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O JORNA L Maceió, domingo, 5 de setembro de 2010 | Ano XVI | Nº 234 | www.ojornalweb.com
ESPORTES Edmar joga hoje contra o Alecrim-RN
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ALAGOAS
R$ 2,00
SALA VIP Andrea Moreira: fazendo arte há 30 anos
DOIS Chalé em Penedo será o Museu do Rio São Francisco
CSA inicia mata-mata da Série D Esportes
TV Bruna Di Tullio, vive a Lílian em Ribeirão do Tempo
AL é o segundo do País em assassinatos de adolescentes Nas estatísticas do IBGE sobre homicídios de menores de 18 anos, Estado só perde para o Rio; em 2010, 158 meninos e meninas foram assassinados em Maceió e região Páginas A9, A10 e A11
Queimar pneus também faz mal à saúde
Os desafios da educação básica em Arapiraca
O hábito de queimar pneus nos protestos não só prejudica o ir e vir das pessoas. Os males são graves à saúde e muita gente não atenta para o problema. Página A18
Candidatos apostam na Internet As ferramentas oferecidas pela Internet são os mais novos instrumentos dos candidatos alagoanos nas eleições gerais deste ano na disputa por votos. Página A2
Nas cidades das enchentes, campanha morna A campanha eleitoral está morna em municípios alagoanos atingidos pelas fortes chuvas de junho. Poucas denúncias de crime eleitoral aparecem nas cidades. Páginas A3 e A4
de Arapiraca vive duas situações diferentes na sua rede de educação básica. No município, sete escolas são do regime integral e estão muito bem estruturadas. O restante precisa de melhorias e representa um desafio para manter o município como referência na educação para crianças. Acidade
Páginas A21, A22 e A23
Eleição em 14 estados já está definida Pesquisas também apontam para a vitória de Dilma ainda no primeiro turno
Página A5
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O JORNAL
Política A2
Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br
REFORMA O vereador de Capela José Eduardo Almeida (PTB) entregou, em mãos, ao secretário de Estado de Educação, Rogério Teófilo, indicação de sua autoria aprovada na Câmara Municipal na qual solicita que a Casa e o prefeito João de Paula (PP) adotem as medidas necessárias para que a pasta estadual faça a reforma do Grupo Escolar Torquato Cabral, que integra a rede pública de ensino do Estado. Na reunião entre o vereador e Teófilo, segundo Almeida, ficou acertado que técnicos da secretaria estadual serão encaminhados à escola para avaliar a possibilidade de realizar uma minirreforma na unidade de ensino até que seja aberto o processo licitatório para a reforma. Na justificativa de sua indicação, o vereador aponta que o prédio da escola – a mais antiga do município – apresenta problemas na estrutura física. “Não admitimos este desprezo para nossa escola tão querida”, diz o documento, citando que muitas autoridades já foram alunos da unidade educacional.
FISCALIZAÇÃO
CURSO
Integrantes do Fórum de Combate à Corrupção (Focco) de Alagoas se reuniram com o secretário de Estado da Educação e do Esporte, Rogério Teófilo, para discutir ações de parceria para o acompanhamento do uso dos recursos federais para as obras de reconstrução de escolas nos municípios afetados pelas chuvas. Uma das primeiras ações conjuntas será a capacitação de conselheiros do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), já que a Medida Provisória 492, publicada pelo presidente Lula em junho de 2010, prevê a participação dos conselhos na fiscalização do uso dos recursos.
Em parceria com a Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a Escola Superior do Ministério Público Estadual (ESMP) realiza nos dias 13 e 14, das 8 horas às 18h30, o curso presencial de aperfeiçoamento para magistrados e membros do Ministério Público em Direito Eleitoral. O encontro será realizado no auditório da Escola Superior da Magistratura (Esmal), no Farol. As inscrições já estão abertas e poderão ser feitas, até o dia 13, pela Internet através do email eje@tre-al.gov.br. Já os membros do Ministério Público deverão se inscrever no email esmpal@yahoo.com.br ou através do telefone 21223716, das 8 horas da manhã ás 13h30.
ADIAMENTO A homenagem que o presidente do Sindicato dos Empregados de Hotelaria, José Renaldo, faria amanhã ao prefeito Cícero Almeida (PP), em reconhecimento aos bons serviços prestados ao turismo pelo chefe do Executivo municipal, foi adiada. A solenidade acontece na quarta-feira, às 9 horas, na sede da Prefeitura de Maceió.
TAPA-BURACOS
PRAÇA CONECTADA
Cinco pontos de Maceió estão sendo beneficiados esta semana com a Operação Tapa-buracos da Prefeitura. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanização (Seminfra) destinou equipes de trabalho para a Ponta Verde, Conjunto Dubeaux Leão, Farol, Levada e Jardim Acácia. O asfalto que é retirado das principais avenidas é reutilizado na pavimentação de ruas de conjuntos habitacionais e de outras vias da cidade.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do governo federal está aceitando inscrições de municípios de qualquer região, porte ou população para serem voluntários do projeto Praça Conectada. O projeto é desenvolvido em parceria com a Neger Tecnologia e Sistemas - empresa de base tecnológica especializada em telecomunicações para áreas rurais e regiões remotas - e visa promover a inclusão digital por meio de uma solução tecnológica de baixo custo.
VAGAS DE EMPREGO O Sine divulgou na última quinta-feira que vai abrir inscrições para 27 vagas de emprego para contratação pela Usina Santa Helena, no Estado do Mato Grosso. Ao todo são 10 vagas para mecânicos de tratores, 10 vagas para mecânicos de máquinas pesadas, seis vagas para mecânicos de colhedoras de cana-de-açúcar e uma vaga para encarregados de moendas. Os interessados nas vagas, com disponibilidade para viajar ao Mato Grosso, devem comparecer a partir desta sexta-feira, das 8 horas às 12 horas, no posto de atendimento do Sine Alagoas, no bairro de Jaraguá, em Maceió, munidos de currículo, para falar com a funcionária Ana Lucena, na Central de Vagas.
DIRETAS O vereador Luiz Pedro (PP) já anunciou: apoia para a Assembleia Legislativa o nome do presidente da Câmara Municipal de Maceió, Dudu Holanda, candidato pelo PMN. No guia eleitoral de Alagoas, o clima está mais “quente” entre candidatos ao Senado: a disputa envolve ataques pesados, das mais diversas formas. E as ferramentas da Internet vêm sendo amplamente utilizadas nas eleições deste ano. Não só a favor como também contra os candidatos a cargos eletivos...
Domingo, 5 de setembro de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Eleições são “laboratório” para uso da Internet pelos candidatos Uso da Internet na campanha deste ano é aposta dos que disputam o voto Gilson Monteiro Repórter
A liberação da Internet para as campanhas eleitorais deu partida a uma corrida pela utilização da nova ferramenta entre os candidatos. Mas, segundo os especialistas em marketing político, a simples manutenção de uma página na Rede Mundial de Computadores pode não surtir efeito algum para o candidato. A publicitária e diretora de relações públicas da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP), Gil Castilho, traçou um diagnóstico da utilização das novas ferramentas da tecnologia pelos candidatos até o momento, com exclusividade para O JORNAL. Segundo a consultora, a Internet só terá efeito se o candidato mantiver uma plataforma completa na rede, interagindo com o eleitor em redes sociais como Twitter e Facebook. Para Castilho, as eleições 2010 estão funcionando como um verdadeiro “laboratório” de utilização dessas ferramentas. “Não é apenas um opção, mas é fundamental essa interação entre essas ferramentas. Apenas a página solta na Internet não passa de um panfleto eletrônico. O grande passo da Internet é o diálogo entre os candidatos, a sociedade e o eleitor. E isso é possível por meio das redes sociais como o Twitter, Orkut e Facebook. É preciso que o candidato esteja ali no dia a dia, dialogando, respondendo aos questionamentos, mostrando suas opiniões”, alerta a publicitária, que também é membro da Associação Latino-Americana de Consultores Políticos (Alacop). Entre os candidatos que aparecem na rede adotando o estilo sugerido pela especialista, utilizando as ferramentas da rede em larga escala, aparecem João Lyra (PTB) e Célia Rocha (PTB), da Coligação “O Povo no Governo”; Rui Palmeira (PSDB) e Carlos Alberto Canuto (PSC), da Coligação “Frente Pelo Bem de Alagoas”; Maurício Quintella Lessa (PR) e Pinto de Luna (PT), da coligação “Frente Popular Por Alagoas”; entre outros Gil Castilho acredita que o horário eleitoral gratuito está sendo “amplificado” na Internet. “As eleições 2010, quando há a possibilidade de se utilizar plenamente essas novas ferramentas, servirão na verdade de um verdadeiro laboratório. Veremos a força dessas novas ferramentas na comunicação com o eleitor. Veremos quais variáveis influenciam mais nesse universo. Uma questão que já percebemos é que a Internet amplificou o horário eleitoral da TV. O cidadão que não pode assistir na TV, depois vai na Internet ou para vêlo em vídeos ou buscar informações, opiniões referente à propaganda da TV”, afirma a publicitária. Trazendo sua “radiografia” da disputa eleitoral na Internet para o cenário alagoano, a especialista afirma que o peso da exclusão digital na utilização da Internet durante o processo eleitoral é relativo. “A exclusão digital tem uma influência no fato de estados como Alagoas ainda utilizarem a ferramenta timidamente. Mas em São Paulo há candidatos que não possuem página, ou perfil no twitter. Em todos os estados há candidatos que utilizam maciçamente e outros que praticamente ignoram a rede em suas campanhas”, observa Gil Castilho.
João Lyra é um dos que apostam nas ferramentas da Internet na disputa por vaga na Câmara Federal
Em busca da reeleição, Maurício Quintella Lessa é um dos que mais utilizam a web em busca de votos
Rui Palmeira é outro que aposta na rede mundial de computadores na briga por vaga de deputado federal
“Tecnologia beneficia militância” Para Gil Castilho, que também é diretora de relações públicas da Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), este ano, a Internet tem gerado efeitos muito mais relevantes para disseminar ações partidas de grupos militantes, seja político-partidário ou movimentos sociais. “A Rede Mundial de Computadores se revelou muito eficiente como uma ferramenta de mobilização da militância”, teoriza Castilho. “A Internet tem surgido como a grande ferramenta para unificar os discursos, organizar grupos de debate e até mesmo organizar essas militâncias. É uma forma eficiente que esses grupos encontraram de comunicação, com um efeito muito prático e dinâmico”, frisa a especialista.
LEGISLAÇÃO - O advogado Gustavo Ferreira, especialista em direito eleitoral, alerta que a Internet causa a falsa sensação de ser um “território” totalmente livre, o que, segundo ele, não é verdade. “Temos a sensação de que a Internet seja um território totalmente livre. Mas não é bem assim. Este ano já estamos sob uma legislação mais específica para as campanhas virtuais, e isso pode acarretar algumas penalidades. É preciso prestar bastante atenção ao que está sendo feito na rede. O monitoramento na Internet é mais complexo, mas nem por isso os candidatos poderão fazer o que quiserem, há restrições”, afirma Ferreira. De acordo com a Legislação Eleitoral, a propaganda eleitoral paga ou gratuita ficará proibida na Internet para
sites oficiais, seja na esfera municipal ou federal, e independentemente de ter objetivos lucrativos. A pena para quem infringir a legislação é de multa de R$ 5 a R$ 30 mil, aplicadas ao provedor e serviço de hospedagem da página. Em alguns casos, a Justiça Eleitoral tem optado pela suspensão do acesso a todo conteúdo na Internet por um período de 24 horas. Exemplo disso ocorreu em 2008, quando a candidata tucana à Prefeitura de Maceió teve sua página na Internet retirada do ar durante 24 horas. Até 2008, a Justiça Eleitoral permitia apenas a construção de sites com o domínio “.can”, mas, apesar da restrição, a lei não evitou que candidatos ou correligionários utilizassem outros recursos da rede, como Orkut, por exemplo. (G.M.)
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Política
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Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com
SANTA TERRA Do ponto de vista da potencialidade do solo e do subsolo, Alagoas é mesmo um Estado bem aquinhoado pela natureza. Vejamos: tem tanta água, que a predominância de lagoas deu origem ao nome do Estado. E levou o músico norte-americano Bill Paul a citar Maceió entre as cidades brasileiras que ele mais admirava pela beleza natural. Mas, não é só isso: 20% do solo alagoano são formados de elementos “paleomesoreos” – que significa: produz gás, petróleo e turfa. O Censo 2010 do IBGE vai revelar uma população que pode superar 3,2 milhões de habitantes e, não por acaso, a revista Veja prognosticou que Arapiraca será em breve uma metrópole. A questão crucial é que essa potencialidade não se traduz em riqueza para a maioria da população no volume, no peso e na extensão que deveria. Fica faltando um pedaço, e um pedaço grande.
MEDO
DE FÉ
Até a sexta-feira, 3, o Tribunal Regional Eleitoral contabilizava 15 pedidos para tropas federais em igual número de municípios. O último pedido foi protocolado pelo juiz Sóstenes Alex, de Coruripe.
O advogado Marcelo Brabo, que defende o candidato a governador Ronaldo Lessa, não perde a confiança no julgamento do recurso no Tribunal Superior Eleitoral. Para ele, existe sim a luz da esperança.
TÁ BOMBANDO O senador Fernando Collor (PTB), candidato a governador, já tem 2,5 mil seguidores no Twitter.
MENOS
DELETE
O novo comandante da Polícia Militar, coronel Dário César, vai trabalhar em 2011 com R$ 45 milhões de corte no orçamento da PM. Na Polícia Civil, o corte foi de R$ 4 milhões, de acordo com o Orçamento.
O juiz Paulo Zacarias, da propaganda eleitoral, ainda não recebeu nenhuma denúncia sobre a propaganda na Internet. Essa é a primeira eleição com a Internet na condição de veículo de comunicação de massa.
PENSANDO BEM
Campanha eleitoral ainda é tímida nas cidades atingidas pelas cheias O JORNAL foi a dois municípios que sofreram com as enchentes de junho Fotos: Lula Castello Branco
Gilson Monteiro Repórter
Ainda sob os escombros da tragédia, onde um dia foi o terminal rodoviário, um grupo de moradores da cidade de Branquinha debate suas preferências eleitorais, defendendo seus candidatos e atacando os “adversários”. Acena foi um dos raros momentos registrados pela reportagem de O JORNAL na cidade que fez lembrar o período eleitoral. As velhas mazelas da pequena cidade da Zona da Mata alagoana, potencializadas pela devastação das fortes chuvas do mês de junho, parecem não dar espaço para as “novas promessas” dos candidatos, tampouco para a efervescência das campanhas eleitorais, que começam a surgir timidamente nesses municípios a menos de trinta dias do pleito. “Nem parece que estamos em tempo de eleição. Não tem comício, nem entregam ‘papel’ nas portas. Ninguém tem aparecido nem para comprar voto”, sentencia o funcionário público Geraldo Bezerra do Nascimento, resumindo o cenário conferido por O JORNAL no restante da cidade. Com exceção de duas placas com propaganda de candidatos da região fincadas em um terreno onde funcionava a secre-
Em Branquinha, cena rara: moradores da cidade destruída pelas enchentes discutem em que candidato votar
taria Municipal de Saúde, no restante da cidade não se vê nem carro de som, nem muros pichados ou correligionários de algum candidato entregando os famosos “santinhos”, como acontece no restante do Estado. “Eu mesmo não tenho candidato ainda. Vou votar porque é obrigatório, mas aqui não estamos preocupados com isso [eleições] não. O povo está passando necessidade. Precisamos é de ajuda. Esse ano não teve comício, nem carreata. Não tem campanha”, observa o agricultor José dos Santos.
REVELIA
O Ministério Público Eleitoral pediu a impugnação da candidata Tereza Ferro (PTB), porque o processo dela correu à revelia. Tereza foi demitida do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) por “lesar o cofre público e dilapidar o patrimônio”.
- “Ela (Tereza Ferro) sequer se pronunciou na ação movida pelo Ministério Público Eleitoral” – explicou o procurador eleitoral Rodrigo Tenório, para lembrar que funcionário demitido do serviço público não pode pleitear cargo eletivo por oito anos.
PROPORCIONALMENTE O Censo 2010 do IBGE vai revelar que o município de São Miguel dos Campos foi que mais cresceu em termos de habitantes.
JORRA 1
JORRA 2
São Miguel dos Campos tem duas usinas e destilarias, a fábrica de cimento e três poços de gás e petróleo que jorram faz tempo. “Furado”, o maior deles, produz 425 mil metros cúbicos de gás natural por dia e 2.782 barris de petróleo/dia.
Alagoas tem a maior jazida de gás natural, dissociado do petróleo, do país! São 2 milhões de metros cúbicos/dia, que viram 1,8 milhão de metros cúbicos de gás industrial e 12 mil botijões de gás de cozinha, de 13 kg.
VOCÊ SABIA? Alagoas produz 28 mil litros de gasolina por dia, que são levados para a Bahia e ficam por lá mesmo.
EXPRESSAS Dos 900 convocados pela reserva técnica da Polícia Militar, 254 não apareceram. E dos 646 que se apresentaram, 45 foram reprovados nos exames físicos. Diretores de escolas públicas se reúnem dia 9, com as entidades ligadas à agricultura familiar, para discutirem a aplicação da Lei 11.947. A Lei 11.947 determina que 30% da merenda escolar devem ser adquiridas da agricultura familiar. A reunião será no auditório do Sebrae, às 9 horas. Dias 8 e 9, o Cesmac promove o ciclo de debates sobre a cultura do algodão e do açúcar em Alagoas, a partir das 19 horas, no auditório da Faculdade de Comunicação.
meida, que em eleições passadas recrutou dezenas de pessoas para trabalhar nas campanhas, diz que este ano provavelmente só serão chamadas algumas pessoas para atuar como fiscais dos partidos nas secções eleitorais. “Realmente a campanha está muito parada. Em outras eleições eu fazia os cadastros de quem ia trabalhar, e sempre tinha vaga para 50 ou 60 pessoas que ganhavam um bom dinheiro. Mas este ano a campanha está muito morna e acho que só vão precisar no dia da eleição mesmo para trabalhar como fiscal”, conta.
Nomes de candidatos ainda são desconhecidos
Desabafo do candidato a governador, Ronaldo Lessa (PDT): “Não adianta eu vencer a eleição e perder lá na Justiça”.
ASSIM
RENDA EXTRA - Em meio ao desemprego as campanhas eleitorais sempre foram um meio de ganhar uma renda extra. Seja entregando panfletos ou agitando bandeiras, muitos jovens acabam fazendo do período eleitoral uma espécie de “subemprego”. “Na outra eleição deu pra ganhar dinheiro trabalhando nas campanhas, mas este ano já procurei, mas ninguém tá pegando ninguém pra trabalhar (sic)”, queixa-se o estudante e desempregado Fernando Silva. O aposentado Francisco Al-
Ana Paula já tem, na ponta da língua, o nome de um de seus candidatos
Com suas rotinas totalmente modificadas pelo dia-a-dia improvisado nas barracas da Defesa Civil, muitas famílias de desabrigados ainda não prestaram muita atenção nos candidatos que disputam uma vaga como seus legítimos representantes à frente do governo do Estado, do país ou mesmo na Assembleia Legislativa. Perguntados sobre em quem iriam votar, muitos moradores de Branquinha, desabrigados ou não, demonstram estar um tanto alheios ao processo eleitoral. A maior parte cita apenas o nome de um ou dois candidatos que disputam os cargos majoritários. A maioria desconhece os candidatos ao Senado, por exemplo. “Sei que tem a candidata que o presidente Lula apóia e o outro que foi ministro”, disse o agricultor Jorge Vieira Silva, de 41 anos, referindo-se aos candidatos à presidência da República Dilma Roussef, do PT, e José Serra do PSDB, ao mesmo tempo em que ignora a
existência dos outros oito candidatos. “Se tem mais ainda não me disseram”, ironiza. A jovem Ana Paula Elói da Silva, de 19 anos, já tem na ponta da língua o nome de um dos candidatos a quem vai dar um dos setes votos aos quais tem direito no dia 3 de outubro. “Eu mesmo já sei que vou votar em [...]. O resto eu não conheço ainda”, avisa a estudante, citando nome de um candidato a deputado federal. Perguntado em quem votaria para senador, o estudante Fernando Moreira disse que ainda não tinha visto na TV, mas que já tava “pensando” em votar para presidente da República. “Para senador não conheço ninguém não. Mas agora vou vê quem é para vê se eu escolho um para votar. Aqui a gente não vê propaganda, os candidatos não vem aí fica complicado de saber em quem vamos votar”, disse o desempregado de 25 anos que desconhecia o direito a um segundo voto para o Senado. (G.M.)
Presença de políticos nas áreas causa polêmica Seja durante ou após as águas devastarem moradias e vidas de milhares de famílias, a presença de candidatos nas cidades castigadas pelas chuvas ainda causa polêmica. A fragilidade dos desabrigados, seja financeira ou emocional, torna constrangedora a presença daqueles que disputam o voto nessas “comunidades de lona” improvisadas. A desempregada Lenir Maria dos Santos, moradora de uma das centenas de barracas instaladas na cidade de Branquinha, prefere o assistencialismo mesmo que demagógico ao abandono a que estão submetidos após a enchente. “Mesmo que eles [os candidatos] tenham outra intenção, mesmo que seja por causa das eleições, eu prefiro aqueles que vieram ajudar na hora do aperto, na hora da necessidade. Nessas horas, o que importa é uma mão amiga, alguém que ajude”, desabafa. “Os candidatos ficaram
com medo de aparecer pela situação que estamos passando. Por aqui não tem passado nem candidato, nem essas propagandas. Muitos candidatos apareceram no começo depois sumiram”, questiona a estudante Ana Paula Elói da Silva. Para a Justiça Eleitoral, a presença dos candidatos nos municípios castigados pela enchente não configura irregularidade, contanto que não existam abusos. “Acho que neste momento toda ajuda é bem vinda. Independente de ser candidato, é bom que todos ajudem, até por um motivo de humanidade. Mas claro que se tivermos denúncia do uso dessa tragédia para angariar votos, de forma explícita, havendo esse tipo de abuso investigaremos, tomando as medidas cabíveis e previstas na legislação”, explica o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Estácio Luiz Gama de Lima. (G.M.) (Continua na página A4)
Lenir: “Nessas horas, o que importa é uma mão amiga, alguém que ajude”
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Campanhas “mornas” desestimulam crimes eleitorais nas localidades Lula Castello Branco
Gilson Monteiro Repórter
Uma das cidades mais atingidas pelas enchentes, Branquinha não tem queixas de crimes eleitorais registradas, conta a magistrada da 9ª Zona
Risco de “derrame” de dinheiro às vésperas
DA ASSEMBLEIA
Campanha eleitoral afasta os deputados Alexandre H. Lino Repórter
No mês que passou, a Assembleia Legislativa conseguiu realizar apenas cinco sessões. Agora em setembro a situação não deve ser diferente. O resultado é reflexo da campanha para reeleição de 20 dos 27 deputados estaduais, isso sem contar que outros três nomes disputam uma vaga na Câmara Federal. Votações? Quase nada, já que nas poucas sessões que foram abertas em agosto faltou quórum regimental para votar. A Mesa Diretora afirma que está cortando os salários dos faltosos, mas até agora ninguém reclamou de cortes no pagamento mensal de R$ 9,6 mil. O principal problema para as ausências é a campanha, já que os parlamentares passam a semana viajando. Em relação às críticas devido ao excesso de faltas, o presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB), afirmou que está sendo feito um esforço coletivo para que os deputados compareçam. O motivo é a proximidade do envio, por parte do governo estadual, da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2011, cujo prazo limite é 15 de setembro. Atualmente a média de com-
parecimento é de cinco deputados, quando o número mínimo para abertura das sessões é de nove. Devido ao período eleitoral, o regimento da Assembleia já flexibiliza o número de sessões, reduzindo de três para dois o número de encontros semanais. A respeito do funcionamento da Casa, o presidente garantiu que não há nenhum atropelo na gestão. “Posso garantir que a vida administrativa da Assembleia Legislativa está normal, está em dia. Não temos nenhum projeto de lei que impeça o andamento do Estado”, afirmou. Mesmo saindo em defesa dos deputados, o tucano sabe que o clima dentro do Legislativo estadual é unicamente de campanha, já que apenas Dudu Albuquerque (PSDC), Fernando Gaia Duarte, José Pedro da Aravel e Cáthia Freitas, todos do PMN, não são candidatos. A expectativa dos deputados, tanto da situação, quanto da oposição, é que o quadro só se normalize na segunda quinzena de outubro. Isso se a disputa pelo governo estadual não chegar ao segundo turno - o que levaria para normalidade em meados de novembro.
Na Câmara, “fenômeno” se repete A Câmara Municipal de Maceió também está passando pelo mesmo problema. No mês passado, os vereadores praticamente desapareceram do plenário e são mais encontrados em caminhadas e carreatas do que nas atividades legislativas. Essa semana que passou não houve nenhum encontro de vereadores que não fosse fora do prédio. O regimento da Câmara também autoriza a diminuição do número de sessões.
Nos cartórios eleitorais das cidades atingidas pelas chuvas do mês de junho, os juízes dizem que este ano praticamente não existem demanda por investigações de crimes eleitorais. Com as campanhas ainda mornas, nessas cidades os crimes eleitorais, tão intensos em pleitos anteriores, acontecem na mesma intensidade. “Não temos tido denúncias de nenhum tipo. As campanhas estão paradas, não tem clima para isso. Está tudo muito quieto, muito tranqüilo. Até o momento não recebi nenhum tipo de queixa ou denúncia de qualquer tipo de crime. Nada nem de maior ou de menor gravidade”, afirma a juíza Aída Cristina, da 9ª Zona Eleitoral, que abrange das cidades de Branquinha e Murici, dias antes de deixar o cargo sob licença médica. Em São José da Laje, o juiz José Roberto Ramos contabiliza apenas duas reclamações, ambas motivas por som alto. “Eventualmente vemos algum carro de som circulando com propaganda. Está tudo muito parado, sem movimentação de campanha. Aqui em São José da Laje os candidatos ainda não despertaram para campanha na cidade. Está tudo tão parado que até agora só recebi duas reclamações, mas mesmo assim por causa de som alto em carros particulares, que estavam
com música de campanha. Apenas isso”, afirma o magistrado. Situação semelhante em Quebrangulo, uma das mais devastadas. “Para dizer a verdade, não estamos vivenciando uma campanha eleitoral. Não tem carro de som nas ruas, nem adesivos, nem bandeiras. Nem muito menos temos recebido denúncias de crimes eleitorais. Até agora não recebi nenhuma, está tudo realmente muito parado”, comenta o juiz João Paulo Martins. Em União dos Palmares, um integrante do Poder Judiciário que não quis se identificar disse que o clima de revolta dos desabrigados é até um risco para os candidatos. “Não tem clima para campanha. Os candidatos estão com dificuldade de dialogar, e digo até que, se insistirem, é capaz de muita gente que está revoltada com a situação nos abrigos que podem até partir para a violência”, adverte o servidor. A coordenação do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que comandou nacionalmente a criação da Lei da “Ficha Limpa”, também calcula que as denúncias tem surgido em menor volume nas cidadãs que sofreram com as enchentes. “Temos recebido denúncias de todo parte, mas realmente observamos que nessas cidades o número tem sido menor”, disse um dos coordenadores do movimento. (G.M.)
Um total de nove dos 21 nomes estão na disputa. São candidatos João Luiz (DEM), Dudu Holanda (PMN), Thayse Guedes (PSC), Tereza Nelma (PSB) e Marcelo Gouveia (PRB) tentam ir para ALE. Rosinha da Adefal (PTdoB) disputa uma vaga na Câmara dos Deputados. Heloísa Helena ao Senado e Ricardo Barbosa à Assembleia Legislativa, ambos do PSOL; Galba Novaes (PRB) é o vice na chapa de Fernando Collor (PTB) ao governo do Estado. (A.H.L.)
