OJORNAL 04/07/2010

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O JORNA L Maceió, domingo, 4 de julho de 2010 | Ano XVI | Nº 180 | www.ojornalweb.com

Segurança foi tema dominante em convenções partidárias Segurança Pública. Este foi o tema que dominou os discursos de candidatos a cargos nas eleições deste ano nas convenções partidárias. O assunto deve ser um dos mais importantes nesta campanha eleitoral. Página A3

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ALAGOAS

R$ 2,00

SEM DOCUMENTOS

Enchentes arrastaram um cartório e danificaram 12

Além de vidas e casas das cidades ribeirinhas, os rios Mundaú e Paraíba arrastaram parte da histó-

ria documental dos municípios. Um cartório foi arrastado e 12, danificados. Muitas pessoas per-

deram os documentos pessoais e, mesmo vivas, não podem comprovar existência. Casas, terre-

nos, sítios e fazendas fica- ser organizado nos próram sem localização, ex- ximos dias para docutensão, limites e sem do- mentar tudo novamente. nos. Um mutirão deve Páginas A9, A10 e A11

Procon vai cadastrar os consumidores do “Não Perturbe” O alagoano poderá entrar numa lista para não receber ligações de telemarketing, com a sanção de lei estadual. A legislação é uma tendência nacional e tenta barrar excessos das empresas que vendem por telefone. Página A25

TV

Os cartórios que não foram arrastados pelas águas tiveram documentos danificados, e muitas escrituras de casas, sítios e fazendas vão precisar ser refeitas

Ajuda para quem precisa recomeçar Além de roupas, comida e abrigo, muita gente que perdeu as casas com as enchentes precisa de algo mais: atendimento psicológico. O choque pós-trauma pode trazer sérias consequências para quem perdeu tudo. Páginas A14, A15 e A16

Na Mundaú, sururu some com águas sujas

Cléo Pires volta à telinha na nova novela da Globo

Dois Discípulos do Seu Fernando

MARÉS 02h36.................................................................. 0.8 08h45.................................................................. 1.7 15h06.................................................................. 0.8 21h28.................................................................. 1.6

As águas sujas do rio Mundaú desaguaram na lagoa e comprometeram a pesca do sururu. Molusco de grande sensibilidade às condições da água, ele sente qualquer alteração e, quando não morre, perde nutrientes. Página A17

Nas cidades destruídas pelas águas dos rios, cuidar do psicológico de quem perdeu tudo tornou-se uma tarefa obrigatória

Copa

2010

Luís Felipe Scolari está bem cotado para assumir a seleção Depois da eliminação da seleção brasileira da Copa, Dunga já avisou que não vai continuar como treinador. Por isso, a CBF já começa a avaliar nomes para definir o substituto. Luís Felipe Scolari é hoje o mais cotado para assumir o cargo, mas Mano Menezes, Leonardo e Vanderlei Luxemburgo também estão no páreo. A Confederação espera fechar a questão até o próximo dia 13. Suplemento

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O JORNAL

Política A2

Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br

CARTILHA A Associação Nacional de Jornais (ANJ) lançou uma cartilha em que orienta seus associados na cobertura das eleições. As informações são do portal Comunique-se, especializado em notícias sobre meios de comunicação. O guia trata de pesquisas eleitorais, proporcionalidade entre os candidatos, direito de resposta, denúncias, colunista candidato, propaganda eleitoral, entre outros temas. De acordo com a ANJ, os jornais podem manifestar seu apoio a candidatos em editoriais, desde que a conduta não configure abuso do poder econômico. A cartilha também diz que os veículos devem dar tratamento equilibrado para os candidatos com a mesma projeção eleitoral. Além de orientar a atuação dos impressos, o guia explica o que pode e não deve ser feito no meio online. A cartilha também fala das regras para a propaganda eleitoral, liberada na imprensa escrita a partir do dia 6 de julho.

DIPLOMA... O Mato Grosso do Sul tornou obrigatória a exigência de diploma de Jornalismo para atuar na área nos órgãos públicos do Estado. A Lei Estadual 3.923, publicada na edição da última quinta-feira do Diário Oficial do MS, vale para o Executivo e o Legislativo do Estado (prefeituras, governo, câmaras municipais e Assembleia Legislativa). A proposta foi apresentada em fevereiro deste ano, pelo deputado Pedro Teruel (PT), em parceria com o Sindicato de Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor/MS). As informações também são do portal Comunique-se.

... DE JORNALISTA O deputado defende que a lei irá beneficiar os órgãos públicos e os jornalistas com a contratação de profissionais capacitados. De acordo com a nova lei, a graduação específica em Jornalismo será exigida em concursos, seleções simples e qualquer outro processo para contratação de jornalistas. A aprovação do texto segue uma tendência que começou em Maceió, com proposta semelhante da vereadora Tereza Nelma (PSB), no âmbito da prefeitura da capital alagoana e da Câmara Municipal. Além do Mato Grosso do Sul, outro Estado que já conta com a obrigatoriedade do diploma para jornalista é o do Rio Grande do Sul.

TECNOLOGIA SOCIAL Estão abertas, até o dia 16 de agosto, para educadores de todo o país, as inscrições para participar do segundo Concurso Aprender e Ensinar Tecnologia Social, promovido pela Revista Fórum e pela Fundação Banco do Brasil. Serão selecionados cinco professores como vencedores do concurso. Cada um receberá uma passagem para o Fórum Social Mundial de 2011, em Dacar, no Senegal, onde participarão de uma atividade para apresentar suas propostas. Para se inscrever, o professor deve acessar o site www.revistaforum.com.br/ts até 16 de agosto e relatar uma proposta de atividade de difusão de tecnologias sociais. Até agora mais de 1000 candidatos inscreveram-se.

AGENDA O candidato a governador da Frente Popular, Ronaldo Lessa, tem agenda neste domingo, no interior do Estado. Às 10 horas da manhã, no povoado de Piau, em Piranhas, ele se reúne com trabalhadores rurais, na sede do Sindicato da categoria. Às 13 horas segue para Inhapi, onde tem encontro com pequenos e médios comerciantes e trabalhadores rurais do município.

PASSAGEM DE ÔNIBUS Estudos realizados em dezembro de 2009 pelo Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, indicaram uma tarifa técnica no valor R$ 2,15 para os serviços prestados pelas empresas que fazem parte do sistema urbano de transportes do município de Maceió, que deveria ter entrado em vigência em 1º de janeiro de 2010. Mas o prefeito Cícero Almeida (PP) determinou que fosse considerado apenas R$ 2,10 e, mesmo assim, após um prazo de seis meses. A nova tarifa, de R$ 2,10, estará valendo a partir de amanhã, dia 5 de julho.

SÓ LEMBRANDO... A Fecomércio Alagoas realiza uma série de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado, de 12 a 16 de julho, no auditório do Sesc, no bairro do Poço. O sorteio que definirá a ordem das entrevistas acontecerá na sede da Fecomércio, no Farol, na próxima terça-feira, quando as atas das candidaturas já terão sido entregues ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A Fecomércio Alagoas avisa que os candidatos poderão filmar suas respectivas entrevistas e utilizar as imagens no guia eleitoral, que terá início no próximo dia 6. Não será possível filmar a entrevista dos adversários.

DIRETAS A derrota da seleção brasileira de futebol frente ao time da Holanda na Copa do Mundo possui um reflexo direto no país, além, claro, da tristeza por parte da torcida. É que os “meio feriados” que aconteciam durante os dias de jogos do scratch canarinho também acabaram. Hoje é a data limite para a entrega das atas das convenções partidárias ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Surpresas à vista...

Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br

Registro de candidaturas deve ser feito até as 19 horas de amanhã Em Alagoas, candidatos e partidos devem procurar o prédio-sede do TRE Da Editoria de Política, com Agência Brasil

Quem pretende disputar cargos eletivos no Legislativo e no Executivo nas eleições deste ano têm até as 19 horas de amanhã para se registrar na Justiça Eleitoral. É o que está estabelecido no calendário aprovado pelo pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em Alagoas, os candidatos e partidos precisam procurar o prédio-sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), próximo à praça Sinimbu, Centro. Para isso, é preciso atender a alguns requisitos, preencher dois formulários e juntar vários documentos. Segundo o TSE, para concorrer a tais cargos, os candidatos precisam ser brasileiros, ter pleno exercício de seus direitos políticos, registrar a candidatura no mesmo lugar de seu domicílio eleitoral, ter idade mí-

nima entre 21 e 35 anos - con- da e impressa em papel fotoforme a vaga a que irá concor- gráfico fosco ou brilhante. A rer -, filiação partidária e alis- Justiça Eleitoral exige certitamento eleitoral. dões da Justiça Federal, da Todos esses requisitos são Estadual (ambas de 1º e 2º informados no Formulário de graus) e dos tribunais comRequerimento de Registro de petentes, para quem Candidatura (RRC) que tem foro privilegiadeve ser preenchido do.Entre os que pree encaminhado ao tendem concorrer à Tribunal Superior Presidência da RePrazo está Eleitoral, no caso de pública, Marina Silquem concorre à disposto no va, do PV, foi a priPresidência da Remeira a registrar calendário pública, e Regional candidatura no TSE. aprovado Eleitoral nos demais Ela e o candidato a casos. Além do forvice, Guilherme Lepelo mulário preenchido, al, fizeram o regisplenário exige-se a apresentatro ontem. do TSE ção de uma lista de Segundo o líder sete documentos, aldo governo na Câguns deles repetidos mara, Cândido Vacem vias impressas e carezza (PT-SP), a burocradigitalizadas. cia pode tomar um bom temÉ o caso da fotografia do po do candidato. “Felizmente, candidato, em formato 5x7 os candidatos que dispõem sem moldura, frontal e em de um motorista, ou de um preto e branco, frontal, que auxiliar, não precisam ficar deve ser entregue digitaliza- quase duas horas esperando

para fazer o registro da sua candidatura. É muita burocracia”, disse ele. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), que vai para a nona disputa eleitoral, diz que a Lei da Ficha Limpa trouxe poucas exigências novas em relação à burocracia que, segundo ele, “sempre existiu”. “Eu não gosto da burocracia, mas nunca me queixei particularmente desta. Em eleição eu me preocupo é com o voto, e não com os papéis.” Ele informou que quem cuida do registro dos candidatos tucanos do Amazonas é o secretário-geral do partido no estado. Os interessados em conferir a lista completa de documentos exigidos pode consultar a Resolução 23.221, que dispõe sobre a escolha e o registro de candidatos nas eleições de 2010, no site do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.jus.br).

Presidente do TRE pediu atas na quinta Além dos documentos dos candidatos, também há exigências para os partidos aos quais os postulantes dos cargos eletivos em disputa são filiados. Um dos principais é a ata das convenções partidárias. Neste documento, constam as decisões, tomadas nas convenções dos partidos, sobre candidaturas e sobre coligações com outras siglas. Nos últimos dias, as atas ganharam, em Alagoas, destaque no noticiário. É que o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Estácio Luiz Gama de Lima, encaminhou aos partidos ofício com recomendação na qual solicitava a apresentação, até a última quintafeira, das atas das convenções. Apesar da data-limite para a realização das convenções partidárias ter se encerrado na última quarta-feira, 30 de junho, prazo para a entrega das atas ao TRE, de acordo com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral se encerra em 5 de julho - ou seja, amanhã. TRANSPARÊNCIA - Mas, com o objetivo de evitar alterações ou novas negociações partidárias pós-convenções, o magistrado resolveu fazer a recomendação. Estácio Gama explicou que o TRE de Goiás fez recomendação semelhante. “Fizemos uma recomendação, para que fosse dignificada a convenção, para dar mais transparência. Tivemos informações de que as atas eram feitas no dia em que deveriam ser entregues ao TRE”, disse Gama a O JORNAL, na última sexta-feira. “Não haverá punições. O que queremos é dar transparência ao processo eleitoral”, explicou. Apenas cinco partidos levaram as atas das convenções ao tribunal: PTB, do senador e candidato ao governo Fernando Collor; PSL; PHS; PSOL, do candidato a governador Mário Agra e da candidata a senadora Heloísa Helena, e PCB, do candidato a governador Tony Clóvis e do candidato a senador Diógenes Paes. Destes, apenas o PSOL apresentou o pedido de registro de candidaturas. O partidos da coligação que homologaram como candidatos ao governo Ronaldo Lessa (PDT) e Teotonio Vilela Filho (PSDB), que disputa a reeleição este ano, informaram que entregarão as atas, ao mesmo tempo fazendo os registros das candidaturas, amanhã, no final da tarde.

Movimentação na sede do TRE deve ser intensa amanhã, data-limite para registro de candidaturas

Lei estabelece proibições desde ontem ALei das Eleições (9.504/97), em seu artigo 73, proibiu os agentes públicos de realizarem várias ações desde ontem. É que, agora, faltam menos de três meses para as eleições gerais deste ano. De acordo com a lei, algumas condutas poderiam afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos, por isso, a partir desta data, não po-

de haver, por exemplo, transferência voluntária de recursos da União aos estados e municípios e os agentes estão proibidos de contratar shows artísticos com recursos públicos para inaugurações. Já os candidatos a qualquer cargo não podem comparecer a inaugurações de obras públicas. Essa norma é uma novida-

de trazida pela Lei 12.034/09 (minirreforma eleitoral). Aregra anterior proibia apenas a presença de candidatos aos cargos do Poder Executivo. As informações são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apratica de alguma das condutas proibidas pela lei sujeita o infrator a multa de cinco a cem mil ufirs. Confira as proibições:

O QUE DIZ A LEI DAS ELEIÇÕES RECURSOS - Desde o último sábado, é proibido realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e municípios, e dos Estados aos municípios, sob pena de nulidade, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para execução de obra ou de serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública – como é o caso das enchentes provocadas por fortes chuvas que, recentemente, atingiram municípios de Alagoas e Pernambuco. SERVIDORES E CON CURSOS - Desde ontem até a posse dos eleitos, os agentes públicos não podem- nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir

sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito. No entanto, nesse período pode ser realizado concurso público e pode haver a nomeação dos aprovados em concursos homologados até 3 de julho. Também é permitida a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança e a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República. PRONUNCIAMENTO E PUBLICIDADE - Também a

partir do dia 3, os agentes públicos cujos cargos estarão em disputa não podem fazer pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão. A única exceção para pronunciamento é no caso de, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo. Esses agentes também não podem autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral. No entanto, pode ser realizada propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado.

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Política

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Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com

PRAZO FATAL Apenas o PTB do senador Fernando Collor, candidato ao governo do Estado, atendeu ao apelo do presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Estácio Gama, e entregou a ata da convenção antes do prazo fatal – que é amanhã, segunda-feira, 5. Ainda assim, tratou-se da ata da chapa majoritária, que tem Collor para governador e o vereador Galba Novaes como vice. Até amanhã muita coisa pode acontecer, especialmente, na chapa situacionista, onde o conflito de interesse pela disputa proporcional é maior. Daí, antes do preto no branco, ou seja, da ata ser entregue ao TRE, tudo até agora é especulação. Muita gente vai mudar de idéia até o prazo fatal para entrega da ata. Quem desejava disputar uma vaga na Câmara Federal, vai aparecer na ata como candidato à Assembléia Legislativa. Só para não perder a viagem.

NÃO DEU

ALFINETE

O senador Fernando Collor (PTB) queria cercar o eleitorado de Maceió bem cercado, com a chapa majoritária composta por vereadores de peso. Mas, a vereadora Rosinha da Adefal (PTdoB) foi convencida a disputar a eleição proporcional.

A vereadora Teresa Nelma (PSB), que levou o partido em nível municipal à convenção do candidato a governador Ronaldo Lessa (PDT), deu a estocado sutil. “Eu não sou conhecida como Teresa da Pestallozi” – disse e é verdade.

QUEM SOU? Já a vereadora Rosinha não tem sobrenome, ou melhor, o sobrenome dela é Adefal – que é família eleitoralmente importante.

RASTEIRA

NO LÁPIS

O ex-deputado federal João Caldas (PSDB) continua reagindo à inclusão do nome do deputado estadual Artur Lira (PP) como candidato à Câmara Federal.

Na disputa proporcional, mais importante que ter votos é saber com quem se coliga. São nove vagas para a Câmara Federal e Caldas sabe que a chapa do governo elege três.

Segurança dominou discurso de candidatos durante convenções Collor, João Lyra e Renan foram os que mais enfocaram o assunto Yvette Moura

Alexandre H. Lino Repórter

A semana que passou foi marcada pelo fechamento das convenções que definiram os candidatos para as eleições deste ano, bem como com a definição daquele que será um dos mais importantes - se não for o principal - tema da campanha deste ano: Segurança Pública. Após as duras palavras do senador Fernando Collor (PTB), que, durante o lançamento de sua candidatura ao governo, prometeu colocar para correr os “bandidecos” que estão em Alagoas, as outras candidaturas sentiram que o tema estava pautado na eleição. Ele de cara prometeu reduzir a violência e devolver a paz, especialmente aos jovens. Collor teve suas palavras reforçadas pelo empresário João Lyra (PTB), candidato a deputado federal, que defendeu o retorno da tranqüilidade do cidadão alagoano como um dos bens mais importantes que precisam ser resgatados após esta eleição. Durante a convenção, João Lyra também colocou a geração de empregos como uma das prioridades na elaboração de um bom plano de governo para qualquer chapa que deseje disputar a eleição em Alagoas. O assunto certamente consumirá grande parte do tempo destinado aos partidos no horário eleitoral gratuito no rádio e televisão. Até porque o ex-gover-

Banco arrombado no interior: segurança foi assunto em convenções

nador Ronaldo Lessa (PDT), que também está na disputa pelo Palácio República dos Palmares, foi ácido quando culpou o atual governo pela escalada da violência em Alagoas. Para ele, a falta de uma política bem definida para o assunto deixou a situação fora do controle. Na convenção, Lessa desqualificou as estratégias utilizadas até agora. Outro candidato que foi duro ao tocar no assunto foi o senador Renan Calheiros (PMDB), que

apontou que o governo federal até disponibilizou recursos para o governo estadual, mas a falta de organização e prioridade fez com que verbas fossem devolvidas pelo desuso. Ele também apontou a explosão da criminalidade como um dos principais problemas a ser combatido pelo futuro governo. Calheiros ainda é critico ao funcionamento do Pronasci em Alagoas, que, para ele, é subutilizado pelos tucanos. Por enquanto, o governador

Teotonio Vilela apenas se defende das críticas e aponta a necessidade da participação social. Como essa é a área mais delicada – e criticada – do governo, Vilela utilizou seu discurso na convenção para falar que “Alagoas está melhor”, mas preferiu não priorizar o discurso, que ficou bem mais focado aos indicadores econômicos de sua gestão. O tucano evitou citar números, mas constantemente aponta, em entrevistas, que ampliou o número de viaturas e não fez ingerências políticas na pasta. Fernando Collor foi o mais incisivo nas críticas durante as convenções. Ele deixou claro que os programas convencionais de governo não são suficientes para discutir o assunto. O tema será amplamente abordado. “Não basta a preocupação e o sentimento de carência, existe a necessidade de se gerenciar o problema”, disse, deixando claro que deve “escalar” um profissional de peso para ficar a frente dessas questões caso seja eleito. Já entre os aliados do governador, o assunto, que é dos mais delicados, nunca é apontado como prioridade. O candidato ao Senado, Benedito de Lira (PP), utilizou o tempo de discurso para reforçar seu trabalho parlamentar na captação de recursos federais com os ministérios do governo Lula, deixando de lado as promessas para redução da violência e melhoria da segurança pública em Alagoas.

BEM NA FOTOGRAFIA A oposição deve eleger seis federais: João Lyra, Célia Rocha, Olavo Calheiros e Joaquim Beltrão já estão certos.

DIVISÃO

TELÚRICO

Nove municípios detêm a metade do eleitorado em Alagoas. São eles: Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Penedo, São Miguel dos Campos,Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia, Coruripe e Matriz do Camaragibe.A outra metade está com os 93 municípios restantes.

O governador Téo Vilela trouxe um marqueteiro de São Paulo, o marqueteiro do senador Fernando Collor é ele mesmo e o candidato Ronaldo Lessa disputa o governo do Estado com um marqueteiro da terra – que é seu fiel assessor de imprensa desde a época de prefeito de Maceió.

PEDRA NOVENTA O jornalista Joaldo Cavalcante é o marqueteiro de Lessa e já foi cobiçado pelo governador Téo Vilela, com quem chegou a se reunir. Mas,Joaldo recusou o convite.

INDIANA 1

INDIANA 2

A Polícia Rodoviária Federal orientou o padre Sizo para levar no máximo 120 romeiros, a pé, para Juazeiro-CE. E mandou dividi-los em duas colunas de 60 romeiros, que andarão nas margens das rodovias federais que irão atravessar até chegar ao Sertão do Carriri.

Essa é a terceira de uma séria de dez viagens a pé, que o padre Sizo fez pedindo proteção ao padre Cícero Romão Batista contra o bispo de Palmeira dos Índios, dom Decênio – que quer lhe tomar o Santuário de Santa Terezinha , que foi construído pelo padre em Mata Grande.

Força Nacional já foi convocada para conter violência no Estado

Situação de AL está entre as piores do Brasil Atualmente Alagoas amarga alguns dos piores indicadores quando o assunto é Segurança Pública. Por exemplo, é apontado como o sexto Estado mais violento do país em um relatório produzido pelo Ministério da Saúde sobre o número de assassinatos. Nesta pesquisa, Maceió é apontada como a capital com mais risco de morte no Brasil. O que mais chama a atenção

nos dados é que, em dez anos, Alagoas saltou de 14º no ranking nacional de homicídios (1997) para o primeiro lugar, em 2007. Apesquisa leva em conta dados do Data SUS. Já para o IBGE, o Estado é o segundo mais violento para os jovens, perdendo apenas para Pernambuco. Com um aumento de 19% em número de homicídios quando os dados são com-

parados aos dos anos 2000. Em Alagoas, a taxa passou de 89,7 para 151,9 homicídios por 100 mil jovens. Outras pesquisas também potencializam os indicadores negativos para homens, jovens e negros, além de apontar o Estado como o mais perigoso para homossexuais e o segundo mais violento em conflitos no campo. Aestatística apenas confirma o que já se sente na prática. No

ano passado, mais de duas mil pessoas foram assassinadas. Nos últimos quatro anos, a Força Nacional permaneceu pelo menos cinco meses no Estado, uma delas por causa da greve da Polícia Civil, mas a passagem dela por Alagoas foi polêmica: casos de tortura e excesso policial foram denunciados na Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil. (A.H.L.)

MÁQUINA DO TEMPO Igual ao padre Cícero, que foi perseguido pelo bispo de Fortaleza, o padre Sizo foi denunciado por práticas messiânicas e exploração de indulgências. A romaria dele parte amanhã, 5, para o Juazeiro.

ELEMENTO TERRA O problema é que o Santuário de Santa Terezinha, em Mata Grande, foi construído nas terras da família do padre Sizo.

EXPRESSAS A saúde pública em Penedo continua o caos. Os R$ 200 mil prometidos pelo governo do Estado à Secretaria Municipal de Saúde não foram liberados. A explicação para o atraso na liberação dos R$ 200 mil à saúde municipal em Penedo, é que o município está incluído na Gestão Plena de Saúde. A recuperação da malha ferroviária de Alagoas vai demorar e a Transnordestina Logística espera ser aquinhoada com recursos financeiros federal.

Sá Rocha, o primeiro secretário de Defesa Social do atual governo...

... foi substituído em 2008 por Paulo Rubim, que continua no cargo

Políticas públicas não se mostraram suficientes Na última semana, após três anos e meio de protestos, o governo convocou mil aprovados no concurso público da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros realizado em 2006. A chamada reserva técnica foi nomeada após a necessidade de mais homens para o trabalho no resgate e reconstrução dos municípios atingidos pelas enchentes. Apromessa do governador, na campanha

anterior, era a convocação de mil militares a cada ano de governo, portanto, ficou bem distante da realidade. Nem mesmo a criação de uma secretaria especializada na “cultura da paz” foi suficiente para combater a escalada da violência. Criada no ano passado, a pasta mal apareceu com políticas públicas e ficou mesmo com cara de “cabide político”, como defi-

nem os adversários do atual governo. Para se ter uma ideia da situação, a Sepaz nem bem gere a política de governo no combate às drogas, que ficou a cargo de entidades e grupos sociais de tratamento de dependentes químicos. Em três anos e meio foram dois secretários de Defesa Social: o general Sá Rocha e o delegado Paulo Rubim - que está no cargo

desde 2008, com a entrega do cargo pelo antecessor em um momento onde a violência foi tamanha que o governo federal precisou mandar a Força Nacional como apoio para conter o caos. Nesse período também passaram três comandantes da Polícia Militar, dois diretores-gerais de Polícia Civil, dois intendentes penitenciários e dois comandantes do Corpo de Bombeiros. (A.H.L.)

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Política

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DEDUÇÃO DE IR

Deputados querem ampliar formas Propostas são rejeitadas pela Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados por falta de previsão orçamentária Da Editoria de Política, com Agência Câmara

Várias propostas tramitam na Câmara dos Deputados com o objetivo de ampliar as deduções para o cálculo do Imposto de Renda devido por pessoas físicas. Mas não só o Legislativo está se empenhando para reduzir a carga tributária sobre a renda: o próprio Ministério Público e os contribuintes, por intermédio

da Justiça, questionam a limitação para a dedução de despesas com educação e a proibição da dedução de medicamentos, óculos e aparelhos de surdez. Também há quem discuta a impossibilidade de dedução de gastos com nutricionistas, enquanto outros profissionais, como os psicólogos, são permitidos. Na Câmara, os projetos de lei em tramitação atacam praticamente todos os problemas ci-

tados pelos contribuintes e ainda incluem outras despesas. É o caso do PL 5138/09, do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que busca a dedução das despesas com enfermeiros que atendem em residências. O deputado cita que o tribunal administrativo da Receita, o chamado Conselho de Contribuintes, tem aceitado a dedução em casos específicos. Também há proposta de dedução de despesas com segurança (PL

4712/2009) e com instrução de não dependentes (PL 6973/2010). PREVISÃO - Normalmente, os projetos sobre o tema são rejeitados pela Comissão de Finanças e Tributação, por falta de previsão orçamentária. É o caso do PL3018/04, que trata da dedução de despesas com medicamentos. Hoje, a Receita só permite a dedução de remédios incluídos em contas hospitalares, o que é

considerado um contrassenso pelo professor de Finanças Públicas da UnB Roberto Piscitelli. “Quando serviços públicos de saúde não fornecem medicamentos de uso contínuo, a pessoa tem de arcar com o ônus. A legislação está muito restritiva”, diz. Para o presidente da Comissão de Finanças e Tributação, deputado Pepe Vargas (PT-RS), a apresentação de projetos sobre

novas deduções do Imposto de Renda não é a melhor forma de atacar o problema. “O deputado pode fazer uma indicação ao Poder Executivo. Outra forma é o parlamentar ser o patrocinador do debate na Casa, ocupar os espaços regimentais no Plenário, nas comissões. Ele pode propor a realização de audiências públicas para debater o assunto e trazer as partes interessadas”, afirma o parlamentar.

Sete Medidas Provisórias trancam pauta do plenário

Deputado Júlio Delgado apresentou proposta para deduzir despesas com enfermeiros que atendem em residências

“A Câmara tem que se posicionar” O deputado Guilherme Campos (DEM-SP), também integrante da Comissão de Finanças e Tributação, discorda. Para ele, quem tem de dar a última palavra é o Congresso. “A Receita quer ser sempre a dona da verdade. A Câmara tem que se posicionar em favor da sociedade”, defende. Também na opinião da advogada especializada em tributação Elisabeth Libertucci, o melhor caminho é alterar a legislação, porque as decisões judiciais

acabam ficando muito pulverizadas. “Essas demandas acabam acontecendo no varejo e sem grandes repercussões, por isso o caminho judicial não é o mais apropriado”, aponta. JUSTIÇA FISCAL - Alguns técnicos argumentam que, ao abrir as possibilidades de dedução, o sistema se tornará mais complexo, facilitando as fraudes. Mas, para Roberto Piscitelli, a simplificação não é garantia de justiça. “Muitas vezes a simplificação

não vai na mesma direção da justiça fiscal, por exemplo, da justiça tributária. Necessariamente, se eu quero aplicar de forma mais restrita o princípio da justiça fiscal, eu tenho que ter um tratamento mais complexo”, coloca. Piscitelli defende a criação de mais alíquotas na tabela do Imposto de Renda. Segundo ele, embora a alíquota máxima, de 27,5%, não seja tão alta, ela acaba se tornando pesada porque as chances de dedução são pequenas.

O plenário da Câmara dos Deputados começa o mês de julho com a pauta das sessões ordinárias trancada por sete medidas provisórias. Entre elas, destaca-se a MP 484/2010, que prevê a transferência de R$ 800 milhões a 11 estados no âmbito do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio, criado pela própria MP. Essa MP também libera outros R$ 800 milhões como ajuda emergencial para todos os estados brasileiros, devido à queda de receita provocada pela crise econômica. Adistribuição segue os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE). POLICIAIS - A pauta das sessões extraordinárias ainda não está definida, mas o presidente Michel Temer (PMDBSP) poderá incluir matérias como a proposta de emenda à Constituição (PEC) 446/2009, que cria um piso salarial para os policiais e bombeiros dos Estados. A votação depende de um acordo a ser fechado entre o governo e os representantes da categoria, que já aceitaram excluir do texto os valores de um piso provisório até a regulamentação definitiva por meio de lei.

PRÉ-SAL - Até março deste ano, os projetos do pré-sal foram votados apenas em sessões ordinárias com pauta destrancada. Se essa regra continuar valendo, o texto que retorna do Senado com a regulamentação do pré-sal (PL 5940/2009) só poderá ser analisado quando a pauta estiver livre. Porém, há a possibilidade de uma nova interpretação da Presidência da Casa sobre as regras de trancamento da pauta por MPs, o que já é contestado pela oposição. Originalmente, o PL 5940/2009 apenas criava um fundo para aplicar recursos do pré-sal em projetos sociais, mas os senadores incluíram no projeto todo o texto que regulamenta a exploração do petróleo do pré-sal e as novas regras de rateio dos royalties. BRASIL 2016 - Também estão na pauta das sessões ordinárias duas MPs sobre a organização das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. A primeira delas (488/2010) cria a empresa Brasil 2016, para prestar serviços de elaboração e revisão de estudos e projetos relacionados às Olimpíadas. A segunda (489/2010) autoriza a União a participar da

Autoridade Pública Olímpica (APO), que coordenará as ações governamentais dirigidas aos Jogos. Participarão ainda do consórcio os governos do estado e do município do Rio de Janeiro. OUTRAS MPS - As outras MPs que trancam os trabalhos são: 483/2010, que dá status de ministérios a quatro secretarias especiais vinculadas à Presidência da República; 485/2010, que abre crédito extraordinário para o Ministério da Educação, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, no valor global de R$ 1,6 bilhão; 486/2010, abre crédito extraordinário para órgãos do Poder Executivo, no valor total de R$ 1,4 bilhão; e 487/2010, a qual amplia o limite de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinados à compra e produção de bens de capital e à inovação tecnológica. COMISSÃO - O plenário também escolherá, em eleição marcada para a próxima terçafeira, os integrantes da Câmara que vão compor a comissão representativa do Congresso Nacional, responsável por atuar em nome da Casa durante o período do recesso parlamentar.

Código Florestal: reforma Ministros abrem evento começa a ser discutida internacional sobre drogas A comissão especial criada na Câmara dos Deputados para analisar os projetos que alteram o Código Florestal (Lei 4.771/65) começa a discutir o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoBSP) amanhã, às 9 horas da manhã, no plenário 2 da Casa. O debate prossegue na terça-feira, no mesmo horário, seguido da votação do parecer. Apresentado no início de junho, o relatório retira a obrigatoriedade de reserva para as pequenas propriedades conservarem a biodiversidade e exclui os topos de morro das Áreas de

Preservação Permanente (APPs), entre outras modificações. Polêmica, a reforma no Código Florestal é defendida pela bancada ruralista e criticada por entidades ambientalistas e pelo Ministério Público, por considerarem um retrocesso na proteção ambiental. Um dos pontos mais discutidos é a ampliação da autonomia dada aos Estados para legislar sobre meio ambiente. O texto do relator delega a estados e municípios a prerrogativa de fixar os limites de APPs e reservas legais. MOBILIZAÇÃO - As duas

reuniões serão acompanhadas por cerca de 600 produtores rurais que chegarão em Brasília na próxima segunda-feira. Promovida pelas frentes parlamentares da Agropecuária (FPA) e do Cooperativismo (Frencoop), a mobilização quer chamar atenção para os problemas enfrentados pelos produtores e defender a necessidade de aprovação do relatório. Os debates da comissão especial serão transmitidos ao vivo pela WebCâmara e também poderão ser acompanhados no plenário 1, onde será disponibilizado um telão.

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados realiza, entre os dias 5 e 6 de julho, no auditório Nereu Ramos, seminário internacional com o tema “Políticas sobre Drogas”. Para falar sobre as ações do governo na área, três ministros farão a palestra de abertura, a partir das 10 horas da manhã de amanhã: José Gomes Temporão (Saúde), Jorge Armando Felix (Segurança Institucional) e Márcia Helena Carvalho Lopes (Desenvolvimento Social e Combate à Fome). O evento, proposto pelo deputado Vieira da Cunha (PDTRS), prossegue na tarde de segunda com a participação de especialistas internacionais, que apresentarão políticas adotadas em outros países como Portugal, Holanda, Itália e Argentina. Na terça-feira, às 9h30 da manhã, será debatido o “plano de enfrentamento ao crack” com a secretária-adjunta da Secretaria

Deputado Vieira da Cunha destaca papel do Congresso na problemática

Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), Paulina Duarte, o secretário-executivo do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania do Ministério da Justiça (Pronasci), Ronaldo Teixeira, e o coordenador do Programa de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro

Gabriel Godinho Delgado. PAPEL - Vieira da Cunha ressalta o papel do Congresso na elaboração de políticas públicas que tornem eficiente a atuação do Estado no combate ao narcotráfico e na prevenção e tratamento de usuários. “O modelo brasileiro de combate às drogas foi, por décadas, centrado na repressão. É dever do Estado instituir programas destinados ao tratamento de usuários, dependentes e familiares, contemplando a recuperação e a reinserção social”, afirma. Para o parlamentar, é urgente a necessidade de uma política de enfrentamento ao consumo de drogas com alto potencial de dependência, especialmente o crack. “É uma droga nova e agressiva, de baixo custo e muito acessível”, destaca o parlamentar.

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Rigor com motoristas vai aumentar Anteprojeto do novo Código de Trânsito será votado em subcomissão da Câmara na próxima terça-feira Congresso em Foco A proposta de reforma do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) endurece a chamada Lei Seca, aumenta as penas para quem comete crime no trânsito e praticamente dobra o valor das multas aplicadas ao motorista brasileiro. O anteprojeto, que está pronto para ser votado na próxima terçafeira numa subcomissão da Câmara, inclui o homicídio culposo (sem intenção) e institui a figura das “direções homicida e suicida” no Código e prevê prisão até em regime fechado para quem for pego dirigindo embriagado. Entre outras medidas, a proposta prevê “tolerância zero” para o álcool na direção. Atualmente, a concentração permitida por lei é de seis decigramas de álcool por litro de sangue. O relatório do deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR) elimina esse índice e considera embriaguez o consumo de qualquer quantidade de bebida alcoólica. O texto estabelece, ainda, que o juiz poderá usar outros meios de prova para incriminar o motorista infrator, como vídeos, fotos, testemunhas e laudos, caso ele se recuse a fazer o teste do bafômetro ou o exame de sangue. “É preciso criar provas paralelas para incriminar o motorista infrator”, defende o deputado. Muitos motoristas se valem do direito de não produzir provas contra si e deixam de fazer o teste do bafômetro, ressalta o peemedebista.

