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O JORNA L Maceió, domingo, 6 de junho de 2010 | Ano XVI | Nº 156 | www.ojornalweb.com
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ALAGOAS
R$ 2,00
Polícia Civil constata que número de assassinatos cresceu 16,5% em AL Análise sobre a violência foi feita comparando-se os dados estatísticos relativos a 2009 e 2010 Páginas A2 e A3 Yvette Moura
Estado é o que mais interna adolescentes
ntre os anos de 2008 e 2009, Alagoas foi um dos estados que mais registraram internações de adolescentes. Dados revelam que a taxa de crescimento foi de 79%. Até a última sexta-feira, 141 menores estavam sob a custódia do Estado. Mais da metade cumE pre medidas socioeducativas. O Ministério Público diz que as internações só em último caso. Páginas A13, A14 e A15
Marco Antônio
Dois
Em entrevista, ministro diz que TSE se mantém atento
Thallysson Alves - Estagiário
Em entrevista a O JORNAL, o ministro do TSE, Arnaldo Versiani, avaliou que uma das preocupações nas eleições deste ano é com a propaganda eleitoral, principalmente se a disputa for acirrada. orró autêntico pede passagem: forrozeiros alagoanos, como o folclórico Tororó do Rojão, lutam por espaço e reconhecimento no Estado. Páginas B1, B4 e B5
F
Luiza Dantas/Carta Z Notícias
TV Tadeu Schmidt conta histórias sobre futebol
Página A4
O JORNAL traz hoje um raio X sobre a seleção de Dunga Aseleção brasileira passou por um período de modificações desde a chegada do técnico Dunga, em julho de 2006. Ele preparou uma rígida cartilha, fechou sua “família” e excluiu os malcomportados.
festa do futebol mundial vai começar e, por aqui, a torcida será dividida em alguns lares. Argentino, Fernando Flores vai torcer A sozinho em casa. Sua mulher e filho são brasileiros. Página A17
Esportes
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O JORNAL
Política A2
Pauta Geral pautageral@ojornal-al.com.br
HELVIO AUTO 1 O Hospital Escola Dr. Helvio Auto (antigo HDT) - e Unidade de Saúde da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) - vem sofrendo com sobrecarga no serviço de emergência por uma grande demanda de pacientes que são enviados ao hospital portando encaminhamentos, feitos por outras unidades de saúde da capital e do interior do Estado. Em muitas situações, pacientes com suspeita de estarem com dengue poderiam ser tratados nas unidades básicas de saúde ao invés de serem enviados ao Helvio Auto. As informações são da coordenação de comunicação do hospital. “Não é função do Helvio Auto atender pacientes com dengue clássica (grupo A). As Unidades de Tratamento de Dengue devem estar preparadas para atender o grupo B, eventualmente o C, de fácil recuperação se o Protocolo for seguido, e garantir a hidratação inicial do grupo D”, explica a gerente-geral do hospital Luciana Pacheco, acrescentando que, no Helvio Auto, apenas os casos mais graves de dengue e os de dengue hemorrágica é que devem ser encaminhados ao hospital, de acordo com o Plano de Contingência à Dengue do Estado. Também foi informado pela coordenação de comunicação do hospital que o Helvio Auto só faz o primeiro atendimento quando o paciente vier com encaminhamento por escrito enviado pelo médico que o atendeu em outra unidade de saúde, caso haja grande suspeita de alguma doença infecto-contagiosa.
DIREITO ELEITORAL Com uma exposição descontraída e bem fundamentada o promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais, Thales Tácito Pontes, abriu o ciclo de palestra do segundo dia de debates no VII Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, na manhã do último sábado. Ele falou sobre a “Inconstitucionalidade da Lei 12.034/2009”. Thales Tácito explicou que a lei em questão trata dos partidos políticos e estabelece normas para as eleições. No que se refere à execução e fiscalização das leis, Tácito afirma que nem sempre o Legislativo preserva a moralização imposta pelo Judiciário.
COPA... A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, em razão da participação da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo e da necessidade de disciplinar o horário de funcionamento das Varas e comarcas do Estado, alterou o horário de expediente do Poder Judiciário alagoano nos dias de jogos da seleção. Por este motivo, no dia que a partida se realizar às 15h30, o funcionamento será de 7h30 da manhã às 13h30, já quando a partida se realizar às 11 horas da manhã, o funcionamento será de 7 horas às 10 horas da manhã, compensando-se as três horas restantes nos dois dias úteis subsequentes.
Domingo, 6 de junho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Número de assassinatos cresceu 16,5% em Alagoas, diz a polícia No bairro de Santa Lúcia, homicídios subiram 500%; Coruripe lidera no interior Odilon Rios Repórter
Cada corpo virou um número no setor de estatística da Polícia Civil de Alagoas. E eles mostram uma profecia macabra, um retrato do mundo do crime no Estado que lidera os índices de homicídios entre jovens, segundo o Ministério da Justiça: é possível prever, com poucas chances de errar, o momento quase exato em que uma bala deixa a agulha e arranca mais uma vida entre tantas já perdidas na guerra contra o crime. Mote da campanha este ano, a violência e o número de mortes renderam um novo embate entre o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) na semana que passou. Lessa acusa Vilela de negligência na área de segurança; Vilela rebate e chama o discurso do ex-governador de ação eleitoral, para antecipar a campanha ao Palácio República dos Palmares. As convenções para definir a posição de cada partido e cada personagem serão feitas até o dia 30 de junho. Pelos dados obtidos por O JORNAL, é possível perceber o crescimento no número de homicídios.
OS DADOS - Seguindo os Se forem comparados os frios números, mata-se mais números de março de 2010 jovens entre 18 e 24 anos, aos com o mesmo mês de 2009, o domingos, à noite, entre 18 percentual dos crimes teve vahoras e 23h59, no Benedito riação negativa: -12,5%. Então, Bentes. A cada 100 mortos, 80 pode-se andar mais tranqüilo são assassinados por armas de pelas ruas? Não. Quando comfogo. Os dados são do setor de parados os assassinatos entre estatística da Polícia Civil e ref- os três primeiros meses deste erem-se ao mês de março. ano e os três primeiLevando-se em conta apenas ros do ano passado: Maceió, há bairros que o aumento foi de não registraram um 16,5%. único homicídio No interior do Esneste mês. E não são tado, Coruripe é o Conselho os mais ricos, como lugar que mata mais. entendeu que se poderia pensar. Comparando-se os Nesta lista estão meses de março 2009 números, Chã de Bebedouro, e 2010, variou-se por serem Ponta da Terra, Poço 800%; em Ibateguara, explosivos, e São Jorge. a variação foi de não poderiam Então, o Benedi400%. Em Poço das ser tornados to Bentes é o bairro Trincheiras e União públicos mais violento de dos Palmares, o cresMaceió? A resposta cimento foi de 300%. é não. ComparandoNo comparativo dos se os dados de homicídios, a variação foi março deste ano de 37,3%. com os do ano pasE as cidades que não matasado, descobre-se que no Santa ram ninguém, no comparativo Lúcia o aumento dos assassi- março 2009/2010? Segue a lista natos foi de 500%, seguido do das 28: Belém, Branquinha, Benedito Bentes, 433,3%, Campestre, Capela, Carneiros, Centro, Clima Bom e Jardim Chã Preta, Dois Riachos, EsPetrópolis, com aumento de trela de Alagoas, Igreja Nova, 200% e Tabuleiro dos Martins: Jacaré dos Homens, Jaramata180%. Os assassinatos aumen- ia, Jequiá da Praia, Jundiá, Mataram 13,3%, nos bairros da jor Izidoro, Maravilha, Mar capital. Vermelho, Minador do Ne-
grão, Monteirópolis, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Pão de Açúcar, Pariconha, Pindoba, Porto de Pedras, Santana do Mundaú, São Miguel dos Milagres e Tanque D’Arca. O JORNAL ouviu relatos de autoridades. As reclamações são velhas, mas a principal delas: a polícia está nos tempos analógicos e o crime descobriu a modernidade- a era digital. O “GPS” da polícia são os velhos rádios HP, o equipamento que chia enquanto os policiais se contorcem para registrar crimes com papel e caneta. “Estamos quase perdendo a guerra contra o mundo do crime. E a gente só vira a mesa se todos se unirem em uma luta comum”, admite o coordenador do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual, Alfredo Gaspar de Mendonça. Considerando os números da Polícia Civil, e somando os assassinatos registrados na capital, área metropolitana e interior do Estado- em março de 2010- foram 202 pessoas. Destas, 43 mortas aos domingos e 32 aos sábados. Das mesmas 202 pessoas mortas em março, 91 foram assassinadas à noite (entre 18 horas e 23h59).
... DO MUNDO A desembargadora-presidente determinou ainda a suspensão dos prazos processuais nos dias de jogos. A decisão está publicada no Diário de Justiça Eletrônico da última sexta-feira e será comunicada oficialmente ao Ministério Público Estadual, à Defensoria Pública do Estado, à Advocacia Geral do Estado e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Alagoas.
MEIO AMBIENTE A 2ª Semana Integrada do Meio Ambiente será encerrada hoje, com o tradicional passeio ciclístico, com saída marcada para as 8 horas da manhã, no Pontal da Barra. O passeio deve percorrer a orla marítima até o antigo Alagoinha, Ponta Verde, onde haverá distribuição de prêmios. O evento é promovido pelo Instituto do Meio Ambiente e reúne, todos os anos, cerca de 1.500 ciclistas, entre crianças, jovens e idosos.
PARCERIA
Comparando-se os primeiros trimestres de 2009 e 2010, houve aumento de 13,3% no número de assassinatos nos bairros da capital alagoana
Relatório é espécie de “prova real” das ocorrências A cena é de 2002: com a camisa da seleção brasileira de futebol, o presidente Lula conversa, descontraído, com o então governador Ronaldo Lessa, em São Paulo, após um dos jogos do time canarinho.
DIRETAS Com as fortes chuvas, todo cuidado é pouco, em especial no trânsito. E que a possibilidade de acidentes aumenta. Cautela nunca é demais para aqueles que precisam dirigir por estes dias.
O “Relatório Estatístico Mensal das Ocorrências de Homicídio no Estado de Alagoas” é um documento considerado secreto pelo governo. Isso porque tem detalhes que, segundo se diz, podem prejudicar o trabalho de investigação ou estratégia da polícia, se revelados ao público. São números tão explosivos que ano passado, em uma reunião do Conselho Estadual de Segurança, os conselheiros resolveram que eles não poderiam ser tornados públicos e as reuniões seriam secretas. Este documento é feito com base em investigações policiais e tem uma espécie de “prova
real”: os jornais. Um deles é O JORNAL, além de sites, Instituto Médico Legal e Hospital Geral do Estado. A reportagem conseguiu uma cópia tanto deste relatório e das ocorrências de homicídios em todas as delegacias do Estado. Isso do mês de março. Os dados chamam a atenção para o clima de intranqüilidade, conhecido há muito tempo nas ruas. A papelada também faz um comparativo com os números registrados em março do passado, além de um balanço comparado a janeiro e nos três primeiros trimestres do ano passado e semelhante período em 2010.
Por exemplo: em março de 2009 e o mesmo mês, em 2010, na capital, houve variação positiva de 13,3% no número de homicídios. Variação positiva significa aumento; negativa, diminuição. Na região metropolitana - as cidades ao redor de Maceió - a variação foi negativa: -12,5%. No interior, esta mesma variação foi positiva: 37,3%. Isso significa que, em média, esta variação foi 21,7% maior este ano que em março de 2009. Matou-se mais, em resumo, levando em conta o comparativo março 2009/2010. Em março, foram registrados 202 assassinatos, média de
6,5 pessoas por dia. Em 2010, o mês com mais mortes- isso em Maceió- foi janeiro: 99; na área metropolitana, também foi o mês de janeiro: 16. No interior, as mortes aconteceram mais no mês de março: 103. Nos meses com menos mortes, também este ano, matou-se menos em Maceió em fevereiro-74; na região metropolitana, os meses foram fevereiro e março: 14. No interior, menos homicídios aconteceram em janeiro: 79. As armas de fogo sempre encabeçam a lista: arrancaram mais vidas em janeiro. (O.R.) (Continua na página A3)
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Política
O JORNAL JORNA L A3
Domingo, 6 de junho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: politica@ojornal-al.com.br
Contexto Roberto Vilanova - bobvilanova@hotmail.com
VOCÊ SABIA? A Mineradora Vale Verde já realizou 603 sondagens em solo do Agreste alagoano, compreendendo os municípios de Arapiraca e Craíbas. Somando-se o tamanho dessas sondagens ter-se-á o equivalente a 98 quilômetros perfurados no subsolo – que é igual à distância Maceió-Atalaia, ida e volta. Foram registradas 344 ocorrências de minerais, sendo 30 nãometálicos. Entre os minerais metálicos, o Ferro do Agreste alagoano registrou o segundo maior teor de pureza do País. Também detectaram o Ouro, o Vanádio, o Cobre, o Níquel e o Bismutinita. Entre os minerais não-metálicos as pesquisas revelaram a presença de Vermiculita – que serve à produção de isolante térmico e acústico; Grafita – que é utilizado na produção de gerador elétrico, anti-corrosivos, lonas de freios, fitas magnéticas e espoletas para granada de morteiro; e Halita – que contém Cloreto de Sódio e é usado em curtumes; se misturado com Cálcio, Fósforo e Sais Minerais produz ração animal. Mas, o mais importante da descoberta é o Vanádio porque se imaginava que o Brasil não o possuía. O Vanádio é usado pela indústria eletrônica para produção de semicondutores de energia. E o País importa 4 mil toneladas por ano.
LÁ FORA O minério extraído no Agreste alagoano deverá ser beneficiado na unidade de beneficiamento da Vale do Rio Doce, em Camaçari-BA. Isto, se o Estado não atender as exigências da mineradora para garantia dos insumos básicos.
Documento mostra erro em soma Considerando os números do setor de Estatística da Polícia Civil, os casos de homicídios cresceram 16,5%. Interessante que nesta parte do documento existe um erro na soma dos números. Diz-se que de janeiro a março de 2009, 494 pessoas foram assassinadas no mesmo trimestre; só que, este ano, descrevem-se 194 assassinatos, o que daria uma variação negativa de - 60,7%, portanto, queda da violência. Uma simples calculadora muda os números: somando-se os assassinatos, são 576 - e não 194. Isso entre janeiro e março deste ano. E a média, de negativa, passa a ser positiva- portanto, desfavorável a quem comba-
te o mundo do crime: 16,5%. Pelos números da Polícia Civil, em 14 bairros de Maceió, houve queda de 70,5% no número de assassinatos. Isso no
mês de março de 2010. São eles: Bom Parto, Canaã, Chã de Bebedouro, Farol, Jacintinho, Jaraguá, Levada, Pescaria, Pitanguinha, Poço, Ponta Grossa, Santos
Dumont, Trapiche da Barra e Vergel do Lago. Na área metropolitana, no comparativo março 2009/2010, essa queda foi de 80%, em três cidades: Marechal Deodoro, Messias e Paripueira. No interior, levando-se novamente em conta o mês março 2009/2010, houve redução dos homicídios: -74,5%. Em Água Branca, Campo Alegre, Campo Grande Canapi, Coité do Nóia, Craíbas, Delmiro Gouveia, Inhapi, Japaratinga, Junqueiro, Olho d’Água Grande, Porto Real do Colégio, Quebrangulo, Roteiro, Santana do Ipanema, São José da Tapera, São Luiz do Quitunde, São Sebastião, Taquarana e Teotônio Vilela. (O.R.)
INSUMOS Para beneficiar o minério em Alagoas, a Mineradora exige uma linha de energia elétrica exclusiva e uma adutora com vazão mínima de 37 metros cúbicos por segundo. São projetos que o governo do Estado não tem como tocar sozinho.
RIQUEZA ALAGOANA Até o começo da década de 70, Batalha e Jaramataia eram os maiores produtores de amianto do País. Perdeu a posição para Minaçu-GO.
Conselheiro diz que faltam condições para polícia
CONFIRMA
O OUTRO
O secretário estadual de Educação, Rogério Teófilo (PPS), comunicou ao governador Téo Vilela (PMDB) que é candidato a prefeito de Arapiraca em 2012. Rogério é vice-prefeito, mas não tem espaço com o prefeito Luciano Barbosa (PMDB).
O prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, trabalha a candidatura de Paulo Sérgio para a sua sucessão. Sobrinho do ex-prefeito Severino Leão e ex-gerente da Caixa Econômica na cidade, Paulo Sérgio é secretário para assuntos aleatórios de Luciano.
O aumento do número de homicídios não é mais novidade no Conselho Estadual de Segurança. O presidente, Delson Lyra, diz que a polícia não tem as condições ideais para combater o crime. Primeiro, os rádios dos carros são analógicos, quando deveriam ser digitais e os veículos equipados com GPS. “O que estão faltando são instrumentos de controle e um combate com mais qualidade ao mundo do crime. Por exemplo: sou contra a Lei Seca porque não existe uma forma de fiscalização eficaz. Além disso, há áreas da cidade em que os bares abrem e outras não. Abrem os da área rica de Maceió; fecham os da região mais pobre. Para mim, isso não funciona”, explicou Lyra. “O que eu vejo é que não dá para combater a criminalidade usando os moldes atuais. Esse modelo não funciona. Se sabemos a hora em que o crime acontece, é hora de usarmos instrumentos que possam aprimorar a redução da violência”. Não seriam instrumentos
POTE DE MÁGOAS Colega de Ronaldo Lessa na faculdade, o engenheiro José Carlos Barbosa abriu as portas de Arapiraca para Lessa. Mas, este ano, não quer ouvir falar em eleição.
AQUI
PAREIA
A ex-prefeita Kátia Born (PSB) não quer nem ouvir falar em Câmara Federal. Ela disse que não troca a candidatura para deputada estadual por nada nesse mundo. “Está decidido. Meu lugar é em Alagoas, na Assembleia Legislativa”, avisou.
O deputado estadual Judson Cabral (PT) viu uma pesquisa para o Senado onde a vereadora Heloísa Helena (PSOL) está na frente do senador Renan Calheiros (PMDB) por diferença mínima. Mas, no segundo voto Heloísa dispara feito bala.
SEM DESPEDIDA
caros demais? “Não, há medi- do os entorpecentes”, analidas que não são muito onero- sou. sas. Eu não sei o porquê das Para Mendonça, os agenviaturas terem o velocímetro tes públicos e a sociedade civil quebrado, indicando a quilo- organizada ainda não estão metragem. Por que quebra preparados para o combate ao tanto assim? O do meu carro avanço das drogas. “O que eu não quebra. Há outras medisinto é que falta a pardas, claro”, explicou o preticipação maior do setor sidente do conselho. produtivo. E não temos Coordenador do uma política para retiPromotor rar o usuário de drogas Gecoc - o grupo que combate o crime orga- observa que deste mundo e transnizado no Ministério para outro, reexiste uma feri-lo Público Estadual - o cuperá-lo. Temos muipromotor Alfredo Gas- mistura no tas batalhas perdidas a par de Mendonça diz mundo do acredito que este trabaque é necessário saber crime: arma lho é para uma outra a procedência das argeração. E não digamos mas de fogo. Isso por- mais o crack apenas que isso aconque existe uma mistutece apenas em um ra no mundo do crime: bairro ou outro: em todos a arma mais a droga, vemos isso”. neste caso, cita o promotor, o avanço do uso do crack. RETRATO - Presidente da “Vou dar um exemplo: Comissão de Direitos Humaquando iniciei como promo- nos da Ordem dos Advogados tor, a gente percebia que o nú- do Brasil (OAB), seccional mero de agressões era alto e Alagoas, Gilberto Irineu diz tinha a bebida como um dos ter recebido um caso, na secomponentes. Em 1999/2000, mana passada, que pode ser percebemos uma mudança, considerado um retrato da vioque vai se consolidando com lência: “Um menino de 16 anos o tempo: os crimes envolven- procurou a OAB dizendo que Lula Castello Branco
estava vendendo crack, não consome e mora no Benedito Bentes. Ele diz que não quer mais vender crack, deixa a pedra na casa do traficante, o traficante leva de volta a pedra para a casa dele e manda um aviso: se ele recusar, mata a mãe dele”, detalhou. “O que a gente percebe é que se perdeu o controle disso. Precisaria-se implantar um policiamento mais ostensivo. Antes, quando se matava, desovava-se o corpo na Cachoeira do Meirim. Hoje, mata-se cruamente e deixa o corpo na rua. E a maioria dos casos que vemos envolve o crack. Isso se tornou barbaramente comum”. Por semana, são enviados quatro casos, envolvendo abuso de autoridade policial, para as corregedorias das polícias Civil e Militar. Ao mesmo tempo, a droga entra em bairros da parte baixa de Maceió pela lagoa Mundaú. “Se se percebe que o crime é registrado em determinados horários, deve-se aumentar o policiamento”, afirmou Gilberto Irineu. (O.R.) Yvette Moura
No último dia da gestão do juiz André Granja como corregedor eleitoral deu-se um “apagão” e o Tribunal Regional Eleitoral não se reuniu por falta de quórum.
DA NÓIA O deputado Marcos Ferreira (PSDB) disse que existem dois mil viciados em crack em Alagoas aguardando na fila para serem tratados. Por isso, ele propôs a audiência pública, nesta segunda-feira, 7, para discutir o Fundo de Combate às Drogas.
FRIA Em Penedo, o vereador Cidoca (PR) descobriu uma nota fiscal emitida pela prefeitura no valor de R$ 37 mil. O dinheiro foi para pagar um evento que o vereador garante não ter sido realizado.
EXPRESSAS Terça-feira, 8, os líderes de bancada se reúnem para decidir quando finalmente a PEC do piso nacional de salário dos policiais será votada. Mas, é bom lembrar o que disse o senador Marcelo Crivella, quando esteve em Maceió: “O piso nacional de salário dos policiais é uma proposta eleitoreira”. Trocando em miúdos: a PEC 300 é uma jogada para a plateia que implica em rombo astronômico e os Estados não têm como bancá-la. Nem a União. Começa nesta 2ª feira, 7, o treinamento para o Pólo de Confecções de Murici. São 160 horas/aula sobre produção de uniformes, roupas íntimas e de praia. Hospital Santa Rita, de Palmeira dos Índios, tem R$ 1 milhão para receber de Emenda no Orçamento da União para compra de equipamentos. Delson Lyra observa: há medidas menos onerosas contra o crime
Mendonça diz que falta preparo para combater avanço das drogas
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Política
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ENTREVISTA/ARNALDO VERSIANI
“Justiça Eleitoral tem se mantido atenta” Alexandre H. Lino Repórter
ministro Arnaldo Versiani, do Tribunal Superior Eleitoral, acredita que um dos principais problemas da eleição deste ano é a propaganda. Para ele, o acirramento entre as principais candidaturas - em nível nacional - faz com que a campanha seja disputada e eleve o número de processos no TSE. Este reflexo também termina sendo reproduzido nos Estados e terá acompanhamento especializado da Justiça eleitoral, assegurou nesta entrevista a O JORNAL. Mineiro, o ministro não esconde o jogo quando precisa criticar o aumento con-
O
- Qual a sua opinião sobre o Ficha Limpa e seu funcionamento nesta eleição? - Como o TSE ainda vai discutir essa questão, eu ainda não posso tecer opiniões e nem emitir manifestações a cerca desse projeto. Como falei na minha palestra, vamos aguardar primeiro que o Ficha Limpa seja promulgado, passe a virar lei para só então a Justiça Eleitoral e o próprio Supremo Tribunal Federal entender de como será a aplicabilidade, se valerá para essa ou para futura eleição. [Na noite de sexta-feira o presidente Lula sancionou o Ficha Limpa sem nenhuma alteração].
siderável no volume de processos que se eleva em anos eleitorais. Ele também defende o voto dos presos provisórios e a implantação do voto em trânsito. O ministro ainda foi enfático quanto a possibilidade de envio de tropas federais ao Estado caso sejam registrados casos de violência no período eleitoral. Versiani esteve em Alagoas na semana que passou e teve uma das palestras mais concorridas do VII Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, organizado pela Associação Alagoana de Magistrados (Almagis) e pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Para o ministro, ainda não se pode dizer se o “Ficha Limpa” já vale para essa eleição e este assunto será pauta de uma longa análise tanto do TSE quanto do STF. Ele ainda falou sobre crimes eleitorais e a possibilidade da cassação do registro de candidaturas.
neste período? - Há um volume grande de processos de abuso do poder político e abuso do poder econômico, compra de votos, alguns tipos de conduta que são vedadas aos agentes públicos. Em regra eu não teria uma estatística oficial de quais são os crimes eleitorais mais cometidos ou onde existe algum crescimento. O que há hoje em dia é uma fiscalização maior quanto a arrecadação e gastos irregulares de campanha. Ou seja, de um modo geral, a Justiça Eleitoral tem se mantido atenta a esses eventuais delitos.
- Uma série de multas estão sendo aplicadas nos “O projeto candidatos em todo o Brasil. Es- A forma de deve tentar se conjunto de tramitação muito punições pode rápida interferiu aperfeiçoar terminar com a na forma como se o processo cassação do regisdará este funciotro de candidatunamento? eleitoral” ras? - Primeiro, por - Tudo vai depender realser um projeto de iniciativa popular ele tenha tido um mente de como será o comapelo diferenciado. Agora eu portamento do candidato e acho que a Câmara Federal o clima desta campanha endeve ter exercido seu papel tre todos os candidatos. Se de verificar e corrigir algu- houver algum ilícito eleitomas imperfeições, assim ral, ele será investigado, apucomo também fez o Senado. rado e julgado pela Justiça Eu acho que em linhas ge- Eleitoral. rais o projeto deve tentar - Existe a possibilidade aperfeiçoar o processo eleitoral. Mas há questões sérias da cassação do registro de quanto a aplicabilidade dele candidatura por algum ilítipo a presunção de inocên- cito registrado pelo TSE ainda no começo deste ano? cia que serão apreciados. - Isso depende do caso - Tem algum tópico que concreto. Não posso emitir nenhum juízo de valor préchama mais atenção? - O tópico é o de aumen- vio. Eu acho que depende da tar a punição e prever regras circunstancia do próprio canmais rígidas quanto a inele- didato, seja do volume de regibilidade como também dar cursos ou se aquela propauma efetividade maior as de- ganda se caracterizou ilícito. cisões da Justiça Eleitoral, es- Eu acho que não é razoável pecialmente em processos de emitir nenhuma opinião préabuso de poder econômico, via. O certo é que o conjunabuso de poder político, to de todos estes fatos serão apurados pela abuso nos meios de Justiça Eleitoral, comunicação e seja em nível escompra de votos. tadual, ou em Porque não é só nível nacional. uma questão de inelegibilidade - A propaganpura que está da eleitoral é um sendo objeto do problema que projeto, mas tampreocupa o TSE bém as próximas nesta eleição? conseqüências de - Propaganda uma decisão judieleitoral sempre cial que reconhedá dor de cabeça cerá alguns desquando a disputa vios que tornarão é acirrada. Até alguns candidatos “Propaganda porque acho que inelegíveis. sempre dá quando um candidato se destaca - Qual a maior dor de cabeça que os oudificuldade do quando disputa mais tros a tendência é TSE neste ano de haver uma eleitoral? é acirrada” maior acomoda- Eu acho que a maior dificuldade, não só ção. Como as pesquisas estão desta, mas de todas as elei- mostrando que, em princíções, é o volume de proces- pio, só existem três ou quasos que aumentam conside- tro candidatos com chances ravelmente neste período. reais de vitória, isso aumenAlém disso, os prazos foram ta o acirramento entre as diminuídos pela lei de refor- campanhas. Eu sei que é um ma eleitoral. Mas, nós vamos acirramento natural, mas eu dar continuidade e celerida- prefiro que seja muito mais de e fazer com que os regis- de propaganda positiva do tros possam ser julgados em que de propaganda negatidefinitivo até as eleições. Eu va, com troca de ofensas e acho que com isso consolida baixaria. Por enquanto a melhor o processo eleitoral, gente espera que a propaganao mesmo tempo que dá ao da só seja feita após o dia 5 eleitorado uma visão geral de julho. Portanto, as demais de quais são os candidatos propagandas que estejam disponíveis e que tiveram os sendo feitas antes deste prazo serão enquadradas registrados deferidos. como irregulares. - No TSE, qual o tipo de - O voto dos presos procrime eleitoral mais comum
visórios já é encarado pelo TSE como uma realidade? - Claro. E não é na eleição estadual ou federal, que o voto dos presos provisório será um grande impacto como alguns vem apontando. Essa determinação do Tribunal Superior Eleitoral de fazer com que coloquem seções eleitorais em casas de custódia e centro de internação de adolescentes foi mais no sentido de fazer com que a constituição seja cumprida a partir do momento em que se atrai essa parcela do eleitorado, afinal o voto é obrigatório para todo cidadão. E é evidente que o preso provisório e o menor internado estão dentro dessa definição de cidadania. Antes de ser um direito, é um dever votar. Em termos de volume, não é um número elevado, algo em torno de 150 mil presos provisórios em todo o Brasil, sendo bem possível que não se atinja parte deste eleitorado. - Então não se corre perigo com uma possibilidade do voto em bloco ou da tentativa de eleição de candidatos ligados aos que estão presos? - Como a porcentagem é muito pequena, eles pouco devem influir nos cálculos de quociente eleitoral. É muito difícil ocorrer. Isso seria muito mais fácil de ocorrer e pudesse preocupar mais nas eleições municipais. Foram 11 Estados que já na eleição de 2008 efetivaram essa prática. E os números mostram que esse tipo de eleição é o retrato da sociedade. Não há nenhuma disparidade entre a eleição que ocorre dentro ou fora do presídio. E há um mito muito grande de que facções possam intervir no resultado da intenção do voto do eleitorado. E mesmo que exista algo neste sentido, ele será investigado e coibido pela Justiça Eleitoral. - Policiais militares tem reclamado muito, inclusive
QUEM É? O advogado Arnaldo Versiani tomou posse em novembro de 2009 como ministro efetivo do TSE. Ele já estava no Tribunal como ministro substituto, desde 2006, representando a categoria dos juristas. Ele ficou na vaga que era ocupada pelo exministro Caputo Bastos. O ministro é de Belo Horizonte (MG) e tem 45 anos, sendo um torcedor fanático pelo Cruzeiro. Se formou em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), em 1985, e em em Ciências Econômicas também pela UnB. A partir de 1985 atuou nos juízos e tribunais do Distrito Federal e nos tribunais superiores. O TSE é composto por sete juízes, sendo três ministros do STF; dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois escolhidos entre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, conforme exige a Constituição Federal. O presidente da Corte é sempre um ministro do STF.
com uma ação no STF, no sentido de permitir o voto em trânsito, já que boa parte deles trabalham no dia das eleições e quase sempre fora do domicílio eleitoral. Existe essa possibilidade? - O que existe no TSE, ao menos no que a gente espera, é que o título de eleitor seja modificado e passe a existir na forma de cartão com identificação biométrica. Com isso, o voto em trânsito será possível tanto para quem está na capital como em um município do Interior. E a expectativa é que isso não mude apenas em relação aos militares, mas em todos os sentidos, permitindo o voto para todos os que estejam em deslocamento, acho que essa mudança será efetiva pelo menos até 2018, beneficiando não somente os militares, mas os policiais civis, bombeiros, Exército e todos aqueles que estejam fora do seu domicílio eleitoral. - A urna biométrica já é uma realidade? - Claro. O TSE já vem distribuindo esses kits para os TREs. Só que este é um processo extremamente trabalhoso. A nossa perspectiva é que essa implantação por completo termine em 2018. Fizemos testes na eleição passada, e se não me engano nesta eleição atingiremos uma meta de 3% dos municípios. Portanto, esperamos que este crescimento seja cada vez maior e abrangente. - Alagoas tem um histórico de eleições violentas e que quase sempre utilizam a segurança de tropas federais. O TSE vai acompanhar de perto a eleição alagoana? - Se houver alguma perspectiva de violência, se houver necessidade não só na capital como no interior, cabe ao Tribunal Regional Eleitoral requisitar alguma força federal para acompanhar de perto a eleição como ocorre nas eleições municipais. Caso esse pedido aconteça aí sim o TSE se pronunciará.
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Senado discute proibição de “lixões” Projeto que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos será debatido em reunião de quatro comissões Agência Senado
Relator da matéria, César Borges apresenta seu parecer na quarta-feira
70 ANOS DEPOIS
Reforma do processo penal vai à votação Agência Senado A proposta de reforma do Código de Processo Penal (CPP) será votada pelo Plenário do Senado na próxima terça-feira, em sessão extraordinária, às 10 horas. Essa foi a forma encontrada pelas lideranças partidárias para colocar projetos importantes em votação, já que a pauta segue trancada pelos projetos relacionados ao marco regulatório do présal, que tramitam em regime de urgência. A solução é a mesma usada na votação do PLV 3/10, pelo qual são reajustados em 7,7% os benefícios dos aposentados que ganham mais de um salário mínimo e é extinto o fator previdenciário. O código a ser alterado tem quase 70 anos e trata das regras processuais de natureza penal. A reforma do CPP (Decreto-Lei 3.689, de 1941) começou a se desenhar, no Senado, em 2008, quando uma comissão de juristas analisou o tema e apresentou um anteprojeto. A motivação foi a de modernizar a legislação, tornando os processos penais mais ágeis, e, ao mesmo tempo, dar mais garantias para os réus e para as vítimas. O presidente do Senado, José Sarney, encampou o projeto, que passou a tramitar como o PLS 156/2009. Foram anexadas à proposta outras 48, que passaram a ser analisadas conjuntamente. No âmbito da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), foi criada a Comissão Temporária de Estudo da Reforma do CPP. O senador Renato Casagrande (PSB-ES) foi o relator. Ele apresentou um substitutivo, aprovado pela CCJ. O texto, com 702 artigos, prevê grandes modificações no processo penal brasileiro.
DIREITOS - O texto que vai à votação no Plenário traz inovações como a criação da figura do juiz de garantia, a ser responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos fundamentais do acusado. No CPP atual, um mesmo juiz participa da fase de inquérito e profere a sentença. Com as mudanças, caberá ao juiz das garantias atuar na fase da investigação e ao juiz do processo a tarefa de julgar. No caso de júri, o texto permite, ao contrário do que ocorre hoje, que os jurados conversem uns com os outros, a não ser durante a instrução e o debate. O voto de cada jurado, porém, continuaria sendo secreto. A vítima, que atualmente não conta com a atenção do Estado, passaria a ter direitos como o de o de ser comunicada da prisão ou soltura do suposto autor do crime; da conclusão do inquérito policial e do oferecimento da denúncia; e do arquivamento da investigação e da condenação ou absolvição do acusado. Além de ter amplo acesso ao desenrolar do processo e de poder manifestar-se sobre ele. O projeto altera regras relacionadas às modalidades de prisão, que ficariam limitadas em três tipos: flagrante, preventiva e temporária. O uso de algemas, ou de emprego de força, só poderia se dar se indispensável: em casos de resistência ou de tentativa de fuga do preso. Também há no texto preocupação em preservar a privacidade da vítima, das testemunhas e do investigado, limitando a exposição dessas pessoas pelos meios de comunicação. .
Dezenove anos depois que o Congresso começou a discutir o assunto, o Brasil está próximo de contar com uma lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Na próxima quartafeira, quatro comissões do Senado se reúnem, a partir das 11h30, para votar parecer que o senador César Borges (PRBA) apresentará ao PLS 354/89, que institui essa política para o lixo produzido pelas nossas cidades. O projeto pode receber a votação final do plenário ainda neste semestre, sendo enviado imediatamente ao presidente da República, para sua transformação em lei. O projeto proíbe a criação de “lixões”, onde os resíduos são lançados a céu aberto. Todas as prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem. Será proibido catar, morar ou criar animais em aterros sanitários. O projeto proíbe a importação de qualquer lixo. O senador César Borges decidiu suprimir um parágrafo
do projeto que chegou da Câmara dos Deputados, o qual permitiria que os estados e os municípios decidissem seus próprios prazos para implantação de aterros sanitários. Agora, os aterros devem ser instalados no máximo em quatro anos - os municípios podem formar consórcios para coleta, reaproveitamento e colocação final dos rejeitos em aterros sanitários. No atual estágio do projeto, que nasceu no Senado, foi à Câmara e voltou ao Senado em março último, os senadores só podem aceitar ou rejeitar na íntegra ou em parte o substitutivo que os deputados aprovaram. Por isso, César Borges está sugerindo apenas quatro supressões no texto. O relatório será votado em reunião conjunta, nesta quarta, das comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Assuntos Econômicos (CAE), Assuntos Sociais (CAS) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) passou tanto tempo em discussão na Câmara porque as prefeituras, os governos estaduais e federal e entidades da área
ambiental não se entendiam. No ano passado, finalmente, houve consenso, inclusive com a participação de senadores nas negociações, e o projeto acabou aprovado, tendo chegado ao Senado em março passado. Para acelerar a sua votação, César Borges foi indicado relator pelas quatro comissões. “LOGÍSTICA REVERSA” - Com 58 artigos que ocupam 43 páginas, a PNRS apresenta algumas novidades, entre elas a “logística reversa”, que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos nesse sistema agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas (todas elas) e eletroeletrônicos. Além disso, é introduzida na legislação a “responsabilidade compartilhada”, envolvendo a sociedade, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal na gestão dos resíduos sólidos. A proposta estabelece que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva.