Lula Castello Branco
Apesar de distantes da efervescência das campanhas eleitorais, os desabrigados de algumas cidades já conhecem o “modus operandi” dos maus políticos. Muitos moradores ouvidos por O JORNAL dizem que a previsão é de que os cabos eleitorais “encostem” nessas áreas na reta final do processo eleitoral, mais precisamente no final deste mês. “Tem é muitos cabo eleitoral na moita, com dinheiro guardado para vir aqui no final do mês, quando tiver mais perto do dia da votação. Na véspera da eleição vai ter é um derrame de dinheiro”, fala com naturalidade um desabrigado que não quis dizer o nome, sem saber que denunciava um dos mais graves crimes eleitorais, a compra e venda do voto, punível com multa e até quatro anos de prisão. Dividindo uma das barracas com o esposo e cinco filhos, a dona de casa Maria Luciene Tenório, reforça a denúncia do vizinho de barraca. Demonstrando uma consciência política incomum aos demais desabrigados entrevistados, a dona de casa afirma com veemência que jamais venderia seu voto. “Até agora não veio ninguém. Está todo mundo aqui indignado vivendo nessa situação. Mas agora no final de setembro é que eles [os candidatos] devem aparecer oferecendo dinheiro. Mas eu mesmo não vendo meu voto. Eles vêm
Uma das desabrigadas, Maria Luciene Tenório afirma, com veemência, que jamais venderia seu voto
agora, compra o voto da gente, e depois, como é que vai ser. Não vamos nem poder cobrar nada, pois eles já pagaram por nosso voto. Estou assistindo o horário político na televisão, pois a gente tem que saber em quem vamos votar”, diz a dona de casa em tom de discurso, aproveitando para reclamar da falta de assistência aos desabrigados. “Está todo mundo indignado aqui, porque dizem que a gente tem de tudo aqui, e o que agente recebe é um pão para
cada um, uma quentinha no almoço e uma no jantar, e só. As coisas [donativos] chegam, mas não vêm para a gente não. Tenho crianças aqui que estão na escola e precisam se alimentar direito. A situação está insuportável”, queixa-se Maria Luciene. SUSPEITAS - O Movimento de Combate à Corrup-ção Eleitoral confirma as suspeitas dos eleitores ouvidos por O JORNAL. Segundo a coordenação do Movimento no Esta-
do, a campanha estaria “supostamente” fria porque candidatos estariam guardando dinheiro para comprar votos nas vésperas do pleito. “Esse clima de campanha fria é falsa. O que temos conhecimento é que os candidatos não estão gastando com propaganda porque estão guardando o dinheiro para comprar votos maciçamente no dia da eleição. Por isso não gastam nem com um botão sequer”, alerta um dos coordenadores do movimento. (G.M.)
Justiça Eleitoral e OAB temem “compradores” Na última quinta-feira, a Comissão de Combate aos Crimes Eleitorais, formada por três juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), realizaram simultaneamente, em União dos Palmares e em São José da Laje, audiências públicas onde orientam a população sobre as formas de combate à corrupção. A equipe, formada pelos juízes Sandro Augusto dos Santos, Geraldo Amorim e Lorena Vasconcelos SouttoMayor, decidiu iniciar a série de audiências nas cidades da Zona da Mata por considerarem o receio de que a tragédia deixe essas famílias mais vul-
neráveis à ação dos políticos corruptos. “A situação de fragilidade nessas cidades é grande, e isso pode fazer com que esses eleitores se tornem vítimas de maus candidatos. Por isso resolvemos dar o pontapé inicial dessas audiências públicas nessas duas cidades. Fiz palestra em União dos Palmares onde alertamos a população sobre as pessoas “generosas” que aparecem nessa época, com promessas, mas que na verdade está trazendo a corrupção”, afirma o juiz Geraldo Amorim, dizendo que durante a audiência pública alertou à
população sobre as penalidades aplicadas não apenas a quem compra, mas ao eleitor que vende o voto. “Demos destaque a questão de que o eleitor que vende ou troca o voto por algum tipo de benefício também é enquadrado pelo artigo 299 do código penal, podendo ser penalizado com até quatro anos de reclusão”, explica o magistrado. As demais audiências públicas serão em Arapiraca e Palmeira dos Índios no dia 9; em Santana do Ipanema e Delmiro Gouveia no dia 15 e encerrando no dia 23 nas cidades de Penedo e Coruripe.
OAB - Os municípios castigados pela enchente também são preocupação da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas. “Temos realmente essa questão do uso da tragédia para angariar votos. Além de um crime eleitoral, comprar ou vender o voto é sobretudo um crime moral. Ao comprar votos o candidato está comprando também consciências”, critica a presidente da Comissão, Rachel Cabus, que também é a vicepresidente da seccional alagoana da Ordem. (G.M.)
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Dilma caminha para vitória em 1º turno Canditada petista aposta em “luz própria”, enquanto tucano José Serra ainda tenta virada para ir ao 2º turno UOL Menos de 30 dias separam o futuro presidente do Brasil de sua consagração pelas urnas, e o desempenho do atual ocupante do cargo, até agora apontado como decisivo para efetivar Dilma Rousseff (PT) como a primeira mulher a ocupar a Presidência, não deve mais ser o único fator a impulsionar a ascensão da candidata, que se delineia desde o fim de maio. O adversário José Serra (PSDB), por sua vez, enfrenta as dificuldades de uma campanha que agora aposta em uma virada nas urnas, feito considerado improvável diante da atual conjuntura. Em quase três meses de campanha, em uma disputa polarizada entre as duas candidaturas, Serra viu seu nome deixar a dianteira e, hoje, luta pelo segundo turno. Já Dilma despontou na garupa da alta popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva, até aqui, a principal arma petista para se manter no poder. “Sempre que Dilma apareceu junto a Lula de forma massiva, ela mudou de patamar. A aprovação recorde de Lula é o pano de fundo dessa eleição”, afirma Mauro Paulino, diretor-geral
do Datafolha. Segundo Paulino, a influência de Lula foi reforçada junto ao eleitor graças à televisão, o meio de comunicação mais presente na vida dos brasileiros, com o início da propaganda eleitoral gratuita e da cobertura dos candidatos pelos telejornais. “Chamamos de disparada, mas é um crescimento contínuo, que até aqui foi constante em todos os setores. Dilma cresceu inclusive nos redutos tradicionais de Serra, como São Paulo e a região Sul”, diz. Avaliação semelhante tem o cientista político Claudio Couto, da FGV-SP. “É super nítida a subida da Dilma, mas ela é resultado de uma continuidade, essa subida já vinha acontecendo há muito tempo. A entrada da televisão na campanha acentua esse processo. E esse crescimento era previsível porque ela é a candidata de um governo extremamente popular, na figura do presidente Lula”, avalia. A VIRADA - No dia 25 de maio, o Datafolha mostrou pela primeira vez um empate técnico entre os então pré-candidatos. Em agosto, após o início da propaganda na TV, não só Dilma estava isolada nas
Dilma tem grandes chances de se tornar a primeira mulher na Presidência, enquanto José Serra vai “caindo”
pesquisas, como a percepção do eleitor era a de que a candidata seria eleita. Naquele mês, Dilma cresceu em todos os Estados, e Serra só mantinha a liderança no Sul. A vantagem passou a existir inclusive no segundo maior colégio eleitoral do país, a Minas Gerais daquele que recusou a oferta de vice do tucano, o aspirante ao Senado Aécio Neves. Em uma estratégia definida por petistas como errática,
Serra mudou o tom. Engrossou as críticas, sem atacar diretamente Lula. E até mudou o slogan da campanha. “O Brasil pode mais” tornou-se “É a hora da virada”. A aparição de Lula em eventos públicos com Serra chegou a ser explorada pela sigla, sob a voz de um locutor que defendia: “Serra, a vivência que a Dilma não tem”. O reflexo nas pesquisas, porém, não veio. “LUZ PRÓPRIA” - O prin-
cipal motivo, segundo Paulino, é o de que a imagem de Lula, por si só, não transmite votos. “Com o horário eleitoral gratuito, Dilma ganhou voz e passou a ter uma identidade própria. Essa fase de associação a Lula está esgotada. Hoje, ela é considerada pelo eleitor como a candidata à Presidência, e não mais a candidata do presidente. Ela já se afirma com uma luz própria”, avalia. Tanto a presença maciça de Lula não garante votos auto-
máticos, que seu candidato em SP, Aloisio Mercadante (PT), deve perder no primeiro turno para Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano, que junto de Serra protagonizou um racha na sigla do pleito de 2006, por sua vez, não fez questão de mostrar o companheiro de partido em sua campanha, permitindo a ascensão de Dilma inclusive onde o PSDB deve ter sua maior vitória. A presença na televisão também se mostrou ineficaz desatrelada de outros fatores. A candidata Marina Silva frustrou as expectativas do PV, que contava com um crescimento automático após as aparições de sua representante em cadeia nacional. A candidata praticamente não oscilou desde que as inserções tiveram início. Para Couto, soma-se a isso o que chama de “campanha catastrófica”. “Seria difícil conter a escalada de Dilma, mas a queda de Serra se deve ao caráter errático e ambivalente dessa campanha, inclusive com perda de votos do tucano para a petista. É uma candidatura que se apresenta ao mesmo tempo como lulista e com um discurso de direita. É contraditório, difícil de o eleitor acreditar”, afirma.
Reversão do quadro é improvável
Situação está quase definida em 14 estados UOL Quatorze novos governadores podem ser definidos no primeiro turno, seis confrontos estão indefinidos e outros sete se inclinam para decisão no segundo turno. Um mês antes da votação de 3 de outubro, a tendência indicada pelas pesquisas de intenção de voto é de confronto quase resolvido nos maiores colégios eleitorais e reforço para as fileiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O levantamento do UOL Eleições considerou as pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas até 2 de setembro. Os números indicam provável fim no primeiro turno nas disputas com apenas dois candidatos acima de 10% nas intenções de voto. A exceção é o Pará, onde a indecisão se deve aos percentuais de quatro candidatos menores, apesar de nenhum deles chegar aos 10%, de acordo com o Ibope. Na região mais populosa do país, a Sudeste, apenas São Paulo não sabe se a disputa acaba no primeiro turno, uma vez que os apoiadores da presidenciável Dilma Rousseff (PT) têm concentrado forças para evitar vitória do favorito Geraldo Alckmin (PSDB) já em 3 de outubro. No Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB) deve se reeleger. No Espírito Santo, a provável vitória é de Renato Casagrande (PSB). Mas a maior batalha eleitoral do primeiro turno está em Minas Gerais, onde o governador Antonio Anastasia (PSDB), sucessor de Aécio Neves, emparelhou com o exministro Hélio Costa. Sem outros adversários fortes na disputa, um dos dois deve terminar o primeiro turno como vencedor. Dilma e o presidenciável tucano, José Serra, têm investido tempo no segundo maior colégio eleitoral do país. SUL E NORDESTE - No Sul, apenas o Paraná deve decidir já em 3 de outubro. Beto Richa (PSDB) leva vantagem sobre Osmar Dias (PDT) e a soma dos seus adversários até agora não é o bastante para
Ainda que Dilma tenha um crescimento considerado constante, para Paulino é difícil prever o desenrolar das pesquisas, mas, segundo ele, é improvável que o quadro se reverta até o dia 3 de outubro. Há ainda, no entanto, um alento à esperança tucana de conseguir impedir uma derrota de primeira. “Em 2006, Lula tinha uma vantagem sobre Alckmin quando surgiu o escândalo dos aloprados (a suposta compra de um dossiê contra Serra por petistas em SP), e o tucano conseguiu tirar alguns votos e levou para o segundo
turno”, afirma. O ponto contra é a atual popularidade do presidente que, até então, não era tão alta. “Hoje é mais difícil, porque Lula dá esse respaldo a sua candidata. E o voto dela é o mais consolidado. Mas esse problema com a Receita Federal está tomando conta das manchetes. Precisa ver se isso se reflete nas próximas pesquisas”, aponta. Já Claudio Couto é enfático. “Serra só vai ganhar se descobrirem que Dilma está envolvida na morte de Eliza Samudio (ex-amante do goleiro Bruno)”.
“Eleição se ganha na rua”, afirma Lula
Tião Viana mantém favoritismo no Acre, assim como Marcelo Deda, que busca reeleição em Sergipe
viabilizar o segundo turno. O Rio Grande do Sul se encaminha para um segundo turno entre Tarso Genro (PT) e José Fogaça (PMDB). Santa Catarina promete um enfrentamento entre Ângela Amin (PP) e Raimundo Colombo (DEM). No Nordeste, quatro disputas se encaminham para decisão no primeiro turno. Todas com aliados de Lula e Dilma: Sergipe (Marcelo Deda/PT), Pernambuco (Eduardo Campos/PSB), Paraíba (José Maranhão/PMDB) e Ceará (Cid Gomes/PSB). Em Alagoas, Fernando Collor (PTB), Ronaldo Lessa e o governador Teotônio Vilela (PSDB) disputam para saber quem chegará ao segundo turno. No Piauí, os rivais são Silvio Mendes (PSDB), Wilson Martins (PSB) e João Vicente Claudino (PTB). Há também três disputas com claros favoritos, segundo Datafolha e Ibope, mas que podem terminar apenas no segundo turno, por conta de candidatos menores. Na Bahia, Jaques Wagner (PT) é o favorito contra Paulo Souto (DEM); no Maranhão, Roseana Sarney (PMDB) leva vantagem contra Jackson Lago (PDT); e, no Rio
Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM) é uma rara oposicionista à frente de um aliado de Lula, Iberê Ferreira de Souza (PSB). CENTRO-OESTE E NORTE - Apenas Mato Grosso deve ter segundo turno no Centro-Oeste. Silval Barbosa (PMDB), aliado do ex-governador Blairo Maggi (PR), é presença provável. Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (PSB) disputam a outra vaga. No Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) tem reeleição provável no confronto com Zeca do PT. No Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) abre distância sobre Joaquim Roriz (PSC) e, por falta de outros rivais, pode definir já no primeiro turno. Para a oposição, o foco é a campanha em Goiás, onde Marconi Perillo (PSDB) definiria a disputa com Iris Rezende (PMDB) já no primeiro turno se as eleições fossem hoje. Na região Norte, o PT concentra esforços para não perder o governo do Pará para a oposição. A possibilidade de isso acontecer é grande, já que Simão Jatene (PSDB) está à
frente da governadora Ana Júlia Carepa (PT), e apenas a manutenção e crescimento de candidaturas com menos de 6% das intenções de voto o impediriam de vencer já na primeira votação. Há provável vencedor de primeiro turno no Acre: Tião Viana (PT). Em outras disputas que devem terminar em 3 de outubro por falta de mais oponentes de peso, o Amazonas deve escolher entre o governador Omar Aziz (PMN) e o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR); Tocantins escolherá entre a reeleição do governador Carlos Gaguim (PMDB) e a recuperação de Siqueira Campos (PSDB). Em Rondônia, João Cahulla (PPS), Expedito Júnior (PSDB) e Confúcio Moura (PMDB) estão tecnicamente empatados. Em Roraima, o governador José de Anchieta Júnior (PSDB) e Neudo Campos (PP) estão parelhos. No Amapá, a tendência é de um segundo turno entre Lucas Barreto (PTB), Jorge Amanajás (PSDB) e Pedro Paulo (PP). Mais atrás, Camilo Capiberibe (PSB) pode ajudar a embolar a disputa nas próximas semanas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou na sexta-feira que foi abordado pelo candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, sobre o vazamento de dados fiscais da filha do tucano, Verônica, em janeiro passado. Em visita à Expointer, uma das maiores feiras agropecuárias da América do Sul, na cidade gaúcha de Esteio, Lula criticou Serra e o PSDB pelo pedido de impugnação da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. “Acho que o Serra precisa saber uma coisa. Uma eleição a gente ganha convencendo os eleitores a votar na gente. Não é tentando convencer a Justiça Eleitoral a impugnar a adversária. Isso já aconteceu em outros tempos de ditadura militar. Em tempos de democracia, o ‘seu’ Serra que vá para a rua, que melhore a qualidade do seu programa, que faça propostas de coisas que ele quer fazer pelo nosso país, que apresente soluções para o crescimento industrial”, disse o presidente. Lula minimizou o episódio de vazamento de dados fiscais de filha de Serra, classificando o fato como “secundário”. Disse que preferia falar sobre a feira e sobre agricultura: “O resto é campanha política e os candidatos que se preocupem”. Questionado se havia
sido alertado sobre o episódio por Serra, Lula disse: “Não, ele não alertou. Ele se queixou do que estava acontecendo com ele na internet. Como eu sou vítima disso há muito tempo, sempre achei que a internet livre tem coisas extraordinariamente sérias e tem coisas levianas”. O presidente disse também que “não há nada demais” na internet sobre a filha de Serra. “Não tem nada demais. Tem insinuações como tem contra o presidente Lula, como tem contra a família do presidente Lula, como contra vocês, jornalistas, individualmente. Vivemos numa democracia e temos que aprender a respeitar. Querer que eu censure a internet, não é meu papel. E não vou censurar”, completou. “Hoje, ele deve estar com dor de cabeça porque o PIB vai crescer acima daquilo que os mais pessimistas previam que ia crescer. O Brasil vive um momento de ouro e eu não vou permitir que nenhuma ‘futrica’ menor - porque não tem nenhuma acusação grave contra o Serra ou contra qualquer coisa. Tem as coisas de internet contra o Serra e contra todo mundo. Então, o presidente da República tem coisa mais séria para cuidar do que cuidar das dores de cotovelo do Serra”.
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O JORNAL
Opinião A6
Ato administrativo e o dever legal “Subordinada também aos referidos princípios e regras de proteção à lisura” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental
Dentre os princípios do direito administrativo podemos citar o da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, o da legalidade, o da finalidade, o da razoabilidade, da proporcionalidade, da impessoalidade, da publicidade, etc. No entanto no meu modesto entender, um dos principais princípios é o chamado da motivação. Este principio implica para a administração o dever de justificar seus atos, apontando-lhes os fundamentos de direito e de fato, assim como a correlação lógica entre os eventos e situações que deu por existentes e a providência tomada; sem isso, o ato é ilegítimo e invalidável pelo poder judiciário. Os atos administrativos que sejam emitidos pelos agentes em sentido contrário ao fixado pelos princípios do direito, desta feita configuraram ato de improbidade administrativa, atraindo ao agente público remisso as sanções previstas na lei de improbidade administrativa. Esta situação alcança também a conduta os agentes públicos que atuam também na área ambiental, o que significa, caso desrespeitem em suas condutas, o conteúdo os princípios jurídicos, as agentes se sujeitarão às sanções fixadas para os atos de improbidade. Podemos, assim indicar a configuração, nesse caso da improbidade administrativa ambiental. Não é difícil desenvolver esta tese “a administração ambiental pode ser conceituada como uma parcela da administração pública encarregada da efetivação da legislação ambiental e da aplicação das diretrizes estabelecidas através de uma decisão política”. Se é assim, seus agentes são essenciais para a realização da efetiva tutela ambiental. Os atos administrativos dos agentes ambientais, se deixarem de guardar sintonia com a ordem principiológica e com as normas-regras, podem ser invalidados por intermédio da Lei 8.429/92, já que a administração ambiental é apenas uma esfera da administração pública e como tal subordinada também aos referidos princípios e regras de proteção à lisura na atuação da administração pública. Administrar é aplicar a lei de oficio, então fortemente administrar os recursos ambientais é atentar para os princípios da administração pública e ter a atenção com os princípios ambientais cristalizados pelo texto constitucional. Se num caso concreto, um agente ambiental se omite e não adota as medidas aptas a impedir a degradação do meio ambiente, estará, com solar clareza, incidindo na Lei 8.429/92, por ter se omitido ou deixado de praticar, indevidamente, ato de ofício, violando com isso seus deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, ou ainda incidirá também se tiver recebido vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que seja obrigado. Neste sentido, o uso anormal do poder na prática do ato administrativo foi atribuído a tarefa de aplicar a lei para consecução do bem comum. Para possibilitar a implementação de tal função ela foi dotada de poderes administrativos que ao contrário dos políticos, são instrumentais e não orgânicos. Considerando que todo abuso de poder e ilegalidade, pela sua própria natureza, caracteriza-se sempre como ilegal, a autoridade pública deve sempre atuar dentro dos princípios e dos estritos limites de sua competência, que é o poder legal atribuído ao agente público para a prática do ato administrativo. Isto é o que ensina a lei.
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Serra e sua tática Em queda nas pesquisas, o presidenciável tucano José Serra (PSDB) apela para uma tática que aponta para desconstrução das instituições de direito. Ao insistir nesse discurso, o candidato mostra que não tem escrúpulos em colocar sob suspeita a credibilidade do jogo político às vésperas de uma eleição presidencial. O que estamos assistindo agora, com as tentativas tucanas de plantar escândalos e judicializar a campanha, é a uma gigantesca operação sem perspectiva. O candidato do PSDB e seus aliados do PPS e do DEM estão desenhando um autêntico golpe, para evitar que a sociedade possa comparar dois projetos de país. Há um rápido processo de cristianização (fenômeno político de abandono dos aliados) do candidato tucano. Aqui no Nordeste é um arraso: quem fez oposição a Lula nos últimos quatro anos desembarca do barco tucano para cuidar da própria sobrevivência política. Nem mesmo em São Paulo, Estado que o elegeu senador, prefeito e governador, Serra voa em céu de brigadeiro. O repúdio não se dirige apenas contra sua me-
lancólica figura, mas ao estilo de governo posto em prática nos oito anos em que o neoliberalismo vigorou no País. Há algo de covarde na recusa de uma comparação retrospectiva, mas também há algo de didático no exame das decisões de um ator político. Não querer encarar Dilma Rousseff como uma boa candidata é apenas um capítulo dessa farsa. Quando se nega a comparar o governo a que pertenceu com a atual gestão petista, Serra afirma “que não faz política olhando para o retrovisor”. Certamente preferia que tudo fosse diferente, mas, no beco sem saída em que se encontra, não é possível acertar o caminho com manobras abruptas. Seu trem em marcha ré colidiria com os desastres da política econômica de FHC, o padrinho a ser ocultado. Serra, o “Zé que joga pesado”, não pode defender o passado sem deixar de fazer um elogio à rasteira da soberania nacional. Por isso, dele só se pode esperar a pregação golpista, o denuncismo como método. O ex-presidente da UNE jogou sua biografia no ralo das circunstâncias. Da soma dos fatores a que se submeteu, deixando de fora os nove, sobra rigorosamente nada.
Ponto de vista
San
Cristãos profanos “Deus não me deve nada; quem me deve é você e trate de um dia me pagar” Laelson Moreira de Oliveira Poeta
Eurico Macias – Traços e cópias de um desapontado jovem “O tempo nos oferece recompensas e castigos” Zélia Tenório de Araújo Pedagoga
Naquela rua estreita, revestida por um calçamento rústico, de paralelepípedos irregulares, ele residiu grande parte da sua vida. As moradias simples, de meias paredes feitas de barro, se sobressaiam, às vezes, pelo colorido das suas pinturas mal caiadas e platibandas desiguais. Algumas alcançavam o lado oposto da rua, como se fossem magazines. Nos quintais, os moradores conservavam pomares, hortas, galinheiros e até pocilgas. Eram imensos, enladeirados, nunca seguindo o estilo plano. Menino bom, atencioso e despreocupado, entre idas e vindas não se interessava pelo presente e muito menos pelo futuro. Talvez, por isto, tenha sido assediado por jovens da vizinhança que a ele se igualavam. A verdade ou a mentira saía da sua boca em palavras e frases que, frequentemente, se atropelavam. Filho primogênito, sempre se sobressaiu por sua inteligência, simpatia e outros dons que a natureza o contemplou. Viveu entre fantasias, tanto quanto as edificou em toda sua vida de galanteador que não iam e nem vinham, pela sua insignificância e conteúdo. Era na verdade um galã, ignorado pelos meios de comunicação que naquela época quase não tentavam descobrir valores artísticos. Na verdade, pessoas iguais a ele conviviam com um pequenino acervo de oportunidades. Deste modo, muitos fenômenos foram extraviados, perdidos e ignorados. Eurico Macias tornou-se um deles e insistiu no seu labor de nada ser, apenas fazer da vida uma gargalhada só. Para ele, valia apenas o seu físico elegante, o porte de atleta, o ter o pão de cada dia, algum trapo a lhe cobrir o corpo e um colchão de capim para dormir e ver as estrelas passeando pelas frestas do telhado. Os galanteios, no dia seguinte, seriam a continuação de ontem, onde se projetavam os seus dotes de moço encantador. Assim vivendo, esqueceu que um futuro viria alquebrá-lo, não mais lhe sendo possível desenvolver os mesmos galanteios. Ser assediado pelas mesmas jovens, desfilar pelas ruas da cidade simples do interior, ser admirado pelas moças que antes aguardavam a sua passagem, debruçadas nas janelas de postigo, que se abriam para oferecer ao sol uma razão de intensificar sua luz. Mais uma vez, o tempo insistiu no seu modo implacável de construir e retirar de cada um as vantagens que seria a vida sem a presença de transformações bruscas e inesperadas. Afastei-me do seu convívio. Nunca mais as suas notícias fartas de surpresas haviam chegado aos meus ouvidos. Mais uma vez, o tempo passou como num sopro, quando tudo se esvai. Encontrei-o, um dia, num percurso casual. Não nos reconhecemos, nem conseguimos fitar um ao outro, mas quis dizer-lhe em meio a um amplexo amistoso que não valeram a pena os desperdícios, o presente tão repleto de fantasias, porque o tempo nos oferece recompensas e castigos. A ele foi destinada a última parte.
A Igreja pode nos ensinar, com a maior das benevolências, o que se deve fazer para que possamos levar uma vida condizente com os ensinamentos daquele que chamam de Senhor; mas a gente só aprende se quiser. Não adianta ir ao templo, se ajoelhar, cantar, rezar, juntar as mãozinhas, fechar os olhinhos, abraçar os irmãos, oferecer sua cota de contribuição para o crescimento da fé no mundo e até garantir o perdão dos seus pecados, se, depois dali, o negócio é soltar coices pra todo lado ou então levantar a perninha e fazer xixi na cabeça do próximo e, em seguida, sair abanando o rabinho. De que adianta tudo isso? Simplesmente para ser um cristão de fachada. Se achamos que estamos fazemos tudo em prol do Santo Nome de Deus, pecamos mais do que aqueles que nunca rezaram o Pai Nosso. É verdade. Conheço pessoas que passam em frente à Igreja, qualquer uma, basta ter uma cruz lá na cumeeira e achar que é uma Igreja, e danam-se a fazer gestos desconcertos sobre o peito como estivesse se benzendo. Hipocrisia. Outro dia uma colega que estava comigo, passando frente a uma Igreja, fez aquele traçado todo sobre o peito. “Que é isso?”, perguntei. “Estou me benzendo”, disse. “Isso foi uma cruz que você desenhou no peito com a mão?”, insisti. “Claro”, respondeu ela. “Isso não foi uma cruz nem aqui nem no inferno”, falei. Ela arregalou os olhou e fez os gestos novamente e disse que eu iria para o inferno por causa daquilo. Disse-lhe, com a maior calma do mundo: “Te encontro lá”. Esse gesto de se benzer diante de uma igreja, de colocar terços, adesivos de santos (as), frases
sem sentidos e tantas coisas, principalmente em carros, não tem sentido. Serve apenas pra mostrar aos outros que você é uma pessoa de Deus, que é coerente, ajuda o próximo, serve ao irmão... Muitas vezes dá uma banana na cara de quem precisa, vira o rosto, empina o nariz e se manda, quando não passa por uma poça de água formada pela chuva e molha o transeunte, ou simplesmente coloca o carro por cima do coitado, tentando atingi-lo. Coisa do ser humano. Cristãos profanos. Tem gente que adora repetir o nome de Deus em vão. Você pratica qualquer ajuda pra ela e ela, toda santa, com a cara mais lisa do mundo: “Deus lhe pague”. Sou contra. Digo logo: “Deus não me deve nada; quem me deve é você e trate de um dia me pagar”. Sabem qual é o problema? Tudo de ruim colocam para o rapaz lá de cima tomar conta ou pagar. Não concordo quando jogam o que não presta pra Deus, tipo: acontece uma coisa com o sujeito e aí ele diz: “Entrego a Deus”. Por que? Porque é um fraco, um covarde, um ser humano sem expressão, pois basta ter força de vontade para resolver suas broncas sem entregar a quem quer seja, sem saber se Ele quer aquela bomba em suas mãos. Depois, aos domingos, sai de casa, família dentro do carro, e vão à missa. Dizem que vão rezar. Vão não. Dizem que vão se entregar a Jesus. Vão não. Mas o que desgraça vão fazer lá, só eles sabem e isso é problema deles. Pra mim, a Igreja é cada um de nós, e nossos pecados serão perdoados, ou aumentados, mediante nossos atos. O resto é com cada um.
