão assinando o documento. “Temos o apoio dos donos das lojas que temem a diminuição do movimento de clientes por causa da medida”, diz. Antônio Oliveira Lira, de 50 anos, trabalha há 15 anos como mototaxista em Arapiraca. Há 12 anos ele atua em um ponto na Avenida Rio Banco. Com relação ao projeto, Lira diz estar apreensivo porque acredita que vai perder muitos clientes. “Já existem muitos pontos no centro. Se sairmos da Avenida Rio Branco, provavelmente seremos colocados em um local distante”, observou o mototaxista. (C.S.)
Agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito informam aos condutores e pedestres sobre as novas mudanças
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SEM APOIO
Banco do Cidadão limita crédito Apesar da importância para a economia solidária alagoana, instituição não recebe recursos do governo do Estado Patrycia Monteiro Repórter
Um dos projetos mais relevantes da economia solidária de Alagoas está enfrentando grandes dificuldades. O Banco do Cidadão – uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), criada durante o governo Ronaldo Lessa, com objetivo de realizar operações de microcrédito para os pequenos empreendedores informais alagoanos – está sem receber ajuda financeira oficial. E é em função da falta de repasses da atual gestão estadual que a instituição reduziu sua carteira de crédito pela metade nos últimos três anos, mantendo volume de empréstimos que somam apenas R$ 1 milhão. À míngua, o Banco do Cidadão encolheu. Das 7,5 mil operações de crédito concedidas em 2004, hoje a instituição financeira mantém cerca de 2 mil operações, apesar da grande demanda existente. Só para se ter uma idéia, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há atualmente 300 mil empreendedores que trabalham por conta própria em Alagoas. É para esse público de trabalhadores excluídos do mercado de trabalho formal e sem acesso ao crédito nas instituições financeiras convencionais que se dedica o Banco do Cidadão. Lá, os microempreendedores podem formar grupos solidários, sem necessidade de apresentar garantias ou
avalistas, e obter dinheiro para investir no capital de giro ou compra de equipamentos, alavancando seus pequenos negócios. As taxas de juros giram em torno dos 4% ao mês e o índice de inadimplência atual é de 5% - considerado baixo pelo mercado. “Apesar da comprovada importância social do microcrédito, não recebemos apoio efetivo da atual gestão estadual. Em minha opinião, o governo do Estado tem direcionado seu foco aos investimentos de grande porte e subestimado a força dos pequenos empreendimentos locais - o que demonstra uma miopia na sua visão desenvolvimentista. Também desconfio que o Banco do Cidadão ficou relegado a um segundo plano, porque fomos criados durante a gestão do Lessa”, dispara Pedro Verdino, presidente do Banco do Cidadão, mencionando que o governo estadual não honrou o pagamento de contratos assinados que totalizariam R$ 2,8 milhões em repasses. Sem apoio financeiro para ampliar o fluxo de caixa da instituição, Verdino precisou restringir a atuação da Oscip no Estado. “Normalmente, assim que o empreendedor quita seu débito no banco, ele logo quer captar mais recursos para ampliar seu negócio, lançando mão de um montante maior. Como mantemos uma equipe de 22 funcionários capacitados, indispensáveis para realização adequada do crédito assistido, dei-
Nas agências, 22 funcionários trabalham na orientação dos microempreendedores, quanto à destinação correta dos recursos solicitados ao banco
Verdino, presidente do Banco do Cidadão, ainda a espera da parceria
xamos de atender a vários segmentos. Um dos projetos que suspendemos foi aquele que incentivava a criação de novos micros empreendimentos em áreas de vulnerabilidade social”, conta. Segundo Verdino, nem um centavo do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) foi aplicado na Oscip até hoje, mesmo com a comprovada capacidade de transformação social que o microcrédito pode promover. “Pleiteamos recursos do Fecoep para capacitação de um grupo formado por 20 costureiras de
Fernão Velho que pretende constituir uma cooperativa de confecções. A proposta foi aceita, mas ainda está sob análise da Procuradoria Geral do Estado (PGE), há alguns meses. Concordo que certa burocracia é necessária para evitar distorções e desvios, mas é preciso evitar que os processos engessem e deixem de avançar”, afirma Verdino. Até novembro do ano passado, o Fecoep contava com R$ 70 milhões em caixa e tinha 23 projetos habilitados para receber recursos. (Continua na página A18)
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Verdino: Afal ainda é só uma boa intenção Uma das esperanças do presidente do Banco do Cidadão reside na Agência de Fomento de Alagoas (AFAL) que deve lançar um edital que prevê a transferência de recursos para instituições de microcrédito no Estado - além do Banco do Cidadão atuam também no Estado, a Amicred, da Associação Comercial de Maceió, e a Agência Nacional de Desenvolvimento Empresarial (ANDE). “O problema é que até hoje a AFAL não realizou uma operação financeira sequer. Trata-se de um projeto excelente que ainda não saiu do plano das boas intenções. Mas, se ela avançasse, e exercesse papel semelhante ao que a Desenbahia (agência de fomento baiana) exerce na Bahia todos cresceríamos muito, tanto o Banco do Cidadão, como o ambiente de empreendedorismo do Estado”, diz. Sem perder o otimismo da ação, Pedro Verdino vem buscando apoio financeiro de outras instituições. Entre as parcerias que tem mais obtido avanços estão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal. “Estamos elaborando estudos para conseguir R$ 2 milhões em recursos do
BNDES. E, há um ano e meio, em comprar matéria-prima e estamos negociando com a beneficiar para fins de comerciaCaixa o fechamento de um con- lização, como pequenos fabritrato inovador que prevê a ob- cantes de materiais de limpeza, tenção de empréstimo, para fi- costureiras e fornecedores de nanciar novas operações de mi- alimentos. crocrédito pelo Banco do Cida“No Banco do Cidadão, dão, dando nossa carteira créditodos os empreendeto como garantia. Se essas iniciadores são informais tivas derem certo, vamos e 99,51% buscam direcobrar o nosso fônheiro para capital lego”, afirma. de giro. Quase 80% Enquanto isso, o dos clientes formam “A Afal pode Banco do Cidadão grupos solidários ter um mantêm com sacrifípara obtenção de papel igual cio suas cinco agênempréstimo, enao da cias (em Maceió, Araquanto 16,26% aprepiraca, São Miguel sentam avalista e Desenbahia, dos Campos, União 3,4% assinam notas com dos Palmares e Delpromissórias”, afirresultados miro Gouveia) e dema Verdino, menciofantásticos” senvolve capacitanando que 69,42% ções profissionais da clientela é formacom recursos públida por mulheres cos, como uma ação como Rosineide Tomaz concluída recentedos Santos, ex-catadora de lixo, mente pelo prograque atualmente é dona de um ma Agente Jovem, no município brechó ao ar livre e que comerde Pilar, que qualificou cerca de cializa animais graças ao micro500 jovens. Atualmente, a Oscip crédito. Aprimeira operação de detém 950 clientes ativos, dos empréstimo de dona Rosineide quais 89,56% são pequenos co- foi realizada em 2005 para inimerciantes e 2,79% atuam na ciar o novo pequeno negócio. prestação de serviços. O restan- “Não conhecia o Banco do te (7,66%) faz parte do segmen- Cidadão, mas fiquei sabendo to de Produção, reunindo mi- dele através dos seus agentes croempresários especializados de crédito. Então, disse que es-
Rosineide Tomaz, ex-catadora de lixo e agora microempresária
tava precisando de dinheiro para comprar roupas e calçados velhos que eu queria revender na feira. A roupa usada eu compro de um preço e revendo por outro, tirando um pequeno lucro”, relembra a empreendedora. Depois de fazer um levantamento socioeconômico de dona Rosineide, o agente de crédito da Oscip disponibilizou R$ 80 para empreitada e, de posse do pequeno montante, ela mudou os planos iniciais e decidiu comprar uma porca. O animal depois de alguns meses teve 18 filhotes, multiplicando o valor obtido com o crédito. “Vendi quatro deles por R$ 200 e com o dinheiro adquiri um reprodutor. Em seis meses, já tinha uma pequena criação que me rendeu uns R$ 5 mil num único negócio fechado que me ajudou a quitar o débito no banco e ainda investir na banca de venda de roupas usadas que mantenho até hoje na feira do Benedito Bentes”, relembra. “O Banco do Cidadão fez uma revolução na minha vida e na da minha família”, diz satisfeita. Atualmente dona Rosineide partiu para negócios maiores e está criando e comercializando cavalos. (P.M.)
Dona Maria José: produção de pães para cinco mercadinhos
De doméstica à dona de padaria Outra cliente beneficiada pela facilidade de crédito do Banco do Cidadão é Maria José Xavier da Silva, que tem uma pequena padaria localizada na Avenida Paraguassu, no bairro do Tabuleiro do Martins. Com nove anos de atividade empresarial e sete de apoio financeiro da Oscip, a empreendedora hoje fornece pães a cinco mercadinhos e passaporte e ainda mantém serviço de entrega em domicílio no bairro. Mas, antes de ter seu próprio negócio, dona Maria conta que era empregada doméstica - trabalho que considera digno, porém muito cansativo. Sensibilizado com o sacrifício da mãe, José Valderez da Silva, seu filho mais velho, decidiu pegar parte de uma indenização trabalhista para alugar um ponto comercial onde instalou uma pequena padaria para que dona Maria e seu marido, José Severino, pudessem mudar de vida. Na época, a empreendedora buscou o Banco do Cidadão e conseguiu dinheiro emprestado para comprar matéria-prima (farinha de trigo, fermento, açúcar) para a fabricação de pães, bolachas, bolos e salgadinhos. Depois de um ano, o pequeno negócio prosperou. Com a renda do empreendimento, dona Maria adquiriu um terreno e nele construiu sua casa própria e nela um espaço para a padaria. Novamente, precisou do financiamento camarada do Bando do Cidadão. Atualmente, dona Maria já está pagando sua décima operação de crédito – a primeira foi realizada em 2003, no valor de R$ 500 e a última, concedida em 2009, no valor de R$ 3 mil. Nesse período, a comerciante conseguiu aumentar a renda familiar e, além de pães, passou a revender material de limpeza, cereais, produtos de higiene pessoal e bebidas. Sua renda mensal bruta gira em torno dos R$ 9 mil, dos quais R$ 5 mil são direcionados para a manutenção do negócio e o restante vai para o bem estar da família. (P.M.)
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AGRICULTURA FAMILIAR
Ipea faz levantamento sobre o setor Estudo constata que 30 milhões de pessoas dependem da atividade agrícola para sobreviver no Brasil A agricultura familiar é a pela atividade rural, rendiprincipal fonte de sustento mentos de outras fontes têm para a maior parte das famílias importância bastante expresque vivem em ocupações ru- siva na composição da renda rais, revela levantamento sobre domiciliar da população rural, o setor rural divulgado pelo segundo o Ipea, 33,11% dos Instituto de Pesquisa Econô- domicílios rurais tinham, entre mica Aplicada (Ipea). As rela- seus moradores, pelo menos ções de trabalho nesse meio, um aposentado ou pensionisno entanto, são precárias e ins- ta. táveis, indica o estudo. Segundo a pesquisa, há De acordo com os dados hoje 30 milhões de brasileiros do Ipea, 43% da população que vivem em ocupações ruocupada em tais condições não rais; número que, se constisão remunerados pela sua ati- tuísse um País, seria o quadravidade. Além disso, 43% dos gésimo mais popuempregados ocupados no loso do mundo, e o setor são temporários. terceiro da América “Mais da metado Sul, atrás de de dos trabalhadoBrasil e Argentina. res do grupamento “Apenas 8% agrícola estão fora VENDA DA de qualquer relação PRODUÇÃO - A da produção de assalariamento, o grande maioria dos tem como que desafia a estruagricultores familiadestino tura do sistema de res, segundo o Ipea, direitos e garantias efetua sua produção direto o sociais, fundadas sem definir previaconsumidor nas relações de tramente seu destino. final balho centradas no Mais de 70% dos emprego formal”, agricultores não asdiz comunicado do sumiram o comproórgão. misso de venda de alPara a entidade, guma parte da produção, de que realizou o traacordo com a análise. balho com base nas informaApesar disso, quase 80% ções da Pnad 2008, é provável dos agricultores familiares que a maior parte destes tra- venderam alguma parte do balhadores viva em domicílio que produziram. Por outro laem que a família possui algu- do, um quinto dos agricultores ma fonte de renda. familiares destina sua produ“Porém, dada a expressivi- ção diretamente ao consumidade do número de não remu- dor final. nerados no total da força de “Este dado é importante, trabalho ocupada, é provável pois reforça a condição de proque no interior deste contin- dutora de alimentos da agrigente encontremos relações cultura familiar, além de ser precárias de trabalho e desem- um forte indício da integração prego”, informa a entidade em da agricultura familiar com o comunicado. comércio local”, diz o comuniAlém da renda recebida cado do Ipea.
Evidência de pouca organização na agricultura familiar: apenas 9% dos produtores destinam parte do que cultivam para uma cooperativa
Por outro lado, apenas 8% da produção dos empregadores na agricultura tem por destino direto o consumidor final. Outro dado relevante está relacionado ao cooperativismo: apenas 9% dos agricultores familiares destinam sua produção para cooperativas,
“o que pode ser uma evidência da pouca organização entre os agricultores familiares e de sua consequente dependência em relação a intermediários”. INSTRUÇÃO PRECÁRIA - Os dados sobre educação evidenciam que a população rural
continua menos favorecida que a urbana. A taxa de analfabetismo para pessoas acima de 15 anos é de 7,5% na zona urbana e de 23,5% na zona rural. Enquanto, nas cidades, 9% da população tem pouca ou nenhuma instrução, no campo, tal proporção ultrapassa 24%.
Em outro extremo, a população mais escolarizada, acima de 11 anos de estudo, representa mais de 40% da população urbana e apenas 12,8% da população rural. A maioria da população do campo – 73% - não completou o ensino fundamental.
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Imobiliário
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Imóveis.com Theodomiro Jr.
imobiliario@ojornal-al.com.br
PAU NA MOLEIRA Construtoras inidôneas, tremei! Foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria 516, da Controladoria Geral da União (CGU), instituindo o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS). Trata-se de um banco de dados que tem por finalidade consolidar e divulgar a relação de empresas ou profissionais que sofreram sanções que tenham como efeito restrição ao direito de participar em licitações ou de celebrar contratos com a Administração Pública. O cadastro conterá, além das sanções, a razão social e CNPJ da empresa ou o nome e CPF da pessoa física. A gestão do CEIS ficará a cargo da Corregedoria Geral da União, que adotará as medidas necessárias à operacionalização do cadastro. O sistema está disponível ao público no site http://www.portaltransparencia.gov.br/ceis/.
DE MALAS PRONTAS O empresário e diretor técnico da Contrato Engenharia, Guilherme Melro, está de malas prontas para participar da Semana Internacional da Construção e Iluminação de São Paulo. O evento será realizado entre os dias 6 e 10 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo
O setor da construção civil acereditava que o teto subiria para R$ 5.100, mas o Palácio do Planalto manteve o limite de R$ 4.650
MINHA CASA, MINHA VIDA
SEMANA DA CONSTRUÇÃO A Semana da Construção e Iluminação reúne as feiras de negócios Feicon Batimat 2010 (18ª Feira Internacional da Indústria da Construção) e Expolux (12ª Feira Internacional da Indústria da Iluminação). serão apresentados ao setor os últimos lançamentos de produtos e serviços oferecidos pelo segmento.
BATIMAT Para a Feicon Batimat são esperados cerca de 172 mil visitantes - 95% dos quais brasileiros e 5%, estrangeiros - que acompanharão os mais de 2.500 lançamentos de 597 expositores oriundos de 29 países.
Renda acima de R$ 4.650 fica de fora de programa PAC 2 era última chance das famílias com renda até R$ 5.100
A COISA TÁ FEIA Está ficando feia a briga de bastidores entre membros da Ademi-AL e do Secovi-AL. O assunto não vêm à tona por motivos óbvios: ninguém deseja que embates pessoais afetem os negócios. É melhor assim.
DE CARA FEIA Os donos de cartórios de registro de imóveis não gostaram nadinha de parder parte de sua receita mensal, após a decisão da Justiça que reduziu para cerca de 3 mil reais o registro de incorporação de novos empreendimentos.
RESTRIÇÕES A iniciativa da Justiça alagoana é um alento para os construtores, mas falta agora estender esse mesmo benefício para o cidadão comum que paga horrores pelo registro do imóvel.
DO COLUNISTA Causou impacto a reportagem da semana passada sobre a declaração de imóveis e o imposto de renda. Alguns leitores, em apuros com o Leão, enviaram dúvidas para o Imóveis.com. Como não somos especialistas no assunto, encaminhamos as mensagens para técnicos da área. Assim que tivermos as respostas, retornaremos os e-mails. A pedido de ambos, não publicaremos o esclarecimento nesta coluna.
EM FOCO
O governo federal enterrou de vez a esperança do mercado imobiliário em ver ampliados os limites de renda para participação no financiamento habitacional “Minha Casa, Minha Vida”. No lançamento da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), ocorrido esta semana, foi mantido o limite de renda familiar mensal de R$ 4.650 para se habilitar ao programa. O setor acreditava que o teto subiria para R$ 5.100 (o equivalente a dez salários mínimos atuais), mas o Palácio do Planalto manteve o teto em R$ 4.650. A reivindicação dos empresários e mutuários era plausível. Afinal, quando o “Minha Casa, Minha Vida” foi lançado, em março de 2009, os limites de renda para participação no programa estavam expressos em salários mínimos - seriam atendidos os trabalhadores que ganhassem de zero a
dez salários. Como o mínimo valia R$ 465 na época, o rendimento máximo que para se candidatar ao financiamento era de R$ 4.650. Porém, no início de 2010, quando o salário mínimo subiu para R$ 510, criou-se a expectativa de que os limites de renda do programa seriam reajustados proporcionalmente. O Ministério das Cidades informou que o governo avaliou o reajuste como “economicamente inviável” - daí a decisão de manter parâmetros que vigoravam anteriormente. Caso o governo tivesse atendido o pedido de empresários e mutuários, todas as famílias que possuem renda entre R$ 4.650,01 e R$ 5.100, hoje excluídas do “Minha Casa, Minha Vida”, passariam a ter acesso à condições oferecidas pelo projeto do governo - desde que quisessem adquirir um imóvel
MINHA CASA, MINHA VIDA X CARTA DE CRÉDITO FGTS Pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”, o custo total é de R$ 233.579,65, porque os seguros não são cobrados e o mutuário também fica isento de taxas cartoriais. Pela Carta de Crédito da FGTS, o custo total seria de R$ 259.063,33 ou seja, R$ 25.483,68 mais caro que pelo Minha Casa, Minha Vida.
Metade dos lançamentos é de 2 quartos Do total de 2 milhões de casas que devem ser financiadas até 2014 pelo PAC 2, cerca de 1,2 milhão de unidades serão voltadas a quem tem renda máxima de R$ 1.395, outros 600 mil imóveis servirão a famílias com renda entre R$1.395 e 2.790 e, por fim, 200 mil imóveis serão ofertados a quem ganha entre R$2.790 e R$4.650. Lançado em março de 2009, o programa habitacional beneficia famílias com renda mensal de até R$ 4.650 e que queiram comprar um
Principal executivo da Soares Nobre, o empresário e consultor imobiliário Emmanuel Soares Nobre está vendo agora, em 2010, o resultado de um trabalho que teve início anos atrás, quando decidiu investir em empreendimentos financiados pela Caixa Econômica Federal. Numa época em que a maioria das empresas do setor optavam pelo autofinanciamento, Emmanuel apostou que este filão um dia se tornaria a vedete da construção civil. Dito e feito. Com o Minha Casa, Minha Vida, houve uma revoada de construtoras se enquadrando nas normas do programa - em busca de financiamento - e milhares de unidades sendo comercializadas feito água.
novo de até R$130 mil. Ao serem aceitas no programa, elas poderiam economizar até R$ 25 mil em financiamento de 30 anos, com 20% de entrada. Isso porque, para o público que não pode participar do “Minha Casa, Minha Vida”, a linha de crédito mais barata do mercado é a Carta de Crédito do FGTS. Embora as duas linhas tenham taxas de juros semelhantes, o programa do governo isenta os mutuários do pagamento dos seguros por morte ou invalidez e contra danos físicos ao imóvel, reduzindo significativamente o valor da prestação. "Isso é ruim para a sociedade, porque parcela importante da população vai ficar de fora do programa e deixar de receber subsídios maiores e outros benefícios, como juros baixos e isenções cartorárias", diz o analista de construção civil, Eduardo Silveira.
imóvel novo de até R$ 130 mil. Detalhe importante: o titular não pode ter outro imóvel em seu nome. Essa limitação no valor do imóvel tem mexido com as construtoras. Os imóveis menores, com dois dormitórios, passaram de 34,6% dos lançamentos em 2008 para 45,9% em 2009. Já as unidades com três quartos caíram de 38,2% para 32,4% do total. Tudo para tentar fazer os lançamentos se enquadrarem no programa. “Em cidades como São
Paulo e em outras capitais onde o custo de construção é mais alto do que a média, esse valor de R$ 130 mil torna ainda mais difícil o ingresso no programa”, pondera o diretor-presidente da Cipesa Empreendimentos Imobiliários, Luiz Henrique Taboada. Para o analista de construção civil Eduardo Silveira, a perspectiva de o programa atender uma parcela maior do que o esperado da faixa de 0 e 3 salários mínimos parece não ter agradado aos in-
vestidores. "Uma das interpretações possíveis para a queda das construtoras na Bolsa de Valores esta semana é a que o programa está buscando se concentrar na faixa menor de renda, o que fica meio fora do foco da maior parte das incorporadoras que têm participação no Minha Casa, Minha Vida, que é de 3 a 6 salários", diz Silveira. Veja a seguir as principais normas do programa Minha Casa, Minha Vida para cada faixa de renda familiar.