A proposta prevê que a União e os governos estaduais poderão conceder incentivos à indústria de reciclagem. O relator, César Borges, pretendia tornar o incentivo obrigatório mas, se assim o fizesse, o projeto retornaria novamente às mãos dos deputados. Pela nova política, os municípios só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois aprovarem planos de gestão. Os consórcios intermunicipais para a área de lixo terão prioridade no financiamento federal. As cooperativas de catadores de material reciclável foram incluídas na “responsabilidade compartilhada”, devendo ser incentivadas pelo poder público. Com os incentivos e as novas exigências, o país tentará resolver o problema da produção de lixo das cidades, que chega a 150 mil toneladas por dia. Deste total, 59% vão para os “lixões” e apenas 13% têm destinação correta, em aterros sanitários. Em 2008, apenas 405 dos 5.564 municípios brasileiros faziam coleta seletiva de lixo. (Leia mais sobre coleta de lixo nas páginas A9 e A10)
Confira as principais mudanças propostas MODELO ACUSATÓRIO - O projeto define o processo penal de tipo acusatório, onde os papéis dos sujeitos processuais são mais bem definidos, com a proibição de o juiz substituir o Ministério Público na função de acusar e de levantar provas que corroborem os fatos narrados na denúncia, sem prejuízo da realização de diligências para esclarecimento de dúvidas. A medida deixa clara a responsabilidade do Ministério Público em relação à formação da prova e, ao mesmo tempo, impede que o juiz se distancie do seu compromisso com a imparcialidade. Também fica garantido, na investigação criminal, o sigilo necessário à elucidação do fato e a preservação da intimidade e da vida privada da vítima, das testemunhas e do investigado, inclusive a exposição dessas pessoas aos meios de comunicação.
O interrogatório será constituído de duas partes: a primeira sobre a vida do acusado e a segunda sobre os fatos. Ao final, a autoridade indagará ao acusado se tem algo mais a declarar em sua defesa. Se quiser confessar a autoria de um crime, será questionado se o faz de livre e espontânea vontade. Tudo que for dito será reduzido a termo, lido e assinado pelo interrogando e seu defensor, bem como pela autoridade responsável pelo ato. Também passa a ser permitido o interrogatório do réu preso por videoconferência, desde que a medida seja necessária para prevenir risco à segurança pública; para viabilizar a participação do réu doente ou impedido de comparecer a juízo por outro motivo ou ainda para impedir influência do reú no depoimento da testemunha ou da vítima.
INQUÉRITO POLICIAL - Com o objetivo de reforçar a estrutura acusatória do processo penal, o inquérito policial iniciado deverá passar a ser comunicado imediatamente ao Ministério Público. Segundo o consultor da área de Direito Penal do Senado Jayme Benjamin Santiago, o objetivo é que o inquérito policial seja acompanhado mais de perto pelo Ministério Público, “propiciando maior aproximação entre a polícia e o órgão de acusação”. Ainda pelo projeto, fica definido que o exercício da atividade de polícia judiciária pelos delegados não exclui a competência de outras autoridades administrativas.
VÍTIMA - O projeto prevê tratamento digno à vítima, que deixa de depender de favores e da boa vontade das autoridades, para ter direitos, entre os quais o de ser comunicada da prisão ou soltura do suposto autor do crime; da conclusão do inquérito policial e do oferecimento da denúncia; do arquivamento da investigação e da condenação ou absolvição do acusado. A vítima também poderá obter cópias e peças do inquérito e do processo penal, desde que não estejam sob sigilo; poderá prestar declarações em dia diferente daquele estipulado para a oitiva do autor do crime ou aguardar em local separado do dele; ser ouvida antes de outras testemunhas e solicitar à autoridade pública informações a respeito do andamento e do desfecho da investigação ou do processo, bem como manifestar as suas opiniões.
JUIZ DAS GARANTIAS - O novo Código de Processo Penal (CPP) introduz a figura do juiz das garantias, responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos fundamentais do acusado (art.14). Atualmente, um mesmo juiz participa da fase de inquérito e profere a sentença, porque foi o primeiro a tomar conhecimento do fato (art. 73, parágrafo único do CPP). Com as mudanças, caberá ao juiz das garantias atuar na fase da investigação e ao juiz do processo julgar o caso – este tendo ampla liberdade em relação ao material colhido na fase de investigação. AÇÃO PENAL - O projeto de Código (PLS 156/09) também traz modificações significativas ao instituto da Ação Penal. Acaba, em primeiro lugar, com a ação penal privativa do ofendido, hoje prevista em vários dispositivos da legislação nos crimes contra a honra, de esbulho possessório de propriedade particular, de dano, fraude à execução, exercício arbitrário das próprias razões, entre outras infrações penais. Nesses casos, o processo passa a ser iniciado por ação pública, condicionada à representação do ofendido, podendo ser extinta com a retratação da vítima, desde que feita até o oferecimento da denúncia. Segundo o consultor do Senado Fabiano Augusto Martins Silveira, que integrou a comissão de juristas responsável pela elaboração do projeto, o novo texto permite ainda a possibilidade de extinção da ação penal por meio de acordo entre vítima e autor, nas infrações com consequência de menor gravidade. INTERROGATÓRIO - Também há mudanças no instituto do interrogatório, que passa, no texto do projeto, a ser tratado como meio de defesa e não mais de prova (art.185 e seguintes do atual CPP), ou seja, é um direito do investigado ou do acusado. Além disso, o projeto prevê respeito à capacidade de compreensão e discernimento do interrogado, não se admitindo o emprego de métodos ou técnicas ilícitas e de quaisquer formas de coação, intimidação ou ameaça contra a liberdade de declarar. A autoridade responsável pelo interrogatório também não poderá oferecer qualquer vantagem ao interrogado em troca de uma confissão, se não tiver amparo legal para fazê-lo. Antes do interrogatório, o investigado ou acusado será informado do inteiro teor dos fatos a ele imputados; de que poderá reunir-se em local reservado com seu defensor; de que suas declarações poderão eventualmente ser utilizadas em desfavor de sua defesa; do direito de permanecer em silêncio e de que esse silêncio não poderá ser usado como confissão ou mesmo ser interpretado em prejuízo de sua defesa. A novidade é que o projeto é bem mais detalhado do que o atual código, permitindo a presença do defensor já na fase do inquérito.
PROVAS - O texto a ser votado, segundo o consultor Fabiano Silveira, adota um conceito mais restritivo e obediente ao contraditório da ampla defesa, em comparação ao atual código. Pelo projeto, o juiz decidirá sobre a admissão das provas, indeferindo as vedadas pela lei e as manifestamente impertinentes e irrelevantes. ACAREAÇÃO - O projeto acaba com a acareação entre acusados, deixando esse procedimento somente para as pessoas que têm obrigação legal de dizer a verdade: testemunhas e vítimas. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA - As escutas telefônicas somente serão autorizadas em crimes cuja pena máxima for superior a dois anos, situação que caracteriza as infrações de médio e grave potencial ofensivo, salvo se a conduta delituosa for realizada exclusivamente por meio dessa modalidade de comunicação ou se tratar de crime de formação de quadrilha ou bando. Além disso, o prazo de duração da interceptação, em geral, não deverá exceder a 60 dias, em geral, mas poderá chegar a 360 dias ou até mais, quando necessário ou se tratar de crime permanente. PENA MAIS RÁPIDA - Com o objetivo de tornar mais rápida e menos onerosa a ação da justiça, passa a ser permitida, no projeto a ser votado, a aplicação da pena mediante requerimento das partes, para crimes cuja sanção máxima cominada não ultrapasse oito anos. Com acordo e havendo confissão, a pena será aplicada no mínimo legal. JÚRI - Outra mudança em relação ao código em vigor é a permissão para que os jurados conversem uns com outros, salvo durante a instrução e os debates. O voto de cada um continua sendo secreto e por meio de cédula, mas deverão se reunir reservadamente em sala especial, por até uma hora, a fim de deliberarem sobre a votação. RECURSOS DE OFÍCIO - O projeto do novo Código de Processo Penal (CPP) acaba com os chamados recursos de ofício, quando o juiz remete sua decisão ao tribunal competente para necessário reexame da matéria, independente da manisfestação das partes. O substitutivo do senador Renato Casagrande (PSB-ES) ao projeto (PLS 156/09) do senador José Sarney (PMDB-AP) está na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) desta quarta-feira (17) e substitui o Decreto-Lei 3.689/41. Pelo projeto de código, todo e qualquer re-
curso dependerá de iniciativa da parte que se sentir prejudicada com a decisão, ou seja: as partes ou as vítimas, assistente ou terceiro prejudicado. Além disso, para ganhar tempo, já na interposição do recurso a parte terá que apresentar as razões para o apelo. Pelo atual código (art 600), a parte formaliza a apelação na primeira instância, mas aguarda a intiminação para, só mais tarde, no tribunal, apresentar as razões do apelo. O projeto ainda dispõe que os recursos sejam interpostos e processados independentemente de preparo e de pagamento de custas ou despesas, diferentemente do que determina a atual legislação, pela qual nenhum ato ou diligência é tomada sem depósito das custas em cartório (artigo 805 e 806). O consultor do Senado Fabiano Augusto Martins Silveira, que integrou a comissão de juristas responsável pela elaboração do projeto, lembra que, neste caso, o projeto somente atualiza o texto do CPP, pois, na prática, a dispensa do pagamento de custas e despesas para os comprovadamente carentes já vem sendo aplicada pela Justiça. FIANÇA - Pelo substitutivo, o valor da fiança será fixado entre um a 200 salários mínimos, nas infrações penais cujo limite máximo da pena privativa de liberdade fixada seja igual ou superior a oito anos e de um a cem salários mínimos nas demais infrações penais. Para determinar o valor da fiança, a autoridade considerará a natureza, as circunstâncias e as consequências do crime, bem como a importância provável das custas processuais, até o final do julgamento. No entanto, dependendo da situação econômica do preso e da natureza do crime, pode também ser reduzida até o máximo de dois terços ou ainda ser aumentada, pelo juiz, em até cem vezes. Pela atual legislação, não há nenhuma restrição contra a apresentação sucessiva de embargos de declaração sobre outros embargos de declaração, que são recursos utilizados para esclarecer, na decisão, pontos obscuros, contraditórios ou omissos. Pelo projeto de código, esses embargos ficam limitados a um único pedido de esclarecimento, no prazo de dois dias. HABEAS CORPUS - O habeas corpus passa a ter restrição no projeto de código, pois somente poderá ser deferido se realmente existir situação concreta de lesão ou ameaça ao direito de locomoção. O objetivo é evitar a concessão desse recurso nos casos em que a prisão ainda não tenha ocorrido. Além disso, para impedir a utilização do habeas corpus como substituto a outros recursos, o projeto de código estabelece que ele não poderá ser admitido nas hipóteses em que seja previsto recurso com efeito suspensivo. MEDIDAS CAUTELARES - O projeto de código lista 16 tipos de medidas cautelares: a prisão provisória; a fiança; o recolhimento domiciliar; o monitoramento eletrônico; a suspensão do exercício da profissão, atividade econômica ou função pública; a suspensão das atividades de pessoa jurídica; a proibição de frequentar determinados lugares; a suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor, embarcação ou aeronave; o afastamento do lar ou outro local de convivência com a vítima; a proibição de ausentar-se da comarca ou do país; o comparecimento periódico ao juiz; a proibição de se aproximar ou manter contato com pessoa determinada; a suspensão do registro de arma de fogo e da autorização para porte; a suspensão do poder familiar; o bloqueio de internet e a liberdade provisória. Segundo Casagrande, atualmente, o juiz só tem duas alternativas: prender ou soltar, não lhe sobrando espaço caso não tenha certeza da decisão. “Com esse rol de medidas cautelares, o juiz passará a ter diversas alternativas”, explicou o senador. Com relação aos bens patrimoniais obtidos por meio de prática criminosa, o projeto de código prevê três medidas cautelares: indisponibilidade, sequestro e hipoteca legal. São diversas as mudanças propostas, mas a inovação de maior alcance é a que permite a alienação cautelar dos bens sequestrados, sem que haja a necessidade de aguardar o trânsito em julgado da sentença condenatória, se houver receio de depreciação patrimonial pelo decurso de tempo (art.625). “Hoje, o leilão não pode ocorrer até que o processo chegue ao fim, o que, muitas vezes, causa a deterioração do bem”, explica Casagrande.
REGRAS PARA PRISÕES As prisões provisórias, temporárias e preventivas também sofreram modificações na proposta de reforma do Código de Processo Penal (CPP). A prisão provisória fica limitada a três modalidades: flagrante, preventiva e temporária. Uma novidade no projeto de código é a determinação de que não haverá emprego de força, como a utilização de algemas, salvo se indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso. Pela atual legislação, o advogado do preso precisa entrar com pedido de liberdade provisória para recorrer desse tipo de prisão. Pelo projeto, o juiz deverá examinar se existem razões para manter a pessoa presa, não sendo necessária a ação do advogado. * PRISÃO EM FLAGRANTE - Pelo projeto a ser apreciado, considera-se em flagrante quem está cometendo a ação penal ou acaba de cometêla ou ainda quem é perseguido ou encontrado, logo após, pela autoridade, pela vítima ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração. Ainda prevê o novo CPP que é nulo o flagrante preparado, com ou sem a colaboração de terceiros, quando seja razoável supor que a ação, impossível de ser consumada, só ocorreu em virtude daquela provocação. * PRISÃO PREVENTIVA - O texto do projeto traz, no artigo 554, três regras básicas que deverão nortear esse tipo de instituto, com o objetivo de que ele seja utilizado somente em situações mais graves: - jamais será utilizada como forma de antecipação da pena; - a gravidade do fato ou o clamor público não justifica, por si só, a decretação da prisão preventiva; - somente será imposta se outras medidas cautelares pessoais revelarem-se inadequadas ou insuficientes, ainda que aplicadas cumulativamente. Também determina que não cabe prisão preventiva nos crimes culposos; nos crimes dolosos cujo limite máximo da pena privativa de liberdade cominada seja igual ou inferior a quatro anos, exceto se cometidos mediante violência ou grave ameaça à pessoa; e ainda se o agente estiver acometido de doença gravíssima, de tal modo que o seu estado de saúde seja incompatível com a prisão preventiva ou exija tratamento permanente em local diverso. Já com relação aos prazos máximos, a prisão preventiva não poderá ultrapassar 180 dias, se decretada no curso da investigação ou antes da sentença condenatória recorrível; ou de 360 dias, se decretada ou prorrogada por ocasião da sentença condenatória recorrível. Esses períodos poderão sofrer prorrogação, mas vale destacar que o juiz, ao decretar ou prorrogar prisão preventiva, já deverá, logo de início, indicar o prazo de duração da medida. A prisão preventiva que exceder a 90 dias será obrigatoriamente reexaminada pelo juiz ou tribunal competente, que deverá avaliar se persistem ou não os motivos determinantes da sua aplicação, podendo substituí-la, se for o caso, por outra medida cautelar. O atual CPP não estipula prazos para a prisão preventiva; a jurisprudência, no entanto, tem fixado em 81 dias o prazo desse instituto até o final da instrução criminal. * PRISÃO TEMPORÁRIA - O projeto adota uma postura mais restritiva em relação à legislação em vigor, ao determinar que esse instituto somente deverá ser usado se não houver “outro meio para garantir a realização do ato essencial à apuração do crime, tendo em vista indícios precisos e objetivos de que o investigado obstruirá o andamento da investigação”. Isso significa que a prisão preventiva não poderá mais ser utilizada sob o pretexto de garantir qualquer ato de investigação, mas somente os considerados “essenciais” e, mesmo assim, somente a partir de “indícios precisos e objetivos” de que o investigado, livre, possa criar obstáculos à investigação. Já os prazos continuam os mesmos da atual legislação: máximo de cinco dias, admitida uma única prorrogação, por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade. No entanto, outra novidade é que o juiz poderá condicionar a duração da prisão temporária ao tempo estritamente necessário para a realização do ato investigativo.
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Opinião A6
A fiscalização e o excesso no poder de polícia ambiental “Devendo o agente ambiental observar in loco com clareza as consequências do ato para a saúde publica e para o meio ambiente” Alder Flores Alder Flores, advogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental
O poder de polícia é a faculdade inerente à administração pública, abrangendo a preservação, a proteção e o controle do meio ambiente. Sendo o Brasil uma Federação e sendo o poder de polícia uma faculdade inerente ao poder público, seu exercício distribui-se entre os diversos níveis federativos. No entanto, o exercício do poder de polícia deve ser desempenhado pelo órgão competente observando os ditames legais e em consonância com o processo legal sem abuso ou desvio de poder. A legislação determina que toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente é considerada infração administrativa ambiental, e será punida com as sanções previstas em Lei sem prejuízo de outras penalidades. As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurando o direito de ampla defesa e o exercício do contraditório. No entanto, devo aqui lembrar que o exercício do poder de polícia, principalmente nos casos das fiscalizações ambientais com a lavratura dos atos administrativos quer sejam notificação, intimação, auto de infração, de suspensão, de embargo, ou multa, etc., devem ser realizados sem o abuso de poder ou desvio, pois, o exame da caracterização do ilícito ambiental dar-se pela extrapolação das regras de uso e gozo e para impor qualquer sanção deve-se prioritariamente observar a gravidade dos fatos, tendo em vista os motivos da infração, devendo o agente ambiental observar in loco com clareza as consequências do ato para a saúde publica e para o meio ambiente, pois a lesão ao objeto jurídico não é o simples resultado da conduta, mas o efeito dos atos que ultrapassaram o permissivo legal contido das regras materiais. Com relação às gravidades dos fatos, devem ser observados os aspectos relativos à reprovação da conduta ilícita, os motivos que determinaram o cometimento daquela infração, devendo ainda ser analisada e verificada a dimensão e na medida do mensurável identificar razões que levaram o infrator a cometer a infração, a fim de que se possa aplicar uma pena socialmente correta e juridicamente justa, pois comumente nos deparamos com aplicação de penas como: suspensão parcial ou total das atividades, interdição de estabelecimento ou obra, sem que sejam apurados os fatos, visto a gravidade da infração ou demais aspectos administrativos relativos ao poder de polícia e a lavratura dos atos administrativos ambientais. É importante destacar que a fiscalização ambiental tornouse ato administrativo complexo, pois demanda vistoria e perícia para ser considerada perfeita, sem esquecer que o fiscal possui um poder para emitir autos com valores altíssimos estimados em milhões de reais, podendo, ainda, suspender total ou parcial, interditar ou embargar uma obra ou estabelecimento, devendo a aplicação cumprir os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e o da eficiência. Por fim, devo lembrar que o agente público ambiental deve sempre agir em consonância com as determinações legais e técnicas, não extrapolando os limites do poder de polícia, sob pena de ser responsabilizado.
Por que sempre defendi o Bolsa Família “O número de responsáveis pela família que não sabiam ler caiu de 17% para 13%” Renan Calheiros Senador e líder da bancada do PMDB
O programa Bolsa Família vem contribuindo de maneira decisiva para tirar os brasileiros da pobreza. Hoje mais de 14 milhões de famílias recebem o benefício que é a garantia de comida para muitas pessoas, especialmente em Alagoas, onde mais de 1,5 milhão de alagoanos vivem do Bolsa Família. O êxito do programa pode ser medido pelo avanço social que ele proporcionou, pela quantidade de países que tentam produzilo no combate à fome e pelos elogios de organismos internacionais. Agora o governo federal pretende ampliar ainda mais o programa e o Bolsa Família vai atender também mais de 46 mil moradores de rua identificados nas cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes com base em levantamento feito pelo IBGE. Um programa piloto já foi testado em Belo Horizonte e a ideia do governo é atacar novos bolsões de pobreza de forma mais consistente. A dificuldade para cadastrar e acompanhar moradores de rua já foi superada. Há uma exigência de que os beneficiários tenham um endereço fixo para referência. No caso das populações de rua, os Centros de Referência de Assistência Social e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social deverão se transformar nas referências desses beneficiários. Mas valerá também o abrigo ou restaurante popular que o beneficiário frequente. O perfil do beneficiário do Bolsa Família vem evoluindo, mas ele recomenda a manutenção e ampliação do programa por um longo tempo. Em setembro de 2009, 65% dos beneficiários contavam com água encanada e 54%, com rede de esgoto ou fossa séptica. Em 2005, esses percentuais eram de 63% e 50%. Outra constante que vai, gradualmente, se transformando é a baixa escolaridade entre os receptores do Bolsa Família. Ao todo, 82% dos beneficiários ou são analfabetos ou não concluíram o ensino fundamental. Entretanto, entre 2007 e 2009, o número de responsáveis pela família que não sabiam ler caiu de 17% para 13%. Também houve aumento no número de beneficiários que se matricularam no ensino médio para continuar os estudos de 13% para 17%. Mais do que proporcionar alimentação e dignidade a milhões de brasileiros, os recursos do Bolsa Família estão estimulando seus beneficiários a retomarem estudos, a investirem em saneamento e saúde. Em apenas dois anos, mais de 4% dos beneficiários voltaram à escola em busca de novas oportunidades de emprego. Por isso, quando fui relator do Bolsa Família no Senado, lutei para aprová-lo e nunca tive dúvidas de sua eficácia. Hoje com os resultados colhidos, é muito cômodo ser favorável ao programa.
Domingo, 6 de junho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: opiniao@ojornal-al.com.br
A Copa do Mundo é nossa Nenhum país do mundo se envolve tanto com a Copa do Mundo de Futebol quanto o Brasil. Também pudera somos o único que participou de todas as edições, desde a desacreditada e boicotada em 1930 no Uruguai até a midiática e extremante festiva na Alemanha em 2006. Em menos de uma semana estaremos todos mais que ligados na competição. Vencemos cinco vezes e perdemos duas finais, uma delas em casa, em 1950, para o maior público da história do futebol com mais de 200 mil pessoas no Maracanã. Este ano, assim como se tornou habitual desde a inacreditável derrota de 1986, seguimos para a África do Sul com um time criticado e até mesmo desacreditado. Os escolhidos de Dunga têm a missão de apagar o fiasco da última Copa, quando o Brasil era favorito e tropeçou nas próprias pernas. Para isso, o treinador evitou convocar estrelas irresponsáveis. Tudo para esquecer o Ronaldo com mais de 100
Os jovens e o desemprego juvenil
quilos que irritou todo o País naquele ano. A meta é reviver no mínimo a vitória de 1958 quando o Brasil era forte, mas não integrava a lista de favoritos. Também podemos comparar com 1962, quando Garrincha, assim como Kaká nos dias de hoje, carregava a esperança da torcida. Ou até mesmo a consagração esportiva como em 1970, quando esteve em campo o melhor time canarinho de todos os tempos. Mesmo que alguns digam que a seleção de estrelas de 1982 emocionou, mas não levou. Com um futebol truncado, sem beleza, sem arte, no entanto com resultados, os 23 escalados levam 180 milhões corações nas chuteiras. Há até mesmo os que digam que o treinador fez da seleção a sua cara, como também ficou conhecido o time que foi campeão em 1994, jogando um futebol tão feio quanto o de hoje em dia, mas sendo campeão depois de 24 anos. Tudo para que a gente não repita a tragédia de 1998.
Ponto de vista
San
O ato de perguntar “Por sermos o que somos, o que nos falta?” Marcial Lima Professor
É verdade que vivemos às voltas com os mais variados desafios impostos pelo cotidiano. Além disso, toda uma gama de mazelas sociais nos aflige e desencanta. As representações políticas, escorregadias e obscuras, se repetem, tanto e tanto, que somos levados a considerar sonhadores os que buscam concretizar o acompanhamento social dos recursos públicos. Tendemos a classificar como utópicos os que se esforçam na busca desse horizonte longínquo que abarca formas democráticas de gestão. Entretanto, parece-nos mais inatingível desejar que os deuses das siglas partidárias sejam bafejados pelos mais puros sentimentos republicanos e, espontaneamente, façam cair dos céus um salvador que nos traga maior eficiência, eficácia e efetividade para a administração pública; dando costas para o clientelismo, sabendo fazer mais por menor custo, perseguindo, em benefício do bem comum, objetivos e metas previamente definidos. Daí a reflexão: se convidados a opinar sobre programas de governo, dentro de nossa área de atuação, quais cenários levantaríamos, que intervenções viríamos a sugerir? Se indagados sobre o que devemos esperar dos gerentes públicos, indo além das generalidades subjetivas (ética, honestidade), o que teríamos a responder? Essas são questões que surgiram quando do
confronto com dois conceitos: mudança cultural versos cultura da mudança. O primeiro imposto pela dinâmica do mundo atual, caracterizado pela pluralidade, fragmentação, simultaneidade, supremacia do mercado. O segundo, inquirindo como “a sociedade, as instituições, os sujeitos constroem sentidos para mudar, assumindo disponibilidades transformadoras”. E se, mais uma vez, fôssemos perguntados sobre as principais características da gestão cultural de nosso Estado e de nosso Município, que tópicos seriam elencados? Se nos fosse questionado em que medida atuamos nesse universo, qual seria nossa resposta? Outro dia, de Cláudia Leitão, ex-secretária de Cultura do Ceará, ouvimos duas opiniões. A primeira, uma afirmação: a pasta da cultura é a que mais está sujeita a receber interferências diretas do primeiro mandatário. Nem sempre coerentes. A segunda, interrogativa: se o artista não sabe seu papel na sociedade, como pode ele sistematizar suas reivindicações, como pode discernir e exigir seus direitos? E apertou o laço: quando falamos de nós e dizemos os outros, a quem nos referimos? Por sermos o que somos, o que nos falta? É verdade: há mais questionamentos entre Quebrangulo e Piaçabuçu, entre Delmiro Gouveia e Maceió, do que supõe nossa vã filosofia.
O JORNAL Diretor-Executivo Petronio Pereira petronio@ojornal-al.com.br
Advogado, pós-graduado em Direito Processual, mestrando em Direito Constitucional e professor do Curso de Pós Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP)
Um dos maiores problemas circunstanciais de qualquer crise financeira é a falta de perspectiva geral no que diz respeito à oportunidade de emprego. Essa situação agrava-se em demasia quando determinada faixa populacional é mais diretamente atingida, como os jovens. É de se analisar que as políticas de empregabilidade nos países ricos sempre estiveram nas pautas sociais e houve, no decorrer da história, um elenco de lutas nesse sentido. Contudo, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), composta de economias de alta renda, com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – ou seja, elencada por países desenvolvidos –, alerta para o agravamento do desemprego juvenil. Num documento recém-divulgado, a OCDE constata que, se os jovens já eram vulneráveis antes da crise e foram suas primeiras vítimas, o futuro não vislumbra nada de bom, uma vez que, de acordo com a Organização, a situação continuará a deteriorar-se por vários anos. No estudo, observa-se que quatro milhões de jovens engrossaram as fileiras do desemprego durante a crise, elevando este índice para 18,8% em 2009, mais do dobro da taxa média de 8,6% para o conjunto da população. Enquanto o desemprego geral aumentou 2,5 pontos percentuais, o juvenil agravou-se 5,9 pontos. É sobre esses dados que podemos fazer uma reflexão crítica sobre os efeitos das crises financeiras nos países ricos, onde a participação do Estado como regulador desse segmento foi quase nula ou omissa. No caso de países em desenvolvimento como o Brasil, onde houve uma política mais realista e mais intervencionista do ponto de vista regulador do Estado, a crise e o desemprego em geral, em especial no tocante aos jovens, não foram tão significativos. De qualquer modo, o grande desafio tanto dos países ricos quanto daqueles em desenvolvimento é traçar políticas claras e específicas para a criação de novos empregos, com vistas à população jovem, criando possibilidades e incentivos no encaminhamento das políticas de formação de mão de obra, na geração do primeiro emprego, na educação de base e, acima de tudo, na preservação da dignidade e esperança do jovem de se sentir integrado no mercado de trabalho. Sem isso, com certeza lançaremos os jovens do nosso país ao ostracismo da desilusão, ao abraço perdido do narcotráfico e ao desalento patriótico da desesperança e engrossaremos o universo da já profetizada “geração perdida”. Cartas à Redação: opiniao@ojornal-al.com.br
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“A situação continuará a deteriorar-se por vários anos”
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Teleconferência sobre programas sociais abre semana de combate ao trabalho infantil Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome anunciará mudanças no Peti Ascom/MDS O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, que se comemora em 12 de junho, será lembrado no Brasil com uma semana de atividades. A agenda começa nesta segunda-feira com uma teleconferência promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), sobre o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Transmitida ao vivo pela TV NBR, das 16h às 17h30, o programa terá a participação da ministra Márcia Lopes, do coordenador do Programa para Eliminação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Renato Mendes, e da diretora do Colegiado de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), Marisa Rodrigues. Durante a teleconferência, serão apresentadas informações sobre os programas sociais para o combate ao trabalho precoce, inclusive os motivos que levaram o governo holandês a sugerir a realização, no Brasil, da 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil. Durante a segunda edição do encontro, em maio, na cidade de Haia, na Holanda, a ministra Márcia Lopes aceitou, em nome do governo brasileiro, o desafio de sediar a próxima edição, em 2013. Na segunda parte da teleconferência, técnicos do MDS apresentarão as mudanças que ocorrerão no PETI. São
Ministra Márcia Lopes aceitou proposta feita em Haia para que o Brasil seja sede da 3ª Conferência Global sobre o Trabalho Infantil em 2013
novos processos de gestão que promovem uma interface entre o sistema de controle de frequência do PETI (Sispeti) e o sistema de con-
trole de condicionalidades do Bolsa Família (Sicon). Desses blocos, participarão pelo ministério a secretária nacional de Assistência So-
cial, Maria Luiza Rizzotti, as diretoras dos departamentos de Condicionalidades do Bolsa Família, Cláudia Baddini, e de Proteção Social Bá-
sica, Margarete Cutrim, e a coordenadora-geral de Operacionalização de Condicionalidades, Analúcia Faggion Alonso.
Atividades fora do horário escolar A partir do segundo semestre de 2010, crianças e adolescentes de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família que estejam também no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), ambos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), terão que frequentar pelo menos 85% do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos – atividades oferecidas no contraturno escolar – por mês. As famílias que não cumprirem essa condicionalidade poderão ter o benefício cancelado. Da primeira vez que a frequência não for cumprida, a família será notificada pelo ministério. Se o descumprimento continuar, o benefício poderá ser bloqueado. Após cinco descumprimentos consecutivos, o benefício será cancelado. Será dado o mesmo tratamento que acontece atualmente com a freqüência escolar, a vacinação infantil e a exigência de pré-natal – condicionalidades do Bolsa Família. O acompanhamento do serviço de convivência é mensal e ocorre pelo Sistema de Controle e Acompanhamento das Ações Ofertadas pelo Serviço Socioeducativo do Peti (Sispeti), da Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil está presente em mais de 3.500 municípios e atende, atualmente, 820 mil crianças e adolescentes de até 16 anos incompletos. O Bolsa Família beneficia 12,4 milhões de famílias com uma transferência mensal superior a R$ 1,1 bilhão. Entre os 49 milhões de beneficiários, cerca de 21 milhões são crianças e adolescentes.
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ONU quer mais mulheres em missões Secretário-geral diz que presença feminina ajuda a diminuir a tensão nas operações de segurança e pacificação NOVAYORK - O secretáriogeral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu na sexta-feira a presença de mais mulheres policiais em suas missões de paz para aumentar a eficácia da luta contra a violência sexual e demonstrar igualdade em sociedades onde persiste a discrimina-
ção. “As mulheres contribuem com uma nova dimensão que é essencial”, afirmou Ban em reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas dedicada às mulheres e às missões de paz. Entre outras coisas, ele destacou que mulheres e menores
que são vítimas de abusos sexuais “sabem que encontram uma pessoa compreensiva” quando se aproximam de uma agente feminina. “Quando se deve controlar uma multidão ou interrogar um suspeito, a presença de uma policial pode distender a tensão e
evitar as infrações”, afirmou Ban. Há dez anos, o Conselho de Segurança já ressaltou a importância de incorporar a mulher às missões de paz com a resolução 1.325, na qual pedia mais militares, policiais e agentes humanitários femininos. Apesar disso, hoje em dia so-
mente 8% dos 13 mil policiais da ONU espalhados pelo mundo são mulheres. “Não há nenhuma sociedade que tenha 92% de homens e 8% de mulheres”, ressaltou a assessora policial do departamento de Operações de Paz da ONU, a sueca Ann-Marie Orler, que
encorajou os 192 países-membros do organismo a incluir mais pessoal feminino nas unidades que cedem às missões de paz. A ONU iniciou no ano passado uma campanha para elevar para 20% a presença feminina em suas operações de segurança e pacificação.
ORIENTE MÉDIO ABELHAS LONDRES - O desaparecimento de abelhas que alarmou a Europa e a América do Norte está sendo creditado, por alguns cientistas, ao crescimento do uso dos celulares, segundo o site do jornal britânico “Daily Telegraph”. Cientistas da Universidade Punjab fizeram um experimen-
to durante três meses e compararam a situação das abelhas que estavam coexistindo com os celulares com as que não estavam. As que estavam no ambiente com radiação de celular tiveram uma queda dramática no tamanho de sua colmeia e redução do número de ovos postos pela abelha rainha. As abelhas também pararam de produzir mel.
Ativistas mortos rumo a Gaza levaram 30 tiros LONDRES - Os nove ativistas turcos mortos no incidente naval de segunda-feira na costa da Faixa de Gaza levaram juntos 30 tiros, e cinco deles foram alvejados na cabeça, disse o jornal britânico Guardian na sextafeira. As autópsias mostraram que quase todos os tiros foram de armas de 9 milímetros, disparados à queima-roupa, disse ao jornal Yalcin Buyuk, vicepresidente do Conselho Turco de Medicina Forense, responsável pelas autópsias. Os ativistas participavam de uma frota naval que tentava levar mantimentos à Faixa de Gaza, furando assim o bloqueio imposto por Israel ao território palestino. Israel diz que seus soldados atiraram em defesa própria, depois de serem agredidos ao descerem de helicópteros, por cordas, no convés do navio Mavi Marmara. De acordo com o Guardian, a autópsia revelou que um homem de 60 anos, Ibrahim Bilgen, levou quatro tiros —na têmpora, no peito, no quadril e nas costas. Fulkan Dogan, de 19 anos, que tinha também cidadania norte-americana, recebeu cinco tiros a menos de 45 centímetros de distância: no rosto, na nunca, nas costas e dois na perna. Dois outros homens levaram quatro tiros. Cinco dos
Funeral coletivo dos ativistas foi realizado sexta-feira em Istambul
mortos tinham perfurações na nuca ou nas costas, de acordo com Buyuk. Além dos nove mortos, 48 ativistas foram baleados, e seis continuam desaparecidos, relatou o legista. Israel diz que os múltiplos ferimentos não desmentem a tese da defesa própria.“Aúnica situação em que um soldado atirou foi quando estava claramente em uma situação de ameaça à sua vida”, disse um porta-voz da embaixada israelense em Londres. O presidente do Conselho de Medicina Forense em Istambul, Haluk Ince, disse que havia só um caso de uma vítima com um único ferimento de bala, na testa e disparado de longe. Nos
outros casos, havia pelo menos duas perfurações em cada corpo. Também segundo Ince, só uma bala recuperada não era calibre 9 milímetros. “Foi a primeira vez que vimos esse tipo de material usado em armas de fogo. Era só um invólucro incluindo muitos tipos de projéteis normalmente usados em espingardas. Ela penetrou na região da cabeça, na têmpora, e a achamos intacta no cérebro.” A Turquia costumava ser o principal aliado de Israel no mundo islâmico, mas Ancara reagiu com indignação ao incidente e na sexta-feira acusou o Estado judeu de estar traindo sua própria lei bíblica.
Google entregará dados do Street View a governos NOVA YORK - O executivo-chefe do Google, Eric Schmidt, afirmou que vai fornecer dados a reguladores na Alemanha, Espanha e França. A declaração foi dada ao jornal “Financial Times” na quinta-feira. Tratam-se de informações pessoais coletadas pelo serviço Street View em redes Wi-Fi desprotegidas, que incluem fragmentos de infor-
mações como e-mail ou números contas de usuários. O serviço Street View faz mapeamento de ruas em 360º, a partir de um sistema composto por um carro e câmeras fotográficas. O Google informou, no último mês, que coletou 600 Gbytes de dados pessoais sem autorização, juntamente à coleta de imagens do Stret View. Schmidt disse que o códi-
go de software responsável pela coleta de dados o fez em “violação clara” às regras do Google, de acordo com informações do “The New York Times”. Nas últimas semanas, governos dos Estados Unidos e de países europeus pediram ao Google mais informações sobre a prática. A Áustria chegou a banir os carros do serviço das ruas.