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Marcial Lima Professor
Ivaldo Gomes, de João Pessoa, escreve que tem “acompanhado a contribuição desta coluna ao mastigar os problemas da cultura, em termos de planejamento, execução, acompanhamento e crítica”. Diz que essa atitude de pensar alto e coletivamente ajuda a compreender o processo na totalidade, e lamenta que na Paraíba não exista quem assuma esse papel: “Como seria bom se tivéssemos alguns fazendo essa reflexão”. Afirma que a cultura precisa ser tratada como um marco regulatório, para o desenvolvimento de nossa sanidade mental, física e econômica. “É um instrumento de democratização, lastro de identidade, de formação de sociedades viáveis; sedimenta e dá sentido às coisas”. Ato contínuo, comecei a relembrar as formas de relação, por mim testemunhadas, no que se refere ao poder frente à gestão pública da cultura. Mesmo em períodos de eleições livres, vi gestores impondo uma cultura oficial; solapando, nos bastidores, quaisquer outras formas que não fossem de seu interesse ou dos que lhes emprestavam retaguarda. Nesses momentos, quase sempre, os amigos “desde criancinhas”, ajustando-se aos desejos e interesses dos que mandam, locupletam-se. Vi, também, o exercício da ideologia da competência, com dirigentes “que tudo sabiam” definindo o que é necessário ser levado ao povo, “que nada sabe, para educá-lo, civilizá-lo, tirá-lo da ignorância”. Aqui, sobressaia-se, não poucas vezes, o favor como critério de relações. Em esferas mais amplas, durante anos, grassou o mantra “cultura é um bom negócio”. Era o neoliberalismo em larga escala, fazendo o Estado se eximir de seu papel de indutor de políticas públicas, ampliando o espaço privado, deixando que os gerentes de marketing das grandes empresas, com recursos públicos, favorecessem a divulgação de suas marcas, sob o engodo da responsabilidade social. Vi, ainda, ensaios populistas reforçando vínculos pessoais diretos, ao anular as mediações institucionais, sob o mascaramento de uma manipulação que exaltava o “povo bom e justo por vocação”, mas, coitado, por explorado, precisava ser cuidado. A cultura, messianicamente, libertaria. A mensagem de Ivaldo faz ver que a opinião do leitor, quando elogiosa, não envaidece: soma, motiva. Já o pensamento discordante, dentro de um aspecto evolutivo, enriquece, chama à razão. No entanto, quando preso à critica compulsiva, inconsistente, às vezes maldosa, faculta ao criticado o direito de respeitar o momento de quem o tem, compreendendo suas limitações ou seu descontentamento diante da vida. O articulista se permite aguardar o reencontro, daquele que lhe escreve, consigo mesmo; na certeza de que, o missivista, ao recompor-se, dar-se-á o direito de ser feliz. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br
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REGISTRO CIVIL
País discute projeto de cooperação com o Haiti A Secretaria de Direitos ÍNDICES - Em 2003, o Humanos da Presidência índice de sub-registro civil da República (SDH/PR), de nascimento era de por meio da Coordenação 18,9%; recuou para 12,2% de Promoção do Registro em 2007 e caiu para 8,9% Civil de Nascimento, parti- em 2008. As projeções cipa de uma série de reu- apontam para a erradicaniões de trabalho em Porto ção do índice de crianças Príncipe, no Haiti, a partir sem registro, o que signifideste domingo, para deli- ca acabar com o sub-regnear projeto de cooperação istro civil de nascimento na área de combate ao índi- pelos parâmetros estabelece de subregistro civil de cidos pela Organização das nascimento. Nações Unidas. “Estamos indo para Entre as ações estratégilevar a experiência de coo- cas para garantir o acesso peração na área de Registro da população ao registro Civil que estabelecemos civil de nascimento com Guiné Bissau”, estão os Mutirões e explica a coordeas Unidades Internadora-geral de Proligadas. moção do Registro Este ano, os muCivil de Nascimento Técnicos da tirões acontecem da SDH, Beatriz nos 17 estados do SDH se Garrido, que faz parte Nordeste e da Amareúnem da missão brasileira zônia Legal. Para aque ficará no Haiti até em Porto tingir as populações a próxima sexta-feira. Príncipe mais distantes estão No final de agosem andamento to, uma equipe de 1.550 mutirões para Guiné Bissau visitou a emissão de certio Brasil para dar condão de nascimento, sendo tinuidade à coopera850 no Nordeste e 700 na ção técnica na área de Amazônia Legal. Em 2009, Promoção do Registro Civil foram emitidas 73 mil certide Nascimento, iniciada em dões de nascimento em 2009. Além da coordenado- aproximadamente mil mutira da SDH, a missão brasi- rões. leira no Haiti inclui repreAs Unidades Interlisentantes do Ministério da gadas têm o objetivo de faJustiça. cilitar o Registro Civil de O acesso à documenta- Nascimento, permitindo ção básica é um direito fun- que a certidão seja emitida damental para todos os ci- ainda na maternidade, sem dadãos. A a certidão de a necessidade de deslocanascimento permite que se mento até o cartório. Desde tenha acesso a outros docu- 2009, o governo iniciou a mentos, a benefícios como instalação de Unidades Ino Bolsa Família, ao atendi- terligadas nas maternidamento em postos de saúde, des que realizam mais de entre outros direitos. 300 partos por ano.
Brasil ainda tem nove estados e o DF sem ouvidorias de polícia Governos ainda relutam em dividir informações sobre processos disciplinares Agência Brasil RIO DE JANEIRO Passados 15 anos da criação da primeira ouvidoria de polícia no país, em São Paulo, nove estados e o Distrito Federal ainda não contam com estruturas independentes para receber queixas da população contra abusos na área de segurança. Entre as razões, está o temor de governos estaduais em dividir informações sobre processos disciplinares das corregedorias com ouvidores, que na maior parte dos casos são civis e ligados aos direitos humanos. A análise é da coordenadora adjunta de Direitos Humanos e Segurança Pública da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Alessandra Gomes Teixeira da Costa. Ela participou durante dois dias da 31ª Reunião do Fórum Nacional de Ouvidorias de Polícia, encerrada na sexta-feira, no Rio de Janeiro, reunindo ouvidores de diversos estados brasileiros. “Existe uma grande resistência dos governos em instalar uma ouvidoria de polícia, por causa da transparência e
do controle sobre as corporações que isso causa. Os ouvidores podem acabar incomodando os governos”, afirmou Alessandra Costa. Segundo ela, uma das tarefas das ouvidorias é acompanhar os processos disciplinares das corregedorias. “Para se ter um braço da sociedade civil atuando naquela corporação, que pode estar muito protegida e hermética”, explicou. A corregedoria de São Paulo é considerada por ela como a melhor do Brasil, por ser a mais antiga e também por ter mais recursos – como funcionários, equipamentos e automóveis – e respaldo do governo estadual. Os demais estados que já implantaram corregedorias são: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Alessandra Costa adiantou que mais dois estados devem implantar ouvidorias ainda este ano: Alagoas e Sergipe. Mas ressaltou que não basta ter um ouvidor, se o governo estadual não der
SUPLEMENTOS ALIMENTARES O Departamento de Medicina Translacional da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) está recrutando voluntários para uma pesquisa sobre os efeitos de suplementos alimentares - aminoácido L-arginina - na pressão arterial pós-exercício em hipertensos. Segundo a universidade, podem se candidatar às vagas homens hipertensos com idade entre 30 e 55 anos, não fumantes, que não façam
respaldo e condições de atuação. “Muitas ouvidorias estão sucateadas, estranguladas pelo estado, com muitas dificuldades para o ouvidor conseguir atuar. No Maranhão, o ouvidor inclusive está no Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos, protegido, porque estava acompanhando um caso sobre denúncia no sistema penitenciário e a testemunha direta foi assassinada, apesar de todos os apelos de pedido de
custódia”, disse. Segundo a coordenadora, para acessar as ouvidorias nos estados, a pessoa pode ligar para os números (61) 2025-3116 e 2025-9825, da Ouvidoria da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que será informada sobre a ouvidoria mais próxima de sua residência. Também é possível enviar email para o endereço ouvidoria@sedh.gov.br. O nome do denunciante é mantido em sigilo.
COMO FUNCIONA O PROGRAMA O Programa visa auxiliar a instauração da responsabilização democrática das forças policiais brasileiras, particularmente no que concerne ao respeito pelos direitos humanos e à redução do uso de métodos violentos na luta contra a criminalidade. Para tanto, trabalha no aperfeiçoamento dos procedimentos de controle externo sobre a violência policial, por meio do fortalecimento e da disseminação dos trabalhos das Ouvidorias de Polícia existentes nos Estados, bem como apóia iniciativas de policiamento comunitário nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. O programa é financiado pela União Europeia, com recursos no montante de ? 6.516.000,00. A UE também fornece Assistência Técnica ao Programa, por meio de especialistas brasileiros e europeus. O Consórcio Europeu que realiza a assistência técnica ao projeto é formado pelo Instituto Nacional de Administração-INA, de Portugal, CIVIPOL e GERN, da França e Fórum Europeu para Segurança UrbanaFESUR. O Programa é desenvolvido em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça (SENASP/MJ), e com as secretarias de Segurança Pública e oOuvidorias de Polícia dos Estados.
uso de nenhum tipo de suplemento alimentar, sem problemas ortopédicos e que não pratiquem exercícios físicos. Os voluntários realizarão exames de sangue e avaliação física gratuitamente, e devem ter disponibilidade na parte da manhã para a realização dos testes. Os interessados podem entrar em contato com Marcos Antonio do Nascimento, entre 8h e 17h, no telefone 0XX/11/5084-6836, ramal 27 ou pelo e-mail marcosanascimento@uol.com.br.
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Mineiros completam um mês soterrados Operação para resgatar 33 trabalhadores de mina de cobre no Chile centraliza atenção da mídia internacional SANTIAGO - Os 33 mineiros chilenos completam neste domingo um mês no fundo de uma mina de cobre no norte do Chile, a 700 metros de profundidade vivendo uma longa noite no limite das condições humanas de sobrevivência, em meio a uma operação de resgate sem precedentes que atrai a atenção mundial. Os mineiros ficaram sob a terra depois de um desabamento que obstruiu o acesso à mina San José na tarde de 5 de agosto e, ao final de um mês, o grupo luta por sobreviver nas profundidades da jazida, convivendo com a umidade e o calor extremo, na penumbra que se estenderá por mais três ou quatro
meses, até o resgate. Em um mês sua história passou por momentos extremos: da desolação e desesperança dos primeiros 17 dias nos quais não se sabia nada deles, a um transbordamento de alegria nacional no domingo, 22 de agosto, quando foi confirmado que todos estavam vivos. Uma pequena mensagem escrita com tinta vermelha e colocada no martelo de uma máquina perfuratriz fez surgir a esperança: “Estamos bem no refúgio, os 33”, escreveu um mineiro das profundidades. “Isto veio hoje das entranhas da terra (...) é a mensagem de nossos mineiros que nos dizem
estar vivos, juntos”, disse o presidente Sebastián Piñera, ao ler em público a mensagem, que trouxe muita alegria aos chilenos, como se fosse uma vitória esportiva, e que foi celebrada nas ruas. Apartir desse momento, a atenção da mídia passou a se centralizar na pequena jazida de cobre e ouro, em pleno deserto de Atacama, desconhecida para a maioria dos chilenos até a data fatídica do desabamento. Cada um dos 33 mineiros foi convertido em personagem. Há dentro da mina um ex-jogador, um mineiro boliviano, o líder do grupo, e até um improvisado apresentador televisivo, que atuou como animador nos ví-
Perfuradora gigante cava túnel por onde os trabalhadores serão resgatados daqui a três ou quatro meses
deos gravados nas profundidades que deram a volta ao mundo. Conectados à superfície por pequenos dutos por onde lhes são enviados alimentos, remédios, água e até entretenimento, dialogaram diretamente com o presidente Piñera e foram cumprimentados pelo papa Bento XVI, da Itália. Receberam camisetas de futebol assinadas por craques da seleção nacional; um milionário doou um cheque de US$ 10 mil e centenas de pessoas lhes fizeram chegar presentes. Suas famílias, que permanecem em vigília num acampamento montado ao ar livre, perto da jazida - que em um mês se transfor-
mou em verdadeira cidadela com vida própria -, são imensamente reconhecidas e algumas já participaram de programas da TV local. O grupo bateu todos os recordes de sobrevivência no interior da mina. Cerca de cem engenheiros liderados pela estatal chilena Codelco trabalham na operação de resgate. Paralelamente, são analisados planos alternativos com outras máquinas, que serviriam de apoio e até poderiam acelerar o resgate. Mas, se os trabalhos de engenharia são complexos, manter em ótimas condições os 33 mineiros durante o tempo de
resgate representa um desafio sem precedentes. Especialistas da NASA, a agência espacial dos EUA, viajaram à mina San José para assessorar a equipe de médicos e psicólogos que trabalham na manutenção das condições de saúde dos mineiros. Recomendaram recriar as condições de dia e noite no interior da jazida e traçar objetivos para eles. Também aconselharam falar com eles com franqueza sobre o longo período de resgate, mas sem lhes dar datas precisas, tal como é feito com os astronautas em longas missões espaciais, embora trata-se aqui de sobreviver sob a terra.
Através de um duto, os mineiros tiveram acesso a uma câmera de vídeo e enviaram imagens aos familiares
Trabalhadores poderão assistir jogo Reuters SANTIAGO - Isolados do mundo, os 33 trabalhadores poderão assistir ao vivo, pela televisão, o próximo jogo da seleção chilena de futebol contra a Ucrânia graças a uma conexão de vídeo que descerá a 700 metros de profundidade. Numa tentativa de atenuar a espera de um resgate que deve demorar meses, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou na sexta-feira a instalação de um sistema de videoconferência que permitirá aos mineiros ver o jogo da seleção marcado para terça-feira em Kiev às 14h no horário local.
No dia 22 de agosto, uma A transmissão do jogo operação liderada por uma do Chile se equipe de socorro dessoma a uma inide a superfície ciativa prévia na encontrou com qual os trabalvida 33 mineiros hadores da que se enconmina de ouro e tram presos em cobre receberam uma mina. No vídeos de estreSeleção entanto, os tralas do futebol chilena joga balhos de resgate como Pelé e terça-feira devem demorar Maradona, cocerca de 90 dias. mo resposta a em Kiev “Eu confio, seu fanatismo e estamos fadeclarado por zendo tudo o esse esporte. que for necesEssas iniciasário para potivas têm como der compartilobjetivo manter física e har com eles, mentalmente sãos os em corpo e alma, a festa mineiros, que estão prede Natal e de Ano Novo”, sos num refúgio a 700 disse Piñera. metros de profundidade.
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A breve e trágica vida dos alagoanos Índice de Homicídios na Adolescência aponta o Estado como o segundo com maior risco de mortes de jovens por armas Láyra Santa Rosa Repórter
Alagoas é o segundo Estado brasileiro onde mais se registra homicídios de adolescentes, segundo levantamento que verifica o índice de mortes de jovens nacionalmente. Só nos oito primeiros meses de 2010 foram marcados em Maceió e nas cidades vizinhas pelo grande índice de mortes. Dados do Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, registram 1.069
assassinatos no período, sendo que, 158 fizeram como vítimas menores de 18 anos. A faixa etária de vítimas da violência tem mudado e atingido a juventude que deveria está na escola, aproveitando a infância com brincadeiras e protegida pela sociedade. Entre os jovens mortos este ano, 147 perderam a vida por disparos de arma de fogo, sete foram vítimas de arma branca e quatro de espancamento. A maioria do sexo masculino, to-
talizando 148 garotos. A maioria dos assassinatos aconteceu em bairros da periferia de Maceió, na região do Tabuleiro do Martins, Benedito Bentes, Vergel do Lago e Jacintinho. Nas cidades vizinhas da capital alagoana, a maioria das mortes registradas foi em Coruripe, Rio Largo e São Miguel dos Campos.
No último levantamento feito pelo Programa de ReduCom a média, ção da Violência Leem 10 anos, tal Contra Jovens e a cada 150 Adolescentes, que mil crianças, mede o Índice de na Ado2% morrerão Homicídios lescência (IHA), Alaantes da goas aparece como o maioridade segundo estado brasileiro com maior risco de mortes na adolescência por arma de fogo, ficando atrás ape-
nas do Rio de Janeiro. Maceió é o nono município brasileiro onde mais se perde vidas de menores de 18 anos. Caso não seja feito algo urgente, essa mortandade de jovens pode aumentar ainda mais. Se a média se mantiver, nos próximos dez anos, das 150 mil crianças que nascerem, 2% vão morrer antes de completar 18 anos, vítimas da violência. Há 10 anos, se matava, por ano no Estado, 360 pessoas. Hoje em oito meses o número é três
vezes maior: já são mais de mil mortes, com um alvo em potencial: as crianças e os adolescentes. O número alto de homicídios chega a ser comparado por pesquisadores do Estado com os índices de guerras mundiais, onde os genocídios são coisas comuns. Assim como acontece nas batalhas travadas no Mundo, os crimes que vitimam crianças e adolescentes no Estado têm atingido principalmente as famílias de baixa renda. Yvette Moura
Ruth Vasconcelos diz que a violência foi banalizada na periferia
Execuções em proporções de guerra O número alto de homicídios vitimando menores de 18 anos é algo crescente e que vem se mantendo nos últimos anos. Em 2009, 33% das mortes que aconteceram no Estado vitimaram fatalmente vítimas entre 12 e 18 anos. “Esse número de adolescentes dizimados pode ser comparado a números de cenário de guerra. São dados que têm se mantido e que crescem a cada ano e traz a tona uma discussão sobre o que é ser jovem. A juventude continua a mesma, com espírito aventureiro, porém a sociedade mudou”, afirmou a professora universitária e sociólogo, Ruth Vasconcelos, que é coordenadora do Núcleo de Estudos Sobre a Violência em Alagoas (Neveal). Num passado não tão distante, a sociedade era mais humana. A vida tinha mais valor. As pessoas tinham mais estrutura familiar, religiosa, política e cultural. “Se você mandasse seu filho para a casa de um coleguinha, os pais dele tinham autorização para tomar conta e se necessário brigar, como se a criança fosse o seu filho. Hoje em dia, não se tem mais essa liberdade. É cada um por si.
Vivemos uma crise de valores, em todos os setores”, disse a socióloga. “Os pais, hoje em dia, têm excesso de zelo por suas crianças. É uma proteção excessiva. É preciso deixar que as nossas crianças vivam. Essas mortes não atingem a classe alta, mas negros, homens e pobres. Só que a violência está cada vez mais perto e não podemos fechar os olhos para essa situação”, alertou a socióloga. Ruth Vasconcelos explicou ainda, que essa relação das mortes entre menores de 18 anos com a classe mais pobre, está ligada ao caráter vulnerável que essa juventude vive. Sem falar na banalização da violência, que se tornou ainda mais comum nos bairros periféricos da capital alagoana. “Existe uma desestruturação do próprio Estado, onde essa faixa social vive em vulnerabilidade. Para completar, vivemos numa sociedade capitalista, onde existe um apelo midiático que coloca para a juventude que, para ser alguém, tem que ser ter algo. Como a maioria não consegue, embarcam nas drogas como um refúgio para suprir suas carências”. (L.S.R.)
Momento é de banalização da morte Ruth Vasconcelos é de opinião de que o discurso implantando pela polícia e pela imprensa, de atribuir à maioria das mortes ao envolvimento dos jovens com o tráfico de drogas, é um discurso perigoso. “As pessoas precisam a analisar essas mortes como um problema grave. Se passamos a acreditar que se mata como forma de higienização, passamos a aceitar que matar é um favor que se faz para a sociedade. Com isso gera uma banalização e perda de valor pela vida”, contou. “Essa situação acaba conduzindo para uma crise moral e ética no campo do direito dos indivíduos. Se as vítimas fossem jovens de classe média alta, o apelo por Justiça e a cobrança para que a polícia investigasse, punindo os culpados seria muito maior. Como não é, acaba no afrouxamento dos valores”, explicou Segundo a socióloga, essa sensação de impunidade também é responsável pelo aumento da violência. “Aimpunidade gera incerteza. Com os culpados livres, o valor da vida se perde, se tornando comum matar. Neste momento, está existindo a desvalorização da vida e a ba-
nalização da morte. É preciso, urgente, repensar os valores”, colocou. “O problema da violência é de todos. Existe uma frase de Luiz Eduardo Soares que fala ‘Se não há segurança para todos, não há para ninguém’, isso é uma realidade. Temos que parar de pensar individualmente e tratar essa situação como um problema que envolve toda a sociedade”. A coordenadora do Neveal acredita que, com um esforço mutuo, essa situação pode ser revertida. “Como educadora eu acredito no futuro. Hoje sei que o campo das expectativas positivas tem diminuído, mas convivo bastante com jovens e sinto que eles estão dispostos a mudar essa realidade. O que falta nesse momento é uma sociedade que acolha a todos e que reconheça sua culpa. Cada um fazendo sua parte, as coisas podem ser diferentes um dia”, falou. “É preciso haver ações mais incisivas e de prevenção. Eu acredito que esse trabalho, com a melhora na educação, cultura, esporte, lazer e saúde, pode mudar esse quadro. Jamais deixaria de acreditar nessa juventude que se forma e que será o futuro”. (L.S.R.) Continua nas páginas A10 e A11
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Faltam ações para as comunidades A violência já fugiu do controle dos órgãos de Defesa Social e se tornou num problema de calamidade pública. É preciso medidas urgentes, para que os assassinatos sejam reduzidos. Segundo estudiosos da área de segurança, faltam políticas públicas para que essa realidade seja contornada. De acordo com o secretário Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitária e Cidadania (Semdisc) de Maceió, Pedro Montenegro, a situação chega, a cada dia, ao limite. “Não podemos dar uma explicação unitária para essa quantidade de mortes que vitimam mais jovens a cada dia. O que precisamos é tratar como um problema generalizado, de uma cidade que não cresceu, inchou. Faltam planejamentos e ações incisivas diretas nas comunidades”, disse. “Outra coisa que precisa ficar claro é o fato que violência é um problema de todos, que precisa ser resolvido com ações conjuntas.
Não adianta ter policiamento in- diferença é aplicar o policiamentensificado, ações ostensivas, se to da reserva técnica nos bairros faltam nas comunidades educa- mais violentes, como acontece ção, saúde, esporte, lazer. Essas nas áreas do território de paz. É políticas preventivas podem importante aproximar polícia e mudar essa realidade”, opinou. comunidade, passando mais seDiante desse número alto de gurança para as pessoas assassinatos de menores que vivem e trabalham de 18 anos, com mais de nesses locais”. cem vítimas em oito Até a semana pas“Precisa meses, Pedro Montenesada, as propostas de ficar claro Montenegro ainda não gro lançou algumas propostas para o Conselho tinham sido analisadas que a Estadual de Segurança pelo Conselho Estadual violência que, segundo ele, pode Segurança. “São é um dem ajudar a minimiideias para serem diszar esses dados. “É preproblema cutidas. Não quer dizer ciso um sistema que isso vá resolver de todos” que controle a entrada de todo o problema. É nearmas de fogo no Estacessário, ainda, a medo. A maioria das vítilhora no atendimento de mas são mortas à tiros e saúde; na educação, colocando sequer, a nossa polícia sabe de em sala de aula a maioria desonde vem essas armas. Era pre- ses jovens; além da implantaciso haver um combate drásti- ção de atividades extra currico, tirando de circulação uma culares como teatro, dança e esgrande quantidade de armamen- portes, para que essa juventutos irregulares”, explicou. “Outra de se sinta integrada”, colocou medida que pode fazer alguma o secretário. (L.S.R.)
Pedro Montenegro acredita que é necessário aproximar a polícia das comunidades em ações integradas
Grupos de extermínio: “limpeza social” Para Pedro Montenegro, o aumento no número de mortes, implica também na existência de grupos organizados, especialistas em extermínios. “Eu acredito na existência de grupos de extermínios, que podem ser ligados ao tráfico de drogas ou formados de integrantes da segurança pública, que fazem um trabalho de limpeza das ruas. Tiram de circulações os jovens que podem ou não, ter envolvimento com o tráfico. É uma forma de acertar contas de possíveis criminosos. É uma forma de ter controle de aéreas e impor o respeito por parte das pessoas”, falou. O secretário completou dizendo que, se não houver um planejamento e o Estado voltar a tomar o controle das áreas, a situação vai ficar ainda pior. “O problema é que a nossa polícia não quer enxergar essa naturalização do crime. É preciso ter olhos estratégicos para evitar que essa situação piore. A vio-
lência está cada vez mais perto das classes mais altas. Como forma de sobrevivência, é preciso investimento em políticas de prevenção”, completou. O presidente da comissão de Direitos Humanos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Alagoas, Gilberto Irineu, também acredita que são necessárias ações mais incisivas para mudar esse quadro. “O que falta para esses préadolescentes e adolescentes é oportunidade de mudança. Se houvessem mais ações sociais, com a presença do governo dentro das comunidades carentes a situação poderia ser diferente”, disse. “Infelizmente, as famílias menos abastadas são esquecidas pelo Poder Público e lembradas pelos traficantes, que são hoje os maiores responsáveis pela violência no Estado. Com a assistência desses grupos criminosos que acolhem, a juventude acaba passando de vítima, para algoz e retornando a
ser vítima quando se perdem vidas”. Irineu falou ainda, da necessidade de uma polícia mais ativa nas investigações e de uma política de droga que modifique essa realidade. “A impunidade ainda é uma das principais responsáveis pelo aumento dessa violência que cresce, é um motor para o criminoso. É preciso uma polícia ativa e participativa com a realidade das comunidades, para mudar esse índice que só cresce”, colocou. “Sem falar que a polícia precisa tratar todos os casos com igualdade. Punindo branco, preto, rico ou pobre. Hoje, essa política, principalmente a de combate às drogas, tem servido apenas para criminalizar ainda mais a classe pobre, protegendo os mais abastados pelo fato de as famílias não quererem seus filhos envolvidos com esse submundo e punindo quase sempre os pobres, negros e analfabetos”. (L.S.R.)
Gilberto Irineu: “Famílias menos abastadas são esquecidas pelo poder público e lembradas pelo tráfico”
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Dos 1.069 homicídios registrados até agosto de 2010, 158 foram de jovens com menos de 18 anos de idade
As execuções de adolescentes cresce a cada dia: só no aso passado 33% das execuções foram de menores
Entre a dor e a perda, famílias tentam limpar o nome dos filhos mortos Numa tentativa de justificar o aumento do número de mortes de crianças e adolescentes em Maceió, já se tornou comum que os órgãos de segurança pública coloquem a culpa no envolvimento da maioria das vítimas
com o tráfico de drogas. Realmente, alguns assassinatos têm ligação, mas outros acontecem pelos motivos mais banais, ceifando a vida de inocentes. Para as famílias que perdem seus jovens, resta apenas tentar
limpar essa imagem. É comum, quando acontecem esses crimes, os pais já chegarem afirmando que os filhos são inocentes e não têm envolvimento nenhum com o mundo das drogas, tão grande é a relação feita pela polícia e
pela própria imprensa. O assassino pode até ter envolvimento com drogas, mas nem sempre a vítima tinha. Em agosto, o número de chacinas e execuções envolvendo menores de 18 anos foi um dos
maiores registrados no ano. Das 158 mortes contabilizadas, dezesseis aconteceram no oitavo mês de 2010. Entre os crimes que chocaram a população uma chacina tirou a vida de quatro jovens, sendo três menores, no
Benedito Bentes, além de um duplo homicídio, envolvendo garotos de 17 anos, no Santos Dumont. Até a última sexta-feira, as mortes continuavam sendo investigadas e nenhum envolvido tinha sido preso. (L.S.R.)
Felipe Severo da Silva Madrugada de terça-feira, 24 de agosto. O adolescente Felipe Severo da Silva, de 17anos, sai da casa do tio onde havia passado uma noite, para procurar o primo de 14 anos pelas ruas do Jacintinho. O que a família não esperava é que garoto não voltaria mais com vida. O menor foi morto com um tiro no tórax na Avenida Coronel Paranhos, por outro adolescente que fugiu do local e, até o final da última semana, não havia sido detido pela Polícia Civil. Segundo o relato da família de Felipe, ele não tinha envolvimento com drogas, não gostava de farra e de bebidas. Tinha o comportamento tranquilo e não era o alvo do assassino. “Ele só saiu de casa para procurar o primo. Estava dormindo quando o tio o chamou para pedir ajuda. Ele era um menino bom, que não tinha inimizades. Não era envolvido com nenhum tipo de crime. Ele morreu inocente”, disse a mãe do menor que não quis se identificar. O primo do Felipe estava numa praça com um grupo de adolescentes, quando um deles puxou o revólver e atirou. Uma das balas atingiu a mão do menino de quatorze anos, transfixando e acertou o pulmão de Felipe. O adolescente foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. “O motivo da morte foi o mais banal. O primo do Felipe emprestou uma calça jeans ao assassino do meu filho, que não gostou da cobrança. Disse que não ia devolver a calça, porque já estava com gente ‘grande’da área. Com raiva, atirou. Só que acertou a pessoa errada. Meu filho morreu por nada”, lamentou a mãe. “Ninguém sabe a dor de perder um filho. Era meu filho único. Choro todos os dias, lembrando que ele poderia ainda estar comigo”. (L.S.R.)