MULTA E RECLUSÃO - A reforma no Código de Trânsito em análise pelos deputados também mexe com o bolso do motorista, ao estabelecer um reajuste de até 89,94% no valor das multas. Caso a proposta venha a ser aprovada, os valores das multas de trânsito passarão a ser de R$ 363,80 (para as infrações gravíssimas); R$ 242,53 (grave); R$ 161,69 (média) e R$ 101,05 (leve). Esses valores podem ser agravados em até cinco vezes, podendo atingir o valor máximo de R$ 1.819,00. Marcelo Almeida admite que o Congresso resistirá a aprovar, num ano eleitoral, um reajuste significativo das multas. Mas ele afirma que vai insistir na proposta. “O país tem multas muito leves”, avalia. O relator diz que muitas localidades estão deixando de multar porque o custo da aplicação da multa, muitas vezes, supera seu próprio valor. A proposta de mudança na legislação de trânsito também atinge o Código Penal. O relatório determina que o motorista que dirigir “sob a influência de álcool ou de substância psicoativa que determine dependência” poderá ter de cumprir a pena de reclusão, que varia de seis meses a três anos. Atualmente, essa pena é de detenção. A diferença é que, enquanto na reclusão o sistema de cumprimento da pena mais grave é o fechado; na detenção, o regime semiaberto é o mais severo. Em outro ponto, a proposta tipifica o crime de homicídio culposo no trânsito (quando não há a intenção de

Proposta reúne 178 projetos de lei A proposta de reforma do Código de Trânsito está sendo discutida desde abril de 2009 numa subcomissão especial da Comissão de Viação e Transportes, da Câmara. A subcomissão especial da Reforma do Código de Trânsito reuniu mais de 170 projetos de lei com a finalidade modificar a legislação. Os projetos com parecer pela aprovação foram inseridos em um anteprojeto de lei, anexado ao relatório, propondo a alteração de 78 artigos e acrescentando 18 novos dispositivos ao Código. Além de aumentar o rigor com os motoristas, a proposta estabelece outras mudanças como restrição para propaganda de veículos e retirada da responsabilidade do condutor pelo não uso do cinto de segurança por parte do passageiro. “A cultura de não usar cinto é grande em ônibus e vans”, explica o parlamentar, queixandose do desconforto do acessório. Para ele, não é justo penalizar o condutor pelo erro dos passageiros. O deputado diz que

costuma retirar a proteção para dormir sempre que viaja em ônibus intermunicipais. Outra sugestão encampada por Marcelo Almeida permite que o adolescente de 17 anos dê início ao processo para tirar a permissão três meses antes de completar 18 anos. Nesse período, ele poderá fazer exames teóricos de direção e de primeiros-socorros, mas continuará proibido de ter aulas ao volante. A proposta também prevê o arquivamento sumário da multa que não tiver sido aplicado até dois anos após o auto de infração e prevê efeito suspensivo os processos administrativos, impedindo a pontuação na carteira até o final da demanda, mecanismo inexistente hoje. Caso seja aprovado pela subcomissão da Reforma do Código de Trânsito, o anteprojeto será analisado pela Comissão de Viação e Transportes. O projeto de lei também terá de ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça antes de chegar ao plenário.

pifica o crime de direção homicida-suicida: quando o condutor dirige com “temeridade manifesta e desapreço consciente à vida alheia”. A pena prevista é de três a dez anos de reclusão, além da suspensão ou proibição de se obter a habilitação para dirigir. “Estamos levando o Código de Trânsito para dentro do Código Penal”, resume Marcelo Almeida. Na avaliação do deputado, é preciso endurecer a legislação e intensificar a educação para reduzir os índices que dão ao Brasil o quinto lugar no ranking mundial de mortes no trânsito. Para ele, as atuais multas aplicadas no trânsito brasileiro são muito baixas e, somadas à falta de fiscalização, encorajam os motoristas a continuarem cometendo infrações. “É preciso manter o caráter de desestímulo às infrações ao Código”, defende. Entre outras mudanças, ele propõe o aumento da punição para quem participa de rachas. Se aprovado, o fator multiplicador da multa passará de três para cinco vezes. Todos os anos, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 35 mil brasileiros perdem a vida em acidentes de trânsito. A maior parte dos acidentes é provocada por imperícia dos condutores. Relator Marcelo Almeida pede “tolerância zero” para álcool na direção

matar). A pena prevista é de quatro a 12 anos de reclusão, combinada com a suspensão ou proibição de dirigir caso o motorista tenha praticado o crime sob influência de bebi-

da alcoólica ou outra droga, participando de racha ou transitando em velocidade superior a 50 km/h à máxima permitida. O anteprojeto também ti-

LEI SECA - O relator observa que mesmo a Lei Seca (11.705/08), em vigor há dois anos, não tem produzido os efeitos esperados. De acordo com a norma, comete crime quem dirige apresentando seis

decigramas ou mais de álcool por litro de sangue. Com fiscalização intensificada nas proximidades de bares em diversas cidades, a lei gerou polêmica, protesto e mudança de hábito por parte de alguns motoristas. Durante os primeiros 12 meses da Lei Seca, o Ministério da Saúde detectou uma redução de 2,3 mil mortes em relação ao mesmo período anterior. Mas de lá pra cá, ressalta o deputado, a fiscalização afrouxou e os motoristas voltaram a dirigir após ingerirem bebida alcoólica. O resultado, avalia, é que os números de mortalidade no trânsito estão voltando em 2010 aos mesmos patamares verificados antes da nova lei. O relator da reforma do Código de Trânsito avalia que os problemas da área podem ser resolvidos por meio de duas medidas. A primeira é usar parte do dinheiro público usado para o superávit primário (economia que o governo faz para pagar juros da dívida) para campanhas educativas e blitze ostensivas. “O remédio é muito fácil e barato, mas o Brasil não faz”, afirma. Além disso, o parlamentar critica a política do governo de baratear carros e motos. Com isso, explica, o aumento de veículos nas ruas e estradas brasileiras provoca o aumento nos acidentes. “A rápida motorização, que é a relação de carros por habitantes, nos tornou uma China, uma Índia”, critica. “O cidadão no interior do Paraná não tem mais cavalo. Tem moto”, observa.

Confira o que pode mudar no Código de Trânsito MULTAS: REAJUSTE DE ATÉ 89% O anteprojeto reajusta em 89,94% nos valores das multas com base no IPCA desde a extinção da Ufir. Desse modo, os valores das multas de trânsito passarão a ser de R$ 363,80, R$ 242,53, R$ 161,69 e R$ 101,05, para as infrações de natureza gravíssima, grave, média e leve, respectivamente. Esses valores podem ser agravados em até 5 vezes, podendo atingir o valor máximo de R$ 1.819,00. O relator argumenta que, com o passar dos anos, os condutores perceberam que os valores impostos não mais desestimulavam condutas, hoje tidas como simples, por causa do baixo valor, como, por exemplo, estacionar de forma irregular. A proposta em discussão no Congresso considera arquivado o auto de infração que, no prazo de dois anos, não tiver a penalidade de multa aplicada. A lei atual determina que será arquivado o auto de infração que for considerado irregular ou inconsistente ou que não for expedida a notificação da autuação no prazo de 30 dias. O prazo de defesa da multa passa a constar de forma expressa na notificação da autuação. A proposta prevê efeito suspensivo na fase de recurso administrativo contra a autoridade que impôs a penalidade, permitindo ao motorista efetuar o licenciamento do veículo e impedir a anotação da pontuação na carteira até o final do processo. Segundo o relator, a medida garante o direito constitucional à ampla defesa e impõe aos processos administrativos maior celeridade. O anteprojeto também acaba com a possibilidade de prorrogação do prazo de 30 dias para análise dos recursos contra decisão das Juntas Administrativas de Recursos de Infrações (JARIs). PENAS MAIS DURAS PARA CRIME NO TRÂNSITO A proposta inclui o homicídio culposo no Código de Trânsito. Prevê pena de reclusão (em regime fechado, semi-aberto ou aberto), de 4 a 12 anos, e suspensão ou proibição de se obter permissão ou habilitação para dirigir se o motorista estiver: sob influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência; participando de racha; ou transitando em velocidade superior a 50 km/h à máxima permitida para a via. O texto endurece penalidade de suspensão ou proibição de se obter permissão ou habilitação para motoristas envolvidos em crimes de trânsito: a duração mínima da penalidade passa de dois meses para dois anos. A punição máxima continua a ser de cinco anos. O anteprojeto dá ao juiz nova possibilidade de suspender a habilitação na fase de investigação ou ação penal. O juiz poderá tomar a deci-

são quando houver comprovação de que houve prática de crimes contra a pessoa, ameaça ou vias de fato motivadas por ocorrência no trânsito. Mantém-se a hipótese de suspensão da carteira em caso de necessidade de ordem pública, prevista no atual Código. O atual Código não define prazo na lei para a entrega da carteira de habilitação nos casos de suspensão do direito de dirigir. A proposta dá prazo de 30 dias para a entrega do documento. Quem não entregar nesse período responderá pelo crime de desobediência. Muda a definição de racha e aumenta o fator multiplicador da multa de três para cinco vezes. Pelo atual Código, participar de racha é “disputar corrida por espírito de emulação”. Pela proposta, passa a ser “disputar corrida ou participar, como condutor, de competição esportiva, exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a vida”.

bilidade de saída breve”, acrescenta. A proposta inclui novos meios de prova do crime. O juiz poderá verificar outros meios de prova, como testemunhas, exame de reflexos, vídeos, fotos etc. Para comprovar a direção embriagada, continuam válidos o bafômetro e o exame de sangue. Inclui novo tipo de crime. Define como direção homicida/suicida “dirigir com temeridade manifesta e desapreço consciente à vida alheia”. Pena: reclusão, de três a dez anos, suspensão ou proibição de se obter permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor e multa. Se da conduta resultar morte de terceiro, o motorista estará sujeito ao disposto no artigo 121 (homicídio doloso consumo, isto é, com intenção de matar) do Código Penal. Quando não houver risco concreto a terceiros, a pena de reclusão será reduzida à metade. Exemplo desse tipo de conduta: motorista que dirige na contramão de modo consciente. MEDIDAS DE SEGURANÇA

LEI SECA: ÁLCOOL ZERO E RECLUSÃO O anteprojeto retira o índice de seis decigramas do texto da lei, tornando a mera conduta de dirigir embriagado o suficiente para se caracterizar a infração. Define como crime dirigir sob influência de álcool ou substância psicoativa que causa dependência. Em ambos os casos, o consumo tem de implicar na exposição a dano potencial a incolumidade do condutor ou de terceiros. O relator diz que o limite atual (6 decigramas de álcool por litro de sangue) restringe a atuação da Justiça. “Uma vez que os juízes, ao constatarem a falta do índice exigido no atual caput do art. 306 do CTB, extinguem os processos criminais sem julgamento do mérito, mesmo diante de outras provas que evidenciem a embriaguez, revertendo em sensação de impunidade para a população e o estímulo à reincidência das condutas”, diz o deputado. A proposta de reforma do Código de Trânsito substitui a pena de detenção (regime semi-aberto ou aberto) pela de reclusão (regime fechado, semiaberto ou aberto) para quem dirigir embriagado. Mantém o período de punição: de seis meses a três anos. Também são mantidas a suspensão e a proibição de se obter permissão ou habilitação como formas de punição. “A reclusão é uma pena mais rígida, que vale para regimes fechados nos quais a periculosidade do preso é evidente, ou seja, crimes mais graves para os quais a possibilidade de saída do preso é restringida”, justifica o relator. “A detenção, por outro lado, corresponde a regimes de semi-liberdade nos quais os crimes são mais brandos e o preso aguarda uma possi-

Mantém a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança para todos os passageiros. Mas tira a responsabilidade do motorista pelo não uso do cinto por parte de seus passageiros. A alteração não é válida para o transporte de crianças não acompanhadas dos responsáveis. O anteprojeto reduz a idade para a abertura do processo de permissão para dirigir. Permite que o jovem comece os exames de aptidão física e mental, sobre legislação de trânsito e de noções de primeiros socorros até 90 dias antes de ele completar 18 anos. No caso dos veículos sujeitos a “recall”, a liberação do certificado de licenciamento anual será condicionada à comprovação, por parte do proprietário, de que o serviço foi realmente realizado. O relator argumenta que cerca de um terço dos carros defeituosos não é levado às concessionárias para a realização dos reparos necessários. RESTRIÇÃO EM PROPAGANDA E MUDANÇA NO SEMÁFORO O anteprojeto veda publicidade que induza ao excesso de velocidade com veículos, desrespeito à sinalização, aos pedestres e às normas de trânsito. Hoje não há esse tipo de restrição. A proposta prevê a inclusão de figuras geométricas nos focos dos semáforos. Entidades de trânsito terão até dois anos para adequar os semáforos às necessidades das pessoas daltônicas. Os semáforos passarão a ter uma figura específica para cada cor: quadrado, para o vermelho; triângulo, para o amarelo, e um círculo para o verde.

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A classificação dos resíduos sólidos “São classificados conforme os riscos potenciais ao meio ambiente” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

Tenho de uma forma insistente escrito sobre este tema, visto que evidencio rotineiramente problemas relacionados com os resíduos sólidos urbanos de nossa cidade, em que pese os esforços que são direcionados pelo poder público municipal em equacioná-los. O grande passo foi dado com o encerramento do lixão e a entrada em operação da Central de Tratamento de Resíduos de Maceió. De acordo com o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, velhas e sem valor. Já a Associação de Normas Técnicas – ABNT – define o lixo como os “restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendose apresentar no estado sólido, semi-sólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional. Normalmente os autores de publicações sobre resíduos sólidos se utilizam indistintamente dos termos “lixo” e “resíduos sólidos” para todo material sólido ou semi-sólido indesejável e que necessita ser removido por ter sido considerado inútil por quem o descarta em qualquer recipiente destinado a este ato. Há de se destacar, no entanto, a relatividade da característica inservível do lixo, pois aquilo que já não apresenta nenhuma serventia para quem o descarta, para outro pode se tornar matériaprima para um novo produto ou processo. Nesse sentido, a ideia do reaproveitamento do lixo é um convite à reflexão do próprio conceito clássico de resíduos sólidos. É como se o lixo pudesse ser conceituado como tal somente quando da inexistência de mais alguém para reivindicar uma nova utilização dos elementos então descartados. Existem várias maneiras de se classificar os resíduos sólidos, as mais comuns são quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente e quanto à natureza ou origem. De acordo com a norma 10.004 da ABNT, os resíduos sólidos são classificados conforme os riscos potenciais ao meio ambiente: Classe I - Resíduos Perigosos: são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade; Classe II - Resíduos não perigosos - Classe II A - Resíduos Não-inertes: são os resíduos que não apresentam periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico; Classe II B - Resíduos Inertes: são aqueles que, ao serem submetidos aos testes de solubilização (NBR-10.007 da ABNT), não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito lentamente). Estão nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações. É importante ressaltar que o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos depende de um conjunto de ações técnicas/operacionais que objetivam reduzir na fonte, acondicionar, coletar e transportar, tratar e dispor corretamente os resíduos gerados em um município, e quando a disposição final for considerada dentro de um adequado plano de gerenciamento integrado de resíduos, haverá um grande impacto positivo, uma vez que a mesma proporciona a sua correta destinação. Portanto, se faz necessário o engajamento da população, mas antes de tudo dos grandes geradores resíduos, no sentido de que se cumpram as normas técnicas de separação, acondicionamento e transporte das diversas classes dos resíduos, evitando com isto a ocorrência de problemas de ordem operacional na disposição final.

Águas de junho “As coisas vão acontecendo: jogo das circunstâncias, entrechoques de interesses” Marcial Lima Professor

Em 14 de março de 1969, às três da madrugada, São José da Laje foi tomada de assalto pelo rio Canhoto. Mais de mil mortes, 1.284 casas destruídas. Carlos Geraldo Dâmaso (Cacau) trouxenos a notícia, dirigindo-se ao Quartel do Exército. Com amigos da Faculdade de Medicina, fomos em socorro às vítimas. Megafone à mão e jeep da Polícia Militar de apoio, percorremos os bairros de Maceió colhendo donativos. A sociedade, comovida, contribuía. Quarenta e um anos depois, a tragédia se repete. Uma rede de solidariedade capilariza a dor. A sociedade, outra vez comovida, evidencia empatia e compaixão. E como o momento é propício, outros “espíritos solidários” movem-se com rapidez, ávidos por visibilidade; no entanto, a imprensa nacional opina que esta não foi a primeira nem será a última vez: medidas proativas continuam ausentes. O barulho tonitruante das águas do Mundaú e a emotividade abafam o rumor tênue, mas, de igual forma terrível, de uma situação mundial de pobreza que, a cada ano, mata 10 milhões de crianças e 8 milhões de adultos. Em um recorte dessa realidade, os que nos socorrem se espantam com a indigência de grande parcela dos alagoanos. “Fazer o quê? É a vontade de Deus”, são frases que se repetem. Será que essa atitude vem confirmar nossos “males de origem”, reforçando nossa incapacidade de agir coletivamente, de assumirmos as rédeas de nosso destino? Na Independência, “as coisas foram simplesmente acontecendo: jogo das circunstâncias, entrechoques de interesses”. A Proclamação “o povo assistiu sem saber o que significava. Acreditavam estar vendo uma parada militar”. “O populismo e o personalismo alimentam a esperança messiânica da espera do milagre, da vinda de um herói que resolva nossos problemas”. A Associação dos Geógrafos evidencia que, já em 1963, Manoel Correia de Andrade, no livro A Terra e o Homem do Nordeste, alertava para as mazelas resultantes da ocupação da Zona da Mata de PE e AL, que passaram a se constituir em um espaço de confinamento da pobreza e da degradação das relações sociais. A Sudene, após o desastre de 69, realizou um plano de prevenção, mas a descontinuidade administrativa fez ouvidos moucos. Razão, portanto, para Djalma Cremonese, citando Robert Putnam, professor de Políticas Públicas de Harvard: as pessoas que se unem em associações têm maior consciência política e mais competência cívica subjetiva, exigindo mais eficácia dos atos de governo. No entanto, quando nos defrontamos com um semelhante prestes a morrer afogado, seria contrassenso querer ensiná-lo a nadar. É mergulhar e prestar o socorro que nos é possível.

A desclassificação precoce do Brasil na Copa da África do Sul, assim como aconteceu em 2006, precisa de culpados. Naquela edição, a festa feita em torno do “melhor time do mundo” terminou desequilibrando os jogadores, que passaram a se preocupar muito mais com suas vidas badaladas do que com o futebol dentro de campo. Não havia compromisso com a “amarelinha”. É sempre bom lembrar que Ronaldo chegou à seleção com mais de 100 kg ou que Ronaldinho Gaúcho e Adriano cabulavam treinos para ir a boates na Alemanha. Para resgatar nossa identidade como o melhor do mundo, o capitão do Tetra foi convocado. Dunga foi valorizado, ganhou espaço e moral. Começou a mandar, impor seus métodos e desenhar seu próprio estilo dentro de campo. Conseguiu êxitos e ganhou ainda mais força com os cartolas. Talvez, tantos elogios tenham prejudicado a visibilidade estratégica do técnico, que preferiu levar um time limitado, mas disci-

plinado do que arriscar com craques e revelações como o excelente meia santista Paulo Henrique Ganso. O que se viu daí por diante pode ser resumido com o que se acompanhou dentro de campo na última sexta-feira, no jogo contra a Holanda. Um time de jogadas previsíveis, emocionalmente instável e com poucas opções no banco de reservas. Fora isso, o brilho cada vez mais ofuscado daqueles que se apresentavam como os craques da Copa, como Kaká, Robinho e Luís Fabiano – que na prática amarelaram no jogo decisivo. É claro que Felipe Melo e Dunga também são os principais culpados com a derrota. O primeiro por ser desequilibrado e o segundo por ter colecionado erros desde a convocação até o momento da eliminação. No entanto, por trás dele está Ricardo Teixeira – que com mãos de ferro se perpetuou no comando da CBF e nunca aparecerá como um dos responsáveis pelo nosso fiasco.

Ponto de vista

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O STF e a tortura “O mais importante, no caso, não seria a condenação concreta, mas sim a condenação como postulado ético” João Baptista Herkenhoff Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha e escritor / jbherkenhoff@uol.com.br / www.jbherkenhoff.com.br Dois fatos levam-me a escolher o tema da tortura para este nosso artigo. O primeiro é o filme Tropa de Elite, do diretor José Padilha, a que só agora pude assistir, não obstante lançado em 2007. A película gira em torno da luta diuturna da polícia contra os traficantes de droga. No espectador desprevenido pode ficar a impressão de que Tropa de Elite legitima a tortura quando em algumas situações esse recurso parece ser o único meio possível para desvendar e reprimir o tráfico de drogas. Numa análise mais profunda, que tive o cuidado de fazer, não me pareceu que o filme defenda o uso da tortura, mesmo em hipóteses extremas. O segundo fato, bastante recente, é a decisão do Supremo Tribunal Federal que, por maioria, entendeu terem sido abrigadas pela lei de anistia todas aquelas pessoas que, durante o regime de exceção instaurado em 1964, torturaram opositores do regime. Cingiu-se o Supremo a uma interpretacão textual da lei de anistia, fundamentando seu entendimento no princípio da segurança jurídica que estaria ameaçado se, por via da interpretação judicial, fosse dada dimensão restrita ao leque dos anistiados, deixando ao desamparo da anistia os torturadores. Parece-me que, neste caso, a razão esteve com a minoria, ou seja com os dois ministros derrotados no seu entendimento: Ayres Britto e Ricardo Lewandovski. Entenderam esses magistrados que a tortura é crime comum, não é crime político, daí que não foi abrangido pela anistia. Na prática, a decisão do STF, que tivesse posto a tortura fora da anistia, provavelmente não levaria nenhum torturador do antigo regime para a prisão, dado o decurso de tempo. A morte já alcançou alguns dos implicados nessa prática abjeta. Outros, ainda vivos, já estão idosos. O processo, a sentença, os recursos, o julgamento dos recursos, todo esse ritual, que não pode ser desprezado, tornaria inviável uma condenação. Mas, a meu ver, o mais importante, no caso, não seria a condenação concreta, mas sim a condenação como postulado ético. O que fica, da lamentável decisão do mais alto tribunal do país, é a ideia de que a tortura é crime político e por isso os praticantes da tortura foram anistiados Na verdade, e isto deve ser proclamado com todas as forças, em homenagem ao Brasil de amanhã – a tortura não é crime político. Nenhuma razão política, nenhum credo, nenhuma causa justifica ou autoriza a tortura. A tortura é um crime contra a humanidade, é sempre um

escárnio à dignidade humana. Fere o torturado e degrada o torturador. A Declaração Universal dos Direitos Humanos repudia, de forma absoluta, a tortura: “Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante”. Observe-se o uso do pronome ”ninguém“, no texto. O mesmo pronome de significado total é utilizado nas diversas línguas em que a Declaração Universal é proclamada. A tolerância para com a tortura jogaria por terra toda a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Trava-se nos dias de hoje uma luta universal contra a prática da tortura que, lamentavelmente, não é uma violação da dignidade humana perdida nas brumas do passado. No âmbito das Nações Unidas, são passos extremamente relevantes: a Convenção das Nações Unidas contra a Tortura; as Regras mínimas para o tratamento dos reclusos; a Declaração sobre princípios fundamentais de Justiça para as vítimas de delitos e do abuso de poder. Também no seio da sociedade civil é ampla a luta contra a tortura. Em 1974, funda-se na França a ACAT - Ação dos Cristãos pela Abolição da Tortura. Esta associação reúne católicos, ortodoxos e protestantes. Em nome do Evangelho, seus filiados lutam pelos Direitos Humanos em geral, mas muito especialmente pela abolição da tortura em todo o orbe terráqueo. No Brasil, inúmeros grupos de Direitos Humanos têm tido extrema sensibilidade para com o problema da tortura, inclusive a seção brasileira da ACAT. A tortura política acabou no país, com a queda da ditadura. Mas a tortura contra o preso comum é prática diuturna nas delegacias, cadeias e prisões em geral. Centros de Defesa de Direitos Humanos, Comissões de Justiça e Paz, Conselhos Seccionais e Comissões de Direitos Humanos das OABs, Pastorais Carcerárias têm vigilado e denunciado com veemência a prática da tortura nos presídios. Dentre os grupos que lutam contra a tortura existe um que faz da abolição da tortura a sua razão de ser. É o grupo “Tortura Nunca Mais”. Apesar dos fatos dramáticos que a imprensa registra, relatando frequentemente casos de tortura, o crescimento da consciência da dignidade humana e da cidadania tem felizmente marcado o cotidiano da vida brasileira. É assim que vemos, com esperança, o eco, em nosso país, do grande grito de Justiça, Paz e Humanismo: “Tortura Nunca Mais”.

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Olegário Venceslau Poeta, acadêmico de Direito e membro do CEN/AL

A figura de Pedro Teixeira de Vasconcelos (19162000) dispensa apresentações aos que conhecem a cultura de nosso povo. O velho guerreiro não utilizava as mãos apenas como meio de transmitir seus ensinamentos. A prática, o incentivo, foram além das palavras. O filho de Seu Au, (Aureliano Teixeira de Vasconcelos) da Chã Preta, carregou consigo a paixão pelas mais belas tradições de nossa terra. Não obstante todos os grupos folclóricos criados por ele, desde o pastoril, passando por guerreiros, maracatus, baianas, negras da costa e reisado, o destino reservou-lhe algo mais. A genética folclórica herdada por ele é algo visceral, que o acompanhou desde Chã Preta aos mais longínquos recônditos deste país. Suas apresentações nos palcos do Festival Nacional de Folclore, em Olímpia/ São Paulo e palestras ministradas, em universidades da América Latina e Europa lhe renderam o título de mestre da cultura. Seu nome perpetuará nos anais da história as vezes que se observar os hinos dos municípios de Chã Preta, Quebrangulo, Santa Luzia do Norte e verem a epígrafe de Pedro como seu compositor. Pedro partiu na certeza de dever cumprido, como homem que honrou sua terra e lutou para preservar sua maior riqueza – a cultura de seu povo. Galgou os píncaros da glória, seu nome é reverenciado pelo Brasil, ao lado de grandes vultos do folclore popular: Luís da Câmara Cascudo, Roger Bastides, Théo Brandão, Mario de Andrade, Pierre Verger. O folclore alagoano ficou de luto. Os atabaques, agogôs, xequerês emudeceram em reverencia à memória de seu grande mestre. Alagoas perde para sempre o poeta genial, que cantou em prosa e verso as mais legítimas e incontestes manifestações nascidas no âmago do povo. A sua Princesa dos Montes, tão exaltada em suas obras, agora recebe em seu seio o seu filho mais ilustre. Sobre a morte de Pedro Teixeira, brilhantemente escreve um de seus mais fiéis discípulos, professor Ranilson França de Souza: “Partiu o último remanescente da escola de Viçosa”. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br

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Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: nacional@ojornal-al.com.br

Brasil quer mapear os pré-diabéticos Cresccimento da doença, formas de prevenção e tratamento são debatidos em conferência latino-americana IG O exame que mede a taxa de açúcar no sangue – chamada de glicemia – e a resistência à insulina são os dois pontos que definem se uma pessoa tem ou não diabetes. Mas existe um grupo que apresenta taxas glicêmicas normais e ainda assim vive muito próximo do risco de desenvol-

ver a doença. São os chamados pré-diabéticos, parcela ainda invisível nas estatísticas brasileiras mas que já desperta preocupação nos especialistas do mundo todo. “Costumo dizer que existem quatro fatores que se comportam como meninos bagunceiros de bairros. Se um deles aparece, o outro está próximo, já está lá sem ninguém ver ou está pres-

tes a chegar”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Saulo Cavalcanti da Silva, referindo-se ao diabetes, à hipertensão, à obesidade e ao histórico familiar da doença. O avanço da doença e tratamento estão sendo discutidos na Conferência Latino-Americana do Diabetes, que começou na quarta-feira em Salvador, na Bahia, e termina neste domingo

Com o aumento galopante do diabetes, da pressão alta e da obesidade, é consenso entre as autoridades de saúde que o número de pré diabéticos também cresceu. Identificá-los, avalia o Ministério da Saúde, é conseguir elaborar políticas de saúde preventivas mais assertivas, capazes de evitar internações, doenças cardiovasculares e mortes. De forma inédita, um plano para mapear

Tratar é 167 vezes mais caro do que educar Ficar sem comer doce é o que Dilza Nascimento do Carmo, de 47 anos, menos sente falta hoje. A vida de restrições imposta pelo diabetes tipo 2, descoberto há 26 anos, sempre se mostrou complicada, mas as coisas conseguiram piorar há três meses. “A doença tira pedaço mesmo”, afirma, exibindo o curativo no pé direito. Dilza está nas estatísticas de portadores da doença metabólica que devido às complicações precisam amputar parte dos membros inferiores, circunstância chamada de pé diabético. Dilza também está entre os numerosos pacientes que poderiam ter custado bem mais barato ao Sistema Único de Saúde (SUS), se a política educativa em prevenção fosse mais efetiva. “O impacto econômico do diabetes é impressionante”, afirmou o professor Pierre Lefébvre, presidente da Federação Internacional do Diabetes (WDF), durante sua apresentação na Conferência Latinoamericana para o Diabetes. A entidade colocou na ponta do lápis as diferenças em valores

Atitudes simples podem evitar complicações sérias”, diz. Dilza, por exemplo, não poderia ter usado chinelo de dedo, que provocou uma ferida que nunca mais fechou. Ela também não poderia ter andado descalça. Isso lhe custou o polegar do pé direito. “O jeito é me conformar agora.”

Dilza Nascimento precisou amputar o dedão do pé por causa do diabetes

dos programas educativos, das amputações e dos tratamentos ligados ao diabetes. O custo educacional é de 3 dólares por paciente. “Já o tratamento da complicação chega a 400 dólares. A amputação, sem incluir os valores das próteses, é de 500 dólares”, completou Anil Kapur, diretor da WDF. A diferença de 167 vezes nos valores dispensados marcou a história de Dilza e de inúmeros pacientes do Brasil, afirma o cirurgião vascular do

Centro de Diabetes da Bahia (Cedeba), Cícero Fidélis. “Ainda não sabemos os reais motivos, mas em alguns pacientes o diabetes se manifesta de forma mais severa, compromete os nervos, diminiui a sensibilidade e o processo de cicatrização. Isso pode evoluir para feridas graves, que gangrenam e exigem uma amputação”, afirma o especilista. “Como não sabemos quais pacientes terão a manifestação mais grave da doença, é necessário orientar a todos.

EDUCAÇÃO NA PRÁTICA - Por receber inúmeros pacientes como Dilza, outros tantos que precisam fazer hemodiálise e um sem número que ficam internados por complicações metabólicas, o Cedeba da Bahia saiu a campo, em 2006, com o desafio de transformar informação em mudança de atitude na população. “Fizemos jogos didáticos para os analfabetos, brincadeiras para as crianças, jogos mais radicais para os adolescentes e os adultos”, conta a presidente do Cedeba Reine Marie Chaves Fonseca. A análise comparativa antes e depois do treinamento mostrou uma redução de 63% das internações por diabetes e de 41% das amputações de pés diabéticos.

este grupo de risco foi traçado. “Existe um questionário muito simples, criado pelo governo finlandês, que aplicado em uma parte da população consegue indicar os que têm maior risco de desenvolver diabetes”, afirmou Rosa Sampaio Vila Nova de Carvalho, coordenadora de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde, em entrevista ao iG na conferência .

“Nossa ideia é adaptar as perguntas e a pontuação à realidade brasileira (processo chamado de tradução cultural) e utilizar o nosso exército de agentes comunitários para aplicar esta metodologia. Já tivemos um projeto piloto no Ceará que se mostrou muito eficiente. Vamos ver se até o final do ano conseguimos expandir esta proposta a todo País”.

Ceará pesquisa moradores de Tauá Com um investimento de R$ 10 mil, o governo do Ceará conseguiu pesquisar toda a população com mais de 30 anos, moradora de uma cidade chamada Tauá. De casa em casa, os agentes de saúde visitaram as famílias, aplicaram o questionário e identificaram a parcela de 13% de pré-diabéticos, isso em uma cidade de menor porte do que os grandes centros urbanos – como São Paulo, Salvador, Fortaleza, Rio de Janeiro e Porto Alegre – onde já é sabido que “moram” os maiores índices de doenças crônicas. “Os agentes são treinados para aplicar o questionário, medir e pesar todas as pessoas com mais de 35 anos. Eles fazem a triagem e os encaminhamentos”, afirma a médica endocrinologista, Adriana Forti, coordenadora do Centro Integrado de Diabetes do governo do Ceará. “Os que mais pontuaram na escala de risco são encaminhados para centros especializados de tratamento. Os que estão com pontuação média são orientados a fazer o controle de forma mais intensa e os que pontuaram

menos devem continuar com a rotina médica normal. É simples, barato e efetivo”. IMPORTÂNCIA - É consenso entre os especialistas que esta parcela da população prédiabética precisa de cuidados contínuos para não terminar nas estatísticas de doentes crônicos. “Mesmo quem não está com diabetes, mas está a caminho de desenvolver a doença já convive com prejuízos, como veias em processo de entupimento, frequência cardíaca alterada, com possibilidades de sofrer algum mal mais sério”, alerta o presidente da SBD. Por isso, define o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Ricardo Meirelles, o nome pré-diabético não pode ser encarado como os últimos momentos aproveitados para a pessoa abusar dos doces, gorduras e do sossego do sedentarismo. “Já é preciso promover uma virada nos hábitos, seguir uma alimentação saudável e uma rotina de exercícios físicos, porque a evolução negativa é contínua e gradual”, explica.

Conferência debate tipos de tratamento Ao mesmo tempo em que o Brasil se prepara para identificar os pré-diabéticos, correm as discussões sobre qual é o melhor tratamento para este grupo. Em países desenvolvidos, que já contabilizaram uma em cada cinco pessoas como pré diabéticas, as pesquisas mostram duas tendências de intervenção. Uma delas defende que apenas a mudança de postura é suficiente para proteger este grupo de risco. Dois estudos internacionais apresentados na conferência latinoamericana mostram que a redução de 7% do peso e a adoção de uma dieta saudável é capaz de melhorar em 58% a condição dos pré-diabéticos, afirmou Griffin Rodgers, diretor do Instituto Nacional do Diabetes e Doença Digestiva, entidade responsável por financiar projetos in-

ternacionais de combate à doença. Já uma outra corrente de médicos, em especial os que atuam nos Estados Unidos, acredita que a melhor opção é já fornecer medicamentos antidiabéticos para o grupo que ainda nem desenvolveu a doença. “Eu não sou favorável a esta opção. Medicalizar parece mais simples do que mudar de hábito, mas a longo prazo a segunda alternativa é mais efetiva”, avalia Rosa Sampaio, do Ministério da Saúde brasileiro. Já o presidente da SBD, Saulo Silva, defende o outro lado da moeda. “A minha avaliação é de que o medicamento, principalmente a metformina, já pode ser usado para o pré-diabético. É efetiva, barata e com pouco efeito colateral”.

Doença aumenta risco de tuberculose Nos anos 80, a explosão do vírus HIV fez crescer também os casos de tuberculose. Na época, os especialistas atestaram que a aids facilitava o aparecimento do grave problema pulmonar. As autoridades de saúde agora estão em alerta máximo porque descobriram que a bactéria que adoece os pulmões também caminha de mãos dadas com uma outra doença ainda mais epidêmica: o diabetes, presente em 15% da população brasileira. A associação entre as duas doenças, uma transmissível e a outra crônica, começou a ser pesquisada na China e na Índia, dois países que simultaneamente assistiram o crescimento expressivo de portadores de diabetes e tuberculosos. O diretor da Fundação Internacional do Diabetes, Anil Kapur, afirmou que a dupla diabetes/tuberculose foi confirmada em quase todos os países América Latina e em nações em desenvolvimento, justamente os campeões de cres-

cimento da doença metabólica, como mostrou o último Atlas mundial. “Fizemos um trabalho de pesquisa, publicado no final do ano passado que confirmou a presença do diabetes como fator que aumenta em três vezes o risco de desenvolver tuberculose”, afirmou Anil Kapur. “Os especialistas em saúde precisam encontrar estratégias eficazes de prevenir e tratar as duas doenças em parceria, porque sabemos que a tuberculose dificulta o controle dos índices glicêmicos. E os índices glicêmicos descontrolados atrapalham o tratamento da tuberculose. É um ciclo sem fim”. Os grandes nomes da saúde pública alertaram que a parceria entre doenças crônicas e doenças infecciosas é o grande desafio atual. Roger Glass, diretor do Instituto Nacional de Saúde (NIH) afirmou que há uma associação entre diabetes e vários outros problemas, que vão desde o câncer até infecções mais simples.