NORMAS DO MINHA CASA, MINHA VIDA - POR RENDA FAMILIAR RENDA ATÉ R$1.395 Não há taxa de juros. A prestação equivale a 10% da renda familiar, sendo que a parcela mínima é de R$ 50 e a correção dos valores é feita apenas pela TR. Prazo máximo de 10 anos. O trabalhador que
ficar desempregado fica isento do pagamento das parcelas por seis meses RENDA DE R$1.395 A R$2.325 Juros de 5% ao ano mais TR. Prazo máximo de pagamento de 30 anos. Em caso de desemprego, a
Caixa Econômica Federal refinancia até 36 parcelas RENDA DE R$ 2.325,01 A R$ 2.790 Juros de 6% ao ano mais TR prazo máximo de pagamento de 30 anos em caso de perda do emprego, a Caixa refinancia até
24 parcelas RENDA DE R$2.790,01 A R$4.650 Juros de 8,16% ao ano mais TR prazo máximo de pagamento de 30 anos caso o mutuário perca o emprego, a Caixa refinancia em até 12 parcelas.
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B1 Fotos: Arquivo pessoal
A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, a mais famosa encenação teatral a céu aberto, este ano ganhou o título de patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco. Por trás dessa magnífica produção, que atrai ao Nordeste brasileiro plateias do mundo inteiro, está um grupo formado por membros de uma mesma família, que se dedica há 50 anos à continuidade e ao aprimoramento desse evento, transformado em tradição
Cidade-teatro de Nova Jerusalém foi criada pelo gaúcho Plínio Pacheco; complexo com mais de dez cenários é réplica de onde viveu Jesus
A sociedade por trás do
espetáculo Elô Baêta (*) Repórter
ela manhã do ano de 1634. Aos pés dos Alpes, Oberammergau pequena cidade do interior da Baviera, ao sul da Alemanha - acorda preparada para cumprir uma promessa de fé feita quando boa parte da sua população é dizimada pela peste bubônica durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648). Com olhos e mãos elevados aos céus, os sobreviventes fazem um clamor a Jesus: se forem salvos da epidemia, tal conquista será celebrada com a encenação no local, pelos seus habitantes, da passagem de Cristo pela Terra - a vida, o sofrimento, a morte, a ressurreição - de dez em dez anos. A promessa se cumpriu. E se cumpre até hoje com a Paixão de Cristo de Oberammergau. Um espetáculo com cinco horas e meia de duração. Do outro lado do mundo, no Nordeste do Brasil, a Paixão da Alemanha chega, mas de forma inspiradora, ao comerciante pernambucano Epaminondas Mendonça, contagiando-o para a realização da encenação da
B
Peça é encenada pela primeira vez em 1951, nas ruas de Fazenda Nova
via-crúcis de Jesus durante a Semana Santa, na Fazenda Nova, município do Brejo da Madre de Deus, no agreste de Pernambuco. Era 1951. O espetáculo invade a vila pela primeira vez como O drama do calvário. Simples, criativo, familiar. No elenco, com o figurino restrito a lençois brancos do pequenino hotel pertencente aos Mendonça, um dos filhos do comerciante, Luiz, incorpora o papel de Jesus; seu irmão, Paulo, vem como Pilatos; a filha Nair, no papel de Nossa Senhora; Marly (esposa de Paulo) vive Madalena; José encena como José de Arimatéia; e a caçula, Diva, interpreta uma criança de Jerusalém e o Demônio do Horto; os figurantes vêm dos amigos da família. Todos estimulados pelo olhar e pelo gosto refinados para o teatro da então diretora da peça, Sebastiana - esposa de Epaminondas -, adquiridos num colégio de freiras francesas em Maceió, do qual foi aluna. Assim começa a história da encenação da passagem bíblica mais conhecida da humanidade representada no coração do agreste pernambucano, que viria a se transformar, anos depois, no maior e mais famoso espetáculo teatral a céu aberto do mundo: a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém.
SONHO - APaixão de Cristo do Brejo da Madre de Deus teve de transpor limites para se consolidar como uma atração única, surpreendente; para conquistar o Brasil e o mundo; para deixar as ruas de Fazenda Nova e continuar brilhando nos palcos da mais encantadora cidade-teatro ao ar livre do Planeta. Limites que foram superados pelo sonho - de pedra - do oficial gaúcho da Força Aérea Brasileira (FAB) e jornalista autodidata Plínio Pacheco, idealizador da construção na vila pernambucana, no início dos anos 60, de uma perfeita réplica da cidade de Jerusalém para a encenação do espetáculo emoldurada por montanhas, cercada de rochas, com vegetação rasteira e clima semiárido, assim como a Judéia. Um sonho que, assim como a promessa dos alemães, se tornou real com a apresentação, há mais de quatro décadas, da encenação, que, das ruas para a estrutura teatral ao ar livre, foi batizada como A Paixão de Cristo em Nova Jerusalém. Por trás dessa grandiosa produção, que emociona gente dos quatro cantos do mundo, está um grupo que é só dedicação e incansáveis “mimos” à peça: a Sociedade Teatral de Fazenda Nova (STFN). (E.B.) Continua nas páginas B2 e B3.
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Filhos do teatro trazem a arte dramática nas veias A sociedade carrega há 50 anos o bastão de envolvimento dos Pacheco com a arte dramática, gerindo com firmeza e competência todo o complexo que envolve a Nova Jerusalém: o teatro, o espetáculo e a Pousada da Paixão - elegante abrigo dos atores que participam da encenação. A sua matriarca, a pernambucana nascida em Fazenda Nova Diva Pacheco - filha mais nova de Epaminondas e esposa de Plínio -, traz a arte dramática nas veias, tanto que já interpretou vários personagens na peça bíblica, desde a criança de Jerusalém até Nossa Senhora, além de contribuir com os figurinos e adereços dos atores, como joias e chapéus. Hoje com 71 anos, a mulher que mais deu vida aos sonhos do visionário gaúcho e autora do livro Réu, réu, réu, se dessa eu escapei, já sei que vou para o céu (1972) - onde conta com uma linguagem atraente um pouco da história da sua vida , tornou-se a diva do teatro de Plínio. Dos seis filhos do casal Geórgia (Xuruca), Nena, Robinson, Paschoal, Flávio e Pedro amante de teatro e considerado os “pais” da Nova Jerusalém, dois deles vivem na linha de frente da sociedade, comandando magistralmente o espetáculo. O atual presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova, produtor-executivo e coordenador-geral da Paixão de Cristo, Robinson Pacheco, conta que a STFN foi criada não só para gerir o espetáculo, como também para ajudar na construção da cidade-teatro de Nova Jerusalém. “Foi realmente um sonho muito difícil para o meu pai construir esse teatro ao ar livre. Ele era um homem de poucas posses e, para concretizar a ideia, teve de vender a sua casa no Recife e a minha mãe, as joias”. E completa: “Ele se foi, mas nós continuamos levando muito a sério tudo o que a gente faz aqui. Acreditamos no sonho do meu pai, fruto de um esforço tremendo de 50 anos”, diz o presidente da sociedade, que começou a participar da encenação do espetáculo aos 6 anos de idade, assumindo, logo depois, o cargo de assistente de direção ao lado pai. A história de amor e de envolvimento da sociedade com a peça, com fama no mundo inteiro, se imortaliza em mais um filho do casal: a atriz, produtora de eventos, estilista e figurinista Georgia Mendonça Pacheco. Conhecida no meio artístico como Xuruca, dentro e fora do Brasil, ela desempenha um importante papel na peça: dá personalidade aos atores através dos figurinos criados por ela. “O meu papel na produção é criar, confeccionar, coordenar uma equipe que é a alma do espetáculo, onde são usados, aproximadamente, 20 figurinos principais, sendo seis exclusivos para o ator que vive Jesus, cada um deles com uma reserva”, explicou Xuruca à revista da Paixão de Cristo de março deste ano - uma publicação da Sociedade Teatral de Fazenda Nova -, que também foi uma das estilistas e figurinistas do filme Memorial de Maria Moura e que, ao lado da filha Ticiana Pacheco e da mãe - Diva -, movimenta a Casa de Bamba com muito samba, nas noites recifenses. Hoje, praticamente, todos os netos dos Pacheco estão envolvidos com a Paixão de Nova Jerusalém, seja como produtores ou como atores. E a terceira geração já dá sinais de que a arte está no sangue da família. A primeira bisneta dos patriarcas Plínio e Diva deu os primeiros passos do seu talento para o teatro no espetáculo deste ano, como a criança de Jerusalém, na cena em que Jesus diz: “Deixai vim a mim as criancinhas”. (E.B.)
Fotos: Arquivo pessoal
O embrião do espetáculo no agreste pernambucano foi inspirado na Paixão de Cristo da Alemanha e tinha como tema O Drama no Calvário. No elenco, os Mendonça - Luiz (Jesus), Paulo (Pilatos), Nair (Nossa Senhora), Marly (Maria Madalena), José (José Arimatéria) e Diva (criança de Jerusalém e Demônio do Horto) -, atores da família que deu origem à encenação da peça no município do Brejo da Madre de Deus
Continua na página B3
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Continuação da página B2 “Essa família segue passando de geração a geração o amor pelo teatro, fazendo com que tudo sobreviva nos mínimos detalhes e com muita dedicação, e acaba presenteando nós, como atores desse magnífico espetáculo. Para mim, participar da Nova Jerusalém virou um ideal”.
Monumento imortaliza história da família “É uma homenagem mais que justa e, ao mesmo tempo, um grande reconhecimento à ideia desse gaúcho, que veio do Rio Grande do Sul para marcar a vila com o seu espírito de luta, persistência, coragem, sensibilidade e amor à arte”. Assim é definido o Monumento Plínio Pacheco, erguido na cidade-teatro de Nova Jerusalém pela Sociedade Teatral de Fazenda Nova em 2003 - um ano após a morte do “patriarca” de um dos maiores acontecimentos teatrais bíblicos. A obra-de-arte é uma forma de imortalizar a história da família e da sociedade de teatro, emoldurando a grandeza e a importância para o con-
texto sociocultural de Pernambuco e do País da representação impecável da trajetória de Cristo na Terra. Criada pelo cenógrafo Octávio Catanho, com a assinatura do artista plástico José Caxiado, a escultura traz a figura de Plínio Pacheco a cavalo, empunhando um megafone, construída em concreto sob uma estrutura de ferro de dois metros, totalizando cinco metros de altura, e pesando cerca de três toneladas. A estátua está fixada numa base giratória, o que permite a sua movimentação em direção a cada cena, durante o espetáculo, e com iluminação especial. (E.B.)
Dig Druta - Maria Madalena
Estátua do idealizador Plínio Pacheco foi erguida na cidade-teatro Fotos do espetáculo: João Castelo Branco/Divulgação
“É um espetáculo de grande magnitude, fruto de um trabalho de anos da família Pacheco, feito com muita dignidade. Quando cheguei aqui me arrepiei, sobretudo com a emocionante recepção. Sinto-me privilegiado de participar do maior teatro aberto do mundo”. Paulo César Grande - Pôncio Pilatos
O grande espetáculo conta com mais de dez gigantescos cenários
Novidades: murada e templo foram modificados A cada ano, a sociedade demonstra ainda mais empenho para a celebração da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém - com os seus mais de dez gigantescos cenários -, em especial neste 2010, quando o teatro e o espetáculo tornaram-se patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco. Uma conquista que resultou em mais renovações no teatro, como melhorias no sistema de iluminação cênica, reinstalação geral do moderno siste-
ma de som, além da renovação geral das 800 peças que compõem o figurino e os adereços. Entre um deslocamento e outro nos palcos das cenas, mais novidades na muralha de pedras de quatro metros de altura - com 70 torres de sete metros cada uma -, equivalente a um terço da área murada da Jerusalém original, onde Jesus viveu os seus últimos dias. O cenário do templo veio modificado com a colocação de
piras, que permaneceram acesas durante toda a cena; incensos perfumaram todo o ambiente, favorecendo ainda mais a atmosfera religiosa do Templo Sagrado de Jerusalém; e a Via-Sacra sofreu uma pequena mudança de local, melhorando a visibilidade das cenas e facilitando o deslocamento do público. A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém encerrou as suas apresentações no final da tarde de
ontem, mas certamente continuará construindo, junto a sua sociedade, uma história de amor e dedicação por muitos e longos anos, iluminada pelos encantos e pela magia do teatro. Uma página na cultura nordestina que vem sendo desenhada, construída e transmitida de geração a geração. (E.B.)
“O projeto, a ideia da família Pacheco, me emocionaram. É surpreendente”. Suzana Vieira - Maria, mãe de Jesus
(*) A jornalista viajou a convite da Secretaria de Turismo de Pernambuco.
“Sou apaixonado por essa família. Criei laços profundos com ela. Me fascinou conhecer a história de quem idealizou o maior teatro a céu aberto no agreste pernambucano. Vejo Nova Jerusalém como algo muito forte simbolicamente. É uma história transformadora, perfeita, fantástica”. Eriberto Leão - Jesus
A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém encerrou as suas apresentações no final da tarde de ontem
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Continuação da página B2 “Essa família segue passando de geração a geração o amor pelo teatro, fazendo com que tudo sobreviva nos mínimos detalhes e com muita dedicação, e acaba presenteando nós, como atores desse magnífico espetáculo. Para mim, participar da Nova Jerusalém virou um ideal”.
Monumento imortaliza história da família “É uma homenagem mais que justa e, ao mesmo tempo, um grande reconhecimento à ideia desse gaúcho, que veio do Rio Grande do Sul para marcar a vila com o seu espírito de luta, persistência, coragem, sensibilidade e amor à arte”. Assim é definido o Monumento Plínio Pacheco, erguido na cidade-teatro de Nova Jerusalém pela Sociedade Teatral de Fazenda Nova em 2003 - um ano após a morte do “patriarca” de um dos maiores acontecimentos teatrais bíblicos. A obra-de-arte é uma forma de imortalizar a história da família e da sociedade de teatro, emoldurando a grandeza e a importância para o con-
texto sociocultural de Pernambuco e do País da representação impecável da trajetória de Cristo na Terra. Criada pelo cenógrafo Octávio Catanho, com a assinatura do artista plástico José Caxiado, a escultura traz a figura de Plínio Pacheco a cavalo, empunhando um megafone, construída em concreto sob uma estrutura de ferro de dois metros, totalizando cinco metros de altura, e pesando cerca de três toneladas. A estátua está fixada numa base giratória, o que permite a sua movimentação em direção a cada cena, durante o espetáculo, e com iluminação especial. (E.B.)
Dig Druta - Maria Madalena
Estátua do idealizador Plínio Pacheco foi erguida na cidade-teatro Fotos do espetáculo: João Castelo Branco/Divulgação
“É um espetáculo de grande magnitude, fruto de um trabalho de anos da família Pacheco, feito com muita dignidade. Quando cheguei aqui me arrepiei, sobretudo com a emocionante recepção. Sinto-me privilegiado de participar do maior teatro aberto do mundo”. Paulo César Grande - Pôncio Pilatos
O grande espetáculo conta com mais de dez gigantescos cenários
Novidades: murada e templo foram modificados A cada ano, a sociedade demonstra ainda mais empenho para a celebração da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém - com os seus mais de dez gigantescos cenários -, em especial neste 2010, quando o teatro e o espetáculo tornaram-se patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco. Uma conquista que resultou em mais renovações no teatro, como melhorias no sistema de iluminação cênica, reinstalação geral do moderno siste-
ma de som, além da renovação geral das 800 peças que compõem o figurino e os adereços. Entre um deslocamento e outro nos palcos das cenas, mais novidades na muralha de pedras de quatro metros de altura - com 70 torres de sete metros cada uma -, equivalente a um terço da área murada da Jerusalém original, onde Jesus viveu os seus últimos dias. O cenário do templo veio modificado com a colocação de
piras, que permaneceram acesas durante toda a cena; incensos perfumaram todo o ambiente, favorecendo ainda mais a atmosfera religiosa do Templo Sagrado de Jerusalém; e a Via-Sacra sofreu uma pequena mudança de local, melhorando a visibilidade das cenas e facilitando o deslocamento do público. A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém encerrou as suas apresentações no final da tarde de
ontem, mas certamente continuará construindo, junto a sua sociedade, uma história de amor e dedicação por muitos e longos anos, iluminada pelos encantos e pela magia do teatro. Uma página na cultura nordestina que vem sendo desenhada, construída e transmitida de geração a geração. (E.B.)
“O projeto, a ideia da família Pacheco, me emocionaram. É surpreendente”. Suzana Vieira - Maria, mãe de Jesus
(*) A jornalista viajou a convite da Secretaria de Turismo de Pernambuco.
“Sou apaixonado por essa família. Criei laços profundos com ela. Me fascinou conhecer a história de quem idealizou o maior teatro a céu aberto no agreste pernambucano. Vejo Nova Jerusalém como algo muito forte simbolicamente. É uma história transformadora, perfeita, fantástica”. Eriberto Leão - Jesus
A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém encerrou as suas apresentações no final da tarde de ontem
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UMAS POUCAS PALAVRAS
Alagoanidade
A barba stulti discit tonsor
O texto de Golbery Lessa é importante na medida em que apresenta sua inquietação quanto à natureza de nosso processo histórico, enfocando o atributo da alagoanidade ou, conforme entendemos, aquilo que caracteriza a condição histórica do local a ponto de evidenciar a sua particularização. É texto polêmico e, na certa, merecerá discussão. Foi produzido a partir de depoimento dado ao Grupo de Registro da Memória Alagoana, integrante do Agenda/Alagoas. Golbery é um dos representantes do que vem sendo pensado em Alagoas no campo do marxismo. Pela abrangência do texto, pela motivação polêmica, Espaço decidiu publicar – em três números - a matéria e a importância do depoimento mencionado e que foi ampliado pelo autor.