Parte das execuções está ligada ao tráfico, que cresce em Maceió
Às famílias que têm seus jovens atingidos, resta-lhes a tentativa de limpar seus nomes e suas memórias
Bruno Mendes, Diego Henrique, Lucas Barbosa e José Ricardo O sofrimento da mãe de Felipe Severo, se repete com as das vítimas da chacina do Cidade Sorriso II, no Benedito Bentes. Quase 20 dias após o crime, a polícia continua investigando, mas ainda não chegou a nenhum culpado. Entre as vítimas, três adolescentes e um adulto, encontrados mortos com tiros na cabeça e as mãos amarradas numa área verde, próxima ao local onde eles moravam. Na tarde de sexta-feira, 13 de agosto, os menores avisaram às famílias que iam descer a grota chamada pelos moradores da região de “Morro do Urubu”, para catar lenha. Ao ver Bruno Mendes da Silva, 15 anos, Diego
Henrique da Silva e Lucas Barbosa da Silva, os dois de 14 anos, seguindo em direção a mata, José Ricardo da Silva, de 24, se propôs para ir junto. Eles seguiram e, após 24 horas, foram encontrados mortos. Adona de casa Erotides Barbosa, mãe de Lucas, lembra de cada detalhe dos momentos que ela e as outras mães ficaram a procura dos filhos. “Quando foi ficando escuro e eles não chegaram bateu o maior desespero. Fomos até a mata e nada deles. Só no outro dia foi que conseguiram encontrar os corpos. No começo, quando disseram que tinham encontrado eles, achava que estavam vivos. Me emocio-
nei de felicidade. Mas quando desci até o local e vi aquela cena, senti a maior dor da minha vida. Foi terrível”, lembrou. Com os olhos cheios de lágrimas, a dona de casa falou do comportamento tranquilo do filho. “Ele não era nenhum bandido, não tinha envolvimento com drogas e nem com nenhum tipo de crime. Fazia parte da banda de música do colégio e era estudioso. Os outros meninos que estavam com ele também eram do mesmo jeito”, disse. “O que fizeram foi uma crueldade sem tamanho. Não existe nenhum motivo para esse crime. Agora vou vender minha casa e sair daqui. Não tenho con-
dições de olhar para essa área, que fica em frente a minha casa e não lembrar da desgraça que aconteceu”. A mãe de Bruno, a dona de casa Maria Eliane da Conceição, também falou com emoção sobre a perda do filho. “De vez em quando ele descia a grota para pegar uns talos de madeira. Como aquela área era perigosa, pediu para os outros meninos irem juntos, inclusive o Ricardo que era mais velho. Só que não teve jeito”, lembrou. “As horas foram passando na sexta-feira, e nada de eles voltarem. O desespero tomou conta de todo mundo. Fizemos várias buscas, descendo e subindo a
grota. Foi um chororô danado, mas a notícia pior chegou. Perder um filho é uma dor que não tem tamanho”. O discurso de inocência dos filhos e de uma morte sem razão aparente é contada ainda pela família de José Ricardo. “Meu filho não foi morto por acerto de contas, mas também não sei quem fez isso com ele. Estou temerosa pela minha vida. A dor de ter perdido meu filho não tem tamanho. Quero que os culpados sejam presos, mas estou com muito medo. Estamos todos revoltados com esse crime e queremos respostas”, falou a mãe da vítima, Josete Josefa Lima Balbino. (L.S.R.)
Felipe Barbosa e Cristiano Assunção Ainda entre os crimes cer o real motivo para os cometidos no último mês crimes. de agosto, o duplo homiNo dia do encídio que tirou a terro dos jovens, vida dos menoo padrasto de res Felipe Felipe, o operaBarbosa dos dor de máquinas Família Santos, 16 anos e Rafael dos C r i s t i a n o Santos Oliveira, acreditava Assunção Silva, falou que os que mortes 17, chocou os dois eram meniestavam moradores do nos tranquilos e Conjunto Santos não tinham inirelacionadas Dumont, no mizades com a brigas de Tabuleiro do ninguém. “A fatorcidas Martins. No mília desconhelocal a lei do sice os reais motilêncio impera e vos para esse aqueles que se crime. Eles eram arriscavam a meninos tranquilos, não falar sobre as faziam parte de nenhum mortes, diziam desconhe- bando. Estavam apenas
num ponto de ônibus, seguindo para assistir a um jogo de futebol”, falou. A princípio, a família acreditava que as mortes estavam relacionadas ao fato de um dos garotos estar vestindo a camisa da torcida organizada do CSA. Mas, em depoimento, para a Polícia Civil negaram o fato de os jovens serem integrantes de torcidas organizadas. O caso está sendo investigado pelo delegado Ronilson Medeiros, titular do 10ª Distrito Policial, que adiantou, na semana passada que irá pedir prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, por mais trinta dias. (L.S.R.)
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Conselhos Tutelares vivem no improviso Faltam condições de trabalho para atender ao aumento da demanda nos municípios atingidos pelas enchentes Gilson Monteiro Repórter
O atendimento dos Conselhos Tutelares, que já era precário, ficou ainda pior nas cidades atingidas pelas enchentes ocorridas em junho. No município de Branquinha, o presidente da entidade, Jeanderson Berto Correia vive a inusitada situação de dar expediente embaixo de uma árvore, perto dos escombros do prédio que abrigava o terminal rodoviário antes da inundação. Estacionado em sua própria motocicleta, o conselheiro aguarda pacientemente por ocorrências como maus tratos e desaparecimento de menores. A situação não é melhor nas cidades castigadas pelas chuvas há três meses, mas os casos mais graves são em Branquinha e Murici, que estão sem sede. A antiga sede do Conselho Tutelar de Branquinha, que era alugada, foi inun-
Lula Castello Branco
dada e, em seguida, alugada por uma família de desabrigados. “Estou despachando em minha própria moto, aqui mesmo. Passo o dia aqui nesta árvore, e quando acontece alguma ocorrência, as pessoas ligam para mim e eu vou atender. Está muito complicado e não temos previsão de as coisas voltarem a funcionar normalmente. Estamos trabalhando pela boa vontade, pois não temos as mínimas condições”, queixou-se Jeanderson, lamentando que, além de não ter sede, toda a documentação do Conselho foi levada pelas águas. “Trago o Estatuto da Criança e do Adolescente aqui nessa pasta, na garupa da moto, pois como não temos sede, tenho que guardar as coisas na casa dos conselheiros. Não restou praticamente nada dos documentos. Ficamos sem nenhuma notificação, e sem processos de adoção que são documentos importantes”, lamentou o conselheiro.
Nos abrigos, condições de moradia das famílias aumentaram demanda para os conselhos de Murici e Branquinha
Em Murici faltam imóveis para alugar Na vizinha Murici, a si- isso provoca brigas, desentuação não é muito diferen- tendimentos, então muitas te. No município, depois vezes temos crianças envolque a sede quase foi levada vidas e prejudicadas, e pelas chuvas, os conselhei- temos que agir”, explica o ros dão expediente cada um presidente do Conselho em sua própria residência. Tutelar de Branquinha, O presidente Alan Jeanderson Berto. Tenório Novaes conta que o “Recentemente tivemos maior problema é a falta de até um caso de deimóveis para alugar saparecimento que na cidade. “Estamos tivemos que nos arfuncionando precariaticular com outros mente, cada conse- “Havia dias Conselhos Tutelaque não lheiro trabalhando em res, e nessas condisua própria casa, o tínhamos ções fica quase imque não é correto, mas trabalhar. atendimento; possível é o possível no moSó podemos fazer o mento. Estamos sem hoje temos básico para não condições nenhuma deixar de trabatrês ou de trabalho. O trabalhar”, disse o conquatro” lho do Conselho é selheiro. algo muito sério para Alan Tenório, ser feito de forma tão do Conselho Tutelar de improvisada”, reclaMurici, concorda com o coma Tenório. lega de trabalho. “Aumentou e muito. Antes DEMANDA – Segundo havia dias que não tínhaos conselheiros, a convivên- mos nenhuma denúncia. cia coletiva das famílias em Hoje temos pelo menos três barracas improvisadas da ou quatro denúncias receDefesa Civil provocou um bidas por cada conselheiro. aumento no número de ocor- E justamente agora a gente rências atendidas pelo órgão. fica sem condições de traba“As famílias passaram a lhar”, completou Tenório. conviver muito próximas, e (G.M.)
Fórum vai cobrar providências ao MPE A reportagem de O JORNAL tentou falar com as prefeituras de Murici e Branquinha, responsáveis pela estrutura física dos Conselhos Tutelares. Sem conseguir contato com os gestores, a reportagem levou o problema da precariedade dos Conselhos para o presidente do Fórum Estadual de Conselhos Tutelares, Edmilson Souza. Ele Fórum disse que, caso as novas sedes não sejam providenciadas até o próximo dia 15, a entidade irá ingressar com uma representação no Ministério Público Estadual pedindo providências. “Temos vários problemas nas cidades atingidas pelas chuvas, mas os casos mais graves são Branquinha e Murici. Já conversamos sobre essas dificuldades, e vamos esperar até
o próximo dia 15 para as coisas se ajustarem, caso contrário, iremos entrar com uma representação junto ao Ministério Público pedindo providências. Nosso trabalho é muito sério e não podemos funcionar nessa precariedade. Não é possível um Conselho Tutelar funcionar sem uma sede. Isso compromete o trabalho dos profissionais envolvidos”, critica Edmilson Souza. “Em Murici só restaram duas paredes da sede, e em Branquinha o imóvel foi apenas inundado, mas a questão é que o prédio é alugado e o que ficamos sabendo é que as pessoas não gostam de alugar casas à prefeitura porque atrasam o pagamento. Mas em Murici a questão é a dificulda-
de de imóveis para alugar. Está muito difícil a situação na cidade, com poucos imóveis disponíveis. Demos esse prazo, pois de um jeito ou de outro as novas sedes terão que ser providenciadas”, explicou o presidente do Fórum. Edmilson Souza argumentou que a necessidade de reestruturação das sedes dos conselhos tutelares é urgente. “Aatuação precária de um Conselho Tutelar põe em risco todo um trabalho que está sendo feito. Vale lembrar que nessas cidades atingidas pelas enchentes, o número de ocorrências vem crescendo, visto que a convivência em conjuntos nas barracas é muito difícil. Queremos urgência quanto a essas providências”, concluiu Souza. (G.M.)
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Manifestantes podem ter reações alérgicas e até parada respiratória
O mal por trás dos protestos O hábito de queimar pneus traz danos, alguns irreversíveis, à saúde Fabyane Almeida Estagiária*
Manifestações, protestos, atos públicos e reivindicações. Os transtornos do direito de uma classe que luta pelos seus objetivos vão além do impedimento do tráfego. Muitas vezes, os gritos e as bandeiras vêm acompanhados da fumaça de pneus queimados, usados para bloquear ruas e avenidas. As ações usando a queima de pneus estão, cada vez mais, frequentes em Alagoas. No último dia 23, moradores da Grota Santa Helena, na Chã da Jaqueira, realizaram um protesto e atearam fogo em pneus sem imaginar que, por trás dessa ação, são causados danos
à saúde não só de quem está na manifestação, mas das pessoas que estão no entorno. A prática causa, ainda, um prejuízo ao meio ambiente, já que libera grande quantidade de substâncias poluentes. A queima de pneus é prejudicial ao meio ambiente e ao ser humano na mesma proporção. Por ser um derivado do petróleo, as substâncias liberadas na combustão são consideradas altamente tóxicas e, se inaladas com certa frequência, tornam-se um risco para a saúde também de quem vai conter a queima. O pneu tem em sua composição orgânica hidrogênio, carbono e enxofre. Após a queima, produz gás carbônico,
água e algumas substâncias cancerígenas: hidrocarbonetos poliaromáticos, dioxinas uranos e ácido benzeno, além de óxido de enxofre, que é prejudicial ao sistema respiratório por ser altamente tóxico. Quando não há um armazenamento correto desses pneus, pode ainda causar outros riscos. Segundo o químico Mário Meneghetti, a queima de forma inadequada pode, ainda, contaminar o lençol freático. “Se houver um acúmulo de pneus em grande quantidade num único lugar e acontecer um incêndio, essa queima, além de gerar os gases, forma um óleo que, em contato com o lençol freático, polui a água que irá para as residências”, alertou.
A fumaça negra é uma das piores. Possui um material particulado, um pó muito fino que permanece no ar por um longo período e, lentamente, vai se depositando no ambiente. Por ser um poluente altamente potente, também prejudica o efeito estufa e produz a chuva ácida. “Conter o fogo que é produzido pela combustão dos pneus é extremamente difícil, o adequado seria usá-los na queima em caldeira industrial como combustível na produção de cimento, com a utilização de filtros para reduzir a emissão de poluentes e minimizar o impacto ambiental” completou Mário Meneghetti.
Militares podem ter asma ocupacional
Fumaça preta está carregada de agentes químicos poluidores e nocivos
Substâncias: de alergias até a morte O corpo humano está suscetível a sofrer de várias doenças por causa das queimadas de pneus. Os problemas podem variar de simples irritações na pele a casos mais graves de intoxicação, que podem chegar à morte. Apenas o primeiro contato com a toxina é suficiente para as pessoas que não têm nenhum tipo de problemas respiratórios desencadearem alergias. Qualquer indivíduo que esteja inalando a fumaça tóxica pode provocar alergia respiratória, como rinite, tosses e espirros. O quadro pode agravar se o indivíduo já for asmático, produzindo uma crise, que provoca insuficiência respiratória. Segundo a pneumologista Fátima Alércio, qualquer pessoa que fique exposta a esse tipo de situação se tornará vítima do ar poluído. “As pessoas nem imaginam o quanto é tóxico à saúde. Quem tem tendência à insuficiência respiratória fica mais susceptível a ter infecções, a exemplo de gripes, viroses e até a pneumonia”, alertou Fátima Alécio. Quanto mais próximas fiquem da fumaça, mais sensíveis as pessoas tendem a ficar, porque a exposição é propor-
cional ao tempo. Ou seja, quanto maior o tempo exposto a qualquer toxina, pior serão as consequências para quem está próximo à queimada. A poluição agride de todas as formas. Durante a combustão é liberado monóxido de carbono que desenvolve reações, como: ardência nos olhos, que pode levar a conjuntivite; e ardência na garganta, podendo levar a tosse e inflamações; além das alergias na pele. Se para toda ação existe uma reação, não é diferente com o corpo do ser humano, que possui um mecanismo de defesa para entrada das “partículas estranhas”. “Quando é inalada a fumaça tóxica, o pulmão reage, porque uma substância estranha e nociva está entrando na via aérea. A reação é para tentar expulsar o que o está agredido, provocando uma reação inflamatória, o que ocasiona o ‘fechamento dos pulmões’. Esse é o mecanismo de defesa do pulmão, mas não pode ficar por um longo período, porque pode ocasionar uma parada respiratória. E as pessoas alérgicas têm maior tendência a esse problema”, alertou a pneumologista. (F.A.)
Há riscos também para quem vai conter o fogo ateado dos pneus. Os policiais e bombeiros que estão sempre presentes em todo tipo de protesto podem desenvolver a asma ocupacional, que é produzida pelo frequente contato com o ar poluído. “Já teve casos de militares do Corpo de Bombeiro que morreram por intoxicação de monóxido de carbono, devido à exposição excessiva dos poluentes”, contou Fátima. É um direito de cidadão respirar um ar puro, assegura a pneumologista. “Existem outras formas de protestar; não precisa poluir. Os manifestantes acabam prejudicando a saúde deles mesmos e das outras pessoas, além de contribuir para a poluição do meio ambiente”, completou Fátima Alécio, afirmando ficar preocupada com a situação dos seus pacientes diante desse tipo de substância tóxica.
SEM-TERRA - Já para quem faz da queima de pneu uma forma de reivindicar os seus direitos, essa toxina não é nada diante do que eles lutam. Segundo o coordenador estadual do Movimento de Libertação dos Sem-Terra, Márcio Antônio da Silva, a queima de pneus é usada para que eles não sejam agredidos. “Essa é uma forma de nos defendermos da reação das pessoas, construímos uma barreira na pista contra os motoristas e contra a polícia”, alegou. Apesar de saberem que libera uma substância tóxica, continuam utilizando a forma de protesto. “Quando nós queimamos pneus, são poucos, não representa nada em relação aos outros poluentes que são liberados ao meio ambiente”, argumenta Márcio Silva.
Protestos agridem a fauna e a flora Para o meio ambiente, a queima se torna um poluente poderoso que atinge agressivamente a fauna e a flora, piorando a qualidade do ar, das matas e dos corpos hídricos. Segundo o diretor técnico do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Gustavo Carvalho, a saúde do meio ambiente é tão afetada quanto a do ser humano, com o processo de queima. “Acomposição do pneu é derivada do petróleo. Se fizermos uma analogia, é como se estivéssemos queimando óleo”, explica. Os danos ao ambiente, segundo explicou Carvalho, acontecem de forma que a fuligem do pneu cobre a flora, o que prejudica a respiração das plantas e dos animais. O Ministério Público Estadual, em parceria com a Prefeitura de Maceió e com o IMA, vem realizando um mu-
tirão que tem o objetivo de arrecadar pneus inservíveis na capital alagoana. Só no período de 22 de junho a 8 de julho, foram arrecadadas 80 toneladas de material, um total de 18 mil pneus de carro de passeio. Agora, as equipes da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) percorrem as borracharias recolhendo os pneus que não sem utilização, para que sejam levados para a fábrica Cimpor Brasil, em São Miguel dos Campos, que produz cimento. Os pneus serão utilizados como combustível, substituindo o carvão. “Essa é uma ação que busca a destinação adequada para os pneus, que, na maioria das vezes, são depositados em lixões e não têm uma decomposição rápida, gerando outros problemas ambientas”, completou Gustavo Carvalho. (F.A.)
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Municípios
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Fotos: Jorge Barboza
Garrafas de vidro e de cerâmica e resto de garrucha (pistola antiga) achados por banhistas no rio Manguaba
Balas de canhões da época das guerras de Portugal contra os invasores holandeses em Porto Calvo
Muito além das bombas da Marinha Em todo o litoral norte do Estado, o passado é redescoberto em escavações e nos mergulhos dos banhistas Jorge Barboza Repórter
MARAGOGI - Em maio deste ano, quando uma bomba da época da 2ª. Guerra foi encontrada em Maragogi por operários que trabalhavam em uma obra de saneamento na
área urbana do município, a cidade inteira acreditou estar diante de um tesouro de um passado muito mais remoto. Os dois trabalhadores que acharam o artefato bélico, mesmo desconfiando tratar-se de algo perigoso, pegaram o martelo e chegaram mesmo a abrir
um buraco na mina flutuante da Marinha. Felizmente não explodiu – o que aconteceu depois, de forma induzida, detonada pelo esquadrão antibomba do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope). Mas até o momento da explosão, uma mul-
tidão já havia se reunido em torno do artefato e exigia que a polícia devolvesse à população a sua “botija de ouro”. O operário Jadson José da Silva disse que, depois de passado o tumulto, sentiu um frio na barriga pensando que a tal bola de ferro de mais de um metro de
diâmetro podia ter explodido na mão dele. Toda essa confusão tem uma justificativa: há sete anos, em outra obra de saneamento da prefeitura, trabalhadores realmente encontraram uma botija, cheia de moedas de prata e bronze do século 19. Ninguém ficou
rico com isso. E parte dessa preciosidade histórica se perdeu, de mãos em mãos, restando algumas moedas hoje sob a guarda do atual secretário de Cultura do município, Jadson Jacó. “Posso dizer que 10% ou 15% do que foi achado ficou conosco”, afirmou o secretário.
Larissa Fontes/Estagiária
Arqueologia pode resolver antigos enigmas
Anel achado no fundo do mar em Maragogi tem cerca de 350 anos
Abomba e a botija tornaramse afinal o começo e o fim de um mesmo novelo: o passado histórico do litoral Norte de Alagoas, que é pólo de colonização de nosso Estado e do próprio país. O arqueólogo Scott Allen, do Núcleo de Ensino e Pesquisa Arqueológica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizou com sua equipe diversas escavações de Maragogi até União dos Palmares, passando por Japaratinga, Porto de Pedras e Porto Calvo. Ele receia falar do assunto para não criar sensacionalismo e não provocar uma corrida do ouro, afinal, arqueólogos trabalham com objetos encontrados em diversas camadas que vão sendo formadas no solo ao longo dos anos. Se começam a mexer e a remexer a terra, a história perde o contexto e a leitura arqueológica torna-se, praticamente, impossível. “Não há material valioso, nunca encontrei botija nem qualquer coisa de valor monetário.
Precisamos proteger esses sítios arqueológicos”, disse o professor Allen, que mapeou 19 sítios arqueológicos para traçar a rota dos escravos nos engenhos de cana de açúcar na colonial Porto Calvo (que incluía Maragogi e Porto de Pedras) rumo à liberdade na Serra da Barriga, em União dos Palmares. Acharam-se pedaços de faiança da Ironstone China (a antiga louça inglesa que imitava a ancestral louçaria chinesa) e troncos de senzala. Fora as casasgrandes que resistiram ao apelo industrial das grandes usinas de açúcar. E coisas que a rapaziada que gosta de mergulhar no Rio Manguaba, no antigo Porto das Barcaças, em Porto Calvo, costuma encontrar: vidros de perfume parisiense, garrafas de champanhe e garrafas de cerâmica com o timbre de Cambridge (Inglaterra), moedas, correntes, cadeados e uma infinidade de objetos de vidro, de ferro e de bronze que são, provavelmente,
destroços de antigos navios portugueses, espanhóis e holandeses. Como a enferrujada garrucha (espécie de pistola barata, com um tiro por cano, muito utilizada nos anos de 1730 a 1960) exibida pelo açougueiro Edmilson da Silva, de 27 anos. “Quando baixa a maré, encontramos muita coisa sob a areia no leito do rio. Mas como não tem museu em Porto Calvo, já deixei vários objetos no Museu de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte (CE). Estão todos lá catalogados”, contou Silva, dizendo que fez um anel para a namorada de uma moeda que encontrou no rio. Um anel de bronze de cerca de 350 anos foi achado no mar de Maragogi, mas seu dono, que não quis se identificar, receia entrar em conflito com o Estado. “Eu e mais dois amigos temos vários objetos, coisas de navio antigos que achamos em nosso mergulhos,
mas, por enquanto, está tudo guardado”, afirmou. Outro aficcionado por objetos históricos encontrados no Rio Manguaba e em escavações por toda Porto Calvo, é o comerciante Adelmo Monteiro. “Eu tinha um restaurante e, vez por outra, um turista me perguntava sobre lugares históricos da cidade e como não havia, e nem há, nada em Porto Calvo que registre o apogeu da Colônia, a não ser a igreja de 1610, comecei a correr atrás dessas coisas”, contou o dono da Lotérica Domingos Fernandes Calabar. Adelmo colecionou 19 balas de canhão e mais uma porção de garrafas Ironstone China. Além de pequenos tijolos encontrados em escavações feitas para a construção do anexo do Hospital Municipal, localizado no Alto da Força, onde, segundo a História, havia um forte português. “Infelizmente, não há recursos para a criação de um museu”, lamentou. (J.B.)
Ufal
Ossadas e artefato indígena são achados em igreja Ufal
Ossada primária do séc. 19 encontrada nas escavações do Iphan
O arquiteto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Sandro Gama, é o responsável pela recente recuperação e restauração da Igreja Matriz de Porto Calvo, cuja conclusão de edificação data de 1610 (ano que aparece no frontispício do templo). Para esse trabalho, realizado no ano passado, ele diz que de imediato pensou na contratação de arqueólogos. “O projeto da igreja precisava resolver problemas do edifício e isso implicava em mexer nas suas fundações. Aigreja corria o risco de desabamento. Sabíamos que pessoas eram enterradas ali. Nos anos 1980, já havia sido feito um trabalho de recuperação e muitos ossos foram encontrados e colocados em uma única sala. Então, previ a presença do arqueólogo nesse trabalho, acompanhando todo o processo de recuperação do edifício”, contou Gama. O Iphan contratou os serviços do arqueólogo Scott Allen, que realmente encontrou várias ossadas e uma série de material lítico (feito de pedra antiga). Aarqueóloga Karina Miranda, da equipe de Allen, explica que cada camada do solo tem uma cor específica, identificando períodos
Material lítico reputado aos indígenas que habitaram o litoral norte descoberto na igreja de Porto Calvo
diferentes da História. “Quando o solo é muito remexido, isso se perde. Mas encontramos ossadas primárias, que não foram mexidas. O cadáver estava ali do jeito que foi enterrado.” Uma dessas ossadas primárias foi encontrada em frente à torre sineira da igreja. De acordo
com a arqueóloga, a análise não foi confirmada, mas uma identificação prévia remete a ossada ao século 19. “Ela foi encontrada da forma como foi sepultada, sem desarticulação dos ossos.” Parte do material lítico tem origem provável entre os indígenas que habitaram Porto Calvo,
antes mesmo da Colônia. “É um material muito antigo, o que nos leva a crer que a igreja foi construída sobre um local onde houvera uma tribo indígena”, afirma Karina. Segundo ela, como não havia ferro nessa época, os índios construíam artefatos cortantes com a pedra. (J.B.)
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Arapiraca
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As duas faces da educação pública Estrutura das escolas com jornada simples se opõe à qualidade das unidades em tempo integral Fotos: Eduardo Almeida
Eduardo Almeida Repórter
rapiraca é considerada referência em educação básica desde 2007, quando foram implantadas as primeiras escolas em tempo integral no município. As instituições de ensino oferecem dupla jornada, com atividades extracurriculares que favorecem o desenvolvimento sociocultural dos estudantes. Nelas, os alunos têm acesso à música, à dança, ao teatro, à prática de atividades esportivas e recebem cinco refeições diárias, sem sair da escola. A rede municipal conta com sete unidades dessa modalidade, o que beneficia cerca de quatro mil alunos. No entanto, a maior parte dos estudantes é obrigada a frequentar instituições com jornada simples, que nem sempre apresentam estrutura adequada para a boa prática do ensino. A reportagem de O JORNAL mostra o abismo que existe entre os dois modelos de educação básica e os desafios a serem superados. Os problemas encontrados vão desde a falta de estrutura física às más condições de higiene. O medo de quem trabalha em áreas consideradas violentas, a influência do ambiente na aprendizagem e as explicações da Secretaria de Educação. Conheça, agora, os contrastes da educação pública.
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Escola Otávio Lourenço de Souza funciona de forma precária
Unidade Zélia Barbosa Rocha é apontada como referência em AL
Diferenças entre modelos de educação básica são visíveis Acompanhamento rigoroso dos alunos, incentivo à leitura, aulas de teatro, dança, música e cinco refeições diárias. Essas são apenas algumas das atividades extracurriculares da Escola Zélia Barboza Rocha, localizada no bairro Nova Esperança, em Arapiraca. A unidade modelo foi inaugurada em 2007 e beneficia 457 estudantes. O local conta com dez salas de aula, laboratório de informática, biblioteca, teatro, quadra poliesportiva e refeitório. “Ajornada tem início às 7h30, quando os alunos tomam o café da manhã. Às 9h20, é a hora do lanche. Às 12h, é a vez do almoço. Às 15h, mais um lanche e, por fim, às 16h30, é a hora do
jantar. Durante o período da manhã, as aulas acontecem normalmente, como em toda escola. À tarde, a cada 50 minutos, os estudantes desenvolvem uma atividade, o que vai desde aulas de reforço a oficinas de artesanato”, explica a diretora Dijaci dos Santos. Do outro lado da cidade, no bairro Olho d’Água dos Cazuzinhos, as crianças que cursam as primeiras séries do ensino fundamental são obrigadas a estudar em um salão, que funciona como anexo, por falta de espaço na Escola Otávio Lourenço Souza. No local, a direção da unidade construiu uma parede que divide o espaço em duas salas de
aula improvisadas. Não há revestimento de piso, apenas cimento. Os banheiros também funcionam de forma precária. “A sede da escola conta com apenas duas salas de aula, por isso que os alunos ficam aqui”, justifica a diretora Maria de Oliveira. Ela acrescenta que a instituição também não dispõe de refeitório, de sala dos professores, nem de almoxarifado. “Os estudantes comem em pé mesmo. E uma pequena sala funciona como direção, secretaria e sala dos professores. Mas já existe projeto para a construção de uma nova unidade de ensino”, expôs a diretora. Enquanto isso, na Escola Mu-
nicipal Zélia Barbosa Rocha, considerada referência, alunos do 1º ao 6º ano aprendem noções básicas de agricultura em uma horta, montada pelas secretarias de Educação, de Agricultura e de Saúde. Aproposta da horta é incentivar a prática da agricultura familiar e utilizar as pequenas plantações como instrumento interdisciplinar. Com elas, os alunos aprendem formas geométricas, têm aulas práticas de ciência e incrementam a merenda. “O projeto ‘Educando com a Horta Escolar’ possibilita às crianças uma forma de aprendizagem diferente da qual eles estão acostumados. É inovador, diferente, estimula a participa-
ção. Este é apenas um dos projetos desenvolvidos aqui. Também incentivamos a leitura e a produção de textos. Buscamos despertar o interesse dos alunos através da interdisciplinaridade, que é indicada pelo Ministério da Educação”, afirma a diretora Dijaci dos Santos. A professora Maria José dos Santos, que coordena a Escola Ana Bernardes Silveira, localizada na Serra dos Ferreiras, zona rural de Arapiraca, garante que tem projetos interdisciplinares para desenvolver com 250 alunos da instituição, mas afirma que a falta de espaço e de estrutura impossibilitam a execução das ideias. Segundo ela, a unidade
conta com apenas três salas de aula e um salão improvisado, que passou por reforma e recebe alunos do turno vespertino. “Trabalhar em escola pública é sempre um desafio. Falta estrutura para que as ideias sejam desenvolvidas. No caso das unidades em tempo integral, elas recebem equipamentos de vídeo, televisores, profissionais para cada tipo de atividade, além dos professores que desempenham suas funções. A diferença entre a escola em tempo integral e com jornada simples é gritante. Apergunta é: os alunos saem da rede pública com a mesma capacitação?”, questiona a pedagoga. (E.A.)