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Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: internacional@ojornal-al.com.br

Cartéis ameaçam eleições mexicanas Governadores de 12 dos 31 estados do México serão eleitos neste domingo; pleito é teste para Felipe Calderon CIDADE DO MÉXICO — O México renova neste domingo o governo de quase metade dos estados, numa eleição já manchada de sangue pelas mortes atribuídas aos cartéis das drogas, e a dois anos de uma presidencial com grande risco para o poder atual. A eleição dos governadores de 12 dos 31 estados do país constitui um teste para o presidente Felipe Calderon e seu Partido da Ação Nacional (PAN, conservador), já derrotados nas legislativas de 2009 pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI, centro-esquerda), que fez seu grande retorno. O PRI, no poder no México de 1928 a dezembro de 2000 antes de ceder o lugar ao PAN, e que já possui 10 dos 12 governos a serem renovados no domingo, é o favorito da presidencial, para a qual Calderon está impedido de participar pela Constituição. A sombra dos cartéis da droga paira sobre a campanha eleitoral. A influência deles, principalmente nas eleições mexicanas e nos meios políticos em geral, é denunciada há muito tempo, mas nunca foi tão sangrenta quanto agora. A imagem da Colômbia se impõe - lá, os cartéis assassinaram três candidatos à presidência em 1990. No dia 28 de junho, foi assassinado Rodolfo Torre, candida-

to do PRI e favorito para o cargo de governador de Tamaulipas, fronteira com o estado americano do Texas. Ele foi morto junto com quatro colaboradores. Dois prefeitos e um candidato a uma prefeitura foram assassinados desde fevereiro em Tamaulipas e no estado de Chihuahua, também na fronteira com os Estados Unidos. “Essas mortes são uma advertência dos cartéis aos partidos políticos, assim como aos eleitores como forma a orientar seus votos; mas também para o presidente Calderon que os desafiou elevando a luta contra o ‘crime organizado’ como prioridade nacional desde sua chegada ao poder em dezembro de 2006”, estimou um diplomata estrangeiro no México que preferiu não ter o nome revelado. Calderon também é alvo da oposição que denuncia o fracasso da sua estratégia contra os cartéis: 23 mil mortes foram registradas desde dezembro de 2006, apesar da participação de 50 mil militares no reforço policial, e os traficantes nunca foram tão ameaçadores. A eleição de domingo irá revelar a confiança do país nessa política, julgou o diplomata. “Vai haver uma abstenção elevada, sobretudo nas regiões de forte presença do crime organizado”, prognosticou por sua vez René Jimenez, pesqui-

Propaganda política de um dos candidatos ao governo do estado mexicano de Chihuahua, onde o narcotráfico continua fazendo vítimas

sador da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) e especializado em violência social. “Os cartéis precisam assegurar a benevolência dos diri-

gentes políticos locais, ou até nacionais, nesta guerra entre gangues pelo controle do tráfico do país e o com destino aos Estados Unidos”, primeiro cliente mundial da cocaína, ex-

plicou ainda o diplomata. No estado de Tamaulipas, por exemplo, onde a gangue dos “Zetas” ocupa abertamente as ruas de uma grande cidade, controlando, por exemplo, a

identidade dos jornalistas de passagem, “podemos ver que só existem pendurados nas paredes cartazes eleitorais do PRI”, testemunhou um repórter estrangeiro.

CIÊNCIA E SAÚDE

Carro para cegos vai ser testado em 2011 nos EUA BBC Brasil Membros da quadrilha que assassinou funcionária de Consulado dos EUA foram aprsentados sexta-feira

Presa gangue que matou americana CIDADE DO MÉXICO — O suposto líder de uma gangue que assassinou uma funcionária do Consulado dos Estados Unidos em Cidade Juarez, na fronteira, confessou tê-la mandado matar porque supunha que ela “favorecia” um grupo rival, anunciaram na sexta-feira as autoridades mexicanas. Luis Ernesto Chavez, 41 anos, detido na quinta-feira, também admitiu responsabilidade no massacre de 15 jovens em janeiro, sempre em Cidade Juarez. As vítimas haviam sido confundidas “com adversários de um outro bando”, precisou o chefe do setor antidrogas do ministério da Segurança,

Eduardo Ramon Pequeno, durante entrevista à imprensa. Lesley Enríquez morreu em março junto com seu marido, Redelfs Arthur Haycock, quando o casal saía para uma festa infantil a bordo de seu furgão e se dirigiam à cidade vizinha de El Paso, estado do Texas. Como protesto, o governo norte-americano decidiu fechar a representação, que foi reaberta alguns dias depois. O esposo mexicano de outra colaboradora do consulado, que estava com o casal na hora do crime, também foi morto. Em suas primeiras declarações à Promotoria, Chávez disse que o crime foi ordenado porque a funcionária concedia vis-

tos norte-americanos a membros do cartel de Sinaloa. Chavez foi apresentado como um dos chefões dos “Aztecas”, que dominam o cartel “de Juarez”, que seria uma das maiores organizações criminosas do México e da América Latina. Mais de 2.600 mortes com a assinatura do grupo foram registradas em 2009. A Cidade de Juarez, onde o cartel “de Sinaloa” tenta destronar o “de Juarez”, é vista como o epicentro da guerra entre traficantes de drogas para o controle do tráfico e das exportações para os Estados Unidos, primeiro comprador mundial de cocaína.

Pesquisadores dos Estados Unidos anunciaram na sextafeira que irão testar no ano que vem o protótipo de um carro com recursos que permitem que ele seja dirigido por cegos de forma independente e segura. O carro, um Ford Escape, foi criado pela Federação Nacional dos Cegos dos Estados Unidos (NFB, na sigla em inglês) em parceria com a Universidade Virginia Tech. A NFB afirma que desenvolveu uma série de recursos não visuais que ajudam o motorista cego. Entre eles estão luvas vibratórias, que alertam sobre curvas; sopros de ar comprimido no rosto do motorista, para sinalizar obstáculos que se aproximam; uma camiseta vibratória, para dar informações sobre velocidade; e um volante com sinais de áudio, para orientar a direção. Os pesquisadores afirmam que ainda poderá demorar

Protótipo de buggy usado em areia para cegos foi exibido em 2009

anos até que um modelo de carro seguro para motoristas cegos esteja nas ruas, mas o protótipo já será mostrado na pista de corrida de Daytona, no Estado americano da Flórida, em janeiro de 2011. “Esta demonstração vai desafiar estereótipos e mitos que impedem nossa total integração na sociedade, mostrando ao público que os cegos têm as mesmas capacidades de outras pessoas”, disse o presidente da NFB, Marc Maurer,

ao site de notícias sobre tecnologia TG Daily. A equipe da NFB e da Universidade Virginia Tech já demonstrou um protótipo em 2009 de um buggy adaptado para cegos usado para andar em areia. “O desafio era a criação de interfaces não visuais que permitiriam a uma pessoa cega tomar decisões na direção”, disse o diretor do Laboratório de Robótica e Mecanismos da Virginia Tech, Dennis Hong.

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Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cidade@ojornal-al.com.br

Do prédio do Registro de Imóveis de Murici não sobrou nada depois das enchentes

Sem cartórios e sem documentos

Anoreg começa a contabilizar o prejuízo dos cartórios atingidos pelas enchentes dos rios Mundaú e Paraíba Láyra Santa Rosa Repórter

Os prejuízos deixados pelas enchentes que atingiram Alagoas crescem a cada dia. Na última semana, a Associação dos Notários e Registradores do Estado (Anoreg) estava tentando contabilizar o número de cartórios que foram afetados pela enchente. Pelo menos 13 foram diretamente atingidos, sendo que um deles, o de Murici, foi totalmente destruído. Livros de registros, documentos antigos e notas foram levados pela violência das águas. As enchentes também prejudicaram muitos moradores da região da Zona da Mata, que perderam todas as suas documentações, casa, sonhos e até vidas. Com os cartórios destruídos e sem os registros pessoais que normalmente são guardados dentro das residências, a situação tende a se agravar. Esse será um dos graves problema que devera ser resolvido de forma urgente pela Anoreg e

Tribunal de Justiça. de de Murici, onde o prédio foi É provável que seja monta- derrubado pela enchente e do um mutirão para juntar do- todos os documentos perdidos. cumentos e tentar refazer a Já no cartório de Registro de parte das documentações per- Imóveis em Rio Largo, trinta lididas com a enchente. “Será vros foram danificados e o de uma ação trabalhosa, mas que São José da Laje, teve precisará ser feita. Cartórios alguns livros antigos foram destruídos e molhados. muitos perderam to“Já contratamos das as informações. uma equipe de São Acredito que será nePelo menos Paulo que deverá nos cessário um mutirão auxiliar na recupera13 cartórios ção desses livros mopara podermos juntar todas as documentalhados pela enchente. foram ções e recuperar os arAcredito que a pior siatingidos quivos afetados. Vatuação é a do cartório pelas mos precisar de bande Murici que perdeu enchentes cos, IBGE, Tribunal os livros, contudo esEleitoral e até do Insperamos conseguir retituto de Identificaverter a situação”, ção”, explicou Manoel contou Manoel Iran. Iran Vilar, presidente “As pessoas que não perda Anoreg. deram os documentos devem Nos levantamentos realiza- procurar o cartório para que ele dos pela associação, a maioria seja novamente registrado nos dos cartórios perdeu computa- livros. Mas, em caso contrário dores e móveis. Em situação será necessário pegar testemumais delicada está o cartório de nhas e fazer o registro por uso Registro de Imóveis, Notas, capião”. Continua nas páginas A10 e A11 Títulos e Documentos da cidaFotos: Yvette Moura

Cartório de Registro Civil de Murici também não resistiu à força das águas das enchentes dos rios

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O momento é de reconstrução dos cartórios De acordo com Manoel Iran, a situação é delicada e precisará ser analisada com calma. “O momento é de reconstrução. Sem dúvida, conseguir comprovar, refazer, procurar documentos que comprovem a originalidade dos registros levará

tempo e precisará do apoio de todos. Hoje em dia, várias instituições têm bases de informações com dados pessoais completos e será uma ajuda importantíssima”, afirmou. Para as pessoas que perderam suas casas e as docu-

mentações, o presidente da Anoreg acredita que será necessário programas populares para adequar a todos. “Nunca passamos por uma situação como esta, onde cidades foram destruídas e provavelmente não poderão ser construída no mesmo lugar. A

maioria deverá ganhar um novo endereço; e para isso é provável um programa de registro, que atenda a todos de forma gratuita. Da mesma maneira deverá acontecer em relação à Certidão de Nascimento e a outros documentos”, completou.

Para Manoel Iran, a situação é delicada e precisará ser analisada

Anoreg pecorre as cidades afetadas Uma equipe da Anoreg percorreu as cidades afetadas analisando os prejuízos dos cartórios para executar um plano de ajuda. “As pessoas costumam acreditar que donos de cartórios têm uma renda muito alta, mas a realidade no interior do Estado não é essa. Algumas pessoas vivem com rendas mínimas, que não passam de R$ 700 por mês. São menores e perderam tudo”, contou Rainery Barbosa Alves, integrante do Sindicato. “É uma realidade difícil, o pessoal do interior vai precisar de todo apoio. Muitos perderam tudo e vão precisar recomeçar do zero. Visitamos as cidades onde foi realizado o levantamento para ter uma noção de como poderemos ajudá-los”. A diretora de registro Civil da Anoreg, Rosinete Remigio, que esteve visitando as cidades, afirmou que no momento é preciso ter paciência. “Nos municípios da região do Vale do Mundaú só encontramos destruição total. Não existem mais

casas nem ruas; muitos moradores vão começar do zero. Alguns donos de cartórios conseguiram correr e salvar os livros, o que é muito importante, porém computadores, mesas e selos foram perdidos. A situação que encontrei em muitos cartórios era bem delicada”, revelou. A maior preocupação da Anoreg é em relação ao funcionamento dos cartórios, já que há duas semanas eles estão parados. “Os que conseguiram salvar equipamentos já estão funcionando normalmente, mas os que perderam computadores e selos carecem de apoio para conseguir retornar as atividades”, explicou Manoel Iran. “Tem alguns registros de nascimentos, mortes e até segunda via de documentação que não estão sendo emitidos e trazendo prejuízo para a população. Acredito ainda que nesta semana a situação volte aos poucos a normalidade”.

IBGE vai ajudar a recuperar a história das cidades

Luciana Maia Gomes conseguiu salvar todos os livros do cartório

As informações colhidas no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bem como a recente atualização de cadastros para o censo que vai acontecer no próximo mês de agosto, devem ser utilizadas para

contabilizar os números de vítimas, refazer cadastros e até ajudar no trabalho dos cartórios que foram afetados pelas enchentes. Segundo Carlos Augusto Menezes, coordenador operacional do Censo do IBGE, o

órgão tem mapeamento de ruas, praças, prédios públicos e residências, além de informação do número de moradores e nomes das casas que foram atingidas. “Temos o levantamento de todo o Estado e também dessas áreas afeta-

das. Os dados são recentes e foi feito para servir como base para o Censo que será realizado a partir de agosto. As informações estão disponíveis para quem precisar e, inclusive, já encaminhamos para a Defesa Civil Estadual”, disse.


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Fotos: Yvette Moura

Para Adalberto Ramos, o IBGE vai ajudar a recuperar a história

A força das águas das enchentes também levou os documentos

Detalhe dos livros resgatados pela experiente Luciana Maia Gomes

A história entre os escombros

Cadastro de escolas também ajuda O trabalho de pesquisa feito pelo IBGE contabiliza desde a existência de ruas, casas, escolas, prédios públicos, marcando cada ponto exato com a ajuda de um GPS. Além da localização, eles colhem nomes dos moradores,

quantos eletrodomésticos, automóveis e renda de cada família. As informações feitas através do Censo são completas e servem para traçar o perfil da população brasileira. Para o chefe do IBGE em Alagoas, Adalberto Ramos,

com o auxílio dessas informações pode ser mais fácil recuperar a história perdida com as enchentes. “Estamos com todo nosso material disponível para ajudar. Acredito que, com a base de dados que temos, parte das informações dos mu-

nicípios possa ser recuperada. Sem falar que existem vários recursos que podem ajudar, como é o caso de cadastro de cartões de créditos, escolas, instituto de identificação. O momento é de juntar forças”, disse.

As lembranças da noite diu o prédio e molhou alguns do dia 18 de junho não saem livros de Certidão de Nascida memória da escrivã Maria mento. “Foi um desespero da de Lourdes Moura, titular do outra vez. Ainda consegui1º ofício de registro de imó- mos salvar os livros mais anveis, notas, títulos e docu- tigos, mas aqueles que estámentos de Murici. “Estava vamos usando acabaram moem casa quando recebi a no- lhando. Quando me lembratícia de que a água tinha in- va dos documentos que as vadido a rua do cartório e es- pessoas tinham deixado cotava num nível muito alto. migo, ficava aflita”, relatou Não tinha mais o que fazer. Maria Lúcia. “A experiência Não pude ir até lá porque da outra vez foi essencial para acabaria sendo levada pela não perdemos nada agora. O correnteza. Perdi tudo”, lem- rio nunca subiu tanto como brou. dessa vez. Parte da nossa ciNo cartório de Maria de dade foi destruída, e agora é Lourdes só sobraram os es- tempo de recomeçar”. combros. O prédio acabou O prédio onde funcionasendo derrubado pela força va o cartório de registro civil da água. Todos os documen- teve a parte de baixo toda tos, selos, livros, computado- inundada. O nível do rio cheres e móveis foram levados gou a quase três mepela enchente. tros. Um poste caiu “Quando a água em cima do cartório, começou a baixar o além de troncos de nível, foi que me dei árvores e vários enEstamos conta do tamanho tulhos que invadiesperando da tragédia. Tudo ram o prédio. acabar essa foi levado, não res“Estamos espeépoca de tou nada. Vou ter rando acabar essa que começar do época de chuva para chuva para zero e ainda não sei voltarmos a voltarmos a trabacomo fazer. Estou trabalhar no lhar no cartório. A desesperada”, afirestrutura do prédio cartório mou. “Desde sextanão foi afetada, apefeira que não paro nas uma garagem de chorar. Adoeci. foi destruída. Vamos Minha pressão sulimpar os entulhos deixabiu e já fui ao hospidos pelo rio para retomar as tal várias vezes. Sinceramen- atividades no local”, contou. te, agora não sei o que fazer. Enquanto a situação não Vou precisar muito do apoio se normaliza, o cartório foi de todos para recomeçar”. montado provisoriamente na O outro cartório da cida- casa de Luciana Maia. Na sala de, que trabalha como regis- ela colocou o computador e tro civil, também foi afetado sofás para acomodar os clienpela água. Mas a experiência tes. Os livros de registros de outras enchentes na cida- foram levados para a cozinha, de fez com que a escrivã espalhados por cima da mesa Luciana Maia Gomes conse- de jantar e das cadeiras. guisse salvar todos os livros. “Está tudo sendo feito no “Quando começaram a improviso. Trouxe todos os dizer que o nível do rio esta- livros para minha casa, monva subindo, Luciana correu tei o computador na sala e para o cartório e colocou os estamos atendendo. As peslivros no primeiro andar do soas não podem ser prejudiprédio. Não imaginávamos cadas. É bem mais incômoque fosse encher tanto, mas do, mas estamos fazendo o como já tínhamos passado que podemos”, disse a atual por situação parecida na en- escrivã. “O trabalho ainda chente de 2000, resolvemos está calmo; só atendemos alagir para evitar as perdas. gumas pessoas que perderam Essa foi a nossa sorte”, con- parentes e vieram tirar a certou Maria Lúcia Maia Gomes, tidão de óbito. Vamos funciomãe da escrivã, que assumiu nar por aqui até esse período o cartório por mais de 40 passar. O prédio do cartório anos. é próprio, e a estrutura não Em 2000, a enchente inva- foi abalada com a enchente”.


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Praça Sinimbu vira “terra de ninguém” A fonte do mijãozinho e as apresentações do folguedo não existem mais; no seu lugar, o MST e comércio de carros Fotos: Lula Castello Branco

Gabriela Lapa Estagiária *

De um lado, estacionamento. Do outro, leilão de automóveis. Espremida em seu próprio território e sem qualquer projeto de revitalização, a Praça Sinimbu é, hoje, um espaço de ninguém. Nos bancos onde muitos alagoanos já sentaram para apreciar a vista do riacho Salgadinho, quando ele ainda corria por ali, pouca gente se aventura a ficar. Nem as ruínas da antiga fonte sugerem a existência de um ponto de encontro para as famílias: o que os vândalos não destruíram, o lodo se encarregou de cobrir. A praça já foi palco de festas nas quais as figuras mais ilustres da cidade se divertiam. No lugar onde hoje acontecem leilões de automóveis havia um palco para apresentação de reisado, pastoril e outros folguedos populares típicos da nossa cultura. Havia, também, uma pista de aeromodelismo e a fonte com a lendária estátua do menino mijãozinho. Mas nada disso resistiu ao tempo e ao descaso. "Ela era movimentada, muita gente que morava aqui perto vinha passear, namorar. A Praça Sinimbu era o lugar dos namoros românticos", lembra, saudoso, o escritor Carlito Lima. Ele cresceu nos bairros vizinhos e guarda muitos episódios da história da praça na memória privilégio que escapa aos seus atuais frequentadores. Com o tempo, o Salgadinho teve o curso desviado e deixou de atrair famílias que passeavam pela margem. O desenvolvimento da capital transferiu o endereço das personalidades que moravam no Centro para os bairros à beira-mar, em Ponta Verde e Pajuçara, e levou com elas parte do encanto da Sinimbu. Aos poucos, a praça foi ficando vazia, escura, sem graça. E só quem nela permaneceu sabe o tamanho do prejuízo que isso ainda representa. "Os médicos que tinham clí-

nica aqui perto fecharam. Depois foram os advogados. Até a famosa pizzaria Sorriso, na esquina da praça, mudou de endereço", conta Jerônimo Araújo, proprietário de uma banca de revistas há 20 anos. Ele chegou a conhecer os bons tempos de Sinimbu, quando a clientela era boa, e lamenta que essa época tenha chegado ao fim. "Dava para ficar trabalhando com a banca aberta até 22h porque a pizzaria tinha movimento quase até meia-noite. Mas, hoje, quem é louco fazer isso?", questiona o comerciante. Jerônimo diz que à noite trabalha até 19h mesmo com a iluminação precária, para não levar tantos prejuízos, mas é um dos poucos que podem se permitir a ousadia. "Muita gente já foi assaltada aqui", explica. Outro problema constante no local é a ocupação da praça por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST): a última durou mais de seis meses. "Não somos contra o movimento. Mas, enquanto eles ficarem aqui, vão atrapalhar os comerciantes. Quem é que vai atravessar a praça com aquele monte de barracos?", diz o proprietário da banca de revistas, se referindo às acomodações improvisadas dos manifestantes. Para Jerônimo Araújo, a clientela, que já é pequena, fica ainda mais rara em tempos de ocupação. "As pessoas têm medo de que haja uma briga ou outra confusão, entre eles, e alguém acabe machucado. Além disso, sempre que vão embora deixam a praça suja e malcheirosa", completa. "É ruim até para a gente que fica sempre aqui". A dona de outra banca localizada em frente a de Jerônimo também reclama. "Um dia os sem-terra improvisaram banheiros por toda a praça. Quando abri a banca, no dia seguinte tive que correr para a rua: o mal cheiro era insuportável", conta. * Sob a supervisão da Editoria de Cidades

O tempo de glória da Praça Sinimbu é lembrança do passado; no presente, a ocupação do MST acelera a degradação do local público

Nêga Fulô inspirou os versos de Jorge de Lima Na memória de Carlito Lima, as lembranças da Sinimbú não envolvem mau cheiro, assaltos nem barracos. "Foi aqui, em uma noite de festa, que descobri que tinha sido aprovado no exame para a Escola de Cadetes", lembra o escritor. Morador de uma das ruas vizinhas, ele cresceu jogando bola nas redondezas e aproveitando as festas de rua, tão populares, que deixavam a praça ainda mais bonita e movimentada."No final do ano, havia apresentação de pastoril, de reisado. A Sinimbú ficava toda enfeitada. Naquela época, havia autofalantes durante as festas, que os rapazes usavam para mandar recados para as moças mais bo-

nitas", lembra Carlito. Em seu nhança a família do governalivro "memórias de um capitão", dor Arnon de Melo, e os Gomes ele reconstrói os momentos de de Barros, alguns brincadeiras. "Alô, alô, Anilda anos mais tarde". Um Leão! Você é a garota dos episódios que fique mais brilha nessa caram conhecidos nafesta! Assinado: você quela região, segun"Por três já sabe", diziam os nado o escritor, foi a remoradores. sistência feita pelos anos, o Bem antes do temusineiros da época à poeta Jorge po do escritor, nos vinda do governador de Lima anos 1930, a Sinimbu de Pernambuco, Mijá deixava sua marca guel Arraes, a Alamorou em na história de Alagoas. goas. Conta Carlito frente "Por três anos o poeta Lima que os alagoaà praça” Jorge de Lima morou nos se reuniram em em frente à praça. A casa dos Gomes de casa dele foi uma das Barros e lá decidiram primeiras construídas impedir a todo custo a cheaqui", conta Carlito. gada do pernambucano. "E deu "Também faziam parte da vizi- certo: Arraes desistiu da via-

gem", lembra Carlito. Outro personagem histórico que marcou a vida dos frequentadores da Sinimbu foi a "nêga Odete". Segundo Carlito Lima, ela era a própria nêga Fulô que inspirou os versos de Jorge de Lima, e foi fundamental para a juventude da época. "Nêga Odete era empregada de uma das casas aqui da praça. Era morena, bonita, ensinou as artes do amor, na praia da Avenida, a boa parte dos jovens estudantes de Maceió", conta o escritor. "Odete era nossa Leila Diniz, nossa musa. Nunca foi prostituta: ficava com os rapazes porque gostava, sem cobrar, nas areias quentes da praia da Avenida". (G.L.)

"A praça é do povo, como o céu é do condor"

Para Jerônimo, a clientela é ainda mais rara em tempos de ocupação

Mesmo que o seu antigo dono há muito tenha se mudado, a casa de Jorge de Lima mantém a alcunha e, com ela, a localização. Junto com o Museu Theo Brandão e a Pinacoteca Universitária, ela é um dos prédios de fomento à cultura e à história de Alagoas que poderiam ser melhor aproveitados com a revitalização da Sinimbu. Feia, mal iluminada e espremida entre uma feira de carros e um estacionamento, a praça nem atrai visitantes para si, nem para os seus vizinhos - e acaba se transformando, periodica-

mente, em acampamento de trabalhadores rurais. Para a professora Rita Name, diretora do curso de Música da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), se todo o espaço fosse revitalizado, não só os prédios de fomento à cultura ganhariam mais destaque como a própria Sinimbu ficaria a salvo de ocupações. "A praça está ociosa, mas se tivesse estrutura, não haveria onde erguer barracos ou fazer manifestos", avalia. Segundo ela, existe um projeto de aproveitamento da área para estimular di-

versas formas de expressão artística, envolvendo o Museu Theo Brandão, a Casa de Jorge de Lima, a Pinacoteca Universitária e o bairro histórico de Jaraguá. O problema é que ele tramita na Ufal há mais de 15 anos e nunca saiu do papel. "A ideia era fazer uma espécie de quarteirão cultural abrangendo todos esses prédios. Os estudantes dos cursos de teatro, dança e música poderiam ser aproveitados e não só eles, mas também o artistas alagoanos, seriam beneficiados", conta Rita Name. O escritor Carlito Lima também

acompanhou a elaboração do projeto, e conta que chegou a sugerir a construção de uma concha acústica na Sinimbu, para que houvesse apresentações de corais e bandas nativas. Mas assim como o projeto original, esse também nunca tomou forma. Os professores que trabalham na Pinacoteca, e na Escola Técnica de Artes, sua vizinha, lamentam. "Asinimbu deveria ser revitalizada para que a população fizesse uso dela", diz Rita Name. "Já falava Castro Alves: a praça é do povo, como o céu é do condor". (G.L.)

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Tragédias provocam distúrbios psicológicos Insônia, ansiedade, mudança de humor e depressão são os principais sintomas das vítimas das enchentes Mônica Lima Repórter

Há situações na vida do ser humano que podem afetar de forma profunda o lado emocional, fazendo com que em alguns casos mudem completamente a visão de mundo, crenças e valores. A desordem psiquiátrica pode ocorrer após a passagem de episódios gerados por estresse pós-traumático, devido à violência urbana e no trânsito e, em função de fenômenos da natureza, como terremotos, enchentes, furacões e outros.Essas mudanças que ocorrem no diaa-dia podem se revelar de forma negativa ou positiva. Passado o período de angústia e agonia nos municípios afetados pela enchente em Alagoas, as vítimas passam a viver um novo momento em suas vidas, alguns desencadeiam ocorrências como a falta de esperança, se sentir abandonada, passando a desenvolver insônia, ansiedade, mudança de humor, entre outras.Uns poderão se recuperar gradativamente, enquanto outros ficarão com sequelas emocionais para o resto da vida. Nas cidades mais devastadas pela enchente que ocorreu nos municípios alagoanos, as pessoas começam a se dar conta de que perderam tudo, sonho idealizado ao longo de suas vidas, que em questão de segundo se foram com a água, bem como as lembranças da infância, dos amigos e a perda de entes queridos que tiveram seu futuro ceifado pela correnteza. Há pessoas que já se deram conta da sua nova rea-

Yvette Moura

lidade e outros que ainda não despertaram do choque e acompanham toda movimentação ao redor sem se dar conta que daqui para frente tudo mudará. Nos abrigos improvisados em escolas, ginásios de esportes, igrejas e demais prédios, crianças, jovens, adultos e idosos, até mesmo que nunca tinham se visto antes passaram a conviver, dividindo inclusive a mesma sala, que foi transformada em residência.Tudo o que há em nada lembra o aconchego da casa que tinham, e isso tem causado incômodos. Numa cadeira em frente à sala que passou a ser o abrigo de sua família, Marcilde Vieira, com os olhos esbugalhados, esfregando o rosto se balança, incomodada com o vai e vem de pessoas, o latido dos cães e o barulho. Para ela, esses últimos dias estão sendo de horror, a sua tranquilidade não existe mais. No espaço apertado não consegue ficar por muito tempo, e a solução é ficar sentada acompanhando a cena que passou a fazer parte do seu cotidiano. A insônia tem sido sua companheira todas às noites. “Gostaria de tomar um remédio, não consigo dormir durante à noite nem ficar muito tempo nessa sala”, diz angustiada a moradora de Branquinha, que com o esposo e os dois filhos perderam tudo durante a enxurrada. Sua esperança está depositada na possibilidade de ser beneficiada com uma casa, o que ainda deverá demora. Continua nas páginas A15 e A16

Criança proteje a boneca como se fosse sua filha, sem entender direito o que aconteceu ao seu redor


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As reações como insônia, ansiedade e pesadelos são consideradas naturais As histórias se repetem no município, um pouco conformada, Márcia Lídia da Silva, ainda não consegue ir à parte do Centro de Branquinha, que desapareceu, como também a sua casa. Às vezes em que tentou ir ao local teve crise de choro, principalmente por ver o sonho da vida de sua família se transformar apenas em escombros. Mesmo tentando se consolar, buscando forma na fé e esperança de que irá recomeçar, a dona de casa diz que tem sido difícil enfrentar esses últimos dias. “Vi minha infância ser apagada, tinha esperança de criar minha neta no local onde cresci e criei meus filhos”, diz Rosângela Lopes, que morava em Gustavo Paiva, em Rio Largo. Com os olhos cheios de lágrimas, afirmou que está abalada, as noites se transformaram numa tormenta, pois não consegue dormir e tem chorado diariamente. Apoio apenas dos que dividem o mesmo espaço numa escola municipal e da família e admite que como ela há pessoas necessitando de ajuda psicológica. “Estou péssima, os nervos abalados.Tudo acabou na minha vida”, admite Maria Cícera Santos Francisco, que nem mesmo com tranquilizantes consegue dormir. Como estava nervosa, recorreu a uma amiga que possui farmácia que passou remédio, mas mesmo assim não tem relaxado. As autoridades de saúde começam a se preocupar com a saúde mental dos desabrigados, que após viverem o choque da perda dos bens que construíram ao longo de suas vidas, passam para uma segunda fase, onde começam a despertar e verificar que tudo agora faz parte do passado.

Para Edberto Wanderley, o apoio dos parentes e amigos neste momento é fundamental para recomeçar

Dois dias após a tragédia que abateu Branquinha, a prefeita Renata Moraes, em entrevista não solicitou apenas ajuda material, mas psicológica para os moradores, ao observar que muitos teriam dificuldades para enfrentar emocionalmente toda situação. Há uma semana a psicóloga Anadegia Novaes, tem percorrido os abrigos e conversado com as pessoas. Segundo ela, como a cidade está muito movimentada, a ajuda tem chegado e muitos tem recebido apoio de parentes, amigos e até desconhecidos, não foi identificado casos que fujam a normalidades. Mas acredita que o clima está contribuindo e que muitos ainda não despertaram, ou na gíria popular a ficha não caiu. A psicóloga tem ido semanalmente a esses locais, conversando para identificar possíveis desvios psicológicos. As reações psicológicas que irão surgir a partir de agora nos que viveram a tragédia da enchente são consideradas naturais pelo psicólogo Edberto Wanderley, pois ocorrem geralmente em que viveu situação inesperada. No século passado, o especialista diz que se acreditava que só acontecia com os homens que voltavam da guerra, mas, a partir dos anos 80, passou a notar que outros grupos eram afetados, como quem foi vítima de catástrofe natural.Wanderley disse que há casos em que suportam a tragédia e tentam viver o drama ajudando os demais, enquanto tem pessoas que alheias, incapacitadas, tudo está ocorrendo na sua frente, mas não encontra disposição de partir para reconstruir. Nesse momento, o psicólogo explica que, além do apoio dos parentes e amigos, é fundamental

ajuda psicológica, para que possam entender o que ocorreu e tentem perceber que tem possibilidade de recomeçar. SEM FRONTEIRAS -O atendimento no início da tragédia se limitou à assistência clínica, com a chegada dos profissionais de saúde de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Mas, a partir de segunda-feira, os desabrigados passarão a contar com a ajuda de psicólogos que integram a ONG Médicos Sem Fronteiras. Eles chegaram na última semana e passaram a trabalhar com o Comitê de Emergência formado pela Secretaria de Estado da Saúde e outras instituições. A coordenadora da equipe dos Médicos Sem fronteiras, Ana Lúcia Bueno, já esteve visitando Branquinha, Murici, União dos Palmares e Santana do Mundaú. As ações começarão nos próximos dias e contará com a participação de psicólogos, psiquiatras da Universidade Federal de Alagoas, do Conselho Regional de Psicologia e outras entidades, que se colocaram à disposição para ajudar. TRANSTORNOS - Dos transtornos mentais o póstraumático ocupa atualmente a quinta posição. E trata-se de uma perturbação psíquica causada por acontecimentos fortes que ameaçam a pessoa ou a quem testemunhou uma tragédia. A doença pode acontecer em qualquer momento da vida, dependendo da gravidade o paciente se sente inseguro, vulnerável e chega a pensar o que de ruim ainda irá acontecer. O tratamento é o acompanhamento de um especialista e o apoio que recebem da família e amigos.


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Depois das enchentes, o quadro é desolador: as pessoas perambulam pelos destroços, onde outrora ficavam suas casas e de seus vizinhos, sua escola, seu local de trabalho, sem ainda entender direito o que aconteceu

Como preservar a saúde mental após sobreviver a uma tragédia Iracema Ferro Repórter

Centenas de famílias perdem tudo o que construíram a vida inteira nas enchentes que atingiram 26 municípios alagoanos há três semanas. Além de perder seus bens materiais, elas perderam entes queridos e mais do que isso: seu referencial de vida. Em Santana do Mundaú, foram registrados dois casos de tentativa de suicídio. Felizmente, os desesperados com as perdas pelas chuvas não morreram. Em Branquinha, União dos Palmares, Jacuípe, Maragogi, Murici, São José da Lage, entre outras localidades, o quadro é desolador: as pessoas perambulam pelos destroços, onde outrora fica-

vam suas casas e de seus vizinhos, sua escola, seu local de trabalho, sem ainda entender direito o que aconteceu e qual rumo suas vidas vão tomar. Em meio a tudo isso, como manter a saúde mental após a tragédia? De acordo com o psiquiatra Audenis Lima de Aguiar Peixoto, professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e gerente-geral do Hospital Escola Portugal Ramalho, as pessoas que passam por tragédias como esta geralmente tem flash-backs, pesadelos, momentos de depressão intensa. "O desespero é muito grande. Eles mesmos não podem fazer nada, porque se sentem impotentes e acabaram de ver toda sua história de vida destruída

durante as enchentes, viram as pessoas que amam morrer. As Secretarias de Saúde e de Assistência Social de cada município precisam fazer este acompanhamento, estar perto destas pessoas, conhecer suas necessidades, suas angústias, dar esta atenção", explica o psiquiatra. Audenis Peixoto frisa que a visita por assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras no local onde as famílias desabrigadas estão alojadas é essencial para perceber quem está com mais dificuldade. "Cidades maiores, como Murici, Rio Largo e União dos Palmares possuem o Centro de Apoio Psicossocial, o famoso CAPS, e esta é uma hora importante de atuação para as equi-

pes multidisciplinares atuarem. Todo mundo sabe que tem cidades onde todas as secretarias foram destruídas, mas esse trabalho deve ser desenvolvido para evitar novos casos de tentativa de suicídio. Estas vítimas precisam ter uma expectativa, saber das ações que estão sendo feitas para ampará-los, como a reconstrução das casas", avalia. Ainda de acordo com Audenis Peixoto, caso não haja um esforço coletivo para barrar as tentativas de suicídio, pode acontecer uma onda de casos. "Todos estão desesperados e sem perspectivas. Caso um se suicide, o modelo tende a ser copiado por pessoas que estão na mesma situação. Existe este risco", admite o psiquiatra.