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Fotos: Thallysson Alves / Estagiário
Peças feitas a partir da reciclagem e reaproveitamento de resíduos se transformam em objetos de decoração
O grupo de mães e donas de casa que esperavam os filhos nas aulas se tranformou na turma de artesãs
Do lixo ao luxo, com muito orgulho A história de pessoas que enxergaram nos resíduos descartáveis a oportunidade de recriar e reinventar a vida Gabriela Lapa Estagiária*
Garrafas PET, caixas de papelão, jornais e revistas usadas. Quando reaproveitou esses materiais pela primeira vez, há 18 anos, Vânia Oliveira não imaginou que fizesse tanto sucesso. Com muita criatividade, ela foi transformando lixo reciclável em vasos, plantas e mesas decorativas até chamar a atenção de outras pessoas que en-
contraram nesse tipo de artesanato uma alternativa para complementar a renda da família. Hoje, com 60 alunos para administrar em quatro turmas por ano, a artesã se orgulha do trabalho que faz, multiplicando uma arte que, além de beneficiar a natureza, transforma o dia-a-dia de muita gente. “Tudo começou numa escolinha em que minha irmã trabalhava. Ela usava muito material descartável na sala
de aula e tinha pena de jogar fora. Para quê fazer isso se você pode ajudar a diminuir a quantidade de lixo no mundo?” lembra Vânia, que além de artesã é pedagoga. “Foi aí que pensei em reutilizar”. O que ela recolhia na escolinha da irmã, foi se transformando em pequenas peças decorativas de temática infantil, reaproveitadas nas festinhas de aniversário dos alunos. Aos poucos, a novidade foi cha-
mando a atenção dos outros professores e, logo Vânia começou a trabalhar capacitando grupos em oficinas voltadas para atividades didáticas. “Você pensa que não, mas tem muita gente preocupada com a natureza”, garante. Há dois anos, a proposta de ajudar o meio ambiente saiu das escolinhas infantis e das oficinas para ganhar corpo entre os artesãos no Pontão de Cultura Guerreiros Alagoanos, do Centro de
Belas Artes (Cenarte). “Sempre que vinham deixar os filhos nos cursos que o Cenarte oferece, as mães ficavam andando pelo pátio sem ter o que fazer. Foi aí que surgiram as aulas de artesanato criativo. As mães poderiam se ocupar e, ao mesmo tempo, aprender uma forma de ganhar dinheiro respeitando o meio ambiente”, lembra Vânia. A primeira turma, com cinco alunas, utilizava garrafas PET para confeccionar plantas
de vários tipos. Na medida em que o trabalho foi se diversificando, outras mães se interessaram pela atividade e, hoje, as quatro turmas que Vânia administra já não dão conta da demanda. “Algumas alunas se tornaram multiplicadoras, estão levando o artesanato com reciclagem para os pontos de cultura espalhados no Estado e ganham seu dinheiro”, conta a professora, orgulhosa. (Continua na página A10)
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De donas de casa a artesãs, grupo de mulheres mudou suas rotinas Segundo o diretor do Cenarte, Ivo Bulhões, a lista de espera para matrícula tinha mais de 40 pessoas só no início deste ano. “Aprocura é muito grande; quando alguém desiste, chamamos logo quem está na lista. Não
falta interesse”, conta o diretor. Além da questão ambiental, trabalhar com o material reciclável abriu oportunidade de renda para as mães que gastavam as tardes à espera dos filhos, no Cenarte. Regilene Pinto da Silva,
uma das primeiras alunas de Vânia, conta que já garantiu a renda extra da família e vendeu suas criações até para fora do Estado. “Ano passado houve uma exposição com enfeites de Natal que fizemos durante as
aulas. Tinha gente de Olinda, de Recife, que adorou o material. Vendi tudo o que fiz”, lembra a artesã, satisfeita com o resultado. Além dela, mesmo quem chegou depois, vê os frutos do trabalho renderem, e já apro-
veita as técnicas aprendidas em sala para inovar. “Eu trabalhava só com pintura em tela. Mas depois que comecei a participar da oficina, me apaixonei”, conta Selma Maria de Lima, aluna da turma há ape-
nas dois meses. Sobre a mesa, que as próprias colegas fizeram, usando papelão velho, ela trabalha animada e pensa no futuro: “Quero conciliar os trabalhos, unir pintura com reciclagem”, planeja. (G.L.)
Fotos: Thallysson Alves / Estagiário
Atravessando fronteiras e desafios Além do gosto pela reciclagem, as artesãs também compartilham a vontade de levar o trabalho para os bairros onde vivem. “É muito importante. Quero ensinar às minhas vizinhas, no Feitosa”, diz Marinécia da Rocha Soares, na turma há 3 meses. Para Vânia, a difusão do conhecimento vai gerar bons frutos não só nesses bairros, mas nas comunidades carentes, onde a geração de renda contribui ainda mais com o desenvolvimento da população. “Pobreza não é sinônimo de sujeira. Quem vive na favela pode aprender a reutilizar o que normalmente vai para o lixo, e ajudar não só na revitalização do lugar como na renda da própria família”, avalia a artesã. “Não é porque você é pobre que está
impedido de ter boa condição de vida”, complementa. O crescimento das discussões sobre a preservação do meio ambiente, nos últimos anos, tem levado o artesanato criativo, com material reciclável, a integrar os mais diversos projetos de decoração. Vânia Oliveira conta que o trabalho das alunas na oficina, já inspirou muitos arquitetos interessados em compor ambientes ecologicamente corretos. “Eles fazem o projeto e a gente fica responsável pela arte decorativa”, explica. No ano passado, a turma dela confeccionou pufes de garrafa PET para uma exposição. “É mais barato que os comercializados em lojas tradicionais e não agridem ao meio ambiente”, conta Vânia. (G.L.)
Trabalho lento, como de formiguinha Vânia é a orgulhosa professora e principal incentivadora das artesãs
Artigos são procurados para diversos fins; no Natal há fila de espera
Dividindo experiências, histórias e criatividade Na pequena sala onde confeccionam os objetos, as mulheres dividem experiência e criatividade. Quem está na turma há mais tempo sugere novidades, mas até as recémchegadas, como Selma, gostam de arriscar palpites. “Elas já andam com sacolinhas para trazer um material interessante, quando encontram”, conta
a professora Vânia. “Algumas criam objetos diferentes em casa e, no dia da aula, mostram para a turma aprender também”, conta. Tudo é feito duas vezes por semana, durante um ano, no fim do qual elas podem vender os produtos em uma exposição, no próprio Cenarte. Quem já é da casa, e tem clien-
tela fiel, - como Rosilene - ainda pode contar com as encomendas que, segundo Vânia, não são poucas. “Em dezembro, teve gente que não conseguiu dar conta de tudo. Recebeu mais pedidos do que podia fazer”, lembra a professora. Além das plantas de garrafa PET, a turma ainda produziu pufes, árvores de natal
usando revistas velhas, mesas de papelão e guirlandas. “O que não foi utilizado na decoração do Centro, foi vendido”, comemora. Com a proximidade do São João, a turma agora se prepara para fazer milhos decorativos, bandeirinhas e enfeites temáticos que também serão comercializados. (G.L.)
Apesar do preconceito, homens se rendem à arte Os frutos colhidos pela classe não ficam restritos à oportunidade de emprego. Quebrando paradigmas, Vânia também quer mostrar que artesanato pode ser feito por homens e mulheres sem preconceito. “Esse campo de trabalho é muito visto, ainda hoje, como sendo coisa de mulher. Tem homem que gosta de fazer artesanato, mas não faz porque as pessoas falam”, conta. Dos 60 alunos, apenas um é homem. “Ele viu a sala, se interessou, mas vinha todo desconfiado. Para descontrair, eu brincava. Quando fizemos uma boneca de papel jornal, disse que a tarefa dele era moldar o traseiro dela”, lembra Vânia, com graça. “A partir daí, nunca mais ele se
retraiu. As pessoas têm que fazer o que gostam”. Horário de aula, só mesmo no papel. O gosto pelo novo ofício fez das mães, artesãs em tempo integral; não importa se estão matriculadas apenas à tarde ou pela manhã: elas passam praticamente o dia todo recolhendo matéria-prima, discutindo novas técnicas, criando. Vânia diz que orienta, mas prefere deixar as alunas à vontade. “Não dá para interferir na criatividade dos outros. Gosto de vê-las inventando os próprios objetos, somente depois que estão prontos sugiro maneiras mais rápidas ou mais fáceis de obter resultado”, explica a professora. (G.L.)
No São João, artesãs já começam a receber encomendas para os arraiás
Nos pontos que a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) mantém, as alunas da turma dela também já fazem diferença. E a própria professora faz questão de ajudar a melhorar a realidade. “É um trabalho de formiguinha, mas que já dá frutos em todos os lugares do nordeste”, conta, orgulhosa. Em Jacaré dos Homens, no sertão alagoano, Vânia atua como coordenadora de cultura reaproveitando desde o lixo reciclável até matériaprima natural. “As coisas que a mãe natureza dá também podem ser usadas como arte. Lá eu aproveito cabaça, olho de boi. Faço de um tudo”, conta a artesã, que dá atenção especial, na hora de criar, às esculturas que refletem as culturas afro e indígena. “Gosto, principalmente, dos traços dos negros, que são mais marcantes”, explica. Agora ela trabalha para fundar, junto com a prefeitura, a Casa do Artesão, um lugar onde a população de Jacaré dos Homens vai poder comercializar suas criações. Para Vânia Oliveira, a maior recompensa que vem do trabalho com reciclagem é o reconhecimento e o crescimento profissional das pessoas que passaram pela sua oficina, junto das quais ela pode lutar por uma sociedade mais “verde”. “O meio ambiente não é para ser discutido apenas em uma semana. A natureza está o
tempo todo à nossa volta e precisa de cuidados. Sem perceber, estamos criando verdadeiras cidades de lixo”, diz. Seu orgulho mais recente foi a apresentação do artesanato com reciclagem feita por uma antiga aluna durante a Conferência Nacional de Cultura, em Brasília. “De todo o Nordeste, apenas duas pessoas iriam compor a delegação para ir ao evento. Essa aluna foi uma das escolhidas; vê-la defendendo o trabalho artesanal com reciclagem foi emocionante”, lembra a professora. No próximo mês, todas as alunas de Vânia, do Cenarte, vão ser reconhecidas oficialmente como artesãs, através da emissão da carteira profissional. Depois disso, poderão participar de eventos como a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que acontece todos os anos em Pernambuco, e ampliar ainda mais a divulgação do próprio trabalho. Para a professora, a conquista tem um sabor tão especial quanto para as alunas. “A vida da gente é aprender. Essas mulheres vão poder repassar o conhecimento que adquiriram e difundir a prática do artesanato com reciclagem. É bom para elas, melhor ainda para o meioambiente”, define, orgulhosa. (G.L.) *Sob a supervisão da Editoria de Cidades
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Blogs se popularizam e se transformam numa poderosa forma de comunicação Cada vez mais comuns, páginas na web aproximam o leitor da informação e ganham espaço entre as comunidades Gabriela Lapa Estagiária*
Lidar com a opinião alheia não é tarefa das mais fáceis. Não importa se é a respeito do que vestimos, falamos ou escrevemos: os comentários mexem com a nossa cabeça, principalmente se são negativos. Na internet, a possibilidade de os leitores opinarem abertamente sobre os mais diversos conteúdos já causou muita dor de cabeça a donos de sites e fóruns de discussão. Mas são nos blogs que essa situação se repete com mais frequência. Independente do conteúdo divulgado, quem tem blog sabe: administrar a opinião dos outros requer muito jogo de cintura. “Criei o Jaqueira Notícias há apenas cinco meses, mas já enfrentei situações constrangedoras por causa de comentários feitos nas matérias que publiquei”, conta o líder comunitário Anderson Luís. Ele mora em Chã da Jaqueira,
na parte alta de Maceió, e fez Anderson Luís conta que o blog para divulgar notícias o Jaqueira Notícias recebe, relacionadas tanto ao próprio em média, 60 visitas por sebairro como às comunidades mana e, embora respeite a da região. Anderson conta opinião de quem comenta, que tem muito cuidado na nem sempre os leitores comhora de pensar o conteúdo a partilham da mesma conduser postado no blog, princita. “Tem gente que palmente se ele for elogia. Mas tem retirado de outros quem critique, e até sites. Mas quando ameace outros leitoo assunto é o leitor, “Criei o blog há res através dos coa situação se comcinco meses mentários”, conta plica. “Tem gente e já enfrentei Anderson. Para adque não gosta do ministrar o problesituações que eu publico e faz ma sem correr o comentários bem constrangedoras risco de dar proporcríticos. Certa vez, por causa dos ção ainda maior à coloquei uma entreofensa ou à crítica, comentários” ele liga e consulta a vista com outro líder (da comunidapessoa atingida. de) e precisei retirar “Chã da Jaqueira é um bairpara não ser processaro simples. Como sou líder do”, lembra. comunitário conheço bastanOutro problema bem fre- te gente. Por causa disso, é quente na rotina de quem ad- fácil entrar em contato com ministra blogs é a utilização todo mundo e pedir permisdos comentários, por parte dos são para publicar o comenleitores, para criticar e ofen- tário. Se a pessoa consentir, der uns aos outros – e não o eu coloco. Mas se não, apago conteúdo publicado. na mesma hora”, explica.
Interatividade é natureza elementar Para o jornalista e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Clayton Santos, atitudes como as de Anderson Luís são as mais adequadas a quem tem a trabalhosa missão de administrar os comentários do próprio blog. Ele acredita que a moderação é aceitável quando ajuda a zelar pela imagem das pessoas envolvidas, mas destaca que não pode se tornar uma ferramenta de con-
trole da informação. “Os blogs conquistaram os mais diversos leitores porque causam a impressão de aproximar a pessoa que publica da pessoa que as lêem, justamente através do sistema de comentários. Se você controla esse conteúdo e publica apenas os comentários que lhe agradam, fere a natureza do blog – que é a interatividade”, explica Clayton Santos. “Mas é importante lembrar que
isso não significa permitir o desrespeito à imagem dos outros. Aqui em Alagoas, o dono de um conhecido blog publicou um texto explicando aos seus leitores que não podia ser responsabilizado por comentários ofensivos. As pessoas precisam entender que liberdade de expressão é permitida, mas os abusos têm que ser coibidos”, acrescenta o professor. (G.L.)
Trecho de um blog e o comentário de um internauta: aproximação entre o informante e o seu público
A censura disfarçada de servidor A jornalista mineira Camila Marinho, que mantém um blog pessoal há três anos, prefere responder os comentários diretamente para o autor, evitando discussões acaloradas entre os outros leitores que costumam visita-la. Sua página, “Caminho Trilhado”, já recebeu mais de 180 mil visitas desde que foi criada e, em todo esse tempo, são poucas as lembranças desagradáveis relacionadas aos comentários. “A informação do blog é pública, democrática, você não pode impedir os leitores de se expressar”, avalia a jornalista. “No “Caminho Tri-
lhado”, respondo direto para a pessoa que escreveu, mas dependendo da situação, quando é mais leve, posso colocar a resposta até junto dos outros comentários, para que as pessoas leiam também”, acrescenta. Segundo o professor Clayton Santos, foi a possibilidade de interação entre o leitor e o dono do blog que conquistou tantos adeptos desse tipo de mídia. Mas, ao contrário do que parece, “democrático” não é o melhor termo para usar ao se referir ao conteúdo do blog. “Pouca gente percebe, mas os blogs – assim como
os sites de notícia – dependem do servidor que hospeda o endereço. Quando o conteúdo publicado vai contra a política ou os interesses dele, não só a publicação pode ser vetada como a própria página”, conta o professor. “Aqui no Brasil, o portal do Observatório da Imprensa teve que mudar de servidor para continuar on line, em função de problemas com a política interna. Mas mesmo assim, é preciso reconhecer que a internet abriu um leque de interatividade muito maior do que meios como o jornal impresso ou a televisão”, avalia. (G.L.)
Poder incontestável da ferramenta Em Alagoas, blogs conhe- muitas vezes, o moderador cidos administrados por pro- ou proprietário da página não fessores e jornalistas já foram tem como ter certeza da idenalvo de críticas contundentes tidade do leitor. Mas ainda de leitores, através de comen- assim, os comentários ajudam tários que geraram uma re- o moderador a refletir sobre percussão tão grande quanto o conteúdo do que publica ou a notícia publicada, isolada- mesmo a repensar sua opimente. Clayton Santos atrinião a respeito de debui esse fenômeno à quantiterminado tema. dade de público que A jornalista Camila visita esses portais, Marinho defende essa dentro do Estado. tese. “Às vezes o lei“Um blog tor usa um bom argu“Um blog lido em Alagoas tem repercusmento no comentário, lido em são pequena se você acaba mudanAlagoas edovocê compara com outros o jeito de pensar”, de alcance nacional. causa uma conta. Esse anonimato Mas, aqui dentro, ele consentido acaba serreação pode causar uma rea- poderosa” vindo, também, como ção poderosa. A opiferramenta de atração nião pública acaba de leitores. Muita sendo construída a gente que não tem copartir dos comentários ragem de expressar o que feitos por leitores”, diz o pro- pensa – ou não pode fazê-lo fessor. Por isso, ele defende – encontra aí a saída, que se que a moderação não impeça aplica também aos donos dos o leitor de se manifestar. blogs ou sites, que podem puAtravés do sistema de co- blicar textos sem assinatura. mentários do blog, o leitor O único problema é dispode registrar sua opinião a tinguir, nos casos em que o respeito do que foi publica- comentário é pejorativo, a do sem ter, necessariamente, pessoa a quem se deve cobrar que se identificar. satisfações. “Se você não conObrigatório, mesmo, só o segue identificar quem fez o campo de e-mail. Por isso, texto, ou porque a pessoa não
assinou, ou porque o nome é falso, não há como punir o autor. Nesse caso, a responsabilidade cai sobre o editor ou diretor do site”, explica o advogado Fernando Maciel. No caso dos comentários, como esses cargos não existem, se trata apenas do leitor,a identificação é fundamental. “Nessa situação, cabem três tipos de processos com indenização por danos morais: calúnia, injúria ou difamação. O que vai definir é a natureza da ofensa, se a pessoa foi acusada de um crime que não cometeu, se a sua honra foi contestada ou se a sua imagem foi denegrida”, diz Fernando Maciel. E, segundo ele, no caso de a pessoa ofendida ser uma autoridade pública, o processo pode ficar a cargo do Ministério Público. “Isso acontece se a autoridade for destratada enquanto figura pública”, completa. E ressalta: independente de qualquer coisa, quem se enquadrar nessas situações deve procurar um bom advogado. (G.L.) *Sob a supervisão da Editoria de Cidades
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Juventude perdida Mais de 140 adolescentes vivem sem liberdade em Alagoas; a taxa é uma das maiores do Brasil Láyra Santa Rosa Repórter
Um levantamento feito pela Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente aponta Alagoas como sendo um dos estados brasileiros que mais registrou internações de crianças e adolescentes entre 2008 e 2009. De acordo com os dados divulgados, a taxa de crescimento foi de 79%. Até a última sextafeira estavam sob a guarda do
governo 141 jovens. Na avaliação da subsecretária Carmem Oliveira, esse aumento se dá pela demora da Justiça em analisar os casos de internação e ainda, na forma errônea que as detenções acontecem. “Hoje, mais de 50% dos adolescentes internos cumprem medidas de internações por cometerem delitos contra o patrimônio [roubo ou furto], sendo o primeiro ingresso na instituição. Eles não deveriam ser internos e sim cumprir medidas alternativas, como pres-
tação de serviço”, afirmou Carmem Oliveira, subsecretária nacional de Promoção dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, em entrevista a uma agência nacional de notícias. Essa informação foi contestada pela promotora Alexandra Beurlen, titular da Promotoria da Infância e da Juventude. A representante do Ministério Público garante que em Maceió as internações só acontecem em último caso, após todas as medidas sócio-
educativas serem aplicadas. “Nós aumentamos o número de internações, mas seguimos o que o Estatuto da Criança e do Adolescente [ECA] coloca. As internações só acontecem em casos de grande ameaça, repetição de ato infracional, descumprimento de medida sócio-educativa e violência à pessoa. Damos todas as oportunidades, mas muitas vezes somos obrigados a detê-los”, disse. A promotora falou, ainda, que muitas vezes o menor que
comete um roubo ou o furto já é reincidente e, por isso, acaba sendo detido. “Em regra, a gente não tem adolescente sem cometer algum delito e que não preencha os pré-requisitos para internação. Você tem casos de adolescentes que roubaram dez vezes, ele está reiterando a prática, tenho que tirá-lo da rua até porque ele vai acabar morto. Esse menor vai ser internado pelo conjunto de práticas”, explicou Alexandra Buerlen. Yvette Moura
Jovem que tem boa índole é absolvido Comparando com outros nanceira e sem nenhum acomestados, Alagoas não aparece panhamento social. Muitas numa situação de internações vezes ouvimos o que eles têm tão alta comparando com sua a dizer e o este depoimento é população. Estatisticamente, muito importante para a nossa para cada 36 mil habitantes o decisão. Analisamos Estado interna um adolestudo e, se acharmos cente; já em São Paulo que ele tem boa índoo número é de 8 mil le, dependendo do habitantes para um contexto, peço a abQualquer adolescente internasolvição”, afirmou a do; no Rio Grande do decisão sobre promotora. Norte o número tamDe acordo com os a vida dos bém é maior, sendo últimos dados divulpara cada 21 mil, adolescentes gados, estão internauma internação; em dos na Unidade de Interá de ter Minas, o número é de ternação Masculina análise da 26 mil habitantes pa(UIM), 47 adolescenvida deles ra cada um adolestes com idades entre cente internado. 15 e 18 anos; na UnidaA representante de de Internação Prodo MPE argumenta visória (UIP), estão 46, num esque antes de qualpaço onde cabem 36; na Unidade quer decisão que venha a ser to- de Internação de Jovens Adultos mada em relação aos menores, (Uija), estão 28 com idades entre será necessária uma análise de 18 a 21 anos incompletos e, na toda sua vida. “Infelizmente, a Extensão da UIM estão 20 menimaioria deles vive com suas fa- nos com idade entre 12 e 15 anos mílias, em péssima situação fi- incompletos. (L.S.R.)
Número de adolescentes em centros de reeducação aumentou 79%, um dos maiores índices do Brasil
“É responsabilidade do governo recebê-los” A promotora confirma o aumento nas internações, nega a frequência de superlotação e adianta que não solta meninos para diminuir esses casos. Quando a superlotação acontece, o Ministério Público Estadual ingressa com ações civis públicas contra o Estado. Nesse momento, estão sendo analisadas cinco ações, sendo uma delas em relação a construção de uma nova unidade de internação. “Não vou soltar menino porque não tem vagas para eles ficarem internados. É responsabilidade do governo recebê-los e tentar reabilitá-los para voltar às ruas”, afirmou. “Eles têm educação física diariamente, acompanhamento psicológico e com assistente social, médicos, aulas vinculadas à escola, atividades que possam dar a oportunidade deles terem uma vida diferente. Infelizmente, em muitos casos, é dentro das unidades que muitos deles recebem pela primeira vez atendimento social”, lamenta. Uma das reclamações da promotora em relação ao Estado é pelo fato da falta de continuidade dos projetos dentro das unidades de internação. “Já vivemos momentos piores que este que estamos vivendo, mas muita coisa ainda tem que ser mudada. A primeira dela é a falta de cursos de semi-profissionalização para todos os meninos. Eles precisam aprender alguma coisa, para terem uma oportunidade depois que saírem da internação. Outro fato é que o Estado não consegue dar continuidade às atividades. Falta recurso e eles suspendem as ações, deixando os meninos na mão”, denunciou Alexandra Buerlen. (L.S.R.) Continua nas páginas A14 e A15
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Promotora Alexandra Beurlen garante que as internações só acontecem quando não há outra solução
Porte de armas e tráfico: crimes comuns A tipificação dos delitos cometidos pelos menores tem mudado. Num passado não tão distante, as crianças e adolescentes cometiam apenas o furto, hoje a maioria deles é preso com armas, após cometerem assaltos à mão armada ou por estarem traficando drogas. “Hoje em dia a exceção é encontrarmos um menor que foi detido por furto. A regra agora é roubo. As armas estão fáceis de serem adquiridas e eles estão se armando”, contou a promotora Alexandra Beurlen. “Temos muito casos de adolescentes que são traficantes, alguns deles que integravam
bandos de criminosos peria liberdade assistigosos como é o caso do Coda, onde os menoroa. Muitos adultos res têm que ir para usam os menores a escola e são acompara cometerem panhados de perto crimes. Mas aqui, pelo juizado de meaqueles detidos nores; são inseridos “As armas por tráfico vão paem programas sosão fáceis ra internação e deciais do Governo pendendo dos caFederal; recebem de serem sos, passam por advertência nos adquiridas, tratamentos”. casos de atos mais e eles estão Antes de os meleves; reparação por nores serem internadanos, com pagase armando” dos, o Ministério mento de indenizaPúblico Estadual ção que só acontece junto com a Justiça quando a família tenta aplicar as pepode arcar e prestação nas mais brandas. de serviço a comunidade. Primeiro eles tentam “Analisamos tudo. Só in-
ternamos quando não tem mais jeito. Mas na maioria dos casos, eles são reincidentes. A pena depende bastante dos casos, a maioria acaba internado por anos porque responde por vários delitos”, explicou a promotora da Infância e da Juventude. “Como para a lei, adolescentes não cometem crimes, eles não têm antecedentes criminais. Quando saem da internação adultos, não existe ficha criminal, mas se eles cometerem algum crime já adultos, o delito cometido quando adolescente deverá contar como antecedentes sociais na fixação da pena”. (L.S.R.)
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Perfil aponta pobreza e ligação ao tráfico
Sérgio Santos, diretor das Unidades de Reeducação, afirma que, quando os adolescentes entram para o tráfico, não querem mais sair
Yvette Moura
O perfil da maioria das cri- des, eles ficam afastados das anças e adolescentes que che- drogas, mas são as próprias gam hoje às Unidades de Inter- famílias que trazem as drogas nação do Estado são quase para cá. Temos um caso onde sempre os mesmos: são de fa- a família inteira, inclusive a mílias podres, sem nenhuma mãe, foi presa por tráfico. Que perspectiva social e, principal- estrutura esses meninos têm?”, mente, com envolvimento no indagou. tráfico de drogas, seja como Outro problema apontado usuários ou traficantes. por Sérgio Santos é em relação “Sem dúvida, a desestru- às disparidades sociais, onde a turação das famílias são um maioria dos jovens deseja ter dos problemas principais que uma realidade de vida diferenlevam esses meninos para en- te da que suas famílias podem trarem no crime. Muitos deles lhe proporcionar. “A disparidanão têm a figura paterna e nem de social é um problema muito referência de como devem con- grande. Eles são jovens, têm soduzir suas vidas. Vivem em nhos e vontades. dificuldade diária e sem persVêem uma parte da pectiva nenhuma”, dissociedade ter tênis e se Sérgio Santos de roupa de marca, ceAndrade, diretor lular caro e querem das Unidades de ter a mesma coisa. Reeducação. “O ouPara conseguir isso tro problema que, na realidade que vi“É mais fácil para mim é um dos vem, precisam roucorrigir um mais graves, é em bar ou entrar no tráhomicida do relação às drogas. fico, que é hoje a maMuitos deles ficam neira mais fácil de que um dependentes e acaganhar dinheiro. traficante” bam roubando para Sabendo disso, eles sustentar o vício. vão virar traficantes Vem para as unidae se envolver cada des se internam por vez mais no crime”, um tempo e quancolocou. do são liberados, Quando estão internados voltam para a mesnas unidades masculinas, os ma rotina. E é claro a se en- menores recebem visitas das volver com as drogas”. famílias durante todas as quinPara o diretor das Unida- tas-feiras e domingos. Eles têm des de Reeducação, o proble- acompanhamento de médicos, ma não será resolvido apenas de assistente social e psicólocom ações durante a interna- gas, aulas diárias, educação fíção. “Não adianta tirar esses sica e cursos de profissionalijovens das ruas e quando eles zação. “Tentamos proporciosaírem voltarem para a mesma nar para essas crianças um realidade. Muitas vezes eles acompanhamento social que a voltam para o crime ou são maioria não tem fora daqui. mortos. Aqui é uma passagem Alguns aproveitam o momene não temos como fazer mila- to para aprender e modificar gre. É uma questão social, que sua vida, outros não. Hoje é passou a ser um problema de mais fácil corrigir um homicitodos”, afirmou Sérgio Santos. da, que cometeu um crime bár“Nesse período de recupe- baro matando, do que um traração, a participação da famí- ficante. Depois que eles entram lia é essencial, mas a maioria para o tráfico, não querem não tem preparo nenhum para mais sair”, lamentou Sérgio esses filhos. Aqui nas unida- Santos. (L.S.R.)
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Em época de Copa do Mundo e de torcidas com outros coloridos Histórias de casais e de estrangeiros que voltam às origens na hora da torcida Thallysson Alves
Elisana Tenório Repórter
Faltando um pouquinho mais de uma semana para a seleção brasileira entrar em campo para enfrentar o time da Coreia do Norte, na Copa do Mundo da África do Sul, muitas famílias de nacionalidades diferentes dão os ajustes finais para assistir ao desempenho de suas seleções. Será que o jogo será motivo de encrenca? Ou será que, independente do país de nascimento, a plateia garantirá a união e vai torcer pela seleção Canarinho? Bom, uns garantem que sim, que a união será eterna. Juram amor infinito ao Brasil, mesmo sendo de origem alemã, inglesa, portuguesa, americana ou francesa... Mas, outros, reconhecem que não possuem e nem querem possuir “discursos politicamente corretos”. Ou seja, já admitem para quem quiser ouvir que, na hora do vamos ver, o grito de gol sairá mesmo para comemorar a vitória da Argentina, Portugal, Espanha e por aí vai... O motorista Fernando Flores é do time dos “hermanos” e ponto final. Ele chegou da Argentina na companhia do pai e dos dois irmãos, em 1978, para passar uma curta temporada. No entanto, continua morando no Brasil até hoje, assim como seus irmãos. Porém, o amor à pátria argentina é maior do que tudo. E quem falar “tantinho assim” do desempenho do seu time, o terá como inimigo mortal. Exageros a parte, mas é fato que Fernando Flores sempre se estressa em épocas de Copa
Fernando e o filhinho Gabriel: torcida para Argentina, mas muito amor pelo País que o acolheu: Brasil!
do Mundo. Para começar, ele faz questão de assistir aos jogos da Argentina sozinho. Não aceita nem a companhia de sua esposa, a alagoana Glycia Sorrentino, que torce, claro, pelo Brasil. Por conta disso, o casal assiste aos jogos, durante o campeonato mundial, separadamente. Por exemplo: quando a Argentina está jogando, ele fica no quarto e ela vai para a sala. Quando o Brasil entra em campo, ela vai para o quarto e ele fica na sala. “E olha, quan-
do tem gol, só ele se acha no direito de gritar, de vibrar. Quando grito, ele fica chateado”, conta Glycia. Já a jornalista Gabriela Flores, irmã de Fernando, adota outra postura. Ela não é lá nem cá... Ou seja, Gabriela não se “isola” do mundo, mas, confessa, que torce pela Argentina. “É claro que torço pela Argentina, é meu país, é minha pátria. Mas quando o Brasil está jogando torço por ele também, vou, inclusive, comemorar na casa do meu outro
irmão, que é torcedor incondicional do time brasileiro. Só sou 100% argentina, quando joga Brasil x Argentina”, confessa. Mas, no dia-a-dia, Fernando consegue adotar uma postura maleável. Seu filho Gabriel, de dois anos, tem camisa da seleção brasileira e bate-bola com papai. Para quem o pequeno torce? “Argentina”, ensina o pai; “Brasil”, retruca, imediatamente, a mãe. O garotinho, que é esperto, repete os nomes dos dois times.
Amor incondicional pelo Brasil Ele é inglês naturalizado brasileiro e tem orgulho disso. O professor Alisterair Robb jura que seu coração baterá a favor da seleção brasileira quando os jogadores estiverem em campo. E ele vai mais além: garante que, se o Brasil vier a enfrentar a Inglaterra neste campeonato, continuará torcendo pelo time canarinho. “Gosto muito de futebol. Amo o Brasil. Sei que o futebol é o símbolo desta pátria, então, estarei, com certeza, torcendo pelo país que escolhi”, justifica o professor Alisterair. Ele mora no Brasil há 17 anos. Chegou para ficar e realmente não saiu mais. Casou com uma brasileira, que também é professora e tem um filho, Rafael, de cinco anos. Para o dia 15, quando o Brasil estreará contra a Coreia do Norte, Alisterair planeja reunir os enteados e enteadas para torcerem juntos. “Vamos fazer um churrasco”. A esposa dele, Maria, atesta o amor do marido pelo país. No entanto, lembra de um episódio engraçado que os dois viveram durante a Copa do
Mundo de 2002, quando estavam na Inglaterra. “O Brasil jogava contra a Inglaterra. Os ingleses fizeram o primeiro gol e Alisterair não se aguentou e gritou ‘yes, yes, yes’. Aí fui toda chorosa para o quarto. Mas aí o Brasil empatou e depois virou. Foi muito emocionante... Quando dei por mim, a vizinhança toda estava gritando ‘yes, yes’”. Na mesma hora, Alisterair rebate. “Mas na Copa de 2006, que também estava temporariamente na Inglaterra, fui a um ‘pub’ assistir ao jogo do Brasil contra a França vestido com o uniforme da seleção brasileira. O time, infelizmente, perdeu e todo mundo ‘tirou onda’ comigo”, recordou. Brincadeiras à parte, Maria garante que o marido torce mesmo pelo Brasil. “Ele ama muito isso aqui. Torce, fica feliz com a vitória do nosso time. Até porque sabe que o sentimento de união que toma conta do povo brasileiro durante a Copa é muito grande, supera classe social, cor, religião. É o Brasil inteiro gritando, torcendo, vibrando por uma nação”. (E.T.) Marco Antônio
Embora de nacionalidade inglesa, Alisterair torce pela seleção canarinho
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Vítimas de estupro podem ter benefício Entidades feministas e de defesa da mulher alegam que, se aprovada, lei pode banalizar crime de violência sexual Fotos: Marco Antônio
Valdete Calheiros Repórter
Terezinha Ramirez salienta que o Brasil vive um dos piores momentos de violência, e o benefício pode banalizar isso
s entidades feministas de Alagoas estão preocupadas com a provável aprovação do projeto de lei 1763/2007 que prevê que a mulher estuprada tem direito a um benefício econômico se não desejar realizar o aborto. O texto, que foi aprovado na Comissão de Seguridade Social da Câmara Federal, segue agora para a Comissão de Finanças e Tributação, onde será analisado quanto à viabilidade financeira. Batizado de “Bolsa Estupro”, a iniciativa é vista como conivente com a violência sexual. A expressão foi criada pelo próprio movimento feminista contra a proposta que prevê ajuda à mãe e ao filho gerado em decorrência de violência sexual.
A
O projeto é polêmico e está causando desconfiança entre as entidades feministas em todo o Brasil. Em Alagoas, o Fórum de Entidades Autônomas de Mulheres de Alagoas e o Centro de Apoio às Vítimas de Crime (CAV- Crime) são contra o projeto de lei. Para o Fórum, a intenção da iniciativa é dificultar o acesso de mulheres vítimas de estupro aos procedimentos públicos de aborto legal. Para elas, o Estado praticamente “assumiria” a paternidade de um filho gerado a partir da violência sexual. Os que são favoráveis à matéria afirmam que o benefício para gestantes vítimas de estupro é uma solução para mulheres de baixa renda que não desejam fazer o aborto, e uma forma de responsabilizar os autores da violência.