89% estudam com limitações estruturais
Más condições de higiene em escola com jornada simples
Em escolas em tempo integral, banheiros são revestidos
O município de Arapiraca conta hoje com sete escolas em tempo integral, que beneficiam cerca de quatro mil estudantes da rede pública. Um número pequeno, se comparado ao total de alunos cadastrados pela Secretaria de Educação: 35 mil. Ou seja, pouco mais de 11% do alunado têm acesso a atividades como aulas de reforço, música, teatro e dança, enquanto 89% estudam em escolas com limitações estruturais que impedem o desenvolvimento sociocultural. “O modelo de jornada ampliada demanda tempo e recursos para sua implantação. Aprefeitura está viabilizando a construção de novas unidades, para beneficiar mais estudantes. No entanto, a execução exige planejamento. Em três anos, conseguimos inaugurar sete instituições. Nenhuma outra cidade de Alagoas tem escolas que seguem esse modelo. O número de alunos beneficiados deve crescer nos próximos anos”, explicou a secretária de Educação e Esporte, Valéria Peixoto. Conforme a secretária, as
primeiras escolas em tempo integral do município foram implantadas em comunidades com maior vulnerabilidade social. ASecretaria de Educação e Esporte avaliou os índices de violência dos bairros, o acesso a serviços considerados essenciais e a quantidade de habitantes de cada área, com base em dados da Polícia Militar e da Secretaria de Saúde. Peixoto afirmou que esta é uma ação para combater as estatísticas negativas das localidades. “A dupla jornada tira das ruas a criança que antes estava vulnerável, ociosa. Na escola, elas aprendem noções de cidadania e entendem que são capazes de fazer o que antes não podiam. Aideia é potencializar as habilidades de cada criança e, com isso, reduzir os índices negativos de cada bairro. Ainda não temos dados oficiais, mas já podemos observar resultados dessa ação. O projeto eleva a auto-estima das comunidades vulneráveis”, acrescentou Valéria Peixoto. A secretária lembrou que,
nas unidades em tempo integral, os pais dos estudantes também participam das atividades extracurriculares. “Durante os finais de semana, eles são convidados a participarem de oficinas e cursos profissionalizantes. Aescola fica aberta para que eles também se sintam parte do processo. Outra atividade desenvolvida pelos pais dos alunos é o cultivo da horta, que integra o projeto ‘Educando com a Horta Escolar’, da Secretaria de Agricultura”. ADAPTAÇÃO - Adiretora Maria de Oliveira, que trabalha na Escola Otávio Lourenço, no bairro Olho d’Água dos Cazuzinhos, afirma que as escolas em tempo integral se tornaram motivo de “cobiça” na comunidade. “Alguns alunos estudaram em unidades que oferecem dupla jornada, mas tiveram que voltar para a nossa escola. A readaptação é difícil, porque eles conhecem os dois opostos da educação pública aqui no município”, ressaltou. (E.A.) Continua nas páginas A22 e A23
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Arapiraca
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Escolas da zona rural sofrem com violência Além dos problemas estruturais, as escolas da zona rural de Arapiraca também enfrentam a violência e a depredação dos prédios públicos. Nem mesmo a presença de porteiros e vigilantes é suficiente para inibir a ação de criminosos. Os alvos principais são equipamentos eletrônicos, como computadores e aparelhos de TV e DVD. Mas, até a merenda escolar é saqueada durante os finais de semana, quando não há movimento nas unidades que oferecem jornada simples. “Roubaram computadores, aparelhos de TV, DVD, livros didáticos, material de escritório e até a merenda escolar”, conta a coordenadora da Escola Ana Bernardes Silveira, Maria José dos Santos. “Mas a Polícia Militar conseguiu encontrar a TV dentro de uma plantação de mandioca. Eles [criminosos] aproveitam os finais de semana para roubar. Como a segurança é frágil, a ação deles é facilitada. A escola fica vulnerável, mesmo com vigilantes”, acrescenta. Santos diz que a distância entre a escola e a comunidade aumenta a sensação de insegurança. “É comum ouvirmos tiros e já assassinaram uma pessoa nos fundos da escola. Trabalhamos com medo do que pode acontecer. No ano passado, uma funcionária teve uma motocicleta roubada enquanto dava aula. Os criminosos roubaram a escola e fugiram sem que nenhum morador da região percebesse a ação. Por isso, colocamos grades e cadeados em todas as salas”. A secretária de Educação de Arapiraca, Valéria Peixoto, diz que tem conhecimento da violência que tem atingido escolas da zona rural do município, mas explica
que a pasta não tem como ampliar a segurança nas instituições. Segundo ela, cada unidade de ensino conta com um porteiro e um vigilante no período noturno e fins de semana. Além disso, a prefeitura mantém uma parceria com a Polícia Militar, com o objetivo de intensificar o patrulhamento. “A violência é uma crescente em todo o Estado, em particular no município, e as escolas estão sofrendo as consequências desse aumento. Não é papel da Secretaria de Educação evitar que criminosos roubem os prédios públicos, é papel da Polícia Militar. O que nós podemos fazer é instalar grades de proteção, contratar vigilantes e firmar parcerias. Isso nós temos feito, mas ainda não é suficiente para evitar ações criminosas”, explicou a secretária Valéria Peixoto. Diferente do que acontece na Escola Ana Bernardes da Silveira, a Escola Zélia Barboza Rocha nunca sofreu com a ação de criminosos. O prédio mantém um laboratório de informática e conta com instrumentos musicais desde a inauguração, em 2007, mas nunca foi alvo de assaltantes. A diretora da unidade, Dijaci dos Santos, acredita que um dos motivos que contribuíram com esse índice positivo é o envolvimento da comunidade, por meio de ações integradas. “Os moradores do bairro respeitam a escola porque entendem a importância dela para os alunos. Eles também se beneficiam da unidade e aprenderam a valorizar tanto a instituição quanto os profissionais. Nunca fomos roubados, e espero não ter surpresa negativa”, expôs Dijaci dos Santos, acrescentando que a unidade é vigiada diuturnamente. (E.A.)
Escola Ana Bernardes Silveira já foi alvo de criminosos, que roubaram aparelho de TV e DVD, computadores e até merenda escolar
Professores tentam superar as limitações Se falta estrutura nas chamadas escolas regulares, sobra boa vontade. É o que garante a diretora Maria de Oliveira, responsável pela Escola Otávio Lourenço, localizada no bairro Olho D’Água dos Cazuzinhos, em Arapiraca. Ela garante que os professores da unidade superam as limitações físicas com dedicação e empenho. Para Oliveira, o comprometimento dos profissionais da educação é tão importante quanto o ambiente em que acontecem às aulas. “Nossa escola conta com apenas duas salas de aula, não tem biblioteca, refeitório, nem sala dos professores, diretoria ou almoxarifado. Mas, nós contamos com o trabalho de servidores que estão comprometidos com o desenvolvimento de cada criança que está matriculada aqui. É nossa obrigação exercer a profissão com qualidade. Para su-
Maria dos Santos diz que homem foi assassinado nos fundos da escola
perar as dificuldades, nós usamos a criatividade. Improvisamos, mas conseguimos atingir o objetivo”, expôs a diretora. Ela, no entanto, reconhece que a escola que dirige desenvolve de forma precária atividades extracurriculares e que também falta conforto aos estudantes. “É inegável que nossa estrutura poderia ser melhor. Uma área coberta e duas salas de aula permitiriam ações complementares. A Secretaria de Educação tem projeto para reforma do prédio, mas nada saiu do papel ainda”, completou, informando que o projeto de ampliação existe há cerca de cinco anos. A coordenadora Maria José dos Santos explica que a direção da Escola Ana Bernardes Silveira, localizada na Serra dos Ferreira, aplica verbas repassadas pela Secretaria de Educação de Arapiraca na compra de ma-
Sala funciona como biblioteca improvisada na zona rural
terial didático e outros instrumentos utilizados em projetos interdisciplinares. Apesar da tentativa de suprir as carências, ela afirma que os recursos não são suficientes para atender aos 250 alunos que estudam nos turnos matutino e vespertino. “São repassados R$ 800 por mês, que devem ser aplicados na compra de material didático e em pequenos reparos. O valor, entretanto, não é suficiente para realizarmos aulas de dança, teatro ou música. Precisaríamos de mais equipamentos. As escolas em tempo integral contam com verbas específicas, que são aplicadas apenas na compra desses materiais. Nós temos que gerenciar o dinheiro com cuidado para não acabar antes do prazo”, observa Maria José. Conforme a secretária de Educação do município, Valéria Peixoto, embora as escolas regu-
lares, que oferecem jornada simples, apresentem problemas estruturais, elas recebem recursos suficientes para a compra de material didático e aquisição de instrumentos utilizados em atividades complementares. Peixoto afirma que a prefeitura tem prezado pela qualidade do ensino, mesmo em instituições que não oferecem jornada ampliada. “As diferenças existem, porque as unidades que oferecem dupla jornada contam com monitores para ministrar as atividades complementares, contam com um espaço físico maior e oferecem cinco refeições diárias. Mas, a prefeitura disponibiliza recursos para a compra de material didático, que poderia ser aplicado em atividades complementares. Aproposta da instituição é formar cidadãos, com compromisso e responsabilidade”, comentou a secretária. (E.A.)
Escola Zélia Barbosa Rocha conta com moderna biblioteca
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Arapiraca
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Fotos: Eduardo Almeida
Secretaria admite que há problemas A Secretaria de Educação e Esporte de Arapiraca reconhece que escolas da rede pública necessitam de reparos. Porém, conforme a secretária Valéria Peixoto, o cronograma de reformas das unidades só deve ser concluído nos próximos dois anos. Ela lembra que todos os prédios serão ampliados, com a construção de novas salas, e passarão a oferecer estrutura física adequada para receber os estudantes e para a prática de atividades extracurriculares. “O município tem 58 escolas e 21 creches públicas. É inevitável que existam problemas, mas a secretaria está disposta a corrigi-los e transformar as instituições em modelos, como já acontece com as escolas em tempo integral. Os investimentos que estão sendo feitos agora são fruto de anos de paralisia, que está sendo corrigida. Mas é necessário tempo e planejamento para que as deficiências sejam reparadas”, afirmou a secretária de Educação e Esporte, Valéria Peixoto. De acordo com ela, existe projeto para implantação de novas escolas em tempo integral nas comunidades com maior vulnerabilidade, como a do bairro Olho D’Água dos Cazuzinhos. No entanto, o município estaria captando recursos para viabilizar a construção das unidades. “A comunidade de Olho D’Água dos Cazuzinhos deve ser beneficiada com um residencial, que vai contemplar serviços essenciais, como escolas e unidades de saúde”, informou. A secretária ressaltou que, apesar das diferenças estruturais entre escolas em tempo integral e unidades com jornada simples, a proposta da rede pública é proporcionar um ensino básico de qualidade e formar cidadãos. Peixoto afirmou que a Secretaria de Educação tem se empenhado nesse compromisso e Secretária proporciogarante nado caque todas pacitações para prounidades f e s s o r e s das duas serão reformadas m o d a l i dades, até 2012 sem distinções. Para tanto, a prefeitura conta com um Centro de Formação de Professores. “A proposta das unidades é oferecer um ensino básico de qualidade, sem distinções de classe social ou comunidade. O papel das escolas em tempo integral é o de complementar essas atividades que são desenvolvidas em todas as escolas. Nessas instituições, as potencialidades dos alunos são trabalhadas, o que não quer dizer que os alunos que estudam em escolas com jornada simples estejam despreparados ou sejam preteridos”, explicou a secretária. Para Peixoto, os estudantes da rede pública de Arapiraca concluem a educação básica com a mesma qualidade de ensino, embora com vivências sócio-culturais distintas. “Na prática, todas as escolas oferecem o mesmo produto, mas as unidades em tempo integral viabilizam outras potencialidades. Não acredito que o município ofereça formações distintas para alunos da mesma rede de ensino. Não há distinção, embora a jornada ampliada seja modelo”. (E.A.)
Escolas em tempo integral contam com salas de vídeo temáticas
“Ambiente influencia aprendizagem”
Valéria Peixoto diz que prefeitura já iniciou reformas nas escolas
Para a pedagoga Glaudênia Almeida, o ambiente escolar pode contribuir de modo decisivo para a formação dos estudantes. Ela afirma que boas condições para o estudo elevam a produtividade dos alunos em sala de aula e estimulam os professores. Porém, a pedagoga ressalta que este não é o único, nem decisivo, agente que favorece a aprendizagem. De acordo com ela, o grau de comprometimento dos profissionais também é determinante para uma educação de qualidade. “Diversos fatores contribuem para a aprendizagem: o ambiente escolar, as relações familiares, o nível de comprometimento dos profissionais e até a alimentação oferecida às crianças. Tudo deve caminhar junto, em busca de equilíbrio. Não adianta oferecer boa estrutura, se os professores se
sentem desestimulados com os salários e não proporcionam um ensino de qualidade, assim como também o inverso não pode acontecer”, expôs a pedagoga. Almeida explicou que os professores podem encontrar soluções criativas para desenvolver atividades interdisciplinares em sala de aula. “Nem sempre é necessário espaço físico para que os alunos tenham acesso a aulas diferenciadas, com projetos multidisciplinares. Um pouco de comprometimento e criatividade diminuiriam o abismo que separa hoje as escolas em tempo integral e as unidades com jornada simples”, acrescentou. Conforme a diretora Maria de Oliveira, da Escola Otávio Lourenço de Souza, a falta de estrutura tem sido decisiva na execução de projetos multidisciplinares. “Aprecariedade das nossas instalações
impedem que os professores desenvolvam suas idéias. A escola conta com apenas duas salas de aula, não há pátio, não há biblioteca, não há laboratório de informática. Quando usamos a criatividade, conseguimos executar os projetos de forma precária”. A diretora argumenta que a Secretaria de Educação e Esporte pretende ampliar o espaço físico da unidade, o que vai possibilitar mais atividades extracurriculares. Mas, até lá, afirma Maria de Oliveira, a formação continuará deficitária e desconforme, se comparada a que é oferecida aos alunos de escolas em tempo integral. “Se os estudantes têm a mesma formação? Não, é visível. Enquanto novas políticas públicas eficazes não forem desenvolvidas, a educação em Arapiraca continuará com duas faces”, disse. (E.A.)
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Monde
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Grand
Por Aroldo Marques
E-mail: harold_marques@hotmail.com
Ouro Verde & Contrato A credibilidade e união da Contrato Engenharia dos engenheiros Guilherme Melro, João Teixeira e do empresário Vinicius Cansanção Filho, com a Ouro Verde Construtora dos irmãos Genildo e Jadielson Pessoa mostrarão aos arapi-
O empresário Jadielson Pessoa prepara o lançamento do Residecial Espace
raquenses no dia 10 de setembro, o início para o verdadeiro crescimento vertical da construção civil da metrópole do agreste alagoano com a festa de lançamento das maquetes do empreendimento Residencial Espace, o novo sonho sendo
Staff de competentes funcionário da Panificadora Rio Branco em Arapiraca
Escritório Comedoria Sim, Fabio Rogério e Junior sócios proprietários do Escritório Botequim, Sadubão, agora partem para mais um investimento com a breve abertura do Escritório Comedoria, que vai funcionar no centro de Arapiraca prestando serviço gastronômico à sociedade da metrópole do agreste alagoano. Escritório Comedoria será um restaurante com a finalidade de alimentar com qualidade de vida as pessoas que vivem no grande centro de Arapiraca... Vamos aplaudir!!!
Dr. Geraldo Magela Pirauá com sua esposa Zélia, filhos e nora sempre presentes nos encontros sociais
O Colunista Harold e Rose Carrel nos preparativos para o Prêmio Homens de Sucesso 2010
estado, a Markaviva Tv inova mais uma vez e sai na frente com o primeiro projeto de telas em elevadores de prédios empresariais do estado, a empresa firmou no incio deste mês parceria onde irá implantar monitores para comunicação digital dentro dos elevadores do Harmony center, conceituado centro medico da capital Alagoana, o projeto entrará em funcionamento até o final deste mês e as cotas para divulgação de empresas neste novo produto da Markaviva Tv já estão disponíveis. Entre em contato através do endereço - www.markaviva.com.br
Prêmio Homens de Sucesso
Wilys Alan é o Mister Alagoas NE No competitivo Concurso Mister Alagooas Nordeste, que aconteceu em Arapiraca no último domingo dia 29 de agosto, o jovem universitário estudante de fisioterapia da FAL em Maceió, Wilys Alan natural de Santana de Ipanema foi eleito o homem mais bonito do Estado de Alagoas. Nossos cumprimentos e votos de sucesso!
Rose Carrel Semijóias A empresária Rose Carrel colecionando sucesso de vendas de suas preciosas peças em semijóias. Carrel anuncia que vai presentear seus clientes com cinco books do fotografo Internacional André Fon em clima de lançamento de suas cobiçadas semijóias em breve dias. Vamos aguardar!
A Marca é Viva! Alem das já consagradas telas de LCD instaladas em diversos pontos estratégicos de nosso
Espaço Gastro Cultural Mais do que uma necessidade vital para nós, o ato de se alimentar, vem a cada dia se aprimorando em comer bem e com mais saúde. A cozinha segue, ao longo dos anos, se transformando num cenário de arte e alquimia, e traz a cada instante uma explosão de sabores e combinações quase perfeitas que aguçam ainda mais nosso deleite ao saborearmos uma refeição. Com este intuito de atualidades, experiências, novidades e harmonia, que, com grande prazer, nos propomos a trazer a cada semana, uma pequena contribuição do meio gastronômico, que acreditamos fazer somente crescer o interesse na magia do mundo dos sabores. Dentre receitas, temperos, dicas, curiosidades, vinhos, tendências, harmonizações etc.., este espaço trará a partir de agora, um canal direto entre você, e o mundo da Alta Gastronomia. Hoje trouxemos uma curiosidade sobre uma pérola da alta gastronomia: As trufas! Trufa, em francês truffe, em italiano tartu-
realizado em nossa cidade com 06 torres de 11 andares num projeto de vanguarda que envolve conceito com parcerias arrojadas e de muita credibilidade no país. Assim o show não vai acabar! A marca é a garantia!
As expressivas personalidades do mundo empresarial, político, artístico e civil de Arapiraca e Alagoas receberão merecidamente, o Prêmio Homens de Sucesso - Troféu Imprensa Social em noite de gala, na Casa de Festa Levino´s Hall´s no próximo dia 15 de setembro, senhores e jovens senhores serão honrados em fotos exposição, flash e troféus com direito degustação a culinária nacional e internacional numa noite de muito encanto... A musicalidade ficará por conta da voz de Dona Flô e do talento de Nelsinho e Banda. Uma festa para elegantes convidados e sua família. Aplausos
Panificadora Rio Branco Neusvaldo Barbosa, sua esposa Jane, seus filhos e uma equipe de preparados funcionários são responsáveis pelo sucesso e pela qualidade de vida gastronômica que a Panificadora Rio Branco oferece a região metropolitana de Arapiraca, quem vem ao centrão de Arapiraca tem como parada obrigatória a Panificadora Rio Branco, uma verdadeira vitrine de guloseimas, além de sua eficiente lanchonete, tem um restaurante self service de alta qualidade e higiene, um top conveniência, é uma panificadora completa... Parabéns!
por Fernando Baltazar
Fernando Baltazar
fo, é o nome popular de um tuber, do gênero dos fungos. As Trufas nascem sob a terra, a uns 20 ou 30 centímetros de profundidade, próximas a raízes de carvalhos e castanheiras, apresentam aspecto marmorizado e colorações escuras
(trufa negra) e um bege esbranquiçado (trufas brancas). Ainda não se descobriu uma maneira de cultivar trufas, por isso, a colheita e procura dessas maravilhas da natureza, ainda são feitas através de cachorros ou porcos adestrados. Estes animais passam por um longo processo de treinamento, pois a maior dificuldade, é fazer com que os animais após acharem as trufas, através do olfato apurado, são de não comê-las imediatamente. Apontando somente para o tartufáio, que é quem revolve a terra e retira essa iguaria sem danificar sua forma original. As mais cobiçadas trufas brancas vêm da Itália, mais precisamente da pequena cidade de Alba, entre Milão e Turim. Já as trufas negras, estas são originalmente francesas, da região de Perigord. As trufas são mundialmente apreciadas pelos chefes de cozinha, e podem variar entre 700 e 6000 dólares o quilo. As brancas apresentam aroma mais acentuado, e como as negras, podem perfumar harmonicamente risotos, massas, molhos etc... Elas devem ser fatiadas em lascas extremamente finas e ao
As trufas são mundialmente apreciadas pelos chefes de cozinhas
contrario das brancas, as trufas negras podem ser lavadas em água. Curiosidade: Uma trufa branca de 750 gramas foi leiloada na Itália por 100 mil dólares. No mais, com toda essa conversa de dar água na boca, boa semana e um bom apetite!
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Economia
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JOVEM APRENDIZ
CIEE: entrada para o mercado de trabalho Através do Centro Integrado Empresa-Escola, jovens são capacitados para os desafios da vida profissional Valdete Calheiros Repórter
Os estudantes Matheus Hielson da Silva Félix, 17 anos, e Maryah Rossana Araújo da Costa Ferreira, 18, são ainda muito jovens, mas apesar da pouca idade, ambos já estão no mercado de trabalho há algum tempo. A inclusão deve-se à Lei da Aprendizagem que garante aos jovens uma oportunidade de entrada no mercado de trabalho. Um dos principais benefícios da legislação é contribuir para o reconhecimento e a valorização dos direitos humanos e da cidadania, do desenvolvimento do jovem beneficiário como pessoa, mediante a aquisição de níveis crescentes de autonomia, de definição dos próprios rumos, de exercício de seus direitos e de sua liberdade. No entanto, para muitas empresas, contratar aprendizes é algo além do cumprimento de uma lei. Significa contribuir para a inserção social desses futuros trabalhadores e exercitar a responsabilidade social no âmbito das empresas, já que o desemprego entre jovens é quase duas vezes maior do que para a população em geral. Segundo a psicóloga e instrutora de aprendizagem do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) em Alagoas, Elizana Oliveira Peixoto, a Lei da Apren-
dizagem é boa’ para os jovens por representar uma possibilidade de inserção no mundo do trabalho e bom para as empresas por representar uma oportunidade de formar profissionais, aproveitar talentos e estar em sintonia com a Lei da Aprendizagem. “O programa se divide em dois módulos: um básico, que é comum a todas as formações, e um específico, voltado para a área de atuação do jovem na empresa. Atualmente são oferecidos os cursos de comércio e varejo, ocupações administrativas, práticas bancárias, telesserviços, logística e turismo”. O Brasil poderia ter cerca de dois milhões de aprendizes no mercado de trabalho e a adesão à Lei da Aprendizagem pode significar a diferença entre a esperança e o desalento, entre o emprego e a criminalidade. Trata-se de uma iniciativa apenas à espera do total engajamento empresarial. No entanto, muitas empresas não contratam aprendizes porque desconhecem a lei. O CIEE atua no Brasil há 45anos. Em Alagoas, recruta jovens para o mercado de trabalho há 25anos. Há dois, abriu uma unidade em Arapiraca. “Há quatro anos estamos trabalhando pela Lei da Aprendizagem. Desde então, cerca de 240 jovens já foram inseridos no mercado de trabalho. Outros 186 estão em treinamento atualmente.
Yvette Moura
Das salas para o mercado de trabalho: no centro integrado, preparação e a descoberta de uma profissão
A experiência de contratar menores aprendizes para a empresa é tão promissora que o índice de aproveitamento, ou seja de efetivação, é de 90%”, comemora a instrutora de aprendizagem. Ainda segundo Elizana Peixoto, os demais 10% logo conseguem emprego em outras empresas. O CIEE tem cadastradas 50 empresas entre micro, médias e de grande portes que buscam parcerias para a contratação de menor aprendiz. “As empresas optam por jovens entre 16 e 18 anos, tanto meninos quanto meninas e
que estejam cursando o ensino médio”, relacionou. Depois de contratados, os jovens são avaliados uma vez por semana. Matheus Hielson e Maryah Costa são dois dos jovens estudantes e, agora, menores aprendizes, recrutados pelo CIEE. Ele trabalha há um ano e meio em uma empresa e diz, com muita convicção, estar preparado para o mercado de trabalho. “Estou investindo em mim e na minha futura carreira profissional que na verdade já começou desde que eu me tornei menor aprendiz. Estou
aprendendo e ao mesmo tempo exercendo a minha postura diante do mercado de trabalho. Quero fazer Direito e ter uma postura profissional”, afirmou. Há um ano e cinco meses em uma empresa, a jovem estudante do curso de Gestão Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (Ifal), está bastante entusiasmada com a experiência. Ela esperou seis meses entre o dia que fez o cadastro e o dia que foi chamada. “Achei o tempo razoável. Tem muita gente com experiência
que passa anos e anos em busca de um novo emprego e não consegue. Diante do processo enriquecedor que estou vivendo não me imagino sem esta experiência”, festejou. Tanto Matheus quanto Maryah conseguem aplicar o salário mínimo que recebem em beneficio próprio,compram livros, investem em cursos para aperfeiçoar a carreira e ainda ajudam com algumas despesas de casa. Priorizar o processo educacional é o primeiro passo para uma boa formação do jovem no mercado de trabalho. Pelo menos é o que prevê a Lei de Aprendizagem que organiza o labor dos adolescentes e jovens, entre 14 e 24 anos, no mercado de trabalho. Trata-se de um contrato especial de trabalho por tempo determinado, de no máximo 2 (dois) anos. A jornada de trabalho é de 4 ou 6 horas diárias. A remuneração é de um salário mínimo. O aprendiz contratado tem direito a 13° salário e a todos os benefícios concedidos aos demais empregados, a exemplo do vale-transporte para o deslocamento residência/atividades teóricas e práticas. As férias devem coincidir com o período de férias escolares, sendo vedado o parcelamento. Apesar de todas as vantagens, ampliar as oportunidades de trabalho para o jovem aprendiz ainda é um grande desafio para o País.
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Economia
O JORNAL JORNA L
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Yvette Moura
Jovens aprendizes já são 170 mil no País No Brasil, de acordo com grama de aprendizagem dedados da Relação Anual de senvolvido sob a orientação Informações Sociais (RAIS), do de entidade qualificada em Ministério do Trabalho e formação técnico-profissional Emprego, o número de jovens metódica. Por outro lado, as empreaprendizes está estimado em sas contam como benefício mais de 170 mil. Uma realidade que ainda uma alíquota de apenas 2% de está muito distante da meta Fundo de Garantia por Tempo de contratação de 800 mil de Serviço (FGTS – alíquota aprendizes até o final de 2010, 75% inferior à contribuição estabelecida há dois anos pelo normal), dispensa de aviso Governo Federal. Esse número prévio remunerado e isenção não saiu do campo das ideias. de multa rescisória. O recolO Ministério do Trabalho e himento da contribuição ao Emprego calcula que se todas Instituto Nacional do Seguro as empresas cumprissem o Social (INSS) é obrigatório, mínimo de 5% de aprendizes sendo o aprendiz seguradocontratados, conforme prevê empregado. Empresas registradas no a lei, o Brasil criaria mais de 1,2 milhão de novas vagas. O de- Simples, que optarem por parsconhecimento sobre os dire- ticipar do programa de aprenitos e deveres previstos pela dizagem, não tem acréscimo legislação é uma das primeiras na contribuição previdenciária. barreiras para a ampliação do Observa-se que a Lei da Aprendizagem permite um programa. Apesar de existir há anos, processo evolutivo desses esta visão pedagógica sobre o jovens, não apenas na qualifiaprendiz ainda é uma novi- cação profissional, mas tamdade para muitas empresas, bém como cidadãos. As empresas, que têm a que preferem enxergar a lei muito mais como uma obri- obrigatoriedade de contratar gatoriedade do que um ato de aprendizes, devem realizar o cálculo de cotas para verificar responsabilidade social. Muitas delas desconhecem o número de adolescentes e a verdadeira função da lei. jovens a serem contratados e Pelas regras, todas as empre- definir quais funções eles ocusas de médio e grande porte parão. Assim, os cursos nos quais devem empregar jovens de 14 os aprendizes serão a 24 anos por meio de Contrato matriculados poderão Especial de Trabalho, ser definidos com annuma proporção de 5% Toda tecedência. A contraa 15% sobre o total de empregados, cujas empresa, de tação de aprendizes funções demandem médio ou por empresas privadas deve ser efetuada diformação profissional. grande retamente pela emprePara obter o benefício, é preciso que o porte, deve sa onde se realizará a aprendiz esteja matric- empregar aprendizagem. Caso os Serviços ulado na rede pública jovens de Nacionais de de ensino ou inscrito em programas de até 24 anos Aprendizagem ou as escolas Técnicas de aprendizagem. Os Educação não ofereçam curórgãos da administração direta da União não são sos ou vagas suficientes para obrigados a ter aprendizes, atender à demanda dos estaisso porque para o provimen- belecimentos, a contratação to de cargos e empregos públi- poderá ser efetivada indiretacos, faz-se necessário o mente, por meio das entidades cumprimento do inciso II, do sem fins lucrativos, que tenartigo 37 da Constituição ham por objetivo a assistência Federal, ou seja, a realização de ao adolescente e a educação concurso público. Dessa profissional, registradas no forma, ainda que voluntaria- conselho Municipal dos mente, a administração públi- Direitos da Criança e do ca direta não pode contratar Adolescente. O Ministério do Trabalho aprendizes, sob pena de nulie Emprego, por intermédio dade. Superintendências No que tange aos órgãos das da administração indireta (em- Regionais de Trabalho e presas públicas e sociedades Emprego, vem realizando aude economia mista), o diências públicas com emMinistério do Trabalho e pregadores de vários setores Emprego firmou entendi- sobre a Lei em tela, incentimento acerca da possibilidade, vando-os a cumpri-la, como estabelecendo como condição também tem celebrado a realização da contratação por “Termos de Cooperação meio de processo seletivo me- Técnica” com empresas de diante edital ou, indireta- grande capilaridade, possimente, por meio de entidades bilitando a inserção de jovens com “vulnerabilidade social” sem fins lucrativos. A validade do contrato de no mundo do trabalho. Em dezembro de 2007 foi aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de publicada a Portaria nº. 615 Trabalho e Previdência Social, que cria o “Cadastro Nacional matrícula e freqüência do de Aprendizagem”, a qual esaprendiz à escola, caso não tabelece diretrizes para os curhaja concluído o ensino fun- sos e programas de aprendamental, e inscrição em pro- dizagem.