Dialética da alagoanid Golbery Lessa
vista requeria exercícios freqüentes num consultório que ficava no último andar do Edifício Brêda. asci maceioense, em 1967, no Trapiche da Aquelas idas e vindas me deram uma vivência abranBarra. Fui para Coruripe com poucos dias de gente e detalhada de aspectos da capital. Conheci os vida. Lá moravam meus pais, prósperos mendigos e as linhas de ônibus. A freqüente peregricomerciantes. Fiquei quatro anos naquela cidade, até nação foi me tornando um apaixonado pela cidade que viemos para a capital em 1972. Passamos a morar em que nasci. Passei a ter uma paixão eterna por na Gruta de Lourdes, bairro que começava a ser habi- Maceió, com se ela fosse minha primeira namorada. tado. Há filhos que constituem a própria personalida- Só me sinto em mim mesmo quando ando por suas de de modo a negar os traços subjetivos dos pais. Não ruas. Já vivi em Recife, Campinas e Brasília, mas apeé o meu caso. Sintetizei na minha personalidade a per- nas me sinto em casa quando ando pela Praça Dom cepção prática e moderna de meu pai, sempre preocu- Pedro II ou pela Rua do Sol. As minhas primeiras preocupações teóricas relatipado com a modificação da realidade, que nele se expressa no empreendedorismo, e a visão de minha vas à realidade local ocorreram no contexto de um mãe, um olhar também moderno preocupado com a desejo de ajudar os pobres da periferia. Entre os quinquestão social, a ciência e a literatura. Quando virei ze e dezoitos anos de idade minhas iniciativas foram historiador e socialista, o meu marxismo não pôde ser no sentido de participar da vida dos bairros perifériromântico, não pôde igualmente ser positivista, rígi- cos, fazer assistência social e promover hortas comunido, e despreocupado com os grupos e temas que estão tárias. Colaborei até com cursos de catecismo e invenfora da classe operária. Cada historiador socialista tem tei campanhas para a alfabetização de adultos. Possuía seu próprio marxismo, que tem relação com seu con- uma inquietação no que se referia àquela realidade texto subjetivo e objetivo formado pela família, o contraditória e àquela miséria. Chocava-me também com a miséria espiritual das classes dominantes. O gênero, a etnia, a classe, a cidade, a região e a nação. Creio que a minha localização social e geográfica, liberalismo conservador hegemônico na sociedade tanto a origem da minha família em Coruripe quanto civil alagoana promovido a uma pretensa sabedoria a profissão dos meus pais, bem como ser pioneiro na insuperável pela classe média e a burguesia pareceuGruta, um bairro de periferia, mesmo que uma perife- me sempre uma farsa. Modernidade sem democracia é ria de classe média, tem uma relação íntima com o que genuíno avanço social? Modernidade com ideologia do favor e perseguição aos adversários polítipenso sobre Alagoas. Foi um bom mirante para ver as cos? Percebi cedo que a sofisticação da elite alaentranhas do capitalismo alagoano naquela nova goana é superficial; os modos finos convivem etapa de acumulação. Corriam os anos da com o mandonismo, a superexploração dos repressão política e do milagre econômico da trabalhadores e o uso de assassinos de aluguel. ditadura militar. Lembro das comitivas levanCompreendi isso muito antes de ler o texto “As do o ditador de plantão pela Avenida Fernandes Lima. Minha família tinha muita “Passei a Idéias fora de lugar”, de Roberto Schwarz, um ter uma dos autores brasileiros que mais admiro; tamproximidade com a União Democrática bém antes de conhecer São Bernardo, de Nacional (UDN), principalmente Arnon de paixão Ninho de Cobras, de Lêdo Ivo, e O Melo e Leda Collor de Melo, ou seja, com as eterna por Graciliano, Anjo Americano, de Luis Gutenberg. forças adversárias dos trabalhistas e do Partido O sistema educacional também foi um Comunista Brasileiro (PCB). De formação Maceió” bom observatório. Estudei durante toda a getulista na infância, minha mãe mudou e pasminha vida escolar no Colégio Santíssimo sou a ter proximidade ideológica com as lideSacramento, instituição fundada pela Igreja ranças liberais. Meu nome tem a ver com a Católica no início do século XX como o objetivo de vida e a cabeça dos meus pais na quadra histórica em que nasci. Acabei apreciando a ironia de pen- conformar a consciência da burguesia maceioense a sar o oposto da doutrina do general homônimo e partir dos valores católicos (Cf. Medeiros, Fernando gosto da sonoridade do nome, mas às vezes me causa Antônio de. O Homo Inimicus: Igreja Católica, ação social e imaginário anticomunista em Alagoas. problemas. Havia elementos que me impressionavam no meu Maceió: Edufal, 2007). Já adulto, passei a refletir bairro. Antes de tudo, a violência no trânsito. Antes de sobre a natureza daquela instituição. Meus colegas mudarmos para um quarteirão mais bucólico, morá- eram da elite econômica, intelectual e política da vamos à beira da Avenida Fernandes Lima, primeira cidade. Eu chegava como um novo rico, filho de um casa da Rua Abelardo Pontes de Lima, em frente ao self-made man, proveniente de uma nova burguesia retorno perto do atual Hiper Bompreço Farol. As pes- de origem interiorana e habitante de um subúrbio soas ainda não sabiam lidar com o novo momento do de classe média. Foi um choque interessante, esclatrânsito. Depois soube que o próprio código de trânsi- recedor para quem aos poucos começou a questioto era péssimo, protegia o motorista e não o pedestre. nar a natureza das relações sociais na cidade e no Via muitos trabalhadores morrerem atropelados na Estado. Mas não foi nada traumático, exceto por um frente da minha casa. Era ponto de passagem de mui- ou outro episódio; guardo uma grande afeição pelos tos operários da construção civil e de empresas próxi- meus colegas e professores. Como a infância e a adomas, como a Mecânica Pesada Continental e a lescência são fases nas quais os indivíduos não exerCristalvidro. Lembro de ter visto um homem ser atro- cem um papel econômico ativo, as crianças e adolespelado. Morreu bem próximo, amparado por minha centes das várias classes e estratos não reproduzem mãe. Ela tinha sido funcionária da Legião Brasileira de os principais conceitos e preconceitos de seu grupo Assistência (LBA) e sempre fora uma espécie de enfer- social e, mais importante, constituem-se em potenmeira das populações pobres de Coruripe. Com os ciais janelas epistemológicas para verdades escondiolhos de hoje, percebo que o seu gesto tornou-me sim- das pelos adultos (Cf. Schwarz, Roberto. Duas bolicamente irmão daquele operário. Minha valoriza- Meninas. SP: Cia das Letras, 1997). Esse fenômeno ção dos trabalhadores relaciona-se com as origens da parece explicar porque não senti como insuportável minha família, já que meus pais vieram de núcleos o ambiente no interior de um colégio marcado por valores burgueses, mesmo que filtrados pelo catolifamiliares de camponeses e assalariados. Lembro das vacas pastando nas ruas. Era uma cismo conservador, que tem uma dimensão anticapirealidade muito contraditória: tinha medo do trânsito talista. Aquele filtro católico parece ter funcionado e do gado. Mas não era um medo que paralisava. como um ponto de apoio para criticar o liberalismo, Subia nas árvores para fugir dos animais, ficava longe o que me fez paquerar o romantismo católico de dos automóveis e exigia moderação do meu pai quan- esquerda e outras formas de religião preocupadas do ele dirigia. O lazer era nos campos de várzea, onde com a questão social, tendência que não prosperou tínhamos uma socialização complexa com crianças de na idade adulta devido aos ambientes modernos da várias classes e camadas sociais. Ia muito ao centro da minha casa e da Universidade Federal de Alagoas cidade, principalmente para o oculista, pois minha (UFAL).
N
“Rousseau, me esclareceu sobre a Quando entrei na UFAL, em 1986, as preocupações de cunho assistencialista e de viés liberal transformaram-se em convicções socialistas, principalmente a partir da leitura dos clássicos da historiografia. O que me convenceu a usar o marxismo como ontologia, ciência social histórica e método foi o estudo da Revolução Gloriosa e da Revolução Francesa, não foi a leitura sobre a Revolução Russa. A reflexão sobre as revoluções burguesas e os seus teóricos, como John Locke e J. J. Rousseau, me esclareceu sobre a grandeza e os limites do liberalismo. O marxismo surgiu para mim como o natural continuador dos ideais iluministas. Se vivesse num capitalismo do tipo clássico, talvez nunca chegasse a essa conclusão, já que esse sistema social não apareceria tão desti-
tuído de positividades. Fiz, portanto, minha revolução permanente particular. Aproximei-me do pensamento de Caio Prado Jr. referente às singularidades do capitalismo no Brasil, bem como da abordagem do professor José Chasin, que trouxe para Alagoas nos anos 1980 uma espécie de súmula da tradição marxista sobre a particularidade do capitalismo nacional, com a sofisticação de explicitar as dimensões filosóficas do tema. Fui muito impactado pela teoria da particularidade do capitalismo brasileiro, que é uma construção de todos os grandes pensadores nacionais, como Tavares Bastos, Joaquim Nabuco, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr., Manoel Bonfim, Gilberto Freyre e Florestan Fernandes. É um equívoco imagi-
nar que aqu dos pesqui rio sobre O em nada o nas obras d Brasil Con Brasil muit Joaquim N
INQUI algum tem ca tinha di nhas inqui Entendi qu finge que tema da pa para quem completud mais sever com as exc
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O que faz Golbery Golbery Lessa, 43, graduado em História pela UFAL, Doutor em Ciências Sociais pela Unicamp. Pertence ao quadro técnico do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, onde exerce o cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. É membro colaborador do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capitalismo Contemporâneo, da UFAL.
dade (I) “É mais cômodo e inútil enfrentar o capitalismo sem ponto de apoio na realidade empírica”
a grandeza e os limites do liberalismo”
uela teoria seja uma invenção isadores reunidos no semináO Capital, na USP. Sem forçar os textos, podemos encontrar dos autores de Formação do ntemporâneo e Raízes do tas idéias de Tavares Bastos e Nabuco.
IETAÇÕES - Depois de mpo, percebi que essa temátiiretamente a ver com as miietações relativas a Alagoas. ue a realidade local é uma esimpõe mais fortemente o articularidade do capitalismo m deseja decifrá-la, já que a inde da modernidade aqui é a do que em outros Estados, ceções do Piauí e do Mara-
nhão. O tema nacional vinha da minha conexão com o local. A realidade alagoana grita a dialética do atraso e do progresso, do arcaico e do moderno, a dialética da democracia e do mandonismo, e coloca em xeque os paradigmas que procuram dar explicações esquemáticas. O pensamento não dialético gira mais em falso em Alagoas do que em outras realidades. Não há positivismo, de direita ou de esquerda, que explique a carroça que trafega na Avenida Fernandes Lima constituída por uma caixa de madeira, pneus de automóvel, molas de caminhão, arreios do tempo dos engenhos e o indefectível pangaré. Aqui o cientista está entre Hegel e a icognoscibilidade. Dialética ou nada. É esse fenômeno que explica a hegemonia que
uma determinada interpretação do pensamento de G. Luckács obteve no interior do marxismo alagoano a partir dos anos 1990. Como se sabe, foi esse filósofo quem melhor demonstrou a fertilidade de algumas conexões entre Hegel e Marx, principalmente no livro História e Consciência de Classe, obra fundadora do chamado marxismo ocidental. A situação da intelectualidade húngara do início do século XX, época de formação de G. Luckács, era tão angustiante quanto a da intelectualidade alagoana dos séculos XX e XXI: o capitalismo só mostrava seus aspectos negativos e a burguesia não queria a revolução democrática (Cf. Löwy, Michel. Para uma Sociologia dos Intelectuais Revolucionários: a evolução política de Lukács, 1909-1929. SP: LECH, 1979).
Até no movimento estudantil, seara dos como negócio” (Cf. Darnton, Robert. O tradicionais partidos de esquerda e do “pra- Iluminismo como negócio: história da publicação ticismo”, nós “luckacsianos” obtivemos sig- da Enciclopédia 1755-1800. SP, Cia das Letras, nificativa influência. Essa influência seria 1996). Um dos muitos indícios da abrangênmais fértil em termos de ciência e política se cia dessa postura (que tem a complacência de alguns de nós percebêssemos que o estudo vários marxistas históricos locais ou alagoado local é um dos melhores pontos de apoio dos, na bela expressão de Fernando Fiúza) é a para uma postura dialética; a análise de uma ausência de iniciativas intelectuais e políticas usina de açúcar remeterá o estudante mais desses “cristãos-novos” durante a presente facilmente para todos os grandes conceitos crise da Assembléia Legislativa de Alagoas. universais do que a exegese dos textos do Não fizeram sequer um seminário, ou mesmo jovem Marx. A exegese deve ter caráter ape- palestra, sobre o mandonismo e o clientelisnas propedêutico, exceto no campo da filoso- mo na realidade alagoana. Em troca, se empefia. Não faz muito sentido uma dissertação nharam em dezenas de debates e publicações ou tese de serviço social, sociologia ou histo- sobre “a crise estrutural do capitalismo”. É riografia sobre aspectos do pensamento filo- sempre mais cômodo e inútil enfrentar o capisófico de Luckács ou de Marx, exceto quando talismo sem ponto de apoio algum na realidase discute as bases epistemológicas dessas de empírica. Somente por meio do enfrentadisciplinas; essas áreas deveriam estudar es- mento de suas manifestações particulares e sencialmente os seus objetos e não suas refe- regionalmente delimitadas se pode combater rências teóricas universais. Passou a existir o capitalismo como um todo. O internacionano marxismo alagoano um curioso imperia- lismo não pode ser a negação das lutas naciolismo da filosofia sobre as ciências humanas nais e locais, mas o resultado da articulação e um exagero no estudo e na exposição do dessas lutas. A revolução mundial não ocorremétodo dialético em detrimento da análise rá em águas internacionais, onde não existem de objetos particulares por meio dele, o que fronteiras e sociedade; acontecerá em territócontraria várias das recomendações metodo- rios habitados por povos diferentes que articularão suas lutas. lógicas básicas de Marx. Os aludidos “cristãos-novos” O livro O Capital não começa com ainda distorcem a correta tese marum capítulo sobre as dimensões ontológicas do trabalho, inicia com uma “(...)estudo xiana sobre os limites da emancipaanálise sobre o trabalho na sociedade do local é ção política (revolução democrática) em relação à emancipação humana capitalista, ou seja, o seu autor conceum dos (revolução socialista) para não fazebe que o essencial é desvelar o objeto particular e não ficar fazendo repetiti- melhores rem absolutamente nada na arena vos comentários sobre a ontologia e o pontos de política local e, dessa forma, não imparentes e aliados conmétodo. Quem sabe nadar, pula na apoio para portunarem servadores no interior da burocracia água. O cientista que entendeu algo da obra de Lukács intitulada Por uma uma postura e da sociedade civil. Como em ontologia do ser social, básica para a dialética” Alagoas o Estado de Direito é residual, é fácil para um alagoano interatualização do marxismo, precisa pretar a crítica marxiana dos limites do abrir a janela e estudar o mundo e conceito de cidadania e de política a partir do não ficar fazendo glosas à margem desse livro. No caso alagoano, a tradição filo- desprezo conservador às instituições demosófica que exagera o momento da epistemo- cráticas e republicanas. Esse fenômeno parelogia demonstra ser tão enraizada na cons- ce explicar a condescendência quase geral em ciência social que engana até seus maiores relação ao desprezo desses “marxistas” em adversários, os quais alardeiam a primazia relação à política e às reivindicações demodo ser sobre o conhecer, mas nunca colocar cráticas dos oprimidos que lhes estão próxiisso em prática; constituem uma corrente de- mos, o que transforma o marxismo em uma fensora da perspectiva ontológica que, de variante mais sistemática e curiosamente corfato, não realiza a ontologia, pois não conse- data de anarquismo. É um “marxismo-anargue provar na prática que uma ciência guia- quismo” com “considerações de apreço ao da por uma perspectiva ontológica é mais Senhor Diretor” (Cf.. Bandeira, Manuel. fértil do que uma ciência guiada pela pers- Poética, in. Estrela da Vida Inteira. RJ: Nova pectiva contrária. Fronteira, 1997). Em Alagoas, o marxismo está fazendo O estudo do local compromete de modo muito sucesso entre determinado grupo de mais verdadeiro o cientista com um ponto de “cristãos-novos” da revolução, pessoas que vista ético e revolucionário, já que o coloca descobriram sua vocação revolucionária após contra os poderosos que lhe estão próximos. militarem década na direita ou no centro e co- O proverbial sindicato do crime não vai quemeçam a ganhar dividendos institucionais rer atentar contra a vida de um pesquisador com a nova postura. Passaram a ser tão cren- pelo fato deste defender a revolução mundial. tes como Saulo depois da estrada de Quanto mais “universal” for o cientista, Damasco. Como sempre ocorre, a multiplica- quanto menos pesquisar a exploração do tração dos conversos diminui a sua qualidade balho e o mandonismo no seu espaço, mais média. Com algumas exceções, reconciliam- estará seguro na sua cátedra e mais facilmense com a moda científica local e os novos te garantirá sua integridade física. Os poderogurus da academia enquanto continuam sos adoram o “cosmopolitismo abstrato” no apoiando o status quo com sua omissão rela- interior da esquerda, gostam particularmente tiva aos graves problemas do capitalismo ala- do marxismo acadêmico, fechado em conceitos universais, absorto em estratégias planetágoano. Trata-se de uma espécie de “marxismo rias, alienado da realidade local.
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O JORNAL
Espaço B2
UMAS POUCAS PALAVRAS
O que faz Golbery
Alagoanidade
A barba stulti discit tonsor
B3
Domingo, 4 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: ojornal@ojornal-al.com.br
Golbery Lessa, 43, graduado em História pela UFAL, Doutor em Ciências Sociais pela Unicamp. Pertence ao quadro técnico do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, onde exerce o cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. É membro colaborador do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capitalismo Contemporâneo, da UFAL.
O texto de Golbery Lessa é importante na medida em que apresenta sua inquietação quanto à natureza de nosso processo histórico, enfocando o atributo da alagoanidade ou, conforme entendemos, aquilo que caracteriza a condição histórica do local a ponto de evidenciar a sua particularização. É texto polêmico e, na certa, merecerá discussão. Foi produzido a partir de depoimento dado ao Grupo de Registro da Memória Alagoana, integrante do Agenda/Alagoas. Golbery é um dos representantes do que vem sendo pensado em Alagoas no campo do marxismo. Pela abrangência do texto, pela motivação polêmica, Espaço decidiu publicar – em três números - a matéria e a importância do depoimento mencionado e que foi ampliado pelo autor.