Salário mínimo até a maioridade do filho De autoria dos deputados Henrique Afonso (PT-AC) e Jusmari Oliveira (PR-BA), o texto em tramitação no Congresso beneficia com um salário mínimo mensal por 18 anos a mulher violentada que assumir a gravidez. A intenção dos parlamentares é colocar à disposição das vítimas de violência sexual uma ajuda financeira na criação do filho, caso ela não queira encaminhar a criança para adoção. As entidades feministas afirmam que a proposta permite que estupradores reivindiquem direitos de pai, dificultando também o acesso de mulheres vítimas de estupro aos procedimentos públicos de aborto legal. O texto prevê que o Estado se responsabilizará pelos custos
“Bolsa é ataque ao princípio de igualdade”
Projeto pode banalizar e fazer apologia O CAV-Crime é, desde 2001, referência no atendimento de mulheres que sofrem violência doméstica e sexual. O Centro atua no apoio jurídico, psicológico e social às vítimas de crimes como tentativa de homicídio, lesão corporal grave, estupro, atentado violento ao pudor, cárcere privado e sequestro. Para a psicóloga do CAV, Polyana de Oliveira Guimarães Leandro, o projeto de Lei pode dar margem a banalização ou mesmo a apologia do estupro. “Uma das maiores lutas para uma mulher vítima de estupro é esquecer a violência sexual. Um filho seria a perpetuação dessa violência e a certeza de um forte vínculo entre a vítima e o agressor”, avalia. Entre os anos de 2001 e 2009, o Centro acompanhou 1.341 pessoas vítimas de diversos tipos de crime. Do total, 812 são do sexo feminino e 529 são do sexo masculino. Segundo as estatísticas do CAV, do total de atendimentos 117 foram estupros e 92 foram atentado violento ao pudor, tentados ou consumados. Noventa por cento dos agressores são homens. Os outros crimes foram lesão corporal (391), ameaça (282), tentativa de homicídio (71), homicídio (47), sequestro (8), cárcere privado (5) e outros tipos de crime (126). A psicóloga Polyana de Oliveira afirmou que 86% dos agressores têm algum tipo de vínculo com a vítima. Em sua grande maioria, a violência sexual é consumada pelo pai, padrasto, avô, tio, irmão, primo, vizinho ou conhecido da vítima. Do total de pessoas vítimas de violência sexual, entre os anos de 2001 a 2009, 57 têm entre zero e seis anos; 95 entre 7 e 12 anos; 163 entre 13 e 17 anos; 278 entre 18 e 28 anos; 181 entre 29 e 35 anos; 197 entre 36 e 50 anos e 65 mais de 50 anos. (V.C.)
do desenvolvimento e da educação da criança até que o genitor, que nesse caso seria um estuprador, seja identificado e responsabilizado ou até acontecer a adoção. O responsável pelo estupro responderá criminalmente e deverá pagar pensão ao filho por período a ser determinado pela Justiça. A coordenadora nacional da Articulação das Mulheres do Brasil e da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, Rogéria Peixinho afirmou que a “bolsa” é uma iniciativa grave, que dá a um criminoso os direitos de pai e, institui a tortura, obrigando a vítima a ficar nove meses carregando um bebê fruto de violência sexual. (V.C.)
O Fórum de Entidades Autônomas de Mulheres de Alagoas reúne 40 diferentes entidades que lutam pelos direitos das mulheres. Aentidade foi criada em 2005 e é presidida pela ex-vereadora Terezinha Ramires. Ela diz que o Brasil vive um dos piores momentos em termos de violência. E em Alagoas a situação não é diferente. “A cada dia, os noticiários dão conta de dezenas de assassinatos em todas as capitais e cidades do interior. Jovens são mortos por dívidas, na maioria de valores inferiores a R$ 10, com o tráfico de drogas; pais de família são assassinados nos incontidos assaltos para roubo ou por qualquer outro motivo torpe; e as mulheres não escapam, também, da morte violenta seja nas ruas, ou mesmo dentro de suas casas. Isso significa que temos muitas crianças órfãs, vivendo miseravelmente sua fome e sua nudez pelas ruas, nascidas de uniões afetivas ou de estupros”. Terezinha Ramires acredita que a concessão do benefício mensal previsto no Projeto1763/2007 seria o maior ataque
ao princípio da igualdade, sacralizado na Constituição Brasileira. “O Poder Público estaria assistindo crianças fruto de estupros, destacando-as de todas as outras necessitadas. Parece-me um non sense [expressão em inglês que significa sem sentido] a idéia contida na referida proposta de Lei”, destacou a presidente do Fórum. Ainda de acordo com Terezinha Ramires, outros pontos podem ser levantados em protesto ao projeto, como seja o aviltamento da mulher violentada, tendo sua dor e sua vergonha transformada em possibilidade de preço, apesar do risco de se ter instituído uma espécie de “indústria” como a que às vezes transparece no trato das separações, dos divórcios. “No meu entender, valeria muito mais a luta pela eficiente aplicação da Lei Maria da Penha, mecanismo legal que exige do Poder Público políticas que darão à mulher, incluído a vítima de estupro, completa assistência social, psicológica e médica”, salientou. (V.C.)
A história e os dados do aborto no País
Poliana: uma das dificuldades da mulher é esquecer o estupro, e o filho é a perpetuação da violência
O Código Penal brasileiro prevê apenas duas concessões para a prática do aborto: em caso de gravidez resultante de estupro ou em ocasiões de aborto necessário para salvar a vida da gestante. Esse direito foi instituído na década de 1940, quando entrou em vigência o Código Penal. Para evitar uma enxurrada de falsos estupros, os deputados autores do projeto incluíram no projeto um artigo prevendo reclusão de um a quatro anos, além de multa, para eventuais golpes. A proposta determina ainda que os recursos destinados aos filhos de estupro devem sair do Fundo Nacional de Amparo à Criança e ao Adolescente, com pagamento efetuado pelos Conselhos dos Direitos da
Criança e do Adolescente. Na avaliação da assessora técnica do Centro de Estudos Feministas de Estudo e Assessoria, Kauara Rodrigues, o projeto fere direitos e garantias fundamentais já adquiridas e com muita luta pelas mulheres. Em entrevista por telefone a O JORNAL, Kauara Rodrigues, que reside em Brasília, onde o Centro tem sede, disse que “o projeto é uma tentativa de retrocesso em relação aos direitos das mulheres”. O “Bolsa-Estupro” cria ainda o Estatuto do Nascituro, estabelecendo os direitos e deveres que envolvem o ser humano concebido, mas ainda não nascido, incluindo os seres humanos concebidos “in vitro”, mesmo antes da transferência para o útero da mulher. (V.C.)
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BANCO DE SEMENTES
Programa seleciona trabalhadores rurais Implantação de 600 bancos comunitários de sementes deve beneficiar cerca de 45 mil famílias em Alagoas As entidades interessadas na implantação de bancos comunitários de sementes têm até o dia 15 de junho para conferir o edital e entregar suas propostas. As entidades que forem credenciadas vão desenvolver atividades de organização e capacitação técnica para a produção, seleção, armazenamento e gestão comunitária de 600 bancos de sementes. Podem participar associações rurais, federações, cooperativas
de produção ou cooperativas de crédito e sindicatos de trabalhadores rurais. Com a implantação dos 600 bancos comunitários de sementes, a expectativa é que sejam beneficiadas 45 mil famílias de agricultores familiares. "Além de sementes, os agricultores de baixa renda inseridos nos territórios do Alto Sertão, Médio Sertão, Bacia Leiteira, Agreste e Baixo São Francisco, terão acesso a máquinas e ferra-
mentas para o cultivo da lavoura", citou Inês Pacheco, superintendente de Fortalecimento da Agricultura Familiar da Secretaria de Agricultura. Entre os objetivos dos bancos comunitários de sementes, segundo Inês Pacheco, estão: promover a autonomia produtiva, reduzindo a dependência de políticas governamentais; fortalecer institucionalmente as associações comunitárias rurais; e
agregar valor à produção de milho e feijão da agricultura. Os bancos de sementes - A tecnologia de armazenamento de sementes em Bancos Comunitários é utilizada há décadas pelos agricultores familiares do sertão nordestino. Em Alagoas, essa tecnologia social é utilizada por organizações de representação de agricultores, como associações comunitárias. No entanto, o domí-
nio por completo de todos os aspectos dessa alternativa de armazenamento e conservação de sementes só é usado por algumas poucas entidades, em razão da limitação de recursos. "Além do benefício direto para os agricultores familiares, a estruturação desses bancos de sementes e ferramentas representa maior eficiência na utilização dos recursos públicos do Estado", lembrou Inês Pacheco.
"Por ser uma tecnologia surgida do conhecimento secular dos agricultores e que hoje se revela fundamental para manter o ciclo de plantio e colheita anual de milho e feijão, com menor custo para a sociedade, este processo de formação teórico-prático contribuirá fundamentalmente para resgate e ampliação dessa tecnologia, a partir da experiência dos próprios agricultores", finalizou a superintendente.
Bolsistas serão capacitados em PE Os 120 profissionais selecionados por meio de edital para prestar orientação aos agricultores familiares de Alagoas serão capacitados a partir da próxima segunda-feira, no Centro de Treinamento do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), no município de Carpina. Todos os selecionados vão atuar na modalidade de bolsistas pelo período de um ano, podendo haver prorrogação por igual período. Segundo a superintendente de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), Rita de Cássia, essa será uma qualificação de nivelamento e também é eliminatória. "A equipe é multidisciplinar e vai passar por um Curso de Formação Inicial para
Agentes de Ater, no qual ela vai conhecer as políticas públicas estaduais e federais voltadas para a agricultura familiar", explicou Rita de Cássia. Entre os profissionais selecionados, estão: técnicos agropecuários, engenheiros agrônomos, engenheiros de pesca, zootecnistas, veterinários, assistentes sociais, nutricionistas, profissionais de economia doméstica e administradores. CAPACITAÇÃO - Os bolsistas serão capacitados em diversos temas com foco na Política Nacional de Assistência Técnica Extensão Rural (PNATER). Os principais temas são: análise da economia alagoana; resgate histórico-crítico sobre a extensão rural; desenvolvimento rural sustentável; segurança e soberania alimentar sustentável. Também serão passadas
orientação sobre o enfoque de gênero nas ações de Ater; apoio à comercialização da agricultura familiar; crédito rural; agroindústria; agroecologia: fundamentos e princípios; etnodesenvolvimento e Ater indígena; Produção Agroecológica Integrada e Sustentável; Programa Alagoas Mais Leite; fundamentos pedagógicos e metodologias participativas. Os facilitadores da capacitação são técnicos da Emater de Minas Gerais, da Emater do Amazonas, da Emater do Pará, do Centro de Formação 8 de Março, do Rio Grande do Norte, do Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, de Pernambuco, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da própria Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).
Bancos de sementes devem beneficiar aproximadamente 45 mil famílias em todo o estado de Alagoas
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Domingo, 6 de junho de 2010 | www.ojornalw Fotos: Carolina Sanches
Arapiraca é líder em acident
Dados da UE do Agreste mostram que, entre janeiro e maio, 263 pes Carolina Sanches Repórter
ARAPIRACA- Quase todos os
moradores do Agreste conhecem ou têm algum parente que já sofreu um acidente de motocicleta. Na cidade de Arapiraca, o número é
alarmante. Dos 50 mil veículos registrados com placa da cidade, 26 mil são motocicletas. Estes números são maiores se considerado as
motos que não possuem placa de Arapiraca, mas circulam na região. Além de estar entre os municípios com o maior número de mo-
Acidentes envolvendo motocicletas são constantes em Arapiraca
Vítimas lotam Unidade de Emergência Segundo dados da UE, a maioria dos acidentes acontecem na zona rural, onde os veículos rodam em maior velocidade e a fiscalização do trânsito é precária. A faixa etária das vítimas vai de 18 a 40 anos, embora haja muitos casos envolvendo adolescentes e até pessoas idosas. Além do alerta para a segurança no trânsito, os índices devem se tornar também uma preocupação para o setor de saúde pública, uma vez que a maioria dos leitos da Unidade de Emergência sediada em Arapiraca acaba sendo ocupada por vítimas desse tipo de ocorrência, como explica o diretor da unidade, Paulo Roberto Pereira. “A UE possui 42 leitos para a internação e muitas das ocupações são de vítimas de acidentes de veículos, principalmente de moto”, afirmou. Segundo o diretor. A expectativa é que, com a chegada do inverno, as pessoas andem menos de moto e os
acidentes diminuam. “Normalmente o período de inverno registra um menor número de internações de vítimas de acidentes de moto”, disse Paulo Roberto. CUSTO - Em Alagoas, poucas unidades hospitalares estão aptas a realizar esse tipo de procedimento ortopédico e neurológico e a demora para a recuperação do paciente no hospital pode significar, além dos riscos de infecção hospitalar, um atendimento inadequado para outra vítima de acidente. A Unidade de Emergência do Agreste é referência nesse tipo de tratamento e recebe paciente de Arapiraca e outros municípios. O diretor da UE explicou que o custo para o tratamento dos pacientes que necessitam de intervenções neurológicas e ortopédicas é elevado, mas que não teria como quantificar o valor que acarretaria a situação financeira da unidade hospitalar.
Mais de 26 mil motocicletas circulam pelas ruas do município
Imprudência é apontada como causa A rotina dos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Arapiraca fica mais intensa nos finais de semana, quando acontece a maior parte dos acidentes envolvendo motocicletas. São colisões com motos, carros, além de quedas e atropelamentos, provocados principalmente por imprudência e embriaguez. De acordo com dados do Samu, em 2009 foram realizados 848 atendimentos envolvendo acidentes com motocicleta, destes 211 (24,88%) vítimas eram condutores alcoolizados e 106 (12,5%) estavam sem proteção. Ainda segundo a pesquisa, 521 pessoas sofreram queda de motocicleta, correspondendo a 61,44%. No primeiro trimestre deste ano já foram registrados pelo Samu em Arapiraca 229 vítimas envolvendo motocicleta, o que corresponde a um aumento de 10% em relação ao ano passado. De acordo com o superin-
tendente da Smtt, Severino Lúcio, além do alcoolismo e a embriaguez, a falta de respeito à sinalização é apontada como causa para a grande quantidade de acidentes. Ele toma como exemplo a Avenida Ceci Cunha, cuja sinalização determina velocidade máxima de 40km/h. “O limite de velocidade é desrespeitado e tanto motoristas e motociclistas chegam a ultrapassar 60Km/h. A esta velocidade, qualquer deslize para quem guia uma moto pode provocar um acidente fatal”, justificou. A falta de habilitação é outro sinal de irresponsabilidade cometida no trânsito. “Vários dos acidentes envolvem adolescentes e pessoas que não possuem habilitação para andar de motocicleta. Como a fiscalização na zona rural é precária nos fins de semana, pessoas inabilitadas circulam livremente e acabam se envolvendo em acidentes”, destacou o superintendente.
Pesquisa revela que jovens entre 20 e 30 anos d A redução do gasto com combustível, aliada ao baixo custo e a possibilidade de ter um novo meio de trabalho são um dos fatores responsáveis pelo crescimento do número de motocicletas nas ruas. Há algum tempo elas passaram a ser usa-
das como instrumento de trabalho seja por motoboys ou mototaxistas. Pesquisas realizadas pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) revelam que a maioria dos casos envolve jovens entre 20 e 30 anos. Muitos
deles começam a dirigir o veículo antes mesmo de tirar a carteira de motorista. Além disso, utilizam a moto como instrumento de trabalho e estão sujeitos às pressões por produtividade, medida através da rapidez das entregas.
No domingo passado, o músico Diego Ferreira Dantas, de 25 anos, morreu ao colidir sua moto com o Pólo cinza, placa NLY-7634/AL, na Rua Marechal, bairro Ouro Preto, Arapiraca. O rapaz tinha acabado de passar em um blo-
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tes envolvendo motocicletas soas deram entrada na unidade após acidentes envolvendo motos tocicletas nas ruas, Arapiraca lidera as estatísticas de acidentes envolvendo motos. De janeiro até o último dia 4,
foram registrados 263 pacientes que deram entrada na unidade hospitalar vítimas de acidente envolvendo motos. Aquantidade de vítimas
de acidentes de moto já é muito superior aos relativos a outros tipos de veículo. Foram registradas 157 vítimas de quedas de moto, enquan-
to 106 pessoas deram entrada na UE do Agreste após sofrerem algum tipo de colisão ou acidente envolvendo motocicletas.
Centro oferece tratamento às vítimas Após o acidente, o jovem perdeu os movimentos do braço direito, o que o deixou impossibilitado de trabalhar. Ele também parou de estudar porque não conseguia escrever com a mão esquerda. Hoje, Lucivanio faz fisioterapia duas vezes por semana e, segundo ele, se continuar com o tratamento pode voltar a movimentar o braço. Pacientes da região Agreste vítimas de acidentes auto-
mobilísticos realizam tratamento no Centro de Medicina Física e Reabilitação de Arapiraca (Cemfra). A unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento de fisioterapia, terapia ocupacional e implantação de próteses. O diretor do centro, Marcos Fontes, explicou que a maioria dos pacientes são encaminhados da UE do agreste. Destes, mais de 30% são vítimas de acidentes com motos.
Em 2009, Samu fez 848 atendimentos envolvendo motos
Número de agentes não é suficiente A quantidade de motos é praticamente igual à de automóveis, segundo Smtt. Dos cerca de 50 mil veículos que possuem placa de Arapiraca, 26 mil são motocicletas. Mas a quantidade de motos circulando pelas ruas do município é muito maior que a de carros, porque muitas foram emplacadas em outros municípios. Enquanto cerca de 50 mil veículos circulam por dia em Arapiraca, a SMTT possui apenas 60 agentes, que se revezam em dois turnos, para organizar o trânsito. Severino Lúcio não esconde as dificuldades para a realização do trabalho. Ele informou que foi encaminhada nos últimos dias uma solicitação à Prefeitura
Municipal pedindo a realização de um concurso público para a contratação de mais 80 agentes em Arapiraca. “Com o acréscimo de 80 agentes iria melhorar a situação do trânsito no município que tem um movimento intenso principalmente nas áreas centrais”, disse o superintendente. O presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Arapiraca, Marcondes Prudente, acredita que a legislação ainda é falha com relação às motos. Prudente critica o veto, no momento da promulgação do Código de Trânsito, do artigo que tornaria infração a mudança de pista – ou seja, que puniria quem praticasse a costura no trânsito, prática comum entre motoqueiros.
de idade são as principais vítimas de acidentes queio da Polícia Militar, na avenida Governador Lamenha Filho. Ele foi solicitado a parar na blitz, mas seguiu em alta velocidade e foi perseguido pela polícia. Na perseguição, a moto colidiu com o carro e Diego morreu no local.
REABILITAÇÃO - Há dois anos atrás, andar de moto para o jovem Lucivanio da Silva, de 24 anos, era encarado apenas como uma diversão. Sem se dar conta dos riscos que estava exposto, ele trafegava em alta velocidade e sem o uso do capacete. Após ter
sofrido um acidente em janeiro de 2006, o jovem diz estar arrependido por não ter respeitado as leis do trânsito. Era dia de virada do ano quando Lucivanio voltava para casa dirigindo uma motorcicleta, na cidade de Craíbas, região
Agreste do Estado. No caminho, a moto colidiu com um veículo e Lucivanio foi levado para a Unidade de Emergência do Agreste com traumatismo craniano. Ele ainda quebrou um braço, uma perna e rompeu três nervos do braço direito.
SMTT busca realização de novo concurso público para suprir carência
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Fotos: Eduardo Almeida
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O turismo durante a baixa temporada Eduardo Almeida Repórter
MARAGOGI - Durante a chamada alta temporada – que tem início em meados de dezembro e fim em fevereiro, após o carnaval –, os hotéis e pousadas do litoral norte do Estado costumam registrar 100% de ocupação. Nesse período, a população de cidades como Maragogi e Japaratinga triplica, gerando emprego e renda para a região. No entanto, passado o verão, o trade turístico local se vê obrigado a buscar alternativas para minimizar os impactos que a falta de visitantes provoca na economia local. A sazonalidade é apontada pelo setor como um dos princi-
pais responsáveis pela queda na taxa de ocupação dos estabelecimentos. A Associação de Hotéis, Pousadas e Trade Turístico do litoral norte (Ahmaja) estima que, nos meses de maio, junho e agosto, o movimento nos pequenos empreendimentos diminui em até 80%. Além do impacto negativo no setor hoteleiro, a baixa temporada afeta aproximadamente 50 atividades econômicas, conforme levantamento da Secretaria de Turismo de Maragogi. “Se os hotéis e pousadas sentem os impactos da baixa temporada, também sentem os donos de restaurantes, de lanchonetes, os agricultores que fornecem alimentos para o setor hoteleiro, os donos de farmácias e de super-
mercados. É um efeito ‘cascata’, onde todos são afetados com a chegada deste período. Cabe, entretanto, ao poder público e a iniciativa privada buscar alternativas para que essas conseqüências sejam amenizadas”, explica o secretário de Turismo de Maragogi, Hebert Freire de Araújo. De acordo com o secretário, é inevitável que o município sofra com os impactos da baixa temporada, mas é possível minimiza-los com ações estratégicas. Araújo afirma que o setor tem buscado abrir novos nichos de mercado, como o turismo de negócios e o turismo da melhor idade. Outras ações desenvolvidas são os pacotes promocionais e as parcerias com sites indutores. A participação em feiras na-
cionais de turismo também é apontada como uma alternativa para superar a redução no número de visitantes. “Os grandes hotéis desenvolvem hoje o turismo de evento, porém de uma forma restrita. É preciso estender essa modalidade para os demais empreendimentos. Outra alternativa é o turismo da melhor idade, porque é crescente a participação dessa faixa etária no mercado. Asecretaria está desenvolvendo ações conjuntas com o setor hoteleiro, como a participação em feiras de turismo. Mas o impacto é inevitável. O histórico do turismo na região aponta esses períodos como menos favoráveis à atividade”, observa. A presidente da Ahmaja,
Hotéis e pousadas buscam alternativas para minimizar os impactos gerados pela falta de visitantes
Vergínia Stoldoni, explica que os hotéis e pousadas que fazem parte da associação desenvolvem hoje ações individuais e coletivas para captar novos visitantes. Individualmente, os estabelecimentos desenvolvem ações publicitárias nos estados vizinhos, criam pacotes promocionais e buscam parcerias com sites indutores. As ações coletivas ficam a cargo da associação, como as promoções do destino em feiras nacionais e parcerias com agências internacionais de viagem. “A associação desenvolve ações coletivas para divulgação do destino, como aconteceu entre os dias 26 e 30 de maio, quando ela participou do São do Turismo de São Paulo. Mas cada membro também desenvolve ações indi-
viduais, porque o interesse é próprio. O que temos de mais comum são os pacotes, com redução de preços e facilidades para o pagamento e a divulgação em outros estados. No entanto, as ações não são suficientes para reduzir o impacto da baixa estação”, completa Vergínia Stoldoni. Segundo a presidente da Ahmaja, apesar do impacto negativo gerado pelo baixo fluxo de visitantes, não há demissões no setor. Para ela, as estratégias adotadas permitem que o número de funcionários seja mantido. Stoldoni diz que o trabalho que a associação desenvolve tem contribuído para a manutenção dos quadros de funcionário e afirma que o planejamento dos empreendedores é fundamental.
Novos nichos surgem como alternativa
“Ações não são suficientes para superar a temporada”, diz Stoldoni
Empresário diz que Maragogi pode entrar para o calendário de eventos
Calendário artístico-cultural minimizaria impactos MARAGOGI - Para o empresário Luiz Cláudio Gonçalves, a criação de um calendário artístico-cultural poderia minimizar os impactos da baixa temporada no litoral norte do Estado. “Lula”, como é conhecido, cita os exemplos de outras cidades do Nordeste que conseguiram consolidar um evento turístico e entraram para o cenário nacional, como Salvador – com o Festival de Verão – e Garanhuns – com o Festival de Inverno. “O evento aconteceria no mês de julho, durante as férias do meio de ano, e atrairia mais visitantes para a cidade. Garanhuns não tinha tradição quando começou a realizar o Festival
de Inverno e a programação entrou para o calendário nacional. É preciso iniciativa para criar alternativas para a baixa e média temporada”, observa o empresário, que é ex-presidente da Associação de Hotéis, Pousadas e Trade Turístico (Ahmaja). “Lula” explica que existe um projeto elaborado pelo setor hoteleiro para a criação de um evento artístico-cultural entre a baixa e a média temporada, que se chamaria Festival da Botija – uma referência ao baú encontrado no município, em 2004, com moedas de ouro. No entanto, a falta de apoio do poder público teria sido, de acordo com o empresário, o principal motivo para que
o evento não se concretizasse. “O setor hoteleiro não tem como promover sozinho um evento de grande porte, como o idealizado, porque demanda dinheiro e infra-estrutura. É necessária a colaboração do poder público. O apoio das secretarias de Turismo do Estado e Município. Como, à época, a associação não encontrou esse apoio, o projeto foi deixado de lado e cada empresário passou a desenvolver ações isoladas”, expôs o empresário. A presidente da Ahmaja, Vergínia Stoldoni, lembra que reveillon e carnaval são os principais eventos que acontecem ao longo do ano em Maragogi. Segundo ela, passado esses perío-
dos, o fluxo de turistas diminui drasticamente até o mês de julho – quando se inicia a média temporada. O número de visitantes só volta a aumentar em meados de dezembro, com a chegada da alta temporada. “Não há grandes eventos no município, apesar da ampla divulgação que é feita tanto pela associação quanto pelos donos de hotéis e pousadas. Os grandes empreendimentos, entretanto, desenvolvem projetos isolados. Esses eventos acontecem dentro da área dos próprios hotéis e atinge a um público muito específico. É preciso ampliar o turismo de eventos na região”, observa Vergínia Stoldoni. (E.A.)
MARAGOGI - Com a nidade, porque não há uma chegada da baixa tempora- data definida para que aconda, o setor turístico de Ma- teçam. No caso do turismo ragogi tenta abrir novos ni- de lazer isso não acontece, chos de mercado e captar vi- porque quem vem para o sitantes que antes não pro- Nordeste, vem em busca de curavam o destino. A Asso- sol”, observou o empresário. ciação de Hotéis, Pousadas e Trade Turístico do litoral norAEROPORTO - Para o te (Ahmaja), em parceria com empresário Luiz Cláudio as secretarias estadual e mu- Gonçalves, o “Lula”, a chenicipal de turismo e o Minis- gada de um aeroporto em tério do Turismo, estão apos- Maragogi deve minimizar os tando em dois setores pouco impactos da baixa explorados em Alagoas: temporada, mas ele eventos e melhor acredita que há ouidade. tras áreas prioritáConforme o emrias no município, Turismo da presário Mauro como a ampliação Stoldoni, a mais redo sistema de saú“Melhor cente crise mundial de, do setor gastroIdade” e de nômico e até de lae as constantes altas “Eventos” nas moedas estranzer. Lula afirma que geiras mudaram o políticas públicas são perfil dos visitantes efetivas poderiam apostas do segundo maior contribuir para o do setor pólo turístico de crescimento do fluAlagoas. O emprexo de turistas nesse sário afirma que o período. número de turistas “O aeroporto é e semlocais é crescente, pre será bem vindo para a reprincipalmente em hotéis e gião, porque trará desenvolpousadas considerados de vimento não só para o turispequeno e médio porte, o que mo como para outros setoprovoca mudanças nas estra- res. Mas também é preciso tégias de captação de clientes. que o sistema de saúde seja “O setor tem que buscar melhorado, com a chegada alternativas para superar as de um hospital de referência, dificuldades. Se existem ou- que restaurante e casas de ditros nichos de mercado, te- versão noturna sejam consmos que tentar atingi-los. O truídas. As ações do setor púturismo de eventos e o turis- blico e da iniciativa privada mo da melhor idade apare- devem ser complementares”, cem como uma boa oportu- relatou o empresário. (E.A.)
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Economia Domingo, 6 de junho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: economia@ojornal-al.com.br
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INCLUSÃO SOCIAL
Estado é o que menos avança no País Diferentemente do que acontece em outras unidades brasileiras, índices colocam Alagoas em situação crítica Patrycia Monteiro Repórter
O Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), do Rio de Janeiro, divulgou recentemente, durante o XXII Fórum Nacional, um estudo que mostra que a inclusão social no Brasil tem avançado mais do que a geração de riquezas. A pesquisa lança mão de um novo indicador, o Índice de Inclusão Social (IIS), criado pelo diretor técnico do Fórum Nacional, Roberto Cavalcanti de Albuquerque, baseado em parâmetros como emprego e renda, educação e acesso a computador, televisão e telefone. O ISS lança mão de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, o País obteve crescimento médio anual do IIS de 5,3 no período entre 2001 e 2008, enquanto o PIB per capita aumentou apenas 2,3%. No mesmo período, o Estado ficou no último lugar no ranking da inclusão social dos estados brasileiros, com IIS de 4,36. Vale ressaltar que o Maranhão era o que detinha a pior posição no ranking nacional no começo da década, mas como avançou 89,8%, ultrapassou Alagoas – que até então era o penúltimo – e o Piauí, que agora está acima do Estado. O indicador nordestino é
de 4,8 enquanto a do Brasil é de 6,56 e o do Sul do País – região com o maior índice de inclusão é de 7,75. No topo da lista dos estados com maior IIS, estão Santa Catarina (8,25), Distrito Federal (8,16), São Paulo (7,87) e Paraná (7,75). Todos têm médias consideradas altas do indicador (que varia de 8,5 a 7,5). No Nordeste, apenas Sergipe e Rio Grande do Norte detém IIS considerados médios (abaixo de 7,5 mas maior que 5,0), com médias de 5,73 e 5,44, respectivamente. Os outros estados da região têm baixa inclusão social, com médias abaixo de 5,0. Paraíba tem IIs de 4,8; Pernambuco, de 4,76; Bahia, de 4,71; Maranhão, de 4,54; e o Piauí, de 4,43. “Ao longo do século XX se generalizou mundialmente a ideia e a prática da democracia política, social e econômica, capaz de assegurar amplamente direitos de participação em sociedade aberta e de garantir a todos inserção produtiva geradora de renda suficiente para o bemestar social”, diz o economista carioca Roberto Cavalcanti de Albuquerque. “O conceito de inclusão social dita raízes nessas ideias e praticas e é por isso que construímos o IIS baseado em dados que refletem a inserção econômica, a inserção educacional e a inserção digital”, frisa. Continua na página A26
Com boa parte da população vivendo na mais absoluta míseria, estudo comprova falta de ações públicas para acelerar processo de inclusão no Estado
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Economia
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Em todos os quatro compomentes do segmento Educação, Alagoas apresenta percentuais apontados como “vergonhosos”
Índice leva em consideração diversos fatores Segundo Albuquerque, o componente Emprego e Renda, que gera o Índice de Inserção Econômica do IIS, é calculado a partir de quatro indicadores: a taxa de ocupação, a taxa de formalização do emprego, a proporção de não-pobres na população e o coeficiente de igualdade, conhecido como Índice de Gini. Já o componente da Educação e Conhecimento – que expressa o Índice de Inserção Educacional – é representado por quatro indicadores: a taxa de alfabetização de pessoas com mais de 15 anos, além da percentagem das pessoas com idade acima de 15 anos com mais de quatro anos de estudo, e também pelo percentual da população com mais de nove anos de estudo e com mais de 12 anos de estudo. O terceiro e último
componente da média do IIS, chamado de Informação e Comunicação, que gera o índice de Inclusão Digital, é obtido a partir de quatro indicadores: o percentual dos domicílios com microcomputador; o percentual de domicílios com acesso à Internet; o percentual de domicílios com televisão; e o percentual de domicílios com pelo menos um telefone fixo ou celular. “No Brasil, observamos que o componente Informação e Comunicação, ou seja, o de Inclusão Digital, foi o que mais prosperou, com crescimento de 57% no período entre 2001 e 2008”, diz o economista carioca, mencionando que o IIS de Inserção Econômica incrementou 42% no mesmo período, enquanto o de Inserção
Educacional expandiu 32%. “Ao longo da década, os IIs do Nordeste e do Centro-Oeste cresceram mais que o brasileiro – 7,6% e 5,7% anuais, respectivamente, contra 5,3% para o País”, analisa Albuquerque. “Por outro lado, a taxa de formalização de emprego evoluiu no Brasil de 56,4% em 2001 para 61,9% dos empregados em 2008, com alta de 9,2. Essa proteção social ao trabalho continuou escassa no Nordeste – embora tenha avançado de 39,6% para 44,9 na região, com incremento de 13,4% no período”, destaca o diretor técnico do Fórum Nacional. Segundo ele, a disponibilidade domiciliar das ferramentas da inclusão digital (microcomputadores, Internet, televisão e telefone) vem progredindo rapidamente no Brasil ao longo do
novo milênio. “Em 2001 no Brasil como um todo, o percentual dos domicílios com computadores era de 12, com Internet, 8,5%, com televisão, 89,1% e com telefones fixos e celulares, era de 58,9%. Sete anos depois, em 2008, esses porcentuais haviam alcançado, respectivamente, 31,2%, 23,8%, 95,1% e 82,1%. Configurando-se assim uma verdadeira revolução digital no País”, afirma, mencionando que há desigualdades regionais. “Em 2008, o Norte posicionava-se melhor que o Nordeste nos percentuais de domicílios com microcomputadores (17,4% comprados com 15,7%) e telefones fixos e celulares (72,4% contra 66,8%). Mas, perde ligeiramente em acessos à Internet (10,6% contra 11,6%) e televisão (90% contra 91,7%)”, cita. (P.M.)
Objeto raro: apenas 12,64% das residências possuem computador
Marco Antônio
Exclusão é ainda maior na área rural
Na elaboração do Índice de Inclusão Social (IIS), possuir eletrodomésticos, como uma geladeira, mesmo que velha, é entra no levantamento
De acordo com o estudo do economista, a zona rural brasileira é o lugar onde há mais exclusão social. O IIS do campo foi 4,00 – um pouco menor do que o de Alagoas. Os números mostram, porém, que é na área rural que a exclusão social tem diminuído mais rapidamente. O índice do Brasil rural cresceu em média 9% ao ano entre 2001 e 2008 e o do Nordeste rural, 7,9%. No Sul metropolitano, o ritmo foi de 4,2% no período. No Brasil, o ISS variou 5,3% ao ano. Entre os componentes que geram os Índices do IIS de Alagoas, o que teve a pior performance foi o de Educação e Conhecimento, cuja média foi de 3,77 – a mais baixa do Brasil. O componente de Emprego e Renda, por sua vez, foi o segundo pior resultado brasileiro, com média de 4,41, e o de Informação e Comunicação foi o quarto pior, com 4,89 – acima apenas do Pará (4,85), Piauí (4,27) e do Maranhão (4,22), esses dois últimos grandes companheiros do estado nos piores rankings dos indicadores sociais. No cálculo do Índice de Inserção Econômica do IIS alagoano o que mais pesou negativamente foi a proporção da população formada por não-pobres na popula-
ção do Estado, que corresponde a 59,68% do total. Trata-se do pior percentual entre os estados brasileiros. Já na composição do Índice de Inserção Educacional fomos os piores em quase tudo. Nossa taxa de alfabetização foi a menor, 74,26% entre a população adulta; também apresentamos os menores percentuais de adultos com nível de escolaridade mais altos (com 4 e 9 anos de estudo formal, correspondendo, respectivamente, a 51,36% e 28,54% da população) e somos o quarto estado brasileiro com o menor contingente formado por adultos com mais de 12 anos de estudo. Esse universo corresponde a 8,49% da população alagoana, contra 7,16% do Maranhão; 7,71% do Pará; e 7,56, da Bahia. Abaixa performance do Índice de Inclusão Digital de Alagoas é justificada pelo número reduzido de casas com acesso a computador (apenas 12,64% dos domicílios do Estado têm do equipamento - é o terceiro menor percentual do Brasil, acima apenas do Maranhão e Piauí, ambos com pouco mais de 11%); limitado acesso à Internet, apenas 9,4% das famílias dispõem dela. No Estado cerca de 60% dos lares apresentam alguma linha telefônica, trata-se da terceira menor média. (P.M.)
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Complexo Industrial de Suape investirá em terminal para exportação de açúcar branco Administração do porto diz que empreendimento também atenderá demanda de Alagoas e Paraíba Patrycia Monteiro Repórter
A administração do Porto de Suape, localizado no Litoral Sul de Pernambuco, vai lançar no mês de julho edital para construção de um novo terminal açucareiro específico para exportação de açúcar branco. O empreendimento, orçado em US$ 60 milhões, foi desenvolvido após realização de um estudo de viabilidade técnica e econômica feito em parceria com a trading inglesa, EDF & Man, que já confirmou sua participação no processo licitatório. O projeto prevê a instalação de um terminal numa área de 72,5 hectares, localizada no Cais 5 do Porto de Suape, com capacidade para armazenar, estocar e fazer o embarque do açúcar refinado em navios tipo Bibo, que realizam o empacotamento do produto dentro da embarcação, durante o trajeto da viagem. O empreendimento, com capacidade de movimentar 540 mil toneladas por ano, visa atender as demandas dos produtores de açúcar de Pernambuco, Alagoas e Paraíba. “O açúcar poderá sair de Suape a granel, em sacos de 50 kg, em Big Bags de uma tonelada e ou em sacos de 25 toneladas, dentro de contêineres”, afirma Sidnei Aires, vice-presidente do Porto de Suape. Segundo ele, a nova tecnologia logística, inédita no Nordeste, vai contribuir para reduzir os custos da empresas exportadoras, além de agregar valor ao produto nacional já que o açúcar refinado custa entre US$ 40 e US$ 80 a mais por tonelada
O novo equipamento a ser construído no sul de Pernambuco utilizará tecnologia inédita no Nordeste
que o açúcar VHP ou demerara, mais consumido como matéria-prima. “Ao chegar no mercado destino o açúcar refinado já sai empacotado, pronto para chegar ao consumidor final”, explica Aires. De acordo com ele, se o processo licitatório correr sem sobressaltos, as obras serão iniciadas em setembro e o terminal deverá em operação no pri-
meiro semestre de 2011. O empreendimento irá gerar cerca de 60 empregos diretos e outros 150 indiretos. Já na construção serão abertas outras 200 vagas de trabalho. A receita estimada anual do empreendimento é de R$ 3 milhões para o Complexo Portuário de Suape, sendo que R$ 1 milhão seria do pagamento anual pelo arrendamento e outros R$ 2 mi-
lhões gerados pela cobrança de tarifas portuárias na movimentação das cargas. Em entrevista recente ao Jornal do Commercio (PE), o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, disse que o empreendimento terá uma importância estratégica para o setor sucroalcoolei-
ro pernambucano, valorizando a cadeia produtiva local. Ele mencionou que enquanto no Centro-Sul, maior região produtora do País, são produzidas 700 mil toneladas de açúcar refinado, em Pernambuco são produzidas cerca de 500 mil toneladas do açúcar branco por ano – o que representa 50% do total de exportações de açúcar pernambucano.