Diversas atividades em sala de aula são desenvolvidas em clima de muita descontração e brincadeira, adequado aos jovens aprendizes
Contrato de trabalho tem duração predefinida O aprendiz deve exercer função que lhe promova formação técnico-profissional metódica. A empresa deve indicar um monitor, após consulta à entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica, que ficará responsável pela coordenação de exercícios práticos e acompanhamento das atividades do aprendiz no estabelecimento. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 anos, exceto para aprendizes portadores de deficiência, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; falta disciplinar grave; ausência injustificada à escola que implique perda
do ano letivo e a pedido do aprendiz. O aprendiz recebe segurodesemprego quando tiver o contrato rescindido antecipadamente, sem justa causa e desde que preencha alguns requisitos legais, tais como: ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, relativos a cada um dos seis meses imediatamente anteriores à data da dispensa; ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada ou ter exercido atividade legalmente reconhecida como autônoma, durante pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses; não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos
Benefícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar; não estar em gozo do auxíliodesemprego; não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente a sua manutenção e a de sua família. Se bem aplicado, o programa de aprendizagem poderá trazer resultados importantes para a empresa e para o país, pois contribui para a formação de um bom profissional, melhora a auto-estima desses funcionários e ajuda a mudar a realidade local e social. O acompanhamento e a qualificação dos jovens, durante sua estada na empresa, fazem parte de um conjunto que acaba beneficiando a todos. É preciso ter em mente que esta
qualificação deve ser continuada. O programa de aprendizagem é só o início; é uma oportunidade para que eles se sintam familiarizados com a área de formação e possam deslanchar mais lá na frente. Portanto, as empresas brasileiras precisam superar a fase de imposição legal; em sua maioria, as empresas só recrutam aprendizes quando são notificadas pela Delegacia do Trabalho. Isso indica falta de responsabilidade social, falta de comprometimento com o desenvolvimento sustentado de nosso País. Esses jovens aprendizes não devem ser olhados como um fardo, e sim como uma oportunidade de formar bons profissionais e sem vícios.
Limite de idade é tido como aspecto negativo De acordo com algumas empresas, o único aspecto negativo é quanto à idade. A idade máxima de 24 anos, para um indivíduo se iniciar na aprendizagem, é tardia. A maioria das empresas que aderem ao programa procura contratar jovens entre 16 e 18 anos, porque entendem que esta é a fase em que eles estão mais vulneráveis à marginalidade e, por isso, precisam ocupar o seu tempo. Com uma ação rígida dos órgãos competentes na fiscalização, associada à responsabilidade social crescente entre os empresários, muitos jovens ingressarão no mercado de trabalho e poderão prosseguir seus estudos. Um exemplo dos reflexos
da fiscalização no crescimento de contratações é que, em 2006, o Ministério do Trabalho e Emprego bateu recorde de inserção de jovens no mercado de trabalho sob ação fiscal; foram 44.049 adolescentes registrados, contra 29.605, em 2005. Não se pode pensar no pleno desenvolvimento social e econômico de um país sem investir na juventude. Nesse ponto, a Lei da Aprendizagem é uma das poucas e boas iniciativas. Apesar das dificuldades, o caminho a percorrer ainda é longo e depende da conscientização dos empresários para contratar um aprendiz. Com isso, contribuirão ativamente para a diminuição da evasão
escolar, da desigualdade social e com a redução da violência praticada pelos jovens de 14 a 24 anos, que no Brasil cresceu assustadoramente. Além disso, estes jovens podem tornar-se bons quadros dentro da corporação, evoluindo e moldando-se de acordo com a política da instituição, contribuindo com a lucratividade e crescimento das empresas que lhe deram oportunidade, e podem ajudar corporações de todos os portes a adequar-se às exigências da lei. Para os jovens, trata-se de mais uma possibilidade de escolha. Para as empresas, um investimento em futuros profissionais e uma oportunidade de ser socialmente responsável.
Para a sociedade, uma forma de apontar soluções. Estes jovens beneficiários são contratados por empresas como aprendizes, com um ofício previsto na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego, ao mesmo tempo em que devem estar matriculados em cursos de qualificação profissional, reconhecidas e com seus cursos validados pelo Cadastro Nacional de Aprendizagem. Apesar de todas as vantagens, o nível de adesão à legislação é baixo no Brasil. Quem tiver interesse em se tornar um menor aprendiz pode procurar o CIEE pelo site www.ciee.org.br ou pelos telefones 3338-2650, 3338-2621.
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Empresários focam a Copa do Mundo Presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação visita Maceió e debate as propostas da entidade Nide Lins
Nide Lins Repórter
Alexandre Sampaio e Waldir Santos: parceria para capacitar e abrir oportunidades ao setor de alimentação
Mesmo sem Maceió ser cidade sede da Copa do Mundo 2014 existe a esperança de que o turismo alagoano seja beneficiado devido à proximidade com Recife e Salvador. Segundo estimativa do Ministério do Turismo (MTur), 600 mil turistas estrangeiros devem chegar ao Brasil durante o mundial. Para abocanhar uma fatia desse precioso mercado, os empresários já começaram a se articular.Na última terçafeira, o presidente da Fe-
deração Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio, reuniuse com empresários de restaurantes e hotel para apresentar as estratégias da entidade para o setor crescer e se preparar para um dos maiores eventos esportivos do mundo. Segundo Alexandre Sampaio, os empresários devem criar pacotes para os turistas. Mas, antes de montar estratégias, o presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, Waldir Santos, informou que a capacitação da mão de obra é a prioridade.
Alexandre Sampaio, eleito recentemente para presidência da Federação, esta visitando todos os sindicatos patronais para apresentar as propostas da entidade para os quatro anos de mandato. Atualmente a Federação agrega 62 sindicatos. “O Brasil vive um momento ímpar, vai promover dois mega eventos esportivos que vão impulsionar o crescimento econômico do País. A facilidade de credito e a estabilidade também vão impactar os setores da construção civil, alimentação fora do lar e hotelaria”, disse.
Pesquisas vão analisar setor no País Uma das prioridades da nova diretoria da Federação será a realização de pesquisas em parceria com a Fecomercio para saber o tamanho e a radiografia do setor na economia do País, como a empregabilidade na alimentação fora do lar e da hotelaria e o impacto do PIB regional. Os Investimentos para a Copa de 2014 devem somar R$ 20 bilhões e os setores da economia mais impactados serão da construção civil, alimentação fora do lar e hotelaria. CAPACITAÇÃO - Outra pauta da Federação em Maceió foi fazer um balanço do programa de Gestão Estraté-
gica Operacional e Financeira das Empresas, elaborado em parceria com o Ministério do Turismo. Segundo o presidente, em Maceió já foram treinados 120 empresários e gerentes de hotéis, pousadas, restaurantes, bares e similares. Em todo País já foram qualificados cerca de 1.700 empresários A meta principal do programa é elevar a qualidade dos serviços prestados pelos empreendimentos do setor de hospedagem e alimentação, a partir da capacitação empresarial, gerencial e técnica. A expectativa da Federação é aumentar o volume de negócios, parcerias e investimen-
tos para o setor de turismo, hotelaria e gastronomia. A proposta também visa melhorar a performance das empresas no mercado; aumentar a inserção do setor nos projetos e ações de desenvolvimento turístico e econômico nos diversos estados, além de sensibilizar e agregar conhecimento aos empresários e profissionais que atuam no setor. “Maceió tem um case de sucesso, as entidades são intercaladas, promovem ações conjuntas para crescer e competir no mercado com qualidade. É um exemplo que deve ser seguido”, afirmou Alexandre Sampaio.
BRADESCO
Mais dois milhões de novas contas neste ano A mobilidade social urbana, que vem alterando as condições de vida e o perfil das classes sociais no País, é uma oportunidade de crescimento da economia que deve ser melhor observada pelas empresas e também pelos bancos. A observação é o do presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, que já projeta incremento de mais dois milhões de contas correntes até o fim deste ano, numa média de seis mil clientes da classe “C”, a cada dia útil. Até junho passado, o Bradesco registrou a abertura de um milhão de novas rubricas, o que elevou a base de clientes para 57,9 milhões e 21,9 milhões de contas. Com foco na manutenção já consagrada da política de varejo, que obedece a máxima de “fazer mais do menos e mais e melhor do que a concorrência”, o Bradesco aposta no empreendedorismo e crescimento das
micro e pequenas empresas e no incremento do mercado imobiliário e de seguros, como forma de manter a expansão. Atualmente, o banco opera com carteira de crédito em torno de R$ 558 bilhões, respaldada por um patrimônio líquido de R$ 44,3 bilhões, e distribuída em 41 mil pontos de atendimento. Convidado da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec) 2010, em Fortaleza, Trabuco avalia que, apesar da desacelaração da economia mundial, o crédito no Brasil vai continuar em uma linha ascendente, inclusive o imobiliário que “vai apresentar crescimento bem mais acelerado do que nos últimos anos”. Conforme explicou, existe uma demanda derivada do mercado de consumo interno e o crescimento de outros ciclos produtivos novos, a exemplo das cadeias produtivas de ali-
mentos, de papel e celulose e de óleo e gás, o que estaria acelerando a economia e levando as empresas a demandarem maiores investimentos no País. FOCO - Além do mercado imobiliário, aponta Trabuco, o foco do Bradesco nos próximos meses será continuar perseguindo a política de um “banco de presença nacional”, com agências bancárias, de empresas ou postais e demais correspondentes em todas as cidades brasileiras. “O Brasil tem pouco mais de quatro milhões de pequenas e médias empresas, mas com a emergência das classes “D” e “E”, demandando novos produtos e serviços, vai crescer muito o empreendedorismo das pessoas jurídicas e o foco do Bradesco é o de apoiar muito essas empresas, o que deve elevar ainda mais a bancarização”, aposta o presidente executivo do Bradesco.
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Quartos do Condo Resort foram projetados para o segmento hoteleiro, uma vez que o empreendimento destina-se, não a famílias, mas a investidores interessados em obter alto retorno financeiro com baixo risco
PERGUNTA DO LEITOR A leitora Clarice Anjo Wanderley nos pergunta se a norma para isolamento acústico já está em vigor e se a mesma aplica-se a todos empreendimentos imobiliários. O site EPTV.com responde a sua pergunta. A Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios, desenvolvida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), prevê que as novas construções de residências de até cinco pavimentos tenham isolamento acústico que garanta conforto para o morador e seu vizinho. A norma, que determina limite 48 decibéis, vale também para casas geminadas. Com a norma, a entidade pretende evitar desacordos entre vizinhos, muitas vezes provocados por pequenos ruídos, como salto de sapato, barulho de furadeiras ou até portas batendo e móveis sendo arrastados. A responsabilidade de obter o desempenho para atender aos níveis mínimos de conforto acústico estipulados pela norma vai ser de quem construir o imóvel. Confira algumas recomendações da ABNT para isolamento acústico: - A laje deve ter no mínimo 10 centímetros de espessura e ter camada isolante interna. - As paredes divisórias entre os apartamentos devem ter espessura maior que 10 centímetros e ser intercaladas com material isolante. - O piso também deve ser feito em duas camadas com interior preenchido com material isolante. - As portas tem que ser seladas com borracha isolante ou feitas de madeira maciça. - As janelas tem que ser antirruído feitas com esquadrias especiais com vedação de borracha e vidros de no mínimo 4 milímetros.
SOLUÇÃO OUSADA O risco de faltar recursos para a casa própria está forçando o governo a uma solução ousada: a emissão de títulos garantidos pelos próprios empréstimos da Caixa Econômica Federal, que só no primeiro semestre alcançaram R$ 33,5 bilhões. A meta é reforçar a instituição para novos financiamentos.
RECURSOS VIRÃO DE INVESTIDORES Atento à escassez de fontes como a caderneta de poupança, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o próprio Tesouro Nacional, o Executivo federal prepara uma operação de securitização (conversão dos contratos em papéis negociados no mercado) das dívidas dos mutuários e, assim, injetar dinheiro novo no mercado.
BAIXA RENDA EM ALTA Os analistas chegaram à conclusão de que o mercado para investidores de outros países, em empreendimentos imobiliários para a classe mais abastada, está saturado e que o nicho popular é altamente rentável para entidades financeiras. Quem diria que a população de menor renda seria a vedete dos grandes investidores internacionais!
PRÓXIMA PLENÁRIA DO CRECI O Creci-AL informa aos interessados em tirar sua Carteira de Identidade e Profissional de Corretor que haverá Sessão Plenária no dia 14/09/2010 e que as inscrições podem ser realizadas até esta segunda-feira (06).
DOCUMENTOS ESTÃO PRONTOS O Creci-AL informar ainda que as carteiras aprovadas na última Plenária do órgão já estão disponíveis na sede da entidade.
EM FOCO
Condo Resort garante 6% de rendimento mínimo Previsão é de retorno superior a 12%; obras já tiveram início A Vivendi Empreendimentos, do empresário Felipe Cavalcante, deu o passo inicial para a comercialização de mais uma etapa do megaprojeto IloaA Vida e Família, complexo residencial, hoteleiro e de lazer, que está em franca construção no balneário da Barra de São Miguel, cidade do Litoral Sul alagoano, distante apenas 25 km da capital alagoana. O empreendimento em questão é o Condo Resort, produto destinado exclusivamente para investidores que querem distância dos altos e baixos da bolsa de valores, mas também não querem permanecer na renda fixa, que traz dividendos pouco atraentes.
“O Iloa Condo Resort é voltado para investidores que procuram baixo risco, alta rentabilidade, valorização e comodidade. Ao todo, serão 96 unidades, entre 31,54 e 35,76 m², totalmente configuradas como quarto hoteleiro e que estarão à disposição dos turistas e profissionais em viagem de trabalho que buscarem estadia num hotel resort com padrão internacional”, explicou o diretor da Vivendi Empreendimentos, Felipe Cavalcante. O executivo falou para um seleto grupo de corretores reunidos para um jantar comemorativo no recém reformado restaurante New Hakata. Ainda conforme o diretor
da Vivendi, Felipe Cavalcante, o empreendimento foi projetado para dar segurança e tranqüilidade aos pequenos investidores. “O Iloa Condo Resort tem uma rentabilidade prevista de 12% ao ano a uma taxa de ocupação média de 62,5%. Esse retorno, entretanto, pode chegar a 13,47%, se a taxa de ocupação chegar a 70%, ou ficar nos 9,62%, se a ocupação cair para 50%. Mas, para dar segurança ao investidor, vamos garantir 6% de rentabilidade durante os dois primeiros anos”, disse Cavalcante. Questionado se essa garantia era viável financeiramente, Cavalcante disse que sim e que
fez várias projeções tendo como base dados estatísticos do setor. Considerando os números da Secretaria Estadual de Turismo, que registrou em 2009 ocupação média dos hotéis em Alagoas na faixa dos 70,90%, dá para perceber que o retorno financeiro para os investidores será mais alto que os 12% previstos. Mesmo considerando os dados mais conservadores, como os do Forum das Operadoras Hoteleiras do Brasil, que registrou 62,94% em 2009, o percentual de retorno ainda é um pouco maior que os 62,5% médios previsto nos cálculos de Cavalcante e corresponde a um retorno de 12% ao ano.
Investidores do Iloa Resort devem embolsar mais de R$ 14 mil por ano Os investidores do Iloa Condo Resort já estão fazendo os cálculos sobre retorno financeiro que terão quando este empreendimento hoteleiro entrar em funcionamento. Fazendo um cálculo rápido, se a média de ocupação das 96 unidades atingir 62,5% como prevê - por baixo - a Vivendi Empreendimentos, a diária prevista de 210 reais geraria uma receita de quase 4,6 milhões/ano. Como 30% das diárias (a receita/ano prevista é de 1,379 milhão) é depositada na conta do investidor, cada um embolsará nada menos que R$ 14.371,88 por ano. Comparando este montante com o valor do apartamento (R$ 119.500,00), teremos um retorno anual de
12%, melhor que poupança, título de capitalização, fundos DI ou diversas ações de segunda linha negociadas na Bolsa de Valores. E o que é melhor, sem preocupações quanto à manutenção do espaço e da mobília e quanto aos dissabores de ter um inquilino que atrasa aluguéis, não zela pelo espaço e ainda se recusa a deixar o imóvel. Além dessa garantia, o diretor da Vivendi Empreendimentos Felipe Cavalcante destacou também que, ao contrário dos sistemas tradicionais de flat e condo hotéis, onde o investidor recebe uma participação do resultado - após descontados receitas e despesas -, no
Iloa Condo Resort a participação de 30% sobre a receita das diárias independerá se a unidade foi ou não alugada, eliminando o risco de prejuízo e garantindo rendimento todo mês. O empreendimento será administrado pelo Grupo Solare, maior operadora hoteleira de capital nacional do Norte/Nordeste. Para tanto, o proprietário deverá colocar seu apartamento no pool hoteleiro, deixando a busca por inquilinos, as despesas com condomínio e IPTU sob responsabilidade da operadora. Além disso, os custos com manutenção também serão por conta da operadora nos quatro primeiros anos. Após esse período será cobrada uma taxa
de apenas 5% sobre o rendimento do proprietário para manutenção e reposição de móveis e equipamentos. Felipe Cavalcante realçou ainda a valorização do empreendimento, em função não só da duplicação da Rodovia AL 101, mas também por estar localizado entre o estaleiro Eisa Alagoas, em Coruripe, e a nova planta de PVC da Brasken, em Marechal Deodoro. Além de ter uma receita segura, o proprietário pode desfrutar férias de até 14 dias em resorts espalhados por mais de 100 países por meio do intercâmbio de férias RCI e ter acesso, com a família, ao maior complexo de esporte e lazer de Alagoas: o Iloa Family Club.
O presidente da Remax Brasil, Renato Teixeira, esteve em Maceió esta semana para prestigiar a inauguração da primeira franquia alagoana da marca. A Remax é considerada a maior rede de Franquias Imobiliárias em transações no mundo, com mais de 7 mil unidades e mais de 100 mil corretores integrados numa rede que permite a aquisição de empreendimentos em qualquer parte do mundo.
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Confira as promoções na Revista da TV
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da gente ribeirinha
Chalé dos Loureiros, um dos mais belos representantes da arquitetura penedense, passa por reformas para se tornar o Museu do Rio São Francisco, primeiro federal do Nordeste Alessandra Vieira Editora de Cultura
Elô Baêta Repórter
Maryland Wanderley Colaboradora
eguindo o rio São Francisco, logo após Piaçabuçu, o olhar do visitante mira um dos maiores tesouros arquitetônicos do Brasil: Penedo. Através dos seus casarões, a cidade ribeirinha transpira tradição, cultura e história. Um desses prédios é o Chalé dos Loureiros, representante do estilo eclético datado do final do século XIX. Visto por pesquisadores como um marco histórico do desenvolvimento urbano da cidade de Penedo, o imóvel, que um dia recebeu Getúlio Vargas, prepara-se agora para abrigar o Museu do Rio São Francisco, primeiro do Nordeste a se tornar federal.
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Continua nas páginas B2, B3, B7 e B8.
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da gente ribeirinha Continuação da página B1
"Penedo reivindica para o Museu do São Francisco, que funcionará no chalé que faz parte da Casa do Penedo, o privilégio de ser o primeiro museu federal do Nordeste" presidente da Casa do Penedo, Francisco Sales
Museu abrigará a história do homem do Velho Chico chalé, que se tornará uma espécie de casa da memória de Penedo, foi construído, segundo relatos históricos, pelo sr. J. A. Loureiro, que teria explorado a influência francesa e detalhes de edificação do fim do Século XIX e início do Século XX. Por reconhecer a importância histórica do imóvel, a Fundação Casa do Penedo - autora do projeto que cria o museu - vem batalhando para resgatar a sua beleza original. O projeto arquitetônico foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). "Penedo reivindica para o Museu do São Francisco, que funcionará no chalé que faz parte da Casa do Penedo, o privilégio de ser o primeiro museu federal do Nordeste", destacou o presidente da Casa do Penedo, Francisco Sales. De acordo com ele, a Casa do Penedo é uma instituição de interesse público, reconhecida pelo governo federal, fundada em 1992. O museu contará a história do homem do rio São Francisco, uma vez que o chalé terá salas de exposições culturais permanentes, onde será exposto o cotidiano do homem ribeirinho, tornando-se, a partir de então, um ponto de pesquisa para estudantes, professores, curiosos e estudiosos das mais variadas áreas do saber. O Museu do Rio São Francisco será o primeiro de Alagoas a receber um sobreforro em fibra de vidro com aditivo anti-chamas e antirraios ultravioletas, tornando o imóvel impermeável e garantindo a conservação do material do acervo. Por ser bibliográfico e composto por materiais orgânicos, o imóvel não pode receber água, justifica o arquiteto Renato Leal, consultor de Restauração da empresa ConcretaTecnologia em Engenharia, vencedora da licitação para a execução da obra. Segundo ele, na Região Nordeste, apenas os museus da Bahia e de Pernambuco, contam com essa tecnologia. As obras de restauro do chalé foram iniciadas em fevereiro, orçadas em R$ 8 milhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acordou, com apoio financeiro na ordem de R$ 1,5 milhão, recursos que já estão sendo aplicados na primeira etapa da obra, ou seja, na recuperação estrutural do imóvel. Em julho deste ano, técnicos e diretores do bando inspecionaram a obra, que está contando com reforço em estrutura metálica. O prédio tem aspecto residencial e, com a restauração, ganhará características de museu e arquitetura adaptada ao Século XXI. "Terá tecnologia embutida em uma adequação de casa do Século XIX às necessidades de um museu do Século XXI", destacou Leal. Segundo ele, enquanto residência, poucas pessoas circulavam no imóvel, com piso feito para suportar carga de 150 quilos por metro quadrado. Continua na B3
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Projeto arquitetônico do imóvel foi orçado em R$ 8 milhões e aprovado pelo Iphan; com as obras, iniciadas em fevereiro deste ano, prédio será restaurado com tecnologias do século 21
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Restauro do chalé irá primar pela riqueza de detalhes e pela nobreza do passado
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Obras tornarão o prédio moderno utro aspecto relevante das obras, de acordo com Leal, diz respeito à divisão dos cômodos, que estão sendo adaptados para o novo uso. "Estamos introduzindo dois elevadores para paraplégicos porque, pelas características do imóvel, não há como sair do subsolo para o sótão ou térreo sem o uso deles", reforçou. Tornar o imóvel moderno, resgatando a riqueza e beleza de detalhes nobres de uma época passada, é o desafio da equipe de engenheiros, arquitetos e técnicos que, há seis meses, trabalham na restauração do museu. "Foram feitas prospecções estratigráficas para identificar a cor original do imóvel. Pesquisamos as diversas camadas de tinta das fachadas, da última para a primeira, e encontramos sob várias delas, em um cômodo e na circulação (corredor), oito medalhões com paisagens européias, provavelmente feitas pelo pintor italiano Breda", destacou o arquiteto. Outras relíquias foram encontradas no corredor - do piso ao teto - em forma de pinturas de pássaros e flores, que serão restaurados. "Descobrimos ainda sob as camadas de tintas, pintura de fingimento, ou seja, um material imitando mármore", disse Leal, assegurando que a arte será resgatada. Com relação ao telhado do museu, segundo o arquiteto, era feito em cimento amianto, semelhante à ardósia, e na restauração serão utilizadas placas de fibras de cimento não-cancerígeno, devolvendo a mesma aparência de quando foi fundado. A engenheira Fátima Melo, responsável pelo acompanhamento e pela fiscalização da obra, aleertou que, caso essa
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primeira etapa não fosse executada antes das fortes chuvas que caíram este ano em Alagoas, o imóvel teria caído, devido à precária estrutura físicaa. "Foram necessários quatro mil metros de madeira para o escoramento da estrutura física". A segunda etapa da obra, prevista para ser iniciada em outubro, incluirá a restauração de pisos, esquadrias, revestimentos, instalações hidráulicas e elétricas (com equipamentos de luz do primeiro mundo), sistema de proteção contra descargas atmosféricas, entre outros trabalhos relevantes. O construtor do Chalé dos Loureiros, o engenheiro sanitarista José Loureiro, projetou a casa preservando a questão sanitária e foi o primeiro a morar nela. O interior do imóvel ganhará de volta as cores pastéis com nuanças de verde e azul e a fachada, vermelho ocre (tipo ferrugem) e bege. Célia Corsino é a responsável pelo projeto museográfico, que será instalado no edifício após a execução do Projeto de Restauro, o qual contou com a consultoria das arquitetas Josemary Ferrare e Adriana Guimarães, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e autoria do arquiteto Gilvan Rodrigues. No anexo, que será o Centro de Referência do Museu, funcionará a biblioteca e o arquivo que, atualmente, se encontram precariamente guardados na sede da Casa do Penedo. Após a restauração completa do chalé, a população local e os visitantes de Alagoas e do País terão um motivo a mais para conhecer os casarões e a história da rica Penedo, uma das cidades mais antigas e parte importante do patrimônio cultural do Brasil. Continua na B7
“Após a restauração completa do chalé, a população local e os visitantes de Alagoas e do País terão um motivo a mais para conhecer os casarões e a história da rica Penedo”
Casarão passará pela segunda etapa dos serviços em outubro
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UMAS POUCAS PALAVRAS
Uma brilhante sindicalista Quem vê o físico frágil, pode enganar-se, pois, na realidade, está diante de uma brava mulher, sem dúvida uma das mais importantes do nosso Estado, com um liderança forte e sutil, instalada dentro do universo praticamente masculino do sindicalismo. É uma mulher meiga e politicamente sagaz, ideologicamente demarcada pela ideia de que o sindicato para servir à categoria, deve participar da vida da sociedade, no que defende a ideia de um sindicalismo cidadão. Sem qualquer dúvida, a história irá perguntar sobre esta mulher que democraticamente participou da vida de sua sociedade e dos recentes embates da vida política alagoana. Alagoas tem brilhantes mulheres militando nos mais diversos aspectos de sua vida política. Amélia é uma delas e escolheu a militância sindical como forma de servir à sociedade, dentro de um aprendizado que veio do movimento estudantil e se aprimorou nas lutas em defesa da categoria, dedicando-se, também, ao Partido dos Trabalhadores. Sempre tive muita admiração por ela e é um honra ser parceiro do Sindicato na sua Presidência, no desenvolvimento do
Sávio de Almeida
Projeto de Resgate da Memória do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, quando, dentro de diversas ações, está sendo montado um Centro de Documentação da Vida Sindical, uma Revista comemorativa dos 67 anos da fundação, bem como um vídeo falando sobre os principais momentos vividos pela entidade, além da organização do acervo fotográfico, vídeos... Amélia ingressou no Sindicato no ano de 1996 e assumiu a Presidência em 2008. Ingressou praticamente no ano em que se deu o que os sindicalistas chamam de virada. Atualmente, o Sindicato filia em torno de 90% da categoria. Espaço através de Amélia, presta uma homenagem direta às mulheres em geral desta nossa Alagoas e, em particular, às mulheres trabalhadoras. Ela é sinônimo de dignidade pessoal e, portanto, uma de nossas riquezas. Alagoas é uma terra com um número imenso de pessoas boas, o que chega a rimar. Amélia é uma delas, uma de muitas que ralaram na vida, mas jamais se esqueceu da grande missão de ler o mundo e procurar servir. Este seu depoimento foi dado ao Grupo de Registro da Memória Alagoana, parceiro de Espaço e do Grupo Agenda de Alagoas.
Um pequeno depoimento sob Amélia Costa Fernandes
Depoimento do Grupo de Registro da Memória Alagoana Nasci em Murici, Alagoas, mas fui levada para São Luiz do Quitunde aos vinte dias de idade, e até treze anos morava em São Luiz, na fazenda Paraíso onde meu pai tinha barracão. Perdi minha mãe aos treze anos; vim morar aqui em Maceió; foi um momento difícil da minha vida, complicado, porque eu tinha dois irmãos - um é portador da síndrome de down - e tive de assumir a responsabilidade com ambos. Oito meses depois, meu pai casou e mudou para Surubim em Pernambuco, e nós ficamos aqui em Maceió, três adolescentes e eu com a responsabilidade maior de educar, tomar conta, principalmente de um irmão que era portador de necessidade especial.