Audenis: esforço coletivo ajuda a barrar as tentativas de suicídio

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Enchentes põem em risco o sururu Grande quantidade de entulhos e de água doce provoca a mortandade do molusco na lagoa Mundaú Marco Antônio

Marcelo Alves Repórter

O excesso de chuvas que caíram em Alagoas nas últimas semanas destruindo várias cidades também está trazendo grandes prejuízos para as pessoas que tiram seu sustento da lagoa Mundaú, como as marisqueiras e os pescadores. O motivo, de acordo com o Instituto de Meio Ambiente (IMA), é a poluição do estuário lagunar, que recebeu uma grande quantidade de entulhos e de água doce, provocando a mortandade do sururu e de algumas espécies de peixes. Além disso, outro problema decorrente do excesso de lixo despejado na lagoa está poluindo os moluscos e os peixes. E ser consumido indevidamente pode provocar doenças como cólera e diarreia. O coordenador de gerenciamento costeiro do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ricardo César, alerta para o risco de desaparecimento do sururu e também para a morte de algumas espécies de peixes, como o mandim e o bagre, em decorrência das fortes chuvas que castigaram o Estado nas últimas semanas. “Com o transbordamento do rio Mundaú, por conta das fortes chuvas, a lagoa Mundaú recebeu uma grande quantidade de água doce, o que pode provocar um desequilíbrio na salinidade do estuário lagunar”, disse Ricardo César. Ele ainda afirmou que a diminuição da salinidade na lagoa Mundaú, outro dano ambiental provocado pelas enchentes, é a redução de oxigênio na água, por conta da grande quantidade de entulhos despejados no estuário lagunar. Continua nas páginas A18 e A19

Maria Cícera (blusa vermelha) conta que antes pegava o sururu no Dique-Estrada; agora tem que buscar o produto em Coqueiro Seco, aumentando os gastos e reduzindo o lucro

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Fortes chuvas interferem na salinidade da lagoa “O desequilíbrio da salinidade da água da lagoa provoca um efeito devastador influenciando diretamente no desaparecimento do sururu. O nível de salinidade controlado tem o objetivo de manter equilibrado o ecossistema e ajudar a reprodução de muitas espécies de peixes dentro do estuário lagunar, como o mandim e o bagre”, disse o coordenador do IMA. De acordo com ele, no inverno, onde o período de chuvas é prolongado, o sistema lagunar se transforma em um grande manancial de água doce. “O período de chuvas produz um efeito devastador sobre a salinidade da lagoa e, consequentemente, em várias espécies de moluscos filtradores como unha-de-velho, maçunim, ostras e o sururu”, explicou. Ricardo César disse que a condição mínima de salinidade para o sururu sobreviver e poder reproduzir é de 15 ppm. Isso significa que cada 1 grama de água possui 15 microgramas de sal. “Para que o suru-

ru possa reproduzir, ele preci- ‘lavou toda a sujeira da cidade’ sa de um ambiente adequado, e o lixo se acumula na superno qual a salinidade esteja no fície da lagoa formando uma mínimo entre 15 ppm. Se che- nata, obstruindo o acesso dos gar a 10 ppm, ele não sobrevi- peixes à superfície da lagoa, ve”, ressaltou. impedindo, assim, a respiraPara ele, a solução é o res- ção dos pescados”, frisou. tabelecimento da salinidade A grande quandas águas da lagoa, que detidade de entulhos penderá da vazão trazidos pelas endos rios e da dimixurradas e despejanuição da quantidados na lagoa pode “A forte de de chuvas que a mortanliberação de provocar caem na região. dade dos peixes e água doce O coordenador não o envenenaafugenta do IMA frisou tammento, como muitos bém que, além das pescadores costupeixes e chuvas provocarem o mam alegar quando mariscos, desequilíbrio no teor prejudicando os peixes aparecem de salinidade da mortos, boiando no a pesca” lagoa, elas influenestuário lagunar. “A ciam de forma negagrande quantidade tiva na dinâmica do de restos de sediestuário lagunar. mentos e lixos, misturados Em época chuvocom as águas pluviais, da sa, a lagoa recebe toda a sujei- chuva e com a rede de esgora da cidade que contribui para to ocasionam uma redução a diminuição das taxas de oxi- de oxigênio na água, enfragênio dissolvidas em determi- quecendo a resistência dos nadas áreas da lagoa, ocasio- peixes, que acabam morrennando a morte de algumas es- do. É por isso que eles aparepécies de peixes. “O estuário cem boiando. No entanto, o lagunar recebe a água que fenômeno não é o envenena-

mento como muitos pescadores costumam afirmar, mas, sim, o aumento acentuado de sujeira na água”, disse. Outro motivo para a mortandade dos peixes e a destruição do sururu apontado por Ricardo César é a força da vazão dos rios que quando se encontram com as águas mansas da lagoa. “A forte liberação de água doce afugenta várias espécies de peixe e mariscos, prejudicando a atividade pesqueira”, explicou. As águas da enxurrada despejadas com grande violência na lagoa arrastam os “bancos de lama”, onde os sururus costumam se reproduzir.. “O sururu precisa de um substrato lamoso para se fixar e de um período natural de repouso para reproduzir, mas a chuva devasta os bancos de lama e prejudicam a preservação da espécie”, disse. “Com essa velocidade de escoamento, esses bancos de lama são arrastados pelas correntezas e desaparecem”, completou. Marco Antônio

A grande quantidade de entulhos trazidos pelas enxurradas e despejados na lagoa pode provocar a mortandade dos peixes e do sururu

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Marco Antônio

Cerca de 200 mil sobrevivem da pesca

Com a possibilidade de contaminação do sururu, é preciso ter cuidado redobrado no momento de seu preparo para evitar doenças

Consumo de sururu pode causar doenças Ricardo César também alerta para os casos de contaminação de doenças com o consumo do sururu e de peixes. De acordo com ele, o sururu é um molusco filtrador e por isso ele pode absorver bactérias e, consequentemente, transmitir doenças como a cólera, a diarréia entre outras. Mesmo diante da possibilidade de contaminação, o sururu pode ser consumido, mas tendo cuidado redobrado no momento de seu preparo. O sururu deve ser bem cozido antes de ser ingerido.

Ricardo César disse que por falta de uma maior atenção na preparação do sururu para o consumo já foram registrados vários casos de contaminação pela ingestão do marisco, como, por exemplo, casos de diarréia, vômito, febre e dor de cabeça. Já em relação ao cuidado do tratamento dos peixes para o consumo, o coordenador do IMA orientou a mesma medida adotada no preparo do sururu. “Para os pescados, a maneira de prepará-lo deve seguir a mesma linha adotada para o

consumo do sururu. Também há riscos de contrair doença com o consumo do pescado mal preparado”, completou. Na mesma linha de Ricardo César, o infectologista, Fernando Maia, afirma que pode haver contaminação com o consumo de moluscos sem a preparação apropriada, mas numa porcentagem mínima. “É raro, mas pode acontece. O risco de contaminação é muito pequeno e vai depender de vários fatores”, disse. Fernando Maia confirmou que já houve registros de

casos de pessoas que comeram o sururu e adoeceu. “Pelo histórico epidemiológico não é raro acontecer esse tipo de casos, mas não é com tanta freqüência que isso ocorre”, afirmou Fernando Maia. Ainda conforme o infectologista, a contaminação pelo consumo dos moluscos pode acontecer com maior incidência se eles forem consumidos crus, como no caso das ostras. “Cozinhando bem os moluscos o risco de contrair cólera, diarréia e hepatite diminuem totalmente”, explicou o infectologista.

De acordo com dados pagar o canoeiro e comdo IMA, cerca de 200 mil prar o pão de cada dia”, pessoas entre pescadores lamentou. e marisqueiras sobrevivem Segundo a marisqueira direta e indiretamente da o sururu, que é preparalagoa Mundaú, a exemplo do para vender, deve ser da marisqueira, Maria consumido no mesmo dia Cícera da Conceição, 51 porque o molusco está anos que há mais de uma apodrecendo rápido. “Já década vende sururu às perdi muito sururu que eu margens da Avenida do guardei conservado denDique Estrada. A maris- tro de caixas de isopor queira contou que nas úl- com gelo, mas o produto timas semanas, a ativida- estragou rápido”, revelou. de não tem rendido lucro Outros fatores que prejupara ela por conta do de- dicam as vendas do mosaparecimento do moluslusco se refere co. Maria Cícera credita o ao tamanho do extermínio do sururu sururu que às fortes chuestá pequeno, vas que caíram e sua casca de nas últimas seproteção se manas no quebra facil“Não tem Estado. mente no maPara sobrenuseio. O vamais lama viver da pesca lor do quilo de no fundo da Cicera tem que sururu é R$ lagoa para pagar a um ca7,00. que o sururu noeiro para Para ela, os possa se pegar o produentulhos levareproduzir” to em Coqueiro dos pelas chuSeco, porque vas e despejaos bancos de dos na lagoa lama do moestão causanlusco já desado a mortanpareceram da dade do sururu. “A lagoa Mundaú. lagoa está cheia de lixo. “Antes a gente Não tem mais lama no pegava o sururu aqui fundo da lagoa para que mesmo no Dique Estrada, o sururu possa se reproagora temos que buscar o duzir ”, disse. produto em Coqueiro Em volta de um balaio Seco”, disse Maria Cícera. de moluscos, na avenida do Ela comentou que com Dique Estrada, outras duas a venda do sururu conse- marisqueiras tiravam a guiu comprar sua casa e casca dos sururus. Entre criar seus cinco filhos. elas estava Maria Lúcia, 60, Com a escassez do produ- que também reclamava da to a Maria Cicera não con- mortandade do sururu. segue lucrar muito com a Demonstrando indignação, venda. De acordo com ela, ela disse que além do suruo seu lucro mensal é de R$ ru, os peixes também já 20, que anos atrás era de estão morrendo. Até comenR$ 150. “O que eu ganho tou que a cor e o cheiro do hoje não dá nem para sururu estão diferentes.

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Fotos: Eduardo Almeida

Chuvas provocaram o desabamento de casas de taipa no Conjunto Adélia Lira, periferia de Maragogi

Defesa Civil estima que 70% da cidade de Jacuípe foi atingida pela cheia do rio que dá nome ao local

LITORAL NORTE

Prejuízos devem ultrapassar R$ 10 mi Gestores contabilizam os estragos provocados pelas cheias dos rios Jacuípe, Camaragibe e Santo Antônio Eduardo Almeida Repórter

MARAGOGI - Se comparados aos estrados provocados pelas chuvas na Zona da Mata alagoana, os prejuízos acumulados pelos municípios do litoral norte do Estado tornam-se pequenos. Mas os gestores municipais já começaram a contabilizar os danos, que podem ultrapassar R$ 10 milhões. As cidades mais atingidas foram Jacuípe, Maragogi,

Matriz de Camaragibe e São Luís do Quitunde. O coordenador da Defesa Civil de Jacuípe, Manoel Marques, estima que 70% da cidade ficou inundada após a cheia do rio dá nome ao local. Cerca de 2.500 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas e mais de 600 casas foram atingidas por três enchentes consecutivas no mês de junho. “A água invadiu casas, escolas da rede pública, creche e secretarias munici-

pais”, acrescentou Marques. Um levantamento realizado pelo órgão revelou que 52 casas localizadas da área central terão que ser demolidas, pois o nível de água passou de 2,20 metros de altura. Outras duzentas terão que passar por reparos. Uma equipe da Defesa Civil inspecionou 700 residências, acompanhada de engenheiros do Estado, para elaborar o documento que indicará o valor necessá-

rio para reparar os danos. Para o prefeito Amaro Jorge, será necessário entre R$ 800 e R$ 900 mil para reconstruir a cidade. O gestor revelou que esse montante deve ser aplicado apenas para reparos na área urbana do município. “Será necessário ainda que o Departamento de Estradas de Rodagem vistorie as pontes dão acesso a Campestre e Água Preta, além das rodovias que nos ligam as demais

cidades”, informou. Matriz de Camaragibe decretou Estado de Calamidade Pública depois que as águas do rio Camaragibe invadiram as ruas do centro e da periferia da cidade. Quinze casas desabaram e mais de 1.500 pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas. Escolas da rede pública e até a rodoviária foram utilizadas como abrigos. A Defesa Civil estima que seria necessária a construção de 200 casas.

“A construção imediata de oitenta casas populares minimizaria os problemas, mas não seria suficiente. O problema enfrentado pelos municípios do litoral norte é crônico, e só a substituição de casas de taipa por residências de alvenaria em áreas mais distantes do leito do rio. Mas as prefeituras não têm recursos suficientes para construí-las e precisam de apoio”, explicou a prefeita Doda Cavalcante.

Transferência de residências é alternativa O prefeito de São Luís do Quitunde, Cícero Cavalcante, também diz que a construção de casas populares e a retirada dos moradores de áreas de risco diminuiriam os impactos das cheias do rio Santo Antônio. “Os mesmos problemas aconteceram em 2000, 2005, 2008 e em 2010. Enquanto não houver mudança, a população vai continuar sofrendo com as cheias dos rios da região”, observou. Segundo o prefeito, a construção de cem casas solucionaria os problemas decorrentes das chuvas no município. “A prefeitura fez um levantamento e constatou que o número atende à demanda. Cada unidade sairia no valor de R$ 15 mil, o que implica num custo de R$ 1,5 milhão. Esse é o valor necessário para que não tivéssemos mais problemas relacionados às chuvas”, completou o gestor. Em Maragogi, o prefeito Marcos Madeira afirma que

80% das casas do conjunto Deda Paes apresentam problemas estruturais após as chuvas. Madeira informou que a Defesa Civil tem procurado as famílias e está distribuindo lonas para que possam cobrir suas casas, mas só a construção de 300 casas populares resolveria o problema na cidade, o que implicaria num custo de R$ 6 milhões. “A prefeitura construiu 27 casas com recursos próprios e aguarda parecer do governo Federal e da Caixa Econômica para a construção de cem unidades. O projeto prevê a construção de trezentas casas no total, mas a prefeitura não tem recursos suficientes para isso. Nós contamos com a parceria do governo Federal e da Caixa Econômica Federal. Sabemos que o trâmite vem se arrastando ao longo de três anos, mas pedimos um pouco de paciência por parte dos moradores da área”, explicou o prefeito de Maragogi. (E.A.)

MPE garante rigidez na fiscalização Para evitar possíveis desvios de recursos, o Ministério Público Estadual promete intensificar a fiscalização. O órgão criou uma comissão de apoio às vítimas das chuvas, que está acompanhando a aplicação dos recursos. O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, informou que os gestores não estão livres de cumprir os requisitos legais e podem responder judicialmente pelo mau uso. “O MPE vai fiscalizar não como o dinheiro está sendo aplicado e também a prestação de contas. A comissão de apoio às vítimas das chuvas se reunirá sempre às segundas-feiras com uma pauta definida. O mau uso do dinheiro público implica no crime de improbidade administrativa e os promotores de Justiça de cada município também vão ficar atentos às denúncias”, explicou Eduardo Tavares. Apesar de garantir que o ór-

gão intensificará a fiscalização, Tavares lembrou que o MPE não parte do princípio de que os recursos serão desviados. Segundo o procurador-geral, seria imprudente da parte dele afirmar que os gestores estariam agindo de má-fé. “Os promotores vão estar atentos às denúncias, mas acreditamos que os recursos serão aplicados da melhor forma possível”, observou. Eduardo Tavares afirmou que o MPE solicitou o apoio do Ministério Público Federal, da Controladoria Geral da União e do Estado. “Estamos recomendando que os gestores realizem cadastros únicos, que serão comparados com os dados colhidos pelo Estado. Essa medida diminuiria os riscos de possíveis fraudes”, comentou, ao lembrar que a Secretaria de Estado da Infraestrutura também estimará os prejuízos. (E.A.)

Residências localizadas às margens do rio Camaragibe, em Matriz, deveriam ser transferidas para áreas mais afastadas da cidade

Ministros visitam amanhã as cidades atingidas Uma comitiva de ministros sobrevoa amanhã os municípios atingidos pelas chuvas, no interior dos estados de Alagoas e Pernambuco. Participam do sobrevôo o ministro em exercício do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rômulo Paes de Sousa; Eduardo Gabas, da Previdência Social; Elói Ferreira, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e representantes dos governos estaduais e municipais de ambos os estados. No período da manhã, a partir das 9h30, em Recife, os ministros têm reunião com o governador Eduardo Campos para debater as ações emergenciais implementadas no Estado. Logo após, às 10h30, participam

de entrevista coletiva na sede vas em Alagoas e Perdo governo pernambucano. nambuco. Os recursos visam Em seguida, sobrevoam de reestruturar a rede helicóptero os municípios de de serviços de Barreiros e Palmaproteção social e o res, dois dos mais atender as famíatingidos pelas enlias vítimas da sichentes. O períotuação de calamiComitiva do da tarde será dade e emergêndedicado à agencia. chega em da em Alagoas, A alocação Pernambuco com visitas a Unidesses recursos pela manhã ão dos Palmares, depende do tamaBranquinha e Lanho do município e viaja para goa do Mundaú e e da proporção de Alagoas reunião com o gopessoas desabrià tarde vernador Teotônio gadas e desalojaVilela. das. Palmares, uma das cidades AÇÕES - Na mais atingidas, receúltima terça-feira, berá R$ 250 mil. o ministro Rômulo O ministro em exercício Paes anunciou a destinação informou que, por determide R$ 8 milhões para os mu- nação do presidente Lula, nicípios atingidos pelas chu- será antecipado o pagamen-

to do Benefício de Prestação Continuada (BPC) nos 39 municípios atingidos pelas chuvas, num total de R$ 49 milhões. Esse programa assegura um salário mínimo mensal para idosos e pessoas com deficiência. Também disse que os parceiros do Fome Zero fizeram doações de chocolates, biscoitos e refrigerantes. Além dessa ação, o ministério vai antecipar o pagamento do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) referente a maio, junho e julho. Esse recurso é repassado aos municípios para ajudar no trabalho de identificação e atendimento às famílias beneficiárias do Bolsa Família. Serão R$ 1,5 milhão para Pernambuco e R$ 420 mil para Alagoas.

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AUTO POSTO SÃO LUIZ

Fazendo a diferença em Arapiraca Posto de combustível possui bombas modernas que garantem a qualidade dos produtos comercializados Na hora de abastecer o veículo, a preocupação principal do consumidor deve ser com o produto que ele esta adquirindo e com a qualidade. A dificuldade está em saber se o posto de combustível tem credibilidade. Em Arapiraca, o Auto Posto São Luiz trabalha com equipamentos de alta tecnologia que atestam à qualidade do produto. Inaugurado há quatro meses, na Avenida Governador Muniz Falcão, 151, bairro São Luiz, o posto possui bombas das mais modernas do Brasil que garantem a qualidade do combustível oferecido. O equipamento conta com uma blindagem que impede que seja violado e não permite

Jailson Souza foi contemplado

Josias Santos elogia qualidade

a venda sem nota fiscal. E o filtro de vidro transparente facilita a visibilidade do combustível que é oferecido. O Posto São Luiz foi o primeiro do Estado a adquirir o equipamento. Além disso, os clientes têm a possibilidade de verificar a procedência do combustível através de um equipamento que realiza o teste de qualidade do produto. O posto emite as análises dos combustíveis sempre que solicitado e ainda oferece um brinde para os clientes que se interessam pelo teste. O Posto São Luiz funciona de 07h às 22h com um serviço diferencial que inclui uma loja de conveniência com a primeira franquia da Casa do

Pão de Queijo em Arapiraca, além de uma farmácia e um salão de beleza para maior comodidade dos clientes. Também é realizada a entrega de jornais do O JORNAL grátis para os clientes. A distribuidora do posto é a Petrovia, que tem o respaldo do grupo Temape (Terminais Marítimos de Pernambuco S/A), com sede no Porto de Suape. A gasolina comercializada na rede Petrovia é produzida pela Petrobras e atestada pelo padrão Temape, que coleciona certificações, além de passar pelo crivo do laboratório SGS do Brasil. O álcool combustível e o diesel também contam com o mesmo rigor.

Fotos: Carolina Sanches

Posto São Luíz é o primeiro do Estado a adquirir o equipamento que garante a qualidade dos combustíveis

Promoções beneficiam os clientes

Advogado destaca a satistação do cliente

O mototaxista Jailson Barboza trabalha há oito anos nas ruas de Arapiraca. Ele contou que é cliente do Auto Posto São Luiz desde a inauguração e que já percebe os resultados da escolha. Na semana passada, ele foi o vencedor do sorteio que é promovido todo mês pelo posto para os mototaxistas. “Ganhei um quite para a moto e um balaio junino. Já vi um colega ser sorteado, mas não imaginei que poderia ganhar. E o mais importante é que neste posto não concorrem apenas

Também cliente do Posto São Luiz, o advogado Dr. Wesley Souza de Andrade disse que ficou muito satisfeito com o atendimento diferenciado do local. Dr. Wesley disse que a qualidade do serviço prestado no estabelecimento é um diferencial que dificilmente é encontrado em Arapiraca. “Acho que a implantação de um posto que oferece um produto de qualidade e tem um bom atendimento é muito bom para o município”, afirmou Dr. Wesley. O advogado informou que já

os que abastecem um valor acima do determinado, todos podem participar, independente do dinheiro que pagou”, disse o mototaxista. Mas não foram apenas os sorteios que atraíram o mototaxista a abastecer no posto. Ele conta que, devido a qualidade do produto, está economizando R$ 4,00 por dia. “Trabalho com a moto, por isso, preciso abastecer muitas vezes por dia e a economia que estou tendo no Posto São Luiz é muito importante”, afirmou.

Andrade se diz bastante satisfeito

Mecânico recomenda o combustível

Posto é sinônimo de satisfação

Josias Francisco dos Santos é proprietário de uma oficina mecânica e cliente fiel do Posto São Luiz. Ele contou que, desde que visitou o estabelecimento pela primeira vez, tem orientado seus clientes a abastecer no local. Para Josias, que trabalha há 19 anos como mecânico, é muito importante saber a procedência do combustível e ter certeza da qualidade do produto que esta colocando no veículo. “É preciso tomar cuidado para não abastecer com combustível adulterado. Além de o veículo perder desempenho e, consequentemente, consumir

O atendimento diferenciado também chamou a atenção do contador Carlos Sampaio. Ele disse que o serviço de atendimento dá mais proximidade, satisfação e fideliza o cliente. “A opinião de que o Posto São Luiz possui um atendimento muito bom não é somente minha. Algumas pessoas que conhecem o local comentam comigo da satisfação que sentem na recepção e atendimento”, relata. Sampaio disse que o empreendimento possui um diferencial que contribui para melhorar a imagem de Arapiraca. “Em poucas cidades eu observei

mais combustível, o consumidor pode ser obrigado a gastar ainda mais com uma oficina, uma vez que o combustível adulterado representa um risco para o bom funcionamento do carro”, alertou o mecânico. Josias Francisco contou que a primeira consequência de quando se abastece o veículo com combustível de má qualidade é sentida no desempenho do motor. “As consequências se agravam e prejudicam o desempenho e vida útil dos componentes do motor. Já recebi muitos veículos com problemas porque foi usado uma mistura”.

Sampaio destaca a satisfação

Algumas empresas de Arapiraca firmam parceria com o Auto Posto São Luiz para abastecerem seus veículos. Este é o caso da fábrica Biscoitos Trigo e Cia. O proprietário da fábrica, o empresário Juarez Cavalcanti, disse que trabalha há 10 anos com panificação e produção de biscoitos no município. Ele contou que a parceria com o posto de combustível São Luiz só tem lhe trazido benefícios. Com caminhões novos da empresa, Juarez tem muito cuidado com o combustível que é usado nos veículos. Este é um dos motivos de ter firmado parceria com o Posto São Luiz.

“Sei que o posto tem certificação de qualidade e isso é fundamental para quem trabalha com veículos de carga”, expôs. Juarez também contou que ele e sua família também são clientes do posto. “Gosto muito do atendimento, que não faz distinção entre os clientes, e dos serviços que são disponibilizados no mesmo espaço. Algumas vezes vou até o posto somente para ir à farmácia ou a loja de conveniência. Todo o serviço oferecido é feito com muita atenção. Quando chegamos somos bem recepcionados e sempre buscam nos dar conforto”, diz.

um trabalho parecido com o que é realizado no Posto São Luiz. A iniciativa é muito importante para que sirva de exemplo para outros empresários que pretendem montar um negócio em Arapiraca”, disse. Dentre as comodidades do local, o contador destaca a entrega de jornais a todos os clientes e a loja de conveniência. “Os funcionários distribuem o jornal independente do valor que foi gasto no posto e isso mostra que o tratamento é igual. Com a entrega no posto já aproveito para abastecer e me inteirar das notícias”.

Gerente destaca a credibilidade

Empresas firam parcerias com o posto

Cavalcanti fala sobre benefícios

enfrentou problemas com veículos pelo uso de combustíveis adulterados. “Já tive a oportunidade de pedir o teste de qualidade do combustível e comprovei que o estabelecimento possui credibilidade. Andrade disse que procura encher o tanque de combustível quando precisa viajar para evitar abastecer em outro local. “Recomendo para amigos e familiares que procurem locais que oferecem uma garantia de qualidade e isso é encontrado no Posto São Luiz”, expôs Dr. Wesley.

Barros ressalta o atendimento

A empresa Copagaz também é cliente do Posto São Luiz. Assim como Juarez Cavalcanti, o gerente da empresa, Ricardo Barros, ressaltou a importância de se ter um posto de credibilidade para abastecer a frota de veículos. “O atendimento diferenciado têm atraído os clientes. Se a pessoa vai abastecer pela primeira vez sempre volta porque ficou satisfeita com o serviço oferecido”, afirmou. Ricardo explicou que ficou impressionado quando viu a preocupação que a direção do Posto São Luiz tem com seus clientes. “No Dia das Mães e

no Dia da Mulher houve toda uma programação especial com sorteio de brindes e entrega de rosas para todas as mulheres que chegavam ao posto. Isso mostra a preocupação que existe em agradar e fidelizar o cliente. É um diferencial pouco encontrado em Alagoas”. Com relação à qualidade do produto, Ricardo teceu elogios e disse que, mesmo quando não esta a serviço pela empresa, procura abastecer o veículo no Posto São Luiz. “Encontrar um posto perto de casa, com toda comodidade e que oferece um controle de qualidade do produto é muito importante”.

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Fotos: Carolina Sanches

Everaldo Pereira explica como os empresários idealizaram a campanha “Arapiraca Solidária”

Sérgio Murilo se diz surpreso com o grande número de adesões e com a quantidade de alimentos arrecadados

Uma lição de solidariedade e cidadania Grupo de empresários de Arapiraca lança campanha e envia mais de 150 t de alimentos às vítimas das enchentes Em meio à lama e aos rastros de destruição que atingiram municípios de Alagoas e Pernambuco é possível encontrar uma onda de solidariedade através das doações que estão sendo encaminhadas de diversos lugares. Milhares de famílias ficaram desabrigadas devido às fortes chuvas que caíram nos últimos dias. Um grupo de empresários em Arapiraca se uniu para amenizar o sofrimento das pessoas que tiveram que deixar suas casas e vivem em abrigos improvisados. Arapiraca não está entre os municípios que registraram problemas causados pelas chu-

vas e os moradores resolveram ajudar as famílias prejudicadas. Em Alagoas e em Pernambuco, foram confirmadas 57 mortes em decorrência dos temporais que atingiram a região nas últimas semanas. Nos dois estados, 95 municípios relataram estragos por causa de enchentes e mais de 150 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. Mesmo distante das cidades que foram atingidas pelas chuvas, empresários e moradores de Arapiraca se sensibilizaram e decidiram formar uma corrente para arrecadar donativos e distribuílos. Acampanha “Arapiraca Solidária” conta com o Grupo Corin-

ga, Unicompra, Andrade Distribuidor, Vieira Distribuidora, Popular Alimentos, S. Pessoa Distribuidor, Dinâmica Distribuidor, Asa Branca , Super15 Distribuidor, Coca-Cola, Líder Distribuidor, Mineração Vale Verde, Foco Real Distribuidor, prefeitura de ArapiracaAssociação Atlética do Banco do Brasil (AABB), Tiro de Guerra de Arapiraca, Corpo de Bombeiro, Unimed, Rotary Club, Mazipac (São Paulo) e Programa Mesa Brasil Sesc. As ações contam ainda com o apoio das rádios 96 FM Arapiraca, Novo Nordeste, Gazeta Arapiraca, Pajuçara Arapiraca, Imprima FM e TV Pajuçara. As

cidades de Traipu, Taquarana, Coité do Nóia, Penedo, Craíbas, Delmiro Gouveia, Major Isidoro, Campo Grande, Olho d’Água Grande e Junqueiro também são parceiras da campanha. Segundo o gerente Comercial/Marketing do Grupo Coringa, Sérgio Murilo, o que fez com que ele participasse da campanha foi o sentimento de solidariedade. “Fiquei muito sensibilizado com o drama das pessoas que perderam tudo nas enchentes. É impossível ver histórias tão fortes de destruição e não colaborar para ajudar essas famílias”, conta, afirmando que nunca pensou que a campanha iria ter uma ade-

são tão grande dos moradores. Um grupo de empresários é responsável pela logística do transporte dos donativos para as cidades atingidas pelas enchentes. Sérgio Murilo explicou que muitas empresas estão disponibilizando parte dos seus funcionários para ajudarem na campanha. “Acontribuição de empresários e de toda comunidade têm sido fundamental para o sucesso da campanha. O Corpo de Bombeiros e o Tiro de Guerra atuam com as equipes de voluntários para que tudo seja feito da melhor forma”, disse. O gerente ressaltou que a preocupação é que as doações

cheguem aos locais necessitados. “Estamos em contato direto com a Defesa Civil e acompanhamos as necessidades e os locais que precisam das doações. Como a entrega é feita pelos bombeiros, não há como o produto ser encaminhado de forma errada”. DESTINO - Já foram enviados cerca de 30 caminhões para os municípios alagoanos de Quebrângulo, Paulo Jacinto, Rio Largo, Jacuípe, Murici, Branquinha, União dos Palmares, Santana do Mundaú e São José da Laje. Os municípios de Palmares, Água Preta e Barreiros, em Pernambuco, também receberam doações.

Mutirão percorre as comunidades A situação das vítimas das enchentes comoveu muitas pessoas que aproveitaram o dia de folga para participar de um mutirão em Arapiraca. No último dia 24, Dia de São João, era feriado para o comércio de Arapiraca e a data foi marcada por um grande ato de solidariedade. Muitas pessoas foram levar donativos em pontos de apoio da campanha. Outras trabalhavam como voluntárias e ajudavam a recolher e separar o material arrecadado. Um dos coordenadores da campanha “Arapiraca Solidária”, Everaldo Pessoa da Silva, explicou que, desde que a notícia das enchentes foi divulgada, na noite do dia 18, muitos empresários se manifestaram para ajudar as famílias que foram afetadas. No dia 21, foi realizada uma reunião e os participantes decidiram que o município iria promover a campanha. No feriado, funcionários e patrões se uniram em um mutirão de arrecadação que foi concentrado no ginásio da AABB. Através de uma ação conjunta, a campanha foi amplamente divulgada e logo as pessoas começaram a trazer os alimentos. “Ficamos impressionados com a rapidez com que as doações chegaram a AABB. Tudo foi muito organizado e o apoio dos empresários foi muito importante”, relata Everaldo. Além do ponto de arrecadação, equipes se distribuíram nas ruas de vários bairros com carros de som, caminhões e muitas pessoas recolhendo donativos para serem doados aos atingidos pelas enchentes. “Foi uma grande mobilização que percorreu os bairros. Antes que chegássemos às casas, as pessoas já

corriam para entregar os donativos”, disse o coordenador. O gerente Sergio Murilo lembrou que esta não foi a primeira vez que o município de Arapiraca ajuda cidades que foram atingidas por fortes chuvas. “Lembro de duas ocasiões, uma delas foi à cheia do município de São José da Laje quando Arapiraca se mobilizou e arrecadou muitos donativos”, observou. SUPEROU EXPECTATIVAS - Sergio Murilo informou que, inicialmente, a proposta da campanha “Arapiraca Solidária” era de arrecadar donativos para os desabrigados da região do Vale do Paraíba em Alagoas, mas que as doações foram aumentando e chegaram a outras localidades. “Vimos à necessidade das regiões afetadas e felizmente a quantidade de doações esta conseguindo atender as localodades”, afirmou. O sucesso da campanha foi tão grande que a quantidade de alimentos recebida esta dando para ajudar cidades de Pernambuco que também foram atingidas pelas enchentes. Caminhões foram enviados para três cidades em Pernambuco. COMO FAZER DOAÇÃO Segundo os bombeiros e coordenadores da campanha, as vítimas precisam de água, alimentos, material de limpeza e higiene e colchões. Os interessados em contribuir com a campanha podem se dirigir aos postos de coleta localizados no Corpo de Bombeiros de Arapiraca, Grupo Coringa, Distribuidora Andrade, Supermercado Unicompra, Distribuidora Asa Branca, CocaCola, Farmácia São Tiago, Droga Lima, e Correios.

Campanha “Arapiraca Solidária”, promovida pelo empresariado, arrecada alimentos para as vítimas das enchentes no interior de Alagoas

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RECONHECIMENTO

Professor da Ufal é premiado na Espanha Wander Botero ensina no campus Arapiraca e teve trabalho escolhido como um dos melhores de seminário O professor Wander Gustavo Botero, do curso de Química da Universidade Federal de Alagoas, campus Arapiraca, teve trabalho premiado entre os 10 melhores, dentre os 45 enviados ao XV International Humic Substances Society, na Espanha. Além do trabalho de Wander, no Bra-

sil, só mais uma pesquisa foi selecionada, a da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de São Carlos - SP. O congresso mundial ocorre a cada dois anos, reunindo especialistas na área de substâncias húmicas, que são moléculas que se originam da

degradação de resíduos de animais e plantas presentes em ambientes aquáticos e no solo. O trabalho do professor Wander Botero trata “Characterization of the interactions between aquatic humic substances from tropical rivers and endocrine disruptors,

using an ultrafiltration procedure and gas chromatography – mass spectrometry”. O estudo científico estudou as interações entre as substâncias húmicas e os interferentes endócrinos (hormônios e plastificantes) e a influência das substâncias húmicas na biodisponiblidade desses

contaminantes no ambiente. Resultado da tese de doutorado defendida no dia 24 de junho na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, o trabalho contou com a participação de três alunos de doutorado, dois de iniciação científica, um aluno de pós-graduação, além de

professores da Unesp Sorocaba e Araraquara. “No Estado de Alagoas estudos têm sido feitos para avaliar as características das substâncias húmicas na região e diversos alunos do curso de Química do Campus Arapiraca vêm participando das pesquisas nessa área”, enfatiza Wander.