Dialética da alagoanidade (I) Golbery Lessa
mos uma socialização complexa com crianças de várias classes e camadas sociais. Ia muito ao centro da asci maceioense, em 1967, no Trapiche da Barra. cidade, principalmente para o oculista, pois minha Fui para Coruripe com poucos dias de vida. Lá vista requeria exercícios freqüentes num consultório moravam meus pais, prósperos comerciantes. que ficava no último andar do Edifício Brêda. Aquelas Fiquei quatro anos naquela cidade, até que viemos para idas e vindas me deram uma vivência abrangente e a capital em 1972. Passamos a morar na Gruta de detalhada de aspectos da capital. Conheci os mendigos Lourdes, bairro que começava a ser habitado. Há filhos e as linhas de ônibus. A freqüente peregrinação foi me que constituem a própria personalidade de modo a tornando um apaixonado pela cidade em que nasci. negar os traços subjetivos dos pais. Não é o meu caso. Passei a ter uma paixão eterna por Maceió, com se ela Sintetizei na minha personalidade a percepção prática e fosse minha primeira namorada. Só me sinto em mim moderna de meu pai, sempre preocupado com a modi- mesmo quando ando por suas ruas. Já vivi em Recife, ficação da realidade, que nele se expressa no empreen- Campinas e Brasília, mas apenas me sinto em casa dedorismo, e a visão de minha mãe, um olhar também quando ando pela Praça Dom Pedro II ou pela Rua do moderno preocupado com a questão social, a ciência e Sol. As minhas primeiras preocupações teóricas relativas a literatura. Quando virei historiador e socialista, o meu marxismo não pôde ser romântico, não pôde igualmen- à realidade local ocorreram no contexto de um desejo de te ser positivista, rígido, e despreocupado com os gru- ajudar os pobres da periferia. Entre os quinze e dezoitos pos e temas que estão fora da classe operária. Cada his- anos de idade minhas iniciativas foram no sentido de toriador socialista tem seu próprio marxismo, que tem participar da vida dos bairros periféricos, fazer assistênrelação com seu contexto subjetivo e objetivo formado cia social e promover hortas comunitárias. Colaborei até pela família, o gênero, a etnia, a classe, a cidade, a com cursos de catecismo e inventei campanhas para a alfabetização de adultos. Possuía uma inquietação no região e a nação. Creio que a minha localização social e geográfica, que se referia àquela realidade contraditória e àquela tanto a origem da minha família em Coruripe quanto a miséria. Chocava-me também com a miséria espiritual profissão dos meus pais, bem como ser pioneiro na das classes dominantes. O liberalismo conservador Gruta, um bairro de periferia, mesmo que uma perife- hegemônico na sociedade civil alagoana promovido a ria de classe média, tem uma relação íntima com o que uma pretensa sabedoria insuperável pela classe média e a burguesia pareceu-me sempre uma farsa. penso sobre Alagoas. Foi um bom mirante para ver as Modernidade sem democracia é genuíno avanentranhas do capitalismo alagoano naquela nova etapa ço social? Modernidade com ideologia do favor de acumulação. Corriam os anos da repressão e perseguição aos adversários políticos? Percebi política e do milagre econômico da ditadura cedo que a sofisticação da elite alagoana é supermilitar. Como viajávamos muito para a casa dos ficial; os modos finos convivem com o mandomeus avôs, vi a Mata Atlântica ser destruída pelo Programa Nacional do Álcool (Proálcool) e “Passei a nismo, a superexploração dos trabalhadores e o ter uma uso de assassinos de aluguel. Compreendi isso um horizonte de canaviais substituir a floresta muito antes de ler o texto “As Idéias fora de às margens da BR 101-Sul. Lembro das comitipaixão de Roberto Schwarz, um dos autores vas levando o ditador de plantão pela Avenida eterna por lugar”, brasileiros que mais admiro; também antes de Fernandes Lima. Minha família tinha muita proximidade com a União Democrática Maceió” conhecer São Bernardo, de Graciliano, Ninho de Cobras, de Lêdo Ivo, e O Anjo Americano, de Nacional (UDN), principalmente Arnon de Luis Gutenberg. Melo e Leda Collor de Melo, ou seja, com as forO sistema educacional também foi um bom ças adversárias dos trabalhistas e do Partido observatório. Estudei durante toda a minha vida escoComunista Brasileiro (PCB). De formação getulista na infância, minha mãe mudou e passou a ter pro- lar no Colégio Santíssimo Sacramento, instituição funximidade ideológica com as lideranças liberais. Meu dada pela Igreja Católica no início do século XX como nome tem a ver com a vida e a cabeça dos meus pais na o objetivo de conformar a consciência da burguesia quadra histórica em que nasci. Acabei apreciando a iro- maceioense a partir dos valores católicos (Cf. nia de pensar o oposto da doutrina do general homôni- Medeiros, Fernando Antônio de. O Homo Inimicus: mo e gosto da sonoridade do nome, mas às vezes me Igreja Católica, ação social e imaginário anticomunista em Alagoas. Maceió: Edufal, 2007). Já adulto, passei a causa problemas. Havia elementos que me impressionavam no meu refletir sobre a natureza daquela instituição. Meus bairro. Antes de tudo, a violência no trânsito. Antes de colegas eram da elite econômica, intelectual e política mudarmos para um quarteirão mais bucólico, moráva- da cidade. Eu chegava como um novo rico, filho de um mos à beira da Avenida Fernandes Lima, primeira casa self-made man, proveniente de uma nova burguesia da Rua Abelardo Pontes de Lima, em frente ao retorno de origem interiorana e habitante de um subúrbio de perto do atual Hiper Bompreço Farol. As pessoas classe média. Foi um choque interessante, esclarecedor ainda não sabiam lidar com o novo momento do trân- para quem aos poucos começou a questionar a naturesito. Depois soube que o próprio código de trânsito era za das relações sociais na cidade e no Estado. Mas não péssimo, protegia o motorista e não o pedestre. Via foi nada traumático, exceto por um ou outro episódio; muitos trabalhadores morrerem atropelados na frente guardo uma grande afeição pelos meus colegas e proda minha casa. Era ponto de passagem de muitos ope- fessores. Como a infância e a adolescência são fases nas rários da construção civil e de empresas próximas, quais os indivíduos não exercem um papel econômico como a Mecânica Pesada Continental e a Cristalvidro. ativo, as crianças e adolescentes das várias classes e Lembro de ter visto um homem ser atropelado. estratos não reproduzem os principais conceitos e preMorreu bem próximo, amparado por minha mãe. Ela conceitos de seu grupo social e, mais importante, continha sido funcionária da Legião Brasileira de stituem-se em potenciais janelas epistemológicas para Assistência (LBA) e sempre fora uma espécie de enfer- verdades escondidas pelos adultos (Cf. Schwarz, meira das populações pobres de Coruripe. Com os Roberto. Duas Meninas. SP: Cia das Letras, 1997). Esse olhos de hoje, percebo que o seu gesto tornou-me sim- fenômeno parece explicar porque não senti como insubolicamente irmão daquele operário. Minha valoriza- portável o ambiente no interior de um colégio marcação dos trabalhadores relaciona-se com as origens da do por valores burgueses, mesmo que filtrados pelo minha família, já que meus pais vieram de núcleos catolicismo conservador, que tem uma dimensão anticapitalista. Aquele filtro católico parece ter funcionado familiares de camponeses e assalariados. Lembro das vacas pastando nas ruas. Era uma rea- como um ponto de apoio para criticar o liberalismo, o lidade muito contraditória: tinha medo do trânsito e do que me fez paquerar o romantismo católico de esquergado. Mas não era um medo que paralisava. Subia nas da e outras formas de religião preocupadas com a árvores para fugir dos animais, ficava longe dos auto- questão social, tendência que não prosperou na idade móveis e exigia moderação do meu pai quando ele adulta devido aos ambientes modernos da minha casa dirigia. O lazer era nos campos de várzea, onde tínha- e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
“É mais cômodo e inútil enfrentar o capitalismo sem ponto de apoio na realidade empírica”
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“Rousseau, me esclareceu sobre a grandeza e os limites do liberalismo” Quando entrei na UFAL, em 1986, as preocupações de cunho assistencialista e de viés liberal transformaram-se em convicções socialistas, principalmente a partir da leitura dos clássicos da historiografia. O que me convenceu a usar o marxismo como ontologia, ciência social histórica e método foi o estudo da Revolução Gloriosa e da Revolução Francesa, não foi a leitura sobre a Revolução Russa. A reflexão sobre as revoluções burguesas e os seus teóricos, como John Locke e J. J. Rousseau, me esclareceu sobre a grandeza e os limites do liberalismo. O marxismo surgiu para mim como o natural continuador dos ideais iluministas. Se vivesse num capitalismo do tipo clássico, talvez nunca chegasse a essa conclusão, já que esse sistema social não apareceria tão desti-
tuído de positividades. Fiz, portanto, minha revolução permanente particular. Aproximei-me do pensamento de Caio Prado Jr. referente às singularidades do capitalismo no Brasil, bem como da abordagem do professor José Chasin, que trouxe para Alagoas nos anos 1980 uma espécie de súmula da tradição marxista sobre a particularidade do capitalismo nacional, com a sofisticação de explicitar as dimensões filosóficas do tema. Fui muito impactado pela teoria da particularidade do capitalismo brasileiro, que é uma construção de todos os grandes pensadores nacionais, como Tavares Bastos, Joaquim Nabuco, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr., Manoel Bonfim, Gilberto Freyre e Florestan Fernandes. É um equívoco imagi-
nar que aquela teoria seja uma invenção dos pesquisadores reunidos no seminário sobre O Capital, na USP. Sem forçar em nada os textos, podemos encontrar nas obras dos autores de Formação do Brasil Contemporâneo e Raízes do Brasil muitas idéias de Tavares Bastos e Joaquim Nabuco. INQUIETAÇÕES - Depois de algum tempo, percebi que essa temática tinha diretamente a ver com as minhas inquietações relativas a Alagoas. Entendi que a realidade local é uma esfinge que impõe mais fortemente o tema da particularidade do capitalismo para quem deseja decifrá-la, já que a incompletude da modernidade aqui é mais severa do que em outros Estados, com as exceções do Piauí e do Mara-
nhão. O tema nacional vinha da minha conexão com o local. A realidade alagoana grita a dialética do atraso e do progresso, do arcaico e do moderno, a dialética da democracia e do mandonismo, e coloca em xeque os paradigmas que procuram dar explicações esquemáticas. O pensamento não dialético gira mais em falso em Alagoas do que em outras realidades. Não há positivismo, de direita ou de esquerda, que explique a carroça que trafega na Avenida Fernandes Lima constituída por uma caixa de madeira, pneus de automóvel, molas de caminhão, arreios do tempo dos engenhos e o indefectível pangaré. Aqui o cientista está entre Hegel e a icognoscibilidade. Dialética ou nada. É esse fenômeno que explica a hegemonia que
uma determinada interpretação do pensamento de G. Luckács obteve no interior do marxismo alagoano a partir dos anos 1990. Como se sabe, foi esse filósofo quem melhor demonstrou a fertilidade de algumas conexões entre Hegel e Marx, principalmente no livro História e Consciência de Classe, obra fundadora do chamado marxismo ocidental. A situação da intelectualidade húngara do início do século XX, época de formação de G. Luckács, era tão angustiante quanto a da intelectualidade alagoana dos séculos XX e XXI: o capitalismo só mostrava seus aspectos negativos e a burguesia não queria a revolução democrática (Cf. Löwy, Michel. Para uma Sociologia dos Intelectuais Revolucionários: a evolução política de Lukács, 1909-1929. SP: LECH, 1979).
Até no movimento estudantil, seara dos como negócio” (Cf. Darnton, Robert. O tradicionais partidos de esquerda e do “pra- Iluminismo como negócio: história da publicação ticismo”, nós “luckacsianos” obtivemos sig- da Enciclopédia 1755-1800. SP, Cia das Letras, nificativa influência. Essa influência seria 1996). Um dos muitos indícios da abrangênmais fértil em termos de ciência e política se cia dessa postura (que tem a complacência de alguns de nós percebêssemos que o estudo vários marxistas históricos locais ou alagoado local é um dos melhores pontos de apoio dos, na bela expressão de Fernando Fiúza) é a para uma postura dialética; a análise de uma ausência de iniciativas intelectuais e políticas usina de açúcar remeterá o estudante mais desses “cristãos-novos” durante a presente facilmente para todos os grandes conceitos crise da Assembléia Legislativa de Alagoas. universais do que a exegese dos textos do Não fizeram sequer um seminário, ou mesmo jovem Marx. A exegese deve ter caráter ape- palestra, sobre o mandonismo e o clientelisnas propedêutico, exceto no campo da filoso- mo na realidade alagoana. Em troca, se empefia. Não faz muito sentido uma dissertação nharam em dezenas de debates e publicações ou tese de serviço social, sociologia ou histo- sobre “a crise estrutural do capitalismo”. É riografia sobre aspectos do pensamento filo- sempre mais cômodo e inútil enfrentar o capisófico de Luckács ou de Marx, exceto quando talismo sem ponto de apoio algum na realidase discute as bases epistemológicas dessas de empírica. Somente por meio do enfrentadisciplinas; essas áreas deveriam estudar es- mento de suas manifestações particulares e sencialmente os seus objetos e não suas refe- regionalmente delimitadas se pode combater rências teóricas universais. Passou a existir o capitalismo como um todo. O internacionano marxismo alagoano um curioso imperia- lismo não pode ser a negação das lutas naciolismo da filosofia sobre as ciências humanas nais e locais, mas o resultado da articulação e um exagero no estudo e na exposição do dessas lutas. A revolução mundial não ocorremétodo dialético em detrimento da análise rá em águas internacionais, onde não existem de objetos particulares por meio dele, o que fronteiras e sociedade; acontecerá em territócontraria várias das recomendações metodo- rios habitados por povos diferentes que articularão suas lutas. lógicas básicas de Marx. Os aludidos “cristãos-novos” O livro O Capital não começa com ainda distorcem a correta tese marum capítulo sobre as dimensões ontológicas do trabalho, inicia com uma “(...)estudo xiana sobre os limites da emancipaanálise sobre o trabalho na sociedade do local é ção política (revolução democrática) em relação à emancipação humana capitalista, ou seja, o seu autor conceum dos (revolução socialista) para não fazebe que o essencial é desvelar o objeto particular e não ficar fazendo repetiti- melhores rem absolutamente nada na arena vos comentários sobre a ontologia e o pontos de política local e, dessa forma, não imparentes e aliados conmétodo. Quem sabe nadar, pula na apoio para portunarem servadores no interior da burocracia água. O cientista que entendeu algo da obra de Lukács intitulada Por uma uma postura e da sociedade civil. Como em ontologia do ser social, básica para a dialética” Alagoas o Estado de Direito é residual, é fácil para um alagoano interatualização do marxismo, precisa pretar a crítica marxiana dos limites do abrir a janela e estudar o mundo e conceito de cidadania e de política a partir do não ficar fazendo glosas à margem desse livro. No caso alagoano, a tradição filo- desprezo conservador às instituições demosófica que exagera o momento da epistemo- cráticas e republicanas. Esse fenômeno parelogia demonstra ser tão enraizada na cons- ce explicar a condescendência quase geral em ciência social que engana até seus maiores relação ao desprezo desses “marxistas” em adversários, os quais alardeiam a primazia relação à política e às reivindicações demodo ser sobre o conhecer, mas nunca colocar cráticas dos oprimidos que lhes estão próxiisso em prática; constituem uma corrente de- mos, o que transforma o marxismo em uma fensora da perspectiva ontológica que, de variante mais sistemática e curiosamente corfato, não realiza a ontologia, pois não conse- data de anarquismo. É um “marxismo-anargue provar na prática que uma ciência guia- quismo” com “considerações de apreço ao da por uma perspectiva ontológica é mais Senhor Diretor” (Cf.. Bandeira, Manuel. fértil do que uma ciência guiada pela pers- Poética, in. Estrela da Vida Inteira. RJ: Nova Fronteira, 1997). pectiva contrária. O estudo do local compromete de modo Em Alagoas, o marxismo está fazendo muito sucesso entre determinado grupo de mais verdadeiro o cientista com um ponto de “cristãos-novos” da revolução, pessoas que vista ético e revolucionário, já que o coloca descobriram sua vocação revolucionária após contra os poderosos que lhe estão próximos. militarem década na direita ou no centro e co- O proverbial sindicato do crime não vai quemeçam a ganhar dividendos institucionais rer atentar contra a vida de um pesquisador com a nova postura. Passaram a ser tão cren- pelo fato deste defender a revolução mundial. tes como Saulo depois da estrada de Quanto mais “universal” for o cientista, Damasco. Como sempre ocorre, a multiplica- quanto menos pesquisar a exploração do tração dos conversos diminui a sua qualidade balho e o mandonismo no seu espaço, mais média. Com algumas exceções, reconciliam- estará seguro na sua cátedra e mais facilmense com a moda científica local e os novos te garantirá sua integridade física. Os poderogurus da academia enquanto continuam sos adoram o “cosmopolitismo abstrato” no apoiando o status quo com sua omissão rela- interior da esquerda, gostam particularmente tiva aos graves problemas do capitalismo ala- do marxismo acadêmico, fechado em conceitos universais, absorto em estratégias planetágoano. Trata-se de uma espécie de “marxismo rias, alienado da realidade local.
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Caça ao líder Precisando vencer para tentar voltar ao G-4, CRB enfrenta hoje o Murici, melhor time do campeonato
Páginas 4 e 5 Marco Antônio
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BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com
PELÉ ALFINETA O TÉCNICO MARADONA Pelé não perde a oportunidade de alfinetar Maradona, e vice-versa. Eles deram uma trégua quando o Rei do futebol foi ao programa do “Pibe”, em 2005, mas os ataques e contra-ataques não demoraram a voltar à baila. No mês passando, o jornal inglês The Times apimentou a polêmica ao divulgar uma pesquisa que aponta Maradona como o jogador mais decisivo da história das Copas. Pelé foi o segundo. Pois bem, na última quarta-feira, o Rei resolveu falar sobre seu velho rival. Apresentado como comentarista do SBT para a Copa, ele afirmou que Maradona não estava preparado para ser treinador. Para envenenar suas flechas, enalteceu a força da seleção argentina. Polêmicas à parte, Pelé fez apenas uma constatação lógica. Maradona é o responsável direto pela crise que a seleção argentina sofreu no ano passado. Ele tem talentos incontestáveis nas mãos, como Messi, Di Maria, Aguero, Tevez e Veron, mas não consegue montar uma equipe competitiva. Não fossem as graves deficiências do treinador, pela geração que tem, a Argentina estaria, ao lado de Brasil e Espanha, entre os franco-favoritos para levantar a taça da Copa.
MISSÃO ARGENTINA Na primeira fase da Copa, a Argentina caiu num grupo relativamente fácil. O time estreia no dia 12 de junho contra a Nigéria; cinco dias depois, pega a Coreia do Sul e fecha sua participação nessa etapa do Mundial no dia 22, contra a Grécia.
BASE
BAIXA NA ESPANHA
A base da Argentina para o Mundial deve ser desenvolvida a partir do time que venceu a Alemanha no amistoso do dia 3 de março. A equipe atuou com: Sergio Romero; Nicolas Otamendi, Demichelis (Burdisso), Samuel e Heinze (Clemente Rodriguez); Mascherano, Veron (Bolatti), Gutierrez e Di Maria; Lionel Messi e Higuain (Carlos Tevez).
Craque do Arsenal, Cesc Fabregas é outro jogador que corre sério risco de não ir à Copa. Ele forçou seu retorno contra o Barcelona, na última quarta-feira, e acabou sentindo outra vez a lesão no joelho. O jogador, um dos destaques da seleção espanhola, disse que dificilmente volta a atuar nesta temporada europeia.
CURTO-CIRCUITO Além de Fabregas, o atacante Wayne Rooney se machucou na semana passada. A lesão do jogador inglês deve afastálo dos gramados por um mês. Na última quarta-feira, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse que o Estádio do Morumbi ainda não tem condições de abrir a Copa de 2014. Vai precisar mudar o projeto para não perder o duelo com o Mineirão, de Belo Horizonte. Apesar de estarem jogando muito bem, Paulo Henrique Ganso e Neymar não têm a menor chance de irem à Copa. Dunga considera que tempo é patente para um atleta fazer parte do grupo. Como eles não foram devidamente testados, concordo com a posição do treinador.
Messi é atualmente o melhor jogador do mundo
Talentoso e precoce Aos 22 anos, apenas Pelé era superior ao argentino Messi Com os feitos da última temporada e as ótimas atuações nas últimas semanas, os elogios a Messi viraram rotina. No último domingo, o técnico do Deportivo La Coruña, Miguel Àngel Lotina, chegou a dizer que o jogador do Barcelona é melhor do que Maradona. “É o mais completo que alguma vez vi jogar. Ele é mais rápido e habilidoso”, afirmou. A declaração rendeu. Colegas de clube e jornalistas concordaram com o treinador, e até Messi comentou a situação, de olho no Mundial da África do Sul: “Para se tornar uma lenda, você precisa conquistar uma
Copa do Mundo. Eu acabei de completar 22 anos. Tudo está acontecendo muito rapidamente e é preciso manter a calma”, afirmou. Com três títulos espanhois, duas Ligas dos Campeões da Europa, um Mundial Sub-20 e uma medalha de ouro nas Olimpíadas, além do prêmio de melhor jogador da última temporada, Messi realmente já deu sinais que tem tudo para pertencer ao rol de supercraques históricos. Tanto que, entre 11 grandes nomes desse seleto grupo, apenas Pelé tinha currículo superior ao do argentino com a mesma idade. Maradona,
Beckenbauer, Zico, Platini, Zidane, Ronaldinho.... nenhum deles gozava, com 22 anos, do prestígio já obtido pelo barcelonista. PELÉ – Aos 22 anos, Pelé era bicampeão mundial com a seleção brasileira. Foi artilheiro da equipe no Mundial de 1958. Na campanha de 1962, fez um golaço na estreia contra o México, mas se machucou na segunda partida e não atuou mais no Chile. Com a camisa do Santos, já havia vencido tudo: seis Campeonatos Paulista, duas vezes a Taça Brasil, dois Torneios Rio-São Paulo, duas Libertadores e um Mundial.
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Contagem regressiva Faltando um mês e três dias para início da Série B, ASA faz as contas para a competição Luciano Milano Repórter
Os campeonatos estaduais por todo o Brasil ensaiam suas últimas cenas nos próximos dias. Em Alagoas, por exemplo, a primeira fase do campeonato – Turnão - deverá ser encerrada no próximo fim de semana, quando os quatro finalistas da competição serão conhecidos.