A busca por um caminho Senti desde cedo a necessidade de buscar a autonomia financeira, de ter um caminho na vida; e foi quando fiz a opção de procurar emprego, porque nós passávamos dificuldade financeira e eu sentia dificuldade para conciliar a vida de estudante com a de mãe, responsável pela família, pelos meus dois irmãos, mas aí, graças a Deus, aos dezesseis anos de idade eu consegui o primeiro emprego e fiquei trabalhando como recepcionista num salão de beleza. Trabalhava de segunda a sábado para ganhar um salário mínimo; era pesado, e, quando chegava em casa, tinha que tomar conta da casa e dos irmãos. Eu acredito que essa experiência desde cedo me fortaleceu e me deu muita força para lutar pela vida, lutar por uma melhor qualidade de vida e esse sentimento se ampliou dentro de mim: a minha necessidade era de lutar por uma sociedade mais justa, e foi a partir desse sentimento que despertei para fazer o movimento estudantil e, em seguida, movimento sindical, movimento social. O TRABALHO - Eu passei no vestibular em 83, para fazer o curso de educação física. E, aí, foi uma decisão na minha vida: universidade ou continuar trabalhando no salão para ganhar salário mínimo. Fiz a opção pela universidade. Meu pai mandava pouco dinheiro para gente sobreviver, tinha uma renda que era do meu irmão especial, dada pelo Governo Federal, e eu passei a vender Avon para poder ter um complemento de renda e condição de estudar. Ao mesmo tempo, tive de conciliar com a vida doméstica, a responsabilidade que eu tinha com os irmãos. Entrei na universidade em 1983, no segundo período; quando foi em 88 passei num concurso público. Eu tinha o sonho de entrar na universidade e também me preparar para um concurso público. E aí eu fiz o concurso da CASAL, Companhia de Abastecimento de Água, e em 88 -
para minha surpresa, pois nem esperava mais ser chamada - chegou um telegrama me convocando para A CASAL. Passei a ter outra porta, que seria o emprego e uma certa estabilidade: o emprego na CASAL, concursado. E aí foi outro dilema: terminar a faculdade ou trabalhar. Fiz a opção de trancar a matrícula temporariamente, fui trabalhar na CASAL e fiquei tentando liberação para estudar. Mas aí a CASAL só liberaria qualquer servidor depois de dois anos eu queria tirar licença sem vencimento para concluir meus estudos. Quando eu estava na universidade, conheci umas pessoas que me convidaram para participar dos jogos universitários brasileiro, que iriam acontecer aqui em Maceió; o coordenador me abriu um espaço e fui trabalhar para ganhar algum dinheiro, na parte administrativa. E lá nesse JUBS, que foi lá no CEPA, eu conheci um grupo de pessoas que ia trabalhar na primeira campanha de um candidato ao Senado Perguntaram se eu gostaria de participar, trabalhar, ganhar dinheiro, eu precisando de dinheiro, então, vamos lá! E fui, e fiquei trabalhando na campanha como secretária. Nessa ocasião, conheci algumas pessoas influentes, algumas pessoas da assessoria do candidato ao Senado, não tinha nenhuma convicção política, não tinha nem ideia de projeto político e precisava ganhar dinheiro. Depois eu continuei trabalhando na Casal. Consegui uma licença sem vencimento, com ônus, para a Fundação Teotônio Vilela; fui trabalhar na Fundação, um horário, para poder concluir meus estudos. E foi a partir dessa volta à universidade que iniciei no movimento estudantil. Comecei a fazer parte e a atuar no centro acadêmico de educação física, e foi justamente nessa segunda etapa da universidade que despertei para uma consciência crítica, e foi a partir daí que eu iniciei a minha vida no movimento social e no movimento político.
O começo de participação Conheci muita gente de fora, experiências novas, e a minha vontade de participar desses espaços coletivos buscando a justiça social começava a crescer dentro de mim. Terminei o curso, e encerrei a minha participação lá na Fundação Teotônio Vilela. Voltei para a empresa em 1995. E desta vez eu consegui ficar trabalhando só meio expediente, no atendimento ao público, porque na CASAL tinha alguns setores que, no atendimento ao público, a carga horária era de seis horas diárias. E eu tentando conciliar a minha vida profissional na empresa com a minha vida profissional no curso que eu estava concluindo que eu estava querendo também atuar na educação física. Comecei a trabalhar com educação física em meio horário e no outro horário eu dava minha carga na empresa. Então já no final de 1995, recebi telefonema do Joaquim Brito que era Presidente do Sindicato dos Urbanitários convidando para participar de chapa que ele estava encabeçando, mas precisava de pessoas inclusive cumprir a cota de mulheres, a cota de gênero, que é uma política afirmativa que hoje está muito presente no movimento sindical. Receberam informações de que em alguns eventos da CASAL eu falava muito, me expressava, e entenderam que eu tinha o perfil para ser preparada para o movimento sindical. Eles insistiram, e eu aceitei ficar na direção colegiada. Na
segunda gestão, passei três anos como diretora d fazendo a ponte entre a direção executiva do sindic base. Essa foi a segunda gestão de Joaquim Brito, e eleição já com Marcelo Florêncio na cabeça e aí passei como diretora liberada. Assumi a secretaria de forma sindicato por duas gestões, atuei também na secretari por duas gestões, até o grupo entender que precisava d para assumir a presidência do sindicato que é o cargo ocupo hoje no Sindicato dos Urbanitários.
A participação sindical
Quando entrei no sindicato, mesmo como diretora n erada, participava muito dos eventos formativos da lembro que no primeiro curso de formação da CUT, o encontrei, conheci a companheira Margareth e a compa Edna que foram as duas pessoas que me estimularam a continuar no movimento, a capacitar-me. E nessa dades formativas da Central, uma das questões que se tia muito era gênero e o desafio da participação da nos espaços públicos, no movimento sindical. O que fazer como trabalhar uma política que valori participação dessas mulheres? Foi a partir daí que me fiquei, comecei a estudar e participar de eventos, foi q
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O que faz Amélia Senti desde cedo a necessidade de buscar a autonomia financeira, de ter um caminho na vida; e foi quando fiz a opção de procurar emprego, porque nós passávamos dificuldade financeira e eu sentia dificuldade para conciliar a vida de estudante com a de mãe, responsável pela família, pelos meus dois irmãos, mas aí, graças a Deus, aos dezesseis anos de idade eu consegui o primeiro emprego e fiquei trabalhando como recepcionista num salão de beleza. Trabalhava de segunda a sábado para ganhar um salário mínimo; era pesado, e, quando chegava em casa, tinha que tomar conta da casa e dos irmãos.
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e base, cato e a aí veio a atuar ação do ia geral de mim que eu
não libCUT, e onde eu anheira m muito as ativie discumulher
izasse a e identiquando
Amélia Fernandes Costa é Presidente do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas
Sindicato e sociedade Voltando à vida sindical e pensando nos problemas que se enfrenta - em Alagoas especificamente -, a maior dificuldade é a falta de unidade entre as entidades sindicais; a força política é maior quando as entidades se unem por um só objetivo. Acredito que o movimento precisa amadurecer no sentido da solidariedade. Existe ainda muito corporativismo e precisa ser feito esse debate dentro do movimento, os trabalhadores e trabalhadoras precisam despertar para o papel cidadão de uma política que envolva a sociedade como um todo.
E uma outra consciência que a gente precisa desenvolver, nesse processo de transformação e que o movimento sindical já vem debatendo e discutindo, é a da necessidade dos trabalhadores participarem dos espaços de decisão política. Os espaços de poder, porque tudo, a vida do cidadão e da cidadã, do trabalhador e da trabalhadora, depende de quem está representando a sociedade no parlamento, nas câmaras municipais, nos governos estaduais e no governo federal. Então os trabalhadores precisam se envolver mais nesse movimento, para identificarem quais
são os projetos que realmente defendem a classe trabalhadora e a sociedade como um todo. Acho que esse debate precisa ser fortalecido dentro do movimento sindical com a base, discutir a importância de se envolver nas épocas de eleição, da importância de discutir perfil dos candidatos. Essa transformação de consciência da base como um todo, porque se a base tivesse essa consciência, a gente não teria o parlamento que nós temos hoje, conservador, e que vai de encontro aos interesses da classe trabalhadora e da sociedade também.
Um pequeno balanço
eu me inseri no movimento de mulheres. Comecei a questionar porque tão poucas mulheres participam do movimento sindical, dos movimentos sociais, do movimento políticopartidário, e foi quando aprendi que a mulher é construída para atuar no espaço privado, para ser mãe, doméstica, cuidar do marido. A minha ligação partidária como militante aconteceu dentro do Partido dos Trabalhadores, depois que iniciei a minha participação no movimento sindical. A maioria da direção do sindicato tinha ligação com o PT. E foi a partir daí, que iniciei o debate dentro do partido, mas antes, ainda no movimento estudantil, tive a experiência de conhecer os confrontos políticos que existiam entre PT e PC do B no movimento estudantil e isso me deixava indignada na época, “Como é que os partidos ficam brigando entre si, ao invés de se unirem para defender interesses maiores”. Então eu despertava para como funciona a dinâmica dos partidos políticos. E foi quando eu cheguei no sindicato e iniciei a minha discussão nos fóruns do PT, e me identifiquei também com o projeto do PT me filiei. Hoje sou da direção estadual. O Partido tem uma linha política de democracia, tem uma linha de busca por justiça social, e a democracia interna também me fez entender que era um espaço plural, tem a liberdade de expressão, não tem a centralização do poder, inclusive tendências, forças políticas que tinham a condição de se expressarem e defenderem concepções diferentes e isso formava o todo. O que dá uma beleza ao PT é essa democracia interna que existe.
Aqui em Alagoas é positiva a atuação e o crescimento da Central Única dos Trabalhadores, a CUT Alagoas deu um salto de qualidade, vem fazendo um trabalho de interiorizar a sua atuação, de aumentar a sua base filiada, a sua base de filiação através dos sindicatos municipais, do setor rural, que é outro seguimento a precisar de atenção. Nós entendemos que o setor rural - a agricultura é o futuro desse país - precisa ser valorizado, os trabalhadores precisam ser valorizados, então um dos pontos positivos em Alagoas é a atuação da Central Única dos Trabalhadores, a visibilidade que a CUT Alagoas hoje tem não só em defesa da classe trabalhadora, mas também da sua atuação via movimentos sociais, em busca de uma Alagoas mais justa. Outro ponto que vejo como importante, é que temos uma militância que vêm se preparando, outra que está preparada para um embate, alguns sindicatos com um destaque maior do que outros, é claro, mas temos pessoas com história de luta, com acúmulo de conteúdo importante para se projetar e representar - nesses espaços de poder que eu falei anteriormente - os interesses da classe trabalhadora. Apesar de termos também como desafio a renovação dos quadros, a preparação, formação e capacitação de pessoas para continuar, dando seqüência a esse projeto. Quando eu entrei no movimento sindical, pelo menos na minha entidade, acredito que a militância cresceu; na época a conjuntura era totalmente favorável para conquista, porque com a inflação alta, os reajustes salariais eram de cinqüenta por cento, então isso dava a impressão de que as pessoas estavam tendo uma conquista muito grande, e que na verdade eram conquistas importantes, mas quando você olhava a inflação, ela praticamente corroia as conquistas que nós tínhamos através do movimento sindical. Ao longo do tempo, o contexto político, econômico foi mudando e as pessoas - cobravam, penso que cobram ainda -, acham que os reajustes
atuais são pequenos, e aí é quando os movimentos sindicais e os sindicatos sentiram a necessidade de iniciar o debate sobre o sindicato cidadão, pois os sindicatos não poderiam viver só do sentimento corporativo e dos acordos coletivos, mas que precisavam defender a qualidade de vida, a qualidade do salário, mas também defender a qualidade de vida da classe trabalhadora e que é a sociedade. É a partir daí que se inicia o papel dos sindicatos, mudou a conjuntura, e o movimento, vai continuar da mesma forma? E aí vieram desafios como terceirização, privatização, e os sindicatos começaram a participar desse debate mais amplo. Houve um crescimento substancial de conteúdo político, porque o sentimento do corporativismo vem se diluindo junto a uma política maior. Eu acho que é basicamente isso, mas vem crescendo o movimento sindical, passou por várias fases inclusive com problemas de identidade. Quando nós elegemos o Presidente Lula que foi sindicalista, o sindicalismo brasileiro passou por uma crise de identidade. E não sabia se defendia o governo ou se defendia os trabalhadores; isso se confundiu na cabeça de muitos sindicalistas... Também, alguns foram alocados para atuar na estrutura do governo, deixando um vácuo dentro do movimento sindical, mas com o tempo o debate foi se ampliando e se percebeu que o movimento tinha que se manter mais forte do que nunca, porque existia uma disputa de projeto, e essa disputa merecia que o movimento sindical se organizasse ainda mais para defender, pressionar o governo que não era um governo do PT ou um governo do sindicalista Lula, mas um governo de coalizão, que tinha disputas de interesse e que o movimento sindical tinha um papel importante nesse processo. Eu acho que um dos setores fortes em Alagoas é o do Sindicato dos Urbanitários, uma referência a nível nacional. Outro seguimento que vem
demonstrando muita resistência e capacidade de luta é o setor da educação, o SINTEAL, uma base grande e importantíssima nesse processo de transformação social. Outro setor que também vem se destacando é o da saúde, com propostas não só corporativas, mas para melhorar a saúde. Eu poderia ser injusta e citar algumas entidades que... Mas o movimento rural, através de algumas ações, o movimento rural também vem se destacando, inclusive a nível nacional, com debates importantes, as mulheres, principalmente as mulheres atuando, e fazendo a diferença, marcando espaço, no movimento sindical de Alagoas. E outro movimento que vem crescendo muito é o segmento municipal. Existe uma Federação Nacional dos servidores municipais, e aqui em Alagoas também, através da CUT o setor vem sendo organizado e vem dando uma contribuição importante no movimento sindical alagoano. Eu vejo que aconteceram vários momentos de desafios e que afetaram a organização sindical em Alagoas. Mas um momento que tem marcado inclusive os trabalhadores e despertou as bases para ir para as ruas, foi o início do governo Teotônio Vilela, o governo do PSDB. Nós percebemos que existe um projeto totalmente diferente de outros projetos, é totalmente neoliberal, que não valoriza trabalhadores e trabalhadoras, que não garante direitos de trabalhadores e trabalhadoras, então eu acho que um impacto muito grande aconteceu no primeiro ano, primeiro semestre da gestão desse governo atual, que aí foi praticamente uma desorganização mesmo no sentido de retirar direitos, não atender a reivindicações, mas por um lado o sindicalismo alagoano se organizou politicamente, para ir para rua, para cobrar seus direitos, então teve esse desafio no início do governo Teotônio Vilela. O resto é continuar a luta. O sindicato é da sociedade civil e deve buscar a liberdade junto com a população em geral.
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Roteiro
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Amanhã A banda paulistana Labirinto vai se apresentar no Teatro de Arena Sérgio Cardoso (anexo ao Teatro Deodoro) com o show Anátema, a partir das 20h. A banda tem um alagoano em sua formação: Joaquim Prado, na guitarra. Ingresso: R$ 5. Mais informações: (82) 3315-5665.
Sábado
Divulgação
Wado (foto) e DJ Barão são as atrações do Orákulo (Jaraguá) no dia 11 de setembro, às 23h. Ingresso: R$ 17. Mais informações: www.wado.com.br/http://www.myspace.com/curumin.
Em Breve O Oi Blues by Night, maior projeto itinerante de blues do Brasil vai percorrer seis capitais brasileiras. Em outubro, no dia 23, o projeto chega a Maceió com o show de Celso Blues Boy – único bluesman nacional que participou de shows de BB King – lenda internacional do gênero. O show de Celso Blues Boy acontecerá no mesmo cenário que recebeu os músicos do ano passado, o bar Lopana, à beira mar. No formato do Oi Blues, além do público poder conhecer músicos consagrados, os artistas regionais têm a oportunidade de tocar junto com grandes nomes do cenário nacional e internacional. A dupla gaúcha Kleiton e Kledir vem com o show Autoretrato, no dia 29 de setembro, às 20h30, no Teatro Gustavo Leite (Jaraguá). Abertura musical com o cantor Franklin Manú e Miram Aby´S (violoncelo). Ingressos: R$ 40 (platéia - inteira); R$ 20 (platéia - meia – estudante - melhor idade); R$ 30 (mezanino - inteira); R$ 15 (mezanino – meia - estudante - melhor idade), à partir do dia 20 deste mês, na Cia das Havaianas (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 9979-5959 / 3235-4280.
Um dos maiores sucessos do teatro infantil deste ano no Brasil terá curta temporada em Maceió. O mundo encantado de Peter Pan chega ao Teatro Gustavo Leite, de 1º a 3 de outubro. O espetáculo é um projeto dos mesmos realizadores de Pinocchio, A Bela e A Fera e O Mágico de Oz, três produções de grande sucesso no País e no Exterior. Ingressos: disponíveis em breve no stand Sue Chamusca (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 3235-5301 / 9925-7299.
No próximo dia 15 de setembro, o Grupo Desafio vai mostrar todo o seu ritmo no show de aniversário da Rádio 96 FM e, aproveitando a festa, lançar o seu 1º DVD. No palco, João Paulo, Rafael e os demais integrantes vão animar o público cantando os seus sucessos.
Em Cartaz O Concurso Aurélio Buarque de Holanda, uma iniciativa da Fundação Pierre Chalita e da Academia de Letras e Artes do Nordeste (Alane), vai premiar artistas plásticos (pintura, desenho, gravura ou instalação), residentes em Alagoas. Serão oferecidos três prêmios para os melhores trabalhos, escolhidos por uma comissão julgadora: 1º lugar, R$ 3.000 (patrocinado pela Braskem); 2º lugar, R$ 1.000 (patrocínio Fundação Pierre Chalita); e 3º lugar, R$ 500 (patrocinado pela Academia de Letras e Artes do Nordeste – AL). Será sorteado entre os demais inscritos um prêmio-participação no valor de R$ 400. A mostra será inaugurada no dia 31 deste mês, às 17h30, no Museu de Arte da Fundação Pierre Chalita.
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Casa
da gente ribeirinha Continuação da página B3
Casa foi construída na simplória Rua da Aurora, uma viela aberta no bucólico sítio Monte Alegre
Chalé dos Loureiros: o lar dos imponentes ra o final do Século XIX quando a população da histórica Penedo assistia ao nascimento de mais um belo exemplar arquitetônico. Pelas mãos do engenheiro J. A. Loureiro foi em uma via aberta no sítio Monte Alegre, a simplória Rua da Aurora, onde o Chalé dos Loureiros decidiu se instalar. Mas a elegante edificação - com as suas portas de frente para o rio São Francisco e o Morro do Aracaré - não levou apenas beleza para o bucólico local. Surpreendeu. Encantou. Com toda a sua elegância e imponência, não demorou muito para transformar o local onde foi erguida na principal via da cidade. Para abrir os olhos de muitos para por lá se instalar; de nomes influentes a famílias tradicionais. Para
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tornar o humilde monte o endereço mais cobiçado pelos homens de fortuna e por outros palacetes, que não resistiam em deixar o centro ribeirinho para por lá ficar. Mas o que havia por trás do moderno e formal chalé para tamanha acorrida de novos e abastados moradores e de imponentes moradias para perto dele no passado e para o seu brilhantismo tamanho ao ponto de ser considerado um prédio de vanguarda no País? Para estudiosos como Luciano Pateta, o seu ecletismo arquitetônico - a cultura reinante entre os amantes do conforto, do progresso, das novidades...; os burgueses - foi um dos principais deles, atiçando o olhar de muitos penedenses para edificações artisticamente bem construídas, modernizando a cidade, interligan-
do-a com os mais avançados termos construtivos mundiais. A residência dos Loureiros enquadrou-se com folga e sintonia em todo esse contexto, exibindo exemplares laterais exclusivos laterais e articulados para os serviços de copa, cozinha e despensa, revestidos em azulejo, com motivos decorativos diferenciados. Era generosamente bem suprido de armários e de outros detalhes. que não abriam mão de primar pela funcionalidade exemplar dos seus espaços, que se afirmavam em voga pela "moda" do momento. Sem esquecer a sua formalidade, marcada por um telhado chamativamente inclinado, coberto com telhas em lâminas de pedra, um peculiar portão de ferro, tantos e tantos detalhes visíveis e admiráveis. Como uma elegante mora-
dia, o histórico casarão jamais se furtou de destacados recursos estruturais e artísticos, fazendo jus magistralmente ao seu padrão chalé, com acabamento romântico, remontando aos que nele entrassem a sensação de estarem em uma típica habitação rural montanhesa européia, com entrada lateral por alpendres voltados para jardins, ostentando colunas em ferro fundido, reportando-se ao classicismo... O seu interior também era um resguardo de relíquias, com peças de ferro reinando soberanas, facilmente adquiridas à época na própria Penedo, cujo comércio vivenciava um grande desenvolvimento, fruto da abertura internacional da navegação, facilitando as idas e vindas de mercadorias procedentes do interior para a Europa e a América. Continua na B8
“Pelas mãos do engenheiro J. A. Loureiro foi em uma via aberta no sítio Monte Alegre, a simplória Rua da Aurora, onde o Chalé dos Loureiros decidiu se instalar”
Mansão foi palco de marcantes acontecimentos sociais, atraindo nomes ilustres e abastadas famílias penedenses
Local da construção do chalé tornou-se reduto cobiçado por homens afortunados, intensificando o surgimento de elegantes palacetes
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Casa
da gente ribeirinha Continuação da página B7
Os Peixotos viveram na mansão por mais de vinte anos; família preservava hábitos burgueses, como promoção de eventos e recepção a ilustres
“Palco de grandes acontecimentos, de nobres famílias, que agora se prepara para guardar mais e mais memórias; dessa vez, de um povo”
Casarão foi abrigo de nobres famílias e suntuosas festas mbora tenha se notabilizado com o nome de apenas uma família, os Loureiros, o elegante chalé também abrigou a intimidade de muitos homens de muitas posses. Lá viveram Manuel Vieira de Figueiredo, Fernando Peixoto, os familiares de Lídio Carvalho, os Sales... Um casarão. Muitas lembranças. Como o relato saudoso da filha de Peixoto, Zurica Peixoto. "Aquela casa era verdadeiramente magnífica, própria para os grandes eventos. Quando era menina, de apenas um ou dois anos de idade, houve em Penedo um importante acontecimento realizado no chalé. Um suntuoso
E
´Bal Masquéé´ (baile de máscaras), organizado por meu pai, por parentes e amigos, que foi a sensação do ano. Toda a sociedade penedense compareceu". Quando foi o reduto dos Peixotos ou do seu Fernandinho, como era carinhosamente chamado, gozava de privilegiada posição em meio às habitações daqueles tempos. Com a visão ampla do Velho Chico a sua frente e os fundos ainda privilegiados com a vista do rio, era o cenário para muitas comemorações no seu salão de festas, para muitas visitas, para muitos hóspedes, dos mais ilustres, honrosamente recebidos. Em carta endereçada ao dr. Francisco Salles, a antiga
moradora Zulmira Galvão Peixoto cita alguns deles: a jovem Nicaula Fernandes Lima, filha do então governador de Alagoas Fernandes Lima; o renomado advogado Guedes de Miranda, o poeta e interventor de Alagoas, Afonso de Carvalho; o revolucionário coronel Aluísio de Moura e o presidente Getúlio Vargas. "Nossa casa, prazerosamente cedida, teve a primazia de receber o dr. Getúlio, que ali descansou, chegando a fazer a barba em uma das varandas. Durante muito tempo guardamos como lembrança a cadeira de vime onde o presidente sentou", escreveu Zulmira. Por lá também viveram figuras estrangeiras, como a per-
ceptora irlandesa e professora de inglês miss Margaret Redmond Doyle - que afirmava ser descendente do escritor Sir Arthur Conan Doyle -, vinda do Rio de Janeiro a pedido de Fernando Peixoto para ajudar na educação dos seus filhos; missão que desempenhou no chalé por cerca de seis anos. Narrativas que não deixam dúvidas dos "muitos dias felizes vividos na “linda, festiva e alegre mansão” dos Loureiros, dos Fonsecas, dos Sales, dos penedenses. Palco de grandes acontecimentos, de nobres famílias e que agora se prepara para guardar mais e mais reminiscências; dessa vez, de um povo, de uma gente, dos ribeirinhos, da bela Penedo, como uma bela casa de memória.
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Fotos: Marco Antônio
A hora da verdade Dupla CRB e CSA tem hoje compromissos decisivos pelas séries C e D do Brasileiro Páginas 3, 4 e 5
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BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com
MUNDIAL DE BASQUETE EM FOCO Uma das principais atrações esportivas do mês é o Mundial de Basquete, que está sendo realizado na Turquia. A competição é disputada a cada quatro anos e tem como atual campeã a Espanha. A seleção brasileira passou por um processo de reformulação. Depois de sucessivos fracassos, a Confederação resolveu apostar no técnico argentino Rúben Magnano, que ajudou a montar a base campioníssima de seu país. Na primeira fase, a seleção oscilou. Venceu os dois primeiros jogos, contra Irã e Tunísia, com relativa facilidade e empolgou a torcida na derrota para os poderosos norte-americanos por apenas dois pontos de diferença. A qualidade do basquete apresentado pelo Brasil nessa partida aumentou as expectativas em relação ao time, mas, no dia seguinte, a derrota por 80 x 77 para a Eslovênia diminuiu um pouco a confiança dos próprios jogadores. O Brasil garantiu a classificação para as oitavas de final na última quinta, vencendo a Croácia por 92 x 74, e pega na próxima terça-feira a Argentina, campeã olímpica de 2004 e que se orgulha de ter a equipe mais temida do Continente. A turma de Magnano vai ser devidamente testada nessa partida eliminatória. O armador Leandrinho e o ala Marcelinho Machado são as grandes esperanças do Brasil de buscar o tricampeonato mundial. “Vai ser um grande jogo. São dois rivais eternos. Na última vez em que nos enfrentamos em competições oficiais, ganhamos. Foi na Copa América. Agora é partir para cima e ficar entre os oito”, comentou Marcelinho. Os argentinos foram campeões da competição apenas em 1950 e confiam no talento do excelente Luis Scola, melhor jogador do Mundial até agora, para fazer a diferença no clássico. Quem gosta de basquete não pode perder esse duelo, marcado para as 15h de terça.
DOR
HISTÓRICO
O pivô Anderson Varejão foi poupado dos três primeiros jogos da seleção por causa de uma lesão no tornozelo. O jogador entrou em quadra nas outras disputas da fase de classificação, mas ainda precisa conviver com a dor e a falta de ritmo. Nesse confronto com a Argentina, sua presença vai ser muito importante para o encaixe do jogo brasileiro.
A antiga Iugoslávia foi o país que conquistou mais títulos mundiais de basquete. Foram cinco troféus levantados por eles, em 1970, 1978, 1990, 1998 e 2002. Os EUA estão em segundo lugar, com o ouro de 1954, 1986 e 1994. A antiga União Soviética também conquistou três vezes a competição, e o Brasil aparece em quarto lugar, com os títulos de 1959 e 1963.
CURTO-CIRCUITO CRB e CSA começam a traçar hoje seu caminho para o resto da temporada. Fica até difícil saber qual partida vai ser mais decisiva, já que o Galo joga pela sobrevivência na Série C contra o Alecrim, e o Azulão inicia o matamata da Série D diante do Sampaio Corrêa. O empate hoje vai ser comemorado pelos jogadores do CSA. No CRB, esse resultado seria terrível para as pretensões do time de chegar à segunda fase.
Marcelinho Machado é um dos principais jogadores da seleção brasileira
Vamos virar o jogo Contra a Argentina, seleção de basquete luta para espantar freguesia recente A seleção brasileira tem motivos para estar otimista diante do confronto com a Argentina, na terça-feira, às 15h, pelas oitavas de final do Mundial masculino de basquete. Afinal, o Brasil tem mostrado evolução, fez bons jogos contra Estados Unidos e Croácia e tem um técnico consagrado: Rúben Magnano, um argentino que conhece muito bem o adversário. Mas o otimismo dos jogadores e da torcida esbarra em números que colocam o Brasil como azarão no confronto. AArgentina é responsável por boa parte dos fracassos recentes do basquete nacional. Na atual geração, as vitórias são raras, e sempre em torneios de segunda linha. Os dois últimos encontros em Mundiais terminaram com
vitória argentina. Em 2002, 78 x 67 nas quartas de final. O resultado em Indianápolis eliminou o Brasil da competição; a Argentina foi vice-campeã. Quatro anos antes, em 1998, o Brasil já havia sido derrotado pelos arquirrivais: 86 x 76 na segunda fase de grupos do Mundial da Grécia. No fim, os argentinos foram oitavos e os brasileiros ficaram em décimo lugar. A partida da próxima terçafeira será a quinta entre as duas seleções em Mundiais. Antes das duas derrotas recentes, o Brasil venceu por 74 x 66 no Grupo Final em 1967, e foi derrotado em 1950, também no Grupo Final, em 1950 – jogando em casa, os argentinos foram campeões naquele ano.