Cortesia

Apesentações musicais animam a festa

Trinta grupos disputaram concurso de quadrilhas

Festejos de São João resgatam cultura popular em Arapiraca Acultura popular ganhou vida, em Arapiraca, durante as 26 noites do “Arraia da Integração”. Aprogramação do evento incluiu apresentações de quadrilhas matutas e estilizadas, desfile de carroças de burro, forró pé-de-serra, shows musicais e comercialização do artesanato local. Os eventos aconteceram no Parque Ceci Cunha, na área central da cidade, e no Lago da Perucaba, que rece-

be eventos oficiais no município. A última noite do São João de Arapiraca reuniu mais de 20 mil presentes. A oitava edição do “Arraiá da Integração” foi uma promoção da Secretaria de Cultura e Turismo, com apoio da Federação das Associações Comunitárias de Arapiraca (Facomar) e de empresas privadas do município. O evento junino foi aberto oficialmente no dia 04

de junho enquanto o concurso de quadrilhas teve início no dia 20 de junho, com apresentações no Lago da Perucaba. Passaram pelo espaço mais de trinta grupos, que deram brilho e levaram muita animação para o público que prestigiou o evento. Na categoria matuta, a grande vencedora foi a “Pisoteio” de Batingas, seguida por “Cacimbas Quente”, “Matuto Arrochado” e

“Gonzagão”. Já na categoria estilizada, pelo quarto ano consecutivo, a “Luar do Sertão” de Maceió ficou com o maior prêmio. A “Canarraiá” – que representou Alagoas na final do Concurso Regional de Caruaru – ficou com a segunda colocação. A quadrilha “Asa Branca” de Atalaia terminou em terceiro. A“Lengo Tengo” e “Junina Tradição” encerraram a classificação da final.

Os shows no Lago da entre muitas outras atraPerucaba foram uma atra- ções. ção a parte do São João de O “Concurso de Resgate Arapiraca. Nos onze dias de à Cultura Junina” contou festa no Lago da Perucaba, com a participação de quao público curtiu, cantou e renta comunidades, interadançou aos sucessos de gindo com o público. Foram Ivaldo Maceió, Forró dos 26 bairros da Zona Urbana Plays, Forró Invocado, Jorge e 14 da Zona Rural. Em uma de Altinho, Baby Som, eleição bastante acirrada, a Eliane, Alves Correia, comunidade de Gruta Expresso Forronejo, José D’água venceu na Orlando e Magnificos, KaZona Rural e conrisma. quistou um título A última noite inédito. A diferencomeçou com a ça da primeira cobanda Mandacarú loca para a terceique animou o púra foi de apenas Shows blico com o forró um ponto. Os dois levaram regional. Logo dearraiás de Bapois, foi a vez do tingas estão entre milhares de Forró do Tchê não as vencedoras, pessoas ao deixar ninguém assim como CaLago da parado. A atração jarana e Tabofinal ficou por quinha. Perucaba conta do cantor DiferentemenMano Walter que te da Zona Rural, cantou seus maioo Concurso na Zores sucessos. na Urbana teve um O São João de campeão com uma boa marArapiraca tamgem de diferença para o sebém teve o forró pé-de- gundo colocado, ou melhor, serra. Na concha acústica do para os segundos colocados, Mercado do Artesanato, o já que duas comunidades público apaixonado pelo empataram e vão dividir o forró regional curtiu David prêmio. A primeira colocae Seu Regional. Sertanejos ção ficou com Lengo Tengo, do Forró, Severino do Papel, seguida pelo Tire o Pé do Zé Paulo Sanfoneiro, Zeza Chão, Santa Edwiges, Zélia da Sanfona, Família Mo- Barbosa, Canarraiá e Manreira, Edgar do Acordeon, gabeiras.

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Monde

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Grand

Por Aroldo Marques

E-mail: harold_marques@hotmail.com

dade econômica e cultural local e o enriquecimento do destino turístico, com um roteiro diferenciado. Saiba mais sobre o projeto acessando o site: www.institutomagnamater.org.br

Nova Administração Por aqui a Suzuki agora é Unimotos, tendo o administrador Ronaldo Silva no comando da empresa que recebeu juntamente ao seu sócio o empresário Jadielson Pessoa a sociedade arapiraquense num apetitoso café da manhã junino com direito ao show do Zeza forró pé-de-serra e cobertura jornalística da imprensa local na manhã do ultimo dia 26 de junho, quando expuseram suas possantes motos e quadriciclos anunciando os 100 anos de sucesso da Suzuki Motos, na ocasião houve o sorteio entre 15 amigos de três maquinas tendo como premiados o empresário Sinaldo Pessoa, o bancáro Marcio Barros e o comerciante Harllan Alcântara - Unimotos concessionária autorizada que já conquistou o mercado da grande Arapiraca e de todo o agreste alagoano. Naquele momento foi registrada uma excelente aceitação das máquinas SUZUKI e os amantes motociclistas aprovaram a centenária grife a exemplo das organizações Papa Lega do Asfalto, Piratas dos Agreste e ASA Moto Club.

Festa dos Caminhoneiros

André Fon é convidado especial de Marcos Madeira e Rose Carrel para fotografar as belezas naturais de Maragogi

Mister Alagoas TUR Oficial 2010

Tramas em Riacho Doce Uma das grandes tendências do turismo mundial, o de base comunitária, vem sendo implementado pelo Instituto Magna Mater (IMM) - dedicado a promover ações nas áreas de turismo, cultura e meio ambiente - numa comunidade de uma das mais belas praias de Alagoas. O projeto Tramas em Riacho Doce tem por objetivo capacitar a comunidade para o atendimento e um melhor aproveitamento da oferta turística; a criação de serviços associados; a venda dos seus produtos; o planejamento do uso sustentável de seu território; a promoção da sustentabili-

Ronaldo Silva e Jadielson Pessoa falam da grande aceitação da Suzuki Unimotos

paço, arborização, privacidade, segurança. Encontramos tudo isso e mais uma seleta vizinhança. Estamos satisfeitíssimos principalmente quando vemos nossa filha de oito anos andar livremente a pé ou de bicicleta pelo condomínio. Sentimos aqui uma sensação de paz permanente, sem muros e com uma sensação de privacidade que nunca sentimos antes". Dr. Filipe Amorim Braga é médico com especialidade em Angiologia, e Cirurgia Vascular e Endovascular, casado com a nutricionista Ivana Soares Cardoso Braga, são pais de Maurício, Taís e Alice Cardoso Braga.

Planeta Fashion Colecionando sucesso profissional o renomado artista André Fon, depois da brilhante festa "Troféu Alagoas em Foco" nos comunica que em breve dias estará apresentando um programa televisivo intitulado "Planeta Fashion" com cobertura de eventos, moda, entrevistas e tudo que acontece na sociedade alagoana. A produção virá do programa terá assinatura de Cléo Araújo. Estamos ansiosos para ver!

Sucesso

A nutricionista Ivana Braga, a filhinha Alice e o médico Filipe Amorim Braga falam de conforto e segurança no Residencial Ouro Verde

Por que morar no Residencial Ouro Verde? "Acreditamos na idéia desde o primeiro momento. Sentíamos necessidade de es-

Arapiraca é a cidade conhecida como a Capital Brasileira do Fumo onde se tornará palco para receber das cidades (Maceió, Arapiraca, São Miguel dos Campos, Marechal Deodoro, Taquarana, Feira Grande, Lagoa da Canoa, Craíbas, Coruripe, Penedo, Girau do Ponciano e outras) que fazem nosso estado crescer e aparecer uma seletiva dos homens mais lindos de Alagoas, Jailthon Sillva junto com o Conexão Alagoas hoje são os exclusivos e responsáveis legais por a coordenação e franquia da realização à nível estadual no Concurso Mister Alagoas TUR Oficial 2010 com data prevista para o início de agosto. Foi dada a largada para a escolha do Homen mais bonito do estado de Alagoas para nos representar nos dias 07, 08 e 09 de Outubro/2010 em João Pessoa/PB no Mister Brasil TUR Oficial 2010.

Poder

Modo de Vida

Tio Djalma Oliveira e Doris de Oliveira vivendo momentos felizes

A VI Festa dos Caminhoneiros vai acontecer no Espace Arapiraca, com uma grande feira de negócios articulada pela promoter Roset Silva Jackson ( leia-se Sepronor ) que nos comenta da super estrutura que será montada, numa rica programação com a entrega do Troféu aos caminhoneiros de sucesso, com o Concurso da Rainha dos Caminhoneiros, e muito mais, tudo isto nos dias 6, 7 e 8 de agosto tendo no dia 7 o show com Chicabana. Faça parte deste evento!

Em menos de três anos de funcionamento, o programa de fidelidade da rede pernambucana Pontes Hotéis & Resorts, Premium Club, atinge a marca de dois mil associados. Criado para retribuir a preferência de quem utiliza os serviços do Mar Hotel, Atlante Plaza e Summerville, os cadastrados têm direito a uma série de benefícios nos empreendimentos hoteleiros, além de vantagens e descontos em empresas parceiras. Funcionando com acúmulo de pontos ao utilizar os serviços dos hotéis, um cliente de destaque é o executivo da CocaCola Company Joaquin Galindo. Trata-se do primeiro cliente da rede hoteleira pernambucana a ser elevado à categoria "Ouro" do cartão Premium Club. Esse nível é atingido ao ultrapassar a marca de 100 mil pontos. Saiba mais em www.premiumclub.com.br

Contrutora Ouro Verde e Contrato Engenharia Sexta-feira dia 28 de maio,foi dada a grande largada do desenvolvimento da construção civil em Arapiraca, desse momento em diante da consolidação da importante parceria Construtora Ouro Verde e Contrato Engenharia teve êxito quando os diretores das duas organizações respectivamente deram-se as mãos para anunciar o lançamento em breve, do empreendimento que será o primeiro e grande empreendimento imobiliário vertical de Arapiraca... Naquele momento estiveram a mesa Gloria Kalil é a os empreendedores Jadiel- convidada especial son, Genildo Pessoa, e Edi- de Roset Silva e valdo Barbosa, diretor do Rose Carrel e mais grupo Unicompa, Dr. Vini- esperada em cus Cansanção e João setembro na City Teixiera, diretores da Contrato Engenharia, Dra. Maria Aparecida, representando a Superintendência da Caixa Econômica Federal, o Deputado Ricardo Nezinho, a ex-prefeita Célia Rocha, Moises Montenegro, secretário de Obras e Viação representando o Prefeito Luciano Barbosa... Assim foi oficializada a fusão Ouro Verde e Contrato. Parabéns!!!

Feijoada By Harold

lunista está estudando as solicitações... Aguardem!

Isvânia Marques em Ascensão Dezesseis escritores alagoanos e membros da SOBRAMES-AL (Sociedade Brasileira de Médicos Escritores) participaram do XXIII Congresso Nacional de Escritores, em Ouro Preto, Minas Gerais, de 03 a 06 de junho. No penúltimo dia, 05, na sala de reuniões, foi divulgado o resultado do concurso de Prosa e de Verso, após as apresentações dos trabalhos e seleção dos textos pela comissão julgadora do certame. Alagoas obteve destaque com a classificação de três alagoanos: Isvânia Marques - 1º lugar (crônicas), Dr. Judá Fernandes - 2º lugar (poesias); Adélia Magalhães Honra ao Mérito (poesias). O grupo foi liderado pelo presidente da Sobrames de Alagoas, Dr. José Medeiros, e retornou a Maceió feliz pelas conquistas alcançadas. Nossos orgulhosos cumprimentos e parabéns! z Isto mesmo, mais uma do empresário Jadielson Pessoa, desta vez em Palmeira de André Fon ultima Fora, tendo como direprojeto do seu tor administrativo, programa sócio e articulador de Planeta Fashion marketing Roberto Amaral pilotando a mais nova empresa de laticínio e sucos Bona Sorte,,, Que recebeu os amigos, a imprensa, segmentos políticos e empresarias no dia 29 de junho em Palmeira de Fora. São Pedro abençoou!

Em agosto, logo após o corre-corre da Copa do Mundo e dos zAs empresárias do mercado automobilístifestejos juninos, na prico Olga Alves Vital e Quitéria Paz nos recebemeira quinzena acontecerá a 13ª edição da tra- Kika Paz e Olga Alves Vital ram o "grand monde" alagoano numa bombástica festa de inauguração da nova instaladicional Feijoada By inauguram com sucesso sua ção da sua Point Car Veículos com ambienHarold, como sempre Point Car Veículos tação e projeto da arquiteta Cris Nunes que em grande estilo e fernesse dia 01 de julho em show com a Banda veção... Este ano a Feijoada by Harold promete trazer um mega-atração mas, a turma pede bis com Dona Flô e coqsouper do Buffet San Martin.... Um ArtChoro pagode de mesa, e a Banda Nó 4... O co- arraso!!!

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O JORNAL

Economia

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Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br

Lei do ‘Não Perturbe’ chega a Alagoas Consumidor que não quiser receber ligações de serviço de telemarketing precisa se cadastrar no site do Procon Valdete Calheiros Repórter

O Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor de Alagoas (Procon) acredita que dentro de 30 dias deverá disponibilizar em seu website (www.procon.al.gov.br) um espaço para que o consumidor possa cadastrar o número do telefone e assim não mais receber ligações de empresas de telemarketing, se assim desejar. O serviço a ser disponibilizado é um instrumento de defesa aos consumidores que não desejam ser importunados pelas insistentes chamadas das empresas de telemarketing. O instrumento de defesa está assegurado pela lei estadual n° 7.127 de 2 de dezembro de 2009, sancionada pelo Executivo estadual no mês passado. O superintendente do Procon, Rodrigo Cunha, afirmou que o órgão está finalizando os testes junto ao Instituto de Tecnologia em Informática e Informação do Estado de Alagoas (Itec). “O Procon acompanhou toda a tramitação da lei. Estamos finalizando junto ao Itec os testes. Até o momento, o sistema só pode ser acompanhando internamente. Dentro de um prazo de trinta dias, o serviço deverá estar disponibilizado aos consumidores”, explicou. Ainda segundo Rodrigo Cunha, assim que o serviço estiver disponibilizado na página eletrônica do Procon, qualquer alagoano que não mais quiser receber as chamadas telefônicas feitas pelas empresas de telemarketing, poderão procurar qualquer posto do Procon, apresentar comprovante de que é o titular da conta telefônica e disponibilizar o número do telefone, informando que não quer ser incomodado. A partir deste procedimento, as empresas de telemarketing terão que pensar duas vezes antes de ligarem para os consumidores alagoanos listados no site do Procon.

Empresas de telemarketing terão que cumprir a lei e não ligar para cadastrados no site do Procon

Legislação – A lei, de autoria do deputado Alberto SextaFeira (PSB), institui no âmbito do Estado, o cadastro com objetivo de impedir a prática abusiva contra o consumidor por meio de ligações telefônicas não autorizadas. A lei já está apelidada de “Não Perturbe”. De acordo com a legislação, as empresas de telemarketing ou outros tipos de estabelecimentos que se utilizem deste tipo de serviço, ficam impedidas de efetuar ligações telefônicas aos consumidores devidamente cadastrados. No decreto, o governador Teotonio Vilela determinou que

caberá ao Procon de Alagoas “implementar, manter e disponibilizar um espaço em seu site para que o consumidor possa cadastrar o número do telefone e assim não receber ligações que não desejem”. A lei, segundo o autor, visa oferecer mais proteção aos consumidores das inúmeras ligações de empresas de telemarketing. CADASTRO – O cadastro é válido para telefones fixos e móveis e a qualquer momento o usuário poderá solicitar a exclusão do cadastro. As instituições filantrópicas não são atingidas por esta lei.

De acordo com o deputado Alberto SextaFeira, a proposta foi pensada com a preocupação de não prejudicar as instituições filantrópicas que dependem quase que exclusivamente de doações e o mecanismo utilizado é justamente o telemarketing. “Os consumidores alagoanos dispõem agora de um dispositivo legal que lhes garante o direito de não receberem ligações de promoções, serviços ou vantagens quaisquer, que empresas de telemarketing, através de ligações telefônicas, venham a lhe oferecer, sem que ele queira”, frisou o autor da proposta.

Telemarketing quer ir à Justiça contra bloqueio O setor de telemarketing estuda ir à Justiça contra as leis que criam listas de telefones bloqueados à propaganda implantadas em todo o país. O presidente da Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente (Abrarec), Roberto Meir, vê inconstitucionalidade na iniciativa. “A questão é de âmbito

nacional. Não cabe ao governo estadual tratar de um assunto que atinge o setor que mais emprega no País.” Os integrantes da associação decidem em breve se ingressam na Justiça Federal contra a lei. “O Brasil tem cerca de 1,2 milhão de trabalhadores em telemarketing. Este tipo de lei

pode gerar muito desemprego”, disse. “Em um momento de crise, não podemos correr o risco de fechar essas vagas. Faltou sensibilidade ao legislador”, completa. Para ter acesso ao banco de dados do Procon, a empresa precisa se cadastrar na plataforma. Porém, não há obrigato-

riedade de registro, detalhe que provocou críticas de entidades de defesa do consumidor, pois significaria uma brecha na lei. Mesmo não cadastrada, a empresa tem de obedecer à lei. O fato de ela não se cadastrar, será considerado como um indicativo de resistência à legislação.

Cunha lembra que cadastro poderá ser feito em postos do Procon

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Economia

O JORNAL JORNA L

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Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br

Cores discretas predominam entre os carros dos brasileiros Oito em cada dez veículos tem pintura prata, preta, cinza ou branca Na próxima vez em que circular de carro, repare no inevitável cenário - os veículos são predominantemente das cores prata, preto, cinza e branco. Oito em cada dez carros saem pintados das montadoras e trafegam pelas ruas brasileiras com alguma destas cores. A cor prata é a preferida de 33% dos brasileiros, seguida do preto (25%), do cinza (14%) e do branco (10%). “Apesar de o Brasil ser um país tropical, de cores quentes e vivas, o que aconteceu desde os anos 2000 é um afunilamento da preferência por cores mais sóbrias”, diz o especialista em cores para carros Antonio Carlos de Oliveira. Diretor da divisão DuPont Automotive Systems na América Latina, a maior fornecedora de tintas automotivas, Oliveira explica que determinadas características regionais explicam diferenças das cores. Na Rússia, o verde é a segunda cor mais preferida. Há um certo mistério sobre essa escolha, mas locais frios, pa-

Carros brancos são 10% da frota que saem das montadoras, seguindo a tendência de cores sóbrias

radoxalmente, têm cores mais vivas - uma forma de chamar atenção em meio à cenário que vivem cobertos por neve. Nos Estados Unidos, o branco, a cor preferida, está associada à sinais de riqueza. Mas no Brasil, principalmente pela grande frota de carros de São Paulo, o branco é a cor dos táxis, o que elimina parte dos vínculos com grandes fortunas. Desde 1952, a americana DuPont realiza uma pesquisa

sobre as cores mais populares de carros - o levantamento é realizado no Brasil há 30 anos. A pesquisa inclui informações dos fabricantes de veículos, licenciamento de carros e os dados de vendas de tintas além da análise da própria empresa. Um em cada dois carros produzidos no Brasil - cerca de 1,5 milhão - utiliza tintas produzidas pela empresa americana. A fábrica brasileira fica em Guarulhos, na

Grande São Paulo. A empresa fornece para todas as montadoras, exceto as francesas Renault e Peugeot. A cada dois anos, as fabricantes normalmente renovam seu leque de cores, embora haja apenas uma ligeira mudança nos tons das principais cores. O resultado do Brasil segue a mesma preferência mundial, que se traduz em 77% dos carros produzidos neste arco-íris de tons pálidos.

Vestir-se como os carros é a nova tendência Inúmeros fatores explicam a preferência por cores pouco vivas. As tendências de cores nos carros seguem o que os estilistas internacionais ditam à moda. “As pessoas gostam de se vestir como os carros”, diz o executivo da DuPont. Nas principais passarelas da moda, seja em Paris, Roma ou Nova York, técnicos da DuPont estudam as principais tendência que indicarão em três a cinco anos as próximas famílias de cores que vão estampar as latarias dos carros. A opinião das mulheres pesa na escolha da cor dos carros. “Enquanto os homens querem saber a potência do motor, elas opinam sobre as cores dos carros”, diz. PREFERÊNCIA- A partir

dos anos 2000, houve uma predomínio do prata. Segundo Oliveira, a entrada no novo milênio acabou fazendo surgir temas futuristas, introduzindo aspectos de modernidade. “Foi o que se viu no uso de aço escovado e produtos metalizados”, explica. Mesmo hoje nem tudo o que é prata, definitivamente, reluz como prata puro. Segundo Oliveira, há uma tendência dos carros saírem das montadoras prateados com tons de azuis, verdes, vermelhos e até amarelos, que ampliam a família do prata. A cor preta também ganhou espaço. Mais recentemente, muitas famílias brasileiras passaram a ter seu primeiro carro, conferindo

um sinal de ascensão social que a cor representa. Como dizia Henry Ford, fabricante do modelo T, o popular Ford de Bigode, que popularizou a disseminação do carro nos EUA: “o veículo é disponível em qualquer cor, contanto que seja preto.” Mas o preto não é o campeão no Brasil. “Tem o problema de que é uma cor que esquenta num País que faz calor como o nosso”, conta Oliveira. “Quando se liga o ar condicionado do carro, se leva mais tempo para ser resfriado”, diz. Antonio Carlos de Oliveira afirma que as cores mais populares no Brasil possuem também um aspecto financeiro. “É um fator adicional relacionado ao valor de revenda do veículo”, explica.

Embora as empresas consigam fazer o conserto de arranhões nas cores originais, seja quais forem, há a percepção de que as cores mais populares sejam fáceis de serem reparadas. Pouca gente se arriscaria a comprar um carro de cor de abóbora ou rosa, que desvalorizam o preço do carro. Apesar de existir uma tendência crescente de personalização, com sucesso do Mini Cooper, o Fiat 500, o Smart, da Mercedes, e mais recentemente o novo Uno, eles representam ainda uma pequena parcela sobre o total de veículos vendidos. “É um caro carro, mas quem compra, normalmente quem tem mais de 40 anos, tem um lado lúdico de busca de jovialidade “, diz Oliveira.

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Economia

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Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br

Tesouro Direto: saiba como escolher Investidor iniciante tem nos papéis públicos investimento com menores riscos, por causa da garantia de pagamento Investir em títulos do Tesouro Direto é, reconhecidamente, uma estratégia conservadora. Por se tratar de papéis públicos, é o próprio governo que garante seu pagamento, no vencimento devido. Porém, o investidor iniciante que entra no site do Tesouro Direto e vê os vários títulos disponíveis, cujos nomes são siglas pouco intuitivas, pode ficar confuso antes de fazer sua escolha. O planejador financeiro pessoal Valter Police Junior simplifica dizendo que os títulos do Tesouro são divididos, basicamente, em três tipos: os totalmente pré-fixados, os parcialmente pré-fixados e os pósfixados.

OBJETIVO Antes de falar de cada um deles, no entanto, Police destaca que a escolha de qualquer investimento exige uma análise de quais são os objetivos do investidor que precisam daquele investimento para se concretizarem. Com isso em mente, ele vai descobrir que algumas metas são de prazo mais curto e outras para mais longo e outras ainda vão ficar no meio do caminho. “Ele deve saber que os [investimentos] de longo prazo não vão exigir tanta liquidez. E ele pode arriscar um pouco mais – pode ter uma desvalorização num primeiro mo-

mento para que no longo prazo eles se demonstrem mais rentáveis”, aconselhou. “Os mais arriscados são indicados quando se tem um prazo mais longo para deixar os valores aplicados”, completou. Apesar de “risco” ser um conceito bastante relativo – dado que o investimento no Tesouro Direto é considerado seguro –, Police explica que existe o risco de obter uma rentabilidade menor. “O Tesouro Direto tem muitas opções para quem quer investir. Quem quer com um prazo um pouco mais longo pode arriscar um pouco mais nos pré-fixados, que são as LTNs (Letras do Tesouro Nacional)”, disse.

Os riscos dos juros pré-fixados Cupons são pagos semestralmente Quando se aplica em um título LTN, cujos juros são pré-fixados, o investidor já sabe desde o início qual será sua rentabilidade. “Como os juros hoje são altos, os títulos ainda têm uma remuneração alta, mas há um fator de risco: imagine se amanhã o governo precise subir a taxa básica de juro da economia: esse título vai valer bem menos”, explicou o especialista. Por outro lado, se a taxa de juro da economia brasileira cair, o título estará preservado na taxa mais alta, previamente acordada com o governo. Os outros dois tipos de títulos do Tesouro Direto são considerados mais “seguros”, porque acompanham as oscilações da economia. É o caso das LFTs (Letras

Financeiras do Tesouro), cuja rentabilidade acompanha a taxa Selic. São os mais defensivos, na opinião do consultor, porque neles se ganha exatamente o juro usado no mercado, com a inflação incluída. “Quanto mais pós-fixado, mais defensivo”, alerta. “O investidor deve pensar: quanto menor meu prazo, mais defensivo devo ser”. MAIS CARO É comum ver o valor de face dos títulos LFT bem maiores que os preços dos demais títulos. Isso ocorre, segundo explica Police, porque todos sabem que no vencimento desses papéis – 2013 ou 2015 – eles terão acumulado toda a Selic do período.

“Eles não são mais caros porque todos procuram, por serem mais ‘legais’. O valor de face representa a projeção de lucro que os investidores têm sobre o título”, acrescentou. Já os títulos NTN-B são indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Em outras palavras, eles pagam uma taxa de juro préestabelecida mais a variação da inflação oficial. “Seu título estará completamente assegurado contra a variação da inflação”, afirma Police. Para ele, esses títulos que oferecem maior prazo de vencimento são recomendados para o investidor que deseja manter o patrimônio “a salvo”, tanto para a compra de algo quanto para sua aposentadoria.

Um critério importante para ajudar na escolha do título do Tesouro Direto é o pagamento do valor do papel. Algumas alternativas, como as LTN, NTNB Principal e LFT pagam o valor do título e a rentabilidade acumulada uma única vez: no vencimento (ou caso o investidor venda o título antes de seu vencimento). Já os NTN-C, NTN-B e NTNF pagam o valor do título no vencimento e os juros, em cupons semestrais. Esses papéis podem ser úteis, segundo Police, para aqueles que querem ter mais liquidez. “Assim como você compra um imóvel para viver da renda do aluguel, esse cupom semestral é parte de seu investimento. Você pode usar esse dinheiro para o que quiser, seus gastos, ou mesmo reaplicá-lo”, apontou. Os demais são para

Police ressalta diferença dos títulos

quem não liga em pegar o dinheiro só no final do contrato. “Tem que ver qual é o objetivo do investidor”. CARTEIRA DIVERSIFICADA Dadas as várias opções de títulos do Tesouro disponíveis para compra, Police não descarta que

o investidor pode fazer uma diversificação de seu portfólio. “Você pode montar sua carteira tanto pensando no prazo do vencimento dos títulos quanto na forma de rendimento”, salientou. Police lembra, inclusive, que nada impede ao investidor vender seu título antes do vencimento. Neste caso, os juros acordados inicialmente podem não render o previsto. Porém, pode-se obter lucro, caso o valor de venda seja maior que o valor pago no momento da compra. “O Tesouro Direto é uma opção bem bacana de investimento seguro. O investidor deve estar sempre atento ao Imposto de Renda, pois essa é uma aplicação tributável, mas é uma excelente alternativa e deve ser olhada com carinho pelo investidor, sempre visando aos objetivos”, finalizou Police.

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O JORNAL

A28

Imobiliário

Imóveis.com Theodomiro Jr.

imobiliario@ojornal-al.com.br

IPI REDUZIDO ATÉ 2011 O leitor João Demerson, síndico do Edificio Eufrates, está às voltas com um problema. Ele teme que um prédio em construção no terreno ao lado do condomínio traga danos à estrutura física. Para esclarecer a questão, a coluna Imóveis.com consultou o engenheiro civil Antônio Eulálio Araújo. Nesses casos, orienta Araújo, o ideal é que o condomínio tenha em mãos um laudo técnico que aponte as condições estruturais do prédio antes do início da construção. "O laudo é uma forma de reunir provas antecipadamente. Portanto, pode ser usado para solicitar reparos caso haja algum dano.” Os moradores devem contratar um engenheiro perito de confiança. A vistoria deve ser feita em conjunto com um engenheiro indicado pela construtora. Feito o laudo, ambos assinam o documento. Isso garantirá que nenhuma das partes desminta a outra em caso de uma ação judicial.

BOMBA À VISTA A Imobili, do empresário César Carvalho, está para fechar uma parceria que promete abalar o mercado. A única informação antecipada por César é que se trata de um importante player da construção civil brasileira. O nome da empresa e o montante envolvido na negociação são guardados a sete chaves por César Carvalho. Resta segurar a curiosidade e esperar o anúncio da Imobili.

“TRÍDUO SANTO” E por falar em Imobili, a empresa faz parte do “tríduo santo” do programa Minha Casa, Minha Vida. A Soares Nobre, a Zampieri Imóveis e a própria Imobili lideram a lista de imobiliárias com maior fluxo de vendas no programa em Alagoas.

RECUPERAÇÃO Em Aracaju, a construtora sergipana Norcon já recuperou o terreno perdido com a crise financeira que afetou o mercado no ano passado.

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APÓS ENCHENTE

Concreto e PVC agilizam reconstrução de casas Projeto executado em São Luiz do Paraitinga (SP) pode ser aplicado em AL Após as fortes chuvas que atingiram 28 municípios alagoanos e mataram 37 pessoas, o sentimento de perplexidade e impotência cede lugar ao desejo de reconstrução. “Quero ter minha casa de volta, só não sei como”, disse Osvaldo Luiz, morador de Rio Largo, cidade cujo principal acesso ainda permanece em baixo d’água e que se transformou numa caudalosa cachoeira. Mas, como agilizar a reconstrução em massa de casas para que os desabrigados das chuvas recomecem suas vidas? A resposta pode ser encontrada na cidade de São Luiz do Paraitinga (178 km de São Paulo). Quatro meses após as enchentes que arrasaram o município no início do ano, São Luiz do Paraitinga iniciou a construção de 150 casas de interesse social, que foram entregues agora em junho. A rapidez na conclusão das primeiras unidades deve-se a um sistema de cons-

trução que utiliza fôrmas fixas de PVC e concreto. De acordo com o gerente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Mario William Esper, o sistema de Concreto/PVC foi escolhido por conta da necessidade de erguer as casas em tempo recorde para o uso da população de baixa renda que ficou desabrigada em função dos estragos causados pela chuva. “A produtividade é de três casas por dia”, assegura Esper. “O sistema de paredes monolíticas é formado por perfis leves de PVC, que possibilitam um encaixe simples e rápido dos módulos, preenchidos com concreto e aço estrutural. Neste modelo, os painéis de PVC atuam como fôrma, confinando o concreto que constitui a edificação sem precisar sobrepor blocos. Isso garante excelente acabamento interno e externo às paredes a moradia”,

explica. Entre as vantagens do sistema destacam-se a alta produtividade com equipes reduzidas, obra limpa, sem entulho e sem desperdício, controle dos materiais e custos, durabilidade dos materiais e facilidade de limpeza e manutenção no pós-uso. Somam-se a esses benefícios a elevada durabilidade e a baixa manutenção das edificações oferecidas pelo sistema construtivo concreto/PVC. Um dos grandes focos da ABCP nos últimos 10 anos tem sido o desenvolvimento de programas de moradia voltados para classes menos privilegiadas e habitação de interesse social, que tenham projetos racionalizados, materiais de qualidade, boas condições de conforto e moradia, além de custo adequado. Para esse fim, a ABCP desenvolveu em 2001 o projeto Casa 1.0® (analogia ao carro 1.0), que tem como princípio básico construir moradias

de qualidade a um custo acessível para a população de baixa renda. Hoje, nove anos após sua implantação, o projeto já permitiu a construção de cerca de 40 mil unidades habitacionais. A construção das casas obedece às seguintes etapas: fundação, fixação e ancoragem das barras de aço; montagem do PVC; fixação dos reforços de aço verticais e horizontais; instalação hidráulica e elétrica; alinhamento e prumo; enchimento de concreto; cobertura e acabamentos. Além da rapidez, o método requer equipes reduzidas para a execução do sistema; gera uma obra limpa, sem entulho e sem desperdício; tem alta durabilidade dos materiais e facilidade de limpeza e manutenção no pós-uso. O projeto, concluído há cerca de três anos, foi testado e recentemente aprovado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que leva em consideração conforto térmico, durabilidade etc.

TUDO BEM NA MATRIZ Com as vendas indo de vento em popa na matriz, a empresa volta agora suas atenções para as filiais e os projetos que também foram afetados pela crise.

PRORROGAÇÃO DO IPI Foi publicado no Diário Oficial da União o decreto que prorroga até 31 de dezembro de 2010 a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para material de construção. As alíquotas, que foram reduzidas no ano passado, voltariam ao patamar normal a partir desta quinta-feira (1º).

AGORA SÓ EM 2011 O decreto 7.222, publicado da última quarta-feira, fixou que as alíquotas sobre material de construção só retornarão ao porcentual original em 1º de janeiro de 2011.

DESONERADOS Na construção civil, a maior parte das alíquotas de IPI também foi zerada. Foram desonerados materiais como cimento, tintas, ladrilhos e azuleijos, fechaduras, cadeados, grade de ferro, pia, boxes, interruptores, disjuntores, chuveiros elétricos e outras ferragens.

TRISTEZA DE UNS... Mulher chora ao ver casa coberta por enchente; em destaque, casas erguidas sem tijolos em município paulista devastado no início do ano

Se para o torcedor brasileiro, a derrota da seleção na Copa trouxe decepção e tristeza, para quem atua no setor a volta do País à normalidade sinaliza que os negócios também voltarão à normalidade.

...ALÍVIO DE OUTROS Os corretores aguardam o retorno dos consumidores, já que a Copa deu uma sensível parada nas vendas.

EM FOCO Thiago Medeiros(Cortesia)

Vilmar Pinto, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Alagoas (Creci-AL), propõe ao governo federal que o programa Minha Casa, Minha Vida financie, também, a aquisição de imóveis usados.

MADE IN CHINA

CONSTRUÇÃO

Cresce oferta de materiais de construção importados

Asiáticos são principais exportadores

Rio - Com o câmbio favorável às importações, cresceu bastante a oferta de materiais de construção e acessórios de decoração vindos de outros países, especialmente da China. Muitas vezes, os preços são mais convidativos. Mas, antes de optar por um produto importado, é preciso ter alguns cuidados, como checar se ele está em conformidade técnica com os padrões brasileiros, evitando assim que seu desempenho seja inferior ao esperado, e certificar-se de que o importador garantirá a troca do produto em caso de defeito. Claudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), afirma que a própria indústria de construção está importando muitos materiais, inclusive como uma forma de testar a aceitação do consumidor e, consequentemente, certificar-se de que vale

a pena ou não começar a produzir itens similares no país: "Frente ao todo do mercado brasileiro de construção, os importados ainda configuram apenas 1,5% da oferta. Mas significam uma complementação da oferta e um teste de mercado, tendendo a aumentar sua representatividade", afirma Conz, lembrando que todo produto importado, quando passa a levar o rótulo do revendedor brasileiro, tem que portar um selo que indique sua procedência. Conz frisa que, apesar de o Código de Defesa do Consumidor garantir a troca em caso de o produto apresentar defeito, é importante comprar numa loja de boa procedência, para evitar transtornos: "Deve-se observar se o produto atende às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O consumidor deve pesquisar preços, exigir a nota fiscal e dar

preferência para empresas em que ele tenha confiança." O Código de Defesa do Consumidor diz que "o importador é tão responsável pelo produto quanto qualquer fabricante nacional, devendo prestar assistência técnica, garantir a oferta de componentes e peças de reposição, sendo coresponsável também pela qualidade e por eventuais problemas de consumo". As grandes redes de produtos para construção estão ampliando cada vez mais a lista de itens importados. Na Leroy Merlin, 16% dos cerca de 65 mil itens à venda são trazidos de fora. Aempresa informou que se responsabiliza pela troca caso a mercadoria apresente problemas. Marcos Lima, diretor da Central de Compras e Cadeia de Suplementos da rede, afirma que a intenção é ampliar ainda mais o número de itens vindos de outros países.