Mas, de acordo com Heyder Novaes, superintendente da Empresa Alagoana de Terminais (Empat) responsável pela movimentação do terminal açucareiro localizado no Porto de Maceió, a criação do terminal açucareiro no Porto de Suape não deve ser tão atrativo assim para os produtores alagoanos por causa dos custos adicionais com frete rodoviário. “Creio que o novo terminal de Suape será de fato interessante para as usinas de Pernambuco porque o Porto do Recife está abarrotado. A não ser que os custos operacionais sejam muito baixos para compensar as despesas com o transporte do produto de Alagoas até Pernambuco, para as usinas do Litoral Sul do Estado seria inviável”, afirma. Segundo o executivo, Alagoas produziu cerca de 400 mil toneladas de açúcar branco na última safra contra um volume total de 1,4 milhão de açúcar bruto (VHP). “Nossa produção é flexível e orientada segundo a demanda verificada no mercado internacional. Potencialmente todas as agroindústrias produzem açúcar refinado”, mencionando as marcas Coruripe, Caeté e Titara, dos grupos Tércio Wanderley, Carlos Lyra e Maranhão. Contudo, há a expectativa da construção de um ramal da Ferrovia Transnordestina, interligando a malha férrea do Estado à de Sergipe de Pernambuco, o que certamente contribuirá para diminuir os custos de transporte até o Porto de Suape.
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GRINGOS NO MINHA CASA Os investidores internacionais estão interessados no programa Minha Casa, Minha Vida. Com o mercado imobiliário do país aquecido, muitos têm procurado a Caixa Econômica Federal (CEF) em busca de informações sobre o programa habitacional. A Caixa preparou, inclusive, uma apresentação do Minha Casa, Minha Vida em inglês para facilitar o acesso desses investidores. São grupos formados por empresários americanos, portugueses, japoneses, alemães e até irlandeses que tem realizado consultas sobre o financiamento, valor dos imóveis, as exigências, os documentos e o orçamento do governo para o programa. A redução da taxa de juros nos financiamentos contribuiu para incrementar mais o mercado e, observando, que há uma tendência de elevação da taxa, os investidores correm contra o tempo para fazer bons negócios.
REBARBA A chegada da Re/Max em Maceió, ocorrida na semana passada, deu o que falar. Alguns questionam se a presença de um profissional sem registro no Creci e administrando uma imobiliária não feriria a legislação em vigor. O argumento é simples: até o anúncio de um imóvel pintado numa parede exige a publicação do registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis.
SER OU NÃO SER? Há também quem, veladamente, afirme haver um conflito de interesse na entrada do publicitário Alexandre Sampaio no mercado. Para quem ainda não sabe, Alexandre é o primeiro franqueado da Re/Max em Alagoas e especialista em lançamentos imobiliários.
UM BOA IDÉIA Um observador do setor - que pediu anonimato disse que as imobiliárias e construtoras não se sentirão mais a vontade em apresentar seus projetos à empresa de marketing de Alexandre Sampaio, já que agora ele passará a ser visto como um concorrente no disputado mercado de corretagem de imóveis e não como aliado.
FALTOU UM DETALHE Só um detalhe não ficou legal no 82º Enic: como cada candidato falará em momentos distintos, não haverá o tão esperado confronto - de idéias - entre os três.
EMBATE A TRÊS Este embate público entre Dilma, Serra e Marina, aliás, é o momento mais aguardado desta eleição que, diga-se de passagem, ainda nem começou, pelo menos oficialmente.
VOCÊ SABIA... ...que os construtores precisam se dirigir até a sede do Sindicato do Trabalhadores da Construção Civil para pagar a rescisão contratual de seus funcionários?
E MAIS Além de absurdo e arcaico, essa operação agora ficou mais difícil e perigosa, já que a sede da entidade mudou-se de mala e cuia para o Tabuleiro do Martins. É esperar que os assaltantes não saibam disso e não leiam esta coluna!
Domingo, 6 de junho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: imobiliario@ojornal-al.com.br
Enic: setor quer ouvir Dilma, Serra e Marina Presidenciáveis garantiram presença em evento da CBIC e Sinduscon-AL A partir da próxima quarta-feira, 9 de junho, Alagoas estará na vitrine da construção civil nacional com a realização do 82º Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção). Trata-se do maior encontro do setor na América Latina, que acontecerá pela primeira vez em Alagoas. A solenidade de abertura contará com a presença do presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. Os três pré-candidatos à presidência Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) também já confirmaram presença no evento, participando do painel “Desenvolvimento com Cidadania e Qualidade de Vida – Desafio para Planejar uma Cidade”. A presidenciável Dilma Rousseff debaterá suas idéias na manhã do dia 10. José Serra falará ao microfone às 10 horas
do dia 11 e Marina Silva à tarde do mesmo dia. O Enic ocorrerá de 9 a 11 de junho, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Maceió, com uma expectativa de reunir mais de mil participantes. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (SindusconAL), o evento terá como tema “Inovação, Sustentabilidade e Engenharia em um Grande País”. Durante três dias os participantes discutirão nas reuniões das Comissões Técnicas da CBIC outros temas como a busca pela eficiência energética na construção civil; bases para o bom desempenho do PAC2; urbanismo; reciclagem de resíduos; desenvolvimento humano; alvenaria estrutural; meio ambiente; construção sus-
tentável, entre outros temas. O presidente do SindusconAL, Marcos Holanda, está otimista com a realização do evento em Alagoas depois de 81 edições em outros Estados. “Discutiremos temas que interessam aos empresários da construção, engenheiros, técnicos, arquitetos, estudantes e representantes de associações e sindicatos ligados ao setor, além de jornalistas e autoridades políticas”, disse. Uma grande festa de encerramento está sendo organizada para os participantes, na noite do dia 11 de junho. “será uma festa que vai marcar este Enic”. De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, a exemplo das eleições anteriores, a entidade apresentará aos candidatos as propostas do setor para o desenvolvimento
do País. Ainda segundo ele, a CBIC está desenvolvendo projetos prioritários que serão objeto de debates ao longo do Enic, como o Programa de Inovação Tecnológica e Programa de Construção Sustentável. O Programa de Construção Sustentável da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) engloba os seguintes temas: mudanças climáticas, água, biodiversidade, resíduos e materiais. Em cada um deles, depois de diagnosticada a situação atual de cada prioridade, serão definidos os meios para definição de compromissos/integração da cadeia/melhores práticas, design/projetos, inovação, pessoas e melhor regulação/legislações. As inscrições para o Enic estão abertas e podem ser feitas pelo site www.enic.org.br.
Saiba o que vai acontecer no encontro da construção O tema Lean Construction, ou construção enxuta, será um dos temas abordados no 82º Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção). O Lean Construction trata-se de uma filosofia de gestão da produção, voltada a obras civis. Técnicas e ferramentas desenvolvidas no Sistema Toyota de Produção (Lean Production) foram adaptadas e deram origem ao Lean Construction. Uma obra enxuta, caracteríza-se pela: pro-
dução em ritmo constante (nem muito rápido, nem muito lento); planejamento detalhado (para ocupar a mão de obra o tempo todo), evitando ociosidade; autonomia às células d e
produção no canteiro (permitindo que, se necessário, os trabalhos sejam paralisados caso algum serviço esteja fora dos trilhos), dentre outros. A plenária será realizada no dia 11 de junho, das 15h às 15h40 sob o comando do engenheiro Eugênio Montenegro, do Sindicato da Indústria da Construção do Ceará. RESÍDUOS - O estímulo à reutilização dos resíduos da construção também será tema de discussão durante o Enic. A representante do Sena da Bahia, a enge-
nheira Patrícia Pereira de Abreu Evangelista, abordará o uso do processo de reciclagem de resíduos classe A em canteiros de obras elecando a viabilidade técnica e as vantagens econômicas e ambientais deste tipo de procedimento. De acordo com Evangelista, foram realizadas três experiências de reciclagem em canteiros de obras na cidade de Salvador, que permitiram estruturar e validar a metodologia de reciclagem de resíduos classe A em canteiros de obras, além de comprovar a viabilidade de reciclar estes resíduos em canteiros. A palestra de Patrícia Evangelista será no dia 11 de junho, das 16h20 às 17h, durante reunião da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat). Na lista de temas constam ainda “Obrigatoriedade do ponto eletrônico”, “Gestão de pessoas como base para a construção sustentável, dentre outros.
EM FOCO
Em tempo de Copa do Mundo, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção em Alagoas (Sinduscon-AL), Marcos Holanda, marcou um belíssimo gol ao trazer para Maceió o encontro nacional do setor - o Enic. Pode-se dizer que o gol foi de bicicleta porque haverá algo mais na edição deste ano: eleição e, claro, a presença dos três pré-candidatos, ávidos por marcar presença em tudo quanto é evento nes te período. Resultado do jogo: dez a zero para Alagoas, que será o foco (positivo) das atenções do País. Pelo menos esta semana. Os pré-candidatos Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva participarão do 82º Encontro Nacional da Construção (Enic)
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Confira as promoções na Revista da TV
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Marco Antônio
Tororó do Rojão é o retrato do desprezo. Aos 73 anos de idade e 40 de carreira, atualmente não é mais convidado para subir aos palcos. Para ele, "ser forrozeiro em Alagoas é sofrer demais”
Forró autêntico Por que aqui ele não tem vez? Elô Baêta Repórter
Abram-se as cortinas para o dedilhar de dedos na sanfona, o tilintar da vareta de metal no triângulo, as batidas poderosas na zabumba. Para o embalar de pares unidos por testas coladas em fascinantes passos dois pra lá, dois pra cá. Para o ritmo que, na etimologia popular, é comumente associado à expressão inglesa for all (para todos) ou ao termo africano for-
robodó, com o arrasta-pé, a farra dando-lhe um significado que, para o estudioso das manifestações culturais populares e folclorista potiguar Luís Câmara Cascudo, o origina. É chegada a sua hora. O tempo de deixá-lo ser a atração principal, absoluta: o forró. Por questão de honra, esse ritmo pode e deve ter entrada, passagem e permanência triunfais no Nordeste, já que a aridez das suas terras foram tocadas por uma alegria desmedida, con-
tagiante, com o seu nascimento? Certamente sim. Resta saber se o seu som tradicionalmente legítimo vem - ou continua - abrilhantando palcos e palcos nessa e em outras épocas do ano. E em Alagoas, o forró marcado pela originalidade nas letras e no ritmo, o bom e velho pé-de-serra, tem voz e vez? Para responder a esta pergunta e conhecer a arte de “ser forrozeiro” no Estado, O JORNAL ouviu alguns nomes de peso por aqui. Na luta inces-
sante para manter acesa a chama do forró autêntico, no leque dos seus representantes legítimos, Geraldo Cardoso, Tororó do Rojão, Eliezer Setton e Xameguinho. Forrozeiros, alagoanos, expoentes de uma classe que deixa claro o “bater de pé” para fazer história, para levantar plateias, para não deixar que a fogueira do forrozar genuíno, cultural, intuitivo, poético se apague. (Continua nas páginas B4 e B5)
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Espaço B2
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UMAS POUCAS PALAVRAS
Cláudio Régis Ainda conheci Cláudio Régis atuando nos gramados, mas como Juíz de Futebol, considerado o melhor das Alagoas, primando pela honestidade e rigidez, não permitindo da molecagem em campo à deslealdade na disputa. O texto de Lautheney Perdigão se fundamenta em depoimento prestado por Régis ao Museu dos Esportes. Espaço agradece mais esta colaboração do Museu dos Esportes e aproveita para realçar a grande contribuição de Lautheney para que se preserve elementos da memória do esporte alagoano, lamentando que não receba a ajuda necessária da parte do Estado.
DEPOIMENTO PARA A HISTÓRIA
Claudio Régis: Um bom atleta e Lautheney Perdigão láudio Régis nasceu no dia 25 de maio de 1921. Jogou no Clube de Regatas Brasil onde se sagrou tetra campeão alagoano nos anos de 1936.1937.1938.1939. Também teve uma ligeira passagem pelo Náutico de Recife. Aposentou-se como Delegado do Instituto do Açúcar e Álcool. Cláudio Régis foi jogador e Presidente do Clube de Regatas Brasil. Como atleta, mesmo sem ser um craque, destacava-se pela raça, pelo entusiasmo e pelo chute forte que tinha na perna direita. Conhecia como poucos as regras do futebol. Por isso, foi um sucesso como árbitro durante mais de uma década. Era enérgico e independente. Seu conhecimento sobre as regras do jogo era reconhecido pelas torcidas dos vários Estados, onde era convidado para apitar jogos decisivos dos campeonatos. Sua ligeira passagem como Presidente do CRB também está documentada em um precioso depoimento concedido para os Arquivos Implacáveis do Museu dos Esportes. Começou jogando bola no Colégio Diocesano, hoje, Colégio Marista. Convidado por Zequito Porto foi jogar nos juvenis do Clube de Regatas Brasil. Morando na Pajuçara, tinha facilitada sua participação nos treinos do clube alvirubro. Com Zequito aprendeu muito e não demorou a galgar um lugar no segundo time e logo depois foi para a equipe principal. Seu chute forte começou a chamar a atenção de todos. Sempre chutava forte, mas sem direção. Com Zequito aprendeu a bater na bola e darlhe uma direção certa. Treinava bastante nas cobranças de escanteios, faltas de fora da área e até nos pênaltis. Dava certa inclinação ao corpo quando ia cobrar as diversas infrações. Muitos desses chutes deram vitórias e até títulos ao Clube de Regatas Brasil. Estudava e jogava no primeiro time do CRB. Naquela época não havia treinamentos rigorosos como nos dias de hoje. Quando o treinador era Franz Gaspar, um mestre na Educação Física, o time tinha um grande condicionamento físico. Na parte técnica nem tanto, mas o CRB era considerado o Esquadrão de Aço. Foi o time do tetra campeonato, o primeiro a ser conquistado no futebol alagoano. Cláudio Régis também aprendeu muito com o técnico húngaro. Os treinos eram realizados apenas em alguns dias da semana às cinco horas da manhã. Havia a preparação física e o treino com bola. Acabava o treinamento e quase todos iam trabalhar. Régis era um deles. Naquela época já trabalhava. Franz Gaspar quando veio para o CRB tinha sido treinador do Náutico. Falava meio enrolado, mas os jogadores entendiam bem. O sistema adotado pelo húngaro era o WM. Não muito rígido e tinha variações. Essas variações eram mais no ataque onde todos se movimentavam com muitas deslocações. O centro avante Arlindo era um verdadeiro azougue. Como havia dois bons lançadores, Gabino e Duda Bocão, Régis era benefi-
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3 1 ciado. Quando Arlindo ia para a ponta, Régis caía pelo meio e os lançamentos tinham um bom aproveitamento. Apesar de não ser um primor na parte técnica tinha um chute forte e muita velocidade. Era orientado pelo treinador para chutar de qualquer maneira. Os goleiros temiam a violência de seus chutes. Régis também gostava de ir à linha de fundo e cruzar para Arlindo que foi grande goleador do CRB no tetra campeonato. No Colégio e no CPOR o nosso personagem era o campeão dos cem metros rasos. Na sua época predominava o amadorismo. Mesmo assim alguns jogadores recebiam dinheiro, não como salário, mas como gratificação. Não tinham emprego e precisavam da grana para ajudar a família. Gabino, Arlindo e Ventania estavam entre os mais necessitados. Era um tempo de muito futebol e pouco dinheiro. Houve uma época que Regis brigou
com Franz Gaspar. Ele não chutava de pé esquerdo e o treinador queria forçá-lo a treinar pela esquerda e chutar sempre com a canhota. O atleta não gostou e terminou se afastando do clube. Logo ele que tinha o seu calção, o seu meão e a sua chuteira. Usava do clube apenas a camisa. Chegou mesmo a rasgar a carteira de sócio do CRB. Logo depois foi treinar no CSA, mas a camisa azulina não lhe ficou bem. Deu dois treinos e voltou para Pajuçara. A rivalidade entre CSA e CRB era muito grande e a família da sua namorada fez uma grande pressão para ele não continuar no CSA e voltar para o CRB. Régis lembrou que a torcida da sua época era bem diferente. Quem brigava eram os cartolas. O espetáculo era mais bonito apesar dos acanhados campos da Pajuçara e do Mutange. Havia muita rivalidade entre CRB e CSA, mas somente dentro do campo. Depois do jogo, os atletas eram amigos e até tomavam cerveja
juntos. Moças iam ao campo uniformizadas de azul ou vermelho. As meninas do CSA usavam cravos. As garotas do CRB levavam rosas. Apesar de não ter alambrado, os campos não eram invadidos. CONFUSÃO - Certa vez, dois compadres, Mauro Paiva e Henard Travassos com Waldomiro Brêda, no apito deram a maior confusão. Houve troca de insultos e muitos palavrões. Outra vez, no jogo CRB x Barroso com Henard Travassos apitando, Miguel Rosas tirou a bola com a mão dentro da área e os jogadores do rubro negro reclamaram. O juiz não viu e Waldomiro Brêda, diretor do Barroso, xingou Henard Travassos. Depois de muito bate boca, o juiz perguntou a Miguel Rosas e o zagueiro do CRB confirmou que foi com a mão. Hernard Travassos marcou o pênalti. A sede do CRB ficava em cima do Bar Colombo no centro da cidade na Rua do
Comercio. Era lá que os jogadores d CRB se reuniam para conversar. À vezes, apareciam jogadores do CSA qu entravam no bate papo. Não havia con centração. Quando Régis foi para Reci e jogou pelo Náutico também não hav concentração. Sua ida para a Capital pe nambucana foi para concluir seus estu dos no inicio dos anos quarenta. Fo Celso Mendes, um alagoano que atuav no clube timbu quem convidou Rég para treinar. O diretor de futebol er Eládio de Barros Carvalho. Mesmo agr dando nos treinos tinha seus estudos preferiu ficar jogando apenas os amisto sos. Quando terminou seu curso reto nou a Maceió e ao CRB. Cláudio Régis participou do Jogo d Sofia e marcou dois dos seis gols do CR na goleada histórica do clube contra rival CSA. E ele comentou que foi um jogo normal. Um jogo igual aos outro Um jogo limpo. O juiz foi Artur Reis, um
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nal@ojornal-al.com.br
O que o professor Lautheney Perdigão faz Jornalista e Diretor do Museu dos Esportes.
um excelente árbitro de futebol
misa da Federação;
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nico da seleção alagoana;
udio Régis no Museu;
nta direita do CRB
das as fotos são do useu dos Esportes
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antigo jogador do CSA. Apesar de o clube azulino ter um grande time, o CRB que era o Esquadrão de Aço conseguiu uma coisa difícil: golear por 6x0. Aconteceu em 1939, em plena campanha do tetra campeonato. Depois da conquista a Federação ofereceu aos jogadores campeões uma medalha de ouro. Cláudio Régis nunca recebeu essa medalha. Na sua vida houve muitas emoções. Às vezes havia uma emoção por um momento até certo ponto insignificante. Num jogo contra o Alexandria, o CRB era o franco favorito e menosprezou o adversário. Resultado, no primeiro tempo, 2x0 para o Alexandria. No intervalo os jogadores tomaram um puxão de orelha e venceram por 7x2. Outro fato interessante aconteceu ainda quando Régis estava estudando no Recife. Houve uma partida CRB e CSA e o clube da Pajuçara o convidou para participar do jogo.
Antes de voltar para Maceió comprou dois pares de meão. Um vermelho para ele mesmo e outro azul para o ponta direita do CSA Valdir Correia das Neves, seu amigo. Foi o jogo que deu ao CRB o tetra campeonato. O CSA vencia no primeiro tempo por 2x0. Na segunda fase caiu um verdadeiro temporal e durante a chuva o CRB conseguiu empatar com um gol de Régis e outro de Arlindo. A partida foi suspensa e os vinte minutos que faltaram foram disputados uma semana depois no mesmo campo, o Mutange. Logo no reinício do jogo, Gabino fez um lançamento em profundidade para Régis que recebeu a bola na entrada da grande área azulina. Ele armou o chute que não saiu como queria. O goleiro Palito que esperava um chute forte falhou e a bola entrou. Era o gol do título. O gol do tetra. Valeu à pena voltar, participar e ser campeão. Cláudio nunca participou de uma se-
leção alagoana. As convocações eram sempre no fim do ano, no momento em que ele fazia provas. O estudo estava em primeiro lugar. Em 1940 quando começou a trabalhar no Instituto do Açúcar e do Álcool também foi convocado. Mas, empregado do IAA não podia viajar e a seleção estava sempre viajando para participar dos campeonatos brasileiros. O nível de arbitragem da sua época era bom. O que faltava era preparo físico. O melhor arbitro era Waldomiro Brêda. Apesar de ser honesto e sempre apitar muito bem, tinha dois problemas. Falta de condições físicas e uma boa visão. Apitava usando óculos. Mesmo assim era o melhor. Tininho também foi um excelente árbitro, mas não apitava com muita freqüência. A carreira de Régis como jogador de futebol foi encerrada ainda nos anos quarenta. Não demorou muito e ele passou a ser árbitro. Certa vez assistindo a um jogo faltou o árbitro da preliminar e convidaram Cláudio Régis para apitar. Ele foi para colaborar. Depois começou a ler regras de futebol e se interessar pela arbitragem. Em outro jogo, CSA x Comércio, faltou o árbitro da principal e outra vez apelaram para ele. O juiz que faltou foi Waldomiro Brêda que o convidou a fazer parte do Departamento de Árbitros da Federação Alagoana de Desportos. Aliás, sobre arbitragem, ele conta um caso que aconteceu quando ainda jogava futebol. Era o clássico CRB x CSA apitado por Bráulio, um ex atleta do CSA que tinha bebido um pouco mais do que o normal. Houve uma falta fora da área do CRB e Bráulio marcou pênalti. Houve muita confusão. O CRB se recusou a continuar jogando. Como não havia acordo, a Policia colocou os dois times no tintureiro e levou para a delegacia. No auge da confusão, Régis do CRB e seu amigo Valdir do CSA estavam sentados e conversando junto à cerca que separava os torcedores do campo de jogo. A Policia levou todo mundo menos os dois. Onde estavam, os policiais não viram. Régis não pensou muito. Achava que dava para ser árbitro. Era independente, honesto e tinha condições de se impor diante dos jogadores e dirigentes. Sua condição social era muito boa e sempre lia as regras. Cláudio nunca foi expulso, mas quando começou a ser árbitro expulsou muita gente. Nessa época, mandou buscar livros no Rio para aprimorar suas arbitragens. Livros como Psicologia Aplicada ao Juiz de Futebol. Devido à grande rivalidade entre CRB x CSA e sendo ele um ex jogador do clube da Pajuçara enfrentou alguns problemas. O maior deles: o pessoal do CSA afirmava que ele entrava em campo para ajudar seu ex clube. Os regateanos diziam que para mostrar que era honesto e decente chegava a prejudicar o CRB. Mesmo assim, ele foi apontado como o melhor árbitro da história do futebol alagoano. Na sua história de árbitro aconteceram alguns casos interessantes. Certa vez, em Aracaju, o CRB enfrentava o Sergipe quando Edinho e Miro do clube alagoano começaram a fazer palhaçada. Régis chamou atenção dos dois. Eles não atenderam e continuaram. Foram expul-
sos ainda no primeiro tempo. Dirigentes do CRB reclamaram afirmando que era um jogo amistoso e não havia necessidade daquelas expulsões. Para o árbitro a regra é igual para todos os jogos. O campo de futebol não é circo e com ele no apito não admitia palhaçada. EXPULSÃO - Em um jogo CSA x Santa Cruz clube que era formado por jogadores do exército. Régis expulsou sete atletas. Três do CSA e quatro do Santa Cruz. Até seu cunhado, Helio Ramirez, que jogava como zagueiro no CRB foi expulso. Jogou areia nos olhos do adversário. A indisciplina dentro do campo tem que ser punida. Se não punir o árbitro fica desmoralizado. As regras têm que ser aplicada mesmo que venham a prejudicar o publico. A lei não pode ser ferida. Se for preciso expulsar os vinte dois atletas, Cláudio Régis, não pensaria duas vezes. Apesar de ter sido o número um, Cláudio Régis teve alguns momentos desastrosos. Um deles aconteceu em 1956 no jogo Ferroviário x Auto Esporte. O gol que deu a vitória ao clube de Rede Ferroviária ocorreu muito além do tempo regulamentar. Logo depois encerrou a partida e somente nos vestiários é que tomou conhecimento do seu erro. Cláudio escreveu uma carta para o Presidente da Federação solicitando a anulação do jogo por erro de direito. O TJD anulou o jogo. Outros fatos curiosos aconteceram com ele no apito. Convidado para ser o arbitro do clássico Ceará e Fortaleza ele teve um problema com um dos bandeirinhas. Esse cidadão começou a errar muito, sempre contra um dos clubes. No final do primeiro tempo foi feito um lançamento em profundidade e o atacante estava tão impedido que ele mesmo (Régis) viu. O bandeirinha não assinalou. Régis deu o impedimento, parou o jogo, foi até o auxiliar e tomou a bandeira do torcedor privilegiado. A própria torcida aplaudiu o gesto do alagoano. O jogo terminou 0x0. Aqui em nossa terra também aconteceu um caso parecido. Sem citar clubes e nomes, ele contou que no campo da Pajuçara, em jogo do campeonato alagoano, a bola saiu pela lateral e como não viu perguntou ao bandeirinha de quem era o arremesso. E ele respondeu que era “nosso”. Régis perguntou ainda: “nosso” de quem? E o bandeirinha respondeu: “do CRB”. Ele não teve outra alternativa. Tomou a bandeira e dispensou o auxiliar. Quando foi para Salvador apitar Ipiranga e Bahia no Estádio da Graça, um dirigente, antes do jogo entrou nos vestiários para conversar com Régis que não deixou a conversar ir muito longe. Colocou o intruso para fora. CONVITE - Ele começou a apitar jogos de futebol no final dos anos quarenta. E em 1962 parou de apitar para não se expor. Quando ele era contador da Delegacia do Instituto do Açúcar e Álcool e estava afastado do futebol foi convidado por Zequito Porto e Luiz Renato de Paiva Lima para ser Presidente do CRB. Depois de muito re-
lutar, terminou aceitando. E não foi fácil dirigir o seu clube do coração. Muita gente se sentia dono do clube. Ele não tinha dinheiro para colocar no CRB. Montou um esquema para realizar um bom trabalho e fazer do CRB uma empresa. Ele queria o apoio dos dirigentes que tinham dinheiro. Não demorou muito e começou a sentir que ia terminar perdendo amigos. Renunciou. Não conseguiu realizar o trabalho que desejava. Ficou decepcionado com os homens. O futebol bem feito é bonito. Mas no futebol quem coloca dinheiro quer mandar. Tudo era diferente do seu tempo de jogador. Hoje o futebol é gerado pelo dinheiro. Muitas vezes, isso cria inimizades entre amigos porque todos querem o poder. E o saudosismo de Cláudio Régis tem seu fundo de verdade. Antigamente havia uma competição sadia. Dentro do campo todos lutavam por uma vitória. Acabava o jogo jogadores tomavam cervejas juntos. Eram amigos. Moravam entre nós. Hoje os atletas são de fora, jogam por obrigação e pelo salário. Os próprios dirigentes fazem a diferença entre os jogadores da terra e os de fora. Os nossos ganham pouco. Os de fora ganham muito. No tempo de Régis não havia preparação física. E os atletas atuavam com amor, superando a falta de condicionamento físico com a habilidade que possuíam. A divulgação do futebol não era muita. Hoje, tem rádio com várias horas de programas esportivos. Jornal com páginas dedicadas ao futebol. Tem televisão que transmitem jogos ao vivo. Quando era juiz de futebol se cuidava e fazia sua preparação física. Também quando foi Diretor do Departamento de Árbitros da Federação Alagoana de Desportos, leva seus juízes para fazer condicionamento físico na praia. Ele sabia que para ser um bom arbitro era necessário estar sempre bem preparado. Sem isso não há reflexo, não acompanha as jogadas de perto. Acha que os dirigentes dos clubes deveriam convidar alguém que entendesse as regras do futebol para comentar com seus atletas. A maioria dos jogadores não sabe nada sobre as leis do jogo. Régis lembrou quando fazíamos um programa na Rádio Difusora nos anos setenta e ele participava para comentar sobre regras do futebol. Os torcedores precisam de esclarecimentos como aqueles do nosso programa. Na sua época tinha um lado negativo. Os árbitros eram indicados pelos dirigentes. Não havia autonomia do Departamento de Árbitros. Desta forma os dirigentes faziam pressão, ameaçavam de não mais indicar o nome do arbitro para os próximos jogos. Quando ainda estava vivo, Cláudio Régis não gostava de ir ao Trapichão assistir jogos de futebol. Preferia ouvir pelo rádio e ver os lances na televisão. Mesmo sem gostar de sair de casa ele nos concedeu este depoimento que anos depois do seu falecimento lhe homenageamos no projeto Cantinho da Saudade. Desta forma ele tem um lugar especial na história do futebol alagoano e nos arquivos do Museu dos Esportes.
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"Os produtores de eventos não valorizam os artistas locais” Lula Castell Branco
“Ser forrozeiro em Alagoas é, acima de tudo, ser guerreiro”. Com esta frase, Geraldo Cardoso, nascido nas ribeiras do rio Paraíba do Meio, na terra do Mestre Graça, Quebrangulo, inicia o seu contar sobre os altos e baixos de ser um cantador autêntico, vivo, da alma do pé-de-serra nas Alagoas. Uma estrada musical que, para ele, tem o seu valor ameaçado por conta da excessiva massificação do forró eletrônico, com a maior parte das bandas vindas da Bahia e do Ceará, com passagem livre ou quase que absoluta nos eventos no Estado. “Os produtores de eventos não valorizam os artistas locais. Eles levam para os municípios alagoanos um pacotão com os artistas que eles defendem, que são as bandas de forró eletrônico, fazendo com que os nomes da terra percam espaço e, logicamente, a sua identidade. Tudo começou com a chegada forte do axé da Bahia e da oxente-music, vinda do Ceará, com os vaneirões, que não têm um trabalho identificado culturalmente. Com batidas pop-brega e letras simples e apelativas, essas bandas se rotulam como sendo de forró, mas na verdade não são. Houve uma sacada empresarial achando que o forró eletrônico poderia render mais que o autêntico. Com esse cenário, sobreviver com forró autêntico aqui é muito difícil”, diz Geraldo. Um entrave real, mas não suficiente para encobrir ou fazer adormecer a autenticidade de Geraldo, que continua segurando firme os seus 21 anos de carreira, com 11 trabalhos gravados - entre vinis e
Para Geraldo Cardoso, o problema é que houve uma sacada empresarial achando que o forró eletrônico poderia render mais que o autêntico
CDs - e um DVD, gravado em abril deste ano, no Sesc Alagoas. Ele garante que vive exclusivamente de música, mas que a sobrevivência só é possível colocando o pé na estrada - acompanhado de dez músicos, quatro dançarinos, além de produtores e técnicos -, indo muito além das Alagoas. “Tenho trabalhado muito em Pernambuco, que abriu um
espaço muito bom para os artistas regionais com o São João da Tradição. Faço muitos shows na Bahia e também fora do Nordeste, como no Espírito Santo, que tem um movimento forte de forró autêntico. Tenho de estar na estrada o tempo todo. Aqui, praticamente, só trabalho no período junino, com exceção de alguns municípios que ainda lutam pela
presença dos artistas locais”, conta. Ele lembra que Alagoas, até os anos 80, tinha uma tradição no estilo, com nomes como Jacinto Silva e mestre Zinho, mas que perdeu a sua autenticidade de forma que “está longe de ser a terra do forró”. E completa: “Os artistas da terra deixam de trabalhar, de gerar emprego e renda, enri-
quecendo outros estados, enquanto que são pagos cachês astronômicos às bandas de forró eletrônico. É um problema cultural, social e educacional muito sério”, diz. O menino de infância pobre, que cantava no grêmio da escola onde estudava para manter a sua aprovação na disciplina de Artes; que, ainda criança, já tinha os ouvidos
aguçados para o som de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Nando Cordel, Jorge de Altinho...; e que, inevitavelmente teve o coração flechado pelo forró, uma flechada certeira que resultou na composição de uma de suas primeiras canções, Flecha, flechou, um baião romântico sucesso nacional na voz de Jorge de Altinho, fala com tranquilidade sobre uma luz no túnel nebuloso dessa questão. “Aqui posso dizer que a maior valorização do meu trabalho parte da Secretaria de Estado da Cultura, que sempre contrata os meus shows para barracões e praças públicas por todo o Estado. Chego a fazer cerca de 22 apresentações, às vezes, duas por noite, nas principais datas juninas”, declara. Misturando forró com baião, arrasta-pé com galope, pitadas de frevo e a pulsação tranquila e dançante do xote, Geraldo Cardoso vem encontrando brechas para a manutenção do forró autêntico no Nordeste e fora dele. E Alagoas, tem saída para essa problemática? Para ele sim: “É só os gestores públicos darem uma guinada para que só entrem no São João nomes que fazem história. As bandas eletrônicas, que tocam o ano inteiro, ficariam de fora na época junina. É só Alagoas ter coragem, como Recife, Caruaru, Bezerros e outras cidades do País, que estão atraindo turistas do Brasil inteiro para assistir ao espetáculo genuinamente nordestino que é o São João”, diz o forrozeiro, que teve a composição Um matuto em Nova Yorque inserida na trilha sonora da novela global “América”. (E.B.)
Tororó tem apenas um convite para o São João Marco Antônio
Apenas dois quadros de reconhecimento e um prêmio estampando as paredes da simplória casa onde vive deixam claro “um certo sofrer” para manter no peito o estandarte de forrozeiro autêntico de um dos seus mais célebres representantes: Manoel Apolinário da Silva, o Tororó do Rojão. “Ser forrozeiro em Alagoas é sofrer demais. Ou não é procurado ou, quando trabalha, não é bem pago”, dispara. Com 73 anos de idade e mais de 40 de sobes e desces nos palcos levando a autenticidade do forró de raiz com irreverência e bom humor, Tororó conta com orgulho que sempre burlou os pesares da profissão encantando plateias com performáticas atuações. Por um certo tempo conquistou o seu espaço, o respeito de alagoanos, nordestinos e de diversos públicos nas suas andanças por circos e barracões na capital e no interior do Estado, mas não esconde que hoje é o desprezo que bate a sua porta. “Onde eu chegava, o povo gostava, sempre lotava de gente. O cantor fica feliz quando vê público. Disso eu não posso reclamar. Nunca passei na rua para não ser cumprimentado. Mas devo esse reconhecimento aos meus esforços. Aqui falta apoio para os nomes da terra, não há incentivo. O forró autêntico está muito parado. Pagam mal aos artistas locais. Depois dessas bandas novas, tudo começou a ficar ruim. Acho que cantei tanto que me desprezaram”, revela. Mostrando o minguado saldo da uma carreira de quatro décadas: dois discos de vinil e dois CDs, todos de composições próprias, além de mais de uma dezena de chapéus e a inseparável toalha no pescoço - os companheiros de palco junto ao seu grupo, Os Inseparáveis do Forró, com Vavá dos 8 Baixos -, ele lembra do tempo em que as suas músicas deixavam ecos por
“Quando convidam artistas da terra, querem pagar pouco”, diz Tororó
toda a cidade através das ondas sonoras das rádios locais e fala sobre o potencial artístico das Alagoas com maestria suficiente para carregar o título de “terra de um forró genuinamente nordestino”. “Com os músicos, cantores e cantoras bons que temos aqui, dava para fazermos uma das festas juninas mais bonitas do Brasil só com as pratas da casa. Mas aqui, na cidade, quase não se vê mais trios e cantores de forró se apresentando e, quando chamam, pagam dois mil réis. Tem muito artista bom por aqui à toa, sem fazer nada. O problema de Alagoas é que as pessoas não se abrem para a cultura”, salienta, revelando que, ao longo da sua trajetória, sempre pagou os cachês e a lo-
comoção dos músicos que o acompanham do próprio bolso. Mergulhado em lembranças, o popular Tororó tem pouco o que contar agora sobre o seu berço, o palco, onde tenta levar a arte do forró com uma alegria e uma maestria que ninguém duvida. Mas o que deixa dúvidas é se ele voltará a ser devidamente aplaudido, pois o seu talento vem sendo ocultado muitas e muitas vezes tanto pela saúde debilitada quanto pela falta de oportunidades. Este ano, o artista recebeu - até agora apenas um convite para a apresentação do seu rojão forrozeiro durante o período junino; por enquanto, ainda sem dia nem hora definidos. (E.B.) Continua na página B5.