Fim de competição regional é sinal de que as disputas em nível nacional estão por vir. Em ano de Copa do Mundo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já divulgou o calendário das duas principais divisões: as séries A e B. Já os campeonatos brasileiros da Terceira e Quarta Divisões devem ter início apenas por volta do mês de agosto. Por Alagoas,
estão certas as participações de ASA e CRB, na Segunda e Terceira Divisões, respectivamente. Já o representante do Estado na Série D (Alagoas só tem um) será conhecido apenas com o fim do Estadual no início de maio. Para não fazer na difícil e concorrida competição nacional, departamento de futebol alvinegro e comissão técnica se reúnem na próxima segunda-feira, em Ara-
piraca, onde começarão a traçar o planejamento visando à Série B. O time Alvinegro estreia no dia 7 de maio, contra a Ponte Preta, provavelmente em Arapiraca. Quem confirma a reunião é o presidente-executivo José Oliveira, o Zé da Danco. “Estamos nessa reta final do Estadual, mas a Série B bate à nossa porta porque já estamos em abril e estrearemos na Segun-
dona em maio, com a Ponte Preta. Claro que já vimos conversando sobre algo com o Vica para a competição, como reforços, mas nada foi colocado, de fato, no papel. Para o planejamento, precisamos confirmar o apoio do Governo do Estado (R$ 70 mil) e quanto a CBF irá disponibilizar para os clubes mensalmente (deve ser entre R$ 80 mil e R$ 90 mil)”, explicou Zé da Danco. Marco Antônio
Vica vai ainda indicar alguns reforços para a Série B
Segundona não garante patrocínios Nordestão deve ser De acordo com o presidente executivo alvinegro, o fato de o ASA estar na Série B, uma competição onde apenas 20 clubes a disputam e que tem as partidas transmitidas pela televisão, não garantiu ao time arapiraquense, pelo menos até agora, o poder de barganha para conseguir um patrocinador de maior vulto no cenário nacional. Ele explica o motivo. “É simples: o ASAé um time novo na competição e ainda não desperta o interesse das grandes empresas. Nesse primeiro ano, é
necessário fazer uma boa competição e se estabelecer. Na temporada seguinte, acredito, poderemos barganhar um patrocínio maior para a camisa do time. Por enquanto, estamos trabalhando com o que temos”, declarou Zé da Danco. E o que ASA tem em termos de patrocinador é uma quantia aproximada de R$ 45 mil, distribuídos pelos cinco anunciantes: Catol, Grupo Coringa, Unimed Arapiraca e Tec Tubo. Destas, porém, a Unimed e a Tec Tubo têm contrato até o fim do Estadual. As demais estão
vinculadas ao clube até dezembro. As incertezas impedem que o dirigente estabelecer valor da folha e quantidade de reforços. “Nem poderemos falar de reforços agora porque a competição local está em pleno vapor. Seria complicado fazer isso agora. Além do mais, como disse antes, precisamos estabelecer o orçamento para, só assim, ter idéia do valor da folha salarial e os gastos em geral. Hoje, no Estadual, temos uma folha com todas as despesas em torno de R$ 130 mil”, explicou. (L.M)
oficializado amanhã Victor Mélo Editor de Esportes
A Copa do Nordeste deve ter seu retorno acertado amanhã. O presidente da Liga, Eduardo Rocha, informou que a competição deve ser disputada por três meses, provavelmente a partir do dia 20 de junho, e contará com a participação de 16 clubes. Entre os times estão CSA,
CRB e Corinthians-AL. Amanhã, o dirigente e alguns representantes das Federações do Nordeste vão se reunir com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para oficializar a competição. De acordo com Rocha, a Confederação já deu sinal verde para o Nordestão em troca da retirada de uma ação movida pelos clubes no valor de R$ 20 milhões.
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Alta tensão
Deu empate na primeiro partida
CRB e Murici fazem um duelo que pode decidir hoje o campeão do Primeiro Turno
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Celso observa treino de finalização na Pajuçara
GUIA DO TORCEDOR Victor Mélo Editor de esportes
CRB precisa vencer seus próximos dois compromissos no Campeonato Alagoano para aumentar as chances de garantir a classificação à fase final da competição. O Galo tem 27 pontos na tabela, mesma pontuação do Corinthians-AL, mas perde o quarto posto no saldo de gols: 8 x 5. Para tirar essa vantagem do Timão, o Galo precisa fazer o dever de casa a partir de hoje, às 15h, na Pajuçara, contra o líder Murici. A partida é complicada para o Galo. O adversário desta tarde faz excelente campanha e precisa dos três pontos para conquistar o título do
O
Turnão. Apostando na força de seu ataque, o Murici deve preparar hoje uma armadilha para o CRB. A ordem do técnico Edson Ferreira é explorar a ansiedade do adversário e buscar a vitória em estocadas rápidas, puxadas pelo meia Gustavo. Na frente, o líder do campeonato conta com uma dupla bem afinada: Peixinho e Alexsandro. O primeiro é o vice-artilheiro do campeonato, com nove gols, e o segundo foi o grande destaque da última rodada, marcando duas vezes na vitória por 3 x 0 sobre o CSE. O técnico Celso Teixeira tem que quebrar a cabeça para neutralizar as peças ofensivas do Murici e ainda ter força para vencer o duelo. Para complicar a tarefa, ele não vai contar com o la-
teral-esquerdo Rafinha e o meia Hilton Mineiro. Os substitutos devem ser, respectivamente, Fábio Jonas e Rodrigo Batata. Sem Mineiro, o Galo perde em criatividade no meio-campo, mas ganha em marcação e velocidade com a opção de Batata. A boa notícia para Celso é o retorno do volante Eder, que cumpriu suspensão na partida contra o Penedense, no último sábado. Além dele, o treinador do Galo também tem o retorno do atacante Reinaldo Ratinho, mas ambos devem ficar no banco de reservas. “Precisamos ainda melhorar alguns aspectos, como fazer no jogo, com perfeição e concentração, as situações simuladas nos treinamentos”, comentou Celso Teixeira.
X CRB – Filipe; Ítalo, Alexandre Luz e Rogério Correa; Léo (Kaymmy), Paulo Foiani, Jonathan, Rodrigo Batata e Fábio Jonas (Yure); Edmar e Wellington. Técnico: Celso Teixeira. Murici - Dinho, Gueba, Sinval, Nado e Paulinho; Serginho, Branco, Gustavo e Da Silva (Ninho); Alexsandro e Peixinho. Técnico: Edson Ferreira. Quando: hoje Hora: às 15h Onde: Estádio Severiano Gomes Filho, na Pajuçara
Na fase dos jogos de ida, o CRB arrancou um empate por 1 x 1 contra o Murici. “Sabemos da importância desse jogo, que pode significar a classificação inédita do Murici para a decisão do campeonato, e temos que nos precaver. O CRB é um adversário muito forte quando atua em casa, e o empate não seria um mau resultado, já que vamos decidir nossa sorte contra o Santa Rita, na última rodada, em Murici. Apesar da boa vantagem, os jogadores estão com os pés no chão e conscientes do tamanho da responsabilidade”, comentou o assessor de imprensa do Murici, Jailson Colácio. O goleiro Dias continua com uma lesão no dedo e é dúvida para o jogo de hoje. O reserva Dinho já está de sobreaviso. O meia Everlan recebeu o terceiro cartão amarelo e deve ser substituído hoje por Da Silva ou Ninho. O volante Paulo Foiani recuperou a condição de titular com a chegada de Celso Teixeira e está animado para a partida desta tarde. “Como se diz por aí, o jogo deste domingo contra o Murici será o da vida do CRB, de nós jogadores e de todos os funcionários. Porque, se não vencermos, a classificação para a segunda fase do Campeonato Alagoano ficará ainda mais difícil. Por isso, temos que nos preparar bem e entrar com todo o gás contra o Murici. Como eles lideram e fazem o último jogo em casa, vão entrar em campo com menos responsabilidade, e isso poderá tornar nossa missão mais complicada”, declarou o volante Paulo Foiani. O CRB ainda tem a possibilidade de ultrapassar o Coruripe, que recebe hoje o Corinthians-AL, às 16h. Se o Hulk perder as duas partidas que lhe restam, e o Galo vencer uma e empatar outra, conseguirá ganhar a corrida contra o Hulk. (V.M)
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Corinthians Alagoano enfrenta hoje o Coruripe Marco Antônio
O Corinthians Alagoano conseguiu reagir na reta final do Campeonato Estadual, mas precisa ainda de duas vitórias para confirmar sua vaga no G-4. Hoje, o Timão tem um confronto direto com o Coruripe, às 16h, no Estádio Gerson Amaral, em Coruripe. O Hulk soma 30 pontos na tabela, contra 27 do Tricolor. Se bater o adversário desta tarde, o Corinthians coloca mais lenha na disputa e deixa o Coruripe também correndo risco de não passar de fase. O Alviverde ainda tem uma pequena chance de conquistar o Turnão, mas, para isso, precisa vencer seus dois próximos jogos e ainda torcer por dois tropeços do líder Murici. O Corinthians ocupa a quarta colocação, com 27, ganhando do CRB apenas no saldo de gols. “Não podemos descansar. O Corinthians vem numa crescente e não pode perder um ritmo”, comentou o atacante Catanha. A novidade no grupo do Timão é o volante Madson, que se recuperou de uma lesão no tornozelo e briga hoje por uma vaga no time com Sidney. Outra boa notícia é o retorno do zagueiro Everton, que cumpriu suspensão
O Corinthians Alagoano entrou na penúltima rodada do Trunão ocupando a quarta colocação na tabela
automática na partida com o Ipanema. O Coruripe conta nesta tarde com o retorno do volante Léo, do zagueiro Diguinho e do meia Nilson, que cumpriram suspensão e devem voltar ao time titular. A baixa é o volante Bétson, que sofreu
Dois jogos envolvem os clubes ameaçados O Ipanema é o único clube do Estadual que já está pensando na próxima temporada. Com 20 pontos, o Canarinho não tem mais chances de chegar ao G-4 ou de ser rebaixado. Hoje, às 15h, o time apenas cumpre tabela contra o desesperado União, que soma apenas doze pontos na tabela e corre sério risco de queda. O jogo vai ser disputado em Maceió, no Estádio Nelson Peixoto Feijó, porque o Ipanema perdeu dois mandos de campo em julgamento realizado pelo Tribunal de Justiça Desportiva. DESESPERO – Lutando contra o rebaixamento, Penedense e Santa Rita jogam hoje, às 15h, em Boca
da Mata. Os visitantes estão desesperados na competição, com apenas 11 pontos e segurando a lanterna. O Santa venceu o União na semana passada, chegou aos 14 pontos e, se vencer a partida de hoje, escapa do risco de descer. ÚLTIMA RODADA – A última rodada terá cinco partidas sendo realizadas no mesmo horário: às 15h, provavelmente sábado. Os jogos vão ser União x Coruripe, ASA x Corinthians-AL, Penedense x Ipanema, CRB x CSE e Murici x Santa Rita. De acordo com o regulamento, os quatro primeiros colocados disputam a segunda fase, e os dois últimos vão ser rebaixados para a Segunda Divisão. (V.M)
uma lesão no joelho na partida do último domingo contra o ASA. O meio-campista Jaelson também está entregue ao Departamento Médico e só deve voltar na última rodada. CORINTHIANS-AL -Ander-
son; Maisena, Everton, Daniel Melo e Kaique; Sidney (Madson), Lucas, Daniel e Ciel; Tozin e Catanha. CORURIPE- Harley; Chiquinho, Leandro, Diguinho e Peri; Léo, Stanley, Fabinho e Nilson; Ivan e Edson Di. (V.M)
CAMPEONATO ALAGOANO HOJE 15h Ipanema x União-AL 15h Santa Rita x Penedense 15h CRB x Murici 16h Coruripe-AL x Corinthians-AL Artilheiro: Wellington (CRB) - 14 gols Atualizada antes do jogo CSE x ASA GRUPO 1 1 Murici 2 ASA 3 Coruripe 4 Corinthians-AL 5 CRB 6 Ipanema 7 CSE 8 Santa Rita 9 União 10 Penedense
P 35 31 30 27 27 20 17 14 12 11
J 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16
V 11 9 9 8 8 6 4 3 3 3
E 2 4 3 3 3 2 5 5 3 2
D 3 3 4 5 5 8 7 8 10 11
GP 29 34 39 30 24 21 17 18 23 18
GC 13 19 29 22 19 35 29 25 35 29
S 16 15 10 8 5 -14 -12 -7 -12 -11
% 72% 64% 62% 56% 56% 41% 35% 29% 25% 22
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Tem reforço na área Robinho participa de coletivo do Santos, e decisão sobre sua volta fica para hoje à tarde O atacante Robinho tem tudo para voltar ao time do Santos na partida de hoje, contra o São Caetano, que será realizado no estádio Anacleto Campanella, às 18h30. O jogador, que perdeu as últimas quatro partidas da equipe (Remo, Ituano, Botafogo e Monte Azul) por causa de uma lesão na coxa, participou normalmente do coletivo realizado comandado pelo técnico Dorival Júnior na manhã de quinta-feira, no CT Rei Pelé. Robinho foi o substituto de Paulo Henrique Ganso, que está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão automática no final de semana. Com isso, o treinador voltou a usar seu trio de frente, formado por Neymar, André e o ex-jogador do Manchester City. O time teve outra novidade no treinamento: Bruno Aguiar formou a dupla de zaga com Edu Dracena, já que Durval fez um trabalho de fortalecimento muscular à parte. O ex-beque do Sport, no entanto, não será problema para a próxima partida. O time que disputou o coletivo foi: Felipe; Pará, Edu Dracena, Bruno Aguiar e Léo; Arouca, Wesley e Marquinhos;
Neymar, André e Robinho. Nesta tarde, Dorival Júnior anunciará se o camisa 7 voltará ao time ou não. DENGUE – A suspeita de que Giovanni estava com dengue, levantada na semana passada, se confirmou. A epidemia que assola a cidade de Santos contaminou o jogador. Ele realizou um exame de sorologia e o resultado saiu na quarta-feira, pela noite. De repouso há cerca de uma semana, o meia não poderá fazer esforços, mas deve voltar aos treinos amanhã. De acordo com a assessoria de imprensa do Peixe, Giovanni jogou o amistoso contra o Red Bull (EUA), no dia 20, com febre. Quando voltou para Santos, os sintomas da doença se agravaram e a possibilidade de dengue foi levantada. Com a confirmação do caso, o jogador perde mais alguns jogos em sua última passagem pelo Peixe. Até o momento, ele atuou em cinco partidas e fez um gol. Como seu contrato com o Alvinegro termina no dia quatro de agosto, tudo indica que a aposentadoria do meia está próxima.
CARIOCA GRUPO 1 1 Flamengo 2 Fluminense 3 Bangu 4 Duque de Caxias 5 Boavista 6 Olaria 7 Americano 8 Volta Redonda GRUPO 2 1 Botafogo 2 Vasco 3 América-RJ 4 Macaé 5 Tigres 6 Resende 7 Friburguense 8 Madureira
P 19 13 12 9 9 7
J 7 16 7 7 6 7 8 7
V 6 7 4 4 3 3 7 2
P J V 13 6 4 12 7 4 11 7 3 9 7 3 6 7 2 6 7 2 5 7 1 4 7 1 Atualizada antes do
E 1 5 1 0 0 0 2 1 E 1 0 2 0 0 0 2 1 jogo
D 0 1 2 3 3 4 2 4
GP 18 1 12 7 10 5 3 8
GC 5 16 9 6 8 9 9 9
S 13 8 3 1 2 -4 12 -1
D GP GC S 1 11 6 5 3 10 6 4 2 10 8 2 4 11 12 -1 5 8 12 -4 5 5 17 -12 4 7 13 -6 5 4 11 -7 Olaria x Madureira
% 90 8 76 61 57 50 42 -3 38 33 % 72 57 52 42 28 28 23
AGENDA DE HOJE Campeonato Inglês 11h00 Fulham x Wigan 11h00 Birmingham x Liverpool 12h00 Everton x West Ham Campeonato Espanhol 12h00 Valladolid x Villarreal 12h00 Sporting de Gijón x Xerez 12h00 Getafe x Espanyol 12h00 Almería x Mallorca 12h00 Valencia x Osasuna 14h00 Racing Santander x Real Madrid 16h00 Atlético de Madri x La Coruña Campeonato Pernambucano 16h Cabense x Sport 16h Ypiranga-PE x Santa Cruz-PE 16h Araripina x Salgueiro 16h Central x Porto-PE 16h Sete de Setembro x Vera Cruz 16h Vitória-PE x Náutico
O atacante Robinho está fora da equipe do Santos há quatro partidas
15h Ipanema x União
PERNAMBUCANO
15h Santa Rita x Penedense
Eduardo enche a bola da torcida do Sport Que a torcida do Sport joga junto com o time, isso é de conhecimento quase geral. Mas o reconhecimento vem também de quem está dentro de campo. Autor do segundo gol do Leão na vitória por 2 x 0 sobre o Santa Cruz, no domingo, na Ilha do Retiro, o meia exaltou a força das arquibancadas e ainda propôs um desafio aos adversários. “Tenho certeza que sempre encontraremos essa força no estádio, essa torcida que temos. Assim vai ser difícil ganhar da gente. Pode até acontecer, mas
Campeonato Alagoano
vai ser difícil”, disse o meia, que foi um dos destaques do jogo. Mas é claro que só torcida não ganha jogo. Dentro das quatro linhas, a boa atuação da equipe foi importante para manter a liderança no Campeonato Pernambucano e ficar a uma vitória de garantir a primeira posição, além de levar a vantagem de decidir em casa nas semifinais. Líder disparado do Campeonato Pernmambucano, o Sport visita hoje o Cabense, às 16h.
15h CRB x Murici 16h Coruripe x Corinthians-AL Campeonato Paulista 11h Monte Azul x Mogi Mirim 16h São Paulo x Botafogo-SP 16h Ituano x Corinthians 18h30 São Caetano x Santos 18h30 Bragantino x Grêmio Prudente 18h30 Ponte Preta x Mirassol Campeonato Estadual do Rio 16h Fluminense x Macaé 16h Duque de Caxias x Vasco 16h Americano-RJ x Resende 16h Botafogo x Bangu 16h América-RJ x Volta Redonda 16h Tigres do Brasil x Boavista-RJ 16h Friburguense x Flamengo
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Fazendo mistério Carlos Alberto ainda não sabe se reforça o Vasco contra o Caxias O meia Carlos Alberto, que não participou da partida contra o ASA, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil, ainda não tem escalação definida na partida de hoje, às 16h, quando o Vasco da Gama enfrenta o Duque de Caxias, em Volta Redonda, pela última rodada da Taça Rio. O jogador segue fazendo tratamento da lesão na fíbula da perna esquerda que o tirou de alguns dos jogos do segundo turno e vai conversar com o técnico Gaúcho sobre a conveniência da sua escalação. Caso não possa contar com Carlos Alberto, o treinador cruzmaltino deverá manter Philippe Coutinho na armação das jogadas, mantendo a dupla de ataque que atuou contra a equipe alagoana formada por Dodô e Élton. O volante Rafael Carioca, suspenso pelo TJD por quatro jogos, está fora do confronto, mas Léo Gago, que cumpriu suspensão, volta ao time. A tendência é de que o Vasco da Gama comece a partida com Fernando Prass; Elder Granja, Thiago Martinelli, Titi e Márcio Careca; Nilton, Léo Gago, Souza e Philippe Coutinho;Elton e Dodô. Para se classificar sem depender de outros resultados, o Vasco precisa vencer a partida desta tarde.
Carlos Alberto foi poupado no jogo contra o ASA
Treinador do Fluminense pode usar “mistão” contra o Macaé O técnico Cuca está cheio de problemas para escalar o time do Fluminense para enfrentar o Macaé (com TV para Alagoas), hoje, às 16h, pela última rodada da Taça Rio, quando o Tricolor precisará apenas de um empate para garantir a classificação para as semifinais da competição. Fred ainda está
em recuperação no departamento médico enquanto Leandro Euzébio, André Lima e Diguinho vão cumprir suspensão. Cuca ainda vai decidir se poupará Gum, Mariano e Everton, pendurados com dois cartões amarelos e possíveis desfalques na fase decisiva caso sejam advertidos.
Se decidir poupar Gum e manter o esquema 3-5-2 que vem utilizando nas últimas partidas, o treinador do Fluminense pode armar a zaga com Cássio, Dalton e Diogo mais recuado, entrando Thiaguinho no meio-campo para substituir Diguinho. Thiaguinho ainda pode ser usado na lateral direita
caso Cuca resolva mesmo poupar Mariano. Nesse caso, Fábio Neves ou mesmo Marquinho poderia entrar no meio campo. A decisão sobre poupar ou não os advertidos com dois cartões só será tomada pelo treinador momentos antes de o jogo começar.