Países como China, Vietnã, Índia se destacam entre os principais exportadores de materiais de construção para o Brasil, além da Europa e Estados Unidos. Na pauta estão utensílios de cozinha, utilidades domésticas, lâmpadas e porcelanatos. “Temos profissionais responsáveis por essa seleção, que constantemente visitam feiras internacionais do setor", disse Mauro Florio, diretor de marketing da C&C Casa e Construção. A China, diz ele, vem oferecendo produtos diversificados, como ferramentas, itens de iluminação e decoração e utensílios domésticos. "A ideia que se tem de que a China só produz itens de má qualidade é equivocada. O país oferece porcelanatos de altíssima qualidade. Hoje temos cerca de 500 itens vindos de outros países. fazemos testes de qualidade antes de importar, por isso sabemos que o cliente não terá aborrecimentos", frisa.

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Dois

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B1 Fotos: Nide Lins

Walmir Lessa utiliza o próprio desenho natureza para transformar em banco, uma marca registrada da cidade de Pão de Açúcar

Os seguidores de seu Fernando Seu Fernando em uma das suas cadeiras no atelier da Ilha do Ferro

Um ano após a morte do mestre da Ilha do Ferro, sua arte está viva e continua inspirando novos designers populares no Rio São Fernando

Nide Lins Repórter

eu Fernando dialogava com a natureza, ele era mágico, único...”. Esta é a definição da artista plástica Maria Amélia Vieira, da Galeria Karandash, sobre seu Fernando Rodrigues, que faleceu no dia 11 de janeiro de 2009, aos 81 anos. A artista plástica acompanhou a trajetória do mestre e lembra que antes de morrer ele entregou o seu livro de poesias para o genro, Walmir Lessa, dar continuidade a sua arte popular. “Seu Fernando era o provedor da família e não desejava ver os filhos e netos na miséria, por isso repassou seu saber para Walmir, que hoje tem estilo próprio”, diz Amélia. A arte de seu Fernando inspirou mais gente na cidade de Pão de Açúcar a seguir os seus passos. O mestre da Ilha do Ferro adorava desafiar as pessoas a fazerem bancos; assim foi com José Petrônio, que pegava madeira morta para seu Fernando e um dia aceitou o desafio, mudando sua vida de pescador para artista popular. Já Cristiano Fontes dos Santos, conhecido como Negão, também de Pão de Açúcar, observava os bancos e as cadeiras de seu Fernando, e quando viu seu amigo Petrônio seguindo os passos do mestre percebeu que sua vida também poderia mudar para melhor transformando os troncos e galhos em cadeiras. Na última Artnor, em dezembro do ano passado, Cristiano vendeu toda sua produção. O mestre Fernando, dizia: “Minha arte tem uma inteligência que só os artistas da natureza podem compreender”. Walmir, Petrônio e Cristiano aprenderam a dialogar com a natureza. Leia mais na página B 2.

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Cadeira assinada pelo Seu Fernando,da Ilha do Ferro tem a cara e a alma da irreverência do mestre que morreu no ano passado, mas deixou seguidores

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Variedades B2

Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br Fotos: Nide Lins

Walmir :“A minha sorte é Deus e seu Fernando, hoje vivo da arte

Petrônio aceitou o desafio de seu Fernando e vive do artesanato

Negão de Pão de Açúcar cria cadeiras de troncos de árvores

Designers da cultura popular de Pão de Açúcar ganham mercado Pousadas de charme, restaurantes e galerias de arte, não apenas no Estado, mas no Brasil e até no exterior, cada vez mais valorizam a cultura popular de Alagoas. Bancos e cadeiras projetados com respeito aos desenhos criados pela natureza são uma marca registrada dos designers populares da cidade de Pão de Açúcar e de seu povoado, Ilha do Ferro. O precursor desta arte popular, seu Fernando Rodrigues, ficou famoso aos 70 anos, com suas mesas, cadeiras e bancos rústicos que aproveitavam as formas orgânicas de troncos e raízes, colhidos na Ilha do Ferro. Depois de sua morte, seus móveis, considerados verdadeiras esculturas por sua qualidade

estética, são obras para colecionador, avaliadas no mercado de São Paulo em torno de R$ 5mil cada. Os seguidores de seu Fernando Rodrigues ainda não estão cotados nesse patamar, mas a vida de Walmir, Petrônio e Cristiano mudou para melhor. Na feira da Artnor do ano passado eles venderam todas as peças que colocaram em exposição, e muitas delas logo no primeiro dia de feira. Todos eles trabalham com madeira morta, aquela descartada pela própria natureza. Como qualquer produto de arte a produção é limitada e não se repete, porque os traços da natureza são únicos. Criar peças diferentes e

com identidade própria é o destino de Walmir Lessa, 40 anos. Antes ele apenas olhava seu Fernando fazendo os bancos. O trabalho de Walmir era a roça, onde plantava tomate e melancia. Mas no momento em que o mestre pediu para ele manter viva sua arte, Walmir seguiu os conselhos de seu Fernando. “A minha sorte é Deus e seu Fernando, hoje vivo da arte que ele me ensinou. Antes só sabia trabalhar na roça e jamais pensei que tinha o dom do seu Fernando. Estou feliz porque meu trabalho é reconhecido e estou realizando o sonho de meu sogro”, diz Walmir Lessa, que também vendou todas as peças expostas na última

Artnor. Para a artista plástica Maria Amélia, Walmir se sobressai pelo bom acabamento dos bancos e cadeiras, que têm estilo diferente do mestre, tanto que já tem galeria em São Paulo interessada em fazer exposição dos trabalhos dele. “Seu Fernando tinha uma leitura visual para cada árvore, galho; quando ele olhava já imaginava uma figura, um bicho... Ele não copiava a realidade, seu Fernando incorporava novos elementos para contar a sua história na Ilha do Ferro. O trabalho de seu Fernando era autoral e o do Walmir segue a mesma linha”, reforça Amélia. Antes de ser artista popu-

lar, José Petrônio da Silva, 42 anos, catava madeira para seu Fernando e pescava no Rio São Francisco para aumentar a renda. Quando seu Fernando o desafiou a fazer um banco a sua vida também mudou. “Fui para casa pensando no que seu Fernando disse. Peguei um pedaço de madeira, fiz um banco e seu Fernando aprovou e comprou”. Atualmente os bancos e cadeiras de Petrônio estão presentes em restaurantes e pousadas de Alagoas. Petrônio também diversificou seu trabalho, ele também cria bichos, como pássaros, formigas e onças-pintadas. “Hoje tenho casa, carro e pesco só por prazer”, diz Petrônio, que agradece a Deus por ter conhecido

seu Fernando. “Olho para a natureza e vejo um bicho, uma cadeira, e assim começo a trabalhar a minha imaginação”, diz Cristiano Fontes dos Santos, conhecido como Negão, 29 anos, de Pão de Açúcar. Ele conheceu seu Fernando e achava que era impossível fazer a arte do mestre. Mas quando viu seu amigo Petrônio criando os bancos e bichos, também resolveu testar seu talento. “Os primeiros não ficaram bonitos, até que um dia acertei. Quando participo da Artnor e da Feira dos Municípios não sobra nada e ainda trago encomenda”, diz Negão. (N.L)

Em Batalha, arte de Chico Cigano Seu nome é José Alves da Silva, 58 anos, mas na cidade de Batalha ele é conhecido como Chico Cigano. Ele também faz bancos, cadeiras e mesas, mas com design completamente diferente dos artistas populares do município de Pão de Açúcar. Cigano trabalha com madeira maciça e em cada peça utilitária desenha flores e bichos em alto-relevo. “Quando era criança reinava muito, pegava as ferramentas do meu pai para fazer brinquedo, e acabei sendo marceneiro, mas meu prazer é criar as minhas cadeiras com flores, folhas e bichos”, conta Chico, que trabalha com imburana. As peças de Chico Cigano já foram vendidas para França e Itália. As cadeiras, bancos e mesas dos artistas populares de Pão de Açúcar e do povoado da Ilha do Ferro custam a partir de R$ 80,00, dependendo do tamanho e do desenho. Já as do Chico Cigano de Batalha custam a partir de R$ 150,00. (N.L.)

As flores são a marca registrada de Chico Cigano, na Batalha

Rota dos mestres Walmir (Ilha do Ferro) 82-3624.8015 Chico Cigano (Batalha) 9619.5042 Petrônio (Pão de Açúcar) 9601.3194 Negão (Pão de Açúcar) 9943.5862

Amélia destaca o papel do seu Fernando na cultura popular

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Venda de ingressos da Flip pela Internet começa amanhã Com 35 convidados e homenagem ao sociólogo Gilberto Freyre (1900 - 1987), a 8ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, ocorre de 4 a 8 de agosto na cidade fluminense. Os ingressos começam a ser vendidos amanhã. A partir das 10h, os bilhetes poderão ser adquiridos

pelo site www.ticketsforfun.com.br, pelo telefone 40030848 e nos pontos de venda da empresa Tickets for Fun, listados no site. Os ingressos custam R$ 10, para mesas e conferência de abertura na Tenda do Telão, e R$ 40, para mesas e conferência de abertura na Tenda dos Autores.

Essa venda ocorre até 3 de agosto. A partir do dia 4 de agosto, os ingressos serão vendidos apenas na bilheteria da Flip em Paraty. Para cada mesa do evento, há limite de dois ingressos por pessoa na compra. A Flip tem entre os destaques de sua programação este

ano homenagem ao sociólogo Gilberto Freyre (1900 - 1987), conferência de abertura com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além da presença dos quadrinistas Robert Crumb e Gilbert Shelton, do músico Lou Reed e dos autores Salman Rushdie, Isabel Allende e William Boyd.

Feira literária vai homenagear o sociólogo Gilberto Freyre Divulgação

Para celebrar a obra de Freyre, uma conferência e três mesas debaterão o trabalho do sociólogo. A conferência será na abertura do evento, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De acordo com Flávio Moura, diretor de programação da Flip, Freyre é autor que merece uma homenagem “consistente”, por isso a ideia de celebrar alguém terá mais espaço nesta edição - em 2009, o poeta Manuel Bandeira (1886-1968) foi tema de uma conferência e duas mesas de debate. Entre os nomes mais populares do evento, o quadrinista norte-americano Robert Crumb divide mesa, mediada pelo brasileiro Angeli, com o criador da HQ Freak Brothers, Gilbert Shelton. Já Lou Reed fala sozinho sobre os limites entre arte e contestação, letra e poesia, 'alta cultura' e rock´n´roll. A escritora chilena Isabel Allende conversa com o jornalista Humberto Werneck sobre sua trajetória literária, enquanto o britânico nascido em Gana William Boyd se junta à escritora Pauline Melville, britânica nascida na Guiana, para falar sobre a literatura que se convencionou chamar de “pós-colonial”. Moacyr Scliar media mesa com o israelense Abraham B. Yehoshua e a iraniana Azar Nafisi. Já o anglo-indiano Salman Rushdie volta ao evento - ele esteve na Flip em 2005 - para falar sobre seu novo livro,

Gilbert Shelton mediada pelo cartunista brasileiro Angeli. SHOW DE ABERTURA - A apresentação que abre a festa, na noite de quarta-feira, 4 de agosto, terá Edu Lobo, Renata Rosa, Marcelo Jeneci e o Quarteto de Cordas da Academia da Osesp, com direção artística de Arthur Nestrovski. Segundo Moura, diretor de programação do evento, é a primeira vez que um show é “especial” para a festa, formatado de acordo com a proposta da Flip e o homenageado da edição.

O sociólogo e escritor Gilberto Freyre

Luka e o fogo da vida, que terá lançamento mundial durante a festa. O irlandês Colum McCann, vencedor de um National Book Award, conversa com o norte-americano William Kennedy sobre obras literárias cujo personagem central é a cidade. Robert Crumb está em mesa com

QUARTA 4/8 19h - abertura - Casa Grande e Senzala: Um Livro Perene Fernando Henrique Cardoso (Brasil, 1931) Luiz Felipe de Alencastro - debatedor (Brasil, 1946)

12h - mesa 7 - Além da Casa Grande Alberto da Costa e Silva (Brasil, 1931) Maria Lucia P. Burke (Brasil, 1946) Angela Alonso (Brasil, 1969)

21h30 - show de abertura Edu Lobo, Renata Rosa, com Marcelo Jeneci e Quarteto de Cordas da Academia da Osesp com dir. artística de Arthur Nestrovski.

Mesa tem como proposta analisar a obra de Gilberto Freyre além de seu trabalho mais notório, "Casa Grande & Senzala". Mediação: Lilia Schwarcz.

QUINTA 5/8

15h - mesa 8 - Chá Pós-Colonial William Boyd (Gana/Inglaterra, 1952) Pauline Melville (Guiana/Inglaterra, 1948)

10h - mesa 1 - Ao Correr da Pena Berthold Zilly (Alemanha, 1945) Moacyr Scliar (Brasil, 1937) Ricardo Benzaquen (Brasil, 1952) Edson Nery da Fonseca (Brasil, 1921) Mesa debate qualidade da escrita de Gilberto Freyre. Mediação: Ángel Gurría-Quintana. 12h - mesa 2 - De Frente Pro Crime Patrícia Melo (Brasil, 1962) Lionel Shriver (Brasil, 1957) Mesa debate o suspense psicológico em romances literários. 15h - mesa 3 - Fábulas Contemporâneas Reinaldo Moraes (Brasil, 1950) Ronaldo Correia de Brito (Brasil, 1950) Beatriz Bracher (Brasil, 1961) Mesa debate originalidade e densidade na literatura, com escritores que criam em suas obras universos distintos. Mediação: Cristiane Costa. 17h15 - mesa 4 - Veias Abertas Isabel Allende (Peru/Chile, 1942)

17h15 - mesa 14 - A Origem do Universo Robert Crumb (Estados Unidos, 1943) Gilbert Shelton (Estados Unidos, 1940)

Mesa debate o que se convencionou chamar para analisar a obra dos autores participantes de "literatura pós-colonial". Mediação: Ángel Gurría-Quintana.

DOMINGO 8/8 9h30 - mesa Zé Kléber 11h45 - mesa 16 - Gilberto Freyre e o Século 21 José de Souza Martins (Brasil, 1938) Peter Burke (Londres, 1937) Hermano Vianna (Brasil, 1960)

Mesa debate como o processo de paz no Oriente Médio é mostrado na literatura e como esta pode influenciar nesse processo. Mediação: Moacyr Scliar.

Mesa encerra a homenagem a Gilberto Freyre com debate sobre a atualidade da obra do sociólogo.

19h30 - mesa 10 - Em Nome do Filho Salman Rushdie (Índia/Inglaterra, 1947)

14h30 - mesa 17 - Cartas, Diários e Outras Subversões Wendy Guerra (Cuba, 1970) Carola Saavedra (Chile, 1973)

Escritor fala sobre seu novo livro, Luka e o fogo da vida, que terá lançamento mundial durante a Flip, e sobre sua condição de autorsíntese da literatura multicultural.

Mesa debate diários e cartas como ferramente literária. Mediação: João Paulo Cuenca

SÁBADO 7/8

16h30 - mesa 18 - Nacional, Estrangeiro Benjamin Moser (Estados Unidos, 1976) Berthold Zilly (Alemanha, 1945)

10h - mesa 11 - Andar com Fé Terry Eagleton (Inglaterra, 1943)

19h30 - mesa 5 - O Livro: Capítulo 1 Peter Burke (Inglaterra, 1937) Robert Darnton (Estados Unidos, 1939)

12h - mesa 12 - Albany, Nova York e Outras Aldeias Colum McCann (Irlanda, 1965) William Kennedy (estados Unidos, 1928)

Mesa dedicada ao destino do livro impresso. Mediação: Lilia Schwarcz.

Mesa debate a cidade como personagem central de uma obra literária. Mediação: Ángel Gurría-Quintana.

Mesa dedicada ao destino do livro impresso. Medição: Cristiane Costa.

19h30 - mesa 15 - O Som e o Sentido Lou Reed (Estados Unidos, 1942)

17h15 - mesa 9 - Promessas de um Velho Mundo A. B. Yehoshua (Israel, 1936) Azar Nafisi (Irã/Estados Unidos, 1946)

Mesa debate trajetória da escritora chilena. Mediação: Humberto Werneck.

10h - mesa 6 - O Livro: Capítulo 2 Robert Darnton (Estados Unidos, 1939) John Makinson (Inglaterra, 1955)

Mesa debate a história dos quadrinhos contemporâneos e do underground norte-americano. Mediação: Angeli.

Compositor fala sobre sobre os limites entre arte e contestação, letra e poesia, alta cultura e rock´n´roll. Mediação: Arthur Dapieve.

Crítico britânico fala sobre livro que contra-argumenta ideia pregada pelo escritor Richard Dawkins, convidado da Flip em 2009, sobre ateísmo e religião.

SEXTA 6/8

FLIPINHA E FLIPZONA - A programação da Flip voltada ao público infantil tem esse ano como destaque a presença do cartunista Ziraldo. Além dele, estará no evento a ilustradora ítalo-brasileira Eva Furnari, premiada com seis Jabuti. Já a Flipzona, dedicada aos jovens e criada em 2009, terá debates sobre a combinação de literatura com música, cinema ou quadrinhos. A programação tem Pedro Luís, da banda Pedro Luís e a Parede, uma mesa que discutirá a obra Alice no País das Maravilhas e outra que contará com a participação das filhas adolescentes do navegador Amyr Klink, relatando suas experiências de viagens. Veja abaixo a programação principal das mesas da Flip, sujeita a alterações até a data do evento.

15h - mesa 13 - Tabacaria Antonio Tabucchi (Itália, 1943) Escritor italiano fala sobre diferentes vertentes de sua prolífica carreira. Mediação: Samuel Titan Jr.

A visão da literatura brasileira no exterior é tema desta mesa. 18h15 - mesa 19 - Livro de Cabeceira Convidados da Flip leem trechos de seus livros prediletos SERVIÇO 8ª FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY - FLIP Quando: de 4 a 8 de agosto Onde: Paraty - RJ Quanto: R$ 10 (mesas literárias e conferência de abertura na Tenda do Telão) e R$ 40 (show de abertura, mesas literárias e conferência de abertura na Tenda dos Autores). Estudantes pagam meia entrada. Ingressos serão vendidos a partir de 5/7 pelo site www.ticketsforfun.com.br, nos pontos de venda desta empresa (veja endereços no site da Tickets For Fun) e pelo telefone 4003-0848 (de segunda a sábado, das 9h às 21h) Mais informações: www.flip.org.br

TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h00 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h00 14h30

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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola A Turma do Pererê Esquadrão Sobre Rodas Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino Muito Maluquinho Catalendas Dango Balango TV Piá

TV ALAGOAS A emissora não forneceu sua programação

Canal 3 15h00 16h00 17h00 18h00 18h30 19h00 20h00 21h00 22h30 23h00 00h45 01h45 02h45

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Stadium A'Uwê Ver TV De Lá pra Cá Cara e Coroa Papo de Mãe Conexão Roberto D'Ávila Repórter África Copa 2010 Nova África Cine Ibermédia A Grande Música DOC TV Curta Brasil

Canal 5

Canal 7

TV GAZETA 05h50 06h50 07h00 07h30 08h05 09h00 09h30 13h00 14h35 15h19

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Santa Missa Sagrado Gazeta Rural Pequenas Empresas Globo Rural Auto Esporte Esporte Espetacular O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili Os Caras de Pau Globo Notícia

15h23 17h40 20h45 23h10 00h06 01h05 03h05 -

Canal 11

TV PAJUÇARA 01h15 05h25 05h55 06h45 07h15 08h00 09h00 10h00

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IURD Bíblia em Foco Desenhos Bíblicos Nosso Tempo Desenhos Bíblicos Record Kiks Ponto de Luz Alagoas da Sorte

Temperatura Máxima Indiana Jones e a Última Cruzada Domingão do Faustão Fantástico Copa 2010 Central da Copa Festival de Quadrilhas do Nordeste Domingo Maior Con Air – A Rota da Fuga Sessão de Gala Melinda e Melinda

11h00 11h30 12h00 16h00 20h00 00h00 01h15

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Informativo Cesmac Conexão Tudo é Possível Programa do Gugu Domingo Espetacular Serie: Heroes IURD

TV BANDEIRANTES Canal 38 07h00 10h30 11h00 12h00 13h50 16h45 18h45 20h45 22h30 23h15 23h30 00h30 01h00 04h15

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Info Brasil Caminhoneiro Caçadora de Relíquias Sessão Livre Grande Albert! Band Esporte Clube Fórmula Indy Watkins Glen Terceiro Tempo Domingo no Cinema Uma Herança da Pesada The Unit - Tropa de Elite Diário da África Canal Livre Mundo Fashion Cine Band O Planeta dos Macacos Vida Vitoriosa


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Espaço B4

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UMAS POUCAS PALAVRAS

Haroldo Miranda Este é mais um depoimento sobre a vida do futebol alagoano, trazido por Lautheney Perdigão, o homem que é conhecido como a Enciclopédia do Futebol Alagoano. Desta feita, traz para a cena, a figura inesquecível de Haroldo Miranda, homem de rádio e jornal, célebre durante décadas, na vida do jornalismo da terrinha. Não tive grande convivência com ele, mas sempre o achei uma pessoa agradável, cheia de grandes tiradas que levavam ao riso. Foi uma grande testemunha da vida alagoana em todos os setores, mas, neste seu depoimento dado ao Museu do Esporte, ficou demarcada a sua vida na cobertura do esporte, o que significa, prioritariamente, a cobertura da vida do futebol, cabendo-lhe a primeira transmissão esportiva do Estado, o que sem dúvida, não poderia ser fácil. Alagoas sempre teve bons locutores esportivos. Haroldo não foi somente um pioneiro: foi um dos melhores. Pena que uma boa parte do seu acervo tenha sido perdida, inclusive, no queima-queima dos anos sessenta. Poderíamos ter herdado material, sobre um longo período de suas atividades em jornal e rádio. Apesar de polêmico, Haroldo cultivava amizades e sua morte foi comentada e sentida no Estado.

ESPAÇO vem prestando homenagem à figuras importan esporte de Alagoas. Haroldo felizmente encontrou reconheci ra de Lautheney que mantém, através do Museu, uma boa p co e sempre estaremos dispostos a divulgar material por el que será indispensável, no futuro, quando alguém desejar antropologia, uma sociologia ou uma história do futebol dúvida encontrará uma fonte indispensável em Lauthenay P Na verdade, antes de Lautheney somente podemos fa Sampaio que lançou em 1943, um livro intitulado À marge com capa desenhada por Eurico Maciel, publicado em Ma Alagoana Ltda. Conversei muito com Renato Sampaio sobre gravando umas seis a sete horas de entrevistas sobre a vida alagoano da época e as razões de ter escrito o livro, em qu Eloy Paurílio, José Porto, Jorge Castro Assunção, Floriano Ivo teve uma belíssima apresentação de Ledo Ivo. Esse livro de S ce ser republicado e com urgência. Este é um de nossos obje de seus trechos serão divulgados em futuros ESPAÇO.

Um depoimento par Lautheney Perdigão aroldo de Amorim Miranda nasceu no dia 26 de março de 1925. Homem de rádio, jornal, televisão e publicidade, era uma das figuras mais conceituadas na imprensa alagoana. Mesmo assim, guardou mágoas em seus cinqüenta e cinco anos de trabalho, mágoas que ficaram por conta dos desencontros da vida. Foi o primeiro locutor esportivo de Alagoas. Um verdadeiro vendedor de ilusões. Haroldo Miranda gravou seu depoimento para o Museu dos Esportes, um depoimento autêntico, verdadeiro, cheio de lembranças de um passado que já se perdeu no calendário do tempo. Um dos momentos mais interessantes foi aquele em que contou como se deu a primeira transmissão esportiva em Alagoas. Como é bom lembrar o passado. Trazer para as novas gerações, histórias de figuras pouco lembradas. Haroldo Miranda foi uma dessas, mas que deixou, nas páginas da história do nosso rádio, o seu nome gravado com letras maiúsculas. Ele sempre gostou de futebol. No Colégio Diocesano trocou muitas notas dez por uma boa pelada. Jogava de ponta direita, marcador de goleiro, já que gostava de ficar na “banheira”. E, em impedimento, fez alguns gols. Por conta disso, tomou, depois das vitórias, muitas cervejas fabricadas pelos Irmãos Maristas. Tudo aquilo trazia alegria para ele. Um menino, moleque do Poço e filho de família grande. Eram dez irmãos. O pai não tinha recursos. Às vezes ia para a escola com um pé calçado e outro não. O sapato tinha furado e não havia dinheiro para comprar outro. No dia de jogo, ia a pé para o Mutange e esperava na casinha do CSA para entrar com o jogador azulino Edmundo. Quando não dava certo, pulava o muro. Haroldo gostava muito de assistir futebol. Haroldo Miranda viu o rádio nascer em Alagoas. Com outros companheiros fez a sua história. Aprendeu e ensinou muita coisa nas andanças por esse Brasil imenso. Inaugurou prefixos pelo Nordeste. Viveu emoções e decepções na longa caminhada de jornalista autêntico e verdadeiro, que combatia e era combatido. Apesar de ter participado do rádio alagoano antes da Difusora ter sido inaugurada, Haroldo Miranda não viu a festa de inauguração da Pioneira, pois estava no rádio baiano. Ele não queria morrer e saiu de Maceió. Marques Mesquita foi quem o tirou de Maceió. Conseguiu um avião e foi direto para Recife. Antes de tudo isso, mesmo faltando uma emissora de rádio em Alagoas, que somente veio em 1948, existia em Maceió, o CRAF – Centro Regional de Anúncios Falados - que não era muito diferente de uma estação de rádio. Jaques Mesquita e Luiz Gonzaga construíram um transmissor, conseguiram burlar os Correios e

H

Telégrafos, e colocaram a voz de Alagoas no ar pela primeira vez. Mas, logo depois, proibiram e calaram essa voz. José Renato ainda tentou reerguer, no andar superior do Café Central, o Centro Regional de Anúncios Falados. Logo depois, José Renato foi embora e o Centro morreu. Mas, Castro Filho se juntou com Correia de Oliveira e Murilo, e montaram o Serviço de Alto-Falante utilizando uma sala que ficava em cima do Jornal Voz do Povo. Um Jornal que pertencia ao jornalista Jaime Miranda e que depois foi empastelado na bendita revolução. Haroldo Miranda era o Diretor de Redação de um Jornal chamado A Notícia, que era de propriedade do saudoso José Antônio. Seu auxiliar era um rapaz magrinho, apaixonado pelos esportes e que se chamava Jorge Assunção. Como era um homem de palco e fazia teatro, Haroldo Miranda resolveu falar com o Miguel para saber como podia transmitir uma partida de futebol. Era o início dos anos quarenta. Ele já tinha visto em Aracaju, uma transmissão do jogo da bola. Essa transmissão foi feita através de telefone. Na época, os telefones eram raros. Mesmo assim, a linha telefônica da fábrica Alexandria passava ao lado do Mutange. Miguel, usando um amplificador, puxou uma linha da fábrica, mesmo sem pedir autorização. Foi desta forma que Haroldo Miranda fez a primeira transmissão esportiva no Estado para uma enorme rede de doze alto-falantes espalhados pela cidade. Ele tinha acompanhado muitas transmissões feitas por José Renato na Rádio Clube de Pernambuco. Assim, começou tropeçando para depois se firmar. Na época, não havia comentarista. O locutor tinha que fazer tudo. Era Haroldo Miranda e só. Arranjava patrocinador, lia o texto e narrava o jogo. No intervalo do primeiro para o segundo tempo, os alto-falantes transmitiam músicas selecionadas. O primeiro patrocinador foi Arestor Marques, dono de uma funerária. Para não falar em caixão, ele fazia o anúncio da seguinte maneira: “Arestor Marques, o amigo certo para as horas incertas”. O patrocínio era de cinco mil réis. O público recebeu muito bem a transmissão, porque era uma novidade. As praças ficavam cheias de torcedores que ouviam atentamente a narração do Haroldo. Era um campo novo que se abria para os alagoanos, mesmo não havendo uma estação de rádio em nossa terra. Durante a transmissão aprendeu a sugerir situações. Não havia número nas camisas dos jogadores. Não havia locutores na pista para informar o que acontecia lá em baixo. Muitas vezes, a bola estava com Delson e ele dizia que era Zequinha. Haroldo lembra apenas que um dos times era o Santa Cruz, clube formado por militares do 20º BC e que era comandado pelo Sargento Geminiano.

O governador Silvestre Péricles deu a Haroldo Miranda todas as cadeias que ele tinha direito, mas quando soube, através de Aldemar Paiva, que um homem de rádio estava longe da família, que era um bom profissional, correto, competente e que fazia falta a Rádio Difusora, mandou buscá-lo. Haroldo trabalhava na Rádio Excelsior de Salvador, onde também transmitia futebol. O diretor da Difusora era Meira Bastos e, logo que chegou, começou a oferecer à nova emissora a sua experiência e talento. Na nova emissora, Haroldo Miranda fez de tudo. Participou de várias novelas em uma época em que não havia televisão. Nos estúdios do rádio-teatro da Difusora, ele se juntava a Claudio Alencar, Sílvia Loreni, Nivaldo Valença, Lima Filho, Luza de Andrade, Alda Maria, Emanuel Rodrigues, Pádua Moreira, Pedro Onofre, Angelita Santos, Jorge Vilar, Lima Filho e Lucy Miranda para ler os “scripts” dos vários capítulos das novelas. Diariamente, de segunda a sexta-feira, de vinte horas e cinco minutos às vinte e uma horas e trinta minutos, as novelas batiam recordes de audiência. Haroldo também fazia programas de auditório do Cinema Capitólio aos domingos pela manhã com calouros, distribuição de prêmios, cantores e muita participação do público. A Rádio Difusora nasceu clandestina e assim ficou durante cinco anos. Durante esse período ela funcionava, mas não existia. O Governador Silvestre Péricles deu a Difusora ao povo sem nenhum apoio político. Quis fazer e fez! Quando lhe perguntavam onde tinha conseguido dinheiro para criar a emissora, ele respondia que tinha sido com o dinheiro do jogo do bicho. O Governador enviou para a Câmara dos Deputados a documentação da rádio para apreciação dos parlamentares, os quais receberam a idéia com muita má vontade. A Assembléia não quis regulamentar a emissora e Silvestre a manteve funcionando mesmo com muita gente contra. Haroldo Miranda estava fora de Alagoas, trabalhando na Rádio Iracema de Fortaleza, quando o Governador Arnon de Melo o chamou para ser diretor da Difusora. Foi nessa época que a Rádio Difusora de Alagoas conseguiu ser regularizada através da Lei nº. 1.708 de 31 de julho de 1953 e oficializada como autarquia estadual. A rádio operava com 10 KW, instalado no chamado Planalto do Jacutinga onde se encontra erguido o prédio do Tribunal de Contas de Alagoas. O ingresso de Haroldo Miranda na crônica esportiva se deu por acaso e por culpa da Segunda Grande Guerra Mundial. Ele era noticiarista, repórter policial e redator de notas sociais. Quando José Floriano Ivo foi servir ao exército, surgiu a vaga no Jornal de Alagoas

Haroldo e Elza Soares

para cronista esportivo. Foi Floriano sair e ele entrar. Tudo aconteceu em 1943. Como homem do esporte, seu batismo aconteceu em Aracaju. Foi fazer cobertura da temporada do CSA na capital sergipana. José Renato transmitia os jogos para a Rádio Difusora de Sergipe. Como cronista alagoano, Haroldo tinha apenas que analisar e escrever os fatos das partidas. Foi assistir aos jogos ao lado do amigo José Renato na cabine da Difusora. No primeiro jogo, o CSA perdeu de 5x1; no segundo, empatou em 0x0. Quando terminou a partida, José Renato fez uma traição com Haroldo Miranda. Anunciou o comentarista do Jornal de Alagoas ao microfone da Difusora sergipana e ele passou o maior vexame. Surpreendido, tentou

falar e não conseguiu. Tentou, engasgou e não saiu nada. Nesse mesmo ano de 1943, Haroldo fez parte de um grupo de cronistas que fundaram a Associação dos Cronistas Desportivos de Alagoas. Na Rua do Comércio, onde ficava a Casa Costa Júnior, na parte superior, estava instalada a Casa dos Desportos. Ali foi fundada a ACDA. Haroldo gostava muito de Josué Júnior, mas não se conformava que ele fosse o sócio número 1 da ACDA, pois o Josué não existia no contexto da entidade quando foi inaugurada. Quando isso aconteceu, lá estavam Jorge Assunção, Batista dos Santos, Gastão Cavalcante, Renato Paiva, Floriano Ivo, Zequito Porto e, ele mesmo, Haroldo Miranda. Na primeira diretoria foi eleito como segundo secretário.


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Houve um fato interessante na história de Haroldo Miranda

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Lula Castello Branco

O que faz Lautheney

quando locutor esportivo. Seu irmão Hélio Miranda jogava no Auto Esporte como centro avante e era o artilheiro da equipe. O time do Hélio era modesto, contudo atravessava uma boa fase em 1953. E tudo aconteceu em uma noite de lua no campo do Mutange, quando o Auto Esporte enfrentou o ABC de Natal em jogo amistoso. Hélio já tinha feito um gol. Diretor do Museu do Esporte, cronista Estava jogando bem. Em determinado momento da partida, o esportivo e colaborador assíduo de artilheiro driblou vários adversários e entrou com bola e tudo Espaço. na meta do ABC. Era tudo que Haroldo queria. Entusiasmado, ele gritou para seus ouvintes e os torcedores que estavam perto da cabine da Difusora – Gol do Auto Esporte! GOL

DO MEU IRMÃO! Durante algumas

semanas, o Gol do meu irmão foi notícia e comentário de vários jornais e emissoras de rádio.