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Setton: “O que falta aqui são políticas de fomento” Fotos: Marco Antônio
Falar sobre o forró no seu estilo original é também lembrar do forrozeiro e cantador de hinos Eliezer Setton, que acredita ser o artista quem deve lutar para se manter em qualquer face musical que deseje abraçar. Questionado sobre o perfil do forró autêntico no Estado, é enfático: “Dispenso a nomenclatura autêntico ou não. Eu brigo pelo meu espaço. O mercado é que dita as regras, exige que você se torne um produto atrativo, e o consumidor final é quem fala. As bandas de forró eletrônico vêm empregando milhares de pessoas. O problema não é esse. O que falta aqui são políticas de fomento, não só para a cultura, mas para outras áreas também”, afirma. Revelando que foi como forrozeiro que atingiu a linha de frente nos palcos, ele acredita que o forró nunca ocupou exatamente um lugar ao sol nem em Alagoas nem no Brasil, sempre convivendo com as sombras da discriminação. “Não podemos acusar as bandas de forró eletrônico pela pouca valorização do forró tradicional, que vivia às moscas. O forró tradicional teve e tem grandes nomes, mas sempre esteve restrito ao São João no Brasil inteiro, sobretudo no Nordeste. Nada de comércio, de grandes cachês”. Sobre a ascensão dos forrós estilizados em Alagoas e a decadência do pé-de-serra, dispara: “O forró é a cara do Nordeste, por isso nunca teve ascensão. Sempre foi discriminado, assim como o nordestino. A música nordestina está diluída. Na hora que começou a valer dinheiro na boca das bandas de som eletrônico, deixou de ser autêntica. Alagoas é uma terra de todos e, ao mesmo tempo, de nenhum ritmo. Não vai inventar uma tradição que não tem. Os artistas não estão perdendo espaço porque nunca tiveram. O que temos são grandes nomes nesse estilo. Acho que o forró já foi hiperdiscriminado, mas de uns tempos para cá isso vem mudando. É tudo muito relativo”, alfineta. Definindo o artista como sinônimo de luta e persistência, Eliezer vai conquistando espaço, fazendo o seu nome no mercado e levando a sua música. No próximo dia 12, o seu som subirá ao palco para representar as Alagoas nas telas da Globo, no programa São João do Nordeste. Em 18 deste mês, o Sesc-Poço assistirá ao lançamento de mais um dos seus discos de forró e o seu nome já está confirmado no encerramento dos festejos juninos na capital, no próximo dia 29. Os artistas continuam a sua caminhada. O espetáculo segue. As paradas são extensas ou infindáveis, mas o forrobodó autêntico continua no aguardo de palmas e bis no reino dos palcos alagoanos. (E.B.)
Para Eliezer, o forró nunca ocupou um lugar ao sol e sempre conviveu com as sombras da discriminação
Xameguinho: “O povo só curte o que vem de fora” A batida inconfundível do pé-de-serra também vem sendo puxada do poço do esquecimento através de um atalaiense há mais de 30 anos. O tocador de sanfona Sebastião José Ferreira, o Xameguinho, hoje tem o seu próprio estúdio - onde grava estilos variados - e vem colhendo louros à frente do seu grupo, Xameguinho e banda, na tentativa de levantar o moral do forró genuinamente nordestino e de levar ao pódio esse ritmo tanto na época junina quanto no restante do ano, que vem perdendo boas e fartas fatias para os forrós ditos estilizados, amplamente divulgados pelo País afora. Um cenário de penumbra e discriminação que, para ele, passa pela ausência de um estilo real da veia artística musical de Alagoas, mas que vem ganhando luz e cor com a valorização dos artistas da terra pela atual gestão municipal. “Antes da atual gestão municipal, o forró era discriminado. Ninguém nos chamava. Não havia São João aqui. Mas, no interior, continua sendo difícil trabalhar porque só há espaço para as bandas de fora. Ninguém sabe qual o estilo que o povo ala-
goano gosta realmente”, destaca o artista. Assim como os outros forrozeiros, Xameguinho tem de passear por outros estilos, além do pé-de-serra, para se manter vivo, como canções sertanejas e de vaquejada, e percorrer outros estados. Uma sistemática que vem dando certo, tanto é que a sua agenda apresenta um número considerável de apresentações nesse período, começando de hoje, em Sergipe, passando por Santana do Mundaú, Viçosa, Pilar, Atalaia, Anadia, Porto Calvo e Maceió até o final deste mês. “É difícil viver de música em Alagoas, de qualquer estilo, porque o povo só curte o que vem de fora. Se o artista não tiver uma estrutura própria, como eu, só trabalha no período junino. Falta mais divulgação para os artistas locais porque as bandas de forró eletrônico compram horários nas rádios locais para massificar os seus trabalhos. As minhas músicas tocam nas rádios, mas só em programas específicos do estilo. O artista alagoano tem que correr mais atrás. Se for esperar pelos produtores de eventos, não dá; jamais é chamado”, afirma Xameguinho. (E.B.)
TV ABERTA EDUCATIVA 06h00 06h30 07h00 08h00 09h00 10h00 10h30 11h00 11h30 12h00 12h45 13h00 13h30 14h00
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Via Legal Brasil Eleitor Palavras de Vida Santa Missa Viola Minha Viola A Turma do Pererê Esquadrão Sobre Rodas Castelo Rá-Tim-Bum Janela Janelinha ABZ do Ziraldo Curta Criança Um Menino Muito Maluquinho Catalendas Dango Balango
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Informativo Cesmac Conexão Tudo é Possível Programa do Gugu Domingo Espetacular Serie: Heroes IURD
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RECADO “A maior felicidade é a certeza de sermos amados, apesar de sermos como somos” Elenilson Gomes
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Com Glória PARA OS NAMORADOS Márcio Coelho nos repassou os cardápios que o restaurante e o bistrô de seu Ritz Lagoa da Anta selecionou para o Dia dos Namorados. No Bistrot, para o Prelúdio: Bruschetta de pão italiano ao vinagrette de polvo; entrada, Vitela tonné ou Rosas de salmão defumado com agrião ou Folhas nobres com compota de figos da Índia. Três opções de pratos principais: Filet mignon á Toscana acompanha risotto de gorgonzola) ou Rack de cordeiro ao molho de menta (acompanha cuscus marroquino) ou Rolé de linguado recheado de mussarella de búfala e tomate seco (acompanha risotto de camarões). De sobremesa: Torta Opera Ritz ou Semifreddo de chocolate e morangos ou Mousse de frutas vermelhas
PANELAS Tatiana Malé segue como um dos nomes mais influentes da decoração, em Alagoas, com os belíssimos móveis de seu Empório Dell Anno IQA Chico Brandão
O chef e apresentador do programa Hoje em Dia, da Record, Edu Guedes se hospeda na luxuosa suíte First Class do Atlante Plaza, em Recife (PE), de 11 a 12 de junho. Sendo a segunda melhor acomodação do hotel cinco estrelas, o hóspede vip vai contar com uma vista privilegiadíssima da praia de Boa Viagem em seu momento de descanso. Ele vai a cidade a convite da Nestlé para ministrar curso de culinária utilizando como ingredientes produtos da marca, da qual é garoto-propaganda.
FAX Percival e Marlete Brunatti movimentam o turismo gastronômico, na cidade, com as delícias do seu Império dos Camarões Chico Brandão
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Emagrecer com sabor. Essa é a proposta dos sucos desenvovidos pela Pharmapele. Chamados de Bioneov são uma revolução no rejuvenescimento e na redução de medidas. Eles agem de dentro para fora nas camadas mais profundas da pele, onde os cremes não conseguem alcançar.
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Além de deixar a receita mais saborosa, os apargos a deixam mais nutritiva também. Com poucas calorias, o vegetal é rico em ácido fólico, que ajuda no combate da anemia e é ótimo para as grávidas. Em apenas uma hora, você prepara um delicioso frango com aspargos. Separe: seis sobrecoxas de frango desossadas, uma xícara (chá) de vinho branco seco, quatro dentes de alho amassados, sal a gosto, pimenta-do-reino a gosto, 300 gramas de peito de peru cortado em fatias, 250 gramas de aspargo fresco e meia xícara (chá) de azeite de oliva. Tempere as sobrecoxas com o vinho, o alho, o sal e a pimenta-do-reino. Recheie cada uma com o peito de peru, os aspargos e feche-as com um palito de dente. Em seguida, coloque-as em uma assadeira antiaderente, pincele-as com o azeite e cubra com o papel alumínio. Leve para assar no forno médio (180º C) preaquecido por cerca de 40 minutos ou até que estejam douradas. E bom apetite!
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Afotógrafa Andréa Moreira será uma das aniversariantes mais festejadas de hoje, passando o dia recebendo os parabéns, de seus familiares e amigos por mais uma virada de calendário. Felicidades!
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Mais linda do que nunca, a arquiteta Kika Maranhão comandará uma mesa vip, dia 21 de julho, numa concorrida festa fechada
Estiveram com os telefones congestionados, recebendo muitos parabéns por mais um niver que comemoraram, Laís Cortez, o advogado e escritor José Francisco Costa Filho, Vitor Montenegro Wanderley, Norma Guimarães Ramalho e o poeta Francisco Valois de Andrade Costa. Felicidades!
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Com tratamentos que a fazem famosa dentro e fora do Estado, a dermatologista Eliane Arouche segue contabilizando sucesso, na Clínica Pele.
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Vanessa cavalcante, da Clínica Vidda, retorna hoje, de São paulo, onde foi conferir as últimas novidades num importante Congresso de Medicina Estética.
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Os preparativos para a festa Moro Num País Tropical, que acontece dia 21 de julho, estão a mil por hora. O aguardado evento será realizado nos salões do Ritz Lagoa da Antae contará com a participação de grandes nomes do setor de eventos, em nosso Estado. Aguardem mais detalhes!
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Ponto de encontro dos vips da cidade, o restaurante Porto Salles segue como um dos queridinhos. Os motivos são muitos: ambiente aconchegante e cardápio perfeito são apenas duas de suas qualidades.
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Audifax Seabra está atiçando a cobiça nas mais chiques de Maceió. Explico: a coleção de roupas de festa que ele assina, inspiradíssima depois de algumas viagens à Paris, viraram itens de desejo.
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Quem passa pela Avenida da Paz, já pode conferir a quantas andam as obras do Terra Brasilis, da Marroquim Engenharia. Com 30% da fundação executada, o projeto segue dentro do planejado para sua finalização. O lugar, que terá um mix de lojas exclusivo, é mais um empreendimento que Mário Marroquim lançou na cidade
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O amigo Luiz Homero Farias celebra o crescimento do setor automibilístico, que destaca suas empresas no mercado
Ângela Monteiro continua destacando Alagoas com as ações de sua Transamérica Turismo, uma das mais respeitadas do Nordeste
O empresário João Toledo segue como um dos nomes que contribuem para o desenvolvimento de Maceió
Valda Papine e José Maria foram passar sua habitual temporada em terras lusitanas.
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Angeli Soares é presença obrigatória nos eventos mais badalados que acontecem em nosso mundo social
O executivo Rui Vieira, que comanda o Grupo Constâncio Vieira, é exemplo de sucesso Brasil a fora
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Mirella Coelho e Márcia Marques, presenças de destaques em Moro Num País Tropical
Gabriela Cabus com o maquiador Henrique Melo, num de seus cursos de beleza
DECORAÇÃO
CARNES NOBRES
Dois nomes, na cidade, estão colecionando eloA dica vai para os carnívoros de plantã: gios pela delicadez nos detalhes encotnrados nos quem procura um bom lugar para degustar móveis de sua loja. Falo de Alexandre e Lucienne carnes nobres, o destino certo é o Famiglia Moraes que são sucesso com a Evviva Bertolini. Giuliano. Quem vai lá, vira fã!
CANTÃO 2010 Ana Lins segue ditando moda entre as antenadas com as coleções de sua Cantão. As peças drsta estação cairam como uma luva com o clima alagoano e com os desejos daquelas que não páram no Estado. Dica para os namorados: com presentinhos desta casa não há como errar!
Dressa Mello
NA RENAISSANCE
Por aí...
Arquivo
Para proporcionar um ambiente climatizado, conforto e mais segurança, o Maria funcionará no Renaissance Festas e Eventos, durante as partidas do Brasil na Copa do Mundo. E o melhor: os torcedores poderão comemorar o resultados dos jogos ao som da banda alagoana Trem Bala, com sucessos de pop-rock, e ao som do pagoda do Boca de Forno. Maiores informações sobre como fazer parte desta torcida podem ser conferidas lá no próprio Maria Vai Com as Ostras, no bairro do Stella Maris.
CASA COCA-COLA MACEIO40GRAUS Uma parceria nasceu na Copa do Mundo e promete ser uma das mais badaladas da cidade. Falo do Maceió40Graus e da Coca-Cola que durante este período oferecem para o torcedor um ambiente que respira futebol: a Casa Coca-Cola Maceió40Graus. A partir do dia 15 de junho, primeiro jogo do Brasil na Copa, será formada uma verdadeira arena no coração da Ponta Verde, à beira-mar, com uma estrutura de fácil acesso, com segurança e super telões de 100" e de alta definição, som projetado e distribuído por todos os ambientes, o que fará com que o torcedor se sinta dentro do estádio torcendo junto pelo Brasil. Após os jogos, a música toma conta da Casa ao som de Los Borrachos, bandas convidadas - Flô Dalli nos dois primeiros jogos - e Dj's. Para o acesso ao evento, o torcedor adquire uma camisa oficial da torcida. Vendas nas lojas Freaks (Maceió Shopping), Fórum e Vendas no stand Viva Alagoas (Maceió Shopping).
JOGOS DO BRASIL Durante os jogos do Brasil na primeira fase da Copa do Mundo, dias 15, 20 e 25 de junho, o Pátio Maceió vai funcionar normalmente. Trinta minutos antes dos jogos, as lojas - opcionalmente - vão fechar suas portas, mas reabrirão imediatamente após o término do jogoA Praça de Alimentação do mall estará devidamente decorada para receber, com segurança, os seus clientes para acompanhar os jogos da Seleção Brasileira.
LADUMA MIX
Monique Arruda, que faz parte da equipe que dará vida a uma noite de amigos que será montada no Ritz Lagoa da Anrta, foi uma das aniversariantes mais festejadas da última sexta-feira. Parabéns!
Que tal assistir aos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo em alto estilo? Boa música, gente bonita, ambiente exclusivo e muita animação prometem tomar conta do Espaço Pierre Chalita a partir do dia 15 de junho, com a estreia entre Brasil x Coréia do Norte, na superfesta Laduma Mix. Com a assinatura da Invent Produções, de Matheus Vilela, e da Suprema Produções, de André Normande, o Laduma Mix contará com espaço climatizado, superestrutura de quatro telões gigantes e seis TVs de plasma, além de decoração inspirada na África do Sul. No primeiro jogo, para levantar a torcida, haverá um show da banda Cannibal e da DJ Day Kersting. Mais informações: 3327-8700 / 9647-3366.
A fotógrafa Dressa Mello segue deixando seu estilo registrado com suas lentes super profissionais
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Andréa e Ana Verônica Papini, destaques em tudo o que fazem
Os executivos Arthur Rocha, Marco Maranhão e Álvaro Dantas
As queridas Rosânea Malta e Paula Sarmento
A empresária Rose Carrel e o aniversariante do último dia 1º de junho, José Levino Júnior
Os amigos Euclides Mello e Arnon Monteiro Collor de Mello
Mãe filha: Margot e Manuela Toledo
Sandoval e Nilda Rosa Nobre, presenças confirmadas para o dia 21 de julho
Sônia Pontes de Miranda e Leninha Machado, duas damas do nosso mundo msocial
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Hoje
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Nana Caymmi (foto) vai matar o desejo dos seus fãs alagoanos no Teatro Gustavo Leite (Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Jaraguá - Maceió). No repertório, canções como Contradições, Senhorinha e Caju em flor. Ingressos à venda no estande Sue Chamusca (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 3235-5301 / 9925-7299. Em meio às comemorações da Semana do Meio Ambiente acontece em Maceió o I Encontro Espiritismo e Atualidade. O evento traz à discussão o tema Espiritismo e ambiente, provocando no público reflexões sobre as atitudes do ser humano como agente transformador do meio em que vive. A apresentação da temática contará com a presença dos expositores Augusto Padilha e Marcina Barros - de Alagoas - e Luís Jorge Lira Neto, de Pernambuco, sobre vários temas, incluindo Lei de conservação aplicada ao ambiente. O encontro trará também exibição do vídeo A ilha das flores, oficina Reciclando materiais e atitudes e outras atividades reflexivas. Na Casa da Caridade (Rua Presciliano Sarmento, nº 4, Sítio São Jorge), das 8h30 às 17h30. Inscrição: R$ 10 (inclusos almoço e lanche nutritivos e ecologicamente corretos). Mais informações: (82) 9318-7207 / 8834-5638.
O cantores Luiz Pompe e Allan Bastos se apresentam no Quintal restaurante, música e bar (Praça São Pedro, 460 em frente ao restaurante Lua Cheia, em Garça Torta), acompanhados dos músicos Fabinho Oliveira (baixo e vocal) e Ítalo Vinícius (bateria). No repertório, o melhor da MPB. Couvert artístico: R$ 3. Mais informações: (82) 9939-0391. O projeto Concerto aos Domingos vai levar ao palco Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), a partir das 10h, a música erudita do pianista José Andrade de Melo Júnior e do trompista Radegundis Tavares. No repertório, O vôo do besouro, de Nicolai Rimsky-korsakov; Adagio und allegro, de Robert Schumann; Concertino para trompa (coco, seresta e frevo), de José Usircino da Silva, o maestro Duda; entre outras composições e arranjos. A entrada é gratuita. Mais informações: (82) 8836-0048.
Sábado Nos próximos dias 12 e 13 de junho terá início a 3ª edição do projeto Sorriso em Dobro, no auditório do Senai (Av. Comendador Leão). A iniciativa, que tem como objetivo a ação social através de espetáculos de humor, volta em cartaz com os preços de ingressos mais populares da cidade + 1 kg de alimento não perecível, fazendo a alegria do público, artistas e comunidades carentes que serão assistidas pelo projeto. Para inaugurar a versão 2010 do projeto, no sábado, dia 12, haverá Branca de Neverrr e as sete Pecinhas. Já no domingo, 13, será a vez de Romeu e Juli...eeita. Ingressos: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (estudantes) + 1kg de alimento não perecível, à venda no stande Viva Alagoas (Shopping Maceió). Mais informações: (82) 3336-2898/9967-1074. Mate as saudades do restaurante Vila Chamusca (alto de Ipioca) em grande estilo numa noite especial para o dia dos namorados cheia de aromas, sons, cores e sabores, para mexer com todos os seus sentidos, a partir das 21h. A Noite Tailandesa vai ter ainda o inspirado show Todo sentimento, com Igbonan Rocha. Mais informações: (82) 9106-2665.
Os casais terão uma noite especial no dia 12 de junho, às 22h, no salão coberto do Clube da OAB (Jacarecica) com a apresentação de Wolney Galvão & banda cantando grandes sucessos românticos. Abertura com Carlinhos (voz e violão) e encerramento com forró pé-de-serra do Trio Alagoas. Mesa: R$ 60 (comprando antecipado, o cliente ganha mais dois ingressos individuais). Mais informações: (82) 8809-5387.
Em Breve A Quadrilha Junina Tradição de Anadia está com a agenda cheia este mês. No dia 14 estará se apresentando no SESC/Poço; no dia 15, na praça Multieventos; dia 19, em Caruaru, no campeonato pernambucano; dia 24, no Instituto Galba Novaes (Maceió); e no dia 25, na cidade de Coité do Nóia.
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Esportes
O JORNAL JORNA L Domingo, 6 de junho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
Os caminhos que levam à África O JORNAL apresenta hoje especial sobre a formação do elenco da seleção brasileira para a Copa
Páginas 4, 5, 6 e 7
O JORNA L JORNAL
Esportes 2
Domingo, 6 de junho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
BatePronto Victor Mélo - jornalistavictor@gmail.com
Na última sexta-feira, o craque Droga fraturou o braço no jogo contra o Japão
TRADIÇÃO PESA NA COPA A Copa do Mundo é uma competição governada pela tradição. Apenas sete países - Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, França, Inglaterra e Uruguai - conquistaram o título máximo do futebol e não há muito espaço para surpresas nesse grupo seleto. Desses, apenas o último não entra no Mundial como um dos sérios postulantes ao título. A Celeste vai até comemorar se conseguir passar da primeira fase. Analisando os outros seis países, vamos perceber que a França e a Itália vivem momentos difíceis, já que os times finalistas do Mundial de 2006 envelheceram e não houve uma reposição a contento. Por isso, dentro desse grupo, podem ser considerados azarões. Restaram Brasil, Argentina, Inglaterra e Alemanha. A ordem que coloquei é a de poder de fogo de cada país. A seleção brasileira, por exemplo, tem a força de conjunto que os argentinos gostariam de ter. O que enaltece o futebol dos “hermanos” é justamente o talento individual. Maradona tem jogadores de altíssimo nível no elenco, como Messi, Tevez e Verón, mas ainda não conseguiu o encaixe. Tanto que sofreu até a última rodada para colocar a seleção no Mundial. A Inglaterra tem uma boa geração e um técnico vitorioso, Fábio Capello. Sua referência é Wayne Rooney, que se recupera de lesão no tornozelo e precisa entrar em forma para aumentar a força de seu time. A Alemanha deve apresentar na África o mesmo futebol burocrático e eficiente de sempre. O time perdeu o armador Ballack, que se machucou quando atuava pelo Chelesa, mas confia no conjunto e na aplicação tática para ir longe no Mundial.
PSICOLÓGICO Duas seleções muito qualificadas nunca venceram uma Copa, mas chegam à África com força. Espanha e Holanda têm times capazes de levantar o caneco, mas ainda precisam demonstrar maturidade para vencer. Os espanhóis, atuais campeões europeus, apresentaram o futebol mais vistoso nesses dois anos que antecederam o Mundial, mas carregam, com justiça, a fama de “amarelar”. No ano passado, o time foi eliminado nas semifinais da Copa das Confederações pelo EUA e deu mais margem a essa desconfiança. Apesar do grave tropeço, a Fúria é a grande favorita nas casas de apostas, até porque seu retrospecto realmente impressiona: em 46 jogos, foram 42 vitórias, três empates e apenas uma derrota.
CURTO-CIRCUITO A Holanda tem a maior série invicta entre os participantes da Copa: 18 jogos, com 13 vitórias e cinco empates. O time conta com um ótimo conjunto, mas não tem, por exemplo, os destaques de 94 e 98. Sem os medalhões das últimas Copas, a equipe gira em torno do meia Robben. O técnico Bert van Marwijk escala o time privilegiando o ataque, com dois armadores e três atacantes. A Laranja realizou um amistoso recente contra Gana e goleou por 4 x 1. Bom sinal. Três jogadores excepcionais do futebol atual nunca jogaram na seleção o mesmo futebol apresentado nos clubes. Ronaldinho Gaúcho, Messi e Cristiano Ronaldo carregam esse estigma. Nesse Mundial, apenas os dois últimos podem reescrever a história.
A bruxa está solta Lesões graves tiram muitos jogadores da Copa do Mundo A bruxa ainda está solta para os jogadores que estão convocados para o Mundial da África do Sul. Desta vez, Drogba, da Costa do Marfim, lesionou-se e pode ficar fora do Mundial. Outro desfalque é do zagueiro Ferdinand, da Inglaterra, que sofreu uma contusão no joelho em um treino de sua seleção.
Os sustos também agitaram a sexta-feira das seleções. O volante Pirlo, campeão da Copa com a Itália em 2006, também pode ficar fora do Mundial da África do Sul por causa de um estiramento na panturrilha esquerda. A bruxa rondou os ares da seleção brasileira. O lateral-esquerdo Michel Bastos sofreu
uma torção no tornozelo direito, mas a lesão não é grave, segundo a CBF. Zagueiro titular e capitão da Inglaterra, Ferdinand sofreu uma lesão nos ligamentos do joelho esquerdo no primeiro treino da Inglaterra. Desta maneira, ele se junta a outros ingleses que ficam fora do Mundial: Beckham, Owen e Gibbs
ATLETAS FORA DA COPA Ballack (ALE) - Na última partida da temporada, a final da Copa da Inglaterra contra o Portsmouth, o principal jogador da Alemanha lesionou o tornozelo direito após um choque com Boateng. Assim, ele se junta a enorme lista de jogadores alemães que estão fora do Mundial Owen (ING) - Com uma grave lesão no tendão da coxa, o atacante Owen está fora da Copa do Mundo da África do Sul. O inglês se machucou em março, durante a final da Copa da Liga
Inglesa, entre Manchester United e Aston Villa e não terá tempo para se recuperar para o Mundial Adler (ALE) - Por conta de uma lesão na costela, Adler, goleiro titular da Alemanha, passará por uma cirurgia e desfalcará a seleção na competição mais importante do ano. O camisa 1 do Bayer Leverkusen, que tem 26 anos, se lesionou em abril e não jogará a Copa do Mundo Cabañas (PAR) – O jogador do América (MEX) levou um tiro na cabeça
em uma casa noturna da Cidade do México. Existe a possibilidade do atacante paraguaio não voltar mais a jogar futebol. A bala ainda está na cabeça de Cabañas Bosingwa (POR) - Com um problema no menisco do joelho direito, que já foi operado em 2009, o lateral-direito Bosingwa não disputará a Copa do Mundo da África do Sul devido a uma nova cirurgia no joelho. O português não joga pelo Chelsea desde outubro
O JORNA L JORNAL
Esportes
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Domingo, 6 de junho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: esportes@ojornal-al.com.br
Que venha o Nordestão! Representantes de Alagoas no Regional, CRB e CSA querem recuperar o prestígio Marco Antônio
Luciano Milano Repórter
O futebol alagoano deixa de ser só o ASA, o único representante do Estado no Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão. Apartir da próxima quarta-feira, os rivais e maiores times da capital alagoana voltam a campo de forma oficial. CSA e CRB iniciam a disputa do Campeonato do Nordeste 2010. A competição volta a ser disputada depois de oito anos paralisada por problemas da Liga do Nordeste com a Rede Globo de Televisão e Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Azulinos e regatiano estream na competição regional contra times baianos. O Galo da Pajuçara se prepara para receber o Vitória, na próxima quarta-feira, às 15h, em jogo marcado para o estádio Severiano Gomes Filho, na Pajuçara. Já o Azulão do Mutange, viaja já na próxima terça-feira, onde na também na quarta, joga contra o Bahia, às 20h30, no estádio de Pituaçu, na capital da Boa Terra. Como parte da preparação de ambos, CRB e CSA se enfrentaram nas duas últimas semanas em dois clássicos, no de-
Centro Sportivo Alagoano e Clube de Regatas Brasil se enfrentaram no período de preparação para o Campeonato do Nordeste
nominado Desafio das Multidões. No primeiro, realizado no estádio Nelson Peixoto Feijó, houve um empate sem gols. Na segunda partida, já na Pajuçara, o empate se repetiu, mas por 1x1. Nos
pênaltis, o Azulão venceu por 5 x 4 e ficou com o troféu Wassil Barbosa, homenageado pela Federação Alagoana de Futebol. De acordo com o regulamento, a competição contará
com 15 clubes. Por discordar dos valores de cota de patrocínio e também dar prioridade à disputa da Série B, o Sport desistiu de jogar o Nordestão. Previsto para terminar em 1º de dezem-
Regatianos e azulinos quase prontos Dirigidos pelos técnicos Lino e Celso Teixeira respectivamente, CSA e CRB entram na disputa do Campeonato do Nordeste com objetivos mais ou menos parecidos. No CSA, o Nordestão caiu como uma luva para o momento difícil que o clube atravessa. Rebaixado pela segunda vez em 10 anos para a Segunda Divisão do Estadual, o Azulão ficaria sem atividades até o mês de agosto, quando, provavelmente, a Segundona será realizada. O retorno do Nordestão possibilitou ao clube movimentar a equipe, antecipando o calendário. Mas o vice de futebol azulino, Cícero Eugê-
nio, apesar de comemorar o retorno do Campeonato do Nordeste, avisou que o maior objetivo do CSA é retornar à Primeira Divisão local. "Para o CSA, foi muito importante que a Liga do Nordeste e os clubes tenham chegado a um acordo e fechado o retorno do Nordestão. Vamos encará-lo com seriedade, mas a torcida azulina sabe que nosso maior objetivo em 2010 é fazer um bom papel na Segundona do Estadual e retornar à Primeira Divisão", declarou Eugênio. Para reforçar o elenco, o CSA contratou seis jogadores campeões estaduais pelo Murici: Sinval e Nado (zagueiros),
Serginho (volante), Everlan (meia) e Peixinho e Alexsandro (atacantes). Além deles, chegaram para ser titulares os laterais Celso, ex-ASA, e Claudinho, que jogou no Mutange em 2009. Ídolo da torcida azulina, o veterano Catanha também integra o grupo. No CRB, o técnico Celso Teixeira foi porta-voz da diretoria ao afirmar que o Nordestão servirá como oficina para o objetivo maior do clube, que é retornar em 2011, à Segunda Divião do futebol brasileiro. Teixeira e a executiva alvirrubra pensam em chegar bem na Série C, a partir de julho, modificando quase em 90% o time que fracassou no Estadual.
bro, o Nordestão será disputado em três fases: na primeira, os clubes jogam entre si em turno único, classificando-se os primeiros quatro colocados para a fase seguinte.
AGENDA CAMPEONATO BRASILEIRO
COPA DO NORDESTE
Hoje
Quarta-feira
16h São Paulo x Grêmio
15h - CRB x Vitória
16h Santos x Vasco
20h30 Treze-PB x Sergipe
16h Botafogo x Corinthians
20h30 CRB x Vitória
16h Atlético-MG x Ceará
20h30 Bahia x CSA
18h30 Internacional x Palmeiras
20h30 Confiança-SE x Botafogo-
18h30 Guarani x Grêmio Prudente
PB
18h30 Atlético-GO x Cruzeiro
20h30 Fortaleza x Santa Cruz-PE 21h Náutico x Ceará
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Resumo da ópera Às vésperas da Copa, O JORNAL conta como foi o processo de formação da seleção de Dunga Victor Mélo Editor de Esportes
A seleção brasileira se reencontra com a Copa do Mundo no dia 15. A última impressão deixada na principal competição do futebol não foi boa. Cheio dos chamados medalhões, o Brasil foi derrotado pela França por 1 x 0, dia 1º de julho de 2006, e se despediu do Mundial ainda nas quartas. Fiasco! Aimprensa detonou a comissão técnica do escrete, comandada por Carlos Alberto Parreira. As críticas mais contundentes foram em relação ao excesso de liberdade e à desorganização no período final de preparação para a Copa. Para tentar fazer os torcedores esquecerem a falta de compromisso daquele grupo, a Confederação Brasileira de Futebol apostou no inexperiente Dunga. Prometendo profissionalismo e amor à camisa, no tradicional estilo Zagallo, o treinador foi recebido por uma saraivada de ataques da mídia. A palavra mais comum naquele 24 de julho de 2006 nos noticiários da seleção era “esta-
Em pé: Thiago Silva, Julio Cesar, Gilberto Silva, Lúcio, Maicon e Felipe Melo; agachados: Robinho, Kaká, Michel Bastos, Elano e Luís Fabiano.
giário”. Dunga assumiu o cargo mais importante do futebol brasileiro sem ter nenhuma experiência marcante como treinador. “Quero trazer para a seleção brasileira a mesma vontade que tive como jogador.
Vibração e motivação são imprescindíveis para vestir a camisa da seleção brasileira”, avisou o treinador no dia de sua confirmação no cargo. Ranzinza pela própria natureza, ele iniciou o embate
com os jornalistas nas primeiras entrevistas, mas garantiu que iria recuperar o orgulho da massa. Para ajudá-lo nessa complicada missão, o tetracampeão Jorginho foi escolhido para ser o fiel escudeiro. O
primeiro compromisso de Dunga foi marcado para 16 de agosto de 2006, em Oslo, contra a Noruega. O time fez uma partida burocrática e empatou por 1 x 1. Mas o jogo que ajudou o treinador a ter uma vida mais longa no cargo foi realizado no dia 3 de setembro, em Londres, contra a Argentina. Com dois gols de Elano e um de Kaká, a seleção venceu por 3 x 0 e, ali, Dunga começou a preparar seu álbum de família. Participaram desse jogo o lateral-direito Maicon, os zagueiros Lúcio e Juan, os meio-campistas Gilberto Silva, Elano e Kaká, além do atacante Robinho, que hoje formam a espinhal dorsal da equipe titular. Além desses jogadores, os também convocados para o Mundial 2010 Gomes, Julio Baptista e Gilberto foram utilizados no clássico. AVALIAÇÃO – Com Dunga, a seleção fez seis partidas em 2006, vencendo cinco e empatando uma. O time marcou 14 gols e sofreu apenas três, saldo de 11. Com quatro tentos, Kaká foi goleador da equipe.
A primeira conquista do treinador A partir do jogo com a Argentina em 2006, Dunga iniciou seu discurso baseado na segunda palavra que marcou seu trabalho: coerência. Ele deu um gelo nos medalhões Kaká, Ronaldinho e Ronaldo, e apenas o primeiro se criou na sua família. Sob o comando do treinador, mau comportamento fora de campo é sinônimo de esquecimento. Foi assim também com jogadores menos badalados, mas eficientes, como o ex-lateral-esquerdo do Corinthians André Santos. Ele se destacou com a camisa da seleção, mas andou saindo da linha no Fenerbahce, da Turquia, e foi alijado do grupo.
Voltando um pouco no tempo, vale destacar que Dunga ganhou a confiança da CBF com a conquista da Copa América, no dia 15 de julho de 2007. Para aumentar a importância do feito, na final, o Brasil bateu outra vez a Argentina por 3 x 0, gols de Julio Baptista, Ayala (contra) e Daniel Alves. Acampanha do time foi boa. Estreou com vitória contra o Equador, por 1 x 0, derrotou o Chile por 3 x 0 e encerrou a primeira fase em segundo lugar depois de perder para o México por 2 x 0. Nas quartas, demonstrou força ao atropelar o Chile por 6x 1 e chegou à final contra
os argentinos depois de empatar no tempo normal com o Uruguai, por 2 x 2, e vencer nos pênaltis por 5 x 4. Nesse período, o time já ostentava as qualidades atuais, com um futebol marcado pela forte marcação na defesa e pelos contra-ataques fulminantes. BALANÇO – Em 2007, o Brasil realizou 18 jogos, conquistando 11 vitórias, obtendo cinco empates e sofrendo duas derrotas. A equipe marcou 38 vezes e sofreu 13 tentos, saldo de 25 e média de 2,11 gols por partida. Robinho foi o artilheiro do time na temporada, marcando seis vezes.