FLAMENGO
Reservas esperam chance para mostrar serviço Com a confirmação do técnico Andrade em utilizar um time reserva contra o Friburguense, hoje, às 16h, alguns jogadores do Flamengo festejaram a oportunidade de poder atuar desde o início. O Rubronegro só precisa de um empate para garantir a primeira colocação do Grupo A da Taça Rio. Para o atacante Bruno Mezenga é mais um chance de começar um jogo. O jogador chegou a atuar em algumas partidas da Taça Guanabara, mas não teve muitas oportunidades durante o segundo turno. “É uma oportunidade boa. Já conquistamos a classificação, mas ainda buscamos garantir esse primeiro lugar, e esse jogo é sim fundamental para nós. É uma chance boa para nós que não estamos jogando normalmente, e vou procurar me sair bem se realmente jogar”, disse o camisa 37 ao site do clube. Já o também atacante Dênis Marques poderá novamente atuar desde o início. Isso não acontece desde o Campeonato Brasileiro do ano passado. O jogador chegou para a pré-temporada depois dos demais e tenta provar aos rubro-negros porque foi contratado como solução para os problemas no ataque em 2009. Dênis Marques espera poder substituir o Império do Amor. “Fico contente. Nós sempre esperamos uma oportunidade, e se ela vier, ficarei muito feliz. A responsabilidade é grande de substituir esta dupla, mas é grande sempre que se veste a camisa do Flamengo, independente da situação”, declarou Outro que poderá começar a partida é o meia Ramon. O jogador chegou para ser a sombra de Petkovic, mas acabou nem sendo inscrito para a primeira fase da Libertadores. Ele afirmou que vai pegar esta oportunidade para mostrar serviço para Andrade.
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Pelé participa de mais uma Copa do Mundo: SBT convoca o Rei para apresentar um programete da emissora Página 7
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ASPAS “Quando a pessoa pisa no meu calo, descarto mesmo. Esqueço até que um dia conheci. Sou capaz de encontrar e não cumprimentar”.
Carolina Dieckmann, a Diana de “Passione”, próxima novela das oito da Globo, sobre a fama de ser uma pessoa antipática. (“RG Vogue”)
“Já tenho que cuidar de um monte de homem lá no 'Pânico'”.
Sabrina Sato, apresentadora do “Pânico Na TV”, da Rede TV!, ao ser questionada sobre casamento. (“Portal iG”)
“Abriu a votação e comecei a votar”.
Débora Secco, atriz e fã do “Big Brother Brasil 10”, confessando que votou mais de 3 mil vezes para que Dourado vencesse o “reality show”. (“Folha Online”)
“Ah! A Grazi é ex-BBB, né? Nunca ouvi falar. Como você conseguiu ficar com ela?”
Silvio Santos, apresentador e dono do SBT, debochando do ator Cauã Reymond durante a apresentação do “Troféu Imprensa”, premiação realizada por ele para eleger os mais variados destaques da tevê brasileira.
“Poxa, vim até o SBT para o Silvio ficar me sacaneando?”.
Cauã Reymond, o Danilo de “Passione”, próxima novela das oito da Globo, expressando, em uma entrevista, que se decepcionou com a falta de educação de Silvio Santos durante o “Troféu Imprensa”. (“Extra”)
“Tive vários papéis interessantes, muitas conquistas e sucesso. Sou realizado”.
Danton Mello, o Renato de “Tempos Modernos”, da Globo, analisando sua carreira de 25 anos na emissora. (“Caras”)
“Na rua, dizem que apronto muito. Mas é o que me mandam fazer, né?”.
Klara Castanho (foto), a Rafaela de “Viver a Vida”, da Globo, divertindo-se com a repercussão da menina que interpreta na trama das oito. (“Caras”)
“Projeto desembaranga 2010! Esse negócio de que amamentar emagrece é lenda pra mim! Minhas amigas ficaram secas, mas a mamãe aqui tem que ralar!”. Samara Felippo, atriz, sobre as dificuldades que tem enfrentado para voltar à boa forma depois da gravidez. (“Quem”)
“Neste ano, fiz um curso de pilotagem com Roberto Manzini. Eles se surpreenderam com meu tempo, que foi melhor do que de muitos pilotos que estavam lá”.
Marcello Antony, que será o piloto de Stock Car Gerson em “Passione”, próxima trama das oito da Globo, vangloriando-se do seu desempenho no laboratório para o personagem. (“IstoÉ Gente”)
“Quando a novela acabar, vou raspar a cabeça e deixar a cabeleira branca crescer”.
Cássia Kiss, a Francisca de “Escrito Nas Estrelas”, da Globo, garantindo que, depois que completou 52 anos, passou a não ligar para os cabelos brancos. (“O Dia”)
“Sou um cara muito chato, tenho poucos amigos”.
Boninho, diretor do “Big Brother Brasil 10”, da Globo, explicando por que não participaria do “reality show”. (“Contigo!”)
“Para mim, ele foi concebido por José e Maria e só depois Deus o escolheu para representar seu filho na Terra”. Susana Vieira, atriz que viverá Maria no espetáculo “Paixão de Cristo” de Nova Jerusalém, Pernambuco, discordando que a Virgem Maria não tenha feito sexo com José para conceber Jesus. (“Jornal do Commercio”)
“Morei cinco anos em Nova Iorque. Entendo do assunto”.
Patrícia Poeta, apresentadora do “Fantástico”, da Globo, explicando por que, apesar de suas roupas de gosto duvidoso, se considera uma “expert” em Moda. (“Veja”)
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PERSONAGEM DA SEMANA
Débora Bloch analisa o perfil de Karin, papel que vive em Separação?! Pedro Paulo Figueiredo/CZN
Por Carla Neves PopTevê
Para Débora Bloch não há dúvidas: muitas mulheres vão se identificar com Karin, papel que interpreta em "Separação?!", seriado que a Globo estreia na próxima sexta, dia 9, depois do "Globo Repórter". É que, segundo a atriz, a personagem tem características comuns à maioria das mulheres casadas ou que mantêm um relacionamento sólido – como querer "discutir a relação" ou até mesmo implicar com as manias do marido ou namorado, por exemplo. "Ela está em um momento da relação em que tudo o que achava bonitinho no marido vira defeito. Tudo o que ela adorava nele, agora não suporta mais", descreve a bem-humorada Débora, que, na história escrita por Fernanda Young e Alexandre Machado e dirigida por José Alvarenga Jr., é casada com Agnaldo, de Vladimir Brichta. Apesar de parecer, Débora garante que o programa não é sobre discussão de relacionamento. "A ideia do seriado é mostrar um olhar humorado sobre essa intimidade do casal. Afinal, a Karin e o Agnaldo têm tanta falta de cerimônia que já estão chegando ao desrespeito", analisa. A falta de censura a que ela se refere inclui, entre outras coisas, confessar ao marido que odeia a maneira como ele mastiga ou fazer escândalos em locais públicos, como restaurantes ou o escritório onde ele trabalha. "São pequenas implicâncias do cotidiano, que, para quem vê de fora, soam até engraçadas", acredita. Embora o programa se chame "Separação?!", Débora faz questão de frisar que Karin e Agnaldo não se separaram. "Não sabemos nem se eles vão se separar", conta. Segundo ela, o casal, que na história está junto há oito anos, na verdade, nem sabe que está em vias de se separar. "Eles não têm consciência disso. Ainda estão ligados um ao outro. Não mais pela paixão, pelo amor. Mas pelas raivinhas, pela irritação, pelo ódio, por essas pequenas coisas", argumenta. P – Como você definiria o casal Karin e Agnaldo? R – Eles são aquele tipo de casal ignorante sobre a relação. Que não tem a menor maturidade. São completamente infantis e em nenhum momento param para conversar sobre os assuntos sérios, que realmente importam. As discussões deles são sempre em torno de bobagens do cotidiano, como " por que a toalha molhada está em cima da cama?". Nunca é sobre eles. Ou seja, eles estão completamente alheios à relação. P – O seriado é classificado como cômico. Como está sendo voltar para a comédia? R – É voltar para casa, né? (risos) Me sinto totalmente em casa fazendo comédia. Não que não me sinta à vontade fazendo outro tipo de trabalho, mas é uma linguagem que gosto muito de fazer, de trabalhar. Porque acho que tem a ver com
o meu temperamento de atriz, tem a ver com o meu temperamento de pessoa. O humor é uma coisa presente na minha personalidade. Faz parte de mim esse olhar humorado e crítico das coisas. É por isso que estou adorando tanto fazer esse seriado. P – Por retratar a realidade de muitos casais, você adiciona muitas coisas nas cenas, no texto? R – O texto é muito bem escrito. Então ele já vem pronto. É quase como uma partitura, muito precisa. Se você colocar qualquer coisa, atrapalha. Ele já leva você, tem ritmo. É como música. As pausas, os silêncios, a hora que é para levantar o tom, abaixar o tom... É só você entender. E eu entendo o texto do Alexandre e da Fernanda. E tem a ver, eu acho, com a minha leitura como atriz. É um humor que acho que entendo bem. Acho que é só respeitar e não atrapalhar.
ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 4 A 10 DE ABRIL 06/04 – Juan Alba, 55 anos, e Nívea Stelmann, 36 anos. 07/04 – Roger Gobeth, 37 anos, e Flávio Silvino, 39 anos. 08/04 – Nesta data, há 38 anos, foi ao ar o último capítulo da novela "O Homem Que Deve Morrer". Escrita por Janete Clair, com direção de Daniel Filho, sendo substituído por Milton Gonçalves, a trama se passa em Porto Azul, cidade do interior de Santa Catarina. Lá, o falecido Ciro Valdez, interpretado por Tarcísio Meira, que em vida era casado com Esther, vivida por Glória
Menezes, reencarna como um médico que também é um mestre em religiões orientais. Ele tem sérios atritos com Otto von Müller, papel de Jardel Filho, um vilão nazista que se envolvera com Esther. Janete Clair pretendia criar para o personagem principal uma trajetória de vida semelhante à de Jesus Cristo, mas o argumento foi considerado impróprio pela Censura Federal, e boa parte dos dez primeiros capítulos foi vetada. A autora decidiu então fazer uma adaptação de "Eram os Deuses Astronautas?", obra de Erich Von Daniken, que
tivera bastante sucesso na época. Grávida no início das gravações, Dina Sfat permaneceu apenas um mês na novela. "O Homem Que Deve Morrer", com a famosa dupla de atores Tarcísio Meira e Glória Menezes, foi muito bem recebida pelo público. Um dos destaques foi a inclusão, na trama, de um transplante de coração, cirurgia realizada no Brasil pela primeira vez em 1968. O elenco conta, ainda, com Álvaro Aguiar, Ana Ariel e Antônio Pitanga, entre outros. 10/03 – Gugu Liberato, 51 anos.
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MAPA DA MINA
Por Louise Araujo
JACKSON "COVER"
CRIME EM FOCO
INTERNACIONAL
(TV Brasil, dom, 12 h)
(Record, seg, 21 h)
(MTV, qui, 20 h)
O "ABZ do Ziraldo" faz uma homenagem especial ao ídolo do "pop" americano, Michael Jackson. O apresentador recebe o "cover" oficial do apresentador, Rodrigo Teaser. O artista exibe sua performance com a música "Billie Jean" e fala sobre quando começou a imitar Jackson.
Nesta segunda, a Record vai exibir dois episódios de "CSI". No "CSI: Las Vegas", o público vai poder assistir ao último episódio da segunda temporada da série. Nele, a equipe de Grissom vai encontrar o corpo de uma mulher com o rosto desfigurado em um carrinho de supermercado. Com isso, o detetive descobre que o assassino não queria somente a vítima morta, mas também feia. Já no "CSI: NY", a emissora vai exibir mais um episódio da terceira temporada da série.
Toda semana, a MTV exibe shows do projeto "World Stage". Nesta quinta, os fãs da música "pop" americana vão poder conferir as apresentações do grupo Black Eyed Peas e da cantora Lady Gaga. A festa reuniu um público de mais de 40mil pessoas que curtiram, no show do Black Eyed Peas, músicas como "Let's Get it Started", "Pump It" e "I Gotta Feeling" e, com Lady Gaga, sucessos como "Papparazzi" e "Poker Face".
"THE BEST" (Globo, dom, 17 h) Os artistas que se destacaram em 2009 vão ganhar uma homenagem especial. O "Domingão do Faustão" desse domingo vai exibir, ao vivo, a premiação "Melhores do Ano". Anualmente, a equipe do programa premia artistas de várias categorias, entre elas: Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Comediante e Melhor Cantor.
PÁSCOA AXÉ
(Band, sex, 22:15 h)
(Globo, ter, 22 h) A final da décima edição do "Big Brother Brasil" vai ao ar nesta semana. Como todos os anos, o "reality show" fecha o programa com um show. Desta vez, a Globo chamou a baiana Ivete Sangalo para animar a plateia e os telespectadores.
A Band aproveita a Semana Santa para exibir uma programação especial. A emissora vai apresentar, durante dois dias, a série "A Paixão de Cristo". Produzida pela BBC, o drama vai contar os dias de agonia que culminaram na morte e ressurreição de Jesus Cristo.
SEXO EM PAUTA
CATÓLICO MODERNO
(TV Brasil, qua, 21:30 h)
(TVBrasil, sab, 19:30 h)
Em "A História Sexual da MPB", o apresentador Rodrigo Faour vai abordar o universo homoerótico e andrógino na música brasileira. Para isso, ele conta com entrevistas de cantores consagrados da música brasileira, como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Erasmo Carlos.
No sábado de aleluia, o "Paratodos" vai mostrar que a música "gospel" também pode ganhar estilos diferenciados, como o "Hip Hop". Além disso, contará o que há em uma degustação de história, projeto que mistura o hábito de contar histórias e culinária em uma livraria de São Paulo.
MÚSICA E PAPO (TV Brasil, seg, 21 h) Lázaro Ramos entrevista a cantora Vanessa da Mata no "Espelho" desta segunda. Durante o bate-papo, ela fala sobre Alto Garças, cidade do Mato Grosso, sua terra natal. O programa que sempre entrevista artistas e investiga assuntos que permeiam o cotidiano do país não deixa de lado a valorização da cultura negra.
Rapidinhas # O "Teen Mom" vai mostrar a continuação do episódio "Grávida Aos 16". O programa fala das dificuldades das adolescentes que engravidam na adolescência e o relacionamento com os pais. MTV, seg, 20 h.
# Faa Morena leva os integrantes do grupo Sorriso Maroto para uma casa de boliche paulistana neste domingo, no "Ritmo Brasil". RedeTV!, dom, 18:15h. # No clima de Páscoa, o "Viva! MTV" mostra os truques para não devorar ovos de chocolate em cinco minutos. MTV, ter, 23:30 h.
# Vai ao ar o último episódio de "A História de Ester". Entre outros desfechos, a trama desta quinta vai mostrar um final feliz para Rei Assuero e Ester. Record, qui, 23 h.
# A Band vai exibir a partida Arsenal x Barcelona, exibida ao vivo e em HD, pela Liga dos Campeões. Band, qua, 15:25 h.
# A MTV vai exibir o segundo episódio de "Jersey Shore". A série mostra as férias de oito jovens que dividem uma casa durante o Verão nas praias de Nova Jersey. MTV, sex, 0:30 h.
# O episódio de "True Life" desta semana vai mostrar a vida de três pessoas que sentem que já passou da hora de morar sozinho e deixar o teto dos pais. MTV, qui, 20 h.
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NOME PRÓPRIO
Faceta cômica marca atuação de João Camargo em Bela, A Feia, da Record Por Carla Neves PopTevê
João Camargo já se acostumou a ter a imagem associada ao riso. Afinal, em 22 anos de carreira na tevê, o ator, de 50 anos, coleciona vários personagens engraçados, entre eles, o Gildo, de "Um Anjo Caiu do Céu", e o Padre Zeca, de "Uga Uga". "Desde pequeno, no colégio, já imitava todo mundo. Era o brincalhão da turma. Sempre tive tendência para a comédia", justifica o bem-humorado ator, que nasceu na Suíça, mas se naturalizou brasileiro. Aqueda pelo humor fez com que, mais uma vez, ele fosse chamado para interpretar um papel cômico em uma novela. Desta, vez, no entanto, em uma emissora na qual nunca havia trabalhado: a Record. "Fiquei feliz quando soube da possibilidade de representar o Haroldo em 'Bela, A Feia', que é um cabeleireiro muito divertido, deslumbra-
do e cafona", admite, aos risos. Distante das novelas desde 2002, quando participou de "Desejos de Mulher", João não via a hora de voltar aos "sets" de gravação com um papel fixo. Afinal, há tempos, ele vinha dando o ar da graça apenas em participações rápidas nos programas da linha de shows da Globo, emissora em que trabalhava antes da Record. "Não estava satisfeito com essa situação. Por isso fiquei tão empolgado quando o Fernando Rancoleta me ligou e me propôs fazer um teste para o Haroldo", confessa, referindo-se ao diretor artístico da Record. Na pele do extravagante dono do Salão Montezuma, João admite estar adorando a chance de encarnar um gay assumido, que adora glamour e não perde a oportunidade de atrair "VIPs" para o seu estabelecimento. "Me divirto muito fazendo o Haroldo. O texto da Gisele Joras é muito bom. É um prazer reproduzilo", derrete-se, citando a autora da trama.
Apesar de saber que o perfil cafona e deslumbrado do personagem poderia, talvez, ser mal interpretado pelo público, o ator não teve medo de abusar dos gestos exagerados e do jeito espalhafatoso. "Quando li o perfil do Haroldo na sinopse, vi que não tinha como fazê-lo diferente, ou seja, cheio de extravagâncias", relembra. Além de se divertir simplesmente por encarnar o personagem, João reconhece rir "horrores" ao contracenar com Bárbara Borges, Laila Zaid e Rafael Primot, que, na trama, vivem, respectivamente, o divertido trio de funcionários Elvira, Magdalena e Ícaro. "A gente se diverte muito em cena. Nesses sete meses de novela, criamos uma amizade forte, que só ajuda na hora do 'gravando'", elogia. João acredita, inclusive, que seu personagem ficou ainda mais engraçado do que ele imaginava na sinopse depois que ele estabeleceu essa relação de troca com os três colegas de elenco. "São atores competen-
tes e que conversam muito comigo. Isso tudo colabora para deixar o Haroldo mais divertido", acredita. A diversão do ator, contudo, não fica apenas nos estúdios de gravação. Quando sai para passear pelas ruas de Copacabana, bairro da Zona Sul carioca onde mora, João não consegue conter o riso com os comentários que escuta em relação ao personagem. De cabeleireiros a senhoras de idade, todos abordam o ator com humor. "O melhor é ouvir dos cabeleireiros que o Haroldo está representando bem a classe. Está sendo ótima a receptividade do personagem", orgulha-se. Prestes a se despedir do singular cabeleireiro de "Bela, A Feia", João já tem planos para quando a novela terminar, em maio. "Vou participar de uma peça escrita por uma autora jovem maravilhosa, chamada Júlia Spadaccini. E pretendo continuar na Record, se Deus quiser", torce o ator, que, por enquanto, tem contrato assinado por obra com a emissora.