Fotos: Arquivo pessoal

ra a história Ailton Cruz/arquivo

O templo atual do futebol alagoano

O radialista ao lado de Pelé

Estádio Rei Pelé foi palco de alegrias e decepções do locutor

Reunião da ACDA

Fazer rádio na sua época era muito difícil. Os clubes não colaboravam. O CSA dava uma colher de chá, mas o CRB criava muitos problemas. Quando se criticava um diretor, não se podia entrar do campo da Pajuçara. Para se fazer uma transmissão esportiva era necessário uma linha telefônica. No Estádio do CRB se utilizada a linha do Cinema Rex, que pertencia ao Sabararú. Entretanto, nem sempre ele permitia a sua utilização. Não havia cabine de rádio nem energia elétrica nos Estádios. Certa vez, Haroldo Miranda foi ao Sul do país e trouxe todo material necessário para se fazer um transmissor. Mesquita fez o primeiro e poderoso FM do Nordeste. Para se transmitir um jogo de futebol no campo do Clube de Regatas Brasil, a rádio levava um fur-

gão com o transmissor e um motor para puxar energia de um dos postes do Beco da Baiana. Colocava-se uma escada no muro e de lá Haroldo fazia a transmissão da partida. Numa época em que não havia computador, microfone sem fio e celular, ele viveu um período em que, para escrever páginas esportivas para os jornais ou falar ao microfone da única rádio que existia na cidade, a Difusora, tinha seus problemas. As velhas máquinas de escrever, a falta de recursos da emissora para transmissões esportivas, tudo era dificuldade. Ficava apenas o amor pela profissão, o interesse em levar aos leitores e ouvintes as melhores notícias. Apesar de tudo, foi uma época que Haroldo Miranda não conseguia esquecer. Houve um fato interessante na

Haroldo Miranda tinha 62 anos quando deu este depoimento

história de Haroldo Miranda quando locutor esportivo. Seu irmão Hélio Miranda jogava no Auto Esporte como centro avante e era o artilheiro da equipe. O time do Hélio era modesto, contudo atravessava uma boa fase em 1953. E tudo aconteceu em uma noite de lua no campo do Mutange, quando o Auto Esporte enfrentou o ABC de Natal em jogo amistoso. Hélio já tinha feito um gol. Estava jogando bem. Em determinado momento da partida, o artilheiro driblou vários adversários e entrou com bola e tudo na meta do ABC. Era tudo que Haroldo queria. Entusiasmado, ele gritou para seus ouvintes e os torcedores que estavam perto da cabine da Difusora – Gol do Auto Esporte! GOL DO MEU IRMÃO! Durante algumas semanas, o Gol do

meu irmão foi notícia e comentário de vários jornais e emissoras de rádio. Sua vida não foi nada fácil. Muitos obstáculos foram ultrapassados na base da raça. Muitos de seus pensamentos não combinavam com alguns políticos influentes e isso fez com que Haroldo tivesse que deixar Alagoas por mais de uma vez. Entretanto, seu carisma e sua competência no seu trabalho lhe davam crédito junto ao público, não só de Alagoas como também de outros Estados. Realizou reportagens com grandes figuras da nossa história, levando para seus leitores e ouvintes os pensamentos desses personagens. Dividiu os palcos dos mais diversos auditórios do Nordeste com grandes artistas do cenário nacional. Era fiel a si mesmo, a seus ideais e consciente com seu trabalho. Sabia conquistar amizades e conviver com amigos. Empreendedor, dinâmico e trabalhador, tudo fazia de Haroldo Miranda um personagem do rádio alagoano acreditado e respeitado por todos. Na sua longa caminhada pelas vias tortuosas da vida, Haroldo procurou guardar recortes de jornais, fotografias e fitas de áudio cassete que falasse sobre o seu trabalho. Como era um jornalista que combatia e também era combatido, num desses arrochos, sua sogra queimou tudo o que era de papel que ele tinha guardado como seu arquivo pessoal. Recortes, fotos, coleção de jornais, fita, tudo virou cinzas. A sogra pensava que era material subversivo e queimou tudo. Depois, ele começou a guardar tudo de novo. Seus programas eram gravados e guardados, suas apresentações, seus depoimentos. Enfim, tudo ia para seu arquivo particular. Seu desejo era deixar para posteridade todos seus arquivos onde pudéssemos encontrar um pedaço de sua vida. Haroldo Miranda tinha mágoa de alguns dirigentes da sua Difusora, emissora que aprendeu a gostar tanto quanto sua família. Ele conta que quando passou trinta dias hospitalizado, nenhum diretor apareceu para saber como ele estava e se precisava de alguma coisa. Pelo

menos uma visita. Um diretor, num de seus atos administrativos, anulou o cindex do rádio, a classificação dos artistas. Então, observamos Cláudia Maria, uma voz maravilhosa, sendo datilógrafa. Marlene, uma voz de trinta anos, como discotecária. Um cego maravilhoso que tocava piano e órgão, apenas fazendo parte da folha de pagamento da Difusora. São coisas assim que Haroldo não conseguia entender. Nas festas, preferiam gastar rios de dinheiro com artistas de fora, a prestigiar os nossos. Juraci, Reinaldo, Neusa Maria, Nely e outros, recebiam se fizessem apresentações lá fora. Todos bons valores, mas não sabíamos como usá-los. Quando concedeu depoimento para O Museu dos Esportes, Haroldo Miranda tinha sessenta e dois anos de idade e continuava trabalhando. Seus passos eram mais lentos. Não tinham a mesma rapidez de anos anteriores. Sua correria já não era a mesma, mas o amor e o carinho pelo trabalho não mudava. Quando esteve doente, em 1983, o Governador Divaldo Suruagy o visitou. Na oportunidade, ele pediu ao amigo que permitisse sua aposentadoria e que o recontratasse para morrer onde fez carreira na sua Rádio Difusora de Alagoas. Quando morreu, morreu um pouco do jornalismo sério. Era um jornalista correto em suas atitudes. Atitudes nem sempre compreendidas por aqueles que o consideravam um comunista. Homem de palavra fácil, o brilho de sua inteligência saltava aos olhos de todos aqueles que tivessem o prazer de conhecê-lo. Era um profissional em ebulição e sua energia era válida até nas madrugadas quando saia com seu amigo José Renato para boas farras. Um dia, quando foi homenageado no Cantinho da Saudade, projeto do Museu dos Esportes, Haroldo Miranda foi notícia em todos os jornais da cidade. Ele sempre foi um contador de histórias, um vendedor de ilusões. Vendia como ninguém para ter seus programas no rádio patrocinados. Haroldo Miranda faleceu no dia 14 de novembro de 1988.


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Roteiro

Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: cultura@ojornal-al.com.br

Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

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Hoje O Projeto Concerto aos Domingos vai apresentar os pianistas pernambucanos Jussiara Albuquerque e Ivanildo Albuquerque (foto), às 10h, no Salão Nobre do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (Ladeira do Brito, Centro – Maceió). No programa, clássicos de F. Chopin, Franz Schubert, A. Dvorák e Gabriel Fauré. Entrada Franca. O filme A luz que surgiu por trás da colina, de Carlos Segundo, uma atração do DOC TV IV da última quinta-feira, terá nova exibição às 01h45 pela TV Educativa de Alagoas. O documentário conta a história do professor de Artes Visuais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Afonso Lana. A Companhia de Dança Maria Emília Clark e seu Projeto Social reapresentarão o seu novo espetáculo Não te esqueças que venho dos trópicos, às 16h, no corredor fechado da Ponta Verde (em frente ao Lopana). O balé, que contextualiza o pintor alagoano Fernando Lopes, envolvendo mais de 500 pessoas entre técnicos, bailarinos, alunos e crianças do Projeto Social, mantido pela Academia Maria Emília Clark, também será apresentado no dia 10, na Cidade de São Miguel, às 16h; no dia 17, no Maceió Shopping, às 16h; dia 18, no corredor fechado da Ponta Verde (em frente ao Lopana), às 16h. Música ao vivo com o grupo Moleque Atrevido no Sesc Guaxuma (Rua Coronel Mário Saraiva, s/n), a partir das 13h. Mais informações: 0800 284 2440 / (82) 3325-5021 / 3377-3280.

Amanhã Overdoze, ação que encerra a mostra Aldeia Sesc Guerreiro das Alagoas, abre, no período de 5 de julho a 2 de agosto, inscrições para os artistas que desejam apresentar seus trabalhos. Os interessados devem enviar projeto simplificado para o Sesc Centro, contendo nome do grupo ou proponente, linguagem (teatro, dança, circo, música, literatura, artes visuais ou audiovisual), título da obra, release e contato. Mais informações: (82) 3326-3133 / 3326-3700. O Cine Sesc 12h30 vai exibir Cafuné (cor, 73min, 2006), de Bruno Vianna. O filme, com classificação de 16 anos, será apresentado no próximo dia 5, às 12h30, no Sesc Centro (R. Barão de Alagoas, 229) e Sesc Poço (R. Pedro Paulino, 40). Mais informações: 0800 284 2440 / (82) 3326-3133.

Terça-feira Abertura da exposição Uma Visão da Amazônia, dia 6 de julho, às 19h, no Espaço Multieventos da Unidade Sesc Arapiraca (R. Manoel Cazuza, s/n, Santa Edwiges). A mostra reúne 20 Ilustrações científicas de plantas da Amazônia da botânica inglesa Margaret Mee. Em cartaz até 30 de julho (visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h). Entrada franca. Mais informações: 0800 284 2440.

Quarta-feira Dia da Qualidade de Vida do Idoso, dia 7 de julho, das 8h às 16h30, no Sesc Poço (R. Pedro Paulino, 40), com palestras, oficinas, torneio de jogos, vacinação, massoterapia, corte de cabelo, maquiagem e oficinas de arte. Entrada franca. Mais informações: 0800 284 2440 / (82) 2123-2440.

Em Cartaz O Concurso Aurélio Buarque de Holanda, uma iniciativa da Fundação Pierre Chalita e da Academia de Letras e Artes do Nordeste (ALANE), vai premiar artistas plásticos (pintura, desenho, gravura ou instalação), residentes em Alagoas. Serão oferecidos três prêmios para os melhores trabalhos, escolhidos por uma comissão julgadora: 1º lugar, R$ 3.000 (patrocinado pela Braskem); 2º lugar, R$ 1.000 (patrocínio Fundação Pierre Chalita); e 3º lugar, R$ 500 (patrocinado pela Academia de Letras e Artes do Nordeste – AL). Será sorteado entre os demais inscritos um prêmio-participação no valor de R$ 400. Os interessados deverão se inscrever entre os dias 16 e 17 de agosto de 2010, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h30, no Museu de Arte da Fundação Pierre Chalita (Praça Manoel Duarte nº 77, Jaraguá – Maceió). A mostra será inaugurada no dia 31 de agosto, às 17h30, no Museu de Arte da Fundação Pierre Chalita. Em julho, a obra de um dos mais importantes cineastas do mundo é destaque da programação do Cine Sesc 19h: a produção de John Cassavetes. A mostra em sua homenagem, Cassavetes: pai do cinema independente norte-americano traz cinco filmes e será realizada em todas as quintas-feiras deste mês, no Teatro Sesc Jofre Soares, Sesc Centro. Entrada franca. Inscrições abertas para o curso de Dança de Salão no Sesc Poço (Rua Pedro Paulino, 40). Mensalidades: comerciário: R$ 15 / simples: R$ 20 / conveniado: R$ 25 / usuário: R$ 30. Local das inscrições: Sesc Centro (R. Barão de Alagoas, 229). Mais informações: 0800 284 2440 / (82) 3326-3133.


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JetNews

RECADO “A maior felicidade é a certeza de sermos amados, apesar de sermos como somos” Elenilson Gomes

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Chico Brandão

Chico Brandão

Com Glória DICAS NEWS Soprar a sopa quente, ou tomar ruidosamente qualquer líquido é reprovável. Se faz involuntariamente qualquer ruído (tosse, regurgitamento, etc.), a pessoa não precisa fazer mais que pedir desculpas aos seus vizinhos de mesa. Telefones celulares devem ser desligados e religados somente após a pessoa deixar a mesa. Se precisa manter seu aparelho ligado, a pessoa deve deixá-lo sobre algum ponto próximo à mesa e pedir desculpas e levantar-se quando precisar atendê-lo.

31 DE AGOSTO

A querida amiga Adeísa Toledo é presença confirmada na noite de amigos que será realizada dia 31 de agosto, nos salões do Ritz Lagoa da Anta Chico Brandão

No finalzinho de agosto, exatamente no dia 31, reuniremos nosso amigos para uma noite de confraternização. Assim que a meia-noite chegar estaremos mais próximos da primavera, época em que tudo renasce, trazendo esperança e beleza. Aos convidados de Moro Num País Tropical, a partir de amanhã, começaremos a entregar cartas explicativas com os motivos da transferência da data do evento para o próximo mês. Mas adiantamos, que com os recentes acontecimentos em nosso Estado, seria impossível realizar este encontro. O momento é de unir forças.

NADA DE BRILHO

Com um currículo de dar inveja, o coiffeur Kallarari mantêm clientela fiel e sempre antenada, com a querida Walderez França Chico Brandão

Chico Brandão

Toda mulher adora brilho, mesmo que este seja discreto. Mas todas odeiam ter um brilho acentuado no rosto, o que as deixam com um ar desajeitado. Uma dica da coluna é o Opaque Gel, da Pharmapele, desenvolvido com exclusiva tecnologia de microesponjas. Ele elimina o brilho excessivo causado pela oleosidade da pele e ainda prolonga a fixação da maquiagem. Não tem erro!

MINEIRINHA Que tal uma caipirinha mineira para animar o domingo? Você vai precisar de 100 ml de cachaça de boa qualidade, sete colheres de sopa de açúcar refinado, 30 ml de água filtrada, três limões tipo (Taiti) e quatro cubos de gelo. Corte os limões em pequenos cubos, coloque na coqueteleira, acrescente açúcar, esmague os limões até obter um suco. Bata o gelo até ficar em pedaços, mas não pequenos. Por cima do suco coloque o gelo, não misture e jogue a cachaça para que a mesma derreta o gelo, prove e coloque água a gosto. Se necessário coloque mais açúcar. Mexa e sirva antes do gelo derreter totalmente e com as sobras dos limões.

FAX Os empresários Rafael Tenório, que comanda a Verdes Mares e José Ferreira, que comanda a Pac Lar, voltaram da China cheia de novas e boas ideias para suas empresas

O nosso fax para envio de notícias: 4009-1960.

Mirella Coelho checa os detalhes da festa dos 15 anos de sua linda Giulia, que acontecerá nos domínios do seu Ritz Lagoa da Anta, no próximo dia 24. Aguardem detalhes!

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Neste domingo, o radialista França Moura será o centro das atenções mesmo quando estiver longe dos microfones. É que hoje ele celebra mais uma virada de calendário recebendo carinho extra de seus amigos, familiares e ouvintes. Aproveitamos para desejar muitas felicidades, saúde, paz e mais sucesso. Parabéns!

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Clean Express, especializada em lavagem de roupas por quilo e Dryclean Usa, Ponta Verde e Stella Maris, são sinônimo de excelência nos serviços prestados e isso quem diz são os alagoanos que já elegeram as mesmas como as melhores do mercado, graças ao trabalho e dinamismo do jovem empresário Henrique Dória.

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Lígia Couitnho e suas filhas usarão belíssimas criações de Martha Medeiros na celebração de seus 50 anos de casada com o industrial Pedro Coutinho.

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Hoje, a jornalista Thácia Simone ganha coro de parabéns de seus amigos e familiares, em razão de mais um niver que comemora. Felicidades!

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Dona de uma beleza marcante, Mariana Pontes Farias sempre se destaca em nossas reuniões sociais e filantrópicas

Simone Lins Gouvea trouxe para suas Aquiteto lindas peças que já conquistaram as noivas mais chiques da cidade. Ela que não para quieta, em busca de novidades para o seu point, já é referência quando o assunto são listas de casamento.

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O Four Bistrô, de Jonas Araújo e Thiago Maia, tem sido um dos sucessos, durante a Copa do Mundo. Apesar do Brasil ter ficado pelo caminho, o lugar segue movimentadíssimo nos horários das partidas pelo título.

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Queremos dar os parabéns ao amigo Luiz, que vem lotando o seu restaurante Canto da Boca com um dos cardápios mais elogiados da cidade. Durante toda a semana, a casa é uma das mais procuradas. Sucesso!

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Eliane, Elaine e Zilma Tenório segue com um dos cardápios mais saborosos da cidade, no Alecrim Verde.

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Quem tem uma cãozinho que com insuficiência renal já pode tratá-los com um novo tratamento para melhorar o seu quadro de saúde. Pioneirismo do Estado do Ceará, veterinários realizam sessões de hemodiálise em animais com peso superior a 7kg. O procedimento é apropriado não só para os quadros de insuficiência renal crônica ou aguda, mas também para os casos de intoxicações, envenenamentos e na ocorrência de doenças que causem lesão renal. No Nordeste, o Ceará é o segundo Estado a oferecer o serviço, depois da Bahia. No País, há também em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

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A Bob Store, localizada no Maceió Shopping, está fazendo uam grande festas de preços.Vale a pena conferir!

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Márcia Lavini Montenegro comemora o sucesso de sua grife, LAVINI, que conquistou fãs em sua Mammoth

Agnes de Hebe Azevedo Maciel vem do Rio de Janeiro, onde estuda, passar as férias ao lado de seus pais

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UM PORTO PARA A MÚSICA DE LEILA PINHEIRO duardo Salles ainda colhendo chuva de elogios pela iniciativa do Festival de Inverno no Porto Salles, que bombou no show de abertura, com a paraense Leila Pinheiro. Entre os muitos vips que prestigiaram a noite, constaram casais e também muitos avulsos em mesas com amigos. Gente do top de Marroquim e Flávio Coutinho, Paulo Gusmão, Marcilene Costa, Tereza Malta, Clarissa Lopes, Rui Palmeira e esposa, e outros e outros.Agora ele acelerou ainda mais sua rotina desde que reabriu, após temporada de férias coletivas, os domínios do Lopana. Quem estava com saudade da barraca mais charmosa da orla, já movimenta o lugar desde o dia 1º de julho. A seguir, alguns cliques realizados no Porto Salles.

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Os anfitriões Christine Porto e Eduardo Salles com a cantora Leila Pinheiro

As queridas Eline Ávila Cabral e Cleide Méro, fãs da MPB

Flávia Coutinho e Mário Marroquim, que acabam de voltar de Buenos Aires

Carla Cansanção com sua mãe Lígia Coutinho, que prepara a celebração de suas bodas de ouro

Gastone Pontes e Rafael Cerqueira, que foram conferir as músicas de Leila

As irmãs Elizabeth Tavares e Eliane Macêdo com Raseane Buarque

Edila Nogueira e Irbla Cedrim marcaram presença na noite perfeita do Porto Salles

Luka e Adriana Arelino, que não perderam nenhum detalhe do show

Adriele e Carlos Rubens, apreciadores de boa música

Tereza Malta e Vera Costa, também marcaram prensça nesta noite ímpar

Na lente Moda

DOAÇÕES Christine Méro

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As chuvas deixaram sérios estragos em várias cidades alagoanas. Aos poucos começamos a restaurar alguns serviços básicos nestas localidades, mas muitas pessoas ainda precisam de nossa ajuda. Localidades como Uniçao dos Palmares e Branquinha, isso sem citar as demais, necessitam de material de limpeza e higiene com urgência. Procure um posto de coleta e leve seu donativo.

CORAÇÃO ADOLESCENTE Localizada na Engenheiro Mário de Gusmão, a Teenager, de Marythânia Melro surgiu sem data para ir embora. Acasa, recheada por grandes grifes e modelos incríveis é uma das queridinhas das mais chiques e antenadas da cidade. Sempre atenta aos lançamentos do universo fashion Brasil a fora, ela segue encantando com seu bom gosto e refinamento, que fazem um mix com a ousadia e o estilo diferenciado de cada peça. Não é a toa que a loja é uma das mais procuradas da cidade. parabéns pelo sucesso!

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Peças da grife Amissíma

O requisitadíssimo decorador Walmy Becho lapida o projeto de Moro Num País Tropical

Marli Brizeno assina um dos bolos do encontro de amigos transferido para o dia 31 de agosto

Cecília Nogueira Sá dará um toque regional à noite de amigos que acontece no próximo mês

Adelmo Cabral segue deixando seu nome em destaque dentro da advocacia alagoana

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APTO. VENDA CENTRO CENTRO – RUA DA PRAIA- LANÇAMENTO – Res. Vila Da Praia – Cond. Fechado C/ Apenas 09 Casas Duplex. No Terreo: Sala P/ 02 Amb. Coz. Americana. Pav. Superior: 02/4, Sendo 01 Suite E Wc.. Tr. 93812513 / 9946-2711 Creci 384. CENTRO – CONDOMÍNIO FECHADO VENDO apto novo pronto para morar: Sala L com varanda, 03 quartos, sendo 02 suites, Wc social, cozinha, área de serviço. Prédio com guarita, interfone, salão festa, churrasqueira, piscina, bar, elevador , pertinho de tudo. R$ 130 mil. Aceito financiamento bancário. Tr. 93514440 CRECI 343.

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PAJUÇARA – VENDO apto sala 2 ambientes, 02 quartos sociais sendo 01 suite, cozinha, área de serviço, Wc social, de frente. 01 vaga. Prédio novo e entregue, com salão de festas, gerador, Play Ground, piscina grande na cobertura. R$ 170 mil.Tr. 9351-4440 CRECI 343.

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Domingo, 4 de julho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br

Chefe de família CBF tenta convencer Luís Felipe Scolari a assumir a vaga de Dunga no comando da seleção Página 3


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BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com

Hora das desculpas

A COPA NÃO PERDOA

Dunga lamenta derrota, mas enaltece o trabalho

A seleção brasileira foi eliminada da Copa. Não adianta agora descascar os jogadores, o treinador e o planejamento. Os resultados do time e até a forma de atuar levaram o Brasil ao Mundial como favorito. Mas, num clássico, alguns erros são imperdoáveis. Na Copa, eles definem os rumos do torneio. Contra a Holanda, a seleção foi quase perfeita na primeira etapa. Fechou os espaços de Robben, com o primeiro combate de Michel Bastos e a cobertura de Gilberto Silva, e também conseguiu manter Sneijder longe do gol. Eles não criaram uma única chance real nos primeiros 45 minutos. O Brasil, ao contrário, tinha boas opções pelas pontas, variava o jogo pelo meio e poderia até ter goleado. Abriu o placar, após belo passe de Felipe Melo para Robinho, e deu a impressão de que poderia ganhar até com certa facilidade. As oportunidades apareciam aos pares, mas eram desperdiçadas. Mesmo assim, nenhum torcedor esperava o apagão da etapa final. A Holanda estava no mesmo ritmo cadenciado até marcar um gol improvável. Michel Bastos fez falta em Robben, e a seleção achou que ele poderia ser expulso. Não foi, mas o lance tirou a atenção de alguns jogadores. A Laranja bateu a falta com rapidez e Sneijder fez um cruzamento despretensioso. Considerado o melhor goleiro do mundo, Julio Cesar saiu mal e trombou com Felipe Melo, que raspou a cabeça na bola e marcou contra. Esse lance desestabilizou o time brasileiro. O impacto pelo erro de Julio, um dos responsáveis pelo sistema de segurança da equipe, não foi assimilado por ninguém da seleção. O Brasil perdeu a confiança e, alguns minutos depois, sofreu o segundo gol. A partir daí, o time entrou de vez em parafuso, a começar por Felipe Melo, que pisou em Robben e foi expulso. O clássico foi decidido neste momento. Em jogos equilibrados, a vitória ou a derrota é definida em pequenos detalhes. O fator psicológico fez a seleção desmoronar em campo. Do jeito que o time ficou após os gols, nem Pelé daria jeito se entrasse na vaga de Luís Fabiano. Apático, o Brasil não conseguiu concatenar as jogadas e poderia até ter sofrido mais gols. Copa do Mundo é assim. O time precisa ter esquema, e o Brasil teve, precisa ter jogadores de qualidade, e a seleção tinha, mas também precisa ter inteligência emocional para superar as dificuldades. Esse era um problema que, em conjunto, ainda não tinha se apresentado tão claramente para a seleção nesses três anos e meio de trabalho de Dunga. Sexta-feira, ele foi mais decisivo que o talento dos nossos jogadores.

Port Elizabeth - O técnico Dunga culpou a queda de rendimento do Brasil no segundo tempo da derrota por 2 x 1 para a Holanda, sexta-feira, pela eliminação da equipe nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Depois de dominar o primeiro tempo e abrir o placar com Robinho, a equipe sofreu a virada na etapa final do duelo disputado na cidade de Port Elizabeth. “Nós estamos tristes, trabalhamos por resultados diferentes, sabíamos que seria difícil conseguimos êxito. No primeiro tempo fomos melhores, dominamos, mas não conseguimos manter a mesma forma de jogar no segundo tempo”, lamentou Dunga. “Não conseguimos manter a concentração e a forma de jogar. A Copa é decidida em 90 minutos e em detalhes, infelizmente não conseguimos nosso objetivo”. Dunga reclamou da arbi-

AVALIAÇÃO Não acho que é o momento de execrar o técnico Dunga. Ele fez um trabalho honesto, dentro de suas convicções, conquistou títulos importantes e perdeu a Copa. As escolhas que fez para o Mundial foram coerentes e a forma como montou o time deixou o Brasil com boas chances de levar o Mundial. A derrota veio, como também poderia vir a vitória.

CURTO-CIRCUITO O caminho da Holanda ficou bom. A Laranja tem todas as chances de vencer o Uruguai na próxima terça-feira e chegar à sua terceira decisão da Copa. Não são brilhantes, mas demonstraram eficiência e frieza.

Dunga já deixou a seleção

tragem do japonês Yuichi Nishimura e disse que foi forçado a substituir Michel Bastos no segundo tempo para que ele não fosse expulso. Mesmo assim, o Brasil terminou o jogo com dez jogadores, já que

Felipe Melo recebeu o cartão vermelho. “Jogar com um a menos sempre dificulta mais, mas desde o início a gente viu e comentou que o juiz estava sendo muito pressionado, dando amarelos, tive até que triar o Michel. Queríamos que fosse diferente”, afirmou. O treinador se recusou a culpar a expulsão de Felipe Melo pela eliminação do Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo. “A culpa é de todos nós e eu levo boa parte por ser o comandante. Seria injusto culpar o Felipe Melo por uma expulsão, que é algo que sempre acontece em Copa”. Dunga afirmou que seu trabalho resgatou a dedicação dos jogadores pela seleção brasileira. “Conseguimos resultados em quatro anos e o principal foi o resgate da vontade. É só ver a fisionomia dos jogadores e me sinto orgulhoso por estar à frente desse trabalho”, comentou.

Jogadores da seleção elogiam técnico Com a eliminação diante da Holanda, acabou a trajetória de Dunga como técnico da seleção brasileira. Depois do jogo, ele próprio admitiu que seu ciclo era de apenas quatro anos no cargo. Mas, mesmo com uma triste despedida, saiu do Mundial da África do Sul com a aprovação do grupo de jogadores. Nesses quatro anos de trabalho, levou o Brasil aos títulos da Copa América e da Copa das Confederações, além de terminar as Eliminatórias em primeiro lugar. Mas fracassou no momento mais importante: o Mundial da África do Sul. Os jogadores, no entanto, trataram de elogiar o trabalho realizado pelo técnico, valorizando, principalmente, o grupo que ele conseguiu formar. “Formamos um grupo de amigos, podemos nos orgulhar disso”,

revelou o volante Gilberto Silva, um dos líderes da seleção. “Sai o grupo que mais merecia ser campeão mundial e isso me deixa muito triste”, lamentou o também volante Felipe Melo. “Somando tudo, esse é um grupo vencedor. Todo mundo se dedicou ao máximo. A avaliação é positiva”, disse o zagueiro e capitão Lúcio. No hotel da seleção em Port Elizabeth, durante o jantar depois do jogo, Julio Cesar chegou a fazer um discurso, em nome de todos os jogadores, para agradecer o trabalho e a confiança de Dunga nesses quatro anos. “Você conseguiu formar um grupo de amigos, de irmãos. Queríamos ganhar muito esse hexa para você”, disse o goleiro, que foi aplaudido pelos companheiros. O próprio Dunga revelou ter orgulho da seleção que

formou para a disputa da Copa. “Me sinto orgulhoso de ter estado à frente desse grupo, que mostrou dignidade e dedicação ao trabalho. Foram quatro anos de um bom trabalho”, avaliou o treinador, elogiando o comprometimento dos jogadores. “Foram 42 dias sem folga, e ninguém reclamou. Não teve nenhuma polêmica nesse período”. Dunga, inclusive, apontou esse comprometimento como responsável pelo nervosismo dos jogadores brasileiros na derrota para a Holanda. “Muitos deles viam essa Copa como a grande oportunidade da carreira”, contou o treinador, defendendo também toda a preparação que foi feita para a disputa do Mundial na África do Sul. “Todas as minhas decisões foram em prol da seleção”.


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Primeiro da lista Felipão é a prioridade da CBF para assumir a seleção brasileira A CBF agora começa a procura por um novo comandante para a seleção brasileira. Uma procura que não necessita de tanta pressa, pois o Brasil sediará a próxima Copa e não precisará disputar as Eliminatórias. Mas já há nomes na pauta desde antes do Mundial. A bola da vez é Luiz Felipe Scolari, embora este tenha acertado seu contrato com o Palmeiras tendo sua apresentação definida para o dia 15 de julho, segundo sua assessoria de imprensa. Felipão já era o nome de Ricardo Teixeira em 2006. Ele não quis ouvir a proposta da CBF, pois pensava na educação de seus filhos. Hoje, a situação mudou. Felipão toparia – e no fundo deseja – dirigir a Seleção. No caminho, o acerto com o Palmeiras. Mas o contrato só será assinado no dia 15, o que facilitaria a inclusão de cláusulas que favoreçam sua saída. O técnico já confessou a amigos que quer ser o comandante da Seleção

na Copa de 2014. Do outro lado, Ricardo Teixeira quer um técnico com experiência, que tenha a preferência dos torcedores, com uma certa disciplina. Nada do exagero da Era Dunga, que causou problemas com parceiros e patrocinadores. Além disso, a seleção tem compromissos apenas com amistosos neste ano e não será surpresa se for oferecido a ele a possibilidade de acumular a função de técnico do Palmeiras com a seleção, ao menos até o fim do ano ou até a Copa América de 2011. Isso já aconteceu após a Copa de 1998, quando Vanderlei Luxemburgo assumiu a seleção enquanto ainda comandava o Corinthians. Mais um detalhe que ajuda na escolha de Felipão como novo técnico é a relação do clube alviverde com a Traffic. J. Hawilla, o mandachuva da empresa, deve facilitar o trâmite da saída de Felipão com Ricardo Teixeira, com quem tem estreitas relações comerciais.

Mano Menezes também está cotado A opção caso toda esta costura não seja possível é Mano Menezes. O nome não agrada totalmente Ricardo Teixeira, pela sua falta de experiência internacional. Mas além de ser um técnico que amenizaria as relações com a imprensa e os torcedores, conta com o apoio de boa parte dos paulistas, pelo carisma que adquiriu no Corinthians. Andrés Sanchez, chefe da delegação nesta Copa, é outro que certamente ajuda na escolha. Sobre os demais nomes da comissão técnica, Teixeira já tem algumas definições. Jorginho e os observadores Marcelo Cabo e Taffarel saem com Dunga. Américo Faria é outro que deve ser substituí-

do, provavelmente por Rodrigo Caetano, atualmente gerente de futebol do Vasco. A equipe médica, a princípio, não deve ser modificada. Já os preparadores físicos têm situação indefinida. Leonardo e até Vanderlei Luxemburgo também estão no páreo. Felipão entra na sucessão pelo forte apelo popular. É o último treinador que deu um título mundial ao Brasil. Mas seu acordo com o Palmeiras pode inviabilizar a sua eleição. Outro entrave: Felipão não aceitou o convite de Teixeira para assumir a seleção após o fiasco de Parreira em 2006. O presidente da CBF não perdoa os que não aceitam o seu convite.

Felipão pode fazer acordo com o Palmeiras

Ricardo Teixeira elogia a Era Dunga O presidente da CBF, Ricardo Teixeira quer anunciar o novo treinador após 13 de julho. A seleção terá seis amistosos a cumprir no segundo semestre. O primeiro está previsto para agosto, ainda sem adversário definido, provavelmente contra os Estados Unidos, em Nova York, ou a França, em Paris.

O presidente fez um balanço positivo dos quatro anos de Dunga, apesar da derrota para a Holanda nas quartas de final da Copa da África do Sul. Embora a campanha tenha sido igual a de 2006, quando Parreira era o comandante, Teixeira aprovou a maioria das decisões de Dunga. A atual co-

missão técnica também será destituída. Todos os profissionais, entre médicos, preparadores físicos e fisioterapeutas, entregarão os seus cargos. A maioria deles está na seleção desde 2002. Eles têm grande chance de voltar aos seus postos com a chegada do novo treinad

Técnico é xingado na chegada ao hotel A pressão sobre o técnico Dunga após a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo já começou na África do Sul. Ele foi xingado por alguns torcedores na chegada da delegação ao hotel em Porto Elizabeth.

O elenco chegou na concentração pouco mais de duas horas após o término do jogo contra a Holanda e a ira dos presentes estava voltada somente para o treinador. Ele foi o único a ser xingado e desceu do ônibus sendo cha-

mado de burro. Na entrevista coletiva depois da eliminação da seleção, Dunga afirmou que irá deixar o comando da equipe. A delegação deixou a África do Sul às 16h (horário do Brasil) de ontem.


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Perdeu a cabeça Técnico holandês critica Felipe Melo e atitude do Brasil em campo Port Elizabeth - Felipe Melo deveria ter “vergonha do que fez e vergonha pelo futebol brasileiro”. O recado é do técnico da Holanda, Bert Van Marwijk, que criticou a atitude do Brasil em campo. Van Marwijk agora deixou claro: seu time vai lutar para conquistar a sua primeira Copa do Mundo. No intervalo, foi a bronca dada pelo treinador à equipe que mexeu com os brios dos jogadores e garantiu a virada. “O vestiário mudou o jogo”, admitiu Wesley Sneijder. Após a vitória de sexta-feira, a comissão técnica da Holanda e seus jogadores não economizaram nas ironias com a seleção de Dunga e seus jogadores. “O Brasil, depois do primeiro gol, achou que tinha a partida na mão e jogou com arrogância”, disse Frank de Boer, assistente técnico da Holanda. “O Brasil não foi o Brasil”, disse o capitão Van Bronckhorst. O treinador foi enfático ao insistir que não mandou seu time provocar o Brasil. “Nós estávamos sempre tranquilos.

Quem nos provocou sem parar foi o Brasil”, disse Van Marwijk. Para ele, a entrada de Felipe Melo sobre Robben foi uma demonstração da atitude do Brasil em campo. Essa é a primeira vitória da Holanda contra o Brasil em Copas em 36 anos. Em 1974, Cruyff tirou o Brasil do Mundial da Alemanha. Sexta, tanto o treinador como seus jogadores admitiram que a vitória sobre o Brasil era o incentivo extra que faltava para a conquista do primeiro título mundial pela Holanda. “Queremos ser campeões e essa vitória nos motiva muito para isso”, afirmou o meia De Jong. “Desde que assumi o time, minha ideia era passar confiança à seleção. Minha mensagem era que os jogadores deveriam acreditar em suas capacidades e mostraram isso”, disse o técnico. “Pode ser que acharam que eu era arrogante. Mas quando assumi, eu disse que não iria para a Copa apenas para participar. Iria para ganhar e é isso que estamos fazendo”, assegurou.

Bronca no vestiário acordou o time O treinador foi tido como um dos principais responsáveis pela vitória. Van Marwijk estava esperando seus jogadores no vestiário quando o primeiro tempo acabou e a Holanda era dominada pelo Brasil. Ao ver todos entrando, perguntou: “vocês querem sair agora ou vão ser humilhados nos próximos 45 minutos também?”. Nos 15 minutos de intervalo, convenceu o time de que poderiam sair com a vitória. “Ganhamos por nossa força mental”, disse Robben, um dos destaques do jogo. “O que pedi para nossos jogadores é que atuassem da forma que sabem e não pensar quem era

o adversário”, explicou o técnico. O que ele queria passar era a mensagem de que a camisa da seleção brasileira não deveria pesar. Sneijder, o homem do jogo, admitiu que foi o vestiário no intervalo que garantiu a virada. “Tudo mudou depois da conversa que tivemos no vestiário. Dissemos: ‘nós podemos vencer, nós podemos vencer’”, contou o meia. “Voltamos para o segundo tempo dizendo que daríamos tudo e passamos a pressionar”, disse. “Poderíamos ter perdido o jogo nos 15 primeiros minutos. Mas nossa força mental superou tudo”.

Felipe Melo pisou em Robben e foi expulso no jogo de sexta-feira

Atacante Robben já projeta semifinais Protagonista na jogada que derrubou de vez a equipe brasileira no confronto válido pelas quartas, graças ao instável volante brasileiro Felipe Melo, que pisou em sua perna após derrubá-lo em lance faltoso e receber o cartão vermelho do árbitro aos 27 minutos do segundo tempo, o atacante Arjen Robben disse, após a vitória sobre o Brasil, que a Copa do Mundo de 2010 começa agora para a Holanda. Terça-feira, eles enfrentam o Uruguai. às 15h30. “Claro que tudo o que estamos vivendo é muito bonito, porque ganhamos de um dos favoritos. Mas o torneio de verdade começa agora. Estamos entre os quatro melhores times e sabemos que podemos ir à final”, sacramentou o jogador, que atua no futebol alemão defendendo o Bayern de Munique. Demonstrando confiança na equipe graças ao triunfo da Holanda sobre o Brasil, Robben fez questão de dizer que a partida encheu os olhos dos torcedores que acompanharam o jogo. “Foi uma partida muito

bonita para os torcedores. As duas equipes jogaram um ótimo futebol”, afirmou. Sobre o jogo propriamente dito, o atacante da Holanda disse que, nos primeiros 20 minutos da primeira etapa, seu time não jogou bem. “Não mostramos nosso melhor nível, talvez estivéssemos com medo. Mas nos últimos 15 minutos do primeiro tempo e em todo o segundo melhoramos, criamos as oportunidades e ganhamos de forma merecida”, avaliou. Para Robben, a chave do sucesso holandês no duelo contra os brasileiros foi a pressão exercida sobre a defesa do time de Dunga. “Sempre tentamos colocar pressão na defesa deles (brasileiros)”. Centrado no objetivo da conquista do inédito título da Holanda em Copas do Mun-do, o centroavante já pensa no próximo duelo, válido pelas semifinais da competição sulafricana. “O mais importante agora é se concentrar no próximo jogo. Não chegamos aqui para parar na semifinal”, finalizou.