Técnico Dunga resolveu apostar mais no conjunto do que nos craques
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Fiasco nas Olimpíadas de Pequim e pressão da torcida Dunga também passou por um período de grande turbulência e quase deixou a seleção. Em 2008, o Brasil perdeu duas partidas consecutivas para Venezuela e Paraguai e empatou com a Argentina no Mineirão, em Belo Horizonte. Esse talvez tenha sido o auge das críticas ao trabalho do treinador, que insistia em não chamar o meia Ronaldinho Gaúcho. O jogo foi realizado no dia 18 de junho e, no dia seguinte, Dunga se rendeu aos pedidos até do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e convocou Ronaldi-
nho para as Olimpíadas. Com um time montado às pressas, a seleção perdeu por 3 x 0 para a Argentina, de Messi, nas semifinais, e o trabalho do técnico continuou sendo contestado. Ronaldinho decepcionou em Pequim e começou a deixar para trás a possibilidade de disputar a Copa da África. Talvez pela conquista da Copa América ou até pelas constantes negativas de Luís Felipe Scolari de assumir o cargo, Dunga foi mantido pela CBF após o fiasco nas Olimpíadas. Nesse momento
mais difícil, ele contou com a ajuda do grupo que começara a montar em 2006 e os resultados, aos poucos, surgiram. Em grande fase, Luís Fabiano foi fundamental para o time nessa temporada. Logo no primeiro jogo após as Olimpíadas, o Brasil venceu o Chile, fora de casa, por 3 x 0, com dois gols do atacante do Sevilla e um de Robinho. O time ainda oscilava nesse período e o empate por 0 x 0 com a Bolívia no Engenhão, Rio de Janeiro, atormentou o técnico e a torcida. Como a se-
leção jogava bem no contraataque, tinha sérias dificuldades para encontrar espaços numa defesa mais fechada. Atoada foi mantida na rodada seguinte das eliminatórias: goleada por 4 x 0 sobre a Venezuela em San Cristóbal e outro empate sem gols no Rio, desta vez contra a Colômbia, no Maracanã. O jogo com os venezuelanos, disputado dia 12 de outubro de 2008, marcou o retorno de Kaká ao time titular. A temporada mais difícil da trajetória de Dunga no comando da seleção terminou com um re-
sultado animador. Em Brasília, dia 19 de novembro, o Brasil disputou um amistoso e massacrou Portugal, de Cristiano Ronaldo, por 6 x 2. Nesse jogo, só Luís Fabiano marcou três vezes. BALANÇO – Em 2008, a seleção principal do Brasil fez 11 jogos, vencendo seis, empatando três e perdendo dois. O time marcou nove gols e sofreu nove, com média de 0, 82 tentos marcados por partida. Luís Fabiano foi artilheiro do time, balançando as redes adversárias seis vezes. (V.M)
Título e confiança conquistados na África do Sul Talvez para testar a capacidade de Dunga, a CBF marcou um amistoso de alto risco para a seleção brasileira. No dia 10 de fevereiro de 2009, o time teria que enfrentar a atual campeã do mundo, a Itália, em Londres. Os jogadores estavam motivados e inspirados e o time, mais vez, passou no teste. Com gols de Elano e Robinho, o Brasil bateu os italianos por 2 x 0 e ganhou moral para os próximos confrontos da temporada. TCHAU, GAÚCHO! - Já pelas eliminatórias, o Brasil empatou fora de casa com o Equador, por 1 x 1, dia 29 de março. Esse jogo merece destaque porque foi a última vez que Ronaldinho Gaúcho foi escalado entre os titulares. Dia 1º de maio, em Porto Alegre, a seleção venceu o Peru com facilidade, por 3 x 0, e Kaká ganhou definitivamente o posto de Gaúcho. Nessa partida, Ronaldinho ainda entrou no lugar de Elano, mas não convenceu. Um jogo marcante desta temporada foi realizado em Montevidéu. O Brasil foi jogar fora de casa ainda sob desconfiança e voltou com uma goleada histórica sobre o rival Uruguai: 4 x 0. Em seguida, bateu a boa equipe do Paraguai por 2 x 1, no Recife, e começou a cair no gosto popular.
MAIS UM TÍTULO - A Copa das Confederações seria o apronto para o Mundial. Disputada em junho do ano passado na África, sob condições bem parecidas com as da Copa, ela contava com duas seleções que se destacavam no Planeta: Brasil e Espanha. A estreia da seleção não foi das mais animadoras. A tão eficiente defesa falhou demais e o Brasil teve dificuldades para vencer o Egito, por 4 x 3. Em seguida, duas goleadas convincentes: 3 x 0 nos Estados Unidos e na Itália. Nas semifinais, o time de Dunga pegou a anfitriã África do Sul e sofreu para vencer. Com um gol de falta de Daniel Alves no finalzinho do jogo, o time chegou à decisão contra os surpreendentes norte-americanos, que bateram a favoritíssima Espanha na outra semifinal. A final foi emocionante. Os Estados Unidos abriram 2 x 0, com gols de Dempsey e Donavan, respectivamente, aos 10´ e 27 minutos do primeiro tempo, mas teve forças para virar. Luís Fabiano, aos 40´ da etapa inicial e aos 29´ do segundo tempo, empatou o duelo. Aos 39 minutos, Lúcio, um dos símbolos da nova seleção, decretou a virada e entregou a taça ao treinador. (V.M) (Continua na página 6)
Lúcio marcou o gol do título da Copa das Confederações e levantou a taça
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Seleção brasileira humilhou os argentinos em Rosário: 3 x 1 Victor Mélo Editor de Esportes Abase para a Copa do Mundo já estava montada e faltava à seleção apenas garantir da classificação. Outra vez contra a Argentina, seu adversário favorito, Dunga cumpriu a missão de colocar o Brasil no Mundial. E foi com requintes de crueldade: em Rosário, o Brasil fez uma bela exibição e derrotou a equipe de Maradona por 3 x 1. Luís Fabiano brilhou em campo e marcou duas vezes, com Luisão e Datolo (Argentina) completando o marcador. Depois desse jogo, a seleção ainda venceu o Chile, por 4 x 2, garantindo assim a primeira colocação nas eliminatórias, e perdeu sua única partida do ano, na altitude de La Paz, para a Bolívia, por 2 x 1. EMPATE - O time encerrou sua participação no classificatório dia 14 de outubro, com um empate sem gols contra a Venezuela, em Campo Grande. Curiosamente, a equipe titular foi praticamente fechada em dois amistosos. Dia 14 de novembro, o Brasil bateu a Inglaterra por 1 x 0, gol de Nilmar, e Dunga dirimiu grande parte de suas dúvidas. Sem contar com Robinho e Juan, machucados, ele escalou o time com: Julio César, Maicon, Lúcio, Thiago Silva e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano
Velhos rivais dentro de campo, Dunga e Maradona se reencontraram como técnicos na partida de Rosário
e Kaká; Luís Fabiano e Nilmar. Sacando Thiago Silva e Nilmar e colocando os dois ausentes, encontraremos a equipe que deve
estrear na Copa da África. Essa base, inclusive, foi mantida no último amistoso de 2009, contra Omã, e o Brasil venceu por 2 x 0.
BALANÇO – No ano passado, o Brasil disputou 17 jogos, venceu 14, empatou dois e per-
deu apenas um. O time marcou 38 gols e sofreu 12, saldo de 26. O artilheiro foi outra vez Luís Fabiano, com 11 gols.
AS MUDANÇAS RECENTES DA SELEÇÃO - Time de Parreira, eliminado pela França no Mundial de 2006: Dida, Cafu (Cicinho), Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Gilberto Silva, Zé Roberto, Kaká (Robinho) e Juninho (Adriano); Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. - Primeira formação de Dunga, no amistoso com a Noruega, em agosto de 2006: Gomes, Cicinho (Maicon), Lúcio, Juan (Alex) e Gilberto; Gilberto Silva, Edmílson (Dudu Cearense), Elano (Júlio Baptista) e Daniel Carvalho (Vágner Love); Fred e Robinho. - Time que terminou a temporada de 2006: Hélton, Maicon, Luisão, Juan e Adriano; Fernando, (Tinga), Dudu Cearense (Daniel), Elano (Diego) e Kaká; Robinho (Ronaldinho Gaúcho) e Rafael Sóbis (Ricardo Oliveira). - Equipe que goleou a Argentina por 3 x 0 na decisão da Copa América de 2007: Doni, Maicon, Alex, Juan e Gilberto;
Mineiro, Elano (Daniel Alves), Josué e Júlio Baptista; Robinho (Diego) e Vágner Love (Fernando). - Time que fechou a temporada de 2007 vencendo o Uruguai por 2 x 1: Júlio César, Maicon (Daniel Alves), Alex, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Kaká e Ronaldinho Gaúcho (Josué); Robinho (Vágner Love) e Luís Fabiano. - Formação que empatou em casa com a Argentina, por 0 x 0, em 2008, pelas eliminatórias: Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Anderson (Diego depois Daniel Alves), Mineiro e Júlio Baptista; Adriano (Luís Fabiano) e Robinho. - Time que goleou Portugal por 6 x 2, em Brasília, e fechou a temporada de 2008: Júlio César, Maicon (Daniel Alves), Luisão, Thiago Silva e Kléber (Marcelo); Gilberto Silva, Anderson (Josué), Elano (Mancini) e Kaká; Robinho (Alex) e Luís Fabiano.
- Equipe que venceu os Estados Unidos por 3 x 2 e conquistou a Copa das Confederações no ano passado: Júlio César, Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos(Daniel Alves); Felipe Melo, Gilberto Silva, Ramires (Elano) e Kaká; Luís Fabiano e Robinho. - Formação que bateu a Inglaterra por 1 x 0 na penúltima partida de 2009: Júlio César, Maicon, Lúcio, Thiago Silva e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Daniel Alves) e Kaká; Nilmar (Carlos Eduardo) e Luís Fabiano (Hulk). - Provável formação da seleção para a estreia na Copa de 2010, contra a Coreia do Norte, no dia 15: Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano.
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Os motes da convocação para o Mundial da África Victor Melo Editor de Esportes
Neste ano de Copa, a seleção brasileira fez mais barulho longe dos campos. ACBF marcou poucos amistosos e Dunga preferiu não colocar seu trabalho em xeque disputando jogos contra seleções poderosas antes do Mundial. Antes da convocação, o Brasil fez apenas uma partida, dia 2 de março, em Londres, contra a Irlanda. A base já estava formada, o time venceu por 2 x 0, mas esse confronto marcou a despedida de uma figurinha carimbada do grupo: Adriano. Artilheiro do Brasileirão e campeão nacional com o Flamengo, o Imperador perdeu o foco no futebol em 2010. Ganhou peso, se envolveu numa série de confusões e saiu da lista por causa da tal coerência de Dunga. A novidade foi Grafite, que entrou bem na partida diante dos irlandeses, se comportou direitinho no período pré-Mundial e substituiu Adriano. Mas ano de Mundial também é marcado por cobranças. Dunga sofreu com os pedidos insistentes da mídia e de parte da torcida por Ronaldinho Gaúcho. O meia voltou a se destacar no Milan no início da temporada e dizia que conquistaria a vaga em campo. Provavelmente por mau
Técnico Dunga formou sua “família” excluindo os “baladeiros” e os malcomportados; treinador adotou cartilha para disciplinar o grupo
comportamento, não ouviu seu nome entre os 23 convocados. SANTOS – Outro obstáculo enfrentado pelo treinador foi o Santos. O time da Vila colocou em campo nesse primeiro semestre um time diferente. Marcado pela ousadia e o talento de seus jovens jogadores, o Peixe aplicou várias goleadas, conquistou o tí-
tulo paulista e também está na decisão da Copa do Brasil. O coro da imprensa e de parte da torcida pedia a convocação de Neymar e Paulo Henrique Ganso, destaques do time paulista. A falta de tempo para testá-los e a postura mais conservadora de Dunga foram decisivas para que nenhum deles fosse chamado para o Mundial. Da Vila, quem garan-
tiu um lugar na África foi apenas Robinho, um dos primogênitos da família Dunga. Além do atacante do Santos, apenas mais dois integrantes do elenco da seleção atuam no Brasil: Kleberson, do Flamengo, e Gilberto, do Cruzeiro. No dia 11 de maio, saiu a lista final. O treinador apresentou os números de seu trabalho e escolheu as palavras-
chave que resumem sua passagem pela seleção. “Algumas coisas que pautamos foram comprometimento, atitude, paixão e a emoção de jogar na seleção brasileira. Minha coerência é só com os fatos, a responsabilidade de montar o grupo. Cada um desde o início começou a montar sua casinha, seu tijolinho até hoje”, discursou.
Luís Fabiano e Kaká ainda preocupam a comissão técnica O grupo se apresentou em Coritiba para a pré-temporada antes do Mundial no dia 21 de maio. Sem agito, Dunga e Jorginho comandaram os treinamentos e tinham uma grande preocupação: recuperar Luís Fabiano e Kaká. Jogadores fundamentais para a seleção, eles sofreram uma série de lesões nos últimos meses e chegaram longe da condição ideal. Tanto que, mesmo após os trabalhos puxados antes do embarque para África, eles não demonstraram estar no mesmo nível físico do restante do time no amistoso da última quarta-feira, no Zimbábue, contra a seleção local.
O segundo jogo do ano da seleção foi um coletivo de luxo. Quando o time resolveu apertar mais um pouco, não teve dificuldades para vencer por 3 x 0, gols de Michel Bastos, Robinho e Elano. Amanhã, a seleção encerra todo o período de preparação enfrentando a Tanzânia. Nesse jogo, Dunga deve utilizar muitos atletas, até para movimentá-los, mas em sua cabeça os titulares já estão definidos há um certo tempo. Se lesões de última hora não atrapalharem o treinador, o time que vai entrar em campo no dia 15 de junho, contra a Coreia do Norte, no Estádio Elis Park, em
Joanesburgo, terá: Julio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano. “Desde que eu comecei a trabalhar disse que todos têm condições de jogar. Por uma questão técnica, tática, só posso escolher onze. Mas todos que entram tentam segurar sua posição. Dentro da seleção, todos são titulares. E muitos que entram durante os jogos têm resolvido o problema”, comentou Dunga, que já comandou a seleção em 54 partidas, vencendo 38, empatando 11 e perdendo cinco. Com ele, o Brasil tem um aproveitamento de 76,2%. (V.M)
Kaká e Luís Fabiano são jogadores fundamentais para a seleção
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ASPAS “É puxado demais!”.
Juliana Paes, no programa “Vai e Vem”, do GNT, confessando ter dificuldades nas cenas de sexo, ainda mais quando precisa fazer o movimento de vaivém sem que as coisas estejam acontecendo de verdade. (“O Dia”)
“O Dunga não passa de um anão. É complexado, inseguro. Deveria fazer terapia”.
Marcelo Madureira, responsável pelo quadro “Pacato Cidadão”, exibido pelo “Fantástico”, da Globo, quando perguntado se Dunga, técnico da Seleção Brasileira, não gosta dos humoristas do “Casseta & Planeta, Urgente!” (“Quem”)
“Passei quase 20 anos em São Paulo, mas me acho paulista pelas manias, como dormir de meia e ir à praia de tênis”.
Jayme Matarazzo, o Daniel de “Escrito Nas Estrelas”, da Globo, de 24 anos, admitindo ter adquirido hábitos inusitados por causa do longo período em que morou na capital paulista, apesar de ser carioca. (“Quem”)
“Babacas também envelhecem. Você não pode partir do princípio de que todo indivíduo de cabeça branca merece toda devoção do mundo”.
“Foi meu primeiro fracasso e sempre vou ser lembrada por ele”.
Vladimir Brichta, o Agnaldo de “Separação?!”, da Globo, falando que nem todo mundo amadurece com o tempo. (“Irritando Fernanda Young”, do GNT)
“Quando eu era mais nova, gostava de ser elogiada pela inteligência. Agora, prefiro ser chamada de bonitinha”.
Marília Gabriela, apresentadora do “Marília Gabriela Entrevista”, do GNT, e do “De Frente Com Gabi”, do SBT, revelando que, hoje em dia, fica mais satisfeita quando recebe elogios à sua aparência. (“Extra”)
“Viram a galeria de rapazes bonitos? Eles não existem por aí, não estão dando sopa na rua.
Fernanda Lima, falando sobre a experiência desastrosa de ter interpretado Diana, a protagonista da malograda novela “Bang Bang”, exibida pela Globo em 2005. (“Glamurama”)
Estão todos dentro do estúdio, gravando comigo”.Maitê Proença, a Stela de “Passione”, da Globo, brincando com o fato de sua personagem ser uma devoradora de garotos na trama de Silvio de Abreu. (“IstoÉ Gente”)
“Depois de 60 anos, contratei uma assessoria de imprensa. Melhorou muito a minha vida”.
Susana Viera, na festa de Bruno Chateaubriand e André Ramos, afirmando ter demorado para perceber que precisava de alguém para cuidar de sua relação com a imprensa. (“Folha de S. Paulo”)
“Se você tem uma vida sexual bacana, ajuda a ter uma vida bacana em todos os sentidos. O André ficou quatro meses viajando. Mais do que a falta de sexo, sentia a falta do contato. Depois do primeiro mês, eu dizia 'Volta, pelo amor de Deus!'”.
Larissa Maciel, a Felícia de “Passione”, da Globo, lembrando como foi difícil ficar um tempo maior longe do marido. (“Quem”)
“Nunca tive fase de rebeldia. Eu conto tudo para a minha mãe. Vou a festas e faço questão que ela me busque. Não tem essa de pagar mico”. A bem-comportada Marina Ruy Barbosa, a Vanessa de “Escrito Nas Estrelas”, da Globo, contando que sua mãe, Geoconda Ruy Barbosa, é sua melhor amiga. (“Contigo!”)
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Por Gabriel Sobreira
PERSONAGEM DA SEMANA
Vera Holtz anuncia mudança e fala sobre personagens marcantes
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O cabelo branco que mantém foi em razão da personagem no longa "Família Vende Tudo", de Alain Fresnot. E o sotaque é marca registrada da origem interiorana de Tatuí, cidade do sudoeste do estado de São Paulo. A carreira de 35 anos de Vera Holtz – a Candê de "Passione", da Globo –, chega a um novo momento. "Percebi que precisava refazer um outro ciclo de vida. Porque com 56 anos de idade já estava desejando outras coisas, outros movimentos", revela a atriz que planeja, a partir do ano que vem, fazer sua base de trabalho em São Paulo. Enquanto isso não acontece, a ex-professora de Geometria Descritiva conta que a tevê não era seu sonho, mas sim o teatro, que foi uma explosão, um acontecimento em sua vida. Mas foi no ano de 1975 que ela decidiu se mudar para o Rio de Janeiro. "Acho que tinha mesmo um destino para viver aqui no Rio. A gente é para o que nasce. Uma pessoa que nasce no interior de São Paulo, que nunca viu teatro na vida. Nisso vem um impulso e quando vejo se passaram 35 anos. Sinto que foi uma solução criativa na minha vida. Eu não tenho nada a reclamar", reflete. Para Vera, o ciclo no Rio de Janeiro não será encerrado com sua ida para São Paulo. "Adoro o Rio, aqui também tenho grandes amigos", derrete ela que já vislumbra seu futuro frequentando mais Tatuí. "Lá conheci um maestro que desenvolve uma iniciativa com uma banda de crianças. Devemos fazer um projeto para o ano que vem. De repente, quando vi, estou estabelecendo novos vínculos com o interior de São Paulo", anima-se. P - Em 1979, você fez o espetáculo "Rasga Coração", que é considerado um marco da resistência artística à ditadura. Como você analisa essa sua participação? R - Foi muito importante porque foi minha estreia profissional no teatro. Além disso, foi a primeira peça liberada pela ditadura. A experiência realmente foi muito interessante, mágico. Era uma cumplicidade política e de liberdade. P - A sua carreira é repleta de mulheres honestas, dramáticas, batalhadoras e duas vilãs. Como é o seu processo de composição de antagonistas? R - A vilã é sensacional porque posso trabalhar com um carisma gigantesco. Sem carisma o vilão não convence ninguém. Primeiro jogo na ideia dela ser carismática e simpática. O vilão é livre, ele não explica o que faz, absolutamente age como se não tivesse obstáculo. Depois é só equalizar. P - Após 35 anos de carreira, quais personagens mais te marcaram e os mais lembrados pelo público? R - No teatro, a personagem mais importante da minha carreira, é a
Pérola, do espetáculo homônimo do dramaturgo Mauro Rasi. Foram 800 apresentações, entre os anos de 1995 e 1999, direto viajando por todo país. Na televisão, depende da geração. Algumas pessoas consideram a Alice Penn-Taylor, de "Vamp". Para outras, com ou sem o drama do alcoolismo em casa, é a Santana, de "Mulheres Apaixonadas". P - Você é natural de Tatuí e a personagem Candê tem o sotaque interiorano. Em algum momento da sua carreira o seu sotaque atrapalhou? R - Estou confortavelmente em casa (risos). Já fiz outras personagens com sotaque e este é um estudo das palavras e expressões. Houve um período que as pessoas tiravam o sotaque. Ele é minha bandeira, eu tirava tecnicamente, mas essa sou eu, faz parte da minha história, da minha vida. P - Como fazer para a Candê não ficar caricata? R - É complicado para não deixar a Candê caricata. Humanizar é a fórmula. Deixar muito orgânica, dentro de mim. Isso é o que busco em todos os meus trabalhos.
ANIVERSÁRIOS DA SEMANA DE 6 A 12 DE JUNHO 06/06 - Simone Moreno, 41 anos, e Carlos Moreno, 56 anos. 07/06 - Bruno de Lucca, 28 anos, Flávia Alessandra, 36 anos, e Aguinaldo Silva, 66 anos. 08/06 - Eduardo Moscovis, 42 anos, e Sônia Braga, 60 anos. Nesta data, há 40 anos, foi ao ar o primeiro capítulo de "Irmãos Coragem", da Globo. Escrita por Janete Clair, a trama foi dirigida por Daniel Filho e codirigida por Milton Gonçalves e Reynaldo Boury. O fo-
lhetim aborda o drama da família Coragem. João, vivido por Tarcísio Meira, encontra um valioso diamante que lhe é roubado pelo coronel Pedro Barros, vivido por Gilberto Martinho. Na luta, João e seu irmão Jerônimo, interpretado por Cláudio Cavalcanti, o primeiro usa armas e o segundo, entra na política. O terceiro irmão Duda, personagem de Cláudio Marzo, larga a fictícia cidade de Coroado, no interior de Goiás, para ser craque do Flamengo, no Rio de Janeiro. No
fim da novela, em um tiroteio, Jerônimo é baleado. Revoltado, João Coragem quebra o diamante que deu origem a todos os conflitos. "Irmãos Coragem", foi um dos maiores sucessos da fase em preto-e-branco da televisão brasileira. Ainda no elenco, Zilka Sallaberry, Glória Menezes, Regina Duarte e Myrian Pérsia. 10/06 - Georgiana Góes, 33 anos, e Bia Lessa, 52 anos. 11/06 - Isabela Garcia, 43 anos, e Reginaldo Farias, 73 anos.
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MAPA DA MINA Por Natalia Palmeira
CARA A CARA
HERANÇAS PORTUGUESAS
COMPETIÇÃO MUSICAL
(SBT, dom, 0 h)
(TV Brasil, ter, 20 h)
(Record, qui, 23 h)
Marília Gabriela volta ao SBT neste domingo. Na estreia do "De Frente com Gabi", a jornalista vai receber Hebe para entrevistar. O programa tem o mesmo formato do "Marília Gabriela Entrevista", do canal pago GNT.
O novo episódio de "Brasil, Portugal – Lá e Cá" vai mostrar que vários costumes religiosos brasileiros tem referências portuguesas. É o caso do Círio de Nazaré, festa religiosa que acontece em Belém, no Pará. Acantora paraense Fafá de Belém participa do programa dando o seu relato sobre o evento cristão.
Nesta quinta, estreia a terceira temporada de "Ídolos". Rodrigo Faro vai comandar a edição brasileira do "reality show" musical. Os participantes serão julgados pelos olhares atentos e críticos de Paula Lima, Marco Camargo e Luiz Calainho.
BONS NEGÓCIOS
VOLTA ATRÁS
(Globo, dom, 7:30 h)
SÉTIMA ARTE
(Record, sex, 21 h)
O "Pequenas Empresas & Grandes Negócios" vai mostrar o crescimento de empresas na área de cosméticos. O setor de higienização de carros também será abordado. O programa mostra ainda o sucesso das vendas de equipamentos de esportes de aventuras.
(MTV, qua, 20 h)
A VOLTA DO RODEIO
BRIGA DE EX-CASAL
(SBT, seg, 22:15 h)
(Globo, qui, 23:05 h)
A partir desta segunda, o SBT reapresenta "Ana Raio e Zé Trovão". A novela, protagonizada por Ingra Liberato e Almir Sater, foi exibida pela primeira vez na extinta Manchete, em 1990. A trama conta a história de Ana Raio, uma peoa que percorre o país com sua caravana, à procura da filha que lhe foi roubada ainda bebê.
Depois da separação, Catarina e Júlio iniciam uma disputa pelo bem da revista, no novo episódio de "A Vida Alheia". A "socialite" vai se surpreender quando descobrir que o ex-marido quer um cargo na direção. A situação fica pior quando Catarina desconfia do envolvimento de Júlio com uma famosa ex-modelo.
Pegando carona no MTV Movie Awards 2010, o "Fiz na MTV" vai se inspirar em filmes. Maria Santa Helena e Borbs entrevistam PC Siqueira, o maior destaque entre os "video blogs" brasileiros.
No novo episódio da quinta temporada de "CSI Las Vegas", Grissom se depara com uma nova evidência enquanto assiste ao julgamento do assassino do dono de um restaurante. Com a reabertura do caso, Ekley inicia um inquérito contra Grissom e sua equipe.
CULINÁRIA MINEIRA (TV Brasil, sab, 14:30 h) O "Cozinha Brasil" vai mostrar a importância do milho para a história de Patos de Minas, em Minas Gerais. A tradição é tanta, que existe até um museu especializado no alimento. O programa também ensina a fazer três receitas típicas da cidade, como canjica nutritiva, bolo mineiro e rocambole suíno.
Rapidinhas # A Dra. Michele do "S.O.S Emergência" vai gastar todas as suas energias com uma criança que não para quieta. A menina é sobrinha-neta de Dr. Solano. (Globo, dom, 23:15 h).
# Nesta semana, estreia o "Repórter África - Copa 2010". Comandado por Rodrigo Viana, o programa é uma revista esportiva diária. (TV Brasil, qui, 23 h)
# No novo episódio de "CSI Miami", Horatio investiga um caso de vingança contra uma de suas antigas paixões. Mas os problemas pessoais de uma pessoa da equipe ameaçam a investigação. (Record, ter, 0:30 h)
# No "15 minutos", Adnet pergunta aos VJ's quem vai ganhar o mundial e ainda monta uma seleção com os VJ's da casa. (MTV, seg, 21:45 h)
# Em "A Copa dos Namorados", novo episódio de "A Grande Família", Agostino promove o Baile do Dia dos Namorados. O problema é que a competição de dança vai acontecer no mesmo horário de um dos jogos da Copa. (Globo, qui, 22:20 h).
# Em "Separação?!", Karin e Agnaldo iniciam uma discussão através de torpedos de celular sentados lado a lado na sala. (Globo, sex, 23:20 h). # O "Almanaque Brasil" aborda os mitos que metem medo. O programa fala sobre diversos personagens do folclore brasileiro, como a Cuca, Curupira, Alamoa e o Boto. (TV Brasil, sab, 19 h).
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PRIMEIRA MÃO
Nova temporada de Ídolos estreia em junho e aposta em novidades
Por Gabriel Sobreira PopTevê
A Record saúda os áureos tempos dos festivais de música, sucesso na década de 60. Chico Buarque, Elis Regina e Tom Zé, entre outros, interpretavam canções que entraram para memória de milhares de brasileiros. Encantamento similar busca o programa "Ídolos", que estreia no próximo dia 10, às 23 h, apostando na tradição musical da emissora. Com um investimento de aproximadamente R$ 500 mil por episódio, a rede espera alcançar uma audiência maior que nas duas edições anteriores. "A nossa meta é sempre a maior possível – 50 pontos –, mas se ultrapassarmos a média da edição anterior – 11 pontos – já estamos satisfeitos", conclui Mafran Dutra, presidente do comitê artístico de programa e emissora. Com a proposta de apresentar um "reality show" em "full HD", a diretora do programa Fernanda Telles aceitou um desafio sem imaginar o que teria pela frente. "Ah, se eu soubesse que seria tão trabalhoso", brinca, aos risos. O número de inscritos é que não parece brincadeira. Supera até as expectativas de um dos mais confiantes, o diretor-geral de "Ídolos", Wanderley Villa Nova, que já estava satisfeito com a adesão de 37 mil pessoas
na última edição. "Fiquei muito feliz quando chegamos ao número de 43 mil inscritos", empolga-se. Uma das razões para o fato, até então não imaginado, é a ampliação da faixa etária dos candidatos. Em 2009, os participantes precisavam ter entre 18 e 26 anos. Na atual edição, os candidatos têm entre 16 e 28 anos. "É espantosa a participação dos adolescentes. Eles trouxeram um frescor especial. Vieram de peito aberto para o programa", completa Villa Nova. Ainda segundo o diretor, eles chegam a 30% dos inscritos. Além da mudança na idade, outra novidade apresentada pela emissora é que o site do programa virá com mais conteúdo e ferramentas que nos últimos anos. Não haverá interação maior apenas entre o público e o programa, mas também entre os próprios jurados. "Como em qualquer outra relação, também temos altos e baixos, já nos compreendemos até com o olhar", revela o animado Luiz Calainho. Já sua colega de bancada, a cantora Paula Lima, não segue nenhum roteiro para ser delicada com os candidatos. "Sou eu mesma. É inevitável o envolvimento com os participantes", esclarece ela. Fechando o trio, Marco Camargo é o indefectível jurado que não tem "meias palavras". "Para saber cantar, não interessa se é rico ou pobre. É rico e canta bem: ótimo! É pobre e canta
mal: horrível! É pobre e canta bem: ótimo! É rico e canta mal: horrível!", ressalta. Dessa forma, os candidatos só têm a voz para conquistar os jurados. "Certa vez, me falaram que, já que eu gostava tanto de canto, deveria ficar parado em frente a um", brinca o apresentador Rodrigo Faro referindo-se ao canto da parede. "Na primeira edição, me pediram: 'Rodrigo, vai com calma, tem de respeitar o formato do programa'. Na segunda: 'Rodrigo, 'zoa' bastante'. Nesta pediram: 'Rodrigo, libera geral'", confessa Rodrigo, às gargalhadas. Brincadeira à parte, a busca pela audiência é uma preocupação da Record. O diretor Mafran Dutra confia que o novo posicionamento do programa na grade da emissora representará aumento dos números. Somado a isso, tem a parceria com a gravadora Warner, que pode resultar em uma maior divulgação do escolhido. "A Warner entende nossa necessidade. Precisamos ter o CD nas lojas já na semana seguinte ao fim do programa", aponta. Já sobre o fato dos dois ídolos lançados não terem alcançado a notoriedade nacional, o diretor é categórico. "É preciso entender a nossa realidade. Na versão americana, todas as emissoras se juntam para divulgar o trabalho do vencedor. Esse não é o mesmo caso no Brasil", desabafa.
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Jorge Rodrigues Jorge/CZN
NOME PRÓPRIO
Fiorella Mattheis revela que pretende voltar a atuar
Por Natalia Palmeira PopTevê
Inquieta é uma palavra que define bem Fiorella Mattheis. A atriz e apresentadora do "Video Show" é do tipo que não para e está sempre em busca de novas experiências. Antes de estrear na Globo como a maquiavélica Vivian Pimenta, de "Malhação", em 2007, a loura trabalhava como modelo. De lá para cá, ela interpretou outras personagens em novelas e minisséries. Mas agora investe na carreira de jornalista. "Tenho uma inquietação que me faz querer sempre mais", destaca a petropolitana, que cursa faculdade de Jornalismo. O interesse pela televisão surgiu depois de alguns anos modelando. Ela foi convidada pra fazer um teste para apresentar um programa no canal pago "SporTV" e acabou caindo de amores pelas câmaras. "Liguei para minha mãe e disse: 'Quero muito fazer tevê'. Senti uma emoção que jamais havia sentido antes", relembra, com um sorriso no rosto. Com uma beleza de chamar atenção, Fiorella também recebe muitos elogios quanto aos figurinos usados no programa. A experiência com
o mundo da moda não passa batida na hora de dar palpites na escolha dos "looks". "Essa parte é uma delícia, porque adoro moda. Costumo escolher em conjunto com a figurinista tudo o que vou vestir", explica ela, que apresenta o "Video Show" ao lado de Ana Furtado, André Marques, Luigi Baricelli e Geovana Tominaga, alternadamente. Apesar de estar à frente do programa há um ano, Fiorella não quer deixar a carreira de atriz de lado. Tanto que, mesmo trabalhando em uma outra função, nem pensou em largar as aulas de interpretação. "Sinto falta de atuar e quero voltar a fazer novelas. Estou estudando para, quando surgir o momento certo de retornar, estar preparada", ressalta. Estar longe dos palcos, no entanto, não é motivo de tristeza. O fato de apresentar um programa ao vivo, diariamente, é uma experiência instigante para essa jovem de 22 anos. "Nunca havia feito nada parecido. Entrei na cara e na coragem. Quanto mais pratico melhor fico, seja apresentando ou atuando", garante ela, que mesmo não encarnando nenhum personagem, acredita que apresentar também é uma forma de atuar. "Sempre tem um roteiro a ser seguido. Já longe da ficção isso não existe.
Acho que um trabalho complementa o outro", analisa. Mesmo já tendo tido experiência anterior com as câmaras, isso não foi suficiente para Fiorella se sentir confortável na posição de apresentadora e repórter do "Video Show". Quando estreou na função, a loura sentiu um "frio na barriga". "Foi muito difícil por ser ao vivo. Mas sou muito dedicada e procuro não me acomodar. Mas acredito que sempre dá para melhorar", ressalta. No começo, Fiorella sofreu duras críticas quanto ao seu desempenho. "Não gosto de ser criticada. Será que alguém gosta?", indaga a apresentadora, que prefere tirar o lado positivo das opiniões de terceiros. "Procuro analisar sempre se a crítica tem fundamento. A partir daí, tiro minhas próprias conclusões", conta ela, que renovou o contrato com a emissora por mais quatro anos como atriz e apresentadora. Mas não é só na tevê que Fiorella quer ser reconhecida. Com a retomada do cinema brasileiro, ela não esconde o desejo de atuar em filmes. Essa vontade, entretanto, já é antiga. Desde os tempos em que trabalhava como modelo, em São Paulo, ela se arriscava em testes. "Estou batalhando muito por um lugar ao sol", explica.
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7 Luiza Dantas/Carta Z Notícias
EM FOCO
Por Luana Borges PopTevê
Agradar aos públicos distintos que se reúnem a cada domingo em torno do "Fantástico", da Globo, não é tarefa fácil. Mas, desde que começou a ocupar o posto de narrador dos gols da rodada no programa dominical, Tadeu Schmidt vem conquistando algo próximo da unanimidade. Ainda mais em se tratando de futebol – assunto que, à primeira vista, faz parte de um universo quase completamente masculino. Só que, graças à sua maneira descontraída de abordar o tema, o jornalista está tendo a chance de comprovar que a realidade não é bem essa. "Se uma mulher falasse para mim que não via futebol e passou a acompanhar por causa do quadro do 'Fantástico', já valeria minha carreira. Mas é rotina ouvir isso nas ruas", garante. O formato inovador, no entanto, teve antecessores. Os repórteres Tino Marcos, Marco Uchôa e Régis Rösing levaram para tevê matérias com linguagens mais elaboradas. "Era totalmente diferente do que se fazia antes. Depois eu vim e dei meu toque. É uma evolução constante", explica. Tadeu pretende inovar também na cobertura da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O comentado quadro "Bola
Tadeu Schmidt comemora sua segunda cobertura de Copa do Mundo
Cheia, Bola Murcha", exibido pelo "Fantástico", vai ganhar uma versão especial para o mundial. "Não posso dizer exatamente como vai ser, mas vai ter um 'Bola Cheia' e 'Bola Murcha' da Copa sim", despista. Além disso, o apresentador, que embarcou no último dia 2, participou de "workshops" sobre a África e ainda recebeu um extenso material de pesquisa sobre a história das Copas. Tudo para ancorar o dominical de lá e ainda produzir uma série de reportagens especiais. "Vou apresentar o 'Fantástico' em frente a algum estádio ou ponto interessante, que vai variar a cada domingo", adianta. "Normalmente, faço matérias de comportamento, mas quero fazer futebol também. Estou lá para o que precisarem", acrescenta. Em sua segunda cobertura de Copa – a primeira foi em 2006, na Alemanha –, Tadeu diz sentir-se seguro. Afinal, ao contrário do que muitos devem imaginar, ele não precisa dominar completamente tudo que diz respeito a futebol. "Meu papel é contar histórias. Claro que não posso ir alienado, mas não preciso ser um especialista. Embora, evidentemente, saiba mais do assunto por acompanhá-lo de perto", analisa. E, durante um mês, Tadeu terá de conviver ainda mais intensamente com esse universo. Isso porque ele praticamen-
te não terá descanso. "Normalmente, em Copa, a gente acorda, toma café da manhã e começa a trabalhar. Depois, a gente termina de trabalhar, janta e vai dormir", sintetiza. Dessa vez, Tadeu imagina que o contato com os jogadores da Seleção Brasileira será diferente. "O Dunga já disse que não vai ser um relacionamento tão aberto como foi no último mundial", conta ele, que ficará hospedado próximo aos jogadores brasileiros. A escalação da seleção, aliás, é assunto mais do que resolvido para o jornalista, que prefere não opinar a respeito. "Acho que já passou a fase de concordar ou discordar do Dunga. O time é esse e a gente vai torcer muito para ele ser campeão", imagina. Sobre a final, Tadeu arrisca um palpite clássico. "Gostaria que fosse Brasil e Argentina. Seria a rivalidade no ponto máximo", diz, bemhumorado.Essa ironia fina é mesmo marca registrada do jornalista em suas aparições no "Fantástico". O apresentador, no entanto, demonstra preocupação em dosar informação com brincadeira. "As pessoas que trabalham comigo esperam que eu faça algo mais escrachado do que quero fazer", admite. "É mais uma coisa bem-humorada do que humor. Tanto que se ninguém rir no final, tudo bem. Para um humorista, isso seria uma tragédia", pondera.