Em Olimpíadas, o único encontro entre as duas seleções sulamericanas aconteceu em 1952, nos Jogos de Helsinque. Os argentinos, então campeões mundiais, venceram com facilidade, por 72 x 56. Apesar das derrotas nos anos 50, é mesmo nos últimos anos que a “freguesia” brasileira se confirmou. Além dos Mundiais, os argentinos foram carrascos brasileiros também no Torneio Pré-Olímpico – o grande drama do basquete do país nos últimos anos. A seleção brasileira não disputa os Jogos Olímpicos desde 1996, quando foi sexta colocada em Atlanta. Desde então, foram três fracassos ao tentar a classificação. E em todos eles, houve derrotas para os argentinos.
Uma derrota inesquecível em 2003 Amais emblemática das derrotas aconteceu em 2003, na cidade portorriquenha de San Juan. Com três vitórias em quatro jogos, a seleção brasileira chegou para o confronto com a Argentina em alta. A equipe liderou boa parte do jogo, mas perdeu-se nos instantes finais e acabou derrotada por 76 x 74. O resultado abalou de tal forma a seleção que a equipe não se encontrou mais no torneio – depois daquele jogo, perdeu
para Canadá, Porto Rico e México, deixando a classificação para os Jogos escapar. Em 2007, Brasil e Argentina fizeram a semifinal do PréOlímpico das Américas, em Las Vegas. Nova derrota, desta vez por 91 x 80, forçou a seleção brasileira a disputar uma vaga no concorrido Pré-Olímpico Mundial, e mais uma vez a equipe ficou fora da Olimpíada. Mesmo em 1999, quando as duas seleções enfrentaram-se já
sem chances de classificação, os argentinos venceram. E mais uma vez, nos detalhes, por diferença pequena: 79 x 77. Ahistória de derrotas recentes tem como grande exceção a vitória brasileira na Copa América de 2009, que serviu também como Pré-Mundial. No caminho rumo ao título do torneio, a seleção bateu os argentinos por 76 x 67. No entanto, os argentinos não levaram sua força máxima.
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Prova de fogo CSA inicia hoje o mata-mata da Série D contra o Sampaio Corrêa
ASA volta a jogar terça pela Série B
Marco Antônio
Luciano Milano Repórter
O CSA entra em campo na tarde de hoje para continuar perseguindo o objetivo ascender à Série C em 2011. Fora de casa, mas não longe da sua torcida, que promete comparecer ao estádio Nhozinho Santos, em São Luís do Maranhão, o Azulão do Mutange enfrenta logo mais, às 17h, o Sampaio Corrêa, na capital maranhense. Dono da segunda melhor campanha na fase de classificação da Série D, o CSA sabe que a partida de hoje é importante para as pretensões do clube em seguir firme na Quarta Divisão. No próximo domingo, CSA e Sampaio voltam a se enfrentar em Maceió. Dessa forma, o objetivo é não perder e, se perder, tentar marcar gol na casa do adversário. Isso porque o regulamento da Série D prevê que gol fora de casa é vantagem em caso de empate. Por exemplo: um empate por 1x1 em São Luís pode dar a vaga ao CSAcaso empate mais uma vez em Maceió, só que sem gols. Uma derrota por 2x1 no Maranhão dá ao Azulão a possibilidade de poder vencer por placar mínimo de um gol no Trapichão. E o retrospecto do CSA fora casa até agora é perfeito: na primeira fase, jogou três vezes e venceu na estreia o Santa Cruz (1x0), depois bateu Potiguar de Mossoró (4x3) e derrotou o Confiança (2x1). A boa campanha longe de Maceió agrada ao técnico Lino, mas ele pede que o grupo mantenha a pegada e continue concentrado para não ser surpreendido. "O que fizemos na primeira fase foi bom, mas já é passado, pelo menos agora. Digo aos atletas que se não mantivermos a mesma concentração e pegada agora, na segunda fase, nada do que foi feito antes valerá porque estaremos desclassificados. Por isso, vamos para São Luís com o intuito de repetir as boas atuações fora de Maceió e sair de lá com um resultado positivo", declarou Lino.
CAMPINAS
O meio-campista Marco Antônio vai substituir Everlan na equipe do CSA; o meia continua machucado
Azulão tem quatro desfalques Para o início da decisão desta tarde, Lino terá quatro desfalques e poderá promover a estreia de dois jogadores no ataque. Por problemas de contusão, não viajaram na manhã da última sexta-feira para São Luiz o zagueiro Anderson La Bamba e os meio-campistas Everlan, Chiquinho e Wilson, todos entregues ao Departamento Médico azulino. Everlan sofreu uma entorse no tornozelo e já está fora da equipe há mais de três semanas. Além disso, o jogador tam-
bém se recupera de fratura no dedo da mão e permaneceu em Maceió. Já La Bamba e Wilson sofrem com problemas crônicos e também seguem em recuperação: o zagueiro teve uma pubalgia diagnosticada pelo DM azulino, enquanto que o meia-atacante tem uma tendinite no joelho que o incomoda e o impossibilita de atuar em todos os jogos. Enquanto perde jogadores importantes, Lino ganhou duas opções para o ataque: os jogadores Paulinho Macaíba e
Rafael chegaram na semana passada e já tiveram suas condições regularizadas para a partida. SAMPAIO - Rodrigo Ramos, Edson, Paulo Paraíba, Sílvio e Deca; Eloir, Cleitinho, Diones e Léo; Célio Codó e João Neto. CSA - Anderson; Diogo (Celso), Sinval, Nado e Paulinho; Anderson, Lau, Serginho e Marco Antônio; Catanha e Paulinho Macaíba.
O Após enfrentar o Duque de Caxias, ontem, em Arapiraca, jogo da 19ª e última rodada dos jogos de ida, o ASA já viaja na manhã de amanhã para Campinas, no interior paulista, onde na próxima terça-feira, às 21h, encara o time da Ponte Preta, no estádio Moisés Lucarelli. A partida fará parte da primeira rodada do returno da Série B. Alvinegro e a Macaca estrearam na Segunda Divisão com um empate por 1x1 em Arapiraca, no dia 7 de maio. Para o confronto do início da semana, a expectativa do técnico Vica e da torcida arapiraquense é que o lateral-direito Marcos Tamandaré tenha condição de jogo. Com um problema no joelho, ele fez sua última partida vestindo a camisa alvinegra ainda contra o Náutico, na 8ª rodada, no dia 13 de julho. De lá para cá, o jogador vem em tratamento intensivo no Departamento Médico do clube, foi liberado para voltar a correr e executar trabalhos com bola, força e movimentação, mas não foi relacionado para o jogo de ontem contra o Duque de Caxias. Em entrevista à imprensa, Tamandaré chegou a dizer que naturalmente sente falta de ritmo de jogo, mas se o Vica porventura optasse por ele contra o time carioca, estaria à disposição, só não garantia atuar os 90 minutos. Porém, de acordo com Vice, só atua quem estiver em plenas condições, o que não ocorreu com o lateral-direito. (L.M.)
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É agora ou nunca CRB precisa vencer hoje o Alecrim para entrar no G2 e aumentar suas chances de classificação Victor Mélo Editor de Esportes
O trabalho da temporada no CRB está em jogo. Desde o primeiro dia de treinamento do ano, a diretoria, a torcida e os jogadores só falam na tentativa de retorno à Série B do Brasileiro. O tempo passou, algumas reformulações no elenco foram feitas, e nesta tarde o Galo está diante de seu maior desafio. Não precisa buscar cálculos complexos para entender a importância da partida contra o Alecrim, às 16h, no Estádio Rei Pelé. O CRB está rigorosamente no meio da tabela do Grupo B da Terceira Divisão. Em cinco partidas, o Galo venceu duas, empatou uma e perdeu duas. Hoje, o seu destino na competição começa a ser traçado. Uma derrota para o vicelíder da chave, com nove pontos, vai praticamente representar o fim do sonho de lutar neste ano pela Série B e, de quebra, vai colocar o time numa situação delicada em relação ao risco de rebaixamento. O
empate mantém vivas as esperanças de classificação, ainda que remotas, mas a vitória vai impulsionar os jogadores e deixar o clube na segunda colocação, com excelentes chances de passar de fase. "Não tem mais o que trabalhar para esse jogo. Estamos focados nele há 15 dias, e chegou a hora de colocarmos tudo o que sabemos em prática. Faltam cinco partidas para tornarmos o milagre da classificação para a Série B possível, mas, para isso, precisamos contar com a força de nossos jogadores e nossa torcida. Essa partida contra o Alecrim é altamente decisiva, e estamos prontos para encarar nossa responsabilidade", discursou o técnico Edson Ferreira, que assumiu o CRB na partida contra o Campinense e conquistou uma vitória fora de casa. "Quando cheguei, a situação era bem mais difícil. Quase ninguém acreditava que poderíamos vencer o Campinense fora de casa, e, graças a Deus, conquistamos os três pontos. Agora, não podemos perder o embalo", emendou.
O técnico Edson Ferreira vai promover algumas mudanças na equipe titular do Clube de Regatas Brasil
Período de treinamentos na Pajuçara foi turbulento Os 15 dias de preparação do CRB para o jogo de hoje com o Alecrim poderiam ter sido mais proveitosos. Vários problemas fora do campo atrapalharam os treinamentos e tiraram o foco dos atletas da partida. O primeiro deles foi o atraso no salário do mês de julho e, em segundo lugar, a greve de advertência dos atletas. A diretoria pagou, mas resolveu sacudir o elenco com dispensas. No total, sete atletas foram desligados do clube, com destaque para o zagueiro Toninho, que era capitão do time e acabou se transferindo para o CSA. No embalo, foram embora os zagueiros Renan e Jaonir, os laterais Yure
e Fernando Bahia, o meia Wendell e o atacante Nino Guerreiro. Isso, sem contar os dois atletas que pediram desligamento: o volante André Silva e o lateral-direito Amaral. São nove jogadores a menos no grupo em relação ao jogo diante do Campinense. Mas os dirigentes também resolveram buscar reforços no mercado. Já chegaram ao clube e estão à disposição do técnico Edson Ferreira para a partida de hoje o zagueiro Alexandre (exCentro Limoeirense), o lateral-direito Ricardinho (ex-ASA e Centro Limoeirense), o meia Joílson (ex-Corinthians-AL) e o lateral-esquerdo Rafinha (reve-
lado pelo clube e que estava no Ipatinga). Para completar a série de obstáculos na preparação, o atacante Júnior Amorim não gostou de ser substituído no treino da última quarta-feira, jogou o colete no chão, se desentendeu com o treinador e é outro que pode deixar a Pajuçara. ÔNIBUS - Outra dor de cabeça que a diretoria do CRB teve durante a última semana foi a ameaça de greve dos motoristas e cobradores. Houve uma paralisação de advertência no último domingo, durante as partidas São Domingos x Sete de Setembro e
CSA x São Luiz, mas o problema foi, em parte, resolvido, e não vai faltar ônibus nesta tarde. Mas o aviso já foi dado:
se houver qualquer ato de vandalismo dentro dos coletivos, a greve vai voltar já no próximo jogo. (V.M.)
GUIA DO TORCEDOR
X CRB - Juninho; Ricardinho, Leandro, Alexandre e Dio; Glaydson, Jonathan, Lê (Eder ou Júnior Amorim) e Ewerton; Luciano Dias e Edmar. Técnico: Edson Ferreira. Quando: hoje Onde: Estádio Rei Pelé Hora: às 16h
ALECRIM - Jair; Ângelo, Fabiano, Maceió e Wescley; Hércules, Nivaldo, João Paulo (Silas) e Daniel; André Cassaco(Julio César) e Helinho. Técnico: Ferdinando Teixeira.
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Edson Ferreira ainda esconde o jogo
CRB depende apenas de suas forças para passar de fase no Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão
Adversário está invicto na Série C O Alecrim comemorou muito a vitória sobre o CRB na fase dos jogos de ida desta Série C. O time potiguar chegou a estar perdendo para o Galo por 2 x 1 no segundo tempo da partida disputada em Natal, mas se recuperou e virou para 3 x 2. Os jogadores consideram essa uma das jornadas mais importantes do clube na competição. Apesar de não ter muita tradição, o Alecrim faz uma excelente campanha no Grupo B. Com nove pontos conquistados, o time depende apenas de suas forças para chegar à segunda fase. Para isso, um dos jogos-chave é esse com o CRB. O Galo é um adversário direto da equipe potiguar e, por isso, o técnico Ferndinando Teixeira (ex-CSA) deve armar uma retranca para a partida de hoje. Sua equipe tem como principal característica a pegada, e os jogadores do CRB já sabem que não vão ter muito
espaço para criar. "É um adversário extremamente competitivo. Já conversei com os nossos jogadores sobre a qualidade do Alecrim, e eles sabem que precisam estar ligados durante os 90 minutos para não sermos surpreendidos em contra-ataques rápidos", observou o técnico Edson Ferreira. Depois de enfrentar o CRB, o Alecrim ainda joga fora de casa contra o Campinense, e encerra sua participação na fase de classificação em Natal, diante do Salgueiro. TIME - De acordo com o assessor de imprensa do Alecrim, Gabriel Peres, a equipe está indefinida para o jogo de hoje. "O zagueiro Márcio Blot é dúvida, por estar em fase final de recuperação de uma tendinite no joelho. Quem vem atuando em seu lugar é o zagueiro Maceió. O lateral-esquerdo Nego sofreu uma pan-
cada no rosto no jogo contra o ABC e está praticamente fora. Glaybon está se recuperando de uma lesão na coxa e, apesar de treinar, pode não ir para o jogo. Assim, Wescley foi testado na posição no último coletivo", informou Gabriel. Suspenso, o volante Marcelinho deve ser substituído por João Paulo ou Silas. "O primeiro em caso de uma formação mais defensiva; o segundo para o time jogar mais avançado", explicou o assessor. O atacante André Cassaco também se recupera de um pisão no tornozelo e não vem treinando. Se não puder atuar, Júlio César será a opção de Ferdinando. CAMPANHA - Em cinco jogos, o Alecrim venceu dois e empatou três. Nas partidas em que não teve mando de campo, empatou duas vezes, com o ABC e o Salgueiro. (V.M.)
O técnico Edson Ferreira resolveu fazer mistério para o jogo decisivo contra o Alecrim. Primeiro, ele trabalhou o time no 4-3-3, mas fez uma mudança no coletivo da última quarta-feira e aumentou o suspense sobre a equipe. O atacante Júnior Amorim foi sacado do time no treinamento para a entrada do meio-campista Eder. A alteração teve como objetivo dar mais equilíbrio ao Galo, que começou o trabalho com três atacantes e um meiaarmador, Ewerton. Com a entrada de Eder, Edson tentou dar um pouco mais de segurança à zaga, que já deve contar com a estreia de Alexandre, mas existe uma grande possibilidade de o meio-campista ser substituído por Lê. Certos mesmo no setor estão Glaydson e Jonathan. Na lateral-direita, o
treinador perdeu André Cunha, suspenso, e testou Amaral como substituto. Mas o jogador também pediu dispensa, e o técnico precisou lançar mão do recém-contratado Ricardinho. Completando a defesa, Leandro está confirmado, e Dio segue na lateralesquerda. No ataque, Luciano Dias e Edmar participaram dos treinos entre os titulares e devem ser escalados nesta tarde. RETORNO - O meia Ewerton sofreu uma lesão no tornozelo na primeira partida da fase de classificação contra o Alecrim, ficou no banco de reservas diante do Campinense, mas volta ao time titular para o duelo de hoje. Habilidoso, o jogador é um dos destaques do Galo nesta Série C. (V.M.)
TABELA DO BRASILEIRO SÉRIE C Atualizada antes do jogo de ontem GRUPO A 1º Paysandu 2º Fortaleza 3º Águia 4º São Raimundo 5º Rio Branco-AC
P 11 10 8 3 3
J 6 6 5 6 5
V 3 2 2 0 0
E 2 4 2 3 3
D 1 0 1 3 2
GP 13 7 7 8 6
GC 6 5 4 12 14
S 7 2 3 -4 -8
% 61% 55% 53% 16% 20%
GRUPO B 1º ABC 2º Alecrim 3º CRB 4º Campinense 5º Salgueiro
P 11 9 7 6 5
J 6 5 5 6 6
V 3 2 2 2 1
E 2 3 1 0 2
D 1 0 2 4 3
GP 11 8 7 5 6
GC 5 6 7 6 12
S 6 2 0 -1 -6
% 61% 59% 46% 33% 27%
GRUPO C 1º Macaé 2º Luverdense 3º Ituiutaba 4º Marília 5º Gama
P 10 9 8 5 4
J 5 6 5 6 6
V 3 2 2 1 0
E 1 3 2 2 4
D 1 1 1 3 2
GP 9 8 4 6 4
GC 4 6 2 10 9
S 5 2 2 -4 -5
% 66% 50% 53% 27% 22%
GRUPO D 1º Chapecoense 2º Caxias 3º Brasil-RS 4º Criciúma 5º Juventude
P 10 8 8 7 4
J 6 5 6 5 6
V 3 2 2 2 0
E 1 2 2 1 4
D 2 1 2 2 2
GP 7 5 4 5 3
GC 6 4 5 3 6
S 1 1 -1 2 -3
% 55% 53% 44% 46% 22%
PG - pontos ganhos; J - jogos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas; GP - gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols.
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Esportes 6
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Guia do torcedor BRASILEIRÃO Equipe 1º Fluminense 2º Corinthians 3º Santos 4º Botafogo 5º Internacional 6º Cruzeiro 7º Ceará 8º Atlético-PR 9º Palmeiras 10º Avaí 11º Vasco 12º Guarani 13º São Paulo 14º Vitória 15º Flamengo 16º Grêmio 17º Atlético-MG 18º G.Prudente 19º Atlético-GO 20º Goiás
PG 38 34 30 30 28 28 25 24 24 23 23 23 22 22 21 19 17 16 14 13
J 18 17 17 18 17 18 18 18 18 18 17 18 18 18 18 18 18 18 18 18
V 11 10 9 8 8 7 6 7 5 6 5 5 5 5 5 4 5 4 3 3
E 5 4 3 6 4 7 7 3 9 5 8 8 7 7 6 7 2 7 5 4
D 2 3 5 4 5 4 5 8 4 7 4 5 6 6 7 7 11 7 10 11
GP 31 29 29 28 22 19 15 22 19 28 17 20 22 21 14 21 21 19 18 15
GC 14 18 22 18 19 15 13 28 19 28 18 23 23 22 15 24 31 23 25 32
SG 17 11 7 10 3 4 2 -6 0 0 -1 -3 -1 -1 -1 -3 -10 -4 -7 -17
% 70% 67% 59% 56% 55% 52% 46% 44% 44% 43% 45% 43% 41% 41% 39% 35% 31% 35% 26% 24%
ATUALIZADA ANTES DOS JOGOS DE ONTEM
Piloto Lewis Hamilton» Mark Webber» Sebastian Vettel» Jenson Button» Fernando Alonso» Felipe Massa» Robert Kubica» Nico Rosberg» Adrian Sutil» Michael Schumacher» Rubens Barrichello» Kamui Kobayashi» Vitaly Petrov» Vitantonio Liuzzi» Nico Hulkenberg» Sebastien Buemi» Pedro de la Rosa» Jaime Alguersuari» Heikki Kovalainen» Karun Chandhok» Lucas di Grassi» Jarno Trulli» Timo Glock» Bruno Senna» Sakon Yamamoto»
Equipe McLaren» Red Bull» Red Bull» McLaren» Ferrari» Ferrari» Renault» Mercedes» Force India» Mercedes» Williams» BMW Sauber» Renault» Force India» Williams» Toro Rosso» BMW Sauber» Toro Rosso» Lotus Racing» HRT» Virgin» Lotus Racing» Virgin» HRT» HRT»
Hoje Campeonato Brasileiro 16h00 - Avaí x Atlético-PR 16h00 - Palmeiras x Cruzeiro 16h00 - Guarani x Fluminense 16h00 - Flamengo x Santos 18h30 - Atlético-MG x São Paulo 18h30 - Atlético-GO x Vitória 18h30 - Internacional x Grêmio Prudente Campeonato Brasileiro - Série C 16h00 - CRB x Alecrim 16h00 - Juventude x Chapecoense 16h00 - Criciúma x Caxias 17h00 - Paysandu-PA x São RaimundoPA 17h00 - ABC x Campinense-PB 19h00 - Rio Branco-AC x Águia de Marabá Campeonato Brasileiro - Série D 15h00 - Iraty x Joinville 16h00 - Santa Cruz-PE x Guarany-CE 16h00 - Fluminense-BA x Brasília 16h00 - Operário x Metropolitano-SC 17h00 - América-AM x Mixto 17h00 - Sampaio Correa-MA x CSA 19h00 - Vila Aurora x Remo Campeonato Argentino - Apertura 14h10 - Quilmes x Huracán 16h15 - Gimnasia y Esgrima x Lanús 19h30 - Banfield x Tigre 20h20 - Vélez Sarsfield x River Plate
FÓRMULA 1 – CLASSIFICAÇÃO
Posição 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
AGENDA
Pontos 182 179 151 147 141 109 104 102 45 44 30 21 19 13 10 7 6 3 0 0 0 0 0 0 0
Terça-feira Campeonato Brasileiro - Série B 16h10 - Ponte Preta x ASA 16h10 - Santo André x Icasa 16h10 - Vila Nova-GO x Portuguesa 16h10 - Sport x Brasiliense-DF 18h30 - Bragantino x América-MG 18h30 - Ipatinga-MG x Paraná Clube 18h30 - América-RN x Bahia 18h30 - Duque de Caxias x Guaratinguetá 21h00 - Figueirense x São Caetano 21h00 - Coritiba x Náutico Copa Sul-Americana 19h30 - Guaraní (PAR) x Unión San Felipe 22h45 - Atlético Huila x San José Eliminatórias da Eurocopa 12h00 - Rússia x Eslováquia 14h00 - Geórgia x Israel 14h30 - Belarus x Romênia 14h30 - Malta x Letônia 14h30 - Bulgária x Montenegro 15h00 - Turquia x Bélgica
15h00 - Macedônia x Armênia 15h00 - Suécia x San Marino 15h15 - Albânia x Luxemburgo 15h15 - Dinamarca x Islândia 15h15 - Rep. Tcheca x Lituânia 15h30 - Áustria x Cazaquistão 15h30 - Sérvia x Eslovênia 15h30 - Holanda x Finlândia 15h30 - Hungria x Moldova 15h30 - Croácia x Grécia 15h30 - Noruega x Portugal 15h45 - Alemanha x Azerbaijão 15h45 - Irlanda x Andorra 15h45 - Suíça x Inglaterra 15h50 - Itália x Ilhas Faroe 16h00 - Bósnia-Herzegóvina x França 16h00 - Escócia x Liechtenstein Quarta-feira Campeonato Brasileiro 19h30 - Fluminense x Ceará 19h30 - Cruzeiro x Internacional 19h30 - Grêmio x Atlético-GO 19h30 - Goiás x Guarani 22h00 - São Paulo x Flamengo 22h00 - Vitória x Palmeiras 22h00 - Atlético-PR x Corinthians Copa Sul-Americana 22h00 - Universitario de Sucre x Cerro Porteño 23h00 - Independiente Santa Fe x Caracas Recopa Sul-Americana 20h15 - Estudiantes x LDU Quinta-feira Campeonato Brasileiro 21h00 - Santos x Botafogo 21h00 - Vasco x Atlético-MG 21h00 - Grêmio Prudente x Avaí Copa Sul-Americana 19h30 - Argentinos Juniors x Independiente Sexta-feira Campeonato Brasileiro - Série B 21h00 - Náutico x Duque de Caxias 21h00 - Paraná Clube x Ponte Preta 21h00 - ASA x Bragantino Campeonato Argentino - Apertura 19h10 - Tigre x Gimnasia y Esgrima 21h15 - Colón x All Boys Campeonato Alemão 15h30 - Mainz x Kaiserslautern
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Esportes
7
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PACAEMBU
Quero jogar!
Palmeiras vai receber o Cruzeiro
Atacante Deivid pode ser a novidade do Flamengo no clássico de hoje com o Santos Alexandre Loureiro / VIPCOMM
O atacante Deivid, do Flamengo, participou de jogotreino contra o Sendas, quintafeira, e mostrou que está com vontade de ajudar a equipe hoje, às 16h, contra o Santos, no Maracanã. O Rubro-Negro, que atuou com os jogadores reservas, venceu a atividade por 2 x 1, mas o camisa 99 não marcou nenhum gol. Na verdade, a vitória foi garantida por Cristian Borja e Guilherme Camacho, porém, Deivid apresentou-se a todo momento e se movimentou bastante. “Fazer físico é uma coisa completamente diferente de jogar. Quero jogar e ajudar o grupo para que possamos sair do Maracanã vencedores”, disse Deivid, após o treino. O jogador sabe que é visto como salvador da pátria, dada a escassez de gols do ataque rubro-negro, e, mais uma vez, se disse pronto para encarar a nova responsabilidade. “Desde o acerto, estou acompanhando o que acontece no time do Flamengo. Sei desta situação de ser o salvador pelo fato de o Adriano ter
O atacante Deivid foi o principal reforço do Fla deste semestre
feito grandes jogos e gols, e de ter conquistado o Brasileiro. De uma certa forma, são boas essas cobranças e essa responsabilidade, e o jogador de futebol tem de estar pronto para isso. Estou pronto para poder estrear e fazer bons jogos - completou.
Flamengo e Santos se enfrentam no Maracanã no último jogo antes do fechamento do estádio para as obras da Copa do Mundo de 2014. NEYMAR - Depois de emplacar a quinta vitória consecutiva, o técnico Dorival
Júnior ganhou um problema para a partida contra o Flamengo: não poderá contar com Neymar, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Segundo o treinador, o Santos precisará de uma readaptação sem a Joia, fundamental para a equipe nesta temporada. “Todo o grande jogador acrescenta, principalmente com a ausência dos que já saíram. Vejo que a equipe sabe jogar, teremos que buscar uma adaptação rápida porque não temos o Neymar. Precisarem os entender, alguns momentos contaremos com ele, outros não”, disse. Dorival ainda não cogitou os possíveis substitutos para o camisa 11, mas admitiu que o atacante Marcel, autor do segundo gol santista, está no páreo. “As vagas estão sempre em aberto, pois titularidade em uma equipe de futebol é momentânea. Tem um jogador que estava parado (Keirrison) e o Marcel que precisa de uma sequência. Os que derem uma resposta direta vão se definindo”, disse.
FLUMINENSE
Muricy praticamente descarta volta de Fred contra o Guarani A torcida do Fluminense deve ter que esperar um pouco mais para ver o retorno de Fred. Em coletiva após o treino de sexta-feira, o técnico Muricy Ramalho confirmou que a escalação do camisa 9 para o jogo contra o Guarani, hoje, às 16h, em Campinas, é improvável. Na manhã de sexta,
Fred ficou outra vez de fora do treinamento nas Laranjeiras, onde realizou apenas trabalho físico na piscina. “É difícil, mas não está descartado. O Fred sofreu uma lesão grave e está há muito tempo sem jogar. Ele tem trabalhado muito duro para recuperar a forma física, portanto, temos que ter um pouco de
paciência”, comentou o técnico tricolor. Fred está afastado dos gramados desde o dia 25 de julho, quando sofreu um estiramento na panturrilha esquerda, no empate em 1 x 1 com o Botafogo, no Engenhão. Enquanto isso, seu substituto para a posição, Washington, não tem sido unanimidade
dentro da torcida tricolor. No entanto, Muricy diz que não há motivos para pressa. E prefere esperar até que o artilheiro esteja 100 % para poder voltar à equipe. “Como ainda tem muito campeonato pela frente, a preocupação é dar base física para o Fred, para que ele possa suportar o restante da temporada”.
O empate com o Fluminense por 1 x 1, conquistado nos minutos finais da partida no Macaranã, deu aos jogadores do Palmeiras uma nova sensação. Ao invés de se sentirem incomodados com a situação da equipe no Campeonato Brasileiro, o time agora tem um forte sentimento de esperança, de que a regularidade tão almejada, enfim, está mais perto. Hoje, o Verdão duela com o Cruzeiro, às 16h, no Pacaembu. “Nossa confiança cresceu e esse negócio de irregularidade ficou para trás. Todo o time tem feito um bom papel e estamos mais confiantes, principalmente na defesa. Todos os jogadores têm marcado bem, desde o ataque, e por isso não estamos sofrendo muitos perigos”, disse o zagueiro Maurício Ramos. O Palmeiras tem 24 pontos. A equipe se prepara para o reencontro com a torcida, depois da derrota por 3 x 0 para o Atlético-GO no Pacaembu, há três rodadas. Depois de conquistarem quatro pontos em jogos fora de casa – o time ainda venceu o Atlético-MG no Ipatingão – , os jogadores querem manter o ritmo contra o Cruzeiro, adversário direito por uma vaga no G-4 – tem 28 pontos. “Devagar nós vemos que o time está melhorando. Continuamos com muitos defeitos, mas a personalidade e a sequência dos últimos jogos nos deixa mais animados. Não podemos mudar a característica. Com o time aberto, como ocorreu diante do Atlético-GO, será complicado. É tentar achar um padrão de jogo, coisa que o Felipão está tentando neste momento”, afirmou o goleiro Marcos.
Esportes 8
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