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Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias
EM FOCO
Humberto Martins volta às novelas na pele de um médico cético e rígido Por Carla Neves PopTevê
Para Humberto Martins, complexo é o adjetivo que melhor define Ricardo, médico que ele vai viver em "Escrito Nas Estrelas", nova trama das seis da Globo. "É um personagem amargurado, materialista, sério...", antecipa o ator. E logo explica o porquê de tamanha amargura e ceticismo. "Depois que a mulher morre, meu personagem passa a superproteger o filho, que, por sua vez, começa a bater de frente com ele, já que os dois têm uma série de pontos de vista contrários", justifica Humberto, fazendo referência ao jovem e idealista médico Daniel, interpretado por Jayme Matarazzo. O cuidado excessivo do pai em relação ao filho, segundo Humberto, começa pelo fato de ele querer que o rapaz exerça a mesma especialidade que a dele: reprodução humana. "Logo no primeiro capítulo da novela, ele já tem um embate com o filho sobre isso", adianta. Dono de uma renomada clínica defertilização, Ricardo vê no filho o grande sucessor. O problema é que Daniel não tem apego em relação ao negócio. Para o rapaz, o mais importante é se dedicar à população carente. Não é à toa que ele cuida de pessoas que não têm acesso a serviços médicos. "O pai vê essa atitude do filho com maus olhos porque ele quer mesmo é que o garoto dê segmento à clínica e trace uma carreira bemsucedida por lá", explica, adiantando que, logo no primeiro capítulo da história, pai e filho vão se confrontar justamente por causa disso. "O Ricardo briga com o Daniel porque ele quer levar as vítimas de uma enchente na comunidade em que ele trabalha para a casa da família em Petrópolis", conta. O fato é que, ao discutir com o pai, o filho pega o carro e parte para a Região Serrana. Sem o consentimento do pai, é claro. No caminho, sofre um aciden-
te e morre. "E essa morte do filho acaba desestabilizando ainda mais a personalidade do Ricardo", argumenta. Inconformado com a perda do único herdeiro, o médico se isola na casa de Petrópolis e entra em depressão. "Aí aparece o Breno, um amigo do Daniel, e diz a ele que o rapaz havia congelado sêmen", explica Humberto, citando o personagem de Paulo Vilela. A partir dessa esperançosa descoberta, o médico passa a ter um pensamento fixo na vida: encontrar uma mãe para gerar seu neto. "Para o Ricardo, através do nascimento de um neto, ele terá de volta o filho", argumenta. Para interpretar esse bambambã em reprodução humana, Humberto pediu ajuda à Maria Cecília Erthal, médica especializada no assunto que lhe deu várias orientações, entre elas, ter muito carinho com a paciente, que, na maior parte das vezes, está fragilizada por não conseguir ter um filho nas condições normais. "Aprendi também que as pessoas preferem o sigilo, que nem todo mundo está aberto a expor a sua impossibilidade de gravidez", acrescenta. Humberto ainda ficou sabendo pela médica que algumas mulheres acabam até se apaixonando pelo especialista em fertilização. "Inconscientemente, elas transferem isso para o homem que está dando a elas a possibilidade de gerar um bebê", justifica. Além de se inteirar sobre inseminação e fertilização, o ator também procurou pesquisar sobre outro assunto abordado na trama: o espiritismo. Afinal de contas, mesmo após a morte, Daniel continuará se "comunicando" do plano espiritual com os personagens do plano real. A tarefa de conhecer esse "outro lado", porém, deixou Humberto intrigado. E com vontade de se aprofundar ainda mais no assunto. "Estudar todos os tipos de crença faz parte do interesse do ator. Afinal, precisamos investigar o comportamento humano", defende.
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PRIMEIRA MÃO
Pelé é a estrela do novo programa sobre futebol do SBT Por Natalia Palmeira PopTevê
Durante muitos anos, Pelé reinou nos gramados. Desde que abandonou as chuteiras, ele se arriscou, sem tanta destreza, a comentar partidas de futebol na televisão. Com a aproximação de mais uma Copa do Mundo, o Rei do Futebol vai atacar em uma nova posição: a de apresentador. É nessa função que ele aparece no SBT. “Eu não queria trabalhar nessa Copa, porque são 40 dias muito puxados. Mas o SBT veio com essa proposta inédita para mim”, conta o ex-jogador sobre “Um Minuto Com Pelé”, novo programa da emissora, que estreia dia 12 de abril. Classificado pela emissora como programete, por conta da curta duração de 60 segundos, a produção terá de três a cinco exibições diárias, no qual vai relembrar histórias sobre as Copas e comentar as partidas dos jogos. Sem o direito de exibir os jogos da Copa e sem nenhuma programação dedicada exclusivamente ao futebol, o SBT viu em Pelé a saída para fechar essa lacuna. “Queríamos uma maneira diferente de cobrir a Copa. Temos a sorte de ter o Pelé no SBT”, ressalta Henrique Casciato, diretor comercial da emissora. Pelé vai fazer, primeiramente, uma viagem no tempo. Só a partir de 11 de junho, um dia antes do torneio na África do Sul, ele vai começar a falar sobre a Copa da África em si. Antes dos jogos iniciarem, os programas irão relembrar momentos marcantes da história das Copas, além de apresentar curiosidades sobre o Mundial. Aliás, relembrar velhas histórias ainda leva o ex-jogador às lágrimas. E ele não esconde a saudade que sente dos tempos em que fazia parte da seleção brasileira. “Em um dos programas, dei o maior vexame e chorei. Me emo-
cionei ao ler as histórias”, lembra ele, que também fará comentários, ao vivo, ao lado de Carlos Nascimento, âncora dos jornais “SBT Brasil” e “Jornal do SBT – Edição Noite”. “É muito bom ter o maior atleta do século apresentando um programa no SBT. E como apresentador, o Pelé é um craque”, derrete-se o diretor do programa, Pedro Henrique Peixoto. Para os fazer os comentários, Pelé não estará sozinho. Ainda não foi definido, mas ele dividirá as opiniões com outro comentarista. Mesmo com curto espaço para falar sobre a história do futebol e sobre os jogos, o programa exigiu, ainda, as habilidades de Pelé com a bola. Isso porque, ao final de cada programete, o ex-jogador se despede com uma cabeçada. Com um total de 60 programas, a tarefa tinha tudo para ser complicada. Afinal, em meio ao set de gravação a probabilidade de acertar um equipamento era grande. “O Pelé tinha de mirar no contraregra para não acertar a iluminação ou as câmaras. Ele não errou nenhuma”, destaca o diretor. Pelé jura que a proposta é a tarefa mais fácil que já executou em sua carreira. “O fato de poder rever os lances e dizer o que poderia ter sido feito é a parte mais fácil. Já o jogador tem de decidir, em campo, o que fazer”, compara. Confortável com o novo projeto, o mineiro nem precisou se preparar para assumir a posição de apresentador. A familiaridade com as câmaras contou pontos para facilitar o trabalho. Apesar disso, Pelé admite que o nível de exigência de Pedro Henrique é grande quando o assunto é o resultado final. “Ele tem a capacidade de verbalizar as emoções e a própria visão dele de futebol. Então, temos de fazer o melhor e, se for preciso, repetir duas, três ou quatro vezes”, explica o diretor, justificando a fama de rigoroso.
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TV POP
À MODA ANTIGA - Muitas mulheres sonham com uma declaração de amor original. Principalmente quando vem em forma de música, como na cena em que Bernado cantou especialmente para Cristiana, em "Malhação ID". O que muita gente não sabe é que a intérprete da personagem, Cristiana Peres, também já passou por situação parecida. "Uma vez, fizeram uma música para mim, mas não de cantar em público", revela a atriz, envergonhada. Timidez, aliás, é um dos pontos mais marcantes da bela de olhos verdes. Apesar de protagonizar a novela, ela ainda não se acostumou com a fama. "Eu acho estranho quando as pessoas ficam me olhando", explica.
DOIS EM UM - Protagonizar uma novela não é moleza, afinal não é nada
CAUSA NOBRE - Reynaldo Gianecchini já está a todo vapor para interpretar
fácil encarar uma intensa maratona de gravações. No caso de Fernanda Vasconcellos, a atriz descobriu uma maneira de acabar com o estresse do trabalho. Há alguns meses, a bela corre seis quilômetros por dia e de quebra ainda queima calorias. A ideia de praticar o esporte surgiu quando ela atuava na peça "Vidas Divididas", de Marcos Paulo. "Tinham oito trocas de roupa em uma hora e meia. Comecei a caminhar e a correr para ganhar fôlego", lembra.
seu primeiro vilão na tevê. O ator até viajou para a Itália para gravar os primeiros capítulos como Fred, seu personagem em "Passione", próxima trama das oito. Apesar da correria nas gravações, antes de embarcar, o belo relembrou seu dias de modelo posando para as lentes de um fotógrafo. O ensaio, no entanto, foi para apoiar a campanha "O câncer de mama no alvo da moda".
RADICAL CHIC - Carolina Kasting mudou o visual radicalmente. Tudo por conta de sua próxima personagem em "Escrito nas Estrelas". Para interpretar Judite, uma dona-de-casa casada com Guilherme, papel de Marcelo Faria, ela teve de mudar a cor dos cabelos pela primeira vez. A atriz, que sempre exibiu madeixas castanhas, vai desfilar com os cabelos curtos e louros. A mudança foi tão grande que os fãs nem a reconhecem à primeira vista, quando sai às ruas.
NOVA FASE - Depois de viver a sensual Isadora em "Toma Lá, Dá Cá", Fernanda Souza vai voltar à televisão. A loura está escalada para integrar o elenco de "Ti Ti Ti", próxima novela da faixa das sete da Globo. Na trama de Maria Adelaide Amaral, ela vai contracenar com Cláudia Raia, que interpretará sua mãe. Mas antes de a novela ir ao ar, Fernanda vai dar o ar de sua graça na tevê. Ela vai participar do quadro "Dança dos Famosos", no "Domingão do Faustão".
DO OUTRO LADO - Marcelo Carvalho vai atacar de apresentador. O vicepresidente da RedeTV! já gravou os pilotos do novo "game" da emissora, o "Mega Senha". Mas ele não pretende comandar a missão sozinho e vai contar com a presença de Luciana Gimenez no palco. "Não me ocorre alguém mais inteligente e charmosa como a Luciana para apresentar comigo", derrete-se ele, referindo-se à esposa. O novo programa vai premiar os competidores com prêmios em dinheiro. "Ao longo da semana, os candidatos serão submetidos a perguntas pela Internet ou pelo telefone. De acordo com a performance deles, serão chamados para vir aos estúdios participar do programa", explicou Marcelo.
A ARTE IMITA A VIDA - Assídua frequentadora da academia na ficção,
COM A BOLA TODA - Recém-despedida de Kátia, sua personagem em
"S.O.S mergência", série que a Globo começa a exibir neste domingo, depois do "Fantástico". Ela usará óculos que ocultarão sua beleza e roupas que não valorizarão sua silhueta. No programa cômico assinado por Marcius Melhem e Daniel Adjafre, a atriz vai dar vida à Evelin, uma assistente social sensível e sempre disposta a ajudar pacientes e colegas.
"Cama de Gato", Nívea Stelmann vem chamando a atenção pela boa forma. Apesar de andar malhando como nunca, a atriz parece ser mesmo fã de um hambúrguer. A morena foi até homenageada com o lançamento de um com seu próprio nome na rede de sanduíches de grife "Joe & Leo's".
Letícia Spiller também é fã da malhação, como sua personagem Betina, de "Viver a Vida". Apesar da intensa rotina de gravação e do atraso dos roteiros, a loura sempre arruma tempo para os exercícios físicos. Além da musculação, a atriz é adepta do balé para manter a forma. Com um corpo de causar inveja na mulherada, ela costuma ganhar várias roupas das grifes de ginástica. O agrado, no entanto, não é suficiente e Letícia faz questão de fazer suas próprias compras de roupas de academia.
BELEZA ESCONDIDA - Fernanda de Freitas vai aparecer irreconhecível em
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A SEMANA DAS NOVELAS MALHAÇÃO - Rede Globo - 16h15 Segunda (05/04) - Bernardo fica radiante e fala com Cristiana que não vê a hora de voltar para casa. Juju e Rita decidem aceitar o show para as The Lícias. Bernardo chega em casa e Cissa estranha ao ouvi-lo dizer que ela se desculpou com Cristiana. Valentina fica nervosa por estar muito próxima de Victor. Reco e Jotapeg ficam decepcionados ao verem senhoras entrando no teatro onde as The Lícias irão tocar. Bernardo se surpreende ao ver um antigo amigo tentando beijar Cristiana.
Terça (06/04) - Beto e Bernardo ficam surpresos com a aparência de João, que se afasta apressado dos dois. As meninas da banda estranham o comportamento das mulheres que estão na plateia para ver o show. Bernardo mostra uma antiga foto de João para Cristiana e eles ficam pensando no pode que ter acontecido com o rapaz. Rodrigo beija Patrícia, que se afasta e dá um fora nele. Cissa fica transtornada ao ouvir Bernardo falar sobre João e exige que o filho fique longe dele.
Quarta (07/03) - Cissa e Paulo Roberto se preocupam com a aproximação de João e Bernardo. Valentina teme que Victor ainda pense em Cristiana. Renato avisa Bernardo que seu videoclipe ficou pronto e que vai mostrá-lo no Rocket. Victor e Valentina se beijam e Cristiana fica chocada. Bernardo, Cristiana e Beto decidem seguir João. Os três o veem entregando dinheiro para um garoto e ficam intrigados. Bernardo arranca a mochila de João e fica abismado ao ver o que ele comprou.
Quinta (08/04) - Bernardo discute com João e ele sai correndo com a mochila nas mãos. Bruno comenta com Samira que tem a chance de ir morar na Espanha com a mãe. Cristiana tira satisfações com Valentina e as duas discutem. Rodrigo diz a Reco e Jotapeg que está apaixonado por Patrícia. Maria Cláudia incentiva Samira a ficar com Bruno. Victor fica esperançoso ao ouvir que Cristiana ficou incomodada por ele ter ficado com Valentina. Bernardo decide ajudar João, deixando Cristiana e Beto assustados.
Sexta (09/04) - Victor decide ir atrás de Cristiana. Bruno fica triste, mas desiste de viajar para Espanha por causa de Samira. Bernardo convida João para ir a sua casa. Samira diz a Bruno que ele deve ir para Espanha ficar com seu filho. Maria Cláudia pensa em uma forma de fazer Valentina e Cristiana voltarem a ser amigas. Anselmo, o ex-noivo de Zuleide, reaparece e ela fica surpresa. João expulsa Nancy da sala, coloca um aparelho de DVD em sua mochila e vai embora.
CAMA DE GATO - Rede Globo - 17h Segunda (05/04) - Gustavo encontra Rose no aeroporto e os dois se reconciliam. Pedro diz a Érica que precisa de um tempo para se apaixonar por ela. Verônica pensa na conversa que teve com o irmão e sofre depois de falar com sua advogada. Alcino conversa com Rose e deseja felicidades para ela e Gustavo. Patrícia se surpreende ao ver Luck preparar um café da manhã para ela. Pink acorda Suzana com beijos. Verônica pede para Juvenal ajudá-la a criar o seu filho. Alcino e Mari velejam felizes até uma ilha deserta. Alcino se declara para Mari e os dois se beijam.
Terça (06/04) - Mari e Alcino choram ao pensar que irão que se separar se ele morrer. Verônica chora ao voltar para a cela. Severo se surpreende ao saber da gravidez de Verônica. Rose perdoa Domenico e eles se abraçam emocionados. Érica incentiva Pedro a voltar a estudar. Alcino pede para Pedro assumir sua parte na Aromas. Waldemar pede Loló em casamento. Davi se irrita ao ver Macau perto de sua casa e o manda embora. Pedro deixa Alice com Ferdinando e Julieta na casa de repouso.
Quarta (07/04) - Gustavo decide lançar Glória como a nova modelo da Aromas. Tarcísio ensaia piano com Bruna. Em uma passagem de tempo: Alcino dá um anel de brilhante para Mari. Verônica coloca a mão de Juvenal em sua barriga para sentir o bebê mexer. Glória fotografa para uma campanha do L´Eau de Rose. Verônica sente dores e chama a carcereira. Eurídice vai falar com Macau. Heloísa e Nuno, Suzana e Pink, Patrícia e Luck se casam no mesmo dia. Julieta, Ferdinando e Adalgisa brigam para ficar com Alice. Pedro e Érica se beijam.
Quinta (08/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o penúltimo capítulo.
Sexta (09/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o último capítulo.
Sábado (10/04) - Reprise do último capítulo.
Sexta (09/04) - Zeca se surpreende ao encontrar Nelinha no concurso e não consegue disfarçar sua admiração por ela. Renato vê Hélia e Leal juntos e conclui que é por isso que Zeca e Nelinha são tão próximos. Zeca não tira os olhos de Nelinha e Nara percebe. Nelinha apresenta o pai para Renato e eles conversam. Zeca conversa com Nelinha e afirma que torce para que ela se acerte com Renato.
Sábado (10/04) - Zeca e Nelinha tentam aceitar a ideia de que são irmãos. Nelinha leva Renato para a pista e Zeca observa. Deodora lembra de Portinho e entristece. Renato leva Nelinha para casa. Zeca consola Nara pelo resultado do concurso. Nelinha vai tomar café da manhã na casa do pai e descobre que Tertuliana voltou. Gaulês tenta conversar com Led e se desentende com o afilhado. Callógeras conta para Leal que Goretti quer interditá-lo. Leal procura Goretti e diz à filha que errou ao lhe entregar o seu reino.
Sexta (09/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
Sábado (10/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
TEMPOS MODERNOS - Rede Globo - 18h15 Segunda (05/04) - Hélia questiona Leal sobre seu interesse por Iolanda e eles se desentendem. Goretti demite Iolanda e coloca outra babá em seu lugar. Leal procura Iolanda, mas ela o evita. Renato vai até a casa de Nelinha e tenta beijá-la novamente. Justine ensaia com Ditta e se acidenta. Renato dança com Nelinha e Zeca morre de ciúmes. Pasquale cuida de Justine. Lossaco ensaia com Goretti e Nara observa. Niemann pede para Iolanda voltar a trabalhar para Leal, mas ela recusa. Nelinha diz a Zeca que vai namorar com Renato.
Terça (06/04) - Bodanski sente ciúmes de Goretti e decide entrar no concurso. Zeca teme que Renato perceba seu amor por Nelinha. Joca revela à mãe que corre perigo e Iolanda se desespera. Iolanda decide voltar a cuidar das Marias e Miranda fica apreensiva. Túlio pede demissão da pizzaria. Deodora visita Portinho e assume que foi a responsável pela morte de Regeane. Renato pressiona Nelinha a contar o que existe entre ela e Zeca. Hélia desabafa com Fidélio e encontra Leal trabalhando com o zelador.
Quarta (07/04) - Deodora volta ao Titã arrasada e comenta que cumpriu sua missão. Nelinha promete dar uma chance a Renato. Duba e Heloísa decidem formar uma dupla de dança. Renato vai atrás de Nelinha na casa de Ramón. Niemann faz Goretti assinar um documento sem saber do que se trata. Renato tenta seduzir Nelinha, mas ela foge. Renato avisa a Zeca que Nelinha sumiu. Gaulês visita Led na casa de Ditta e o encontra tocando para Katrina. Zeca encontra Nelinha arrasada e os dois se beijam.
Quinta (08/04) - Zeca e Nelinha ficam arrasados com o beijo. Túlio diz a Pasquale que precisa ganhar mais dinheiro para se casar e o dono da pizzaria lhe oferece uma promoção. Túlio conta para Jannis que foi promovido e ela comemora. Nelinha tenta beijar Renato, mas ele resiste dizendo que não quer se aproveitar dela. Renato deixa Nelinha em casa e promete voltar com uma surpresa. Zeca liga para Nelinha e insiste para que ela vá ao concurso. Renato dá um vestido para Nelinha e a convence a ir ao baile.
VIVER A VIDA - Rede Globo - 20h Segunda (05/04) - Dora fica nervosa ao ver Marcos se aproximar. Onofre se desentende com Garcia. Soraia conta para Matilde sobre o envolvimento entre Marcos e sua prima. Marcos e Dora discutem no píer. Carlos dá seu telefone para Malu. Matilde conversa com Marcos na tentativa de obter informações sobre Helena. Marcos relembra a conversa que teve com Bruno. Bruno confessa para Silvia que está apaixonado por Helena. Ele diz que vai para Búzios na companhia da namorada.
Terça (06/04) - Sandrinha fala que ama Benê, mas revela à Helena que se pudesse teria dado seu coração a Flavinho. Luciana consegue assinar seu nome e Grazie sugere que ela escreva um bilhete para Miguel. Rafaela e Garcia ficam radiantes ao saber que Dora espera um menino. Luciana incentiva Tereza a dar uma chance para Jean. Soraia pergunta a Dora se o menino se chamará Juan Marcos e as duas se enfrentam. Dora, Garcia, Soraia e Rafaela encontram Marcos nas ruas de Búzios.
Quarta (07/04) - Osmar diz à Renata que seu ensaio fotográfico ficou pronto e que as fotos certamente serão aprovadas pelo cliente. Felipe busca Renata na produtora e a leva para uma consulta com um psiquiatra. Gustavo conta para Carú que Bruno é filho de Marcos. Miguel convida Ariane para ir ao Gengibre e ela pergunta se Jorge também irá. Carú diz a Gustavo que no fundo ele é fiel à Betina. Betina telefona para Carlos, mas desliga apressada assim que ouve a voz do marido.