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TELETEMA
BANDIDO – Depois de viver o "intocável" Bahuan, de "Caminho das Índias", Márcio Garcia será um "serial killer" em "Na Forma da Lei", próximo seriado da Globo. O personagem vai ser responsável pela morte de, aproximadamente, 15 pessoas ao longo da trama. A produção, que substituirá "Força Tarefa", tem no elenco Luana Piovani, Maurício Mattar, Ana Paula Arósio, Henri Castelli e Carolina Ferraz. O texto é de Antônio Calmon e a direção é de Wolf Maya.
RETORNO – O início das gravações da segunda temporada da série "Aline", da Globo, protagonizada por Maria Flor, está previsto para a segunda quinzena de junho. Com Pedro Neschling e Bernardo Marinho no elenco, a produção mostra os conflitos de uma jovem cosmopolita. A direção é de Maurício Farias e o texto é de Mauro Wilson.
ROÇA – A Record está em busca de famosos para a terceira edição do "reality
FRENTE – A autora Maria Adelaide Amaral já escreveu mais de 30 capítulos da novela "Ti-ti-ti", próxima trama das sete da Globo. As gravações estão em ritmo acelerado. A previsão de estreia é para o dia 19 de julho.
BELEZA – O elenco de "As Cariocas", próxima minissérie da Globo, só cresce. Os nomes confirmados são: Alinne Moraes, Paola Oliveira, Adriana Esteves, Alessandra Negrini, Sônia Braga e Angélica. A propósito, a apresentadora do "Estrelas" é uma das protagonistas da produção de Daniel Filho, que estreia em agosto.
JOVEM – O ator Ronny Kriwat é nome certo no novo elenco de "Malhação ID", da Globo. O universo "teen" não é problema para ele, que viveu o rebelde Pedro, em "Cama de Gato". A nova temporada do folhetim tem previsão de estreia para agosto.
VOTAÇÃO – Até o dia 8 de agosto, o site do "Globo Esporte", da Globo, está com inscrições abertas para o concurso "Musa do Brasileirão 2010". O público vai decider qual das 20 candidatas será a escolhida. As eliminatórias e a grande final acontecem no programa "Caldeirão do Huck".
show" "A Fazenda". Os atores Thiago Gagliasso e Iran Malfitano foram convidados. A "panicat" Lizzi Benites, mais conhecida como a Piu Piu do humorístico "Pânico Na TV", da RedeTV!, também está cotada para participar do programa. A produção ainda não tem previsão de estreia.
MILAGRE – O seriado "A Cura", de João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, começa a ser gravado em Minas ainda este mês. Por enquanto, a produção não tem data prevista para ir ao ar.
MISTÉRIO – "Separação", da Globo, está com os dias contados. A produção será exibida até o dia 13 de agosto. Ainda não há previsão para uma nova temporada.
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A SEMANA DAS NOVELAS MALHAÇÃO - Rede Globo - 17h15 Segunda (31/05) - Antônio avisa as filhas que eles terão de falar com Dr. Simão e Nanda se recusa. Dr. Simão conversa com Nanda, que se exalta. Nanda é internada. Bia fala que seus pais vão viajar e Cissa sugere que ela passe este período em sua casa. Bernardo vai falar com Cristiana e fica triste ao saber que ela terá de sair do colégio. Bernardo sugere que Livramento ofereça uma bolsa de estudos para Cristiana e Nanda. Livramento aceita. Bernardo conta para Cristina que conseguiu uma bolsa para ela e Nanda. Bia vê Cristiana abraçando Bernardo e fica furiosa.
Terça (01/06) - Bia vai à casa dos Araújo e provoca Cristiana. Bia fala com Tati que tem um plano para acabar de vez com a reputação de Cristiana para Bernardo. Bia convence Flávio a fazer um jantar romântico para Cristiana. Cristiana chega em casa e se assusta ao encontrar Flávio. Bia esvazia os pneus da moto de Flávio. Cristiana fala para Flávio esperar o reboque na sua casa. Bia abre a válvula da mangueira do jardim na hora em que o casal está passando. Bia diz a Bernardo que viu alguém entrando na casa de Cristiana. Bernardo bate na porta e encontra Flávio e Cristiana.
Quinta (03/06) - Silvia fala com Nanda que ela não pode contar sobre sua visita para ninguém. Livramento entra no Escondidinho com dona Tânia e fica furioso ao ver o cenário pósfesta. O cliente de Linda contrata Rodrigo e Tati para uma campanha. Nanda destrata Arlete e Antônio repreende a filha. Tati e Rodrigo se beijam fora da agência. Tati e Rodrigo saem do beijo e se irritam um com o outro. Cristiana beija Flávio e vê quando Bernardo passa por eles irritado. Silvia fala para Nanda se empenhar no seu tratamento para sair logo do hospital. Nanda fala com Cristiana e Flávio que Silvia foi visitá-la.
Quarta (02/06) - Bernardo fica possesso e chama Cristiana para conversar. Bimba avisa a Rita que sua reputação pode ser afetada, mas ela se irrita e vai embora. Bernardo acusa Cristina de ter mentido para ele. Bernardo sofre ao ver os dois juntos e Bia gosta de ver a irritação do namorado. Bernardo provoca Cristiana, que revida. Depois, ela vai embora, irritada. Dr. Simão fala para Nanda tomar a medicação e iniciar a terapia. Antônio e Arlete se beijam e ele a pede em namoro. Anselmo fica desesperado ao ver Zuleide desmaiada. Nanda vê sua mãe no hospital.
Sexta (04/06) - Cristiana acredita que Nanda esteja inventando que Silvia voltou por que descobriu sobre o namoro de Antônio e Arlete. Os alunos fazem um protesto para reabrir o Escondidinho e Livramento fica irritado. Dr. Simão fica impressionado com a melhora no estado de Nanda. Um garoto tenta beijar Rita, mas ela recusa e Bimba a ajuda a se afastar. Bernardo fica com ciúmes de Cristiana e Flávio. Um enfermeiro avisa Nanda que Cristiana está indo visitá-la e Silvia vai embora, deixando cair algumas fotos. Cristiana encontra as fotos que Silvia deixou cair.
ESCRITO NAS ESTRELAS - Rede Globo - 18h Quarta (02/06) - Sofia acalma Beatriz e as duas guardam as joias. As câmaras de Gilmar gravam toda a ação das vilãs. Antônia comenta com Gilmar que Vitória/Viviane deveria ser a mãe do filho de Daniel. Mariana conta para Luciana sobre o telefonema anônimo que sua mãe recebeu e as duas concluem quem foi a autora. Ricardo troca o nome de Beatriz pelo de Vitória ao falar sobre a inseminação e Gilmar tenta conter a animação. Berenice questiona Sofia e Beatriz ao chegarem na mansão e as duas ficam nervosa. As vilãs resolvem penhorar as joias para conseguir dinheiro.
Segunda (31/05) - Gilmar resolve ir embora, mas Ricardo acorda e o chama. O médico pede para seu secretário avisar onde ele está para Antônia. Viviane fica angustiada ao se consultar com Madame Gilda. Gilmar fica feliz ao ver a empolgação de Ricardo com Viviane. Madame Gilda reconhece Viviane, as duas conversam e se abraçam. Daniel e Seth vão ao mutirão e Vicente sente a presença do primeiro. Daniel confessa que está cada vez mais apaixonado por Viviane e Seth fica preocupado. Madame Gilda diz à Viviane que ela será a mãe do filho de Daniel.
Terça (01/06) - Sofia comenta com Beatriz que Gilmar pode ser um bom aliado. Gilmar flagra Ezequiel e Hilda se beijando. Ricardo fica inquieto ao lembrar da mensagem de Daniel. Viviane pensa em Daniel, que tenta se comunicar com ela. Sofia apressa Beatriz para ir logo para Petrópolis. Suely liga para a casa de Gilmar e Leninha atende, deixando a recepcionista arrasada. Vicente e Ricardo se desculpam um com o outro. Sofia e Beatriz chegam à casa de Petrópolis e se admiram com as joias. As duas se assustam quando o quadro de Francisca cai da parede.
Segunda (07/06) - Deodora implora para que Niemann lhe conte o que aconteceu com sua mãe. Túlio volta dos Estados Unidos sem avisar e Jannis fica feliz com a surpresa. Ditta convida Jannis para morar com ela. Fidélio provoca Niemann e sugere que Deodora pergunte ao pai detalhes sobre o período em que viveu no sanatório. Túlio pede Jannis em casamento. Deodora recebe de Maureen um envelope contendo informações sobre o passado de Niemann. Iolanda se encontra com Leal e ela se antecipa ao lamentar o fim do relacionamento.
Terça (08/06) - Jannis aceita o pedido de casamento de Túlio. Deodora pede a ajuda de Portinho para desvendar os segredos de Niemann. Katrina procura Gaulês e diz que gostaria que ele fosse mais que um pai ou um irmão. Jannis e Túlio contam para Ditta e Fidélio que vão morar juntos. Deodora entrega para Portinho a pasta que Maureen lhe deu. Portinho consola Deodora, que desvenda o conteúdo da pasta. Goretti tem delírios ao pensar na possibilidade de ter o presidente no casamento de Nelinha. Deodora acusa Niemann de ser o responsável pela morte de sua mãe.
Quarta (02/06) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
Segunda (31/05) - Agnello apreende a passagem e o passaporte de Fred, que liga em seguida para Clara. Jéssica invade a empresa de Olavo com uma foto de Agostina e Dino na mão. Bete fala com Mauro que vai para a Itália. Clara vai até uma agência de turismo para comprar as passagens de Agostina e Agnello. Clara não consegue disfarçar sua apreensão ao ser reconhecida por Diana. Totó chora pensando em Clara. Bete dá as últimas instruções na metalúrgica antes de sua viagem. Fred vai à Metalúrgica Gouveia e se apresenta como procurador de Antonio Mattoli.
Terça (01/06) - Fred se apresenta e mostra a procuração que Totó lhe entregou. Agostina pensa em como vai encontrar o marido. Berilo afirma para Jéssica que não existe mais ninguém na vida dele. Bete pede que Fred converse com o advogado da empresa, mas ele não aceita e resolve se retirar. Diana ameaça entregar Clara para a polícia se ela perceber que a falsa enfermeira está agindo de má fé. Diana conta para Gerson como conheceu Clara. Fred mente para Bete ao falar sobre Totó. Bete avisa a Fred que os dois vão juntos para Itália para falarem com Totó.
Quarta (02/06) - Fred aceita a proposta de Bete com medo que ela veja Clara. Clara conta para o comparsa sobre sua história com Diana. Fred teme que Diana possa estragar os planos deles e Clara fala que já está pensando no que fazer para afastar a noiva de Gerson da casa dos Gouveia. Agnello conversa com Felícia e Candê sugere que a filha leve o italiano para conhecer a cidade. Fred mente e consegue convencer Bete a desistir de viajar para Itália. Clara vai até o alojamento da faculdade e entra no apartamento de Diana.
Quinta (03/06) - Dona Lucélia fala com Viviane que ouviu comentários de que ele está em um lugar um pouco afastado do Rio de Janeiro. Vanessa chega em casa revoltada e se dá conta de que está sem sua pasta. Danusa fala para o filho devolver a pasta. Ricardo pergunta a Gilmar se existe algum cargo disponível na clínica para Vitória/Viviane. Mariana pede para Ricardo um emprego para Alex e comenta sobre uma ideia que teve para um trabalho para Viviane. Mariana explica o trabalho para Vitória/Viviane, que fica perturbada com o fato de ser na clínica de Ricardo.
Sexta (04/06) - Dona Lucélia diz a Viviane que vai pedir para fazer um mapa do local onde Jofre está. Viviane combina com Madame Gilda de ir ao encontro de Jofre. Ricardo lê um arquivo de Daniel e fica muito emocionado. Antônia desiste de entrar no quarto de Daniel ao vê-lo abraçado ao pai. Ricardo sonha com Viviane em sua vida passada e acorda atormentado. Viviane brinca com uma criança e Ricardo admira a moça sem ser visto. Ricardo procura Vitória/Viviane, mas se decepciona por não encontrá-la. Viviane entra em um ônibus e é seguida por Gilmar.
Sábado (05/06) - Gilmar exige que o motorista não perca de vista o ônibus em que Viviane está. Ricardo cumprimenta Alex, que está nervoso para a entrevista. Alex consegue o emprego e fica radiante. Ricardo lembra dos sonhos que teve com Viviane e reage com angústia. Luciana parabeniza Alex por ter conseguido o emprego. Gilmar segue Viviane, que se encontra com Madame Gilda para ir até o local onde supostamente Jofre está. Ricardo confessa a Vicente que tem tido sonhos com Vitória/Viviane. Viviane encontra seu pai.
Sexta (04/06) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
Sábado (05/06) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
Sexta (04/06) - Diana explica como Cris deve agir com Clara e avisa que vai pensar em um plano para desmascarar a vilã. Diana vai até a copa e chora ao pensar no que aconteceu. Mauro se aproxima e a ampara. Melina fica intrigada ao vê-los saindo da copa. Bete começa a escrever uma carta para Totó. Fred vai à metalúrgica e exige receber a parte da herança de Totó. Chulepa conta para Diana e Cris que foi procurado por uma moça no dia em que houve o flagrante no apartamento delas. Clara entra no escritório e fica neutralizada ao ver os três conversando.
Sábado (05/06) - Clara disfarça o nervosismo e Diana fala discretamente com Chulepa para não denunciá-la. Diana conclui a explicação de seu plano para Cris e Chulepa, no momento em que Clara entra no escritório. Bete conta para Fred que escreveu e mandou enviar uma carta para Totó. O vilão consegue pegar a carta que Bete escreveu na mesa de Myrna. Chulepa fala para Clara que as meninas já descobriram que foi ela quem armou contra elas e a vilã fica animada com a informação. Fred afirma para Clara que Diana, Cris e Chulepa estão enganando ela. Diana e Gerson vão visitar Olga no presídio.
TEMPOS MODERNOS - Rede Globo - 19h15 Quinta (03/06) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
PASSIONE - Rede Globo - 21h Quinta (03/06) - Clara esconde alguns pacotes no apartamento de Diana e, em seguida, liga para a polícia. Mauro fala com Bete sobre sua desconfiança de Fred. Diana chega com Gerson, que avisa a todos que marcaram a igreja onde será o casamento. Diana recebe um telefonema de Cris e vai para seu apartamento. Cris chora e Diana questiona o policial para saber o que aconteceu. As duas são levadas para a delegacia, enquanto Gerson tenta falar com o advogado. Diana afirma para Cris que foi Clara quem armou para elas e garante que vai fazê-la pagar pela humilhação que sofreram.
BELA, A FEIA - Record - 19h40 Segunda (31/05) - Rodrigo consegue impedir Bela de entrar na casa de Vera. Dinho se insinua para Vera, que fica indignada. Policiais começam a cercar a casa de Vera. Ataulfo acusa Vera de ter chamado a polícia. Ela, apavorada, nega e Olga implora que Ataulfo os liberte. Tânia declara sua paixão por Guto e os dois se beijam, apaixonados. Bela, desesperada, decide se entregar em troca de todos os reféns, mas Rodrigo a impede. Diogo suspeita que Valentina é Bela, mas não conta para ninguém. Bela aproveita uma brecha e sai correndo em direção à casa de Vera. Rodrigo fica em choque.
Terça (01/06) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
Quarta (02/06) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
Quinta (03/06) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
Sexta (04/06) - Até o fechamento desta edição, a emissora não disponibilizou o capítulo.
RIBEIRÃO DO TEMPO - Record - 22h00 Segunda (31/05) - Karina chora por seu casamento ter sido adiado indefinidamente e Célia a consola. Léia diz a Joca que ele está apaixonado pela mulher que pode ser a assassina. Guilherme pega um pedaço de bolo para levar pra Diana/Tião. Romeu conta a Ajuricaba o que lhe aconteceu. Diana/Tião chega à barraca e encontra a sacola com o bolo pendurada. Ela/ele come, se certifica de que não há ninguém por perto e vai tomar banho no rio. Guilherme observa tudo de longe. Diana/Tião tira a roupa e Guilherme vê que Diana/Tião é uma menina.
Terça (01/06) - Surpreso após descobrir que Tião é uma menina, Guilherme a observa tomar banho no rio. Ajuricaba não gosta de saber que Lincon veio acompanhando Flores à delegacia. Romeu conta a Querêncio que a polícia duvidou de sua história. Flores, em depoimento, afirma ao delegado que a única hipótese sobre a morte de Dirce é a de que ela foi vítima de um crime político, alegando que alguém que queria atingi-lo resolveu matar sua mulher. Arminda se lembra do dia em que Joca caiu em seu banheiro.
Quarta (02/06) - Marisa dança na boate, enquanto Querêncio caminha trôpego e atrapalha os outros clientes do bordel. Ari anuncia a todos da festa que trouxe uma lembrança para Madame Durrel. Eleonora rasga o papel e todos vêem as feições do enforcado pintados num quadro. Nicolau afirma que a figura do enforcado lembra Nasinho. Querêncio explica a Marisa que pensou no sujeito mais safado da cidade para pintar o enforcado. Nasinho fica furioso com as gozações. Arminda diz aos convidados que em breve Ribeirão vai ter o maior resort do Brasil.
Quinta (03/06) - Nicolau pede desculpas a Ari, que abre um grande sorriso e diz que o perdoa. Nicolau conta a Nasinho que Arminda deu em cima dele. Nasinho ameaça Querêncio e diz que ele vai pagar pela brincadeira que fez. Guilherme vai até a barraca de Diana/Tião e a desafia, a mandando tirar o boné. Ele a segura e afirma que sabe que ela não é homem. Diana revela seu verdadeiro nome para Guilherme e garante que um dia vai contar toda sua história pra ele. Ajuricaba se surpreende ao ver Joca na casa de Flores e pergunta o que ele está fazendo lá.
Sexta (04/06) - Ajuricaba avisa que investigação é trabalho da polícia. Ajuricaba pede para Marta descobrir alguma ilegalidade na vida de Joca. Ellen e Patrícia conversam sobre a poluição que as obras do resort estão trazendo para a cidade. Arminda pega um papel e escreve um bilhete. Joca recebe o bilhete em que ela pede para ele ir a seu escritório depois do expediente. André propõe a Sônia que eles estudem na beira do rio. Rola um clima e André beija Sônia, que se afasta e vai embora. Joca pede, mais uma vez, desculpas a Arminda, que acaba não resistindo e o beijando.
Os resumos dos capítulos de todas as novelas são de responsabilidade de cada emissora – Os capítulos que vão ao ar estão sujeitos a eventuais reedições.
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FILMES DA SEMANA DOMINGO, 06/06 Os Sem Floresta (Globo, 14:05 h) Over the Hedge, de Tim Johnson e Karey Kirkpatrick. Elenco não informado. EUA, 2006, cor, 83 min. A emissora não informou a classificação etária. Animação – Um grupo de animais acorda após um longo período de hibernação diante de um condomínio residencial, construído na entrada da floresta em que moram. Alguns querem reconquistar a floresta, mas surge RJ, um esperto guaxinim, que ensina o grupo a aproveitar a oportunidade e saquear as casas dos condôminos. A Rocha (Globo, 23:50 h) The Rock, de Michael Bay. Com Sean Connery, Nicolas Cage e Ed Harris. EUA, 1996, cor, 136 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação – Durante anos, o general da Marinha Francis X. Hummel lutou para que as famílias dos soldados mortos em operações ocultas recebessem os mesmos benefícios dados às famílias dos heróis de guerra. Como seu pedido nunca foi atendido, ele resolveu radicalizar: fez 81 turistas como reféns na prisão da ilha de Alcatraz, agora desativada, e ameaça lançar bombas de gás venenoso em São Francisco. Herói (Globo, 02:10 h) Hero, de Yimou Zhang. Com Jet Li, Tony Leung e Maggie Cheung. Hong Kong e China, 2002, cor, 99 min. A emissora não informou a classificação etária. Ação – Na China ancestral, antes do surgimento do primeiro imperador, a nação dividese em sete reinos. O soberano da província do norte sofre constantes ameaças e tentativas de assassinato. O que mais o preocupa são três assassinos de elite, contratados por seus adversários políticos. Certo dia, um dos magistrados de seu reino entra no palácio carregando as armas dos assassinos, afirmando ter derrotado os três inimigos em combate.
SEGUNDA, 07/06 Bebês Geniais 2: Super Bebês (Globo, 15:40 h) Super Babies - Baby Geniuses 2, de Bob Clark. Com Jon Voight, Scott Baio e Vanessa Angel. Alemanha, Inglaterra e EUA, 2003, cor, 88 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Os bebês geniais se metem em uma confusão liderada por Bill Biscane. Aderindo à luta dos bebês está o lendário bebê Kahuna. Meio herói, meio espião, Kahuna se junta aos bebês Archie, Finkleman e Alex em uma corrida contra o tempo para deter Biscane e seu sistema moderno de satélite que poderá controlar a mente da população mundial. Patrulha de Segurança (SBT, 14:15 h) Safety Patrol, de Savage Steve Hollan. Com Bug Hall, Leslie Nielsen e Lainie Kazan. EUA, 1998, cor, 107 min. Classificação etária: Livre. Comédia – Scout sonhava em ser patrulheiro de segurança da escola, mas por ser muito desastrado e atrapalhado não conseguia deixar de ser o terceiro suplente do cargo. Depois de vários incidentes, chega a vez de Scout ser um patrulheiro. Para se livrar dele, o diretor o transfere para outra escola, onde ele se depara com patrulheiros que exploravam os colegas e abusavam do poder. Piratas do Caribe: O Baú da Morte (Globo, 22:05 h) Pirates of the Caribbean 2, de Gore Verbinski. Com Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley. EUA, 2006, cor, 151 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Elizabeth, a filha do governador, está prestes a se casar com o ferreiro Will
Turner. Porém, o evento é atrapalhado pelo capitão do assombrado navio Holandês Voador, que tem uma dívida de sangue com o capitão Jack Sparrow, amigo do casal. Para escapar de uma vida após a morte como escravo, Sparrow precisa encontrar o misterioso baú da morte. O Céu de Suely (Globo, 02:10 h) O Céu de Suely, de Karim Ainouz. Com Hermila Guedes, Georgina Castro e Maria Menezes. Brasil, Alemanha, Portugal e França, 2006, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – O filme conta a história de Hermila, uma jovem que volta de São Paulo com seu filho recém-nascido para a casa de sua família, no interior do Ceará. Ela espera a chegada do marido que deve reencontrá-la. Mas ele nunca chega. Sozinha, Hermila tenta reinventar a sua vida e, para ir embora, toma decisões desesperadoras.
TERÇA, 08/06 Entrega em Domicílio (SBT, 14:15 h) Overnight Delivery, de Jason Bloom. Com Reese Witherspoon, Paul Rudd e Christine Taylor. EUA, 1998, cor, 87 min. Classificação etária: 10 Anos. Suspense – Um garoto que achava estar sendo traído pela sua namorada envia-lhe uma carta. Ao descobrir que estava errado, tenta a qualquer custo impedir que a carta chegue até ela. A Filha Do Presidente (Globo, 15:40 h) My Date With The President's Daughter, de Alex Zamm. Com Dabney Coleman, Will Friedle e Elisabeth Harnois. EUA, 1998, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Duncan é um rapaz que aposta com os colegas que conseguiria levar uma garota para o baile da escola. Em sua procura, ele entra em um shopping, determinado a convidar a primeira garota que encontrar e se depara com Hallie Richmond, filha do presidente dos Estados Unidos. Despistando os agentes do Serviço Secreto, Hallie e Duncan conseguem ir sozinhos ao baile do colégio, se metendo nas maiores confusões. Licença Para Casar (SBT, 22:15 h) License To Wed, de Ken Kwapis. Com Robin Williams, Mandy Moore, John Krasinski. EUA e Austrália, 2007, cor, 91 min. Classificação etária: 10 anos. Comédia – Ben Murphy decide se casar com sua noiva em uma cerimônia religiosa à moda antiga. O que o rapaz não esperava era encontrar o Reverendo Frank, homem de fé, famoso por seu curso de preparação para noivos. O consultor religioso desconfia da sinceridade dos dois e fará de tudo para dificultar a união. Casanova (ou "Castelo dos Sonhos", opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) Casanova, de Lasse Hallström. Com Heath Ledger, Sienna Miller e Jeremy Irons. EUA, 2005, cor, 112 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Pela primeira vez, Casanova encontra uma mulher à sua altura. Porém, a bela veneziana Francesca Bruni acaba de fazer algo que Casanova julgava impossível: ela o rejeitou. Usando as mais diversas estratégias, ele aos poucos se aproxima de Francesca. Mas, na tentativa de conquistá-la, acaba pondo em jogo sua reputação e talvez sua vida. Castelo de Sonhos (ou "Casanova", opção do Intercine) (Globo, 01:55 h) I Capture The Castle, de Tim Fywell. Com Marc Blucas, Rose Byrne e Sinead Cusack. Inglaterra, 2003, cor, 113 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Uma adolescente e sua excêntrica família tentam sobreviver em um decadente castelo inglês. Seu pai está tentando desesperada-
mente repetir o sucesso de seu último livro. Mas ele não escreve uma palavra há doze anos. Além disso, sua irmã é uma folgada e sua madrasta é meio maluca.
QUARTA, 09/06 Loucademia de Esqui (SBT, 14:15 h) Snowboard Academy, de John Shepphird. Com Jim Varney, Corey Haim, Brigitte Nielsen. EUA, 1996, cor, 88 min. Classificação Etária: Livre Comédia – Dois rapazes promovem torneio de surfe na neve para salvar a estação de esqui do pai. Mas, além de fazer do campeonato um sucesso financeiro, eles têm de afastar os planos diabólicos da ambiciosa madrasta. Uma Cavaleira em Camelot (Globo, 15:35 h) A Knight In Camelot, de Roger Young. Com Whoopi Goldberg, Michael York e Simon Fenton. EUA, 1998, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Vivien Morgan é uma cientista que obtém sucesso com uma de suas invenções mais ousadas: uma máquina do tempo. Com isso, ela consegue viajar através do tempo e vai parar na Inglaterra da Idade Média. O Casamento de Romeu e Julieta (Globo, 22:05 h) O Casamento de Romeu e Julieta, de Bruno Barreto. Com Luana Piovani, Luis Gustavo e Marco Ricca. Brasil, 2005, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Julieta, cujo pai é um palmeirense fanático, se apaixona por Romeu, médico que torce pelo Corinthians. O namoro é um sucesso, mas ele se vê levado a fingir que também é um palmeirense. A mentira acaba gerando um grande conflito entre as famílias de Romeu e Julieta. Tormentas do Passado (ou "O Mestre Dos Desejos 4: A Profecia Finalmente Se Cumpriu", opção do Intercine) (Globo, 1:45 h) Into the Fire, de Michael Phelan. Com Sean Patrick Flanery, Melina Kanakaredes e Jobeth Williams. EUA, 2005, cor, 95 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Um policial de Nova Iorque, traumatizado desde a infância pelo afogamento de sua irmã, é enviado para ajudar em um resgate de um avião que caiu no mar. No local, uma menina morre, fazendo-o lembrar seu passado. Agora, ele quer ajudar a irmã gêmea da garota, que está abalada desde o acidente. O Mestre Dos Desejos 4: A Profecia Finalmente Se Cumpriu (ou "Tormentas do Passado", opção do Intercine) (Globo, 1:45 h) Wishmaster 4: The Prophecy Fulfilled, de Chris Angel. Com Tara Spencer-Nairn, Michael Trucco e Jason Thompson. Canadá e EUA, 2002, cor, 90 min. A emissora não informou a classificação etária. Terror – A perversidade, a depravação e o medo, mais do que nunca, tomam conta da situação quando o perturbador Wishmaster liberta seu amor imortal por uma bela e nova vítima de três perigosos desejos. Uma vítima cujo terceiro e crucial desejo é aquele que Wishmaster não pode realizar sem deixar um rastro de terror, devastação e sangue por onde passa.
QUINTA, 10/06 Yu-Gi-Oh! O Filme (SBT, 14:15 h) Yu-Gi-Oh! The Movie, de Hatsuki Tsuji. A emissora não informou o elenco. EUA e Japão, 2004, cor, 90 min. Classificação etária: Livre. Animação – Yugi é um garoto fascinado por um jogo de cartas bastante popular. Todos sabem que ele é um dos melhores jogadores, mas o que poucos sabem é que, na verdade, o jogo contêm antigos poderes místicos, que podem alterar o curso da história.
Uma Canção de Amor Para Bobby Long (ou "A Vida marinha com Steve Zissou", opção do Intercine) (Globo, 02:20 h) A Love Song For Bobby Long, de Shainee Gabel. Com: John Travolta, Scarlett Johansson e Gabriel Macht. EUA, 2004, cor, 119 min. A emissora não informou a classificação etária. Drama – Herdeira da casa onde passou a infância, em Nova Orleans, retorna à cidade após a morte da mãe para reivindicar a propriedade. Mas descobre que lá estão morando um ex-professor de literatura e seu protegido, candidato a escritor, criando-se antagonismos e um impasse, pois nenhum dos três pretende se mudar dali. A Vida Marinha Com Steve Zissou (ou "Uma Canção de Amor Para Bobby Long", opção do Intercine) (Globo, 2:20 h) Life Aquatic With Steve Zissou, de Wes Anderson. Com Bill Murray, Owen Wilson e Cate Blanchett. EUA, 2004, cor, 119 min. A emissora não informou a classificação etária. Aventura – Planejando se vingar de um tubarão mítico que matou seu parceiro, o famoso oceanógrafo Steve Zissou reúne uma estranha equipe que inclui a mulher com quem vive brigando, um jornalista e um homem que pode ou não ser seu filho, para fazer a maior aventura de sua vida.
SEXTA, 11/06 Curtindo a Liberdade (SBT, 14:15 h) Chasing Liberty, de Andy Cadiff. Com Mandy Moore, Stark Sands e Jeremy Piven. EUAe Inglaterra, 2004, cor, 111 min. Classificação etária: Livre. Aventura – Anna Foster, filha rebelde do presidente dos EUA, só quer uns dias longe dos seguranças do pai. Na Europa, Anna conhece Ben Calder, sem imaginar que ele também era um agente disfarçado, e vive dias de paixão ao seu lado. Sem Reservas (SBT, 22:15 h) No Reservation, de Scott Hicks. Com Catherine Zeta-Jones, Aaron Eckhart e Abigail Breslin. EUA, 2007, cor, 104 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Kate Armstrong é a "chef" de um sofisticado restaurante de Manhattan. Sua natureza perfeccionista é colocada à prova quando é contratado Nick, um animado subchef que tenta alegrar a todos na cozinha e gosta de ouvir ópera enquanto trabalha. Ao mesmo tempo, Kate precisa lidar com a súbita chegada de Zoe, sua sobrinha de 9 anos, que se sente deslocada na rotina da tia. Embriagado de Amor (ou "A Agenda Secreta do Meu Namorado", opção do Intercine) (Globo, 2:20 h) Punch-Drunk Love, de Paul Thomas Anderson. Com Adam Sandler, Emily Watson, Philip Seymour Hoffman. EUA, 2002, cor, 95 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Um homem excêntrico que tem sua vida transformada radicalmente quando se apaixona por uma amiga de uma de suas sete irmãs. A Agenda Secreta do Meu Namorado (ou "Embriagado de Amor", opção do "Intercine") (Globo, 2:20 h) Little Black Book, de Nick Hurran. Com Brittany Murphy, Holly Hunter e Kathy Bates. EUA, 2005, cor, 111 min. A emissora não informou a classificação etária. Comédia – Produtora de um programa de entrevistas se frustra quando seu namorado se recusa a falar a respeito de seus relacionamentos passados. Incentivada por sua colega de trabalho, ela pesquisa sua agenda eletrônica, no intuito de descobrir algo sobre suas ex-namoradas. Usando o programa como uma justificativa, ela as entrevista, tornando-se amiga delas, somente para descobrir o passado, que em alguns casos, ainda está bem presente.
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TV POP
CERTO DO QUE QUER - Em seu segundo trabalho na televisão, Jayme Matarazzo não se vê como um principiante. Filho do diretor Jayme Monjardim, o ator sempre esteve em contato com os bastidores das novelas. Por isso, se sente à vontade na frente das câmaras. "Sempre estive muito próximo da arte. Desde pequeno, acompanhava meu pai aos estúdios de gravação. Fui me apaixonando por televisão", lembra. Mas foi interpretando Daniel, de "Escrito Nas Estrelas", que Jayme percebeu que quer investir na carreira de ator. "Estou convencido de que é uma profissão linda e empolgante. Ainda tenho muito o que aprender", destaca.
DIA DE MODELO - Sempre lembrada quando o assunto é moda, Carolina
DE NOVO - Não é só na tevê que Fiorella mostra toda sua beleza. Dona de
Dieckmann não poderia faltar no Fashion Rio. A atriz aceitou o convite para desfilar pela a marca TNG no evento e viveu um dia de modelo. Depois da experiência, Carolina decidiu colocar de lado algumas peças de seu guarda-roupa e incluir outras. Uma das aposentadas foi a bolsa Chanel de correntinha. Já os tamancos marcam presença nos "looks" da loura.
um par de olhos azuis, longos cabelos louros e curvas de causar inveja, vez ou outra Fiorella Mattheis faz trabalhos como modelo. E era justamente com isso que ela trabalhava antes de se tornar atriz e apresentar o "Video Show", da Globo. Agora, a loura teve a chance de sentir de novo o gostinho dos tempos de modelo posando para a campanha publicitária de uma marca mineira.
MISTÉRIO - Já está claro que Gerson, personagem de Marcello Antony em "Passione", tem um grande mistério ao seu redor. Mas, ao contrário do que muitos imaginavam, esse lado obscuro não tem a ver com a homossexualidade do piloto. Ao que tudo indica, o suspense gira em torno de um tema nunca antes abordado na tevê. Deve ser por isso que o ator está tão empolgado com o personagem. Agora é esperar para descobrir. Início dos trabalhos - As gravações de "Na Forma da Lei", próximo seriado da Globo, estão a todo vapor. As primeiras cenas prometem muita adrenalina. Ellen Roche, que vai interpretar Denise na história de Antônio Calmon, vai ser o foco de uma dessas sequências de ação. Gravada na praia da Macumba, Zona Oeste do Rio de Janeiro, a cena trata do sequestro da personagem da loura. A atriz teve de ficar amordaçada e amarrada por horas para gravar o espancamento e assassinato de Denise. A estreia da produção está prevista para julho.
SOTAQUE ARRASTADO - Quem vê Kiko Mascarenhas na pele do Delavega de "Separação?!", da Globo, pode até imaginar que ele domina algum idioma estrangeiro. Se na tevê ele fala com um sotaque argentino arrastado, longe da ficção o ator não sabe nada de espanhol. "Tenho muita facilidade em brincar com sotaques", conta o carioca que, por ter sido criado no bairro de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, observa as características locais para compor o personagem. "Cresci vendo turistas do mundo inteiro. O ator tem de observar e ver as diferenças", destaca.
NOVA FUNÇÃO - Desde que começou a atuar em "Passione", da Globo, Gabriela Duarte vive em uma correria entre as gravações, no Rio de Janeiro, e a sua casa, em São Paulo. Mas a rotina caótica não é motivo de estresse para a intérprete da cômica Jéssica, que estava afastada das novelas há três anos. "Durante alguns anos, achei que não era a hora de entrar nessa loucura de novela. Não queria perder a fase que minha filha ainda era bebê", explica. De volta ao batente, a atriz não pensa em descansar. "Agora quero fazer mais teatro, que é outra coisa que eu tinha dado um tempo", conta.
LADO B - O casal de vilões Fred e Clara, de "Passione", está mesmo dando o que falar. Tanto que, Reynaldo Gianecchini e Mariana Ximenes, intérpretes dos personagens, respectivamente, vão estrelar a campanha publicitária da Arezzo. Pela primeira vez, a marca de calçados vai ter um modelo masculino na propaganda. Mas se engana quem pensa que ele vai aparecer com sapatos para homens. Gianecchini vai usar um sapato de mulher.
NOVA FASE - Depois que se despediu da malvada Isabel de "Viver a Vida", da Globo, Adriana Birolli agora se dedica à outra personagem. Em cartaz com a peça "Manual Prático da Mulher Desesperada", a atriz foi às compras para ajudar a compor o novo papel. Mas o despertar do lado consumista foi para encontrar acessórios que tenham a ver com Alice, a solteirona que interpreta no teatro.
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