Holanda provocou os brasileiros PORT ELIZABETH - O craque Wesley Sneijder afirmou que a Holanda não ganhou apenas porque jogou melhor futebol, mas porque conseguiu desestabilizar psicologicamente o Brasil com provocações. “Fomos muito espertos. Envolvemos e dobramos os brasileiros”, disse o principal astro do jogo. Com apenas 1,70m, Sneijder nunca tinha feito um gol de cabeça. Mas, sexta-feira, dominou o segundo tempo, causou o primeiro gol e virou o jogo com seu primeiro gol de cabeça de sua carreira. Com 26 anos, o meia da Internazionale disse que a vitória de sexta foi uma das mais importantes de sua carreira, que inclui títulos nacionais e até mesmo a Liga dos Campeões da Europa neste ano. “Foi fantástico. Mostramos ao mundo quem somos. Finalmente vencemos o Brasil”, comemorou. Mas o holandês reconheceu que não desestabilizou o Brasil apenas com seu jogo e admitiu que, em decisões, o comportamento do time pode fazer a diferença. “Fomos espertos. Eu sempre disse que, se queremos estar entre os grandes, precisamos usar de todos os métodos possíveis. Para vencer, precisamos fazer o que seja”, disse Sneijder, admitindo que irritaram os jogadores brasileiros “No segundo tempo, fomos muito espertos. Nós mantivemos nossa cabeça no lugar. Eles não”. “Este é um momento magnífico. Eliminar o Brasil, uma das melhores equipes da Copa do Mundo, é algo notável. Também transmite uma sensação de alívio, superar uma defesa tão boa”, disse, lembrando que Lúcio, Maicon e Julio Cesar são alguns de seus companheiros na Internazionale. Sobre seu gol de cabeça, Sneijder admite que não deve conseguir muito cedo um segundo. “Acho que nunca mais faço um gol de cabeça. Mas essa foi fantástico”, disse. O goleiro brasileiro reconheceu que Sneijder fez a diferença. “Sabíamos que ele era perigoso”, concluiu Julio Cesar.


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Robinho fica sem explicação após derrota Camisa cobrindo o rosto e lágrimas. Era difícil acreditar no que estava acontecendo. Robinho chegou à África do Sul confiante em ser o protagonista da seleção brasileira, diferentemente do que ocorreu quatro anos atrás, na Alemanha. Ele planejava ser o melhor da Copa do Mundo e voltar para casa como campeão. Não conseguiu nem uma coisa nem outra. Aeliminação nas quartas de final diante da Holanda deu fim ao sonho do atacante, que, até o primeiro tempo, estava mais vivo do que nunca. Robinho abriu o placar com uma finalização perfeita depois de receber lindo lançamento de Felipe Melo. Era o seu segundo gol no Mundial. Mas, assim como todo o time, ele sumiu no segundo tempo e viu os holandeses virarem o jogo, tirando o Brasil da Copa. “Não sei explicar o que aconteceu. O primeiro tempo foi excelente. Depois, por duas bolas bobas, de desatenção nossa, tomamos dois gols que custaram a nossa desclassificação. A Copa do Mundo é decidida em detalhes. No segundo tempo, en-

tramos desatentos e sofremos os dois gols”, lamentou. Apesar de dizer que o time foi desatento, Robinho não quis apontar culpados pela derrota no estádio Nelson Mandela Bay, mesmo depois de o próprio goleiro Julio Cesar assumir que falhou no primeiro gol. O segundo holandês nasceu em uma cobrança de escanteio em que Kuyt desviou de cabeça na primeira trave e Sneijder, também de cabeça e livre de marcação, colocou nas redes. “Não é o momento de falar sobre erros individuais. Todo mundo está muito triste, arrasado”, afirmou Robinho, também com os olhos um pouco vermelhos. “Não pudemos dar a alegria que tanto queríamos e infelizmente, para o povo, é um dia triste. Sabemos que poderíamos ter sido melhores, mas infelizmente não deu”, completou. Com 26 anos, Robinho não descarta estar na seleção em 2014, na Copa que será disputada no Brasil. “Agora é levantar a cabeça, pensar em ser campeão daqui a quatro anos”.

Luís Fabiano: “Seleção sai de cabeça erguida” Os três gols que marcou nesta Copa do Mundo foram insuficientes. No jogo em que o Brasil mais precisou dele, Luís Fabiano não conseguiu ajudar. O atacante teve atuação apagada na sexta-feira, no estádio Nelson Mandela Bay, finalizou apenas duas vezes durante todo o jogo, mas sem levar perigo ao goleiro Stekelenburg. As duas bolas foram para fora. Cabisbaixo, assim como os outros jogadores, o artilheiro da “Era Dunga” na seleção com 22 gols elogiou o esforço dos companheiros diante da Holanda. “O Brasil sai de cabeça erguida. O momento é muito difícil, mas o time mostrou muita dedicação, demos o máximo em campo. Mas o futebol tem dessas coisas. Avida continua, este é um grupo que lutou muito durante esses dias. Gostaríamos de chegar à final. Esse grupo merecia, já mostrou que é vencedor”, disse.

Em relação à partida, Luís Fabiano viu “dois jogos diferentes”. Segundo ele, o Brasil foi muito bem no primeiro tempo, quando abriu o placar com Robinho e poderia ter feito outros gols, mas foi dominado pela Holanda na etapa final. “No primeiro tempo, nosso time foi muito bem. E no segundo, não deu nada certo. Eles conseguiram neutralizar nossa maneira de jogar, fomos surpreendidos pelo adversário”, comentou. “A gente tentou, mas tivemos algumas falhas, o que é normal no futebol. Infelizmente no segundo tempo tivemos essas fatalidades”. Uma delas, segundo o atacante, foi perder Felipe Melo, que recebeu o cartão vermelho por pisar em Robben aos 28 do segundo tempo, cinco minutos depois de Sneijder ter virado o jogo para os holandeses. “Aí ficou ainda mais difícil”, afirmou.

Robinho não fez a diferença no segundo tempo


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Ele tem crédito Inglaterra confirma manutenção do técnico Fabio Capello Londres - A Federação Inglesa de Futebol confirmou sexta que o italiano Fabio Capello continuará à frente da seleção do país. O anúncio acaba com as especulações sobre a substituição do italiano após a queda do “English Team” nas oitavas de final na Copa do Mundo para a Alemanha. Após receber o comunicado oficial da sua permanência, Capello se disse orgulhoso por ter mais um voto de confiança. “Estou mais decidido que nunca a triunfar com a seleção da Inglaterra”. Capello, de 64 anos, está à frente da Inglaterra desde 2008 e já tinha contrato assinado até o fim da Eurocopa de 2012, mas a eliminação na Copa poderia ter mudado seu rumo. Jogadores e dirigentes, porém,

optaram pela manutenção do italiano no comando. Uma comissão de quatro membros da federação decidiu de forma unânime pela manutenção de Capello. “(O presidente da federação) Dave Richards me comunicou que todos os membros da federação querem que eu continue e eu acho importante utilizar a decepção na África do Sul como uma motivação para o futuro”, disse Capello. “Ainda estamos decepcionados com nossa atuação na Copa, mas achamos necessário nos dar um tempo para refletir para tomar essa decisão com calma. E agora sabemos que Fabio continua sendo o homem adequado para o cargo”, disse Richards. Com a decisão, Capello cumprirá os

dois anos de contrato que ainda restam e receberá 6 milhões de libras anuais (cerca de R$ 16 milhões). RENOVAÇÃO - O treinador disse ser necessária uma renovação da seleção para recuperar o prestígio perdido. “Vamos introduzir novos jogadores para dar uma nova energia à equipe. E aproveitarei toda minha experiência para levar a Inglaterra a grandes conquistas”. Capello também aproveitou o anúncio desta sexta para mandar um recado aos torcedores ingleses. “A partir de agora estarei completamente concentrado nos próximos compromissos da seleção”. O primeiro deles já é em agosto, um amistoso contra a Hungria.

Presidente oficializa Blanc na seleção francesa PARIS - Após a vexatória campanha da França na Copa do Mundo de 2010, da qual o país foi eliminado logo na primeira fase, a Federação Francesa de Futebol (FFF) oficializou nesta sexta-feira, em reunião do seu conselho federal, a contratação do técnico Laurent Blanc como substituto de Raymond Domenech, fato que já estava definido antes mesmo do início do Mundial. Além de oficializar o novo comandante, o presidente da entidade que dirige o futebol francês, Jean-Pierre Escalettes, se desculpou com os torcedores do país pelo desempenho na Copa da África e afirmou que está “envergonhado”. Após o fracasso, o dirigente entregou o seu cargo, mas ele seguirá à frente da entidade até o próxi-

mo dia 23, antes de um novo presidente ser eleito. Ao comentar os incidentes ocorridos com a França durante o período do Mundial, no qual os seus jogadores chegaram até a se recusar a treinar por causa do corte do atacante Anelka e o capitão Evra brigou com o preparador físico da seleção, Escalettes disse: “Estou envergonhado e quero oferecer minhas desculpas a todos os franceses, mesmo além das fronteiras. Esta humilhação que senti norteou minha decisão de me demitir, o que foi aceito pelo conselho (federal da FFF)”. A eliminação francesa recheada por escândalos motivou até um movimento feito por exjogadores da seleção contra Domenech. Eleito o grande vilão da seleção, ele teve de se expli-

car por sua conduta na África em uma audiência privada no parlamento francês. Ao falar sobre Blanc, que assume a França depois de ter sido campeão mundial como jogador em 1998, Escalettes ressaltou: “A Federação Francesa e a seleção continuam com Laurent Blanc, que terá um projeto esportivo extremamente combativo, com a vontade de vencer para recolocar a equipe nos eixos no ponto de vista moral e esportivo”. O dirigente também garantiu que Domenech se desculpou, na audiência pública que participou, com “muita humildade” por seu trabalho à frente da seleção francesa, embora publicamente o treinador tenha culpado a imprensa do seu país pelo fracasso da França no Mundial.

Fabio Capello é atualmente o treinador de seleção mais bem pago

Evra não deve jogar mais pela França A crise na seleção da França, após a eliminação precoce na Copa do Mundo da África do Sul, continua e todo dia tem novos capítulos. Na sexta-feira - no mesmo dia em que oficialmente o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Jean-Pierre Escalettes, renunciou ao seu cargo e o ex-jogador Laurent Blanc foi confirmado no cargo de técnico da equipe no lugar de Raymond Domenech -, o excapitão Lilian Thuram afirmou que Patrice Evra não deve mais jogar pela seleção nacional. Após a derrota para o México, na segunda rodada do Grupo A do Mundial, Evra liderou uma revolta dos jogadores contra Domenech por causa do corte do atacante Nicolas Anelka, que havia xingado o treinador.

Com este ato, Evra chegou a discutir com o preparador físico e perdeu seu posto de titular e capitão da equipe francesa. “Eu pedi ao Conselho Federal (da Federação Francesa de Futebol) para punir os jogadores de forma severa. Por agora, o capitão Patrice Evra não deve ser convocado nunca mais”, disse Thuram, em entrevista a jornalistas logo após o término da reunião da entidade, nesta sexta, em Paris. Thuram fez parte da equipe que conquistou o título da Copa do Mundo em 1998, disputada na própria França. Depois, jogou os Mundiais de 2002 - na Coreia do Sul e Japão, onde os franceses não passaram da primeira fase - e de 2006, quando ficou com o vice-campeonato.


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Tudo pelo G-4 Jogando fora de casa, CSA enfrenta hoje o América-RN Marco Antônio

Luciano Milano Repórter

Na quarta posição depois de folgar, no meio da semana, na sétima rodada do Campeonato do Nordeste, o CSA volta a campo na tarde de hoje. Desde sexta-feira à noite em Natal, no Rio Grande do Norte, o Azulão do Mutange enfrenta o América, às 16h, no estádio do Machadão, na capital potiguar. Embora esteja a apenas dois pontos do time alagoano, o América não anda bem das pernas na disputa: ocupa apenas a 10ª, mas pode se aproximar do famoso G4, grupo dos quatro times que se classificam para a fase seguinte do Nordestão. O CSA vem de um empate com o rival CRB, no clássico local, realizado no último domingo, na reabertura do Rei Pelé. Na ocasião, o time do técnico Lino mostrou poder de reação. Depois de estar perdendo por 1x0 para o Galo da Pajuçara, o Azulão reagiu, empatou com Alexsandro e virou o jogo com Catanha. Num lance de sorte, o CRB chegou ao empate no finalzinho da partida, que terminou 2x2. "Esperamos demonstrar contra o América a mesma obediência tática e vontade que apresentamos contra o CRB. Naquele dia, merecíamos a vitória por tudo o que aconteceu. Mas futebol tem dessas coisas. Infelizmente, perdemos posição no G4, porém vamos jogar para recuperá-la contra o América", disse o atacante e vice-artilheiro do Campeonato do Nordeste, Alexsandro, que tem cinco gols na competição e já foi sondado por empresários que querem tirá-lo do Azulão. Comenta-se, inclusive, que o próprio AméricaRN quer o jogador. DESFALQUE - Com o terceiro cartão amarelo, o volante Serginho desfalca o CSA logo mais em Natal. A primeira opção de Lino para substituir um dos destaques do time no Campeonato do Nordeste seria o recém contratado jogador Marco Antônio, que chegou a treinar durante a semana, no Mutange. Ligado ao Corinthians-AL, Marco Antônio atuou na segunda divisão do futebol alemão, no primeiro semestre. Como a transferência é internacional, ele pode jogar a partir do dia 3 de agosto, quando abre uma janela estrangeira. A diretoria do CSA não atentou para esse aspecto e acabou frustrando o técnico Lino e a torcida azulina. JEFERSON - Para amanhã, o clube aguarda o chegada do goleiro Jeferson, que foi anunciado na última quinta-feira como mais um reforço do time para a sequência do Nordestão e disputa do Campeonato Alagoano da Segunda Divisão, que começa em agosto.

Catanha é a referência do CSA

Técnico Freitas vai iniciar amanhã o trabalho no CRB O CRB jogou no início da noite de ontem contra o Bahia, no estádio Rei Pelé. Apartida foi válida pela oitava rodada do Campeonato do Nordeste. Até ontem, o Galo era o nono colocado, com 9 pontos. Prevê o regulamento da competição que apenas os quatro primeiros times passam para a próxima fase do Nordestão. Entretanto, chegar na ponta da tabela não é prioridade do Galo da Pajuçara. O discurso regatiano é que o foco do clube é todo no Campeonato Brasileiro da Série C. A Terceirona é o caminho para que o CRB retorne à Série B nacional, competição que disputou durante 15 anos, de onde foi rebaixado em 2008.

No final de maio e início de junho, o clube traçou um planejamento para tal. Contratou o polêmico técnico Celso Teixeira, afastou jogadores da casa como Eder, Emerson e Tony Maraial, emprestou o lateral Rafinha para o Ipatinga, e contratou nada mais nada menos que 11 jogadores. Mas a convivência difícil entre Celso Teixeira e o vice de futebol Valter do Vale resultou na demissão de Teixeira e a saída de seis jogadores, todos indicados pelo ex-treinador. A menos de 15 dias para começar a Terceira Divisão ( o Galo estreia no dia 17, contra o ABC, em Natal), o CRB tem outro treinador e agora parte

para traçar novas diretrizes de olho na vaga na Segunda Divisão em 2011. Na quinta-feira passada, Natazílio Freitas do Nascimento, o Freitas, foi anunciado como técnico. Ontem, ele assistiu à partida contra o Bahia e amanhã põe a mão na massa na Pajuçara. Segundo o próprio treinador, só a partir de amanhã é que se começa a falar em reforços e, talvez, mais dispensas no elenco. A cara nova, mas nem tão novas assim, é o atacante Júnior Amorim, que volta ao clube depois de defender o rival CSA, no Estadual do ano passado. (L.M)


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Focada na preservação

do Meio Ambiente, a Braskem lançou o livro

Os Segredos da Mata Léo Villanova

Carro da Fiat (Novo Uno) ganha prêmio da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva de Meio

Ambiente.


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Novo Uno ganha prêmio AEA de Meio Ambiente 2010 Entre 36 trabalhos desenvolvidos para a 4º edição do Prêmio da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) de Meio Ambiente, o "Novo Uno, a busca pelo carro verde", de Sandro Soares e Saulo Handam, da Engenharia da Fiat Automóveis, foi o vencedor na categoria "Tecnologia Otto". Este trabalho sobre o novo Uno foi eleito por um júri formado por representantes de órgãos governamentais, associações de classe, imprensa, universidades e a diretoria técnica da AEA. O prêmio valida a boa aceitação do Novo Uno com todos os públicos e os esforços da Fiat no seu desenvolvimento, seja em atuação nos modelos de estilo, controle de peso, desenvolvimento de soluções aerodinâmicas, pneus, no desenvolvimento dos novos motores e de todas as ações da engenharia que deram resultado no novo modelo da Fiat Automóveis. O novo Fiat Uno está disponível no mercado em quatro versões de acaba-

mento - duas com motor 1.0 e duas com 1.4. Em todas, o consumidor pode ter certeza de que encontra um automóvel moderno, arrojado, com excelentes motorizações e muita personalidade. São elas: Uno Vivace 1.0 Flex, Uno Way 1.0 Flex, Uno

Attractive 1.4 Flex e Uno Way 1.4 Flex. O prêmio foi entregue durante o 12º Jantar Anual de Meio Ambiente da AEA no dia 14 de junho, em São Paulo.

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lança Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas e Portal da Qualidade das Águas to da qualidade da água da ANA e de instituições parceiras cadastradas na base de dados do HidroWeb, sistema de informações hidrológicas da agência. O site oferece mapas, parâmetros monitorados, informações sobre o Índice de Qualidade (IQA) de rios, capacidade de absorção de carga orgânica, além de permitir trocar conhecimentos sobre a situação da qualidade das águas no País por meio de uma área restrita, mediante cadastro, para gestores de recursos hídricos. O usuário poderá fazer pesquisas e terá acesso a informações sobre o PNQA, à Rede Nacional de Monitoramento, Indicadores de Qualidade, Avaliação da Qualidade da Água e Enquadramento dos corpos de água em rios federais e dos estados que já disponibilizaram seus dados. O Índice de Qualidade da Água (IQA) reflete, principalmente, a contaminação dos corpos hídricos ocasionada pelo lançamento de esgotos domésticos. No último levantamento, realizado em 2008, 70% dos 1. 812 pontos monitorados no País apresentaram IQA bom, 12% regular; 10 % ótimo; 6% ruim e 2%, péssimo. O lançamento de esgotos domésticos é o principal fator de degradação dos rios, lagoas e represas. Menos da metade (49%) do esgoto produzido no Brasil é coletado e 32,5 % desse esgoto são tratados, conforme dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SNIS).

Divulgação

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assina Termo de Cooperação Técnica com a ANA, em apoio ao programa, que inclui site de pesquisa e acompanhamento da qualidade das águas em trechos de rios onde há estações de monitoramento A Agência Nacional de Águas (ANA) lança o Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA), com o objetivo de aumentar e disseminar o conhecimento sobre as águas superficiais no Brasil, de forma a orientar a elaboração de políticas públicas para a recuperação da qualidade ambiental nos rios e reservatórios e, em conjunto com os órgãos gestores estaduais de recursos hídricos, ampliar a Rede Nacional de Monitoramento. Atualmente, 18 estados possuem rede de monitoramento da qualidade das águas superficiais (SP, PR, MT, MS, GO, MG, BA, RJ, ES, SE, AL, PB, PE, RN, RS, CE, TO e DF). Não existem, porém, para as redes existentes, procedimentos padronizados de coleta e análise das informações ou um banco de dados nacional. A padronização e a ampliação da rede é um dos objetivos do PNQA, que prevê ainda capacitação e laboratórios. Para consolidar a Rede Nacional de Monitoramento é preciso investimentos estimados em R$ 95 milhões até 2015. O Banco Interamericano de Desen-volvimento (BID) assinou um Termo de Cooperação Técnica com a ANA para transferir U$ 800 mil ao PNQA, como doação ao programa. Portal - A ANA também lança o Portal da Qualidade das Águas (http://pnqa.ana.gov.br), ferramenta que consolida informações disponíveis em 3,3 mil estações de monitoramen-


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Braskem lança livro e filme ani com histórias do Cinturão V A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 29 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. Como uma grande indústria, a empresa investe em ações sustentáveis para o planeta, visando um mundo melhor e garantindo a qualidade de vida para as populações. Em Alagoas, o Cinturão Verde tornou-se uma referência em ação focada no Meio Ambiente e na Respon-sabilidade Social da empresa. Por isso, com o objetivo de promover a conscientização de ações sustentáveis focadas na preservação do Meio Ambiente, a Braskem promoveu, no mês de junho, o lançamento do livro "Os Segredos da Mata". O livro é de autoria dos escritores alagoanos Simone Cavalcante, Claudia Lins e Tiago Amaral. O livro apresenta personagens e histórias inspiradas no Cinturão Verde, área de preservação ambiental mantida pela empresa. O lançamento foi uma das atividades incluídas na agenda comemorativa da Semana do Meio Ambiente Braskem 2010. A publicação é editada pelo Selo Passarada de Literatura Infantil, e tem a distribuição gratuita para estudantes e bibliotecas de escolas públicas de Alagoas. No lançamento foi oficializada a doação de exemplares para representantes de bibliotecas, instituições e organizações que trabalham incentivando a leitura em Alagoas. Durante o lançamento, estavam presentes autoridades e convidados espe-

ciais como o Secretário de Estado da Educação, o Subsecretário do Estado da Cultura, representantes do Serviço Social do Comércio - SESC, do Museu Théo Brandão, da Universidade Federal de Alagoas - UFAL e da Associação Comercial de Maceió. No evento, foi exibido o filme "A Formiga e a Figueira", que é um curta-metragem contendo animações de uma das três histórias do livro. O cineminha ecológico foi exibido aos para convidados presentes, e também para alunos de escolas convidadas e da Creche Mestre Izaldino - Creche Escola construída pela Prefeitura de Maceió em concretoPVC localizada no Pontal da Barra - e que tem o apoio da Braskem. Após a exibição do filme, as crianças fizeram um passeio por uma das trilhas ecológicas da mata. Além de ações sustentáveis e conscientização da preservação do Meio Ambiente, o incentivo à leitura também é uma das ações de Responsabilidade Social que a Braskem realiza. Seguindo o lema "Leitura para todas as crianças", os escritores Simone Cavalcante, Claudia Lins e Tiago Amaral embarcaram na aventura ecológica de traduzir para o universo infantil três histórias que se passam no Cinturão Verde, um enclave de espécies nativas de mata atlântica, mantido pela Braskem. As histórias são fábulas e contos de mistério que reconfiguram ficcionalmente animais, plantas e formações geográficas da mata, bem como a paisagem humana que envolve esse ecossistema. As ilustrações foram elaboradas pelo artista Pedro Lucena. O projeto dá continuidade à iniciativa cultural da Braskem em incentivar o livro e à leitura em Alagoas que, no ano passado, beneficiou centenas de crianças cegas com a doação de cópias do audiolivro "Histórias para ouvir e cantar". A publicação do livro "Os segredos da Mata" , que tem 64 páginas, circulará com uma tiragem inicial de 7 mil exemplares, sendo produzida exclusivamente para beneficiar bibliotecas e salas de leitura em Alagoas.

Cinturão Verde O Cinturão Verde está localizado no Pontal da Barra, e é uma área de reflorestamento, que mede 1.500.000 metros quadrados. A área recebeu da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unesco o selo de "Posto Avançado da Biosfera da Mata Atlântica" e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, o título de "Criadouro Conservacionista da Flora e Fauna Nativa", pelo trabalho de conservação de centenas de espécies vegetais e animais da região. No espaço, são desenvolvidos vários programas focados na sustentabilidade e na responsabilidade social, como cursos de Hidroponia, Paisagismo e Apicultura. As histórias ambientadas no Cinturão Verde conscientizam as crianças para a diversidade ecológica que existe no local e também contam sobre o surgimento da área verde, fruto da ação consciente do homem. No livro, um glossário ensina sobre os principais animais e plantas encontrados naquele habitat. Um jeito de chamar a atenção das futuras gerações sobre o papel que elas irão exercer na preservação da biodiversidade em nosso planeta.

Os Autores e o ilustrador Simone Cavalcante - é formada em Jornalismo, com Mestrado em Literatura Brasileira. Trabalha como produtora cultural na Universidade Federal de Alagoas e dedica-se à realização de projetos gráficos no Selo Passarada. Como editora e diretora executiva das Edições Catavento, ela escreveu os livros "Bob no País das Verdurinhas", "A cultura Alagoana para Crianças" (em co-autoria) e "Literatura em Alagoas". Também atuou como produtora do programa infantil Caralâmpia, da TV Educativa. Claudia Lins - é jornalista e autora dos livros in-


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fantis: "Lendas do Velho Chico", (Franco Editora/MG), "O menino que acordou o rio" (Ed. Cortez, SP), "Marina Traquina" e "Os Três Porquinhos do Agres-te", pelo Selo Passarada - AL. Além disso, produz conteúdos para educação e leitura para sites na internet. Atualmente, trabalha como repórter da TV Gazeta de Alagoas e dedica-se à pesquisa e produção de textos de literatura infantil. No campo dos direitos humanos, publicou "A Máfia da Inocência", pela editora Garamond/RJ. Tiago Amaral - é arquiteto e possui experiência no campo do design gráfico editorial, sendo criador dos selos de duas editoras ala-goanas, a Edufal e a Catavento. Desde os tempos de estudante, trabalha como capista e ilustrador, participando de mais de 500 projetos de livros. É autor do texto infantil "Filho de peixe, peixinho não é", publicado em 2009 pelo Selo Passarada. Atualmente, divide seu tempo entre o escritório Traço Planejamento e Arquitetura e trabalhos na área editorial. Pedro Lucena - é artista plástico e ilustrador. Seus desenhos circulam em livros da Coleção Letras & Sons, do Selo Passarada, Editora

Cortez/SP, e em revistas brasileiras - Encontro, Metrópole, Zupi, Dissenso, Woof Magazine e Saúde - e internacionais como a australiana Pagesonline, a estadunidense Design for Mankind, e a israelita A5. Fez estampas de camiseta para as marcas Henrique Muniz (AL), Is (MG) e Springleap (África do Sul). Participa de exposições individuais e coletivas.

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AGRALE HYBRIDUS, PROPOSTA Caxias do Sul (RS), 24 de junho de 2010 - A Agrale, reconhecida como única empresa do setor automobilístico com capital e controle 100% nacionais e que se destaca pela ousadia para lançar novas opções veiculares, apresenta o Agrale Hybridus, modelo de ônibus para o transporte urbano de passageiros especialmente em corredores centrais ou em linhas de interligação. O desenvolvimento do ônibus Hybridus baseou-se em pesquisa por alternativas que permitam a mobilidade veicular de forma menos ofensiva ao meio ambiente, utilizando o talento dos engenheiros e pesquisadores brasileiros na busca por novas e modernas tecnologias automotivas. O veículo é resultado de estudos da necessidade de utilização de ônibus modernos, confortáveis, silenciosos, eficientes e que gerem o mínimo possível de custos e de impactos ao meio ambiente. O novo veículo constitui-se de tecnologia híbrida diesel/elétrica, equipado com conjunto propulsor formado por dois motores elétricos de tração de indução trifásica, interligados mecanicamente por intermédio da caixa somadora, e um motor elétrico auxiliar, igualmente de indução trifásica. Dispõe de motor Cummins a diesel, de quatro cilindros em linha, somente acionado para auxiliar o conjunto de ultracapacitores nas partidas, em aclives e na geração de energia. Todos os propulsores, assim como o gerador, estão instalados na parte traseira do veículo, o que contribui para melhor distribuição de pesos e conforto para os passageiros. E vez de bateria, pesada, com autonomia limitada e longo tempo para recarga, o Agrale Hybridus é equipa-

do com o sistema ELFA (Electric Low Floor Axle), desenvolvido pela Siemens, controlado pela central eletrônica DICO (Digital Input Control), que reúne dois ultrapacitores (U'Caps), cada um com 110 capacitores interligados que produzem entre 600 e 700 Volts. Ainda integram o sistema um gerador de energia, com quatro inversores e Breaking Resistor (Resistência Elétrica). Com a tecnologia empregada, esse conjunto substitui as baterias convencionais de chumbo-ácido e até mesmo as de íon de lítio. Seu tempo de recarga é instantâneo e sua vida útil muito superior a uma bateria convencional. Com o conceito ELFA, o Agrale Hybridus é movido por intermédio da combinação dos dois motores elétricos de tração, com indução trifásica, e potência de 85 kW (106 cv) e torque de 22 kgf.m (216 Nm) e um motor auxiliar, de indução trifásica, com potência de 20 kW (27 cv) e torque de 6,2 kgf.m (61 Nm) e 450-650 V. O motor auxiliar é utilizado para

acionamento do compressor de ar, componentes elétricos, sistema de freios, bomba da direção hidráulica e sistema auxiliar de refrigeração. O veículo também dispõe de motor a diesel Cummins, turbinado, de quatro cilindros em linha, potência de 170 cv (125 kW) e torque de 61 kgf.m (600 NM). O sistema ELFA é complementado por um gerador síncrono trifásico com tensão de trabalho correspondente a 650 V e potência de 135 kW (183 cv) e de ultracapacitores (U'Caps) que armazenam a energia cinética gerada em frenagens. Quando a capacidade de energia do sistema está abaixo de 60% de sua capacidade, os ultracapacitores ligam eletronicamente o motor a combustão para restabelecer o nível necessário de energia elétrica. O acionamento do motor a diesel também ocorre em aclives ou partidas que exijam maior torque. O sistema permite total flexibilidade para a instalação dos componentes de controle e tração do

veículo e pode ser utilizado em modelos que operam com diferentes tipos de combustível (gasolina, diesel, etanol ou GNV). A energia gerada para a locomoção do Agrale Hybridus é utilizada para alimentar os motores elétricos nas partidas e no deslocamento do veículo, de forma silenciosa e isenta de poluição. O sistema de armazenamento de energia conta com dois bancos de capacitores (que totalizam 110 unidades), com tensão de trabalho de 360 V e 0,325 kWh de energia total armazenada. Com esse conjunto, o Agrale Hybridus permite economia de combustível em até 30% e na mesma proporção, redução de poluentes. Tem capacidade máxima de partida em rampa de 16,5% e de rampa máxima em movimento de 28%, dependendo das condições de utilização. Outro atributo importante do Agrale Hybridus é a redução do nível de ruído em relação a veículos convencionais.

foto: Júlio Soares

BRASILEIRA DE ÔNIBUS ECOLÓGICO


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Preservação e conservação ambiental garantem um futuro equilibrado para Alagoas Com mais de dez anos de preservação e conservação ambiental, o Grupo João Lyra foi pioneiro em ações que visam o desenvolvimento sustentável para o Estado de Alagoas. O Grupo JL iniciou as atividades conservacionistas ainda na década de 90, quando aderiu ao Sistema de Gestão Ambiental(SGA), e, em 1996, iniciou o Programa "Natureza, vamos Proteger", estimulando um novo modelo para a gestão do Meio Ambiente. E, desta maneira os cuidados com a sustentabilidade foram incorporados aos processos industriais das usinas, através da adoção de normas de Conduta. Atualmente, cresce a cada dia o número de premiações concedidas pelo reconhecimento dos órgãos internacionais e nacionais e homenagens prestadas por órgãos renomados como o Ibama e o Instituto para Preservação da Mata Atlântica - IPMA. O Santuário Ecológico do Jacaré do Papo Amarelo é um modelo de conservação. E, a conservação insere o ser humano e o convida a preservar à natureza. Marta Tereza Ribeiro, Gerente de Projetos Sustentáveis do Grupo João Lyra, defende esta idéia e ressalta que o homem deve está inserido no contexto, e conviver e se integrar de forma educada com a natureza. "Temos três unidades de conservação e estamos implantando no triângulo mineiro, mais uma unidade de conservação", observa. É imprescindível ressaltar que toda as unidades têm administradores". No santuário do Jacaré do Papo Amarelo, tem guardas florestais que orientam os visitantes e cuidam para que nada possa retirar a paz dos animais e do parque ambiental. O espaço é aberto a visitantes que podem agendar as visita com antecedência e

recebem instruções e orientações focadas no respeito com o meio ambiente. "O local é aberto para ser conhecido, basta enviar um ofício e agendar, pois tem número limitado de visitas para não estressar os animais. Os visitantes já são conduzidos de forma consciente da importância da conservação". A reserva de Santa Tereza, locali-

zada em Atalaia, também tornou-se um referencial de conservação do meio ambiente. O Projeto foi catalogado no Ibama, e todos os animais são monitorados pelo veterinário, com relatórios anuais. Os animais que morrem é feito o empalhamento, para que os alunos visitantes possam conhecer um pouco da história do criadouro. A infra-estrutura do espaço é completa, são 584 animais, da fauna brasileira e animais exóticos, sendo considerado o maior criadouro do Estado de Alagoas. A infra-estrutura é bem elaborada para que dê condições dos pássaros de voarem. Tem Museu, Biblioteca Ambiental, Centro de Educação Ambiental para capacitação, auditório, sanitários e casa

de apoio para pesquisadores. A Reserva Particular do Patrimônio Natural- RPPN tem 104 hectares de mata preservada. Na mata tem a trilha, com áreas para relaxamento

e capacitações. No local existem árvores pioneiras, secundárias e árvores que dão sustentabilidade a toda a mata. "Existe um verdadeiro equilíbrio ecológico, com respeito e proteção a cadeia alimentar e a um ecossistema equilibrado", salienta. A Reserva das Capivaras que também funciona como uma Reserva Particular do Patrimônio NaturalRPPN de 15 hectares é conhecida como Mata do Ribeiro, no espaço funciona um Centro de Educação Ambiental com uma grande produção de mudas, sendo a Usina Laginha a maior de todas as unidades que produzem mais mudas, e elas são doadas. O local fornece mudas com

uma variedade exemplar. Já foram doadas mudas para o novo aterro sanitário, foram doadas sete mil mudas para o projeto "Alagoas Menos Dois Graus", projeto de qualidade que está sendo implantado em Alagoas. Ao todo são 21 mil mudas divididas em três etapas. "Doamos para o Instituto para a Proteção da Mata Atlântica IPMA, e seis mil mudas para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente - SEMPMA, para o projeto "Maceió mais Verde", porque ainda somos uma cidade pouco arborizada e relação as outras no país", informa. As espécies nativas da Mata Atlântica são diversas, explica Marta Ribeiro, vai desde a banana de papagaio, Ipês(amarelo, branco, roxo e rosa) Sucupira preta, Pau Falho(que está em extinção), Jequitibá, Pau Brasil, como também as espécies fitoterápicas para formar uma farmácia viva. "Nós distribuímos para pessoas interessadas, como por exemplo, a cidreira, capim santo e ervas comestíveis como Hortelãs, Alcachofra entre outras". Para as empresas ou pessoas que tenham interesse em conseguir mudas, basta solicitar através de ofícios. As mudas também são distribuídas para todos os visitantes. "Um cuidado que temos é a de cuidar da destinação dessas espécies de forma a garantir sua sustentabilidade em comunhão com a região que será transplantada, por isso, observamos qual a muda específica para cada região. A nossa preocupação é também com a plantação da árvore certa no lugar certo", conclui.


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