Quinta (08/04) - Isabel confessa a Mia que seu relacionamento com Ricardo não está indo tão bem. Luciana fica emocionada ao ver em seu blog um pedido de casamento de Miguel. Myrna telefona para Jorge e pede para que ele vá ao seu encontro. Miguel vai à casa de Luciana e ela diz que aceita o pedido de casamento. Helena e Bruno se beijam. Tereza mostra para Jean a mesa que arrumou para o jantar dos dois. Miguel se prepara para dar um banho em Luciana.
BELA, A FEIA - Record - 19h40 Segunda (05/04) - Ricardo fica apreensivo quando Vera diz que Adriano está afundando a Mais Brasil. Ele dá um prazo de seis meses para o sobrinho recuperar a empresa. Bárbara tenta convencer Ricardo de que Ataulfo é um bandido, mas ele não leva a sério. Adriano fala mal de Bela e Rodrigo parte para cima dele. Bela fica pasma ao saber que Magdalena tem um caso com Ariosto. Seis meses se passam. Verônica está ansiosa para o dia de seu casamento. Nasce o bebê de Bela. Vera e Bela choram de felicidade.
Terça (06/04) - Vera fica comovida ao saber que o neto irá se chamar Hélio em homenagem ao pai de Rodrigo. Dinorá avisa todos os acionistas sobre a reunião em que todos serão avisados sobre a saída de Adriano da presidência. Durante a reunião, Cíntia revela estar disposta a assumir a presidência, deixando todos perplexos. Vera não consegue entender a decisão de Rodrigo, que revela que não poderia fazer muita coisa na Mais Brasil sem ajuda de Bela. Adriano promete se vingar e acaba discutindo com Ricardo.
Quarta (07/04) - Vera pergunta por que Bela não assume a presidência com nova identidade e disfarce. Bela se anima, mas teme ser encontrada por Dinho e Ataulfo. Vera pretende dar aulas de etiqueta para Bela além da mudança total de visual. Vera presenteia Bela com diversos produtos de maquiagem. Ricardo e Verônica casam. Vera incentiva Bela a ser presidente da Mais Brasil. Bela faz dieta para emagrecer, muda o visual e também perde o jeito atrapalhado. Vera chega com Valentina à agência. Todos ficam encantados.
Quinta (08/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
Sexta (09/04) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.
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FILMES DA SEMANA DOMINGO, 04/04 Carros (Globo, 13:40 h) Cars, de John Lasseter. Elenco não informado pela emissora. EUA, 2006, cor, 117 min. A emissora não informou a classificação etária. Animação – Um carro de corrida jovem e arrogante está prestes a participar da corrida mais importante da sua vida. Mas antes ele aprenderá um par de lições em uma cidadezinha. Tal experiência o fará reconsiderar muitas de suas atitudes. O Justiceiro (Globo, 23:40 h) The Punisher, de Jonathan Hensleigh. Com John Travolta, Thomas Jane e Will Patton. EUA, 2004, cor, 124 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Após ter sua esposa e filho assassinados, Frank Castle resolveu dedicar sua vida a eliminar o crime das ruas de sua cidade. Não só persegue os bandidos como também os elimina, usando para isso sua experiência como agente secreto do FBI. Seu novo alvo é Howard Saint, um homem ligado ao submundo do crime que decide se vingar da sociedade quando seu filho é morto. Maria Antonieta (Globo, 01:45 h) Marie Antoinette, de Sofia Coppola. Com Kirsten Dunst, Jason Schwartzman e Judy Davis. EUA, França e Japão, 2006, cor, 123 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – A vida da princesa austríaca Maria Antonieta, que se tornou rainha da França aos 19 anos, é contada desde seu nascimento na Áustria Imperial até o fim de sua vida na França, quando morreu guilhotinada em plena Revolução Francesa.
SEGUNDA, 05/04 Mortal Kombat: A Aniquilação (SBT, 14:15 h) Mortal Kombat II: Annihilation, de John R. Leonetti. Com Robin Shou, Talisa Soto e Brian Thompson. EUA, 1997, cor, 95 min. Classificação etária: 10 anos Ação – Liu Kang e outros poucos lutadores escolhidos do Mortal Kombat derrotaram o feiticeiro do mundo externo. Passado um período de paz, Shaokan, imperador do mundo externo, ameaça destruir a Terra e a Humanidade em seis dias. Wendy Wu: A Garota Kung Fu (Globo, 15:50 h) Wendy Wu: Homecoming Warrior, de John Laing. Com Brenda Song, Shin Koyamada e Susan Chuang. EUA, 2006, cor, 91 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação – Wendy Wu tem uma vida perfeita: é bonita, popular e uma das duas candidatas à rainha do baile de outono. Mas toda sua vida muda quando Shen, um monge chinês, lhe conta que ela é a reencarnação do guerreiro Yin e tem como destino lutar contra o malvado Yan Lo. A partir de então, a adolescente terá de assumir uma grande responsabilidade: aprender lições de Kung Fu para derrotar uma das mais poderosas forças do mal. Homem-Aranha 3 (Globo, 22:10 h) Spider-Man 3, de Sam Raimi. Com Tobey Maguire, Kirsten Dunst e James Franco. EUA, 2007, cor, 139 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação – Peter Parker finalmente consegue encontrar o equilíbrio entre sua devoção a Mary Jane e suas obrigações de super herói. No entanto, quando o seu traje de Homem-Aranha ganha outro aspecto e ele vê que seus poderes aumentam, torna-se arrogante e negligente com as pessoas que ama. Enquanto enfrenta essa crise de identidade, dois vilões se unem para arquitetar uma incrível vingança contra ele. Vestido de Noiva (Globo, 02:40 h) Vestido de Noiva, de Joffre Rodrigues. Com Marília Pêra, Simone Spoladore e Letícia Sabatela. Brasil, 2006, cor, 112 min. A emissora não informou a classificação etária.
Drama – Alaíde é atropelada e, no hospital, relembra sua vida a partir do momento em que leu o diário de uma cafetina, achado na casa para onde sua família se mudara e que, anos antes, abrigara um bordel.
TERÇA, 06/04 Superman IV - em Busca da Paz (SBT, 14:15 h) Superman IV, de Sidney J. Furie. Com Christopher Reeve, Gene Hackman e Jackie Cooper. EUA, 1987, cor, 90 min. Classificação etária: Livre. Aventura – A possibilidade de uma guerra nuclear leva Superman a destruir todas as armas nucleares existentes, jogando-as no sol. Porém, Lexter Luthor, fugitivo da prisão, tem outros planos: constrói um homem nuclear com o material genético que roubou de Superman para pôr fim à existência do super herói. O Pequeno Stuart Little 2 (Globo, 16:05 h) Stuart Little 2, de Rob Minkoff. Com Geena Davis, Hugh Laurie e Jonathan Lipnicki. EUA, 2002, cor, 77 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – O pequeno Stuart Little salva Margalo, "uma passarinha", das garras de um falcão traiçoeiro. Levada para morar com a família de Stuart, ela se recupera rapidamente e cria uma grande amizade com o pequeno rato falante. Até que, repentinamente Margalo desaparece com uma valiosa antigüidade da família. Stuart decide ir atrás da nova amiga e do objeto perdido. A Hora do Rush 3 (SBT, 22:15 h) Rush Hour 3, de Brett Ratner. Com Jackie Chan, Chris Tucker e Yvan Attal. EUA, 2007, cor, 91 min. Classificação etária: 12 anos. Ação – O embaixador Han sofre um atentado em Los Angeles minutos antes de revelar a identidade do líder da maior organização criminosa chinesa. As investigações levam os agentes Lee e James Carter até Paris, onde a bem-humorada dupla enfrenta bandidos chineses e a polícia local, enquanto evitam uma conspiração mundial. O Pagamento (ou "Ali", opção do Intercine) (Globo, 01:50 h) Paycheck, de John Woo. Com Ben Affleck, Aaron Eckhart e Uma Thurman. EUA, 2003, cor, 119 min. A emissora não informou a classificação etária. Ficção científica – Jennings é um engenheiro de computação que trabalha em projetos ultra-secretos, tendo sempre parte de sua memória apagada após concluir um serviço. Envolvido em um trabalho que pode lhe render bilhões como pagamento, ele é surpreendido ao ser perseguido pela polícia e receber um envelope com estranhos objetos. Ali (ou "O Pagamento", opção do Intercine) (Globo, 01:50 h) Ali, de Michael Mann. Com Will Smith, Jamie Foxx e Jon Voight. EUA, 2001, cor, 157 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Cassius Clay, um dos maiores boxeadores da História, também impressionava fora dos ringues pelo seu fácil palavreado. Nos anos 60, Cassius se tornou uma das principais personalidades do esporte mundial, principalmente após se converter ao islamismo, trocar seu nome para Muhammad Ali e se recusar a lutar na guerra do Vietnã.
QUARTA, 07/04 A Espada Mágica – A Lenda de Camelot (SBT, 14:15 h) The Magic Sword: Quest for Camelot, de Frederik Du Chau. Elenco não informado pela emissora. EUA, 1998, cor, 86 min. Classificação etária: Livre. Animação – Kayley embarca em uma incrível aventura quando Rubber, um malévolo cavaleiro, rouba Excalibur, a lendária espada do Rei Arthur. Com a ajuda de Garret, um rapaz cego e corajoso, a garotinha parte para recuperar a espada e salvar seu reino. No caminho, Devon & Cornwall, um divertido dragão de duas cabeças, se junta a eles.
Didi, O Caçador de Tesouros (Globo, 15:55 h) Didi, O Caçador de Tesouros, de Marcus Figueiredo e Paulo Aragão. Com Renato Aragão, João Paulo Bienemann e Eduardo Galvão. Brasil, 2006, cor, 86 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Didi é o mordomo do pai de Pedro, que tem 10 anos e é seu grande companheiro de aventuras. Ao achar um mapa em um velho baú de fotos, Didi parte com o garoto para um misterioso hotel abandonado à procura de um tesouro. Por um Triz (Record, 23 h) Out of Time, de Carl Franklin. Com Denzel Washington, Eva Mendes e Sanaa Lathan. EUA, 2003, cor, min. Classificação etária: 12 anos. Policial – Honesto delegado de uma pequena cidade da Flórida se vê em apuros após usar dinheiro do tráfico de drogas para pagar o tratamento médico de sua amante, que acaba morrendo junto a seu marido em um incêndio criminoso. Suspeito de haver cometido o crime, ele terá de descobrir o verdadeiro autor dos assassinatos. A Gangue Está em Campo (ou "Amor a Três", opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) Gridiron Gang, de Phil Joanou. Com Dwayne Johnson, Xzibit e LScott Caldwell. EUA, 2006, cor, 125 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Baseada em fatos reais, esta é a história de um oficial, responsável por um centro de detenção de menores, que cria um time de futebol americano e o treina para vencer. O esporte é a forma que ele encontra para tentar salvar os meninos de um futuro incerto. Amor a Três (ou "A Gangue Está em Campo", opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) Trois, de Roby Hard. Com Gary Dourdan, Gretchen Palmer e Soloman K Smith. EUA, 2000, cor, 93 min. A emissora não informou a classificação etária. Suspense – Um advogado bem sucedido está à procura de alternativas para reaquecer a monótona relação que tem com sua esposa. Acreditando que uma aventura sexual traga de volta a paixão de antes, ela aceita a sugestão de envolver outra mulher em sua relação com o marido. Mas eles não imaginavam que esta outra pessoa acabaria transformando suas vidas em um pesadelo.
QUINTA, 08/04 Liga da Justiça da América (SBT, 14:15 h) Justice League of América, de Felix Enriquez Alcalá. Com Matthew Settle, Kim Oja e John Kassir. EUA, 1997, cor, min. Classificação etária: Livre Aventura – Famosos super-heróis se unem e formam a Liga da Justiça para combater o malévolo Homem do Tempo, que planeja destruir uma cidade. Belas e Mimadas (Globo, 15:45 h) Cow Belles, de Francine McDougall. Com Alyson Michalka, Amanda Michalka e Jack Coleman. EUA, 2006, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Taylor e Courtney são duas irmãs que têm uma vida muito confortável. Mimadas, elas terão de dar duro para salvar o negócio da família e a reputação de seu pai. Traição (Band, 22:15 h) Made Men, de Louis Morineau. Com James Belushi, Michael Beach e Steve Railsback. EUA, 1999, cor, 90 min. Classificação etária: 16 anos. Ação – Bill é um ex-mafioso que traiu um dos mais perigosos chefões do crime de Chicago e desapareceu com 10 milhões de dólares. Agora, vivendo sobre a vigilância do Programa de Proteção a Testemunhas, leva uma vida tranqüila ao lado de Debra, sua esposa. Tudo mudará quando a gangue de mafiosos decidir recuperar o dinheiro roubado e se vingar de Bill. Duelo de Titãs (ou "Peixe Grande", opção do Intercine) (Globo, 02:10 h) Remember The Titans, de Boaz Yakin. Com Denzel Washington, Will Patton e Donald Faison. EUA, 2000, cor, 112 min. A emissora não informou a classificação etária.
Drama – Baseado em uma história real, narra a luta de um técnico de futebol americano contratado para comandar um time estudantil dividido pelo racismo, os Titãs. Peixe Grande (ou "Duelo de Titãs", opção do Intercine) (Globo, 02:10 h) Big Fish, de Tim Burton. Com Ewan McGregor, Albert Finney e Billy Crudup. EUA, 2003, cor, 125 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Ed Bloom é um grande contador de histórias. Quando jovem saiu de sua pequena cidade-natal, no Alabama, para realizar uma volta ao mundo. Já mais velho, conta sobre as aventuras que viveu neste período, mesclando realidade com fantasia. As histórias fascinam todos que as ouvem, com exceção de seu filho.
SEXTA, 09/04 Corrida Rumo ao Sol (SBT, 14:15 h) Race the Sun, de Charles T. Kanganis. Com Halle Berry, Casey Affleck e James Belushi. EUA, 1996, cor, 100 min. Classificação etária: Livre. Aventura – Professora incentiva seus alunos apáticos a participarem de uma feira de ciências. Para sua surpresa, depois da resistência inicial, eles decidem elaborar um projeto escolar que os levará a uma corrida mundial de carros solares, que acontece na Austrália. Peter Pan (Globo, 15:35 h) Peter Pan, de P. J Hogan. Com Jason Isaacs, Jeremy Sumpter e Rachel Hurd-Wood. EUA e Inglaterra, 2003, cor, 113 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Peter Pan, um garoto que nunca cresce, vive na Terra do Nunca com os garotos perdidos e a fada Sininho. Um belo dia, ele visita a casa da família Darling e convence as crianças Wendy, John e Michael a viajarem com ele para o lugar onde vive. Lá todos enfrentarão a ameaça do terrível Capitão Gancho. A Mão do Diabo (SBT, 22:15 h) Frailty, de Bill Paxton. Com Bill Paxton, Matthew Mcconaughey e Powers Boothe. EUA e Itália, 2001, cor, 100 min. Classificação etária: 16 anos. Terror – Durante anos que trabalhou como detetive do FBI, Wesley Doyle perseguiu o assassino do caso "Mão de Deus", um criminoso que mutilava suas vítimas. Quando está prestes a desistir, um homem vai à delegacia. Ele diz conhecer o "serial killer" e revela importantes detalhes sobre os crimes. Wesley só não imaginava que tais revelações iriam determinar também o seu destino. Starsky & Hutch - Justiça em Dobro (ou "Regras do Jogo", opção do Intercine) (Globo, 02 h) Starsky & Hutch, de Todd Phillips. Com Ben Stiller, Owen Wilson e Juliette Lewis. EUA, 2004, cor, 101 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – David Starsky e Ken Hutchinson são dois policiais que trabalham na cidade de Bay City. Eles sempre são designados para resolver os casos mais complicados e agora terão de pegar um traficante de drogas, que atua no ramo desde que eles eram estudantes. Regras do Jogo (ou "Starsky & Hutch – A Justiça em Dobro", opção do Intercine) (Globo, 02 h) Rules of Engagement, de William Friedkin. Com Tommy Lee Jones, Samuel L. Jackson e Ben Kingsley. EUA, 2000, cor, 128 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Quando a embaixada americana no Iêmen é cercada por uma multidão de manifestantes, o coronel Terry Childers recebe a ordem de levar um esquadrão de soldados para o local e assim garantir a segurança dos cidadãos norte-americanos. Porém, dezenas de civis acabam sendo mortos e o coronel é levado à corte marcial, sob a acusação de ter desrespeitado as regras militares por matar civis desarmados.
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Luiza Dantas/CZN
RETRATO FALADO
Ricky Tavares comemora a popularidade do Rodrigo de Malhação
Por Clarissa González PopTevê
Bordões bizarros do tipo "ter ou não ter, eis a questão" e "cavalo bravo não se olha os dentes" se tornaram a marca registrada do Rodrigo de "Malhação – ID". Sempre que sai às ruas, Ricky Tavares, intérprete do rapaz, ouve alguma das "pérolas" proferidas por seu personagem. Tanta repercussão tem surpreendido o jovem, que apesar de não ser novato na tevê, nunca havia experimentado a fama nestas proporções. "É incrível! Logo que comecei a fazer a novela, eu nem tinha muitas falas e as pessoas já me paravam na rua", surpreende-se. Conforme a história foi avançando, porém, passou a ter cada vez mais texto para decorar e fãs para atender. "É por isso Nome: Marcílio Henrique Tavares Gonçalves. "O Ricky vem de Henrique e Tavares é meu primeiro sobrenome. Na verdade, Ricky Tavares é como a galerinha me chama". Nascimento: 28 de agosto de 1991, em Brasília. Na tevê: "'Jornal Nacional' e 'Fantástico'". Ao que não assiste na tevê: "Programas que passam domingo muito tarde porque segunda eu tenho de acordar às seis da manhã". Nas horas livres: "Saio com os amigos. E também com companheiros de 'Malhação', como o Erich Pelitz. Ele é meu parceiro!". No cinema: "Curto animação e filmes de ação". Música: "Gosto de hip-hop e MPB". Livro: "Fortaleza Digital", de Dan Brown. Prato predileto: "Adoro massa e estrogonofe". Pior presente: "Pô, nunca ganhei um presente que
que quero estudar e me aprimorar cada vez mais", indica o ator, que estreou na tevê como o Pit de "Promessas de Amor", produzida pela Record em 2009. Brasiliense radicado no Rio de Janeiro, Ricky, que é sobrinho do autor Tiago Santiago e irmão da atriz Juliana Xavier, trata de se acostumar à fama que a novela "teen" lhe deu. Afinal, sua família "é do meio", como ele mesmo diz. "Mas isso não quer dizer que não tenha tido de ralar e fazer um monte de testes como qualquer um", frisa. Atualmente cursando o terceiro ano do Ensino Médio, Ricky divide seu tempo entre o colégio, as gravações da novela e outras atividades, como o cursinho de Inglês e a auto-escola. "Twitteiro" de carteirinha, usa a rede social para dar atenção às fãs e contar curiosidades sobre o que acontece nos bastidores de "Malhação – ID". "Já tenho 63 mil seguidores", gaba-se.
não gostasse". O melhor do guarda-roupa: "Calça jeans, bermuda quadriculada e camiseta regata". Perfume: "Hugo Boss". Homem bonito: Brad Pitt. Mulher bonita: Juliana Paes. Cantor: Jason Mraz. Cantora: Maria Gadú. Ator: Lima Duarte. Atriz: Fernanda Montenegro. Animal de Estimação: "Adoro os da minha irmã: a Marie, uma cachorrinha maltesa, e o Leo, um gatinho". Escritor: Dan Brown. Arma de sedução: "O olhar". Programa de índio: "Sair para passear com chuva". Melhor viagem: "Para Petrópolis com a minha tia".
Sinônimo de elegância: "Meu primo, Tiago Santiago". Melhor notícia: "Quando me chamaram para interpretar o Rodrigo". Inveja: "Não tenho inveja de ninguém. Cada um tem o que tem porque conquistou". Ira: "Falsidade e mentira. Odeio". Gula: Macarronada. Cobiça: "O que realmente cobiço é estar com as pessoas que eu gosto. Gostaria de ter minha família sempre pertinho". Luxúria: "Um carro potente". Preguiça: "De acordar cedo". Vaidade: "Cuido do corpo, da aparência". Mania: "Ficar brincando com essas carteiras que, quando você vira, parece que o dinheiro mudou de lado". Filosofia de vida: "Viver cada momento como se fosse único".
Jornal da TV 12
O JORNA L JORNAL Domingo, 4 de abril de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: jornaltv@ojornal-al.com.br